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II - RESUMO - GVpesquisa

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FGV-EAESP/GVPESQUISA 8/158<br />

mudar o contexto do seu ambiente transacional imediato (GHEMAWAT, 1995; PORTER,<br />

1996; SCHERER, 1990).<br />

Tal visão coaduna com uma hipótese proposta originalmente por Rumelt na década de 1970,<br />

segundo a qual a diversificação corresponde a um esforço de procura de emprego alternativo<br />

de recursos quando as aplicações no negócio atual se tornam não atrativas. Para Rumelt no<br />

caso de muitas grandes empresas, a diversificação é um meio para escapar às perspectivas<br />

negativas na sua área empresarial original. Assim sendo, desempenho absoluto inferior é<br />

freqüentemente o resultado de participação em uma indústria altamente competitiva de<br />

crescimento lento com baixo nível de inovação, aliado à incapacidade de dirigir recursos a<br />

outros campos (RUMELT, 1974).<br />

Seguindo este raciocínio, dado que os mecanismos de competição e de alocação de recursos no<br />

mercado agem para dirigir recursos para os usos com o potencial de lucratividade mais alto, a<br />

persistência de lucros desiguais entre firmas deve logicamente decorrer da presença de<br />

impedimentos naturais ou artificiais para os fluxos de recurso, ou seja, de imperfeições de<br />

mercado.<br />

Em um trabalho fundamental para a consolidação da RBV, Wernerfelt e Montgomery procuram<br />

desafiar a noção de atratividade de uma indústria, que serviu de base para os modelos<br />

gerenciais de diversificação (e inclusive para o celebrado modelo da matriz BCG baseada em<br />

curvas de aprendizagem). A idéia proposta por Wernerfelt e Montgomery é que uma mesma<br />

indústria pode ser atraente ou não, dependendo das características de cada firma, ou seja, o que<br />

é atraente depende das vantagens relativas de uma empresa (das suas dotações específicas de<br />

recursos). Estes autores mostram que duas medidas muito comuns de atratividade, (1)<br />

crescimento de indústria e (2) rentabilidade média da indústria, tem implicações contrárias<br />

para tipos diferentes de empresas. Eles negam ainda que maiores diferenças nos custos de<br />

R ELATÓRIO DE P ESQUISA Nº 17/2004

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