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Acordo Colectivo de Trabalho da carreira especial médica ... - drapl

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2 - S<br />

III<br />

30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010<br />

Número 15<br />

VICE-PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL<br />

Direcção Regional <strong>da</strong> Administração Pública e Local<br />

Regulamentação do <strong>Trabalho</strong><br />

<strong>Acordo</strong>s <strong>Colectivo</strong>s <strong>de</strong> <strong>Trabalho</strong>:<br />

<strong>Acordo</strong> <strong>Colectivo</strong> <strong>de</strong> <strong>Trabalho</strong> <strong>da</strong> <strong>carreira</strong> <strong>especial</strong><br />

médica, entre a Secretaria Regional dos Assuntos Sociais, o<br />

Serviço <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Região Autónoma <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira, E.P.E.,<br />

Sindicato In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos médicos e Sindicato dos<br />

Médicos <strong>da</strong> Zona Sul.<br />

Na sen<strong>da</strong> <strong>da</strong> entra<strong>da</strong> em vigor do Decreto-Lei n.º<br />

177/2009, <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Agosto, que estabeleceu o regime <strong>da</strong><br />

<strong>carreira</strong> <strong>especial</strong> médica, o presente <strong>Acordo</strong> <strong>Colectivo</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Trabalho</strong> <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> pública para Carreira Especial Médica<br />

(ACT) constitui o primeiro instrumento regional <strong>de</strong><br />

regulamentação colectiva celebrado para o sector <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

O presente ACT respon<strong>de</strong> a várias necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que a<br />

<strong>carreira</strong> <strong>de</strong>stes profissionais tem vindo a i<strong>de</strong>ntificar ao longo<br />

dos anos, não tendo esgotado, no entanto, o espaço<br />

permitido por lei à contratação colectiva.<br />

Ain<strong>da</strong> que não constando do presente ACT, por não<br />

po<strong>de</strong>rem ser alvo <strong>de</strong> instrumento <strong>de</strong> regulamentação<br />

colectiva, existe um conjunto <strong>de</strong> normas que regula o<br />

exercício <strong>de</strong> funções médicas, quer enquanto trabalhadores<br />

em funções públicas, quer no que respeita a aspectos<br />

específicos do exercício <strong>da</strong>s funções médicas.<br />

Não sendo possível esgotar o elenco do referido conjunto<br />

<strong>de</strong> normas, interessa referir as mais importantes. Assim, a<br />

Lei n.º 12-A/2008, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Fevereiro, regula, entre outras<br />

matérias, a mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> geral e a alteração do posicionamento<br />

remuneratório. No RCTFP encontram-se previstas, entre<br />

outras, as seguintes matérias: feriados, férias, faltas, licenças<br />

e o direito à greve. Por sua vez, o Decreto-Lei n.º 177/2009,<br />

<strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Agosto, regulamenta aspectos específicos do<br />

exercício <strong>da</strong> <strong>carreira</strong>, como sejam o conteúdo funcional e as<br />

posições remuneratórias. Nos termos <strong>da</strong> Lei n.º 12-A/2009,<br />

<strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Fevereiro, o referido <strong>de</strong>creto-lei remete para<br />

portaria a regulamentação do procedimento concursal,<br />

nomea<strong>da</strong>mente, dos requisitos <strong>de</strong> candi<strong>da</strong>tura e a respectiva<br />

tramitação.<br />

Proce<strong>de</strong>-se no presente ACT à adopção do regime<br />

semanal do período normal <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> 40 horas, o qual<br />

será a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> típica, em substituição do período normal<br />

<strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> 35 horas, após a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> nova grelha<br />

salarial, sem prejuízo <strong>da</strong> manutenção dos regimes <strong>de</strong><br />

trabalho <strong>de</strong> 35 e 42 horas semanais, vindos do Decreto-Lei<br />

n.º 73/90, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Março, nos termos do previsto no Decreto-<br />

Lei n.º 177/2009, <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Agosto.<br />

Mantém-se, igualmente, em vigor o acordo <strong>especial</strong><br />

sobre os tempos <strong>de</strong> trabalho, celebrado a 17 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong><br />

2009, entre o SESARAM e o SIM, que será a<strong>da</strong>ptado, após<br />

a <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> nova grelha salarial, ao regime <strong>de</strong><br />

trabalho <strong>da</strong>s 40 horas semanais.<br />

Os suplementos remuneratórios <strong>de</strong>vidos pela prestação<br />

<strong>de</strong> trabalho nocturno, extraordinário e pelos regimes <strong>de</strong><br />

prevenção e chama<strong>da</strong> são regulados pela legislação <strong>especial</strong><br />

aplicável ao regime <strong>de</strong> trabalho do pessoal hospitalar,<br />

nomea<strong>da</strong>mente o Decreto-Lei n.º 62/79, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Março.<br />

Mantêm-se em vigor o acréscimo remuneratório e o<br />

subsídio <strong>de</strong> fixação aos médicos que exercem funções<br />

efectivas na Região Autónoma <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira.<br />

Consagra-se, no presente acordo, um regime <strong>especial</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>finição do local <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>ntro dos Agrupamentos dos<br />

Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, com respeito aos trabalhadores médicos<br />

<strong>da</strong> área <strong>de</strong> Medicina Geral e Familiar.<br />

Por último, mas <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância, não se<br />

po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> frisar nesta se<strong>de</strong> a garantia do direito a<br />

uma verba, correspon<strong>de</strong>nte a um por cento do valor bruto<br />

<strong>da</strong>s remunerações, para custear as acções <strong>de</strong> formação dos<br />

trabalhadores médicos.<br />

Tais acções <strong>de</strong> formação po<strong>de</strong>rão <strong>de</strong>correr, sem per<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

remuneração, por um período até 22 dias úteis, garantindose<br />

a facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Enti<strong>da</strong><strong>de</strong> Empregadora Pública po<strong>de</strong>r<br />

atribuir um período superior aos 22 dias mencionados,<br />

sempre que a formação se revestir <strong>de</strong> interesse para os<br />

serviços.<br />

Na acumulação <strong>de</strong> funções, e comparativamente ao<br />

território continental, prevê-se a redução do tempo que <strong>de</strong>ve<br />

mediar entre o exercício no SESARAM e o exercício <strong>de</strong><br />

funções a acumular.<br />

Como última inovação em comparação ao regime<br />

instituído para o Continente, a elaboração do regulamento<br />

interno prevê um prazo mais reduzido, <strong>de</strong> forma a se garantir<br />

a conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ste instrumento com a vi<strong>da</strong> interna do<br />

SESARAM.<br />

I - Área, âmbito, vigência, <strong>de</strong>núncia e revisão<br />

Cláusula 1.ª<br />

Área e âmbito<br />

1 - O presente acordo colectivo <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

empregadora pública <strong>da</strong> <strong>carreira</strong> <strong>especial</strong> médica (doravante,<br />

ACT) aplica-se no território <strong>da</strong> Região Autónoma <strong>da</strong><br />

Ma<strong>de</strong>ira.<br />

2 - O ACT aplica-se e todos os trabalhadores médicos<br />

filiados nas associações sindicais outorgantes que,<br />

vinculados em regime <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho em funções<br />

públicas por tempo in<strong>de</strong>terminado e integrados na <strong>carreira</strong><br />

<strong>especial</strong> médica (doravante, trabalhador médico), exercem<br />

funções na enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública outorgante.<br />

3 - Para os efeitos do disposto na alínea g) do artigo 350.º<br />

do Regime do Contrato <strong>de</strong> <strong>Trabalho</strong> em Funções Publicas<br />

(doravante RCTFP), aprovado pela Lei n.º 59/2008, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong><br />

Setembro, as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s outorgantes estimam que são<br />

abrangidos pela presente convenção colectiva uma enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

empregadora pública e 150 trabalhadores médicos.<br />

Cláusula 2.ª<br />

Vigência, sobrevivência, <strong>de</strong>núncia e revisão<br />

1 - O ACT entra em vigor no primeiro dia do mês<br />

seguinte ao <strong>da</strong> sua publicação no Jornal Oficial <strong>da</strong> Região<br />

Autónoma <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira e vigora pelo prazo <strong>de</strong> quatro anos.<br />

2 - Decorrido o prazo <strong>de</strong> vigência previsto no número<br />

anterior, e não havendo <strong>de</strong>núncia por qualquer <strong>da</strong>s partes, o<br />

ACT renova-se por períodos sucessivos <strong>de</strong> dois anos.


30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010 III<br />

S - 3<br />

Número 15<br />

3 - A <strong>de</strong>núncia po<strong>de</strong> ser feita por qualquer <strong>da</strong>s partes, com<br />

a antecedência <strong>de</strong> seis meses, e <strong>de</strong>ve ser acompanha<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

proposta <strong>de</strong> revisão, total ou parcial, bem como <strong>da</strong><br />

respectiva fun<strong>da</strong>mentação.<br />

4 - Havendo <strong>de</strong>núncia, o ACT renova-se por um período<br />

<strong>de</strong> 18 meses.<br />

5 - As negociações <strong>de</strong>vem ter início nos 15 dias úteis<br />

posteriores à recepção <strong>da</strong> contraproposta, e não po<strong>de</strong>m durar<br />

mais <strong>de</strong> 12 meses, tratando -se <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> revisão global,<br />

nem mais <strong>de</strong> 6 meses, no caso <strong>de</strong> renovação parcial.<br />

6 - Decorrido o prazo <strong>de</strong> 12 meses previsto no número<br />

anterior, inicia-se a conciliação ou a mediação.<br />

7 - Decorrido o prazo <strong>de</strong> três meses <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong><br />

conciliação ou mediação e no caso <strong>de</strong>stes mecanismos <strong>de</strong><br />

resolução se terem frustrado, as partes acor<strong>da</strong>m em submeter<br />

as questões em diferendo a arbitragem voluntária, nos<br />

termos <strong>da</strong> lei.<br />

8 - A revisão prevista no n.º 3 <strong>da</strong> cláusula 33.ª do ACT<br />

<strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>da</strong> 60 dias após a entra<strong>da</strong> em vigor do<br />

diploma regulamentar que i<strong>de</strong>ntifique os níveis<br />

remuneratórios <strong>da</strong> <strong>carreira</strong> médica e segue a tramitação<br />

prevista nos n.os 5 a 6 com os prazos aí previstos reduzidos<br />

para um terço.<br />

II - Carreira profissional e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> funções<br />

Cláusula 3.ª<br />

Perfil profissional<br />

1 - Consi<strong>de</strong>ra-se trabalhador médico o profissional<br />

legalmente habilitado ao exercício <strong>da</strong> medicina, capacitado<br />

para o diagnóstico, tratamento, prevenção ou recuperação <strong>de</strong><br />

doenças ou outros problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e apto a prestar<br />

cui<strong>da</strong>dos e a intervir sobre indivíduos, conjuntos <strong>de</strong><br />

indivíduos ou grupos populacionais, doentes ou saudáveis,<br />

tendo em vista a protecção, melhoria ou manutenção do seu<br />

estado e nível <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

2 - A integração na <strong>carreira</strong> <strong>especial</strong> médica <strong>de</strong>termina o<br />

exercício <strong>da</strong>s correspon<strong>de</strong>ntes funções.<br />

3 - O trabalhador médico exerce a sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong> com<br />

plena responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional e autonomia técnicocientífica,<br />

através do exercício correcto <strong>da</strong>s funções<br />

assumi<strong>da</strong>s, coopera com outros profissionais cuja acção seja<br />

complementar à sua e coor<strong>de</strong>na as equipas<br />

multidisciplinares <strong>de</strong> trabalho constituí<strong>da</strong>s.<br />

Cláusula 4.ª<br />

Integração na <strong>carreira</strong> médica<br />

Os trabalhadores médicos abrangidos pelo presente ACT<br />

são obrigatoriamente integrados numa <strong>carreira</strong> profissional,<br />

<strong>de</strong>signa<strong>da</strong> <strong>carreira</strong> <strong>especial</strong> médica, nos termos do diploma<br />

legal que <strong>de</strong>fine o regime legal <strong>da</strong> <strong>carreira</strong> aplicável aos<br />

médicos nas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas empresariais e nas parcerias<br />

em Saú<strong>de</strong>, em regime <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> financiamento privado,<br />

integrados no Serviço <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Regional.<br />

Cláusula 5.ª<br />

Estrutura <strong>da</strong> <strong>carreira</strong><br />

A <strong>carreira</strong> <strong>especial</strong> médica é pluricategorial e estrutura -<br />

se nas seguintes categorias:<br />

a) Assistente;<br />

b) Assistente graduado;<br />

c) Assistente graduado sénior.<br />

Cláusula 6.ª<br />

Qualificação médica<br />

1 - A qualificação médica tem por base a obtenção <strong>da</strong>s<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e conhecimentos técnicos adquiridos ao longo<br />

