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VIEIRA DE LEIRIA<br />
Este suplemento faz parte integrante da edição 1513 do JORNAL DE LEIRIA, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2013 e não po<strong>de</strong> ser vendido separadamente
2 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, 11 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2013<br />
VIEIRA DE LEIRIA<br />
VIEIRA DE LEIRIA: NASCIDA DO LIS,<br />
ERGUIDA POR HOMENS PERSISTENTES<br />
PAULA LAGOA<br />
Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> é uma das três freguesias que constituem o<br />
concelho da Marinha Gran<strong>de</strong>. Situa-se a 14 quilómetros da se<strong>de</strong><br />
do concelho e a 24 <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, capital do distrito. Localiza-se na<br />
margem esquerda do Rio Lis, a 4 quilómetros da costa, no extremo<br />
norte do Pinhal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Os censos registam cerca <strong>de</strong><br />
6 mil habitantes, números que revelam um aumento da população<br />
na última década e uma forte capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fixação da sua<br />
população.<br />
A freguesia não tem hoje o peso industrial que teve outrora,<br />
no entanto acolhe algumas empresas com relevância para a economia<br />
da região e que são factor importante na captação <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes.<br />
A freguesia tem <strong>de</strong> área 4700 ha, correspon<strong>de</strong>ndo à área urbana<br />
400 ha. A Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> é composta por um conjunto <strong>de</strong><br />
lugares, sendo eles: Boco, Casal das Raposas, Casal d’Anja, Casal<br />
dos Lobos, Galiota, Outeiros da Vieira, Outeiros da Passagem,<br />
Passagem, Praia da Vieira, Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Casal da Malha.<br />
Há diferentes teorias sobre a origem do nome Vieira, se uns<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> vieiro, o metal, há também quem acredite<br />
que é originário do latim vena-venae que significa “o que<br />
tem conduto na água” ou ainda nas nas vieiras bivalves que terão<br />
sido outrora abundantes nos seus areais. Apesar <strong>de</strong> não haver<br />
dados que provem a verda<strong>de</strong>ira origem do nome sabe-se que<br />
as primeiras referências ao lugar estão ligadas a alusões ao rio<br />
lis que terá sido a razão da formação <strong>de</strong>sta localida<strong>de</strong>.<br />
A HISTÓRIA:<br />
Em 1094, D. Afonso Henriques, na sua incessante luta contra o<br />
domínio dos mouros na Península Ibérica, conquista <strong>Leiria</strong> e Torres<br />
Novas, sendo pois, acertado pensar que data <strong>de</strong>ste ano a inclusão<br />
<strong>de</strong>sta região no condado portucalense.<br />
As primeiras citações sobre esta povoação datam do reinado<br />
<strong>de</strong> D. Dinis, tendo-se fixado o primeiro casal que <strong>de</strong>u “nascença”<br />
ao povoado, a 2 quilómetros da margem esquerda do rio<br />
Lis, nas proximida<strong>de</strong>s da sua foz. D. Dinis, como forma <strong>de</strong> promover<br />
a fixação e o povoamento <strong>de</strong>sta região, isentou os moradores<br />
dos campos <strong>de</strong> Ulmar, do imposto da “jugada” e até <strong>de</strong><br />
“hoste”, se morassem com suas mulheres continuamente no<br />
mesmo lugar e aí tivessem as suas casas.<br />
Com o fim do reinado <strong>de</strong> D. Dinis, os documentos acerca das<br />
As primeiras referências ao<br />
lugar <strong>de</strong> Vieira estão ligadas a<br />
alusões ao rio Lis que terá sido<br />
a razão da formação <strong>de</strong>sta<br />
localida<strong>de</strong>.<br />
ativida<strong>de</strong>s existentes na Vieira escasseiam novamente e só no<br />
reinado <strong>de</strong> D. Manuel (1495 – 1521) é que surgem elementos<br />
comprovativos do <strong>de</strong>senvolvimento da Vieira. Em 1512, Monte<br />
Real, Carvi<strong>de</strong> e Vieira separam-se da freguesia <strong>de</strong> S. Tiago do<br />
Arrabal<strong>de</strong> e formam uma nova freguesia.<br />
Já em pleno reinado dos Filipes (1580 – 1640) se po<strong>de</strong> ler a<br />
seguinte provisão: “el-rei..., faço saber aos que esta minha provizão<br />
virem que consi<strong>de</strong>rando Eu o muito que importa para o ser-<br />
FICHA TÉCNICA<br />
EDIÇÃO: JORLIS - EDIÇÕES E PUBLICAÇÕES, LDA. / Director: João Nazário Redacção: Paula Lagoa/ Serviços Comerciais: Maria Nunes e Rui Pereira / Paginação: Isilda Trinda<strong>de</strong> e Rita Carlos/ Impressão: Grafedisport /<br />
Tiragem: 15.000 exemplares / Nº <strong>de</strong> registo: 109980 / Depósito legal nº: 5628/84 / JORNAL DE LEIRIA, Edição n.º 1513, 11 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2013
