07.04.2015 Views

Acolhimento com classificação de risco na estratégia de saúde da ...

Acolhimento com classificação de risco na estratégia de saúde da ...

Acolhimento com classificação de risco na estratégia de saúde da ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

artigo origi<strong>na</strong>l<br />

<strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong> classificação <strong>de</strong> <strong>risco</strong><br />

<strong>na</strong> estratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família<br />

Reception with risk assessment in the family health strategy<br />

Patricia Andreia Zanetti Ballardin Roncato 1 , Cristiano <strong>de</strong> Oliveira Roxo 2 , Daiane Freire Benites 3<br />

Resumo<br />

Introdução: O acolhimento é entendido <strong>com</strong>o um modo <strong>de</strong> operar os processos <strong>de</strong> trabalho em saú<strong>de</strong>, sendo fun<strong>da</strong>mental para<br />

operacio<strong>na</strong>lizar a acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> clientela. No entanto, a Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família (ESF) é carente <strong>de</strong> meios que priorizem os<br />

atendimentos dos pacientes <strong>com</strong> maior <strong>risco</strong>. Desta forma, este estudo tem <strong>com</strong>o objetivo avaliar os resultados <strong>de</strong> uma proposta <strong>de</strong><br />

acolhimento a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> para ESF e basea<strong>da</strong> no Protocolo <strong>de</strong> Manchester e no <strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong> Classificação <strong>de</strong> Risco em Assistência<br />

Médica Ambulatorial (AMA). Métodos: O ACR foi criado conforme o agravo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>com</strong> a seguinte classificação: preto, vermelho,<br />

amarelo – atendimento médico; ver<strong>de</strong> e azul – atendimento pela equipe <strong>de</strong> enfermagem. Passados 12 meses <strong>de</strong>ssa primeira etapa, foi<br />

realiza<strong>da</strong> a avaliação dos registros <strong>de</strong> 2.639 prontuários dos pacientes que passaram pelo ACR. Para a coleta dos <strong>da</strong>dos, proce<strong>de</strong>u-se<br />

à análise do conteúdo <strong>da</strong> documentação (ficha <strong>de</strong> triagem) nos prontuários <strong>de</strong>stes usuários, buscando a<strong>na</strong>lisar o encaminhamento<br />

<strong>da</strong>do através do Protocolo <strong>de</strong> Triagem criado. Resultados: Os resultados gerais encontrados no estudo <strong>de</strong>monstraram que os atendimentos<br />

prestados <strong>com</strong> ACR foram <strong>de</strong> 0,15%, 0,90%, 34,8%, 48% e 15% para a classificação preta, vermelha, amarela, ver<strong>de</strong> e azul,<br />

respectivamente. A maioria dos atendimentos se concentrou <strong>na</strong> classificação amarela e ver<strong>de</strong>. Conclusão: Diante dos resultados<br />

obtidos no estudo, conclui-se que para um a<strong>de</strong>quado atendimento do paciente é imprescindível a utilização do <strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong><br />

Classificação <strong>de</strong> Risco <strong>na</strong> Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família.<br />

Unitermos: <strong>Acolhimento</strong>, Classificação <strong>de</strong> Risco, Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família, Triagem.<br />

abstract<br />

Introduction: Reception is un<strong>de</strong>rstood as a way to operate the work processes in health, which is crucial to operatio<strong>na</strong>lize customers’ accessibility. However,<br />

the Family Health Strategy (FHS) is lacking in ways that prioritize the care of patients at higher risk. Thus, this study aims to evaluate the results of<br />

a proposed triage system a<strong>da</strong>pted to the FHS and based on the Manchester Triage Protocol and Reception with Risk Assessment (RRA) in Outpatient<br />

Health Care (AHC). Methods: The RRA was created according to the health risk with the following classes: black, red, yellow – medical care, green<br />

and blue – care by nursing staff. After 12 months at this first stage, an evaluation of the records of 2639 patients who went through the RRA was carried<br />

out. To collect the <strong>da</strong>ta, we a<strong>na</strong>lyzed the content of the documentation (triage card) on these users’ medical charts, seeking to <strong>de</strong>termine the direction given<br />

by the Triage Protocol created. Results: The general findings of this study showed that the services ren<strong>de</strong>red with the RRA were 0.15%, 0.90%, 34.8%,<br />

48% and 15% for classes black, red, yellow, green, and blue, respectively. The majority of cases concentrated on classes yellow and green. Conclusion:<br />

Given the results obtained in the study, it is conclu<strong>de</strong>d that for a<strong>de</strong>quate patient care it is essential to use the Reception with Risk Assessment in the Family<br />

