EMIGRANTES APREENSIVOS - Cidade NET
EMIGRANTES APREENSIVOS - Cidade NET
EMIGRANTES APREENSIVOS - Cidade NET
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
quarta-Feira, 13 de abril de 2011<br />
Turismo<br />
Segundo os últimos dados do INE – Instituto Nacional de Estatística, relativos<br />
ao Turismo, Lisboa e Madeira não apresentaram alterações sensíveis<br />
no número de dormidas.<br />
Sindicatos<br />
Regional<br />
O secretariado do Conselho Regional da USAM aborda hoje vários temas (programação<br />
do 1º de Maio, pedido de ajuda ao FMI,etc) que serão divulgados em<br />
conferência de imprensa.<br />
5<br />
PUB<br />
Regime monárquico traria<br />
benefícios aos portugueses<br />
Portugal vive um momento complicado, tendo sido obrigado a um pedido de ajuda<br />
externa. João Paredes, presidente da Real Associação da Madeira, considera que esta<br />
situação poderia ter sido evitada num regime monárquico. O Presidente da República,<br />
querendo ou não, está preso a uma ideologia política.<br />
A crise económica e<br />
social que se assiste em<br />
Portugal, e que culminou<br />
com um pedido de ajuda à<br />
União Europeia e ao Fundo<br />
Monetário Internacional,<br />
poderia ter sido evitada.<br />
João Paredes, presidente<br />
da Real Associação<br />
da Madeira, não tem<br />
dúvidas que o regime<br />
monárquico traria<br />
mais benefícios aos<br />
portugueses.<br />
“O Presidente da<br />
República tem feito<br />
um esforço para<br />
haver alguma disciplina<br />
entre as forças<br />
partidárias, só que<br />
não está a conseguir<br />
essa unificação, porque,<br />
embora<br />
tente manter alguma<br />
equidistância política,<br />
acaba por estar refém à<br />
sua origem partidária”,<br />
aponta, facto esse que<br />
condiciona a representação.<br />
E é neste sentido que<br />
surgem as aspirações da<br />
Família Real, sendo esta<br />
um garante da unidade<br />
nacional. Uma realidade<br />
que se verifica, aliás, em<br />
outros países da Europa.<br />
Os belgas, por exemplo,<br />
estão sem governo há<br />
quase seis meses e, mesmo<br />
assim, a situação no<br />
país decorre com relativa<br />
normalidade.<br />
João Paredes esclarece<br />
que a mudança de um<br />
regime republicano para<br />
um regime monárquico<br />
passa por uma nova<br />
Constituição da República<br />
Portuguesa. “Seria<br />
uma viragem em Portugal,<br />
independentemente<br />
das crises políticas, das<br />
crises económicas e das<br />
guerrilhas que derivam<br />
da governação”.<br />
De igual modo, embora<br />
uma alteração pudesse<br />
representar confusão<br />
para os portugueses, a<br />
continuidade do país, sobretudo<br />
em termos de representação<br />
europeia e<br />
confiança dos mercados<br />
internacionais, estaria<br />
salvaguardada. E, tendo<br />
em conta recentes opiniões,<br />
o ideal da Monarquia<br />
regista cada vez mais simpatizantes.<br />
“Não estamos a falar<br />
em andar para trás, para<br />
um regime obsoleto, estamos<br />
a falar em andar para<br />
a frente, em criar soluções<br />
económicas e orçamentais<br />
através de uma representação<br />
real”, designadamente<br />
na pessoa de<br />
D. Duarte de Bragança,<br />
chefe da Casa Real portuguesa.<br />
O presidente da Real<br />
Associação rejeita, não<br />
obstante a vontade dos<br />
monárquicos em ‘governar’,<br />
qualquer ligação com<br />
o Partido Popular Monárquico,<br />
que se prepara para<br />
concorrer às eleições regionais<br />
para a Assembleia<br />
Legislativa da Madeira.<br />
“Não concordo com essa<br />
via. A nossa via é a representação<br />
do Estado e não<br />
a governação”.<br />
Por fim, apesar de uma<br />
ajuda que se avizinha demorada<br />
e com cortes substanciais,<br />
o país já passou<br />
por outras crises, inclusive<br />
com a bancarrota em<br />
1890 ou regime autoritário<br />
que resultou no 25 de<br />
Abril, e vai saber ultrapassar.<br />
Torna-se fundamental<br />
é que os portugueses,<br />
os governos, “aprendam<br />
com os erros”. T.C<br />
ENTREVISTA com<br />
Edgar Silva<br />
