ACTA N.º 1 /2008 SESSÃO ORDINÃÂRIA DE 28-02-2008
ACTA N.º 1 /2008 SESSÃO ORDINÃÂRIA DE 28-02-2008
ACTA N.º 1 /2008 SESSÃO ORDINÃÂRIA DE 28-02-2008
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A S S E M B L E I A M U N I C I P A L<br />
D A<br />
F I G U E I R A D A F O Z<br />
<strong>ACTA</strong> N.º 1 /<strong>2008</strong><br />
SESSÃO ORDINÁRIA<br />
<strong>DE</strong> <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong>
ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
LOCAL - Sala das Sessões dos Paços do Município---------------------------------<br />
DATA - <strong>28</strong> de Fevereiro de <strong>2008</strong> -------------------------------------------------<br />
INICIO - 15h50------------------------------------------------------------------<br />
A sessão iniciou-se com a presença de:------------------------------------------<br />
PRESI<strong>DE</strong>NTE - Vítor Frederico da Silva Figueiredo Pais.................... PPD/PSD<br />
1º SECRETÁRIO - Joaquim José da Silva Barraca............................ PPD/PSD<br />
2º SECRETÁRIO - Artur Ferreira Mendes.................................... PPD/PSD<br />
MEMBROS - António Simões Martins de Oliveira. ................................PPD/PSD<br />
Manuel da Silva Caiano (em substituição) ............................PS<br />
António Francisco Guerra Padrão ................................ PPD/PSD<br />
Rui Manuel Marinheiro Carvalheiro ...................................PS<br />
João Manuel Pedrosa Russo ...........................................PPD/PSD<br />
Victor Manuel Barreto Marinho da Cunha ..............................PS<br />
Alberto Pedro Caetano .......................................... PPD/PSD<br />
António Francisco Gonçalves Soares Baião (em substituição) ..... PCP-PEV<br />
João Raul Henriques Sousa Moura Portugal ............................PS<br />
Ilídio Almeida Figueiredo ...................................... PPD/PSD<br />
Marina Resende Gomes da Silva .......................................PS<br />
António João Teixeira Paredes .......................................PS<br />
Antonino da Silva Oliveira ..................................... PPD/PSD<br />
Carlos Ângelo Ferreira Monteiro .....................................PS<br />
Bruno Manuel Samagaio dos Reis ................................. PPD/PSD<br />
João Carlos Marques e Silva Paulo ..........................IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE<br />
Tiago Patrício Cadima Jorge .................................... PPD/PSD<br />
Ana Cristina Gomes de Craveiro Paiva ................................PS<br />
Carlos Alberto da Silveira Cruto ............................... PPD/PSD<br />
Silvina da Silva Fonseca Anadio de Queiroz ...................... PCP-PEV<br />
Francisco Nuno Costa de Melo Biscaia ................................PS<br />
Carlos Jorge Pires Lourenço .................................... PPD/PSD<br />
Manuel Simões Mota (em substituição) ................................PS<br />
António José Dias de Sousa ..........................................PS<br />
PRESI<strong>DE</strong>NTES <strong>DE</strong> JUNTAS <strong>DE</strong> FREGUESIA<br />
(Alhadas) Jorge Manuel Rocha Oliveira ........................ PPD/PSD<br />
(Bom Sucesso) Victor Manuel Andrade Margato ...................... PPD/PSD<br />
(Borda do Campo) José António Carvalho Gaspar ....................... PPD/PSD<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
(Brenha) Fausto Fernando Santos Loureiro .........................PS<br />
(Buarcos) Carlos Fernando Moço Ferreira ...........................PS<br />
(Ferreira-a-Nova) Euclides Pagaimo de Jesus Frade .................... PPD/PSD<br />
(Lavos) Isabel Maria Ferreira Curado de Oliveira ........... PPD/PSD<br />
(Maiorca) José António Borges Ligeiro .............................PS<br />
(Marinha das Ondas) Jorge Manuel da Cunha (em substituição) ............ PPD/PSD<br />
(Moinhos da Gândara) Paulo Manuel Querido Rodrigues ..................... PPD/PSD<br />
(Paião) António José das Neves França ...................... PPD/PSD<br />
(Quiaios) José Augusto Azenha Marques ....................IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE<br />
(Santana) Fernanda do Rosário Oliveira ....................... PPD/PSD<br />
(S. Julião) Victor Manuel Silva Coelho ..............................PS<br />
(São Pedro) Carlos Manuel Azevedo Simão ....................IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE<br />
(Tavarede) Victor Manuel dos Santos Madaleno .......................PS<br />
(Vila Verde) João Filipe Carronda da Silva Antunes ...................PS<br />
Após verificação do quórum, deu-se início à sessão.-----------------------------<br />
SUBSTITUIÇÕES<br />
Foram substituídos os seguintes Membros: Vítor Manuel de Jesus Jorge por Manuel<br />
da Silva Caiano, Nelson César Santos Fernandes por António Francisco Gonçalves<br />
Soares Baião, Gonçalo Nuno Teixeira Duarte Venâncio por Manuel Simões Mota e<br />
António Eduardo São Pedro Almeida por Jorge Manuel da Cunha.--------------------<br />
JUSTIFICAÇÃO <strong>DE</strong> FALTAS<br />
Justificaram as suas faltas à sessão os Membros Vítor Manuel de Jesus Jorge,<br />
Nelson César Santos Fernandes, Gonçalo Nuno Teixeira Duarte Venâncio e António<br />
Eduardo São Pedro Almeida.------------------------------------------------------<br />
1- PERÍODO ANTES DA OR<strong>DE</strong>M DO DIA<br />
1.1 - INFORMAÇÃO DO PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL E LEITURA<br />
RESUMIDA DO EXPEDIENTE<br />
PRIMEIRO SECRETÁRIO, interveio para fazer a leitura resumida da correspondência<br />
recebida.-----------------------------------------------------------------------<br />
1.2 – APRECIAÇÃO DA <strong>ACTA</strong> DA SESSÃO <strong>DE</strong> 20 <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>ZEMBRO <strong>DE</strong> 2007<br />
JOÃO CARRONDA (PS), interveio dizendo: “queria dizer que há aqui um engano. É<br />
que na passada Assembleia Municipal já não esteve presente entre nós a Dr.ª<br />
Maria Amélia da Silva Guímaro e consta como estando presente.-------------------<br />
Depois na pág. 36, temos a fama que ganhamos bem, que temos algum proveito das<br />
nossas funções, mas para que as coisas fiquem esclarecidas diz aí no segundo<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
parágrafo: “mas andamos lá por carolice e um herói também tem que ter qualquer<br />
coisa de lucro”. Aquilo que se pretendia dizer, era “louco”, dado termos<br />
recebido aquele documento nas Juntas de Freguesia a considerarem os Presidentes<br />
uns heróis. Portanto convinha se fosse possível, corrigir.”---------------------<br />
PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “Sr. deputado estas suas anotações<br />
vão ser devidamente corrigidas e pedimos como é óbvio da parte do secretariado,<br />
desculpa pelos lapsos verificados. Vamos fazer as devidas correcções e pedia a<br />
vossa aprovação da acta que vos foi apresentada.”-------------------------------<br />
A Assembleia Municipal, deliberou por maioria com quarenta votos a favor (20 do<br />
PPD/PSD, 17 do PS e 3 dos Membros Independentes) uma abstenção do PCP-PEV,<br />
aprovar a acta da sessão da Assembleia Municipal de 20 de Dezembro de 2007.-----<br />
<strong>DE</strong>CLARAÇÃO <strong>DE</strong> VOTO<br />
ANTÓNIO BAIÃO (PCP-PEV), interveio dizendo: “abstive-me pelo facto de não ter<br />
estado presente na referida sessão.”--------------------------------------------<br />
1.3 - INTERVENÇÕES <strong>DE</strong> CARÁCTER GERAL<br />
VOTO <strong>DE</strong> PESAR PELO FALECIMENTO DO SR. ANTÓNIO MAIA CARDOSO<br />
JOSÉ LIGEIRO (PS), interveio para ler um voto de pesar pelo falecimento do Sr.<br />
António Maia Cardoso, documento que se dá por integralmente reproduzido<br />
constituindo o anexo número um à presente acta.---------------------------------<br />
PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais intervenções colocou o voto de pesar<br />
à votação.----------------------------------------------------------------------<br />
A Assembleia Municipal, deliberou, por unanimidade aprovar o voto de pesar pelo<br />
falecimento do Sr. António Maia Cardoso-----------------------------------------<br />
ECOPONTOS NO CONCELHO<br />
CARLOS MONTEIRO (PS), interveio dizendo: “sabemos que a Câmara Municipal fez a<br />
candidatura aos Centros Escolares de São Pedro e S. Julião/Tavarede. A questão<br />
que colocamos, é saber onde é que esses centros escolares vão ser implantados.<br />
Pensamos que é nosso direito termos conhecimento dessa localização, assim como<br />
consideramos que seria importante fazer-se uma discussão pública sobre essa<br />
mesma localização.--------------------------------------------------------------<br />
Também queria fazer uma intervenção relativamente aos ecopontos, dirigida ao Sr.<br />
Presidente da Câmara Municipal, que também julgo saber ser o Presidente da<br />
Assembleia da ERSUC. O investimento feito na sensibilização para a reciclagem é<br />
demasiado grande e demasiado importante para poder ser descurado. Assim,<br />
consideramos que é inadmissível o estado dos ecopontos do nosso concelho, sujos<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
e várias vezes cheios, sem poderem serem utilizados. É difícil ir com um jovem<br />
num carro a um ecoponto e depararmo-nos com esse ecoponto sujo e cheio. O jovem<br />
tem dificuldade em perceber que quando, estamos preocupados com o ambiente e<br />
reciclamos, andamos quilómetros e quilómetros de carro, à procura de um ecoponto<br />
onde possamos deixar os resíduos sólidos devidamente separados e ao mesmo tempo<br />
que estamos preocupados com o ambiente, simultaneamente andamos a poluir. Era<br />
este o alerta que queríamos fazer, relativamente a esses ecopontos.-------------<br />
Para terminar, queríamos solicitar uma cópia do estudo que foi encomendado pela<br />
Câmara Municipal, sobre os resíduos sólidos e respectivo levantamento e lavagem<br />
dos contentores.”---------------------------------------------------------------<br />
PONTE GALANTE<br />
ANTÓNIO PARE<strong>DE</strong>S (PS), interveio dizendo: “a Figueira da Foz, recentemente acabou<br />
por ser novamente notícia nacional, pelas piores razões. É uma situação que se<br />
vem repetindo e mais uma vez a Figueira aparece no mapa, mas pela negativa. A<br />
questão da Ponte Galante, que o PS atempadamente tem vindo a alertar que era um<br />
erro a diversos níveis, acaba por começar a dar razão ao PS, que a Câmara devia<br />
ter dado ouvidos aos figueirenses e que a Ponte do Galante fica conhecida como a<br />
obra de regime do PSD e da gestão do Eng. Duarte Silva, enquanto Presidente do<br />
Município.----------------------------------------------------------------------<br />
O PS já fez saber também publicamente, que seria bom que o vice-presidente<br />
pedisse a suspensão do mandato, enquanto as instâncias competentes para fazerem<br />
a averiguação e julgarem esta situação não se pronunciarem. Contudo, o que está<br />
em causa é uma questão realmente politica e que o PS alertou várias vezes para<br />
essa situação, com contornos pouco claros, denunciando uma gestão desastrosa e<br />
ficamos a aguardar por aquilo que o futuro ainda nos vai trazer, embora sejamos<br />
muito pessimistas. A conclusão daquela obra, é um atentado urbanístico, é um<br />
atentado à comunidade e é um atentado à Figueira da Foz.------------------------<br />
Em relação a um repto que o PS também lançou ao Sr. Presidente da Câmara, para<br />
que fizesse uma visita com os elementos do PS, podendo ser também com a Comissão<br />
Permanente, devia ser com todos os elementos pertencentes a esta Assembleia e<br />
alargo este convite a esta Assembleia Municipal e faço aqui directamente o<br />
convite que já o fiz publicamente, para que o Sr. Presidente da Câmara nos sirva<br />
de guia, para mostrar as obras do Governo no nosso Município, as obras que o Sr.<br />
Presidente se assume como porta-voz do Governo. Lançamos também um desafio que é<br />
que o Sr. Presidente nos leve a uma visita guiada, com os membros desta<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
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Assembleia Municipal às obras do município, nomeadamente para percebermos onde é<br />
que perto de cem milhões estão investidos e onde é que está a obra, ficamos a<br />
aguardar. Achamos que o Sr. Presidente se calhar não vai aceitar o repto. Quero<br />
aqui afirmar que não vivo no mundo do Sr. Presidente, vivo no mundo real, não<br />
vivo no mundo da aparência. É que eu e os figueirenses vivemos num mundo real e<br />
não nas aparências, não da falácia, não naquele mundo em que está transformado<br />
esta Câmara e que vive Sr. Presidente, do imobilismo, do despesismo, do<br />
desperdício.--------------------------------------------------------------------<br />
Como em todas as outras situações em casos de justiça, neste caso de justiça<br />
politica, dou o direito à presunção do Sr. Presidente, desde que nos consiga<br />
provar a esta Assembleia no terreno e de outras formas, que realmente não existe<br />
o mundo fictício que é o seu e que o Sr. Presidente mostre a realidade, porque a<br />
realidade é constrangedora para os figueirenses. Os figueirenses encontram-se<br />
num estado de auto-estima baixa, de desalento, a Figueira encontra-se quase num<br />
beco sem saída e é preciso fazer algo diferente. Contamos também com a<br />
colaboração e com a sensibilidade do Sr. Presidente, para o reencontro com o<br />