VIEIRA DE LEIRIA<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, 11 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2013 3<br />
viço Meu e bem <strong>de</strong>stes meus reinos... or<strong>de</strong>nei que se acrescentasse<br />
o meu pinhal que tenho em <strong>Leiria</strong>, pelas partes em que<br />
se po<strong>de</strong>sse melhor criar e ficasse mais acomodado para a carregação,<br />
corte e carretos das ma<strong>de</strong>iras e man<strong>de</strong>i fazer <strong>de</strong>marcação<br />
das terras que assy se podia semear... Item do marco o<br />
que se pôs ao caminho junto ao rio, que <strong>de</strong>viza direito ao mar<br />
ao longo da área que está junto com os ditos pinhaes da parte<br />
do poente e do dicto marco pela estrada que vai do dicto campinho<br />
vai direito ao lugar da Vieira pela banda <strong>de</strong> baixo da parte<br />
dos dictos pinhaes.”<br />
A ma<strong>de</strong>ira era, <strong>de</strong> tal modo, consi<strong>de</strong>rada um bem precioso para<br />
o povo da Vieira que Guilherme Stephens, quando tentou fundar<br />
uma fábrica <strong>de</strong> vidros, em 1748, perto do antigo cais, teve<br />
que <strong>de</strong>sistir do seu intento e ir para a Marinha Gran<strong>de</strong>, por dificulda<strong>de</strong>s<br />
movidas pelo povo da Vieira, que não via com agrado<br />
o consumo em gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tão valioso bem na<br />
laboração <strong>de</strong>sta fábrica.<br />
É durante todo o século XIX que as informações sobre a Vieira<br />
se tornam mais precisas. A ativida<strong>de</strong> intensa na Foz do Lis<br />
e o <strong>de</strong>senvolvimento da Vieira permite-nos ter uma i<strong>de</strong>ia sobre<br />
a vida vieirense.<br />
A irregularida<strong>de</strong> do rio pôs, por algumas vezes, em perigo as<br />
habitações dos pescadores; situação essa que levou a que nos<br />
princípios do século XIX se empreen<strong>de</strong>ssem trabalhos para regularizar<br />
o seu leito. São precisamente essas obras que marcam<br />
o início <strong>de</strong> uma época <strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong> não só para a Vieira,<br />
como para o próprio rio que, tornando a ser navegado, leva<br />
D. João VI a publicar a 21 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1824 o “ Regulamento Geral<br />
da Fazenda da Marinha”, no qual <strong>de</strong>terminava que o embarque<br />
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras do pinhal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> se fizesse na Foz do Lis.<br />
O porto da Vieira terá, então, um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento após<br />
a construção do molhe Oudinot (construção <strong>de</strong> um molhe longitudinal<br />
até ao nível da maior baixa-mar) e da construção das<br />
Tercenas – barracões <strong>de</strong>stinados ao armazenamento <strong>de</strong> penisco,<br />
isto é, <strong>de</strong> pinhão, ma<strong>de</strong>iras, resinas e pez – na margem esquerda<br />
do Lis.<br />
Anteriormente a 1824, o embarque <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras era feito em<br />
S. Pedro <strong>de</strong> Moel, mas em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> um incêndio que <strong>de</strong>struiu<br />
uma gran<strong>de</strong> parte do pinhal contíguo, esse embarque passou <strong>de</strong>pois<br />
a ter lugar na foz do Lis.<br />
Só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sta data é que o <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras se instala<br />
na margem esquerda do rio. Em 1840 e com duração até 1845<br />
fundou-se uma fábrica <strong>de</strong> vidro, no sítio do cais e nela se fazia<br />
somente vidraça. Ainda em 1840, há a registar a construção <strong>de</strong><br />
algumas embarcações <strong>de</strong> pequena cabotagem: caíques, lugres,<br />
saveiros, etc.<br />
No <strong>de</strong>pósito, todo o material lenhoso e outro como vidros, alcatrão<br />
e sementes era empilhado e arrumado <strong>de</strong>vidamente,<br />
aguardando aí a ocasião própria para o seu embarque. Em período<br />
<strong>de</strong> boas marés, o rio era navegável e os barcos vinham até<br />
junto das Tercenas, sendo aí então carregados. Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
era, então, um aglomerado significativo, composto por construtores<br />
navais, vidreiros, pescadores, limeiros, ferreiros e serradores.<br />
Consi<strong>de</strong>rada o mais importante centro <strong>de</strong> fabrico <strong>de</strong> limas do<br />
país e o maior aglomerado populacional da área, é elevada à categoria<br />
<strong>de</strong> Vila a 9 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1985. De facto, a indústria veio,<br />
