EMIGRANTES APREENSIVOS - Cidade NET
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quarta-Feira, 13 de abril de 2011<br />
3<br />
Regional<br />
Marca Madeira<br />
O secretário Regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António, desloca-se hoje ao concelho de Santana, onde visita o<br />
mercado abastecedor. A deslocação está integrada no Plano de Implementação do selo “Marca Madeira”.<br />
Emigrantes na Venezuela<br />
apreensivos com crise em Portugal<br />
O presidente da<br />
direção<br />
do Centro<br />
Social<br />
das Comunidades<br />
Madeirenses, Olavo<br />
Manica, referiu ao<br />
Diário <strong>Cidade</strong> que<br />
a crise económica<br />
portuguesa tem<br />
deixado apreensivos<br />
os emigrantes<br />
radicados na<br />
Venezuela.<br />
A Região recebe todos<br />
os anos, por altura do Verão,<br />
milhares de madeirenses<br />
emigrados na Venezuela.<br />
O presidente da<br />
direção do Centro Social<br />
das Comunidades Madeirenses<br />
considera que a<br />
vinda de emigrantes ajuda<br />
a dinamizar a economia<br />
da Madeira.<br />
“Há muitos emigrantes<br />
que vêm de férias à Madeira,<br />
sobretudo no mês<br />
de Agosto, e acabam por<br />
comprar um carro, uma<br />
casa ou um apartamento,<br />
o que<br />
movimenta a<br />
economia regional. Segundo<br />
as empresas imobiliárias,<br />
o emigrante venezuelano<br />
é aquele que<br />
mais compra na Madeira”,<br />
realçou Olavo Manica.<br />
Aquele responsável frisou,<br />
igualmente, que a<br />
crise política e económica<br />
de Portugal, bem como o<br />
recente pedido de ajuda<br />
externa do governo português<br />
não tem deixado<br />
indiferente a comunidade<br />
madeirense radicada na<br />
Venezuela.<br />
“As pessoas acabam por<br />
estar apreensivas, pois<br />
têm medo que as suas<br />
contas bancárias fiquem<br />
congeladas ou que possam<br />
apenas movimentar<br />
uma determinada quantia<br />
de dinheiro”, frisou o<br />
“Vinhos Madeira” em foco<br />
O Instituto do Vinho,<br />
do Bordado e do Artesanato<br />
da Madeira (IV-<br />
BAM), com o apoio do<br />
sector do Vinho Madeira,<br />
está a realizar nas suas<br />
instalações, sitas na Rua<br />
5 de Outubro, até à próxima<br />
quinta-feira, a 3.ª<br />
Edição do Workshop sob<br />
a temática de “Vinhos da<br />
Madeira”, direccionado<br />
aos profissionais do Canal<br />
Horeca (Hotelaria e<br />
Restauração).<br />
Este tipo de workshop,<br />
que teve inicio no ano<br />
transacto, surgiu da necessidade<br />
que o sector<br />
sente em informar e/ou<br />
formar os profissionais<br />
que, directa ou indirectamente,<br />
possam estar ligados<br />
a este produto tradicional.<br />
Com efeito, tal como<br />
alguns outros sectores<br />
da economia regional, o<br />
sector do Vinho da Madeira<br />
tem consumado<br />
um esforço de modernidade<br />
associado à tradição,<br />
que merece ser conhecido<br />
por aqueles que<br />
trabalham com este produto.<br />
Esta modernização<br />
vai desde a implementação<br />
de novas e modernas<br />
infra-estruturas, introduzindo<br />
grandes avanços<br />
nos processos produtivos,<br />
até à inovação no<br />
consumo, tanto do ponto<br />
de vista de harmonizações<br />
gastronómicas, como<br />
da perspectiva de indicações<br />
de serviço.<br />
Perante esta necessidade<br />
de se fazer uma aproximação<br />
concertada ao<br />
Canal Horeca, juntouse<br />
esforços com vários e<br />
prestigiados profissionais<br />
que, diariamente,<br />
presidente da direção do<br />
Centro Social das Comunidades<br />
Madeirenses.<br />
No entanto, Olavo Manica<br />
referiu que os emigrantes<br />
estão confiantes<br />
que Portugal consiga superar<br />
esta grave crise económica.<br />
“Os emigrantes<br />
madeirenses confiam que<br />
Portugal irá sair desta crise<br />
com a ajuda externa,<br />
à semelhança do que já<br />
aconteceu com outros países”,<br />
sublinhou.<br />
Porém, para “vencer” a<br />
atual conjuntura são necessários<br />
inúmeros sacrifícios,<br />
os quais devem<br />
começar por “aqueles que<br />
ocupam altos cargos” no<br />
país. “Todos nós vamos<br />
ter de fazer sacrifícios para<br />
superar a crise, mas a<br />
maioria das pessoas en-<br />
contribuem para a valorização<br />
dos sectores do<br />
Vinho Madeira e dos Vinhos<br />
Mesa (DOP “Madeirenses”<br />
e IGP “Terras<br />
Madeirenses”), para<br />
apresentar um programa<br />
diversificado, combinando<br />
a componente teórica<br />
e prática, com uma duração<br />
total de cerca de 12<br />
horas (três meios dias).<br />
Durante este seminário<br />
estão a ser abordados<br />
vários temas, onde<br />