verdadeiro mundo, o mundo da realidade. Bem-vindo Sr. Presidente ao mundo da<br />
realidade, mostre-nos que estamos errados e que o seu mundo é que é realmente o<br />
correcto.-----------------------------------------------------------------------<br />
Vejo que os dois candidatos à Comissão Politica do PSD, apoiam a recandidatura<br />
do Eng. Duarte Silva. Quero aqui dizer que aprovo este ponto comum às duas<br />
candidaturas e que deve ser o Sr. Presidente, recandidato a um novo mandato,<br />
porque se deve submeter novamente a sufrágio, para ser avaliado por tudo aquilo<br />
que tem feito e por este ultimo voto de confiança que os figueirenses lhe deram,<br />
um voto de esperança e que realmente têm já manifestado o seu descontentamento.<br />
Esse descontentamento é visível, mas penso que o Sr. Presidente deve ter o<br />
direito a ser julgado, para não haver desculpas pelo que tem feito pela<br />
Figueira, pelo atraso estrutural e por aquilo que os figueirenses estão a viver,<br />
com consequências nefastas para todos.”-----------------------------------------<br />
ALBERTO CAETANO (PPD/PSD), interveio dizendo: “penso que o Sr. Eng. Duarte Silva<br />
não precisa que nós o defendamos, mas de facto não concordo nada com a linguagem<br />
que o Sr. deputado do PS aqui utilizou hoje. Acho que essa é uma linguagem não<br />
muito própria, para o meio em que nós estamos.”---------------------------------<br />
CARLOS CRUTO (PPD/PSD), interveio dizendo: “gostaria de dizer que é a primeira<br />
vez que vou usar da palavra nesta Assembleia, mas de facto o discurso repetitivo<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
do Sr. deputado António Paredes já nos cansa, porque é sempre a mesma coisa.<br />
Fazendo minhas as palavras aqui do meu colega de bancada Alberto Caetano, não me<br />
cabe a mim defender as “dores de parto” do Sr. Presidente da Câmara Municipal da<br />
Figueira da Foz. Agora, há uma coisa que o Sr. deputado tem que entender e que é<br />
o seguinte: é que toda uma série de planos, seja da Ponte Galante, seja do<br />
golfe, seja de não sei quantos, foram aprovados pelo PS e estamos a falar em<br />
termos de PS do Governo, do Governo, que os senhores de repente começam a<br />
camuflar toda uma série de situações. Ora isto não pode ser, esta linguagem já é<br />
cansativa, já é batida e não podemos continuar a ouvir destas coisas.”----------<br />
JOÃO PORTUGAL (PS), interveio dizendo: “a primeira questão era para fazer uma<br />
interpelação à mesa no sentido de que questionasse o Sr. deputado Caetano, sobre<br />
que tipo de linguagem, é que o nosso deputado do grupo parlamentar do PS<br />
utilizou, que fosse imprópria para esta Assembleia. Eu estive atento e de facto<br />
não me apercebi de nenhum tipo de linguagem, que não dignificasse e respeitasse<br />
este órgão.---------------------------------------------------------------------<br />
Ponto número dois, para responder à ultima intervenção do deputado do grupo<br />
parlamentar do PSD, dizendo que convinha que visse qual é a legislação e sobre o<br />
que é que o Governo se pronuncia, relativamente à Ponte Galante. De facto<br />
interessa ao PSD dizer que o Governo do PS aprovou aquele plano de pormenor, mas<br />
eu aproveito para mais uma vez aqui nesta Assembleia Municipal, dizer que o<br />
Governo do PS apenas tem competências para se pronunciar sobre os procedimentos<br />
que deviam e que foram pelos vistos depois do Governo ter aprovado. Se os<br />
procedimentos que antecederam a aprovação do Plano de Pormenor, por esta<br />
Assembleia Municipal, se foram cumpridos de acordo com a lei, não há na<br />
aprovação do PS qualquer menção. Se ler o relatório e a aprovação do Conselho de<br />
Ministros que se prenuncie ou que aprove aquele Plano de Pormenor, dizendo que<br />
está bem ou mal, o Governo só se pronuncia relativamente aos procedimentos. Sr.<br />
deputado, convinha que se quiser esclarecer esta situação, que tivesse acesso ao<br />
documento do Conselho de Ministros e veja quais são as competências do Governo<br />
na aprovação de planos desta ordem.”--------------------------------------------<br />
ALBERTO CAETANO (PPD/PSD), disse o seguinte: “não pretendo aqui entrar em<br />
diálogo, mas penso que o deputado Paredes também não precisa de advogado de<br />
defesa. De todas as maneiras, é uma questão de nós esperarmos e verificarmos a<br />
linguagem utilizada. Acho que a forma como nós nos entendemos aqui, como nós<br />
fazemos passar a palavra, que deve ser uma forma mais suave, porque de facto<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
penso que o Sr. Presidente da Câmara não deve ficar sujeito a este tipo de<br />
linguagem.”---------------------------------------------------------------------<br />
ANTÓNIO PARE<strong>DE</strong>S (PS), disse o seguinte: “peço a defesa da honra, porque também<br />
não preciso de advogados de defesa, defendo-me a mim próprio. Na minha<br />
intervenção, não usei uma linguagem em que em nada ou que de alguma forma<br />
pudesse ser ofensiva para a pessoa do Sr. Presidente. O Sr. Presidente merece<br />
enquanto pessoa, todo o respeito e consideração. Não utilizei nenhuma linguagem<br />
ofensiva, não pus em causa a honra e o bom-nome do Sr. Presidente, nem enquanto<br />
Presidente nem enquanto pessoa. Aquilo que eu fiz, por certo não vos deve<br />
agradar, foi aquilo que me compete, que é uma linguagem acutilante que é aquilo<br />
que os figueirenses esperam num partido responsável como o PS, que pede uma<br />
intervenção acutilante e construtiva. O PS, disponibilizou-se várias vezes para<br />
encontrar em conjunto com o partido que está no poder e com o Sr. Presidente,<br />
soluções não só para esta questão. Alertou nos diversos órgãos, na Câmara, no<br />
executivo e nesta Assembleia as situações e eu faço novamente um apelo, porque<br />
isto é um órgão de cidadania, é um órgão que nós devemos respeitar e pergunto se<br />
será que os senhores deputados não estão interessados em saber onde porventura<br />
os cem milhões ou perto de cem milhões de dívida, onde é que estão, onde é que<br />
foram gastos Não estão interessados em nome da Figueira É porque acima de<br />
tudo, antes de socialista eu sou figueirense e isso preocupa-me. Preocupa-me o<br />
estado em que se encontra a Figueira, obviamente seria muito mais interessante<br />
para mim vir aqui fazer uma intervenção mais doce, mais ao encontro do sistema e<br />
mais ao encontro do interesse do PSD e da actual maioria da responsabilidade do<br />
Eng. Duarte Silva e do PSD. Obviamente que essa não é a minha posição e o PS tem<br />
tido uma oposição pela positiva, tem apresentado propostas construtivas. Nós<br />
temos tido por parte do PSD, do Sr. Presidente e de todo o executivo sempre a<br />
mesma reposta. É uma resposta politicamente autista. Não lhe agrada aquilo que<br />
eu digo e se não agrada às pessoas que aqui estão este tipo de linguagem,<br />
paciência.----------------------------------------------------------------------<br />
Sr. Deputado Cruto é só para lhe dizer que cansados, andam os figueirenses.”----<br />
ANTÓNIO PADRÃO (PS), interveio dizendo: “apenas três referências que o Sr.<br />
deputado António João Paredes acabou de proferir, aliás é uma matéria que eu<br />
estou particularmente à vontade, porque para lhe ser franco não gosto do<br />
projecto do Ponte de Galante e não o votei. Relativamente ao conteúdo das suas<br />
palavras, devo-lhe dizer que quando refere o pedido de suspensão do mandato,<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
neste caso do vice-presidente da Câmara, que em primeiro lugar compete ao<br />
próprio como é óbvio, não compete a nenhum de nós estar a exercer esse tipo de<br />
sugestão.-----------------------------------------------------------------------<br />
Depois não lhe compete a si antecipar averiguações a decorrer, ou a substituir<br />
os órgãos próprios para o efeito, como certamente concordará. Agora se quiser<br />
levantar questões ligadas a suspeições de carácter, teríamos muito para<br />
conversar. Recordo-lhe por exemplo o percurso atribulado académico do seu<br />
Primeiro-ministro.”-------------------------------------------------------------<br />
JOÃO PAULO (IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE), interveio dizendo: “relativamente à sessão ordinária<br />
da Assembleia Municipal do passado dia 20 de Dezembro, no que diz respeito ao<br />
tema discutido, que tem a ver com a reversão de todas as decisões da Câmara<br />
Municipal sobre a alteração do regime do terreno correspondente à “Viela” que<br />
faz parte da Urbanização Sotto Mayor, nomeadamente no que diz respeito também à<br />
transferência do terreno do domínio publico Municipal para o domínio privado,<br />
desejava saber Sr. Presidente, que diligências foram até ao momento efectuadas,<br />
para o apuramento das declarações e dos actos descritos na acta da reunião de<br />
Câmara de 5 de Novembro de 2007, pelo vereador Paulo Pereira Coelho, fazendo<br />
nessa acta referência a casos de policia e se o processo já foi analisado pelo<br />
IGAT, a que conclusões é que chegou esta entidade e que factos foram apurados.”-<br />
RUI CARVALHEIRO (PS), disse o seguinte: “antes do motivo que levou a inscreverme<br />
para a intervenção, queria fazer uma nota prévia. É que o decorrer deste<br />
período antes da ordem do dia, dá-me hoje para fazer uma reflexão pequena sobre<br />
aquilo que aqui foi dito, nomeadamente quando a bancada do PSD nos transmite a<br />
imagem ou a ideia que está cansada das intervenções do PS. Cansados estamos nós<br />
do silêncio da bancada do PSD, sobre os assuntos importantes que se passam na<br />
Figueira da Foz e que são da responsabilidade da Câmara Municipal. O silêncio é<br />
neste momento ensurdecedor, e estamos há muito tempo cansados com o silêncio da<br />
bancada do PSD, sobre assuntos importantíssimos que se passam. A intervenção do<br />
Sr. deputado Padrão quebra um pouco isto que eu acabo de dizer e finalmente vejo<br />
alguém no PSD assumir publicamente que não gosta do projecto da Ponte do<br />
Galante. Foi preciso passarem vários anos, foi preciso que a Ponte do Galante<br />
voltasse às primeiras páginas dos jornais com o ênfase de notícia principal.<br />
Estou pessoalmente também preocupado com este facto, porque estive com termo de<br />
identidade e residência, por motivos que se prendem com este processo. Por acaso<br />
foram só 24h e infelizmente graças à doença da minha colega vereadora Natércia<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
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Crisanto, não foura isso provavelmente ainda hoje andávamos na barra do tribunal<br />
a discutir o tema. Será por isso que o deputado Padrão hoje aqui traz uma<br />
manifestação de desapreço pela Ponte do Galante Pelo menos quebra o silêncio o<br />
que já não é mau.---------------------------------------------------------------<br />
PONTE DOS ARCOS<br />
RUI CARVALHEIRO (PS), disse o seguinte: “a minha intervenção prende-se<br />
substancialmente com outro assunto importantíssimo para a Figueira, que é a<br />
substituição da Ponte dos Arcos. Ao abordar este tema, não estou sequer a acusar<br />
as forças partidárias, estou a acusar a gestão de processos que um projecto<br />
destes requer, porque é disso que se trata e gostava de saber e esta Assembleia<br />
com certeza e os figueirenses por maioria de razão, qual é o ponto de situação<br />
neste momento na Ponte dos Arcos.-----------------------------------------------<br />
Gostava de saber que planos alternativos no âmbito da protecção civil, se estão<br />
previstos para os impedimentos que já ocorreram durante horas, porque em<br />
primeiro lugar está em causa a saúde publica, porque o acesso ao hospital<br />
cortado durante horas põe em causa a saúde publica dos munícipes deste concelho<br />
e não só. Qual é o plano alternativo para quando efectivamente uma ambulância<br />
fica retida no meio da Ponte Edgar Cardoso, cujo projecto de reabilitação me<br />
levou ao tempo a solicitar que junto das Estradas de Portugal se fizesse uma<br />
reapreciação do projecto de segurança da intervenção viária que lá foi feita<br />
Felizmente que foi feita, porque depois dessa reunião na qual tive a honra de<br />
participar, não ocorreu mais nenhum acidente grave. Sei que o Sr. Presidente da<br />
Câmara Municipal tem informação das Estradas de Portugal sobre o assunto, que<br />
não se contentasse com iluminação dos topos da ponte, que não se contentasse com<br />
a repintura das marcas rodoviárias que lá foram executadas, ao meu ver<br />
precariamente, porque há um aspecto fundamental que é o pavimento. Aquele<br />
pavimento, no estado em que está provoca forças e basta conhecer um bocadinho de<br />
física, para perceber que a abordagem dos topos da ponte, quer seja de norte<br />
para sul, quer seja de sul para norte da actual Ponte dos Arcos, continua a<br />
estar demasiado perigosa e quer correcções de pavimento, quer medidas de acalmia<br />
de tráfego, para que a abordagem desses pontos de conflitualidade ou melhor de<br />
surpresa para o condutor, sejam suficientemente abordados à velocidade adequada.<br />
Não deixemos só para o condutor a responsabilidade do acidente, o gestor do<br />
espaço viário são as Estrada de Portugal ou é o organismo publico Estradas de<br />
Portugal, mas solicito à Câmara Municipal que não se contente com as<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
intervenções que eventualmente lá foram feitas, porque a meu ver não foram<br />
