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PUBO SEMANÁRIO DA REGIÃO E DO DISTRITOSemanário Regional | Director José Ribeiro Vieira | Director adjunto João NazárioAno XXV | Edição 1392 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | Preço 1 Euro IVA incluído | JORLIS-Edições e Publicações, Lda.Rua Comandante João Belo, nº 31 Apt. 1098 2401-801 <strong>Leiria</strong> | Tel 244 800 400 | Fax 244 800 401 | geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt | www.jornal<strong>de</strong>leiria.ptPais colocam pressão excessiva sobre os filhos com o sonho <strong>de</strong> ter um “Ronaldo” em casaGRANDE ENTREVISTAClubes principais aliciam criançassupostamente sobredotadaspara prática do futebolHá inúmeros casos <strong>de</strong> crianças a partir dos cinco anos, que jogam nas escolinhas das equipas daregião, convidadas a prestar provas nos principais clubes nacionais. Numa ida<strong>de</strong> em que <strong>de</strong>viam jogarpela diversão, são obrigadas a levar o <strong>de</strong>sporto a sério. Em muitos casos é a família que promove estasituação, na esperança <strong>de</strong> ter em casa um novo Cristiano Ronaldo. PÁGINA 34PAÍSDisputados filhos geraconflitos gravesentre paisSábado, Dia do Pai, um grupo<strong>de</strong> homens estará em vigília àporta do tribunal (5º Juízo), em<strong>Leiria</strong>. Sentem-se revoltadospor serem privados do contactodos filhos, como se fossemcriminosos, e querem sensibilizara socieda<strong>de</strong> para o Síndromeda Alienação ParentalPÁGINA 8Ministério Públicoacusa doissuspeitos da ETA<strong>de</strong> terrorismoPÁGINA 10ComissãoEuropeia quermais mulheresem cargos<strong>de</strong> chefiaPÁGINA 38Geração à rascafalta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s ouexpectativas <strong>de</strong>masiado elevadas?ABERTURA PÁGINAS 3, 4 E 5RICARDO GRAÇAFrancisco Varatojo, directordo Instituto MacrobióticoAs crises sãoboas para mudarpriorida<strong>de</strong>s edar mais valoràs coisasAs condições adversas são, parao presi<strong>de</strong>nte do Instituto Macrobiótico,uma boa oportunida<strong>de</strong>para sermos criativos eempreen<strong>de</strong>dores. Com uma alimentaçãoa<strong>de</strong>quada e consequentementeboa saú<strong>de</strong>, essa<strong>de</strong>terminação será, em sua opinião,bastante facilitadaREGIÃOSegurançaIC2 com cincomortosem menos<strong>de</strong> três mesesPÁGINA 6PombalCâmara prometerevisão do PDMno próximo anoPÁGINA 10BatalhaPÁGINAS 14 E 15Mosteiro foio terceiromonumentomais visitadoPÁGINA 26GRAÇA MENITRA


2 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |LHO CLÍNICOREGIÃO POSITIVA REGIÃO POSITIVA REGIÃO POSITIVA➔➔➔➔GERAÇÃO À RASCAAlexandre <strong>de</strong>Sousa Carvalho,AntónioFrazão, JoãoLabrincha ePaula Gil lançaramo movimento Geraçãoà Rasca no facebook erapidamente tiveram umaa<strong>de</strong>são <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> pessoasque se reviram nos problemaslevantados. Estesjovens tiveram a capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> juntar mais <strong>de</strong> 200mil pessoas em Lisboa, numprotesto, que se ouviu emvárias cida<strong>de</strong>s do País. Apartidários,garantem que aluta vai continuar.RAUL CASTROO presi<strong>de</strong>nte daCâmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>aproveitoua visita doembaixador doJapão em Portugala <strong>Leiria</strong> para realizarum encontro com os empresários<strong>de</strong> alguns sectores daregião. O objectivo <strong>de</strong> RaulCastro é criar oportunida<strong>de</strong><strong>de</strong> negócios entre <strong>Leiria</strong>e o Japão. Para tal, o autarcaestá a encetar contactospara trazer ao concelhorepresentantes do JapanExternal Tra<strong>de</strong> Organization,que abrirão a primeiraporta aos leirienses.SUSANA NOGUEIRAA Escola Profissional<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,dirigida porSusana Nogueira,acaba <strong>de</strong>apresentar oseu plano estratégico paraos próximos anos. Um documentoque reflecte sobre o<strong>de</strong>senvolvimento futuro dainstituição e que aponta umconjunto <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong>acção, que passam, porexemplo, pela diversificaçãoda oferta formativa.JÚLIO ORFÃOO director doMosteiro <strong>de</strong>Santa Maria daVitória, naBatalha, e a suaequipa estão <strong>de</strong>parabéns. O monumentonacional foi o terceiro maisvisitado em 2010, atingindoos 285.579 visitantes.Segue-se o Mosteiro <strong>de</strong>Alcobaça, com 183 mil visitantese o <strong>de</strong> Cristo, emTomar, com 154 mil.“|O País veio para a rua naquela que terá sido uma das maioresmanifestações <strong>de</strong> sempre... e provavelmente a maior <strong>de</strong>s<strong>de</strong>os tempos <strong>de</strong> Abril! O País estava a precisar disto... E se me épermitido algum egoísmo, eu estava a precisar disto... Precisava<strong>de</strong> viver uma coisa assim, que me permitisse voltar a acreditar,voltar a i<strong>de</strong>ntificar-me e voltar a encontrar-me neste Paísque é o meu e no qual quero continuar a acreditar...No sábado, como canta Chico Buarque, a festa foi bonita.Foi bonita a festa, pá! 200 ou 300 mil pessoas nas ruas, <strong>de</strong> todasgerações: avós, pais, filhos e netos encheram as praças e asavenidas das nossas cida<strong>de</strong>s. Num protesto cívico e digno, saídodo povo – <strong>de</strong> todos nós – sem botões <strong>de</strong> comando em qualquercentral partidária...Uma manifestação que nasceu espontâneae <strong>de</strong>scontraída e que a partir das novas formas<strong>de</strong> comunicar atingiu proporções impensáveis. Porqueum grupo <strong>de</strong> jovens <strong>de</strong>cidiu lembrar a outros jovensque protestar é preciso. E esses passaram a outros eoutros a outros ainda, numa bola <strong>de</strong> neve que ninguémconseguiu mais parar.Uma manifestação inconsequente, dizem! Não meimporta muito. Importa-me muito mais que tenha sidodigna, responsável, cívica, pacífica e exemplar. Semexageros <strong>de</strong> qualquer espécie. Sem violência,extremismos nem radicalismos. Longe, bemAs actuais cantigas catalogadas<strong>de</strong> protesto estão para a contestaçãocomo o fast food estápara a culináriaJoão Paulo Guerra, colunista,Diário EconómicoÉ preciso que haja pressãopopular para haver uma reformaAndré Freire, politólogo,Diário NotíciasHoje, o problema dos protestosé não saberem o que querem quese façaJoão César das Neves, professor universitário,i<strong>de</strong>mFOTOS: RICARDO GRAÇA| Impressões|Geração à rascaJuventu<strong>de</strong>Vidigalense:o treinofaz o lançadorSão mais <strong>de</strong> vinte, os atletas que <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicam em exclusivo aos lançamentos na Juventu<strong>de</strong> Vidigalense.Esta é, <strong>de</strong> resto, uma especialida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> o clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> não tem rivais a nível nacional. Os sucessosmultiplicam-se e os talentos surgem a uma velocida<strong>de</strong> avassaladora. Para estes resultados muitocontribui o Centro Nacional <strong>de</strong> Lançamentos, um investimento da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, quepermite que os lançadores treinem em condições a<strong>de</strong>quadas. No entanto, o objectivo é crescer aindamais e estar nos Jogos Olímpicos <strong>de</strong> 2012 é uma meta que os responsáveis enten<strong>de</strong>m ser possível <strong>de</strong>alcançar. Estarão Vânia Silva e Irina Rodrigues a caminho do regresso?longe das imagens <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição e violência <strong>de</strong> outros paíseseuropeus, como que a lembrar-lhes que também têm coisas aapren<strong>de</strong>r connosco. E a lembrar-nos a nós que, quando queremos,sabemos fazer as coisas tão bem ou melhor que os outros...Lembrando-nos que há mais <strong>de</strong> 30 anos também usámoscravos em vez <strong>de</strong> armas. Que houve Abril, se calhar com muitosmomentos como este.... que nos enchem a alma e nosfazem acreditar. Acreditar que afinal não somos uma massainerte e amorfa. Alheia e indiferente a tudo, sem voz, semconsciência e sem noção <strong>de</strong> um mundo <strong>de</strong> pessoas a sério queé muito mais do que aquele que está ao alcance <strong>de</strong> um clique.Acreditar que este po<strong>de</strong> ser o princípio da mudança. Acreditarque o valor da abstenção nas últimas eleições presi<strong>de</strong>nciaisfoi apenas um <strong>de</strong>scuido <strong>de</strong> percurso... Que estagente não se está nas tintas, não é indiferente nemnegligente... Que está envolvida com o País e que nomomento certo, na forma certa e nas doses certas osabe <strong>de</strong>monstrar. Acreditar que, se calhar, ainda épossível sonhar um país, porque sabemos que o paísmuda … se nós mudarmos! Que o país não fará pornós aquilo que nós não soubermos fazer por ele... Seacredito em tudo isto? Quero acreditar e acho quemereço acreditar! Deixem-me acreditar…Não estraguem! ■N a p o n t a d a l í n g u a |Esta é uma profissão <strong>de</strong> esperarque o telefone toqueVitor <strong>de</strong> Sousa, actor, i<strong>de</strong>mIndiferente à realida<strong>de</strong> que oro<strong>de</strong>ia, o novo PREC – processodas reformas estruturais em curso– foi-se instalando e transformouas nossas vidas numa espécie <strong>de</strong>infernoLuís Pais Antunes, advogado,<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> NegóciosHá mais patrões do queempresáriosCarlos Caxaria, sub-director da Direcção-Geral<strong>de</strong> Energia e Geologia, i<strong>de</strong>mJoana Louro, médicaOs cortes nas <strong>de</strong>spesas sociaisdo Estado actualmente em cursovitimizam, em particular, asmulheresBoaventura <strong>de</strong> Sousa Santos,sociólogo, VisãoTemos <strong>de</strong> trabalhar mais e termenos fériasRui Vilar, presi<strong>de</strong>nte da Gulbenkian,ExpressoNão vejo alternativa a subir aida<strong>de</strong> da reforma para os 67 anosFernando Ribeiro Men<strong>de</strong>s, professor eex-secretário <strong>de</strong> estado da SegurançaSocial, i<strong>de</strong>mPÁGINA 36Enganados estão aqueles quepensam que a agricultura emPortugal está na Ida<strong>de</strong> MédiaJosé Martino, engenheiro agrónomo, iEm vez <strong>de</strong> optarem por gentecriativa, hoje muitas empresasescolhem conformadosFrancesco Alberoni, sociólogo, i<strong>de</strong>mQualquer dia as pessoas vãolutar por 15 minutos <strong>de</strong> anonimatoSofia Aparício, manequim e actriz,Tabu“


Não vejoque a manifestação<strong>de</strong>sábado possaser vista comouma revitalizaçãoda <strong>de</strong>mocracia.Foiuma manifestação <strong>de</strong> insatisfação,mas só reivindicar não chega.É preciso acrescentar algomais. A revitalização da <strong>de</strong>mocraciapassa muito pela capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> iniciativa da socieda<strong>de</strong>civil, pela apresentação <strong>de</strong> propostas,pelo arregaçar <strong>de</strong> mangase pela adopção <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong>mais pró-activa.Inês Seara,empresária, Porto <strong>de</strong> MósForumj o r n a l d e l e i r i aFacto da semanaDemocracia revitalizada pela socieda<strong>de</strong> civil?DepoimentosBaptista Bastos,escritor e jornalistaFernando Tordo,músicoPontos <strong>de</strong> vistaHá uma nova interpretação do que <strong>de</strong>vem seros partidos políticos. Esta gran<strong>de</strong> manifestação éuma gravíssima advertência a este rotativismoque é uma réplica do século XIX, que se chamaagora “a alternativa” (sem alternativa). O que amanifestação vem dizer-nos é que há outras saídaspara a governação sem ser este espartilho doPS e PSD. A socieda<strong>de</strong> portuguesa já há anos queestá em ebulição e isso revela-se nas diversas manifestaçõesque têm acontecido. O que me parece éque a chamada “gran<strong>de</strong> imprensa” não tem atribuídogran<strong>de</strong> importância às manifestações quesão um barómetro da nossa colectiva inquietação.Num país a cultivar a <strong>de</strong>mocracia e em que háum governo que tem o <strong>de</strong>spudor <strong>de</strong> roubar mais aquem mal tem que comer, é normal que a revoltase instale. O novo PEC, o quarto, é uma pouca vergonha.O País finalmente acordou, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> anosadormecido, levado pelos enganos e pelas promessasdo primeiro-ministro e do ministro dasFinanças. O Presi<strong>de</strong>nte da República, que estevecinco anos à espera <strong>de</strong> ser reempossado, tambémtem responsabilida<strong>de</strong>s. Vamos ter mais protestos,porque as pessoas não aguentam mais.Vivemos emclima <strong>de</strong> insegurançae quasetodos sentimosque nenhum partidopolitico nospo<strong>de</strong> ajudar. Osnossos representantespe<strong>de</strong>m-nos para <strong>de</strong>dicar onosso esforço e iniciativa ao serviçoda nação, mas não nos permitemuma vida in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>pais ou créditos. Todas as geraçõessaíram à rua para mostrar que nãovão ficar a assistir <strong>de</strong> braços cruzadosa esta <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m. Preferia queassim não fosse, pois seria um sinal<strong>de</strong> mudança, mas espero que esteprotesto não tenha sido o último.Catarina Mame<strong>de</strong>,administrativa, <strong>Leiria</strong>As últimas semanas têm mostrado um País reivindicativoe contestatário como há muito não era observado. Goste-seou não da sonorida<strong>de</strong> dos Deolinda e dos Homem da Luta, queganharam o festival da canção, a verda<strong>de</strong> é que as suas cançõestiveram o condão <strong>de</strong> ser o clic que <strong>de</strong>spertou e trouxepara a rua a indignação das pessoas, particularmente dos maisjovens, relativamente ao estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação a que a <strong>de</strong>mocraciados partidos políticos <strong>de</strong>ixou chegar o País. Foram cerca<strong>de</strong> 300 mil as pessoas que no último fim-<strong>de</strong>-semana mostraramo seu <strong>de</strong>scontentamento face à situação económica esocial portuguesa, nomeadamente no que respeita à precarieda<strong>de</strong>no trabalho e à falta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, no que po<strong>de</strong>ráser interpretado como um sinal <strong>de</strong> revitalização da <strong>de</strong>mocracia,agora mais influenciada pela socieda<strong>de</strong> civil.Que comentário lhe merece este assunto?Elisabete Azevedo,investigadora do Instituto<strong>de</strong> EstudosPolíticos da Universida<strong>de</strong>CatólicaJosé Fava,arquitecto, <strong>Leiria</strong>Percebo perfeitamentearazão que levouas pessoaspara a rua. Sãojovens licenciadossem empregoque suportamum custo <strong>de</strong> vida elevadoe precarieda<strong>de</strong> quando têmtrabalho. Contudo, temos <strong>de</strong> perceberque esta não é uma criseapenas nacional, mas mundial.Sim. Claro que se nota uma revitalizaçãoda <strong>de</strong>mocracia, masalém das manifestações, as pessoas<strong>de</strong>vem ir votar e manifestar-setambém nas urnas.A manifestação foi um sinal <strong>de</strong> que a <strong>de</strong>mocraciafunciona e ultrapassou claramente ofenómeno <strong>de</strong> protesto <strong>de</strong> uma geração. Deveser encarado com uma divisão acentuada entrea classe política e a socieda<strong>de</strong>. Os partidos têm<strong>de</strong> reflectir sobre este fenómeno e os movimentosda socieda<strong>de</strong> civil <strong>de</strong>vem aproveitaro momento, marcado por uma maior animaçãosocial, fruto também da crise que se vive,para obrigar os partidos a uma reforma dossistema eleitoral, que é fundamental. Os partidosnão vão per si mudar o sistema. Tem <strong>de</strong>haver uma pressão exterior.Durante anos, as pessoas viveram numa euforiaa viver muito acima das possibilida<strong>de</strong>s e comuma multiplicida<strong>de</strong> enorme <strong>de</strong> subsídios. Agora,que essa fartura acabou, é normal que as pessoasreclamem. Era óptimo que a manifestaçãopu<strong>de</strong>sse ser vista como um sinal <strong>de</strong> que as pessoasacordaram e <strong>de</strong>sse origem a um movimentoque acordasse as pessoas que não se revêmnos partidos e contribuísse para que tivessem umaparticipação mais activa na socieda<strong>de</strong>. Mas duvidoque isso aconteça.Nuno Rancho,músico, <strong>Leiria</strong>Não sei seconstitui umarevitalizaçãoda <strong>de</strong>mocracia.O queaconteceu foiuma reacçãoao <strong>de</strong>sempregoe <strong>de</strong> tal or<strong>de</strong>m que fez comque os jovens tomassem essa posição.Terá sido uma primeira manifestaçãoque os jovens <strong>de</strong>cidiraminiciar e com toda a razão, masnão vai melhorar nada nem <strong>de</strong>verávoltar a acontecer. É apenas ogoverno que po<strong>de</strong> actuar e fazercom que a situação se solidifique.Duvido que tenha efeitos regularese uma prática no futuro.Jorge Martins,empresário,Marinha Gran<strong>de</strong>17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 3EDITORIALDoutoramentosA edição passada o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>referiu numa noticia acerca do aumentodo número <strong>de</strong> doutorados do IPL quealguns dos professores daquela instituiçãoque usufruíram <strong>de</strong> dispensa <strong>de</strong>serviço, por três ou mais anos, para realizaremos seus trabalhos ainda não osconcluíram.As reacções à divulgação <strong>de</strong> algunsdos nomes que se encontram nessasituação foram distintas, tendo-nos chegadoreferências positivas e <strong>de</strong> encorajamentopor termos abordado o assunto,mas também manifestações <strong>de</strong> profundo<strong>de</strong>sagrado pela <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> enunciarnomes. Os argumentos invocadospor quem transmitiu <strong>de</strong>sagrado peloconteúdo da notícia pren<strong>de</strong>m-se fundamentalmentecom o facto <strong>de</strong> todasas pessoas referidas pertencerem à mesmaescola e, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta, apenas a doisou três <strong>de</strong>partamentos, por termos referidosó <strong>de</strong>z professores quando haverámais nessa situação, por não termostido em conta as causas da não conclusãodos trabalhos e ainda por enten<strong>de</strong>remque a i<strong>de</strong>ntificação das pessoaspo<strong>de</strong>rá ser uma situação constrangedorapara os visados.Naturalmente que respeitamos estesargumentos e a opinião das pessoasque não gostaram da forma como anoticia foi elaborada, mas não po<strong>de</strong>ríamos<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> esclarecer que o <strong>Jornal</strong><strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, naturalmente, nada temcontra a ESTG nem contra os <strong>de</strong>partamentosem causa, bem pelo contrário.Consi<strong>de</strong>ramos a ESTG uma referênciapara a região que representa um fortecontributo para o seu <strong>de</strong>senvolvimento,assim como nos merece todo o respeitoqualquer dos <strong>de</strong>partamentos quea integram e que no conjunto fazem<strong>de</strong>ssa escola a instituição que é. Quantoaos docentes enunciados, i<strong>de</strong>ntificámosos que pela nossa investigaçãosoubemos estarem na situação acimareferida, pois o IPL não ace<strong>de</strong>u a darnosinformação <strong>de</strong>talhada sobre essamatéria. De qualquer forma, repudiamosque a informação veiculada pelo<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> seja entendida comoqualquer forma <strong>de</strong> perseguição ou tentativa<strong>de</strong> prejudicar quem quer que seja,por não ter sido esse, <strong>de</strong> todo, o propósitoda noticia. O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>abordou esta matéria por enten<strong>de</strong>r que,sendo o IPL uma instituição pública,os seus assuntos a todos dizem respeito,nomeadamente quando se trata dagestão <strong>de</strong> dinheiros públicos, como é ocaso. Por outro lado, se houve quemnão gostasse que tivéssemos referidonomes, também há quem se sinta injustiçadopor ter feito o seu doutoramentosem qualquer dispensa, quando outrosque <strong>de</strong>las usufruíram continuam comos seus trabalhos por concluir. ■ JNPUB


4 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011■Socieda<strong>de</strong>■Diferentes gerações unidas contra as dificulda<strong>de</strong>s actuais“Um país todo ele à rasca”Milhares <strong>de</strong> pessoas saíram à rua no sábado para a uma só voz contestaram as políticas económicas e sociais ea falta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Os jovens lamentam ter uma licenciatura que não lhes abre portas para o mercado <strong>de</strong>trabalho e criticam a falta <strong>de</strong> respostas às suas expectativas. Os mais velhos (não assim tanto) lamentam o <strong>de</strong>sempregocom que foram confrontados <strong>de</strong> repente. Apesar <strong>de</strong> concordarem com os protestos há também quemcritique as facilida<strong>de</strong>s que foram concedidas aos mais jovens, levando-os a esperar que um emprego lhes caia docéu, apenas porque são licenciados. Por outro lado, a geração <strong>de</strong> 70 recorda que também passou por estágiosnão remunerados, recibos ver<strong>de</strong>s e salários baixos no início da carreira.Textos: Elisabete Cruz Fotos: Ricardo Graça“O povo unido, jamais será vencido”.A frase proclamada durantea Revolução do 25 <strong>de</strong> Abril voltoua ser ouvida no sábado,junto à fonte luminosaem <strong>Leiria</strong>, on<strong>de</strong> se concentraramcerca <strong>de</strong> 400pessoas.O protesto “Geração àRasca” foi inicialmenteconvocado por quatro jovens, atravésda internet, para Lisboa e Porto,com um manifesto apelando àparticipação <strong>de</strong> “<strong>de</strong>sempregados,‘quinhentoseuristas’ e outros malremunerados, escravos disfarçados,subcontratados, contratados a prazo,falsos trabalhadores in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,trabalhadores intermitentes,estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes,estudantes,mães, pais e filhos <strong>de</strong> Portugal”.Mas o que se verificou foi muitoalém da geração mais jovem, areclamar pelo seu futuro. Avós, pais,filhos e netos juntaram-se numasó voz a apelar à mudança das políticaseconómicas e sociais que estãoSOMOS UMPOVO QUECORREU COMO ESPANHÓISE COM OSFRANCESES.HOJE NÃOCONSEGUIMOSNADAa ser adoptadas pelo governo <strong>de</strong>José Sócrates.Apesar <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> um protestoapartidário, vários elementoscom ligações a partidos marcarampresença na manifestação, mascomo “cidadãos” que procurammelhores condições <strong>de</strong> vida.“Não é uma geração à rasca masvárias. Temos um país à rasca, paise filhos à rasca”, adianta uma cidadã<strong>de</strong> 60 anos. Salientando que setrata <strong>de</strong> uma manifestação apartidária,outra voz lamentava que osjovens licenciados não tenhamemprego. “Muitos milhares vivemem casa dos pais, muitos estão aper<strong>de</strong>r as bolsas <strong>de</strong> estudo e a regressara casa. As medidas <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong>são para quem trabalha e nãopara quem tem muito”, proferiu umpai <strong>de</strong> jovens licenciados.Recusando dar o nome, umasenhora <strong>de</strong> 48 anos disse ao JOR-NAL DE LEIRIA que se i<strong>de</strong>ntificacom o protesto, mas esten<strong>de</strong>-o àsdificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todas as gerações.“Estou muito preocupada com orumo do País. Está tudo à rasca:pais, filhos e netos.”A senhora revelou que não teveoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudar, mas fê--lo “quando os filhos já eram gran<strong>de</strong>s”.Licenciou-se com 15 valorese não encontrou emprego. “Fazia<strong>Leiria</strong>-Coimbra diariamente e obtiveboas notas para ouvir que nãohá lugar para mim. Seria normalhaver uma remuneração digna. Masfiquei pior do que estava.”“É preciso dizer basta.” “Temos<strong>de</strong> lutar por Portugal.” Estas foramoutras frases ouvidas por todosaqueles que quiseram mostrar a suaindignação publicamente. “Honestida<strong>de</strong>,transparência e competência”foram outras palavras que opúblico não se cansou <strong>de</strong> exigir.Uma jovem <strong>de</strong> 22 anos criticou ofacto do Governo incentivar aslicenciaturas e <strong>de</strong>pois não criar condiçõesaos recém-formados. “Estoulicenciadas há dois anos. Ganho550 euros e pedi um aumento. Aresposta foi: não tens filhos, nãotens carro nem casa para pagar,não precisas <strong>de</strong> aumento. Como éque vou po<strong>de</strong>r sair <strong>de</strong> casa dos meuspais assim?”, questionou.Aos 25 anos, outro jovem dizestar “farto” <strong>de</strong> “acordar na incerteza”.Sem conseguir emprego, consi<strong>de</strong>rouque o movimento Geraçãoà Rasca dá uma “réstia <strong>de</strong> esperança”aos portugueses. “Tenhodireito a exigir trabalhar. Quero trabalhar.Não sou <strong>de</strong> uma geração <strong>de</strong>bêbados ou incapazes.”César Branco foi o porta-voz domovimento “Geração à Rasca” em<strong>Leiria</strong>. Professor há 11 anos no ensinoprivado afirma que <strong>de</strong>sconhececomo será o seu futuro. “Tenhoemprego mas ainda este ano vi omeu lugar em risco. Também tenhomedo <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>spedido e começo apensar que estes 11 anos <strong>de</strong> ensinonão valem <strong>de</strong> nada. Vive-senuma gran<strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong>.”Satisfeito com a a<strong>de</strong>são dos leiriensesao protesto, César Brancoconsi<strong>de</strong>rou a concentração uma“tertúlia interessante”, on<strong>de</strong> as váriasgerações <strong>de</strong>ixaram o seu ponto <strong>de</strong>vista. “No dia 1 <strong>de</strong> Maio estaremospresentes na nova manifestação.”■A SENHORAMERKEL QUERÉ QUE OSJOVENS COMVALOR VÃOTRABALHARPARA LÁ


