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Empresas da região não encontram trabalhadores - Jornal de Leiria

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Semanário Regional | Director Arnaldo Sapinho | Directores - Adjuntos Anabela Frazão e João NazárioAno XVI | Edição 1103| 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | Preço 1 Euro IVA incluído | JORLIS-Edições e Publicações, L<strong>da</strong>.Rua Coman<strong>da</strong>nte João Belo, nº 31 Apt.1098 2401-801 <strong>Leiria</strong> | Tel 244800400 | Fax 244800401 | geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt | www.jornal<strong>de</strong>leiria.ptJaime Rocha, poetae dramaturgo“O português temdificul<strong>da</strong><strong>de</strong> emaceitar a crítica”PÁGINAS 14 E 15Alcobaça“Novo” centrohistórico divi<strong>de</strong>comerciantesPÁGINA 22SegurançaCâmaras nãocumprem Leina prevençãodos incêndiosÚLTIMAMarinha Gran<strong>de</strong>Candi<strong>da</strong>tos<strong>de</strong>finem opçõespara o concelhoPÁGINA 11Desporto, UDLAntigos treinadoresentre o sucessoe o <strong>de</strong>sempregoPÁGINA 24REVISTA NESTA EDIÇÃOELISABETE CRUZ(ARQUIVOMuitos <strong>de</strong>sempregados preferem subsídio a um emprego<strong>Empresas</strong> <strong>da</strong> região não<strong>encontram</strong> <strong>trabalhadores</strong>PÁGINA 18Leirisportmanchaman<strong>da</strong>to<strong>de</strong> IsabelDamascenoPraticamente no fim do seu segundoman<strong>da</strong>to à frente <strong>da</strong> CâmaraMunicipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Isabel Damascenoteve na Leirisport, um permanentefoco <strong>de</strong> contestação àactuação do seu executivo. Envoltaem polémicas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua criação,a Leirisport mereceu críticasfrequentes dos vereadores <strong>da</strong>oposição, <strong>da</strong>s empresas concorrentesàs obras no estádio, e teve<strong>de</strong> enfrentar pareceres negativosdo Tribunal <strong>de</strong> Contas e <strong>da</strong> ProcuradoriaGeral <strong>da</strong> República,relativamente ao acordo com aUDL, SAD.PÁGINAS 6 E 7F O R U M J O R N A L D E L E I R I ARelações perigosas põem em causa gestão autárquicaPaulo Morais, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara do Porto, em entrevista à Visão, fala em promuiscui<strong>da</strong><strong>de</strong> e relações perigosasentre as Câmara Municipais, os empreiteiros e os partidos políticos. O Fórum quis saber o que pensam a estepropósito dirigentes partidários, analistas políticos, empreiteiros e autarcas <strong>da</strong> região.PÁGINAS 3 E 4


2 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |EDITORIAL| C a r t o o n |Deixa ar<strong>de</strong>rO País ar<strong>de</strong>u este ano como nunca.A última estimativa oficialaponta para uma área <strong>de</strong> 240 milhectares consumi<strong>da</strong> pelas chamas.A ca<strong>da</strong> época <strong>de</strong> incêndios segue--se uma época <strong>de</strong> acusações, relatórios,inquéritos, <strong>de</strong>missões, nomeaçõese promessas. Muitas promessas.Da próxima vez não vai ser assim.Mas é sempre. Temos em ca<strong>da</strong> ano<strong>de</strong> inventar algo que no resto domundo já está inventado há muitotempo. E também produzimoslegislação, para atacar o problema.Mas ele subsiste.O fogo chega aos centros urbanos,ar<strong>de</strong>m casas e segue-se a novelados <strong>de</strong>salojados. Fala-se <strong>de</strong> prevenção,mas ninguém percebemuito bem o que essa palavraencerra. Estamos todos prevenidosque vamos ter incêndios, masnão prevenimos mais na<strong>da</strong>.O Governo, através do Ministério<strong>da</strong> Agricultura, vem agora dizerque vão ser aplica<strong>da</strong>s multas aosmunicípios que não cumprem aLei e não proce<strong>de</strong>m à limpeza obrigatória<strong>de</strong> uma faixa <strong>de</strong> 100 metrosnos aglomerados populacionaisinseridos ou confinantes com asáreas florestais, o mesmo sendoexigível para as zonas industriais.Ou seja, temos legislação(DL156/2004, artigo 16º), mas ninguéma cumpre e isso só é lembrado<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter ardido tudo.O Governo acrescenta a essa toma<strong>da</strong><strong>de</strong> posição que, lá para o Outono,vão ser aplica<strong>da</strong>s coimas aosmunicípios prevaricadores. Desconfiamosque poucos no País sevão livrar <strong>de</strong>sta acção sancionatórianacional.Na região várias Câmaras Municipaisassumem que essa limpeza<strong>da</strong>s matas ou florestas junto aosaglomerados urbanos não foi feitae apontam o <strong>de</strong>do ao Governo.Têm as competências mas não hádinheiro, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m-se. Venham<strong>de</strong> lá as coimas que <strong>de</strong>pois logose vê e há mesmo quem fale emrecorrer aos tribunais.Na prática, o País ar<strong>de</strong> e não é porfalta <strong>de</strong> dinheiro ou por falta <strong>de</strong>atribuição <strong>de</strong> competências. É claramentepor uma generaliza<strong>da</strong>incompetência e por uma óbviainversão <strong>de</strong> priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Se há risco<strong>de</strong> incêndio e se há legislaçãoque aju<strong>da</strong> a reduzir esse risco, cumpra-sea Lei.Para concluir, se o Governo vaino Outono aplicar as coimas, <strong>de</strong>viafazê-lo olhando-se também aoespelho, para po<strong>de</strong>r confrontar-secom tudo o que não fez neste matéria.E também <strong>de</strong>veria pagar umaforte coima, possivelmente a maior<strong>de</strong> to<strong>da</strong>s. ■Na consciência do tempo que não pára, espaço <strong>de</strong> trabalho e lazerinteragem no prosseguimento <strong>da</strong> nossa caminha<strong>da</strong>. Da nossa vi<strong>da</strong>.Dividimos o tempo. Dividimos o espaço. Dividimo-nos por vezes anós mesmos, nessa necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> nossa <strong>de</strong> arrumação e dissecação.Separamos.Separamos sistemática e in<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>mente o que utilizamos, o quesentimos… Separamos caminhos. Os que percorremos.Forma <strong>de</strong> nos facilitarmos no auto-conhecimento? No conhecimentodo que nos cerca? Dos que nos cercam?Forma <strong>de</strong> permitirmos apercebermo-nos do crescimento que nos éinato e <strong>de</strong> que por vezes não temos consciência?Há sempre tempo e espaço. Tempo e espaço no trabalho e no lazer!...Em ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les, "paramos".Em ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les "trabalhamos".Em ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les "paramos" e "trabalhamos"!Quantas vezes <strong>de</strong>smesura<strong>da</strong>mente!...E, quantas vezes, sem <strong>da</strong>rmos conta <strong>da</strong> <strong>de</strong>smedi<strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ssetempo e espaço <strong>de</strong> "paragem" e <strong>de</strong> "trabalho"!... em ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les...No trabalho, "paramos", para nos consciencializarmos do que produzimosou criamos - reflectimos, avaliamos, reformulamos...No lazer, "trabalhamos", na consciencialização do sentir e do serreflectimos, avaliamos, reformulamos…Dividimos o tempo. Dividimos o espaço. Dividimo-nos porvezes a nós mesmos por eventuais necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> arrumaçãoe percepção!...E neste tempo e espaço, <strong>de</strong> trabalho e lazer, neste tempo <strong>de</strong>contínua reflexão, avaliação, reformulação, po<strong>de</strong>mos, <strong>de</strong>vemos<strong>de</strong>scobrir que, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong> nós, há uma pessoabonita e boa. "Alguém" em quem <strong>de</strong>vemos apren<strong>de</strong>r a acreditar."Alguém" que é capaz <strong>de</strong> <strong>da</strong>r, <strong>de</strong> receber, <strong>de</strong> amar. De seamar. Porque não?Afinal o tempo não pára! E, nesta forma <strong>de</strong> estarna vi<strong>da</strong>, em que "trabalho" e "paragem" se fun<strong>de</strong>m,Mais <strong>de</strong> meio milhão em obras| I m p r e s s õ e s |Tempo(s)Isabel Maia*nasce a consciência <strong>de</strong> nós……do que queremos, po<strong>de</strong>mos, conseguimos, somos … mas sem <strong>de</strong>ixar<strong>de</strong> gostar <strong>de</strong> nós mesmos. Porque assim somos e só assim po<strong>de</strong>mos"crescer"!Sorrio…Que se não canse quem me lê.Que se não canse quem lhe pareça que exacerbo a palavra "trabalho"e a imiscuo no doce e necessário lazer <strong>de</strong> que todos gostamos enecessitamos!...É que esse "trabalho" <strong>de</strong> que falo é o "trabalho" que dá, "estar", "sentir-sevivo"!E vale a pena sentirmo-nos vivos!Sentirmo-nos impulsionados, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> qualquer adversi<strong>da</strong><strong>de</strong>!Impulsionados pela "vi<strong>da</strong>".Impulsionados pela vonta<strong>de</strong> <strong>da</strong> prossecução do caminho!...Resta-me acrescentar, o quanto é bom <strong>de</strong>scobrir em que medi<strong>da</strong>esse "trabalho", nos leva à necessária aprendizagem <strong>de</strong> gostarmos<strong>de</strong> nós.Gostarmos <strong>de</strong> nós tal como vamos sendo…O que "fazemos", vem <strong>de</strong> nós!É resultado <strong>de</strong>ssa interacção tempo/espaço <strong>de</strong> "trabalho/paragem".Assim somos.Apren<strong>da</strong>mos a gostar <strong>de</strong> nós, mais do que apenas do resultadovisível e mensurável do nosso trabalho!E tudo o que "fazemos" se po<strong>de</strong> transformar numa dádiva.Dádiva para os outros, dádiva para nós próprios.Vindo <strong>de</strong> nós, <strong>da</strong>quilo que somos, em que nos empenhamose a que nos entregamos, tudo po<strong>de</strong> ser ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro, bonito e bom.Permitamo-nos, por favor!Permitamo-nos <strong>de</strong>sta forma, ser felizes!...Acreditemos!Feita <strong>de</strong> "trabalho" e <strong>de</strong> "paragens", esta é umacaminha<strong>da</strong> <strong>de</strong> crença! ■* enfermeiraMemórias | JORNAL DE LEIRIA 20 ANOS“Mais <strong>de</strong> meio milhão <strong>de</strong> contos em obras”, entre as quais se contam a novaponte sobre o Rio Lis, titula o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> em 5 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1985: “O alargamento<strong>da</strong> Ponte do Arrabal<strong>de</strong> (uma <strong>da</strong>s obras que mais <strong>de</strong>u nas vistas) veio permitirum ‘<strong>de</strong>safogo’, em termos <strong>de</strong> trânsito, para a entra<strong>da</strong> e saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Oacesso ao novo mercado, que implicitamente também está enquadrado no alargamento<strong>da</strong> Ponte do Arrabal<strong>de</strong>, veio <strong>da</strong>r uma nova dinâmica à ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e a fonte luminosa,ain<strong>da</strong> em construção naquele local, fará com que o seu aspecto ain<strong>da</strong> se tornemais belo. A colocação dos semáforos, o arranjo betuminoso <strong>de</strong> todo o centro<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, o alargamento <strong>da</strong> estra<strong>da</strong> para a Marinha Gran<strong>de</strong> no cruzamento <strong>da</strong>Praça <strong>da</strong> República, foram obras do conhecimento do ci<strong>da</strong>dão comum, que, aten<strong>de</strong>ndoà sua utili<strong>da</strong><strong>de</strong>, foram motivo <strong>de</strong> regozijo para todos. E as obras que, emboranão sendo invisíveis, passam <strong>de</strong>spercebi<strong>da</strong>s ao mais comum dos habitantes, apesar<strong>de</strong> diariamente usufruir regalias <strong>da</strong>s mesmas? Já imaginou o leitor as ‘voltas’ que a água dá, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua captação no Rio Lis até ao momentoem que, em sua casa, muito como<strong>da</strong>mente abre a torneira? <strong>Leiria</strong>, contrariamente ao que se passa em muitas outras terras, está bem servi<strong>da</strong><strong>de</strong>ste precioso líquido. ■


Forumj o r n a l d e l e i r i a1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | 3Facto <strong>da</strong> semanaRelações perigosaspõem em causa gestão autárquicaEm entrevista à revista "Visão", Paulo Morais, vicepresi<strong>de</strong>ntee vereador do Urbanismo <strong>da</strong> Câmara doPorto, acusa várias autarquias do País <strong>de</strong> ce<strong>de</strong>rem apressões <strong>de</strong> empreiteiros e partidos políticos para viabilizarprojectos urbanísticos. Segundo o autarca, "ourbanismo é, na maioria <strong>da</strong>s Câmaras, a forma maisencapota<strong>da</strong> e sub-reptícia <strong>de</strong> transferir bens públicospara a mão <strong>de</strong> privados".Paulo Morais diz que "há projectos imobiliários quesó po<strong>de</strong>m ter sido aprovados por corruptos ou atrasadosmentais" e acusa os vereadores do Urbanismo<strong>de</strong> serem os "coveiros <strong>da</strong> <strong>de</strong>mocracia" e os partidos"as casas mortuárias". Afastado <strong>da</strong>s listas <strong>da</strong> coligaçãoPSD-CDS para a Câmara do Porto, assegura tersido pressionado por membros do actual e dos anterioresgovernos e por partidos."Existe uma preocupante promiscui<strong>da</strong><strong>de</strong> entre diversasforças políticas, dirigentes partidários, famososescritórios <strong>de</strong> advogados e certos grupos empresariais",afirma o vereador, que garante que "os maiores financiadores<strong>da</strong>s campanhas e dos partidos são os promotoresimobiliários e os empreiteiros (...) para ter contraparti<strong>da</strong>s".Que comentário lhe merecem estas acusações?IIN REVISTA “VISÃO”DepoimentosRui Matospresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>Aricop-AssociaçãoRegional <strong>de</strong>Indústria <strong>de</strong>Construção e ObrasPúblicas, dodistrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>As pessoas são responsáveis pelo que dizem, mas não partilho<strong>da</strong> opinião <strong>de</strong> Paulo Morais. Hoje e sempre os valores do urbanismoestão subjacentes a gran<strong>de</strong>s valores A diferença <strong>de</strong> apreciaçãonão po<strong>de</strong> pôr em causa esses valores tão elevados. Achoestranho essas afirmações vin<strong>da</strong>s <strong>da</strong> parte <strong>de</strong> um autarca comresponsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s no urbanismo. Se houver pressão, então quehaja pessoas como ele - que diz que não ce<strong>de</strong>u -.Creio que hámais habili<strong>da</strong><strong>de</strong> e agili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma nova geração política, queserve <strong>de</strong> mediadora. Criou-se no País a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que os indivíduosque estão na construção civil têm poucos valores <strong>de</strong> culturae um muito gran<strong>de</strong> interesse. Não concordo <strong>de</strong> forma algumacom esta teoria. A economia do País cresceu à conta <strong>da</strong>construção civil. Somos os responsáveis por isso, não pelosefeitos negativos que fazem crer. As pessoas <strong>da</strong> construção civiltêm valor como as pessoas <strong>de</strong> outros sectores <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>.Como alguém já referiu, Paulo Morais <strong>de</strong>veria ter apontado factose não levantado o véu.Jorge Gonçalvespresi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> distrital do PSe presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> CM PenicheEstou há pouco tempo à frente <strong>da</strong> distrital, como tal, nãotenho um conhecimento assim tão realista sobre to<strong>da</strong>s as autarquiasque possa falar. Mas, <strong>da</strong>quilo que conheço, não sei <strong>de</strong>quaisquer pressões. O Paulo Morais lá <strong>de</strong>verá saber do que estáa falar e, numa autarquia como a do Porto, as obras são a umaescala maior. Em Peniche, não há gran<strong>de</strong>s empreiteiros e asobras são a uma escalar pequena. Vamos aguar<strong>da</strong>r pelo <strong>de</strong>senrolar<strong>da</strong>s afirmações <strong>de</strong> Paulo Morais. Seria uma irresponsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>trazer para a praça pública essas acusações sem sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.A existirem essas situações, na minha autarquia,não se passa na<strong>da</strong>.Espero que, agora, o vereador materialize em casos concretosas acusações que fez. Nas autarquias, há um gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>multiplicar o valor do imobiliário e essa facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>veria sermuito bem analisa<strong>da</strong>. Nos anos 80, quando fui vereadora naCâmara <strong>de</strong> Cascais, o pelouro do Urbanismo era partilhadopelos quatro partidos. Nenhuma <strong>de</strong>cisão saía sem o consentimentocolectivo. A solução foi muito critica<strong>da</strong>, mas a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>é que era muito mais transparente. A fragili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s críticas<strong>de</strong> Paulo Morais assenta no facto <strong>de</strong> só as ter feito <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>saber que não seria incluído nas listas às autárquicas.Helena Rosetabastonária<strong>da</strong> Or<strong>de</strong>mdos ArquitectosSe o ain<strong>da</strong> vereador e vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara Municipaldo Porto sabe algo acerca <strong>de</strong>sse assunto, já o <strong>de</strong>via ter ditohá mais tempo, quando sentiu (ou teve conhecimento sobre)as pressões a que veio fazer referência.Dizendo-o agora, as pessoas po<strong>de</strong>m, com alguma legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong>,pensar que é movido pelo <strong>de</strong>speito <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> não tersido convi<strong>da</strong>do pelo dr. Rui Rio para a sua lista. O ain<strong>da</strong> vereadore vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara Municipal do Porto <strong>de</strong>ve, mesmoassim, dizer quais os casos concretos - autarquias e empresas- que conhece, para que o Ministério Público proce<strong>da</strong> àsrespectivas averiguações até à exaustão. Nunca por nunca<strong>de</strong>via ter espalhado suspeitas generaliza<strong>da</strong>s, para mais sobreautarquias <strong>de</strong> que não conhece o funcionamento. Chega <strong>de</strong>insinuações!Isabel Damascenopresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Distritaldo PSD <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> e <strong>da</strong> Câmara<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Amado <strong>da</strong> SilvaprofessoruniversitárioDeve saber do que fala. Nunca estive nesses cargos, mas estoucerto <strong>de</strong> que algumas <strong>de</strong>cisões nos levantam algumas questõese nos fazem pensar que "algo vai mal no reino <strong>da</strong> Dinamarca".Não <strong>de</strong>vemos pensar que o urbanismo nunca transitará dopúblico para o privado, pois o urbanismo será sempre assim.A corrupção é dirigir apenas obras do público para um <strong>de</strong>terminadoprivado ou quando consi<strong>de</strong>ram que não se <strong>de</strong>vem passarobras do privado para o público. Mas a transparência tem<strong>de</strong> vir <strong>de</strong> outros lados. O PDM, por exemplo, a forma como éelaborado, aplicado e vigiado. O PDM tem <strong>de</strong> ser apresentadoclaramente à população para que esta possa reagir. No sítioon<strong>de</strong> vivo, foram sugeri<strong>da</strong>s alterações que acabaram por nãose verificar porque a população não <strong>de</strong>ixou. A população temse ser vigilante relativamente ao que se passa. Os partidos fazemo que querem. O exercício <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia <strong>de</strong> todos nós está porbaixo. A situação do País é <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos portuguesese não dos partidos.Henrique Netoempresário <strong>da</strong>Marinha Gran<strong>de</strong>Elogio a coragem do vereador e espero que o Governo e aAssembleia <strong>da</strong> República, principalmente a Assembleia <strong>da</strong>República, queiram ouvir o senhor vereador, no sentido <strong>de</strong> corrigiras causas <strong>da</strong>quilo que ele falou e que to<strong>da</strong> a gente conhecee sabe que existem. Para cumprir a sua função, a Assembleia<strong>da</strong> República <strong>de</strong>verá querer ouvir o senhor vereador e<strong>de</strong>verá tirar <strong>da</strong>í as necessárias conclusões para criar leis e regrasque evitem a corrupção generaliza<strong>da</strong> que existe em Portugal ,como aliás ain<strong>da</strong> hoje (ontem) refere uma enti<strong>da</strong><strong>de</strong> internacionalno jornal "Público".▼▼▼


4 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005Forumj o r n a l d e l e i r i aPontos <strong>de</strong> vistaHá um conjunto<strong>de</strong> medi<strong>da</strong>snecessáriaspara criar condiçõesà separaçãoclaraentre as autarquiase a construçãocivil. Devem partir doGoverno, como reduzir o peso<strong>de</strong> receitas para as autarquiasprovenientes <strong>da</strong>s contribuiçõesautárquicas, e criar uma dotaçãodo Orçamento do Estadopara as questões <strong>da</strong> salvaguar<strong>da</strong>do património e <strong>da</strong> promoção<strong>da</strong> cultura urbanística. Estasmedi<strong>da</strong>s <strong>de</strong>vem ser acompanha<strong>da</strong>spor um Plano Nacional<strong>de</strong> Arquitectura e por uma maioraproximação do Turismo ao Or<strong>de</strong>namento.Jorge Mangorrinha,vereador do urbanismo <strong>da</strong>Câmara <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> RainhaSe issoacontece é porqueos empreiteiros<strong>encontram</strong>caminhospara o fazer.No meu caso,nunca sentinenhuma pressão. O único conhecimentoque tenho <strong>de</strong> casos é<strong>da</strong>quilo que o Paulo Morais falouna entrevista. Penso que as pessoasque têm interesses no imobiliáriopo<strong>de</strong>m tentar o suborno,mas ele só se concretiza seo caminho for permeável, ou sequem está a tentar pressionarpercebe que existe abertura dooutro lado. Comigo nunca sepassou na<strong>da</strong> <strong>de</strong>sse género.Armando Neto,vereador do Urbanismo, naCâmara Municipal <strong>de</strong> OurémNão merevejo nessaspessoas. Apesar<strong>de</strong> há váriosanos ter essepelouro, nuncaninguém mecomprou nemvalorizei planos <strong>de</strong> pormenorem favor ou prejuízo <strong>de</strong> terceiros.Se isso acontece no Porto,os autarcas e técnicos <strong>de</strong>vem serseveramente punidos. Se PauloMorais conhece essas situaçõeshá vários anos, e só agora, porestar afastado <strong>da</strong>s listas para asautárquicas, é que <strong>de</strong>cidiu falarnão lhe reconheço gran<strong>de</strong> honesti<strong>da</strong><strong>de</strong>.Deveria tê-las <strong>de</strong>nunciado,no momento em que soubeo que se passava.Narciso Mota, presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> CM Pombal e responsávelpelo pelouro do UrbanismoSe o senhorvereador PauloMorais disseisso, agoraterá <strong>de</strong> provar.No meu exercício<strong>de</strong> funçãonunca fuipressionado. Não conheço o queé isso, pois nunca fui sujeito aqualquer pressão, nem nuncame senti pressionado nas <strong>de</strong>cisõesque tomei. Posso dizer quesou um homem livre. De qualquerforma, sou completamenteimune a esse tipo <strong>de</strong> acções.Não julgo os outros autarcas.Só posso dizer que neste meuprimeiro man<strong>da</strong>to nunca ninguémme abordou nesse sentido.Quem o fizesse estaria a per<strong>de</strong>ro seu tempo.Carlos Bonifácio, vereadordo Urbanismo <strong>da</strong> CM AlcobaçaNão conheçocom o <strong>de</strong>talhenecessárioas razões queinvoca PauloMorais. Noentanto, todossabemos que alegislação urbanística, em Portugal,é excessiva, dispersa e <strong>de</strong> enormecomplexi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Se a esta constataçãojuntarmos o labirinto <strong>de</strong>competências <strong>da</strong> administraçãopública, a longevi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quação<strong>de</strong> algumas legislaçõespercebe-se que é terreno fértil aocontorno <strong>da</strong>s disposições legais edos próprios processos. Por outrolado, o financiamento <strong>da</strong>s autarquiaslocais está <strong>de</strong>masiado <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntedos licenciamentos, criandoum perigoso ambiente <strong>de</strong>tentações.Pedro Biscaia,presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> AdleiAs afirmações proferi<strong>da</strong>s são muito graves eexigem <strong>de</strong> imediato um total aclaramento doseu conteúdo. Caso conheça situações <strong>de</strong> factoem que tenham sido cometi<strong>da</strong>s irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>slesivas do interesse público, o autor já as <strong>de</strong>veriater <strong>de</strong>nunciado às autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s judiciais. Aforma irresponsável como as <strong>de</strong>clarações foramfeitas, generalizando as acusações à maioria <strong>da</strong>sautarquias, é mais um contributo para a <strong>de</strong>scredibilização <strong>da</strong> classepolítica e dos agentes <strong>da</strong> administração local e nacional <strong>de</strong>smotivandoa participação cívica <strong>da</strong>s pessoas <strong>de</strong> bem que se interessampela causa pública.Fernando Carvalho, vereador do Urbanismo <strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Há relações perigosas entre as autarquias eos construtores civis. Mas não é só o vereadordo Porto que diz isso. Há uma série <strong>de</strong> pessoasenvolvi<strong>da</strong>s em processos judiciais <strong>de</strong>vido a essesmotivos. O Expresso, há dias, trouxe uma listacom mais <strong>de</strong> 30 casos. Como ci<strong>da</strong>dão, não meinteressa se Paulo Morais só agora escolheufalar, mas sim, se o que ele disse é ver<strong>da</strong><strong>de</strong> oumentira. Nas autarquias há muita coisa que roça o escân<strong>da</strong>lo. Porexemplo, os autarcas, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> eleitos, <strong>de</strong>veriam enviar ao TribunalConstitucional uma lista dos seus bens, caso não o façam,o tribunal, passados 30 dias, <strong>de</strong>veria adverti-los e se mesmo assimnão houvesse resposta, os autarcas seriam exonerados. No distrito,só o presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s o fez.Vitorino Vieira Pereira, coor<strong>de</strong>nador do Bloco <strong>de</strong> Esquer<strong>da</strong>Numa autarquia convergem dois interessesabsolutamente contraditórios. O primeiro, respeitanteao que o autarca tem que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r, ouseja, o interesse colectivo. Por outro lado, existemos tradicionais conservadores que sempreestão ao serviço dos interesses instalados, quenaturalmente se movem no sentido <strong>de</strong> obter<strong>de</strong>cisões que lhes sejam favoráveis. Já fiz doisman<strong>da</strong>tos como <strong>de</strong>putado municipal e nunca tive que prestar qualquerjuramento. Por exemplo, os médicos têm que prestar juramento,se alguém for a tribunal tem que fazer o mesmo. Ora, osautarcas, nas suas funções, não o fazem. Seria bom que isso acontece,<strong>de</strong> forma a responsabilizar mais quem é eleito.Manuel Cruz, dirigente distrital do PCPNão se po<strong>de</strong> generalizar <strong>de</strong>ssa forma, pelomenos <strong>da</strong>quilo que conheço na região. Aquiloque o vereador disse são coisas que seouvem falar. É raro aparecer quem assumaessas acusações. Ouve-se falar nos bastidores,mas não é normal que apareça alguéma <strong>da</strong>r a cara. É <strong>de</strong> aproveitar e investigar asacusações <strong>de</strong>sse senhor.Joaquim Sismeiro, vice-presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> Assembleia Geral <strong>da</strong> Aricop


| JORNAL DE LEIRIA | PUBLICIDADE |1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | 5CICLO DE DEBATESAUTÁRQUICAS/2005MARINHA GRANDE5 <strong>de</strong> Setembro“+ Operário”, S. Operário Marinhense21h00ErnestoSilvaBEBarrosDuarteCDUJoão PauloPedrosaPSArtur P.<strong>de</strong> OlveiraPSDRuiSilvaCDS/PPPOMBAL8 <strong>de</strong> SetembroTeatro Cine21h00Maria LuísBritesBEAdéritoAraújoCDUSérgioLealPSNarcisoMotaPSDEliseuFerreira DiasCDS/PPLEIRIA16 <strong>de</strong> SetembroMercado <strong>de</strong> Santana21h00JoséPeixotoBEManuelCruzCDURaulCastroPSIsabelDamascenoPSDIsabelGonçalvesCDS/PPBATALHA19 <strong>de</strong> SetembroPraça Mouzinho <strong>de</strong> Albuquerque21h00JoséValentimCDUFranciscoMeirelesPSAntónioLucasPSDMiguelRepolhoCDS/PPOrganizaçãoEm parceria com:E N T R A D A L I V R E


6 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005■ Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>■Leirisport manchaman<strong>da</strong>to <strong>de</strong> Isabel DamascenoPraticamente no fim do seu segundo man<strong>da</strong>to à frente <strong>da</strong> Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Isabel Damasceno tevena Leirisport um permanente foco <strong>de</strong> contestação à actuação do seu executivo. Envolta em polémicas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> asua criação a Leirisport mereceu críticas frequentes dos vereadores <strong>da</strong> oposição, <strong>da</strong>s empresas concorrentes àsobras no estádio, do Tribunal <strong>de</strong> Contas e <strong>da</strong> Procuradoria Geral <strong>da</strong> República.ELISABETE CRUZNos últimos dias a Leirisportvoltou a estar no centro <strong>da</strong> polémica<strong>de</strong>vido ao conhecimentodo parecer <strong>da</strong> Procuradoria Geral<strong>da</strong> República sobre o acordoentre a referi<strong>da</strong> Empresa Municipale a SAD do União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,que o JORNAL DE LEIRIAnoticiou na última edição.Cria<strong>da</strong> em Abril <strong>de</strong> 2001, como intuito <strong>de</strong> autonomizar algumascompetências na área do Desporto,Lazer e Turismo até aí geri<strong>da</strong>spela Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,a Leirisport tem sido a principaldor <strong>de</strong> cabeça <strong>de</strong> Isabel Damascenoao longo do presente exercícioe o factor que mais tem abalado aimagem <strong>de</strong>ste executivo junto <strong>da</strong>opinião pública. Facto a que nãoterá sido alheio o abandono <strong>de</strong> PauloRabaça que, segundo fontes próximasdo PSD ouvi<strong>da</strong>s na alturapelo JORNAL DE LEIRIA, terá sido"pressionado" pela presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>câmara a afastar-se dos cargos queexercia para não prejudicar o partidonas eleições autárquicas quese avizinham.Pelas verbas que envolve, a facemais visível <strong>da</strong> gestão <strong>da</strong> Leirisporte aquela que tem levantadomais polémica tem sido a relaciona<strong>da</strong>com o Estádio Dr. MagalhãesPessoa, quer a sua remo<strong>de</strong>lação eampliação - na prática a construção<strong>de</strong> um estádio novo -, quer nasua gestão.REMODELAÇÃODO ESTÁDIOCom apenas um ano <strong>de</strong> existência,a administração li<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>por Paulo Rabaça enfrentou a primeiragran<strong>de</strong> contestação <strong>de</strong>vidoà adjudicação <strong>da</strong> quarta empreita<strong>da</strong><strong>da</strong> obra, a maior <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s comum preço base <strong>de</strong> concurso <strong>de</strong> 21milhões <strong>de</strong> euros, ao consórcioConstrutora do Lena/Construtorado Tâmega/Somague, que propunhaapenas o quarto melhor preço.Esta <strong>de</strong>cisão não agradou àEngil/Soares <strong>da</strong> Costa, consórcioque apresentara a melhor propostafinanceira, e levantou algumasdúvi<strong>da</strong>s junto <strong>da</strong> opinião pública.Adjudica<strong>da</strong> a obra iniciou-se anovela do seu custo que parece nãoter fim. Ca<strong>da</strong> vez que se fala dovalor final do estádio o númeroacresce uns milhões <strong>de</strong> euros. Ocusto <strong>de</strong> referência inicial <strong>da</strong> remo<strong>de</strong>laçãofoi <strong>de</strong> 19,5 milhões <strong>de</strong> euros,valor a partir do qual foi calcula<strong>da</strong>a comparticipação <strong>de</strong> 25 porcento concedi<strong>da</strong> pelo Estado. Noentanto, <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrapagem em <strong>de</strong>rrapagem(ver caixa 1), a obra quepermitiu a <strong>Leiria</strong> ter dois jogos doEuro 2004 já se cifra, segundo oTribunal <strong>de</strong> Contas e confirmadopor Isabel Damasceno, em 83,9milhões <strong>de</strong> euros, mais <strong>de</strong> quatrovezes o apontado inicialmente. OEstádio Dr. Magalhães Pessoa foimesmo, <strong>de</strong> acordo com a revista"Visão", o segundo estádio municipalmais caro, tendo sido apenasultrapassado pelo emblemático earrojado estádio <strong>de</strong> Braga. Quer asremo<strong>de</strong>lações <strong>de</strong> Coimbra e Guimarães,quer as novas construções<strong>de</strong> Aveiro e do Algarve ficarambastante abaixo do gasto com omunicipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Para fazer face a este investimento,a Câmara leiriense endividou-seem 54,5 milhões <strong>de</strong> euros,criando <strong>de</strong>sta forma um encargofinanceiro anual <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 3milhões <strong>de</strong> euros para os próximos20 anos, que segundo a presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> Câmara será pago "atravésdo orçamento municipal" e abatidocom a ven<strong>da</strong> do topo norte parao qual "existem vários interessados,mantendo-se a expectativados 35 milhões <strong>de</strong> euros" apontadoscomo o valor a realizar. Esteencargo irá, como refere o Tribunal<strong>de</strong> Contas, "reflectir-se nos orçamentos<strong>da</strong> autarquia durante aspróximas duas déca<strong>da</strong>s, e terá comoconsequência a limitação <strong>da</strong> suacapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento emáreas prioritárias <strong>de</strong> serviço público".Também a <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> conclusão<strong>da</strong> obra fez correr muita tinta ecausou preocupação, tendo o MagalhãesPessoa sido recorrentemen-BI <strong>da</strong>LEIRISPORTConstituição: 10 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong>2001Inicio activi<strong>da</strong><strong>de</strong>: 3 <strong>de</strong> Maio<strong>de</strong> 2001Nº funcionários (31/12/04)– 79A activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> empresaorganiza-se com base emsete áreas funcionais quereportam directamente aoConselho <strong>de</strong> Administração,nomea<strong>da</strong>mente:● Área Administrativa,Financeira e <strong>de</strong> RecursosHumanos● Segurança● Comunicação e Marketing● Informática● InstalaçõesTécnicas/Manutenção● Área <strong>de</strong> Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s – gestãoe operacionalização dosprogramas regulares ViverActivo e Saber Na<strong>da</strong>r e <strong>da</strong>sactivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Verão naPraia do Pedrógão● Área <strong>de</strong> Operações – gestãooperacional <strong>da</strong>s seguintesinstalações <strong>de</strong> Desporto,Lazer e Turismo· Estádio Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>· Complexo Municipal <strong>de</strong>Piscinas <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>· Piscinas Municipais <strong>da</strong>Maceira e <strong>da</strong> Caranguejeira· Parque Municipal <strong>de</strong> Campismo<strong>da</strong> Praia do Pedrógão· Pavilhões Municipais doArrabal, <strong>da</strong> Bajouca, <strong>da</strong>Caranguejeira, <strong>da</strong> Maceira e<strong>de</strong> Santa Eufémia