suficientes para prevenir qualquer acidente semelhante àqueles que já lá<br />
ocorreram. Estou a pensar acima de tudo nos transportes de grandes dimensões,<br />
como grandes camiões com grandes cargas, que não podem estar sujeitas àqueles<br />
desníveis de pavimento que lá estão, na abordagem dos dois topos da ponte.------<br />
Gostava de saber se existe alguma comissão de aconselhamento nesta Câmara<br />
Municipal, que esteja atenta àquele problema, porque é uma situação que desde<br />
que funcione não é grave, mas qualquer pequenina circunstância torna<br />
efectivamente para o concelho uma situação grave.-------------------------------<br />
Houve uma intervenção no espaço fronteiriço ao antigo quartel da Escola Prática<br />
de Serviços de Transportes, actual quartel de formação da GNR. Gostava de saber<br />
se aquele projecto foi suficientemente discutido, se existiu projecto, se foi<br />
uma intervenção avulsa, porque cada dia que lá passei durante a intervenção,<br />
verificava a colocação de grades mais bem colocadas, outras menos bem colocadas.<br />
Gostava de saber se aquilo foi objecto de uma intervenção avulsa, se houve um<br />
projecto especifico e feito por quem, em matéria de conhecimento para aquela<br />
intervenção. Por aquilo que conheço daquele quartel, creio que não estão<br />
esgotadas as potencialidades de aparqueamento de pessoas afectas ao mesmo<br />
quartel. Não sei se estou errado em termos desta opinião, porque conheço<br />
suficientemente o quartel, fui lá militar.--------------------------------------<br />
Estamos a começar a primavera, um dia destes aproxima-se o verão, eu sei que<br />
eventualmente não há dinheiro para aquela intervenção na passagem de peões em<br />
frente à escola João de Barros. Foi uma intervenção que foi publicitada como<br />
sendo uma intervenção modelo, eu que considero uma boa intervenção, realmente<br />
desconheço neste momento a razão pela qual o exemplo ainda não foi multiplicado,<br />
existem eventualmente outros espaços tão ou mais perigosos quanto aquele que<br />
exigiriam uma intervenção do género. A iluminação à noite é fundamental, mas não<br />
é só com a iluminação que se previne a sinistralidade na passagem de peões, é<br />
com marcas rodoviárias bem mais baratas que se pode fazê-lo. Há várias passagens<br />
de peões nesta cidade, já não vou para fora da cidade, estou a falar da cidade<br />
que quer a intervenção permanente, não quer a intervenção para o verão. Os<br />
figueirenses têm direito a ser tratados em matéria de segurança rodoviária, com<br />
a mesma qualidade dos turistas, que nos visitam.--------------------------------<br />
Outra questão, as obras da Rua 5 de Outubro, que ao tempo de vereador me recordo<br />
de ter discutido o projecto de intervenção, quando se começam essas obras,<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
quando se requalifica aquela zona é uma pergunta que faço.”---------------------<br />
CENTROS EDUCATIVOS<br />
SILVINA QUEIROZ (PCP-PEV), interveio dizendo: “tínhamos como intenção neste<br />
período antes da ordem do dia perguntar a esta Assembleia se o que temos a dizer<br />
sobre o QREN e as Cartas Educativas, se o faríamos neste período de antes da<br />
ordem do dia, ou se aguardaríamos pela informação do Sr. Presidente, na<br />
sequência do documento escrito, para nos fazer um ponto de situação em relação à<br />
candidatura e depois, dependendo desse ponto de situação, apresentarmos ou não a<br />
moção que temos connosco.”------------------------------------------------------<br />
De seguida leu um texto sobre os Centros Educativos, documento que se dá por<br />
integralmente reproduzido constituindo o anexo número dois à presente acta.-----<br />
CARLOS MONTEIRO (PS), disse o seguinte: “sobre este assunto nós temos aqui<br />
alguns pontos de encontro. Na realidade, todos nós somos a favor dos Centros<br />
Educativos de S. Pedro, e do de S. Julião/Tavarede e todos nós ansiamos que eles<br />
sejam concretizados o mais depressa possível. Também todos concordamos que não<br />
faz sentido andar a fechar escolas, se não existirem espaços alternativos.<br />
Contudo, em algumas coisas o nosso conhecimento não é igual àquele que a<br />
deputada Silvina Queiroz apresentou, ou não temos o conhecimento que a verba de<br />
esforço das autarquias tenha passado de 30% para 70%. Nessa perspectiva e como o<br />
nosso conhecimento não é esse, não podemos subscrever essa moção. Contudo, todos<br />
nós concordamos com a construção e o arranque dos Centros Educativos, esses dois<br />
referidos e os dois que estão na Carta Educativa o mais rapidamente possível e<br />
concordamos que na verdade não havendo escolas novas não podemos andar a fechar<br />
escolas antigas.”---------------------------------------------------------------<br />
SILVINA QUEIROZ (PCP-PEV), disse o seguinte: “estes dados é óbvio que os não<br />
inventei, decorrem de tudo aquilo que sabemos, de toda a comunicação social<br />
produzida sobre a matéria e de conversas que temos tido com autarcas, daí que o<br />
esclarecimento passará com certeza por nesse ponto da situação em que o Sr.<br />
Presidente tomará da palavra, dizer se de facto assim não foi, que de repente o<br />
que é suposto que as autarquias paguem é muito mais, substancialmente mais do<br />
que ao principio havia sido conversado e protocolado.”--------------------------<br />
ISABEL OLIVEIRA (PPD/PSD), interveio dizendo: “em relação a esta situação dos<br />
Centros Escolares, admito que haja necessidade de fazer alguns Centros<br />
Escolares, mas quando a esmola é grande o pobre desconfia. Desconfiei desde o<br />
principio de tanto Centro Escolar e de tanta construção e tanta verba para<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
Centros Escolares e que com esta preocupação dos Centros Escolares, nos estamos<br />
é a esquecer do parque escolar que está a ficar completamente degradado, pelo<br />
menos na minha Freguesia.”------------------------------------------------------<br />
PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse o seguinte: “não tenho nenhum esclarecimento<br />
adicional, para além daquele que foi feito em conferência de imprensa e que é do<br />
conhecimento publico àcerca de 15 dias, em conjunto com os meus colegas de<br />
Montemor e de Cantanhede, quanto às reservas que nós tínhamos e às nossas<br />
preocupações que as pusemos ao Governo, demos conhecimento delas e até agora não<br />
tivemos qualquer resposta. Sobre aquilo que são as nossas preocupações, as<br />
nossas reservas a ausência total de resposta relativamente à candidatura que<br />
apresentámos para os Centros Escolares, não tenho qualquer esclarecimento do<br />
Governo que não nos foi dado. Como é sabido, houve uma audiência marcada com o<br />
Sr. Secretário de Estado, que depois não se pôde realizar por problemas de<br />
agenda do Sr. Secretário de Estado e até agora, o que é facto é que ele ainda<br />
não teve tempo nos receber e os serviços também não nos prestaram qualquer<br />
resposta às questões e preocupações por nós levantadas. Infelizmente eu aí não<br />
posso ajudar em nada relativamente às questões que a Sr.ª deputada colocou.”----<br />
PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais intervenções colocou a moção à<br />
votação.------------------------------------------------------------------------<br />
A Assembleia Municipal, deliberou, por maioria com dezoito votos a favor (15 do<br />
PPD/PSD, 2 do PCP/PEV e 1 do Membro Independente), com oito votos contra do PS e<br />
com quinze abstenções (7 do PPD/PSD, 6 do PS e 2 dos Membros Independentes),<br />
aprovar a moção apresentada pelo Grupo Municipal do PCP-PEV, sobre os Centros<br />
Escolares.----------------------------------------------------------------------<br />
REDUÇÃO DO PO<strong>DE</strong>R <strong>DE</strong> COMPRA DOS FIGUEIRENSES<br />
JOÃO PORTUGAL (PS), interveio dizendo: “a minha intervenção prende-se com o<br />
facto de o PS já muitas das vezes ter dito quer nesta Assembleia Municipal, quer<br />
na própria comunicação social, que esta Câmara está sem rumo, sem estratégia e<br />
que os nossos concelhos vizinhos deste distrito têm-nos ultrapassado em diversos<br />
factores. Muitas das vezes vemos que empresas não se fixam na Figueira da Foz,<br />
mas que se fixam no resto do distrito. Muitas das vezes vemos os concelhos<br />
vizinhos a desenvolverem-se e a Figueira da Foz a andar para trás. Citava aqui<br />
um exemplo, que são os dados do Instituto Nacional de Estatística, um instituto<br />
isento e imparcial, que no final de 2007 publicou os índices do poder de compra<br />
dos portugueses e esse índice do poder de compra centra-se entre os anos de 20<strong>02</strong><br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
e 2005, altura em que o Eng. Duarte Silva e esta maioria estavam à frente dos<br />
destinos do nosso concelho. De facto a Figueira tal como o PS temia, perde seis<br />
posições no ranking nacional no índice do poder de compra. Podíamos dizer, ou a<br />
oposição dizer que esta perda de seis lugares no ranking nacional se devia à<br />
lógica nacional. O que é facto, é que outros concelhos subiram no ranking e para<br />
dar um pequeno exemplo de alguns concelhos deste distrito, Condeixa subiu uma<br />
posição, Lousã subiu oito posições, Miranda subiu 39 posições, Montemor subiu 29<br />
posições, Penacova subiu 12 posições, Pampilhosa subiu 20 posições, Soure subiu<br />
15 posições. Nazaré não é do distrito, mas para dar o exemplo de uma terra à<br />
beira mar, subiu 20 posições. Há muitos concelhos que têm aumentado o seu índice<br />
de poder de compra e por cá a actual situação deve-se única e simplesmente à<br />
falta de estratégia desta autarquia e ao desenvolvimento que está a passar ao<br />
lado do concelho da Figueira da Foz. Contra factos não há argumentos, estes<br />
dados não são do PS, são dados do Instituto Nacional de Estatística que<br />
comprovam mais uma vez aquilo que o PS tem dito ao longo destes anos, que o<br />
nosso concelho está a perder terreno, é um concelho sem estratégia e os<br />
figueirenses estão a ser vitimas da má gestão desta Câmara Municipal. Seis<br />
posições não é alarmante, mas de facto o que é mais alarmante é que ainda não há<br />
os dados do Instituto Nacional de Estatística entre 2006 e 2007 e nós PS,<br />
tememos que entre 2007/2009 ainda se venham a agravar. Vamos aguardar por eles,<br />
mas deixamos aqui um concelho a esta autarquia: é preciso mudar de rumo, é<br />
preciso ter uma estratégia e pôr a Figueira no mapa pelos melhores motivos e não<br />
pelos piores motivos, conforme o Instituto Nacional de Estatística ainda há<br />
poucos meses nos deu prova disso.”----------------------------------------------<br />
SILVINA QUEIROZ (PCP-PEV), interveio dizendo: “é apenas para manifestar aqui a<br />
nossa perplexidade perante o que foi afirmado em relação à baixa de posições do<br />
município, quanto ao poder de compra. É fantástico como é a que uma situação de<br />
recessão económica, de desemprego crescente, porque o desemprego não pode ser<br />
maquilhado, nomeadamente neste distrito, nomeadamente neste concelho, se não<br />
associa a baixa de posições no poder de compra das populações, com as politicas<br />
governamentais, mas sim imputam as responsabilidades à Câmara Municipal. É<br />
evidente que a Câmara Municipal tem o dever de zelar por esta população e de<br />
gerir o Município. Faz parte das suas competências, isso está na Lei nº 169 e 5-<br />
A e quando não nos lembramos vamos ler e ficamos a saber tudo direitinho. Agora<br />
não podemos esquecer-nos, que por exemplo no concelho da Figueira da Foz têm<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
vindo a encerrar empresas, algumas delas com elevado número de trabalhadores.<br />
Refiro-me aqui como exemplo à industria naval, que quando precisou que o Governo<br />
lhe desse a mão, nomeadamente para acesso a linhas de crédito, esse dar de mão<br />
lhe foi negado e esses trabalhadores foram lançados em situação de elevada<br />
precariedade, porque viram as suas vidas complicadas.---------------------------<br />
O abaixamento do poder de compra tem a ver em primeira análise com as politicas<br />
levadas a cabo pelo Governo do País, no concelho da Figueira da Foz e nos outros<br />
concelhos e o encerramento de empresas é muito da responsabilidade do Governo da<br />
Nação.”-------------------------------------------------------------------------<br />
JOÃO PORTUGAL (PS), disse o seguinte: “este estudo do INE refere-se a 20<strong>02</strong>/2005<br />
e portanto em Governos do PSD. Há concelhos com o mesmo Governo, como Condeixa,<br />
Lousã, Miranda, Montemor, Penacova, Soure, do nosso distrito, portanto soube por<br />
exemplo Miranda 39 posições, Montemor 29, é que o Governo para a Câmara<br />
Municipal da Figueira da Foz é o mesmo para Montemor, ou Penacova ou Pampilhosa,<br />
ou Condeixa ou Lousã. Não há Governos do País diferentes de concelho para<br />
concelho. Se as situações económicas são as mesmas no País, o que muda é a<br />
estratégica concelhia. O poder económico a nível nacional também tem baixado um<br />
pouco, não vamos desmentir, mas o que é certo é que com as mesmas condições<br />
económicas, muitos dos concelhos deste distrito subiram muitas posições. Como é<br />
que explica a deputada Silvina Queiroz, que concelhos com o mesmo Governo,<br />
subiram 39, 29, 12, 15, 20, 8, 6, 7, 8, 9 posições e o da Figueira tenha baixado<br />
6 posições”--------------------------------------------------------------------<br />