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 5A geração <strong>de</strong> 70 enfrentoudificulda<strong>de</strong>s mas foi “mais humil<strong>de</strong>”Patrícia Ervilha nasceu cincomeses <strong>de</strong>pois da Revolução do 25<strong>de</strong> Abril. A socióloga aplau<strong>de</strong> osmovimentos cívicos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que “nãocoloquem em causa os gran<strong>de</strong>sprincípios sociais <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> eliberda<strong>de</strong>”.Admitindo que as manifestaçõessão úteis ao “<strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong>mocrático”, Patrícia Ervilhanão se revê no movimento “Geraçãoà rasca”. “O País está <strong>de</strong> factotodo ele à rasca. Não me parece queseja um problema geracional. Oproblema que atravessamos é umagran<strong>de</strong> crise económica e financeira,uma crise até civilizacional,à qual temos que nos adaptar”,salienta.A jovem acredita ainda que asocieda<strong>de</strong> irá “reorganizar-se”. “Sepensar na minha geração como ageração <strong>de</strong> 70, estudámos em boasuniversida<strong>de</strong>s, fizemos licenciaturaspré-bolonha e fomos mais humil<strong>de</strong>s.Não saímos da faculda<strong>de</strong> mestrese tivemos que construir osnossos percursos com mais dificulda<strong>de</strong>”,recorda.A socióloga acrescenta que tambémparticipou nas manifestaçõescontra as propinas, fez greve àsaulas e pertenceu ao grupo <strong>de</strong> activistasda Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> CiênciasCOMPRÁMOSSUBMARINOS,CONSTRUÍMOSMAIS PONTES EUM NOVOAEROPORTO EHÁ GENTE APASSAR FOMESociais e Humanas, que <strong>de</strong>ram origemà <strong>de</strong>signação da “geração rasca”.Patrícia Ervilha lembra, contudo,que “essa geração rasca, hojecom quase 40 anos, não tem emprego,tem trabalhos pontuais, precáriose mal remunerados, como ageração <strong>de</strong> 80 e eventualmente a<strong>de</strong> 60”.Além disso, diz que nunca teveum or<strong>de</strong>nado “tão elevado” comoo que auferiu no seu primeiro emprego,on<strong>de</strong> efectivou em pouco tempo.“De lá para cá sou sobretudouma prestadora <strong>de</strong> serviços. Façomuito trabalho não remunerado ejulgo que muitos jovens <strong>de</strong>viampassar por isso mesmo.”JOVENS DEVEMIR À LUTAPatrícia Ervilha <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que osjovens <strong>de</strong>vem valorizar o “activida<strong>de</strong>scívicas em geral”. Estes jovensreivindicam “com todo o direitomas com muito por fazer”. Para asocióloga, os jovens <strong>de</strong>vem “ven<strong>de</strong>r-seatravés do marketing pessoale reflectir como po<strong>de</strong>m contribuirpara a socieda<strong>de</strong>”. Assim,certamente, “se abrirão algumasportas”. “Devagar, com incertezas,avanços e recuos mas há espaçopara trabalhar. É preciso estar disponível,aberto e muito atento. Épreciso ir à luta”, conclui.É também uma mensagem <strong>de</strong>luta que Miguel Sousa Tavares <strong>de</strong>ixana sua crónica do Expresso. Ojornalista escreve que “no mundoem que vivemos” já “não há lugarpara direitos adquiridos eternos,fantasias académicas, cursos inúteis,emprego garantido para sempre,subsídios públicos para tudo emais alguma coisa e crédito paraconsumir sem produzir riqueza –que foi o que nos arruinou”. ParaMiguel Sousa Tavares, “o mundoSOMOS A GERAÇÃODOS RECIBOSVERDES, QUE VIVEEM CASA DOS PAIS.RECEBO CINCO EA SEGURANÇASOCIALPEDE-ME DEZque a geração <strong>de</strong> hoje é chamadaa enfrentar é muito mais complexoe difícil do que alguma vez terásido”. Por isso, “só quem tiver acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se preparar a sério,<strong>de</strong> inovar, <strong>de</strong> criar, <strong>de</strong> arriscar, <strong>de</strong>trabalhar mais e melhor, po<strong>de</strong>rá tera certeza <strong>de</strong> sobreviver por si”.Já Maria Filomena Mónicalamenta que a sua geração (década<strong>de</strong> 1940) “não tenha valorizadoo trabalho, o esforço e a competência”.O resultado está à vista:“por mais inútil, ignorante e preguiçosoque um indivíduo seja, équase impossível <strong>de</strong>spedi-lo”. Asocióloga afirma que tem alertadopara a mentira <strong>de</strong> dizer que “maisensino conduz a uma economiamais dinâmica”.Ao lembrar que o Governo consi<strong>de</strong>raque “quanto mais educaçãomelhor”, Maria Filomena Mónicaafirma que essa atitu<strong>de</strong> levou a queas expectativas dos pais aumentassem.“Até ao dia em que, entreo espanto e a indignação, viramque, apesar <strong>de</strong> terem um diploma,os seus filhos não arranjavam trabalho”.Embora aplauda o livre acessoao ensino, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente daclasse social, a socióloga refere quea “qualida<strong>de</strong> da educação não <strong>de</strong>veriater sido sacrificada”. “Os promotoresda manifestação são todoslicenciados em Relações Internacionais.Isto habilita-os a quê?Alguém se <strong>de</strong>u ao trabalho <strong>de</strong> olharo conteúdo <strong>de</strong>stes cursos? Osdocentes que os regemsabem do que falam? Duvido.”■Novos movimentosestão a nascerDepois do protesto Geração àrasca sair à rua, novos movimentoscomeçaram a surgir:✓ Fórum das Gerações – 12/3e o Futuro – Servirá para aspessoas contribuírem comsoluções para o País.✓ Manifestação Geração <strong>de</strong>Esperança – Este movimentovai manifestar-se dia 26 <strong>de</strong>Março e preten<strong>de</strong> alcançarum “novo paradigma político”.✓ Manifestação <strong>de</strong> jovens trabalhadores– Lisboa – AInterjovem da CGTP já tinhaproposto um protesto para odia 1 <strong>de</strong> Abril, agora foiamplificadoSODICENTRO<strong>Leiria</strong>Concessionário OficialNovo CLS 350 CDI / 250 CDINovo classe CNova Cx.Veloc. 7G-TronicClasse ENova Cx.Veloc. 7G-TronicPUBNovo Classe SLKSEGURANÇA,CONFORTOE DISTINÇÃOwww.sodicentro.ptgeral.leiria@sodicentro.ptContacto: 244 829 950


6 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |PUBComissão <strong>de</strong> ambiente diz que os números estão “muito aquém da realida<strong>de</strong>”GNR recebeu 23 <strong>de</strong>núncias em 2010por <strong>de</strong>scargas na ribeira dos MilagresEm 2010, a GNR recebeu 23 <strong>de</strong>núnciaspor <strong>de</strong>scargas poluentes na ribeirados Milagres, enquanto este ano jáforam formalizadas duas queixas. Aúltima ocorrência registou-se no domingo,com a Comissão Ambiente e Defesada Ribeira dos Milagres a alertarpara uma nova <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> efluentes.O porta voz da comissão consi<strong>de</strong>raque o número <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncias está “muitoaquém da realida<strong>de</strong>”. Rui Crespo afirmamesmo que “todos os dias há <strong>de</strong>scargas,com maior ou menor intensida<strong>de</strong>,na ribeira dos Milagres ou nos seusafluentes e nos campos do Lis”, masque muitas não são comunicadas àsautorida<strong>de</strong>s.O dirigente lamenta que não haja“uma preocupação por parte das autorida<strong>de</strong>spara <strong>de</strong>scobrir o infractor”.Segundo o porta-voz da comissão “aAmbilis e a Associação <strong>de</strong> Suinicultorestêm meios para saber quem faz as<strong>de</strong>scargas” e “nem seria preciso as autorida<strong>de</strong>sirem ao terreno”.“Se a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> efluente tratadoé muito inferior ao caudal produzido,on<strong>de</strong> vai ter o restante efluente?”,questiona Rui Crespo, que diz que osautores das <strong>de</strong>scargas não são i<strong>de</strong>ntificados,“porque há interesses económicospor <strong>de</strong>trás” e “as associações“fazem parte do problema e não dasolução”. O porta voz da comissão criticaainda a “inércia dos po<strong>de</strong>res políticoe autárquico”, que, no seu enten<strong>de</strong>r,“não têm feito o que <strong>de</strong>viam” pararesolver a situação.David Neves, administrador da Recilis,lamenta a <strong>de</strong>scarga, mas diz que,RICARDO GRAÇADomingo, a ribeira sofreu nova <strong>de</strong>scarganeste momento, a situação “está forado controlo” da empresa, alegando que,em Dezembro <strong>de</strong> 2009, a Recilis <strong>de</strong>ixou<strong>de</strong> fazer a gestão dos efluentes daBacia Hidrográfica do Lis, ao não lheser prorrogada a licença que tinha parao efeito.“Ente 2004 e final <strong>de</strong> 2009 houvemelhorias significativas. Des<strong>de</strong>então, per<strong>de</strong>mos o controlo, mas continuamosa fazer sensibilização, paraque o trabalho feito não seja inglório”,afirma David Neves. O dirigentefrisa, no entanto, que “existemoutros sectores a <strong>de</strong>scarregar para aribeira dos Milagres” e que “é precisocontrolar esse processo”. ■Maria Anabela Silva, com ECAcordo parassocial assinadoAs entida<strong>de</strong>s que integram a nova socieda<strong>de</strong> que ficará responsável pela construçãoe exploração da ETES [Estação <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Efluentes Suinícolas], emAmor, assinaram, no início do mês, o acordo parassocial. Segundo David Neves,presi<strong>de</strong>nte da Recilis, “<strong>de</strong>ntro dias”, será constituída formalmente a nova socieda<strong>de</strong>,que integrará a Águas <strong>de</strong> Portugal, Fomentinvest, Luságua e Recilis, comparticipações entre os 22 e os 27%. ■<strong>Leiria</strong>Hospital recebe medalha da cida<strong>de</strong>O Hospital <strong>de</strong> Santo André (HSA),em <strong>Leiria</strong>, vai ser galardoado pelacâmara municipal com a medalha dacida<strong>de</strong> (grau ouro) pela “enorme relevância”da missão que tem <strong>de</strong>senvolvidoe pelo “excelente exemplo <strong>de</strong>serviço público”. A distinção surge apoucos dias da fusão da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> com o hospital <strong>de</strong> Pombal, quedará origem ao Centro Hospitalar <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> – Pombal, em vigor a partir dopróximo dia 1.“Este novo caminho representará,por certo, o aproveitamento <strong>de</strong> sinergias,que permitirá o aumento da eficiênciados cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> prestados”,refere a Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, emcomunicado, no qual realça o investimentofeito nos últimos anos na mo<strong>de</strong>rnizaçãodo hospital, na remo<strong>de</strong>lação<strong>de</strong> instalações e na criação <strong>de</strong> novasunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tratamento.O Conselho <strong>de</strong> Administração (CA)do HSA encara a distinção com “gran<strong>de</strong>honra e gran<strong>de</strong> orgulho”, consi<strong>de</strong>randoque se trata <strong>de</strong> um reconhecimentoda “<strong>de</strong>dicação e envolvimento”dos profissionais que trabalhamno hospital. “Ao longo dos últimosanos, e com o envolvimento <strong>de</strong>todos, conseguimos criar um hospitalmais eficiente e mais humano,registámos crescimentos significativosem todas as linhas <strong>de</strong> produção(consulta externa, activida<strong>de</strong> cirúrgica,reduções <strong>de</strong> lista <strong>de</strong> espera, etc.);somos um dos hospitais EPE commelhores resultados operacionais”,frisa o CA. ■Aci<strong>de</strong>ntes entre Boa Vista e Barracão, em <strong>Leiria</strong>Cinco mortos no IC2 em menos <strong>de</strong> três mesesNo troço do IC2 entre os cruzamentosda Boa Vista e do Barracão,em <strong>Leiria</strong>, os aci<strong>de</strong>ntes têm-se sucedido.Este ano já se registaram cinco mortes.O aci<strong>de</strong>nte da semana passada veioaumentar ainda mais a estatística negra,com a morte <strong>de</strong> três pessoas, junto aoRetail Park.Segundo a GNR, o <strong>de</strong>spiste terá provadoa colisão entre mais três automóveisligeiros, obrigando ao encerramentoda estrada durante cerca <strong>de</strong>três horas. “Tudo leva a crer que tenhasido um <strong>de</strong>spiste, seguido <strong>de</strong> colisão,mas ainda estamos a investigar o aci<strong>de</strong>nte”,disse a GNR.As vítimas foram um casal, <strong>de</strong> 52 e56 anos, resi<strong>de</strong>ntes na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Estrada da Bouça, Colmeias, e umafamiliar, <strong>de</strong> 63 anos, que seguiam namesma viatura e tiveram morte imediata.Do embate resultaram ainda doisferidos graves, que se encontram livre<strong>de</strong> perigo.Em Fevereiro, um motociclista <strong>de</strong>spistou-seno mesmo local, acabandopor falecer no <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ser atropeladona sequência do aci<strong>de</strong>nte. Um poucomais à frente, no sentido Sul-Norte,uma bombeira, <strong>de</strong> 23 anos, dacorporação da Benedita, concelho <strong>de</strong>Alcobaça, faleceu na sequência <strong>de</strong> umacolisão frontal junto às instalações daRoca. ■EC


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8 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |BREVES■<strong>Leiria</strong>ArrumadoresviramjardineirosOito ex-arrumadores <strong>de</strong> automóveisna cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vãoser integrados na Divisão <strong>de</strong> EspaçosVer<strong>de</strong>s da câmara, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenharãoas funções <strong>de</strong> jardineiros.Nesse sentido, a autarquiairá assinar, no próximo dia1, um protocolo com o CentroDistrital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do Instituto daSegurança Social, a PSP e a Comissãopara a Dissuasão da Toxico<strong>de</strong>pendênciado Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.O município explica, emcomunicado, que antes <strong>de</strong> iniciaremfunções como jardineiros,os ex-arrumadores irão frequentaruma acção <strong>de</strong> sensibilização/formaçãopara o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> competências pessoais,sociais e profissionais. Noâmbito do protocolo, a PSP compromete-sea assegurar a vigilânciados locais libertados pelosbeneficiários do projecto, <strong>de</strong> formaa evitar que os mesmos sejamocupados por outros arrumadores,ea sensibilizar todos os restantespara abandonarem estaactivida<strong>de</strong>. Segundo dados dacâmara, em Outubro do ano passado,quando o projecto começoua ser trabalhado, havia 15arrumadores na cida<strong>de</strong>.S. Pedro <strong>de</strong> MoelEmpresáriosexigem obras nofinal do VerãoOs empresários <strong>de</strong> S. Pedro <strong>de</strong> Moel,na Marinha Gran<strong>de</strong>, exigem aoInstituto da Água (Inag) e AdministraçãoRegional Hidrográfica(ARH) que as obras <strong>de</strong> estabilizaçãodas arribas só se iniciem nofinal do Verão, para que o negócio<strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> comerciantesnão fique comprometido. NatáliaLoureiro, porta-voz do grupo eproprietária <strong>de</strong> um dos bares <strong>de</strong>apoio <strong>de</strong> praia, revela que amanhãterá lugar uma reunião, pelas21:30 horas, no Hotel Mar e Sol,para que a população seja informadasobre a intervenção. Para tal,foram convidados representantesdo Inag e da ARH. “Ainda não sesabe em concreto quando vãocomeçar as obras. Queremos tercertezas. Fala-se que <strong>de</strong>vem começarno Verão e já há pessoas a <strong>de</strong>smarcarquartos. Não há nada piorque a má publicida<strong>de</strong>”, lamentaNatália. Conscientes da necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> uma intervenção urgentenas arribas, os empresários apenaspe<strong>de</strong>m bom-senso, uma vezque recordam que o Verão é quandoconseguem fazer negócio. Aproprietária salienta ainda que overeador da Câmara da MarinhaGran<strong>de</strong>, Paulo Vicente, tem dadoa cara e está do lado dos empresários.” ■ECDia do Pai infeliz para muitos homensFilhos sofrem com ódios<strong>de</strong> casamentos <strong>de</strong>sfeitosAntónio M. e Alberto F. (nomesfictícios), <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, são apenasdois dos muitos pais que, porestes dias, vivem na incerteza<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r não ver os filhos nopróximo sábado, Dia do Pai. Não<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong>les nem das criançasmas das ex-mulheres que, tirandopartido da jurisprudência,manipulam os filhos contra ospais das formas mais perversas,utilizando-os como objectos (troféuse armas <strong>de</strong> arremesso). Aeste propósito, António conta:“Num Dia do Pai, fui ver a minhafilha à escola. Trazia um pisapapeis, feito <strong>de</strong> uma pedra pintada,na sua própria mão. Eraum trabalho elaborado com aajuda do professor para entregarcomo prenda no Dia do Pai.Perguntei-lhe: então essa é aprenda para o papá? Respon<strong>de</strong>u:- O quê? Não percebo! -Não adiantei mais nada. Percebique a prenda, por imposiçãoda mãe, não me era dirigida. Talvezao padrasto, ao lixo, masnão ao pai”. À pergunta porqueé que uma mãe faz isto a umfilho, António respon<strong>de</strong>: “Egoísmopuro e duro e narcisismo.Embora aparente ser muito boapessoa, não tenho dúvida que aminha ex-mulher só pensa nelae não na felicida<strong>de</strong>, crescimentoe formação da personalida<strong>de</strong>dos filhos”.“Eu só troco algumas palavrascom o meu filho mais velho,quando é ele a aten<strong>de</strong>r o ví<strong>de</strong>oporteiro,quando toco à campainhana casa da mãe para irbuscar o irmão. Apesar dos seus16 anos, ele está completamentealienado”, conta Alberto F..Este pai adianta que está provadoque, nestes casos, se trata<strong>de</strong> crianças e adolescentes completamente<strong>de</strong>stroçadas, que dificilmenteserão adultos estáveis.Ódios e vinganças“A SAP po<strong>de</strong> ser entendida como a criação <strong>de</strong> uma relação <strong>de</strong> carácterexclusivo entre a criança e um dos progenitores, com o objectivo <strong>de</strong>excluir o outro. Esta alienação é conseguida através <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong>técnicas (conscientes ou inconscientes) <strong>de</strong> programação/manipulação,assim como <strong>de</strong> processos (subconscientes ou inconscientes) utilizadospelos pais alienantes, combinados com a colaboração da criança, para<strong>de</strong>negrir o progenitor preterido ou mesmo odiado. Para o pai alienante,conseguir que as crianças o<strong>de</strong>iem o outro progenitor é atingir a perfeição,a obra-prima da vingança possível. ■In Amor <strong>de</strong> Pai – Divórcio, Falso assédio e Po<strong>de</strong>r Paternal,<strong>de</strong> Maria SaldanhaMuseu Nacional da Floresta começa a <strong>de</strong>senhar-seAcervo histórico florestalvai ser recuperado na Marinha Gran<strong>de</strong>O primeiro passo para avançarcom o Museu Nacional daFloresta está dado. A CâmaraMunicipal da Marinha Gran<strong>de</strong> ea Autorida<strong>de</strong> Florestal Nacional(AFN) assinaram um protocolopara o tratamento do acervo históricoflorestal, que foi transferidopara a cida<strong>de</strong> do vidro em2007.Para o secretário <strong>de</strong> Estadodas Florestas e DesenvolvimentoRural, Rui Pedro Barreiro, é“um dado adquirido que o MuseuNacional da Floresta vai ter a suase<strong>de</strong> na Marinha Gran<strong>de</strong>” e o“primeiro passo foi dado hoje[sexta-feira]”, com a oficializaçãoda “transferência do acervoda AFN para a responsabilida<strong>de</strong>do município da Marinha Gran<strong>de</strong>”.A data <strong>de</strong> abertura do museuainda não está <strong>de</strong>finida. Para já,Rui Pedro Barreiro preten<strong>de</strong> queDR“este ano seja aprovada toda aformulação jurídica que dá consistênciaao museu”, que ficaráinstalado no Parque do Engenho,na Marinha Gran<strong>de</strong>.O acervo do Arquivo HistóricoFlorestal da AFN foi transferido,em 2007, <strong>de</strong> Lisboa para aMarinha Gran<strong>de</strong> - on<strong>de</strong> se encontramtambém diversas colecções<strong>de</strong> espólio museológico, que virãoa integrar o Museu Nacional daFloresta - com a salvaguarda dacolaboração do Arquivo Distrital<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> no apoio técnico.PERCURSOSPEDESTRESIntegrado no programa dasComemorações do 23º Aniversário<strong>de</strong> Elevação da MarinhaGran<strong>de</strong> a Cida<strong>de</strong>, foi ainda assinadoum protocolo para a criação<strong>de</strong> dois percursos pe<strong>de</strong>stresna Mata Nacional <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.O presi<strong>de</strong>nte da Câmara daMarinha Gran<strong>de</strong>, Álvaro Pereira,<strong>de</strong>staca que este projecto visaainda a “sensibilização para aimportância <strong>de</strong> uma utilizaçãoda mata mais consciente, em proldo <strong>de</strong>senvolvimento sustentável”e irá “promover a valorizaçãoambiental e turística <strong>de</strong>steespaço florestal”.Apesar <strong>de</strong> cada vez haver maisfilhos <strong>de</strong> pais separados, a socieda<strong>de</strong>em geral e os tribunais emparticular, parecem continuaralheados ou não estar preparadospara lidar com este problema,i<strong>de</strong>ntificado como Síndrome<strong>de</strong> Alienação Parental (SAP),ao contrário do Brasil, on<strong>de</strong> jáé consi<strong>de</strong>rado crime.VIGÍLIA À PORTADO TRIBUNALPorque há muitos homens asentirem-se injustiçados e vítimas<strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> violação, perpetrada<strong>de</strong> forma continuadapelas ex-cônjuges, um grupo <strong>de</strong>pais está a organizar-se parafazer uma vigília <strong>de</strong> protesto àporta do tribunal (5º Juízo), <strong>Leiria</strong>,on<strong>de</strong> as <strong>de</strong>cisões sobre atutela dos filhos, quase semprea favor das mães, são tomadas.Mais informações através doen<strong>de</strong>reço diadopai2011@gmail.com. Para os interessados, realiza-setambém no sábado, pelas21 horas, na sala do Te-Ato, em<strong>Leiria</strong>, uma conferência/<strong>de</strong>bateintitulada E se um José e umaMaria se divorciassem, comopartilhariam o seu menino?. Dirigidapela pedopsiquiatra AnaVasconcelos, a organização é <strong>de</strong>João Lázaro – Clínica <strong>de</strong> Psicologiae Livraria Arquivo. Entradalivre. ■Graça MenitraPara breve, a autarquia preten<strong>de</strong>assinar o “protocolo quevisa a cedência das casas dosguardas florestais ao município,em regime <strong>de</strong> comodato”. ÁlvaroPereira refere que estes imóveisserão <strong>de</strong>pois “disponibilizadospara fruição da comunida<strong>de</strong>.■Elisabete CruzArquivo Distrital apoia recuperaçãoO Arquivo Distrital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vai dar apoio técnico à Câmara daMarinha Gran<strong>de</strong> na recuperação do acervo florestal. O director doArquivo, Acácio <strong>de</strong> Sousa, explica que o arquivo vai “acompanhar”e “supervisionar” o trabalho. O responsável explica que oacervo terá <strong>de</strong> ser “tratado, <strong>de</strong>scrito, i<strong>de</strong>ntificado” e, eventualmente”“terá <strong>de</strong> ser feita uma avaliação sobre a documentaçãoque merece um tratamento mais cuidado”. O objectivo é preparartodo o espólio <strong>de</strong> modo a que possa ser disponibilizado ao públicopara investigação do que foi e do que é o Pinhal do Rei. Acácio <strong>de</strong>Sousa acredita que o trabalho irá <strong>de</strong>morar “dois ou três anos”,tendo em conta o número <strong>de</strong> documentação que há a tratar. ■