<strong>da</strong> formação profissional dos médicos na <strong>carreira</strong> <strong>especial</strong><br />

médica e compreen<strong>de</strong> os seguintes graus:<br />

a) Especialista;<br />

b) Consultor.<br />

2 - A qualificação dos trabalhadores médicos estrutura-se<br />

em graus enquanto títulos <strong>de</strong> habilitação profissional<br />

atribuídos pelo Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> e reconhecidos pela<br />

Or<strong>de</strong>m dos Médicos em função <strong>da</strong> obtenção <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong><br />

competência diferenciados e sujeitos a procedimento<br />

concursal.<br />

Cláusula 7.ª<br />

Aquisição e utilização do grau<br />

1 - O grau <strong>de</strong> <strong>especial</strong>ista adquire -se com a obtenção do<br />

título <strong>de</strong> <strong>especial</strong>ista, após conclusão, com aproveitamento,<br />

do internato médico <strong>da</strong> <strong>especial</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

2 - O grau <strong>de</strong> consultor adquire-se após habilitação<br />

efectua<strong>da</strong> por procedimento concursal, que tenha por base,<br />

cumulativamente:<br />

a) Avaliação curricular;<br />

b) Prova <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> aprofun<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> competências;<br />

c) Exercício efectivo, durante cinco anos, <strong>de</strong> funções com o<br />

grau <strong>de</strong> <strong>especial</strong>ista.<br />

3 - Os trabalhadores médicos integrados na categoria <strong>de</strong><br />

assistente <strong>da</strong> <strong>carreira</strong> <strong>especial</strong> médica que obtenham o grau<br />

<strong>de</strong> consultor na sequência <strong>de</strong> aprovação no procedimento<br />

concursal a que se refere o número anterior são providos na<br />

categoria <strong>de</strong> assistente graduado.<br />

4 - No exercício e publicitação <strong>da</strong> sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

profissional o trabalhador médico <strong>de</strong>ve sempre fazer<br />

referência ao grau <strong>de</strong>tido.<br />

Cláusula 8.ª<br />

Activi<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong> e incompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

1 - Nos termos do n.º 3 <strong>da</strong> Base XXXI <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> Bases <strong>da</strong><br />

Saú<strong>de</strong>, aos trabalhadores médicos é permitido exercer a<br />

activi<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong>, em regime <strong>de</strong> trabalho autónomo,<br />

mediante a mera apresentação à enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora<br />

pública <strong>de</strong> compromisso <strong>de</strong> honra <strong>de</strong> que por esse motivo<br />

não resulta qualquer condição <strong>de</strong> incompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

2 - A acumulação com funções priva<strong>da</strong>s, em regime <strong>de</strong><br />

trabalho subordinado, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> autorização <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

empregadora pública e não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar para o Sistema<br />

Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> qualquer responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> pelos<br />

encargos resultantes dos cui<strong>da</strong>dos por esta forma prestados<br />

aos seus beneficiários.


4 - S<br />

III<br />

30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010<br />

Número 15<br />

3 - A autorização para a acumulação <strong>de</strong> funções priva<strong>da</strong>s,<br />

em regime <strong>de</strong> trabalho subordinado, é concedi<strong>da</strong> a<br />

requerimento do trabalhador médico interessado, nos termos<br />

legais, <strong>de</strong>vendo mediar um intervalo <strong>de</strong> tempo não inferior a<br />

trinta minutos entre o exercício <strong>da</strong>s funções a acumular.<br />

4 - Não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> autorização <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora<br />

pública, o exercício pelo trabalhador médico, em regime <strong>de</strong><br />

trabalho autónomo, a título remunerado ou não, <strong>da</strong>s<br />

seguintes activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s:<br />

a) Criação <strong>de</strong> obras do domínio literário, científico e artístico;<br />

b) Realização <strong>de</strong> conferências, palestras e cursos breves;<br />

c) Elaboração <strong>de</strong> estudos e pareceres médicos.<br />

5 - São consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s priva<strong>da</strong>s e condições<br />

incompatíveis, nomea<strong>da</strong>mente, o exercício <strong>de</strong> funções <strong>de</strong><br />

direcção técnica <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

convenciona<strong>da</strong>s ou não, bem como a titulari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

participação superior a 10 % no capital social <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

convenciona<strong>da</strong>s, por si ou por cônjuge e pelos ascen<strong>de</strong>ntes<br />

ou <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes do 1.º grau.<br />

Cláusula 9.ª<br />

Áreas <strong>de</strong> exercício profissional<br />

1 - A <strong>carreira</strong> <strong>especial</strong> médica organiza-se por áreas <strong>de</strong><br />

exercício profissional, consi<strong>de</strong>rando-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já as áreas<br />

hospitalar, medicina geral e familiar, saú<strong>de</strong> pública,<br />

medicina legal e medicina do trabalho.<br />

2 - Ca<strong>da</strong> área prevista no número anterior tem formas <strong>de</strong><br />

exercício a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s à natureza e conteúdo <strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> que<br />

<strong>de</strong>senvolve, nos termos <strong>da</strong>s cláusulas seguintes.<br />

Cláusula 10.ª<br />

Área hospitalar<br />

1 - Ao assistente compete, nomea<strong>da</strong>mente:<br />

a) Prestar as funções assistenciais e praticar actos médicos<br />

diferenciados;<br />

b) Registar no processo clínico os actos, diagnósticos e<br />

procedimentos;<br />

c) Participar na formação dos médicos internos;<br />

d) Integrar e chefiar as equipas <strong>de</strong> urgência, interna e externa;<br />

e) Participar em projectos <strong>de</strong> investigação científica;<br />

f) Integrar programas <strong>de</strong> melhoria contínua <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

g) Desempenhar funções docentes;<br />

h) Responsabilizar -se por uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s médicas funcionais;<br />

i) Articular a prestação e a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> dos cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> com os médicos <strong>de</strong> família;<br />

j) Participar em júris <strong>de</strong> concurso;<br />

l) Assegurar as funções <strong>de</strong> assistente graduado ou <strong>de</strong><br />

assistente graduado sénior, quando não existam ou nas suas<br />

faltas e impedimentos.<br />

2 - Ao assistente graduado são atribuí<strong>da</strong>s as funções <strong>de</strong><br />

assistente e ain<strong>da</strong> as <strong>de</strong>:<br />

a) Coor<strong>de</strong>nar o <strong>de</strong>senvolvimento curricular dos médicos<br />

internos e dos médicos assistentes;<br />

b) Coor<strong>de</strong>nar programas <strong>de</strong> melhoria contínua <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

c) Coor<strong>de</strong>nar a dinamização <strong>da</strong> investigação científa,3ica;<br />

d) Coor<strong>de</strong>nar a dinamização <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> bioética;<br />

e) Coor<strong>de</strong>nar a dinamização <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> informatização<br />

clínica e <strong>de</strong> telemedicina;<br />

f) Coor<strong>de</strong>nar os protocolos <strong>de</strong> diagnóstico, terapêuticos e <strong>de</strong><br />

acompanhamento, bem como a gestão dos internamentos e<br />

<strong>da</strong> consulta externa;<br />

g) Coadjuvar os assistentes graduados seniores <strong>da</strong> sua área <strong>de</strong><br />

<strong>especial</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

3 - Ao assistente graduado sénior são atribuí<strong>da</strong>s as<br />

funções <strong>de</strong> assistente e <strong>de</strong> assistente graduado, cabendo-lhe<br />

ain<strong>da</strong>:<br />

a) Coor<strong>de</strong>nar activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s assistenciais <strong>de</strong> investigação<br />

científica e <strong>de</strong> formação médica na área <strong>da</strong> sua<br />

<strong>especial</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

b) Coor<strong>de</strong>nar os processos <strong>de</strong> acreditação;<br />

c) Exercer cargos <strong>de</strong> direcção e chefia;<br />

d) Coadjuvar o director <strong>de</strong> serviço nas activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão;<br />

e) Substituir o director <strong>de</strong> serviço <strong>da</strong> respectiva área nas suas<br />

faltas e impedimentos.<br />

Cláusula 11.ª<br />

Área <strong>de</strong> medicina geral e familiar<br />

1 - Ao assistente são atribuí<strong>da</strong>s, nomea<strong>da</strong>mente, as<br />

seguintes funções:<br />

a) Prestar cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> globais e continuados aos<br />

inscritos em lista nominativa, <strong>de</strong> número não superior a<br />

1550, por quem é responsável, individualmente e em<br />

equipa, bem como <strong>de</strong>senvolver activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> prevenção<br />

<strong>da</strong>s doenças e, ain<strong>da</strong>, promover a gestão <strong>da</strong> sua lista;<br />

b) Exercer nos centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> funções <strong>de</strong> apoio, <strong>de</strong> carácter<br />

transitório, aos utentes sem médico <strong>de</strong> família;<br />

c) Registar no processo clínico os actos, diagnósticos e<br />

procedimentos;<br />

d) Orientar e seguir os doentes na utilização <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> a que enten<strong>da</strong> referenciá-los para a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong><br />

assistência, nomea<strong>da</strong>mente quanto a cui<strong>da</strong>dos hospitalares,<br />

mediante relatório escrito confi<strong>de</strong>ncial;<br />

e) Promover a articulação com outros níveis <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong><br />

cui<strong>da</strong>dos com o objectivo <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r à sua a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong><br />

continui<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

f) Responsabilizar-se por uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s funcionais do Centro <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong>;<br />

g) Participar na formação dos médicos internos;<br />

h) Participar em projectos <strong>de</strong> investigação científica;<br />

i) Integrar programas <strong>de</strong> melhoria contínua <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

j) Desempenhar funções docentes;<br />

l) Participar em júris <strong>de</strong> concurso;<br />

l) Exercer nos centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> funções integra<strong>da</strong>s nos<br />

programas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente as <strong>de</strong><br />

assistência global às populações.<br />

2 - Ao assistente graduado são atribuí<strong>da</strong>s as funções <strong>de</strong><br />

assistente e ain<strong>da</strong> as <strong>de</strong>:<br />

a) Coor<strong>de</strong>nar o <strong>de</strong>senvolvimento curricular dos médicos<br />

internos e dos médicos assistentes;<br />

b) Coor<strong>de</strong>nar a dinamização <strong>da</strong> investigação científica;<br />

c) Coor<strong>de</strong>nar a dinamização <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> bioética;<br />

d) Coor<strong>de</strong>nar a dinamização <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> informatização<br />

clínica e <strong>de</strong> telemedicina;<br />

e) Coor<strong>de</strong>nar os protocolos <strong>de</strong> diagnóstico, terapêuticos e <strong>de</strong><br />

acompanhamento;<br />

f) Coadjuvar os assistentes graduados seniores.<br />

3 - Ao assistente graduado sénior são atribuí<strong>da</strong>s as<br />

funções <strong>de</strong> assistente e <strong>de</strong> assistente graduado, cabendo -lhe<br />

ain<strong>da</strong>:<br />

a) Coor<strong>de</strong>nar activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s assistenciais <strong>de</strong> investigação<br />

científica e <strong>de</strong> formação médica na área <strong>da</strong> sua<br />

<strong>especial</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

b) Coor<strong>de</strong>nar os processos <strong>de</strong> acreditação;<br />

c) Desempenhar cargos <strong>de</strong> direcção e chefia, nomea<strong>da</strong>mente<br />

<strong>de</strong> membro do conselho clínico;<br />

d) Coadjuvar a direcção clínica dos centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nas<br />

activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão;<br />

e) Substituir o coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> respectiva área nas<br />

suas faltas e impedimentos.