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE|1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | 7te referido pelos responsáveis <strong>da</strong>UEFA como uma <strong>da</strong>s obras maisatrasa<strong>da</strong>s e pairou sobre <strong>Leiria</strong> aameaça <strong>de</strong> exclusão <strong>da</strong> prova. Talnão aconteceu, no entanto, o incumprimentodo prazo <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Setembro<strong>de</strong> 2003, previsto no contratocom a UEFA, terá impedido que aLeirisport recebesse um bónus <strong>de</strong>500 mil euros previsto para os proprietáriosque tivessem as instalaçõestermina<strong>da</strong>s atempa<strong>da</strong>mente.Confronta<strong>da</strong> com este facto a administração<strong>da</strong> Empresa Municipalrefere apenas que " as verbas a quea Leirisport tinha direito no âmbitodo contrato com a Euro 2004,SA para a cedência do EstádioMunicipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foram recebi<strong>da</strong>s",escusando-se a confirmar seessas verbas incluem o bónus variávelrelativo às infra-estruturas.Se o referido bónus variável nãofoi recebido, como leva a crer quero timming em que a obra foi entregue,quer a ambigui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> resposta<strong>da</strong> Leirisport, resta saber quemse responsabilizou por tal facto.PÓS EURO 2004E CONTRATOUDL, SAD-LEIRSPORTO Euro 2004 foi um êxito. <strong>Leiria</strong>teve uma promoção internacionalímpar e viveu dias inesquecíveis<strong>de</strong> festa como dificilmenteverá repetidos. Por uns dias os problemasrelacionados com o Estádiocaíram no esquecimento. Termina<strong>da</strong>a prova e caídos na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>,todos os leirienses se <strong>de</strong>vem terinterrogado o que fazer com tamanhainfra-estrutura. Como rentabilizá-la?Como pagá-la?João Bartolomeu, presi<strong>de</strong>nte doUnião <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, percebeu que semuma equipa <strong>de</strong> futebol profissionala utilizar a infra-estrutura, estatornar-se-ia, com mais evidência,num elefante branco com poucasrazões para existir. Foi com estetrunfo que iniciou as negociaçõescom a Leirisport para a utilizaçãodo Estádio pelo clube que presi<strong>de</strong>.Após um prolongado braço <strong>de</strong> ferrocom a administração <strong>da</strong> Leirisport,que incluíram ameaças <strong>de</strong>continuar a jogar na Marinha Gran<strong>de</strong>ou passar para Torres Novas,João Bartolomeu conseguiu umbom acordo para a SAD que dirige,levando os administradores <strong>da</strong>Empresa Municipal a assinaremum contrato que, segundo o relatóriodo Tribunal <strong>de</strong> Contas e oparecer <strong>da</strong> Procuradoria Geral <strong>da</strong>República, contém ilegali<strong>da</strong><strong>de</strong>s e é<strong>de</strong>sfavorável aos interesses <strong>da</strong>empresa e consequentemente dosmunícipes (ver caixa).O referido acordo entre a Leirisporte o União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> estádirectamente ligado a outra <strong>da</strong>spolémicas que tem perseguido agestão <strong>da</strong> Empresa Municipal, quesão as suas contas. Para além <strong>da</strong>scríticas que tem merecido por partedos vereadores <strong>da</strong> oposição <strong>de</strong>vidoao atraso com que têm sidoapresenta<strong>da</strong>s, as contas têm igualmentelevantado bastantes dúvi<strong>da</strong>squanto à forma como são elabora<strong>da</strong>s.Com reservas levanta<strong>da</strong>spelo próprio Revisor Oficial <strong>de</strong> Contas<strong>da</strong> Leirisport, a oposição enten<strong>de</strong>que a Câmara tem financiadoa sua Empresa Municipal <strong>de</strong> formamenos própria <strong>de</strong>turpando <strong>de</strong>staforma a reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Um dos mecanismosapontados é a cobrança <strong>de</strong>serviços como a animação <strong>da</strong> praiado Pedrogão ou as in<strong>de</strong>mnizaçõescompensatórias por projectos <strong>de</strong>cariz social como o "Viver Activo".Uma fonte <strong>da</strong> oposição, dizque “os valores transferidos <strong>da</strong>Câmara para a Leirisport por essasrazões têm sido <strong>de</strong>sajustados e muitoacima do que seria razoável, sendoclaramente uma forma <strong>de</strong> aAutarquia financiar a sua EmpresaMunicipal". Outro exemplo <strong>da</strong>engenharia contabilística pratica<strong>da</strong>pela Leirisport po<strong>de</strong> ser observadonum documento referente aoacordo com a SAD do União <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> a que o JORNAL DE LEIRIAteve acesso, em que a EmpresaMunicipal apresenta como positivoo resultado <strong>de</strong> exploração doestádio em 2004/2005 em cerca <strong>de</strong>190,5 mil euros. No entanto, analisandoo relatório conclui-se quea sua manutenção, que custa porano 1,188 milhões <strong>de</strong> euros, não écontempla<strong>da</strong>.Estas e outras polémicas têmaquecido recorrentemente asreuniões <strong>de</strong> Câmara, tendo jápor diversas vezes levado osvereadores <strong>da</strong> oposição a pedira extinção <strong>da</strong> Empresa Municipal,nomea<strong>da</strong>mente aquando <strong>da</strong><strong>de</strong>mora na substituição dos administradoresPaulo Rabaça e CristinaGracio. ■João Nazáriocom Elisabete CruzELISABETE CRUZPareceres do Tribunal <strong>de</strong> Contas e PGRO contrato entre a Leirisport e a SAD do União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi analisado pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas queconclui o seguinte:● "reveste este a natureza <strong>de</strong> uma comparticipação financeira a uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> anónima com finslucrativos, liga<strong>da</strong> ao <strong>de</strong>sporto profissional, em violação do estipulado no DL 432/91, <strong>de</strong> 6.11;"● "em termos financeiros, este contrato consubstancia uma partilha <strong>de</strong> riscos <strong>de</strong>sequilibra<strong>da</strong>, em <strong>de</strong>sfavor<strong>da</strong> Empresa Municipal e, a favor <strong>da</strong> UDL, SAD, tratando-se <strong>de</strong> um negócio jurídico aleatório paraa Leirisport;"● "a compensação financeira prevista a favor <strong>da</strong> UDL, SAD traduz-se num encargo anual elevado paraa Leirisport;"● "finalmente, a clausula <strong>de</strong> confi<strong>de</strong>nciali<strong>da</strong><strong>de</strong> estabeleci<strong>da</strong> no contrato, mostra-se incompatível com oprincipio <strong>de</strong> transparência subjacente à elaboração e apreciação <strong>da</strong>s contas <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas,bem como com as regras nacionais e comunitárias <strong>de</strong> concorrência;"O parecer <strong>da</strong> Procuradoria Geral <strong>da</strong> República diz que "merecem-nos acolhimento as conclusõesexpendi<strong>da</strong>s no Relatório elaborado pela equipa <strong>de</strong> auditoria do Tribunal <strong>de</strong> Contas". Acrescenta que:● o contracto "implica a assunção pela Empresa Municipal <strong>de</strong> todos os riscos e impon<strong>de</strong>ráveis do negócio";● o elevado encargo anual assumido pela Leirisport não foi "acompanhado <strong>de</strong> uma avaliação completados respectivos custos", e que é um encargo "questionável do ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong> gestão, pondo em causaos princípios a que as <strong>Empresas</strong> Municipais se <strong>encontram</strong> sujeitas, nomea<strong>da</strong>mente, o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> assegurara sua viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> económica e equilíbrio financeiro";● a UDL, SAD "já tem o estatuto <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> resi<strong>de</strong>nte do Estádio, com to<strong>da</strong>s as contraparti<strong>da</strong>s inerentese nomea<strong>da</strong>mente, a disponibilização <strong>de</strong> instalações várias".DEFESA DA LEIRISPORTEm resposta à Procuradoria Geral <strong>da</strong> República, a Leirisport enviou um documento em que argumentaque o contrato entre com a SAD do União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> é enquadrável na categoria nos contratos <strong>de</strong>direito privado e não na categoria dos contratos administrativo. Trata-se assim <strong>de</strong> um acto celebradoentre dois entes privados relativo à utilização do Estádio Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, gestão, exploração epromoção <strong>de</strong> alguns direitos relacionados com o espectáculo do futebol. Defen<strong>de</strong> ain<strong>da</strong> a Leirisport,que o contrato em causa não é um contrato <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sportivo, concluindo que por essemotivo que não há qualquer contraparti<strong>da</strong> financeira pública a favor <strong>da</strong> UDL - SAD como refere aPGR. Por esta razão, entre vários outros argumentos técnico-jurídico apresentados, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mentepor não ter sido pedido à Leirisport "suportes documentais e numéricos resultantes <strong>da</strong> execução docontrato, esta Empresa Municipal fala em juízos <strong>de</strong> valor e convicções pessoais como estando na basedo parecer e requer a sua reapreciação. ■ARQUIVO/JLOs custos do Estádio <strong>de</strong> milhão em milhãoO primeiro número que a Câmara Municipalfez chegar à opinião publica quantoà remo<strong>de</strong>lação do Estádio foi <strong>de</strong> 19 milhões<strong>de</strong> euros, em 1998, valor sobre o qual oEstado calculou os 25 por cento <strong>de</strong> comparticipaçãofinanceira a atribuir à edili<strong>da</strong><strong>de</strong>leiriense. Foi igualmente baseado nestenúmero que a Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> colheuopiniões favoráveis <strong>de</strong> várias personali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>da</strong> região sobre a obra e a realizaçãodo Euro 2004 na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. To<strong>da</strong>via, com opassar do tempo o número foi engrossandoaté chegar aos actuais 83,9 milhões <strong>de</strong>euros.Até chegar a esse número, outros foramsendo avançados ao longo <strong>da</strong>s obras. Assim,já em 2001, ain<strong>da</strong> em fase <strong>de</strong> estudos geotécnicos,Paulo Rabaça admitia ao jornal"A Bola" que a verba avança<strong>da</strong> inicialmenteseria insuficiente para fazer face à obra esugeria que o Estado revisse a sua participação.Em 2002, a Câmara <strong>de</strong>liberou contrairum empréstimo <strong>de</strong> 12,6 milhões <strong>de</strong>euros <strong>da</strong>do que o valor orçamentado tinhasubido para cerca <strong>de</strong> 35 milhões <strong>de</strong> euros.Em Junho 2003, Paulo Rabaça, em <strong>de</strong>claraçõesà "Lusa" falava num <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> 7,5por cento em relação aos 35 milhões referidosem 2002. No entanto, o Diário <strong>de</strong> Noticiascitando uma auditoria realiza<strong>da</strong> poruma empresa estrangeira referia uma <strong>de</strong>rrapagem<strong>de</strong> quase 19,5 milhões <strong>de</strong> euros.Nesse mesmo ano, mas em Novembro a“Lusa” avançava com um valor <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong>51,6 milhões <strong>de</strong> euros, verba acima <strong>da</strong> qualo JORNAL DE LEIRIA tinha noticiado unsmeses antes, tendo sido <strong>de</strong>smentido pelaLeirisport.Finalmente em 2004 o Tribunal <strong>de</strong>Contas conclui que o encargo publico <strong>da</strong>obra atingirá um valor superior a 83,9milhões <strong>de</strong> euros, sendo 10,5 milhõesreferentes aos encargos financeiros inerentesao empréstimo <strong>de</strong> 54,5 milhõescontraído pela Câmara. ■


8 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |BREVES■<strong>Leiria</strong>Roulottesaté às 4 horasAs roulottes que ven<strong>de</strong>m comi<strong>da</strong>junto aos bares e discotecas<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vão passar a estar encerra<strong>da</strong>sa partir <strong>da</strong>s 4 horas, nasequência <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>liberaçãotoma<strong>da</strong> na última reunião <strong>de</strong>Câmara. Os ven<strong>de</strong>dores ambulantesterão, assim, autorizaçãopara funcionar entre as 20 e as4 horas, à excepção dos dias emque se realizem eventos <strong>de</strong>sportivos,em que po<strong>de</strong>rão abrir quatrohoras antes e encerrar duashoras <strong>de</strong>pois dos mesmos terminarem.TrânsitointerditoA Rua Cristiano Cruz, em <strong>Leiria</strong>,está interdita ao trânsito <strong>de</strong>s<strong>de</strong> odia 30, pelo período <strong>de</strong> 60 dias.Os automóveis estarão, assim,interditos <strong>de</strong> circular naquela viaenquanto <strong>de</strong>correr a empreita<strong>da</strong><strong>de</strong> requalificação ambiental <strong>da</strong>encosta do Castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, nazona <strong>de</strong> intervenção Polis.OurémEncontro<strong>de</strong> coxosMais <strong>de</strong> 500 pessoas provenientes<strong>de</strong> vários pontos do País sãoaguar<strong>da</strong><strong>da</strong>s às 9:30 horas <strong>de</strong>domingo nos parques nº 11 e 12,em frente ao Santuário <strong>de</strong> Fátima,para participar no quartoencontro nacional <strong>de</strong> coxos. Oprograma prevê uma oração doterço na Capelinha <strong>da</strong>s Apariçõesàs 10 horas e, uma hora mais tar<strong>de</strong>,a celebração <strong>de</strong> uma missa<strong>de</strong>dica<strong>da</strong> à associação. Segue-seum piquenique no local <strong>de</strong> encontro,ocasião em que, além do convívio,será utiliza<strong>da</strong> para <strong>de</strong>baterproblemas do dia-a-dia.Marinha Gran<strong>de</strong>Arribasem perigoO Instituto Nacional <strong>da</strong> Água(INAG), Laboratório Nacional <strong>de</strong>Engenharia Civil (LNEC) e Capitaniado Porto <strong>da</strong> Nazaré <strong>de</strong>slocaram-sea S. Pedro <strong>de</strong> Moel, napassa<strong>da</strong> quarta-feira, para analisaro estado <strong>da</strong> erosão <strong>da</strong>s arribas.Os técnicos reuniram-seain<strong>da</strong> com o presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara<strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong>, ÁlvaroÓrfão, que voltou a mostrar asua preocupação em relação àerosão na costa, solicitando umaintervenção célere <strong>da</strong> AdministraçãoCentral. ■Equipas <strong>de</strong> intervenção rápi<strong>da</strong> aju<strong>da</strong>m a combater o crime<strong>Leiria</strong> prima pela “ausência”<strong>de</strong> ocorrências nocturnasGonçalo Lopes, vereador do PS,foi acusado por Isabel Damasceno,presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> autarquia <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<strong>de</strong> “fazer queixinhas” à Inspecção-Geral<strong>de</strong> Administração doTerritório (IGAT), durante a últimareunião <strong>de</strong> Câmara, por ter <strong>de</strong>nunciadoa concessão <strong>de</strong> um empréstimoilegal ao clube Juventu<strong>de</strong> Desportivado Lis, com o apoio <strong>da</strong>restante vereação.A questão foi levanta<strong>da</strong> pelopróprio Gonçalo Lopes, que nãogostou que o assunto tivesse sidodiscutido durante as férias dosARQUIVO/JLAs equipas <strong>de</strong> intervenção têm procurado o diálogoA criação <strong>de</strong> equipas <strong>de</strong> intervençãorápi<strong>da</strong> na PSP <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>revelou-se uma aju<strong>da</strong> eficaz nocombate à criminali<strong>da</strong><strong>de</strong>, nomea<strong>da</strong>menteaquela que <strong>de</strong>corre emespaços <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> concentração<strong>de</strong> pessoas.A PSP constituiu estes gruposquando se realizou o Euro 2004,que actuavam infiltra<strong>da</strong>s no meio<strong>da</strong>s multidões, <strong>de</strong> modo a po<strong>de</strong>rintervir rapi<strong>da</strong>mente em caso <strong>de</strong><strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.Após o Europeu <strong>de</strong> Futebol, asequipas foram canaliza<strong>da</strong>s, especialmente,para a segurança nosestabelecimentos nocturnos. “<strong>Leiria</strong>,neste momento, prima pelaausência <strong>de</strong> ocorrências nocturnas”,afiança Diamantino Jordão,sub-inten<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> PSP <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,acrescentando que “havia pessoascom actos incívicos, que criavamalguns problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>mpública”, mas que recuaram napresença <strong>de</strong>stes agentes.Dotados <strong>de</strong> um equipamentoidêntico ao utilizado pelo corpo<strong>de</strong> intervenção, estas equipas sãousa<strong>da</strong>s, na maior parte dos dias,para “patrulha <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>”, nomea<strong>da</strong>mentenos lugares “mais críticos”.Diamantino Jordão sublinhatratar-se <strong>de</strong> um policiamento <strong>de</strong>“proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>”, cujo principal objectivoé vigiar e prevenir.“Felizmente, não temos feitouso <strong>da</strong> força. A maioria dos casostêm sido resolvidos pela via dodiálogo”, sustenta o sub-inten<strong>de</strong>nte,realçando também a intervenção<strong>da</strong>s acções <strong>de</strong> patrulhamentoe <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>investigação criminal.vereadores <strong>da</strong> oposição e após osjornalistas terem abandonado asala. “Se to<strong>da</strong> a gente estava presentea 28 <strong>de</strong> Fevereiro, era importanteestarmos cá todos para <strong>de</strong>liberarem sentido contrário, e nãosó a maioria muscula<strong>da</strong> do PSD”,contestou.Isabel Damasceno justificou oagen<strong>da</strong>mento do assunto com anecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong>r uma respostaurgente ao tribunal e acabou porconseguir que Gonçalo Lopes ficasseisolado, mais uma vez, na suatoma<strong>da</strong> <strong>de</strong> posição. “O senhorINTERVENÇÃOEM FEIRASNão é apenas à noite que asequipas <strong>de</strong> intervenção rápi<strong>da</strong>agem. Quando se realizam acções<strong>de</strong> fiscalização em mercados ouem gran<strong>de</strong>s festas é convoca<strong>da</strong> apresença <strong>de</strong>stes agentes. Em eventosextraordinários ou no Verão,quando existe uma população flutuante,por vezes, são pedidos reforçosa Lisboa ao Corpo <strong>de</strong> Intervenção.Mas são situações pontuais.Empréstimo ilegal à Juve aprovado por restante executivoVereador do PS acusado<strong>de</strong> “fazer queixinhas” à IGATUm indivíduo <strong>de</strong> 21 anos atropeloumortalmente um jovem <strong>de</strong>17 anos, na madruga<strong>da</strong> <strong>de</strong> sábado,na Gân<strong>da</strong>ra dos Olivais, em<strong>Leiria</strong>. O condutor <strong>da</strong> viaturaabandonou o local, tendo-se posteriormenteapresentado na esquadra<strong>da</strong> PSP, acompanhado pelopai. O arguido foi sujeito a testes<strong>de</strong> alcoolemia e <strong>de</strong>spistagem<strong>de</strong> psicotrópicos, não tendo sidorevelado pela PSP o resultado <strong>da</strong>sanálises.No entanto, ao que o JORNALDE LEIRIA apurou o excesso <strong>de</strong>veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> e uma taxa <strong>de</strong> álcoolacima do permitido por lei po<strong>de</strong>rãoestar na origem do <strong>de</strong>spiste,que se revelou mortal para umdos jovens atingidos, já que doaci<strong>de</strong>nte resultaram mais dois feridosligeiros, ambos <strong>de</strong> 16 anos,que foram transportados para oHospital <strong>de</strong> Santo André.O arguido foi presente a tribunalno mesmo dia, aguar<strong>da</strong>ndo oarmou-se em salvador <strong>da</strong> Pátriacontra todos os seus colegas”, acusou,pois, recordou, o que tinhaficado acor<strong>da</strong>do com a Juve eraessa verba seria <strong>de</strong>volvi<strong>da</strong> à autarquiaquando a CCDRC <strong>de</strong>sbloqueasseo montante referente auma candi<strong>da</strong>tura do clube.“O espírito era colmatar umalacuna, porque, do ponto <strong>de</strong> vistaurbanístico, havia um problema aresolver. Não enten<strong>de</strong>mos que fosseum empréstimo, mas uma antecipação<strong>de</strong> verba”, justificou a presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> autarquia, que con<strong>de</strong>nouprosseguimento do inquérito emliber<strong>da</strong><strong>de</strong>, sob a medi<strong>da</strong> <strong>de</strong> coacção<strong>de</strong> termo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> e residência.DESPISTE NA PRAIAA perseguição <strong>de</strong> agentes <strong>da</strong>Briga<strong>da</strong> <strong>de</strong> Trânsito (BT) <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>a uma viatura ligeira terminouno areal <strong>da</strong> Praia do Pedrógão,em <strong>Leiria</strong>, na madruga<strong>da</strong> <strong>de</strong>quinta-feira, dia 25. O veículo nãoparou ao sinal <strong>de</strong> um agente <strong>da</strong>“A criação <strong>de</strong>stas equipas nãoeliminou os carros patrulha e ospolícias a pé, que fazem a ron<strong>da</strong>pelas ruas. Trouxe uma estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>muito gran<strong>de</strong>”, assegura DiamantinoJordão, comprovandocom o “feedback” que tem recebidodo ci<strong>da</strong>dão comum. “A informaçãoque me tem chegado é queas coisas estão pacíficas. E estámais aliviado o ar <strong>de</strong> força musculardos “gorilas” <strong>da</strong>s discotecas”.Este foi um braço <strong>de</strong> ferro queterminou em bom entendimento.“No início os responsáveis <strong>da</strong>s discotecas<strong>de</strong>fendiam a presença dosseguranças privados tipo “gorila”.Mas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> várias reuniões fizemo-losver que ter essas pessoasera um estímulo à instigação e queo problema <strong>da</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m públicaé <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> PSP”,salientou. Foi trabalhoso chegarao entendimento com os responsáveisdos bares. Agora, a relação<strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> entre estes agentese <strong>da</strong>s pessoas que trabalhamna noite veio revelar-se proveitosapara todos. ■Elisabete Cruzo facto <strong>de</strong> Gonçalo Lopes ter <strong>de</strong>nunciadoa situação à IGAT à reveliados restantes elementos do executivo.Além <strong>da</strong>s suas críticas contaremcom o apoio expresso <strong>da</strong> maioriados elementos do PSD, ManuelaSantos, vereadora do PS, tambémfoi em <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> Isabel Damasceno,ao afirmar que, se voltasse atrás,teria voltado a votar favoravelmente.“Dois e dois não são quatroem Direito”, sublinhou. ■Condutor estaria sob efeito <strong>de</strong> álcoolJovem <strong>de</strong> 17 anos atropelado mortalmenteABBT, junto à rotun<strong>da</strong> <strong>da</strong> estra<strong>da</strong>que liga a praia ao Coimbrão,pondo-se em fuga. Os guar<strong>da</strong>sforam no seu encalce, mas acabarampor per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista os fugitivos,que se <strong>de</strong>spistaram e acabaramimobilizados no areal. AGNR só i<strong>de</strong>ntificou o condutorquando o reboque contactou oposto para recolher o veículo doareal. O condutor foi autuado,posteriormente, pelo crime <strong>de</strong><strong>de</strong>sobediência às autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s. ■


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | SEGURANÇA |1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | 9Mata nacional ar<strong>de</strong>u no sábadoChamas lavraramem Osso <strong>da</strong> BaleiaO fogo chegou, no sábado, uma vez mais às matasnacionais do distrito. O incêndio <strong>de</strong>flagrou na Matado Urso, junto à praia do Osso <strong>da</strong> Baleia, em Pombal,e envolveu 75 corporações <strong>de</strong> vários pontos do distrito.No combate às chamas estiveram 268 homens,apoiados por quatro meios aéreos.O vento forte que se fez sentir ao longo do dia dificultoua tarefa dos bombeiros, que utilizaram o contra-fogopara controlar o incêndio, impedindo assimque as chamas colocassem as populações do Carriçoe Grou em perigo.Apesar dos meios envolvidos, os civis voltaram aestar ao lado dos bombeiros no combate ao fogo, aju<strong>da</strong>ndonaquilo que podiam. O incêndio só foi <strong>da</strong>docomo circunscrito no dia seguinte.ORTIGOSA RECEBE JIPEOs Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> Ortigosa foram contempladoscom a oferta <strong>de</strong> um jipe <strong>de</strong> Comando eIntervenção Rápi<strong>da</strong>, em resultado <strong>da</strong> campanha “Dêum pouco <strong>de</strong> si a quem dá a vi<strong>da</strong> por nós”, leva<strong>da</strong> acabo pelo grupo “Os Mosqueteiros” e a Liga <strong>de</strong> BombeirosPortugueses. A iniciativa terminará no final domês <strong>de</strong> Setembro e tem como objectivo a recolha <strong>de</strong>fundos para a angariação <strong>de</strong> 18 jipes <strong>de</strong> Comando eIntervenção Rápi<strong>da</strong> <strong>de</strong>stinados a uma corporação <strong>de</strong>bombeiros por ca<strong>da</strong> distrito. Para contribuir, apenastem <strong>de</strong> fazer compras nas lojas Intermarché e Ecomarché,sendo que ca<strong>da</strong> passagem pela caixa registadoracorrespon<strong>de</strong> a dois cêntimos <strong>de</strong> contribuiçãopara os bombeiros. A campanha, até à presente <strong>da</strong>ta,já permitiu a oito corporações usufruírem <strong>de</strong> maismeios <strong>de</strong> combate aos incêndios.MACEIRA APAGA VELASOs Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> Maceira comemoramno próximo domingo o 22º aniversário. O facto seráassinalado com o hastear <strong>de</strong> ban<strong>de</strong>iras, romagem aocemitério, missa solene, bênção <strong>da</strong>s viaturas e <strong>de</strong>sfiledo corpo <strong>de</strong> bombeiros. ■ECELISABETE CRUZO vento dificultou a acção dos bombeirosA vítimas dos incênciosNarciso Motadoa dinheiro<strong>da</strong>s autárquicasO presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> Pombal vai canalizar o dinheirodistribuído pelo PSD para a campanha eleitoral para asvítimas dos incêndios, que atingiram o concelho no iníciodo mês passado. Narciso Mota reuniu ontem com o presi<strong>de</strong>ntedo PSD, Luís Marques Men<strong>de</strong>s, para acor<strong>da</strong>r os últimos<strong>de</strong>talhes.“A iniciativa vai ser alarga<strong>da</strong> a outros municípios atingidospelos incêndios”, diz o autarca, adiantando que énecessária uma autorização especial para fazer a transferência<strong>de</strong> verbas, que, no caso <strong>de</strong> Pombal, atinge os 20 mileuros.“O dinheiro vem <strong>de</strong> Lisboa, <strong>da</strong> Assembleia <strong>da</strong> República,através do partido”, explica, revelando que o auxílio,num primeiro momento, será dirigido aos habitantes <strong>da</strong>s19 casas <strong>de</strong>struí<strong>da</strong>s na totali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou parcialmente pelo fogo.A aju<strong>da</strong> será distribuí<strong>da</strong> através <strong>da</strong> Cáritas e <strong>de</strong> um empresário<strong>de</strong> Pombal que se juntou à campanha.Narciso Mota já tinha anunciado anteriormente a isençãodo pagamento <strong>de</strong> taxas municipais <strong>de</strong> reflorestação e<strong>de</strong> construção nas áreas ardi<strong>da</strong>s pelos incêndios.“GOVERNO SÓ TEM DITO MENTIRAS”A Comissão Política Concelhia do PSD <strong>de</strong> Pombal acreditaque “Pombal está a ser discriminado” pelo Governo.Em conferência <strong>de</strong> imprensa, a <strong>de</strong>puta<strong>da</strong> e presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>staComissão Política, Ofélia Moleiro, afirmou que o Executivo“só tem dito mentiras”. Críticas também não faltarampara o Governo Civil e PS local, bem como para asafirmações proferi<strong>da</strong>s pelo candi<strong>da</strong>to socialista à Câmara,Sérgio Leal, <strong>de</strong>pois dos incêndios. “Decidiu fazer campanhaeleitoral em território que <strong>de</strong>via respeitar: a tragédia<strong>da</strong>s pessoas”, disse Ofélia Moleiro. ■JSD


10 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |BREVES■PenicheBarcossem licençaO único barco autorizado a transportarpassageiros entre Penichee as Berlengas está avariado háuma semana, mas os turistas continuama passar férias na ilha,<strong>de</strong>slocando-se em embarcaçõesturísticas, que não estão autoriza<strong>da</strong>sa prestar aquele serviço. Ocoman<strong>da</strong>nte do porto <strong>de</strong> Peniche,Damásio Afonso, adiantou,contudo, à Agência Lusa que afiscalização a estas embarcações,que têm uma lotação até 20 pessoas,“é feita com frequênciadurante o período do Verão”.AlcobaçaAlcoa semáguaA nascente do rio Alcoa, em Chique<strong>da</strong>,freguesia <strong>de</strong> Prazeres <strong>de</strong>Aljubarrota, Alcobaça, continuaseca. Carlos Bonifácio, vice-presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> Alcobaça,refere que existe água em profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>,mas não é suficientepara chegar à superfície. Parafazer face a esta situação, os SMASabriram um novo furo no rioAlcoa.NazaréJovemsobreviventeUm jovem <strong>de</strong> 23 anos, do concelho<strong>de</strong> Alcobaça, caiu, no sábadopassado, do miradouro doSítio, junto à Ermi<strong>da</strong> <strong>da</strong> Memória.A vítima sobreviveu a umaque<strong>da</strong> <strong>de</strong> 50 metros, sofrendoapenas algumas escoriações, poiso seu corpo foi amortecido porcaniços. Segundo alguns bombeirosque se encontravam nolocal, o jovem estava conscientequando foi assistido. “Ele disseque escorregou e caiu pela falésia”.Uma familiar garante, contudo,que já não é a primeira vez quetenta o suicídio. ■Câmara <strong>de</strong>senvolve plano <strong>de</strong> sensibilização com APASÓbidos inauguragabinete florestalDINA ALEIXOTelmo Faria apostado na protecção <strong>da</strong> florestaMais autonomia para as autarquiase uma maior participação doExército e <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil (nomea<strong>da</strong>mentejovens e reformados) naprotecção <strong>da</strong>s florestas e <strong>de</strong>tecção<strong>de</strong> incêndios foram algumas <strong>da</strong>smedi<strong>da</strong>s <strong>de</strong>fendi<strong>da</strong>s pelo presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> Óbidos, Telmo Faria,que quarta-feira passa<strong>da</strong> inaugurouo Gabinete Técnico Florestal(GTF) <strong>da</strong> vila, se<strong>de</strong>ado nas antigasinstalações <strong>da</strong> estação <strong>da</strong> CP.Constituído em Janeiro <strong>de</strong>steano, o GTF passou, assim, a contarcom um espaço próprio e comum funcionário para atendimentopermanente ao público, nas instalaçõesque reparte com o núcleo<strong>da</strong> APAS Floresta (Associação <strong>de</strong>Produtores Florestais), uma associação<strong>de</strong> produtores florestais vocaciona<strong>da</strong>para a <strong>de</strong>fesa e promoçãodos interesses dos produtores e proprietáriosflorestais <strong>da</strong> região Oeste.O GTF centraliza to<strong>da</strong> a informaçãorelativa à floresta <strong>da</strong> regiãoe efectua a articulação entre asdiversas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas, e temcomo objectivo elaborar e actualizaro plano <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> florestacontra incêndios, participar nastarefas <strong>de</strong> planeamento e or<strong>de</strong>namentodos espaços rurais e florestaisdo município e acompanhar eapoiar nas questões liga<strong>da</strong>s à protecçãocivil.Com cerca <strong>de</strong> seis mil hectares<strong>de</strong> floresta (38 por cento do território),sendo gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> “altorisco”, o concelho <strong>de</strong> Óbidos foiParque <strong>de</strong> estacionamento transformado em sala <strong>de</strong> cinemaDrive in em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha“Anacon<strong>da</strong>s 2” foi o primeirofilme exibido na mais recente“sala” <strong>de</strong> cinema <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s<strong>da</strong> Rainha, um drive in para 300carros, que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> terça-feira eaté ao final <strong>de</strong> Setembro, vai permitirao público ver filmes <strong>de</strong>ntro<strong>da</strong>s suas viaturas.O primeiro cinema ao ar livre<strong>da</strong> região partiu <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>Martinho Luís, comerciante queaté ao ano passado explorou oCine-Teatro <strong>da</strong> Nazaré, que propôsà Câmara <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainhaa cedência <strong>de</strong> um parque <strong>de</strong>estacionamento na Rua 31 <strong>de</strong>Janeiro (junto aos Bombeiros),que passa a fechar ao estacionamentopúblico às 20:30 horas,para que diariamente, às 21:45horas, seja exibido um filme.Os filmes são projectados numatela <strong>de</strong> 20 metros <strong>de</strong> largura poroito <strong>de</strong> altura e o som emitidonuma frequência radiofónicadivulga<strong>da</strong> no próprio dia, estaúltima responsável por um problematécnico que levou a adiarpara terça-feira a estreia inicialmenteprevista para dia 26.O espaço representa um investimento<strong>de</strong> 12.500 euros e teráà disposição um bar com refrigerantese pipocas, que po<strong>de</strong>mser adquiridos aos sete funcionáriosque circulam pelo recintoou pelo telemóvel 967 323166, sendo os bilhetes (<strong>de</strong>z eurospor viatura) cobrados <strong>de</strong>ntrotambém o escolhido para a instalação<strong>da</strong> primeira <strong>de</strong>legação <strong>da</strong>APAS (com se<strong>de</strong> no Ca<strong>da</strong>val), quepreten<strong>de</strong> dinamizar a informaçãoe fomentar o associativismo, porforma a “<strong>da</strong>r uma resposta maisrápi<strong>da</strong> e eficaz”, em termos do apoioaos proprietários, explicou o secretário-geral,Ricardo Machado.Para além <strong>de</strong> manter três equipas<strong>de</strong> vigilância em permanêncianos vários concelho <strong>da</strong>região e <strong>de</strong> disponibilizar máquinas<strong>de</strong> limpeza <strong>de</strong> florestas, aAPAS dispõe ain<strong>da</strong> <strong>de</strong> um vastoconjunto <strong>de</strong> serviços que vãodo apoio técnico à elaboração<strong>de</strong> projectos florestais (incluindocandi<strong>da</strong>turas para reflorestação<strong>de</strong> áreas ardi<strong>da</strong>s); levantamentoscartográficos; avaliação<strong>de</strong> material lenhoso; e sensibilização.Ao abrigo do protocolo com aautarquia <strong>de</strong> Óbidos, a APAS irátambém colaborar no <strong>de</strong>senvolvimentodo plano <strong>de</strong> sensibilizaçãoflorestal, em fase <strong>de</strong> execução noconcelho on<strong>de</strong>, nas últimas semanas,dois focos <strong>de</strong> incêndio foramresponsáveis pela <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> <strong>de</strong>zhectares <strong>de</strong> floresta. ■Dina Aleixodo recinto aos ocupantes dosveículos.A expectativa <strong>de</strong> MartinhoLuís aponta para uma a<strong>de</strong>são <strong>de</strong>“cerca <strong>de</strong> 200 viaturas por noite”.Se a experiência correr bem“po<strong>de</strong>rá ser alarga<strong>da</strong> no próximoano, quer em termos <strong>de</strong> tempoquer em termos <strong>de</strong> outras locali<strong>da</strong><strong>de</strong>spara on<strong>de</strong> nos po<strong>de</strong>remosexpandir”. ■DADR. LICÍNIO MOREIRA DA SILVA31.07.1936 - 11.08.2005Porto <strong>de</strong> MósNa impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer pessoalmente a todos os amigos,organismos e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s que estiveram presentes na alturado seu falecimento, sua mulher, sogra, filhos e netas agra<strong>de</strong>cemprofun<strong>da</strong>mente sensibilizados a gran<strong>de</strong> prova <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong><strong>de</strong>monstra<strong>da</strong>.A família agra<strong>de</strong>ce, ain<strong>da</strong>, reconheci<strong>da</strong>, a to<strong>da</strong>s as pessoas queparticiparam na missa do 7º dia, celebra<strong>da</strong> em sua memória.MIGUEL OLIVEIRAMENDES ALVESOs pais e a família do Miguel agra<strong>de</strong>cema todos quantos estiveram com eles nestahora <strong>de</strong> dor.