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 9Antigo presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> câmara e actual executivo trocam acusaçõesPUBVenda <strong>de</strong> antigo semináriogera polémica em Ourém“Ele [Nazareno do Carmo]e a inteligência não sedão muito bem”. Foi <strong>de</strong>staforma que David Catarino,antigo presi<strong>de</strong>nte da Câmara<strong>de</strong> Ourém, reagiu, em<strong>de</strong>clarações ao JORNAL DELEIRIA, a um comunicadoemitido, na semana passada,pelo vereador do PS responsávelpelo pelouro <strong>de</strong>Fátima, a propósito da polémicaem torno do antigoseminário dos Monfortinos,que o município quer ven<strong>de</strong>r.No documento, Nazarenodo Carmo acusava o anteriorexecutivo <strong>de</strong> ter compradoo imóvel por cerca <strong>de</strong>700 mil euros a mais do queo valor atribuído ao edifíciopor uma avaliação oficial.“Foi uma má <strong>de</strong>cisão política,uma péssima compra”,afirmou o socialista no comunicado,on<strong>de</strong> acusa o PSD<strong>de</strong> estar a querer “imiscuir--se” na gestão do município,através <strong>de</strong> “ridículasmanifestações <strong>de</strong> contrapo<strong>de</strong>re histerismo anti-<strong>de</strong>mocrático”,referindo-se a umapetição colocada a circularna internet contra a vendado edifício.Depois das <strong>de</strong>claraçõesao JORNAL DE LEIRIA, DavidCatarino emitiu uma cartaaberta dirigida ao vereadorsocialista, na qual não lhepoupa críticas. “A falta <strong>de</strong>David Catarinoverda<strong>de</strong> e a mediocrida<strong>de</strong>do conteúdo do texto [comunicado]levam-me a prestaresclarecimentos, por consi<strong>de</strong>raçãoà população do concelho,já que, quanto a V.Exa, só tenho <strong>de</strong> concluirque <strong>de</strong>ve perceber é <strong>de</strong> touradas”,po<strong>de</strong> ler-se na cartaaberta, on<strong>de</strong> o antigo autarcaafirma “nada ter a vercom a petição” e “não terpresente” a referida a avaliação.CATARINO DIZ NÃOSE LEMBRAR DEAVALIAÇÃOAs <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> DavidCatarino surgem <strong>de</strong>pois doexecutivo socialista ter promovidouma conferência<strong>de</strong> imprensa, na qual distribuiucópia <strong>de</strong> uma avaliaçãoque terá sido enviadaà câmara em Abril <strong>de</strong>2004, que concluiu que oNazareno do Carmoimóvel valeria 1,7 milhões<strong>de</strong> euros. No entanto, o edifícioviria a ser comprado,no ano seguinte, por 2,5milhões <strong>de</strong> euros.David Catarino diz agoranão se lembrar da referidaa avaliação. Segundo oantigo autarca do PSD, omunicípio apenas fez “contactosinformais com profissionaisdo sector que apontavampara um valor <strong>de</strong> cerca<strong>de</strong> cinco milhões <strong>de</strong> euros”.Por isso, consi<strong>de</strong>ra que aautarquia efectuou “um bomnegócio” e que a venda doedifício - que a câmara queralienar através <strong>de</strong> concursopúblico com valor base <strong>de</strong>três milhões <strong>de</strong> euros - será“um completo disparate, nãosó porque é o único edifíciomunicipal na cida<strong>de</strong>” <strong>de</strong> Fátima,mas também por temerque venha a ser a Escola <strong>de</strong>Hotelaria <strong>de</strong> Fátima (EHF),instalada no local, “a pagareste disparate”.“Espero que V. Exª, quetem apostado a formação doseu currículo pelas coisasque <strong>de</strong>strói, não consiga também<strong>de</strong>struir a Escola Profissional<strong>de</strong> Ourém e a escola<strong>de</strong> hotelaria”, diz DavidCatarino na carta aberta dirigidaa Nazareno Carmo.O actual presi<strong>de</strong>nte dacâmara alega que o edifício“não reúne as mínimas condições”para manter a funcionara escola <strong>de</strong> hotelariaou “qualquer outro objectivo<strong>de</strong>ssa natureza”. PauloFonseca explica ainda que,“venda-se ou não o imóvel”,as activida<strong>de</strong>s a funcionaractualmente no edifício –EHF, escola do 1º ciclo e Conservatório<strong>de</strong> Música – <strong>de</strong>ixarão<strong>de</strong> o utilizar.O autarca socialista alegatambém que a venda doedifício consta “claramente”no orçamento da câmarapara 2011, aprovado pelaAssembleia Municipal, com“apenas um voto contra enove abstenções”. Por isso,consi<strong>de</strong>ra as movimentaçõescontra a venda como “jogadas<strong>de</strong> quem ainda não percebeuque a câmara mudou”,que revelam “falta <strong>de</strong> vergonha,<strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> e<strong>de</strong> honestida<strong>de</strong> intelectual”.■Maria Anabela SilvaAmbientalistas criticam poda <strong>de</strong> árvores em OurémQuercus acusa EP <strong>de</strong> “gestão danosa <strong>de</strong> arvoredo”O núcleo <strong>de</strong> Ourém daQuercus acusa da Estradas<strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong> “gestão danosado arvoredo público”. Emcausa está a forma “poucocuidada” como foi feita apoda <strong>de</strong> árvores ao longo daEN113 em Ourém. DomingosPatacho, presi<strong>de</strong>nte donúcleo, dá como exemplo ocorte parcial do troco <strong>de</strong> umcipreste (na foto) e da poda<strong>de</strong> ramos “com esganhaçamento,abrindo feridas maiorese mais difíceis <strong>de</strong> cicatrizare com maior risco <strong>de</strong>entrada <strong>de</strong> doenças”. A EPlamenta as ocorrências <strong>de</strong>nunciadaspela Quercus, masconsi<strong>de</strong>ra que são situações“pontuais, já i<strong>de</strong>ntificadas”pela fiscalização da empresae que “serão em breve<strong>de</strong>vidamente tratadas”. A EPexplica que a poda das árvoresse insere no contrato <strong>de</strong>manutenção e conservaçãoda arborização rodoviária noconcelho <strong>de</strong> Ourém, com apoda <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 90 árvores,e garante que “os trabalhostiveram acompanhamentotécnico”. ■Dados da Comissão <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong> Crianças e Jovens <strong>de</strong> Ourém referentes a 2010Treze menores acompanhados por prática <strong>de</strong> <strong>de</strong>litosA negligência e a exposiçãoa comportamentos<strong>de</strong>sviantes foram as principaisproblemáticas <strong>de</strong>tectadasnos 149 processosacompanhados, no anopassado, pela Comissão <strong>de</strong>Protecção <strong>de</strong> Crianças eJovens (CPCJ) <strong>de</strong> Ourém.De acordo com os dadosrecentemente apresentados,houve ainda 12 casos<strong>de</strong> abandono escolar e 13menores acompanhadospor terem praticado <strong>de</strong>litos.A comissão <strong>de</strong>tectouainda situações <strong>de</strong> maustratosfísicos e psicológicose <strong>de</strong> abandono.A medida mais aplicadapela CPCJ foi o apoiojunto dos pais, adoptadaem 87% dos processos.Houve ainda 17 menoresencaminhados para instituições<strong>de</strong> acolhimento. Afreguesia com maior número<strong>de</strong> processos acompanhadosfoi Nossa Senhorada Pieda<strong>de</strong>, localizadana se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho, com34 situações, seguindoseFátima (31) e NossaSenhora das Misericórdias(16). ■


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | POLÍTICA |17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 11Eleições para a concelhia realizam-se amanhãPSD <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> escolhe lí<strong>de</strong>rPUBÉ já amanhã que os militantesdo PSD <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> são chamados aescolher o sucessor <strong>de</strong> José AntónioSilva na li<strong>de</strong>rança da ComissãoPolítica Concelhia. De um lado,está João Cunha, que se candidatapela terceira vez e promete renovara estrutura, com uma equipaque mistura pessoas novas na políticacom militantes com “experiênciapolítica”. Do outro, encontra-seÁlvaro Madureira, que foivice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> José AntónioSilva, e que promete uma equipacom “pessoas conhecedoras do concelho”e “com provas dadas”.“É preciso renovar o PSD e asua estrutura concelhia, rejuvenescendoi<strong>de</strong>ias e atitu<strong>de</strong>s”, afirmaJoão Cunha, que acredita quea equipa que li<strong>de</strong>ra po<strong>de</strong>rá “voltara colocar o PSD <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> como umpartido vencedor”. “A Câmara <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> está completamente consumidapor questões internas, nãotem projecto nem estratégia, e amaioria passa o tempo em lamuriase a falar do passado. O PSDtem <strong>de</strong> estar atento e propor soluções”,<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>.Se for eleito, João Cunha prometeainda “fazer equipa” com aJSD e com os autarcas eleitos pelopartido nos vários órgãos, “reconstruirum bom relacionamento institucionalcom as estruturas distritale nacional do partido e anularos resquícios <strong>de</strong> crispação do passadorecente, olhando para o futuro<strong>de</strong> forma construtiva”.Sem revelar a constituição daÁlvaro Madureiralista, porque como frisa João Costa,que será candidato a vice-presi<strong>de</strong>nte,“mais importante do queapresentar um conjunto <strong>de</strong> nomesé explicar os princípios que guiarama sua constituição”, ÁlvaroMadureira diz que a sua equipaintegrará “pessoas válidas e competentes,com experiência <strong>de</strong> vidae disponibilida<strong>de</strong> para darem o seucontributo à causa pública”.O candidato garante ainda quehouve a preocupação <strong>de</strong> integrarpessoas <strong>de</strong> várias freguesias e <strong>de</strong>áreas profissionais diversas, conjugando“a juventu<strong>de</strong>, a experiênciae o dinamismo”. “Seráuma equipa dinâmica que contribuirápara que a Câmara <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> e as juntas <strong>de</strong> freguesiasejam li<strong>de</strong>radas pelo PSD, já naspróximas eleições”, afirma ÁlvaroMadureira, que acredita queJoão Cunha“o PSD voltará a ser o gran<strong>de</strong>motor e timoneiro do concelho<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”. ■Maria Anabela SilvaListasLista A - Álvaro Madureira,João Costa e Francisco Marques[o JORNAL DE LEIRIA nãoteve acesso à restante lista]Lista B - João Cunha, JoãoCurado, Carlos Sousa, DavidFerreira, Arlindo Brites, SérgioFerreira, Nuno Serrano, SofiaCarreira, Bruno Oliveira, FilipeSousa, Branca Matos, LuísMota Pinto, Rita Mota, JoséPaulo Moreira, José Bastos,Ricardo Capitão, ArmandoSantos| Opinião|Maiorias, Minorias,Progresso e Pobreza.Por razões profissionais, privei, emNovembro passado, com o embaixador<strong>de</strong> um dos mais influentes paísesdo Mundo, membro do G7, tradicionalaliado <strong>de</strong> Portugal, com quem temosum entrosamento económico e culturalda mais elevada importância.Disse o senhor: - “ O vosso problema( Portugal) é que em 36 anos <strong>de</strong><strong>de</strong>mocracia, os portugueses já tiverammais <strong>de</strong> 30 governos”. Inquiriu todosos presentes: “Algum dos senhores mepo<strong>de</strong> garantir que <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 3, 4, 5meses, terão ainda o mesmo primeiroministro?E acentuou: - “valerá a penaao meu país aprofundar negociaçõescom Portugal, assumir compromissos,estabelecer objectivos, numa permanentesituação <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> governativa?,O próximo primeiro-ministroestará <strong>de</strong> acordo com os compromissosmútuos assumidos hoje?”Dir-me-ão: - “Sim, mas outros paísescomo a Alemanha tem o mesmoregime parlamentar e tudo corre naperfeição”. Respondo: Teoricamente issoé verda<strong>de</strong>. Mas na prática, fruto doencaixe natural dos partidos na antropologiacultural, e do avanço estruturalda Alemanha, a verda<strong>de</strong> é que osgermânicos têm sistematicamente governosmaioritários, estáveis.Hoje, uma coligação entre os <strong>de</strong>mocratascristãos da CDU e os liberais doFDP, partido que habitualmente garantea maioria e o equilíbrio governativo,coligando-se, ora com a CDU, oracom os sociais <strong>de</strong>mocratas do SPD emfunção das percentagens obtidas porcada partido em cada acto eleitoral.Mas, na legislatura anterior, tambémli<strong>de</strong>rada pela chanceler Angela Merkel,não existindo maioria, na adiçãodo FDP com a CDU ou do FDP com oSPD, os alemães não hesitaram emcolocar os interesses do seu país à frente<strong>de</strong> qualquer interesse <strong>de</strong> trauliteirapolitiquice. Coligaram a CDU com oSPD. Seria como coligar em Portugalo PS e o PSD. Extrapolando a situaçãoalemã para Portugal e para que as coisaspu<strong>de</strong>ssem funcionar <strong>de</strong> forma similar,seria necessário que o CDS-PP estivessei<strong>de</strong>ologicamente posicionadoentre o PS e o PSD. Não é o caso e porisso, o mesmo sistema <strong>de</strong> regime dáresultados completamente diferentes:Estabilida<strong>de</strong>, versus, instabilida<strong>de</strong>. Progressoe bem estar, versus, <strong>de</strong>cadênciae miséria. Todos sabemos que esta situaçãoé música para as orelhas dos pequenospartidos, que se vêem elevados aum nível <strong>de</strong> importância e notorieda<strong>de</strong>muito superior às percentagens eleitoraisobtidas. Basta notar que PauloPortas, Francisco Lousã, Jerónimo <strong>de</strong>Sousa e os respectivos correligionários,todos os dias nos matraqueiam, atravésdo media, muito para além do queseria razoável no enquadramento daimportância que os portugueses lhesconferem nas urnas. O leitor conhecealgum país evoluído e que aporte bemestar aos seus cidadãos, sem estabilida<strong>de</strong>política? Vamos então tirar a conclusãoóbvia: temos que alterar o sistemaeleitoral português <strong>de</strong> forma aque se obtenha sempre uma maioriaeleitoral. Como? Tenho alguma i<strong>de</strong>ias,como a maioria dos cidadãos, nas nãotenho certezas. Convido-o prezado leitor:- Dê a sua opinião através do mailsoares.amigost@gmail.com. Oportunamentepublicaremos o resumo dasopiniões obtidas a que acrescentaremosa nossa própria. ■António Soares,Gestor/empresário


12 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | SOCIEDADE | EDUCAÇÃO | JORNAL DE LEIRIA |PUBInstituição elabora plano estratégico para os próximos quatro anosEscola Profissional <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>quer diversificar oferta formativaAlargar e diversificar a ofertaformativa, ajustando-a às necessida<strong>de</strong>sdo tecido empresarial da região,é um dos objectivos da Escola Profissional<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (EPL) traçado noplano estratégico da instituição paraos próximos quatro anos. O documentofoi apresentado na segunda-feirae aponta também comopriorida<strong>de</strong>s a melhoria dos processos<strong>de</strong> formação e <strong>de</strong> qualificaçãodos recursos humanos.Elaborado com o objectivo <strong>de</strong>“clarificar o rumo da EPL”, comoexplicou João Paulo Marques, vicepresi<strong>de</strong>nteInstituto Politécnico <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> que coor<strong>de</strong>nou o trabalho, oplano estratégico propõe ainda oaumento da oferta <strong>de</strong> formação continuae <strong>de</strong> curta duração e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar os processos<strong>de</strong> captação e <strong>de</strong> selecção <strong>de</strong>alunos.Em relação a novos cursos, oplano propõe a elaboração <strong>de</strong> umestudo das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formaçãoinicial da região, a concluir atéJunho <strong>de</strong> 2012. Embora frise que oalargamento da oferta formativa“<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito da estratégia queMARIA ANABELA SILVAPlano estratégico foi coor<strong>de</strong>nado por João Paulo Marquesvenha a ser <strong>de</strong>finida pelo Ministérioda Educação”, Susana Nogueira,directora da EPL, adianta ao JOR-NAL DE LEIRIA que está a ser equacionadaa apresentação <strong>de</strong> uma candidaturapara um curso na área dasenergias alternativas.Essa proposta vai ao encontroda sugestão <strong>de</strong>ixada pelo presi<strong>de</strong>nteda Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, durante aapresentação do plano estratégico,on<strong>de</strong> Raul Castro consi<strong>de</strong>rou que aaposta que está a ser feita pelo Governonaquele tipo <strong>de</strong> energias criaránecessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação nessaárea. Na ocasião, o autarca expressouainda a sua preocupação emrelação ao futuro da EPL e do ensinoprofissional privado face à “concorrência”do sistema público, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndoque <strong>de</strong>ve haver “uma <strong>de</strong>finiçãoclara <strong>de</strong> como vai o País respon<strong>de</strong>ràs necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação”.O problema foi também abordadopor Susana Nogueira, que criticoua “discriminação negativa”que afecta as escolas profissionaisprivadas, nomeadamente ao nívelda aprovação <strong>de</strong> cursos. “No ensinoregular essa aprovação é quaseimediata, enquanto às escolas privadasse exige um trabalho prévioenorme para avaliar a necessida<strong>de</strong>dos cursos”, afirma a responsável,que lamenta ainda a “in<strong>de</strong>finiçãopolítica face ao ensino profissional”.Estas são, aliás, as principais ameaçasà EPL apontadas pelo planoestratégico, que i<strong>de</strong>ntificou comopontos fortes da instituição a taxa<strong>de</strong> inserção profissional, que emalguns cursos se aproxima dos 100%,e as parcerias com cerca <strong>de</strong> 250empresas. ■Maria Anabela SilvaPrograma envolve professores e alunos da Cruz da AreiaEscola <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> em projecto classificadoentre os <strong>de</strong>z melhores da EuropaO projecto EDUCULT- Let’s Meetin Cultural and Educational Dimension,no qual participa a escolaEB1/JI <strong>de</strong> Cruz da Areia, em <strong>Leiria</strong>,do Agrupamento <strong>de</strong> EscolasJosé Saraiva, e estabelecimentos <strong>de</strong>ensino <strong>de</strong> mais quatro países, ficouposicionado entre os <strong>de</strong>z melhoresprojectos Comenius europeus.A informação foi transmitidaaos representantes da escola <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>durante um encontro realizadorecentemente em Bedzin, na Polónia,on<strong>de</strong> estiveram <strong>de</strong>legações dasvárias escolas envolvidas no programa,que participaram em diversasactivida<strong>de</strong>s.Iniciado em 2009 e com fimprevisto para Junho <strong>de</strong> 2011, oprojecto Comenius EDUCULT- Let’sMeet in Cultural and EducationalDimension envolve escolas da Áustria,Hungria, Polónia, Turquia ePortugal (EB1/JI da Cruz da Areia).O programa visa “reconhecer aexistência <strong>de</strong> diferentes culturase conhecê-las melhor”; compreen<strong>de</strong>ra diversida<strong>de</strong>, fomentando atitu<strong>de</strong>s<strong>de</strong> combate à discriminação;e promover o diálogo intercultural,partilhando saberes e tradições,através da recolha e partilhanas áreas da literatura, da dança,da gastronomia, dos costumes,das tradições, do património e damúsica. ■Sufrágio realiza-se hoje em <strong>Leiria</strong>Eleições para o conselho científico da ESTGRealizam-se hoje as eleições parao Conselho Técnico-Científico daEscola Superior <strong>de</strong> Tecnologia eGestão (ESTG) <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. A propostaA, on<strong>de</strong> constam alguns dosnomes do actual conselho, concorrecom o lema Colaborar para construir.Paulo Fernan<strong>de</strong>s li<strong>de</strong>ra estalista, acompanhado <strong>de</strong> Alzira Marques,Filipe Mota Pinto, Maria LeopoldinaAlves, Luís Neves, PaulaFaria, Eugénio Lucas, João Ramos,Ana Sargento, Cidália Macedo, SílvioMen<strong>de</strong>s, Luísa Gonçalves, LígiaFebra, Isabel Costa, Alcina Ferreirae José Sousa.Sob o slogan Integrar mais ciência,tecnologia e investigação noscursos da ESTG, a lista B é encabeçadapor Pedro Assunção. Fazemainda parte <strong>de</strong>ste grupo Ana IsabelMen<strong>de</strong>s, António Pereira, FátimaBarreiros, Tânia Marques, JoãoVeludo, Helena Sousa, Catarina Silva,João Poças Santos, CarmindaSilvestre, Alexandra Seco, VítorFerreira, Pedro Custódio, Pedro Marques,Ricardo Martinho e Ana Lisboa.O conselho técnico-cientifico éum órgão colegial constituído por20 elementos salvo se o número <strong>de</strong>pessoas elegíveis for inferior. SérgioFaria presi<strong>de</strong> ao órgão que seencontra em funções, sendo secretariadopor Pedro Santos. ■AnsiãoEB1 <strong>de</strong> Avelar inauguradoA nova escola EB1 <strong>de</strong> Avelar,Ansião, foi inaugurada,na passada semana, no seguimentodo projecto <strong>de</strong> reorganizaçãodo parque escolardo concelho. Com mais <strong>de</strong>um milhão <strong>de</strong> euros investidos,o novo edifício dispõe<strong>de</strong> oito salas <strong>de</strong> aulas, vestiários,salas polivalentes,espaços lúdicos e uma biblioteca.A obra foi comparticipadaem 80% pelo programaMais Centro do QREN(Quadro <strong>de</strong> Referência EstratégicoNacional). ■PombalCentro educativo adjudicadoA construção do centro escolar <strong>de</strong> Ilha, Pombal, foi adjudicada nasemana passada por 885 mil euros. Com um prazo <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> 360dias, a obra permitirá concentrar todos os alunos do 1º ciclo e do préescolarda freguesia. Fernando Parreira, vereador da Educação, explicaque o centro escolar resultará da ampliação do edifício on<strong>de</strong> está actualmenteinstalado o pré-escolar e terá capacida<strong>de</strong> para cerca <strong>de</strong> 175 alunosdos dois níveis <strong>de</strong> ensino. ■


