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melhoramento genético do mamoeiro no estado do espírito santo

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MELHORAMENTO GENÉTICO DO MAMOEIRO NO ESTADO DO ESPÍRITO<br />

SANTO: TRABALHOS DESENVOLVIDOS PELO INCAPER.<br />

Laercio Francisco Cattaneo - Eng o Agrô<strong>no</strong>mo, D.Sc. - INCAPER – CRDR Nordeste -<br />

Linhares – ES - lfcattaneo@ig.com.br<br />

INTRODUÇÃO<br />

A cultura <strong>do</strong> <strong>mamoeiro</strong>, a exemplo de outras culturas, depende <strong>do</strong> desenvolvimento de<br />

<strong>no</strong>vos genótipos com características agronômicas superiores, para atender a<br />

constante demanda <strong>do</strong>s agricultores. A oferta de frutos que atendam as exigências<br />

<strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res, <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s inter<strong>no</strong> e exter<strong>no</strong>, com maior longevidade póscolheita,<br />

e que apresentem resistência às principais pragas e <strong>do</strong>enças que atacam a<br />

cultura são diretrizes que orientam esse segmento produtivo.<br />

A falta de opção na escolha de <strong>no</strong>vos genótipos tem si<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s principais fatores<br />

limitantes à obtenção de altas produtividades, associadas às características de frutos<br />

que possam atender <strong>no</strong>vos merca<strong>do</strong>s, disponibilizan<strong>do</strong>-lhes frutos de alta qualidade.<br />

Nesse cenário, o <strong>melhoramento</strong> <strong>genético</strong> pode contribuir de forma ativa <strong>no</strong><br />

desenvolvimento da cultura <strong>do</strong> <strong>mamoeiro</strong>, disponibilizan<strong>do</strong> <strong>no</strong>vas cultivares de<br />

interesse comercial, que possam proporcionar a continuidade e o aumento das<br />

exportações, seja na manutenção <strong>do</strong>s atuais, bem como na conquista de <strong>no</strong>vos<br />

merca<strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res nesse momento de extrema dificuldade que atravessa o<br />

setor.<br />

Os trabalhos de Melhoramento Genético conduzi<strong>do</strong>s pelo INCAPER, têm si<strong>do</strong> foca<strong>do</strong>s<br />

na obtenção de populações segregantes a partir de cruzamentos direciona<strong>do</strong>s,<br />

utilizan<strong>do</strong> genitores de alta produtividade e com características favoráveis exigidas<br />

pelo merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r. De posse de maior variabilidade genética abrem-se <strong>no</strong>vas<br />

perspectivas para os trabalhos de <strong>melhoramento</strong>.


Outra vertente <strong>do</strong> mesmo programa visa a obtenção de <strong>no</strong>vos cultivares,<br />

especialmente <strong>do</strong> grupo “Formosa” com alto potencial de en<strong>do</strong>gamia, para<br />

atendimento de peque<strong>no</strong>s e médios produtores. Dessa forma, utilizan<strong>do</strong>-se de<br />

tec<strong>no</strong>logias simples, poderão produzir suas próprias sementes com um baixo custo, a<br />

exemplo <strong>do</strong> que já acontece com genótipos <strong>do</strong> grupo ‘Solo’.<br />

A obtenção de linhagens en<strong>do</strong>gâmicas também tem si<strong>do</strong> contemplada e pretende-se,<br />

com base em da<strong>do</strong>s preliminares, dar seqüência aos estu<strong>do</strong>s de análise combinatória,<br />

visan<strong>do</strong> à obtenção de híbri<strong>do</strong>s simples, duplos e triplos de <strong>mamoeiro</strong>.<br />