REVISÃO DA LEI ELEITORAL DOS ÓRGÃOS DAS AUTARQUIAS LOCAIS<br />
JOÃO RUSSO (PPD/PSD), interveio dizendo: “encontra-se em estudo a revisão da Lei<br />
Eleitoral para os Órgãos Autárquicos. Há uma proposta de revisão conjunta do PS<br />
e do PSD, esta proposta é sem duvida globalmente positiva, mas entendemos que<br />
precisa de alguns retoques para ser melhorada. Importa dizer ainda que a actual<br />
lei tem-se revelado mais ou menos adequada, mas reconhecemos que possa ser<br />
melhorada e adaptada às circunstâncias actuais. Entendemos que o modelo a<br />
adoptar e que consta dessa proposta para o preenchimento de lugares para o<br />
executivo camarário, bem como para o preenchimento das vagas que possam<br />
eventualmente ocorrer, parece-nos um modelo adequado, embora pudesse ser<br />
inclusive mais aberto, dando outras possibilidades ao Presidente da Câmara.-----<br />
Entendemos também que é de saudar que a Assembleia Municipal passe a ter os seus<br />
poderes reforçados, portanto é sem duvida uma proposta correcta. No entanto,<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
existe uma situação a par de outras e que diz respeito ao papel dos Presidentes<br />
de Junta nas Assembleias Municipais. Parece-nos que o papel que se pretende para<br />
os Presidentes de Junta, não é no nosso entender o mais adequado. Sabemos que os<br />
Presidentes de Junta são o elo mais próximo e o elo mais adequado para aproximar<br />
a população do poder politico, por isso são pessoas que estão diariamente em<br />
contacto com a população, conhecem perfeitamente a realidade do município tão<br />
bem ou muitas vezes melhor do que os restantes membros da Assembleia Municipal e<br />
por isso nós entendemos, não devem ter o seu papel minorado, ou seja, que não<br />
devem deixar de poder votar o plano e orçamento do município. Sem embargo de<br />
outras considerações que poderiam ser feitas a propósito da lei, que é nossa<br />
obrigação aqui sem duvida e aliás na sequência da ultima sessão da Assembleia<br />
Municipal que também falámos sobre isso, que poderiam serem feitas, o Grupo<br />
Municipal do PSD quer apresentar uma moção para pôr à consideração da Assembleia<br />
Municipal.”---------------------------------------------------------------------<br />
De seguida leu uma moção sobre a Revisão da Lei Eleitoral dos Órgãos das<br />
Autarquias Locais, documento que constitui o anexo número três à presente acta.-<br />
JOÃO CARRONDA (PS), interveio dizendo: “essa moção faz o seu sentido, com<br />
certeza que reforçada pelo momento que vivemos, quer a nível nacional quer a<br />
nível concelhio. Aquilo que posso lamentar, enquanto Presidente de Junta no meu<br />
segundo mandato, é em termos da Câmara nunca se ter constituído um órgão, uma<br />
entidade, um serviço que pudesse responder melhor perante muitos dos anseios dos<br />
Presidentes da Junta e das suas justas reclamações, que muitas das vezes são<br />
feitas e ficam sem resposta ou a resposta é dada tardiamente. Esta é a minha<br />
experiência e fico muito feliz em relação a esse reconhecimento. Os Presidentes<br />
de Junta ultimamente têm sido reconhecidos para muita coisa, fico feliz que<br />
algumas pessoas os comecem a reconhecer como pessoas lutadoras, de proximidade,<br />
como pessoas de primeira linha em termos autárquicos e que são eles que de facto<br />
sentem na pele mais do que ninguém, as dificuldades das populações com as quais<br />
lidam diariamente. No fundo era essencialmente isso, obrigado pelo seu<br />
reconhecimento.”----------------------------------------------------------------<br />
SILVINA QUEIROZ (PCP-PEV), disse o seguinte: “nós vamos votar jubilosamente a<br />
favor a moção que nos é apresentada pelo Grupo Parlamentar do PSD e vamos fazêlo,<br />
porque em 20 de Dezembro de 2007 aqui trouxemos uma moção sobre a nova lei<br />
que andava já na altura a ser construída e os acordos já eram conhecidos a nível<br />
do PS e do PSD, nomeadamente em torno desta lei e em que chamámos a atenção<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
muito clara para estas “pechas” que o Dr. João Russo hoje vê. Nós estamos muito<br />
satisfeitos e lamentamos que em 20 de Dezembro a nossa proposta tenha sido<br />
reprovada, com 36 votos que vieram do PS e do PSD, tendo apenas merecido para<br />
além dos votos a favor da CDU, duas abstenções de independentes e de uma Sr.ª<br />
Presidente de Junta. Mas mais vale tarde do que nunca, nós estamos muito felizes<br />
por este assumir de uma questão tão relevante.”---------------------------------<br />
AUGUSTO MARQUES (IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE), disse o seguinte: “como já vem sendo hábito<br />
nesta Assembleia, vou ser mais uma vez politicamente incorrecto e vou por uma<br />
razão muito simples, porque acho demasiado tarde para que essa proposta seja<br />
votada. Não sei qual foi a atitude dos restantes Presidentes de Junta<br />
relativamente a esta questão, no entanto a Freguesia de Quiaios votou em devido<br />
tempo e fê-la seguir para os órgãos competentes, uma moção a dar conta da sua<br />
indignação perante esta situação junto dos vários grupos parlamentares e junto<br />
do Governo. É pena, mas mais vale tarde do que nunca, que a Assembleia Municipal<br />
acorde só agora a poucos dias do acordo ser firmado em termos finais.-----------<br />
Queria dizer também que para pior, já basta assim. Isto para dizer o quê Termos<br />
uma lei pior no que tem a ver com a participação dos Presidentes de Junta na<br />
Assembleia Municipal, é preferível ter aquela que temos, porque na realidade há<br />
aqui duas coisas que antes de mais quero dizer: não faz sentido nenhum que os<br />
Presidentes de Junta ou quem quer que seja, esteja numa Assembleia deste tipo,<br />
ou está na totalidade ou não está. Ou vota tudo ou não vota, esse penso que é<br />
quase um ponto de honra para os Presidentes de Junta.---------------------------<br />
Por outro lado, entendo e por isso digo que sou politicamente incorrecto, que os<br />
Presidentes de Junta não deviam ter sequer assento na Assembleia Municipal, na<br />
medida em que distorcem a votação para a Assembleia Municipal. Acho que era<br />
tempo e a lei aqui acho que foi um pouco longe, da Assembleia Municipal ser<br />
constituída de outra forma e isso sim teria o meu acordo na totalidade e seria<br />
basicamente da seguinte maneira: é que nós continuamos a ter um conjunto de<br />
pessoas a representar o concelho, que não uma grande parte das Freguesias, são<br />
uma grande parte das vezes apenas de sede do concelho. Os Presidentes de Junta<br />
sabem que têm bastantes constrangimentos quando estão a votar o que quer que<br />
seja nesta Assembleia. Era tempo de clarificarmos tudo isto e de a Assembleia<br />
Municipal ser composta tal qual é composta a Assembleia da Republica ou seja,<br />
haver representantes das Juntas de Freguesia votados por círculos eleitorais que<br />
correspondiam às Freguesias e dessa maneira os Presidentes de Junta ficavam<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
completamente livres da Assembleia e o elo de ligação entre as Freguesias e a<br />
Assembleia eram de facto os que eram eleitos de forma directa, sem serem os<br />
Presidentes de Junta. Essa do meu ponto de vista era a forma correcta e era para<br />
aí que deveríamos ter evoluído, só que isso provavelmente retirava algum poder a<br />
quem gosta de ter tudo na mão e gosta de concentrar, essa é a grande questão que<br />
não foi levantada. Vou votar favoravelmente a proposta que o PSD aqui faz,<br />
porque acho que é um mal menor, mas na realidade aquilo que penso, é que de uma<br />
vez por todas os Presidentes de Junta não deviam ter assento na Assembleia<br />
Municipal e devia ser dada mais autonomia às Freguesias.”-----------------------<br />
JOÃO RUSSO (PPD/PSD), disse o seguinte: “em relação ao que referiu a deputada<br />
Silvina Queiroz, queria chamar a atenção que em 20 de Dezembro nós ainda não<br />
conhecíamos o Projecto de Lei que estava a ser elaborado. Nós não o conhecíamos,<br />
ele aparecia apenas nos jornais e o seu teor não era totalmente conhecido,<br />
apenas se sabia mais ou menos o que é que ele visava. Por isso, tive o cuidado<br />
de dizer nessa Assembleia Municipal, que devíamos aguardar por outra<br />
oportunidade, nomeadamente depois de conhecermos integralmente o Projecto de<br />
Lei.----------------------------------------------------------------------------<br />
Quanto ao Sr. Presidente da Junta de Quiaios, eventualmente poderíamos entender<br />
que os Presidentes de Junta não deveriam fazer parte da Assembleia Municipal, o<br />
que é certo é que o projecto os inclui. Mal ou bem, entendo que não é<br />
minimamente razoável, que uns deputados sejam deputados de primeira, ou seja com<br />
todos os poderes e outros deputados como os Presidentes de Junta, não possam<br />
votar o Plano e Orçamento e isso será no meu entender uma aberração. Na<br />
Assembleia de Republica, os deputados têm todos os mesmos direitos e deveres,<br />
têm todos as mesmas competências. Por exemplo, os deputados que são<br />
representantes dos Açores e da Madeira, podem perfeitamente votar o Plano e<br />
Orçamento do País, por isso não há ali assim deputados de primeira e de segunda.<br />
Tendo em conta que se pretende com este Projecto de Lei manter os Presidentes de<br />
Junta nesta Assembleia Municipal por um voto indirecto, entendo que eles devem<br />
ter os mesmos direitos e os mesmos deveres. Por isso congratulo-me com a sua<br />
posição de votar a favor desta proposta.”---------------------------------------<br />
CARLOS MOÇO (PS), interveio dizendo: “faço parte da Associação Nacional de<br />
Freguesias e este assunto a que o Sr. deputado João Russo se referiu, é um<br />
assunto em debate e que vai ser objecto de análise e de tomada de posição no dia<br />
27 de Março, no congresso que vai decorrer na Madeira. Estão neste momento a<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
decorrer conversões entre a representação da ANAFRE e o Governo sobre esta<br />
matéria e estou convencido que até lá alguma coisa se vai alterar, mas também<br />
sei que se nada se alterar a ANAFRE tomará uma posição sobre esta matéria. É<br />
óbvio que o sentido dessa orientação, será pretender que os Presidentes da Junta<br />
sejam Presidentes de Junta a corpo inteiro. Sobre esta moção que o Sr. deputado<br />
João Russo apresentou, com o devido respeito concordo com ela, mas pelo que sei<br />
e porque estou por dentro do assunto, vou-me abster por enquanto, dado que estão<br />
a decorrer conversações sobre o assunto.”---------------------------------------<br />
FERNANDA DO ROSÁRIO (PPD/PSD), interveio dizendo: “também pertenço à ANAFRE, e<br />
houve uma reunião em que todos os Presidentes de Junta do distrito quer sócios<br />
inscritos na ANAFRE, quer não, foram convocados para debater este Projecto de<br />
Lei, com a presença do Sr. Presidente da ANAFRE. Por acaso, do concelho da<br />
Figueira da Foz, só lá estava eu. A ANAFRE já foi a uma reunião com a comissão<br />
onde além deste ponto, do projecto que foi debatido, apresentou também algumas<br />
incoerências, entre este projecto e a Lei das Finanças Locais, que têm coisas<br />
diferentes, portanto não estão em consonância uma coisa com a outra. Vão<br />
novamente convocar os Presidentes de Junta para se manifestarem, porque a lei<br />
foi aprovada na generalidade, mas ainda não foi aprovada na especialidade. Em<br />
resposta ao colega de Quiaios, digo que ainda não é tarde para resolver a<br />
situação e corrigir algumas coisas.”--------------------------------------------<br />
PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais intervenções colocou a moção à<br />
votação.------------------------------------------------------------------------<br />
A Assembleia Municipal, deliberou, por maioria com trinta e dois votos a favor<br />
(22 do PPD/PSD, 6 do PS, 2 do PCP-PEV e 2 dos Membros Independentes) e com doze<br />
abstenções (11 do PS e 1 do Membro Independente), aprovar a moção sobre a<br />
Revisão da Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais.----------------------<br />
LIVRO VER<strong>DE</strong> – MOBILIDA<strong>DE</strong> URBANA<br />
RUI CARVALHEIRO (PS), interveio dizendo: “parece-me um assunto importante para o<br />
futuro da comunidade em matéria de nova cultura de mobilidade urbana, um<br />
documento chamado livro verde, aprovado pela Comissão das Comunidades Europeias<br />
em 25/09/2007. Está neste momento em discussão publica, porque qualquer cidadão<br />
se pode manifestar relativamente às propostas que este livro verde aqui trás e a<br />
entidade que está neste momento a promover a discussão, já o fez em dois fóruns,<br />
um em Lisboa, outro no Porto, sobre a nova cultura da mobilidade nos espaços<br />
urbanos. Isto é tão transversal em todos os aspectos, desde a formação da nossa<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
sociedade a nível escolar, até aos utentes mais idosos no espaço que é a cidade,<br />
com as deficiências todas de construção que nós conhecemos, por mau projecto,<br />
por má definição de estratégia de gestão do espaço urbano, de gestão de um modo<br />
geral dos planos de urbanização, onde normalmente está sempre associado um<br />
projecto das mais variadas especialidades, mas nunca está um projecto que se<br />
preocupe com a mobilidade do cidadão, por exemplo que se desloca para o espaço<br />
escolar e é importante de uma vez por todas acabar com aquele espectáculo às<br />
8h30, da manhã junto às escolas, que entopem todo o espaço urbano até na nossa<br />