30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010 III<br />

S - 5<br />

Número 15<br />

Cláusula 12.ª<br />

Área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública<br />

1 - Ao assistente são atribuí<strong>da</strong>s, nomea<strong>da</strong>mente, as<br />

seguintes funções:<br />

a) Assegurar as activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e prevenção<br />

<strong>da</strong> doença na população em geral ou em <strong>de</strong>terminados<br />

grupos que a integram;<br />

b) I<strong>de</strong>ntificar necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />

c) Monitorizar o estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> população e seus<br />

<strong>de</strong>terminantes;<br />

d) Promover e participar na formação dos médicos internos e<br />

na formação pré-gradua<strong>da</strong>, pós-gradua<strong>da</strong> e contínua dos<br />

diversos grupos profissionais que integram;<br />

e) Participar na articulação <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública<br />

com as <strong>da</strong> medicina geral e familiar e hospitalar;<br />

f) Gerir programas e projectos nas áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, protecção<br />

e promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> população, no quadro dos planos<br />

nacionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ou dos respectivos programas ou planos<br />

regionais ou locais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, nomea<strong>da</strong>mente vacinação,<br />

saú<strong>de</strong> ambiental, saú<strong>de</strong> escolar, saú<strong>de</strong> ocupacional e saú<strong>de</strong><br />

oral;<br />

g) Responsabilizar-se por uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s funcionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

pública;<br />

h) Exercer os po<strong>de</strong>res <strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />

i) Cooperar com a autori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />

j) Desempenhar funções docentes;<br />

l) Participar em projectos <strong>de</strong> investigação científica;<br />

m) Integrar programas <strong>de</strong> melhoria contínua <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

n) Participar em júris <strong>de</strong> concursos;<br />

o) Praticar actos médicos assistenciais nos limites do seu perfil<br />

profissional.<br />

2 - Ao assistente graduado são atribuí<strong>da</strong>s as funções <strong>de</strong><br />

assistente e ain<strong>da</strong> as <strong>de</strong>:<br />

a) Coor<strong>de</strong>nar o <strong>de</strong>senvolvimento curricular dos médicos<br />

internos e dos médicos assistentes;<br />

b) Coor<strong>de</strong>nar programas <strong>de</strong> melhoria contínua <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

c) Promover a investigação e a vigilância epi<strong>de</strong>miológicas;<br />

d) Desenvolver a investigação em saú<strong>de</strong> pública;<br />

e) Coor<strong>de</strong>nar a dinamização <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> informatização<br />

relativos às áreas <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> pública;<br />

f) Coadjuvar os assistentes graduados seniores.<br />

3 - Ao assistente graduado sénior são atribuí<strong>da</strong>s as<br />

funções <strong>de</strong> assistente e assistente graduado e ain<strong>da</strong>:<br />

a) Coor<strong>de</strong>nar activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong> formação<br />

médica em saú<strong>de</strong> pública;<br />

b) Avaliar o impacte <strong>da</strong>s várias intervenções em saú<strong>de</strong>;<br />

c) Coor<strong>de</strong>nar os processos <strong>de</strong> acreditação;<br />

d) Desempenhar cargos <strong>de</strong> direcção e chefia.<br />

Cláusula 13.ª<br />

Área <strong>de</strong> medicina legal<br />

1 - Ao assistente são atribuí<strong>da</strong>s, nomea<strong>da</strong>mente, as<br />

seguintes funções:<br />

a) Prestar as funções médico-legais e praticar actos periciais<br />

diferenciados;<br />

b) Elaborar relatórios e pareceres médico-legais;<br />

c) Participar na formação dos médicos internos;<br />

d) Integrar a escala <strong>de</strong> exames periciais médico-legais<br />

urgentes;<br />

e) Orientar o pessoal técnico <strong>de</strong> diagnóstico e terapêutica e o<br />

pessoal técnico-aju<strong>da</strong>nte <strong>de</strong> medicina legal na realização<br />

<strong>da</strong>s suas tarefas;<br />

f) Participar em projectos <strong>de</strong> investigação científica;<br />

g) Integrar programas <strong>de</strong> melhoria contínua <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

h) Desempenhar funções docentes;<br />

i) Responsabilizar-se por uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s funcionais médico-legais;<br />

j) Articular a prestação e a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> intervenção<br />

médico-legal com os médicos <strong>da</strong>s restantes áreas <strong>de</strong><br />

exercício profissional;<br />

l) Participar em júris <strong>de</strong> concurso;<br />

m) Assegurar as funções <strong>de</strong> assistente graduado ou <strong>de</strong><br />

assistente graduado sénior, quando não existam ou nas suas<br />

faltas e impedimentos.<br />

2 - Ao assistente graduado são atribuí<strong>da</strong>s as funções <strong>de</strong><br />

assistente e ain<strong>da</strong> as <strong>de</strong>:<br />

a) Coor<strong>de</strong>nar o <strong>de</strong>senvolvimento curricular dos médicos<br />

internos e dos médicos assistentes;<br />

b) Coor<strong>de</strong>nar programas <strong>de</strong> melhoria contínua <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

c) Coor<strong>de</strong>nar projectos <strong>de</strong> investigação científica;<br />

d) Coor<strong>de</strong>nar projectos <strong>de</strong> bioética;<br />

e) Coor<strong>de</strong>nar projectos <strong>de</strong> informatização médico-legal e <strong>de</strong><br />

telemedicina;<br />

f) Coor<strong>de</strong>nar os protocolos <strong>de</strong> intervenção médico -legal bem<br />

como a gestão e gabinetes médico -legais e outras uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

funcionais;<br />

g) Coadjuvar os assistentes graduados seniores <strong>da</strong> sua área <strong>de</strong><br />

<strong>especial</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

3 - Ao assistente graduado sénior são atribuí<strong>da</strong>s as<br />

funções <strong>de</strong> assistente e <strong>de</strong> assistente graduado, cabendo-lhe<br />

ain<strong>da</strong>:<br />

a) Coor<strong>de</strong>nar activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação científica e <strong>de</strong><br />

formação médica na área <strong>da</strong> sua <strong>especial</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

b) Coor<strong>de</strong>nar os processos <strong>de</strong> acreditação;<br />

c) Coadjuvar o director <strong>de</strong> serviço nas activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão;<br />

d) Exercer as funções <strong>de</strong> director <strong>de</strong> serviço;<br />

e) Substituir o director <strong>de</strong> serviço nas suas faltas e<br />

impedimentos, quando para tal <strong>de</strong>signado.<br />

Cláusula 14.ª<br />

Área <strong>de</strong> medicina do trabalho<br />

1 - Ao assistente são atribuí<strong>da</strong>s, nomea<strong>da</strong>mente, as<br />

seguintes funções:<br />

a) Realizar a vigilância médica dos trabalhadores <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

empregadora pública, emitindo as respectivas fichas <strong>de</strong><br />

aptidão, bem como <strong>de</strong>senvolver activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> prevenção<br />

dos aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho e <strong>da</strong>s doenças profissionais;<br />

b) Registar no processo clínico os actos, diagnósticos e<br />

procedimentos, garantindo a sua confi<strong>de</strong>nciali<strong>da</strong><strong>de</strong> perante<br />

terceiros, nomea<strong>da</strong>mente a enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública;<br />

c) Tomar <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> intervenção médica que, na sua<br />

avaliação, se imponham em ca<strong>da</strong> caso;<br />

d) Orientar e seguir os trabalhadores doentes ou sinistrados na<br />

utilização <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a que enten<strong>da</strong> referenciá-los<br />

para a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> assistência, mediante relatório escrito<br />

confi<strong>de</strong>ncial, bem como proce<strong>de</strong>r e acompanhar os<br />

processos <strong>de</strong> notificação obrigatória <strong>de</strong> doença profissional<br />

ou a sua presunção fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong>;<br />

e) Responsabilizar-se por serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ocupacional;<br />

f) Promover a articulação com as outras áreas <strong>da</strong> saú<strong>de</strong><br />

ocupacional;<br />

g) Desenvolver programas <strong>de</strong> promoção, prevenção e<br />

vigilância <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> nos locais <strong>de</strong> trabalho, bem como <strong>de</strong><br />

avaliação <strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> trabalho e o seu impacte na<br />

saú<strong>de</strong> dos trabalhadores, e avaliação e gestão dos riscos<br />

profissionais;<br />

h) Participar nas activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação e formação dos<br />

trabalhadores e prestar informação técnica, na fase <strong>de</strong><br />

projecto e <strong>de</strong> execução, sobre as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> prevenção<br />

relativas às instalações, locais, equipamentos e processos <strong>de</strong><br />

trabalho;<br />

i) Participar na formação dos médicos internos;<br />

j) Participar em projectos <strong>de</strong> investigação científica;<br />

l) Integrar programas <strong>de</strong> melhoria contínua <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

m) Desempenhar funções docentes;<br />

n) Participar em júris <strong>de</strong> concurso;<br />

o) Colaborar em programas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública.


6 - S<br />

III<br />

30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010<br />

Número 15<br />

2 - Ao assistente graduado são atribuí<strong>da</strong>s as funções <strong>de</strong><br />

assistente e ain<strong>da</strong> as <strong>de</strong>:<br />

a) Coor<strong>de</strong>nar o <strong>de</strong>senvolvimento curricular dos médicos<br />

internos e dos médicos assistentes;<br />

b) Coor<strong>de</strong>nar os programas <strong>de</strong> promoção, prevenção,<br />

vigilância <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> trabalho<br />

e riscos profissionais e do seu respectivo impacto na saú<strong>de</strong><br />

dos trabalhadores;<br />

c) Coor<strong>de</strong>nar programas <strong>de</strong> melhoria contínua <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

d) Desenvolver a investigação em medicina do trabalho e<br />

saú<strong>de</strong> ocupacional;<br />

e) Coor<strong>de</strong>nar e dinamizar projectos <strong>de</strong> informatização<br />

relativos à medicina do trabalho e à saú<strong>de</strong> ocupacional;<br />

f) Coadjuvar os assistentes graduados seniores.<br />

3 - Ao assistente graduado sénior são atribuí<strong>da</strong>s as<br />

funções <strong>de</strong> assistente e <strong>de</strong> assistente graduado, cabendo-lhe<br />

ain<strong>da</strong>:<br />

a) Coor<strong>de</strong>nar activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong> formação<br />

médica em medicina do trabalho;<br />

b) Coor<strong>de</strong>nar os processos <strong>de</strong> acreditação;<br />

c) Desempenhar cargos <strong>de</strong> direcção e chefia;<br />

d) Coadjuvar o director <strong>de</strong> serviço nas activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão;<br />

e) Substituir o director <strong>de</strong> serviço nas suas faltas e<br />

impedimentos.<br />

Cláusula 15.ª<br />

In<strong>de</strong>pendência <strong>da</strong>s funções <strong>de</strong> gestão<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> <strong>carreira</strong> profissional previsto nas<br />

cláusulas 4.ª e 5.ª é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do exercício <strong>de</strong> cargos <strong>de</strong><br />

direcção e chefia, os quais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m exclusivamente <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão e escolha do órgão <strong>de</strong> administração <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

empregadora pública.<br />

Cláusula 16.ª<br />

Subordinação<br />

1 - Sem prejuízo do disposto na lei e <strong>da</strong>s orientações e<br />

princípios emanados <strong>da</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong> legalmente competente,<br />

os po<strong>de</strong>res <strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong> e direcção próprios do empregador,<br />

incluindo o po<strong>de</strong>r disciplinar, são <strong>da</strong> competência do órgão<br />

<strong>de</strong> administração <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública e po<strong>de</strong>m<br />

ser <strong>de</strong>legados nos termos do disposto nos números seguintes.<br />

2 - O órgão <strong>de</strong> administração po<strong>de</strong> <strong>de</strong>legar, total ou<br />

parcialmente, nos responsáveis hierárquicos <strong>de</strong> nível<br />

a<strong>de</strong>quado, os po<strong>de</strong>res referidos no número anterior, tendo<br />

em vista, nomea<strong>da</strong>mente, a articulação <strong>da</strong>s funções<br />

essenciais <strong>da</strong> prestação <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos e a gestão integra<strong>da</strong> dos<br />

recursos.<br />

3 - O estabelecido nos números anteriores não po<strong>de</strong><br />

prejudicar as competências técnica e científica atribuí<strong>da</strong>s por<br />

lei, nem o nexo funcional <strong>de</strong> primeira linha, <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

profissional, ao responsável <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> orgânica a que se<br />

encontre adstrito.<br />

Cláusula 17.ª<br />

Processo biográfico individual<br />

1 - A ca<strong>da</strong> trabalhador médico correspon<strong>de</strong> um processo<br />

biográfico individual <strong>de</strong> que constam, pelo menos, os<br />

elementos relativos ao nome, <strong>da</strong>tas <strong>de</strong> nascimento e<br />

admissão, mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos contratos, <strong>carreira</strong> profissional,<br />

níveis <strong>de</strong> remuneração, outros abonos e incentivos<br />

recebidos, funções <strong>de</strong>sempenha<strong>da</strong>s, <strong>da</strong>tas <strong>de</strong> início e termo<br />

<strong>da</strong>s férias, licenças, faltas que impliquem per<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

remuneração ou diminuição dos dias <strong>de</strong> férias, sanções<br />

disciplinares e outros elementos relativos à biografia<br />

profissional relevantes para efeitos fiscais e <strong>de</strong> segurança<br />

social.<br />

2 - O processo biográfico individual é organizado e<br />

mantido pelos serviços <strong>de</strong> pessoal <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora<br />

pública e só po<strong>de</strong> ser consultado pelo próprio trabalhador<br />

médico a que respeite ou por outrem por man<strong>da</strong>to escrito<br />

<strong>de</strong>ste, nos termos <strong>da</strong> lei, po<strong>de</strong>ndo este copiar e solicitar<br />

certidões gratuitas, mediante requerimento prévio à enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

empregadora pública, mesmo após a cessação do contrato <strong>de</strong><br />

trabalho, sem prejuízo <strong>da</strong> competência própria <strong>da</strong>s<br />

autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> inspecção e judiciárias.<br />

3 - O processo biográfico individual po<strong>de</strong> ser organizado<br />

e mantido em suporte digital ou electrónico, ficando sujeito<br />

à legislação em vigor relativa à protecção <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos pessoais.<br />