Health Strategy.<br />

Keywords: Reception, Risk Assessment, Family Health Strategy, Screening.<br />

1<br />

Mestre em Diagnóstico Genético e Molecular. Médico ESF.<br />

2<br />

Médico ESF.<br />

3<br />

Enfermeira Coor<strong>de</strong><strong>na</strong>dora <strong>da</strong> ESF do HDP.<br />

308<br />

Revista <strong>da</strong> AMRIGS, Porto Alegre, 56 (4): 308-313, out.-<strong>de</strong>z. 2012


<strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong> classificação <strong>de</strong> <strong>risco</strong> <strong>na</strong> estratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família Roncato et al.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O acolhimento é <strong>com</strong>preendido <strong>de</strong> forma diferente<br />

por diversos autores. Nem sempre as colocações são divergentes,<br />

mas <strong>com</strong>plementares (1, 2). É visto <strong>com</strong>o um<br />

dos instrumen tos que <strong>com</strong>põem o processo <strong>de</strong> trabalho<br />

em saú<strong>de</strong> (3), sendo fun<strong>da</strong>mental para operacio<strong>na</strong>lizar a<br />

acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> clien tela (1). O acolhimento também é<br />

entendido <strong>com</strong>o um modo <strong>de</strong> operar os processos <strong>de</strong> trabalho<br />

em saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma a aten<strong>de</strong>r todos que procuram<br />

os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ouvindo seus pedidos e assumindo<br />

no serviço uma postura capaz <strong>de</strong> acolher, escutar e pactuar<br />

respostas mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s aos usuários. Implicando prestar<br />

um atendimento <strong>com</strong> resolutivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e responsabilização,<br />

orientando, quando for o caso, o paciente e a família em<br />

relação a outros serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

assistência e estabelecendo articulações <strong>com</strong> estes serviços<br />

para garantir a eficácia <strong>de</strong>sses encaminhamentos (4).<br />

A Atenção Primária em Saú<strong>de</strong> (APS) tem evoluído nos<br />

últimos anos, buscando alcançar os princípios <strong>de</strong> universali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

equi<strong>da</strong><strong>de</strong> e integrali<strong>da</strong><strong>de</strong> que norteiam o Sistema Único<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>; contudo, essa evolução não tem sido suficiente<br />

para assegurar uma efetiva acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> aos serviços (5),<br />

pois, apesar dos gran<strong>de</strong>s avanços do sistema vigente, ain<strong>da</strong><br />

há muitos entraves nos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção no que se<br />

refere ao modo <strong>com</strong>o o usuário é acolhido nos serviços <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> (6). Além disso, o acolhimento tem ocorrido por or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> chega<strong>da</strong>, sem avaliação <strong>de</strong> <strong>risco</strong>, o que levanta a real<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos gestores e profissio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> reverem<br />

suas práticas e conceitos para viabilização <strong>de</strong> um acesso <strong>com</strong><br />

equi<strong>da</strong><strong>de</strong> e resolutivi<strong>da</strong><strong>de</strong> (5). O problema do acolhimento<br />

pouco efetivo atinge <strong>com</strong> maior impacto prontos-socorros<br />

<strong>de</strong> urgência e emergência. Ciente <strong>de</strong>sses problemas, o Ministério<br />

<strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> lançou, em 2004, a Cartilha <strong>da</strong> Política Nacio<strong>na</strong>l<br />

<strong>de</strong> Humanização – PNH, <strong>na</strong> qual aponta o acolhimento<br />

<strong>com</strong> avaliação e classificação <strong>de</strong> <strong>risco</strong> <strong>com</strong>o dispositivo <strong>de</strong><br />

mu<strong>da</strong>nça no trabalho <strong>da</strong> atenção e produção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, em<br />

especial nos serviços <strong>de</strong> urgência (4), o qual vê a classificação<br />

<strong>de</strong> <strong>risco</strong> <strong>com</strong>o um processo dinâmico <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />

pacientes que necessitam <strong>de</strong> tratamento imediato, <strong>de</strong> acordo<br />

<strong>com</strong> o potencial <strong>de</strong> <strong>risco</strong>, os agravos à saú<strong>de</strong> ou o grau <strong>de</strong> sofrimento,<br />

<strong>de</strong>vendo o atendimento ser priorizado <strong>de</strong> acordo<br />

<strong>com</strong> a gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> clínica do paciente, e não <strong>com</strong> a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

chega<strong>da</strong> ao serviço (4).<br />

Apesar <strong>da</strong> triagem <strong>com</strong> classificação <strong>de</strong> <strong>risco</strong> ser mais<br />

utiliza<strong>da</strong> nos prontos-socorros, a Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