cidade. Era importante rever como é que os estudantes nomeadamente em idade de<br />
se auto-locomoverem se podem deslocar para esses espaços. É importantíssimo que<br />
mais nenhum plano urbanístico deixe de contemplar essa vertente, a vertente da<br />
mobilidade urbana como o andar a pé e o andar de bicicleta, como já se verifica<br />
em países onde essa forma de mobilidade há muito tempo se instalou.-------------<br />
Hoje é impossível que as famílias confiem nos seus filhos para se autolocomoverem,<br />
porque não confiam no espaço que lhes é proposto para deslocação.<br />
Há bem pouco tempo grande parte das pessoas se insurgiu contra os trinta<br />
quilómetros horários no espaço urbano. É evidente que os trinta quilómetros<br />
horários não serão no espaço urbano genericamente, serão em espaços urbanos onde<br />
os residentes, quer pela idade que têm, quer pela função que desempenham,<br />
nomeadamente se existem escolas, onde pessoas com dificuldade de audição, de<br />
locomoção atravessam o espaço viário destinado aos automóveis, todo este<br />
projecto tem que incluir no futuro a engenharia do espaço viário, sempre<br />
esquecida em todos os projectos até hoje feitos.--------------------------------<br />
Na discussão onde estive, não verifiquei a presença de autarcas da Figueira da<br />
Foz. Não sei a Câmara Municipal da Figueira da Foz está sensibilizada para a<br />
discussão deste “Livro Verde” dos transportes urbanos, é uma preocupação da<br />
Comunidade Europeia, é uma preocupação transversal a toda a comunidade e<br />
portanto Portugal não é excepção e como nós temos esta problemática muito<br />
atrasada em matéria de planeamento, gostaria muito de ver a Câmara da Figueira<br />
da Foz interessada, preocupada e a propor algumas medidas no âmbito da discussão<br />
do “Livro Verde”. É apenas de sensibilização esta minha preocupação, para que no<br />
futuro o planeamento urbanístico contemple sem duvida nenhuma a mobilidade dos<br />
cidadãos nas mais diversas vertentes, porque todos sabemos que hoje isso não<br />
está planeado.”-----------------------------------------------------------------<br />
JOÃO RUSSO (PPD/PSD), disse o seguinte: “duas notas muito breves, fiquei um<br />
19
ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
bocado estupefacto com a intervenção do Sr. deputado João Portugal porque ele<br />
referiu que aquelas estatísticas tenebrosas eram do ano 20<strong>02</strong>/2005 e referiu que<br />
eram do período do Governo do PSD e fico muito satisfeito, por 2005 a <strong>2008</strong> no<br />
período do Governo do PS o desemprego ter diminuído, a educação ter melhorado e<br />
os professores estarem mais satisfeitos, os cuidados de saúde estarem mais<br />
adequados à população, a inflação ter diminuído e o custo de vida também. Fico<br />
muito satisfeito com aquilo que se passa presentemente, contrariamente ao que<br />
aconteceu em 20<strong>02</strong> a 2005 como aqui foi referido.--------------------------------<br />
Sensivelmente no inicio de Dezembro de 2006, o Sr. Secretário de Estado das<br />
Obras Publicas do PS, Paulo Campos, esteve na Figueira da Foz e garantiu que as<br />
obras da variante do Galo D’ Ouro, em Tavarede, iriam estar concluídas no inicio<br />
de <strong>2008</strong>. Referiu também que esta obra iria ser feita ao mesmo tempo da obra da<br />
Ponte dos Arcos e estamos em Fevereiro de <strong>2008</strong>. Pouco depois, em Maio de 2007 o<br />
Sr. deputado Vítor Madaleno em declarações a um jornal da região, referiu que<br />
“já conheci várias datas, mas tudo indica que as obras comecem até o final do<br />
mês de Maio de 2007”. Gostava de referir que estamos no final de Fevereiro de<br />
<strong>2008</strong>, que esta obra, como o Sr. Presidente da Junta mesmo referiu na altura, que<br />
era fundamental para o desanuviamento daquela zona, ainda não começou. Em nome<br />
do Grupo Municipal do PSD, gostaríamos de lamentar este facto e sensibilizar os<br />
deputados do PS para junto do Governo intercederem no sentido desta obra começar<br />
o mais rápido possível.”--------------------------------------------------------<br />
ANTÓNIO PARE<strong>DE</strong>S (PS), interveio dizendo: “em relação às obras é importante dizer<br />
que a A17 está em vias de conclusão, é importante o IC8, é importante a questão<br />
da ponte mesmo com as dificuldades que nós estamos a ter, a questão do<br />
prolongamento do molhe norte, que só não está a ser executado por uma questão de<br />
o concurso ter sido impugnado. Mas temos um problema com a Ponte dos Arcos, a<br />
que o Sr. Presidente da Câmara costuma publicamente associar-se como obra sua. A<br />
questão da ponte também está associada à questão do estudo da A17, em relação à<br />
variante, disse o Sr. Secretário de Estado que está para ser feita. A verdade é<br />
que ela pode estar um pouco atrasada, mas é incomparável a obra que a Figueira<br />
da Foz tem com os governos do PS em relação aos do PSD, a começar logo pela<br />
ponte da Figueira, quando o FMI andava atrás de Portugal e que o nosso camarada<br />
Soares consegui fazer essa ponte. Em relação às obras do porto multi-modal,<br />
significa que os governos do PS se preocupam com a Figueira da Foz, com este<br />
concelho e que em matéria também de comparação o tempo é medida de todas as<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
coisas, vamos aguardar.”--------------------------------------------------------<br />
JOÃO RUSSO (PPD/PSD), disse o seguinte: “para referir que o Sr. deputado não se<br />
referiu à variante de Tavarede, falou de outras coisas quanto à variante de<br />
Tavarede nada. E não se esqueça quanto à variante de Tavarede que já andamos<br />
aqui na Figueira da Foz a discuti-la pelos menos desde o ano de 2000 e até agora<br />
nada aconteceu, podia já ter começado como foi referido e até agora as obras<br />
ainda não começaram.”-----------------------------------------------------------<br />
ANTÓNIO PARE<strong>DE</strong>S (PS), disse o seguinte: “nessa matéria em termos de anos, nós<br />
também estamos há anos à espera de obras estruturantes para o concelho da<br />
Figueira da Foz, como a Rua 5 de Outubro em Buarcos e outras obras de que<br />
estamos há espera.--------------------------------------------------------------<br />
Gostava de ver por parte do PSD e da bancada do PSD uma outra postura, que não<br />
tivesse medo, assim como nós não temos medo, não temos receio de assumir por<br />
ventura alguns erros que o nosso Governo possa cometer, ou que nós no passado já<br />
fomos julgados pelos erros que cometemos, que tenha uma postura de verdade e que<br />
aceite o repto que lancei. Vamos fazer uma visita há obras municipais e às obras<br />
do Governo todos em conjunto, com o Sr. Presidente da Câmara, para irmos ver o<br />
que é que tem feito um e o que é que tem feito outro. A seguir vamos encontrar<br />
uma mão cheia de nada e uma mão cheia de coisa nenhuma na Figueira da Foz.”-----<br />
2 – PERÍODO DA OR<strong>DE</strong>M DO DIA<br />
2.1 – INFORMAÇÃO DO PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA E APRECIAÇÃO DA INFORMAÇÃO<br />
ESCRITA SOBRE A ACTIVIDA<strong>DE</strong> MUNICIPAL<br />
PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “Sr. deputado Carlos Monteiro,<br />
relativamente à questão do Centro Escolar de S. Julião/Taverede, como V. Exa.<br />
sabe o local que a Câmara definiu em principio para a sua instalação é onde era<br />
o antigo Centro de Congressos, que é um terreno da Câmara e também porque no<br />
terreno onde em tempo esteve previsto a sua instalação, poder haver algumas<br />
dificuldades, por causa de uma parte do terreno ser REN e ter um problema também<br />
com uma linha de água e por isso preferiu-se que ali fosse instalado. Na<br />
discussão publica do PU, como sabe vai estar em apreciação a seguir à Páscoa,<br />
não sei dizer a data exacta, mas foi feito um calendário, se conseguirmos<br />
cumprir esse calendário, em conjunto com as entidades que estão envolvidas na<br />
sua apreciação, julgo que será a altura mais conveniente para discutir essa<br />
localização.--------------------------------------------------------------------<br />
Nós relativamente aos Ecopontos, temos chamado a atenção também de algumas<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
coisas que não estão bem. Temos mais contentores do que aqueles que tinham sido<br />
definidos no contrato, creio que no contrato estaria definido que teríamos um<br />
contentor por cada 500 habitantes e nós temos um contentor por cada 432<br />
habitantes. Há problemas por vezes de limpeza que reconhecemos e temos chamado a<br />
atenção da ERSUC nesse sentido, e também a própria ERSUC nalgumas Freguesias,<br />
que estaria a procurar mesmo assim reforçar o número de contentores.------------<br />
Em relação ao Sr. deputado João Paulo e quanto à “viela” de Buarcos, aquilo que<br />
foi aqui aprovado é que todos os actos anteriores eram nulos. Sobre isso não há<br />
mais nenhuma evolução e que o assunto a pedido da Câmara, foi listado num<br />
conjunto de processos que pedimos ao IGAL para apreciar. Até agora não tivemos<br />
resposta, com certeza que quando houver e se o IGAL sobre este em particular se<br />
pronunciar, com certeza que será do conhecimento da Câmara e da Assembleia.-----<br />
Sr. deputado Rui Carvalheiro relativamente à Ponte dos Arcos, como o Sr. sabe e<br />
aliás que o disse, nós não somos o dono da obra. Nós temos procurado desde o<br />
princípio ter uma intervenção da mesma ordem que tivemos, quando foi da obra da<br />
beneficiação da Ponte Edgar Cardoso. Por razões que não sei explicar, que não me<br />
compete a mim porque não sou o dono da obra, não conseguimos ter audição por<br />
parte do dono da obra. Eu não tenho que me desculpar, nem tenho que advogar a<br />
favor das Estradas de Portugal, não sei se foi por causa da mudança que houve de<br />
gestão ou de algum período mais conturbado, o que é facto é que também algumas<br />
complicações que surgiram com o projecto, como é do conhecimento publico, mas<br />
isso não deixou que as chamadas de atenção, até principalmente da Junta de<br />
Freguesia de S. Pedro, através do Sr. Presidente e da Câmara para coisas que não<br />
estavam bem. Não temos tido o sucesso que tivemos da outra vez, em que houve de<br />
facto uma consonância muito grande entre o dono da obra e todas as entidades<br />
envolvidas na segurança, não só a Câmara mas a própria PSP e procurámos fazer<br />
exactamente o mesmo e continuamos a insistir. Recentemente, julgo que até foi no<br />
dia <strong>28</strong> de Janeiro, que a nosso pedido conseguimos realizar já uma reunião com a<br />
actual administração e demos conhecimento das nossas preocupações por escrito,<br />
se quiser até ilustradas, porque tínhamos fotografias desta situação. Foi-nos<br />
prometido que se iria proceder a uma intervenção, embora dissessem que aquilo<br />
que estava no terreno era conforme as normas de segurança o exigiam. No entanto,<br />
atendendo às nossas preocupações, iam reforçar os meios de segurança mas até<br />
agora praticamente nada fizeram a mais e por isso nós não nos damos por<br />
satisfeitos, continuaremos a insistir e esperemos que possamos ter uma melhor<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
audição de futuro. Não estamos satisfeitos de forma nenhuma como as coisas têm<br />
vindo a correr, já não falo só nas questões da forma como a obra foi conduzida,<br />
porque o projecto inicial não implicava na sua construção o terrapleno, que por<br />
razões presumo eu, de economia e de diminuição de encargos do empreiteiro,<br />
resultou naquilo que foi feito e nas consequências lamentáveis que teve, com a<br />
perda de vidas humanas e com atraso considerável na obra. E agora também<br />
acrescentando, reconhecidamente por um defeito de cálculo, mais um atraso de<br />
três meses relativamente ao atraso que já tinha, mas que no fundo no mínimo é de<br />
seis meses relativamente ao prazo inicial. Aquilo que nós fazemos, é<br />
repetidamente continuar a chamar a atenção de que não estamos satisfeitos, que<br />
estamos preocupados. Aproxima-se o verão e o consequente aumento de tráfego,<br />
embora se presuma que a A17 entre em funcionamento durante o mês de Maio, por<br />
isso também algum trânsito que não é trânsito do concelho, naturalmente será<br />
desviado pela A17, mas o trânsito interno do concelho continua a fazer-se pela<br />
Ponte dos Arcos e por isso é uma preocupação que temos para o verão.------------<br />
Na questão do estacionamento na zona do quartel, nós não sabemos se no quartel<br />
se podem estacionar mais ou menos carros. A mim não me compete dizer porque não<br />
sei. Das reuniões que nós temos tido com os responsáveis, aquilo que nos é dito<br />
é aquilo que se tem passado. Fizemos um estudo e apresentámos uma proposta<br />
relativamente ao estacionamento no exterior, que de alguma forma ou infelizmente<br />
se quiser, não satisfaz a 100%, mas diminui a perturbação que tem havido até<br />
agora.--------------------------------------------------------------------------<br />
Sr. deputado em relação à Rua 5 de Outubro, na última Assembleia aquilo que nós<br />
dissemos e continuamos a dizer, é que contamos em arrancar com a obra este ano.<br />
O projecto está feito, estamos a preparar neste momento o novo concurso. Vamos<br />
fazer por lançar o concurso a tempo da obra arrancar este verão. É uma obra<br />
também que será considerada na candidatura de regeneração urbana que nós iremos<br />