<strong>de</strong> tal modo, revolucionar as condições <strong>de</strong> vida na Vieira, modificando<br />
quase por completo o género <strong>de</strong> vida tradicional, sendo,<br />
atualmente, a pesca pouco mais do que uma ativida<strong>de</strong> acessória.<br />
Trata-se <strong>de</strong> uma freguesia que, ao longo dos anos, conseguiu<br />
promover a fixação da população, não só por aí conseguir reunir<br />
as condições consi<strong>de</strong>radas indispensáveis à sua ativida<strong>de</strong>,<br />
quer ela seja no setor industrial, comercial, agrícola ou <strong>de</strong> serviços,<br />
mas também pela capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong> organização<br />
das suas gentes. .❚<br />
Fonte: Câmara Municipal da Marinha Gran<strong>de</strong><br />
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4 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, 11 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2013 VIEIRA DE LEIRIA<br />
PRAIA DA VIEIRA: ONDE O VERÃO<br />
SABE A MAR E DIVERSÃO<br />
Inserida no concelho da Marinha Gran<strong>de</strong>, a Praia da Vieira é um dos<br />
pontos turísticos <strong>de</strong> excelência do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Terra cheia <strong>de</strong> tradições<br />
e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> forte, aqui o bem receber é uma arte característica<br />
<strong>de</strong> uma gente que sempre reconheceu nos forasteiros fonte <strong>de</strong> receita.<br />
O bom tempo é sinónimo <strong>de</strong> movimento na praia, a lota ganha<br />
vida à chegada dos barcos, as mulheres elevam singularmente as vozes<br />
para apregoar o peixe, a praia e o paredão enchem-se <strong>de</strong> gente que<br />
se <strong>de</strong>licia com a maresia <strong>de</strong> cheiro inigualável ou se <strong>de</strong>sliga do mundo<br />
no extenso areal. É verão, o comércio e restauração estão <strong>de</strong> novo<br />
em agitação e a economia fervilha e revitaliza-se nestes dias quentes.<br />
PAULA LAGOA<br />
ARROZ DE MARISCO: TENTAÇÃO COM DIREITO A GALARDÃO<br />
Os restaurantes nunca foram tão populares como agora. Des<strong>de</strong> 2011<br />
que o arroz <strong>de</strong> marisco, prato típico da praia, ergue o galardão <strong>de</strong> uma<br />
das 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa e apesar da crise “vem<br />
muita gente para comer o arroz”, diz Artur Pereira, proprietário do Flor<br />
do Liz, um dos restaurantes mais antigos, junto à praia. Não se atreve<br />
a dizer que o seu é o melhor, diz apenas que o segredo <strong>de</strong>sta iguaria<br />
<strong>de</strong> comer e chorar por mais “está na mão da cozinheira e na qualida<strong>de</strong><br />
do marisco”. Para este empresário a distinção atribuída ao arroz<br />
<strong>de</strong> marisco da praia da Vieira “foi muito merecida” e o balanço que<br />
faz dos dois verões passados “é muito positivo”, mostrando-se mesmo<br />
confiante nesta nova época balnear que agora começou.<br />
Além do arroz <strong>de</strong> marisco, a gastronomia local é marcada pela excelência<br />
e qualida<strong>de</strong> do peixe e do marisco, sendo as cal<strong>de</strong>iradas, as<br />
amêijoas à bulhão pato e o xarém com conquilhas receitas <strong>de</strong> enlouquecer<br />
o paladar.<br />
MARIPARQUE É REFERÊNCIA NACIONAL<br />
É referenciado nos principais guias <strong>de</strong> lazer, é um dos mais antigos<br />
do país e é para à praia da Vieira uma mais-valia na sua oferta<br />
turística. O Mariparque é um parque aquático completo, que além das<br />
piscinas “oferece uma agenda <strong>de</strong> animação diária aos seus visitantes<br />
e hóspe<strong>de</strong>s”, explica Almeida Gomes, administrador. Agregado<br />
à ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> hotéis Cristal proporciona pacotes <strong>de</strong> estadia que permitem<br />
aos visitantes pernoitar em réplicas das antigas casas <strong>de</strong> pescadores,<br />
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, pintadas às riscas verticais, o Praia Resort <strong>de</strong> quatro<br />
estrelas, ou ainda no Vieira Praia <strong>de</strong> três estrelas.<br />
Estas casinhas típicas que conjugam tradição com tecnologia e conforto<br />
fazem parte <strong>de</strong> uma remo<strong>de</strong>lação feita em 2008 e que dotou o<br />
parque aquático <strong>de</strong> alojamento quatro estrelas. Por esta altura do ano<br />
a palavra <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m é diversão. Famílias inteiras <strong>de</strong>sfrutam dos serviços<br />
do parque e dos hotéis. A gerência assume essa aposta nas famílias<br />
que, <strong>de</strong> resto, marcam também o perfil dos veraneantes <strong>de</strong>sta<br />
praia há várias décadas. O investimento na mo<strong>de</strong>rnização <strong>de</strong>sta infra-estrutura<br />
