versão completa em PDF - Escola de Enfermagem - UFMG
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A vivência do ciclo gravídico-puerperal na adolescência: perfil sociod<strong>em</strong>ográfico e obstétrico<br />
trimestre <strong>de</strong> gestação e o segundo, às gestantes que se<br />
encontram no segundo e terceiro trimestres. Os módulos<br />
auxiliam as futuras mães a lidar com as alterações da<br />
gestação, além <strong>de</strong> orientar para o trabalho <strong>de</strong> parto e<br />
os cuidados consigo mesmas e com os recém-nascidos<br />
no puerpério.<br />
A variável participação <strong>em</strong> ativida<strong>de</strong>s educativas durante o<br />
ciclo gravídico-puerperal (TAB. 3) d<strong>em</strong>onstra necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> integrar a adolescente nas ativida<strong>de</strong>s educativas<br />
oferecidas pela instituição. Os resultados mostram que<br />
63,6% não participaram das ativida<strong>de</strong>s educativas,<br />
enquanto 36,4%, apenas, afirmam ter<strong>em</strong> participado.<br />
CONCLUSÃO<br />
Por meio da discussão, observamos como a maternida<strong>de</strong><br />
na adolescência causa impactos e conseqüências<br />
negativas para o <strong>de</strong>senvolvimento sociod<strong>em</strong>ográfico<br />
e obstétrico da jov<strong>em</strong>. A vivência do ciclo gravídicopuerperal<br />
na adolescência t<strong>em</strong> prejuízos não só para<br />
a mãe, mas também para o bebê, diminuindo as<br />
perspectivas <strong>de</strong> futuro <strong>de</strong> ambos.<br />
As questões relacionadas à informalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho, à<br />
baixa escolarida<strong>de</strong> e à baixa renda da família implicam<br />
diminuição <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um futuro promissor<br />
para a mãe e para o bebê, já que as famílias que<br />
estão na linha da pobreza são consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> risco e<br />
tend<strong>em</strong> a apresentar ou vivenciar probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> caráter<br />
biopsicossocial.<br />
As tendências s<strong>em</strong>pre são <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>zes sucessivas entre<br />
as adolescentes, principalmente as que não dispõ<strong>em</strong><br />
<strong>de</strong> acompanhamento com profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. A<br />
multiparida<strong>de</strong> e a multigestação na adolescência<br />
implicam a fragilida<strong>de</strong> das relações.<br />
A informação <strong>de</strong> encontrar-se <strong>em</strong> união estável e solteira<br />
como estado civil da maioria das jovens caracteriza<br />
o envolvimento afetivo <strong>de</strong>las <strong>em</strong> uma atmosfera <strong>de</strong><br />
instabilida<strong>de</strong> por meio <strong>de</strong> relações amorosas superficiais<br />
e imaturas, o que aponta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um olhar<br />
diferenciado dos profissionais para a abordag<strong>em</strong><br />
do planejamento reprodutivo e saú<strong>de</strong> sexual da<br />
adolescente.<br />
Contudo, o contexto da maternida<strong>de</strong> na adolescência<br />
revela a importância <strong>de</strong> programas educativos sobre a<br />
saú<strong>de</strong> sexual, com enfoque na intersetorialida<strong>de</strong> entre<br />
as escolas, os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a socieda<strong>de</strong> para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mecanismos que i<strong>de</strong>ntifiqu<strong>em</strong> as<br />
adolescentes com alto risco para a maternida<strong>de</strong> precoce<br />
e as orient<strong>em</strong>.<br />
AGRADECIMENTOS<br />
Agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os ao Conselho Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Científico e Tecnológico (CNPq), à Fundação Cearense <strong>de</strong><br />
Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico<br />
(FUNCAP) e ao Grupo <strong>de</strong> Pesquisa Saú<strong>de</strong> da Mulher e<br />
Família da Universida<strong>de</strong> Estadual do Ceará (UECE) pelo<br />
apoio no <strong>de</strong>senvolvimento da pesquisa, b<strong>em</strong> como aos<br />
alunos Marcos Paulo <strong>de</strong> Oliveira Lima, Mônica Taynara<br />
Muniz Ferreira, Lidiane Colares Monteiro e Ítalo Reuber<br />
<strong>de</strong> Oliveira, pelo suporte técnico na estruturação <strong>de</strong>ste<br />
artigo.<br />
REFERÊNCIAS<br />
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http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exesinasc/cnv/nvuf.<strong>de</strong>f<br />
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11. Ministério da Saú<strong>de</strong> (Br). Secretaria <strong>de</strong> Atenção à Saú<strong>de</strong>. Departamento <strong>de</strong> Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Mulher.<br />
Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico/Ministério da Saú<strong>de</strong>, Secretaria <strong>de</strong> Atenção à Saú<strong>de</strong>, Departamento<br />
<strong>de</strong> Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saú<strong>de</strong>; 2005.<br />
12. Ministério da Saú<strong>de</strong> (Br). Programa Humanização do Parto: humanização do pré-natal e nascimento. Brasília: Ministério da Saú<strong>de</strong>; 2002.<br />
32 r<strong>em</strong>E – Rev. Min. Enferm.;12(1): 27-33, jan./mar., 2008