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | POLÍTICA |1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | 11AUTARQUICAS 2005 AUTÁRQUICAS 2005Urbanismo polémico na MarinhaO urbanismo parece constituir um dos principais problemas para qualquer partido que ganhe aCâmara <strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong>, embora o processo <strong>de</strong> revisão do PDM, quando concluído, possaaju<strong>da</strong>r a disciplinar o sector. Urge, também, concluir a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saneamento básico em todo oconcelho.TRÊSPERGUNTASA...Quais as três principais propostaspara a Marinha Gran<strong>de</strong>?O que propõe para melhorarurbanisticamente o concelho<strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong>?O que é necessário fazer para concretizaro alargamento <strong>da</strong> zona industrial?CDS|PPRui Silva,49 anosA conclusão <strong>da</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saneamento básico em todo o Concelhoe a ligação à re<strong>de</strong> geral. Criar mais e melhor emprego:apostando na dinamização e diversificação <strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>industrial, na promoção e <strong>de</strong>senvolvimento turístico,na captação e implementação <strong>de</strong> serviços. E com estes trêsvectores impulsionar a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> comercial sem esquecera educação e formação. Reforma dos Serviços Camarários:aproximar a Câmara aos munícipes, introduzir o conceito<strong>de</strong> cliente/fornecedor e neste sentido propomos a certificaçãodos serviços camarários.Não licenciamento <strong>de</strong> obras em zonas sem infra-estruturasprincipalmente <strong>de</strong> água, saneamento e electrici<strong>da</strong><strong>de</strong>. Nãolicenciamento <strong>de</strong> novas urbanizações sem que tenham sidoacautela<strong>da</strong>s as necessárias acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Não licenciamento<strong>de</strong> blocos habitacionais sem os meios necessários <strong>de</strong>segurança, tais como: a ausência <strong>de</strong> esca<strong>da</strong>s exteriores <strong>de</strong>incêndio, ausência <strong>de</strong> re<strong>de</strong> interna <strong>de</strong> segurança, nomea<strong>da</strong>mente<strong>de</strong>tectores <strong>de</strong> incêndio e <strong>de</strong> fugas <strong>de</strong> gaz. Inspecçãoperiódica obrigatória a edifícios e fogos. Todos os edifícios efogos com mais <strong>de</strong> 12 anos <strong>de</strong>verão ser sujeitos a inspecçõesperiódicas à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> gaz e <strong>de</strong> electrici<strong>da</strong><strong>de</strong>.O alargamento <strong>da</strong> zona industrial do Casal <strong>da</strong> Lebre pareceestar consumado com a aprovação em 7 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2005,altura em que a Câmara aprovou a permuta <strong>de</strong> terrenos coma Direcção Geral do Património, o que vai permitir o alargamento<strong>da</strong> zona industrial em 54 hectares, dos quais 40estão <strong>de</strong>stinados à Barbosa e Almei<strong>da</strong> e Ricardo Gallo e osrestantes 14 a serem loteados. Vejamos se o acordo nãoserá ruinoso para a Câmara já que para além <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa naaquisição do terreno que permutou com a DGP, tem queentregar aos Estado 42,8% do custo <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> por m2, cabendoain<strong>da</strong> à autarquia as <strong>de</strong>spesas <strong>da</strong>s infra-estruturas a construir.PSDArtur Pereira<strong>de</strong> Oliveira,71 anosAvaliar com rigor a actual situação financeira <strong>da</strong> Câmara,que é bastante grave, causa<strong>da</strong> por <strong>de</strong>spesismo e falta<strong>de</strong> rigor financeiros na administração e nas obras que executou.Aprovar com todos os eleitos partidários um programasem eleitoralismo, possível <strong>de</strong> executar segundo asdisponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s financeiras então existentes. Concluir asinfra-estruturas <strong>de</strong> água, saneamento e re<strong>de</strong> viária em faltano concelho, <strong>da</strong>ndo aos que ain<strong>da</strong> na<strong>da</strong> têm o que osoutros já têm.O concelho <strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong> não tem qualquer plano <strong>de</strong>pormenor urbanístico aprovado. O que tem sido feito, é <strong>da</strong>iniciativa <strong>de</strong> interesses financeiros imobiliários e <strong>de</strong> privados,a quem os executivos têm <strong>da</strong>do a maior cobertura, emprejuízo <strong>de</strong> uma boa política <strong>de</strong> urbanismo e paisagismo.Neste sector tudo está por fazer. Qualquer plano <strong>de</strong> urbanismoe paisagístico está ca<strong>da</strong> vez mais comprometido coma política que tem sido feita. É urgente travar a irresponsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>urbanística existente e assumir a realização <strong>de</strong> umprojecto urbanístico global para todo o concelho.O nosso concelho tem uma forte apetência para o <strong>de</strong>senvolvimentoindustrial, mas <strong>da</strong><strong>da</strong> a sua dimensão territorial nãotem sido possível atempa<strong>da</strong>mente criar zonas industrias <strong>de</strong>modo a evitar a proliferação <strong>de</strong> indústrias no meio <strong>de</strong> zonashabitacionais. A Marinha Gran<strong>de</strong> tem um gran<strong>de</strong> problema:é que a maioria <strong>da</strong> sua área territorial é ocupa<strong>da</strong> comas Matas Nacionais. O Ministério <strong>da</strong> Agricultura vai ter <strong>de</strong>encarar a gran<strong>de</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> permitir nofuturo maiores cedências <strong>de</strong> terreno para resolver o problema<strong>da</strong> expansão industrial no concelho <strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong>.PSJoão PauloPedrosa,39 anosNo Desenvolvimento Económico, o lançamento <strong>da</strong> campanha«Marinha Gran<strong>de</strong> Capital <strong>da</strong> Inovação», que valorizaráas características do concelho como <strong>de</strong>stinatárioi<strong>de</strong>al <strong>de</strong> investimentos <strong>de</strong> alto valor acrescentado. Na área<strong>da</strong> Educação preten<strong>de</strong>mos generalizar o ensino do inglês,<strong>da</strong> educação musical e <strong>da</strong>s tecnologias <strong>de</strong> informação ecomunicação a to<strong>da</strong>s as crianças do 1º ciclo do ensino básico.Na área Social e <strong>de</strong> Apoio à Terceira I<strong>da</strong><strong>de</strong>, elejo a criaçãoem todos os lugares do concelho <strong>de</strong> um "Espaço Sénior",centro <strong>de</strong> convívio para os idosos.O PDM <strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong>, her<strong>da</strong>do <strong>da</strong> gestão <strong>da</strong> CDU,não é um bom plano para uma eficaz e mo<strong>de</strong>rna gestãourbanística. A sua revisão, processo que já iniciámos, é fun<strong>da</strong>mentalpara melhorar urbanisticamente o concelho.Enquanto vereador, restringi totalmente as construçõesperpendiculares aos arruamentos, diminuímos os prazos<strong>de</strong> apreciação dos projectos e não <strong>de</strong>ixámos construirempreendimentos urbanísticos que não estivessem suportadospor infra-estruturas básicas como sejam o saneamento,água, luz e a re<strong>de</strong> viária.Temos, neste momento, quatro processos <strong>de</strong> áreas industriais.O primeiro tem a ver com o alargamento <strong>da</strong> zonaindustrial do Casal <strong>da</strong> Lebre, que está concluído e a aguar<strong>da</strong>rapenas parecer final <strong>da</strong> Reserva Ecológica Nacional; osegundo é o Plano <strong>de</strong> Pormenor <strong>da</strong> Marinha Pequena cujotraçado está também concluído; o alargamento <strong>da</strong> área industrial<strong>de</strong> Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, cujo <strong>de</strong>senho urbano foi concluídoe agora vamos iniciar as negociações dos terrenos e, por fim,a ARAE <strong>da</strong> Garcia, zona industrial para pequenas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> transformação e oficinas.CDUJoão BarrosDuarte, 71 anosAlargar e infra-estruturar as zonas industriais do concelho.Por em marcha, no que for possível, as variantes e asvias estruturantes que vão <strong>da</strong>r flui<strong>de</strong>z ao trânsito internoe proporcionar <strong>de</strong>senvolvimento económico. Introduzir noPlano <strong>de</strong> Reabilitação e Salvaguar<strong>da</strong> do Centro Históricoas alterações que após aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong> discussão pública seconcluírem por convenientes e necessárias e executá-lo.Or<strong>de</strong>nar, disciplinar e pôr cobro ao arbítrio no urbanismo,passando a ser respeitado sem excepções o PDM e <strong>de</strong>maislegislação. Acabar com a ilegali<strong>da</strong><strong>de</strong> que amiú<strong>de</strong> a vereaçãodo PS pratica, quase sistematicamente, quando osrequerentes são empreiteiros ou agentes imobiliários. Elaborarplanos <strong>de</strong> urbanização para a Marinha Gran<strong>de</strong>, Vieira<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Moita e S. Pedro <strong>de</strong> Moel a completar e regulamentaro <strong>de</strong>finido no PDM e cumpri-los com o rigor quea honesti<strong>da</strong><strong>de</strong> impõe. A CDU quando <strong>de</strong>ixou a Câmara, há12 anos, já tinha adjudica<strong>da</strong> a elaboração <strong>de</strong>stes documentos,adjudicação que o PS anulou para passar a actuararbitrariamente.Ter capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e vonta<strong>de</strong> política para o fazer, em vez <strong>de</strong>terem <strong>da</strong>do priori<strong>da</strong><strong>de</strong> a outras <strong>de</strong>spesas em iniciativas, nomínimo <strong>de</strong> duvidosa utili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Elaborar o projecto <strong>de</strong> alargamento.Concretizar a negociação dos terrenos necessáriospara o efeito. Reunir fundos para pagar os custos <strong>da</strong> execução<strong>da</strong> obra. Pô-la a concurso e executá-la.BEErnesto Silva, 59anosAlteração orgânica <strong>da</strong> Câmara. Não é possível acompanhara evolução <strong>da</strong>s empresas, sem alterações profun<strong>da</strong>s.Promoção e <strong>de</strong>senvolvimento económico dos pólos industriais.Alteração radical <strong>da</strong> partidirazação <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> nossa ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<strong>da</strong>ndo mais voz aos eleitores, quer <strong>de</strong>ntro, quer fora <strong>da</strong>Câmara.Afastar todos aqueles que nesta área, gravitam à volta dosautarcas, sem terem sido eleitos. As suspeitas, são hojeuma reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Criação <strong>de</strong> um gabinete digno <strong>de</strong>sse nome,que regule to<strong>da</strong> a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> e exerci<strong>da</strong> por técnicos altamentequalificados, afastando os autarcas <strong>de</strong>ssa tarefa. AMarinha terá que ser repensa<strong>da</strong> urbanisticamente falando.Um concelho com esta área já <strong>de</strong>veria ter entendidoeste factor. Os censos recolhidos há vários anos, não servirampara na<strong>da</strong>. Criação <strong>de</strong> um BI, para que quem compre,saiba o que está a comprar. Agilizar o processo <strong>de</strong>requalificação do parque <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>do e <strong>de</strong>voluto, para promovero arren<strong>da</strong>mento <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.Os polos industriais existem. Não vamos inventar na<strong>da</strong>.Vamos exigir ao Governo central, dono <strong>de</strong> muitos terrenos<strong>da</strong> zona envolvente do Casal <strong>da</strong> Lebre, que os liberte à autarquiaa custo zero. Só assim se po<strong>de</strong>rão prosseguir os objectivosdo Governo nesta área. Aos já existentes, tentaremoscriar mais um, no eixo <strong>da</strong> A8 no sentido <strong>da</strong> Figueira <strong>da</strong> Foz,<strong>de</strong> forma a envolver os dois concelhos Marinha e <strong>Leiria</strong>, parauma poupança dos gastos, do ambiente, <strong>da</strong>s etar´s. O conjunto<strong>de</strong> vonta<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ve soprebor-se aos interesses individuais.


12 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | SOCIEDADE | POLÍTICA | JORNAL DE LEIRIA |AUTÁRQUICAS 2005 AUTARQUICAS 2005BREVES■<strong>Leiria</strong>PSD querconhecersituações<strong>de</strong> calami<strong>da</strong><strong>de</strong>O PSD <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, em comunicadosobre os incêndios que assolaramo País e o concelho, exigeo levantamento completo <strong>da</strong>ssituações <strong>de</strong> calami<strong>da</strong><strong>de</strong>, a formulaçãoimediata <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong>apoio às famílias afecta<strong>da</strong>s e <strong>de</strong>salvaguar<strong>da</strong> <strong>de</strong> interesses patrimoniaise naturais relevantes. AConcelhia laranja exige ain<strong>da</strong>do Governo e <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong><strong>de</strong>scompetentes que sejam toma<strong>da</strong>smedi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> fundo que previnameste flagelo nacional. O PSDlamenta ain<strong>da</strong> que “os mais altos”responsáveis políticos “tenhamacor<strong>da</strong>do <strong>de</strong>masiado tar<strong>de</strong> paraos incêndios”.PombalJerónimo<strong>de</strong> Sousa ouvebombeirosO secretáriogeraldo PartidoComunistaPortuguês(PCP), Jerónimo<strong>de</strong> Sousa,e, até agora,único candi<strong>da</strong>tooficial às eleiçõespresi<strong>de</strong>nciais <strong>de</strong> Janeiro,esteve na passa<strong>da</strong> sexta-feira emPombal, para se inteirar <strong>da</strong>s consequênciasdos incêndios queafectaram o concelho. Recebidono quartel dos Bombeiros,elogiou o papel dos Voluntáriosno combate ao fogo e inteirouse<strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s sofri<strong>da</strong>s pelacorporação durante este Verão.O secretário-geral do PCP dissenão perceber como é possívelPortugal não ter meios aéreospróprios <strong>de</strong> combate a incêndiose lembrou os pilotos e aviões <strong>da</strong>Força Aérea, parados nas bases.De segui<strong>da</strong>, acompanhado porAdérito Araújo, candi<strong>da</strong>to <strong>da</strong>CDU à autarquia, foi recebidopelo presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara. NarcisoMota, também a respeitodos incêndios, foi muito críticoem relação ao Governo e emespecial com o ministro <strong>da</strong> AdministraçãoInterna, António Costa,por este ter “censurado” osautarcas que pediram auxílioatravés dos meios <strong>de</strong> comunicaçãosocial. Jerónimo <strong>de</strong> Sousadisse compreen<strong>de</strong>r a mágoa <strong>de</strong>Narciso Mota e reforçou a i<strong>de</strong>ia<strong>de</strong> que o Governo não se <strong>de</strong>veriaescusar a auxiliar as vítimasdos incêndios, empurrando esse“ónus” para as seguradoras.■Com a "participação activa" <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civilRaul Castro lançaplano estratégico para <strong>Leiria</strong>A elaboração <strong>de</strong> um Plano Estratégico(PE) para <strong>Leiria</strong> constitui agran<strong>de</strong> aposta <strong>de</strong> Raul Castro parao concelho nos próximos 15 anos,caso conquiste a Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.O candi<strong>da</strong>to socialista, que tornoupública esta iniciativa na segun<strong>da</strong>-feirapassa<strong>da</strong>, quer traçar o rumoe os objectivos para o concelho atéo ano 2020.Transformar <strong>Leiria</strong> na "metrópoledo comércio <strong>da</strong> zona centro",com a instalação <strong>de</strong> uma médiasuperfície, com marcas <strong>de</strong> referênciae capaz <strong>de</strong> atrair visitantesà ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, a implantar na actualRodoviária do Tejo, é uma <strong>da</strong>s vertentesestratégicas do pelouro doDesenvolvimento Económico."O PE será um documento fun<strong>da</strong>mentalpara o concelho e, nalgunsaspectos, terá que ser coinci<strong>de</strong>ntecom a estratégia do distrito",refere António Ferreira, responsávelpelo referido pelouro, enquantomembro do executivo-sombra<strong>de</strong> Raul Castro.Denominado <strong>Leiria</strong> 2020, o PEserá um documento que irá <strong>de</strong>finiras "linhas <strong>de</strong> rumo, quer parao executivo camarário quer paraos futuros", além <strong>da</strong>s acções, projectose i<strong>de</strong>ias para o concelho, comDAMIÃO LEONELa "participação activa" <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>civil. O PE estará para o <strong>de</strong>senvolvimentolocal, tal como o PDMpara utilização dos terrenos.Raul Castro quer que as i<strong>de</strong>ias<strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil sejam postas aoserviço <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. E que amesma discuta os gran<strong>de</strong>s projectos<strong>de</strong> investimentos do concelho,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que apoiados em estudos eanteprojectos. Daí o convite às forçasvivas do concelho para participarem<strong>de</strong> forma activa na elaboraçãodo PE. "Quando todosCDU apresenta candi<strong>da</strong>to à Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>A requalificação do centro históricoe <strong>da</strong> zona urbana <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>é a primeira priori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> candi<strong>da</strong>tura<strong>de</strong> Manuel <strong>da</strong> Cruz paraa Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Engenheiro,57 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> e natural <strong>de</strong>Coimbra, o cabeça <strong>de</strong> lista <strong>da</strong>CDU vive há 12 anos em <strong>Leiria</strong>,tendo sido presi<strong>de</strong>nte do Sindicatodos Metalúrgicos durante12 anos, na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> militantedo PCP. Segun<strong>da</strong>-feira passa<strong>da</strong>,na apresentação <strong>da</strong> suacandi<strong>da</strong>tura, <strong>de</strong>nunciou as “promessasnão cumpri<strong>da</strong>s” <strong>da</strong> actualmaioria, resultando num “atraso<strong>de</strong> quatro anos difícil <strong>de</strong> superar”.Resolver os problemas dos bloqueiosexistentes à circulação,ao trânsito e aos transportes, promoverum concelho saudável erespeitador do ambiente, assegurandoas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s básicas<strong>da</strong>s populações em saneamentoe distribuição <strong>de</strong> água, e promovero <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>novas infra-estruturas <strong>de</strong>sportivase culturais, entre outras priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s,constituem as gran<strong>de</strong>linhas <strong>de</strong> força <strong>da</strong>quela coligação<strong>de</strong> esquer<strong>da</strong>.A CDU assume-se, assim, comoalternativa para “uma melhorquali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>” em <strong>Leiria</strong>,reconhecem que a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civilleiriense tem uma enorme capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> iniciativa e uma visão estratégicaacima <strong>da</strong> média nacional,como é possível que não seja chama<strong>da</strong>para aju<strong>da</strong>r a <strong>de</strong>finir a melhorestratégia para o concelho? Sóenten<strong>de</strong>mos isso por uma únicarazão: a actual maioria é autista enão tem nenhum plano estratégicopara <strong>Leiria</strong>", sustenta a candi<strong>da</strong>tura<strong>de</strong> Raul Castro.Baseado neste pressuposto, aquelecandi<strong>da</strong>to recordou algumasManuel <strong>da</strong> Cruz <strong>de</strong>nuncia“promessas não cumpri<strong>da</strong>s”DAMIÃO LEONELAntónio Ferreira a anunciar projectos para o concelhoCandi<strong>da</strong>to <strong>da</strong> CDU aposta na requalificação <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>on<strong>de</strong> “não mais seja possível umaci<strong>da</strong><strong>de</strong> com um enorme estádioque quase encobre o castelo, comrotun<strong>da</strong>s surrealistas a que encostarampassa<strong>de</strong>iras assassinas”.Mais: para que “não sejamos notíciaporque as termas <strong>de</strong> Monteobras feitas em <strong>Leiria</strong> nos últimosanos e que foram <strong>de</strong>moli<strong>da</strong>s maistar<strong>de</strong> ou não chegaram a ser concluí<strong>da</strong>s.Entre os exemplos citados,<strong>de</strong>staque para a banca<strong>da</strong> nascentedo Magalhães Pessoa, em fase<strong>de</strong> construção quando Isabel Damascenotomou posse, com um custosuperior a um milhão <strong>de</strong> euros, tendosido <strong>de</strong>moli<strong>da</strong> passados três anospara a remo<strong>de</strong>lação do estádio.Outro exemplo apontado comoconsequência <strong>de</strong> não haver um PEpara o concelho: a adjudicação <strong>da</strong>primeira fase do pavilhão <strong>da</strong>s Cortes,on<strong>de</strong> "já foram gastos" 150 mileuros, sendo que a Câmara, ao fazerum poli<strong>de</strong>sportivo ao lado, "<strong>de</strong>itapara o lixo mais umas centenas <strong>de</strong>milhares <strong>de</strong> euros". Outro exemploain<strong>da</strong>: o quartel dos bombeirosmunicipais, construído porLemos Proença, comentando-seque vai mu<strong>da</strong>r para os Pousos.Tendo em conta a "gravíssima"situação financeira <strong>da</strong> Câmara, oobjectivo número um <strong>da</strong> candi<strong>da</strong>tura<strong>de</strong> Raul Castro, além <strong>da</strong> elaboraçãodo PE, é conseguir "ultrapassaressas dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> tesourariasem diminuir o investimento nasfreguesias". ■Damião LeonelReal estão encerra<strong>da</strong>s, porque seregistou mais uma <strong>de</strong>scarga criminosana ribeira dos Milagres,ou porque o abastecimento <strong>de</strong>água é cortado pelo pior dos motivos”,ou ain<strong>da</strong> que “se anuncieo estudo duma solução para atravessia do IC2 na Azoia só porqueo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Repúblicaviu por um dia aquilo que háanos nos entra pelos olhos <strong>de</strong>ntro”.“Embora não comparável aopassado”, acrescenta Manuel <strong>da</strong>Cruz, a gestão <strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>tem sido marca<strong>da</strong> por “acentua<strong>da</strong>ineficácia, e mesmo poucorespeito pelas populações”,citando como exemplo o “sistemáticoincumprimento” dos prazosanunciados para o início econclusão <strong>da</strong>s obras. Daí queconsi<strong>de</strong>re o PSD “incompetentee negligente na gestão municipal”e a “voz <strong>da</strong> CDU” um elemento<strong>de</strong> “normalização indispensável”.■Damião Leonel


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | POLÍTICA |1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | 13AUTARQUICAS 2005 AUTÁRQUICAS 2005Raul Castro com apoios em várias áreasA Comissão <strong>de</strong> Honra <strong>da</strong> candi<strong>da</strong>tura do PS à Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> encabeça<strong>da</strong> por Raul Castro integra, paraalém <strong>de</strong> conhecidos militantes, habituais nestas situações, outras personali<strong>da</strong><strong>de</strong>s que justificam umareferência, nomea<strong>da</strong>mente pelo habitual afastamento <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> política activa. Tal como fez para a comissão <strong>de</strong>honra <strong>de</strong> Isabel Damasceno, o JORNAL DE LEIRIA dá conta <strong>da</strong> abrangência dos apoios que Raul Castroreuniu em volta <strong>da</strong> sua candi<strong>da</strong>tura, ouvindo apoiantes cujo percurso possa suscitar a curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> e o maiorinteresse dos leitores. Numa lista <strong>de</strong> 66 personali<strong>da</strong><strong>de</strong>s consulta<strong>da</strong> pelo <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, repara-se que quatrodos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes são militares, pessoas a quem a exigência, o rigor e a austeri<strong>da</strong><strong>de</strong> são tradicionalmenteassociados. O seu apoio po<strong>de</strong> fazer enten<strong>de</strong>r que acreditam que nesta candi<strong>da</strong>tura haja outras artes <strong>de</strong>governar que não aquelas que têm estado no po<strong>de</strong>r. A presença <strong>de</strong> empresários <strong>de</strong> diferentes activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s revelatambém que nem todo "o capital" está com a direita e centro políticos. Depois há professores, ministros,médicos e outros profissionais a apoiar o candi<strong>da</strong>to socialista.RUI CARVALHO DOS SANTOS -Coronel na situação <strong>de</strong> reforma, éconhecido o seu gosto pela intervençãocívica. Foi presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>Comissão Administrativa <strong>da</strong> Câmara<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> a seguir ao 25 <strong>de</strong> Abrile candi<strong>da</strong>to à presidência <strong>da</strong> Câmarapelo PS nas eleições <strong>de</strong> 1979.Ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> tem <strong>de</strong>sempenhadoos mais diferentes cargosem associações <strong>de</strong> carácter cívicoe <strong>de</strong> índole social. É um "senador"<strong>de</strong>sta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.JOSÉ PEREIRA DOS SANTOS -natural <strong>de</strong> Colmeias, frequentou aFacul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito <strong>de</strong> Coimbra,que trocaria pela <strong>de</strong> Lisboa, parafrequentar aulas nocturnas comotrabalhador-estu<strong>da</strong>nte. Com escritório<strong>de</strong> advocacia em <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong>senvolveutambém activi<strong>da</strong><strong>de</strong> empresarialno sector <strong>de</strong> urbanização econstrução civil. A sua mais conheci<strong>da</strong>iniciativa empresarial <strong>de</strong>u-secom a compra do "Tavares Rico",emblemático restaurante <strong>de</strong> Lisboa.Militante do PS até há poucomais <strong>de</strong> um ano atrás (não serefiliou). É i<strong>de</strong>ntificado com aesquer<strong>da</strong> mo<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>.DULCELINA GORDO - Licencia<strong>da</strong>em Línguas e LiteraturasMo<strong>de</strong>rnas e Mestre em LinguísticaGeral pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra.Professora <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1982 passoupor vários sectores do ensino, dosecundário, ao superior. Actualmentelecciona na Escola SecundáriaDomingos Sequeira.JOAQUIM UMBELINO MONTEI-RO - filho <strong>de</strong> uma conheci<strong>da</strong> famíliainovadora no domínio <strong>da</strong> indústriaextractiva e, particularmente,no sector <strong>da</strong> cerâmica para a construção.É um prestigiado empresário<strong>de</strong>ste sector, interessado poracompanhar e comentar a vi<strong>da</strong>pública do país e <strong>da</strong> sua terra. Nãolhe são conheci<strong>da</strong>s afini<strong>da</strong><strong>de</strong>s coma esquer<strong>da</strong> política, nem costuma<strong>da</strong>r a cara por candi<strong>da</strong>turas <strong>de</strong> naturezapartidária.ADELAIDE PINHO - Conheci<strong>da</strong>professora <strong>de</strong> ciências fisico-químicas<strong>da</strong> Escola Secundária FranciscoRodrigues Lobo. Foi presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> CAE, função que a projectoupara fora dos muros <strong>da</strong> escola e <strong>da</strong>Associação para o Desenvolvimento<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, ADLEI. Actualmentepresi<strong>de</strong> às comemoraçõesem <strong>Leiria</strong> do Ano Mundial <strong>da</strong> Física.Discreta mas activa, é conheci<strong>da</strong>pela disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> para aparticipação cívica, i<strong>de</strong>ntificandosecom a esquer<strong>da</strong> mo<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> e vistacomo próxima do PS. Foi umnome apontado para integrar a listado PS à Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> nestaseleições.MANUEL RIBEIRO VIEIRA -Natural <strong>de</strong> Cortes, fez o liceu em<strong>Leiria</strong> e <strong>de</strong>pois a Aca<strong>de</strong>mia Militar,em Lisboa. Oficial do Exércitoafastado do serviço, cumpriuvárias comissões durante aguerra em África. Foi coman<strong>da</strong>ntedistrital <strong>da</strong> PSP entre 1976e 1982, é empresário e membrodo Rotary Club <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, sendotambém vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> CruzVermelha <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Discreto, raramenteassume posições i<strong>de</strong>ntificadorascom o sentido partidário<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> política. ■| T e s t e m u n h o s |RUI CARVALHO DOS SANTOSGostei muito do que Raul Castro fez enquanto presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> Câmara <strong>da</strong> Batalha. Na Câmara e no Turismo,participei em várias reuniões <strong>de</strong> trabalho em queele também estava e tive oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apreciar oseu <strong>de</strong>sempenho.JOSÉ PEREIRA DOS SANTOSRaul Castro foi um excelente presi<strong>de</strong>ntena Câmara <strong>da</strong> Batalha, fezobra notável. Só isso é motivo suficientepara o apoiar. A gestão <strong>de</strong> IsabelDamasceno tem sido ruinosa parao concelho, em diversos sectores,como o caso do abastecimento <strong>da</strong>água, as intervenções na zona baixa <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, comi<strong>de</strong>ias inacreditáveis como acabar com o trânsito (nazona do Banco <strong>de</strong> Portugal). Há uma série <strong>de</strong> marcosna ci<strong>da</strong><strong>de</strong> como o Estádio, que não tiveram em contao interesse público. A alternância <strong>de</strong>mocrática ébonita e é altura <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>r. Raul Castro po<strong>de</strong>rá serum excelente presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara e Isabel Damascenotem sido uma má presi<strong>de</strong>nte.DULCELINA GORDOFui convi<strong>da</strong><strong>da</strong> para integrar a Comissão<strong>de</strong> Honra pelo man<strong>da</strong>tário <strong>da</strong>campanha, que é uma pessoa próximae aceitei pela confiança que memerece e por um certo espírito <strong>de</strong><strong>de</strong>ver cívico. A <strong>de</strong>mocracia implicaalguma rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e em <strong>Leiria</strong>, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<strong>de</strong> quem lá está a fazer bem ou mal,consi<strong>de</strong>ro que é tempo <strong>de</strong> haver outra orientação. Tenhotambém alguma tendência em <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r minorias eembora neste momento o PS seja maioritário no governo,em <strong>Leiria</strong> é uma minoria. Contrariando <strong>de</strong> algumaforma a minha maneira <strong>de</strong> estar, é a primeira vezque torno públicas as minhas opiniões neste domínio efaço-o por reconhecer que é um <strong>de</strong>ver cívico.JOAQUIM UMBELINO MONTEIROConheço Raul Castro <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os temposem que tinha uma empresa nazona industrial <strong>da</strong> Batalha e <strong>da</strong>í seique é uma pessoa interessa<strong>da</strong> emresolver os problemas e com um comportamentocorrecto. Entendo que éuma pessoa com experiência <strong>de</strong> gestãocamarária, o que é essencial para um presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> Câmara. Embora não concor<strong>de</strong> cem por cento como seu programa, creio que no geral é racional. Consi<strong>de</strong>roque acima <strong>de</strong> tudo é um gestor.ADELAIDE PINHOA minha integração na Comissão <strong>de</strong>Honra <strong>da</strong> candi<strong>da</strong>tura <strong>de</strong> Raul Castro<strong>de</strong>ve-se a acreditar no respectivoprojecto para a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> que<strong>Leiria</strong> precisa.MANUEL RIBEIRO VIEIRAA concordância com as linhas geraisdo programa <strong>de</strong> Raul Castro.Nomea<strong>da</strong>mente quando prometeempenhar-se na criação <strong>de</strong> um centrocomercial aberto na zona histórica,na intenção <strong>de</strong> criar novospólos industriais e logísticos, naquestão <strong>da</strong> sinalização <strong>da</strong>s obras do saneamentobásico bloquea<strong>da</strong>s (como acontece nas freguesiason<strong>de</strong> habito e <strong>de</strong>senvolvo a minha activi<strong>da</strong><strong>de</strong> empresarial),no problema <strong>da</strong> água e <strong>da</strong> sua gestão, noapoio ao <strong>de</strong>sporto amador (tem-se apoiado e gastomuito dinheiro a apoiar o profissional), ou nadinamização <strong>da</strong>s funções administrativas <strong>da</strong>s juntas<strong>de</strong> freguesia. O meu apoio é também a concordânciacom a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação, pois nãohá vantagem em permanecer muitos anos, nempara a gestão, nem para o ci<strong>da</strong>dão. ■


14 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | SOCIEDADE | ENTREVISTA | JORNAL DE LEIRIA |Jaime Rocha, dramaturgo,poeta e escritor“O portuguêstem muitadificul<strong>da</strong><strong>de</strong>em aceitara crítica”“A mulher portuguesa é sóli<strong>da</strong> equando está no po<strong>de</strong>r é maisimpositiva, sabe o que quer e luta poresses objectivos. Lembro-me <strong>da</strong> minhamãe e <strong>da</strong> visão prática que ela tinha. E<strong>de</strong> outra gran<strong>de</strong> mulher, Maria <strong>de</strong>Lur<strong>de</strong>s Pintassilgo, que esteve no po<strong>de</strong>rcompletamente atira<strong>da</strong> aos bichos.Natália Correia era uma força”Como dramaturgo, já recebeudiversos prémios. Sente-se recompensado?Não sou muito conhecido, nemme sinto realizado, mas não mequeixo. Como autor português,tenho sido representado, premiadoe os livros têm sido editados.Não edito mais teatro porque nãoposso castigar o editor. Não é comoantes que se liam os textos <strong>de</strong> Sartreou Camus, porque a censuranão <strong>de</strong>ixava representá-los. Hojeas pessoas preferem ir ao teatroque ler o livro. A seguir ao jornalismo,o teatro é a coisa maisefémera. O jornalismo é tão efémeroque já me fazia aflição arepetição <strong>da</strong>s reportagens, ao longo<strong>de</strong> 30 anos. Embora no dia-adianão consiga viver sem jornais.Antes <strong>de</strong> comprar o jornal, pareceque ando perdido. O jornalismotambém tem essa força dopeso <strong>da</strong> informação.Como relaciona jornalismocom criação literária?Sempre vivi nessa contradição.Posição um poucodiferente <strong>de</strong> outros escritoresque acham que étudo a mesma coisa. A minhaliteratura está muito liga<strong>da</strong> àtransformação do real, à imaginaçãoe à ficção, enquantoque o jornalismo é o oposto.Sempre tive estas duas facetase <strong>da</strong>í a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> doisnomes. Acho que o jornalismonão me <strong>de</strong>ixava espaço para serescritor. E como nunca me quismeter em bicos dos pés, fui apagandoesse outro lado, até sairdo Público, há três anos.Mário Soarestambém é umindivíduo cultomas, do ponto <strong>de</strong>vista político, é umbocado aldrabão. Éuma raposa velhaGRAÇA MENITRAPorquê o pseudónimo JaimeRocha?Des<strong>de</strong> a adolescência que tinhao mito do poeta, confesso. Imaginavaque <strong>de</strong>via ser <strong>de</strong>sconhecido.O meu primeiro livro saiu com onome <strong>de</strong> Sousa Fernando porquesou Rui Fernando Ferreira e Sousa.Depois, no República, antes <strong>de</strong>ir para França, além do Juvenil, fizcrítica <strong>de</strong> cinema e assinava Rui <strong>de</strong>Sousa Fernando. Aquilo baralhavamuito. Para o segundo livro,comecei a pensar que a minha mãee avó se chamavam Rocha, apelidoque tinha perdido. E no meucrescimento, a linha que mais memarcou, sob o ponto <strong>de</strong> vista literário,foi a dos Rochas. Tinha quea recuperar. Jaime é uma homenagema Jaime Correia, pai <strong>da</strong> HéliaCorreia, que morreu quando elatinha 14 anos. Conheci a Hélia com20 anos, na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Ela tambémescrevia para o Juvenil e <strong>de</strong>pois,com o an<strong>da</strong>r do tempo e com anossa ligação, achei que <strong>de</strong>via homenagearo pai, que foi um gran<strong>de</strong>resistente antifascista <strong>de</strong> Mafra eque morreu doente, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sair<strong>da</strong> prisão. Achei que fazia sentidojuntar o Jaime ao Rocha.Refugiou-se em Paris para fugirà guerra colonial?Sim, era um contestatário <strong>da</strong>guerra mas não estava ligado aqualquer partido, nem era alinhadopoliticamente. Venho <strong>da</strong> linhados hippies, contra a guerra doVietname. Era contra a violênciae o regime, mas <strong>de</strong> forma isola<strong>da</strong>.Tinha gran<strong>de</strong> influência dos surrealistase dos “poetas malditos”ou marginais e na cabeça uma série<strong>de</strong> contradições estéticas e políticas.Como era estu<strong>da</strong>nte universitárioe tinha a licença <strong>de</strong> Verão doMinistério do Exército, <strong>de</strong>ixei duasca<strong>de</strong>iras para Outubro, para justificara volta. Só que fui e não voltei.Em Paris, matriculei-me numaescola e consegui a licença <strong>de</strong> estadia.Trabalhei como recepcionistanum hotel, “sem papéis”, e ia escrevendopoesia. E participei comvários artistas portugueses, entreeles o pintor <strong>de</strong> Torres Novas, AlexandreSal<strong>da</strong>nha <strong>da</strong> Gama, quehoje vive em Bruxelas, e com outrosamigos e poetas franceses, numarevista que se chamava “Le cannail”(o canalha).A palavra “impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong>” éa que mais gosta <strong>de</strong> usar quandoescreve. Porquê?A impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> tem-me atravessadoao longo dos anos. Impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> viver em Portugal eter <strong>de</strong> fugir para França. Impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong> revolução do 25 <strong>de</strong> Abrilse construir. Impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> paze <strong>de</strong> levar as paixões até ao fim.Impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> escrever coisasperfeitas, não no sentido profissional,mas porque há sempre maisqualquer coisa. A i<strong>de</strong>ia que tenhoé <strong>da</strong> impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> construiro mundo. Porque as pessoas nãoquerem, não po<strong>de</strong>m, porque o egoísmoé mais forte. O português temmuita dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em aceitar a crítica,o que o leva imediatamente a<strong>de</strong>sistir. É um pouco mimado pelamãe e pelo pai. Sempre andámosnuma ponte <strong>de</strong> tristeza e auto-comiseração.É isto que alimenta a nossai<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>.De que forma reflecte no palcoo quotidiano <strong>da</strong>s pessoas?Centrando-me nas últimas trêspeças: “A Casa <strong>de</strong> Pássaros”, leva<strong>da</strong>à cena por Carlos Avilez no TeatroExperimental <strong>de</strong> Cascais; “Ojogo <strong>da</strong> Salamandra”, feito na Comunapelo João Mota e encena<strong>da</strong> porCelso Cleto; e agora esta, “Homembranco, homem negro” (talvez amais política) e que tem a ver comemigração, racismo e preconceito,to<strong>da</strong>s têm a visão do real e tambémum lado absurdo. Gosto <strong>de</strong>agitar, levar as personagens ao limitee a <strong>de</strong>sven<strong>da</strong>rem-se, a tirarempara fora to<strong>da</strong> a cruel<strong>da</strong><strong>de</strong>. É umteatro violento mas <strong>da</strong> palavra, porqueo que é mais cruel nas pessoassão as palavras. E o teatro, paramim, são as palavras ditas. Gostodo conflito interior do homem eaproveito o palco para mostrar oseu lado perverso.Como se situa politicamente?Ain<strong>da</strong> consi<strong>de</strong>ro que sou uma