A CULTURA DO MAMOEIRO<br />

O cultivo <strong>do</strong> <strong>mamoeiro</strong> <strong>no</strong> Brasil concentra-se, atualmente, nas regiões Norte <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Espírito Santo, <strong>no</strong> esta<strong>do</strong> da Bahia, e, em algumas regiões <strong>do</strong> Nordeste,<br />

especialmente <strong>no</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Norte e Ceará. A área colhida em 2005, foi de<br />

aproximadamente 32.559 ha (Agrianual, 2008).<br />

Na década de 1970, o Esta<strong>do</strong> de São Paulo destacava-se como o principal produtor<br />

nacional. O declínio da área plantada naquele esta<strong>do</strong> decorreu <strong>do</strong> aparecimento <strong>do</strong><br />

vírus <strong>do</strong> mosaico <strong>do</strong> <strong>mamoeiro</strong> nas regiões produtoras, inviabilizan<strong>do</strong> seu cultivo<br />

naquele esta<strong>do</strong> (Marin e Ruggiero, 1988). Nessa época, pre<strong>do</strong>minava naqueles<br />

pomares, cultivares de <strong>mamoeiro</strong>s dióicos ou ‘comum’, de frutos grandes e<br />

arre<strong>do</strong>nda<strong>do</strong>s.<br />

A partir <strong>do</strong>s a<strong>no</strong>s de 1976/77, com a introdução das cultivares havaianas <strong>do</strong> grupo<br />

‘Solo’ e de cultivares híbridas <strong>do</strong> grupo ‘Formosa’ <strong>no</strong>s Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Pará, Bahia e<br />

Espírito Santo, houve aumento significativo da comercialização e da área cultivada,<br />

pela grande aceitação <strong>do</strong>s frutos, tanto <strong>no</strong> merca<strong>do</strong> inter<strong>no</strong>, quanto <strong>no</strong> exter<strong>no</strong> (Marin<br />

et al. 1994b).


Na região Norte <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Espírito Santo e <strong>no</strong> Esta<strong>do</strong> da Bahia as condições<br />

edafo-climáticas favoráveis e a introdução da cultivar ‘Sunrise Solo’, possibilitaram que<br />

a exploração da cultura <strong>do</strong> <strong>mamoeiro</strong>, em poucos a<strong>no</strong>s, se tornasse uma atividade<br />

agrícola de alta rentabilidade e de grande importância para essas regiões como<br />

gera<strong>do</strong>ra de empregos.<br />

A área cultivada com <strong>mamoeiro</strong> na região Norte <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Espírito Santo, <strong>no</strong> a<strong>no</strong><br />

de 2005, era de 9.517ha (Agrianual, 2008).<br />

No final da década de 1980, a cultura <strong>do</strong> <strong>mamoeiro</strong> gerava para o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Espírito<br />

Santo, divisas da ordem de 55 milhões de dólares com a comercialização <strong>do</strong>s frutos<br />

<strong>no</strong> merca<strong>do</strong> inter<strong>no</strong> e exter<strong>no</strong>, além da criação de aproximadamente 12.000 empregos<br />

diretos por a<strong>no</strong> (Marin et al. 1989).<br />

Em 2005, as exportações de frutos de mamão <strong>do</strong> Brasil foram da ordem 38.756<br />

toneladas, geran<strong>do</strong> divisas para o país de aproximadamente 30,63 milhões de dólares.<br />

Já <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2007 as exportações foram de 19.256 toneladas, geran<strong>do</strong> uma receita de<br />

19.969 milhões de dólares (Agrianual, 2008).<br />

A partir <strong>do</strong> a<strong>no</strong> de 2008, em função da valorização <strong>do</strong> real frente ao dólar, as<br />

exportações tiveram uma redução substancial, ocasionan<strong>do</strong> a diminuição de atividade<br />

e mesmo o encerramento das atividades de algumas empresas exporta<strong>do</strong>ras.<br />

ASPECTOS TAXONÔMICOS E MORFOLÓGICOS DO MAMOEIRO<br />

O <strong>mamoeiro</strong> (Carica papaya L.) é uma planta diplóide (2n = 18), pertencente à classe<br />

Dicotyle<strong>do</strong>neae, ordem Violales e à família Caricaceae. Esta família apresenta 4<br />

gêneros, com 31 espécies, distribuídas em: Carica (22 espécies), Jacaratia (6<br />

espécies), Cylicomorpha (2 espécies) e Jarilla (1 espécie) (Freire, 1966; Joly, 1993).


