Empresas da regiÃ£o nÃ£o encontram trabalhadores - Jornal de Leiria

More documents

Recommendations

Info

18 | 1 de Setembro de 2005■Economia■Rotatividade justificada com falta de condições de trabalho e baixo desempregoEmpresas queixam-se da dificuldadeem recrutar colaboradoresJACINTO SILVA DUROO sector da restauração é um dos mais afectadosRecrutar colaboradores, sobretudopara trabalhos indiferenciados,é, por vezes, uma autêntica“dor de cabeça” para empresáriose comerciantes, que recorrem atodos os meios ao seu alcance paracontornar o problema. Uma rotatividadejustificada, na maior partedos casos, por quem conhece osdois lados do problema, com faltade condições de trabalho.Joel Monteiro, sócio-gerente doRestaurante Malagueta Afrodisíaca,em Leiria, não esconde o seudesalento. Após quase cinco anosde actividade, a dificuldade emencontrar colaboradores agravou--se, apesar de oferecer um nívelsalarial acima da média. Anúnciosem jornais e supermercados, enviode e-mails para escolas profissionaisde todo o País, pedidos a Centrosde Emprego, contactos comUnivas (Unidades de Inserção naVida Activa) são alguns dos mecanismosa que tem recorrido, emborasem sucesso.Os Centros de Emprego enviamlhe,por norma, pessoas já comalguma idade, que levantam objecçõesao horário. Ou então que lhedizem frontalmente preferir continuara receber do fundo de desemprego,que por vezes conciliam comalguns biscates, a ter um posto detrabalho. No que diz respeito aosanúncios, Joel Monteiro conta queas únicas respostas que vai obtendopartem de imigrantes, habitualmentede nacionalidade brasileira,em situação irregular no País.Uma solução que teve de rejeitarquando constatou a burocraciaenvolvida para ultrapassar o problema.O jovem empresário confessaque a forma que tem encontradopara ultrapassar o problema é abordardirectamente os colaboradoresda concorrência, embora acabe porser uma solução “coxa”, pois raramenteestão disponíveis a tempointeiro. Face a esta situação, defendeque devia existir uma centralde recrutamento on line, com oscurrículos das pessoas disponíveis.INVESTIMENTOPERMANENTEEM FORMAÇÃOAntónio Figueira, sócio-gerentedo Intermarché de Leiria, MarinhaGrande e Ourém, confirma asdificuldades sentidas por Joel Monteiro,que justifica com o facto dossupermercados estarem abertos aosfins-de-semana e feriados. “Há 15anos que emprego diariamente”,assegura. Embora tenha consciênciaque os horários não são os maisadequados para quem tem família,garante que “os empregadosfazem exactamente as 40 horassemanais e são pagos a duplicaraos fins-de-semana, como em qualqueroutra profissão”.Segundo António Figueira, oproblema agrava-se habitualmenteno período do Verão e das vindimas.A rotatividade de colaboradoresimplica, por outro lado, uminvestimento permanente em formação.Apesar de tudo, o empresárioacredita que a situação económicado País gerou maisestabilidade. “Sentimos mais cuidadoda parte das pessoas em querermanter o emprego e outras aprocurar. É verdade que a crise existee é real”, afirma.No sector industrial, a dificuldadeem recrutar pessoas é sentidaespecialmente nas empresas quetrabalham por turnos. Pedro Faria,presidente da Associação Empresarialda Região de Leiria (Nerlei),justifica essa situação com o factode praticamente não existirdesemprego na região. Além disso,acredita que muitas pessoas preferemcontinuar a receber do fundode desemprego. “O que detectamosé que grande parte dos jovens estámais interessada no seu bem-estardo que no que vai ganhar. Isso hádez anos não acontecia”, diz.Ana Paula Neves, técnica superiordo Centro de Emprego da MarinhaGrande, confirma que existemcasos de pessoas a receber do fundode desemprego que não mostramdisponibilidade para aceitaras propostas de trabalho que vãosurgindo. Mas garante que, nessassituações, é proposto de imediatoo corte do subsídio, assim comonos casos em que têm conhecimento,por intermédio das empresas,que recusam as ofertas deemprego por preferirem continuara receber subsídio.A técnica do Centro de Empregoda Marinha Grande sublinha,porém, que nem sempre as empresasoferecem as condições de trabalhomais adequadas. A título deexemplo, refere casos de firmas,com as quais deixaram de trabalhar,porque não cumpriam a lei.Maus horários, remunerações baixase falta de adequação do perfilda pessoa ao posto de trabalho sãooutros dos motivos invocados porAna Paula Neves para justificar ofacto de algumas empresas estaremsistematicamente à procura decolaboradores.GANHAR BEME FAZER POUCO“Diz-se que há muito desempregoe que não há pessoas paratrabalhar nas empresas, mas issonão