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 13Oimpensável aconteceu.O ministrodas Finanças anunciouum novo pacote<strong>de</strong> cortes no rendimentoe nos direitosadquiridos dos portugueses,o quarto no tempo <strong>de</strong> um ano,sem sequer passar pelo Conselho<strong>de</strong> Ministros. A causa próximafoi a visita a Portugal <strong>de</strong> um conjunto<strong>de</strong> técnicos da União Europeia,que encontraram nas contasportuguesas algumas trafulhicesque <strong>de</strong>scredibilizam aindamais o Governo junto dos seuspares europeus e dos mercados.Acontecimento que forçou JoséSócrates a apressadamente tentarcorrigir o mal feito através <strong>de</strong>novos sacrifícios impostos à chamadaclasse média portuguesa.Horas antes, o mesmo primeiroministro tinha afirmado na Assembleiada República, durante a discussãoda Moção <strong>de</strong> Censura doBloco <strong>de</strong> Esquerda, que a execuçãoorçamental estava bem, mesmomuito bem.As trafulhices do Governo sãoconhecidas <strong>de</strong> quem segue como mínimo <strong>de</strong> atenção o que oGoverno faz. Aparentemente, amais relevante que foi encontradapelos técnicos <strong>de</strong> Bruxelas,foi a tentativa <strong>de</strong> colocar noOrçamento do Estado <strong>de</strong> 2008os dois mil e quinhentos milhões<strong>de</strong> euros do buraco do BPN enão, como seria normal, no OE<strong>de</strong> 2011, ano em que o débitoterá <strong>de</strong> ser formalmente pagopelos contribuintes portugueses,ou adicionado à dívida pública.Mas as trafulhices, que passaram<strong>de</strong> ser características pessoaisdo primeiro ministro parafazerem parte da cultura doGoverno, para já não falar dacultura do PS, são muitas mais.Por exemplo, o Governo parqueouna empresa pública Estradas<strong>de</strong> Portugal mais <strong>de</strong> dois milmilhões <strong>de</strong> euros e não pagou àempresa cerca <strong>de</strong> quinhentosmilhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong> dívida <strong>de</strong>IVA, o que fez com que a administraçãoda empresa tenha colocadoao Ministério das Finançasum processo inédito para arecuperação do dinheiro. Da mesmaforma, o Governo tem vendidoa si próprio milhões emilhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong> património,para encobrir parte do déficeorçamental.Suponho que todas estas trafulhicessão parte do que JoséSócrates chama a <strong>de</strong>fesa patrióticado interesse nacional. Com| Crónicas sobre o futuro |Basta <strong>de</strong> trafulhicesO que estão a fazerno Parlamento os<strong>de</strong>putados queelegemos,nomeadamente os<strong>de</strong>putados do PS doDistrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>?HENRIQUE NETOempresárionetohenrique8@gmail.coma nota relevante <strong>de</strong> que são principalmentea tentativa infantil<strong>de</strong> tapar os erros <strong>de</strong> política e osinvestimentos e custos em queo Estado incorreu, contra tudoo que o bom senso e a boa gestãoaconselhariam e que aquinão me tenho cansado <strong>de</strong> <strong>de</strong>nunciar,perante a indiferença interessadae grotesca da máquinasocialista.Aproveito o tema para chamara atenção dos leitores paraa falácia que é posta a circular<strong>de</strong> que os investimentos feitosservem as gerações futuras e queportanto é natural que sejampagos pelos portugueses do futuro.Nada <strong>de</strong> mais <strong>de</strong>sonesto, ou<strong>de</strong> mais trafulha. Des<strong>de</strong> logo,porque os portugueses do futuronão foram chamados a dizerse concordam e, principalmente,porque po<strong>de</strong>m não estar <strong>de</strong>acordo, quando o seu tempo chegar,com as opções <strong>de</strong> investimentofeitas por José Sócrates.Por exemplo, po<strong>de</strong>m não concordar,<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos, quea priorida<strong>de</strong> tenha sido dada aotransporte rodoviário em vez doferroviário, ou ao automóvelindividual em vez do transportecolectivo. Ou que tanto dinheirotenha sigo gasto a investir noestrangeiro em vez <strong>de</strong> na criação<strong>de</strong> novos postos <strong>de</strong> trabalhoem Portugal.Aliás, bastará tomar conhecimentodas enormes manifestaçõeslevadas a cabo pelos jovensportugueses no último fim <strong>de</strong>semana, para compreen<strong>de</strong>r quesendo normal investir com pagamentosa serem escalonados nofuturo, esses investimentos <strong>de</strong>vemser mantidos a níveis <strong>de</strong> razoabilida<strong>de</strong>e <strong>de</strong>vem ser feitos com basenuma estratégia nacional consensualizadae que conduza aobem estar e ao progresso das futurasgerações e não ao inverso.Finalmente, pergunto-meperante todas as trafulhices eperante todos os erros cometidospelo actual Governo, errose trafulhices que estamos a começara pagar sem ter recursos paraisso, o que po<strong>de</strong> justificar tantacegueira e tanta omissão dossocialistas portugueses. Ou o queestão a fazer no Parlamento os<strong>de</strong>putados que elegemos, nomeadamenteos <strong>de</strong>putados do PS doDistrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>? Num pais <strong>de</strong>gente responsável, terão <strong>de</strong> serpenalizados pela sua permanentee in<strong>de</strong>sculpável irresponsabilida<strong>de</strong>e por todas as trafulhicescom que convivem.■PUB


14 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 ENTREVISTA| SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |Francisco Varatojo, director do Instituto Macrobiótico <strong>de</strong> Portugal“Hoje já não sou consi<strong>de</strong>rado uma ave rara”Há 34 anos que não come carne e raramente peixe. Com uma saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> ferro, não tem dúvidas quea alimentação condiciona o nosso comportamento e que, se a humanida<strong>de</strong> não inverter a formacomo se alimenta, será o <strong>de</strong>scalabre totalTextos e fotos: Graça MenitraDe que modo a macrobióticaé uma filosofia <strong>de</strong> vida?A palavra dieta, na nossa cultura,tem a conotação muito restritiva<strong>de</strong> per<strong>de</strong>r peso. Mas elavem do grego e significa estilo <strong>de</strong>vida e, nesse aspecto, a macrobióticaé um estilo <strong>de</strong> vida quenos preten<strong>de</strong> ligar mais ao ritmoda natureza. Há leis que operamcontinuamente, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntementedos nossos gostos ou <strong>de</strong>sejos.A macrobiótica, como prática<strong>de</strong> vida, tenta estudar essas leise postula que nos <strong>de</strong>vemos adaptara elas para termos mais saú<strong>de</strong>,bem-estar e felicida<strong>de</strong>. Seseguirmos o fluxo da natureza, avida corre-nos melhor. Devemosdar mais peso ao importante emenos ao secundário. A vidamo<strong>de</strong>rna é ao contrário. Liga maisàs questões meramente estéticase supérfulas e muito mais ao terque ao ser. Devemos criar um bomrelacionamento connosco próprios,com os outros e com a natureza.São as coisas que valem mesmoa pena que contam quandomorrermos. Se se usa sapatos daPrada ou da Zara, quando morrermos,isso faz pouca diferença.Qual o número <strong>de</strong> macrobióticosem Portugal?Não faço i<strong>de</strong>ia, mas o número<strong>de</strong> a<strong>de</strong>ptos está a crescer. Há30 anos, tudo isto era perfeitamente<strong>de</strong>scabido, hoje já não souconsi<strong>de</strong>rado tanto uma ave rara.Muitas das coisas que fui dizendo,ao logo dos anos, começama fazer sentido. Isso é muito gratificante.Diziam que tinha umdiscurso utópico, revolucionário,alternativo e radical. Hoje éum discurso predominante, sobo ponto <strong>de</strong> vista da saú<strong>de</strong>, ambiental,e social.Quando adquiriu esta visãoholística da vida?Aos 13, 14 anos, praticava bastante<strong>de</strong>sporto e comecei a interessar-mepela relação do <strong>de</strong>sportoe prática <strong>de</strong>sportiva. Li umou dois livros sobre nutrição, queexistiam na biblioteca do meu tio,e fiquei logo mais ou menos vegetariano.Aos 16, um amigo disse-meque um irmão lhe tinhafalado <strong>de</strong> macrobiótica e o nomeficou. Um dia fui à Livraria Martins,em <strong>Leiria</strong>, e comprei um livrosobre o tema. Algumas coisasfaziam sentido, outras não percebibem. Apanhei o expressopara Lisboa com um primo meu,comprei alguns produtos, regressámose começámos a tentar. Eas diferenças foram tão notórias,quer na saú<strong>de</strong> física quer na acuida<strong>de</strong>mental... Sofria <strong>de</strong> uma colite,cujos sinais me incomodavam,que <strong>de</strong>saparecerem num instante.E curioso é que, com uma dietasuper restritiva, dormia cincohoras por noite e corria cincohoras por dia e estudava. Comesse meu primo montei um centromacrobiótico, o Celeiro do Lis,nos Capuchos, on<strong>de</strong> serviamosrefeições. Tinha então 16 e ele 21anos. Arranjámos dinheiro emprestadoe fizemos uma cooperativa.Apesar da minha i<strong>de</strong>ia ser estudarmedicina, achei a macrobióticamais interessante e optei porir para Boston estudar esta área.A alimentação condiciona onosso comportamento?Somos um animal biológico,muito influenciado por secreçõeshormonais e neurotransmissores.Alterações na bio-química do sanguealteram o nosso comportamento,tal como se tomarmos umansiolítico ou bebermos um caféou uma cerveja. O mesmo se passacom a comida. Há pessoas comcomportamentos agressivos quequando começam a reduzir o consumo<strong>de</strong> açúcar e <strong>de</strong> animais nasua alimentação ficam mais calmos.Já vi essa alteração <strong>de</strong> formasignificativa em adolescentes ouprisioneiros. Esta ligação é muitorecente, em termos científicos, mashá 50 anos dizer que havia umarelação entre doenças cardiovascularese alimentação também seriauma heresia completa. Tenha a certezaque, em termos científicos,mais tar<strong>de</strong> ou mais cedo, começaa haver mais estudos com este tipo<strong>de</strong> orientação.O vegetarianismo adaptasea qualquer pessoa e <strong>de</strong> qualquerida<strong>de</strong>?Adapta-se a qualquer pessoa,embora haja quem tenha maisfacilida<strong>de</strong>. Eu faço isso na calma.O homem é um animal biológico,com uma estrutura específicamais virada para comer alimentos<strong>de</strong> origem vegetal e cereais.Isto em especial nos climas temperados,como o nosso. Mais anorte, po<strong>de</strong> ter necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>comer carne. Um esquimó parase adaptar ao rigor do clima on<strong>de</strong>vive tem mesmo <strong>de</strong> comer muitosanimais. Mas o que é radicalé a forma como as pessoas comeme vivem agora. É horrível. Quemtem agora 80 anos cresceucom uma alimentaçãomuito mais saudável.Os miúdos hojesão criados com fast foo<strong>de</strong> há imensas criançasque não comem vegetais,feijões, ou peixe.E em termos económicos?Os produtos biológicossão caros mas ainda assim oque é realmente caro são os produtosanimais, sobretudo carne epeixe. Nesta prática alimentar,como noutras, po<strong>de</strong> comer-sebarato ou caro. Consegue-se teruma alimentação saudável, nãocomendo aqueles alimentos maisexóticos e dispendiosos. Na realida<strong>de</strong>,a razão porque não pareceque os produtos biológicos sãomais baratos é porque os alimentosconsumidos dia-a-dia são subsidiadoscom o dinheiro dos nossosimpostos. Ninguém paga ovalor real do leite ou da carne,que é muito elevado, tal como éelevado o seu preço para a saú<strong>de</strong>pública e para o ambiente. Seestudarmos a política alimentare sua distribuição e para que servemos nossos impostos, tudo istopo<strong>de</strong> ser muito perverso.Preocupa-o a escassez <strong>de</strong> alimentosno mundo?Se alimentarmos as pessoascom vegetais há comida para todaa gente. O problema da falta <strong>de</strong>As crisestambém sãoboas paraconsi<strong>de</strong>rarmoso que é maisimportante, mudarpriorida<strong>de</strong>s e darmais valor às coisasalimentos é porque toda a gentequer comer carne e beber leite.Basta que chineses e indianos<strong>de</strong>cidam comer assim e não temoshipótese nenhuma. A quantida<strong>de</strong>necessária para alimentar umapessoa com carne dá para alimentar20 pessoas com produtos<strong>de</strong> origem vegetal. É uma diferençabrutal. A última capa daNational Geografic, que versavaa questão dos sete mil milhões <strong>de</strong>habitantes, dizia isso. Isto é umproblema muito sério não tardanada, porque os recursos do planetavão ficar completamenteesgotados. E a maioria dos problemasambientais tem que vercom a forma como as pessoascomem. Leia-se carne.Como justifica que os médicosman<strong>de</strong>m beber leite paraevitar a osteoporose?Os povos do mundo que sofremmais <strong>de</strong> osteoporose são os queconsomem mais produtos lácteos.Uma parte da questão que não émencionada, mas que começa agoraa ser estudada, é que uma alimentaçãocom elevado teor proteicofaz com que <strong>de</strong>scalcifiquemos.Não há estudos nem nenhuma evidênciacientífica que digam quebeber leite evita a osteoporose. Osmédicos não percebem nada <strong>de</strong>alimentação. Em seis anos <strong>de</strong> escola<strong>de</strong> medicina têm para aí duashoras <strong>de</strong> alimentação e há cursosque não têm nada. A publicida<strong>de</strong>faz lavagens ao cérebro dos médicoscomo a qualquer pessoa. ■


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |ENTREVISTA17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 15Com saú<strong>de</strong> conseguimos semprecriar e inventarQuerer é po<strong>de</strong>r?Cada pessoa é responsável pelasua felicida<strong>de</strong>, pela sua saú<strong>de</strong>. Senão formos nós quem há-<strong>de</strong> ser?O querer po<strong>de</strong> não ser suficientemas temos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nós as ferramentaspara ser feliz, para teruma vida saudável. Não são as circunstânciasexternas que ditamisso. A educação familiar condicionamuito o que somos mas não<strong>de</strong>ve servir <strong>de</strong> <strong>de</strong>sculpa para nãocrescermos. Não po<strong>de</strong>mos ficarsempre agarrados ao que os nossospais fizeram. Somos adultos etemos obrigação <strong>de</strong> andar para afrente.Mesmo neste contexto <strong>de</strong> crisee <strong>de</strong> “gerações à rasca”?Claro que sim. Há pessoas quemesmo em condições adversas nãoparam. As crises também são boaspara consi<strong>de</strong>rarmos o que é maisimportante, mudar priorida<strong>de</strong>s edar mais valor às coisas. Esta criseestá a mostrar a verda<strong>de</strong>ira economiae não uma economia artificialon<strong>de</strong> vivemos até agora. Édura para toda a gente mas tambémmuito benéfica. Infelizmente,quase sempre só com as rupturasé que damos valor ao quetemos. Temos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nós osrecursos para sermos criativos eA ausência <strong>de</strong> prova nãoé prova <strong>de</strong> ausênciaO que pensa das medicinasenergéticas?A energia electromagnética é abase <strong>de</strong> tudo o que existe. Um conceito<strong>de</strong> energia subtil e invisível,que não po<strong>de</strong> ser provado, mas narealida<strong>de</strong> o mundo invisível é muitomaior que o visível. E a ciênciaconfirma isso, sobretudo na áreada mecânica quântica. A ciênciacomeçou a lidar com isso há poucasdécadas, mas os orientais falamnisso há imenso tempo. Há tempos,<strong>de</strong>i uma consulta a um físicorusso que faz investigação no CERN,em Genéve, que me disse assim:“essas coisas das energias invisíveis<strong>de</strong> que vocês falam existemmesmo. Aliás é isso que eu estudo”.É claro que esse mundo subtilexiste e é a base da construção<strong>de</strong> tudo a que chamamos matéria,apesar <strong>de</strong> não ser <strong>de</strong>tectado pelamaioria das pessoas. Decartes temuma frase muito boa que diz: “Aausência <strong>de</strong> prova não é prova <strong>de</strong>ausência”. O facto <strong>de</strong> não conseguirmosprovar algo não significaque tal não exista. E isso aplica-sea muitas áreas da vida.Como saber se um terapeuta<strong>de</strong> medicinas complementares écredível?O melhor é analisar a sua práticae on<strong>de</strong> estudou. Não há controloe, na realida<strong>de</strong>, qualquer pessoase po<strong>de</strong> apresentar como terapeuta<strong>de</strong> medicinas complementares.Mas neste meio, como em qualqueroutro, mesmo no médico, hápessoas honestas e <strong>de</strong>sonestas.Reconheço que terá <strong>de</strong> haver regulamentação,como já acontece naSuiça, Alemanha ou Inglaterra, emque se po<strong>de</strong> optar por terapias nãoconvencionais e ser comparticipadopela companhia <strong>de</strong> seguros. NosEstados Unidos, os vegetarianospagam menos 10 por cento <strong>de</strong> seguro<strong>de</strong> vida. E os seguros, normalmente,sabem o que estão a fazer.Estas áreas (ervas, homeopatia,acupunctura e outras) já movimentamcerca <strong>de</strong> 800 milhões <strong>de</strong>euros por ano. É muito dinheiro.E gran<strong>de</strong> parte da luta tem a vercom esta questão económica.Como vê a recente <strong>de</strong>scredibilizaçãoda homeopatia?Conheço um número aceitável<strong>de</strong> pessoas, crianças incluídas, quetiveram enormes benefícios com ahomeopatia. E nas crianças pequenas,não há o efeito plancebo. Etambém conheço um número consi<strong>de</strong>rável<strong>de</strong> médicos que praticahomeopatia e a recomenda aosdoentes. O paradigma utilizadopara avaliar a forma como funcionaa homeopatia não se aplica.São formas <strong>de</strong> pensar radicalmentediferentes. ■empreen<strong>de</strong>dores. Depen<strong>de</strong> da atitu<strong>de</strong>e aí a saú<strong>de</strong> é mesmo o bemmais importante. Po<strong>de</strong>mos não teremprego nem dinheiro mas comsaú<strong>de</strong> conseguimos sempre criare inventar.O que faria se tivesse a ida<strong>de</strong>da “geração à rasca”?Tentaria saber qual o meu papel,o quanto era também responsávelpela situação e o que fazia paraque fosse melhor. Qual a minharesponsabilida<strong>de</strong> neste processo eo que po<strong>de</strong>ria fazer para me mudare mudar os outros. Ver os doislados da balança e não o que osoutros andam a fazer contra mim.Há jovens que conseguem.Concorda com a substituiçãodo actual Governo?O estado actual do País é bastantegrave e não <strong>de</strong>ve tudo serimputado a este Governo. É umaforma fácil <strong>de</strong> resolver a questãomas não é honesta. Não tenhonenhum afecto particular por JoséSócrates mas acho que a culpa nãoé só <strong>de</strong>le mas <strong>de</strong> todos os governosao longo dos anos. Há umaconjuntura internacional que tambémnão ajuda. Acho que se esteGoverno não for até ao fim, haveráuma crise muito maior. ■Recebemos maisquando damos maisFrancisco Varatojo, 50 anos, é director do InstitutoMacrobiótico <strong>de</strong> Portugal e é, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há muitos anos,reconhecido como um dos consultores macrobióticosmais qualificados, sendo procurado regularmente pelosprincipais centros europeus para seminários e consultas.Foi o fundador do Instituto Kushi, após ter estudadono Instituto Kushi <strong>de</strong> Boston, on<strong>de</strong> foi assistentepessoal <strong>de</strong> Michio Kushi. Colabora com imensos órgãos<strong>de</strong> comunicação social e é autor <strong>de</strong> vários livros, omais recente intitulado Mente sã, corpo são. É professorconvidado na Escola Superior <strong>de</strong> EnfermagemCalouste Gulbenkian e foi presi<strong>de</strong>nte da InternationalMacrobiotic Assembly durante 6 anos. É um dos responsáveispor uma clínica internacional em Espanha.Francisco Varatojo resi<strong>de</strong> com a mulher e os filhos(todos macrobióticos) em Lisboa, on<strong>de</strong> se fixou quandoacabou os estudos nos Estados Unidos. “Os meus filhosnunca tomaram medicamentos e eu, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há 34 anos,que os únicos que tomei foram para os <strong>de</strong>ntes”, diz.Gosta <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, on<strong>de</strong> nasceu e resi<strong>de</strong>m os pais, irmão eoutros familiares. Diz que a cida<strong>de</strong> está hoje com locaismuito bonitos (beira rio, Praça Rodrigues Lobo). Ofilho quase todos os fins <strong>de</strong> semana se <strong>de</strong>sloca para<strong>Leiria</strong> e para a Praia da Vieira, on<strong>de</strong> a família passasempre férias e on<strong>de</strong> os seus pais também passavam.Como os filhos (um rapaz e três raparigas) começarama ir para esta praia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> bebés e é lá que também têmos amigos. Francisco Varatojo gosta <strong>de</strong> Nova Iorque,Tóquio, Londres, sobretudo pela vida cultural, emboraneste momento prefira os <strong>de</strong>stinos <strong>de</strong> natureza, <strong>de</strong> preferênciaon<strong>de</strong> possa fazer mergulho, a sua paixão maisrecente. Diz, no entanto, não ter muito tempo paraférias, já que viaja muito em trabalho. Com uma activida<strong>de</strong>social aceitável, dá palestras em escolas, hospitais,universida<strong>de</strong>s. “Faz parte da nossa missão, comoseres humanos, participar activamente na socieda<strong>de</strong>. Erecebemos sempre mais quando damos mais”, refere. ■Perguntas dos outrosJoana Louro, médicaComo é que a alimentaçãomacrobiótica po<strong>de</strong> alguma vezsubstituir o prazer <strong>de</strong> umarefeição tradicional? E não merefiro apenas ao prazer dossabores, mas também a todoo espectro social e simbólicoque implica o "sentar à mesa".A prática macrobiótica tem diversosníveis, que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> umaalimentação bastante simples emais "terapêutica" até a pratoscom requintes gastronómicosmuito refinados e <strong>de</strong>ve ser adaptadaàs diferentes circunstâncias.A prática <strong>de</strong>ve também terem consi<strong>de</strong>ração aspectos culturaise tradicionais, pelo queexistem muitas receitas tradicionaisportuguesas adaptadasa um regime mais "saudável".Como assim há mais <strong>de</strong> 30 anose não só aprecio gran<strong>de</strong>menteestar à mesa como confraternizocom amigos ou familiares quecomem <strong>de</strong> forma diferente. Emcircunstâncias especiais abro umpouco mais a alimentação,comendo mais produtos animaiscomo peixe (evito a carne e, <strong>de</strong>forma geral, os lacticínios) oubebendo um pouco <strong>de</strong> álcool,como cerveja ou vinho <strong>de</strong> boaqualida<strong>de</strong>. Na realida<strong>de</strong>, nos temposmo<strong>de</strong>rnos em que as famíliasjá não se sentam à mesapara comer ou que o fazemenquanto vêm futebol ou novelas,a prática macrobiótica vemrestabelecer o importante hábito<strong>de</strong> nos sentarmos à mesa paraapreciar a comida e confraternizar<strong>de</strong>vidamente com a famíliae amigos.Susana Nogueira,presi<strong>de</strong>nte da direcção daEscola Profissional <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Consi<strong>de</strong>ra que uma alimentaçãomacrobiótica, durante ainfância (6 aos 10 anos) é suficientepara fornecer ao organismotodos os nutrientesnecessários a um crescimentoequilibrado e saudável?Não só uma alimentação macrobióticaa<strong>de</strong>quada é suficiente <strong>de</strong>um ponto <strong>de</strong> vista nutricionalpara crianças em crescimentocomo é muito melhor do queaquela que as crianças mo<strong>de</strong>rnasingerem e que está a criarníveis <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> doenças<strong>de</strong>generativas assustadores.Tenho quatro filhos adultos queforam alimentados assim e quenunca tiveram qualquer tipo <strong>de</strong><strong>de</strong>ficiência nutricional. ■