Por ser uma espécie polígama caracteriza-se por apresentar três tipos de plantas em<br />

relação à expressão <strong>do</strong> sexo, ou seja, macho, fêmea e hermafrodita (Hofmeyr, 1938;).<br />

Assim, por essa razão, a biologia floral <strong>do</strong> <strong>mamoeiro</strong> tem si<strong>do</strong> estudada<br />

intensivamente, especialmente em relação à expressão <strong>do</strong> sexo.<br />

De acor<strong>do</strong> com Simão (1971), o <strong>mamoeiro</strong> apresenta um polimorfismo muito grande<br />

<strong>no</strong> que diz respeito à sua biologia floral, poden<strong>do</strong> apresentar até trinta e duas formas<br />

florais diferentes. Entretanto, os cinco tipos de flores que ocorrem com maior<br />

freqüência, segun<strong>do</strong> Giacometti e Mundim (1953), Marin e Gomes (1986) e Medina<br />

(1989), são brevemente descritos a seguir:<br />

1) Tipo I (Flor feminina): É uma típica flor feminina ou pistilada. Não apresenta<br />

estames ou quan<strong>do</strong> presentes são rudimentares. O ovário é grande, arre<strong>do</strong>nda<strong>do</strong>,<br />

afunilan<strong>do</strong>-se para o ápice, onde se inserem cinco estigmas em forma de leque.<br />

Originam frutos <strong>no</strong>rmalmente arre<strong>do</strong>nda<strong>do</strong>s ou ligeiramente ovala<strong>do</strong>s, apresentan<strong>do</strong> a<br />

cavidade interna grande em relação à espessura da polpa.<br />

2) Tipo II (Flor hermafrodita pentândrica): Assemelha-se muito à flor feminina,<br />

diferencian<strong>do</strong>-se apenas por apresentar o órgão masculi<strong>no</strong> com cinco estames curtos,<br />

cujos filamentos se inserem em sulcos profun<strong>do</strong>s na parede <strong>do</strong> ovário. Dá origem a<br />

frutos arre<strong>do</strong>nda<strong>do</strong>s com cinco sulcos longitudinais.<br />

3) Tipo III (Flor hermafrodita carpelóide): Apresenta inúmeras formas a<strong>no</strong>rmais,<br />

causadas pela tendência <strong>do</strong>s estames de se tornarem carpelóides em grau varia<strong>do</strong>.<br />

Os estames são em número de <strong>do</strong>is a dez, com varia<strong>do</strong>s graus de fusão das pétalas,<br />

ao ovário ou ambos. Dá origem a frutos mal forma<strong>do</strong>s, de<strong>no</strong>mina<strong>do</strong>s frutos<br />

carpelóides.


4) Tipo IV (Flor hermafrodita elongata): É a típica flor perfeita ou bissexual. O órgão<br />

masculi<strong>no</strong> apresenta dez estames funcionais e o femini<strong>no</strong>, um ovário alonga<strong>do</strong>,<br />

geralmente composto de cinco estigmas. Origina frutos alonga<strong>do</strong>s com variações de<br />

periforme a cilíndrico. Quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> aos frutos origina<strong>do</strong>s de flores femininas,<br />

apresenta uma cavidade interna me<strong>no</strong>r que a <strong>do</strong>s primeiros com relação à espessura<br />

da polpa.<br />

5) Tipo V (Flor masculina): Estas flores apresentam os orgãos masculi<strong>no</strong> e femini<strong>no</strong>,<br />

sen<strong>do</strong> o primeiro constituí<strong>do</strong> por dez estames funcionais, solda<strong>do</strong>s às pétalas e<br />

dispostas em duas séries, sen<strong>do</strong> cinco superiores e cinco inferiores. O segun<strong>do</strong> é<br />

muito rudimentar e geralmente estéril, entretanto, em certas épocas <strong>do</strong> a<strong>no</strong>, as plantas<br />

<strong>do</strong> sexo masculi<strong>no</strong> podem produzir algumas flores hermafroditas, oriundas da<br />

alteração ou desenvolvimento <strong>do</strong> pistilo rudimentar, dan<strong>do</strong> origem a frutos<br />

de<strong>no</strong>mina<strong>do</strong>s mamões-machos. Dentre os cinco tipos de flores que ocorrem com<br />

maior freqüência, anteriormente descritos, a rigor, os Tipos II e III são variações<br />

fortemente influenciadas por fatores ambientais.<br />

GENÉTICA DO SEXO DO MAMOEIRO<br />

Os primeiros estu<strong>do</strong>s <strong>genético</strong>s sobre a herança <strong>do</strong> sexo em <strong>mamoeiro</strong> foram<br />

conduzi<strong>do</strong>s, de forma independente, por Hofmeyr (1938), na África <strong>do</strong> Sul, e por<br />