é verdade. Tudo depende davontade das pessoas que, por norma,querem ganhar bem e fazerpouco”, afirma Maria João Sebastião,directora da delegação de Leiriae de Caldas da Rainha daVedior/Psicoemprego.A responsável pela empresa derecursos humanos refere, por outrolado, que há candidatos que aindanão estão mentalizadas paratrabalhar aos fins-de-semana, porquestões familiares, o que penalizasobretudo o sector da hotelaria.Refere ainda o caso de pessoas quenão se adaptam ao posto de trabalho,por exemplo, com fornoscerâmicos.Na perspectiva do candidato aemprego, Maria João Sebastiãoadianta que o tipo de trabalho, azona onde se situa a empresa e oshorários são os aspectos mais valorizados,embora o vencimento tambémseja importante.António Marcelino, da comissãoexecutiva da União dos Sindicatosdo Distrito de Leiria, considera,por seu turno, que o ambientede trabalho é indispensável paraexistir estabilidade laboral, assimcomo a perspectiva de poder progredirna empresa e ter um ordenadomais elevado. A rotatividadeverificada em determinadossectores é justificada com condiçõesde trabalho precárias, nomeadamentecontratos de trabalho unsatrás dos outros. Quanto aos trabalhadoresque são acusados depreferir estar a receber subsídio dedesemprego, confirma que em todoo lado há irregularidades, emboranão acredite que se possa generalizar,até porque é uma situaçãotransitória. ■Alexandra Barata
| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA |1 de Setembro de 2005 | 19Investimento superior a 450 mil eurosTchi-ki-pum oferece espaçoe qualidadeO infantário Tchi-ki-pum, emTouria, Pousos, abriu as portas,no sábado, aos pais e filhos apenaspara mostrar a qualidade e oespaço que oferece para ser asegunda casa dos mais pequenos.A abertura oficial do infantárioainda não tem data marcada,mas segundo os responsáveis“está para breve”.Com um investimento na ordemdos 450 mil euros, o Tchi-ki-pumé um projecto familiar, que nasceuhá cerca de quatro anos. “Aminha mãe foi professora primária,o meu pai professor, aminha irmã formou-se recentemente,ou seja, os sócios estãopraticamente todos ligados a estaárea”, adiantou Carlos Oliveira,um dos proprietários.O Tchi-ki-pum quer diferenciar-sedas outras empresas domesmo ramo pela “qualidade doserviço”. “Essa será a nossa melhorpublicidade”, sublinha Carlos Oliveira,referindo que, até àquelaEntre 17 e 25 de Setembrodata, já tinham um terço dasvagas preenchidas.O infantário estará aberto entreas 7:45 horas e as 19:15 horas,“sendo possível alargar o horárioposteriormente”. O espaço estápreparado para receber 50 crianças,dos quatro meses aos cincoanos.Situado num local calmo, defácil acesso e com um bom parquede estacionamento, o Tchiki-pumsurge como uma alternativapara os pais que passamnos Pousos para ir trabalhar emLeiria, mas também para as criançasda cidade.“O preço das mensalidadesestá dentro do praticado e talvezaté esteja abaixo da qualidadedo serviço”, refere CarlosOliveira, revelando que as criançasmais velhas terão oportunidadede aprender Inglês e Informática.■Elisabete CruzSalão do Vidro promove encontro de empresasELISABETE CRUZO Tchi-ki-pum é uma empresa familiarO Parque Municipal de Exposiçõesda Marinha Grande vai sero palco do terceiro Salão Internacionaldo Vidro, entre 17 e 25de Setembro.Com o objectivo de promovero encontro de empresas, artesãos,artistas, instituições e profissionaisdo sector vidreiro, este é umespaço vocacionado para a exposiçãode produtos fabricados emvidro, matérias-primas, fornos,maquinaria diversa e utensílios,entre outros artigos utilizadospelas empresas e oficinas de vidro.Durante o certame, vidreirosprofissionais farão demonstraçõesao vivo de modelagem devidro e serão realizados atelierspara crianças, conferências, visitasguiadas a empresas e ao museudo vidro, espectáculos de animaçãocultural e um desfile demoda com bijutaria em vidro promovidopela ACIMG – AssociaçãoComercial e Industrial daMarinha Grande.Em simultâneo, decorrerá noPavilhão nº2 do Parque Municipalde Exposições, a Feira do projecto“Vidro SO”, que tem comoobjectivo o conhecimento do tecidoindustrial e empresarial locale apoiar novas actividades, preservandoe valorizando as técnicase os ofícios vidreiros.A organização destes dois certamesé da responsabilidade daCâmara Municipal da MarinhaGrande. ■Marinha GrandeObras doUrbcomarrancam hojeArranca hoje a segunda fasedo programa Urbcom na MarinhaGrande. Os trabalhos vãoincidir na requalificação do“centro tradicional” da cidade,um investimento de cercade 200 mil euros que passapela renovação das infra-estruturasenterradas de