se incluem: a Região<br />
Demarcada da Madeira;<br />
o Vinho DOP “Madeira”,<br />
DOP “Madeirense”<br />
e IGP “Terras Madeirenses”;<br />
o Processo de<br />
Vinificação; Introdução<br />
à Prova Organoléptica;<br />
Organização e Gestão de<br />
Uma Garrafeira e Carta<br />
de Vinhos; Combinações<br />
Gastronómicas e por fim<br />
ten-<br />
de que o<br />
exemplo deve começar<br />
pelos políticos, nomeadamente<br />
através da<br />
diminuição do número de<br />
deputados na Assembleia<br />
da República ou através<br />
do corte de outras despesas<br />
públicas”, transmitiu<br />
Olavo Manica.<br />
O presidente da direção<br />
do Centro Social das Comunidades<br />
Madeirenses<br />
considera ainda pouco<br />
provável que o presidente<br />
Hugo Chávez auxilie Portugal<br />
a sair deste período<br />
de crise. “A Venezuela está<br />
a explorar cada vez menos<br />
petróleo devido aos<br />
contratos que tem com<br />
a China. Há muitos postos<br />
petroleiros que têm<br />
sido fechados, por isso<br />
acho que a China e o Brasil<br />
têm, neste momento,<br />
mais hipóteses de ajudar<br />
o nosso país a sair da atual<br />
situação económica”,<br />
concluiu. J.T.<br />
está incluída a visita a<br />
uma Empresa Produtora/Exportadora<br />
de Vinho<br />
Madeira.<br />
Esta iniciativa insere-se<br />
no âmbito do Plano<br />
Promocional do Vinho<br />
Madeira e tem como<br />
principal objectivo, dotar<br />
os cerca de 50 participantes<br />
com conhecimentos<br />
teóricos sobre a Região<br />
Vitivinícola da Madeira,<br />
mas também com conhecimentos<br />
práticos sobre<br />
os Vinhos que se produzem<br />
na Região, com particular<br />
enfoque no Vinho<br />
Madeira. Refira-se que<br />
esta iniciativa é co-financiada<br />
em cerca de 70%<br />
por fundos comunitários,<br />
veiculados pelo Programa<br />
Intervir +, sendo<br />
o restante montante suportado<br />
pelo orçamento<br />
regional.<br />
Crise<br />
Bancários<br />
O presidente do Sindicato dos Bancários do sul e Ilhas (SBSI)<br />
considera que atual situação económica do país é complicadissima<br />
e teme que os bancos não tenham capacidade para<br />
ultrapassar a situação sem fazer despedimentos.<br />
“A situação atual do país é complicadissima, não sei se 4 ou 5<br />
anos chegam para a resolver. Vai obrigar a grandes restrições,<br />
só espero que sejam feitas com maior consciência social”,<br />
disse Delmiro Carreira em entrevista à agência Lusa.<br />
Quanto ao setor bancário o sindicalista lembrou que até há<br />
pouco tempo todos consideravam que a banca portuguesa<br />
estava muito bem mas agora os presidentes dos principais<br />
bancos queixam-se de dificuldades e mudaram de opinião<br />
passando a defender a necessidade de ajuda externa, quando<br />
antes a repudiavam por considerar que poderia levar à fuga<br />
de recursos de Portugal.<br />
“Até que ponto as dificuldades dos bancos têm a ver com o<br />
financiamento do Estado português ou com o pagamento dos<br />
seus próprios empréstimos”, questionou.<br />
Alemanha<br />
O grupo alemão Europolis entregou ontem uma providência<br />
cautelar num tribunal constitucional para impedir a Alemanha<br />
de participar no apoio financeiro a Portugal.<br />
Num comunicado publicado na sua página oficial, o Europolis<br />
explica que um grupo de cinquenta personalidades entregou<br />
ainda a providência cautelar no sentido de impedir que a Alemanha<br />
participe na ajuda a Portugal, explicando que esta ação<br />
pretende evitar prejuízos para a maior economia europeia.<br />
Luís Amado<br />
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, avisou ontem,<br />
no Luxemburgo, que os “principais responsáveis políticos”<br />
terão de cooperar mais no futuro para Portugal sair mais<br />
rapidamente da situação atual de “vergonha” e humilhação”<br />
face ao estrangeiro.<br />
“Os principais responsáveis políticos portugueses saberão entender<br />
que, se não nos unirmos mais no futuro não sairemos<br />
tão rapidamente da situação em que estamos e não seremos<br />
capazes de evitar a humilhação que conhecemos pelo facto de<br />
nos termos divididos no passado”, disse Luís Amado à entrada<br />
de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da<br />
União Europeia.<br />
CGTP<br />
A CGTP considerou que a vinda do Fundo Monetário Internacional<br />
(FMI) a Portugal não vai ajudar a resolver os problemas<br />
económicos do país.<br />
“A vinda do FMI é que não ajuda mesmo nada”, disse o secretário-geral<br />
da central sindical, Carvalho da Silva, em conferência<br />
de imprensa, acrescentando que este organismo já não<br />
entra em nenhum país da América Latina ou nos EUA.