Storey (1941), <strong>no</strong> Havaí. Nos cruzamentos controla<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s por ambos, entre os<br />

três tipos de flores, os seguintes resulta<strong>do</strong>s foram encontra<strong>do</strong>s: a) flor masculina x flor<br />

feminina - as sementes produzidas nesse cruzamento originaram 50% de plantas<br />

masculinas e 50% de plantas femininas; b) flor hermafrodita x flor feminina - 50% de<br />

plantas hermafroditas e 50% de plantas femininas; c) flor masculina x flor hermafrodita<br />

- 33% de plantas masculinas, 33% de plantas hermafroditas e 33% de plantas<br />

femininas; d) flor hermafrodita x flor hermafrodita - 66% de plantas hermafroditas e<br />

33% de plantas femininas. Com base <strong>no</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, Hofmeyr (1938) a<strong>do</strong>tou<br />

os símbolos m para o alelo que determina feminilidade, M 1 , para masculinidade e M 2 ,


para hermafroditismo. Assim, o genótipo <strong>do</strong>s indivíduos ginóicos é mm, <strong>do</strong>s andróicos<br />

M 1 m e <strong>do</strong>s andromonóicos M 2 m. As combinações entre os alelos <strong>do</strong>minantes M 1 M 1 ,<br />

M 2 M 2 e M 1 M 2 , de acor<strong>do</strong> com Storey (1941), são letais <strong>no</strong> zigoto, não ocorren<strong>do</strong> na<br />

natureza. A única forma homozigota viável é mm. Storey (1953) também propôs, a<br />

presença de 2 genes supressores. O gene sa controlan<strong>do</strong> a supressão completa da<br />

masculinidade quan<strong>do</strong> a planta é feminina e efeito parcial de supressão da<br />

masculinidade em plantas masculinas e hermafroditas sob determinadas condições<br />

climáticas; o gene sg controlan<strong>do</strong> a supressão completa da feminilidade em condições<br />

de homozigose ou supressão parcial em heterozigose sob determinadas condições<br />

ambientais.<br />

Horovitz e Jimenez (1967), trabalhan<strong>do</strong> com outras espécies de Carica, além de<br />

Carica papaya L, propuseram uma hipótese similar, usan<strong>do</strong> a termi<strong>no</strong>logia de<br />

cromossomo sexual X, Y e Z, onde XX designa planta feminina, XY 1 planta masculina,<br />

XY 2 planta hermafrodita (somente na espécie Carica papaya L), e ZZ plantas<br />

monóicas. No cruzamento entre espécies dióicas e monóicas, o genótipo XZ pode ser<br />

de planta monóica ou de planta feminina, dependen<strong>do</strong> da planta pistilada usada como<br />

genitor. As combinações Y 1 Y 1 , Y 1 Y 2 e Y 2 Y 2 são letais. Pelo fato <strong>do</strong> cruzamento entre<br />

plantas hermafroditas de Carica papaya L, e outras espécies monóicas e dióicas não<br />

terem ti<strong>do</strong> sucesso, a combinação ge<strong>no</strong>típica ZY 2 é somente teórica. A hipótese<br />

também postula que o cromossomo Z, homólogo ao X e ao Y, contém o gene F que<br />

controla a expressão da feminilidade (gi<strong>no</strong>icia) e o gene Am que controla a expressão<br />

da masculinidade (androicia).<br />

A herança <strong>do</strong> sexo em <strong>mamoeiro</strong> tem controle mo<strong>no</strong>gênico com alelos múltiplos<br />

(Hofmeyr 1967; Horovitz e Jimenez, 1967).


