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B LETIM +ESC LA
Foto Ana Fonseca FEC
Comunicação de Alexandre Furtado
sobre o papel da Igreja na educação
na Guiné-Bissau.
No ponto de situação sobre as escolas
da Diocese de Bafatá, a formadora fez
um resumo, para cada escola, sobre o
tipo de gestão, níveis de ensino, número
total de alunos e professores, a utilização
do Regulamento Interno de escola e
Contrato de Trabalho dos professores, o
número de meses de trabalho e salário/
subsídio mensal dos professores e inscrição
e propina dos alunos.
Na apresentação e discussão plenária do
Manual de Procedimentos, a formadora
colocou em discussão a análise comparativa
da estrutura do Regulamento Interno
de escola, o perfil do professor, o relatório
anual de actividades e calendário
escolar, os valores do subsídio/salário
mensal dos professores e da matrícula e
propina mensal dos alunos, sendo este
último ponto o mais polémico.
O Director Regional de Educação, Samba
Buaró, fez a intervenção seguinte sobre
as competências das Direcções Regionais
de Educação (DRE) nas escolas de autogestão
e privadas, seguido do coordenador
da CIEE, Pe. Joaquim Pereira, que
falou sobre as competências da CIEE nas
mesmas escolas, constantes no
“Programa do Secretariado de Pastoral e
das Comissões da Diocese de Bissau e
Inter-Diocesanas de Bissau e Bafatá
2003-2006”. Depois destas duas intervenções,
houve uma sessão de esclarecimento
de dúvidas relacionadas com
situações das várias escolas.
Este primeiro dia contou com a presença
de missionários e directores da Diocese
de Bissau, nomeadamente a Irmã Beth, a
Irmã Farias e os coordenadores das
escolas em autogestão, que deram uma
boa contribuição para a discussão de
alguns aspectos mais polémicos do
Manual de Procedimentos, tais como o
sistema de avaliação, o calendário escolar
e a gestão financeira.
O segundo dia do encontro teve início
com um dos objectivos principais: a síntese
e aprovação do Manual de Procedimentos
– Documento de Base. Antes da
aprovação, discutiu-se, com alguma polémica,
os valores do subsídio/salário mensal
dos professores e da matrícula e propina
mensal dos alunos constantes nas
três propostas regionais, chegando-se ao
consenso dos intervalos de valores que
são apresentados no Manual de Procedimentos.
Seguiu-se a reflexão do coordenador da
Fundação Educação e Desenvolvimento
(FED) e ex-ministro da Educação da Guiné-Bissau,
Alexandre Furtado, sobre a
perspectiva histórica do papel da Igreja
Católica na Educação da Guiné-Bissau.
O Dr. Alexandre Furtado começou por
saudar os presentes e manifestar o contentamento
pela a sua presença neste
encontro, por este ser sobre administração
e gestão escolar, sua área de especialidade,
e por ser um encontro em Bafatá,
terra que o viu crescer.
Depois de fazer uma resenha histórica
sobre o papel dos missionários na Guiné-
Bissau, o Pe. Joaquim Pereira reforçou o
papel dos professores-catequistas na
educação da Guiné-Bissau, fazendo uma
retrospectiva do seu trabalho. Referiu
também a falta de legislação sobre Administração
e Gestão Escolar e a não aprovação
da Lei de Bases do Sistema Educativo.
O Dr. Alexandre Furtado reforçou a
ideia de que a Igreja Católica deve definir
e delimitar o seu papel na educação da
Guiné-Bissau. O estado poderá fornecer
os materiais e pagar aos professores,
devendo a formação e organização das
escolas ficar a cargo da Igreja.
Na parte da tarde, o coordenador do
Projecto + Escola da FEC, Nuno Macedo,
orientou a discussão dos directores e
missionários sobre o futuro da actividade
formativa da Diocese de Bafatá para o
ano lectivo 2008/2009.
Nesta discussão, Nuno Macedo dialogou
com os presentes a fim de definir os
interesses do público-alvo desta actividade
para o próximo ano lectivo: a aplicação
do Manual de Procedimentos –
Documento de Base, primeiro por parte
das escolas/missões e depois através de
visitas de acompanhamento às Missões
Católicas, feitas pelo técnico da FEC e
possivelmente por um responsável da
Educação da Diocese de Bafatá na CIEE.
Falou-se também da possibilidade de
integração dos responsáveis do Comité
de Gestão nos trabalhos de formação,
através da participação em encontros
regionais.
Outra vertente desta actividade seria
entregar e discutir o Manual de Procedimentos
nas Missões Católicas da Diocese
de Bissau, conduzido pela CIEE, nomeadamente
pelo Pe. Joaquim Pereira. Este
processo terminaria na discussão conjunta
dos processos de elaboração do
Manual de Procedimentos nas duas dioceses.
Esta discussão poderia ser colmatada
num I Encontro sobre Educação da
Igreja Católica na Guiné-Bissau a realizar
no final do próximo ano lectivo.