águas,saneamento doméstico e pluvial,dos pavimentos, colocaçãode novo mobiliário urbano,eliminação das barreirasarquitectónicas e remodelaçãoda rede viária.Esta intervenção, inicialmenteprevista para o primeirosemestre deste ano, foi adiadadepois de uma resoluçãoconsensual, tomada em Julho,pela autarquia e pela Direcçãoda Associação Comerciale Industrial da Marinha Grande(ACIMG). As duas entidadesreuniram e ponderaramquais seriam os transtornosprovocados pelas obras, tendoacordado uma recalendarizaçãodos trabalhos para estemês.As obras serão executadas deforma gradual na Praça GuilhermeStephens, Rua AlexandreHerculano, Rua ÁlvaroCoelho, Rua Diogo Stephens,Rua Machado dos Santos, RuaMarquês de Pombal e Rua PereiraCrespo, de modo a permitiro melhor funcionamentopossível do comércio na zonaabrangida, prevendo-se que aintervenção esteja concluídano início de 2006.O projecto de arranjos exterioresdo “centro tradicional”teve a colaboração do Departamentode Engenharia Civilda Universidade de Coimbra,na definição da estrutura viária.| F r e n t e a F r e n t e |A Deco foi a primeiraentidade a falarnos perigos do sobreendividamento.Convémdistinguir estefenómeno do deendividamento, quepode ser saudável econstituir uma melhoriana qualidadede vida. Pressionadaspela publicidadee pelos estilos de vida, algumas pessoas nemsempre fazem um planeamento adequado e incorremem sobre-endividamento. Entendemos que abanca, ao conceder crédito não devidamente analisadoé cúmplice desta situação. Há ainda um grupode consumidores que contrata o crédito em boafé, mas que devido a alterações profundas nas suasvidas caem em sobre-endividamento. Propomos oacompanhamento dessas pessoas que deixam deter possibilidade de cumprir esses compromissos.Há ainda a questão do crédito com taxas de jurovariáveis que podem causar complicações a prazo.Jorge Morgado, secretário-geral da DecoO Banco de Portugalrevelou na semanapassada que as dívidasdas famílias portuguesasultrapassam os seusrendimentos e que osmais penalizados comesta situação são osjovens. A banca nãoconcorda e assegura quenão há razões paraalarme, uma vez que,segundo dados de umestudo efectuado peloBPI, o património dasfamílias é superior aorendimento disponível.Como comenta estasituação?Existem algumasrazões parapreocupação,nomeadamente nocaso dos jovens.Trata-se de umafranja da populaçãoque está maisexposta às subidasde taxas de juro emesmo à perda doemprego. Uma situaçãoque ocorre bastante entre a populaçãomais jovem. O estudo do Banco de Portugalrefere que as dívidas têm aumentado porquecada vez mais famílias recorrem ao crédito, ouseja, há um maior número de pessoas a contratarestes serviços. Este fenómeno traduz-sena tendência para a redução da percentagemde endividamento, verificada no último ano,de 120 para 118 por cento do rendimento familiardisponível.Rui Santos,director do Banco Espirito Santo, de Leiria(área de private banking)LeiriaServiçosde segurançae higieneno trabalhoA Manuel Martins – Serviçosde Engenharia, Lda. é a primeirafirma da região Centroe a segunda a nível nacionala receber autorização paraprestação de serviços externosna área de segurança ehigiene no trabalho. Um despachodo Ministério do Trabalhoe da Solidariedade Social,datado de 30 de Junho e publicadono Diário da República,no passado dia 25, confere aesta empresa de Leiria a faculdadede actuar nestas áreas.■
Page 1 and 2: Semanário Regional | Director Arna
Page 3 and 4: Forumj o r n a l d e l e i r i a1 d
Page 5 and 6: | JORNAL DE LEIRIA | PUBLICIDADE |1
Page 7 and 8: | JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE|1 de
Page 9 and 10: | JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | SE
Page 11 and 12: | JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | PO
Page 13 and 14: | JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | PO
Page 15 and 16: | JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | EN
Page 17: | JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | OP
Page 21 and 22: | JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA |1 de
Page 23 and 24: | JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA | AUT
Page 25 and 26: | JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO |1 de
Page 27 and 28: ■ Emprego ■| JORNAL DE LEIRIA |
Page 29 and 30: ■ Imobiliário ■| JORNAL DE LEI
Page 31 and 32: ■ Saúde ■| JORNAL DE LEIRIA |1
Page 33 and 34: ■Classificados ■1 de Setembro d
Page 35 and 36: | JORNAL DE LEIRIA | UTILIDADES |1

Empresas da regiÃ£o nÃ£o encontram trabalhadores - Jornal de Leiria

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?