MELHORAMENTO GENÉTICO DO MAMOEIRO<br />

O desenvolvimento de um programa de <strong>melhoramento</strong> <strong>genético</strong> deve basear-se em<br />

objetivos claramente defini<strong>do</strong>s, com ações de curto, médio e longo prazos, visan<strong>do</strong> a<br />

facilitar o planejamento das etapas subseqüentes (Borém, 1997).<br />

No Havaí, de acor<strong>do</strong> com Nakasone (1980), foram estabeleci<strong>do</strong>s os objetivos <strong>do</strong><br />

programa de <strong>melhoramento</strong> <strong>genético</strong> <strong>do</strong> <strong>mamoeiro</strong>: plantas com alto vigor, frutificação<br />

precoce e com me<strong>no</strong>r altura de inserção <strong>do</strong> fruto, ausência ou ocorrência mínima de<br />

carpeloidia, ausência ou ocorrência mínima de esterilidade feminina na forma<br />

hermafrodita, resistência a insetos e alta produtividade de frutos por planta; fruto<br />

uniforme, com peso aproxima<strong>do</strong> de 0,45 kg/fruto, forma alongada, piriforme ou oval,<br />

casca lisa, sem manchas, polpa espessa, de coloração amarelo-alaranjada e de<br />

consistência firme, com altos teores de açúcares e ausência de o<strong>do</strong>r desagradável,<br />

bem como resistência a várias <strong>do</strong>enças específicas <strong>do</strong> fruto.<br />

Na região Norte <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Espírito Santo, Marin et al. (1989) estabeleceram, na<br />

seleção de cultivares <strong>do</strong> grupo “Solo”, nas condições de cultivo daquela região: altura<br />

das primeiras flores inferior a 70 cm, ausência ou ocorrência máxima de até 10% de<br />

flores hermafroditas estéreis, ausência ou ocorrência de até 20% de flores<br />

hermafroditas pentândricas, capacidade de produção acima de 80 frutos por planta;<br />

peso de fruto entre 400 e 750 gramas, formato de fruto piriforme, casca lisa, polpa<br />

consistente e de coloração vermelho-alaranjada.<br />

A base para os trabalhos de <strong>melhoramento</strong> <strong>genético</strong> <strong>do</strong> <strong>mamoeiro</strong> em vários países<br />

tem si<strong>do</strong> os estu<strong>do</strong>s <strong>genético</strong>s feitos por Hofmeyer (1938), Storey (1938), Awada<br />

(1953) e Horovitz (1954).<br />

A obtenção de cultivares de <strong>mamoeiro</strong> en<strong>do</strong>gâmicas foi o principal objetivo de<br />

trabalhos de <strong>melhoramento</strong> <strong>genético</strong> conduzi<strong>do</strong>s na Índia (Sing, 1953), Havaí (Storey,<br />

1953) e Porto Rico (Dhaliwal, 1966).


Efeitos depressivos da en<strong>do</strong>gamia sobre o vigor <strong>do</strong> <strong>mamoeiro</strong> não foram reporta<strong>do</strong>s<br />

em trabalhos conduzi<strong>do</strong>s por Sing (1953); Morin (1967) e Nakasone (1980). Em<br />

estu<strong>do</strong>s conduzi<strong>do</strong>s por Hofmeyer (1938), na África <strong>do</strong> Sul e por Hamilton (1954) <strong>no</strong><br />

Havaí, os autores também verificaram que autofecundações sucessivas não causaram<br />

efeitos depressivos sobre o vigor <strong>do</strong> <strong>mamoeiro</strong>.<br />

De acor<strong>do</strong> com Nakasone, cita<strong>do</strong> por Vasconcelos et al. (1982), <strong>no</strong> Havaí os trabalhos<br />

de <strong>melhoramento</strong> <strong>genético</strong> não exploram o efeito da heterose <strong>no</strong> <strong>mamoeiro</strong>, em função<br />

das linhagens oriundas <strong>do</strong> grupo “Solo” não apresentarem caracteres contrastantes,<br />

portanto, não sen<strong>do</strong> viável a exploração <strong>do</strong> vigor híbri<strong>do</strong> em trabalhos de<br />

<strong>melhoramento</strong> <strong>genético</strong>.<br />

A heterose ou vigor híbri<strong>do</strong>, fenôme<strong>no</strong> decorrente <strong>do</strong> cruzamento entre indivíduos<br />

contrastantes, tem si<strong>do</strong> observada na maioria das espécies, inclusive nas autógamas<br />