tem sido constante. Mo<strong>de</strong>rna, actual e à altura dos melhores<br />
parques aquáticos nacionais, o mariparque é ainda uma<br />
mais-valia para a Vieira pelo facto <strong>de</strong> aqui o mar ser incerto, constituindo<br />
assim uma solução à ban<strong>de</strong>ira vermelha que não raras as vezes<br />
é hasteada no areal. ❚<br />
ARROZ DE MARISCO<br />
Dose para 4 pessoas<br />
500 gr <strong>de</strong> arroz agulha<br />
Cebola e alho picados q.b.<br />
Azeite e polpa <strong>de</strong> tomate q.b.<br />
Sal e piripiri q.b.<br />
Marisco previamente cozido<br />
(lagosta, camarão, amêijoa e<br />
patas <strong>de</strong> sapateira)<br />
Preparação<br />
Em primeiro lugar levar um tacho <strong>de</strong> barro ao lume para fazer<br />
o refogado. Colocar um fio abundante <strong>de</strong> bom azeite, cebola<br />
(<strong>de</strong> preferência nacional) e alho picados, e polpa <strong>de</strong> tomate<br />
quanto baste. Deixe apurar o refogado e em seguida<br />
junte-lhe a água que serviu para “abrir” as amêijoas (este é<br />
um <strong>de</strong>talhe importante) e acrescente água corrente. Quando<br />
a água levantar fervura, junte o arroz e <strong>de</strong>ixe que ele absorva<br />
todos os sabores. Em seguida esteja atento: logo que o arroz<br />
esteja “meio cozido” acrescente o marisco (que cozeu previamente<br />
em água temperada <strong>de</strong> sal e piripiri), mexa para envolver,<br />
e <strong>de</strong>ixe cozer mais um pouco. Não esqueça que o tacho<br />
CM MARINHA GRANDE<br />
<strong>de</strong> barro conserva o calor, por isso não <strong>de</strong>ixe cozer <strong>de</strong> mais o<br />
arroz, ele acaba <strong>de</strong> cozer na mesa. Para quem aprecie junte<br />
coentros picados no final.<br />
(Receita publicada na agenda do mês <strong>de</strong> Agosto 2011 da Câmara<br />
Municipal da Marinha Gran<strong>de</strong>, ano da candidatura às 7<br />
Maravilhas da Gastronomia)<br />
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Sabores da Vieira<br />
Produtos regionais com sabor e tradição<br />
Restaurante Solemar - “Coelho”<br />
Rua Pires <strong>de</strong> Campos, nº14,<br />
2430 Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Tel.: 244 695 852<br />
Especialida<strong>de</strong>s:<br />
. Arroz <strong>de</strong> Marisco<br />
. Açorda <strong>de</strong> marisco<br />
. Feijoada <strong>de</strong> búzios<br />
. Mariscos diversos<br />
Praia da Vieira<br />
2430-694 Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Telf.: 244 695 404 / 736<br />
Fax: 244 691 028
VIEIRA DE LEIRIA<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, 11 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2013 5<br />
ARTE XÁVEGA: UMA TRADIÇÃO<br />
QUE GANHOU NOVA ALMA<br />
ARTE XÁVEGA<br />
E CULTURA AVIEIRA<br />
No início do século XX registou-se em Portugal um fenómeno<br />
migratório que viria a marcar a história da pesca. Os invernos<br />
rigorosos na praia da Viera que não permitiam aos pescadores<br />
entrar no mar fizeram com que estes procurassem sustento<br />
noutras paragens, <strong>de</strong>slocando-se para as margens do<br />
Tejo. Os “avieiros”, como ficaram conhecidos, por serem<br />
oriundos da Vieira, dividiam-se, durante décadas, entre as vilas<br />
ribeirinhas do Tejo, no Inverno, e a Vieira, no Verão, praticando<br />
<strong>de</strong> um lado arte xávega, do outro a arte varina do sável<br />
que é hoje candidata a património imaterial da Unesco.<br />
RICARDO GRAÇA<br />
O tempo ten<strong>de</strong> a apagar as tradições mais antigas às quais se sobrepõem,<br />
regra geral, o progresso e a evolução tecnológica. O mesmo<br />
acontece com a pesca mas a persistência e até teimosia das gentes<br />
das praias não tem <strong>de</strong>ixado que a arte xávega <strong>de</strong>sapareça e se<br />
registe apenas nos livros e lembrança dos mais velhos.<br />
A arte xávega tem na Praia da Vieira um dos seus lugares mais<br />
emblemáticos. Trata-se <strong>de</strong> uma ancestral e artesanal modalida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> pesca por cerco que consiste em <strong>de</strong>ixar uma extremida<strong>de</strong><br />
da re<strong>de</strong> em terra, levando o restante para mar, a bordo <strong>de</strong><br />
um barco que a vai largando até chegar à outra extremida<strong>de</strong>. No<br />
regresso a terra as duas extremida<strong>de</strong>s encontram-se e a re<strong>de</strong><br />
é puxada trazendo consigo o peixe. Antigamente essa puxada das<br />
re<strong>de</strong>s era feita com o auxílio <strong>de</strong> juntas <strong>de</strong> bois e a força dos homens,<br />
mas actualmente auxiliam-se <strong>de</strong> meios mecânicos, nomeadamente<br />
tractores, assim como as embarcações a remos<br />
