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Etanol<br />
1 Know-how<br />
nacional: planta<br />
piloto do CTC,<br />
em Piracicaba<br />
2 Salto: produtividade<br />
por hectare 45%<br />
maior com o<br />
novo etanol<br />
3 Ensaio:<br />
“degustação”<br />
de 2G na rede BR<br />
durante a Rio 2012<br />
divulgação ctc<br />
1 2<br />
unica/tadeu Fessel<br />
empresas. À medida que os projetos<br />
saírem do papel, o ganho de produtividade<br />
propiciado pela nova tecnologia,<br />
de cerca de 45%, permitirá o<br />
atendimento da demanda estimada<br />
de etanol <strong>para</strong> o fim da década, da<br />
ordem de 73 bilhões de litros ao ano,<br />
com menor esforço e menos terras.<br />
De acordo com a ABDI, 56 usinas de<br />
última geração integradas a unidades<br />
tradicionais (investimento de<br />
140 bilhões de reais) bastariam <strong>para</strong><br />
cumprir a missão de 138 fábricas que<br />
operassem exclusivamente com a<br />
A FIlA CRESCE<br />
alÉm da GranBio e do CTC, o país<br />
conta com outros três candidatos<br />
à produção de etanol celulósico:<br />
Odebrecht, Raízen e Petrobras. O<br />
trio, entretanto, ainda faz contas e<br />
analisa cenários. Líder nacional na<br />
geração de energia elétrica à base<br />
de biomassa e uma das principais<br />
produtoras de etanol convencional,<br />
a Odebrecht Agroindustrial aposta<br />
em parcerias <strong>para</strong> introduzir o 2G<br />
em seu menu de opções. As eleitas<br />
são duas finlandesas – VTT, especialista<br />
em biorrefinarias, e Metso,<br />
fabricante de bens de capital – e<br />
a dinamarquesa Inbicon, que até<br />
2016 planeja colocar duas usinas de<br />
álcool celulósico em operação, uma<br />
em sua terra natal, outra em Dakota<br />
do Norte, nos Estados Unidos.<br />
Sócias na Raízen, a brasileira<br />
Cosan e a anglo-holandesa Shell<br />
estão muitos passos à frente do<br />
grupo baiano. Os executivos da<br />
maior fabricante de etanol de<br />
primeira geração do país gastam<br />
o verbo <strong>para</strong> convencer seu conselho<br />
de administração a autorizar o<br />
investimento de 200 milhões de<br />
reais em uma unidade de segunda<br />
geração, com capacidade de 40<br />
milhões de litros ao ano, na Usina<br />
Costa Pinto, em Piracicaba (SP). Um<br />
de seus argumentos mais fortes é<br />
o enorme know-how “caseiro” na<br />
área, já que a joint venture controla<br />
a norte-americana Codexis, voltada<br />
<strong>para</strong> o desenvolvimento de enzimas<br />
<strong>para</strong> biocombustíveis, e é acionista<br />
de uma referência mundial no setor.<br />
Trata-se da canadense Iogen, que<br />
desde 2005 produz álcool celulósico<br />
de capim e palha de cereais<br />
em uma fábrica piloto em Ottawa,<br />
hoje com capacidade de 1 milhão de<br />
galões ao ano.<br />
“Trabalhamos sob um grande<br />
desafio: construir essa usina e<br />
colocá-la em funcionamento no fim<br />
de 2014. Tenho certeza de que será<br />
um grande passo do setor sucroenergético”,<br />
afirmou Antônio Alberto<br />
Stuch, diretor executivo da Raízen,<br />
ao portal Pro Cana Brasil, na última<br />
edição do Ethanol Summit, realizada<br />
em São Paulo entre 27 e 28 de<br />
junho.<br />
Nome de maior peso no grupo<br />
de aspirantes ao álcool de segunda<br />
geração, a Petrobras permanece<br />
uma incógnita. A estatal iniciou<br />
pesquisas com etanol celulósico em<br />
2004 e chegou a anunciar, no fim da<br />
última década, o início da produção<br />
<strong>para</strong> 2012. Cumpriu a promessa,<br />
mas só parcialmente: destinou 80<br />
mil litros do combustível high tech –<br />
destilados nos Estados Unidos pela<br />
parceira KL Energy Corporation, do<br />
Wyoming – a um solitário posto na<br />
Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e<br />
ao abastecimento de uma frota de<br />
40 vans utilizadas <strong>para</strong> transportar<br />
participantes da conferência internacional<br />
Rio 2012, na ex-capital<br />
federal. A nova meta é colocar o 2G<br />
nas bombas da rede BR em 2015.<br />
Atenta ao compasso de<br />
Odebrecht, Raízen, Petrobras e até mesmo<br />
da pioneira GranBio – que anteriormente<br />
previra o início da produção <strong>para</strong><br />
o fim de 2013 –, a Novozymes resolveu<br />
reduzir a marcha de seus projetos <strong>para</strong><br />
o Brasil. Detentora de 47% do mercado<br />
mundial de enzimas industriais, a companhia<br />
dinamarquesa proclamou aos<br />
quatro ventos, em maio do ano passado,<br />
a construção de pelo menos mais duas<br />
plantas industriais no país voltadas<br />
100% a “coquetéis” <strong>para</strong> a elaboração<br />
de álcool de segunda geração. Em junho<br />
último, entretanto, seu vice-presidente<br />
executivo de desenvolvimento de negócios,<br />
Thomas Videbaek, revelou que as<br />
obras da “nova fábrica” (não mais duas)<br />
terão de aguardar o surgimento de uma<br />
demanda que justifique o investimento.<br />
Por ora, o fornecimento de insumos<br />
específicos <strong>para</strong> etanol celulósico ficará<br />
a cargo da unidade instalada em Araucária<br />
(PR), na região metropolitana de<br />
Curitiba. “Não houve mudança significativa<br />
nos planos da Novozymes, só um<br />
adiamento”, informa uma fonte do setor.<br />
3<br />
petroBrás<br />
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