(Borém 1997). Estu<strong>do</strong>s acerca da divergência genética, ou seja, das diferenças nas<br />

frequências alélicas das populações, têm importância fundamental na escolha de<br />

variedades a serem utilizadas como genitores, uma vez que a distância genética entre<br />

os genitores é indicativa da expressão heterótica nas progênies (Falconer, 1981).<br />

No <strong>mamoeiro</strong>, efeitos benéficos da heterose foram observa<strong>do</strong>s por Lassoudiere<br />

(1968), trabalhan<strong>do</strong> com um híbri<strong>do</strong> F1, proveniente <strong>do</strong> cruzamento entre os genótipos<br />

“Philippine” x “Solo”, o qual se mostrou mais vigoroso e com florações mais precoces.<br />

Meka<strong>no</strong> e Nakasone (1975) observaram efeito positivo da heterose em cruzamentos<br />

interespecíficos de Carica cauliflora e Carica gou<strong>do</strong>tiana como genitores com Carica<br />

mo<strong>no</strong>ica. Em ambos os cruzamentos, a altura de plantas, diâmetro <strong>do</strong> caule, número e<br />

peso médio <strong>do</strong>s frutos da geração F1 foram significativamente superiores aos genitores<br />

mais vigorosos (C. cauliflora e C. gou<strong>do</strong>tiana).<br />

Tem-se observa<strong>do</strong> vigor híbri<strong>do</strong> na geração F1 <strong>do</strong>s cruzamentos entre “Solo” e outros<br />

genótipos contrastantes entre si, entretanto, o mesmo não acontece quan<strong>do</strong> o<br />

cruzamento é feito entre linhagens <strong>do</strong> grupo “Solo”, provavelmente devi<strong>do</strong> à relação<br />

genética muito próxima entre elas (Hamilton, 1954).


Vasconcelos et al. (1982) avaliaram seis linhas endógamas e quatro híbri<strong>do</strong>s oriun<strong>do</strong>s<br />

de cruzamento entre elas e observaram efeito positivo da heterose sobre a produção,<br />

número e peso de frutos, precocidade e altura de plantas entre os híbri<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong><br />

compara<strong>do</strong>s com as linhas.<br />

Storey (1953) cita que um <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s de <strong>melhoramento</strong> mais usa<strong>do</strong>s na cultura <strong>do</strong><br />

<strong>mamoeiro</strong> é o estu<strong>do</strong> da capacidade combinatória para produção de híbri<strong>do</strong>s, que<br />

consiste em reunir tantos genótipos quanto possível em um mesmo local e selecionar,<br />

dentre eles, aqueles que apresentam características mais desejáveis para serem<br />

usa<strong>do</strong>s <strong>no</strong>s cruzamentos.<br />

Giacometti e Mundin (1953) estudaram a capacidade combinatória em cruzamentos de<br />

dez genótipos de mamão dióico e hermafrodita introduzi<strong>do</strong>s <strong>no</strong> Instituto Agronômico<br />

de Belo Horizonte. Os autores não observaram combinações desejáveis,<br />

provavelmente, devi<strong>do</strong> à heterozigose <strong>do</strong>s genótipos utiliza<strong>do</strong>s <strong>no</strong>s cruzamentos.<br />

De acor<strong>do</strong> com Nakasone e Storey (1955), após o cruzamento entre cultivares<br />

contrastantes, duas estratégias podem ser utilizadas. A primeira consiste em conduzir<br />

as gerações subseqüentes por meio de autofecundações sucessivas, visan<strong>do</strong> a<br />

aumentar a probabilidade de se recuperar genótipos com caracteres desejáveis por<br />

meio da análise <strong>do</strong> “pedigree”; os retrocruzamentos são a segunda opção,<br />

especialmente se um <strong>do</strong>s progenitores apresenta características desejáveis para ser<br />

usa<strong>do</strong> como recorrente.<br />

Nakasone et al. (1972) citam que a melhoria das principais características da planta e<br />

<strong>do</strong> fruto <strong>do</strong> <strong>mamoeiro</strong>, poderá ser conseguida por meio de cruzamentos sistemáticos<br />

entre cultivares contrastantes. Entretanto, o processo de seleção demanda tempo,<br />

pois, junto com as características desejáveis, poderão ser introduzidas <strong>no</strong> <strong>no</strong>vo híbri<strong>do</strong><br />

outras características indesejáveis, acarretan<strong>do</strong>, dessa forma, demora na obtenção de<br />

cultivares com aceitação comercial.