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | ENTREVISTA |1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | 15pessoa <strong>de</strong> esquer<strong>da</strong> e gosto <strong>de</strong> marcarque sou a favor <strong>de</strong> que há esquer<strong>da</strong>e direita. Mas não estou emnenhum partido e muitas vezes nãovoto. E quando voto faço-o no candi<strong>da</strong>toque se aproxima mais doBloco <strong>de</strong> Esquer<strong>da</strong>. Nunca fui muitoapoiante <strong>de</strong>sta alternância querepete erros e intrigas. Se houveruma movimentação <strong>de</strong> ci<strong>da</strong>dãos,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> partidos, lá estarei.Como não sou muito organizadore me <strong>de</strong>diquei mais ao teatroe à literatura... Num certo sentido,o meu teatro também intervém nasocie<strong>da</strong><strong>de</strong>.Como vê Mário Soares na candi<strong>da</strong>turaa Belém?O que vejo nele é a ausência <strong>de</strong>outros. Embora a i<strong>da</strong><strong>de</strong> não sejaum problema, às vezes, Mário Soaresain<strong>da</strong> é mais à esquer<strong>da</strong> que asgerações que vieram. Mas o meucandi<strong>da</strong>to, se tivesse <strong>de</strong> votar contrao Cavaco, seria o Manuel Alegre.Mário Soares também é umindivíduo culto mas, do ponto <strong>de</strong>vista político, é um bocado aldrabão.É uma raposa velha. Acho oManuel Alegre um indivíduo comética, com peito, afecto e emoções.Não é só um festivaleiro <strong>da</strong>s peixeiras,.É um bom escritor, óptimopoeta. O País precisa <strong>de</strong> qualquercoisa além do discurso económico.O nosso imaginário e culturaestão a ir por água abaixo, o quequer dizer que o lado auto-<strong>de</strong>strutivoe melancólico dos portuguesestem campo para germinar. Sampaiotenta empurrar o País, e vê-seque está a fazer um esforço. Masain<strong>da</strong> bem que faz esse papel.Acha que se houvesse maismulheres no po<strong>de</strong>r, seria diferente?Acho. As mulheres são maisinteligentes, no sentido do futuro.A mulher portuguesa é sóli<strong>da</strong> equando está no po<strong>de</strong>r é mais impositiva,sabe o que quer e luta poresses objectivos. Em vez <strong>de</strong> per<strong>de</strong>rtempo com jogos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, vai duasou três horas resolver o problema<strong>da</strong> casa e dos filhos e <strong>de</strong>pois volta.O homem tem esta aprendizagemporque sempre esteve no po<strong>de</strong>r.Lembro-me <strong>da</strong> minha mãe e <strong>da</strong>visão prática que ela tinha. E <strong>de</strong>outra gran<strong>de</strong> mulher, Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>sPintassilgo, que esteve no po<strong>de</strong>rcompletamente atira<strong>da</strong> aos bichos.Natália Correia era uma força. Escritorae dramaturga, tinha as farpasaponta<strong>da</strong>s para aquilo que há <strong>de</strong>pior na socie<strong>da</strong><strong>de</strong>: machismo, corrupção,preconceitos. Era umamulher fantástica.Qual a sua actual relação coma Nazaré?Durante muitos anos estive ligadoà Biblioteca Pública, <strong>da</strong> qual omeu pai foi um dos dirigentes, àfeira do livro e agora à fun<strong>da</strong>çãodo grupo <strong>de</strong> teatro Chaby Pinheiro.De Verão é que não gosto muito.A Nazaré sempre foi uma terra<strong>de</strong> jovens. Não sei como é quese fazem tantos filhos. Depois tema vantagem <strong>de</strong> ter aquela marginalque chama muita gente. Ain<strong>da</strong>hoje se quero encontrar-me comalguém digo: até logo, lá ao norteou lá ou sul. Os códigos mantêm-se,assim com o linguajar dosGRAÇA MENITRAnazarenos, o que já não se verificacom a roupa. Vemos as filhas<strong>da</strong>s peixeiras vesti<strong>da</strong>s como se estivessema passear no Chiado. Apresentam-seto<strong>da</strong>s pós-mo<strong>de</strong>rnistas,mas quando abrem a boca vê-selogo: são nazarenas. E eu gostodisso. Depois há as mais velhas queain<strong>da</strong> mostram o bor<strong>da</strong>do do avental.Estou para sempre ligado àNazaré, on<strong>de</strong> tenho a casa dos meuspais, já falecidos.E com <strong>Leiria</strong>?Os meus avós maternos viviamem <strong>Leiria</strong>, junto ao Mercado <strong>de</strong>PercursoSantana. Era o Carlos Ferreira, barbeiroe cabeleireiro, e a minha avó,Maria Rocha, filha <strong>de</strong> peixeira.Quando chegavam os carros <strong>de</strong>peixe a minha avó vinha à janelaou <strong>de</strong>scia e sabia logo as novi<strong>da</strong><strong>de</strong>spelas nazarenas. “À miga, sabesque aquela casou com aquele?”.Era como se o mercado estivessena Nazaré. O regatear: isso é fresco?É o meu neto. Ah! O filho <strong>da</strong>menina A<strong>de</strong>lina? Des<strong>de</strong> miúdo quelá ia passar um mês <strong>de</strong> Verão e osfins-<strong>de</strong>-semana. Era uma gran<strong>de</strong>festa, também porque via os meusirmãos mais velhos que estavamlá a estu<strong>da</strong>r no liceu. Com oito ounove anos, já ia com o meu irmãoao Colonial jogar bilhar. Sou dotempo em que <strong>Leiria</strong> parava no jardime numa igreja muito antiga.As ruas estreitinhas que iam <strong>da</strong>r àSé, o castelo, a esplana<strong>da</strong> <strong>da</strong>s arca<strong>da</strong>s.Gostava <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, até pelo contrastecom a Nazaré. Ia à ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.Gostava muito <strong>de</strong>stes avós. Todosos dias, <strong>de</strong>pois jantar, ia passearJaime Rocha nasceu em 1949, na Nazaré. Estudou na Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>Letras <strong>de</strong> Lisboa e viveu em França nos últimos anos <strong>da</strong> ditadura. Vivehá 36 anos com a escritora Hélia Correia e exerceu a profissão <strong>de</strong> jornalistadurante cerca <strong>de</strong> 30 anos. Tem edita<strong>da</strong>s várias obras <strong>de</strong> poesia,ficção e teatro, algumas <strong>de</strong>las premia<strong>da</strong>s e mais <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena jáencena<strong>da</strong>s por grupos <strong>de</strong> teatro do País e também <strong>de</strong> Inglaterra. Amais recente é “Homem branco, homem negro”, em cena no TeatroAberto em Lisboa, com a qual ganhou, no ano passado, o Gran<strong>de</strong> Prémio<strong>de</strong> Teatro <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Autores. Aquando <strong>da</strong> reediçãodo seu livro <strong>de</strong> poesia “Do extermínio”, publicado em 2003,Eduardo Prado Coelho escreveu no suplemento literário do Público,“Mil Folhas”, que Jaime Rocha “é sem dúvi<strong>da</strong> um dos nomes maisimportantes <strong>da</strong> actual poesia portuguesa”. Recentemente, o grupo <strong>de</strong>teatro “O Bando”, que integra uma re<strong>de</strong> europeia <strong>de</strong> teatros, escolheuJaime Rocha para representar Portugal no projecto “A Odisseia” <strong>de</strong>Homero. A obra foi dividi<strong>da</strong> em 14 partes e foram convi<strong>da</strong>dos 14 dramarturgoseuropeus para transpor o livro para os dias <strong>de</strong> hoje. A peçaestreou na Suiça e, na passa<strong>da</strong> sexta-feira, na se<strong>de</strong> do Bando, em Palmela.Os actores são <strong>de</strong> nove nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, incluindo a portuguesa,Susana Branco. O encenador, um austríaco, fez a colagem dos textos econstruiu um espectáculo. É um projecto que se chama Cultura 2000 eque tem a ver com o cruzamento <strong>de</strong> culturas e <strong>de</strong> línguas.com o meu avó ao Marachão, juntoao rio. Apanhava pirilampos equando chegava a casa ele faziameuma rábula, numa campânulacom sal. Fechava a luz e eu dizia:“pirilampo, pirilampo”!!!. Depoisacendia a luz e apareciam umasmoedinhas <strong>de</strong> um ou dois tostões<strong>de</strong>ntro do sal. Era muita magia paraum miúdo <strong>de</strong> cinco, seis anos.Durante a hora <strong>de</strong> expediente ganhava<strong>de</strong>z tostões por dia a aju<strong>da</strong>r omeu avô a pôr o algodão e os bigodinsnas cabeças <strong>da</strong>s senhoras.Depois escovava-as e <strong>da</strong>vam-mesempre mais uns tostões. O meuavô queria <strong>da</strong>r-me o sentido dotrabalho e a minha avó era o meulado mais cómico/trágico. Sempreconheci a minha avó <strong>de</strong> preto (omeu tio, com 25 anos, suicidou-sedo Sítio) e em momentos <strong>de</strong> choroíntimo. Mas também me lembro<strong>de</strong>la a <strong>de</strong>scascar legumes nacozinha. Não sabia ler, escreviacomo ouvia e fazia as contas parao meu avô ver no mármore <strong>da</strong> lareira.Era uma espécie <strong>de</strong> jogo do casal.Chamava-me e dizia: em vez <strong>de</strong>dois vamos pôr aqui três tostões.A diferença era para mim. O meuavô <strong>de</strong>pois dizia: hoje gastaste muito.“Ah não sabes o preço a que ascoisas estão”, respondia ela. Erauma espécie <strong>de</strong> teatro. Havia cumplici<strong>da</strong><strong>de</strong>,como se eles fossem osactores e eu o espectador.O seu lado trágico vem-lhesobretudo do mar?Na poesia utilizo paisagens violentasque são o mar a bater nasrochas e a areia. Nunca a paisagemadocica<strong>da</strong> do pôr-do-sol. Nascinaquele mar violento e, <strong>da</strong> minhacasa, ouvia <strong>de</strong> noite aquele barulhoe tinha medo. A relação do pescadorcom o mar é tratá-lo comrespeito. Daí a imagem do leão.Depois sempre assisti à chega<strong>da</strong>dos pescadores. Era uma tragédiadiária, com as mulheres aos gritos,ajoelha<strong>da</strong>s, vira<strong>da</strong>s para a Senhora<strong>da</strong> Nazaré a prometer litros <strong>de</strong>azeite. As crianças entravam empânico e agarravam-se às saias <strong>da</strong>smães. Alguns barcos viravam quandochegavam à areia e os pescadores,como é sabido, não sabemna<strong>da</strong>r. Era um colectivo trágico queme impressionava muito. À medi<strong>da</strong>que chegavam os barcos, asmulheres corriam a abraçar os maridos.E então havia o lado masculino,com o homem a ralhar coma mulher e a mandá-la para a casa,em vez <strong>de</strong> estar ali a fazer figuras.Havia risos, lágrimas e festa. Asomar a isto, havia as cega<strong>da</strong>s noCarnaval, feitas só por homens,ensaia<strong>da</strong>s nas tabernas e apresenta<strong>da</strong>snos bailes <strong>de</strong> Carnaval. Eramsátiras à socie<strong>da</strong><strong>de</strong> local, e on<strong>de</strong> sesabiam coisas clan<strong>de</strong>stinas, às vezespor metáforas: o homem que fugiucom a outra, pequenas corrupçõesna Câmara ou o <strong>de</strong>saparecimento<strong>de</strong> uns can<strong>de</strong>eiros.“Tonho e as almas”, <strong>de</strong> 1984,é o seu primeiro romance. De quetrata?Quando o “<strong>Jornal</strong> Hoje” fechou,estive um ano na Nazaré e escreviesse livro com a personagem do“Tonho” (António). Em Portugalvaloriza-se muito o Zé Povinho eeu achei que <strong>de</strong>via colocar o “Tonho”numa situação <strong>de</strong> contestação ao<strong>de</strong>stino do pescador que vai ao marpara morrer. E que <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> não ir,indo contra o olhar julgador dosoutros pescadores. Porque não irao mar é ser cobar<strong>de</strong>. O Tonho <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>só voltar ao mar se <strong>de</strong>scobriron<strong>de</strong> estão as almas dos seus antepassados,os naúfragos. Faz entãouma incursão, a partir do buracoque existe na capela do Sítio, juntoao promontório, do qual <strong>de</strong>s<strong>de</strong>miúdo sempre ouvi contar muitashistórias. O Tonho faz essa travessia,encontra o avô mas tambémo fra<strong>de</strong> que inventou o milagre <strong>de</strong>D. Fuas e assiste a um teatro dodiabo. Depois <strong>de</strong>ssas peripécias, opromontório transforma-se numdragão que abre a boca e expulsao Tonho para o mar. Este vem ana<strong>da</strong>r para terra mas já com umavisão fantástica e mo<strong>de</strong>rna <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>,sobretudo porque encontrou a almados náufragos. ■Graça MenitraPerguntasdos outrosCândido Ferreira, encenadordo Teatro Chaby Pinheiro, NazaréO que pensa do facto <strong>de</strong> emPortugal a maioria dos actorese encenadores procuraremmais as temáticas dosautores clássicos e evitaremabor<strong>da</strong>r temas que inci<strong>da</strong>msobre a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> actual?À parti<strong>da</strong>, é por pensarem queo sucesso junto do público émaior, porque as peças já têmnome. A segun<strong>da</strong> razão po<strong>de</strong>ser porque se acha mais fácilter subsídios. E po<strong>de</strong> ser tambémpor uma questão <strong>de</strong> preconceito.Dá mais trabalhofazer uma peça sobre temasactuais. Pensando no espectrodo teatro contemporâneoportuguês, também ain<strong>da</strong> nãohá muitas peças, embora jáhaja diversas experiências,como Hél<strong>de</strong>r Costa <strong>da</strong> Barracaou Jorge Silva Melo, nosArtistas Unidos. Mas o futurodo teatro português, abertoe não planfetário, passa pelotratamento <strong>de</strong> temas quetenham a ver com as pessoas:a violência, a cruel<strong>da</strong><strong>de</strong>, a solidão,a amiza<strong>de</strong>.Cátia Ribeiro, actriz, <strong>Leiria</strong>/Lisboa“A meta é o esquecimento eeu cheguei antes. Esse pensamentoé do coronel Lawrencee <strong>de</strong> Almafuerte. A i<strong>de</strong>ia<strong>de</strong> que a meta do homem éo fracasso. O que fracassachega antes dos outros, que<strong>de</strong>morarão em tempo. Mastodos serão esquecidos”(JorgeLuís Borges)É a questão do sucesso e <strong>da</strong>fama. Para quê tanta guerra eluta pelo sucesso, quando omundo um dia vai <strong>de</strong>saparecer?Para quê esta angústia eansie<strong>da</strong><strong>de</strong>, quando no horizonteo que há é o esquecimento?Luís Borges tinha essavisão do fim, tanto mais queera cego. Mas também pensava:já que cheguei antes,vou escrever, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<strong>de</strong> ser esquecido. ■


16 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | SOCIEDADE | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA |JORLIS, LDA.Conselho <strong>de</strong> Gestão:José Ribeiro VieiraArnaldo SapinhoCatarina VieiraDirectora Executiva:Anabela FrazãoDirecção Editorial:José Ribeiro VieiraOrlando CardosoMaria Alexandra VieiraSecretária <strong>da</strong> Direcção:Paula CarvalhoDirector:Arnaldo Sapinhodireccao@jornal<strong>de</strong>leiria.ptDirectores Adjuntos:Anabela Frazão e João Nazáriogeral@jornal<strong>de</strong>leiria.ptre<strong>da</strong>ccao@jornal<strong>de</strong>leiria.ptre<strong>da</strong>ccao.economia@jornal<strong>de</strong>leiria.ptre<strong>da</strong>ccao.<strong>de</strong>sporto@jornal<strong>de</strong>leiria.ptre<strong>da</strong>ccao.viver@jornal<strong>de</strong>leiria.ptCoor<strong>de</strong>nadora <strong>da</strong> re<strong>da</strong>cçãoAlexandra Barata(alexandrabarata@gmail.com)EditorRaquel Sousa Silva(raquelsousasilva@iol.pt)Re<strong>da</strong>cçãoAlexandra Barata (alexandrabarata@gmail.com),Damião Leonel (dleonel@mail.pt),Elisabete Cruz (eliscruz@hotmail.com),Graça Menitra (gmenitra@mail.pt)Jacinto Silva Duro (jjduro@iol.pt)Maria Anabela Silva (masilva@mail.pt)Ricardo Rosenheim Rodrigues(ricardocarvalhorodrigues@gmail.com)Colaboradores permanentesAna Ferraz Pereira, Carlos Matos, Dina Aleixo,Joaquim Paulo, Luci Pais, Lur<strong>de</strong>s Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>,Orlando CardosoColaboradoresAna Narciso, Fernando Encarnação, FranciscoMafra, Helena Carvalhão, João Lázaro, JoséAlberto Vasco, José Amado <strong>da</strong> Silva, José Antunes<strong>de</strong> Sousa, José Augusto Esteves, José ManuelPereira <strong>da</strong> Silva, José Marques <strong>da</strong> Cruz, JoséNunes André, Licínio Moreira, Luciano <strong>de</strong>Almei<strong>da</strong>, Márcio Lopes, O<strong>de</strong>te João, OsvaldoCastro, Pedro Biscaia, Pedro Aleixo Pais, TomásOliveira DiasDirecção GráficaGabinete Técnico JorlisComposição, Paginação e Montagemisil<strong>da</strong>.trin<strong>da</strong><strong>de</strong>@jornal<strong>de</strong>leiria.ptCoor<strong>de</strong>nação Isil<strong>da</strong> Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>Rita Carlos; Carlos NevesCartoonista Rui Pedro LourençoServiços AdministrativosRecepção - Patrícia CarvalhoTesouraria - Cília RibeiroAssinantes - Patrícia CarvalhoHistória - Invasões Francesas(Comentário ao artigo "As invasões francesasna região")Felicitando pelo texto, apenas uma breveprecisão quanto ao sítio <strong>de</strong> S. Bartolomeu. Estecolhia o seu nome <strong>da</strong> capela <strong>de</strong> S. Bartolomeu(já existente no século XV), ergui<strong>da</strong>, justamente,no sítio on<strong>de</strong>, até há alguns anos, funcionoua se<strong>de</strong> do partido político CDS. O sítio<strong>da</strong> carnificina dos leirienses coinci<strong>de</strong> grossomodo com o local on<strong>de</strong> se encontra afixa<strong>da</strong> aplaca que memoriza tais acontecimentos e nãoentre a Prisão-Escola e a Câmara Municipal.Saul Gomesipd@ci.uc.ptAljubarrota assassina<strong>da</strong>| D o s l e i t o r e s |Ao lado e por <strong>de</strong>baixo <strong>da</strong> artística e histórica'janela Manuelina' (século XVI), 'monumentonacional', tiveram o <strong>de</strong>scaramento e apouca vergonha <strong>de</strong> 'espetarem' com uma lamentáveljanela e porta <strong>de</strong> alumínio.É preciso não perceber absolutamente na<strong>da</strong><strong>de</strong> arte <strong>da</strong> histórica vila <strong>de</strong> Aljubarrota, on<strong>de</strong>os alumínios são privilegiados.Reparem na histórica vila <strong>de</strong> Óbidos e sigamlheo exemplo, pois Aljubarrota merece maiorrespeito e maior digni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Peço e insisto com a Câmara Municipal <strong>de</strong>Alcobaça e o senhor arquitecto Ferro que man<strong>de</strong>retirar imediatamente aquela vergonha, jáque as Juntas <strong>de</strong> Freguesia não têm coragempara o fazer.Aljubarrota pela batalha trava<strong>da</strong> nos campos<strong>da</strong> Cumeeira <strong>de</strong> Aljubarrota (como nosrelata o cronista Fernão Lopes) é o altar <strong>da</strong>pátria.Viva a Aljubarrota!Viva a Portugal!A bem <strong>da</strong> justiça e <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>.José CasimiroLicenciado em História / Historiador <strong>de</strong>AljubarrotaO insólito aconteceuO JORNAL DE LEIRIA reserva-se o direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos mais importantes <strong>da</strong>s cartas ao Director <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s, publica<strong>da</strong>s nesta secção| P a s s a g e n s |No Lar Emanuel, <strong>da</strong> terceira i<strong>da</strong><strong>de</strong>, existeuma carrinha apropria<strong>da</strong> para transportar, porvezes, alguns dos seus utentes a <strong>da</strong>r um passeioaté uma <strong>da</strong>s praias periféricas <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> ou,todos os domingos <strong>de</strong> manhã, ao templo <strong>da</strong>Igreja Baptista, a fim <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem assistir àscerimónias religiosas. Evi<strong>de</strong>ntemente que istoé só para os que tenham tal <strong>de</strong>sejo. Esta carrinhaé composta por sistemas a<strong>de</strong>quados paraos utentes com dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s motoras, possuindo,para o efeito, aparelhagem própria: ao abrirsea porta, sai uma passa<strong>de</strong>ira com um pisoplano <strong>de</strong> forma a po<strong>de</strong>r passar uma ca<strong>de</strong>iracom ro<strong>da</strong>s ou o próprio utente, a pé auxiliadopor alguém que o acompanhe, sem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> subir ou <strong>de</strong>scer <strong>de</strong>graus.Antes <strong>da</strong>s últimas obras do projecto Polisna Av. Combatentes <strong>da</strong> Gran<strong>de</strong> Guerra, existia,frente à porta <strong>de</strong>ste templo, um espaçoreservado para carros com <strong>de</strong>ficientes que <strong>de</strong>sapareceu.Como a manobra <strong>de</strong> preparar o piso,a fim <strong>de</strong> sair ou entrar, se não faz sem tempo,agora o insólito aconteceu.Foi no domingo, 21 <strong>de</strong> Agosto. Como oreferido veículo não tinha espaço para estacionar,teve <strong>de</strong> o fazer no meio <strong>da</strong> rua, paralelamenteaos veículos ali estacionados. Eramcerca <strong>de</strong> 12 horas, hora <strong>de</strong> maior movimento,quando se proce<strong>de</strong>u ao carregamento e transportedos utentes, ocasionando formar-se, comoera <strong>de</strong> esperar, uma gran<strong>de</strong> fila <strong>de</strong> veículos,não só na aveni<strong>da</strong> como na Rua Eng.º DuartePacheco. Alguns mais impacientes começarama buzinar, e só <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> o fazer <strong>de</strong>pois <strong>da</strong>rua ter sido <strong>de</strong>simpedi<strong>da</strong>.Assisti a este infeliz espectáculo e, quandome preparava para regressar a casa, eis queuma senhora, condutora impaciente, se aproximou<strong>de</strong> mim, no seu carro, e me disse: “Nãoestá certo que vocês mantenham tanto tempoa via impedi<strong>da</strong>” (a <strong>de</strong>mora aconteceu porqueum dos utentes, por ter mais dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> eman<strong>da</strong>r, <strong>de</strong>morou mais tempo). Respondi <strong>de</strong> imediatoque “a culpa não cabe à Igreja, mas simàs obras <strong>da</strong> Câmara, que não <strong>de</strong>ixaram umespaço apropriado para estas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s”.Compreen<strong>de</strong>u-me, lamentou e pediu-me <strong>de</strong>sculpa.Entretanto, vim a saber que foram escritasduas cartas pelo secretário <strong>da</strong> Igreja Baptista,dirigi<strong>da</strong>s ao pelouro correspon<strong>de</strong>nte, e não só.O próprio pastor <strong>de</strong>slocou-se por duas vezes àCâmara pedindo o favor <strong>de</strong> se repor os doislugares que foram atribuídos.E eu agora faço <strong>da</strong>qui um apelo ao responsávelou responsáveis <strong>da</strong> autarquia a quemdiz respeito este assunto. Por favor, e para bem<strong>da</strong> população leiriense, em nome <strong>da</strong> qual seagra<strong>de</strong>ce, vejam, senhores edis, se resolvemeste assunto com urgência, que é <strong>de</strong> prementenecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Certo? ■Serviços Comerciaispublici<strong>da</strong><strong>de</strong>@jornal<strong>de</strong>leiria.ptCoor<strong>de</strong>nação - Rui PereiraÉlia Ramalho, João Matias, Sofia CaçadorProprie<strong>da</strong><strong>de</strong>Jorlis - Edições e Publicações, L<strong>da</strong>.Capital Social: € 399.038,32Contribuinte Nº 502010401Sócios com mais <strong>de</strong> 10%:Movicortes, Serviços e Gestão, L<strong>da</strong>,José Ribeiro VieiraMora<strong>da</strong>Rua Coman<strong>da</strong>nte João Belo, nº 31Apart. 1098 2401-801 <strong>Leiria</strong>Telefones:Geral 244 800 400Re<strong>da</strong>cção 244 800 405Comercial 244 800 404Fax 244 800 401Impressão: Miran<strong>de</strong>la, Artes Gráficas, SARua Rodrigues Faria, 1031300 - 501 LisboaDistribuição: VASPDia <strong>de</strong> publicação: Quinta-feiraPreço avulso: 1euroAssinatura anual: 25€ (Portugal), 27€ (restantespaíses <strong>da</strong> Europa), 30€ (outros países do Mundo)Tiragem média por ediçãoMês <strong>de</strong> Agosto 15.000 exemplaresNº <strong>de</strong> registo: 109980Depósito legal nº 5628/84O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está aberto à participação <strong>de</strong> todos osci<strong>da</strong>dãos <strong>de</strong> acordo com o ponto 5 do Estatuto EditorialLUÍS PISCO,presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>Associação Portuguesa<strong>de</strong> Médicos<strong>de</strong> ClínicaGeral vai presidirà Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>Missão, responsável pela reformados centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. As propostasconstam <strong>da</strong> “Reforma doscui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> primários”,documento em discussão públicaaté 15 <strong>de</strong> Setembro. Aquelemédico <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha éigualmente presi<strong>de</strong>nte do IQS -Instituto <strong>de</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e Saú<strong>de</strong>.VALTER VINAGRE e JOSÉANTUNES, do Centro <strong>de</strong> Artes<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s (CAC), são os comissários<strong>da</strong> exposição “Tapa<strong>da</strong> doTanque”, inaugura<strong>da</strong> dia 30 <strong>de</strong>Julho, no Centro Cultural Raiano,em I<strong>da</strong>nha-a-Nova. A mostraintegra obras <strong>de</strong> artistas <strong>da</strong>sCal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha. Po<strong>de</strong>m ser vistasintervenções <strong>de</strong> arte contemporânea<strong>de</strong> Jorge Feijão, PauloTuna, Renato Franco, SamuelRama e Vítor Reis. O CAC vaipromover ain<strong>da</strong> esta exposiçãona Galeria Trem, Faro, no âmbito<strong>da</strong> Capital Nacional <strong>da</strong> Cultura,a partir <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Setembro.Fábio Silva, do Clube <strong>de</strong> Natação<strong>de</strong> Alcobaça (CNA) classificou-seem segundo lugar na 24ªedição <strong>da</strong> prova <strong>de</strong> natação “JoaquimBernardo <strong>de</strong> Sousa Lobo”,que <strong>de</strong>correu dia 15 <strong>de</strong> Agostona Nazaré. Na referi<strong>da</strong> prova,Francisco Vieira, também doCNA, obteve o terceiro lugar. Nosector feminino, a vencedora foiÂngela Bilhastre, igualmente<strong>da</strong>quele clube <strong>de</strong> Alcobaça.MARCOHORÁCIO vairegressar à apresentaçãodo programa“Levanta-tee ri”,transmitido pelaSIC. Aquele humorista <strong>de</strong> standup comedy, natural do concelho<strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong>, havia<strong>de</strong>ixado o programa que o tornoupopular no passado dia 25<strong>de</strong> Abril, quando passou o testemunhoa Miguel Barros.CARLOS CASIMIRO DEALMEIDA foi eleito presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> Direcção <strong>da</strong> Associação <strong>de</strong>Amigos <strong>de</strong> Alfeizerão, Alcobaça.Os novos corpos sociais, eleitospara o biénio 2005/2006 integramain<strong>da</strong>, entre outros, JorgeTempero Correia e José Luís Monteiro<strong>de</strong> Castro, respectivamentecomo presi<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> AssembleiaGeral e Conselho Fiscal.ESPERANÇAMATOS, escultora<strong>da</strong> Batalha,vai mostraralguns dos seustrabalhos, <strong>de</strong>pedra e ferro, noMuseu <strong>de</strong> Ovar,<strong>de</strong> 2 a 23 <strong>de</strong> Setembro. O gostoe a <strong>de</strong>dicação pela arte <strong>de</strong> talhara pedra começaram em 1998,ano em que se tornou discípulado conhecido e já falecidoMestre Alfredo Ribeiro. Entre osseus diversos trabalhos, <strong>de</strong>stacam-seos realizados para o IPPAR(mosteiros <strong>da</strong> Batalha e Alcobaça).Em termos individuais, jáexpôs em Pombal, Marinha Gran<strong>de</strong>e Batalha.LUDGER MEIER vai ser homenageado,no próximo dia 8, pelapresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara Municipal<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Isabel Damasceno.A cerimónia <strong>de</strong>corre no SalãoNobre dos Paços do Concelho epreten<strong>de</strong> manifestar ao ex-vicepresi<strong>de</strong>ntedo município <strong>de</strong> Rheine,o reconhecimento pelo seupapel na concretização <strong>da</strong> geminação<strong>da</strong>quela ci<strong>da</strong><strong>de</strong> alemã com<strong>Leiria</strong>. A <strong>de</strong>legação é li<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>por Marianne Helmes, presi<strong>de</strong>nteadjunta <strong>da</strong> Câmara e integra,além <strong>de</strong> Ludger Meier e esposa,Henrique Koester, na quali<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> intérprete. Quando terminouo exercício <strong>da</strong> sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong>política, Ludger Meier foi nomeadopresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Associação <strong>de</strong>Geminações <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Rheine,cargo que exerceu até finaldo passado mês <strong>de</strong> Abril. EmJunho, a Câmara <strong>de</strong> Rheine homenageouLudger Meier com o título<strong>de</strong> “vice-presi<strong>de</strong>nte honorário<strong>de</strong> Rheine”.SOBRINHOSIMÕES, médicoe professorcatedrático, vaiser o man<strong>da</strong>táriono Porto <strong>da</strong>candi<strong>da</strong>tura <strong>de</strong>Mário Soares à presidência <strong>da</strong>República. Natural do Bombarral,aquele investigador temsedistinguido na área do cancro,tendo recebido o PrémioPessoa 2002. ■