Família (ESF), que é a forma <strong>de</strong> reorganização <strong>da</strong> APS<br />

incorporando <strong>com</strong>o princípios as diretrizes do Sistema<br />

Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) – universalização, <strong>de</strong>scentralização<br />

e integrali<strong>da</strong><strong>de</strong> do cui<strong>da</strong>do –, para garantir a equi<strong>da</strong><strong>de</strong> no<br />

acesso, <strong>de</strong> forma a satisfazer as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> todos os<br />

ci<strong>da</strong>dãos e superar as <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s, também apresenta a<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> organização do seu acolhimento <strong>com</strong> a <strong>de</strong>vi<strong>da</strong><br />

classificação (7, 13, 14). Tendo em vista esses aspectos,<br />

o objetivo <strong>de</strong>ste estudo foi apresentar os resultados <strong>da</strong><br />

utilização <strong>de</strong> um Protocolo <strong>de</strong> Triagem <strong>com</strong> Classificação<br />

<strong>de</strong> Risco criado para uso <strong>na</strong> ESF. Esse protocolo foi baseado<br />

no Protocolo <strong>de</strong> Manchester e no <strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong><br />

Classificação <strong>de</strong> Risco em Assistência Médica Ambulatorial<br />

(AMA), sendo a<strong>da</strong>ptado para o acolhimento em ESF.<br />

Métodos<br />

Estudo <strong>de</strong>scritivo e a<strong>na</strong>lítico, realizado <strong>na</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> Rincão, pertencente ao Hospital Divi<strong>na</strong> Providência<br />

e à re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre.<br />

Este estudo encontra-se <strong>de</strong>ntro dos preceitos éticos<br />

<strong>com</strong> a normatização <strong>na</strong> Resolução 196/96 do Conselho<br />

Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> sobre Pesquisas envolvendo seres humanos,<br />

sendo aprovado pelo Comitê <strong>de</strong> Ética do Hospital<br />

Divi<strong>na</strong> Providência <strong>de</strong> Porto Alegre.<br />

A população foi <strong>com</strong>posta por 6.672 fichas, correspon<strong>de</strong>ntes<br />

a todos os prontuários <strong>de</strong> usuários atendidos <strong>na</strong><br />

Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Rincão <strong>na</strong> ocorrência <strong>da</strong> implantação do<br />

<strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong> Classificação <strong>de</strong> Risco (ACR). Foram incluídos<br />

no estudo os prontuários dos usuários que procuraram<br />

atendimento médico no fluxo <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> dia e que<br />

passaram pelo <strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong> Classificação <strong>de</strong> Risco no<br />

período <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010 até outubro <strong>de</strong> 2011.<br />

A amostra foi <strong>com</strong>posta por 2.639 registros <strong>de</strong> fichas <strong>de</strong><br />

triagem presentes nos prontuários dos pacientes que passaram<br />

pelo ACR. Para a coleta dos <strong>da</strong>dos, proce<strong>de</strong>u-se à análise<br />

do conteúdo <strong>da</strong> documentação (ficha <strong>de</strong> triagem) nos prontuários<br />

<strong>de</strong>stes usuários, buscando a<strong>na</strong>lisar o encaminhamento<br />

<strong>da</strong>do através do Protocolo <strong>de</strong> Triagem criado (Tabela 1).<br />

Na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Rincão, os atendimentos médicos<br />

estão programados para acontecer através <strong>de</strong> agen<strong>da</strong>mento<br />

prévio, no entanto, tem-se uma gran<strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> atendimentos<br />

<strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> dia. Os pacientes <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> dia<br />

eram atendidos por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> chega<strong>da</strong> e, por ocorrerem<br />

<strong>de</strong> forma não sistematiza<strong>da</strong>, sem critérios para inclusão<br />

<strong>na</strong> consulta médica e sem priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s para casos graves,<br />

acabavam dificultando o an<strong>da</strong>mento <strong>da</strong>s consultas agen<strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />

A solução encontra<strong>da</strong> para suprir essas carências foi a<br />

implantação do <strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong> Classificação <strong>de</strong> Risco<br />

(ACR), que consiste <strong>na</strong> i<strong>de</strong>ntificação dos pacientes <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong><br />

dia que necessitam <strong>de</strong> intervenção médica e <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos<br />

