Prevalência do estrabismo na craniossinostose coronal ... - ABCCMF
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Prevalência <strong>do</strong> <strong>estrabismo</strong> <strong>na</strong> <strong>craniossinostose</strong> coro<strong>na</strong>l unilateral<br />
osso frontal junto com a periórbita. Com acesso ao interior<br />
da órbita em plano subperiostal, fi<strong>na</strong>liza-se o descolamento<br />
peri-orbitário.<br />
A craniotomia é realizada através da fontanela, que<br />
fornece acesso seguro à região intracrania<strong>na</strong>. O osso<br />
craniano é facilmente descola<strong>do</strong> e recorta<strong>do</strong> com instrumento<br />
saca-boca<strong>do</strong>, tesoura de Jackson ou serra vai-vem.<br />
A remodelação <strong>do</strong> osso craniano (cranioplastia) é realizada<br />
<strong>na</strong> mesa cirúrgica. A base anterior <strong>do</strong> crânio é descolada <strong>na</strong>s<br />
porções centrais e laterais, com amplo descolamento da asa<br />
maior <strong>do</strong> esfenóide. Inicia-se osteotomias <strong>na</strong> região da asa<br />
maior <strong>do</strong> esfenóide em direção à parede lateral da órbita. A<br />
região basilar é descomprimida com adequada proteção das<br />
estruturas nobres com auxílio de instrumento denomi<strong>na</strong><strong>do</strong><br />
“maleável”. O rápi<strong>do</strong> e intenso crescimento cerebral no<br />
primeiro ano de vida faz com que as estruturas orbitárias<br />
adquiram simetria, sem a necessidade <strong>do</strong> avanço frontoorbitário.<br />
Reservamos a cirurgia de avanço fronto-orbitário<br />
para os pacientes com CCU em idade avançada, principalmente<br />
após o primeiro ano de vida. Crianças menores que<br />
1 ano de vida apresentam uma favorável combi<strong>na</strong>ção de<br />
maleabilidade óssea e possibilidade de grande expansão<br />
cerebral durante o crescimento <strong>do</strong> esqueleto craniofacial.<br />
Esta combi<strong>na</strong>ção possibilita a realização desta cirurgia, sem<br />
a utilização de capacetes modela<strong>do</strong>res e sem a necessidade<br />
de avançar as estruturas das órbitas (Figura 1). Os drenos<br />
de sucção são deixa<strong>do</strong>s por 24 a 48 horas. Os curativos são<br />
utiliza<strong>do</strong>s até 12 horas após a retirada <strong>do</strong>s drenos. O couro<br />
cabelu<strong>do</strong> é sutura<strong>do</strong> com fio de nylon 4-0 3 .<br />
Figura 3 – Tomografia computa<strong>do</strong>rizada demonstran<strong>do</strong><br />
a fusão da sutura coro<strong>na</strong>l direita, deformidade <strong>do</strong> crânio<br />
e bossa contralateral à sutura fundida, rotação da órbita<br />
no la<strong>do</strong> ipsilateral à sutura fundida, desvio <strong>do</strong> <strong>do</strong>rso <strong>na</strong>sal,<br />
mandíbula e mento. A <strong>craniossinostose</strong> coro<strong>na</strong>l unilateral<br />
provoca uma deformidade craniofacial em 3 dimensões.<br />
RESULTADOS<br />
Os pacientes estuda<strong>do</strong>s foram submeti<strong>do</strong>s à mesma<br />
técnica cirúrgica com a realização de cranioplastia e<br />
Figura 2 – (A) Fotografia pré-operatória de paciente<br />
com o diagnóstico de <strong>craniossinostose</strong> coro<strong>na</strong>l unilateral<br />
direita. (B) Fotografia pós-operatória <strong>do</strong> mesmo paciente<br />
após 1 ano da cirurgia para a correção da <strong>craniossinostose</strong>.<br />
Observa-se a melhora significativa <strong>do</strong> contorno da<br />
região frontal e correção da distopia orbitária, obtida com<br />
a rápida expansão cerebral normalmente presente em<br />
pacientes submeti<strong>do</strong>s à cirurgia antes <strong>do</strong>s 6 meses de vida.<br />
A<br />
B<br />
Figura 4 – (A) Fotografia pré-operatória de paciente<br />
com diagnóstico de <strong>craniossinostose</strong> coro<strong>na</strong>l unilateral<br />
direita, <strong>estrabismo</strong> associa<strong>do</strong> ao torcicolo muscular congênito.<br />
(B) Fotografia pós-operatória <strong>do</strong> mesmo paciente<br />
após 1 ano da cirurgia para a correção da <strong>craniossinostose</strong>.<br />
Nota-se melhora significativa <strong>do</strong> contorno da região<br />
frontal e da distopia orbitária.<br />
A<br />
B<br />
Rev Bras Cir Craniomaxilofac 2010; 13(2): 73-7<br />
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