<strong>de</strong>ram lugar a barcos a motor.<br />
Embora praticada ao longo <strong>de</strong> toda a costa, esta modalida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> pesca, apresenta diferentes nuances <strong>de</strong> praia para praia. Na<br />
praia da Vieira, assim como em todo o litoral centro e também<br />
a norte são as embarcações que marcam pela diferença. Desenhadas<br />
para respon<strong>de</strong>r às exigências do mar, estas apresentam<br />
proas mais elevadas, que permitem enfrentar o impacto<br />
nas ondas e têm também uma capacida<strong>de</strong> maior <strong>de</strong> carga que<br />
as do sul, por exemplo.<br />
Muito se têm <strong>de</strong>batido os pescadores da Praia da Vieira pela<br />
manutenção <strong>de</strong>sta arte com gran<strong>de</strong> importância histórica e significativo<br />
peso cultural e turístico, mas acima <strong>de</strong> tudo porque ela<br />
ainda é o sustento <strong>de</strong> muitas famílias.<br />
O método usado faz com que nunca se saiba o que virá nas re<strong>de</strong>s,<br />
a chamada pesca cega, que tem sido penalizada por legislação<br />
europeia que não permite a comercialização <strong>de</strong> peixe <strong>de</strong>masiado<br />
pequeno ou imaturo, como o <strong>de</strong>finem.<br />
No entanto, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma luta persistente <strong>de</strong> pescadores e<br />
autarcas <strong>de</strong> todo o país, foi recentemente aprovada por unanimida<strong>de</strong>,<br />
em Assembleia da República, uma resolução que dá aos<br />
pescadores o direito <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r o primeiro pescado na lota, limitando-lhes<br />
apenas o regresso ao mar na maré seguinte.<br />
Ilídio Faustino, pescador e membro da Comissão <strong>de</strong> Acompanhamento<br />
para a Arte Xávega diz-se “muito satisfeito” com<br />
a novida<strong>de</strong>, embora refira que “ainda falta ser publicada em Diário<br />
da República para que os pescadores possam ficar totalmente<br />
<strong>de</strong>scansados”.<br />
O pescador refere a importância que a arte xávega ainda tem<br />
na praia da Vieira com forte ligação da sua população ao mar.<br />
Diz que os pescadores têm noção da importância cultural e turística<br />
<strong>de</strong>sta tradição, mas lembra que tão importante quanto<br />
isso é o facto <strong>de</strong> precisarem <strong>de</strong>la para sustentar as suas famílias.<br />
“Sabemos que a arte xávega tem muita importância para<br />
o turismo e tudo fazemos para mantê-la viva mas precisamos<br />
ter rentabilida<strong>de</strong>”, afirma.❚<br />
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"JUNTOS PELO MELHOR E MAIS BARATO"
6 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, 11 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2013 VIEIRA DE LEIRIA<br />
COLECTIVIDADES NÃO DEIXAM MORRER<br />
CULTURA LOCAL<br />
Os eventos culturais da freguesia da Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> são ten<strong>de</strong>ncialmente<br />
“protagonizados pelos vieirenses e para os vieirenses”, admite<br />
a Junta <strong>de</strong> Freguesia. Há entre os agentes culturais locais nomes<br />
que marcam a história da freguesia pela sua antiguida<strong>de</strong> como<br />
a Biblioteca <strong>de</strong> Instrução Popular ou o Rancho Folclórico Peixeiras da<br />
Vieira (na foto) , havendo no entanto outras colectivida<strong>de</strong>s e associações<br />
com responsabilida<strong>de</strong> na vida cultural da Vieira.<br />
Fundada em 1932 a Biblioteca <strong>de</strong> Instrução Popular será a mais<br />
antiga e com gran<strong>de</strong> representativida<strong>de</strong>, servindo a comunida<strong>de</strong> com<br />
o apoio <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 900 associados. Tem sido presenteada com doações<br />
<strong>de</strong> algumas bibliotecas <strong>de</strong> privados que têm contribuído para que<br />
esta tenha uma oferta literária significativa. Terá nascido para ajudar<br />
a combater o analfabetismo dos seus munícipes e actualmente <strong>de</strong>dica-se<br />
também à promoção <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s culturais e recreativas<br />
como bailes, teatro ou exposições regulares, além <strong>de</strong> assumir paralelamente<br />
o papel <strong>de</strong> escola <strong>de</strong> música para todas as ida<strong>de</strong>s.<br />
Os principais espaços culturais encontram-se no Cineteatro Actor<br />
Álvaro, na vila, e o Auditório António Campos, na praia, on<strong>de</strong> durante<br />
este Verão po<strong>de</strong>m ser vistas peças <strong>de</strong> teatro, todas as semanas,<br />
protagonizadas pelo Teatresco - Grupo <strong>de</strong> Teatro ou por outros<br />