16 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | SOCIEDADE | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA |Ao fim <strong>de</strong> 36 anos ininterruptos<strong>de</strong> docência,acabo <strong>de</strong> me aposentardo Instituto Superior<strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong>e Administração <strong>de</strong> Lisboa (ISCAL),escola enquadrada no Instituto Politécnico<strong>de</strong> Lisboa (IPL). Aí ensinei,quase sempre em acumulação como exercício privado da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>economista, teoria e prática económica,<strong>de</strong>signadamente microeconomia,macroeconomia, finançaspúblicas e contabilida<strong>de</strong> nacional,entre outras unida<strong>de</strong>s curriculares,como agora se diz. Fi-lo sempre coma preocupação <strong>de</strong> que estava a ensinarmatérias económicas a estudantesque não se <strong>de</strong>stinavam a sereconomistas, mas sim gestores <strong>de</strong>áreas muito específicas como contabilistas,fiscalistas, analistas financeirose auditores e certificadores <strong>de</strong>contas, cujo núcleo curricular e cujasnecessida<strong>de</strong>s formativas não erampropriamente as dos economistas eafins das clássicas escolas <strong>de</strong> economiae gestão.Her<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> todo o prestígio queo Instituto Comercial <strong>de</strong> Lisboa játinha, o ISCAL, que lhe suce<strong>de</strong>u em1975, afirmou-se logo como umaescola <strong>de</strong> referência <strong>de</strong> on<strong>de</strong> os alunossaíam também prestigiados ecom empregabilida<strong>de</strong> a 100%. Hojeestá longe disso. O grau obtido chamava-seentão bacharelato. Veio<strong>de</strong>pois todo um processo <strong>de</strong> transformaçãodo bacharelato em licenciatura,a integração no posteriormentecriado IPL, uma mescla <strong>de</strong>escolas sem qualquer conexão entreelas e, por fim, o atribulado processo<strong>de</strong> Bolonha que confundiu e fezregredir as coisas, passando a chamarlicenciatura àquilo que entãose chamava, na boa tradição portuguesa,bacharelato.O resto da história é conhecidaou, no mínimo, adivinhável: as lutasintestinas pela conquista do po<strong>de</strong>rdominante nos politécnicos, <strong>de</strong> queo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> também é um (mau)exemplo; a política a envolver asescolas, on<strong>de</strong> nunca <strong>de</strong>via ter entrado;a luta permanente mas, felizmente,sem sucesso pela transformaçãodos politécnicos em universida<strong>de</strong>s,subvertendo todos os objectivosque estiveram na base da suacriação. Fazendo o balanço final<strong>de</strong>stes mais <strong>de</strong> 35 anos da escolaque aju<strong>de</strong>i a criar, o ISCAL, chegoà conclusão <strong>de</strong> que o <strong>de</strong>ixo muitopior do que aquilo que ele era já nosfinais dos anos 70 do século passado.A situação actual, para não mealongar, po<strong>de</strong> resumir-se em doisaspectos fundamentais: o ISCAL,com a criação <strong>de</strong> novos cursos, fazo mesmo que <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> outrasescolas por esse país fora e o seu| T r i b u n a L i v r e |Politécnicos, universida<strong>de</strong>s e Geração à RascaHá sinais errados dosistema <strong>de</strong> ensino quetemos, que abriu,sabe-se lá à custa <strong>de</strong>que interesses,<strong>de</strong>masiados cursostotalmente <strong>de</strong>sligadosdas necessida<strong>de</strong>s domercado <strong>de</strong> trabalhoFRANCISCO J. MAFRAeconomistanível <strong>de</strong> empregabilida<strong>de</strong> tem-sereduzido cada vez mais. Em resultadoda crise, é certo, mas tambémpor causas intrínsecas à própria escola,ao seu corpo docente e á hierarquiaem que se insere.Estas consi<strong>de</strong>rações foram-me,<strong>de</strong> certo modo, <strong>de</strong>spoletadas pelaentrevista dada pelo Prof. AntónioBarreto, há algumas semanas, aoJL. Tal como ele e, aliás, muitasoutras pessoas, também eu entendoque tem sido um erro estratégicoos politécnicos teimarem emtransformar-se em universida<strong>de</strong>s. Arecíproca talvez fosse mais a<strong>de</strong>quadae o cientista Prof. M. Gago, que ascircunstâncias puseram em ministro,sabe bem que é assim. Mas coma maior parte das pessoas que temà frente dos dois sistemas <strong>de</strong> ensinosuperior, seguramente que nãovai lá!Da garantia <strong>de</strong> emprego (das nossasescolas) à falta <strong>de</strong>la, passámosà chamada “geração à rasca”, cujainquietação foi <strong>de</strong>spertada pelosDeolinda com a canção Parva quesou, em cujo refrão aflora uma fraselapidar que afirma que [até] “paraser escravo é preciso estudar”. Háum terrível equívoco em afirmações<strong>de</strong>ste estilo que confun<strong>de</strong>m e po<strong>de</strong>m<strong>de</strong>smotivar as gerações futuras incutindo-lhesa mensagem errada <strong>de</strong>que é inútil estudar. Creio que setorna urgente <strong>de</strong>smontar o equívocoe esclarecer esta gente da imprescindibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> estudar, explicando-lhes,em síntese, por que é precisoestudar (estudar porquê?), o queé preciso estudar (estudar o quê?) epara que é preciso estudar (estudarpara quê?). Há sinais errados do sistema<strong>de</strong> ensino que temos, que abriu,sabe-se lá à custa <strong>de</strong> que interesses,<strong>de</strong>masiados cursos totalmente <strong>de</strong>sligadosdas necessida<strong>de</strong>s do mercado<strong>de</strong> trabalho. Atinge-se aindao cúmulo da perversão quando sedisponibilizam mais vagas do quecandidatos. Per<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>finitivamentea cabeça quando se abandona a via<strong>de</strong> ensino que <strong>de</strong>via privilegiar oconhecimento do saber fazer e secontinua a embarcar na fabricação<strong>de</strong> “doutores” a qualquer preço esem qualquer utilida<strong>de</strong>. É uma gran<strong>de</strong>irresponsabilida<strong>de</strong> que continuea haver escolas e cursos repetidos,completamente <strong>de</strong>senraizados darealida<strong>de</strong> e que ignoram em absolutoquem po<strong>de</strong> criar emprego paraas catadupas <strong>de</strong> diplomados quetodos os anos <strong>de</strong>itam cá para fora.Como diz A. Barreto, “esta geraçãojovem vai amargar um bocadinho”.O pior, digo eu, é que as geraçõesmais velhas também vão amargarpor terem <strong>de</strong>ixado as coisas chegaraon<strong>de</strong> chegaram. E o que é maisgrave, sem soluções à vista. ■Querem o garrote do FMI, a bancarrota,ou aceitam que Sócrates po<strong>de</strong> salvar o País?Avida política tem <strong>de</strong>stes equívocos. Aqueles queacusavam o primeiro-ministro <strong>de</strong> estar a levar oPaís para o abismo, são exactamente os mesmosque o querem impedir <strong>de</strong> salvar as nossas contaspúblicas e a nossa economia. Nestas coisas, infelizmente,não há coincidências. Des<strong>de</strong> o <strong>de</strong>saforadodiscurso <strong>de</strong> posse do reeleito PR, até à tentativa <strong>de</strong> lock outdos patrões dos camionistas, passando pela moção <strong>de</strong> censurafrustrada do BE, sem esquecer a simultaneida<strong>de</strong> da pequena manifestaçãodos professores com a <strong>de</strong>smedida manifestação dos ditos“ à rasca”, tudo se conjugou para obnubilar o êxito que Sócrateslogrou na passada sexta-feira em Bruxelas.Melhor dito, tudo foi previsto e planeado para que o Eurogrupo,a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu fossemconfrontados com um primeiro-ministro, <strong>de</strong> corda ao pescoço,a mendigar a exigente ajuda externa, que muitos sempreansiaram, como forma <strong>de</strong> pretextar razões suficientes paraque Cavaco Silva se vergue aos interesses do seu partido e ousedissolver a Assembleia da República, invocando um hipotético“funcionamento irregular das instituições”.Verda<strong>de</strong> se diga que o plano, por muito congeminado, seapresentava cheio <strong>de</strong> buracos e que os spin doctors da direitanão contavam com o estilo coriáceo e voluntarista <strong>de</strong> Sócrates.Sem truncar ou violar qualquer das cláusulas do acordoorçamental para o corrente ano, o primeiro-ministro e o ministrodas Finanças clarificaram as medidas cujas linhas gerais jácabiam no acordo com o PSD. E inscreveram, também, as queobviamente se teriam <strong>de</strong> compaginar com a continuida<strong>de</strong> dorigor <strong>de</strong> execução orçamental e da contenção da <strong>de</strong>spesa pública,que se mostravam inevitáveis para 2012/13, na dinâmicae na leitura <strong>de</strong> qualquer meridiano economista ou especialista<strong>de</strong> finanças.E a clarificação <strong>de</strong>ssas propostas <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong>veio a merecer o claro aplauso do presi<strong>de</strong>nte da Comissão, doA persistir na rejeiçãodo acordo quePortugal teve <strong>de</strong>fazer em Bruxelas, oPSD está a pôr emcausa a ajuda europeia,precisamenteno momento em Sócratesa conseguiu,assim criando condiçõespara <strong>de</strong>safogaro PaísOSVALDO CASTRO,<strong>de</strong>putadoosvaldocastro@ps.parlamento.ptComissário Europeu das finanças, do presi<strong>de</strong>nte do Eurogrupo eaté do rigoroso e super exigente, Trichet, Governador do BancoCentral Europeu, para além dos <strong>de</strong>mais representantes do Conselho,capitaneados pela Chanceler Ângela Merkel.Foi, indiscutivelmente, a vitória da perseverança e o sucessoda persistência <strong>de</strong> Sócrates. Coisa que, aliás, a baixa <strong>de</strong> juros dadívida tem vindo a confirmar e as sucessivas <strong>de</strong>clarações dosprincipais responsáveis económicos europeus têm vindo a corroborar.Ou seja, na passada sexta-feira, Sócrates logrou ganhar aconfiança dos responsáveis europeus e <strong>de</strong>u passos <strong>de</strong>cisivospara recuperar a confiança dos mercados e das agências <strong>de</strong>rating. Claro, há quem diga que quebrou algumas regras <strong>de</strong>procedimento, admito-o, mas interrogo-me se o que, no caso,contava eram as questões procedimentais ou a substância dasmedidas propostas…Ao que acresce que o governo já reiterouestar disponível para discutir no Parlamento todas e cada umadas medidas. A ter em conta as preocupações saídas das reuniões<strong>de</strong> ontem e <strong>de</strong> hoje do Eurogrupo, é mais que evi<strong>de</strong>nteque o PSD e aqueles que se servem <strong>de</strong> questões procedimentaispara abrir uma profunda crise política em cima <strong>de</strong> umagrave crise económica, <strong>de</strong>vem pensar duas vezes antes <strong>de</strong> se<strong>de</strong>ixarem arrastar pelos cantos <strong>de</strong> sereia do interesse partidárioem <strong>de</strong>trimento dos interesses e do sentido <strong>de</strong> estado.A persistir na rejeição do acordo que Portugal teve <strong>de</strong> fazerem Bruxelas, o PSD está a pôr em causa a ajuda europeia, precisamenteno momento em Sócrates a conseguiu, assim criandocondições para <strong>de</strong>safogar o País. Se querem que o País nãorespire, se optam pelo <strong>de</strong>scalabro orçamental que conduz àbancarrota e ao cortejo <strong>de</strong> inevitável miséria, então que odigam já e tenham a coragem <strong>de</strong> apresentar uma moção <strong>de</strong>censura. Logo se verá quem opta pelos sacrifícios e pela ajudaeuropeia agora viabilizada, ou quem escolhe os caminhostortuosos do FMI. ■


| JORNAL DE LEIRIA | PUBLICIDADE |17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 17


18 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | SOCIEDADE | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA || D o s l e i t o r e s |DREstágios <strong>de</strong> vidaMuito se tem falado, nos últimosdias, dos estágios profissionaise do <strong>de</strong>semprego entre jovens,essencialmente na classe licenciada,mas pretendo dar outraabordagem a este pequeno texto.Não <strong>de</strong>veríamos proporcionarestágios <strong>de</strong> vida a estes mesmosjovens? Sim, eu sei que pareceuma questão idiota, mas existemuito por <strong>de</strong>trás <strong>de</strong>sta simplesinterrogação. Na realida<strong>de</strong>, parece-meque todas as dificulda<strong>de</strong>sem que a socieda<strong>de</strong> dos nossosdias vive estão a afectar, <strong>de</strong> formamais focalizada, os jovenslicenciados. E reforço a palavralicenciados pois é esta tambémque me parece fulcral para caracterizartoda uma geração semobjectivos reais e <strong>de</strong>finidos <strong>de</strong>vida. Ultimamente, chamam aesta geração <strong>de</strong> geração à rasca,mas eu ainda me lembro <strong>de</strong> ouvirfalar da geração rasca. Duas geraçõesseparadas entre si por poucosanos, mas completamente distintasem termos <strong>de</strong> objectivos,oportunida<strong>de</strong>s e vonta<strong>de</strong>. Quaseque me apetecia dizer que as geraçõesestão adjectivadas <strong>de</strong> formadiferente. Passo a explicar... Aoriginal geração rasca andava narealida<strong>de</strong> muito à rasca. Uma geraçãoem que era difícil estudar,bastante complicado ir trabalharpara fora <strong>de</strong> casa, <strong>de</strong>vido aosmeios <strong>de</strong> transporte disponíveisna altura, que obrigavam a ficarmuito tempo (meses) fora <strong>de</strong> casae que os paizinhos não tinhamcapacida<strong>de</strong> para suportar os meninosad eternun. Mas mesmo assim,e apesar <strong>de</strong> todas as dificulda<strong>de</strong>s,estes meninos lutaram sempre,nunca <strong>de</strong>sistiram e superaram asdificulda<strong>de</strong>s. Já a geração à rasca,parece-me cada vez mais umageração rasca. Aos meninos <strong>de</strong>hoje os paizinhos <strong>de</strong>ixam ficarem casa até à ida<strong>de</strong> que quereme que, apesar <strong>de</strong> tudo ser maisperto, ainda têm a internet (estãoem todo o lado ao mesmo tempo)e são uma geração on<strong>de</strong> todosou quase todos tiveram possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> tirar um curso superior.Ora aí está o problema <strong>de</strong>sta geração:porque quase todos tiverama possibilida<strong>de</strong>, porque quasetodos viram a sua vida facilitada,<strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a lutare sofrer. As possibilida<strong>de</strong>s estãoaí, mas têm <strong>de</strong> ser procuradas etem <strong>de</strong> se lutar por elas. Não étempo <strong>de</strong> ficar à espera sentadoque as coisas nos caiam no colo.É preciso ir à luta. Mas nem tudoé mau e por isso fica também aminha homenagem a todos osjovens que lutam realmente parater sucesso. É uma luta dura, masé possível. Temos é <strong>de</strong> querer lutar.Estágios <strong>de</strong> vida seriam importantespara os jovens apren<strong>de</strong>remo que custa a vida e o quecusta lutar por ela.Nuno Miguel Pedrosa,mestrando em Controlo <strong>de</strong>Gestão no IP <strong>Leiria</strong>Os Homens daLuta – política <strong>de</strong>circunstânciaSurpreen<strong>de</strong>-se Portugal com opeso <strong>de</strong> uma votação! As pessoasDRAlgures na Marinha Gran<strong>de</strong>Não entendo o que está este sinal <strong>de</strong> sentido proibido a fazer nestelocal, no lugar da Cumeira, Marinha Gran<strong>de</strong>. Bem, se calhar comoé um passeio e tem umas barreiras ao fundo <strong>de</strong>ste e os automóveis,<strong>de</strong> qualquer maneira, não passavam, então <strong>de</strong>ve ser para os peões eou ciclistas, às tantas...Dá vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> rir. Neste País, põem os sinaison<strong>de</strong> não são necessários e on<strong>de</strong> são não põem nada... É o quetemos.... ■Carlos Ferreira, <strong>Leiria</strong>votaram e elegeram os Homens daLuta. Curiosa a surpresa, não a davitória do grupo criado e li<strong>de</strong>radopelo humorista e músico Jel, masa do <strong>de</strong>spertar <strong>de</strong> algumas pessoaspara o po<strong>de</strong>r do voto. Será queserão precisos programas <strong>de</strong> televisãoe Festivais da Canção para<strong>de</strong>monstrar que votando, em massa,po<strong>de</strong>mos contribuir para o formar<strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado resultado?Mas será que se <strong>de</strong>vem tirar leituraspolíticas sobre o vencedor doFestival da Canção <strong>de</strong> 2011? Bem,penso que sim, até porque tudo épolítica e todos a analisamos, mesmoque inconscientemente, nemque seja apenas política <strong>de</strong> humor– seguramente uma das perspectivas<strong>de</strong> análise mais válidas paraeste caso.Os Homens da Luta que hojeconhecemos são apenas um produtoe resultado <strong>de</strong> mais uma dasmuitas criações e personagens dohumorista Jel. Do mesmo autor, háque relembrar a polémica banda<strong>de</strong> Metal intitulada Kalashnikovque <strong>de</strong>fendia e prestava culto àguerra – também essa manifestaçãomusical a usar <strong>de</strong> uma profundaironia e sarcasmo para fazerum humor mais negro do que éhabitual por cá. Para os telespectadoresda Sic Radical, ouvintes daAntena 3, e navegantes <strong>de</strong> umaInternet menos convencional, ouaté mesmo un<strong>de</strong>rground, “Neto eFalâncio” são conhecidos <strong>de</strong> hámuito tempo, tal como a sua capacida<strong>de</strong>para “gozar” com as “canções<strong>de</strong> intervenção”. Simplesmenteagora pu<strong>de</strong>ram sobressair e crescer,na forma <strong>de</strong> uma espécie <strong>de</strong>grupo musical <strong>de</strong> paródia, dada aconjuntura <strong>de</strong> crise que naturalmentefaz elevar o clima <strong>de</strong> insatisfaçãopopular, e com isso o ressurgimentoda música <strong>de</strong> intervenção(nem que seja em jeito gozo).O fenómeno Homens da Lutanasceu <strong>de</strong> personagens <strong>de</strong> rábulas<strong>de</strong> humor (conhecidas <strong>de</strong> um pequenopúblico) e cresceu <strong>de</strong>vido às circunstâncias.Se as circunstânciasfossem outras provavelmente qualqueroutra personagem <strong>de</strong> Jel po<strong>de</strong>riater atingido a fama. Por exemplo,se estivéssemos a viver umperíodo <strong>de</strong> insatisfação e agitaçãosocial em torno <strong>de</strong> mudanças e<strong>de</strong>bates sobre condutas e opçõessexuais, especialmente se se tratasse<strong>de</strong> homossexualida<strong>de</strong> ou questões<strong>de</strong> género, provavelmentepo<strong>de</strong>ria ter sido a personagem Carlitos– o Machista Gay e não osHomens da Luta a trazer Jel paraa ribalta. Quem sabe!?No fundo é como dizia o filosofoespanhol Ortega y Gasset:“o Homem é as suas circunstâncias”.Neste caso os Homens têmuma “luta” e uma oportunida<strong>de</strong><strong>de</strong> atingir a fama e fazer humor<strong>de</strong>vido às circunstâncias, po<strong>de</strong>ndoisso resultar <strong>de</strong> uma mera conjugaçãofortuita <strong>de</strong> acontecimentos,não havendo qualquermensagem política profunda. Ouseja, tudo se resumir a mera política<strong>de</strong> circunstância.Micael Sousa,<strong>Leiria</strong>Pren<strong>de</strong>r PortugalHá por aí quem venha a <strong>Leiria</strong>,terra <strong>de</strong> amigos, apresentar moçõespara, supostamente, Defen<strong>de</strong>r Portugal.E a verda<strong>de</strong> é que os indicadoresmais credíveis apontam parao facto do País estar a saque! Maisverda<strong>de</strong> ainda é que, a esta velocida<strong>de</strong>,já pouco terá <strong>de</strong> seu! São 50lojas a fechar por dia, cerca <strong>de</strong> meiomilhão sem qualquer subsidio, meta<strong>de</strong>do trânsito, dada a subida doscombustíveis e portagens, alunoscom fome nas escolas, idosos quemorrem aos poucos e muitas vezessós e populações na rua sem médicosnem dinheiro para as ambulâncias.Mas a verda<strong>de</strong> é que aindapo<strong>de</strong>rá piorar! Isto, se não seDefen<strong>de</strong>r Portugal … dos gastos loucosneste tipo <strong>de</strong> encenações, dafuga <strong>de</strong> impostos para off-shores,do <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> fundos em TGVse novos aeroportos, ou seja, da falta<strong>de</strong> estratégia global para o Paíssair da crise em que o colocaram.Porque a verda<strong>de</strong> é que a moção<strong>de</strong>veria ser Pren<strong>de</strong>r Portugal - aesta malha <strong>de</strong> interesses e ao medo<strong>de</strong> dizer que O Rei vai nu! Porque,para os arautos da verda<strong>de</strong>, ficou oaviso: Estão num plano inclinado!Maria Dinis Machado<strong>Leiria</strong>A Direcção do JORNAL DE LEIRIA recebe com agrado para publicação a correspondênciados leitores que tratem questões <strong>de</strong> interesse público (direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)O JORNAL DE LEIRIA reserva-se o direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos mais importantes das Cartas ao Director <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntificadas, publicadas nesta secção


■Economia■17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 19Acordo entre sector e Governo alcançado terça-feira à noitePUBCamionistas vão ter <strong>de</strong>sconto nasSCUT e majoração do combustívelRICARDO GRAÇANo Barracão, <strong>Leiria</strong>, houve momentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> tensão na segunda-feira, quando o IC2 foi invadidoAs três associações que representamos transportes rodoviários<strong>de</strong> mercadorias chegaram a acordocom o Governo quanto a um conjunto<strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> apoio ao sector,na terça-feira à noite, pondo fimà paralisação dos camionistas, quedurou apenas dois dias. Descontosnas SCUT e majoração dos custoscom combustíveis em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> IRCsão as principais medidas acordadas.O documento, assinado com oMinistério das Obras Públicas e Transportes,refere que “o Governo compromete-sea introduzir <strong>de</strong>scontosno pagamento <strong>de</strong> portagens no âmbitodas SCUT [autoestradas sem custospara o utilizador], <strong>de</strong>signadamenteatravés da modulação horária,admitindo-se <strong>de</strong>scontos até 10% noperíodo diurno e 25% no períodonocturno”, aponta a Agência Lusa.Além disso, foi acordada a majoraçãodos custos com combustíveispara efeitos <strong>de</strong> IRC, extensível a 2012,com um aumento <strong>de</strong> 120 para 140%.O Governo comprometeu-se aindaa aprovar hoje, em Conselho <strong>de</strong>Ministros, uma resolução com asmedidas a adoptar para apoiar o sectore respectiva calendarização e aapresentar, no prazo máximo <strong>de</strong> 15dias, uma proposta da legislaçãoreferente às coimas pagas pelasempresas, que terá em conta, “nomeadamente,o montante das coimasaplicáveis e a inexigibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pagamento antecipado <strong>de</strong> coimas ecauções na pendência do processo”.O presi<strong>de</strong>nte da ANTP, Artur Mota,<strong>de</strong>stacou o “total empenho” do Governoem resolver gran<strong>de</strong> parte” dosproblemas do sector do transporte<strong>de</strong> mercadorias e o ministro AntónioMendonça consi<strong>de</strong>rou que odocumento “traduz a responsabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> todos os intervenientes”.Mas o acordo não <strong>de</strong>ixou satisfeitosalguns empresários do sector.Na terça-feira à noite, no Barracão,<strong>Leiria</strong>, não se ouviram aplausos nemreacções <strong>de</strong> regozijo, mas antes manifestações<strong>de</strong> <strong>de</strong>cepção. “Desilusãocontinuada” foi uma das expressõesusadas por António Morais, citadopela Lusa. O empresário <strong>de</strong> Pombalconsi<strong>de</strong>rou que a paralisação “nãoadiantou nada”. Rui Lisboa, pelo contrário,disse que “vale sempre a pena”,quanto mais não seja porque “pelomenos, se ficou a saber do <strong>de</strong>scontentamentodas empresas”. Mesmoassim, o empresário reconheceu que“esperava mais das negociações aonível das portagens”.Um outro transportador ouvidopela Lusa <strong>de</strong>clarou-se também “muito<strong>de</strong>siludido”, explicando que o protocoloestabelecido “favorece e facilitaa vida às gran<strong>de</strong>s empresas queprecisam <strong>de</strong> andar todos os dias nasSCUT, <strong>de</strong> dia e <strong>de</strong> noite, e têm umamaior rentabilida<strong>de</strong>”. “O protesto nãovaleu a pena para as pequenas emédias empresas”.O custo do gasóleo é a principaldificulda<strong>de</strong> enfrentada pelos empresáriosdos transportes ouvidos peloJORNAL DE LEIRIA, mas o Governo<strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo disse que não iriaaprovar <strong>de</strong>scontos especiais para osector. Aníbal Venda, empresário <strong>de</strong>Porto <strong>de</strong> Mós, que esteve na segunda-feirana concentração da Batalha,revelou estar a gastar “mais30%” do que o ano passado.Também Guida Ascenso, daANTP, disse que “o principal problema”do sector é o custo do gasóleo,o que obriga muitos transportadoresa abastecer em Espanha,originando uma perda <strong>de</strong> receita<strong>de</strong> impostos em Portugal. “Queremosuma majoração que nos igualeaos espanhóis, que quando vêmcá não têm <strong>de</strong> pagar portagensnem multas”, explicava a responsável.No Barracão, on<strong>de</strong> na tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>segunda-feira os camionistas invadiramo IC2 e um camionista foi<strong>de</strong>tido, o discurso era muito semelhante.Jorge Manuel, empresário<strong>de</strong> Santiago <strong>de</strong> Litém, apontava umaumento dos gastos com gasóleo naor<strong>de</strong>m dos sete mil euros em relaçãoao ano passado. A isto juntavaos impostos e a “polícia a apertar”nas multas. “Como não há um documentoúnico para o relatório dasajudas <strong>de</strong> custo que é exigido, asautorida<strong>de</strong>s multam”, acrescentavaJorge Gomes, empresário <strong>de</strong> Pombal.Nos dois dias <strong>de</strong> paralisação, ealém dos momentos <strong>de</strong> tensão noBarracão, outros inci<strong>de</strong>ntes foramregistados na região, nomeadamenteo apedrejamento <strong>de</strong> umcamião em Turquel, Alcobaça, queprovocou o <strong>de</strong>spiste e ferimentosno condutor. ■Raquel <strong>de</strong> Sousa SilvaGasóleo faltou em alguns postos <strong>de</strong> abastecimentoPreocupados com uma eventual falta <strong>de</strong> segurança,nem todos os condutores <strong>de</strong> camiões cisternacircularam na segunda e na terça-feira.Este facto, aliado a um aumento da afluênciaaos postos <strong>de</strong> abastecimento, fez com que anteontemjá houvesse na região algumas bombas comruptura <strong>de</strong> stock <strong>de</strong> gasóleo. “Está toda a gentea precaver-se. Por isso, há maior afluência eabastecimentos maiores”, dizia ao JORNAL DELEIRIA fonte <strong>de</strong> um posto na Marinha Gran<strong>de</strong>,on<strong>de</strong> na terça-feira à noite acabou o gasóleo.Previa-se que durante o dia <strong>de</strong> ontem se esgotassea gasolina. Em todos os postos contactadosse registou nos dois primeiros dias da semanaum aumento da afluência <strong>de</strong> clientes e maioresabastecimentos. “Quase toda a gente enche o<strong>de</strong>pósito”, referia o dono <strong>de</strong> um posto nos Cardosos,<strong>Leiria</strong>, que previa que ontem se esgotasseo stock <strong>de</strong> gasóleo. Tomé Lopes, proprietáriodo Intermarché <strong>de</strong> Pombal, diz também ter tidoruptura <strong>de</strong> stock nos combustíveis. No supermercado,pelo contrário, não se registaram problemas,até porque tinha havido entregas <strong>de</strong>produto no sábado. No Continente <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> nãohavia anteontem ao final do dia falta <strong>de</strong> produtos,embora na segunda-feira algumas entregasnão tenham sido realizadas. ■