PCP admite coligação<br />
com o Bloco de Esquerda<br />
O líder regional da CDU, Edgar Silva, não coloca de<br />
parte a possibilidade do seu partido fazer uma coligação<br />
com o Bloco de Esquerda após as eleições de 5 de<br />
Junho. Em declarações ao Diário <strong>Cidade</strong>, o dirigente<br />
comunista, diz que tudo vai depender dos resultados<br />
do ato eleitoral e acredita ser possível derrotar os<br />
partidos do PEC, PS e PSD. “O mais importante, neste<br />
momento, é reforçar os votos da esquerda”, afirmou.<br />
Diário <strong>Cidade</strong> – Que significado têm<br />
estas visitas que a CDU tem realizado<br />
às fábricas das “Moscas” e das<br />
“Batatas Fritas”?<br />
Edgar Silva – Durante toda a semana<br />
passada estivemos a visitar um conjunto<br />
de infraestruturas que o Governo<br />
Regional(GR) mandou construir com o objectivo<br />
de desenvolver a indústria regional<br />
e que não passaram de um fracasso.<br />
São o caso da “Fábrica das<br />
Moscas”, da “Fábrica das Batatas<br />
Fritas”, do projeto “Força da<br />
Terra”, na área dos vinhos, e do<br />
Centro de Moda e Design tudo<br />
isto como se diz na gíria madeirense<br />
‘deu à costa’. Foi isso<br />
que pretendemos denunciar. Queremos relembrar aos madeirenses<br />
que o GR destruiu ao longo dos últimos anos o aparelho produtivo<br />
da RAM e responsabilizar os culpados pela situação de falência da<br />
economia regional.<br />
Estas nossas iniciativas de denúncia visam demonstrar que a situação<br />
que a Madeira está a atravessar não foi obra do acaso e se<br />
hoje temos uma Região mais desigual, mais dependente e mais<br />
anti-democrática tudo isso resulta de um conjunto de opções mal<br />
geridas pelo GR que levaram à destruição da capacidade produtiva<br />
da RAM.<br />
A “Fábrica das Moscas” já faliu tecnicamente e a “Fábrica das Batatas<br />
Fritas” já fechou. Estes são apenas dois dos muitos exemplos<br />
das alternativas que o GR tinha para o desenvolvimento da economia<br />
regional, para a criação de postos de trabalho e exportação de<br />
produtos regionais que se revelaram um autêntico fracasso, foram<br />
apenas um sorvedouro de dinheiros públicos que contou com o<br />
apoio e o aval do Orçamento Regional.<br />
D.C. - Com eleições antecipadas marcadas para 5 de Junho<br />
há uma aproximação do PCP ao Bloco de Esquerda?<br />
E.S. - O Bloco de Esquerda (BE) vai concorrer isoladamente e a CDU<br />
vai concorrer coligada com o PCP. Antes das eleições cada uma das<br />
forças políticas vai desenvolver o seu trabalho a sua intervenção<br />
para o ato eleitoral. O mais importante é conseguir um reforço de<br />
votos da CDU e que a esquerda saía mais forte e depois das eleições<br />
veremos o que irá acontecer. Tudo vai depender dos resultados.<br />
Mas o PCP não afasta nenhuma possibilidade. Os partidos de esquerda<br />
não estão condenados aos partidos do PEC, PS, PSD com ou<br />
sem CDS, e lutaremos por uma governação de esquerda, patriótica e<br />
que defenda os interesses dos trabalhadores que têm sido os mais<br />
sacrificados com as medidas de austeridade.<br />
D.C. - Já existem objetivos definidos para as eleições antecipadas?<br />
E.S. - Ainda estamos a trabalhar. Mas continuaremos a defender<br />
os direitos dos mais carenciados e vamos mostrar uma alternativa<br />
para o país que não passa pelas políticas dos PEC’s.<br />
D.C. - Quer isso dizer que não concorda com a entrada do<br />
Fundo Monetário Internacional em Portugal?<br />
E.S. - De maneira nenhuma. O PCP está totalmente contra a entrada<br />
do FMI em Portugal porque essa orientação só iria enterrar,<br />
ainda, mais o país e sobrecarregar mais aqueles que têm sido sacrificados<br />
ao longo destes últimos anos com os sucessivos PEC’s.<br />
A entrada do FMI, no nosso país, significa o intensificar dos sacrifícios<br />
que os partidos do PEC têm vindo a impor aos portugueses.<br />
E consideramos que existiam outras alternativas e possibilidades<br />
que não passam, necessariamente, pela entrado do FMI em Portugal.<br />
F.S