em breve preparar e apresentar.-------------------------------------------------<br />
Passava agora a tecer também os meus comentários relativamente ao que aqui foi<br />
dito. Julgo que as duas intervenções, não deixam de estar relacionadas por um<br />
ataque à gestão da Câmara, particularmente à minha gestão.----------------------<br />
Sr. deputado João Portugal, haverá coisas que talvez ainda não se tivessem<br />
conseguido implementar, agora dizer que há falta de estratégia! Não vou dizer<br />
uma coisa muito diferente do que disse ainda não há muito tempo. Dizer que há<br />
uma falta de estratégia, é isso é que acho extraordinário, porque se há uma<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
estratégia clara para o desenvolvimento do concelho, é aquela que nós temos<br />
definido e com certeza que nós não teríamos sucesso em agregar mais nove<br />
câmaras, num projecto de impacto na região e de impacto nacional, que tendo<br />
havido aqui um esquecimento por parte do Governo, quando elaborou o seu plano de<br />
logística, levou a que se reconsiderasse e que fosse incluído o nosso projecto.<br />
É um projecto regional, esse projecto foi integralmente desenvolvido pela<br />
Figueira da Foz, dentro de uma estratégia de que, sendo a Figueira da Foz um<br />
porto de mar com as suas limitações, terá excelentes condições quando se fizer<br />
uma das tais obras fundamentais. Eu sou e sempre pugnei e publicamente ninguém<br />
me pode acusar de eu não ter sempre batido palmas, qualquer que seja o Governo e<br />
ter criticado também qualquer que seja o Governo. Assim o fiz e assim o<br />
continuarei a fazer e temos que trabalhar com os governos, porque nós fazemos<br />
parte do País, o governo da nação é que tem que responder para nós, como nós<br />
temos que responder para esse governo.------------------------------------------<br />
Sr. deputado João Paredes, o que é facto é que o Sr. não pode estar a dizer ou a<br />
dar desculpas quando o Governo não faz, porque todos nós sabemos que o concurso<br />
do molhe teve problemas, porque foi contestado o concurso por alguns dos<br />
concorrentes e tudo isso tem atrasado, mas o que é facto é que não começou.<br />
Também lhe digo que se calhar não é a melhor altura para irmos visitar as obras<br />
do Governo, porque eu gostava que o Sr. me mostrasse a obra do molhe norte, a<br />
obra do Galo D’ Ouro, que não é como o Sr. deputado João Russo disse que se anda<br />
a falar nela desde 2000, peço desculpa, isto começou ainda era Presidente da<br />
Câmara o Sr. Eng. Aguiar de Carvalho. O Sr. Eng. Aguiar de Carvalho e muito bem,<br />
não aceitou que o projecto fosse feito em aterro, porque ficava ali uma<br />
massificação e foi em viaduto. Isso atrasou, mudou, foi mais caro, mas anda-se<br />
com este projecto desde meados da década de 90.---------------------------------<br />
A obra da Ponte dos Arcos também é uma obra do Governo, eu nunca disse que a<br />
obra é minha, eu quero é que as obras se façam. Agora uma coisa ninguém pode<br />
negar, é que desde o primeiro momento antes mesmo de entrar nesta Câmara, estava<br />
a apresentar ideias para aquela obra e felizmente que ela começou quando<br />
começou, porque se calhar senão tivesse começado, teria o mesmo andamento que<br />
tem o Galo D’ Ouro. Neste momento Sr. deputado, tenho sérias dúvidas quanto à<br />
execução do projecto de Tavarede. Eu já estive com este Secretário de Estado, já<br />
fui recebido por ele, até porque todo o desenvolvimento e toda a proposta do<br />
arranjo do Parque Urbano em Tavarede é no pressuposto que aquela obra se faz e<br />
24
ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
senão for muda tudo. Tenho neste momento muita preocupação nisso e não sei se o<br />
seu repto será melhor altura para o fazer. Se é para mostrar a A17, tudo bem,<br />
mas quem dera a nós que mostrasse tudo feito, agora se calhar temos que esperar<br />
e aliás o Sr. diz que o tempo é “dar tempo ao tempo”. É “dar tempo ao tempo”,<br />
porque é que se está a queixar que as coisas não são feitas pela Câmara quando<br />
as coisas são feitas Muito facilmente podia-lhe indicar obras feitas desde que<br />
entrei para esta Câmara, a ultrapassar os cinquenta milhões. Essas posso-as ir<br />
mostrar quando o Sr. quiser, aliás o Sr. conhece-as, porque esteve lá em muitas.<br />
Esteve no Centro de Formação Profissional, na Incubadora, tem andado por aí e<br />
tem visto os trinta milhões que nós gastamos em repavimentações. Não faltam<br />
obras para lhe poder mostrar, agora as obras que o Sr. me vai mostrar do Governo<br />
é o quê É a A17 É o arranjo da esplanada, é o arranjo aqui da avenida São<br />
coisas que o Sr. diz, não têm o envolvimento que gostaria de ter, isso é outra<br />
coisa. Mas há uma coisa que também o Sr. diz, que nós não damos ouvidos aos<br />
figueirenses. Eu não sei se nós damos ou não damos ouvidos aos figueirenses, eu<br />
acho que nós damos e tanto damos e eles tanto nos dão, quem nos elegeu foram os<br />
figueirenses, elegeram-nos pela segunda vez. A estratégia estava definida no<br />
primeiro mandato, os projectos que nós estamos a procurar implementar todos eles<br />
foram definidos no primeiro mandato e cá estamos, cá continuamos. Houve da parte<br />
dos figueirenses uma confiança naquilo que nós propusemos ao eleitorado, veremos<br />
em 2009 se os figueirenses mantêm ou não essa confiança nas nossas propostas.<br />
Neste momento, somos nós que temos a confiança dos figueirenses para governar a<br />
Figueira, não são os senhores. Os senhores participam ou não da melhor forma que<br />
entenderem.---------------------------------------------------------------------<br />
Peço desculpa Sr. deputado João Portugal, mas para continuar a questão da<br />
estratégia. Como lhe disse, relativamente a uma estratégia clara de<br />
desenvolvimento económico que é apresentada, tem projectos que reúnem o apoio e<br />
a parceria no caso da logística de nove concelhos, no caso do turismo do laser<br />
não são nove, são perto de vinte, num projecto que neste momento está a ser e<br />
que foi tomado pela Região de Turismo do Centro, que também foi um projecto que<br />
nós apresentámos e fomos nós que o lançámos. O desemprego na Figueira diminuiu.<br />
Desde a CELBI e desde a SOPORCEL, que não estavam previstas instalações de<br />
indústrias como neste momento estão, com a Central de Ciclo Combinado EDP em<br />
curso. Não é uma obra do Governo e que fosse do Governo, quem me dera a mim e a<br />
todos nós que o Governo fizesse aqui grandes obras. Fico um bocado espantado,<br />
25
ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
porque se nós tivéssemos eleições daqui a uns meses, talvez compreendesse as<br />
vossas intervenções, mas confesso que ano e meio parece-me um bocadinho<br />
precipitado. Se fosse amanhã, daqui a seis meses, nos períodos eleitorais e préeleitorais<br />
no nosso País, há sempre uma grande perturbação. Agora em ano e meio,<br />
eu parece-me um bocadinho precipitado. Aquilo que os senhores disseram nós<br />
tomámos nota e vamos ver como é que as coisas estão e nessa altura os senhores<br />
terão mais ou menos razão, ou nós temos mais ou menos razão, veremos. Agora<br />
dizer que não há estratégia, não consigo entender porque temos as coisas claras,<br />
temos definido aquilo que pretendemos nos diversos sectores da actividade e com<br />
certeza que não temos conseguido no tempo que desejaríamos fazer, mas temos<br />
vindo a fazer e vamos continuar a fazer.”---------------------------------------<br />
CARLOS MONTEIRO (PS), interveio dizendo: “Sr. Presidente fiquei extremamente<br />
satisfeito com a informação que nos deu. Pude depreender nas suas palavras, que<br />
o Centro Educativo de S. Julião/Tavarede tem um espaço, há um terreno onde<br />
poderá ser implantado e caso a sua conclusão ou a sua edificação não ocorra,<br />
será por qualquer problema causado Governo. Pareceu-me depreender isso e fico<br />
satisfeito que na verdade nós façamos tudo aquilo que é necessário para equipar<br />
o nosso concelho com estruturas que são o futuro. Eu estive atento mas não ouvi<br />
relativamente a S. Pedro, mas pareceu-me depreender das suas palavras, que de S.<br />
Pedro a situação também estará perfeitamente resolvida.”------------------------<br />
PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse o seguinte: “voltando ainda àquilo que acabou de<br />
dizer, o Sr. conhece bem porque acompanhou os assuntos, até tem dado os seus<br />
pareceres, nós aprovámos a Carta Educativa e aquilo que nós pretendemos fazer.<br />
tal como S. Julião/Tavarede temos um terreno, temos um projecto que já está<br />
feito ou praticamente feito. No caso de S. Pedro, estamos a desenvolver o<br />
projecto, apresentámos a candidatura, continuamos empenhados em fazer o Centro<br />
Escolar de S. Pedro que entendemos que é prioritário. Está na candidatura que<br />
foi apresentada já e está também proposto no plano estratégico que nós estamos a<br />
analisar, em seio da Associação do Baixo Mondego e naquilo que são os projectos<br />
na educação da NUT III a que nós pertencemos. Não temos um terreno ainda<br />
absolutamente definido, achamos e estamos convencidos que se tivermos o apoio, a<br />
questão do terreno é perfeitamente resolúvel.”----------------------------------<br />
CARLOS MONTEIRO (PS), disse o seguinte: “era exactamente isso que nós gostávamos<br />
e ficámos gratos por ouvir, porque na realidade é difícil para as populações<br />
perceberem que há escolas que têm tendência a fechar, não havendo um espaço<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
alternativo com uma qualidade superior. Penso que não restam duvidas que o PS da<br />
Figueira da Foz naquilo em que lhe seja possível, colaborará com a Câmara, na<br />
perspectiva de não haver qualquer entrave relativamente ao Governo, a algo que<br />
foi aprovado por uma grande maioria desta Assembleia Municipal.-----------------<br />
Relativamente aos Ecopontos, também ouvi atentamente as suas palavras e<br />
independentemente do número estar acima do rácio, talvez fosse necessário<br />
aumentar o número de contentores e ter alguma preocupação com a limpeza, porque<br />
também aquilo é um espaço em que é importante para os nossos jovens, perceberem<br />
que não é um espaço de depósito de lixo, mas essencialmente um espaço de<br />
reciclagem, mesmo podendo o número estar acima daquilo que é previsto, e também<br />
me congratulo com isso, porque pelos vistos as nossas populações têm tido uma<br />
preocupação relativamente à reciclagem, de tal maneira que muitas vezes esses<br />
Ecopontos não suportam mais resíduos sólidos.”----------------------------------<br />
ANTÓNIO PARE<strong>DE</strong>S (PS), interveio dizendo: “se realmente não há receio, então<br />
vamos fazer uma visita ao terreno e ver as obras do Governo e ver as obras da<br />
Câmara. Aproveito para lhe dizer que há por certo uma confusão naquilo que o Sr.<br />
Presidente disse. Não me leve a mal e agora tenho que ter muito cuidado com as<br />
palavras que utilizo. Na questão do meu Governo e do nosso Governo, é que<br />
realmente há uma enorme diferença, é que os governos do PS são os governos de<br />
todos os portugueses e não só de alguns. Já lá vai o tempo em que os governos do<br />
PSD olhavam para os concelhos de acordo com a cor desse concelho e os governos<br />
do PS olham para os concelhos numa lógica de coesão regional e numa lógica de<br />
coesão nacional, essa é que é a grande diferença. É com muito orgulho que vejo o<br />
Sr. Presidente de braço dado com os membros do Governo a passear-se, a anunciar<br />
as obras, mas acima de tudo há aqui uma questão importante, é que o Governo do<br />
PS não faz promessas, assume compromissos, essa é que é a realidade. Esses<br />
compromissos são reais e se o PSD porventura tem duvidas, lanço aqui o repto e<br />
vamos ao local das obras, vamos comparar as obras para ver realmente o que é que<br />
o PSD na Câmara tem feito, porque a verdade é que outros concelhos no tempo em<br />
que o PS esteve à frente dos destinos desta Câmara, os governos do PSD<br />
bloquearam, encravaram a Figueira da Foz, deixaram uma auto-estrada no “nó” de<br />
Pombal sem acesso à Figueira da Foz e é com o governo do PS, que esse<br />
desencravanço vai ocorrer. Há aqui uma situação interessante, é que as obras<br />
estão para concluir. Mal ou bem, a questão da Ponte dos Arcos é uma simples<br />
situação técnica, mas vai ser concluída. A questão da variante também vai ser<br />
27
ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
concluída e espanta-me é que o Sr. Presidente venha dizer que o Parque da Cidade<br />
depende da variante. Será porque a Figueira que há data em que o PS estava na<br />
Câmara, competia com as principais capitais de distrito, Aveiro, Leiria, Coimbra<br />
se encontra neste momento ultrapassada pelos concelhos vizinhos como Cantanhede,<br />
Pombal, Montemor e porquê Essencialmente, porque agarraram as janelas de<br />
oportunidade e que estão a desenvolver e a Figueira da Foz está parada no tempo,<br />
no imobilismo.”-----------------------------------------------------------------<br />
PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse o seguinte: “o Sr. deputado Paredes é uma pessoa<br />
moderna e vive num mundo completamente virtual, porque acabo por defender melhor<br />
o governo do que ele, porque nenhuma das obras que ele me quer mostrar foi<br />
adjudicada por este governo. A própria A17 não foi adjudicada por este governo,<br />