<strong>de</strong> enfermagem, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> o potencial <strong>de</strong> <strong>risco</strong><br />

e agravos à saú<strong>de</strong>, usando um processo <strong>de</strong> escuta qualifica<strong>da</strong><br />

e toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão basea<strong>da</strong> em protocolo. Visando esses<br />

objetivos, utilizamos o sistema <strong>de</strong> cores <strong>de</strong> classificação<br />

<strong>de</strong> <strong>risco</strong>, semelhante ao Protocolo <strong>de</strong> Manchester (11, 12) e<br />

ao <strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong> Classificação <strong>de</strong> Risco em Assistência<br />

Médica Ambulatorial (AMA) (9) e, seguindo a política <strong>de</strong><br />

humanização do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS), a<strong>da</strong>ptando<br />

para um protocolo exclusivo <strong>de</strong> acolhimento em ESF.<br />

A primeira etapa para implantação do ACR foi a discussão<br />

<strong>da</strong>s atribuições <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> profissio<strong>na</strong>l <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> e a elaboração<br />

<strong>de</strong> um protocolo pela equipe <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>finindo<br />

fluxos para a triagem (Figura 1). Após a chega<strong>da</strong> do usuário<br />

<strong>na</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e seu <strong>de</strong>vido encaminhamento para<br />

Revista <strong>da</strong> AMRIGS, Porto Alegre, 56 (4): 308-313, out.-<strong>de</strong>z. 2012 309


<strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong> classificação <strong>de</strong> <strong>risco</strong> <strong>na</strong> estratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família Roncato et al.<br />

Tabela 1 – Classificação <strong>de</strong> Risco por escala <strong>de</strong> cores. Enten<strong>de</strong>-se mmHg (milímetros <strong>de</strong> mercúrio), Tax (temperatura corporal axilar, o C (graus<br />

célsius ), Glasgow (escala <strong>de</strong> <strong>com</strong>a <strong>de</strong> Glasgow [11], mg/dL (miligrama por <strong>de</strong>cilitro)<br />

Classificação <strong>de</strong> Risco por escala <strong>de</strong> cores<br />

Preto Para<strong>da</strong> Cardíaca ou Respiratória<br />

Per<strong>da</strong> força, movimento ou sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> em face, braços e per<strong>na</strong>s<br />

trauma Crânio-encefálico Grave (Glasgow < 12): atropelamento, traumas graves<br />

fraturas, luxações, entorses<br />

dor toráxica <strong>de</strong> início súbito (< 1 hora) em pacientes hipertensos, diabéticos ou cardiopatas<br />

Queimaduras graves ou em crianças<br />

Inconsciência<br />

Hipotermia<br />

Insuficiência respiratória (cianose, confusão mental, dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fala)<br />

hemorragia ativa<br />

crise convulsiva<br />

Agitação, aluci<strong>na</strong>ção, <strong>de</strong>lirium<br />

Vermelho Dor torácica (> 2 horas)<br />

Pressão Arterial > 170/100 mmHg<br />

Pressão Arterial < 80/40 mmHg<br />

Hipertensão sintomática: PA > 150/100 mmHg <strong>com</strong> Cefaléia, náusea, vômitos, vertigem, etc<br />

HGT > 300mg/dl ou < 50mg/dl<br />

crise asmática<br />

Gestantes: dor em baixo ventre, per<strong>da</strong>s <strong>de</strong> fluídos vagi<strong>na</strong>is<br />

febre (Tax 39 o C)<br />

Suspeita <strong>de</strong> Varicela<br />

Amarelo Diarréia agu<strong>da</strong> (mais <strong>de</strong> 5 episódios por dia) <strong>com</strong> si<strong>na</strong>is <strong>de</strong> <strong>de</strong>sidratação<br />

Dor abdomi<strong>na</strong>l agu<strong>da</strong>, náusea ou vômitos<br />

Dor <strong>de</strong> cabeça ou tontura, sem alteração <strong>de</strong> si<strong>na</strong>is vitais<br />

dor <strong>de</strong> ouvido<br />

Olho vermelho, <strong>com</strong> irritação conjuntival<br />

Sintomas urinários (disuria, oligo-anúria)<br />

dor lombar <strong>com</strong> sintomas urinários ou febre<br />

Prostração em crianças<br />

Ver<strong>de</strong> Tosse, congestão <strong>na</strong>sal, corisa, dor <strong>de</strong> garganta e Tax


<strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong> classificação <strong>de</strong> <strong>risco</strong> <strong>na</strong> estratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família Roncato et al.<br />

