Relatório Preliminar - Portal da Saúde
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informação regista<strong>da</strong> nos sistemas de informação dos hospitais, não significando necessariamente que estejam integra<strong>da</strong>s<br />
num programa específico de CA (<strong>da</strong>í as eventuais diferenças em relação aos valores do Inquérito Nacional <strong>da</strong><br />
CNADCA).<br />
Verifica-se também que são os hospitais centrais, aqueles que evidenciam uma taxa de ambulatório superior, e que<br />
são os Concelhios os que menos praticam a CA.<br />
A partir <strong>da</strong> informação constante do SIGIC, é possível constatar que a CA apenas teria sido efectua<strong>da</strong> em 16% dos<br />
casos programados (ano de 2006), valor muito diferente do obtido pela ACSS e no Inquérito <strong>da</strong> CNADCA. Esta diferença<br />
de resultados, pode também ser evidencia<strong>da</strong> pela informação recolhi<strong>da</strong> junto dos hospitais sobre as taxas<br />
moderadoras cobra<strong>da</strong>s a doentes admitidos para CA, em que o número de registos é distinto de todos os outros<br />
<strong>da</strong>dos. Isto é, o conceito de CA varia entre o Administrador Hospitalar (conceito económico-financeiro), o<br />
Médico/Enfermeiro (conceito clínico) e o Secretariado (conceito administrativo) <strong>da</strong> mesma instituição.<br />
Daí que exista uma necessi<strong>da</strong>de premente de estan<strong>da</strong>rdizar definições e de transformar os sistemas de informação,<br />
para que todos os interlocutores possam falar a mesma linguagem.<br />
Considerando que a CA permite potenciar a utilização dos blocos operatórios é expectável que maiores taxas de<br />
ambulatório se repercutam em menores tempo de espera. Apesar de não existir evidência de relação linear entre os<br />
dois factores em estudo, observa-se que para valores extremos de taxa de ambulatório existe uma tendência de associação<br />
inversa com a mediana do tempo de espera (isto é, hospitais com taxas de ambulatório superiores têm medianas<br />
do tempo de espera mais reduzi<strong>da</strong>s).<br />
3. O ACESSO A CUIDADOS DE SAÚDE – A LISTA DE ESPERA PARA CIRURGIA<br />
A CNADCA estudou a questão <strong>da</strong> acessibili<strong>da</strong>de dos utentes aos cui<strong>da</strong>dos de saúde, nomea<strong>da</strong>mente a lista de espera<br />
cirúrgica, de forma a avaliar a dimensão deste problema e perceber a sua evolução ao longo dos anos, para se tentar<br />
perceber o impacto <strong>da</strong> CA nesta dinâmica e a sua potenciali<strong>da</strong>de no futuro.<br />
Verificou-se que o número de doentes inscritos para cirurgia reduziu nos últimos 2 anos (17%), mas mais relevante foi<br />
a redução do tempo de espera que diminuiu para metade (mediana de 8,6 meses a 31 de Dezembro de 2005 e que<br />
passou para 4,4 meses a 31 de Dezembro de 2007).<br />
A CA, ao maximizar os tempos operatórios e ao incluir como procedimentos elegíveis as patologias mais prevalentes<br />
em lista de espera, pode constituir-se como um dos instrumentos mais importantes na redução <strong>da</strong> espera cirúrgica<br />
nos hospitais.<br />
Se observarmos a listagem dos 10 procedimentos mais frequentes em lista de espera, constata-se que 8-9 são típicos<br />
<strong>da</strong> CA, isto é, podem ser resolvidos na maior parte dos casos em ambulatório, o que representa cerca de 50% <strong>da</strong> lista<br />
de espera actual.<br />
4. ESTUDO SOBRE PERCEPÇÃO E SATISFAÇÃO COM A CIRURGIA DE AMBULATÓRIO<br />
De forma a podermos de forma transparente objectivar algumas <strong>da</strong>s questões mais relevantes em CA, foi realizado<br />
um ‘Estudo sobre Percepção e Satisfação com a Cirurgia de Ambulatório‘, que teve por objectivo conhecer a percepção<br />
e satisfação <strong>da</strong> utili<strong>da</strong>de e prática actual dos cui<strong>da</strong>dos de saúde ao nível <strong>da</strong> CA, segundo a perspectiva dos profissionais<br />
de saúde (médicos e enfermeiros), dos doentes intervencionados em CA e dos ci<strong>da</strong>dãos, em geral.