III - Admissão e período experimental<br />

Cláusula 18.ª<br />

Condições <strong>de</strong> admissão<br />

1 - Para a admissão à categoria <strong>de</strong> assistente, é exigido o<br />

grau <strong>de</strong> <strong>especial</strong>ista.<br />

2 - Para a admissão à categoria <strong>de</strong> assistente graduado, é<br />

exigido o grau <strong>de</strong> consultor.<br />

3 - Para a admissão à categoria <strong>de</strong> assistente graduado<br />

sénior é exigido o grau <strong>de</strong> consultor e três anos <strong>de</strong> exercício<br />

efectivo com a categoria <strong>de</strong> assistente graduado.<br />

Cláusula 19.ª<br />

Reconhecimento <strong>de</strong> graus e categorias<br />

Os graus atribuídos pelo Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> e<br />

reconhecidos pela Or<strong>de</strong>m dos Médicos no âmbito <strong>da</strong>s<br />

<strong>carreira</strong>s médicas existentes à <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> entra<strong>da</strong> em vigor do<br />

Decreto-Lei n.º 177/2009, <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Agosto, ou ao abrigo <strong>da</strong><br />

respectiva conversão, opera<strong>da</strong> nos termos <strong>da</strong> Lei n.º 12-<br />

A/2008, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Fevereiro, bem como as categorias, são<br />

oponíveis para a elegibili<strong>da</strong><strong>de</strong> necessária aos procedimentos<br />

<strong>de</strong> recrutamento previstos no presente ACT.<br />

Cláusula 20.ª<br />

Período experimental<br />

1 - O período experimental correspon<strong>de</strong> ao tempo inicial<br />

<strong>de</strong> execução do contrato e <strong>de</strong>stina-se a comprovar se o<br />

trabalhador médico possui as competências exigi<strong>da</strong>s pelo<br />

posto <strong>de</strong> trabalho que vai ocupar.<br />

2 - O período experimental começa a contar-se a partir do<br />

inicio <strong>da</strong> execução <strong>da</strong> prestação <strong>de</strong> trabalho, nela se<br />

incluindo as acções <strong>de</strong> formação ministra<strong>da</strong>s pela enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

empregadora pública ou frequenta<strong>da</strong>s por <strong>de</strong>terminação<br />

<strong>de</strong>sta, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não exce<strong>da</strong>m meta<strong>de</strong> <strong>da</strong>quele período.<br />

3 - Para efeitos <strong>da</strong> contagem do período experimental são<br />

consi<strong>de</strong>rados os dias <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso semanal e feriados, mas<br />

não são tidos em conta os dias <strong>de</strong> faltas, ain<strong>da</strong> que<br />

justifica<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> licença e <strong>de</strong> dispensa, bem como <strong>de</strong><br />

suspensão do contrato.<br />

4 - Nos contratos <strong>de</strong> trabalho por tempo in<strong>de</strong>terminado, o<br />

período experimental tem a duração <strong>de</strong> 90 dias.<br />

5 - Consi<strong>de</strong>ra-se cumprido o período experimental a que<br />

se referem os números anteriores sempre que o contrato por<br />

tempo in<strong>de</strong>terminado tenha sido imediatamente precedido<br />

<strong>da</strong> constituição <strong>de</strong> um vínculo, nas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> contrato<br />

a termo resolutivo ou em comissão <strong>de</strong> serviço, para o<br />

exercício <strong>da</strong> formação médica <strong>especial</strong>iza<strong>da</strong>, com a mesma<br />

enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública.


30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010 III<br />

S - 7<br />

Número 15<br />

6 - Durante o período experimental, qualquer <strong>da</strong>s partes<br />

po<strong>de</strong>, por qualquer forma, <strong>de</strong>nunciar o contrato <strong>de</strong> trabalho,<br />

sem aviso prévio nem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> invocação <strong>de</strong> causa,<br />

não havendo direito a in<strong>de</strong>mnização.<br />

7 - Em caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia do contrato no período<br />

experimental, presume-se apenas que a parte <strong>de</strong>nunciante<br />

per<strong>de</strong>u o interesse na manutenção do contrato em resultado<br />

<strong>da</strong> experiência.<br />

IV - Direitos, <strong>de</strong>veres e garantias <strong>da</strong>s partes<br />

A) Disposições gerais<br />

Cláusula 21.ª<br />

Princípio geral<br />

1 - A enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública e os trabalhadores<br />

médicos, no cumprimento <strong>da</strong>s respectivas obrigações, assim<br />

como no exercício dos correspon<strong>de</strong>ntes direitos, <strong>de</strong>vem<br />

proce<strong>de</strong>r <strong>de</strong> boa fé.<br />

2 - Na execução do contrato <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>vem as partes<br />

colaborar na obtenção <strong>da</strong> maior produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, eficácia e<br />

eficiência bem como na promoção humana, profissional e<br />

social do trabalhador.<br />

Cláusula 22.ª<br />

Deveres <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública<br />

1 - Sem prejuízo <strong>de</strong> outras obrigações, a enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

empregadora pública <strong>de</strong>ve:<br />

a) Respeitar e tratar com urbani<strong>da</strong><strong>de</strong> e probi<strong>da</strong><strong>de</strong> o trabalhador<br />

médico;<br />

b) Pagar pontualmente a remuneração e outras prestações<br />

pecuniárias, <strong>de</strong> forma justa e a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>;<br />

c) Proporcionar boas condições <strong>de</strong> trabalho, tanto do ponto <strong>de</strong><br />

vista físico como moral;<br />

d) Promover e facilitar a formação profissional dos<br />

trabalhadores nos termos <strong>da</strong> lei e do presente acordo<br />

afectando para o efeito os recursos financeiros necessários;<br />

e) Respeitar a autonomia e competência técnica e científica,<br />

bem como a <strong>de</strong>ontologia profissional do trabalhador<br />

médico;<br />

f) Não se opor nem <strong>de</strong> qualquer forma impedir, o exercício <strong>de</strong><br />

cargos em organizações representativas dos trabalhadores<br />

médicos;<br />

g) Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em conta a<br />

protecção <strong>da</strong> segurança e saú<strong>de</strong> do trabalhador médico, e<br />

in<strong>de</strong>mnizá-lo dos prejuízos resultantes <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

trabalho;<br />

h) Adoptar, no que se refere à segurança, higiene e saú<strong>de</strong> no<br />

trabalho, as medi<strong>da</strong>s que <strong>de</strong>corram <strong>da</strong> aplicação <strong>da</strong>s<br />

prescrições legais e convencionais vigentes;<br />

i) Fornecer aos trabalhadores médicos uniformes e outro<br />

vestuário para uso profissional, nos termos <strong>de</strong>finidos em<br />

regulamento próprio e provi<strong>de</strong>nciar pela sua limpeza e<br />

higienização;<br />

j) Fornecer ao trabalhador médico a informação e a formação<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s à prevenção <strong>de</strong> riscos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte e doença;<br />

l) Manter permanentemente actualizado o processo biográfico<br />

do trabalhador médico;<br />

m) Dar publici<strong>da</strong><strong>de</strong> às <strong>de</strong>liberações que directamente respeitem<br />

aos trabalhadores médicos, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente afixando -as<br />

nos locais próprios e divulgando-as através <strong>de</strong> correio<br />

electrónico interno, <strong>de</strong> modo a possibilitar o seu<br />

conhecimento, em tempo oportuno, pelos interessados, sem<br />

prejuízo do estabelecido no n.º 2 <strong>da</strong> presente cláusula;<br />

n) Em geral, cumprir e fazer cumprir o ACT e a lei.<br />

2 - O <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong>, a que se refere a alínea m) do<br />

número anterior, tem como limite os termos em que a<br />

enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública se encontra legalmente<br />

obriga<strong>da</strong> a prestar informações às estruturas <strong>de</strong><br />

representação colectiva dos trabalhadores, não abrangendo,<br />

nomea<strong>da</strong>mente, as informações que possam ser presta<strong>da</strong>s a<br />

estas com menção expressa <strong>de</strong> confi<strong>de</strong>nciali<strong>da</strong><strong>de</strong>, nem<br />

aquelas cuja natureza ou divulgação geral seja susceptível <strong>de</strong><br />

prejudicar ou afectar gravemente o funcionamento <strong>da</strong><br />

enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública ou <strong>de</strong> algum dos seus<br />

serviços, nos termos previstos nos artigos 296.º e 297.º do<br />

RCTFP.<br />

Cláusula 23.ª<br />

Deveres do trabalhador médico<br />

1 - Os trabalhadores integrados na <strong>carreira</strong> médica estão<br />

obrigados ao cumprimento dos <strong>de</strong>veres gerais estabelecidos<br />

para os trabalhadores que exercem funções públicas.<br />

2 - Sem prejuízo <strong>de</strong> outras obrigações, o trabalhador<br />

médico <strong>de</strong>ve:<br />

a) Respeitar e tratar com urbani<strong>da</strong><strong>de</strong> e probi<strong>da</strong><strong>de</strong> a enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

empregadora pública, os superiores hierárquicos, os colegas<br />

<strong>de</strong> trabalho, e as <strong>de</strong>mais pessoas que estejam ou entrem em<br />

relação com aquela, nomea<strong>da</strong>mente utentes, doentes e<br />

acompanhantes ou visitas;<br />

b) Comparecer ao serviço com assidui<strong>da</strong><strong>de</strong> e pontuali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

c) Realizar o trabalho com zelo e diligência;<br />

d) Cumprir as or<strong>de</strong>ns e instruções <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora<br />

pública em tudo o que respeite à execução e disciplina do<br />

trabalho, salvo na medi<strong>da</strong> em que se mostrem contrárias aos<br />

seus direitos e garantias, à <strong>de</strong>ontologia profissional e às<br />

boas práticas;<br />

e) Guar<strong>da</strong>r leal<strong>da</strong><strong>de</strong> à enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública,<br />

nomea<strong>da</strong>mente não divulgando informações referentes à<br />

sua organização, métodos <strong>de</strong> produção ou activi<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

f) Guar<strong>da</strong>r rigoroso sigilo <strong>de</strong> acordo com as normas<br />

<strong>de</strong>ontológicas, as boas práticas e ética profissional quanto a<br />

quaisquer factos e informações relativos aos doentes, salvo<br />

quando instado pelas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s judiciais competentes;<br />

g) Comparecer espontaneamente, e logo que possível no local<br />

<strong>de</strong> trabalho em caso <strong>de</strong> catástrofe ou grave emergência,<br />

mesmo fora do horário <strong>de</strong> trabalho, respeitando o plano <strong>de</strong><br />

emergência <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública;<br />

h) Velar pela conservação e boa utilização dos bens<br />

relacionados com o seu trabalho que lhe forem confiados<br />

pela enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública;<br />

i) Aceitar e <strong>de</strong>sempenhar activamente incumbências e funções<br />

em grupos ou comissões para que seja nomeado, no âmbito<br />

<strong>da</strong> sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional, salvo motivo justificado;<br />

j) Cooperar para a melhoria do sistema <strong>de</strong> segurança, higiene<br />

e saú<strong>de</strong> no trabalho, nomea<strong>da</strong>mente por intermédio dos<br />

representantes dos trabalhadores eleitos para esse fim;<br />

l) Cumprir nos termos <strong>da</strong> lei as prescrições <strong>de</strong> segurança,<br />

higiene e saú<strong>de</strong> no trabalho aplicáveis, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente<br />

sujeitando-se, sempre que para tal solicitado, aos exames <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, iniciais, periódicos ou ocasionais;<br />

m) Em geral, cumprir e fazer cumprir o ACT e a lei.<br />

2 - O <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> obediência, a que se refere a alínea d) do<br />

número anterior, respeita tanto às or<strong>de</strong>ns e instruções <strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

directamente pela enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública como às<br />

emana<strong>da</strong>s dos superiores hierárquicos do trabalhador, <strong>de</strong>ntro<br />

dos po<strong>de</strong>res que por aquela lhes tiverem sido atribuídos.<br />

3 - Sem prejuízo do conteúdo funcional inerente à<br />

respectiva categoria, os trabalhadores integrados na <strong>carreira</strong><br />

médica estão obrigados, no respeito pelas leges artis, com<br />

observância pela autonomia e características técnicocientíficas<br />

inerentes a ca<strong>da</strong> <strong>especial</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong> médica, ao<br />

cumprimento dos seguintes <strong>de</strong>veres profissionais:


8 - S<br />

III<br />

30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010<br />

Número 15<br />

a) Exercer a sua profissão com respeito pelo direito à<br />

protecção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> dos utentes e <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

b) Esclarecer <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente o utente sobre os cui<strong>da</strong>dos a prestar<br />

e prestados, assegurando a efectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do consentimento<br />

informado;<br />

c) Exercer as suas funções com zelo e diligência, assegurando<br />

o trabalho em equipa, tendo em vista a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

garantia <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> prestação <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos e a efectiva<br />

articulação <strong>de</strong> todos os intervenientes;<br />

d) Participar em equipas para fazer face a situações <strong>de</strong><br />

emergência ou catástrofe;<br />

e) Observar o sigilo profissional e todos os <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>veres<br />

