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RIMA Angra 3

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10. QUAIS AS ANÁLISES DE SEGURANÇA E RISCOS, E PLANEJAMENTO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA?<br />

Dentre estes critérios e requisitos de segurança, estão incluídos os relativos à ocorrência<br />

de eventos externos (por exemplo, sismos) e internos (por exemplo, rupturas de<br />

tubulações e condições termo-hidráulicas transitórias desfavoráveis) à usina.<br />

A investigação e a verificação da conformidade do projeto com os requisitos e critérios de<br />

segurança internacionalmente definidos, é o objeto principal do Estudo de Análise de<br />

Segurança.<br />

Para tanto, os chamados Acidentes de Base de Projeto - ABPs (Design-Basis Accidents),<br />

conjunto de eventos acidentais postulados, são detalhadamente investigados de acordo<br />

com critérios de aceitação estabelecidos em normas de órgãos de licenciamento de<br />

atividades nucleares, nacionais e internacionais.<br />

A principal tarefa da Análise de Segurança (AS) é especificar e determinar a segurança<br />

do projeto da usina. Para este propósito, os ABPs são eventos pré-determinados e<br />

investigados com alto grau de sofisticação e detalhe, de tal forma que suas análises<br />

incluam seqüências e conseqüências de variada gama de causas. Por conta dos limites<br />

especificados para a investigação de acidentes, a AS é também conhecida como Análise<br />

Determinista de Segurança (ou determinística, como é conhecida na área nuclear), em<br />

contra-posição à Análise Probabilista de Segurança APS (ou probabilística, como é<br />

conhecida). A AS parte da premissa de que certas seqüências acidentais ocorrerão de<br />

fato, simula estas ocorrências em modelos de computador, e analisa a resposta da<br />

instalação para aqueles acidentes, verificando se os sistemas de segurança reagem de<br />

acordo e atendem aos requisitos de segurança exigidos pelas normas internacionais e<br />

pela legislação nacional. Ou seja, descarta a probabilidade de não ocorrência dos<br />

acidentes selecionados, desconsiderando essa possibilidade na avaliação quantitativa da<br />

resposta da usina.<br />

No âmbito do licenciamento nuclear de uma usina, a Análise de Segurança é parte<br />

integrante do PSAR “Preliminary Safety Analysis Report”, também chamado de RPAS<br />

(Relatório Preliminar de Análise de Segurança) e do FSAR “Final Safety Analysis Report”,<br />

Relatório Final de Análise de Segurança (RFAS), os quais são submetidos à aprovação do<br />

órgão licenciador nacional, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). A<br />

autorização para início da construção da usina é concedida somente após a aprovação do<br />

PSAR, enquanto a autorização para operação, somente após a aprovação do FSAR.<br />

10.3. O QUE É ANÁLISE DE RISCO NUCLEAR – ARN? - topo<br />

Em paralelo à análise de segurança determinista (AS), técnicas de análise probabilista<br />

(análise de riscos), utilizadas inicialmente na otimização de projetos de sistemas de<br />

segurança individuais (análise de confiabilidade), começaram, a partir da década de<br />

1970, a ser utilizadas para a avaliação de usinas nucleares como um todo, sendo<br />

conhecida na área como APS, iniciais de “Análise Probabilista de Segurança” (ou Análise<br />

Probabilística de Segurança).<br />

A probabilidade de ocorrência de falhas sucessivas e de eventos desfavoráveis<br />

necessários para a fusão do núcleo é remota, mas não é nula, o que significa que tais<br />

acidentes são de ocorrência possível. Vale ressaltar que para <strong>Angra</strong> 3, mesmo no caso de<br />

ocorrência de um acidente severo, não necessariamente ocorrerá liberação de material<br />

radioativo para a atmosfera, em quantidades que possam colocar em risco a saúde ou a<br />

vida da população circunvizinha à usina.<br />

A liberação de grande quantidade de material radioativo para o meio ambiente só<br />

ocorrerá se, além da ocorrência da fusão do núcleo, também houver o comprometimento<br />

significativo da integridade da contenção. Sendo assim, a questão crucial passa a ser,<br />

adicionalmente às probabilidades da fusão do núcleo, conhecer a probabilidade da perda<br />

de integridade do envoltório de contenção, que, no caso de <strong>Angra</strong> 3, é uma chapa de aço<br />

com 3 cm de espessura e uma pesada estrutura de concreto armado, com cerca de 60<br />

cm de espessura, que caracteriza o Edifício ou Prédio do Reator.<br />

file:///F|/<strong>RIMA</strong>_<strong>Angra</strong>3/10_quais.html (8 of 12)25/9/2006 12:05:02

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