20 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011| ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |LEITURASRECOMENDADASMarketing 3.0Philip Kotler, HermawanKartajaya e Iwan SetiwanEditora: ActualIndo além das abordagens baseadasno produto (Marketing 1.0)e no consumidor (Marketing 2.0),esta obra adopta uma nova perspectiva,que encara os consumidorescomo pessoas multidimensionais,com valoresenraizados e, até, como potenciaiscolaboradores.Numa era <strong>de</strong>consumidores mais informados,mais activos e mais po<strong>de</strong>rososdo que nunca, Marketing 3.0mostra-nos como afirmar aimportância da sua empresa nestanova comunida<strong>de</strong> global, interrelacionada.Como se tornarindispensávelSeth GodinEditora: Lua <strong>de</strong> PapelO tempo dos gestores e dos quadrosacabou. Excepto os artistas,os que apren<strong>de</strong>ram a tornar-se apeça-chave. Os artistas amam oque fazem, têm melhores empregos,mais tempo disponível parafazer o que gostam. Mas não estamosa falar <strong>de</strong> artistas no sentidohabitual . Estamos a falar <strong>de</strong>si. Este livro é sobre vencer umaconspiração multigeracional <strong>de</strong>stinadaa minar a criativida<strong>de</strong> e oinconformismo. Há <strong>de</strong>z anos anossa economia queria que nosenquadrássemos, e pagava-nospara isso . Agora, gostemos ounão, o mundo quer uma coisa diferente.Livros à venda emAv. Comb. da Gran<strong>de</strong> Guerra,53,2400 -123 <strong>Leiria</strong>tel. 244 822 225agenda@arquivolivraria.ptwww.arquivolivraria.ptwww.facebook.com/arquivo.livrariaPAULA LAGOADRSoutienvelho vale3 eurosA ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> lojas <strong>de</strong> roupainterior Intimissimi está a oferecerum <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 3 euros porcada soutien velho entregue naslojas. A campanha <strong>de</strong>corre até30 <strong>de</strong> Junho e tem como objectivoreciclar soutiens velhos, que<strong>de</strong>pois serão transformados empainéis isoladores e <strong>de</strong> absorçãosonora, para utilizar na construçãocivil. ■Moviter tem nova imagemA Moviter entrou em 2011 com uma nova imagem, que reforça o caráctermo<strong>de</strong>rno e inovador, mas ao mesmo tempo a história, a qualida<strong>de</strong> e a confiançaassociadas à empresa. “O momento que se vive, com o processo <strong>de</strong> internacionalização,novas representações e novas instalações, levou os responsáveisda Moviter a sentir que esta era a altura i<strong>de</strong>al para fazer a renovação”,lê-se na newsletter da empresa. Com uma imagem que transmite confiança,credibilida<strong>de</strong> e sobrieda<strong>de</strong>, referências gráficas comuns a outras empresas associadasda Movicortes, o novo logótipo da Moviter reposiciona a empresa e é abase para a i<strong>de</strong>ntificação dos seus valores. ■Turismo Centro querconquistar alemãesO Turismo Centro <strong>de</strong> Portugal apresentou hoje na Bolsa <strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong>Berlim a campanha 4 Senses, para tentar conquistar o mercado alemão, atravésda natureza, do património e da gastronomia. Em <strong>de</strong>clarações à LusaPedro Machado, presi<strong>de</strong>nte do Turismo Centro <strong>de</strong> Portugal, diz trata-se <strong>de</strong>chamar a atenção quer dos mercados externos, quer do do mercado nacional,para dois produtos <strong>de</strong> excelência da região centro, o turismo activo e oturismo <strong>de</strong> natureza e também para a gastronomia da região. O 4 Senses éum projeto <strong>de</strong> 13 empresas do centro do país, em parceria com a agência <strong>de</strong>promoção turística Centro <strong>de</strong> Portugal. Um dos objectivos traçados é aumentaro número <strong>de</strong> turistas estrangeiros que visitam a região Centro. ■Roca lança torneiras Victória-TA Roca lançou uma nova linha <strong>de</strong> torneiras termostáticas. As Victoria-T, especialmente <strong>de</strong>senvolvidaspara banheiras ou espaços <strong>de</strong> duche, permitem <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> uma temperatura da água sempre constantemesmo que se utilize outra fonte <strong>de</strong> água em simultâneo. A Roca <strong>de</strong>senvolveu e equipou as torneiras Victoria-Tcom tecnologia <strong>de</strong> ponta. Além do conforto e segurança no espaço <strong>de</strong> banho, a inovação permitepoupar água e energia. A Roca assume que a poupança é já uma regra e não uma opção nas soluçõesda marca, pelo que as Victóri-T dispõem <strong>de</strong> um botão (ver<strong>de</strong>) que limita automaticamente em 50% o consumo<strong>de</strong> água. As torneiras estão também equipadas com um outro dispositivo <strong>de</strong> segurança, o botão(vermelho) que impe<strong>de</strong> que a temperatura da água ultrapasse os 38 graus.■Consumo<strong>de</strong> bacalhau a subirO consumo <strong>de</strong> bacalhau entre os portugueses subiu13% o ano passado, relativamente a 2009, totalizando62.110 toneladas, segundo dados da empresa Kantar citadospelo Expresso. Portugal continua a ser o maior importador<strong>de</strong> bacalhau da Noruega e ocupa a segunda posiçãonas importações <strong>de</strong> peixe salgado e seco (bacalhau,escamudo, ligue e arinca) daquele país. ■REN distinguidanos World FinanceAwardsA REN – Re<strong>de</strong>s Energéticas Nacionais recebeu a distinção<strong>de</strong> Empresa da Década Portugal (2001/2010) nosWorld Finance Awards. Investimentos como a comprados activos <strong>de</strong> gás natural, que tornou a REN uma daspoucas empresas do mundo a gerir as principais infraestruturas<strong>de</strong> energia do país (gás natural e electricida<strong>de</strong>),a primeira fase <strong>de</strong> privatização, que permitiu à RENentrar para o grupo das 20 maiores empresas da bolsa<strong>de</strong> valores e o início das operações no estrangeiro terãojustificadoi a atribuição do prémio. A distinção valeuainda à REN posicionar-se ao lado <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> renomeinternacional, como a Apple, a Nokia, a Toyota, aENI, a Sonangol e a Samsung. ■TMN coma melhorcoberturaO último estudo da Anacom<strong>de</strong> aferição da qualida<strong>de</strong> das re<strong>de</strong>smóveis evi<strong>de</strong>ncia a li<strong>de</strong>rança daTMN na cobertura nacional. Deacordo com o estudo, a TMN regista,no global, a melhor cobertura3G, apresentando o melhor <strong>de</strong>sempenhocom 95,2% das medições etambém no 2G com 99,7% <strong>de</strong>stacando-seassim com o melhor nível<strong>de</strong> cobertura, quer nos aglomeradosurbanos, quer nos eixos rodoviários.A TMN revela ainda omelhor <strong>de</strong>sempenho na vi<strong>de</strong>otelefonia,tendo registado, em relaçãoao estudo da Anacom em 2009,a evolução mais significativa, comuma melhoria <strong>de</strong> perto <strong>de</strong> 3% nataxa <strong>de</strong> terminação <strong>de</strong> chamadanos eixos rodoviários. ■DR


| JORNAL DE LEIRIA | PUBLICIDADE |17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 21


22 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA || Em Carteira |Por Márcio Lopes(marcio_lopes@netcabo.pt)Na passada terça-feira J.Sócrates terminou a entrevistaa SIC às 21h45. Às22h00, a Moody’s aumentouo moral hazard <strong>de</strong> Portugal<strong>de</strong> A1 para A3. Comoconsequência imediata, namanhã <strong>de</strong> quarta-feira osjuros da dívida subiram.Mas, em contrapartida, econtrariando a tendênciadas principais praças europeias,o PSI20 esteve a subir0,27%. O <strong>de</strong>staque estevepara a Jerónimo Martins(+1,34%), acompanhada pelaEDP (+1,62%). Os títulosbancários estiveram todosem queda, registando a maiorperda para o BES (-1,36%).No Japão, a Toyota e outrasempresas <strong>de</strong> veículos automóveisregressaram à produção<strong>de</strong>pois da catástrofe.Na manhã <strong>de</strong> quarta-feira,o principal índice nipónico,o Nikkei 225, fechou aganhar 5,68%. Em NovaIorque, o Dow Jones AsianTitans 50 (composto fundamentalmentepor acçõesjaponesas) esteve a capitalizar2,84%. A conjugaçãonefasta sismo, tsunami eaci<strong>de</strong>nte nuclear não temafastado os investidores daspraças asiáticas. Em largamedida, <strong>de</strong>ve-se à prontidãodo governo japonês (edo banco central) no combateà hecatombe. Mas asprevisões colocam o Japão(terceira economia mundial)em recessão daqui a 6 meses.O investidor <strong>de</strong>ve estar preparadopara fortes volatilida<strong>de</strong>sdos mercados. ■PSI20 - VARIAÇÕESEMPRESA PREÇO (€) VARIAÇÃO%Altri 1.644 -0,48BCP 0,641 -0,16BPI 1,37 -0,58BES 3,181 -1,33Brisa 4.907 +0,10Cimpor 5.063 +0,12EDP Energias 2.719 +0,30EDP Renováveis 4,956 -0,88Galp Energia 15,10 -0,26Jerónimo Martins 11,255 +0,81Mota Engil 1,965 -1,11Portucel 2.487 0,00PT Telecom 8.105 +0,52REN 2.469 +0,12Semapa 8.718 +0,44Sonae Indústria 1.671 -0,30Sonae 0,828 -0,84Sonaecom 1,408 -0,21Teixeira Duarte 0,00 0,00Zon Multimedia 3,599 +0,78Fonte: PSI20.net, em 16/03/2011Lista apresentada anteontem em <strong>Leiria</strong>Candidatos à li<strong>de</strong>rança da Acilisquerem teleférico na cida<strong>de</strong>A lista li<strong>de</strong>rada por DelfimFaustino, que concorre aos órgãossociais da Associação Comerciale Industrial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Batalha ePorto <strong>de</strong> Mós, ambiciona unir oscomerciantes, aumentar o número<strong>de</strong> sócios e recuperar a confiançados associados, mas também“assegurar a sustentabilida<strong>de</strong>financeira” da Acilis e “promover<strong>Leiria</strong> como centralida<strong>de</strong> <strong>de</strong>eventos”. Os elementos da lista eo programa <strong>de</strong> acção foram apresentadosanteontem em <strong>Leiria</strong>.Entre outros aspectos, este grupoconcorrente às eleições quese realizam no dia 31 <strong>de</strong>ste mêspropõe-se “afirmar a Acilis comouma marca forte” e combater a<strong>de</strong>sertificação do centro histórico<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. “Temos <strong>de</strong> atrairgente para o centro”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>Delfim Faustino. Por isso, a listaque li<strong>de</strong>ra tem como projectopropor um estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong>para a instalação <strong>de</strong> um teleféricoentre o estádio e o JardimLuís <strong>de</strong> Camões, com passagempela lateral do Castelo. Seria umaforma <strong>de</strong> minimizar os impactosdas “gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s nasacessibilida<strong>de</strong>s” ao centro da cida<strong>de</strong>e ao próprio monumento.Delfim Faustino explica quea i<strong>de</strong>ia é para um teleférico <strong>de</strong>duas vias, que tivesse como pontos<strong>de</strong> partida e <strong>de</strong> chegada oparque do estádio e o Jardim Luís<strong>de</strong> Camões, a ser construído eexplorado em regime <strong>de</strong> concessãoe, por isso, “sem investimentopúblico”.Uma nova se<strong>de</strong> para a associaçãoé outro dos projectos <strong>de</strong>stalista que permite “interligar aexperiência dos mais velhos comas i<strong>de</strong>ias dos mais jovens”. DelfimFaustino lembra que “é difícilchegar” às instalações da Acilis,até porque “não há estacionamento”.“Se houve financiamento”para outras entida<strong>de</strong>sconstruírem as suas se<strong>de</strong>s, “porquenão po<strong>de</strong>mos lutar para quetenhamos outras condições?”. ■RSSTrês pedidos entraram no Tribunal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> este mêsCredores pe<strong>de</strong>m insolvência da PasolisRAQUEL SOUSA SILVALista li<strong>de</strong>rada por Delfim FaustinoDepois <strong>de</strong>, em finais <strong>de</strong> Fevereiro,a administração da Pasolister mudado <strong>de</strong> mãos, <strong>de</strong>ram entradaeste mês, no Tribunal Judicial<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, três pedidos <strong>de</strong> insolvênciada empresa <strong>de</strong> construçãocivil. Os requerentes são Cassape-Construções e Empreendimentos,Delfino Manuel Rodrigues Carreirae Pragosa Betão/Ambiente,aos quais se juntam vários processos<strong>de</strong> execução instauradospor outros credores.Há cerca <strong>de</strong> duas semana o JOR-NAL DE LEIRIA <strong>de</strong>u conta <strong>de</strong> umaconcentração <strong>de</strong> credores junto àPasolis, que procuravam conhecera nova administração da empresa.Nesse dia ninguém os recebeumas o encontro acabou por acontecerdias <strong>de</strong>pois, por convocatóriada própria gerência. No entanto,paira ainda <strong>de</strong>sconfiança sobreas intenções dos novos responsáveis,com os quais não foi possívelchegar à fala, apesar <strong>de</strong> diversastentativas.O JORNAL DE LEIRIA sabeque a empresa <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> cumpriro pagamento das facturasaos fornecedores há alguns mesese que também os or<strong>de</strong>nados dosfuncionários <strong>de</strong>ixaram, entretanto,<strong>de</strong> ser pagos.Se a generalida<strong>de</strong> dos credoresteme a dissolução da empresa econsequentemente a perda dosdinheiro investido, há tambémquem acredite na boa-vonta<strong>de</strong> dosnovos responsáveis, que terãomanifestado, na reunião, vonta<strong>de</strong><strong>de</strong> resolver os problemas e <strong>de</strong>reerguer a empresa. ■Paula LagoaMembro da DECO admite que “não é fácil ser consumidor”Municípios criam serviço <strong>de</strong> apoio ao consumidorPAULA LAGOACarolina Silva (à dir.) aconselhou a pouparLista candidataDIRECÇÃOPresi<strong>de</strong>nte: Delfim Faustino(Preservar e Encantar)Vice-Presi<strong>de</strong>nte Área Administrativa/Financeira:Ana PatríciaVice-Presi<strong>de</strong>nte Serviços: Joaquimda Cruz (Geração Segura)Vice-Presi<strong>de</strong>nte Indústria: JorgeCarreira (Everbeauty)Vice-Presi<strong>de</strong>nte Comércio:António Luís Barrento (Balvera)ASSEMBLEIA GERALPresi<strong>de</strong>nte: Venâncio Ribeiro(Estilus)Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Rui Cor<strong>de</strong>iro(Casa dos Estores)Secretários: Jorge Lopes (Electrocortes),Diogo Ferreira (PrataLusa)CONSELHO FISCALPresi<strong>de</strong>nte: Luís Coelho (inCentea)Relator: Avelino <strong>de</strong> Jesus (MªJosé Almeida)Vogal: Guilherme Onofre(G.F.O.S.)Os municípios <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Batalha, MarinhaGran<strong>de</strong>, Ourém, Pombal e Porto <strong>de</strong> Mós vãopassar a ter um serviço <strong>de</strong> apoio ao consumidor.A notícia foi dada na primeira <strong>de</strong> seis conferênciasque passarão pelos municípios a<strong>de</strong>rentese que assinalou o Dia Mundial dos Direitosdo Consumidor, na terça-feira, em <strong>Leiria</strong>.O serviço estará disponível a partir <strong>de</strong> Maio,uma vez por semana, com marcação prévia,e tem como principal objectivo a resoluçãodos problemas apresentados pelos consumidores,através <strong>de</strong> aconselhamento jurídico epersonalizado. A análise <strong>de</strong> queixas e resolução<strong>de</strong> conflitos estão também entre as priorida<strong>de</strong>sdo serviço, explicou Alcina Costa,secretária executiva da Comunida<strong>de</strong> Intermunicipaldo Pinhal Litoral, organizadora dociclo <strong>de</strong> conferências em conjunto com as respectivasautarquias, Associação <strong>de</strong> Desenvolvimentoda Alta Estremadura (ADAE) e EuropeDirect Alta Estremadura.Na conferência foi ainda possível ouviralguns conselhos básicos <strong>de</strong> poupança. CarolinaSilva, membro da ECO, explicou que“in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dos rendimentos auferidosa poupança <strong>de</strong>ve ser sempre um objectivo,por mínima que seja”. Falou tambémda importância que as pequenas parcelastêm no total das <strong>de</strong>spesas dos consumidores.Com exemplos práticos mostrou que asoma <strong>de</strong> todas elas constitui uma parteimportante daquilo que se gasta mensalmente,alertando para que haja uma maioratenção para as pequenas <strong>de</strong>spesas.Carolina Silva reconhece que “não é fácilser consumidor” <strong>de</strong>vido às muitas solicitaçõesao consumo, quer pelo facilitismo criadopelas instituições <strong>de</strong> crédito, pelo comércioelectrónico ou pela publicida<strong>de</strong>, masexplica que há três perguntas básicas a queo consumidor <strong>de</strong>ve respon<strong>de</strong>r para ser umbom gestor do seu orçamento: Quanto tenho?Quanto gasto? On<strong>de</strong> gasto? ■Paula Lagoa


| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA |17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 23Embaixador encontrou-se com presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Empresários espreitamoportunida<strong>de</strong> no JapãoA visita do embaixador doJapão em Portugal, NobutakaShinomiya, a <strong>Leiria</strong> permitiuao presi<strong>de</strong>nte da Câmara convidarempresários <strong>de</strong> diferentessectores <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> daregião para um eventual intercâmbiocomercial com Tokushima,cida<strong>de</strong> geminada com<strong>Leiria</strong>.Raul Castro, presi<strong>de</strong>nte dacâmara, revela que a autarquiajá “encetou diligências juntoda AICEP [Agência para o Investimentodo Comércio Externo<strong>de</strong> Portugal] e da Câmara <strong>de</strong>Comércio <strong>de</strong> Tokushima” para“proporcionar aos empresáriosse<strong>de</strong>ados na região a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> expandirem os seusnegócios até ao Japão”.A secretária-geral da AssociaçãoEmpresarial da Região<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (Nerlei) mostrou interesseem “receber uma comitivajaponesa” para que que sepossam “intensificar as trocascomerciais”. Neuza Magalhãesacrescenta que os empresáriosdos sectores que “entendamELISABETE CRUZCastro tenta garantir negócios entre Japão e <strong>Leiria</strong>serem importantes também sepo<strong>de</strong>rão <strong>de</strong>slocar ao Japão”.O diplomata aconselhou osempresários a contactarem aJapan External Tra<strong>de</strong> Organization(JETRO), que “po<strong>de</strong> informaros empresários quais osprodutos que po<strong>de</strong>m ser interessantesao Japão”. Para agilizaros contactos, o presi<strong>de</strong>nteda Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vai tentargarantir a presença <strong>de</strong> representantesda JETRO no encontro<strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s geminadas, que<strong>de</strong>correrá em Maio. ■Elisabete CruzEmbaixador agra<strong>de</strong>ce palavras <strong>de</strong> coragemO embaixador do Japão em Portugal agra<strong>de</strong>ceu a manifestação <strong>de</strong> palavras <strong>de</strong> “encorajamento”e as condolências enviadas pelo Presi<strong>de</strong>nte da República ao imperador doJapão, após o terramoto e tsunami que provocou o caos no Norte do país. NobutakaShinomiya consi<strong>de</strong>rou que “todo o apoio é bem-vindo”, mas salientou a importância do“encorajamento” e apelou à “ajuda espiritual”. O diplomata confessou que per<strong>de</strong>u“muitos amigos” e recordou que o “tsunami matou rapidamente as pessoas”, lamentandoas centenas <strong>de</strong> corpos que continuam <strong>de</strong>saparecidos. “Há filhos que per<strong>de</strong>ram amãe ou mães que sofrem pelos seus filhos <strong>de</strong>saparecidos. Não dá para imaginar o quantoestão a sofrer.” ■Supermercado alvo <strong>de</strong> acção <strong>de</strong> penhoraGerência do SPAR dizque “loja foi pilhada”A gerência do supermercado Spar, no bairro dosCapuchos, em <strong>Leiria</strong>, diz que a acção <strong>de</strong> penhora <strong>de</strong>que foi alvo na semana passada resultou numa remoção<strong>de</strong> bens “15 a 20 vezes superior ao valor da dívida”.De acordo com Jorge Fernan<strong>de</strong>s o valor total damesma está ainda por apurar, “uma vez que estão aser agora contabilizadas as facturas referentes aomês <strong>de</strong> Fevereiro”, mas avança que o principal credoré a empresa Oportunida<strong>de</strong>s Agradáveis, <strong>de</strong> comérciopor grosso <strong>de</strong> produtos alimentares. Contactadapelo JORNAL DE LEIRIA esta remeteu as explicaçõespara a empresa <strong>de</strong> cobranças que disponibilizou osmeios para a remoção dos bens penhorados e que,por não ter “nada a ver com a propositura do processoexecutivo”, pediu para não ser i<strong>de</strong>ntificada.Contudo, fonte da empresa explicou que a penhoralevada a cabo é referente a dois processos <strong>de</strong> dívidadiferentes e que terão sido efectuadas diversastentativas <strong>de</strong> acordo, “todas elas <strong>de</strong>sprezadas” pelogerente. A mesma fonte adianta, que o próprio, nodia da diligência, terá preferido “virar costas a fazero acordo proposto”, “levando consigo várias garrafas<strong>de</strong> bebidas, <strong>de</strong> valor elevado, que se encontravamno estabelecimento”.O encerramento do supermercado <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong>sempregadasoito funcionárias que terão sido apanhadas<strong>de</strong> surpresa no dia da penhora. Ao que o JOR-NAL DE LEIRIA conseguiu apurar, através da União<strong>de</strong> Sindicatos <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, estas oito colaboradoras passamtambém a pertencer ao rol <strong>de</strong> credores já quetêm em atraso dois meses <strong>de</strong> salários e as respectivasin<strong>de</strong>mnizações. ■Paula LagoaPUB


24 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | ECONOMIA | AUTOMÓVEL | JORNAL DE LEIRIA |PUB- 80%Gran<strong>de</strong> Campanha <strong>de</strong> Fatos <strong>de</strong> NoivoatéDescontoA 24 <strong>de</strong> MarçoSodicentro apresentatrês novida<strong>de</strong>s Merce<strong>de</strong>sJACINTO SILVA DURONa próxima quinta-feira,dia 24, a Sodicentro <strong>Leiria</strong> abreportas para a apresentação <strong>de</strong>três novida<strong>de</strong>s marcantes domundo automóvel em 2011.De uma assentada, a empresa<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> lança no mercadoo mais recente e profundofacelift do Classe C e introduzindoainda neste segmento anova caixa <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s7Gtronic – automática <strong>de</strong> seterelações -, capaz <strong>de</strong> diminuirconsi<strong>de</strong>ravelmente o consumoe emissões poluentes, aomesmo tempo que faz baixara carga fiscal ambiental. OClasse E da marca, recebe tambéma mesma caixa <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s,o que po<strong>de</strong> representarno preço final do veículouma redução <strong>de</strong>, até, quatromil euros.“Mais ecológicos, menorconsumo e menor preço, <strong>de</strong>vidoa uma menor penalizaçãofiscal, <strong>de</strong>corrente das taxasambientais. O preço <strong>de</strong>stesnovos mo<strong>de</strong>los [Classe E], ficamuito apetecível”, esclareceSérgio Gil, responsável <strong>de</strong> vendasda Sodicentro <strong>Leiria</strong>.O Classe C apresenta-se tambémcom novos interiores eum exterior renovado e mo<strong>de</strong>rno,nas versões Limousine eStation. Tanto o Classe C, comoo Classe E, vêm agora equipadoscom o sistemaStart’n’Stop, que ajudará aindamais na redução <strong>de</strong> consumose emissões.No mercado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996, aversão do SLK apresentada nodia 24 é um veículo totalmentenovo, <strong>de</strong>senhado a pensar nosdias quentes estivais. De <strong>de</strong>stacarneste roadster cabrio <strong>de</strong>dois lugares, o tecto panorâmicointroduzido na capotametálica, i<strong>de</strong>al para dias come sem sol.Uma nova grelha frontalatribui-lhe um carácter agressivoe dinâmico coadjuvadopelos propulsores disponíveis.O SLK 200 CGI apresenta-secom uma potência <strong>de</strong> 184 cv,enquanto o SLK 250 CGI, atingeos 204 cv, com um motorturbo-alimentado, <strong>de</strong> 1.8 litrosapenas.Para Sérgio Gil, o lançamento<strong>de</strong>stas três novida<strong>de</strong>s,é um sinal inquestionável dadinâmica da Sodicentro <strong>Leiria</strong>,“empresa que tem registadoum crescimento <strong>de</strong> vendas”e que <strong>de</strong>verá, com estestrês mo<strong>de</strong>los continuar no“bom caminho”, em termos <strong>de</strong>“performance comercial.”“Convido os amantes damarca, e não só, a visitar aSodicentro <strong>Leiria</strong>, na ZonaIndustrial <strong>de</strong> Casal do Cego, apartir <strong>de</strong> dia 24 e a experimentaros novos mo<strong>de</strong>los”,afirma o responsável. ■NOVOHORÁRIOLOJA 2 - OUTLET - EntroncamentoAv. Almirante Reis . EntroncamentoTel. 249 716 907LOJA 1 - UNIFATO - Conf. do Centro, LdaEstrada da Batalha, 21 . 2440-208 Reguengo do FétalTel. 244 709 0002.ª a 6.ª Feira: 10:00 às 13:00/14:30 às 19:00Sábado: 10:30 às 13:00 / 14:30 às 19:00 Domingo: 14:30 às 19:00LOJA 3 - OUTLET - SantarémRua Capelo e Ivens, n.º 2 . SantarémTel. 243 306 360Motor mais económicoMazda 5 mostra-se em <strong>Leiria</strong>A Auto Sueco (Coimbra) <strong>Leiria</strong> apresenta amanhã, sexta-feira, dia 18, pelas 20 horas, onovo Mazda 5, com um buffet no restaurante japonês Asuka, no Mercado Sant’Ana, em <strong>Leiria</strong>.No dia seguinte, sábado à noite a marca e o veículo voltam a ser as estrelas da noiteno bar Glam, também no centro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, na Glow Fashion Party. Durante o dia, nas instalaçõesda empresa, em Alto do Vieiro, o Mazda 5 estará disponível para ensaio dinâmico.Este novo SW é apresentado como uma fusão entre o <strong>de</strong>sign, <strong>de</strong>sempenho, qualida<strong>de</strong> erequinte com as características <strong>de</strong> espaço e versatilida<strong>de</strong><strong>de</strong> um automóvel <strong>de</strong> cinco portase sete verda<strong>de</strong>iros lugares. Segundo amarca, a estas características juntam-seainda a segurança, economia,fiabilida<strong>de</strong> e espírito<strong>de</strong>sportivo. Omo<strong>de</strong>lo chega aomercado nacionalequipado com omotor 1.6 MZR-CD, 115cv e caixa<strong>de</strong> seis velocida<strong>de</strong>s.■DR