grupos a convite do Teatresco, responsável pela dinamização <strong>de</strong>stes<br />
espaços.<br />
A activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva também tem sido uma constante, pela mão<br />
<strong>de</strong> algumas associações igualmente empenhadas. As mais representativas<br />
são o Industrial Desportivo Vieirense, o Grupo Desportivo<br />
da Praia da Vieira, o Grupo Desportivo Caça e Pesca, e o Clube Motard<br />
Motabout. E para provar que a união faz a força, este fim-<strong>de</strong>semana<br />
comemora-se o 28ºano da elevação da Vieira a vila com três<br />
dias <strong>de</strong> festa que contam com a colaboração conjunta das colectivida<strong>de</strong>s<br />
locais na organização. ❚<br />
CMMG<br />
COLECTIVIDADES<br />
● Industrial Desportivo Vieirense<br />
Rua <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Apartado 39<br />
2431-909 Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Tel: 244 695 825<br />
● Grupo Desportivo da Praia da Vieira - Praia da Vieira<br />
2430 Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - gdp@sapo.pt<br />
● Grupo Desportivo Caça e Pesca<br />
Rua do Mercado, 4<br />
2430-777 Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
● Clube Motard Motabout<br />
Rua 25 <strong>de</strong> Abril, 37<br />
2430-776 Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Tel: 244 695 596 - motabaut@sapo.pt<br />
● Grupo Desportivo Casa Águia Competição<br />
Rua 25 <strong>de</strong> Abril, 6<br />
2430-776 Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Tel: 244 697 181<br />
● Biblioteca <strong>de</strong> Instrução Popular<br />
R. Pires <strong>de</strong> Campos, 27<br />
2431-785 Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - www.bipvl.net<br />
● Biblioteca <strong>de</strong> Instrução e Recreio<br />
Lg. 1º <strong>de</strong> Maio, Praia da Vieira<br />
2430-687 Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
● Rancho Folclórico Peixeiras da Vieira<br />
R. Pires <strong>de</strong> Campos, 27<br />
2431-785 Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - raulparre@hotmail.com<br />
● Centro Recreativo e Cultural da Juventu<strong>de</strong> Casal d'Anja<br />
R. Quinta d'Areia, 4, Casal d'Anja<br />
2430-625 Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Tel: 244 695 510<br />
● Teatresco – Grupo <strong>de</strong> Teatro<br />
Rua 25 <strong>de</strong> Abril 34, 1º<br />
2430-778 Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Tel: 912 270 193 - teatresco@hotmail.com - teatresco.webs.com<br />
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Município da Marinha Gran<strong>de</strong><br />
Câmara Municipal
VIEIRA DE LEIRIA<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, 11 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2013 7<br />
FREGUESIA É CASA DE EMPRESAS<br />
DE REFERÊNCIA NA REGIÃO<br />
A Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi no passado uma freguesia com forte peso<br />
industrial para a região. A instalação da empresa <strong>de</strong> limas União Tomé<br />
Feteira em 1856, e que chegou a empregar cerca <strong>de</strong> 1200 trabalhadores<br />
e exportava para todo o mundo, marcaria para sempre a<br />
história da economia local, bem como a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> social da Vieira,<br />
já que era um convite à fixação <strong>de</strong> pessoas que ali vinham em<br />
busca <strong>de</strong> trabalho.<br />
A reputação que alcançou além-fronteiras <strong>de</strong>veu-se à elevada qualida<strong>de</strong><br />
do seu produto que, dizem as gentes da Vieira, <strong>de</strong>via-se a um<br />
segredo na têmpera do aço.<br />
Numa fase inicial todo o trabalho era artesanal e <strong>de</strong> manufactura,<br />
tendo evoluído para a implementação <strong>de</strong> maquinaria e tecnologia.<br />
No entanto, e sobretudo após o 25 <strong>de</strong> Abril, os processos tornaram-se<br />
obsoletos e a <strong>de</strong>cadência penetrava <strong>de</strong> ano para ano.<br />
Hoje, na mão <strong>de</strong> investidores austríacos, mantém-se em funcionamento<br />
e com peso na industria local, mas longe da pujança <strong>de</strong><br />
outrora.<br />
Também pela mão dos Feteira foi erguida na época a Fábrica <strong>de</strong><br />
Aços Tomé Feteira com vista a fornecer a fábrica <strong>de</strong> limas, criando<br />
assim a família um monopólio naquele sector.<br />
O encerramento da fábrica <strong>de</strong> aços <strong>de</strong>u-se em 1994, mas apenas<br />
dois anos <strong>de</strong>pois, investidores alemães apostavam na sua revitalização.<br />
Hoje Bollinghaus, a empresa <strong>de</strong>dica-se à produção <strong>de</strong><br />
aço inoxidável em barras, com uma cota <strong>de</strong> exportação <strong>de</strong> 99% da<br />