Chega<strong>da</strong> do usuário <strong>na</strong><br />

RECEPÇÃO<br />

Encaminhamento para<br />

TRIAGEM/ACOLHIMENTO<br />

Classificação <strong>de</strong> <strong>risco</strong> /<br />

primeiro atendimento<br />

Consulta médica (sala<br />

<strong>de</strong> triagem/consultório)<br />

Consulta <strong>de</strong> enfermagem<br />

Orientação <strong>com</strong> retorno<br />

em consulta agen<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Figura 1 – Fluxo do acolhimento para pacientes que chegam à Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> solicitando atendimento médico sem consulta previamente<br />

agen<strong>da</strong><strong>da</strong>.<br />

Triagem/<br />

Classificação<br />

pretO<br />

VERMELHO<br />

AMARELO VERDE AZUL<br />

HOSPITAL<br />

SAMU 192<br />

Consulta<br />

médica<br />

imediata<br />

Aguar<strong>da</strong><br />

Consulta<br />

Médica sem<br />

Priori<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

CONSULTA<br />

ENFERMAGEM<br />

OU<br />

AGENDAMENTO<br />

AGENDAMENTO<br />

Figura 2 – Encaminhamento <strong>da</strong> triagem após a classificação <strong>de</strong> <strong>risco</strong>.<br />

Neste estudo, propõe-se fazer uma análise <strong>da</strong>s Fichas<br />

<strong>de</strong> Triagem dos pacientes atendidos <strong>na</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> dia, verificando<br />

a frequência dos encaminhamentos <strong>da</strong>dos no período<br />

avaliado.<br />

RESULTADOS<br />

Da população <strong>de</strong> 6.672, a amostra <strong>com</strong>posta por 2.639<br />

pacientes que procuraram atendimento médico e passaram<br />

pela ACR mostrou que a maioria dos atendimentos (1.691<br />

ou 63%) foi realiza<strong>da</strong> pela equipe <strong>de</strong> enfermagem, recebendo<br />

a classificação Ver<strong>de</strong> e Azul (Figura 5).<br />

O restante <strong>da</strong> amostra, <strong>de</strong> 948 (35,85%) pacientes, necessitou<br />

<strong>de</strong> atendimento médico, recebendo a classificação<br />

amarelo, vermelho e preto. Destes, 944 tiveram resolutivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> seus atendimentos <strong>na</strong> ESF e uma peque<strong>na</strong> parcela<br />

(0,15%) necessitou <strong>de</strong> atendimento em sala <strong>de</strong> emergência<br />

hospitalar (Figura 4).<br />

Os resultados gerais do estudo <strong>de</strong>monstraram que os<br />

atendimentos prestados <strong>com</strong> ACR foram <strong>de</strong> 0,15%, 0,90%,<br />

34,8%, 48% e 15% para a classificação preto, vermelho,<br />

Revista <strong>da</strong> AMRIGS, Porto Alegre, 56 (4): 308-313, out.-<strong>de</strong>z. 2012 311


<strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong> classificação <strong>de</strong> <strong>risco</strong> <strong>na</strong> estratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família Roncato et al.<br />

amarelo, ver<strong>de</strong> e azul, respectivamente. Alem disso, observou-se<br />

que a maioria dos atendimentos se concentrou <strong>na</strong><br />

classificação amarelo e ver<strong>de</strong> (Figura 3).<br />

DISCUSSÃO<br />

A classificação <strong>de</strong> <strong>risco</strong> realiza<strong>da</strong> para os mol<strong>de</strong>s do acolhimento<br />

<strong>na</strong> ESF contempla 66 possíveis motivos <strong>de</strong> consulta,<br />

<strong>de</strong> forma em que após 4 ou 5 perguntas se classifica<br />

o paciente em uma <strong>da</strong>s 5 categorias <strong>de</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>: preto,<br />

vermelho, amarelo, ver<strong>de</strong> e azul, <strong>de</strong> modo respectivo <strong>com</strong>o<br />

consulta em emergência hospitalar/SAMU, consulta médica<br />

imediata, consulta médica não imediata, consulta <strong>de</strong><br />

enfermagem e agen<strong>da</strong>mento. Essa forma <strong>de</strong> organização<br />

vem ao encontro <strong>com</strong> a escala <strong>de</strong> classificação Manchester<br />

System Triage (MTS) <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2004, on<strong>de</strong> 52 possíveis<br />

motivos <strong>de</strong> consulta são divididos em 5 categorias <strong>de</strong> classificação<br />

<strong>de</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>: vermelho, laranja, amarelo, ver<strong>de</strong> e<br />

azul <strong>com</strong>o atenção imediata, muito urgente, urgente, normal<br />

e não urgente, respectivamente (17). Nos resultados<br />

<strong>de</strong>ste estudo, observamos que a classificação preto, referente<br />