CURTAS . A9)))) . ADVOGADO DO DIABO . ENTREVISTA . OBRIGATÓRIO . AGENDAJOAQUIM VIEIRA: GALERISTA E HOMEM DA CULTURAA Galeria <strong>de</strong> Arte Capitel, em <strong>Leiria</strong>, contajá com 37 anos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, sempreli<strong>de</strong>rada por Joaquim Vieira, um galeristafilho <strong>de</strong> pedreiro que começou a sua activida<strong>de</strong>profissional como servente. A sua origemhumil<strong>de</strong>, longe <strong>de</strong> ser um obstáculo,acabou por impeli-lo para o seu <strong>de</strong>stino.“Sempre tive uma gran<strong>de</strong> paixão pela arte.Sempre quis abrir uma galeria e <strong>de</strong>dicar-meàquele amor.”Mas na <strong>Leiria</strong> dos anos 70, do século XX,já havia uma galeria e era proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>um amigo da Marinha Gran<strong>de</strong>, Vieira: JoséHenriques Vareda, advogado e nome incontornávelna luta contra o regime <strong>de</strong> Salazar.“Na cida<strong>de</strong>, havia a Diedro, que era <strong>de</strong>um amigo. Fui falar com ele e expliquei quetambém adorava po<strong>de</strong>r ter uma galeria, masque, numa cida<strong>de</strong> pequena era complicadohaver duas.” Vareda sorriu e incentivou oamigo. “Já não tenho tempo para este negócio,disse ele.”Se os planos paternais para o jovem JoaquimVieira se tivessem concretizado, <strong>Leiria</strong>nunca teria conhecido a Galeria <strong>de</strong> ArteCapitel, nem Joaquim Vieira seria um dosprimeiros agentes privados da cultura nacida<strong>de</strong>.Findo o ensino primário com distinção,o pai imaginou para ele um futuro comomestre <strong>de</strong> obras. E foi assim que o pequenoJoaquim começou a dar serventia a pedreirodurante o dia e a frequentar a EscolaComercial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, à noite.“Mas eu não me via como mestre <strong>de</strong>obras... uma espécie <strong>de</strong> engenheiro civil. Preferiaser empregado do comércio e, um dia,quando estávamos a trabalhar numa loja docentro da cida<strong>de</strong>, disse-o ao meu pai. Elepercebeu a minha vonta<strong>de</strong> e tratou que eufosse trabalhar para essa loja, que era <strong>de</strong>electrodomésticos”, conta.Nos seis anos que lá trabalhou, recebeu,todos os meses, 60 escudos. Cursou electrotecniae, nos anos 40, já homem adulto, otio, José dos Santos, acolheu-o sob a suaasa, e no negócio <strong>de</strong> instalações eléctricase reparação <strong>de</strong> rádios. “Instaladora eléctrica.Era o nome da casa que ficava na PraçaRodrigues Lobo. Ainda lhe sugeri uma socieda<strong>de</strong>,já que fazia reparações e a escrita eratambém eu quem tratava.” O pedido não foiaceite e Joaquim Vieira encetou o passo lógico;abriu a sua própria empresa a que <strong>de</strong>uo nome <strong>de</strong> Novilux.Ali, durante décadas, reparou televisorese rádios. Trabalhava <strong>de</strong>soras para sustentara família. Chegava <strong>de</strong> madrugada àloja, arregaçava mangas e <strong>de</strong>dicava-se aRICARDO GRAÇAEsboçando memórias“Quando o meu filho foi <strong>de</strong>tido pela PIDE, eu também estava indigitado para serpreso.” Republicano convicto, Joaquim Vieira foi um dos apoiantes <strong>de</strong> Humberto Delgado,o “general sem medo”, que concorreu à Presidência da República, contra o candidatodo Estado Novo, Américo Tomás. Numa das pare<strong>de</strong>s do seu gabinete na Capitel,várias fotos emolduradas retratam a visita a <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong> Delgado enquadradas porlegendas escritas por Joaquim Vieira, com o nome da comitiva e curiosida<strong>de</strong>s daqueledia <strong>de</strong> 1958.A velocida<strong>de</strong> a que o Mundo hoje corre causa-lhe estranheza. Joaquim Vieira quenasceu em 1919 visitou as Torres Gémeas antes do 11 <strong>de</strong> Setembro. “As pessoas láem baixo pareciam formigas. E <strong>Leiria</strong> tem tantos carros e confusão. Quando era criança,havia apenas um Berliet na cida<strong>de</strong> e quando passavam três carros seguidos naCalçada do Bravo, achávamos que vinha lá um casamentos e íamos dizer a<strong>de</strong>us paraver se nos davam rebuçados.”Hoje, além <strong>de</strong> se ocupar da galeria, escreve sobre as personagens da <strong>Leiria</strong> dosanos 30 e 40. Um trabalho apoiado pela Junta <strong>de</strong> Freguesia e que resultará num livro.substituir válvulas electrónicas e a repararcircuitos. “Sempre gostei <strong>de</strong> ser comerciante”,diz com um encolher <strong>de</strong> ombros, explicandoum amor que não precisa <strong>de</strong> ser explicado.Sente-se.“Acabei por abrir outro estabelecimentojunto à antiga casa do bispo, perto doMarachão, e a Crislana, mais tar<strong>de</strong>. Comércio<strong>de</strong> cristais e porcelanas.” Joaquim Vieirarecorda com orgulho a confiança nele<strong>de</strong>positada por Albino Rebelo, um dos gestoresdo Banco Nacional Ultramarino.Naqueles tempos, um homem valia tantocomo a sua palavra e Rebelo tinha faropara distinguir à distância uma pessoa comcarácter. “O meu sócio inicial, José Gonçalves,acabou por não assumir o cargo e euprecisava <strong>de</strong> dinheiro para terminar a loja.”O bancário visitou a inacabada Crislanae gostou do que viu: uma loja mo<strong>de</strong>rna ecom produtos que não existiam em maislado algum na região. “Veio falar comigo,junto do caixote que me servia <strong>de</strong> secretáriae emprestou-me 50 contos [250 euros].Ele sabia que eu era uma pessoa séria. Eassim acabei as obras.” E foi através <strong>de</strong> umhomem que, tal como o milionário norte--americano Rockerfeller, acredita no caráctersagrado da palavra dada que a cida<strong>de</strong>ganhou acesso directo aos cristais fabricadosna Itália e Áustria. Foi a noção <strong>de</strong> Vieirapara a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bens artísticos que,há 37 anos, acabaria por ditar a abertura,dois andares acima da loja <strong>de</strong> cristais, dagaleria Capitel.O nome haveria <strong>de</strong> ser escolhido pelofilho, o agora conhecido jornalista JoaquimVieira, que, meses antes do 25 <strong>de</strong> Abril,engrossara a população prisional <strong>de</strong> jovenspresos políticos. “A PIDE levara-o para a prisão<strong>de</strong> Peniche e eu fui lá perguntar-lhe quenome preferia. Escolheu Galeria <strong>de</strong> Arte Capitele ficou.” O símbolo do espaço, um capitel,acabaria por ser <strong>de</strong>senhado por ErnestoLuís Lopes, o segundo artista a expor na galeria.Centenas <strong>de</strong> artistas expuseram no espaço.Nomes como Henrique Medina, MárioSalvador, Joaquim Durão ou Camilo Korrodimostraram a sua arte à pequena <strong>Leiria</strong>.“A galeria estava sempre cheia e nunca pedia nenhum pintor para expor. Eles auto-propunham-se.Mas hoje as pessoas não ligammuito à arte. A bola é quem ‘induca’.”Jacinto Silva Durov i v e r . 2 5<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011


curtasTropas francesas reduziram <strong>Leiria</strong> a cinzasDRPercussãoe MetaisA Associação Filarmónica ArtísticaPombalense (AFAP) vai organizarum Estágio <strong>de</strong> Percussão e Metais, coma participação especial do Quinteto <strong>de</strong>Metais Fantasy Brass Quintet, que integraelementos <strong>de</strong> várias orquestras <strong>de</strong>Paris. Segundo a AFAP, esta formaçãotem o objectivo <strong>de</strong> aprofundar conhecimentosmusicais dos participantes,além <strong>de</strong> “fomentar o contacto e a partilha<strong>de</strong> experiências entre alunos <strong>de</strong>diversas origens”. O estágio terá inícioa 17 <strong>de</strong> Abril e encerramento a 22 <strong>de</strong>Abril. O Curso <strong>de</strong> Percussão é da responsabilida<strong>de</strong>dos professores CedricAntónio e Rudolfo Freitas.António Motafoi à ArquivoRICARDO GRAÇADe um lado, um grupo reduzido <strong>de</strong> tropas <strong>de</strong> caçadores empunhando mosquetes e populares armados com varapaus e alfaias agrícolas, dooutro, os regimentos napoleónico esfomeados e enraivecidos pela “política <strong>de</strong> terra queimada”encontraram-se na modorenta vila que era <strong>Leiria</strong>do início do século XIX. Os confrontos foram inevitáveis, e no fim daquele dia 5 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1811, a povoação estava reduzida a cinzas.No sábado, por ocasião do aniversário do incêndio <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a Praça Rodrigues Lobo, na cida<strong>de</strong>, viveu uma recriação histórica criada por Márioda Costa, historiador e director da Companhia <strong>de</strong> Teatro Vivarte. Os “franceses” voltaram a <strong>de</strong>frontar os leirienses – <strong>de</strong>sta vez interpretadospor grupos etnográficos e folclóricos locais -, atearam fogo ao casario, antes <strong>de</strong> retirarem em direcção a norte. As celebração dos 200 anos<strong>de</strong> aniversário do evento foi promovida pela Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, que tem ainda patente uma exposição com o título <strong>Leiria</strong> no tempodas Invasões Francesas, nos Paços do Concelho.Batalha é o terceiromais visitadoO Mosteiro <strong>de</strong> Santa Maria da Vitória, na Batalha, foio terceiro monumento nacional mais visitado em 2010(285.579 visitantes), segue-se o Mosteiro <strong>de</strong> Alcobaça,com 183 mil visitantes e o <strong>de</strong> Cristo, em Tomar, com 154mil. O primeiro lugar da lista divulgada pelo Instituto <strong>de</strong>Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar)é ocupado pelo Mosteiro do Jerónimos, com 644.729entradas. O segundo é a Torre <strong>de</strong> Belém, com 461.977 visitantes.DRv i v e r . 2 6O escritor infanto-juvenil AntónioMota passou por <strong>Leiria</strong>, na semana passadapara estar com alguns dos seusleitores no Colégio Conciliar Maria Imaculada,em <strong>Leiria</strong>, na escola Pátio daInês, na Marinha Gran<strong>de</strong>, e para umasessão <strong>de</strong> autógrafos na Livraria Arquivo,em <strong>Leiria</strong>, mais uma vez. A Al<strong>de</strong>iadas Flores, <strong>de</strong> 1979, foi o seu primeirolivro, quatro anos mais tar<strong>de</strong>, com ORapaz <strong>de</strong> Louredo alcançou um prémioda Associação Portuguesa <strong>de</strong> Escritores.Em 1990, recebeu o Prémio Gulbenkian<strong>de</strong> Literatura para Crianças eJovens pelo seu romance Pedro Alecrim.O Prémio António Botto haveria <strong>de</strong> chegarem 1996, com A Casa das Bengalae, em 2003, o livro O Sonho <strong>de</strong> Mariana,ganhou o Prémio Nacional <strong>de</strong>Ilustração, com ilustrações <strong>de</strong> DanutaWojciechowska.DRConhecidoo cartaz do FestivalOverlive 2011Peixe:Avião, A Caruma, Guta Naki, Linda Martini, BornA Lion e Monomonkey são as bandas cabeça <strong>de</strong> cartazque se vão apresentar no Festival Overlive, entre 15 e 16Abril, na Marinha Gran<strong>de</strong>. O preço dos bilhetes já foidivulgado. O ingresso para dois dias custa 12 euros e obilhete diário custa 8 euros. Os interessados po<strong>de</strong>m fazera reserva para o e-mail festival.overlive@ciscoassociacao.org.Os concertos <strong>de</strong>correm em pleno centro tradicional daMarinha Gran<strong>de</strong>, na Sala do Forno, na Escola Profissionale Artística da Marinha Gran<strong>de</strong>, junto ao Museu doVidro e Biblioteca Municipal. Infoline: 969342770.DR<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011v i v e r . 2 7


DRDRDRSuzana Arnaut PombeiroadvogadaA Cultura no cenário pós-PECNum cenário pós-PEC, em que o emagrecimento dosapoios à Cultura por parte do Estado se tornou uma realida<strong>de</strong>incontornável, resta às estruturas e <strong>de</strong>mais agentesculturais encontrarem mecanismos alternativos ao seufinanciamento <strong>de</strong> forma a sobreviverem neste panoramaadverso.O apoio do Estado à Cultura é, e será sempre, um factorestruturante imprescindível, não po<strong>de</strong>ndo o Estado <strong>de</strong>mitir-se<strong>de</strong>ste seu papel. Se o não souber <strong>de</strong>sempenhar convenientementee <strong>de</strong> forma directa, alegando uma estruturapesada e incapaz <strong>de</strong> executar a totalida<strong>de</strong> do que está aoseu alcance, terá pelo menos a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvere fornecer aos agentes culturais os meios e os instrumentospara o fazerem <strong>de</strong> forma paralela ou complementar.Sem isto as estruturas existentes ou mesmo os gruposinformais não <strong>de</strong>ixarão <strong>de</strong> navegar à vista e à bolina, aosabor do vento e das suas variações, sem tempo para anteveremcenários ou para prepararem um plano B.É certo que a instabilida<strong>de</strong> na área da Cultura não émomentânea, nem é <strong>de</strong> agora. Vem <strong>de</strong> trás e é o resultado<strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> apoios avulsos, dispersos e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nados,que nos tem vindo a colocar, ciclicamente, sempre nomesmo ponto <strong>de</strong> partida.Porém, o Estado não po<strong>de</strong> “sair <strong>de</strong> fininho” e reduzir oseu apoio sem intervir positivamente na criação ou viabilização<strong>de</strong> alternativas <strong>de</strong> financiamento que permitam aosagentes culturais sobreviver num <strong>de</strong>serto em que as vicissitu<strong>de</strong>seconómicas tudo justificam.É neste âmbito que a revisão e alteração da Lei do Mecenatose impõe com carácter <strong>de</strong> urgência.E não se diga que a lei é boa e que não precisa <strong>de</strong> sermelhorada. Se assim fosse conseguiria atrair o interessedas entida<strong>de</strong>s privadas que, actualmente, não reconhecemquaisquer vantagens na utilização <strong>de</strong>ste mecanismo paralelo<strong>de</strong> apoio à Cultura. As leis são boas quando a sua aplicaçãoé eficaz e atingem os fins a que se propuseram, oque manifestamente não parece suce<strong>de</strong>r com a actual Leido Mecenato.Também não se diga que a alteração da Lei é inviávelnum cenário pós-PEC. Pela via do mecenato, os benefícioseconómicos que a dinamização da área da Cultura trariaseriam inegáveis. Com efeito e apesar <strong>de</strong>, numa primeiralinha, correspon<strong>de</strong>r a uma redução da receita fiscal, numsegundo momento, traduzir-se-ia num acréscimo daquelareceita resultante nomeadamente das aquisições e das contrataçõesgeradas pela activida<strong>de</strong> cultural, retornando <strong>de</strong>poisatravés da cobrança <strong>de</strong> diversos outros impostos como oIVA, o IRS e até do IRC.O discurso do Ministério da Cultura <strong>de</strong>ixa transparecera necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> provi<strong>de</strong>nciar novas formas <strong>de</strong> financiamentona área da Cultura, com recurso a mo<strong>de</strong>los diferentesdos existentes. Sendo claro que, na sua intervenção, oEstado po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve transformar os programas <strong>de</strong> acordocom as estratégias e as orientações resultantes das suasopções e <strong>de</strong>sígnios políticos, esperamos que a prática acompanhea teoria.Há que começar por algum lado e <strong>de</strong>sfazer este Nó Górdio.Comecemos pelo mecenato.no pontoO <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> partidário da verda<strong>de</strong> que, semsaber para on<strong>de</strong> nos leva, nos mostra por on<strong>de</strong> não queremosir.Será este o momento em que às mulheres do mundoárabe será permitido, sem medos, <strong>de</strong>sempenhar um papelactivo no seio da socieda<strong>de</strong>?embanho mariaA falta <strong>de</strong> iluminação no skate park e no percurso pedonaldas margens do Rio Lis, entre São Romão e a Rua RobertoIvens, lembra-nos que manter as boas i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong>ve ser tãoimportante como concretizá-las.requentadoA falta <strong>de</strong> uma cultura <strong>de</strong> mérito que teme a avaliaçãocomo um dos processos <strong>de</strong> validação das competências eimpe<strong>de</strong> uma diferenciação positiva assente em critérios evalores reais.Para quando a avaliação e o acompanhamento efectivosdos projectos apoiados pela DGARTES?v i v e r . 2 8DR<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011


David Santos, mentor do projecto Noiserv“Em Portugal, consegue-se mais facilmentechegar às pessoas e conquistá-las”entrevistaMr. Noiserv anddoctor DavidDavid Santos, jovem músico nascido em Lisboaque dá a cara pelo projecto a solo Noiserv,não escon<strong>de</strong> que sempre sofreu <strong>de</strong> amor pelamúsica, praticamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que nasceu e commaior intensida<strong>de</strong> a partir dos 12 anos, quandoos pais lhe ofereceram uma guitarra. Tal como orei do rock, Elvis, David seguiu a senda do autodidatismoe apren<strong>de</strong>u sozinho a roubar sons eacor<strong>de</strong>s do instrumento. Actualmente, aos 27anos, frequenta uma escola <strong>de</strong> formação maisclássica apren<strong>de</strong> piano e “mais umas coisas”. Oprojecto Noiserv foi criado em meados <strong>de</strong> 2005,como entida<strong>de</strong> musical criadora <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>mocom que David participou no Festival TermómetroUnplugged <strong>de</strong>sse ano. Foi seleccionado e emboranão tenha passado à final a <strong>de</strong>mo foi editadana netlabel Merzbau. David e Noiserv têm actuadofrequentemente na rádio e em espaços comoO Meu Merce<strong>de</strong>s, Santiago Alquimista, Music Box,ZDB ou Guilherme Cossoul.A sua maneira <strong>de</strong> estar em palco temmais a ver com uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> one manband ou <strong>de</strong> performer?Há um pouco <strong>de</strong> tudo, mas acima <strong>de</strong> tudosou um músico. Ao não querer tocar apenasum instrumento e preferindo fazer samples eloops, on<strong>de</strong> vou gravando um instrumento <strong>de</strong>cada vez, acabei por juntar uma série sons epartes instrumentais, em número suficientepara fazer um “concerto”. Não o fiz com ointuito <strong>de</strong> ser esta ou aquela coisa. Foi a formaque tive <strong>de</strong> conseguir o meu objectivo <strong>de</strong>transpor para a actuação ao vivo as músicasque tenho no meu disco.É o autor da banda sonora do documentárioJosé e Pilar, que conta com obelíssimo tema Palco do Tempo. Escreveraqueles temas foi um trabalho <strong>de</strong> coração?O meu trabalho foi escrever todos ostemas instrumentais e ainda Palco do Tempo,usada no trailer. Aquele, em especial,confesso, foi um tema intimista. Tinha umpeso muito gran<strong>de</strong> pois tinha como objectivorepresentar um filme inteiro sobre JoséSaramago... Eu tinha <strong>de</strong> conseguir motivaras pessoas a ir ver o filme. Tentei que a letratranscrevesse da melhor forma o que o documentáriotinha significado para mim... admitoque me senti bastante próximo e muito“pegado” emocionalmente. Foi uma tarefaque me tocou bastante fundo.Tem feito uma carreira interessantefora <strong>de</strong> Portugal, em especial na Alemanhae Áustria. Sente-se mais reconhecidono estrangeiro?Não... Estive no estrangeiro para umascinco ou seis tournées e quando vou lá fora,sinto que são os primeiros passos. Tenho umsentimento semelhante ao que passei noinício <strong>de</strong> 2008, quando apareci como Noiserv.Neste momento, em Portugal, o meunome e projecto já são muito conhecidos.Embora não vivamos num país muito gran<strong>de</strong>,ou talvez por isso, consegue-se maisfacilmente chegar às pessoas e conquistálas.Gosto muito <strong>de</strong> Portugal e nunca mepassou pela cabeça ter <strong>de</strong> ir para fora <strong>de</strong>fronteiras só para ter um maior reconhecimento.Por estes dias, por que projectos passaa sua carreira?Tenho estado bastante envolvido na criação<strong>de</strong> bandas sonoras <strong>de</strong> curtas metragense tenho também dado vários concertos peloPaís. Além disso, estou a preparar o meu próximodisco que pretendo editar até ao finaldo ano, com o intuito <strong>de</strong> dar seguimento aoprimeiro e segundo EP.Será um novo LP <strong>de</strong>ntro do mesmoregisto e estética?Sim. O meu trabalho po<strong>de</strong> ser equiparadoao crescimento <strong>de</strong> uma pessoa. Fui pensandoe ultrapassando cada etapa e fui crescendo aospoucos. Por isso, e como não sinto que o projectoNoiserv se tenha esgotado, vou continuarcom esta fórmula. Se calhar, quando há umabanda associada a um projecto, faz sentidomudar muito os arranjos e a estética <strong>de</strong> umdisco para o outro, porque há um grupo <strong>de</strong> pessoasque têm i<strong>de</strong>ias e uma visão que <strong>de</strong>vemser conciliadas. Como eu sou só um, a minhamúsica vai funcionando quase como se fosseuma autobiografia. Como pessoa, não mu<strong>de</strong>iassim tanto.Jacinto Silva DuroPUBv i v e r . 2 9<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011