éticos e princípios <strong>de</strong>ontológicos;<br />

f) Actualizar e aperfeiçoar conhecimentos e competências na<br />

perspectiva <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento pessoal, profissional e <strong>de</strong><br />

aperfeiçoamento do seu <strong>de</strong>sempenho;<br />

g) Colaborar com todos os intervenientes no trabalho <strong>de</strong><br />

prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, favorecendo o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> relações <strong>de</strong> cooperação, respeito e<br />

reconhecimento mútuo.<br />

Cláusula 24.ª<br />

Garantias do trabalhador médico<br />

É proibido à enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública:<br />

a) Opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador médico<br />

exerça os seus direitos, bem como <strong>de</strong>spedi-lo, aplicar -lhe<br />

outras sanções, ou tratá-lo <strong>de</strong>sfavoravelmente por causa<br />

<strong>de</strong>sse exercício;<br />

b) Obstar, injustifica<strong>da</strong>mente, ao normal exercício <strong>da</strong><br />

activi<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional nomea<strong>da</strong>mente, mantendo o<br />

trabalhador médico inactivo;<br />

c) Exercer pressão sobre o trabalhador médico para que actue<br />

no sentido <strong>de</strong> influir <strong>de</strong>sfavoravelmente nas condições <strong>de</strong><br />

trabalho <strong>de</strong>le ou dos companheiros;<br />

d) Diminuir a retribuição, salvo nos casos previstos na lei ou<br />

no presente ACT;<br />

e) Baixar a categoria do trabalhador médico, salvo nos casos<br />

previstos na lei ou no presente ACT;<br />

f) Transferir o trabalhador médico para outro local <strong>de</strong> trabalho,<br />

salvo nos casos previstos na lei ou neste ACT ou quando<br />

haja acordo escrito do trabalhador médico;<br />

g) Obrigar o trabalhador médico a adquirir bens ou a utilizar<br />

serviços fornecidos pela Enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública ou<br />

por terceiro por ela indicado;<br />

h) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador médico,<br />

mesmo com o seu acordo, havendo o propósito <strong>de</strong> o<br />

prejudicar em direitos ou garantias <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong><br />

antigui<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

i) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas, refeitórios,<br />

economatos ou outros estabelecimentos directamente<br />

relacionados com o trabalho, para fornecimento <strong>de</strong> bens ou<br />

prestação <strong>de</strong> serviços aos trabalhadores médicos.<br />

B) Formação profissional<br />

Cláusula 25.ª<br />

Princípio geral<br />

1 - A enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública <strong>de</strong>ve proporcionar ao<br />

trabalhador médico acções <strong>de</strong> formação profissional<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s à sua qualificação.<br />

2 - O trabalhador médico <strong>de</strong>ve participar nas acções <strong>de</strong><br />

formação profissional que lhe sejam proporciona<strong>da</strong>s, salvo<br />

se houver motivo atendível.<br />

3 - A formação profissional, realiza<strong>da</strong> em cumprimento<br />

do disposto na lei ou do presente ACT, bem como a realiza<strong>da</strong><br />

por autorização <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora, em qualquer <strong>da</strong>s<br />

suas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s, não po<strong>de</strong> prejudicar outros direitos,<br />

regalias ou garantias do trabalhador médico e conta como<br />

tempo <strong>de</strong> serviço efectivo.<br />

4 - A formação dos trabalhadores integrados na <strong>carreira</strong><br />

médica assume carácter <strong>de</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong> e prossegue<br />

objectivos <strong>de</strong> actualização técnica e científica ou <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> investigação.<br />

5 - A formação prevista no número anterior <strong>de</strong>ve ser<br />

planea<strong>da</strong> e programa<strong>da</strong>, <strong>de</strong> modo a incluir informação<br />

interdisciplinar e <strong>de</strong>senvolver competências <strong>de</strong> organização<br />

e gestão <strong>de</strong> serviços.<br />

6 - Nos casos em que a formação seja realiza<strong>da</strong> fora do<br />

local <strong>de</strong> trabalho habitual ou ultrapasse os limites dos<br />

períodos normais <strong>de</strong> trabalho, são <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s as condições <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>slocação e do pagamento <strong>da</strong>s horas que exce<strong>da</strong>m aqueles<br />

limites, aplicando-se, na falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição, as normas sobre<br />

<strong>de</strong>slocações em serviço, bem como sobre pagamento <strong>de</strong><br />

trabalho extraordinário se este exce<strong>de</strong>r duas horas diárias.<br />

7 - A formação profissional dos trabalhadores médicos <strong>da</strong><br />

enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública po<strong>de</strong> ser ministra<strong>da</strong> pelas<br />

organizações sindicais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que certifica<strong>da</strong> nos termos<br />

legais.<br />

8 - A enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora <strong>de</strong>ve prever no seu<br />

orçamento anual uma verba <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> a custear as acções <strong>de</strong><br />

formação aos trabalhadores médicos, correspon<strong>de</strong>nte a, pelo<br />

menos, um por cento do valor bruto <strong>da</strong>s remunerações a<br />

pagar nesse período, <strong>de</strong>vendo o eventual saldo não investido<br />

com tal finali<strong>da</strong><strong>de</strong> transitar para o ano seguinte.<br />

Cláusula 26.ª<br />

Formação contínua<br />

1 - A enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública <strong>de</strong>ve elaborar planos<br />

<strong>de</strong> formação, anuais ou plurianuais, com base no diagnóstico<br />

<strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> qualificação dos trabalhadores médicos,<br />

com observância <strong>da</strong>s disposições legais aplicáveis.<br />

2 - A enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública <strong>de</strong>ve, com a<br />

antecedência mínima <strong>de</strong> 30 dias relativamente ao inicio <strong>da</strong><br />

sua execução, <strong>da</strong>r conhecimento do projecto <strong>de</strong> plano <strong>de</strong><br />

formação aos trabalhadores médicos, na parte que a ca<strong>da</strong> um<br />

diga respeito e às associações sindicais outorgantes, que<br />

po<strong>de</strong>m emitir parecer no prazo <strong>de</strong> 15 dias.<br />

3 - A formação contínua <strong>de</strong> activos <strong>de</strong>ve abranger, em<br />

ca<strong>da</strong> ano, pelo menos 10 % dos trabalhadores médicos com<br />

contrato sem termo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública e<br />

dos que nesta prestem serviço por período, superior a 18<br />

meses, ininterruptos, ao abrigo <strong>de</strong> um contrato celebrado<br />

com o respectivo empregador.<br />

4 - Ao trabalhador médico <strong>de</strong>ve ser assegura<strong>da</strong>, no<br />

âmbito <strong>da</strong> formação contínua, um número mínimo <strong>de</strong> horas<br />

anuais <strong>de</strong> formação certifica<strong>da</strong> equivalente ao respectivo<br />

período normal <strong>de</strong> trabalho semanal.<br />

5 - O crédito <strong>de</strong> horas para formação é referido ao<br />

período normal <strong>de</strong> trabalho, confere direito à remuneração e<br />

conta, para todos os efeitos, como tempo <strong>de</strong> serviço efectivo.<br />

6 - Cessando o contrato <strong>de</strong> trabalho, o trabalhador<br />

médico tem direito a receber a remuneração correspon<strong>de</strong>nte<br />

ao crédito <strong>de</strong> horas que não tinha utilizado nos últimos dois<br />

anos.<br />

Cláusula 27.ª<br />

Formação por iniciativa dos trabalhadores médicos<br />

1 - Os trabalhadores médicos que por sua iniciativa<br />

frequentem cursos, acções <strong>de</strong> formação complementar<br />

específica <strong>da</strong> respectiva área profissional ou acções <strong>de</strong><br />

formação profissional certifica<strong>da</strong> <strong>de</strong> duração inferior a seis<br />

meses, têm direito a uma redução <strong>de</strong> horário correspon<strong>de</strong>nte<br />

ao tempo necessário para as suas <strong>de</strong>slocações, sem prejuízo<br />

<strong>da</strong> remuneração e <strong>de</strong>mais regalias, nos termos dos números<br />

seguintes.


30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010 III<br />

S - 9<br />

Número 15<br />

2 - A frequência <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> formação complementar ou<br />

<strong>de</strong> actualização profissional, com vista ao aperfeiçoamento,<br />

diferenciação técnica ou projectos <strong>de</strong> investigação, po<strong>de</strong> ser<br />

autoriza<strong>da</strong> mediante licença sem per<strong>da</strong> <strong>de</strong> remuneração por<br />

um período não superior a 22 dias úteis, por ano.<br />

3 - A dispensa <strong>de</strong> trabalho para os efeitos do número<br />

anterior <strong>de</strong>ve ser solicita<strong>da</strong>, por escrito, com a antecedência<br />

mínima <strong>de</strong> 15 dias, e é concedi<strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seja garantido o<br />

normal funcionamento do serviço ou uni<strong>da</strong><strong>de</strong> orgânica a que<br />

pertence o trabalhador.<br />

4 - A enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública po<strong>de</strong> atribuir, com<br />

facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>legar, a licença prevista nos termos dos<br />

números anteriores, por um período superior a 22 dias úteis,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a proposta se encontre <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente<br />

fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> e a formação se revista <strong>de</strong> interesse para os<br />

serviços.<br />

5 - Sem prejuízo do disposto na lei sobre o direito do<br />

trabalhador a licenças sem remuneração <strong>de</strong> longa duração<br />

para frequência <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> formação, a enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

empregadora pública po<strong>de</strong> conce<strong>de</strong>r àquele, a seu pedido,<br />

outras licenças sem remuneração para formação e<br />

aperfeiçoamento.<br />

6 - A utilização <strong>da</strong> facul<strong>da</strong><strong>de</strong> referi<strong>da</strong> nos números<br />

anteriores é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> a nível <strong>de</strong> estabelecimento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

observados os princípios <strong>da</strong> igual<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong><br />

oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> dos trabalhadores e os requisitos e tramitação<br />

fixados em regulamento próprio.<br />

Cláusula 28.ª<br />

Obrigação <strong>de</strong> permanência<br />

1 - O trabalhador médico que, por escrito, acor<strong>de</strong> com a<br />

enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública na realização, por conta <strong>de</strong>sta,<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas avulta<strong>da</strong>s com a sua formação, vincula-se a não<br />

<strong>de</strong>nunciar o contrato <strong>de</strong> trabalho por um período não<br />

superior a três anos.<br />

2 - Deve constar <strong>da</strong> convenção o exacto montante<br />

correspon<strong>de</strong>nte às <strong>de</strong>spesas envolvi<strong>da</strong>s na formação a ser<br />

ti<strong>da</strong>s em conta, o qual cabe ao trabalhador médico repor<br />

proporcionalmente ao tempo em falta, caso não respeite o<br />

acor<strong>da</strong>do.<br />

V - Prestação <strong>de</strong> trabalho<br />

A) Disposições gerais<br />

Cláusula 29.ª<br />

Po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> direcção<br />

Cabe à enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública fixar os termos em<br />

que <strong>de</strong>ve ser prestado o trabalho, <strong>de</strong>ntro dos limites<br />

<strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> lei, do ACT, <strong>da</strong>s normas <strong>de</strong>ontológicas <strong>da</strong><br />

profissão médica e do contrato <strong>de</strong> trabalho em funções<br />

públicas <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> trabalhador médico.<br />

Cláusula 30.ª<br />

Funções <strong>de</strong>sempenha<strong>da</strong>s<br />

1 - O trabalhador médico <strong>de</strong>ve exercer funções<br />

correspon<strong>de</strong>ntes à activi<strong>da</strong><strong>de</strong> para que foi contratado <strong>de</strong><br />

acordo com as categorias profissionais previstas neste ACT.<br />

2 - A activi<strong>da</strong><strong>de</strong> contrata<strong>da</strong> compreen<strong>de</strong> as funções que<br />

lhe sejam afins ou funcionalmente liga<strong>da</strong>s, para as quais o<br />

trabalhador médico <strong>de</strong>tenha a qualificação profissional<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> e que não impliquem <strong>de</strong>svalorização profissional,<br />

sem prejuízo do permanente respeito dos limites próprios <strong>da</strong><br />

ca<strong>da</strong> <strong>especial</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong> médica.<br />

3 - Consi<strong>de</strong>ram-se afins ou funcionalmente liga<strong>da</strong>s,<br />

<strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente, as activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s compreendi<strong>da</strong>s na mesma<br />