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | OPINIÃO |1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | 17| P r o s p e c t i v a s |Loucura <strong>de</strong> féirasVale a pena escreveralgo <strong>de</strong> sérioem tempo <strong>de</strong>férias? Esta foi apergunta que fiza mim mesmoquando procurava encontrarum tema para o presente artigo.E, na busca <strong>de</strong> resposta,continuei com o vício <strong>da</strong>s respostas/perguntas:As férias sãopara parar <strong>de</strong> pensar ou paraparar para pensar?E, apanhado na teia resposta/pergunta(será um sintoma<strong>de</strong> férias?) acrescentei: Mas sópo<strong>de</strong> parar <strong>de</strong> pensar quem, sistematicamente,pensa.O ciclo infernal <strong>de</strong> resposta/perguntanão se <strong>de</strong>u por vencidoe continuou: Mas será quea maioria <strong>da</strong>s pessoas pensa?E a ro<strong>da</strong> continuava a girar:Mas, se não pensa e as fériasforem para pensar, para queprecisam <strong>de</strong> férias?Aqui senti que estava a pisarterrenos perigosos e corria orisco <strong>de</strong> alguém me perguntar:Olha lá, ó intelectual <strong>da</strong> Barosa(sem ofensa para a terra, esteera um calão típico <strong>da</strong> minhajuventu<strong>de</strong>), então eu, que trabalho<strong>de</strong> sol a sol, com um pesadofardo todos os dias, pensasque tenho tempo para pensarou quê? E achas que não mereçoférias? Que este corpinho tãomaltratado durante um ano nãoprecisa <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso para po<strong>de</strong>rvir a ser, outra vez, maltratadodurante mais um ano?Neste ponto lembrei-me <strong>da</strong>"cena" (linguagem <strong>da</strong> mo<strong>da</strong>,hem?) em que, alega<strong>da</strong>mente,um ministro do Doutor Salazarteria confessado, com ar <strong>de</strong> mártir,que já não gozava férias hádois anos. O "prémio" que, aoque consta, terá recebido foi afrase cortante do Doutor Salazar:" Sinal <strong>de</strong> que está trabalhandopouco!".Fiquei a pensar que, afinal,as férias serão para <strong>de</strong>scansodo trabalho, quer se pense quernão, quando me veio à lembrançaum artigo <strong>de</strong> José AntónioSaraiva no "Expresso" emque (cito <strong>de</strong> memória - as fériasdão direito a estas imprecisões)afirmava que os intelectuais senão <strong>de</strong>vem envolver na políticapois esta obriga a mentir.Logo, os intelectuais que, emprincípio, pensam, só po<strong>de</strong>rão(...) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m esses"muitos" que asempresa públicas<strong>de</strong>vem ser geri<strong>da</strong>s porgente competente.Mas, logo que estacompetência aparececorrem com ela! O queé curioso é queaparece logo outro(intelectual oupolítico?) que aceita irocupar o lugar do"corrido", apesar <strong>de</strong>,em teoria, nãoconcor<strong>da</strong>r com essas"corri<strong>da</strong>s"J.M. AMADO DA SILVAProfessor universitáriofazer política nas férias se estasforem para <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> pensar, oque não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser interessante.Só que esta conclusão levamea outra pergunta (isto é mesmoum vício) perturbadora: Oque é um político em férias?Se, como diz J. A. Saraiva,a política é para dizer mentiras,o político é o que mente,ou seja, pensa (isto, é claro,para os que pensam) e diz ocontrário, ou então, já pensasó em mentiras. Quando entra<strong>de</strong> férias, tem <strong>de</strong> se <strong>de</strong>ixar dissoe, portanto, parece-me quese corre o risco <strong>de</strong> um políticoem férias, que pense e fale,vir a dizer ver<strong>da</strong><strong>de</strong>s, o que éum perfeito <strong>de</strong>satino.Temos, portanto, que, duranteo ano, os intelectuais po<strong>de</strong>mpensar à vonta<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que senão metam em política, porquesenão per<strong>de</strong>m o estatuto <strong>de</strong> intelectuais,traindo a sua função<strong>de</strong> investigadores <strong>da</strong> Ver<strong>da</strong><strong>de</strong>.Em contraparti<strong>da</strong>, os políticospo<strong>de</strong>m mentir à vonta<strong>de</strong>durante o ano, mas, na altura<strong>da</strong>s férias, po<strong>de</strong>rão <strong>de</strong>bitar umasver<strong>da</strong><strong>de</strong>s, ou seja, transformarem-seem intelectuais . Comesta lógica na cabeça pus-meà cata <strong>de</strong> políticos "virados"intelectuais nesta altura do ano,mas não vi na<strong>da</strong> além <strong>de</strong> fogospara todos os (<strong>de</strong>s)gostos.Será que, afinal, não há políticosnem intelectuais e isto étudo uma maluqueira <strong>de</strong> férias?Há, no entanto, uma mentiritaem que acho que apanheimuitos: <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m esses "muitos"que as empresa públicas<strong>de</strong>vem ser geri<strong>da</strong>s por gentecompetente. Mas , logo que estacompetência aparece corremcom ela! O que é curioso é queaparece logo outro (intelectualou político?) que aceita ir ocuparo lugar do "corrido", apesar<strong>de</strong>, em teoria, não concor<strong>da</strong>rcom essas "corri<strong>da</strong>s"!Definitivamente, as fériasnão parecem servir para pensar!Só trazem i<strong>de</strong>ias malucase criam confusões!Para me libertar <strong>de</strong>las <strong>de</strong>i comigoa pensar (Mau! Lá estou euoutra vez!) : Não será mais fácile claro que a política procure sera expressão <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>?Loucura <strong>de</strong> férias, está bem<strong>de</strong> ver! ■| O p i n i ã o |"Utopia realista" para <strong>Leiria</strong>Já escrevemos nas páginas do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> que o Concelho necessita <strong>de</strong> umnovo ciclo <strong>de</strong> exigência <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> urbana no qual sejam consagrados,como prioritários, os seguintesaspectos:1-Facilitação <strong>de</strong> serviços qualificados, amigáveise eficientes;2- Condições <strong>de</strong> mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> interna e externaquer motoriza<strong>da</strong> quer pedonal;3- Segurança colectiva e confiança na saú<strong>de</strong>pública quanto à água, ao ar, aos resíduos ou aoruído;4- Padrões urbanísticos com quali<strong>da</strong><strong>de</strong> estéticae funcional que contribuam para a humanização<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>;5- Preservação do património distintivo e i<strong>de</strong>ntitárioentendido, também, como recurso <strong>de</strong> valoracrescentado;6- Mais e melhor espaço público que fomente asociabili<strong>da</strong><strong>de</strong>;7- Protecção dos ci<strong>da</strong>dãos enquanto consumidores<strong>de</strong> bens ou serviços e como parceiros <strong>da</strong> gestãourbana;8- Defesa <strong>da</strong> harmonia na relação entre o Homeme a Natureza, estabelecendo o justo diálogo entrezonas rurais e urbanas;9- Regulação do mercado imobiliário com mecanismos<strong>de</strong> discriminação positiva;10 - Integração <strong>da</strong>s periferias e racionalizaçãona ocupação do território.Estes <strong>de</strong>sígnios exigem uma nova concepçãoglobal <strong>de</strong> planeamento a que a filosofia tradicional<strong>da</strong> primeira geração <strong>de</strong> PDM(s) não conseguiuAssim sendo, osdocumentos <strong>da</strong>íresultantes limitaram--se a estabelecer umzonamentofuncionalista, baseadona estruturação <strong>de</strong>elementos físicos,perspectiva<strong>da</strong> parauma reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>evolução lenta eexpectável, sem sercapaz <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r oterritório como umespaço <strong>de</strong> to<strong>da</strong> aactivi<strong>da</strong><strong>de</strong> humanaPEDRO MELO BISCAIAPresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Direcção <strong>da</strong> ADLEI<strong>da</strong>r resposta a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>. Havia dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s nos instrumentostécnicos disponíveis, pouca experiência<strong>de</strong> concepção, reduzi<strong>da</strong> visão interdisciplinar, rigi<strong>de</strong>z<strong>de</strong> aplicação, constrangimentos impostos pelaburocracia <strong>da</strong> Administração Pública centralista efalta <strong>de</strong> interacção com a Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Assim sendo,os documentos <strong>da</strong>í resultantes limitaram-se aestabelecer um zonamento funcionalista, baseadona estruturação <strong>de</strong> elementos físicos, perspectiva<strong>da</strong>para uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> evolução lenta e expectável,sem ser capaz <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r o território comoum espaço <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> humana.O <strong>de</strong>safio que, agora, se coloca é envere<strong>da</strong>rpelo caminho do Planeamento Estratégico queintegra várias disciplinas <strong>de</strong> análise, que estabeleceum método selectivo e pragmático, que procura<strong>da</strong>r respostas à evolução dos contextos, queantecipa tendências, oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e <strong>de</strong>tecta ameaças,que dá gran<strong>de</strong> expressão à participação dosci<strong>da</strong>dãos como um meio <strong>de</strong> envolvência e mobilizaçãodos vários actores sociais, não só comoimperativo <strong>da</strong> ética <strong>de</strong>mocrática, mas tambémcomo processo <strong>de</strong> legitimação pública <strong>da</strong>s propostas<strong>da</strong>s administrações. Como afirma Fernan<strong>de</strong>sGuell " o planeamento estratégico aplicado aqualquer activi<strong>da</strong><strong>de</strong> humana consiste, fun<strong>da</strong>mentalmente,em conceber um futuro <strong>de</strong>sejado e emprogramar os meios concretos para alcançá-lo".No nosso Concelho é necessário essa outra atitu<strong>de</strong>,esse novo paradigma cultural, que ultrapassea gestão casuística e imediata, que busque objectivos-chave<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e que mobilize apopulação num projecto <strong>de</strong> esperança numa vi<strong>da</strong>melhor em comum. ■


18 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005■Economia■Rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> justifica<strong>da</strong> com falta <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> trabalho e baixo <strong>de</strong>semprego<strong>Empresas</strong> queixam-se <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>em recrutar colaboradoresJACINTO SILVA DUROO sector <strong>da</strong> restauração é um dos mais afectadosRecrutar colaboradores, sobretudopara trabalhos indiferenciados,é, por vezes, uma autêntica“dor <strong>de</strong> cabeça” para empresáriose comerciantes, que recorrem atodos os meios ao seu alcance paracontornar o problema. Uma rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong>justifica<strong>da</strong>, na maior partedos casos, por quem conhece osdois lados do problema, com falta<strong>de</strong> condições <strong>de</strong> trabalho.Joel Monteiro, sócio-gerente doRestaurante Malagueta Afrodisíaca,em <strong>Leiria</strong>, não escon<strong>de</strong> o seu<strong>de</strong>salento. Após quase cinco anos<strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>, a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> emencontrar colaboradores agravou--se, apesar <strong>de</strong> oferecer um nívelsalarial acima <strong>da</strong> média. Anúnciosem jornais e supermercados, envio<strong>de</strong> e-mails para escolas profissionais<strong>de</strong> todo o País, pedidos a Centros<strong>de</strong> Emprego, contactos comUnivas (Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Inserção naVi<strong>da</strong> Activa) são alguns dos mecanismosa que tem recorrido, emborasem sucesso.Os Centros <strong>de</strong> Emprego enviamlhe,por norma, pessoas já comalguma i<strong>da</strong><strong>de</strong>, que levantam objecçõesao horário. Ou então que lhedizem frontalmente preferir continuara receber do fundo <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego,que por vezes conciliam comalguns biscates, a ter um posto <strong>de</strong>trabalho. No que diz respeito aosanúncios, Joel Monteiro conta queas únicas respostas que vai obtendopartem <strong>de</strong> imigrantes, habitualmente<strong>de</strong> nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira,em situação irregular no País.Uma solução que teve <strong>de</strong> rejeitarquando constatou a burocraciaenvolvi<strong>da</strong> para ultrapassar o problema.O jovem empresário confessaque a forma que tem encontradopara ultrapassar o problema é abor<strong>da</strong>rdirectamente os colaboradores<strong>da</strong> concorrência, embora acabe porser uma solução “coxa”, pois raramenteestão disponíveis a tempointeiro. Face a esta situação, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>que <strong>de</strong>via existir uma central<strong>de</strong> recrutamento on line, com oscurrículos <strong>da</strong>s pessoas disponíveis.INVESTIMENTOPERMANENTEEM FORMAÇÃOAntónio Figueira, sócio-gerentedo Intermarché <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, MarinhaGran<strong>de</strong> e Ourém, confirma asdificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s senti<strong>da</strong>s por Joel Monteiro,que justifica com o facto dossupermercados estarem abertos aosfins-<strong>de</strong>-semana e feriados. “Há 15anos que emprego diariamente”,assegura. Embora tenha consciênciaque os horários não são os maisa<strong>de</strong>quados para quem tem família,garante que “os empregadosfazem exactamente as 40 horassemanais e são pagos a duplicaraos fins-<strong>de</strong>-semana, como em qualqueroutra profissão”.Segundo António Figueira, oproblema agrava-se habitualmenteno período do Verão e <strong>da</strong>s vindimas.A rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> colaboradoresimplica, por outro lado, uminvestimento permanente em formação.Apesar <strong>de</strong> tudo, o empresárioacredita que a situação económicado País gerou maisestabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. “Sentimos mais cui<strong>da</strong>do<strong>da</strong> parte <strong>da</strong>s pessoas em querermanter o emprego e outras aprocurar. É ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que a crise existee é real”, afirma.No sector industrial, a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>em recrutar pessoas é senti<strong>da</strong>especialmente nas empresas quetrabalham por turnos. Pedro Faria,presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Associação Empresarial<strong>da</strong> Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (Nerlei),justifica essa situação com o facto<strong>de</strong> praticamente não existir<strong>de</strong>semprego na região. Além disso,acredita que muitas pessoas preferemcontinuar a receber do fundo<strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego. “O que <strong>de</strong>tectamosé que gran<strong>de</strong> parte dos jovens estámais interessa<strong>da</strong> no seu bem-estardo que no que vai ganhar. Isso há<strong>de</strong>z anos não acontecia”, diz.Ana Paula Neves, técnica superiordo Centro <strong>de</strong> Emprego <strong>da</strong> MarinhaGran<strong>de</strong>, confirma que existemcasos <strong>de</strong> pessoas a receber do fundo<strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego que não mostramdisponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> para aceitaras propostas <strong>de</strong> trabalho que vãosurgindo. Mas garante que, nessassituações, é proposto <strong>de</strong> imediatoo corte do subsídio, assim comonos casos em que têm conhecimento,por intermédio <strong>da</strong>s empresas,que recusam as ofertas <strong>de</strong>emprego por preferirem continuara receber subsídio.A técnica do Centro <strong>de</strong> Emprego<strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong> sublinha,porém, que nem sempre as empresasoferecem as condições <strong>de</strong> trabalhomais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s. A título <strong>de</strong>exemplo, refere casos <strong>de</strong> firmas,com as quais <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> trabalhar,porque não cumpriam a lei.Maus horários, remunerações baixase falta <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação do perfil<strong>da</strong> pessoa ao posto <strong>de</strong> trabalho sãooutros dos motivos invocados porAna Paula Neves para justificar ofacto <strong>de</strong> algumas empresas estaremsistematicamente à procura <strong>de</strong>colaboradores.GANHAR BEME FAZER POUCO“Diz-se que há muito <strong>de</strong>sempregoe que não há pessoas paratrabalhar nas empresas, mas issonão é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>. Tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong>vonta<strong>de</strong> <strong>da</strong>s pessoas que, por norma,querem ganhar bem e fazerpouco”, afirma Maria João Sebastião,directora <strong>da</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>e <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha <strong>da</strong>Vedior/Psicoemprego.A responsável pela empresa <strong>de</strong>recursos humanos refere, por outrolado, que há candi<strong>da</strong>tos que ain<strong>da</strong>não estão mentaliza<strong>da</strong>s paratrabalhar aos fins-<strong>de</strong>-semana, porquestões familiares, o que penalizasobretudo o sector <strong>da</strong> hotelaria.Refere ain<strong>da</strong> o caso <strong>de</strong> pessoas quenão se a<strong>da</strong>ptam ao posto <strong>de</strong> trabalho,por exemplo, com fornoscerâmicos.Na perspectiva do candi<strong>da</strong>to aemprego, Maria João Sebastiãoadianta que o tipo <strong>de</strong> trabalho, azona on<strong>de</strong> se situa a empresa e oshorários são os aspectos mais valorizados,embora o vencimento tambémseja importante.António Marcelino, <strong>da</strong> comissãoexecutiva <strong>da</strong> União dos Sindicatosdo Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, consi<strong>de</strong>ra,por seu turno, que o ambiente<strong>de</strong> trabalho é indispensável paraexistir estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> laboral, assimcomo a perspectiva <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r progredirna empresa e ter um or<strong>de</strong>nadomais elevado. A rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong>verifica<strong>da</strong> em <strong>de</strong>terminadossectores é justifica<strong>da</strong> com condições<strong>de</strong> trabalho precárias, nomea<strong>da</strong>mentecontratos <strong>de</strong> trabalho unsatrás dos outros. Quanto aos <strong>trabalhadores</strong>que são acusados <strong>de</strong>preferir estar a receber subsídio <strong>de</strong><strong>de</strong>semprego, confirma que em todoo lado há irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s, emboranão acredite que se possa generalizar,até porque é uma situaçãotransitória. ■Alexandra Barata


| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA |1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | 19Investimento superior a 450 mil eurosTchi-ki-pum oferece espaçoe quali<strong>da</strong><strong>de</strong>O infantário Tchi-ki-pum, emTouria, Pousos, abriu as portas,no sábado, aos pais e filhos apenaspara mostrar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e oespaço que oferece para ser asegun<strong>da</strong> casa dos mais pequenos.A abertura oficial do infantárioain<strong>da</strong> não tem <strong>da</strong>ta marca<strong>da</strong>,mas segundo os responsáveis“está para breve”.Com um investimento na or<strong>de</strong>mdos 450 mil euros, o Tchi-ki-pumé um projecto familiar, que nasceuhá cerca <strong>de</strong> quatro anos. “Aminha mãe foi professora primária,o meu pai professor, aminha irmã formou-se recentemente,ou seja, os sócios estãopraticamente todos ligados a estaárea”, adiantou Carlos Oliveira,um dos proprietários.O Tchi-ki-pum quer diferenciar-se<strong>da</strong>s outras empresas domesmo ramo pela “quali<strong>da</strong><strong>de</strong> doserviço”. “Essa será a nossa melhorpublici<strong>da</strong><strong>de</strong>”, sublinha Carlos Oliveira,referindo que, até àquelaEntre 17 e 25 <strong>de</strong> Setembro<strong>da</strong>ta, já tinham um terço <strong>da</strong>svagas preenchi<strong>da</strong>s.O infantário estará aberto entreas 7:45 horas e as 19:15 horas,“sendo possível alargar o horárioposteriormente”. O espaço estápreparado para receber 50 crianças,dos quatro meses aos cincoanos.Situado num local calmo, <strong>de</strong>fácil acesso e com um bom parque<strong>de</strong> estacionamento, o Tchiki-pumsurge como uma alternativapara os pais que passamnos Pousos para ir trabalhar em<strong>Leiria</strong>, mas também para as crianças<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.“O preço <strong>da</strong>s mensali<strong>da</strong><strong>de</strong>sestá <strong>de</strong>ntro do praticado e talvezaté esteja abaixo <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>do serviço”, refere CarlosOliveira, revelando que as criançasmais velhas terão oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r Inglês e Informática.■Elisabete CruzSalão do Vidro promove encontro <strong>de</strong> empresasELISABETE CRUZO Tchi-ki-pum é uma empresa familiarO Parque Municipal <strong>de</strong> Exposições<strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong> vai sero palco do terceiro Salão Internacionaldo Vidro, entre 17 e 25<strong>de</strong> Setembro.Com o objectivo <strong>de</strong> promovero encontro <strong>de</strong> empresas, artesãos,artistas, instituições e profissionaisdo sector vidreiro, este é umespaço vocacionado para a exposição<strong>de</strong> produtos fabricados emvidro, matérias-primas, fornos,maquinaria diversa e utensílios,entre outros artigos utilizadospelas empresas e oficinas <strong>de</strong> vidro.Durante o certame, vidreirosprofissionais farão <strong>de</strong>monstraçõesao vivo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong>vidro e serão realizados atelierspara crianças, conferências, visitasguia<strong>da</strong>s a empresas e ao museudo vidro, espectáculos <strong>de</strong> animaçãocultural e um <strong>de</strong>sfile <strong>de</strong>mo<strong>da</strong> com bijutaria em vidro promovidopela ACIMG – AssociaçãoComercial e Industrial <strong>da</strong>Marinha Gran<strong>de</strong>.Em simultâneo, <strong>de</strong>correrá noPavilhão nº2 do Parque Municipal<strong>de</strong> Exposições, a Feira do projecto“Vidro SO”, que tem comoobjectivo o conhecimento do tecidoindustrial e empresarial locale apoiar novas activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, preservandoe valorizando as técnicase os ofícios vidreiros.A organização <strong>de</strong>stes dois certamesé <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>Câmara Municipal <strong>da</strong> MarinhaGran<strong>de</strong>. ■Marinha Gran<strong>de</strong>Obras doUrbcomarrancam hojeArranca hoje a segun<strong>da</strong> fasedo programa Urbcom na MarinhaGran<strong>de</strong>. Os trabalhos vãoincidir na requalificação do“centro tradicional” <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,um investimento <strong>de</strong> cerca<strong>de</strong> 200 mil euros que passapela renovação <strong>da</strong>s infra-estruturasenterra<strong>da</strong>s <strong>de</strong> águas,saneamento doméstico e pluvial,dos pavimentos, colocação<strong>de</strong> novo mobiliário urbano,eliminação <strong>da</strong>s barreirasarquitectónicas e remo<strong>de</strong>lação<strong>da</strong> re<strong>de</strong> viária.Esta intervenção, inicialmenteprevista para o primeirosemestre <strong>de</strong>ste ano, foi adia<strong>da</strong><strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma resoluçãoconsensual, toma<strong>da</strong> em Julho,pela autarquia e pela Direcção<strong>da</strong> Associação Comerciale Industrial <strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong>(ACIMG). As duas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>sreuniram e pon<strong>de</strong>raramquais seriam os transtornosprovocados pelas obras, tendoacor<strong>da</strong>do uma recalen<strong>da</strong>rizaçãodos trabalhos para estemês.As obras serão executa<strong>da</strong>s <strong>de</strong>forma gradual na Praça GuilhermeStephens, Rua AlexandreHerculano, Rua ÁlvaroCoelho, Rua Diogo Stephens,Rua Machado dos Santos, RuaMarquês <strong>de</strong> Pombal e Rua PereiraCrespo, <strong>de</strong> modo a permitiro melhor funcionamentopossível do comércio na zonaabrangi<strong>da</strong>, prevendo-se que aintervenção esteja concluí<strong>da</strong>no início <strong>de</strong> 2006.O projecto <strong>de</strong> arranjos exterioresdo “centro tradicional”teve a colaboração do Departamento<strong>de</strong> Engenharia Civil<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra,na <strong>de</strong>finição <strong>da</strong> estrutura viária.| F r e n t e a F r e n t e |A Deco foi a primeiraenti<strong>da</strong><strong>de</strong> a falarnos perigos do sobreendivi<strong>da</strong>mento.Convémdistinguir estefenómeno do <strong>de</strong>endivi<strong>da</strong>mento, quepo<strong>de</strong> ser saudável econstituir uma melhoriana quali<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Pressiona<strong>da</strong>spela publici<strong>da</strong><strong>de</strong>e pelos estilos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, algumas pessoas nemsempre fazem um planeamento a<strong>de</strong>quado e incorremem sobre-endivi<strong>da</strong>mento. Enten<strong>de</strong>mos que abanca, ao conce<strong>de</strong>r crédito não <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente analisadoé cúmplice <strong>de</strong>sta situação. Há ain<strong>da</strong> um grupo<strong>de</strong> consumidores que contrata o crédito em boafé, mas que <strong>de</strong>vido a alterações profun<strong>da</strong>s nas suasvi<strong>da</strong>s caem em sobre-endivi<strong>da</strong>mento. Propomos oacompanhamento <strong>de</strong>ssas pessoas que <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong>ter possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cumprir esses compromissos.Há ain<strong>da</strong> a questão do crédito com taxas <strong>de</strong> jurovariáveis que po<strong>de</strong>m causar complicações a prazo.Jorge Morgado, secretário-geral <strong>da</strong> DecoO Banco <strong>de</strong> Portugalrevelou na semanapassa<strong>da</strong> que as dívi<strong>da</strong>s<strong>da</strong>s famílias portuguesasultrapassam os seusrendimentos e que osmais penalizados comesta situação são osjovens. A banca nãoconcor<strong>da</strong> e assegura quenão há razões paraalarme, uma vez que,segundo <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> umestudo efectuado peloBPI, o património <strong>da</strong>sfamílias é superior aorendimento disponível.Como comenta estasituação?Existem algumasrazões parapreocupação,nomea<strong>da</strong>mente nocaso dos jovens.Trata-se <strong>de</strong> umafranja <strong>da</strong> populaçãoque está maisexposta às subi<strong>da</strong>s<strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> juro emesmo à per<strong>da</strong> doemprego. Uma situaçãoque ocorre bastante entre a populaçãomais jovem. O estudo do Banco <strong>de</strong> Portugalrefere que as dívi<strong>da</strong>s têm aumentado porqueca<strong>da</strong> vez mais famílias recorrem ao crédito, ouseja, há um maior número <strong>de</strong> pessoas a contratarestes serviços. Este fenómeno traduz-sena tendência para a redução <strong>da</strong> percentagem<strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento, verifica<strong>da</strong> no último ano,<strong>de</strong> 120 para 118 por cento do rendimento familiardisponível.Rui Santos,director do Banco Espirito Santo, <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>(área <strong>de</strong> private banking)<strong>Leiria</strong>Serviços<strong>de</strong> segurançae higieneno trabalhoA Manuel Martins – Serviços<strong>de</strong> Engenharia, L<strong>da</strong>. é a primeirafirma <strong>da</strong> região Centroe a segun<strong>da</strong> a nível nacionala receber autorização paraprestação <strong>de</strong> serviços externosna área <strong>de</strong> segurança ehigiene no trabalho. Um <strong>de</strong>spachodo Ministério do Trabalhoe <strong>da</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> Social,<strong>da</strong>tado <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Junho e publicadono Diário <strong>da</strong> República,no passado dia 25, confere aesta empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> a facul<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> actuar nestas áreas.■


20 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | PUBLICIDADE | JORNAL DE LEIRIA |


| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA |1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | 21| Entrevista|Manuel Saraiva, empresário, Ourém“Não sou a<strong>de</strong>pto dos subsídios às empresas”Os <strong>trabalhadores</strong> portugueses “não são piores que os outros”, mas acomo<strong>da</strong>m-se porque há umasistema instalado que leva a isso. Manuel Saraiva, administrador <strong>da</strong> Vigobloco, diz que é precisocriar condições para as empresas serem mais produtivas, mas não <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> os subsídios, por servisível que muitas <strong>da</strong>s empresas que os receberam “morreram ao fim <strong>de</strong> poucos anos”. Melhoraras vias <strong>de</strong> comunicação é uma <strong>da</strong>s priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s que aponta.RAQUEL SOUSA SILVAdos subsídios às empresas. Já vimos quea maior parte <strong>da</strong>s empresas que receberamincentivos morreram ao fim <strong>de</strong> poucosanos, porque se habituaram mal.JL – O que é então necessário mu<strong>da</strong>r?MS – Penso que um dos aspectoson<strong>de</strong> é essencial apostar é na formaçãoprofissional, não só aos <strong>trabalhadores</strong>mas também aos empresários. Muitospensam que, por serem empresários, nãoprecisam <strong>de</strong> trabalhar e que a empresatem que <strong>da</strong>r lucro sem esforço. Há falta<strong>de</strong> formação. E é também uma questão<strong>de</strong> mentali<strong>da</strong><strong>de</strong>s. O sistema contribuipara isso e as pessoas estão malhabitua<strong>da</strong>s. ■Raquel <strong>de</strong> Sousa SilvaPercursoManuel Saraiva diz que a Vigoblococomeçou “quase por brinca<strong>de</strong>ira”.Emigrante, constatou durante umasférias em Portugal, em 1977, que nãohavia muitas empresas a fabricar blocos<strong>de</strong> construção, um produto “simples”,para o qual havia gran<strong>de</strong> procura.Convidou o cunhado aaventurar-se com ele no lançamento<strong>de</strong> uma fábrica, que entretanto acolheuo interesse <strong>de</strong> outros amigos. AVigobloco nasceu vocaciona<strong>da</strong> para ofabrico <strong>da</strong>quele produto, mas <strong>de</strong>poispassou também a produzir vigotas etravessas para os caminhos-<strong>de</strong>-ferro.■JORNAL DE LEIRIA (JL) - A Vigoblocoactua em áreas que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>mem boa parte <strong>de</strong> investimentos públicos,on<strong>de</strong> parece haver ca<strong>da</strong> vez maiortendência para cortes. Como encara ofuturo?Manuel Saraiva (MS) – Não vejo ofuturo com bons olhos. Dentro <strong>de</strong> dois outrês anos não haverá melhorias. Deviahaver mais agressivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> parte doGoverno. O problema não está nas empresas,a maior parte são boas e tudo fazempara se <strong>de</strong>senvolver. O exemplo <strong>de</strong>via vir<strong>de</strong> cima, mas não vem. Há muita burocracia,que nos impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> avançar. Ain<strong>da</strong>há tempos precisámos <strong>de</strong> alterar osturnos na fábrica e <strong>de</strong>morámos imensotempo até conseguirmos. Isto não aju<strong>da</strong>na<strong>da</strong>. A legislação é rígi<strong>da</strong>. E ain<strong>da</strong> háoutro problema: há muita concorrência,logo as margens são muito reduzi<strong>da</strong>s e ascobranças estão muito difíceis. Não hámeio <strong>de</strong> conseguirmos que as empresaspaguem, quando o Estado continua a <strong>da</strong>ro exemplo, sendo tão mau pagador.JL - Que estratégias tem seguido paraalargar e consoli<strong>da</strong>r a vossa activi<strong>da</strong><strong>de</strong>?MS – Temos vindo a fugir <strong>da</strong>s áreason<strong>de</strong> há mais concorrência, apostandonoutras. O que nos obriga a gran<strong>de</strong>s investimentostodos os anos, em novos produtos,novos equipamentos e mol<strong>de</strong>s. Masmesmo assim é difícil.JL – Muito se tem falado no TGV ena Ota e no impacto que po<strong>de</strong>riam terna dinamização <strong>da</strong> economia portuguesa.Acredita que são obras imprescindíveisou há outras priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s?MS – Para mim, seria muito bom seestas obras fossem avante, já que a empresaestá prepara<strong>da</strong> para fazer travessas parao TGV ou, pelo menos, uma gran<strong>de</strong> parte<strong>de</strong>las. Não havendo TGV, não há negócio.Mas na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, parece-me que oprojecto <strong>de</strong>senhado é um investimentomuito pesado para o País, do qual nãohaverá retorno. Por isso, entendo que se<strong>de</strong>veria apenas avançar com a ligação Lisboa/Madrid.Quanto ao aeroporto <strong>da</strong> Ota,também po<strong>de</strong>ria dinamizar a economia,mas, <strong>da</strong>do o seu custo e a crise em queestamos, não é a melhor altura para ofazer. Penso que a priori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>veria irpara as vias <strong>de</strong> comunicação.JL – Porquê?MS – O que <strong>de</strong>senvolve as regiões e asempresas são as vias <strong>de</strong> comunicação.Nós, por exemplo, estamos isolados. Hátantos anos que se fala no IC9, mas nuncamais se faz. Ain<strong>da</strong> há dias saiu um carrocom material nosso que se virou a meiodo percurso, porque havia um buraco naestra<strong>da</strong>. Isto causa prejuízos. Não tem sentido<strong>de</strong>morar quase uma hora <strong>da</strong>qui [Caxarias]a <strong>Leiria</strong>.JL – Muito se tem falado na questão<strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>,indicadores nos quais Portugal continuaatrás dos outros países <strong>da</strong> Europa. Quaisas razões para esta situação, no seuenten<strong>de</strong>r?MS – Penso que os portugueses nãosão piores que os outros. É preciso incentivá-los,<strong>da</strong>r-lhes formação e pagar bem.O que se constata é que as pessoas se acomo<strong>da</strong>mum bocado, porque o sistema levaa isso. O sistema é o futebol, o fado e Fátima.As coisas não an<strong>da</strong>m, “emperram”em certos sítios e isso prejudica o an<strong>da</strong>mento<strong>da</strong> economia. Penso que o principalculpado <strong>de</strong>sta situação são os governos,porque não criam condições para queas empresas sejam mais produtivas. Faloem questões estruturais, não sou a<strong>de</strong>pto