sua produção e um volume <strong>de</strong> negócios a rondar os 35 milhões <strong>de</strong><br />
euros. Estados Unidos da América, Alemanha, e Reino Unido são<br />
os principais <strong>de</strong>stinos do aço da Vieira.<br />
A Bollinghaus garante cerca <strong>de</strong> 160 postos <strong>de</strong> trabalho, parte <strong>de</strong>les<br />
<strong>de</strong>volvidos a trabalhadores da antiga fábrica e a quem Bruno Pedro,<br />
director-geral reconhece “um papel importante no novo arranque<br />
da empresa”. “A rapi<strong>de</strong>z com que começou <strong>de</strong> novo a trabalhar <strong>de</strong>veu-se<br />
muito ao conhecimento dos processos <strong>de</strong> produção que estas<br />
pessoas <strong>de</strong>tinham”.<br />
Além disso, o director da Bollinghaus reconhece que “se não fosse<br />
o legado Tomé Feteira, instalações e processos <strong>de</strong> produtivos, certamente<br />
que o investidor nunca apostaria em Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”.<br />
Empresa <strong>de</strong> limas União Tomé<br />
Feteira chegou a empregar<br />
cerca <strong>de</strong> 1200 trabalhadores e<br />
exportava para o mundo inteiro<br />
Existe na vila da Vieira um parque industrial em funcionamento<br />
mas que actualmente não chega a comportar meta<strong>de</strong> da sua capacida<strong>de</strong><br />
para instalação <strong>de</strong> empresas, sendo algumas das mais<br />
representativas lá instaladas a Moldata, a Planfuro e a Vieira Ferragens.<br />
Joaquim Vidal Tomé, presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia, admite<br />
PAULA LAGOA<br />
que aquele espaço “precisa <strong>de</strong> ser revitalizado” e até garante que<br />
“já têm surgido empresas com interesse”, no entanto, “por conta<br />
da situação económica e financeira do país, há muita retracção ao<br />
investimento, pelo que os processos levam muito tempo a concretizar-se,<br />
ficando mesmo por tempo in<strong>de</strong>terminado nas gavetas dos<br />
potênciais investidores”.<br />
António Gameiro, um dos sócios-gerentes da Moldata, empresa<br />
<strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s e serviços instalada há dois anos naquele parque, constata<br />
que algumas empresas têm vindo a fechar portas ali ao lado.<br />
Além disso não reconhece naquele espaço algo a que se possa chamar<br />
parque ou zona industrial, já que “este não oferece as condições<br />
que uma infra-estrutura mo<strong>de</strong>rna com essa <strong>de</strong>signação <strong>de</strong>veria<br />
proporcionar”. Apesar disso, não consi<strong>de</strong>ra relevante para a<br />
performance da Moldata ter mais ou menos vizinhos ou mesmo melhores<br />
condições na área envolvente.❚<br />
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28.º Aniversário<br />
das Comemorações <strong>de</strong> Vieira a Vila<br />
Programa<br />
9 <strong>de</strong> Julho<br />
10:00 Hastear da ban<strong>de</strong>ira<br />
10:15 Inauguração da Exposição<br />
do artista plástico<br />
vieirense Aquilino Ferreira<br />
no átrio do edifício da<br />
Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />
12, 13 e 14 <strong>de</strong> Julho<br />
2.º Encontro Paladares da Vieira -<br />
Festival das sopas, pratos<br />
tradicionais, rancho, marchas,<br />
música, baile e artesanato.<br />
(Mercado da Vieira)<br />
(Programa específico)<br />
Saborear, Escutar, Sentir e Viver<br />
Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
● CARNES FRESCAS NACIONAIS ● CHARCUTARIA ●<br />
● CONGELADOS DIVERSOS ● PRODUTOS DE MERCEARIA ●<br />
Para festas ● Porco e/ou perna assada no espeto<br />
Produção própria ● Charcutaria tradicional: morcelas <strong>de</strong> arroz, chouriço, torresmos,<br />
rojões, farinheira, salsichas, lombo recheado, rolo <strong>de</strong> carne...<br />
Leitão assado por encomenda<br />
Rua St António Platina 1, Talhões-Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - 2430-715 VIEIRA DE LEIRIA<br />
Tel.: 244 697 285
8 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, 11 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2013 VIEIRA DE LEIRIA<br />
JOAQUIM VIDAL TOMÉ – PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE VIEIRA DE LEIRIA<br />
“IMAGINO UMA TERRA ONDE VAI VALER<br />
A PENA VIVER, VISITAR E INVESTIR”<br />
Quais as obras mais urgentes por realizar ou concluir na freguesia<br />
da Vieira?<br />
São evi<strong>de</strong>ntes. Com carácter <strong>de</strong> urgência máxima, a conclusão da<br />
ponte das Tercenas, a protecção do areal com a construção do esporão,<br />
a conclusão da requalificação das margens do Lis, junto à<br />
sua foz a que chamamos <strong>de</strong> Estuarino. Obras estas que são da responsabilida<strong>de</strong><br />
da Administração Central, que a população justamente<br />