e eu é que não estou aqui nem para atacar nem para defender.”-------------------<br />
ISABEL OLIVEIRA (PPD/PSD), interveio dizendo: “Sr. Presidente e Sr. António João<br />
Paredes, eu só espero que essa visita que o PS e o Sr. Presidente vão fazer às<br />
obras do Governo e Câmara da Figueira, para avaliarem quem realmente é que está<br />
mais bem colocado em questão de obras. Não tenha o mesmo resultado da visita<br />
feita pelo PS à Junta de Freguesia de Lavos, que até agora ainda não tive<br />
qualquer informação de quais as diligências que o PS prometeu para resolver os<br />
problemas que apresentei na minha Freguesia. Além disso, só quero dizer que acho<br />
que aqui não estamos numa Assembleia para resolver os problemas da Figueira,<br />
para nos juntarmos para resolvermos os problemas da Figueira cidade e Figueira<br />
Freguesias, não penso que estamos aqui no sitio onde as pessoas parece que têm<br />
uma maior preocupação em quererem mostrar os seus dotes de oradores políticos, a<br />
estar aqui a digladiarem-se em quem é que tem melhores orações politicas e<br />
melhores posições politicas. Acho que estamos na altura é de juntarmos essas<br />
todas boas formações e lutarmos sim por em conjunto resolvermos os problemas da<br />
Figueira.”----------------------------------------------------------------------<br />
2.2 - AQUISIÇÃO AO ESTADO PORTUGUÊS <strong>DE</strong> UMA PARCELA <strong>DE</strong> TERRENO, COM A<br />
ÁREA <strong>DE</strong> 2.860 M 2 , SITA NA FREGUESIA <strong>DE</strong> SÃO JULIÃO DA FIGUEIRA<br />
DA FOZ, <strong>DE</strong>STE MUNICÍPIO – ALIENAÇÃO DA MESMA PARCELA AO GRUPO<br />
VISABEIRA<br />
Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi presente em reunião<br />
de Câmara de 18 de Fevereiro de <strong>2008</strong>.-------------------------------------------<br />
JOÃO PAULO (IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE), interveio dizendo: “tendo em conta a informação que<br />
tenho, gostava de saber se a parcela E3 corresponde a 2.680m2 conforme está na<br />
<strong>28</strong>
ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
planta de implantação, ou 2.860m2 conforme está referido na acta nº4 de 18 de<br />
Fevereiro de <strong>2008</strong>.”-------------------------------------------------------------<br />
PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse o seguinte: “Sr. deputado João Paulo desculpe, é<br />
2.860m2.”-----------------------------------------------------------------------<br />
NUNO BISCAIA (PS), interveio dizendo: “esta nossa intervenção visa<br />
fundamentalmente esclarecer alguns pontos subjacentes a este negócio, os quais<br />
julgamos ainda pouco esclarecidos, quer na reunião da Câmara, quer em toda a<br />
comunicação social, em notícias que rodearam esta mesma transacção ou projecto<br />
de transacção. Nada temos contra a instalação de um hotel na Figueira, nada<br />
temos contra o incremento turístico hoteleiro na Figueira antes pelo contrário,<br />
julgamos que a instalação de um hotel de luxo de 5 estrelas com estas<br />
características só pode ser de louvar. Contudo, até pelo estudo dos pareceres<br />
que temos do Ministério da Defesa e do Ministério das Finanças, parece-nos que<br />
até seria teoricamente um bom negócio, porque a parcela vai ser adquirida por<br />
665.500,00€, sendo 40.500,00€ devidos pela libertação do ónus e 625.000,00€ pela<br />
parcela em si, portanto será sempre um preço bastante vantajoso e até menor do<br />
que a avaliação inicial da Direcção Geral do Património, que até era de 675.000€<br />
só para a parcela.--------------------------------------------------------------<br />
Agora o que nos parece que não terá sido convenientemente abordado e que se<br />
depreende da análise destes pareceres, é que efectivamente além do pagamento<br />
destes valores, a Câmara compromete-se a entregar ao Ministério da Defesa<br />
Nacional, antes do auto da assinatura de cessão desta parcela, um valor de<br />
157.673€ a titulo de compensação por obras não feitas, obras de reposição das<br />
condições de funcionalidade e de segurança do Quartel da Lapa e que eram<br />
trabalhos de asfaltagem da parada e arruamentos. De acordo com a informação,<br />
essas obras não terão sido feitas pela Câmara e o Ministério da Defesa Nacional,<br />
muito embora considere que isto é uma obra de interesse Municipal e considere<br />
que de acordo com a informação prestada pelo Exército tais obras já nem serão<br />
necessárias, em virtude da reorganização do dispositivo deste ramo das Forças<br />
Armadas, que como sabem saiu do quartel, não prescinde no entanto destes<br />
157.673€, antes do auto da assinatura da cessão da parcela.---------------------<br />
Parece-nos que, tendo em conta as razões invocadas pelo Ministério da Defesa, do<br />
interesse Municipal e da inutilidade destas obras, somos da opinião que poderia<br />
ter sido melhor negociada esta aquisição, até porque no fundo assim sendo, o<br />
negócio não será já vantajoso para a Câmara, mas sim desvantajoso. Como é que a<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
Câmara antes da cessão vai obter este dinheiro para pagar a parcela, uma vez que<br />
vai receber da Visabeira menos valor do que vai dispender no pagamento ao<br />
Ministério da Defesa Nacional Por isso, entendemos que o negócio não terá sido<br />
bem conduzido.------------------------------------------------------------------<br />
Este assunto que estamos agora a referir, não foi abordado na reunião da Câmara<br />
Municipal e nem sequer consta das propostas feitas pelos serviços do município,<br />
sendo certo que este pagamento é sempre condição da efectivação deste negócio e<br />
como tal, julgamos que a informação transmitida aos senhores vereadores e a<br />
proposta do município, não terão sido suficientemente esclarecedoras.-----------<br />
Parece-nos que a posição da Câmara Municipal em tudo isto não é uma posição<br />
muito sustentável, não é uma posição com a qual nós concordemos em absoluto.<br />
Trata-se de viabilizar um negócio, que seria impossível de fazer entre o<br />
Ministério da Defesa e a Visabeira, e não vemos que vantagem tem a Câmara neste<br />
mesmo negócio, aliás tem é desvantagem ao pagar aquele valor que nós já dissemos<br />
e que não foi até agora referido.-----------------------------------------------<br />
Parece-nos que também esta posição da Câmara vai contra o parecer do Ministério<br />
da Defesa, que diz assim: “face ao exposto, atendendo a que a cessão da parcela<br />
ao município da Figueira da Foz se destina a viabilizar a construção de acessos<br />
a uma unidade hoteleira e vai ficar integrada no domínio publico Municipal, é de<br />
grande importância” e viabiliza o deferimento, mas o que se esquecem é que esta<br />
parcela não vai ficar no domínio publico Municipal, ela vai directamente para as<br />
mãos da Visabeira. Parece-me que existe aqui um esclarecimento menos claro, na<br />
informação que terá sido dada até ao Ministério da Defesa Nacional.-------------<br />
Entendo que o Tribunal de Contas como é obrigatório, ir-se-á pronunciar sobre a<br />
matéria, embora no nosso entendimento ir-se-á pronunciar mais na aquisição da<br />
Câmara ao Ministério e não na posterior venda da Câmara ao privado e aí no nosso<br />
ponto de vista, é que existe o lado mais obscuro de toda esta transacção,<br />
obscuro no bom sentido, não estou a criticar a boa intenção da Câmara ao fazer o<br />
negócio, apenas consideramos que o mesmo deveria ter sido mais claro.-----------<br />
De qualquer das maneiras e para terminar, entendemos e gostaríamos de ter aqui<br />
informações por parte do executivo camarário, relativamente à questão do<br />
pagamento destas prestações em falta e que são exigidas pelo Estado antes do<br />
auto da assinatura da cessão da parcela, como é que se vai justificar perante o<br />
Ministério da Defesa Nacional, na desafectação deste património do domínio<br />
publico para o domínio privado, para posteriormente ser alienado à Visabeira.”--<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse o seguinte: “Sr. deputado em primeiro lugar e<br />
respondendo-lhe a uma exigência do cumprimento de um compromisso que vem de uma<br />
Câmara anterior à minha, no sentido da responsabilidade que resulta de uma<br />
cedência de terrenos que eram prédios militares, para a construção da circular<br />
da entrada na cidade após a rotunda junto à Várzea e daí ficaram definidas um<br />
certo número de obras, publicadas em Diário da Republica. Dessas obrigações,<br />
executámos já no meu primeiro mandato, não sei bem ao certo se foi metade<br />
daquilo que tínhamos obrigação de fazer, mas não chegámos a fazer o equivalente<br />
a este montante, que na altura estava definido para a pavimentação da parada e<br />
mais umas obras de recuperação dos edifícios de algumas casernas. Não foi feito,<br />
porque o Exército entendeu no seu plano de reestruturação, desactivar aquela<br />
unidade militar e por isso já não fazia sentido fazermos a obra. Como não fazia<br />
sentido fazermos a obra, definiu-se os montantes e para isto foi feito um acordo<br />
entre os serviços técnicos da Câmara e os competentes serviços do Exército e<br />
depois comunicado à Direcção Geral das Infra-estruturas do Ministério da Defesa,<br />
que ficava uma responsabilidade neste valor da Câmara Municipal perante o Estado<br />
e que o Exército é que iria ser ressarcido desta verba. É pura e simplesmente<br />
isto. Isto foi apenas uma exigência o que é normal, nós tínhamos que a fazer<br />
sempre, era uma responsabilidade assumida não sei dizer quando é que foi, não<br />
sei se foi em 2000, foi antes de mim.-------------------------------------------<br />
Como o Sr. sabe e todos nós sabemos, a unidade que foi desafectada e passou a<br />
ser utilizada pela Guarda Nacional Republicana, passando para o Ministério da<br />
Administração Interna a sua utilização, continua a ser um prédio militar e faz<br />
parte obviamente do património do Estado. A própria Guarda está a procurar<br />
negociar com o Exército, para que se retome outra vez a execução em espécie e se<br />
deixe cair esta verba. Nós temos um oficio da Guarda Nacional Republicana a<br />
comunicar que fez esse pedido ao Exército e se o Exército assim entender e<br />
passar esta responsabilidade para a Guarda, deixa de haver a necessidade deste<br />
pagamento embora haja a obra, portanto ficamos na mesma, não pagamos ao Exército<br />
pagamos a quem fizer a obra. É uma responsabilidade anterior, está nas Grandes<br />
Opções do Plano para 2007 fazer-se esta obra na unidade militar, está inscrita,<br />
foi aprovada quando se aprovou o orçamento e o plano.---------------------------<br />
Relativamente à outra questão que o Sr. aqui trouxe, nós não estamos aqui para<br />
fazer negócio, a Câmara não quer fazer negócios, o que a Câmara quer e tem<br />
lutado por isso e com enorme atraso no caso deste projecto, que aliás é<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
extraordinário, porque não há muitos hotéis fora dos grandes centros urbanos<br />
Lisboa e Porto, não há muitos hotéis em Portugal de 5 estrelas, na Região Centro<br />
há dois hotéis, mas são dois hotéis de charme, que é o Buçaco e a Quinta das<br />
Lágrimas que têm esta alta classificação. De resto, o único outro hotel que há<br />
na Região Centro de 5 estrelas é o hotel Monte Belo em Viseu, não há mais nenhum<br />
pelo que nós temos o maior interesse em trazer para a Figueira da Foz um<br />
equipamento desta categoria. É extraordinário que havendo um promotor<br />
interessado em fazer este projecto que está aprovado e que tem o parecer<br />
favorável de todas as entidades e até elogios do Turismo, ainda não se fez por<br />
causa deste problema. A Direcção Geral das Infra-estruturas do Ministério da<br />
Defesa, preferiu que todo o processo fosse conduzido pela Câmara e a melhor<br />
prova disso é que há a necessidade de levantar um ónus que ficou, quando um dos<br />
prédios foi transaccionado com a Universidade Católica e depois posteriormente<br />
com o grupo empresarial. Esse ónus tem que ser levantado por um despacho<br />
conjunto dos mesmos ministérios que o impuseram, que é Finanças e Defesa. E esse<br />
levantamento de um ónus é de um terreno que já é propriedade do promotor, apesar<br />
disso o Ministério da Defesa preferiu que o assunto fosse tratado connosco.<br />
Naturalmente que nós temos que ser ressarcidos, porque estamos a levantar um<br />
ónus de uma propriedade que não é nossa.----------------------------------------<br />
Nós quando formos licenciar o hotel e dissemos isso na reunião de Câmara, é<br />
evidente que é nossa intenção e do promotor, é que aquela rua passe a ser do<br />
domínio publico, não faz sentido o promotor tem que dar contrapartidas à Câmara<br />
e depois aquilo volta para o domínio publico. Portanto, conseguimos viabilizar a<br />
construção de um equipamento de luxo hoteleiro na Figueira da Foz e conseguimos<br />
fazer isto, tendo em conta as grandes preocupações, designadamente do Sr.<br />
deputado Paredes, que é não aumentar o endividamento da Câmara. Nós fazemos a<br />
operação sem encargo para a Câmara e portanto, além disso através dos Decretosleis<br />
32/99 de 5 de Fevereiro e do 196/01 de 29 de Junho, nada impede que o<br />
Estado fizesse esta transacção directamente com o promotor, desde que seja<br />
reconhecido o interesse publico, que somos nós que damos, porque é um<br />
equipamento que tem interesse publico para a Figueira da Foz.-------------------<br />