22 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |AlcobaçaCentrohortofrutícolape<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>ao GovernoO secretário <strong>de</strong> Estado doDesenvolvimento Rural e <strong>da</strong>sFlorestas, Rui Nobre Gonçalves,não <strong>de</strong>ixou qualquer novi<strong>da</strong><strong>de</strong>em Alcobaça, por ocasião<strong>da</strong> visita que efectuou nasexta-feira ao Centro Operativoe Tecnológico HortofrutícolaNacional (COTHN) e àEstação Nacional <strong>de</strong> FruticulturaVieira Nativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Rui Nobre Gonçalves, que veiosobretudo para ouvir, ficou aconhecer as especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>da</strong> produção hortofrutícola naregião, mas também saiu <strong>de</strong>Alcobaça com um pedido evárias preocupações, <strong>de</strong>ixa<strong>da</strong>spelos responsáveis <strong>da</strong>quelasinstituições.Alcobaça (como to<strong>da</strong> a regiãoOeste) é a única zona hortofrutícolado País que não temreservas <strong>de</strong> água, estando completamente<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> pluviosi<strong>da</strong><strong>de</strong>.A preocupação foimanifesta<strong>da</strong> pelos responsáveisdo centro, que ouviramo secretário <strong>de</strong> Estado mostrarabertura à criação <strong>de</strong> minihídricas.O COTHN pediu também acolaboração do Governo paraa criação <strong>de</strong> uma organizaçãoque facilite o diálogo entreprodutores e consumidores.Os responsáveis preten<strong>de</strong>mconstituir um grupo <strong>de</strong> trabalhoque inclua o centro,através <strong>da</strong> Confe<strong>de</strong>ração dosAgricultores Portugueses, asca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> super e hipermercadose representantes dosMinistérios <strong>da</strong> Agricultura e<strong>da</strong>s Finanças. “Estamos disponíveispara facilitar a criação<strong>de</strong>ssa associação”, garantiuRui Nobre Gonçalves.O governante elogiou os níveis<strong>de</strong> qualificação do COTHN elembrou que o sector hortofrutícolaestá inserido “na partecompetitiva <strong>da</strong> nossa agricultura”.Motivos que levaramo responsável a concluir que“a aposta na certificação serevelou um sucesso”.Quanto à Estação Vieira Nativi<strong>da</strong><strong>de</strong>,na<strong>da</strong> <strong>de</strong> novo. “Temosaqui o património, mas faltanoso capital humano. Temos<strong>de</strong> ir à procura <strong>da</strong>s pessoas certaspara trabalhar aqui”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>uRui Nobre Gonçalves, quereconheceu que “o que temsido feito na área <strong>da</strong> investigaçãonão está ao nível do queo País precisa”.Lembrando que os portugueses“comem muita fruta quenão é nacional”, e que “a hortofruticulturaé um dos sectoresmais dinâmicos a nívelnacional”, o secretário <strong>de</strong> Estado<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u: “Alcobaça tem<strong>de</strong> continuar a ser a ‘capital’<strong>da</strong> hortofruticultura”. ■Ana Ferraz PereiraObras <strong>de</strong> requalificação no Rossio <strong>de</strong> Alcobaça‘Novo’ centro históricodivi<strong>de</strong> comerciantesPassam poucos minutos <strong>da</strong>s <strong>de</strong>zhoras. O centro histórico <strong>de</strong> Alcobaçacomeça a ganhar a vi<strong>da</strong>. Seisdias após a inauguração <strong>da</strong>s obras<strong>de</strong> requalificação urbana, fomosconhecer as expectativas <strong>de</strong> algunscomerciantes do Rossio e <strong>da</strong> PraçaD. Afonso Henriques.As opiniões dos lojistas divergemsobre o projecto <strong>da</strong> autoria doarquitecto Gonçalo Byrne, tornadoreal por Gonçalves Sapinho,presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara.Nas próximas semanas, ManuelSimão vai abrir uma cervejaria/marisqueiraentre a Praça D.Afonso Henriques e <strong>da</strong> República.“Penso que é o momento i<strong>de</strong>al parainvestir na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>”. O futuro comercianteadianta que há a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> abrir no centro históriconegócios rentáveis que se a<strong>de</strong>quemao “novo estilo do Rossio”.Assim, Manuel Simão vai alteraro mobiliário <strong>da</strong> futura cervejaria,porque consi<strong>de</strong>ra o actual “muitopesado”. É um “espaço estratégicoque merece nova <strong>de</strong>coração”.Vive na Nazaré mas <strong>de</strong>cidiuapostar no comércio em Alcobaça.José Oliveira é o novo proprietário<strong>da</strong> Cafetaria D. Pedro.Foi há dois meses que aquelejovem adquiriu o café em frenteao mosteiro. José Oliveira refereque se as ven<strong>da</strong>s se mantiverem éum negócio para continuar. “Ain<strong>da</strong>não tenho razão <strong>de</strong> queixa, maso melhor será <strong>de</strong>ixar chegar o Invernopara ver o que acontece”.A Cafetaria D. Pedro foi palco<strong>de</strong> obras, que, segundo José Oliveira,tornam o espaço mais atractivo.“Temos que oferecer aos clientesum ambiente confortável eagradável, caso contrário nãoentram”, justifica o comerciante.Há 32 anos que Joaquim Matiasé proprietário <strong>da</strong> Tabacaria Rossio.Nos últimos meses, após o início<strong>da</strong>s obras, assistiu a uma quebra<strong>de</strong> 60 por cento nas ven<strong>da</strong>s.LUCI PAISVETERANOSDESCONTENTESDo “novo” Rossio não esperagran<strong>de</strong>s melhorias, até porque asven<strong>da</strong>s se mantêm baixas. O facto<strong>de</strong> não circularem automóveisfrente ao Mosteiro não agra<strong>da</strong> aJoaquim Matias. “Tinha clientesque passavam aqui todos os diasantes <strong>de</strong> seguirem para o trabalho,infelizmente já não os tenho”,testemunha.Sobre o projecto <strong>de</strong> GonçaloByrne, Joaquim Matias mantéma mesma opinião <strong>de</strong> há um ano.“Sou a favor <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong>requalificação contra esta requalificação”.O comerciante é <strong>da</strong>opinião que as obras representamum vazio naquela Praça,para além <strong>de</strong> que ali a temperatura“aumenta três a quatrograus”. “Quem é que conseguean<strong>da</strong>r aqui assim?”, questionaA Câmara <strong>de</strong> Alcobaça é, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>terça-feira, proprietária <strong>da</strong> Quinta<strong>da</strong> Serra, terreno comprado porcinco milhões <strong>de</strong> euros à famíliaVeríssimo, com o objectivo <strong>de</strong>implantar a Área <strong>de</strong> LocalizaçãoEmpresarial (ALE) <strong>da</strong> Benedita.“Este é um dia histórico”, disseJosé Gonçalves Sapinho, presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> autarquia, que lembrou as sessõespúblicas realiza<strong>da</strong>s na Beneditae os dois estudos <strong>de</strong> viabili<strong>da</strong><strong>de</strong>efectuados a pedido <strong>da</strong> Câmara.“Foi um negócio a céu aberto”,disse, manifestando “gran<strong>de</strong> satisfação”pelo preço <strong>de</strong> compra.O terreno, com uma área <strong>de</strong> 160hectares, foi adquirido por 5.5milhões <strong>de</strong> euros, a pagar até 2008sem juros. A autarquia prevê intervirnuma área até 100 hectares.O contrato dá ao município plenospo<strong>de</strong>res para dispor do terrenopara outros fins. “Supondo queHouve vários comerciantes que aproveitaram para fazer obraso empresário.A mesma opinião é partilha<strong>da</strong>por Maria Alice Rijo, proprietária<strong>de</strong> uma loja com o mesmonome. “Há 28 anos que aquiestou e nunca vivi algo igual.Isto é uma miséria”, constata. Ofacto do material aplicado nosolo frente ao Mosteiro impedira passagem, <strong>de</strong>sagra<strong>da</strong> aos comerciantes.“Agora os turistas e visitantessó utilizam um corredor.Quando se faz uma obra temque se pensar em tudo”, afirmaMaria Alice Rijo.Joaquim Matias sublinha que,em consequência disso, a circulaçãofrente à sua loja, diminuiusignificativamente. “Agorasó há um corredor para chegarao Mosteiro. Isto assim não po<strong>de</strong>ser”. Porém, o lojista faz questão<strong>de</strong> salientar que nem tudoestá mal nas obras. “Os chapéusPara implantar Área <strong>de</strong> Localização Empresarial <strong>da</strong> BeneditaCâmara <strong>de</strong> Alcobaçacompra Quinta <strong>da</strong> Serraque colocaram nas esplana<strong>da</strong>ssão bonitos e embelezam a rua”.António Laureano, proprietáriodo Café Restaurante Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>,diz que ain<strong>da</strong> é cedo parafalar, mas adianta que o facto<strong>da</strong>s viaturas passarem frente aoseu estabelecimento, mesmo apenasa título excepcional, é uminconveniente. “Quando servirmosclientes na esplana<strong>da</strong> temos<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar os carros passar primeiro”.A maioria dos comerciantes fezquestão <strong>de</strong> afirmar que faltamespaços ver<strong>de</strong>s frente ao Mosteiro.“Não gosto dos materiais utilizadosnas obras, porque faltamelementos como a água e o ver<strong>de</strong>.A Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cister <strong>de</strong>via serrespeita<strong>da</strong> uma vez que eram fra<strong>de</strong>sagrícolas”, argumenta JoaquimMatias. ■Luci Paisnão é possível implantar a ALE, aCâmara po<strong>de</strong> <strong>da</strong>r outro <strong>de</strong>stino aoterreno, pagando mais uma prestação”,explicou Gonçalves Sapinho.A autarquia reunirá em brevecom responsáveis do Parque Natural<strong>da</strong>s Serras <strong>de</strong> Aire e Can<strong>de</strong>eiros,seguindo-se contactos junto<strong>da</strong>s instâncias competentes,tendo em vista a obtenção dospareceres e autorizações necessáriasao avanço do projecto.Recor<strong>de</strong>-se que aquele terrenoestá em Reserva Ecológica Nacional.“A Quinta <strong>da</strong> Serra vai <strong>da</strong>ruma projecção muito gran<strong>de</strong> àBenedita”, disse Manuel AntónioVeríssimo, um dos ven<strong>de</strong>dores,no acto <strong>da</strong> escritura, lembrandoos dois anos <strong>de</strong>negociações com a autarquia.■AFP


| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA | AUTOMÓVEL |1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | 23Peugeot renovadoLPM mostra novo 307A LPM, distribuidor <strong>da</strong> marcaPeugeot em <strong>Leiria</strong> e Pombal, estáa apresentar, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> hoje, a maisrecente versão do 307.O <strong>de</strong>sign do novo mo<strong>de</strong>lo foipensado para ser mais agressivo e“felino”, aspecto que foi levado aoextremo com faróis mais estiradose um novo <strong>de</strong>senho do pára-choques.As versões mais <strong>de</strong>sportivasforam equipa<strong>da</strong>s com uma grelhapreta, com pequenas barras croma<strong>da</strong>s,e novos faróis <strong>de</strong> nevoeiro,também <strong>de</strong> contorno cromado.Este tom surge ain<strong>da</strong> na traseirado veículo, aplicado aos farolins.No interior, o 307 recebeu painéis<strong>de</strong> instrumentos que variamconsoante o estilo e o nível <strong>de</strong> equipamento,com aplicações <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iraou alumínio.A versão cabrio do mo<strong>de</strong>lo, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>307 CC, é composta pelas versõesDynamique e Sport e as restantesadoptam os nomes Premium,Executive, Sport e Griffe, tambémutiliza<strong>da</strong>s no mo<strong>de</strong>lo 407.No capítulo <strong>da</strong> segurança, oautomóvel está equipado com ABScom repartidor electrónico <strong>de</strong> travagem,assistência à travagem <strong>de</strong>emergência, acompanha<strong>da</strong> do acendimentoautomáticos dos quatropiscas, travões <strong>de</strong> disco, célula <strong>de</strong>Habitua<strong>da</strong> ao SUV que conduzno dia-a-dia, Ana Almei<strong>da</strong>,secretária-geral <strong>da</strong> Acilis- Associação Comercial e Industrial<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Batalha e Porto<strong>de</strong> Mós estranhou um poucoa posição <strong>de</strong> condução doFocus Wagon, veículo escolhidopara “Carro dos outros”<strong>de</strong>sta semana.Mas, ao fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>z minutosa conduzir pelas ruas movimenta<strong>da</strong>s<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Ana Almei<strong>da</strong>admitia que já nem notavaa diferença em relação ao seucarro. Instantes mais tar<strong>de</strong>, jáno trânsito do IC2, <strong>da</strong>va largasaos seus dotes <strong>de</strong> automobilista.“Tenho carta há mais <strong>de</strong> 20anos e sempre fui praticante <strong>de</strong>uma condução <strong>de</strong>fensiva. Razãopela qual nunca tive um únicoaci<strong>de</strong>nte”, contava.De regresso à ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, a paragemnum semáforo vermelhoproporcionou a <strong>de</strong>sculpa perfeitapara um arranque maismusculado. Com o pé no acelerador,Ana Almei<strong>da</strong> experimentoua sensação <strong>de</strong> libertar <strong>de</strong> umaDRAna Almei<strong>da</strong>, secretária-geral <strong>da</strong> Acilis| O carro dos outros|Um motor <strong>de</strong> colar ao bancoJACINTO SILVA DUROsobrevivência, seis airbags, apoio<strong>de</strong> pé esquerdo activo, avisador <strong>de</strong>cinto <strong>de</strong> segurança não fechado efixações Isofix.No capítulo dos motores, a Peugeotadopta uma solução já utiliza<strong>da</strong>pela Opel, ao dotar o 307 cabrioMarca francesa aposta numa versão diesel para o cabriocom uma versão diesel <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>HDi FAP. Uma motorização poucocomum neste tipo <strong>de</strong> veículos.Com um motor <strong>de</strong> 2.0 l e 16V, opropulsor <strong>de</strong>bita 136 cv e 320 Nm<strong>de</strong> binário, às duas mil rotações porminuto.A marca francesa a<strong>da</strong>ptouain<strong>da</strong> mais três motores a estenovo mo<strong>de</strong>lo. O primeiro é o1.4 16V, <strong>de</strong> 90 cv, seguindo-seo 1.6i 16 V, <strong>de</strong> 110 cv, e ain<strong>da</strong>o 1.6 Hdi, 90 cv. ■só vez os 109 cv do motor diesel.“A primeira e a segun<strong>da</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong>scolam-nos no banco!Só é pena algum ruído no habitáculo”.Um <strong>de</strong>sign sóbrio e irrepreensívelno painel <strong>de</strong> instrumentosfez a secretária-geral <strong>da</strong>Acilis divagar sobre o tipo <strong>de</strong>revestimento mais fácil <strong>de</strong> limpar.“O preto suja-se muito”.A meio do “test-drive”, AnaAlmei<strong>da</strong> <strong>de</strong>cidiu confessar: “Sinto-mecomo no exame <strong>de</strong> conduçãoe o pior é o seu bloco <strong>de</strong>notas”, dizia para o jornalistasentado no banco do pendura.O JORNAL DE LEIRIA agra<strong>de</strong>ceà Auto-<strong>Leiria</strong>, representanteFord, a cedência do FordFocus ensaiado por Ana Almei<strong>da</strong>.■Ford FocusWagon 1.6TDCi TitaniumCombustível: gasóleoCilindra<strong>da</strong>: 1.6 ccPotência: 109cvVeloci<strong>da</strong><strong>de</strong> máxima: 188km/hAceleração: 0 a 100 em 10.9segundosConsumo combinado: 4.8lConsumo estra<strong>da</strong>: 4lConsumo ci<strong>da</strong><strong>de</strong>: 6.2lPreço: 27.800 eurosBREVES■InquéritoI<strong>de</strong>ntificarautomóveisaci<strong>de</strong>ntadosA empresa automóvel norte-americanaCarMax promoveu uminquérito para apurar quais ossinais mais evi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> que umveículo esteve envolvido numaci<strong>de</strong>nte. De um total <strong>de</strong> 47.500respostas, 72 por cento dos inquiridosconsi<strong>de</strong>rava que uma novapintura no carro indicava queeste já teria sofrido um sinistro.Dezasseis por cento referia asmarcas <strong>de</strong>ixa<strong>da</strong>s por reboques.As amolga<strong>de</strong>las foram o sinalapontado por <strong>de</strong>z por cento,enquanto, para dois por cento,foram indicados os riscos. Apesar<strong>da</strong> maioria dos inquiridosacreditar que a nova pintura doautomóvel era o motivo mais evi<strong>de</strong>nte,os especialistas <strong>da</strong> CarMaxsublinham que esta não significaque um veículo tenha sofridoum aci<strong>de</strong>nte.Nova geração KiaRio mais“europeu”A segun<strong>da</strong> geração do Kia Riofoi melhora<strong>da</strong> a pensar nos gostoseuropeus. O automóvel apresentaagora uma carroçaria <strong>de</strong>2.5 volumes, um motor maispotente e formas arredon<strong>da</strong><strong>da</strong>s,que o tornam mais mo<strong>de</strong>rno edinâmico. De dimensões maiscompactas que o seu antecessor,surge, porém, com uma capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> mala a atingir os 1145litros. No capítulo <strong>da</strong> segurançaforam adicionados o ESP e airbagsfrontais e laterais.Sport HatchNova versão<strong>de</strong>sportivaSaabSport Hatch é o nome <strong>da</strong> maisrecente carrinha Saab. Este mo<strong>de</strong>losuce<strong>de</strong> ao Sport Se<strong>da</strong>n, doqual her<strong>da</strong> os mesmos padrões<strong>de</strong> <strong>de</strong>sign e quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas distinguindo-seem melhorias nahabitabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>.A mala, cujo volume chegaaos 1273 litros, po<strong>de</strong> ser equipa<strong>da</strong>com o sistema <strong>de</strong>arrumação “TwinFloor”. A segurança<strong>da</strong> Sport Hatch foi reforça<strong>da</strong>com cintos dianteiros etraseiros com pré-tensores elimitadores <strong>de</strong> esforço, encostos<strong>de</strong> cabeça activos, fixaçõesIsofix, seis airbags, ABS comEBD e CBC, controlo <strong>de</strong> tracçãoe controlo <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.Este automóvel estreia o motor2.8 V6 Turbo, <strong>de</strong> 250 cv, que jáequipava a versão Aero. ■


24 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005■Desporto ■Uns tiveram sucesso na carreira, outros não têm clube<strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>ixou sau<strong>da</strong><strong>de</strong>s aos seus treinadoresAo longo <strong>de</strong> quase 40 anos <strong>de</strong> existência, o União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> já teve <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> treinadores. Parauns foi uma passagem para recor<strong>da</strong>r. Para outros para esquecer. Mas também é ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que<strong>Leiria</strong> foi uma espécie <strong>de</strong> transição uma porta que se abriu, para alguns treinadores <strong>da</strong>rem o saltopara outras paragens, com outras ambições. Alguns tiveram sucesso.MOURINHO: UM SALTOPARA MELHOR DO MUNDOO caso mais flagrante <strong>de</strong> umapassagem <strong>de</strong> sucesso por <strong>Leiria</strong>,não pelo que ganhou, mas pelaoportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> que teve na carreiraa partir <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Lis, foi JoséMourinho. O actual treinador doChelsea, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muitos anoscomo adjunto <strong>de</strong> Bobby Robson eVan Gaal, no Sporting, FC Porto eBarcelona, e <strong>de</strong> uma passagem peloBenfica, chegou ao União parasubstituir Manuel José.A tarefa não era fácil, uma vezque o <strong>Leiria</strong> tinha terminado emquinto lugar, realizando a melhorépoca <strong>de</strong> sempre no escalão maiordo futebol português, até então. Noentanto, Mourinho começou muitobem a época, mostrou quali<strong>da</strong><strong>de</strong>se “convenceu” os responsáveisdos “dragões” na sua contratação.José Mourinho chegou ao Portoa prometer mundos e fundos aosa<strong>de</strong>ptos ‘azuis-e-brancos’. Garantiuo campeonato na época seguinte,mas fez mais que isso. Ofereceua Taça UEFA e a Taça <strong>de</strong> Portugalao clube. No ano seguinte voltoua ser campeão e surpreen<strong>de</strong>u aEuropa do futebol, ao vencer a Ligados Campeões.Com tantas vitórias, José Mourinhofoi contratado pelo Chelsea.Na sua primeira época em Inglaterra,o treinador português foi campeãoinglês e venceu a taça <strong>da</strong> liga.Praticamente <strong>de</strong>sconhecido quandochegou a <strong>Leiria</strong> há quatro épocas,Mourinho é hoje consi<strong>de</strong>radoo melhor treinador do mundo e jávenceu praticamente tudo o quehavia para ganhar.MANUEL JOSÉ:O TREINADOR DAS ARÁBIASManuel José foi o treinador queconseguiu uma <strong>da</strong>s melhores épocas<strong>de</strong> sempre para o União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Depois <strong>de</strong> ter chegado emNovembro <strong>de</strong> 1999 para substituirMário Reis, alcançando o décimolugar, o técnico permaneceu em<strong>Leiria</strong> e alcançou um honroso quintolugar, na época seguinte. Masnão foi só na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Lis que otécnico português teve sucesso.Saiu <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e viajou para o Egipto,para treinar o Al-Ahly, com oqual venceu a liga dos campeõesafricanos e o campeonato. Depois<strong>de</strong> voltar a Portugal para li<strong>de</strong>rar oBelenenses, Manuel José regressouao Egipto para treinar a mesmaequipa e sagrou-se campeão a setejorna<strong>da</strong>s do final do campeonato,em Janeiro <strong>de</strong>ste ano.MANUEL CAJUDA: AMELHOR ÉPOCA DE SEMPREO treinador Manuel Caju<strong>da</strong> conseguiudois feitos históricos para oUnião, nas duas épocas que esteveem <strong>Leiria</strong>. Na tempora<strong>da</strong> <strong>de</strong>1993/1994, Manuel Caju<strong>da</strong> chegouà quinta jorna<strong>da</strong> para substituirLuís Campos. O clube encontrava-sena II divisão <strong>de</strong> Honra,isolado no último lugar. O técnicoagarrou na equipa e levou-a àsegun<strong>da</strong> posição, garantindo a subi<strong>da</strong>à primeira divisão, 12 anos <strong>de</strong>pois<strong>de</strong> lá ter estado. Caju<strong>da</strong> saiu <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>e voltou ao União na tempora<strong>da</strong><strong>de</strong> 2002/2003. Esta foi a melhorépoca <strong>de</strong> sempre do clube. Alémdo quinto lugar no campeonato, oUnião foi ao Jamor disputar a final<strong>da</strong> Taça <strong>de</strong> Portugal, com o FC Porto,per<strong>de</strong>ndo por 1-0.Manuel Caju<strong>da</strong> diz que “o segredofoi o trabalho”. “Foi a altura emque o União nem sequer tinha campopara treinar”, refere. O técnicolevou <strong>Leiria</strong> no coração. “Quandoo clube tiver necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>, não tenhoproblemas em voltar”, referiu, sublinhandoa sua satisfação por estarna Naval.VÍTOR OLIVEIRA: O ÚLTIMOA TRAZER O UNIÃO À I LIGAO treinador Vítor Oliveira foi oúltimo a disputar a II Liga ao serviçodo União. Foi na época <strong>de</strong>1997/1998 que o técnico pegou naequipa leiriense, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>scerao segundo escalão do futebol português,e conquistou o campeonato,com um número <strong>de</strong> pontosrecor<strong>de</strong> na II Liga. Para Vítor Oliveira,esta época foi muito marcantena sua carreira. “O espírito<strong>de</strong> grupo, o cumprimento <strong>de</strong> to<strong>da</strong>sas promessas por parte <strong>da</strong> direcção,ser campeão e estar presentenas meias finais <strong>da</strong> Taça <strong>de</strong> Portugal”marcaram a sua carreira.Depois <strong>da</strong> passagem por <strong>Leiria</strong>,Vítor Oliveira treinou o Braga,Belenenses, Rio Ave, o Gil Vicente,a Académica <strong>de</strong> Coimbra e oMoreirense. Hoje não tem clube.LUÍS CAMPOS: ESTREIACOM BARTOLOMEULuís Campos chegou ao União<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> no mesmo ano em queJoão Bartolomeu assumiu a presidênciado clube. “Foi a minha estreiacomo treinador principal e isso <strong>de</strong>ixasempre marcas. Foi também oclube on<strong>de</strong> estive mais anos”.Foram três anos e meio na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>do Lis, embora dois <strong>de</strong>les comoadjunto. “A ci<strong>da</strong><strong>de</strong> marcou-me pelapositiva. Gostei <strong>da</strong>s pessoas, <strong>da</strong>ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e do clube. Foi o emblemaon<strong>de</strong> estive mais anos e isso <strong>de</strong>ixasempre marcas”.Actualmente no <strong>de</strong>semprego,Luís Campos revela que nuncaesquecerá a sua saí<strong>da</strong> do União.“Lembro-me que foi <strong>da</strong>s poucasvezes que chorei no futebol. Hojepercebo, com mais experiência, apressão que sofrem os directores”.Apesar <strong>da</strong>s coisas não terem corrido<strong>da</strong> melhor forma e <strong>de</strong> ter sido<strong>de</strong>spedido à quinta jorna<strong>da</strong>, nasegun<strong>da</strong> época como treinadorprincipal, Luís Campos está satisfeitocom o seu trabalho e levou oclube no coração. “O futebol é assim.Mas orgulho-me <strong>de</strong> ter construídouma equipa que levou o União <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> à I divisão. Era um grupocom base em muitos jogadores queninguém conhecia e que mais tar<strong>de</strong><strong>de</strong>ram que falar no futebol português”,conta.VÍTOR PONTES: APRECIADOPOR MOURINHOVítor Pontes esteve no União <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> mais <strong>de</strong> uma déca<strong>da</strong>. Foiguar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s do clube, passandoposteriormente para a equipa técnica,on<strong>de</strong> pôs os seus conhecimentose experiência ao serviçodos homens <strong>da</strong> baliza leiriense. JoséMourinho <strong>de</strong>scobriu-lhe potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter trabalhadoconsigo durante o tempo que esteveem <strong>Leiria</strong> e não teve dúvi<strong>da</strong>s emindicar o nome <strong>de</strong> Vítor Pontes àAdministração <strong>da</strong> SAD para seusubstituto. O treinador não <strong>de</strong>siludiue até ao final <strong>da</strong> tempora<strong>da</strong>levou a equipa a “bom porto”,po<strong>de</strong>ndo orgulhar-se <strong>de</strong> alcançarbons resultados frente aos “gran<strong>de</strong>s”.O União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> classificouse,nesse ano, no sétimo lugar.Vítor Pontes voltou a treinar aequipa um ano <strong>de</strong>pois, mantendoa confiança do presi<strong>de</strong>nte para atempora<strong>da</strong> 2004/05, quando levoua equipa à final <strong>da</strong> Taça Intertoto.No campeonato o sucesso não foiidêntico e o União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> obteveo 15º lugar, a pior classificaçãodos últimos sete anos. Acabou porsair e encontra-se sem clube.MÁRIO REIS: UMAPASSAGEM ATRIBULADAO treinador Mário Reis chegoua <strong>Leiria</strong> no início <strong>da</strong> época <strong>de</strong>1998/1999 e agarrou numa equipaacaba<strong>da</strong> <strong>de</strong> chegar à I divisão,pelas mãos <strong>de</strong> Vítor Oliveira. Nesseano, o União ficou no sexto lugar.Na tempora<strong>da</strong> seguinte, o técnicocomeçou o campeonato mas foisubstituído em Novembro <strong>de</strong> 1999por Manuel José.Depois <strong>de</strong> dois anos fora <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,Mário Reis voltou para substituirJosé Mourinho, contratado pelo F.C.Porto.Pegou na equipa mas só aguentouum mês. Saiu a acusar tudo etodos. Esta época é treinador do SantaClara, que compete na II divisão.■Pedro Fonsecacom Elisabete CruzTREINADORES DOS ÚLTIMOS 17 ANOSÉPOCA DIVISÃO CLASSIFICAÇÃO TREINADOR1989/1990 II divisão B 3º Vieira NunesEurico Gomes1990/1991 II divisão Honra 9º Vítor M. SoaresQuinitoAmândio Barreiras1991/1992 II divisão Honra 8º Amândio Barreiras1992/1993 II disisão Honra 8º Amândio BarreirasLuís Campos1993/1994 II divisão Honra 2º Luís CamposManuel Caju<strong>da</strong>1994/1995 I divisão 6º Vítor Manuel1995/1996 I divisão 7º Vítor Manuel1996/1997 I divisão 17º Vítor ManuelEurico GomesQuinito1997/1998 II divisão Honra 1º Vítor Oliveira1998/1999 I divisão 6º Mário Reis1999/2000 I divisão 10º Mário ReisManuel José2000/2001 I divisão 5º Manuel José2001/2002 I divisão 7º José MourinhoMário ReisVítor Pontes2002/2003 I divisão 5º Manuel Caju<strong>da</strong>2003/2004 I divisão 10º Vítor Pontes2004/2005 I divisão 15º Vítor Pontes


| JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO |1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | 25Época arranca a 11 <strong>de</strong> SetembroAcadémico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>entre elites do an<strong>de</strong>bolA equipa <strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol do Académico<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vai jogar, pela primeiravez na sua história, na divisão <strong>de</strong> elite<strong>da</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>. O primeiro jogoestá marcado para 17 <strong>de</strong> Setembro,em casa, frente ao F.C. Gaia. Com aentra<strong>da</strong> <strong>de</strong> três jogadores e a saí<strong>da</strong> <strong>de</strong>outros tantos, e ain<strong>da</strong> com a subi<strong>da</strong><strong>de</strong> dois juniores à equipa principal, oclube leiriense vai lutar pela permanênciana divisão <strong>de</strong> elite do an<strong>de</strong>bolnacional.O treinador, Vítor Santos, tem apenasum jogador profissional à sua disposição,<strong>de</strong> entre os 17 que compõemo plantel, o que vai obrigar à realização<strong>de</strong> treinos apenas à noite. Noentanto, o técnico afirma que “a equipavai trabalhar <strong>de</strong>ntro dos conceitosdos anos anteriores” e tentar apermanência.Vítor Santos adivinha ain<strong>da</strong> “umaépoca muito complica<strong>da</strong>” para o clubee admite que “só com boas prestaçõese gran<strong>de</strong> ambição” é que osobjectivos serão alcançados. Apesar<strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s, o treinador do Académicovê com bons olhos disputarum campeonato com “históricos doan<strong>de</strong>bol português”.ELISABETE CRUZAcadémico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> pela primeira vez no topo do an<strong>de</strong>bolAlém do F.C. Gaia, o Académico<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, terá que <strong>de</strong>frontar, por estaor<strong>de</strong>m, Marítimo, S. Bernardo, Vidigueira,Paço <strong>de</strong> Arcos, Modicus, Benfica,Boavista, A.C. Fafe, Francisco<strong>da</strong> Holan<strong>da</strong>, S.C. Horta, Sporting eLagoa A.C. ■PFCiclismoLuís Sarreiravence em SintraO ciclista Luís Sarreira, <strong>da</strong> Riberalves/Goldnutrition,<strong>de</strong> Alcobaça, venceu ocircuito <strong>de</strong> Nafarros, em Sintra, que <strong>de</strong>correuna passa<strong>da</strong> segun<strong>da</strong>-feira. Após quatromeses <strong>de</strong> paragem, <strong>de</strong>vido a lesão, ecom apenas uma semana <strong>de</strong> competição, ociclista regressa <strong>da</strong> melhor forma, vencendouma prova com 45 anos <strong>de</strong> existência.Com oito voltas a um circuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>z quilómetros,partiram 83 ciclistas em representação<strong>de</strong> nove equipas profissionais e algumasamadoras. Luís Sarreira atacou quandofaltavam três voltas para o final, mas FernandoSousa, <strong>da</strong> Barbot/Pascoal, acompanhou-o.No sprint final, o ciclista <strong>de</strong> Alcobaçamostrou-se mais forte e cortou a metaem primeiro lugar.L.A.ALUMÍNIOS COM BOAPRESTAÇÃO EM FRANÇAA equipa <strong>da</strong> L.A.Alumínios, do Bombarral,participou no Tour Poitou-Charentes, emFrança, entre os dias 23 e 26, e obteve resultadossatisfatórios. O <strong>de</strong>staque vai para HectorGuerra, que alcançou o quarto lugar <strong>da</strong> geralindividual, muito à custa dos terceiro, oitavo esexto lugares, alcançados na terceira, quarta(manhã) e quarta (tar<strong>de</strong>) etapas, respectivamente.Destaque também para os sétimos lugares <strong>de</strong>Hernâni Broco e Hector Guerra, na classificaçãofinal dos jovens e classificação por pontos, respectivamente,e para os quintos lugares <strong>de</strong> RuiSousa na classificação <strong>da</strong> montanha e classificaçãopor equipas. ■


26 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | DESPORTO | JORNAL DE LEIRIA |BREVES■Voleibol <strong>de</strong> praiaTorneiono PedrógãoO Académico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> organiza,este fim-<strong>de</strong>-semana, um Torneio<strong>de</strong> Voleibol <strong>de</strong> Praia, a realizarno Pedrógão. A prova é <strong>de</strong> âmbitonacional e está aberta a duplas<strong>de</strong> ambos os sexos. A iniciativatem como objectivo <strong>da</strong>r mais forçae vi<strong>da</strong> ao voleibol <strong>de</strong> praia eao Académico e incluir o Pedrógãona rota dos melhores participantes<strong>da</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>. Nestaedição, preten<strong>de</strong>-se também esten<strong>de</strong>ra época <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s noareal, atraindo veraneantes aoPedrógão, com apoio directo aocomércio.AtletismoCorri<strong>da</strong> do DiaOlímpicoA Associação <strong>de</strong> Atletismo <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, em colaboração com oComité Olímpico Português, aFe<strong>de</strong>ração Portuguesa <strong>de</strong> Atletismo,a Câmara Municipal <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> e a Juventu<strong>de</strong> Vidigalense,vai organizar a ‘Corri<strong>da</strong> doDia Olímpico’. A iniciativa <strong>de</strong>correránas ruas <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, no dia 18<strong>de</strong> Setembro, e terá a distância<strong>de</strong> 3.000 metros. Dado o carizsocial e <strong>de</strong> lazer <strong>de</strong>ste evento, realizar-se-á,em simultâneo com acorri<strong>da</strong>, um passeio, <strong>de</strong>nominado‘Caminha<strong>da</strong> Olímpica’, comum percurso <strong>de</strong> 3.500 metros.ChinquilhoTorneioem Souto<strong>da</strong> CarpalhosaA freguesia <strong>de</strong> Souto <strong>da</strong> Carpalhosarecebe nos dias 10 e 11 <strong>de</strong>Setembro um torneio <strong>de</strong> Chinquilho.O evento é organizadopela divisão do <strong>de</strong>sporto, juventu<strong>de</strong>e tempos livres <strong>da</strong> CâmaraMunicipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, em parceriacom a Associação Recreativa eCultural Valpedrense, e realiza--se no parque <strong>de</strong> lazer <strong>da</strong>quelaassociação.União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> continua sem vencerAlberoni reforça meio-campoO União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> ain<strong>da</strong> nãovenceu esta tempora<strong>da</strong> nenhumjogo oficial. Na Liga Portuguesa,os leirienses sofreram a segun<strong>da</strong><strong>de</strong>rrota consecutiva, per<strong>de</strong>ndo noRestelo frente ao Belenenses, por3-1, no passado sábado.Os próximos adversário nãooferecem facili<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Depois <strong>de</strong>uma semana <strong>de</strong> interrupção docampeonato, para compromissos<strong>da</strong> Selecção, a prova recomeçano dia 11 <strong>de</strong> Setembro, <strong>da</strong>taem que os União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> recebeo Marítimo, uma jorna<strong>da</strong> antes<strong>de</strong> se <strong>de</strong>slocar ao Estádio <strong>da</strong> Luz.Entretanto, a equipa contacom mais um reforço para o meiocampo.O tão <strong>de</strong>sejado “número<strong>de</strong>z” chegou na sexta-feira a <strong>Leiria</strong>,tendo já trabalhado com osseus novos companheiros.Francesco Alberoni assinou porum ano, com opção por mais um.Aos 21 anos, o brasileiro conta noseu currículo com uma passagempelo Inter <strong>de</strong> Milão, on<strong>de</strong> actuouna equipa B, com algumas chama<strong>da</strong>sao grupo principal.Alberoni vem do Avai, clubeTaça <strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong> FutebolA primeira eliminatória <strong>da</strong>Taça <strong>de</strong> Portugal joga-se estedomingo, com as equipas queresi<strong>de</strong>m na terceira divisão. Destaquepara os jogos Marinhense– Peniche e Alcobaça – Cal<strong>da</strong>s.O treinador <strong>da</strong> equipa <strong>da</strong> MarinhaGran<strong>de</strong>, Carlos Carlos, prevêum jogo difícil, mas esperavencer.“Sabemos que o Peniche temmuito valor mas queremosganhar”, afirma Carlos Carlos. Otécnico adversário, por seu turno,consi<strong>de</strong>ra os jogos <strong>da</strong> taça“uma montra on<strong>de</strong> os jogadorestêm uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para semostrarem”. Por isso, o Penichevai “jogar o jogo pelo jogo e tentarcontrariar o favoritismo doMarinhense”, afirma Luís Brás.AVAÍ FCO treinador do Alcobaça, MárioJorge, está convicto que “commaior ou menor dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>” vaivencer o Cal<strong>da</strong>s. Rui Rodrigues,manager cal<strong>de</strong>nse, afirma queeste jogo vai ser o “reacen<strong>de</strong>r <strong>de</strong>um <strong>de</strong>rby”, no qual a sua equipavai jogar na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> visitante,mas com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> “passaresta eliminatória”. RuiRodrigues diz ain<strong>da</strong> ter consciência<strong>de</strong> que o Cal<strong>da</strong>s é superior,mas tem “que prová-lo <strong>de</strong>ntrodo campo”.Nos outros jogos on<strong>de</strong> participamequipas <strong>da</strong> região, o Bidoeirenserecebe o Mileu Guar<strong>da</strong>, oBeneditence joga em casa como Marialvas e o Caranguejeira<strong>de</strong>sloca-se ao terreno do Cesarense.Alberoni assinou por um ano<strong>de</strong> Santa Catarina, do Brasil, aoqual chegou também uma proposta<strong>de</strong> um clube alemão. “Ofutebol português tem uma visibili<strong>da</strong><strong>de</strong>maior do que o alemão.E tem mais quali<strong>da</strong><strong>de</strong>”, adiantouo brasileiro, justificando a opçãopelo União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.No final <strong>da</strong> primeira sessão <strong>de</strong>trabalho com os jogadores leirienses,o brasileiro afirma queos seus novos companheiros lhe<strong>de</strong>ixaram uma boa impressão:“Ain<strong>da</strong> estou meio perdido, <strong>de</strong>vidoà diferença do fuso horário,mas penso que o treino correubem. Deu para ver que este é umbom grupo”.A entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Alberoni obrigouà saí<strong>da</strong> <strong>de</strong> um jogador do plantel,uma vez que só po<strong>de</strong>m ser inscritos25. Vargas, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início<strong>de</strong>sta tempora<strong>da</strong> figurava na listados dispensados, chegou a acordona terça-feira com a administração<strong>da</strong> SAD leiriense e rescindiuamigavelmente o seu contrato. Ojogador procura agora um novoclube. ■ECSete equipas na luta pela vitóriaFre<strong>de</strong>rico Rateiro, treinadordo Bidoeirense, confessa <strong>de</strong>sconhecero adversário, mas esperapassar à segun<strong>da</strong> eliminatória.“Não será um jogo fácil, mastemos obrigação <strong>de</strong> o ganhar”,afirma.O técnico <strong>de</strong> Beneditense,Eduardo Silva, quer continuarna taça e afirma que a sua “equipatudo fará para passar o Marialvas”.“Os jogos não são fáceis,mas nós po<strong>de</strong>mos torná-los fáceis”,afirma o treinador. O Beneditensechegou aos oitavos <strong>de</strong> final háquatro épocas e, por isso, EduardoSilva não abre mão <strong>da</strong> passagemà próxima eliminatória.O Caranguejeira joga fora e éconsi<strong>de</strong>rado pelo treinador <strong>da</strong>equipa, Carlos Manuel, como“mais um jogo <strong>de</strong> preparaçãopara o campeonato”. “Vamos jogarcom uma equipa muito aguerri<strong>da</strong>,que tem um futebol mais <strong>de</strong>luta do que <strong>de</strong> técnica, mas vamostentar passar a primeira eliminatória”,afirma o treinador.II DIVISÃOOs campeonatos <strong>da</strong> II divisãoarrancam este fim-<strong>de</strong>-semana.O Sporting <strong>de</strong> Pombal recebeno seu terreno a Oliveirense,enquanto que o Portomosense<strong>de</strong>sloca-se à Pampilhosa para<strong>de</strong>frontar a equipa local. O Fátimanão joga a primeira jorna<strong>da</strong>,entrando em competição apenasa 11 <strong>de</strong> Setembro, frente aoAcadémico <strong>de</strong> Viseu. ■Pedro FonsecaCorri<strong>da</strong>s <strong>de</strong> rolamentosTar<strong>de</strong> radicalna BarosaA freguesia <strong>da</strong> Barosa recebe,no próximo dia 3 <strong>de</strong> Setembro,pelas 16 horas, uma radical corri<strong>da</strong><strong>de</strong> carros <strong>de</strong> rolamentos. Oevento está integrado nas comemoraçõesem honra <strong>de</strong> SãoMateus e terá lugar no largo <strong>da</strong>Igreja local ■Futebol juvenilTorneio <strong>da</strong> Marinha recebe gigantesSporting, Benfica e Porto vãoestar presentes no Torneio <strong>da</strong>Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong>/CristalCup, em iniciados, organizadopelo Sport Lisboa e Marinha,que se realiza amanhã e sábado,no estádio municipal <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.Os três gran<strong>de</strong>s do futebol portuguêsirão disputar o torneiocom o SL Marinha, num formatoem que to<strong>da</strong>s as equipas jogarãoentre si. Serão atribuídos prémiosa to<strong>da</strong>s as formaçõesparticipantes e ao melhor jogador<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> parti<strong>da</strong>.Amanhã, às 9:30 horas, disputa-seo jogo entre o S.L. Marinhae o Sporting e, às 11 horas,o F.C. Porto – Benfica. No sábado,estão agen<strong>da</strong>dos quatro jogos.O S.L. Marinha – Benfica e oSporting-F.C. Porto, às 9:30 e 11horas, respectivamente. À tar<strong>de</strong>,às 16:30 horas, o S.L. Marinhafaz o último jogo frente ao F.C.Porto e, às 18 horas, disputa-seo último jogo do torneio, queopõe o Sporting ao Benfica. ■