área <strong>de</strong> exercício profissional.<br />

4 - O disposto nos números anteriores confere ao<br />

trabalhador médico, sempre que o exercício <strong>da</strong>s funções<br />

acessórias exigir especiais qualificações, o direito a<br />

formação profissional a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, não inferior a 10 horas<br />

anuais.<br />

5 - A enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública <strong>de</strong>ve procurar<br />

atribuir a ca<strong>da</strong> trabalhador, no âmbito <strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> para que<br />

foi contratado, as funções mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s às suas aptidões e<br />

qualificação profissional.<br />

6 - A <strong>de</strong>terminação pela enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública do<br />

exercício <strong>da</strong>s funções a que se refere o n.º 2, confere ao<br />

trabalhador médico o direito a auferir pelo nível<br />

remuneratório imediatamente superior àquele que se<br />

encontre previsto para a categoria a que correspon<strong>de</strong>m<br />

aquelas funções.<br />

Cláusula 31.ª<br />

Regulamento interno<br />

1 - Sem prejuízo <strong>da</strong> lei e do ACT, a enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora<br />

pública <strong>de</strong>ve elaborar, no prazo máximo <strong>de</strong> 90 dias a contar<br />

do início <strong>da</strong> vigência do ACT, o seu regulamento interno,<br />

contendo normas particulares <strong>de</strong> organização e disciplina do<br />

trabalho médico.<br />

2 - O regulamento interno é obrigatoriamente objecto <strong>de</strong><br />

negociação com os representantes dos trabalhadores e é<br />

publicado nos termos <strong>da</strong> lei e afixado em local visível do<br />

local <strong>de</strong> trabalho e na intranet <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora<br />

pública, <strong>de</strong> modo a possibilitar o seu pleno conhecimento<br />

pelos trabalhadores médicos.<br />

B) Local <strong>de</strong> trabalho<br />

Cláusula 32.ª<br />

Noção e âmbito<br />

1 - O trabalhador médico realiza a sua prestação no<br />

estabelecimento <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora i<strong>de</strong>ntificado no<br />

contrato <strong>de</strong> trabalho.<br />

2 - O local <strong>de</strong> trabalho dos trabalhadores médicos <strong>da</strong> área<br />

<strong>de</strong> Medicina geral e familiar, para efeito <strong>de</strong> exercício <strong>de</strong><br />

activi<strong>da</strong><strong>de</strong> em serviço <strong>de</strong> urgência ou equivalente,<br />

compreen<strong>de</strong> os <strong>de</strong>mais centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do Agrupamento <strong>de</strong><br />

Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> a que pertence o estabelecimento <strong>de</strong><br />

colocação contratualmente <strong>de</strong>finido, nos termos do número<br />

anterior.<br />

3 - A configuração do Agrupamento dos Centros <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> relevante para a i<strong>de</strong>ntificação dos Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> a<br />

que os trabalhadores médicos po<strong>de</strong>m ser afectos nos termos<br />

do número anterior, é a que existe à <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> colocação.<br />

4 - Mediante a prévia celebração <strong>de</strong> acordo, o local <strong>de</strong><br />

trabalho dos trabalhadores médicos <strong>da</strong> área <strong>de</strong> Medicina<br />

Geral e Familiar po<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r ain<strong>da</strong> os<br />

estabelecimentos <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora situados <strong>de</strong>ntro<br />

ou fora do Agrupamento dos Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> a que estejam<br />

afectos, po<strong>de</strong>ndo tal acordo ser extinto a todo o tempo,<br />

mediante apresentação <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração nesse sentido, com a<br />

antecedência <strong>de</strong> trinta dias <strong>de</strong> calendário.<br />

5 - O trabalhador encontra-se adstrito às <strong>de</strong>slocações<br />

inerentes às suas funções ou indispensáveis à sua formação<br />

profissional.


10 - S<br />

III<br />

30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010<br />

Número 15<br />

6 - Consi<strong>de</strong>ra-se compreendido no período normal <strong>de</strong><br />

trabalho como tempo <strong>de</strong> trabalho efectivo o tempo<br />

<strong>de</strong>spendido pelo trabalhador médico nas <strong>de</strong>slocações<br />

previstas no n.º 5.<br />

7 - O disposto no número anterior não abrange as<br />

<strong>de</strong>slocações entre o domicílio do trabalhador médico e o seu<br />

local <strong>de</strong> trabalho.<br />

C) Tempo <strong>de</strong> trabalho<br />

Cláusula 33.ª<br />

Período normal <strong>de</strong> trabalho<br />

1 - O período normal <strong>de</strong> trabalho é <strong>de</strong> oito horas diárias e<br />

quarenta horas semanais, organiza<strong>da</strong>s <strong>de</strong> segun<strong>da</strong> a sextafeira,<br />

sem prejuízo dos números seguintes.<br />

2 - O trabalho em serviços <strong>de</strong> urgência, externa e interna,<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos intensivos, uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos<br />

intermédios e prolongamentos <strong>de</strong> horário nos centros <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> é organizado <strong>de</strong> segun<strong>da</strong>-feira a domingo.<br />

3 - Mantém-se o período normal <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> sete horas<br />

diárias e <strong>de</strong> trinta e cinco horas semanais e as <strong>de</strong>mais regras<br />

constantes dos números anteriores, durante o período<br />

compreendido entre o início <strong>da</strong> vigência do ACT e a sua<br />

primeira revisão negocial posterior à i<strong>de</strong>ntificação dos novos<br />

níveis remuneratórios <strong>da</strong> <strong>carreira</strong> <strong>especial</strong> médica.<br />

4 - Sem prejuízo <strong>da</strong> organização do horário <strong>de</strong> trabalho na<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> horário flexível, enten<strong>de</strong>-se, para efeitos <strong>de</strong><br />

cômputo do tempo <strong>de</strong> trabalho, que a semana <strong>de</strong> trabalho<br />

tem início às zero horas <strong>de</strong> segun<strong>da</strong>-feira e termina às 24<br />

horas do domingo seguinte.<br />

5 - A enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública <strong>de</strong>ve manter um<br />

registo que permita apurar o número <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> trabalho<br />

presta<strong>da</strong>s pelo trabalhador, por dia e por semana, com<br />

indicação <strong>da</strong>s horas <strong>de</strong> início e <strong>de</strong> termo do trabalho.<br />

6 - Aos trabalhadores médicos aplica-se o acordo sobre<br />

os tempos <strong>de</strong> trabalho, celebrado a 17 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2009,<br />

entre o SESARAM e o Sindicato In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos Médicos,<br />

o qual <strong>de</strong>ve ser a<strong>da</strong>ptado após a <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> nova grelha<br />

salarial para o regime <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> 40 horas semanais, nos<br />

termos do Anexo I do presente ACT, do qual faz parte<br />

integrante.<br />

Cláusula 34.ª<br />

Horário <strong>de</strong> trabalho<br />

1 - Cabe à enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública a <strong>de</strong>terminação<br />

<strong>da</strong>s horas <strong>de</strong> início e termo do período normal <strong>de</strong> trabalho<br />

diário, bem como dos intervalos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso, precedido <strong>de</strong><br />

consulta do trabalhador médico.<br />

2 - Os horários <strong>de</strong> trabalho são organizados,<br />

nomea<strong>da</strong>mente segundo um dos seguintes tipos:<br />

a) Horário fixo;<br />

b) Horário flexível;<br />

c) Horário <strong>de</strong>sfasado;<br />

d) Jorna<strong>da</strong> continua;<br />

e) Isenção <strong>de</strong> horário.<br />

3 - As regras específicas <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> tipo <strong>de</strong> horário não são<br />

observa<strong>da</strong>s sempre que se mostrem pontualmente<br />

inconvenientes para o trabalho prestado em serviço <strong>de</strong><br />

urgência, cirurgias e situações análogas.<br />

Cláusula 35.ª<br />

Horário fixo<br />

1 - No horário fixo, a duração semanal do trabalho está<br />

reparti<strong>da</strong> diariamente por dois períodos <strong>de</strong> trabalho<br />

separados por um intervalo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso, com duração<br />

mínima <strong>de</strong> trinta minutos e máxima <strong>de</strong> duas horas, não<br />

po<strong>de</strong>ndo as horas <strong>de</strong> início e termo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> período ser<br />

altera<strong>da</strong>s.<br />

2 - Quando se observem dois períodos <strong>de</strong> trabalho<br />

diários, nenhum <strong>de</strong>les po<strong>de</strong> exce<strong>de</strong>r seis horas consecutivas.<br />

Cláusula 36.º<br />

Horário flexível<br />

1 - Enten<strong>de</strong>-se por horário flexível aquele que permite ao<br />

trabalhador gerir os seus tempos <strong>de</strong> trabalho e a sua<br />

disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, escolhendo as horas <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> e saí<strong>da</strong>.<br />

2 - A adopção <strong>da</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> horário flexível e a sua<br />

prática não po<strong>de</strong>m afectar o regular funcionamento do órgão<br />

ou serviço.<br />

3 - A adopção <strong>de</strong> horário flexível está sujeita à<br />

observância <strong>da</strong>s seguintes regras:<br />

a) Devem ser previstas plataformas fixas, <strong>da</strong> parte <strong>da</strong> manhã e<br />

<strong>da</strong> parte <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>, as quais não po<strong>de</strong>m ter, no seu conjunto,<br />

a duração inferior a quatro horas;<br />

b) Não po<strong>de</strong>m ser presta<strong>da</strong>s, por dia, mais <strong>de</strong> nove horas <strong>de</strong><br />

trabalho;<br />

c) O cumprimento <strong>da</strong> duração do trabalho <strong>de</strong>ve ser aferido por<br />

referência a períodos <strong>de</strong> um mês.<br />

4 - No final <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> período <strong>de</strong> referência há lugar:<br />

a) À marcação <strong>de</strong> falta, a justificar, por ca<strong>da</strong> período igual ou<br />

inferior à duração média diária do trabalho;<br />

b) À atribuição <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> horas, até ao máximo <strong>de</strong> período<br />

igual à duração média diária do trabalho.<br />

5 - Relativamente aos trabalhadores médicos portadores<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, o débito <strong>de</strong> horas apurado no final <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

um dos períodos <strong>de</strong> aferição po<strong>de</strong> ser transposto para o<br />

período imediatamente seguinte e nele compensado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que não ultrapasse o limite <strong>de</strong> <strong>de</strong>z horas para o período do<br />

mês.<br />

6 - Para efeitos do disposto no n.º 4.º, a duração média do<br />

trabalho é <strong>de</strong> sete horas.<br />

7 - A marcação <strong>de</strong> faltas prevista na alínea a) do n.º 4 é<br />

reporta<strong>da</strong> até ao último dia ou dias do período <strong>de</strong> aferição a<br />

que o débito respeita.<br />

8 - A atribuição <strong>de</strong> créditos prevista na alínea b) do n.º 4<br />

é feita no período seguinte àquele que conferiu ao<br />

trabalhador o direito à atribuição dos mesmos.<br />

Cláusula 37.ª<br />

Horário <strong>de</strong>sfasado<br />

1 - Horário <strong>de</strong>sfasado é aquele em que, embora mantendo<br />

inalterado o período normal <strong>de</strong> trabalho diário, permite<br />

estabelecer, serviço a serviço, ou para <strong>de</strong>terminados grupos<br />

<strong>de</strong> trabalhadores médicos, horas fixas diferentes <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> e<br />

ou <strong>de</strong> saí<strong>da</strong> ao longo do dia, ou durante a semana.<br />

2 - Os horários em regime <strong>de</strong> trabalho fixo ou <strong>de</strong> horário<br />

flexível, po<strong>de</strong>m ser organizados <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sfasa<strong>da</strong>.


