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Empresas da região não encontram trabalhadores - Jornal de Leiria

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2 | 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |EDITORIAL| C a r t o o n |Deixa ar<strong>de</strong>rO País ar<strong>de</strong>u este ano como nunca.A última estimativa oficialaponta para uma área <strong>de</strong> 240 milhectares consumi<strong>da</strong> pelas chamas.A ca<strong>da</strong> época <strong>de</strong> incêndios segue--se uma época <strong>de</strong> acusações, relatórios,inquéritos, <strong>de</strong>missões, nomeaçõese promessas. Muitas promessas.Da próxima vez não vai ser assim.Mas é sempre. Temos em ca<strong>da</strong> ano<strong>de</strong> inventar algo que no resto domundo já está inventado há muitotempo. E também produzimoslegislação, para atacar o problema.Mas ele subsiste.O fogo chega aos centros urbanos,ar<strong>de</strong>m casas e segue-se a novelados <strong>de</strong>salojados. Fala-se <strong>de</strong> prevenção,mas ninguém percebemuito bem o que essa palavraencerra. Estamos todos prevenidosque vamos ter incêndios, masnão prevenimos mais na<strong>da</strong>.O Governo, através do Ministério<strong>da</strong> Agricultura, vem agora dizerque vão ser aplica<strong>da</strong>s multas aosmunicípios que não cumprem aLei e não proce<strong>de</strong>m à limpeza obrigatória<strong>de</strong> uma faixa <strong>de</strong> 100 metrosnos aglomerados populacionaisinseridos ou confinantes com asáreas florestais, o mesmo sendoexigível para as zonas industriais.Ou seja, temos legislação(DL156/2004, artigo 16º), mas ninguéma cumpre e isso só é lembrado<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter ardido tudo.O Governo acrescenta a essa toma<strong>da</strong><strong>de</strong> posição que, lá para o Outono,vão ser aplica<strong>da</strong>s coimas aosmunicípios prevaricadores. Desconfiamosque poucos no País sevão livrar <strong>de</strong>sta acção sancionatórianacional.Na região várias Câmaras Municipaisassumem que essa limpeza<strong>da</strong>s matas ou florestas junto aosaglomerados urbanos não foi feitae apontam o <strong>de</strong>do ao Governo.Têm as competências mas não hádinheiro, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m-se. Venham<strong>de</strong> lá as coimas que <strong>de</strong>pois logose vê e há mesmo quem fale emrecorrer aos tribunais.Na prática, o País ar<strong>de</strong> e não é porfalta <strong>de</strong> dinheiro ou por falta <strong>de</strong>atribuição <strong>de</strong> competências. É claramentepor uma generaliza<strong>da</strong>incompetência e por uma óbviainversão <strong>de</strong> priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Se há risco<strong>de</strong> incêndio e se há legislaçãoque aju<strong>da</strong> a reduzir esse risco, cumpra-sea Lei.Para concluir, se o Governo vaino Outono aplicar as coimas, <strong>de</strong>viafazê-lo olhando-se também aoespelho, para po<strong>de</strong>r confrontar-secom tudo o que não fez neste matéria.E também <strong>de</strong>veria pagar umaforte coima, possivelmente a maior<strong>de</strong> to<strong>da</strong>s. ■Na consciência do tempo que não pára, espaço <strong>de</strong> trabalho e lazerinteragem no prosseguimento <strong>da</strong> nossa caminha<strong>da</strong>. Da nossa vi<strong>da</strong>.Dividimos o tempo. Dividimos o espaço. Dividimo-nos por vezes anós mesmos, nessa necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> nossa <strong>de</strong> arrumação e dissecação.Separamos.Separamos sistemática e in<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>mente o que utilizamos, o quesentimos… Separamos caminhos. Os que percorremos.Forma <strong>de</strong> nos facilitarmos no auto-conhecimento? No conhecimentodo que nos cerca? Dos que nos cercam?Forma <strong>de</strong> permitirmos apercebermo-nos do crescimento que nos éinato e <strong>de</strong> que por vezes não temos consciência?Há sempre tempo e espaço. Tempo e espaço no trabalho e no lazer!...Em ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les, "paramos".Em ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les "trabalhamos".Em ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les "paramos" e "trabalhamos"!Quantas vezes <strong>de</strong>smesura<strong>da</strong>mente!...E, quantas vezes, sem <strong>da</strong>rmos conta <strong>da</strong> <strong>de</strong>smedi<strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ssetempo e espaço <strong>de</strong> "paragem" e <strong>de</strong> "trabalho"!... em ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les...No trabalho, "paramos", para nos consciencializarmos do que produzimosou criamos - reflectimos, avaliamos, reformulamos...No lazer, "trabalhamos", na consciencialização do sentir e do serreflectimos, avaliamos, reformulamos…Dividimos o tempo. Dividimos o espaço. Dividimo-nos porvezes a nós