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CAPA
Maio de 2012 | Edição 68
A REALIDADE NA PONTA - PARTE 2
Proprietário da Casa do Chevrolet, João Pelegrini analisa que, em
2011, as empresas mais agressivas com certeza cresceram mais
de 7%. “E, em contrapartida, as mais lentas e outras, devido a
seu segmento, cresceram 3%. Ou seja, devemos ter conhecimento
do que realmente é o seu negócio em todo o
contexto”, enfatiza.
Assim como os demais empresários do setor, Pelegrini avalia que
deverá haver resultado positivo para as autopeças no momento
que todas as instituições financeiras aderirem às novas taxas de
juros. “Já em relação à queda nas vendas de veículos novos,
JOÃO PELEGRINI,
isso é muito recente. O dono do veículo usado ainda está com
DA CASA DO CHEVROLET esperança de trocá-lo por um zero. Portanto, continuamos com a
expectativa de um maior aquecimento nas vendas”.
Peligrini prevê que neste primeiro semestre as vendas devam ter um crescimento de 15% no
varejo, em relação a 2011 e 5% no atacado devido à linha pesada que representa um
grande faturamento. “Resultados esses que, com as novas medidas econômicas, tendem
para o aquecimento”.
Em nome da Motocap, José Dionísio Gobbi avalia que as vendas estão ascendentes, melhorando
gradativamente, mas não de forma impactante. “Temos observado que as pessoas
estão investindo um pouco mais na manutenção dos veículos. E não apenas nas peças de
manutenção propriamente ditas, como também estéticas que sofreram alguns danos, como,
por exemplo, na parte de lanternas”, especifica.
Ele também acredita que em longo prazo as medidas econômicas podem trazer reflexos para
o setor. “Com a redução dos juros, as pessoas vão ter despesas menores e, consequentemente,
a sobra será utilizada em diversos segmentos. E acredito que também virá para o
nosso mercado, já que o brasileiro é aficionado por carros”.
Sobre vendas em queda de veículos novos, o empresário comenta que está havendo uma
mudança na concepção em relação aos financiamentos. “Antes, as pessoas só calculavam se
o valor da parcela cabia no bolso. Hoje, com mais conscientização,
já fazem as contas e percebem que estão pagando dois veículos.
O crédito fácil é uma via de mão dupla”.
Gerente da matriz da Meireles Autopeças, Benhur Salomani, também
avalia que as vendas poderiam ter sido melhores no ano
passado, dado o tamanho da frota. “Porém, se considerarmos que
o aumento do PIB foi inferior a 3%, o aumento de 7% do setor
pode nos consolar”.
Em relação à redução de juros e queda nas vendas de veículos
novos, ele enfatiza que ainda é cedo para avaliar e, além disso,
Salomani comenta que recentemente foi publicada uma pesquisa
JOSÉ DIONÍSIO GOBBI,
em que as classes C e D correspondem a mais da metade (53%) DA MOTOCAP
do público que tem a intenção de comprar um carro. “O que
podemos deduzir que nesse montante de seminovos que já estão fora da garantia irão apresentar
problemas e certamente alavancar as vendas no setor de autopeças”, avalia.
Segundo ele, um fator muito importante é que o consumidor tenha por hábito fazer as
revisões preventivas, reduzindo, assim, acidentes
e a poluição ambiental. “Os veículos
respondem por 40% da poluição na atmosfera
e com a inspeção será possível prevenir
e controlar a emissão excessiva dos gases
poluentes”, defende.
Ainda sobre o comportamento do consumidor,
ele analisa que com o poder aquisitivo
das classes C e D mais elevado e mais
crédito no mercado, ele poderá realizar o
sonho de comprar um carro. “Mais veículos
circulando, significa mais manutenção e
mais movimentação nas autopeças”. No
MEIRELES AUTOPEÇAS,
final, todos ganham!
DE PALMITINHO - RS