à consulta em emergência hospitalar/SAMU, obteve<br />

o menor escore percentual. Esse fato ocorreu <strong>de</strong>vido ao<br />

fato do local estu<strong>da</strong>do se tratar <strong>de</strong> uma Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

<strong>com</strong> atendimento <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> ESF, afirmando que essa<br />

estrutura <strong>de</strong> atendimento é um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Atenção Primária,<br />

que objetiva resolver a maior parte (cerca <strong>de</strong> 85%)<br />

dos problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, não sendo <strong>de</strong>sta forma apta para<br />

resolução <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais <strong>com</strong>plexos <strong>com</strong>o os<br />

apresentados <strong>na</strong> classificação preto (18, 19).<br />

A<strong>na</strong>lisando os resultados sobre o número <strong>de</strong> resoluções<br />

dos atendimentos ocorridos pela equipe <strong>de</strong> enfermagem,<br />

tem-se o <strong>da</strong>do mais significante, pois, embora todos<br />

os pacientes estu<strong>da</strong>dos buscassem atendimento médico, a<br />

gran<strong>de</strong> maioria <strong>de</strong>les (63%) após passar pelo ACR recebeu<br />

classificação ver<strong>de</strong> e azul tendo resolutivi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos seus<br />

problemas pela equipe <strong>de</strong> enfermagem. Segundo Almei<strong>da</strong><br />

e Mishima (2001), po<strong>de</strong>mos relacio<strong>na</strong>r esse <strong>da</strong>do ao fato<br />

<strong>de</strong> que a ESF trabalha <strong>com</strong> uma equipe multiprofissio<strong>na</strong>l, a<br />

qual objetiva <strong>de</strong>scentralizar a figura do médico <strong>com</strong>o único<br />

agente <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. No entanto, Sisson (2002) afirma que,<br />

apesar <strong>da</strong> ESF ter esse objetivo, o mo<strong>de</strong>lo assistencial hegemônico<br />

mantém-se i<strong>na</strong>lterado ao privilegiar a atenção individual<br />

e hospitalar. Consequentemente, mesmo a equipe <strong>de</strong><br />

enfermagem sendo capacita<strong>da</strong> para resolução <strong>da</strong> maioria<br />

dos problemas, as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s centrais continuam sendo a<br />

consulta médica, realiza<strong>da</strong> <strong>com</strong>o pronto-atendimento, em<br />

prejuízo ao cui<strong>da</strong>do integral <strong>de</strong> atenção e ao controle sobre<br />

os <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ntes principais <strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (20).<br />

Outro <strong>da</strong>do importante foi a baixa necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento<br />

médico (35,85%) pelos pacientes que <strong>com</strong>punham<br />

a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> dia. Essa observação reforça a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

alguma forma <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação dos pacientes que necessitam<br />

<strong>de</strong> tratamento imediato, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> o potencial<br />

<strong>de</strong> <strong>risco</strong>, agravos à saú<strong>de</strong> ou grau <strong>de</strong> sofrimento, para que<br />

50,00%<br />

40,00%<br />

30,00%<br />

20,00%<br />

10,00%<br />

Total dos atendimentos <strong>com</strong><br />

classificação <strong>de</strong> <strong>risco</strong><br />

0,00%<br />

Preto Vermelho Amarelo Ver<strong>de</strong> Azul<br />

Total <strong>de</strong> atendimentos <strong>com</strong> classificação <strong>de</strong> <strong>risco</strong><br />

Figura 3 – Percentual dos atendimentos médicos e <strong>de</strong> enfermagem<br />

<strong>com</strong> ACR.<br />

Total <strong>de</strong> atendimentos médicos<br />

<strong>com</strong> a ACR<br />

40,00%<br />

30,00%<br />

20,00%<br />

10,00%<br />

0,00%<br />

Preto Vermelho Amarelo<br />

Total <strong>de</strong> atendimentos médicos <strong>com</strong> a ACR<br />

Figura 4 – Percentual dos atendimentos médicos <strong>com</strong> ACR.<br />

60,00%<br />

40,00%<br />

20,00%<br />

0,00%<br />

Total <strong>de</strong> atendimentos <strong>de</strong> enfermagem<br />

Ver<strong>de</strong><br />

<strong>com</strong> a ACR<br />

Azul<br />

Total <strong>de</strong> atendimentos <strong>de</strong> enfermagem <strong>com</strong> ACR<br />

Figura 5 – Percentual dos atendimentos <strong>de</strong> enfermagem <strong>com</strong> ACR.<br />