Giacometti e Ferreira (1988) entendem que as etapas de seleção das progênies<br />

dependem da escolha <strong>do</strong>s progenitores de acor<strong>do</strong> com a herdabilidade de cada<br />

característica em estu<strong>do</strong>. Os mesmos autores sugerem duas alternativas para<br />

cruzamentos de <strong>mamoeiro</strong>s ginóico-andromonóico: a) cruzamentos entre progenitores<br />

de porte baixo e frutos com cor de polpa salmão, poden<strong>do</strong>, neste caso, já na geração<br />

F1, selecionar combinações híbridas desejáveis de porte baixo e frutos com polpa de<br />

cor salmão; e b) cruzamentos de um progenitor de porte alto e fruto de polpa<br />

alaranjada com outro de porte baixo e fruto de polpa cor salmão, sen<strong>do</strong>, nesse caso, a<br />

seleção efetuada entre os genótipos segregantes da geração F2, para plantas baixas e<br />

frutos de polpa cor salmão. Nas duas alternativas, se na geração F3, as qualidades <strong>do</strong><br />

fruto, tais como tamanho, consistência, sóli<strong>do</strong>s solúveis e sabor, não estiverem<br />

presentes entre as plantas selecionadas, retrocuza-se com um <strong>do</strong>s progenitores com<br />

características desejáveis. Na geração resultante <strong>do</strong> retrocruzamento, poder-se-ão<br />

obter plantas e frutos porta<strong>do</strong>res de características agronômicas desejáveis, as quais<br />

serão autofecundadas <strong>no</strong>vamente. Os genótipos seleciona<strong>do</strong>s na geração F3 serão<br />

autofecunda<strong>do</strong>s até a fixação ge<strong>no</strong>típica, o que deverá ocorrer nas gerações F7 ou F8.<br />

Em trabalhos conduzi<strong>do</strong>s <strong>no</strong> Havaí, Nakasone (1980) concluiu que a forma <strong>do</strong> fruto é<br />

um caráter herda<strong>do</strong> quantitativamente, enquanto o o<strong>do</strong>r forte semelhante a éter é um<br />

caráter controla<strong>do</strong> por gene simples recessivo. Também mostrou que os tipos de<br />

casca lisa são <strong>do</strong>minantes sobre os tipos de casca rugosa, e, em relação à cor de<br />

polpa, há evidencias de que a polpa vermelha é um mutante controla<strong>do</strong> por gene<br />

simples recessivo.<br />

Cattaneo (2001), em trabalho conduzi<strong>do</strong> em Linhares (ES), verificou que as<br />

características altura de florescimento, número de frutos por planta e peso de frutos,<br />

apresentaram alta herdabilidade <strong>no</strong> senti<strong>do</strong> restrito. Os resulta<strong>do</strong>s evidenciaram que<br />

méto<strong>do</strong>s simples aplica<strong>do</strong>s à seleção dessas características podem possibilitar ganhos<br />

expressivos. As características altura de plantas, diâmetro de caule e produtividade de<br />

frutos apresentaram baixa herdabilidade <strong>no</strong> senti<strong>do</strong> restrito, sugerin<strong>do</strong> a necessidade


de méto<strong>do</strong>s de <strong>melhoramento</strong> mais trabalhosos ou a seleção indireta para a obtenção<br />

de ganhos satisfatórios.<br />

Vários trabalhos de <strong>melhoramento</strong> tem si<strong>do</strong> conduzi<strong>do</strong>s pela UENF em convênio com<br />

a Caliman Agrícola S/A na região <strong>no</strong>rte <strong>do</strong> Espírito Santo. Dentre os muitos trabalhos<br />

conduzi<strong>do</strong>s e em andamento, ressalta-se o lançamento <strong>do</strong> híbri<strong>do</strong> <strong>do</strong> grupo ‘Formosa’<br />

