II - RESUMO - GVpesquisa
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FGV-EAESP/GVPESQUISA 10/158<br />
Em 1991, seguindo seu trabalho de 1974, Rumelt realiza então um importante estudo<br />
entitulado “How Much Does Industry Matter” fazendo a suposição implícita de que as<br />
imperfeições de mercado mais importantes surgem a partir de elementos coletivos que guiam o<br />
comportamento de empresas. O estudo de Richard Rumelt aborda este problema de maneira<br />
direta, procurando identificar qual a influência de diversos fatores na performance de unidades<br />
de negócio específicas (RUMELT, 1991). O estudo divide a discrepância total em taxa de<br />
retorno entre Linhas de Negócios (Business Lines) baseado em dados da Comissão de<br />
Comércio Federal (FTC – Federal Trade Commission) que informa detalhes relativos a fatores<br />
de indústria, fatores de tempo, fatores de filiação corporativa (Corporate Relationship), e<br />
fatores específicos dos setores nos quais as empresas atuam. Os dados revelam efeitos<br />
corporativos desprezíveis, fatores ligados à indústria estáveis mas relativamente pouco<br />
importantes, e efeitos de negócio-unidade estáveis muito relevante. Estes resultados sugerem<br />
que as fontes mais importantes de rendas econômicas são específicas dos negócios (businessspecific)<br />
sendo que os efeitos de indústria e dos relacionamentos corporativos são menos<br />
importantes. Em um estudo posterior (POWELL, 1996) uma tentativa é feita para reproduzir<br />
estes resultados usando uma amostra alternativa e uma metodologia baseando-se nas<br />
percepções de executivos. Os resultados apóiam esses informados em estudos prévios, com<br />
fatores de indústria que explicam 20% de discrepância de desempenho global<br />
aproximadamente, confirmando de forma geral o colocado por Rumelt.<br />
Dado o desafio que estas colocações representavam para teoria da economia da organização<br />
industrial Michael Porter e um de seus assistentes, Anita McGahan, respondem com uma outra<br />
avaliação detalhada sobre os efeitos cruzados entre diversificação e performance (MCGAHAN<br />
e PORTER, 1997) com base nos mesmos dados analisados por Rumelt. Este estudo examina<br />
detalhadamente os efeitos temporais, de ramo (indústria), afiliação corporativa, e efeitos<br />
específicos às linhas de produtos na rentabilidade de empresas de capital aberto dos EUA<br />
tomando como base classificações específicas SIC de 4 dígitos, focando a discussão sobre as<br />
R ELATÓRIO DE P ESQUISA Nº 17/2004