mesmos por eventuais necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> arrumaçãoe percepção!...E neste tempo e espaço, <strong>de</strong> trabalho e lazer, neste tempo <strong>de</strong>contínua reflexão, avaliação, reformulação, po<strong>de</strong>mos, <strong>de</strong>vemos<strong>de</strong>scobrir que, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong> nós, há uma pessoabonita e boa. "Alguém" em quem <strong>de</strong>vemos apren<strong>de</strong>r a acreditar."Alguém" que é capaz <strong>de</strong> <strong>da</strong>r, <strong>de</strong> receber, <strong>de</strong> amar. De seamar. Porque não?Afinal o tempo não pára! E, nesta forma <strong>de</strong> estarna vi<strong>da</strong>, em que "trabalho" e "paragem" se fun<strong>de</strong>m,Mais <strong>de</strong> meio milhão em obras| I m p r e s s õ e s |Tempo(s)Isabel Maia*nasce a consciência <strong>de</strong> nós……do que queremos, po<strong>de</strong>mos, conseguimos, somos … mas sem <strong>de</strong>ixar<strong>de</strong> gostar <strong>de</strong> nós mesmos. Porque assim somos e só assim po<strong>de</strong>mos"crescer"!Sorrio…Que se não canse quem me lê.Que se não canse quem lhe pareça que exacerbo a palavra "trabalho"e a imiscuo no doce e necessário lazer <strong>de</strong> que todos gostamos enecessitamos!...É que esse "trabalho" <strong>de</strong> que falo é o "trabalho" que dá, "estar", "sentir-sevivo"!E vale a pena sentirmo-nos vivos!Sentirmo-nos impulsionados, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> qualquer adversi<strong>da</strong><strong>de</strong>!Impulsionados pela "vi<strong>da</strong>".Impulsionados pela vonta<strong>de</strong> <strong>da</strong> prossecução do caminho!...Resta-me acrescentar, o quanto é bom <strong>de</strong>scobrir em que medi<strong>da</strong>esse "trabalho", nos leva à necessária aprendizagem <strong>de</strong> gostarmos<strong>de</strong> nós.Gostarmos <strong>de</strong> nós tal como vamos sendo…O que "fazemos", vem <strong>de</strong> nós!É resultado <strong>de</strong>ssa interacção tempo/espaço <strong>de</strong> "trabalho/paragem".Assim somos.Apren<strong>da</strong>mos a gostar <strong>de</strong> nós, mais do que apenas do resultadovisível e mensurável do nosso trabalho!E tudo o que "fazemos" se po<strong>de</strong> transformar numa dádiva.Dádiva para os outros, dádiva para nós próprios.Vindo <strong>de</strong> nós, <strong>da</strong>quilo que somos, em que nos empenhamose a que nos entregamos, tudo po<strong>de</strong> ser ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro, bonito e bom.Permitamo-nos, por favor!Permitamo-nos <strong>de</strong>sta forma, ser felizes!...Acreditemos!Feita <strong>de</strong> "trabalho" e <strong>de</strong> "paragens", esta é umacaminha<strong>da</strong> <strong>de</strong> crença! ■* enfermeiraMemórias | JORNAL DE LEIRIA 20 ANOS“Mais <strong>de</strong> meio milhão <strong>de</strong> contos em obras”, entre as quais se contam a novaponte sobre o Rio Lis, titula o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> em 5 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1985: “O alargamento<strong>da</strong> Ponte do Arrabal<strong>de</strong> (uma <strong>da</strong>s obras que mais <strong>de</strong>u nas vistas) veio permitirum ‘<strong>de</strong>safogo’, em termos <strong>de</strong> trânsito, para a entra<strong>da</strong> e saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Oacesso ao novo mercado, que implicitamente também está enquadrado no alargamento<strong>da</strong> Ponte do Arrabal<strong>de</strong>, veio <strong>da</strong>r uma nova dinâmica à ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e a fonte luminosa,ain<strong>da</strong> em construção naquele local, fará com que o seu aspecto ain<strong>da</strong> se tornemais belo. A colocação dos semáforos, o arranjo betuminoso <strong>de</strong> todo o centro<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, o alargamento <strong>da</strong> estra<strong>da</strong> para a Marinha Gran<strong>de</strong> no cruzamento <strong>da</strong>Praça <strong>da</strong> República, foram obras do conhecimento do ci<strong>da</strong>dão comum, que, aten<strong>de</strong>ndoà sua utili<strong>da</strong><strong>de</strong>, foram motivo <strong>de</strong> regozijo para todos. E as obras que, emboranão sendo invisíveis, passam <strong>de</strong>spercebi<strong>da</strong>s ao mais comum dos habitantes, apesar<strong>de</strong> diariamente usufruir regalias <strong>da</strong>s mesmas? Já imaginou o leitor as ‘voltas’ que a água dá, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua captação no Rio Lis até ao momentoem que, em sua casa, muito como<strong>da</strong>mente abre a torneira? <strong>Leiria</strong>, contrariamente ao que se passa em muitas outras terras, está bem servi<strong>da</strong><strong>de</strong>ste precioso líquido. ■

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