30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010 III<br />

S - 11<br />

Número 15<br />

Cláusula 38.ª<br />

Jorna<strong>da</strong> contínua<br />

1 - A jorna<strong>da</strong> contínua consiste na prestação ininterrupta<br />

<strong>de</strong> trabalho, exceptuando um único período <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso não<br />

superior a trinta minutos que, para todos os efeitos, se<br />

consi<strong>de</strong>ra tempo <strong>de</strong> trabalho.<br />

2 - A jorna<strong>da</strong> contínua <strong>de</strong>ve ocupar, predominantemente,<br />

um dos períodos do dia e <strong>de</strong>terminar uma redução do<br />

período normal <strong>de</strong> trabalho diário não superior a uma hora.<br />

3 - A jorna<strong>da</strong> contínua po<strong>de</strong> ser autoriza<strong>da</strong> nos seguintes<br />

casos:<br />

a) Trabalhador médico progenitor com filhos até à i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

doze anos, ou, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta, com <strong>de</strong>ficiência<br />

ou doença crónica;<br />

b) Trabalhador médico adoptante, nas mesmas condições dos<br />

trabalhadores progenitores;<br />

c) Trabalhador médico que, substituindo-se aos progenitores,<br />

tenha a seu cargo neto com i<strong>da</strong><strong>de</strong> inferior a 12 anos;<br />

d) Trabalhador médico adoptante, ou tutor, ou pessoa a quem<br />

foi <strong>de</strong>feri<strong>da</strong> a confiança judicial ou administrativa do<br />

menor, bem como cônjuge ou a pessoa em união <strong>de</strong> facto<br />

com qualquer <strong>da</strong>queles ou com progenitor que viva em<br />

comunhão <strong>de</strong> mesa e habitação com o menor;<br />

e) Trabalhador estu<strong>da</strong>nte;<br />

f) No interesse do trabalhador médico, sempre quer outras<br />

circunstâncias relevantes, <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong>s o<br />

justifiquem;<br />

g) No interesse do serviço, quando <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente<br />

fun<strong>da</strong>mentado.<br />

Cláusula 39.ª<br />

Isenção <strong>de</strong> horário<br />

1 - Por escrito, o trabalhador médico e a enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

patronal po<strong>de</strong>m acor<strong>da</strong>r na isenção do horário <strong>de</strong> trabalho<br />

para o exercício <strong>de</strong>:<br />

a) Cargos <strong>de</strong> direcção e chefia;<br />

b) Tarefas que obriguem a prestação <strong>de</strong> trabalho fora do<br />

período normal <strong>de</strong> funcionamento do estabelecimento;<br />

c) Activi<strong>da</strong><strong>de</strong> regular fora do estabelecimento, sem controlo<br />

directo <strong>da</strong> hierarquia.<br />

2 - A isenção <strong>de</strong> horário <strong>de</strong> trabalho só po<strong>de</strong> revestir a<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> observância dos períodos normais <strong>de</strong><br />

trabalho acor<strong>da</strong>dos, prevista na alínea c), do n.º 1, do artigo<br />

140.º, do RCTFP.<br />

3 - O acordo sobre isenção <strong>de</strong> horário <strong>de</strong> trabalho não<br />

prejudica o direito a gozar os dias <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso semanal<br />

obrigatório ou complementar, os dias feriados e os intervalos<br />

<strong>de</strong> doze horas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso entre jorna<strong>da</strong>s diárias <strong>de</strong> trabalho.<br />

Cláusula 40.ª<br />

<strong>Trabalho</strong> a tempo parcial<br />

1 - Consi<strong>de</strong>ra-se trabalho a tempo parcial o que<br />

correspon<strong>de</strong> a um período normal <strong>de</strong> trabalho semanal<br />

inferior ao praticado a tempo completo.<br />

2 - O trabalho a tempo parcial, salvo estipulação em<br />

contrário, po<strong>de</strong> ser prestado em todos ou alguns dias <strong>da</strong><br />

semana, sem prejuízo do <strong>de</strong>scanso semanal, <strong>de</strong>vendo o<br />

número <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> trabalho ser fixado por acordo.<br />

3 - Na admissão <strong>de</strong> trabalhador médico a tempo parcial<br />

<strong>de</strong>ve ser <strong>da</strong><strong>da</strong> preferência a trabalhadores médicos com<br />

responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s familiares, a trabalhadores médicos com<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho reduzi<strong>da</strong>, a pessoa com <strong>de</strong>ficiência<br />

ou doença crónica e a trabalhadores médicos que frequentem<br />

estabelecimentos <strong>de</strong> ensino superior.<br />

Cláusula 41.ª<br />

<strong>Trabalho</strong> nocturno<br />

1 - Consi<strong>de</strong>ra-se período <strong>de</strong> trabalho nocturno o<br />

compreendido entre as 22 horas <strong>de</strong> um dia e as sete horas do<br />

dia seguinte, sem prejuízo do disposto no número seguinte.<br />

2 - Para os trabalhadores médicos integrados em serviços<br />

<strong>de</strong> urgência, externa e interna, uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos<br />

intensivos, uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos intermédios e<br />

prolongamentos <strong>de</strong> horário nos centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>rase<br />

período <strong>de</strong> trabalho nocturno o compreendido entre as 20<br />

horas e as oito horas do dia seguinte.<br />

3 - Enten<strong>de</strong>-se por trabalhador nocturno aquele que<br />

execute, pelo menos, três horas <strong>de</strong> trabalho normal nocturno<br />

em ca<strong>da</strong> dia ou que possa realizar durante o período<br />

nocturno uma parte do seu tempo <strong>de</strong> trabalho anual<br />

correspon<strong>de</strong>nte a três horas por dia.<br />

4 - No caso <strong>de</strong> trabalhadores médicos com funções<br />

assistenciais, sempre que <strong>de</strong>vam exercer a sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong> por<br />

mais <strong>de</strong> oito horas num período <strong>de</strong> vinte e quatro horas em<br />

que executem trabalho nocturno durante todo o período<br />

referido no n.º 1, fica garantido, no período diário <strong>de</strong><br />

trabalho seguinte, um <strong>de</strong>scanso compensatório<br />

correspon<strong>de</strong>nte ao tempo <strong>de</strong> trabalho que, nas vinte e quatro<br />

horas anteriores, tiver excedido as oito horas.<br />

5 - A partir <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta em que perfaçam 50 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, os<br />

trabalhadores médicos, se o <strong>de</strong>clararem, ficam dispensados<br />

<strong>da</strong> prestação <strong>de</strong> trabalho no período compreendido entre as<br />

20 horas e as oito horas do dia seguinte.<br />

Cláusula 42.ª<br />

<strong>Trabalho</strong> extraordinário<br />

1 - Consi<strong>de</strong>ra-se trabalho extraordinário todo o que é<br />

prestado fora do horário normal <strong>de</strong> trabalho.<br />

2 - Nos casos e que tenha sido limita<strong>da</strong> a isenção <strong>de</strong><br />

horário <strong>de</strong> trabalho a um <strong>de</strong>terminado número <strong>de</strong> horas <strong>de</strong><br />

trabalho, diário ou semanal, consi<strong>de</strong>ra -se trabalho<br />

extraordinário o que seja prestado fora <strong>de</strong>sse período.<br />

3 - Quando tenha sido estipulado que a isenção <strong>de</strong> horário<br />

<strong>de</strong> trabalho não prejudica o período normal <strong>de</strong> trabalho<br />

diário ou semanal consi<strong>de</strong>ra-se trabalho extraordinário<br />

aquele que exce<strong>da</strong> a duração do período normal <strong>de</strong> trabalho<br />

diário ou semanal.


12 - S<br />

III<br />

30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010<br />

Número 15<br />

4 - Não se consi<strong>de</strong>ra extraordinário o trabalho prestado<br />

por trabalhador médico isento <strong>de</strong> horário <strong>de</strong> trabalho em dia<br />

normal <strong>de</strong> trabalho, sem prejuízo do previsto nos números<br />

anteriores.<br />

5 - O trabalhador médico é obrigado a realizar a<br />

prestação <strong>de</strong> trabalho extraordinário, salvo quando, havendo<br />

motivos atendíveis e inadiáveis, expressamente solicite e<br />

obtenha a sua dispensa pelo tempo indispensável.<br />

6 - O limite anual <strong>da</strong> duração <strong>de</strong> trabalho extraordinário<br />

é <strong>de</strong> duzentas horas.<br />

7 - Para os trabalhadores médicos a tempo parcial, os<br />

limites previstos no número anterior são os proporcionais ao<br />

trabalho parcial, po<strong>de</strong>ndo o limite anual ser superior, até às<br />

duzentas horas, mediante acordo escrito entre a Enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

empregadora pública e o trabalhador.<br />

Cláusula 43.ª<br />

<strong>Trabalho</strong> no serviço <strong>de</strong> urgência<br />

1 - Consi<strong>de</strong>ra -se serviço <strong>de</strong> urgência o serviço <strong>de</strong> acção<br />

médica, em regra com instalações próprias, <strong>de</strong>stinado à<br />

prestação <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos assistenciais a indivíduos<br />

provenientes do exterior, ou não, com alteração súbita ou<br />

agravamento do seu estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ndo dispor <strong>de</strong><br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> internamento <strong>de</strong> curta duração para doentes que<br />

necessitem <strong>de</strong> observação por período <strong>de</strong> tempo inferior a 24<br />

horas.<br />

2 - No serviço <strong>de</strong> urgência, os trabalhadores médicos<br />

exercem funções no regime presencial ou no regime <strong>de</strong><br />

prevenção.<br />

3 - O trabalho no serviço <strong>de</strong> urgência é assegurado pelos<br />

trabalhadores médicos <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública<br />

com as competências técnicas a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s.<br />

4 - O período normal <strong>de</strong> trabalho integra, sempre que<br />

necessário, um período semanal único até 12 horas <strong>de</strong><br />

serviço <strong>de</strong> urgência interna ou externa, em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

cui<strong>da</strong>dos intensivos e em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos intermédios.<br />

5 - Os trabalhadores médicos <strong>de</strong>vem prestar, quando<br />

necessário, um período semanal único até 12 horas <strong>de</strong><br />

trabalho extraordinário no serviço <strong>de</strong> urgência, em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos intensivos e em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos<br />

intermédios.<br />

6 - Os trabalhadores médicos, a partir <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta em que<br />

perfaçam 55 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, se o <strong>de</strong>clararem, são dispensados<br />

<strong>de</strong> trabalho em serviço <strong>de</strong> urgência, em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

cui<strong>da</strong>dos intensivos e em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos intermédios,<br />

com efeitos a partir <strong>de</strong> 30 dias <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> apresentação <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>claração.<br />

7 - O regime <strong>de</strong> trabalho no serviço <strong>de</strong> urgência previsto<br />

na presente cláusula é objecto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento em<br />

regulamento interno.<br />

Cláusula 44.ª<br />

Regimes <strong>de</strong> prevenção e <strong>de</strong> chama<strong>da</strong><br />

1 - Regime <strong>de</strong> prevenção é aquele em que os<br />

trabalhadores médicos, encontrando-se ausentes do local <strong>de</strong><br />

trabalho, são obrigados a permanecer contactáveis e a<br />

comparecer ao serviço <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um lapso <strong>de</strong> tempo inferior<br />

a 45 minutos, para o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> um acto médico<br />

assistencial <strong>de</strong> urgência.<br />

2 - Regime <strong>de</strong> chama<strong>da</strong> é aquele em que os trabalhadores<br />

médicos, encontrando-se em período <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso, se<br />

comprometem a comparecer nas instalações <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

empregadora pública para a realização <strong>de</strong> um acto médico<br />

assistencial <strong>de</strong> natureza ocasional, inadiável e <strong>de</strong> <strong>especial</strong><br />

complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

3 - Qualquer dos regimes previstos na presente cláusula<br />

<strong>de</strong>ve ser objecto <strong>de</strong> acordo escrito entre a enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

empregadora pública e o trabalhador médico, po<strong>de</strong>ndo este<br />

fazer cessar a respectiva prática, mediante <strong>de</strong>claração, feita<br />

à enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública, a qual produz efeitos a<br />

partir <strong>de</strong> 30 dias <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> apresentação <strong>da</strong> <strong>de</strong>claração.<br />

D) Suplementos remuneratórios<br />

Cláusula 45.ª<br />

Suplementos remuneratórios<br />

1 - Os suplementos remuneratórios <strong>de</strong>vidos aos<br />

trabalhadores médicos pela prestação <strong>de</strong> trabalho nocturno e<br />

extraordinário são regulados pela legislação <strong>especial</strong><br />

aplicável ao regime <strong>de</strong> trabalho do pessoal hospitalar do<br />

Serviço Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> nas seguintes mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s:<br />

a) Prevenção;<br />

b) Chama<strong>da</strong>;<br />

c) <strong>Trabalho</strong> em serviços <strong>de</strong> urgência, externa e interna;<br />

d) <strong>Trabalho</strong> em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos intensivos e em<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos intermédios;<br />

e) Prolongamentos <strong>de</strong> horário nos centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

2 - Os trabalhadores médicos auferem um acréscimo<br />

remuneratório, em termos <strong>de</strong> incentivo à Região Autónoma<br />

<strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira, no valor <strong>de</strong> € 699,83, nos termos do Decreto<br />

Legislativo Regional 14/99/M, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> Abril,<br />

automaticamente actualizado na mesma percentagem <strong>da</strong><br />

actualização salarial anual.<br />

3 - Os trabalhadores médicos <strong>da</strong> área <strong>de</strong> medicina geral e<br />

familiar auferem ain<strong>da</strong> um subsídio <strong>de</strong> fixação nos termos<br />

do Decreto Legislativo regional 3/92/M, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Março, cujo<br />

valor e condições <strong>de</strong> atribuição se encontra estabelecido na<br />

Portaria <strong>da</strong>s Secretarias Regionais do Plano e Finanças e dos<br />

Assuntos Sociais n.º 325/92, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Outubro.<br />

VI - Segurança, higiene e saú<strong>de</strong> no trabalho<br />

A) Princípios gerais<br />

Cláusula 46.ª<br />

Princípios gerais<br />

1 - O trabalhador médico, nos termos <strong>da</strong> lei, tem direito à<br />

prestação <strong>de</strong> trabalho em condições <strong>de</strong> segurança, higiene e<br />

saú<strong>de</strong> assegura<strong>da</strong>s pela enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública.<br />

2 - A enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública é obriga<strong>da</strong> a<br />

organizar as activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> segurança, higiene e saú<strong>de</strong> no<br />

trabalho que visem a prevenção <strong>de</strong> riscos profissionais e a<br />

promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> do trabalhador médico.<br />

3 - A execução <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s em to<strong>da</strong>s as vertentes <strong>da</strong><br />

activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública, <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a<br />

assegurar a segurança, higiene e saú<strong>de</strong> no trabalho, assenta<br />

nos seguintes princípios <strong>de</strong> prevenção:<br />

a) Planificação e organização <strong>da</strong> prevenção <strong>de</strong> riscos<br />

profissionais;<br />

b) Eliminação dos factores <strong>de</strong> risco e <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte;<br />

c) Avaliação e controlo dos riscos profissionais;<br />

d) Informação, formação, consulta e participação dos<br />

trabalhadores médicos e seus representantes;<br />

e) Promoção e vigilância <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> dos trabalhadores<br />

médicos.