312<br />

Revista <strong>da</strong> AMRIGS, Porto Alegre, 56 (4): 308-313, out.-<strong>de</strong>z. 2012


<strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong> classificação <strong>de</strong> <strong>risco</strong> <strong>na</strong> estratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família Roncato et al.<br />

o atendimento seja humanizado e não impessoal ou por<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> chega<strong>da</strong> (21). Além disso, poucos são os técnicos<br />

que ressaltam a utilização do critério clínico para o estabelecimento<br />

<strong>da</strong>s priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s assistenciais e individuais (causa<br />

evi<strong>de</strong>nte, objetiva e circunstancial, <strong>com</strong>o dor, hipertensão,<br />

hiperglicemia e febre). Mesmo <strong>na</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s que recebem o<br />

paciente nessas condições, o fazem <strong>com</strong> hora marca<strong>da</strong>, ou<br />

seja, existe um horário <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do em que essas pessoas<br />

são atendi<strong>da</strong>s pelo médico, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(7). Diante disso, afirma-se que o ACR foi <strong>de</strong>cisivo para<br />

priorização dos atendimentos.<br />

Conclusão<br />

Visto que os critérios hoje utilizados pela atenção primária<br />

são muitas vezes a priori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>da</strong> individualmente<br />

pelo profissio<strong>na</strong>l, em <strong>de</strong>trimento <strong>da</strong> ótica centra<strong>da</strong> no usuário<br />

e sem seguir critérios <strong>de</strong> avaliação objetivos, conclui-<br />

-se que é imprescindível a utilização do <strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong><br />

Classificação <strong>de</strong> Risco <strong>na</strong> Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família,<br />

pois além <strong>de</strong> passar segurança para to<strong>da</strong> equipe, também<br />

cumpre <strong>com</strong> os princípios que regem o Sistema Único <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong>, principalmente mantendo a equi<strong>da</strong><strong>de</strong> e priorizando<br />

os pacientes que necessitam <strong>de</strong> atendimento imediato. Este<br />

estudo também reforçou a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>plementari<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> uma equipe multiprofissio<strong>na</strong>l <strong>na</strong> ESF, pois, através<br />

dos resultados obtidos, observou-se que muitos dos atendimentos<br />

po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>scentralizar <strong>da</strong> figura do médico.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

1. Poli P, Norman AH. <strong>Acolhimento</strong> e (<strong>de</strong>s) medicalização: reflexões sobre<br />

essa prática em um Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. 8º Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Medici<strong>na</strong><br />

<strong>de</strong> Família e Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e 2º Encontro Luso-brasileiro <strong>de</strong> Medici<strong>na</strong><br />

Geral, Familiar e Comunitária; 2006; São Paulo. São Paulo: Socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Brasileira <strong>de</strong> Medici<strong>na</strong> <strong>de</strong> Família e Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>; 2006. p. 246.<br />

2. Campi<strong>na</strong>s LLSL. O acolhimento ao doente <strong>com</strong> tuberculose: estudo<br />

<strong>com</strong>parativo entre uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família e um ambulatório<br />

<strong>de</strong> especiali<strong>da</strong><strong>de</strong>s médicas [Tese]. São Paulo: Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Pública <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo; 2003.<br />

3. Fracolli LA, Bertolozzi MR. A abor<strong>da</strong>gem do processo saú<strong>de</strong>-doença<br />

<strong>da</strong>s famílias e do coletivo. In: Brasil. Instituto para o Desenvolvimento<br />

<strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

Manual <strong>de</strong> Enfermagem: Programa Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família. São Paulo:<br />

Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>; 2001. p. 4-8.<br />

4. Abbes C, Massaro A. <strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong> avaliação e classificação <strong>de</strong><br />

<strong>risco</strong>: um paradigma ético estético no fazer em saú<strong>de</strong>. Ministério<br />

<strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Núcleo Técnico <strong>da</strong> Política Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Humanização.<br />

Brasília- DF. Série B. Textos Básicos em Saú<strong>de</strong>. 2004.<br />

5. Castro, A. J. R.; Shimazaki, M. E. Protocolos Clínicos para Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Belo Horizonte. Editora: Gutenberg; 2006. 240p.<br />

6. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Informações <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: informações<br />

gerais. Sistema <strong>de</strong> Informação Hospitalar (SIH); 2006.<br />

7. Santa<strong>na</strong> ML. Deman<strong>da</strong> espontânea e planejamento estratégico situacio<strong>na</strong>l<br />

no Programa Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família <strong>de</strong> Pin<strong>da</strong>monhangaba. Revista<br />