■ Emprego ■| JORNAL DE LEIRIA |1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005| 27Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> em <strong>de</strong>trimento <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>Portugueses com mais formaçãoe menos qualificaçãoRegistos oficiais constatam queentre 2001 e 2003 o número <strong>de</strong>portugueses com cursos <strong>de</strong> formaçãosubiu em flecha. Porém, dãoconta que estas formações são, nasua maioria, <strong>de</strong> curta duração enão correspon<strong>de</strong>m a uma melhoria<strong>da</strong>s competências dos <strong>trabalhadores</strong>.O que leva a concluir quenão haverá uma relação directaentre o investimento efectuado emacções <strong>de</strong> formação e a sua realeficácia.Segundo a edição do “<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong>Notícias” <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Agosto, estasituação <strong>de</strong>ve-se ao alastrar <strong>de</strong> umanova política <strong>de</strong> formação profissionalem Portugal, que disponibilizacursos <strong>de</strong> curta duração, <strong>de</strong>stinadosa pessoas que já tenhamuma formação básica prévia. Noentanto, a maior parte dos portuguesesque estão a a<strong>de</strong>rir não possuemqualquer outro tipo qualificação.O “<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Notícias” baseiaseem números do Gabinete <strong>de</strong>Estratégia e Estudos do Ministério<strong>da</strong> Economia, que indicam que, em2003, cerca <strong>de</strong> 128 mil pessoas queJL/ARQUIVOfrequentaram cursos profissionais,dispuseram <strong>de</strong> menos 21 horas naaquisição <strong>de</strong> conhecimentos queos 112 mil que frequentaram estescursos, em 2001.Estatísticas revelam ain<strong>da</strong> queo número <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregados a assistira cursos <strong>de</strong> formação profissionalquase duplicou, enquanto queo <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> aprendizagem diminuiuem 79 horas.Eugénio Rosa, economista <strong>da</strong>CGTP, alerta para os riscos <strong>de</strong>staformação rápi<strong>da</strong> e massiva, nomea<strong>da</strong>menteo aparecimento <strong>de</strong> <strong>trabalhadores</strong>pouco qualificados, comníveis <strong>de</strong> escolari<strong>da</strong><strong>de</strong> muito baixos,comprometendo as suas competênciaspara se a<strong>da</strong>ptarem a umanova ocupação ou para ultrapassaremuma situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego.Como tal, prevê um cenárionegro <strong>de</strong> futuros <strong>de</strong>sempregados,ca<strong>da</strong> vez mais novos, a engrossaruma faixa etária situa<strong>da</strong> entre os40 e os 50 anos.A falta <strong>de</strong> verbas já não é <strong>de</strong>sculpa.Segundo Eugénio Rosa, nosúltimos anos, Portugal <strong>de</strong>sperdiçou4.378 milhões <strong>de</strong> euros dos14.431 abrangidos pelo FundoSocial Europeu, para aumento <strong>da</strong>qualificação dos <strong>trabalhadores</strong> eempresários. A per<strong>da</strong> <strong>de</strong>ste dinheirofoi dita<strong>da</strong> pela imposição dosEstados-membros <strong>da</strong> Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>Europeia abrangidos pelos fundoscomunitários disponibilizadospara qualificação e formação profissionalà chama<strong>da</strong> “regra N+2”.Esta regra obriga os países à utilização<strong>da</strong>s verbas estipula<strong>da</strong>s sobpena <strong>de</strong> per<strong>de</strong>ram o direito a essesfundos. O economista alega quePortugal já <strong>de</strong>saproveitou totalmenteos fundos comunitários, quepõe em causa os objectivos que osmesmos investem: aumentar a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>e a competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>sempresas.Por seu lado, o professor universitárioLuís Bento, especialistaem Recursos Humanos, sublinhaa diminuição <strong>da</strong> qualificação dos<strong>trabalhadores</strong>, agrava<strong>da</strong> por ummelhoramento tecnológico. O docenterefere um gran<strong>de</strong> investimentona obtenção <strong>de</strong> novas estruturas eequipamentos, que consome osfundos a aplicar na qualificação<strong>de</strong> formadores e formandos, nãoos habilitando a acompanhar osavanços <strong>de</strong>stas novas tecnologias.Luís Bento avança com a solução<strong>de</strong> criar um fundo <strong>de</strong>stinadoexclusivamente à melhoria <strong>da</strong>s qualificaçõesprofissionais dos portugueses.Para o professor é preciso apostarna formação, não em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>,mas em quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, através <strong>de</strong>acções <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s própriasempresas que forneçam aos<strong>trabalhadores</strong> as competências requeri<strong>da</strong>spara assegurar os empregos.Contudo, são ain<strong>da</strong> poucas asempresas que apostam na qualificaçãodos seus <strong>trabalhadores</strong>, poissão obriga<strong>da</strong>s a recorrer a fundosprivados, e não beneficiam <strong>da</strong>scompensações fiscais do Estado.Segundo o Eurostat, em 2004, emPortugal a taxa <strong>de</strong> formação era<strong>de</strong> 4.8 por cento, enquanto que, naUnião Europeia dos 25 era <strong>de</strong> 9.9por cento. ■CONSULTOR(M/F)Recruta-se um colaborador nas áreas <strong>de</strong> economia, gestão <strong>de</strong>empresas, informática <strong>de</strong> gestão ou TIC's para <strong>de</strong>senvolver funçõesno âmbito <strong>da</strong> elaboração/acompanhamento <strong>de</strong> projectos eapoio às empresas, em <strong>Leiria</strong>.PERFIL DO CANDIDATO:- Sexo Feminino/Masculino;- Licenciatura em Economia, Gestão <strong>de</strong> <strong>Empresas</strong>, Informática <strong>de</strong> Gestão, TIC's- Preferencialmente com formação/experiência na áreado marketing/web marketing;- Gosto pela área comercial;- Elevados conhecimentos <strong>de</strong> informática;- Polivalência, postura dinâmica e empreen<strong>de</strong>dora;- Boa capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação/argumentação;- Disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> ImediataResposta para:NERLEI - Associação Empresarial <strong>da</strong> Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Apartado 236 - 2440-109 Batalhac/ indicação <strong>da</strong> função a que se candi<strong>da</strong>taMinistério <strong>da</strong> EducaçãoDirecção Regional <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> LisboaEscola Profissional <strong>de</strong> Agricultura e Desenvolvimento Rural <strong>de</strong> Cister/AlcobaçaCódigo 404317AVISO"OFERTA DE ESCOLA - PESSOAL DOCENTE"De acordo com o disposto no Artigo 44º do Decreto-Lei n.º. 35/2003, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Fevereiro, com a re<strong>da</strong>cção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo Decreto-Lei n.º18/2004, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Janeiro, Artigo 12º <strong>da</strong> Portaria n.º 367/98, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Junho, com a re<strong>da</strong>cção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Portaria n.º 1046/2004, <strong>de</strong>16 <strong>de</strong> Agosto, torna-se público que está aberto o concurso para o Grupo abaixo mencionado, no prazo <strong>de</strong> cinco dias úteis a partir <strong>de</strong> 1<strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005.Código Grupo N.º Docentes N.º horas semanaisData do termo36 (Grupo A1 Horário Completo 31-08-2006Produção Vegetal)As habilitações literárias e profissionais são as exigi<strong>da</strong>s por Lei para o Grupo mencionado.A graduação e or<strong>de</strong>nação dos candi<strong>da</strong>tos admitidos será feita <strong>de</strong> acordo com os Artigos 14º, 15º e 16º do Decreto-Lei n.º 35/2003,<strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Fevereiro.Serão motivos <strong>de</strong> exclusão os constantes do aviso <strong>de</strong> abertura do Concurso Nacional para 2005/2006.As candi<strong>da</strong>turas po<strong>de</strong>rão ser formaliza<strong>da</strong>s através <strong>de</strong> curriculum vitae, acompanhado <strong>de</strong> documentos comprovativos <strong>da</strong> titulari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>shabilitações exigi<strong>da</strong>s, a entregar nos serviços administrativos durante o período <strong>de</strong> expediente, por correio, fax ou e-mail.O Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Comissão Instaladora,João Fernando Ferreira Raposeira


28 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | EMPREGO | JORNAL DE LEIRIA |COMUNIDADE EUROPEIAFundo Social EuropeuCOMUNIDADE EUROPEIAFundo Social EuropeuPROGRAMA OPERACIONAL EMPREGO FORMAÇÃOE DESENVOLVIMENTO SOCIAL (POEFDS)FORMAÇÃO PROFISSIONAL 2005CURSOS DURAÇÃO DATAS HORÁRIO2. ATENDIMENTO AO PÚBLICO* 36 Horas 25/10 a 30/1102/09 a 21/10 e4. CONTABILIDADE E FISCALIDADE DA EMPRESA* 66 HorasPós-laboral11/10 a 30/118. HIGIENE E SEGURANÇA NO SECTOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL* 45 Horas 05/09 a 12/1017. PUERICULTURA E PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA INFÂNCIA* 51 Horas 17/10 a 28/11* Estas acções <strong>de</strong> formação são co-financia<strong>da</strong>s; a inscrição é gratuita e os participantes terão direito a subsídio <strong>de</strong> alimentação.CURSOSUPERIORDE HOMEOPATIAInício - Outubro 20051 fim <strong>de</strong> semana por mêsFORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES 93 Horas 19 <strong>de</strong> Setembro a30 <strong>de</strong> NovembroFaça a sua inscrição para:aps – Consultores para Negócios e Gestão, L.<strong>da</strong> l Rua S. Francisco 8 A - 3º H, 2400 – 230 LEIRIAPós-laboralN.º Limitado <strong>de</strong> InscriçõesTelf.: 244 802 572 l Fax: 244 802 573 l Telm: 968 774 321 l E.mail: apscons@mail.telepac.ptRua António Lopes Júnior, n.º 13(junto à Rotun<strong>da</strong> <strong>da</strong> Seat)Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> RainhaTel. 262 823 520 /969 891 577precisa-seDISTRIBUIDORDE PANFLETOSPARA DISTRITODE LEIRIACONTACTAR 969 841 031VIRGOLINO MENDES, LDAAdmitimos funcionáriospara distribuiçãoAdmitimos Pasteleiro(a)1ª/2ªRua <strong>da</strong> Al<strong>de</strong>ia, nº 186 - 2425-871 Souto <strong>da</strong> CarpalhosaMarcação <strong>de</strong> entrevistaatravés do telefone: 244 619 150COMERCIAISPart-Time / Full TimeCom ou sem experiênciaMasc. ou Fem.Or<strong>de</strong>nado base (700,00 €)+ comissõesPossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> viaturaMarcar entrevista para o nº 244 828 417TÊM COMPUTADOR?Ganhe €€€ com elePart-Time 500€ a 2000€Full-Time 2500€ a 5000€Peça o pacote onlinewww.incrediblebiz4all.com


■ Imobiliário ■| JORNAL DE LEIRIA |1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005| 29Valor avançado pela AECOPST3(REMODELADO)Móveis <strong>de</strong> cozinha novos2 roupeiros, 2 w.csDespensa e sotãoPREÇO: 68.800 EurosTel. 244 822 112 Fax: 244 822 109Ref.ª 1487 Lic. AMI 2599T2(SALA C/ RECUPERADORDE CALOR)Despensa, 2 varan<strong>da</strong>s3 roupeiros, 1 wcs.Garagem e sotãoPREÇO: 75.000 EurosTel. 244 822 112 Fax: 244 822 109Ref.ª 1543 Lic. AMI 2599T1(NOVA LEIRIA)Aq. central.Quarto c/ roupeiro3 varan<strong>da</strong>s, 1 wc completoSotãoPREÇO: 77.500 EurosTel. 244 822 112 Fax: 244 822 109Ref.ª 1306 Lic. AMI 2599Lena Construções alcançoumaior número <strong>de</strong> adjudicaçõesO maior número <strong>de</strong> adjudicações<strong>de</strong> obras públicas, nos seisprimeiros meses <strong>de</strong>ste ano, foialcançado pela Lena Engenhariae Construções. A empresa do grupoLena, se<strong>de</strong>a<strong>da</strong> em Quinta <strong>da</strong>Sardinha, <strong>Leiria</strong>, conseguiu 19empreita<strong>da</strong>s, num total <strong>de</strong> 62, publica<strong>da</strong>sem Diário <strong>da</strong> República.Estes <strong>da</strong>dos foram avançadospelo serviço <strong>de</strong> informação <strong>da</strong>AECOPS - Associação <strong>da</strong>s <strong>Empresas</strong><strong>de</strong> Construção e Obras Públicas,não especificando o volumetotal <strong>de</strong> negócios a que se referemas empreita<strong>da</strong>s ganhas pela LenaEngenharia e Construções. Ain<strong>da</strong><strong>de</strong> acordo com esta associação sectorial,em segundo lugar, a Somagueviu serem-lhe adjudica<strong>da</strong>s 17empreita<strong>da</strong>s e, a curta distância,ficou a Teixeira Duarte.Segundo a AECOPS, a Somaguefoi a empresa que registou omelhor comportamento, tendo obtido,no período em análise, obrasavalia<strong>da</strong>s em 72.8 milhões <strong>de</strong> euros.Seguem-se-lhe a Teixeira Duarte,com 50.5 milhões <strong>de</strong> euros, e aARQUIVO/JLSomague Ma<strong>de</strong>ira, com 34.2milhões.A construção do túnel Loureiro-Alvito,do sistema primário <strong>de</strong>rega do empreendimento <strong>de</strong> Alqueva,avaliado pela EDIA em 38.2milhões <strong>de</strong> euros, foi a obra maiscara adjudica<strong>da</strong> no mês <strong>de</strong> Junho,tendo sido entregue por poucomais <strong>de</strong> 34.1 milhões <strong>de</strong> euros àTeixeira Duarte, empresa <strong>de</strong> obraspúblicas que teve o melhor <strong>de</strong>sempenho,durante o mês <strong>de</strong> Junho,ao vencer concursos no valor <strong>de</strong>38.4 milhões <strong>de</strong> euros. ■T1(NOVO)Aq. central.Cozinha com <strong>de</strong>spensa.1 roupeiro, 1 varan<strong>da</strong>.Lugar <strong>de</strong> garagem, sotãoPREÇO: 77.500 EurosTel. 244 822 112 Fax: 244 822 109Ref.ª 1519 Lic. AMI 2599ANDARMORADIA(SEMI-MOBILADO)2 quartos, 2 roupeiros.Terreno c/ 600 m2PREÇO: 72.500 EurosTel. 244 822 112 Fax: 244 822 109Ref.ª 1540 Lic. AMI 2599VIVENDA(OUSADA-MARRAZES)2 cozinhas, <strong>de</strong>spensa, 3quartos, 1 varan<strong>da</strong>Anexos e logradouroPREÇO: 125.000 EurosTel. 244 822 112 Fax: 244 822 109Ref.ª 1538 Lic. AMI 2599Av. Doutor Franc. Sá Carneiro 394 L 402 - <strong>Leiria</strong>Tel. 244 832 126 Tm. 918 110 212 AMI 4066ARRENDAMENTOHABITAÇÃO: T1 - T2 - T3ESCRITÓRIOS:Av. H. Angola: 2 salas + anexo + c. banhoAv. H. Angola: Espaço com 4 salas e c. banhoQta. Sto. António: De 36m2 e 65m2Av. 22 Maio (N. <strong>Leiria</strong>): Escrit.º c/ 3 salasEstr. Marinheiros: Espaço r/c com 110 m2.Planalto:Loja com 90m2 (2 c. banho)LOJAS:R. Miguel Torga: 230 m2 (r/c + cave)Qta. Sto. António: Loja c/ 210 m2G. Olivais: Loja c/ 115 m2 + Gar. 30 m2Av. Humb. Delgado: Loja c/ 80 m2Tel. 244 836 178Mercante - Med. Imobiliária, L<strong>da</strong> - 1106 AMIVENDE-SE■ APARTAMENTO T2 no Edifício 2000■ APARTAMENTO T2 na Rua Francisco Pereira <strong>da</strong> Silva■ APARTAMENTO T3 na Guimarota■ APARTAMENTOS na Urb. Pinhal Ver<strong>de</strong>■ LOTE P/ MORADIA nos Capuchos■ LOTE P/ MORADIA c/ 2.150 m2 na Freguesia <strong>da</strong> Barreira■ TERRENO na Maceira p/ construção <strong>de</strong> 12 moradias gemina<strong>da</strong>s■ MORADIA c/ 600 m2 <strong>de</strong> área na Qt. do Chorão■ MORADIA GEMINADA nos PinheirosARRENDA-SE■ ARMAZÉM na Est. Nac. 1 com 250 m2■ ARMAZÉM c/ 900 m2 na Ponte <strong>da</strong> Pedra■ ARMAZÉM c/ 200 m2 na Ponte <strong>da</strong> Pedra■ LOJA/ESCRITÓRIO na Encosta■ ESCRITÓRIO c/ + 50 m2 (junto ao Tribunal)■ T3 na Av. Heróis <strong>de</strong> AngolaTRESPASSA-SE■ LOJA c/ + 45m2 + Armazém no centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>Rua Dr. António <strong>da</strong> Costa Santos, N.º 27 - B - 1.º - 2410 LEIRIATel. 244 823904 - Fax: 244 814371O U R I L I SSOC.CONSTRUÇÕESVENDEAPARTAMENTOS - LOJASTERRENOS - MORADIAS(ACEITAMOS TROCAS)ICC - 9411Tel. 244801469 - Telem. 917810125


30 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | IMOBILIÁRIO| JORNAL DE LEIRIA |ESCRITÓRIOS ---------- DESTAQUE DA SEMANA ----------Se<strong>de</strong>:Filial:Rua <strong>da</strong>s Olhalvas, Edf. Av.ª Heróis <strong>de</strong> Angola,Europa, Lt. 3, Lj. 14 n.º 71, 1.º an<strong>da</strong>r<strong>Leiria</strong><strong>Leiria</strong>Tel. 244 820 920Fax. 244 820 929Tm. 917 293 731Tel. 244 815 915Fax. 244 815 939Tm. 917 308 513T3 DUPLÉX - GARAGEM DUPLA, AQUECIMENTO, 170 M2 HABITÁVEIS - ESTAÇÃO - 135.000 € / 27.065 CTSSocie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Mediação Imobiliária, L<strong>da</strong>.AMI 1398 / APEMI 0837APARTAMENTOS NOVOS MORADIAS NOVAS APARTAMENTOS USADOS MORADIAS USADAS ARRENDA., LOJAS E TERRENOST2 - terraço, som ambiente, estoreseléctricos, aspiração central, garagemParceiros - 100.000 €/ 20.048 ctsGem. pela garagem,T5 - boas áreas,churrasqueira, jardimGân<strong>da</strong>ra - 170.000 €/34.082 ctsT2 - precisa <strong>de</strong> algumas obras,70 m2 habitáveisM.Gran<strong>de</strong> - 36.500 €/ 7.318 ctsGem. T5 - Lote c\ 300 m2, terraço,garagem, 200 m2 habit.Gân<strong>da</strong>ra - 140.000 €/28.067 ctsARRENDA-SE T3Com garagem e sótãoMarinheiros - 350 € / mêsT1+1 - em construção, 75 m2,aquecimento, aspiração, garagemPaulo VI - 72.500 €/14.535 ctsGem. T3 - lote c\ 300 m2, cave com 100m2, 200 habitáveisMt. Redondo-130.000 €/26.063 ctsT3 - 3 anos, garagem, marquise,aquecimento centralEstação - 97.500 €/19.547 ctsIndividual T4 - 600 m2 <strong>de</strong> terreno,garagem, sótão c\ 80 m2Carni<strong>de</strong> - 117.500 € / 23.557 ctsVENDE-SE LOJA50 m2, 3 parqueamentos, 4 montrasC.al Matos - 80.000 €/ 16.039 ctsT2 - garagem, sótão, aspiração,aquecimento, cozinha equipa<strong>da</strong>Vermoil - 87.500 €/17.541 ctsGem. T4 - garagem p\a 4 carros, 5roupeiros, churrasqueiraPousos - 145.000 €/29.070 ctsT1 - arrumos com 20 m2, gás canal.,ví<strong>de</strong>o porteiro, TV caboJt. Escola Comercial- 70.000 €/ 14.034 ctsIndividual T5 - terreno com 1.000 m2,garagem, arrumosRegueira <strong>de</strong> Pontes-115.000€/23.055ctsTRESPASSA-SE LOJACom 35 m2, ar condicionadoCentro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-85.000 €/17.041 ctsT3 Dupléx - em construção,aquecimento, aspiração, garagemPaulo VI - 125.000 € / 25.060 ctsIndividual T3 + 1 - garagem dupla,aquecimento centralParceiros - 165.000 €/33.080 ctsT3 - 2 roupeiros, 2 W.C., interfone,lareira, gás canalizado Marrazes77.500 €/ 15.537 ctsIndividual T3 - Lote c\ 620 m2,aquecimento, garagem c\ 70 m2Chainça - 200.000€/ 40.096 ctsVENDE-SE ESCRITÓRIO70 m2, também arren<strong>da</strong> por 250€/mêsJt. ao centro - 50.000 €/ 10.024 ctsT2 - aquecimento, garagem, sótão,90 m2 habitáveisNova <strong>Leiria</strong> - 92.500 €/18.545 ctsIndividual T4 - Lote com 740 m2,garagem para 4 carrosPousos - 170.000 €/ 34.082 ctsT3 - garagem, sótão, 2 roupeiros, 2W.C., <strong>de</strong>spensa, lareiraPlanalto - 82.500 €/ 16.540 ctsIndividual T3 - cave e sótão terreno com300 m2Barracão - 80.000 €/16.039 ctsARRENDA-SE TERRENOC\ 6.000 m2, para <strong>de</strong>pósitos<strong>Leiria</strong>-Gare - 1.500 € / mêsT3 - garagem dupla, sótão, 3roupeiros, 2 varan<strong>da</strong>sTelheiro - 100.000 €/20.048 ctsIndividual T3+1, Lote c/ 426 m2,garagem, 3 W.C., 3 roupeirosParceiros - 207.000 € / 41.500 ctsT3 - 6 anos, garagem dupla, aquec.central, 130 m2 habitáveisMarrazes - 101.000 € / 20.249 ctsGem. T3 - 5 anos, garagem para 4 carros,aquecimento centralJt. à Ortigosa - 115.000 €/23.055 ctsVENDE-SE TERRENOC\ 710 m2, para mor. individualBoa Vista - 55.000 €/ 11.027 ctsPAGUE MENOS PELA SUA CASA - Fale connosco, tratamos <strong>de</strong> tudo gratuitamente ( simulações, transferências <strong>de</strong> crédito …)Visite-nos na Internet - Site: www.faven<strong>da</strong>l.ptEmail: info@faven<strong>da</strong>l.pt


■ Saú<strong>de</strong> ■| JORNAL DE LEIRIA |1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005| 31PNEUMOLOGIA E ALERGOLOGIADR. CAMILO LEITEESPECIALISTA NOS HOSP. UNIV. DE COIMBRA● PROVAS FUNCIONAIS RESPIRATÓRIAS● DETERMINAÇÃO DE GASES NO SANGUE ARTERIAL● OXIGENOTERAPIA E AEROSSOLTERAPIA● TESTES CUTÂNEOS DE ALERGIA● ESTUDO DE BRONCOMOTRICIDADE● IMUNOTERAPIA (VACINAS ANTIALÉRGICAS)● TERAPIA POR AEROSSÓISEstudo britânico duvi<strong>da</strong> <strong>de</strong> tratamentoHomeopatia é pouco eficazExames - POLIDIAGNÓSTICOLEIRIA - R. Capitão Mouzinho <strong>de</strong> Alburquerque, 94-1º☎ 244 833 116MARINHA GRANDE - R. Portas Ver<strong>de</strong>s, 58☎ 244 504 341ConsultasAv. Marquês <strong>de</strong> Pombal, Lt. 2 - Beatriz Godinho☎ 244 830 460ACORDO COM O SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE E SUBSISTEMAS(CTT, EDP, SAMS, SAMS Quadros, SSMJ)www.beatrizgodinho.ptJorge Carvalho SofiaOUVIDOS . NARIZ . GARGANTAEXAMES: Endoscópicos . AudiométricosEstudo <strong>da</strong> Vertigem . CirurgiaConsultas por marcação telefónicaCOIMBRA: Al. Calouste Gulbenkian, 98A, salas 7 e 9 . 3000-090 Coimbra .Tel./Fax: 239 827 089LEIRIA: Rua D.ª Maria <strong>da</strong> Graça Lúcio <strong>da</strong> Silva, 9 - 1.º esq. . 2400-181 <strong>Leiria</strong> .Tel. 244 822 970ÉLIA SANTIAGOGINECOLOGIA - OBSTETRÍCIAH. Stº. André - <strong>Leiria</strong>Consultas por marcação:Tel. 244823427Consultório:Galerias S. José, Av.ª Marquês <strong>de</strong> Pombal, 9 - 1ºA(junto à Conservatória do Registo Civil) - 2410 <strong>Leiria</strong>A revista <strong>de</strong> medicina britânica“The Lancet” fez, recentemente, durascríticas à homeopatia num editorialem que afirma ter chegado o momento<strong>de</strong> reconhecer a falta <strong>de</strong> benefícios<strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> medicina.Este semanário <strong>de</strong> referência nosmeios médicos internacionais revelaas conclusões <strong>de</strong> um estudo científicoem que a homeopatia é compara<strong>da</strong>a um placebo.A equipa <strong>de</strong> investigadores submeteuvários pacientes a 110 tratamentoshomeopáticos e com placebos,tendo constatado que a primeiratécnica não foi mais eficaz do que asegun<strong>da</strong>. Os doentes que sofriam <strong>de</strong>asma, alergias e problemas muscularestambém receberam tratamentos<strong>de</strong> medicina convencional.O responsável pelo estudo, o professorsuíço Matthias Egger, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> Berna, <strong>de</strong>clarou queapesar <strong>de</strong> alguns pacientes terem sentidomelhoras <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> serem submetidosà homeopatia, isso na<strong>da</strong> tema ver com o conteúdo dos medicamentosque tomaram.Se a técnica parece funcionar épela forma como a terapia é administra<strong>da</strong>,já que o homeopata costuma<strong>da</strong>r uma atenção personaliza<strong>da</strong>ao paciente, acrescentou o professor,citado pela Agência Lusa.A comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> médica tem-se mostradodividi<strong>da</strong> quanto aos efeitosbenéficos <strong>da</strong> homeopatia, que sebaseia na premissa <strong>de</strong> que as doençasse curam com remédios que produzemos mesmos sintomas, masadministrados em doses infinitesimais.No editorial, The Lancet escreveque os médicos <strong>de</strong>vem ser corajosose honestos quanto à falta <strong>de</strong> benefícios<strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> medicina. Noentanto, o semanário abre a porta àdúvi<strong>da</strong> ao <strong>da</strong>r conta que a OrganizaçãoMundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> prepara umrelatório em que a homeopatia é avalia<strong>da</strong>positivamente. ■CENTRO MÉDICO DE LEIRIA, LDA.Av. Heróis <strong>de</strong> Angola,83 - 1.º Dt.ºTelefone 2448223142400 LEIRIAMÉDICOS ESPECIALISTASDR. VALENTIM COSTAE SILVAOUVIDOS - NARIZ - GARGANTADRA. Mª. DA CONCEIÇÃOCOSTA E SILVADOENÇAS DOS OLHOSÓPTICA ARMANDO DE OLIVEIRA, LDAOFEREÇA AOS SEUS OLHOS QUALIDADE… ELES MERECEM O MELHOR.40 anos <strong>de</strong> experiênciaPÇA. RODRIGUESLOBONº 192400 LEIRIATELF. 244831039R. JOÃO DE DEUSNº 272400 LEIRIATELF. 244814681R. 5 DE OUTUBRONº 12-A2480 PORTO DEMÓSTELF. 244491059R. PRINCIPALGÂNDARA2425 MACEIRATELF. 244772211CONTROLE O SEU PESOCOM NUTRIÇÃO HERBALIFE. Produtos naturais;. 30 dias <strong>de</strong> garantia;. Aconselhamento grátis;. Continua a comer o que gosta;. Estamos em 60 países;. 25 anos no mercado com resultados comprovados.Contactar Tm. 962 627 967


32 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | SAÚDE/DIVERSOS/INSTITUCIONAL | JORNAL DE LEIRIA |- URGÊNCIAS -- CLÍNICA GERAL -(Também <strong>de</strong> manhã nos dias utéis)- ESPECIALIDADES -- ENFERMAGEM -TODOS OS DIASTel. 244 827 000Bairro dos Capuchos - <strong>Leiria</strong>DR. RICARDO MARQUES DA COSTAHematologista Clínico(Especialista <strong>de</strong> doenças do sangue)Polidiagnóstico - <strong>Leiria</strong>Consultas às terças e quintas-feirasTel. 244 828 455/ 244 833 116Manuel Alves DinizMédico Neurologista(Chefe <strong>de</strong> Serviço dos H.U.C.)Clínica S. TiagoMarcações pelos telefones244824805/824830VITOR PÓVOAMÉDICO PEDIATRAURGÊNCIASCONSULTAS(2.ª a 5.ª <strong>da</strong>s 9h30 às 18h)(6.ª <strong>da</strong>s 9h30 às 14h)R. João Deus, 11 - 1.º Dt.º - <strong>Leiria</strong>Tel. 244 832 801/ 244 832 870Laboratório <strong>de</strong> Análises Clínicas— Susana Pereira Rosas —Laboratório Central:Av. C. G. Guerra, 43 - 2º A - 2400 <strong>Leiria</strong>Tel. 244815444 /244815492 - Fax 244815690 - 8h00 - 18h00Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Colheita:Arca<strong>da</strong>s D. João III - 1º Piso - 39 - Tel. 244815444/244815492 - 2400 <strong>Leiria</strong>2ªs, 4ªs, 6ªs - 8h30 - 10h00 / 3ªs e 5ªs - 8h00 - 10h00Urb. Vale <strong>da</strong> Fonte, Lt. 10 - Marinheiros - 2400 <strong>Leiria</strong> - Tel. 2448560012ªs a 6ªs - 8h30 às 10h30Urb. Qta. São Bartolomeu, Lt. 6 - n.º 3 R/C - 2400 <strong>Leiria</strong> - Tel. 244 8419992ªs a 6ªs - 8h30 às 10h00Rua <strong>da</strong> Mãe d’ Água, nº 14, R/C - Loja A - 2430 Marinha Gran<strong>de</strong> - Tel. 2445536092ªs, 3ªs, 5ªs, 6ªs - 8h30 - 10h e 4ªs - 8h00 - 10h00PolidiagnósticoMedicina, Higiene e Segurança no TrabalhoAnálises Clínicas, Serviço <strong>de</strong> Urgência, Enfermagem, Especiali<strong>da</strong><strong>de</strong>s Médicas(Aparelho digestivo, Dentistas, Psiquiatria <strong>de</strong> crianças/ adolescentes, etc),Homeopatia, Ecografias Obstétricas Electrocardiogramas, Preparação para o PartoAberto <strong>da</strong>s 8 às 24 horasLEIRIA: R. Cap. Mouzinho <strong>de</strong> Albuquerque, 94 - 1º - Tel. 244 828 455/244 833 116 - Fax: 244 802 987Mª GRANDE: Rua <strong>da</strong>s Portas Ver<strong>de</strong>s, 58 - Tel. 244 504 341/ 244 504 511 - Fax: 244 566 164FÁTIMA: Rotun<strong>da</strong> Sul - Edif. Azinheira - Tel./Fax: 249 533 320www.beatrizgodinho.ptCLÍNICA GERAL - Dr. Melo BrandãoDERMATOLOGIA - Dr. Jorge FerreiraNUTRIÇÃO/OBESIDADE - Dra. Telma ValenteOTORRINO - Dr. Jorge Quadrosbeatriz godinhoAnálises ClínicasLABETO - Centro <strong>de</strong> Análises Bioquímicas, S.A.PSICOLOGIA - Dr.ª Graciela NevesREUMATOLOGIA - Dr. Alves MatosUROLOGIA - Dr. João CrisóstomoTERAPIA DA FALA - Dra. Al<strong>da</strong> BarateiroLargo <strong>de</strong> Santana, 9, 1º E (Frente ao antigo Mercado)Telefone: 244834425 (12 - 19 horas) LEIRIAAberto ao sábado<strong>Leiria</strong> - Av. Marquês <strong>de</strong> Pombal, Lote 2☎ 244 830 460■ Diversos ■PARTIDO SOCIALISTAAUTÁRQUICAS - 2005O Partido Socialista vem, nos termos e para efeitodo artigo 21.º, <strong>da</strong> Lei n.º 19/2003, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong>Junho, comunicar que constitui Man<strong>da</strong>tárioFinanceiro Local para o Município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>da</strong>campanha autárquica <strong>de</strong> 2005, o senhor AntónioJosé <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> Sequeira.OURO PRATAS JÓIAS RELÓGIOS ANTIGUIDADES● ● ● ●Ourivesaria CamposCONSULTASCIRURGIASEXAMES DE AUDIÇÃOFIBRO/ENDOSCOPIA ORLACORDOS COM:MULTICARESAMS QUADROSADSE (CIRURGIA)C.G.D.TODOS OS DIAS A PARTIR DAS 14.30HLEIRIA . AV. COMBATENTES DA GRANDE GUERRA, N.º 79 B . TEL. 244 811 324(frente C.C. D. Dinis, por cima do Mega Hamburguer)Psicóloga Clínica e PsicoterapeutaConsulta, Avaliação Psicológica e Psicoterapia para crianças,adolescentes, adultos e idosos.LEIRIA: Rua <strong>da</strong> Batalha, Lote 22, 1º F - Nova <strong>Leiria</strong>COIMBRA: Av. Sá <strong>da</strong> Ban<strong>de</strong>ira, 10-1ºMarcação <strong>de</strong> consultas: telem. 966 914 359ou e-mail: silvia-silva@sapo.ptTambém em horário pós-laboral e sábadosRua Vasco <strong>da</strong> Gama, 6-8Tel. 244 824 212 - 2400 LEIRIAOURO ANTIGOOURO ANTIGO E USADOCompra e ven<strong>de</strong> aos melhores preçosOurivesaria Sé VelhaR. João <strong>de</strong> Deus, 24 - LEIRIAE S C U D O SP O R T U G U E S E SRECEBEMOS ESCUDOS EM NOTAS NA COMPRADE ARTIGOSOurivesaria CamposOurivesaria Antiga