reivindica e que o po<strong>de</strong>r local consciente das suas limitações, não<br />
se tem poupado a esforços nem perdido oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tudo fazer<br />
para que as mesmas sejam uma realida<strong>de</strong>.<br />
Enquanto autarca mas também como munícipe o que gostaria<br />
<strong>de</strong> ver feito na freguesia?<br />
Os meus anseios são, certamente, os mesmos dos habitantes<br />
da freguesia. Norteio-me pela melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos<br />
vieirenses. A freguesia está dotada <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 90% <strong>de</strong> saneamento<br />
básico, urge atingir a meta dos 100%. A requalificação da<br />
estrada da Vieira/Praia com a inclusão <strong>de</strong> um passeio pedonal/ciclovia<br />
e a <strong>de</strong>spoluição do rio Lis são o que gostaria <strong>de</strong> ver<br />
concretizado a curto prazo na freguesia.<br />
Quais são as principais atractivida<strong>de</strong>s da Vieira?<br />
Posso começar por realçar a afectivida<strong>de</strong> e a preocupação do bem<br />
receber aqueles que nos visitam. A praia, a pesca, a lota, os mercados,<br />
o pinhal, os campos do Lis, o Arroz <strong>de</strong> Marisco - 7.ª maravilha<br />
da gastronomia, o parque aquático, a bonita marginal são algumas<br />
das razões pelas quais vale a pena visitar e viver na nossa terra.<br />
Como <strong>de</strong>fine a freguesia da Vieira?<br />
Tal como o símbolo que nos carateriza, a vieira, somos pessoas<br />
abertas e francas. Mas a Vieira é também mar, praia, campo,<br />
mata nacional, campos do lis, arte-xávega, avieiros, gente laboriosa<br />
que sempre soube lutar contra as adversida<strong>de</strong>s.<br />
O que é que lhe traz nostalgia e sauda<strong>de</strong> dos tempos antigos da<br />
Vieira?<br />
PAULA LAGOA<br />
Fomos os primeiros na indústria das limas, pólo aglutinador <strong>de</strong> emprego.<br />
Os vidros, os aços, a pesca, que foi importante para a economia<br />
local, na peculiarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma cultura que tanto hoje como<br />
no passado, é um atractivo para o turista, a silvicultura do pinhal,<br />
contribuíram para dar nome à Vieira. No <strong>de</strong>sporto conhecemos os<br />
anos <strong>de</strong> ouro dos Lobos, Nizas e Cª. O teatro amador foi, outrora,<br />
activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> plena pujança. A contar <strong>de</strong> nós, das nossas gentes,<br />
dos nossos costumes, tivemos entre outros José Loureiro Botas,<br />
António Vitorino, António Campos, A<strong>de</strong>lino Gouveia Pedrosa, Virgílio<br />
Guerra Pedrosa, que perpetuaram a imagem do nosso povo.<br />
Com o fenómeno da fuga das pessoas das cida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>rá a Vieira<br />
vir a ser uma opção na residência para quem procura viver<br />
em lugares <strong>de</strong> maior tranquilida<strong>de</strong>?<br />
"A freguesia está dotada <strong>de</strong><br />
cerca <strong>de</strong> 90% <strong>de</strong> saneamento<br />
básico, urge atingir a meta dos<br />
100%. A requalificação da<br />
estrada da Vieira/Praia com a<br />
inclusão <strong>de</strong> um passeio pedonal<br />
e ciclovia e a <strong>de</strong>spoluição do rio<br />
Lis são o que gostaria <strong>de</strong> ver<br />
concretizado a curto prazo na<br />
freguesia"<br />
Para quem persegue esse objectivo a Vieira é o lugar i<strong>de</strong>al. Registou-se<br />
na última década um acréscimo da população na nossa<br />
freguesia, contrariando a tendência que se verifica no interior<br />
do país. A freguesia e o concelho oferecem condições privilegiadas<br />
para quem quer optar por se instalar num local com<br />
boas acessibilida<strong>de</strong>s, bom clima, entre o mar e a mata e muita<br />
tranquilida<strong>de</strong>.<br />
Como imagina a Vieira daqui a 30 anos?<br />
Almejo uma terra em evolução e <strong>de</strong>senvolvimento contínuos, assim<br />
o permita a conjuntura nacional, on<strong>de</strong> vale a pena investir.<br />
Um lugar on<strong>de</strong> os nossos filhos e netos possam ficar, uma freguesia<br />
que não lhes sonegará trabalho. Imagino uma terra on<strong>de</strong><br />
vai valer a pena viver, visitar e investir.. ❚<br />
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O Grupo Planfuro é especializado na prestação <strong>de</strong> serviços à Indústria<br />
<strong>de</strong> Mol<strong>de</strong>s, tendo como principais clientes os melhores<br />
fabricantes <strong>de</strong> Mol<strong>de</strong>s em Portugal e na Alemanha.<br />
As duas empresas em conjunto oferecem aos seus clientes o<br />
melhor serviço <strong>de</strong> Galgamento, Furação, Maquinação e Rectificação.<br />
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