Brasileira <strong>de</strong> Medici<strong>na</strong> <strong>de</strong> Família e Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Florianópolis,<br />

2011 Abr-Jun;6(19):133-41.<br />

9. Rodrigues PC, Pedroso LCS, Oliveira VH. <strong>Acolhimento</strong> <strong>com</strong> Classificação<br />

<strong>de</strong> Risco em Assistência Médica Ambulatorial (AMA). A.<br />

P. S. Santa Marceli<strong>na</strong>. São Paulo; 2008.<br />

10. Souza CC, Toledo AD, Ta<strong>de</strong>u LFR, Chianca TCM. Classificação <strong>de</strong><br />

Risco em Pronto-socorro: concordância entre um protocolo institucio<strong>na</strong>l<br />

brasileiro e Manchester. Revista Latino-America<strong>na</strong>. Enfermagem.<br />

2011;19(1).<br />

11. Teas<strong>da</strong>le G, Jennet B. Assesment of Coma and Impaired Consciosness,<br />

a pratical scale. Lancet. 1974;7872:81-4.<br />

12. Grupo <strong>de</strong> Triagem <strong>de</strong> Manchester. Triagem do serviço <strong>de</strong> urgência.<br />

2ª ed. Portugal: BMJ Publishing; 2002.<br />

13. Silva ACAA, Villar MAM, Cardoso MHCA, Wuillaume SM. A<br />

Estratégia Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família: motivação, preparo e trabalho segundo<br />

médicos que atuam em três distritos do município <strong>de</strong> Duque<br />

<strong>de</strong> Caxias, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil. Saú<strong>de</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, São Paulo.<br />

2010;19(1):159-169.<br />

14. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> - secretaria <strong>de</strong> gestão participativa. Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família<br />

Panorama, Avaliação e <strong>de</strong>safios. Ed. MS 1° edição. Brasília; 2005.<br />

15. Souza ECF, Vilar RLA, Rocha NSPD, Uchoa AC, Rocha PM.<br />

Acesso e acolhimento <strong>na</strong> atenção básica: uma análise <strong>da</strong> percepção<br />

dos usuários e profissio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública.<br />

2008;24 Sup 1:S100-S110.<br />

16. Almei<strong>da</strong> MCP, Mishima SM. O <strong>de</strong>safio do trabalho em equipe <strong>na</strong><br />

atenção à Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família: construindo “novas autonomias” no<br />

trabalho. Interface - Comunic, Saú<strong>de</strong>, Educ 9; 2001.<br />

17. Soler W, Muñoz G, Bragulat E. El triaje: herramienta fun<strong>da</strong>mental<br />

em urgências y emergências. Triage: a key tool in emergency care.<br />

An. Sist. Sanit. Navar. 2010; Vol. 33, Suplemento 1.<br />

18. Da Ros MA. Políticas públicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no Brasil. In: Bagrichevski<br />

M (Org.). Saú<strong>de</strong> em <strong>de</strong>bate <strong>na</strong> Educação Física. Blume<strong>na</strong>u: Nova<br />

Letra; 2006. p.44- 66.<br />

19. Roncolleta AFT et al. Princípios <strong>da</strong> medici<strong>na</strong> <strong>de</strong> família. São Paulo:<br />

Sombramfa; 2003.<br />

20. Sisson MC. Avaliação <strong>da</strong> implantação do programa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família<br />

no programa Docente-Assistencial <strong>de</strong> Florianópolis [Tese]. Facul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Medici<strong>na</strong> <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo: São Paulo; 2002.<br />

21. Pires, Patrícia <strong>da</strong> Silva. Tradução para o português e vali<strong>da</strong>ção <strong>de</strong><br />

instrumento para triagem <strong>de</strong> pacientes em serviço <strong>de</strong> emergência:<br />

“Ca<strong>na</strong>dian Triage and Acuity Scale” (CTAS) [Tese]. Escola <strong>de</strong> Enfermagem<br />

<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (USP). São Paulo; 2003.<br />

* En<strong>de</strong>reço para correspondência<br />

Patricia Andreia Zanetti Ballardin Roncato<br />

Rua Dr. Vale,262<br />

90.560-010 – Porto Alegre, RS – Brasil<br />

( (51) 3225-4210 / (51) 9121-8370<br />

: patiballardin@yahoo.<strong>com</strong>.br<br />

Recebido: 9/7/2011 – Aprovado: 15/9/2012<br />

Revista <strong>da</strong> AMRIGS, Porto Alegre, 56 (4): 308-313, out.-<strong>de</strong>z. 2012 313

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!