UENF-Caliman 01, conheci<strong>do</strong> comercialmente como ‘Calimosa’.<br />

MELHORAMENTO GENÉTICO DO MAMOEIRO NO INCAPER<br />

Os trabalhos de Melhoramento Genético <strong>do</strong> Mamoeiro conduzi<strong>do</strong>s pelo INCAPER, têm<br />

contempla<strong>do</strong>, basicamente, quatro ações, a saber:<br />

OBTENÇÃO DE POPULAÇÕES SEGREGANTES DE MAMOEIROS DO<br />

GRUPO ‘FORMOSA’<br />

A obtenção de populações segregantes a partir de cruzamentos direciona<strong>do</strong>s,<br />

utilizan<strong>do</strong> genitores de alta produtividade e porta<strong>do</strong>res de características favoráveis<br />

que atendam os produtores e as exigências <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r, tem si<strong>do</strong><br />

priorizada pelo INCAPER. De posse de maior variabilidade genética abrem-se <strong>no</strong>vas<br />

perspectivas para os trabalhos de <strong>melhoramento</strong> <strong>genético</strong> da cultura, seja para<br />

populações ou para a obtenção de cultivares híbridas.<br />

OBTENÇÃO DE NOVOS CULTIVARES DE MAMOEIROS DO GRUPO<br />

‘FORMOSA’<br />

Trabalhos para a obtenção de <strong>no</strong>vos cultivares de <strong>mamoeiro</strong>s <strong>do</strong> grupo ‘Formosa’ são<br />

conduzi<strong>do</strong>s <strong>no</strong> INCAPER, visan<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong>, disponibilizar populações com alto<br />

potencial de en<strong>do</strong>gamia, para atender a demanda de peque<strong>no</strong>s e médios produtores.


Dessa forma, utilizan<strong>do</strong>-se de tec<strong>no</strong>logias simples, poderão produzir suas próprias<br />

sementes com baixo custo, a exemplo <strong>do</strong> que já acontece com genótipos <strong>do</strong> grupo<br />

‘Solo’.<br />

Nesse contexto, estão em fase de avaliações, 10 genótipos em 8 ambientes <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> Espírito Santo.<br />

Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s até o momento são promissores e, certamente, possibilitarão o<br />

lançamento de uma cultivar <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2010.<br />

OBTENÇÃO DE LINHAGENS ENDOGÂMICAS DE MAMOEIROS DO GRUPO<br />

‘FORMOSA’<br />

Várias linhagens de <strong>mamoeiro</strong>s <strong>do</strong> grupo ‘Formosa’ estão sen<strong>do</strong> trabalhadas <strong>no</strong><br />

programa, sen<strong>do</strong> que algumas entrarão em avaliações de capacidade geral e<br />

específica de combinação em estu<strong>do</strong>s dialélicos.<br />

OBTENÇÃO DE HÍBRIDOS SIMPLES, DUPLOS E TRIPLOS DE MAMOEIROS<br />

DO GRUPO ‘FORMOSA’<br />

A obtenção de linhagens en<strong>do</strong>gâmicas também permitiu ao Programa <strong>do</strong> INCAPER a<br />

obtenção de cultivares híbridas de <strong>mamoeiro</strong>s <strong>do</strong> grupo ‘Formosa’.<br />

Alguns estu<strong>do</strong>s e observações com as linhagens <strong>do</strong> Programa permitem antever boas<br />

possibilidades de obtenção de híbri<strong>do</strong>s simples, duplos e triplos de <strong>mamoeiro</strong>s de alta<br />

produtividade e boas características agronômicas.<br />

Os híbri<strong>do</strong>s duplos e triplos de <strong>mamoeiro</strong>s <strong>do</strong> grupo ‘Formosa’, em avaliações<br />

preliminares, evidenciaram boa estabilidade e adaptabilidade. Outro aspecto<br />

importante a ressaltar é o que trata da uniformidade <strong>do</strong>s frutos, especialmente em<br />

relação ao tamanho e formato. Apesar de exigir maior volume de trabalhos e implicar


em aumento de custo, acredita-se tratar de uma boa opção para o segmento<br />

produtivo.<br />

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