■Classificados ■1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005| 33IMOBILIÁRIOARRENDAR■T1 MOBILADO. Av. Marquês<strong>de</strong> Pombal. Períodoescolar. Tm. 917 568060.QUARTO a menina estu<strong>da</strong>nte,centro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Tl. 244 724 542 Tm.:914 235 377QUARTOS IND. a meninasestu<strong>da</strong>ntes em ap.in<strong>de</strong>p. Av. N.S. Fátima.Tm. 965 447 422.QUARTOS MOBILA-DOS a professoras, juntoao cinema. Boas instalações.Tm. 919 632284T1 MOBILADO, cozinhaequipa<strong>da</strong> na Rua doComércio, junto à PraçaRodrigues Lobo. Tm.961 841 876 ou 964 008683 a partir <strong>da</strong>s 14 horas.T2, com 2 salas, 2 quartos,cozinha, WC, bomestado. Contactar peloTel. 244 732 024.T3 BUARCOS, Fig. <strong>da</strong>Foz. Garagem individual.Tel. 244 832 126/ Tm.918 110 212. Impletor- AMI 4066.T3 CRUZ D’AREIA,garagem privativa. Tel.244 832 126/ Tm. 918110 212. Impletor - AMI4066.QUARTO INDIVIDUAL,a rapariga em apartamentoin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, óptimascondições, boa localização.Contactar Tm.965 258 953.QUARTOS a Estagiários/Professores,na MarinhaGran<strong>de</strong>, com serventia<strong>de</strong> cozinha e WC.Tel. 244 502 576.T2 - CRUZ D’AREIA,com aparcamento e sotão,lareira. Boa localização.Contactar a MEDIAN-TE, LDA. - Lic. 2558AMI. Tel. 244 833 932.LOJA 408 - CENTROCOMERCIAL D. DINIS.Com 50m2. Vidros nasduas frentes. Contactara MEDIANTE, LDA. -Lic. 2558 AMI. Tel. 244833 932.ESCRITÓRIOS - CEN-TRO DA CIDADE. Des<strong>de</strong>30 a 60 m2. Contactara MEDIANTE, LDA.- Lic. 2558 AMI. Tel.244 833 932.T2 MOBILADO - Cozinhaequipa<strong>da</strong>, garagem, na RuaMiguel Torga, <strong>Leiria</strong>, a <strong>de</strong>zminutos a pé do centro <strong>da</strong>ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Tm. 916 007 818 /914 596 531VENDA■T4 junto ao Marq. Pombal,boas vistas, equipado,boa exposição solar.Tlm 967 873 301T4 USADO c/ garagem,bom estado. Zona Marquês<strong>de</strong> Pombal. Tm.912304637.TERRENO Alcogulhe <strong>de</strong>Cima (Maceira), comeucaliptos. Área 50.000m2. Tm. 965 566 484TERRENO Bico Sacho(Golpilheira), área 6.100m2, boa localização, comárea para construção.Tel. 244 765 248/Tm965 566 484T1 (SEMI-NOVO) c/ gar.,marquise, arrumos, soalheiro,em Gân<strong>da</strong>ra. Tm.965 051 440 (o próprio).MORADIA GEMINA-DA, usa<strong>da</strong> como nova.Tipo T3, boas áreas, c/aquec. e cave. Tm. 916763 842 e 914 280 353.LOJA com 105m2. RuaPaulo VI - Vale Sepal.Bom preço. Tel. 244 724542 ou Tm. 914 235 377.APART. T3 - PLANAL-TO (USADO). Boas áreas.Sotão. Garagem individualN. Refª 158/05.MEDIANTE, LDA. - Lic.2558 AMI. Tel. 244 833932.APART. T3 - TELHEI-RO (USADO COMONOVO). Garagem dupla.Arraca<strong>da</strong>ção. Com opção<strong>de</strong> electrodomésticos N.Refª 08/05. MEDIAN-TE, LDA. - Lic. 2558AMI. 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34 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005| CLASSIFICADOS | JORNAL DE LEIRIA |EXECUTO TRABA-LHOS DE MODELIS-TA, corte senhora, homeme criança. Contacte peloTm. 965 447 431.PRECISA-SE■CABELEIREIRO/A emanicure. Tel. 244 766579 ou tm. 913 336 637.Café Rotun<strong>da</strong>, Praia do Pedrógão,precisa <strong>de</strong> EMPRE-GADAS(OS). Contactar peloTm. 917 577 021.ACEITAMOS INSCRI-ÇÕES DE TRABALHA-DORES ESTRANGEI-ROS (M/F), <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mentelegalizados. Tel. 244 817730.CHEFE TELEFONISTA(M/F), com experiência.Contactar pelo Tel. 244802 234.NAVEGA NA NET?Ganhe com isso. Part/Fulltime750€-4.000€.www.incrediblebiz4all.comINDIFERENCIA-DOS/AS - OPER. DEMÁQ. DE INJECÇÃO.Contactar pelo Tel. 244817 730.EMPREGADOS/AS DEARMAZÉM / OPERA-DORES DE EMPILHA-DORA. Tel. 244 817 730.ASSISTENTE DECLIENTES (M/F), comexperiência. Tel. 244 817730.SERVENTES DE ES-COLHA / EMBALADO-RES/AS. Contactar peloTel. 244 817 730.APRENDIZ DE PRO-DUÇÃO (M/F). 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CUNHOS E COR-TANTES (M/F) c/ expª,em <strong>Leiria</strong>/Mira D Aire.Ref.ª 587 344 828. Contactaro Centro <strong>de</strong> Emprego<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.ELECTROMECÂNICOELECT. (FRIO) (M/F),c/ expª <strong>de</strong> trabalho comfibra, em <strong>Leiria</strong>. Ref.ª587 370 351. Contactaro Centro <strong>de</strong> Emprego<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.OP. MÁQUINA AUTO-MÁTICA DE MOLDARVIDRO (M/F) c/ 9º ano,em <strong>Leiria</strong>. Ref.ª 587 363608. Contactar o Centro<strong>de</strong> Emprego <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.CONTROLADOR DEFORNO (VIDRO) (M/F)c/ 9º ano, em <strong>Leiria</strong>. Ref.ª587 363 609. Contactaro Centro <strong>de</strong> Emprego<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.TRABALHADOR INDI-FERENCIADO (M/F)em C. Rainha, c/ conhecimentos<strong>de</strong> jardinageme carta <strong>de</strong> condução. Ref.ª587 370 689. Contactaro Centro <strong>de</strong> Emprego<strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.DISTRIBUIDOR DEGÁS (M/F) em C. Rainha,c/ carta <strong>de</strong> condução.Ref.ª 587370325.Contactar o Centro <strong>de</strong>Emprego <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong>Rainha.AJUDANTE DE PAS-TELEIRO (M/F) emBombarral, c/ experiência,Ref.ª 587 370 375.Contactar o Centro <strong>de</strong>Emprego <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong>Rainha.PEDREIRO (M/F) emÓbidos. Ref.ª 587 370137. Contactar o Centro<strong>de</strong> Emprego <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s<strong>da</strong> Rainha.CONDUTOR DEMÁQUINA DE ESCA-VAÇÃO (M/F) em Atouguia<strong>da</strong> Baleia, c/ experiência.Ref.ª 587 369962. Contactar o Centro<strong>de</strong> Emprego <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s<strong>da</strong> Rainha.COZINHEIRO (M/F) emPeniche. Ref.ª 587 365750. Contactar o Centro<strong>de</strong> Emprego <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s<strong>da</strong> Rainha.FIEL DE ARMAZÉM(M/F) em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.Ref.ª 587 365 333.Contactar o Centro <strong>de</strong>Emprego <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong>Rainha.EMBALADORA (M/F)em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.Embalador - ProdutosCongelados. Ref.ª 587365 330. 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Cont. oCentro <strong>de</strong> Emprego <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s<strong>da</strong> Rainha.EMPREGADA DOMÉS-TICA - CASAS PARTI-CULARES (M/F) em Fozdo Arelho, Interna. Ref.ª587 365 442. Contactaro Centro <strong>de</strong> Emprego <strong>da</strong>sCal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.EMBALADORA(M/F) emUsseira, Embalador <strong>de</strong>Frutas. Ref.ª 587 360 373.Contactar o Centro <strong>de</strong>Emprego <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong>Rainha.SERRALHEIRO CIVIL(M/F) em A-Dos-Francos.Ref.ª 587 359 985.Contactar o Centro <strong>de</strong>Emprego <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong>Rainha.TÉCN DE REFRIG. ECLIMATIZ (TECN. DEFRIO) (M/F) em Atouguia<strong>da</strong> Baleia. Ref.ª 587358 296. Contactar oCentro <strong>de</strong> Emprego <strong>da</strong>sCal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.TRAB. NÃO QUALIFI-CADO-CERÂMICA(M/F) em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.Ref.ª 587 363 922.Contactar o Centro <strong>de</strong>Emprego <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong>Rainha.EMPREGADA DOMÉS-TICA INTERNA emMarinha Gran<strong>de</strong>. Formaçãoe ou experiência.Ref.ª 587 244 902. Contactaro Centro <strong>de</strong> Emprego<strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong>.TÉCNICO DE FRIO emBenedita. Com experiência.Ref.ª 587 292358.Contactar o Centro <strong>de</strong>Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.TORNEIRO MECÂNICOem Alfeizerão. Com experiência.Ref.ª 587 345 200.Contactar o Centro <strong>de</strong>Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.ENGº TÉC. CIVIL emNazaré. Com experiência.Ref.ª 587 351 310. Contactaro Centro <strong>de</strong> Emprego<strong>de</strong> Alcobaça.NOMEMORADACÓDIGO POSTALTEL.COMO PREENCHERLOCALIDADEN.º CONTRIBUINTE (preenchimento obrigatório)TEXTO A ANUNCIAR1. ESCREVER O ANÚNCIO PRETENDIDO NA QUADRÍCULA. CADALETRA DEVE SER ESCRITA NUM DOS QUADRADOS, DEIXANDO UMQUADRADO LIVRE ENTRE CADA PALAVRA.2. O PAGAMENTO DEVERÁ SER ENVIADO JUNTAMENTE COM OCUPÃO. OS PREÇOS INDICADOS INCLUEM IVA 19%.3. O ANUNCIANTE DEVERÁ LEVANTAR AS RESPOSTAS NA SEDE DOJORNAL DE LEIRIA.4. O ANÚNCIO A PUBLICAR DEVERÁ SER ENTREGUE ATÉ AO FINALDE CADA SEXTA-FEIRA ANTERIOR À SAÍDA DO JORNAL DE LEIRIA.OUTRAS DIMENSÕES CONSULTE A NOSSA TABELA.A NOSSA MORADARua Coman<strong>da</strong>nte João Belo, n.º 31Apartado 1098 . 2401-801 <strong>Leiria</strong>Tel. 244 800 400 . Fax 244 800 401E-mail: geral@jornal<strong>de</strong>leiria.ptMÓDULOSMódulos A (8 x 4 cm) 54 €Módulos B (8 x 8 cm) 100 €Módulos C (8 x 12,2 cm) 144 €25 quad.50 quad.75 quad.100 quad.125 quad.À LINHA2 publicações 4 publicações75 quadrados obrigatórios 16 € 26 €100 quadrados 21 € 32 €125 quadrados 26 € 42 €Indique a secção on<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> ver publicado o seu anúncioIMOBILIÁRIO Arren<strong>da</strong>r Ven<strong>da</strong> Trespasse CompraEMPREGO Precisa-se Oferece-seMOTOR Ven<strong>da</strong> CompraDIVERSOS Mensagem Explicações Geral


| JORNAL DE LEIRIA | UTILIDADES |1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | 35FARMÁCIASQUINTA, 01SEXTA, 02SÁBADO, 03DOMINGO, 04SEGUNDA, 05TERÇA, 06QUARTA, 07ALB. DOS DOZEAlberga. 236939605Alberga. 236939605Alberga. 236939605Alberga. 236939605Sta. Mª. 236931280Sta. Mª. 236931280Sta. Mª. 236931280ALCOBAÇAB.Marques 262582115Epifánio 262582124Campeão 262582156B.Marques 262582115Epifánio 262582124Campeão 262582156B.Marques 262582115BATALHAFerraz 244765124Ferraz 244765124Ferraz 244765124Ferraz 244765124M. Padrão 244765449M. Padrão 244765449M. Padrão 244765449C. DA RAINHAB. Lisboa 262832324Freitas 262840030Central 262831471Maldonado 262844847Rosa 262831996Perdigão 262880681B. Lisboa 262832324FÁTIMAIriense 249531234Fátima 249531114Fátima 249531114Fátima 249531114Iriense 249531234Fátima 249531114Iriense 249531234LEIRIAOliveira 244822757Baptista 244832320Sanches 244892500Coelho 244832432Central 244817980Lino 244832465Higiene 244833140QUINTA, 01SEXTA, 02SÁBADO, 03DOMINGO, 04SEGUNDA, 05TERÇA, 06QUARTA, 07MACEIRA/ ARNALCaixa P. 244771540Caixa P. 244771540Caixa P. 244771540Caixa P. 244771540B. Godinho 244777284B. Godinho 244777284B. Godinho 244777284MARINHA GRANDEDuarte 244503024Guardiano 244502678Central 244502208Roldão 244502641Mo<strong>de</strong>rna 244502834Duarte 244503024Guardiano 244502678PORTO DE MÓSCentral 244440237Central 244440237Mirense 244440213Mirense 244440213Mirense 244440213Mirense 244440213Mirense 244440213NAZARÉSilvério 262552394Ascenso 262551106Ascenso 262551106Ascenso 262551106Sousa 262561221Sousa 262561221Sousa 262561221FIGUEIRÓCorreia Suc 236552312Correia Suc 236552312Correia Suc 236552312Correia Suc 236552312Vidigal 236552441Vidigal 236552441Vidigal 236552441POMBALVilhena 236212037Vilhena 236212037Vilhena 236212037Vilhena 236212037Paiva 236212013Paiva 236212013Paiva 236212013PASSATEMPOSSERVIÇOSPALAVRAS CRUZADASHORIZONTAIS: 1 - Rasguei. Mulher a quem se ama. 2 - <strong>de</strong> Circulação (abrev.). Pôsarmação. Afixo (abrev.). 3 - Implicado. 4-Inclinado à pie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Em que há aticismo,pura. 5 - Vai para fora. Pequeno volume. 6-Nome antigo <strong>da</strong> actual nota musicaldó. União Europeia (abrev.). Porco (Prov.). Antes-<strong>de</strong>-Cristo (abrev.). 7 - Exalebálsamo. O m. q. icozeiro. 8 - Mata <strong>de</strong> castanheiros, soito. Nome <strong>de</strong> mulher. 9-Ajaezado. 10 - Suspiro. Cessai <strong>de</strong> an<strong>da</strong>r. Duas vogais. 11 - Que reúne to<strong>da</strong> aperfeição imaginável. Traseiros, ná<strong>de</strong>gas (Pop.).VERTICAIS: 1 - Reduz a fio. Dependência, inferiori<strong>da</strong><strong>de</strong> (Pref.). Segue. 2 - Era-Cristã (abrev.). Pés <strong>da</strong> alimária. I<strong>de</strong>m (abrev.). 3 - Terceiro. Discurso lau<strong>da</strong>tório. 4 -Relativo à Dinamarca. Chega a possuir sem direito. 5 - Imposto sobre o rendimento(sigla). Relativo ao teatro. 6 - Mula, macho. Triturar, trilhar. 7 - Inflamação <strong>da</strong>aorta. Rio que banha Berna. 8 - Indivíduo que sabe tocar ou que faz parte <strong>de</strong> umaorquestra ou filarmónica. Procrastina, <strong>de</strong>longa. 9 - Que não tem medula. Marchado.10 - Conce<strong>de</strong>. Ata com atacador. O sono dos meninos. 11 - Apre!. Repercussão.CaminhesSOPA DE LETRASALCOBAÇABombeiros Voluntários 262505300Cenel 262597300Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 262598189Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aljubarrota 262508112Clínica <strong>de</strong> Stª. Mª <strong>de</strong> Alcobaça 262596105Clínica do Atlântico 262581515GNR 262582319Hospital 262590400PSP 262595400Rodoviária do Tejo 262582221Serv. Municipalizados 262598174BATALHABombeiros Voluntários 244765411Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 244765246CENEL 244765165GNR 244765134BOMBARRALBombeiros 262601601Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 262605394Hospital 262605218CALDAS DA RAINHABombeiros Voluntários 262840550Cenel 262830600Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 262832618Centro Hospitalar <strong>da</strong>s C. <strong>da</strong> Rainha 262830300Centro Reg. <strong>de</strong> S. Social do Centro 262834289Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salir <strong>de</strong> Matos 262877488CP 262823693GNR 262831924Hospital 262832133PSP 262832022Rodoviária do Tejo 262831067Serv. Municipalizados 262851003LEIRIAAmbulâncias Leirienses 244861615Bombeiros Municipais 244832122Bombeiros Voluntários (geral) 244882015(emergência) 244881120Bombeiros Vol. Maceira 244777100Bombeiros Vol. Ortigosa 244613700Briga<strong>da</strong> <strong>de</strong> Trânsito 244832473Cenel 244810200Centro Saú<strong>de</strong> Dr. Arnaldo Sampaio 244817820Centro Saú<strong>de</strong> Dr. Gorjão Henriques 244816400Centro Hospitalar S. Francisco 244811077Centro Médico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 244822314Centro Ass. Médica Mo<strong>de</strong>rna do Liz 244825758Coração <strong>da</strong> Noite 244824700CP 244882027Cruz Vermelha 244823725GNR 244824300Hospital St.º André 244817000LeiriVi<strong>da</strong> 244827000Linha Viva 244811999Polícia Judiciária (piquete 24H) 244845200Polidiagnóstico 244833116PSP 244859859Rádio Táxis 244815900Rádio-taxi Alerta 244881147Rodoviária do Tejo 244811507Serv. Municipalizados 244817300Serv. Subregional <strong>de</strong> Seg. Social 244811061Táxis <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 244801759MARINHA GRANDEBombeiros 244575112Bombeiros <strong>de</strong> V. <strong>Leiria</strong> 244699080Cenel 244568777Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 244568550Centro Médico 244504511Centro Reg. <strong>de</strong> S. Social do Centro 244567005CP 244568550GNR 244502647LeiriVi<strong>da</strong> 244503333PSP 244502232Polidiagnóstico 244504341Rodoviária do Tejo 244502420Serv. Municipalizados 244568630NAZARÉBombeiros Voluntários 262561300Cenel 262551538Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 262551471GNR (Valado <strong>de</strong> Fra<strong>de</strong>s) 262577147Hospital 262561116/130/140PSP 262551268Rodoviária do Tejo 262551172Serv. Municipalizados 262561153OURÉMBombeiros Voluntários 249540500Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 249540630Centro Regional <strong>de</strong> Seg. Social 249541674249591554249542288EDP 249542752GNR 249540310PSP 249540440Rodoviária do tejo 249542132SAP (serviço <strong>de</strong> urgências) 249544233Serv. Municipalizados 249540900POMBALBombeiros 236212122Briga<strong>da</strong> <strong>de</strong> Trânsito 236212063Cenel 236212002Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 236212136Centro Soc. S. Francisco <strong>de</strong> Pombal 236213785CP 236212075GNR 236212011Hospital 236212130PSP 236213122Rodoviária <strong>da</strong> Beira Litoral 236212058Serv. Municipalizados 236212001PORTO DE MÓSA. <strong>de</strong> Ser. e Socorro Vol. S. Jorge 244481115Bombeiros 244490115Cenel 244403518/ 244491453Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 244499200GNR 244491195Serv. Municipalizados 244491202Praça taxis 244491351SERVIÇO DE ATENDIMENTO PERMANENTELEIRIARua Norton <strong>de</strong> Matos 244811390MARINHA GRANDEAv. Eng.º Arala Pinto 244568550NAZARÉHospital <strong>da</strong> Confraria Nª Sra. <strong>da</strong> NazaréSítio <strong>da</strong> Nazaré 262561116PORTO DE MÓSRua Conceição Abreu 244491131SERVIÇOS DE EMERGÊNCIAAbraço 800225115Intoxicações 217950143Narcóticos Anónimos 800202013Protecção Civil 244833330Serviço Nacional <strong>de</strong> Socorro (SOS) 112SOS - Crianças 217931617SOS - Grávi<strong>da</strong> 213952153SOS - Mulher 239832073SOS - Palavra Amiga 232424282SOS - Si<strong>da</strong> 800201040SERVIÇOS TELEFÓNICOS ESPECIAISAssistência a Clientes 123Avarias 16208Despertar 12161Regulamento <strong>de</strong> Inst. Telefónicas<strong>de</strong> Assinantes (RITA) 808244156Serviço Informativo 118Localize no quadro as 15 palavras relaciona<strong>da</strong>s com DANÇA que se <strong>encontram</strong>escritas em to<strong>da</strong>s as direcções, excepto na diagonal.SOLUÇÕES DA EDIÇÃO PASSADAPALAVRAS CRUZADAS:Horizontais: 1-VAI. AGRUPAR. 2-EC.IRRA. UFA. 3-1. VACA. AN. S. 4-REI.OUTRAS. 5-ADAM. SERMOA. 6-DL.ER. MI. SC. 7-OTARIA. AFIA. 8-EBOREO. IAM. 9-C. RS. DIAL. A. 10-IDA. PORA. ID. 11-DEMISSO. FIO.Verticais: 1-VEIRADO. CID. 2-AC.EDITE. DE. 3-1. VIA. ABRAM. 4-IA.MEROS. I. 5-ARCO. RIR. PS. 6-GRAUS. AEDOS. 7-RA. TEM. OIRO. 8-U. ARRIA. AA. 9-PUNAM. FIL. F. 10-AF. SOSIA. II. 11-RAS. ACAMADO.PILHA DE PALAVRASNome |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__||__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| Data <strong>de</strong> nascimento |__|__| —|__|__|—|__|__|__|__|Mora<strong>da</strong> |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|Código Postal |__|__|__|__| -|__|__|__| Locali<strong>da</strong><strong>de</strong> |_|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|País |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| Telefone |_|__|__|__|__|__|__|__|__|Número contribuinte |__|__|__|__|__|__|__|__|__| Profissão |_|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|N.º elementos agregado familiar |__|__| Habilitações Literárias |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|Junto envio cheque/vale postal nº |__|__|__|__|__|__|__|__|__| no valor <strong>de</strong> €25 (Portugal), €27 (outros países <strong>da</strong>Europa), €30 (outros países do Mundo)emitido à or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Jorlis, L<strong>da</strong>., para pagamento <strong>da</strong> minha assinatura anual do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (renovávelanualmente, salvo indicações em contrário).Assinatura __________________________________________________________________________________


O TEMPOSexta-feira Sábado Domingo26 C26 C26 Csol16 Csol15 Csol20 CJACNTO SILVA DURO"Somos aquilo que fizemos repeti<strong>da</strong>mente" AristótelesAutarcas <strong>da</strong> região confirmam não aplicar a leiCâmaras não previnem incêndiosLimpeza <strong>da</strong>s matas junto às casas ficou por fazerA lei que “obriga a limpeza <strong>de</strong> umafaixa exterior <strong>de</strong> protecção <strong>de</strong> larguramínima não inferior a 100 metros, competindoà Câmara Municipal realizar ostrabalhos <strong>de</strong> limpeza”, não é cumpri<strong>da</strong>,pela maioria <strong>da</strong>s autarquias <strong>da</strong> região.Autarcas contactados pelo JORNAL DELEIRIA são unânimes em contestar oanúncio <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> coimas, peloministro <strong>da</strong> Agricultura.“Há uma i<strong>de</strong>ia pregatória do Governo.As autarquias só po<strong>de</strong>m cumprir setiverem recursos. Estamos habituadosem Portugal a fazer leis tecnicamentemuito bonitas, mas que <strong>de</strong>pois não sãoexequíveis. Quando nos aparecerem ascoimas logo se vê, <strong>de</strong>ixamo-las ir paraTribunal. Se quiserem entregamos asNazaréCorpo <strong>de</strong> ci<strong>da</strong>dãoespanhol<strong>de</strong>u à costaTudo indica que o jovem espanholque <strong>de</strong>sapareceu na madruga<strong>da</strong><strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> Agosto na Nazaré <strong>de</strong>u àcosta na praia <strong>da</strong>quela vila na manhã<strong>de</strong> terça-feira. O corpo foi encontradoàs 9 horas, por um transeunte,junto ao molhe Norte do Porto <strong>de</strong>Abrigo, a cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>z metros <strong>da</strong>srochas. O cadáver foi reconhecidono local pelo irmão <strong>da</strong> vítima, queapós o seu <strong>de</strong>saparecimento espalhoupela vila fotografias do jovemcujo para<strong>de</strong>iro era <strong>de</strong>sconhecido há<strong>de</strong>z dias. Este terá sido visto pelaúltima vez no dia 21 <strong>de</strong> Agosto, às6 horas, junto ao Barra Bar. ■chaves <strong>da</strong> autarquia. É muito fácil dizerque as autarquias são obriga<strong>da</strong>s, masprimeiro é preciso conferir-lhes meios.E também é necessário uma legislaçãomais ágil e dura para o prevaricador.Que País é este, on<strong>de</strong> a Polícia Judiciária(PJ) <strong>de</strong>tém mais <strong>de</strong> 100 incendiáriose não há nenhum que fique <strong>de</strong>tido? Oué a PJ ou é o Tribunal que an<strong>da</strong> a brincar”,<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> José Ferreira, presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós e também<strong>da</strong> Associação <strong>de</strong> Municípios <strong>da</strong> AltaEstremadura.“Apesar <strong>de</strong> não serem todos iguais,os autarcas não são propriamente exemplares.Manter a limpeza <strong>da</strong>s áreas florestaisnuma área <strong>de</strong> 100 metros dá trabalho.É mais fácil alcatroar estra<strong>da</strong>s eMarinha Gran<strong>de</strong>Falsoscontactos coma populaçãoMunícipes <strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong> têmrecebido telefonemas <strong>da</strong> parte <strong>de</strong> indivíduosque se fizeram passar por funcionários<strong>da</strong> autarquia, solicitando arealização <strong>de</strong> análises às águas. A Câmaraalerta a população para o facto <strong>de</strong>ssescontactos na<strong>da</strong> terem a ver com oServiço <strong>de</strong> Águas e Saneamento doconcelho. Segundo o relato dos munícipes,foi referido que a edili<strong>da</strong><strong>de</strong> iriaproce<strong>de</strong>r à análise <strong>de</strong> água nas suashabitações fora do horário normal <strong>de</strong>expediente. A Câmara pe<strong>de</strong>, por isso,à população para ter o “máximo <strong>de</strong>cautela se for confronta<strong>da</strong> com umasituação semelhante”. ■licenciar loteamentos”, ironiza DomingosPatacho. E em matéria <strong>da</strong> prevenção<strong>de</strong> incêndios, continua o presi<strong>de</strong>nte donúcleo regional <strong>da</strong> Quercus do Ribatejo,“tdos temos culpas, mas os presi<strong>de</strong>ntes<strong>de</strong> Câmaras têm responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>sacresci<strong>da</strong>s”. Domingos Patachonão <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, porém, a aplicação coerciva<strong>da</strong> lei. “Faça-se uma campanha <strong>de</strong>sensibilização até Maio e apliquem-seentão as multas, se a legislação não secumprir. Portugal é um Estado <strong>de</strong> direito,não é nenhuma anarquia”.Quanto aos presi<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong>s CâmarasMunicipais <strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong>, Cal<strong>da</strong>s<strong>da</strong> Rainha e Figueiró dos Vinhos,todos reclamam as respectivas contraparti<strong>da</strong>sfinanceiras para executar estalei. “Só no concelho <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainhahá 400 povoações. Se multiplicarmospelo perímetro, dá largas e largas<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> hectares <strong>de</strong> área florestal.Limpávamos se o Governo nos ressarcissedos gastos efectuados. Mas, paraisso, teria que expropriar os própriosterrenos, já que muitos proprietáriosnão têm capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para pagar”, dizFernando Costa. “Po<strong>de</strong>m dizer o quequiserem e venham lá com as multas.Mas se o Estado pagasse as multas poraquilo que não faz...”, contra-atacaÁlvaro Órfão, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> autarquia<strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong>. Quanto a IsabelDamasceno, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, preferiu remeter esta questão parao presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Associação Nacional <strong>de</strong>Municípios. ■Graça MenitraNazaréAutarquiadistingui<strong>da</strong>no DesportoA Nazaré recebeu o Prémio AlvesTeixeira, atribuído pelo jornal “O NorteDesportivo” às autarquias que maise melhor investem na área do <strong>de</strong>sporto.A vila alcançou a primeira posiçãono ranking dos 50 concelhos que maisatenção <strong>de</strong>ram às activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e equipamentos<strong>de</strong>sportivos, em relação aonúmero <strong>de</strong> eleitores inscritos. O prémioserá atribuído numa cerimónia pública,que <strong>de</strong>correrá no próximo dia 15 <strong>de</strong>Setembro, em Coimbra. Para a avaliaçãodos municípios a concurso, foi escolhidoo indicador “Despesas <strong>da</strong>s CâmarasMunicipais em Desporto – Jogos e Desporto”,referente a 2002/2003.■O P I N I Ã O| Soares e Cavaco (I) |Fui um dos que ouviu os mútuose rasgados elogios entre Mário Soarese Cavaco Silva, quando este últimoveio às Cortes em 29 <strong>de</strong> Abril<strong>de</strong> 2003 convi<strong>da</strong>do por Soares, para,ao jantar, proferir uma conferênciano âmbito <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> CasaMuseu.Este convite e a sua aceitação,suscitaram na altura a maior curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> política e diferentesinterpretações, sendo que a mais comum, enten<strong>de</strong>uesta aproximação como um sinal claro <strong>da</strong> simpatia<strong>de</strong> Mário Soares para com a eventual candi<strong>da</strong>tura doprofessor à Presidência <strong>da</strong> República, ao mesmo tempoque fragilizava António Guterres, <strong>de</strong> cuja candi<strong>da</strong>turase falava já também.Para surpresa <strong>de</strong> muitos, Mário Soares é já o candi<strong>da</strong>todo PS e virá a ser o <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a esquer<strong>da</strong>, facto que,por si só, lhe garantirá resultados sempre bem acima dos40%, se não mesmo os votos <strong>de</strong> que precisa para ser <strong>de</strong>novo Presi<strong>de</strong>nte.Cavaco Silva, que pensava ter a vi<strong>da</strong> muito mais facilita<strong>da</strong>e que <strong>de</strong>sejaria ter, por exemplo, Manuel Alegrecomo candi<strong>da</strong>to <strong>da</strong> esquer<strong>da</strong> em vez <strong>de</strong> Mário Soares,fica assim exposto a maior risco. A vitória ser-lhe-á semprepossível, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo em muito <strong>da</strong> forma como ovão apreciar os eleitores mais in<strong>de</strong>cisos no período <strong>da</strong>campanha eleitoral. Os votos do PSD e do CDS não chegarão.Voltamos a ter, assim, um cenário semelhante ao <strong>da</strong>segun<strong>da</strong> volta <strong>da</strong>s eleições presi<strong>de</strong>nciais <strong>de</strong> 1985, só queem vez <strong>de</strong> Freitas do Amaral está Cavaco Silva. Nessaaltura, Freitas per<strong>de</strong>u por poucos votos. Aliás, fica aimpressão que este candi<strong>da</strong>to faz falta nesta disputa eleitoral.Para os portugueses, para a República e para aDemocracia, seria útil a sua candi<strong>da</strong>tura. Mas os partidosnão <strong>de</strong>ixaram. Eles continuam a ser os quase exclusivosman<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> pública portuguesa. Aos ci<strong>da</strong>dãos,é-lhes <strong>da</strong>do a escolher ca<strong>da</strong> vez menos. Po<strong>de</strong> ser que opróximo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República aju<strong>de</strong> a que isto se altere.Isto e outras coisas. Experiência política não lhes falta,maturi<strong>da</strong><strong>de</strong> cívica e i<strong>da</strong><strong>de</strong>, também não. Circunstânciaspara estarem presentes <strong>de</strong> forma activa na vi<strong>da</strong>pública portuguesa não faltarão também. Para o mal epara o bem.■José Ribeiro Vieira| Entrevista próxima edição |Helena Serra Fernan<strong>de</strong>sProfessoraHelena Serra Fernan<strong>de</strong>s nasceu no concelho <strong>de</strong> Figueiró dosVinhos em 1942, mas resi<strong>de</strong> no Porto, on<strong>de</strong> é professora coor<strong>de</strong>nadora<strong>da</strong> Escola Superior <strong>de</strong> Educação Paula Frassinetti.Licencia<strong>da</strong> em Direito, fez a especiali<strong>da</strong><strong>de</strong> e doutoramento emEducação Especial, presi<strong>de</strong> à Associação Nacional <strong>de</strong> CriançasSobredota<strong>da</strong>s e é vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Associação Portuguesa <strong>de</strong>Dislexia. Entre muitas outras activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, já publicou sete livros. No passado dia 10 <strong>de</strong> Junho foi agracia<strong>da</strong> pelo Presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> República como Comen<strong>da</strong>dora, com a Or<strong>de</strong>m <strong>da</strong> InstruçãoPúblicaRESTAURANTE CERVEJARIA MARISQUEIRATrespassa-se por motivo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>Decoração excelente, acolhedor, um dos mais atractivos espaços com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para 40 lugares.Localização <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> futuro. Parque <strong>de</strong> estacionamentoContactar: 963 335 232

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