30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010 III<br />

S - 13<br />

Número 15<br />

4 - A enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública obriga-se a prestar<br />

informações a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s em prazo não superior a 20 dias<br />

úteis, contado do pedido que, por escrito, lhe seja formulado<br />

com essa finali<strong>da</strong><strong>de</strong>, pelas associações sindicais outorgantes,<br />

sobre to<strong>da</strong>s as matérias respeitantes à organização <strong>da</strong>s<br />

activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> segurança, higiene e saú<strong>de</strong> no trabalho, bem<br />

como sobre to<strong>da</strong>s as acções <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> riscos e<br />

aci<strong>de</strong>ntes profissionais e <strong>de</strong> promoção e vigilância <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

assegura<strong>da</strong>s pela enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública, que <strong>de</strong>vam<br />

envolver os trabalhadores médicos.<br />

VII - Disposições finais e transitórias<br />

Cláusula 47.ª<br />

Comissão paritária<br />

1 - As partes outorgantes do ACT obrigam-se a constituir<br />

uma comissão paritária com competência para interpretar as<br />

suas disposições, bem como para integrar as lacunas que a<br />

sua aplicação suscite ou revele.<br />

2 - A comissão é composta por quatro elementos<br />

nomeados pela enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empregadora pública e quatro<br />

elementos nomeados pelas associações sindicais<br />

outorgantes.<br />

3 - Ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s partes <strong>de</strong>ve comunicar, por escrito, à<br />

outra, no prazo máximo <strong>de</strong> 30 dias a contar <strong>da</strong> assinatura<br />

<strong>de</strong>ste ACT, a i<strong>de</strong>ntificação dos seus representantes na<br />

comissão.<br />

4 - A comissão paritária funciona mediante convocação<br />

<strong>de</strong> qualquer <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s empregadoras públicas ou<br />

qualquer <strong>da</strong>s associações sindicais outorgantes, com a<br />

antecedência mínima <strong>de</strong> 20 dias e com a indicação do local,<br />

<strong>da</strong>ta e hora <strong>da</strong> reunião, bem como <strong>da</strong> respectiva or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

trabalho.<br />

5 - A comissão paritária só po<strong>de</strong> <strong>de</strong>liberar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

estejam presentes, pelo menos, dois representantes <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

uma <strong>da</strong>s partes.<br />

6 - As <strong>de</strong>liberações são vinculativas, constituindo parte<br />

integrante <strong>de</strong>ste ACT, quando toma<strong>da</strong>s por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>vendo ser <strong>de</strong>posita<strong>da</strong>s e publica<strong>da</strong>s no Jornal Oficial <strong>da</strong><br />

Região Autónoma <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira, nos termos legais.<br />

7 - Ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s partes po<strong>de</strong> fazer-se acompanhar nas<br />

reuniões por assessores sem direito a voto.<br />

8 - Na sua primeira reunião, a comissão elabora o seu<br />

regulamento <strong>de</strong> funcionamento, em <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

estabelecido na presente cláusula.<br />

Cláusula 48.ª<br />

Comissão arbitral<br />

1 - As partes signatárias po<strong>de</strong>m constituir uma comissão<br />

arbitral com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> dirimir os conflitos, individuais<br />

ou colectivos, entre as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s empregadoras públicas<br />

públicas e os trabalhadores médicos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não versem<br />

sobre direitos indisponíveis.<br />

2 - Das <strong>de</strong>liberações <strong>da</strong> comissão cabe recurso para o<br />

tribunal competente.<br />

3 - O funcionamento <strong>da</strong> comissão arbitral é <strong>de</strong>finido por<br />

regulamento próprio, subscrito pelas partes outorgantes do<br />

ACT.<br />

Cláusula 49.ª<br />

Serviços Mínimos<br />

Os serviços mínimos a observar em caso <strong>de</strong> greve são<br />

objecto <strong>de</strong> acordo próprio, a negociar entre as partes<br />

outorgantes, no prazo máximo <strong>de</strong> 60 dias a contar <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>de</strong><br />

entra<strong>da</strong> em vigor do ACT.<br />

Funchal, 23 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010.<br />

Pelas associações sindicais:<br />

Pelo Sindicato dos Médicos <strong>da</strong> Zona Sul:<br />

Maria do Pilar Ferreira Vicente <strong>da</strong> Silva, membro <strong>da</strong><br />

Direcção, man<strong>da</strong>ta<strong>da</strong> para o efeito;<br />

Fernando João Penha Delgado, membro <strong>da</strong> Direcção,<br />

man<strong>da</strong>tado para o efeito.<br />

Pelo Sindicato In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos Médicos:<br />

Ana Maria Vieira Câmara Carvalho Marques, membro do<br />

Secretariado Nacional, man<strong>da</strong>ta<strong>da</strong> para o efeito;<br />

António Rafael Pereira Passarinho, membro do Secretariado<br />

Nacional, man<strong>da</strong>tado para o efeito;<br />

Pelas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s empregadoras públicas<br />

Francisco Jardim Ramos, Secretário Regional dos Assuntos<br />

Sociais<br />

José Manuel Ventura Garcês, Vice-Presi<strong>de</strong>nte do Governo<br />

Regional, em exercício<br />

José Manuel Ventura Garcês, Secretário Regional do Plano<br />

e Finanças<br />

Hugo Calaboiça Amaro, Vogal do Conselho <strong>de</strong><br />

Administração do Serviço <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Região Autónoma <strong>da</strong><br />

Ma<strong>de</strong>ira, em representação do Dr. António Alma<strong>da</strong> Cardoso,<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração, com a respectiva<br />

<strong>de</strong>legação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res para o acto, <strong>de</strong>libera<strong>da</strong> pelo Conselho<br />

<strong>de</strong> Administração por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong> a 22 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010;<br />

Depositado em 30 <strong>de</strong> Julho<strong>de</strong> 2010, ao abrigo do artigo 356.º do<br />

Regime do Contrato <strong>de</strong> <strong>Trabalho</strong> em Funções Públicas, aprovado<br />

pela Lei n.º 59/2008, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Setembro, sob o n.º 01/2010, a fls.<br />

01, do Livro n.º 01.<br />

Anexo I<br />

ACTA<br />

Aos 17 dias do mês <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> dois mil e nove, pelas 15 horas,<br />

reuniram-se, na se<strong>de</strong> do SESARAM, E.P.E., o Conselho <strong>de</strong><br />

Administração do SESARAM, E.P.E. e o Sindicato In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

dos Médicos, estando presentes os seguintes elementos:<br />

Da parte do SESARAM, E.P.E.:<br />

-Dr. Hugo Amaro;<br />

-Dr. Miguel Sardinha, em representação do Conselho <strong>de</strong><br />

Administração;<br />

-Dr. Aires Teixeira, em representação <strong>da</strong> Direcção Clínica;<br />

-Dr.Tiago Almei<strong>da</strong> Tiago, em representação do<br />

Departamento <strong>de</strong> Recursos Humanos;<br />

-Dr.Tiago Seixas, Controller;<br />

-Dra. Ana Marques;<br />

-Dr. Mário Pereira;<br />

-Dr. Jorge Pires Miguel;<br />

-Dra. Carmo Cal<strong>de</strong>ira;<br />

-Dr. António Brazão;<br />

-Dra. Margari<strong>da</strong> Silva.<br />

Da parte do SIM:


14 - S<br />

III<br />

30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010<br />

Número 15<br />

As partes reuniram com a seguinte or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos:<br />

Ponto único: Retomar os trabalhos que ficaram suspensos<br />

na reunião do dia 13 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2009,<br />

Após discussão sobre a elaboração dos horários a praticar<br />

pelos trabalhadores médicos, as partes chegaram ao seguinte<br />

acordo:<br />

1. Quanto aos médicos sujeitos ao horário <strong>de</strong> 35 horas<br />

semanais:<br />

O horário <strong>de</strong> trabalho semanal é distribuído <strong>de</strong> 2ª a 6ª<br />

feira, com a duração <strong>de</strong> 7 horas diárias.<br />

O total <strong>de</strong> horas <strong>da</strong><strong>da</strong>s do seu horário semanal para<br />

prestação <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> urgência será <strong>de</strong> 12 (doze) horas.<br />

No primeiro dia <strong>de</strong> urgência semanal o seu horário tem<br />

início às 8h00, sendo a primeira hora presta<strong>da</strong> como horário<br />

<strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> rotina;<br />

A prestação <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> trabalho normal semanal para o<br />

serviço <strong>de</strong> urgência será nesse dia <strong>de</strong> 6 (seis) horas, pelo que<br />

<strong>de</strong>verá ser remunerado como hora extraordinária a partir <strong>da</strong>s<br />

15 horas.<br />

Sempre que solicitado um 2º banco <strong>de</strong> urgência semanal<br />

em dia útil o seu horário tem início às 8h00, sendo a primeira<br />

hora presta<strong>da</strong> como horário <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> rotina;<br />

A prestação <strong>de</strong> horas do seu horário normal semanal para<br />

a urgência será nesse dia <strong>de</strong> 6 (seis) horas, pelo que <strong>de</strong>verá<br />

ser remunerado como hora extraordinária a partir <strong>da</strong>s 15h.<br />

2. Em qualquer caso, no dia <strong>de</strong> saí<strong>da</strong> do banco <strong>de</strong><br />

urgência <strong>de</strong> 24h, que termina às 9h, o seu horário <strong>de</strong> rotina<br />

inicia-se às 9h, para cumprimento do horário normal <strong>de</strong><br />

trabalho diário.<br />

3. Quando os médicos estão no horário <strong>de</strong> 42 horas:<br />

O total <strong>de</strong> horas <strong>da</strong><strong>da</strong>s do seu horário semanal para<br />

prestação <strong>da</strong> urgência será <strong>de</strong> 12 (doze) horas, pelo que no<br />

dia do 1.º banco cumpre 1 hora, <strong>da</strong>s 8h às 9h, em trabalhos<br />

<strong>de</strong> rotina, e <strong>da</strong>rá nesse dia oito horas para cumprimento no<br />

Serviço <strong>de</strong> Urgência, pelo que será remunerado, em hora<br />

extraordinária a partir <strong>da</strong>s 17 horas.<br />

Nos casos em que seja escalado num 2.º banco <strong>de</strong><br />

urgência em dia útil, <strong>de</strong>verá <strong>da</strong>r do seu horário semanal<br />

apenas 4 horas. Deste modo o seu horário nesse dia será <strong>da</strong>s<br />

8h às 10h em serviço <strong>de</strong> rotina e na urgência <strong>da</strong>s 10h às 14h,<br />

<strong>de</strong>vendo neste caso ser remunerado, em horas<br />

extraordinárias, a partir <strong>da</strong>s 14h. As horas remanescentes<br />

que fazem parte do seu horário semanal são redistribuí<strong>da</strong>s<br />

pelos restantes 3 dias <strong>de</strong>ssa semana.<br />

As partes acor<strong>da</strong>ram ain<strong>da</strong> que os médicos, a seu pedido,<br />

po<strong>de</strong>m optar por realizar as 12 (doze) horas <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong><br />

urgência do seu horário <strong>de</strong> trabalho semanal num único<br />

período, sem prejuízo do cumprimento integral do horário <strong>de</strong><br />

trabalho semanal.<br />

Finalmente, as partes acor<strong>da</strong>ram também que o presente<br />

acordo tem efeitos reportados ao dia 1 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2009<br />

A reunião terminou às 20.30 horas.<br />

Serviço <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Região Autónoma <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira,<br />

E.P.E.,<br />

Dr. Hugo Amaro<br />

Dr. Miguel Sardinha<br />

Dr. Aires Teixeira<br />

Dr. Tiago Almei<strong>da</strong> Tiago<br />

Dr. Tiago Seixas.

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