Agora, por uma questão de simplicidade administrativa, conduzimos o processo<br />
desde o principio de acordo com a Direcção Geral de Infra-estruturas e o que nós<br />
andamos a tentar fazer e aí não nos foi dado ouvidos ao que nós pretendíamos e à<br />
própria Direcção Geral de Infra-estruturas, foi de procurar ainda baixar mais o<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
preço, porque nós fizemos por nossa conta várias avaliações e não conseguimos<br />
vingar na proposta ultima, antes desta que tínhamos um parecer favorável do<br />
Director Geral, mas o Secretário de Estado não entendeu assim a nossa proposta e<br />
acabou por fixar este preço e é isto que nós estamos pura e simplesmente a fazer<br />
operação administrativa, que vai permitir termos um hotel desta categoria na<br />
Figueira da Foz.”---------------------------------------------------------------<br />
NUNO BISCAIA (PS), disse o seguinte: “Sr. Presidente ouvi as suas explicações,<br />
mas não deixo aqui de querer reforçar uma questão, é que esta questão dos<br />
157.000,00€ é ou não condição deste negócio É que nos parece que é.”-----------<br />
PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “Sr. deputado não sei não me fiz<br />
entender, a Câmara tem que pagar de qualquer forma os 157.000,00€ ou fazer a<br />
obra e o Estado Maior do Exército tem uma palavra a dizer, para autorizar a<br />
venda deste terreno, porque apesar da negociação e a fixação ultima dos valores<br />
ser com o património do Estado, ele faz parte do domínio privado da Defesa.-----<br />
Agora não percebo porque é que aos senhores isto está a fazer confusão, porque<br />
podia dizer porque é que não é um despacho separado. Se este negócio que não é<br />
negócio nenhum não se fizesse, se nós não fossemos intervenientes, nós teríamos<br />
sempre que pagar isto ao Exército.”---------------------------------------------<br />
NUNO BISCAIA (PS), referiu o seguinte: “o que me parece é que efectivamente, o<br />
Ministério da Defesa está a confundir as coisas, está a confundir dois negócios<br />
e está a aproveitar este negócio para ir buscar à Câmara um dinheiro porque<br />
havia um comprometimento nesse pagamento, mas que não tinha nada a ver com esta<br />
parcela e que inclusivamente diz respeito a um negócio que até poderá ser<br />
resolvido pela tal Guarda Nacional Republicana, como à pouco disse. Parece-nos<br />
que estar a condicionar este negócio ao pagamento antes da cessão, destes<br />
157.000,00€, será um ónus demasiado injustificado, o qual a Câmara está a<br />
incorrer.-----------------------------------------------------------------------<br />
Obviamente a Câmara não faz negócios Sr. Presidente, uma compra e venda é um<br />
negócio só queria que V. Exa. não tivesse sempre este negócio com sentido<br />
prejorativo, é um negócio. Não é um negócio de lucro, mas é um negócio, é uma<br />
compra e uma venda, é uma transacção, chame-lhe como entender, uma compra, uma<br />
alienação, há vários termos para isso.------------------------------------------<br />
Agora, atenção com a questão da desafectação do domínio publico e com a<br />
justificação que vai ser dada ao Ministério da Defesa. Nada temos contra o<br />
incremento hoteleiro e contra a vinda desta unidade hoteleira para a Figueira da<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
Foz, temos efectivamente algumas reticências quanto aos contornos do negócio.”--<br />
CARLOS MONTEIRO (PS), interveio dizendo: “Sr. Presidente, na verdade aquilo que<br />
nos preocupa é a forma. E para que fique bem claro, nenhum de nós é contra um<br />
hotel de 5 estrelas na Figueira, aliás desejamo-lo há muito. A questão não é<br />
essa. Nós temos aqui duas preocupações, agarrando na acta da reunião ordinária<br />
de Câmara de 18/<strong>02</strong>, nós lemos que o Sr. Presidente “acrescentou que é nesse<br />
sentido que é presente a proposta acima mencionada, em conformidade com o<br />
parecer elaborado por um Consultor Jurídico”. Para nós, era muito mais<br />
tranquilizador ter esse parecer à nossa frente, gostávamos de o ter visto não<br />
porque duvidemos que ele existe, não está em questão, mas para nós era<br />
importante tê-lo visto. A questão que nos deixa aqui constrangidos, é no mesmo<br />
dia fazer-se um negócio em que a Câmara é intermediário, compra e vende e depois<br />
pressupostamente será devolvida à Câmara. Nós até estaríamos dispostos a<br />
ultrapassar esta questão, se o pressuposto fosse: ou se faz assim ou não há<br />
hotel. Mas não, porque o Sr. Presidente diz: “relativamente à primeira opção que<br />
o vereador António Tavares fez, esclareceu que nada impede que seja o próprio<br />
proprietário a adquirir directamente aquela parcela, desde que o Estado assim o<br />
entenda”. É este pormenor que nós não conseguimos perceber, porque é que a<br />
Câmara se mete no meio desta situação. Sr. Presidente, infelizmente estes<br />
negócios de compra e venda no mesmo dia, para passar de primeiros passando por<br />
segundos para terceiros, tem criado alguns engulhos à sociedade figueirense e a<br />
nós. É este o nosso problema, Sr. Presidente.”----------------------------------<br />
PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “continuo a dizer não é nenhum negócio.<br />
Nós fizemos isto porque nós é que iniciámos o procedimento e o próprio<br />
Ministério preferiu que isto fosse tudo feito com a Câmara. Quando nós começamos<br />
até nem sabíamos que aquele terreno era ainda do património militar, porque não<br />
sei se os senhores têm a noção do que é que estamos a falar. As próprias pessoas<br />
que têm lá ido ao terreno, a actual Directora Geral das Infra-estruturas, e o<br />
Director Geral do Património viram que aquilo é uma ribanceirazita cheia de<br />
canas e que tanta complicação tem estado a causar. Não foi no meu tempo, foi há<br />
muitos anos, cedemos terrenos ao Exército para poderem fazer o acesso àqueles<br />
dois prédios militares que eles construíram. Estávamos convictos quando<br />
iniciámos este processo, não estava a dizer que nos dessem o terreno, ficámos<br />
completamente surpreendidos com esta avidez e como de facto por lei não se pode<br />
estar a dar terrenos às autarquias, porque senão pode ser considerado um<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
financiamento indirecto, nós conduzimos todo este processo e depois já o<br />
envolvimento era tal, que eles próprios tiveram sempre a falar connosco. Podem<br />
fazer isto directamente, só que íamos começar outro processo, que se calhar iria<br />
demorar mais quatro anos.”------------------------------------------------------<br />
ANTÓNIO PARE<strong>DE</strong>S (PS), interveio dizendo: “é preciso se calhar voltarmos um<br />
bocadinho atrás, até chegar a este ponto, porque é que é necessário este<br />
terreno, porque é que é necessário este acesso. É necessário este acesso por<br />
causa de um hotel, onde era suposto em vez de termos um hotel termos uma<br />
universidade. Seria muito mais interessante termos um pólo universitário, do que<br />
ter um hotel de 5 estrelas. Aliás, estava previsto um hotel de 5 estrelas para<br />
ser na Ponte do Galante mas já sabemos todos os contornos em relação à Ponte do<br />
Galante e todas as boas vontades que a Câmara teve para trazer um hotel de 5<br />
estrelas que era para a Ponte do Galante, a única possibilidade com vista<br />
Atlântica, o Montebelo não tem vista para o mar, o Flor do Sal em Viana do<br />
Castelo tem. A Ponte do Galante era um excelente hotel de 5 estrelas, e hotel de<br />
charme. Sei que o Sr. Presidente tem-se debatido muito por os hotéis de charme e<br />
eu pergunto é se é mais importante o hotel de charme ou se era mais importante o<br />
“campus universitário” Na realidade, não houve motivo de reversão, em relação<br />
àquele terreno que era supostamente para um “campus”, que foi cedido pressuposta<br />
para um “campus universitário”, para a Católica.”-------------------------------<br />
JOÃO PAULO (IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE), interveio dizendo: “Sr. Presidente estranho que<br />
efectivamente uma ribanceirazeca com canas tenha sido avaliada por 625.000,00€.<br />
Por outro lado, queria dizer que vou votar contra, porque nesta documentação que<br />
me foi disponibilizada, não vejo qualquer documentação que refira ou que<br />
acautele a passagem de domínio privado para a passagem de domínio municipal. E<br />
tendo em conta que isso pode levantar duvidas votarei contra.”------------------<br />
RUI CARVALHEIRO (PS), interveio dizendo: “no seguimento desta ultima<br />
intervenção, realmente a questão trata-se aqui de saber de uma vez por todas<br />
qual a legitimidade do processo, porque mesmo a abstenção desta bancada,<br />
pressupõe um vinculo a um parecer jurídico, que efectivamente desmonta esta<br />
questão da intromissão da Câmara num negócio, que no fundo é entre o Estado<br />
Português, proprietário do tal canavial que vale o que vale e as características<br />
do canavial não retiram qualquer nem alteram absolutamente nada ao negócio. O<br />
que está em causa é sabermos qual é a legitimidade da Câmara no negócio, porque<br />
é efectivamente uma parte activa no negócio entre o Estado Português e um<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
privado, porque é que esse negócio a ser possível não é feito directamente<br />
Haver intermediário no negócio, normalmente é para atrasar o processo, agilizar<br />
é não haver intermediários. O que é que aqui está em termos de processo escrito,<br />
sobre matéria jurídica na transacção, qual é o fundamento jurídico para que a<br />
Câmara se tenha que meter neste negócio Se há fundamento e se está no processo,<br />
se nós nesta Assembleia tivermos acesso a esse parecer, esta bancada não tem<br />
problema nenhum em viabilizar o negócio, se não temos um parecer jurídico, que<br />
desmonte a eventual intromissão no negócio entre o Estado e privado feito pela<br />
Câmara com alguma nebulosidade e é essa nebulosidade que nos está a confundir.<br />
Só queremos que esta nebulosidade desapareça, para clarificarmos a nossa posição<br />
de voto. Não vimos para aqui de maneira nenhuma entravar o desenvolvimento, mas<br />
já estamos escaldados com situações destas da Câmara, de fazer escrituras no<br />
mesmo dia e que depois vão parar às páginas dos jornais, não queremos ser<br />
coniventes com isso. É só isso que está em causa, que de uma vez por todas isto<br />
fique clarificado, queremos o hotel com toda a força, já o queríamos no passado.<br />
Agora, que não nos envolvam com o nosso voto e repito uma simples abstenção é<br />
envolvimento em termos de Tribunal de Contas, portanto que não nos envolvam no<br />
negócio sem termos um parecer jurídico que nos permita votar de consciência<br />
tranquila.”---------------------------------------------------------------------<br />
ANTÓNIO PADRÃO (PPD/PSD), interveio dizendo: “para salientar que esta transacção<br />
vai a Tribunal de Contas e o Tribunal de Contas é que vai apreciar a legalidade<br />
e os pressupostos administrativos do mesmo.”------------------------------------<br />
JOÃO PORTUGAL (PS), disse o seguinte: “é exactamente por ir a Tribunal de<br />
Contas, é que o PS quer saber o que é que diz esse parecer jurídico, se legaliza<br />
esta transacção ou esta venda ou não. Nós não estamos contra, queremos é saber o<br />
que é que diz o parecer jurídico.”----------------------------------------------<br />
PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais intervenções colocou o ponto à<br />
votação.------------------------------------------------------------------------<br />
A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, com trinta votos a favor (20 do<br />
PPD/PSD, 8 do PS e 2 dos Membros Independentes), doze votos contra (9 do PS, 2<br />
do PCP-PEV e 1 do Membro Independente) e uma abstenção do PPD/PSD, autorizar o<br />
Município a:--------------------------------------------------------------------<br />
1 – Adquirir ao Estado Português a parcela E3, com a área de 2.860 m2, a<br />
desanexar do Prédio Militar nº 9/Figueira da Foz, descrito na Conservatória do<br />
Registo Predial da Figueira da Foz sob o n.º 1108 e inscrito na respectiva<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />
Acta nº 1 da Sessão Ordinária de <strong>28</strong>-<strong>02</strong>-<strong>2008</strong><br />
matriz predial com o artigo 5044, pelo valor de 665.500,00 € (seiscentos e<br />
sessenta e cinco mil e quinhentos euros), que inclui o levantamento do ónus que<br />
incide sobre a parcela contígua E2, para posteriormente se celebrar com o Estado<br />
Português o Auto de Cessão a titulo definitivo e oneroso;-----------------------<br />
2 – Alienar a parcela E3, à sociedade Empreendimentos Turísticos Montebelo,<br />
S.A., entidade que integra o Grupo Visabeira, para construção dos acessos ao<br />
hotel e cumprimento do projecto aprovado na reunião do dia 21 de Maio de 2007,<br />
pelo valor de 665.500,00 € (seiscentos e sessenta e cinco mil e quinhentos<br />
euros).-------------------------------------------------------------------------<br />
E não havendo mais assuntos a tratar, foi pelo Presidente da Assembleia<br />
Municipal declarada encerrada a sessão eram dezoito horas e trinta e oito<br />
minutos, da qual, para constar, se lavrou a presente acta, que será previamente<br />
distribuída a todos os membros da Assembleia Municipal para posterior aprovação<br />
e que vai ser assinada pelo Presidente e pelo Secretário, nos termos da Lei.----<br />
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