obrigatórioBESphoto mostra fotógrafos<strong>de</strong> Língua PortuguesaLEITURASDA SEMANASugestões para o PaiO Museu Berardo acolhe <strong>de</strong>s<strong>de</strong> asemana passada a 7.º BESphoto, quenesta edição abre-se ao mundo lusófono.A organização <strong>de</strong>sta exposiçãoque, anualmente, mostra o trabalhodos mais influentes fotógrafos lusófonosvai contar, entre os finalistas, comdois fotógrafos portugueses, um brasileiro,um moçambicano e um angolano:Carlos Lobo, Kiluanji Kia Henda,Manuela Marques, Mário Macilau eMauro Restiffe A mostra está patenteno Centro Cultural <strong>de</strong> Belém/MuseuBerardo on<strong>de</strong>, a 12 <strong>de</strong> Abril, será anunciadoo vencedor da edição <strong>de</strong>ste ano.Em Agosto, a exposição viaja até àPinacoteca <strong>de</strong> São Paulo, no Brasil.DRMan<strong>de</strong>la, meu prisioneiro,meu amigoJAMES GREGORYEDITORA: CASA DAS LETRASÁfrica do Sul, 1968. Vinte e cincomilhões <strong>de</strong> negros vivem sob a dominação<strong>de</strong> uma minoria branca. JamesGregory, um africân<strong>de</strong>r típico, racistae crente nas virtu<strong>de</strong>s do apartheid passoua infância numa quinta em Transkeion<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>u a falar as línguasxhosa e zulu. Essa característica fez<strong>de</strong>le o homem i<strong>de</strong>al para o cargo <strong>de</strong>guarda prisional em Robben Island,tendo sido encarregado <strong>de</strong> vigiar opreso Nelson Man<strong>de</strong>la. Mas ao conhecermelhor Nelson Man<strong>de</strong>la, Gregorycomeça a questionar o sistema <strong>de</strong>apartheid e torna-se progressivamenteo <strong>de</strong>fensor <strong>de</strong> uma África do Sullivre e <strong>de</strong>mocrática.DRRoque Beatno palco do TJLSFactos e Personalida<strong>de</strong>s do Pinhal do ReiPessoas, processos <strong>de</strong> gestão, objectos e documentos utilizados na exploração Pinhal doRei são apenas alguns dos motivos <strong>de</strong> interesse da exposição Factos e Personalida<strong>de</strong>s do Pinhaldo Rei, patente na Galeria Municipal da Marinha Gran<strong>de</strong>, até 27 <strong>de</strong> Março. A “catedral ver<strong>de</strong>e sussurrante” <strong>de</strong> Afonso Lopes Vieira, património vivo e <strong>de</strong> valor incalculável <strong>de</strong> toda a regiãofortemente ligada à acção administrativa <strong>de</strong> D. Dinis, foi uma das razões do <strong>de</strong>senvolvimentoindustrial da Marinha Gran<strong>de</strong> e esteve inclusivamente na base da construção naval que haveria<strong>de</strong> impelir a epopeia dos Descobrimentos. Ao todo, são mais <strong>de</strong> sete séculos <strong>de</strong> história quea mostra Factos e Personalida<strong>de</strong>s do Pinhal do Rei dá a conhecer. Para conhecer <strong>de</strong> <strong>de</strong> quarta-feiraa domingo, das 10 às 13 e das 14 às 18 horas. A entrada é livre.v i v e r . 3 0Noite sobre as ÁguasKEN FOLLETEDITORA: BERTRANDEm 1939, com a guerra a acabar <strong>de</strong>ser <strong>de</strong>clarada, um grupo <strong>de</strong> pessoasprivilegiadas embarca no mais luxuosoavião <strong>de</strong> sempre, o Pan AmericanClipper, com <strong>de</strong>stino a Nova Iorque:um aristocrata britânico, um cientistaalemão, um assassino e a sua escolta,uma jovem em fuga do marido eum ladrão encantador, mas sem escrúpulos.Durante trinta horas, não háescapatória possível <strong>de</strong>sse palácio voador.Sobre o Atlântico, a tensão vaicrescendo até finalmente explodir numclímax dramático e perigoso.Os Golpes e Samuel Úria vão estar hoje,no Teatro José Lúcio da Silva (TJLS), em <strong>Leiria</strong>,às 21:30 horas, para apresentar o CicloRoque Beat – Nova Música Portuguesa. Osgolpes apresentam-se como uma banda her<strong>de</strong>iradas sonorida<strong>de</strong>s mais tradicionais, mascapaz <strong>de</strong> as reinterpretar e <strong>de</strong> as vestir comuma nova roupagem, actualizada e capaz<strong>de</strong> “garraiar os cornos do porvir”. O seu primeirodisco, Cruz Vermelha Sobre FundoBranco foi lançado em 2009 e <strong>de</strong>u lugaragora a um Meio Disco exclusivo com Vá LáSenhora, tema cantado por Rui Pregal daCunha (antigo Herói do Mar). O pastor baptistae músico, Samuel Úria, já não é um<strong>de</strong>sconhecido e pertence a uma nova geração<strong>de</strong> músicos apresentados pela editoraFlor-Caveira, <strong>de</strong> Benfica. Leva para o palcoo blues do “Delta do Dão”, já que o Mississipiainda fica longe. Com o gospel na almae na voz, vai mostrar o disco Nem Lhe Tocava.O preço do ingresso é <strong>de</strong> 7.5 euros.DRDRE se Maria e Josése divorciassem?No dia <strong>de</strong>dicado à figura paterna, a LivrariaArquivo propõe um <strong>de</strong>bate no mínimo fora dovulgar. No sábado, 19, dia do Pai, às 21 horas, apedopsiquiatra Ana Vasconcelos vai lançar e conduziruma conferência intitulada: E se um José euma Maria se divorciassem, como partilhariam oseu menino? Para lançar i<strong>de</strong>ias e discussão, estarátambém presente o psicólogo clínico JoãoLázaro. A entrada é livre.<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011


PUBv i v e r . 3 1<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011


DRDRv i v e r . 3 2agendaARTESFernando Rodriguesem PombalPintura <strong>de</strong> FERNANDO RODRIGUES (na foto) nas galerias do Teatro-Cine <strong>de</strong> POMBAL, até 30 <strong>de</strong> Abril. Também em Pombal, mas na bibliotecamunicipal, está patente uma exposição <strong>de</strong> ilustração <strong>de</strong> JAVIERSÁEZ CASTÁN, intitulada Encontros com Bichos - Mostra <strong>de</strong> memórias,ilustrações e objectos, até 12 <strong>de</strong> MaioNO PAÍS D’ALICE, cerca <strong>de</strong> 30 trabalhos a preto-e-branco do fotógrafoAntónio Guerra, em exposição a inaugurar sábado, 19, no Teatro JoséLúcio da Silva (TJLS), LEIRIA, até 17 <strong>de</strong> Abril. No mesmo espaço e dia,é inaugurada também a mostra <strong>de</strong> escultura PERCURSUS, <strong>de</strong> CristinaMaria FerreiraExposição <strong>de</strong> pintura e ilustração <strong>de</strong> EVELINA OLIVEIRA na LivrariaArquivo, LEIRIA, até 6 <strong>de</strong> AbrilExposição <strong>de</strong> NELSON MELO, artista plástico (ESAD, Caldas da Rainha),na se<strong>de</strong> do a9)))), LEIRIA, até 13 <strong>de</strong> AbrilBIR SOKAK/UMA RUA, exposição <strong>de</strong> fotografia <strong>de</strong> André Beja, a veraté dia 31, no Bar Alinhavar, LEIRIAIN VERSO DA VIDA, fotografias <strong>de</strong> António Guerra, em exposição, noIsla LEIRIA, até dia 31Exposição <strong>de</strong> pintura e escultura UMA NOVA VISÃO das artistas CloBougard e Rita Roque, a até dia 27, na Galeria Municipal <strong>de</strong> OURÉM.Na mesma cida<strong>de</strong> mas na Biblioteca Municipal, <strong>de</strong>corre até dia 31 aexposição Memórias da Livraria e Editora Som da Tinta: um espaço <strong>de</strong>cultura e <strong>de</strong>bateAguarelas <strong>de</strong> MÁRIO HIPÓLITO, até dia 31, no Café Concerto do CCC,CALDAS DA RAINHA, no âmbito do projecto Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> CorREGISTOS, exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong> Inês Lobo, até dia 31, na BibliotecaMunicipal <strong>de</strong> PORTO DE MÓSDRCINEMALiberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressãoe mordaçasCHANTRAPAS (Selecção Oficial do Festival <strong>de</strong> Cannes), do realizadorOtar Iosseliani, com Dato Tarielachvili, Tamuna Karumidze eFanny Gonin, terça e quarta-feira, às 21:30 horas e também, às18:30 horas (dia 23), no Teatro Miguel Franco (TMF), LEIRIA. Nicolasé um cineasta que só <strong>de</strong>seja expressar-se e a quem todos <strong>de</strong>sejamreduzir ao silêncio. Quando inicia a sua carreira na Geórgia, osi<strong>de</strong>ólogos esperam amordaçá-lo, preocupados com o facto da suaobra não seguir as regras fixadasBATALHAAUDITÓRIO MUNICIPALSexo sem CompromissoSexta a segunda, às 21:30 horasCALDAS DA RAINHAVIVACINE CINEMASDe Quinta a Quarta-feiraEu sou o numero quatro (Sala 1) 13:20, 16:10, 18:40, 21:20, 23:50 horasDiscurso do Rei (Sala 2) 13:10, 15:45, 18:20, 21:00, 23:45 horasGnomeu & Julieta VP (Sala 3) 13:50, 16:00, 18:00, 21:10, 23:30 horasOs Agentes do Destino (Sala 4) 13:40, 16:05, 18:30, 21:30, 00:00 horasSexo Sem Compromisso (Sala 5) 13:30, 15:50, 18:10, 21:15, 23:40 horas* Domingos e FeriadosLEIRIACASTELLO LOPES CINEMAS - C. C. LEIRIASHOPPING (Quinta a Quarta-feira)127 Horas (Sala 1) 23:30* horasGnomeu e Julieta VP 3D (Sala 1) 13:00, 15:00, 17:00, 19:00, 21:10 horasO Ritual (Sala 2) 13:20, 16:00, 18:30, 21:20, 23:50* horasZé Colmeia VP 3D (Sala 3) 12:50, 14:50, 16:50, 18:50 horasO Discurso do Rei (Sala 3) 21:00, 23:40* horasÉpoca das Bruxas (Sala 4) 18:00, 21:15, 00:15* horasRango VP (Sala 4) 13:30, 15:50 horasOs Agentes do Destino (Sala 5) 13:10, 15:40, 18:10, 21:30, 00:00* horasO Profissional (Sala 6) 13:40, 16:10, 18:40, 21:50, 00:20* horasSou o Número Quatro (Sala 7) 12:55, 15:30, 18:20, 21:40, 00:10* horas* Sessão válida 6ª e SábCINEMA CITY (Quinta a Quarta-feira)Rango VP (Sala 1-D) 11:30*, 14:00**, 16:15, 18:30 horasRango VO (Sala 1-D) 21:35, 23:50*** horasZé Colmeia 3D (Sala 2-K) 11:35*, 13:40**, 15:30, 17:20 horasCisne Negro (Sala 2-K) 19:10 horasO Discurso do Rei (Sala 2-K) 21:30, 23:55*** horasGnomeu e Julieta (Sala 3) 11:45*, 13:50**, 15:45, 17:40, 19:35 horasTens a Certeza? (Sala 3) 21:40, 00:05*** horasThe Mechanic (Sala 4-V) 13:30, 15:35, 17:45, 19:50, 21:55, 00:00*** horasAs Aventuras <strong>de</strong> Sammy VP (Sala 5-L) 11:40* horasOs Agentes do Destino (Sala 5-L) 13:45, 16:00, 18:15, 21:50, 00:15*** horasGuerreiros do Amanhã (Sala 6-S) 13:55, 16:10, 18:20, 21:45, 00:20*** horasÉpoca das Bruxas (Sala 6-S) 14:05, 16:05, 18:05, 20:05, 22:05, 00:10*** horas* Preço reduzido - Só exibe sábados, domingos e feriados** Preço reduzido - todos os dias*** Só exibe sextas, sábados e vésperas <strong>de</strong> feriado**** Só exibe sábados, domingos e feriadosa) Não Exibe Sábados, Domingos e FeriadosTEATRO JOSÉ LÚCIO DA SILVAA Ilha do ImpySeguda-feira às 11:00 horas.TEATRO MIGUEL FRANCOChantrapasQuarta e Quinta às 21:30 horas. Quarta às 18:30 horasCINE TEATRO DE MONTE REALAs Viagens <strong>de</strong> GulliverSexta e sábado às 21:30 horas. Domingo às 15:30 horasPOMBALPOMBALCINEO amor é o melhor remédioSexta, sábado e segunda às 21:00 horas. Domingo às 16:00 e 21:00 horasDRLETRASFeira do Livro em OurémOURÉM recebe, entre os próximos dias 21 a 27, mais uma ediçãoda FEIRA DO LIVRO, na Praça D. Maria II, junto aos Paços do Concelho.No primeiro dia, a conversa com Teresa Guimarães, sobreo livro A Floresta Perlimpimpim, está marcada para as 11 horas.Pelas 14, a Insignare dinamiza uma oficina <strong>de</strong> expressão dramáticapara um público-alvo dos 3 a 6 anosApresentação do livro AFONSO LOPES VIEIRA (Correspondênciae Imprensa da Época), da autoria <strong>de</strong> Cristina Nobre, amanhã, 18,pelas 18 horas, no auditório 1 da Escola Superior <strong>de</strong> Educação eCiências Sociais do IPL, LEIRIA. A apresentação da obra estará acargo <strong>de</strong> Cristina Robalo Cor<strong>de</strong>iro e <strong>de</strong> Joaquim CorreiaLançamento do livro infantil O NEURÓNIO CURIOSO, da autoria<strong>de</strong> Armado Castro, com ilustração <strong>de</strong> Inês Maria Zeferino Lucas,sábado, 19, às 15:30 horas, no auditório da Biblioteca Municipalda MARINHA GRANDEApresentação do livro CRÓNICAS FAMILIARES - NAS PEGADASDO TEMPO, <strong>de</strong> Amaro Neves, sábado, 19, às 15:30 horas, na BibliotecaMunicipal <strong>de</strong> POMBAL. A Re<strong>de</strong> das Bibliotecas <strong>de</strong> Pombalpromove, amanhã e sábado, no mesmo espaço, um fórum intituladoCantos e contos em Família, com apoio da Fundação CalousteGulbenkian. Paralelamente, realizam-se várias oficinas <strong>de</strong> leiturae contadores <strong>de</strong> histórias em vários locais da cida<strong>de</strong>, comPaulo Con<strong>de</strong>ssa, Jorge Serafim, Thomas Bakk, Miguel Horta, MaurícioCorrea Leite e Mafalda MilhõesO RAP DO MAR E OUTROS CONTOS DE RIMAR, <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Breda,com ilustrações <strong>de</strong> Aurélio Mesquita, é lançado sábado, 19,pelas 15.30 horas, na Biblioteca Municipal da FIGUEIRA DA FOZSessão <strong>de</strong> A POESIA ANDA POR AÍ, dia 21, às 21:30 horas, naEscola Secundária <strong>de</strong> PENICHECRIANÇASDança e música para bebésTI - TÓ - TIS, dança para bebés, domingo, 20, às 15:30 e 16:30horas, no pequeno auditório do CCC, CALDAS DA RAINHA, pelaDançArte - Companhia resi<strong>de</strong>nte no Teatro S. João, Palmela eÁria da Música. A coreografia é <strong>de</strong> Sofia Belchior e a composiçãomusical <strong>de</strong> António MachadoCINEMATEMÚSICAS 2011, para maiores <strong>de</strong> três anos, sábado,19, às 18 horas, no auditório da SAMP - Socieda<strong>de</strong> Artísticae Musical dos Pousos, LEIRIA. Entrada livreÀ <strong>de</strong>scoberta da Bebeteca, com CANTINHO DO EMBALO, hoje,17, e sábado, 19, às 15 e 16 horas, na Biblioteca MunicipalAfonso Lopes Vieira, LEIRIA, para bebés dos 0 aos 36 mesesA ILHA DO IMPY, <strong>de</strong> Reinhard Klooss, Holger Tappe, assinalao Dia Mundial da Árvore, numa sessão às 11 horas <strong>de</strong> segunda-feira,21, no TJLS, LEIRIA. Entrada livreTeatro com A MENINA DO MAR, <strong>de</strong> Sophia <strong>de</strong> Mello Breyner,dia 22, às 15 horas, no Cine-Teatro <strong>de</strong> OURÉM, pelo Clube <strong>de</strong>Cultura e Artes da Escola Básica e Secundária <strong>de</strong> Ourém<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011


DRMÚSICASamuel Úria em <strong>Leiria</strong>OS GOLPES + SAMUEL ÚRIA (Ciclo Roque Beat - Nova música portuguesa),em concerto hoje, 17, às 21:30 horas, no TJLS, LEIRIA. Em digressão,andam com o disco Nem lhe tocava, com colaborações especiais<strong>de</strong> B-Fachada, Celina da Pieda<strong>de</strong>, Miriam Macaia, Jorge Cruz e Luís, d’OsGolpesOs HIPNÓTICA trazem a LEIRIA Twelve-Wired Bird of Paradise, álbumproduzido por Wolfgang Schloegl dos austríacos Sofa Surfers, amanhã,18, às 21:30 horas, no TMF. A primeira parte do espectáculo será asseguradapelo projecto Memória <strong>de</strong> PeixeCONCERTO DO VIDRÃO, dinamizada pela Valorlis em parceria comOrfeão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Conservatório <strong>de</strong> Artes, em concerto sábado, 19, às15:30 horas, no Auditório do Sport Operário Marinhense, MARINHAGRANDEPOESIA ERÓTICA E SATÍRICA PORTUGUESA, pelo quarteto Penicos <strong>de</strong>Prata, marcam as comemorações do Dia Mundial da Poesia, segundafeira,21, às 21:30 horas, no TMF, LEIRIA. Criação <strong>de</strong> uma estética musicalrefinada, fortemente ligada à música tradicional portuguesa, emcruzamentos com música <strong>de</strong> câmara. Neste espectáculo, ouvir-se-ãotextos <strong>de</strong> António Botto, Ernesto Manuel <strong>de</strong> Melo e Castro, FernandoPessoa, Adília Lopes, entre outrosAnimação musical pelas 19:30 horas, para festejar o 1º aniversário, do<strong>Leiria</strong>Shopping, LEIRIA, com LATEM QUINTET (hoje e domingo), Tunasda Fe<strong>de</strong>ração Académica <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (dia 21) e Orfeão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> – Quarteto<strong>de</strong> Saxofones (dia 23)ZECA SEMPRE, O que faz falta, ao vivo, sábado, 19, pelas 17 horas, noFórum Fnac, LEIRIACristina Maria apresentra PERCURSUS, sábado, 19, às 21:30 horas, noTJLS, LEIRIA. A fadista faz parte <strong>de</strong> uma nova geração <strong>de</strong> intérpretes,apresentando o seu novo trabalho discográfico, acompanhada pelo mestreda guitarra portuguesa Custódio Castelo e por mais outros quatromúsicosApresentação do projecto CALDAS HANDSAW MASSACRE, sábado,19, às 21:30 horas, no CCC, CALDAS DA RAINHACHARLES SUBERVILLE em concerto integrado na Festa da Francofonia,domingo, 20, às 10 horas, no gran<strong>de</strong> auditório do CCC, CALDAS DARAINHA. No programa, canções <strong>de</strong> Brel, Ferrat, Brassens...A BANDA DE ALCOBAÇA, dirigida por Rui Carreira em concerto sábado,19, às 21:30 horas, no Cine-Teatro <strong>de</strong> ALCOBAÇAEspectáculo pelo grupo instrumental <strong>de</strong> percussão TUCANAS, sábado,19, pelas 21:30 horas, no Teatro-Cine <strong>de</strong> POMBAL, com o apoio Cultre<strong>de</strong>.Nesta cida<strong>de</strong>, no mesmo dia pelas 23 horas, o DJ Miguel Chagas, da94FM, assinala o 8.º aniversário do Café ConcertoEVENTOSChocolate em ÓbidosO IX FESTIVAL INTERNACIO-NAL DE CHOCOLATE tem iníciohoje, 17, em ÓBIDOS, prolongando-seaté 3 <strong>de</strong> Abril,aberto <strong>de</strong> quinta a domingo.Como sempre, não falta animação,esculturas, gastronomiacriativa, concursos, passagens<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los e muitos outrosatractivos, claro em chocolateFESTA DAS SOPAS, sábado, 19, a partir das 20:30 horas, no Centro Pastoralda Boa Vista, LEIRIANoite <strong>de</strong>dicada ao lendário BRUCE LEE, para celebrar os 70 anos do seunascimento, amanhã, 18 às 2:00 horas, no Chico Lobo, LEIRIA. Além dosfilmes e respectivas bandas sonoras da época, o evento inclui a gastronomiadas origens <strong>de</strong>ste actor, em colaboração com o restaurante MingYuanDRDRTEATROPantominano CCCCONTRASTES, espectáculo <strong>de</strong> pantomima, com Richard Bovnoczki eDana Cavaleru, <strong>de</strong> Bucareste, amanhã, 18, às 15:30 horas, no gran<strong>de</strong>auditório do CCC, CALDAS DA RAINHA (Festa da Francofonia)BRILHARETES, com texto <strong>de</strong> Antonio Tarantino e numa produção dogrupo Artistas Unidos, em colaboração com Jorge Silva Melo, amanhãe sábado, às 21:30 horas, no Armazém das Artes, ALCOBAÇANA TERRA DOS SONHOS, pelo Grupo <strong>de</strong> Teatro Apollo <strong>de</strong> Ourém,sábado, 19, às 15 horas, no castelo <strong>de</strong> LEIRIAPUBDRO BARULHEIRA!3, numa realização do a9)))), terá lugar sábado,19 <strong>de</strong>Março, no TMF, LEIRIA. Durante a tar<strong>de</strong>, entre as 14 e as 18 horas, haveráum workshop. À noite, pelas 22 horas, haverá um concerto pelosOSSO e, na primeira parte, com máquinas <strong>de</strong> fazer <strong>de</strong>senho e barulhov i v e r . 3 3<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011


34 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011■Desporto ■Gran<strong>de</strong>s do futebol convidam miúdos <strong>de</strong> 5 anos a prestar provasCristiano Ronaldo há só um.Ouviram, pais?| Opinião|Quando ostalentosficam… lentosRICARDO GRAÇASabia que a União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> temuma criança <strong>de</strong> cinco anos convidadapelo Benfica a prestar provas?E que o GRAP, <strong>de</strong> Pousos, temtrês miúdos <strong>de</strong> sete anos a quemjá foi feita a abordagem formalpara se <strong>de</strong>slocarem à aca<strong>de</strong>mia doSeixal a fim <strong>de</strong> mostrarem o quevalem? Estes são apenas dois exemplos,mas há muitos, muitos maisnos clubes da região. Os olheirosdos 'gran<strong>de</strong>s' espalharam-se peloPaís numa procura <strong>de</strong>senfreada poratletas com talento e os pais, à espera<strong>de</strong> terem um Messi em casa, acabampor ir na conversa, pondo emcausa o normal <strong>de</strong>senvolvimentodos seus educandos.O mundo do futebol parece estarlouco. Fernando Encarnação, vice--presi<strong>de</strong>nte para a formação daUnião <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, revela númerosverda<strong>de</strong>iramente surpreen<strong>de</strong>ntes.Só esta época e até à categoria sub-13, foram oficialmente convidadospelos três gran<strong>de</strong>s do futebolportuguês – Benfica, Sporting e FCPorto – nada menos que 14 atletasdo clube para irem mostrar oseu valor. O que po<strong>de</strong> a União <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> fazer para contrariar esteassédio? Nada.“Enten<strong>de</strong>mos que é muito cedomas não proibimos, até porquepo<strong>de</strong> ser visto como um prémiopelo bom trabalho <strong>de</strong>senvolvido.Os jogadores até aos 14 anos nãotêm qualquer vínculo além da épocaem que estão inscritos. Podíamosimpedir, mas os pais e os atletasficariam aborrecidos. DizemosClubes <strong>de</strong> referência têm olheiros espalhados pelo Paísantes que é preferível ficarem em<strong>Leiria</strong> do que andarem a fazer quilómetrospara trás e para a frente.Se o jogador se evi<strong>de</strong>ncia, quandopassar à ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> juvenil, entãosim, já tem as condições mínimaspara se afastar <strong>de</strong> casa e já haverámenos dúvidas sobre o seu realvalor”, enten<strong>de</strong> Fernando Encarnação.Antes disso, “é prematuro”. “Éimportante que não haja a frustração<strong>de</strong> falhar tão cedo. Por isso,a União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que estespequenos talentos <strong>de</strong>vem manter--se em casa, preservando a estabilida<strong>de</strong>familiar e escolar.” Nesteproblema que assola a socieda<strong>de</strong>portuguesa, é muitas vezes a entida<strong>de</strong>paternal que mais força fazpara que os filhos tentem ser comoos craques da moda.OS PAIS“Muitos pais foram atletas <strong>de</strong>futebol e querem que os filhos tambémo sejam. Revêem-se neles efazem tudo o que esteja ao seualcance para o conseguirem, já quena altura os próprios não o conseguiram.Esse tipo <strong>de</strong> posturainfluencia negativamente o crescimentodos atletas, pois é impostauma pressão maior durante asua prestação e <strong>de</strong>sempenho,sonhando terem em casa CristianosRonaldos”, salienta Joana Coutinho,psicóloga dos escalões <strong>de</strong>formação da União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Pedro Solá é treinador dos miúdosdo GRAP abordados para prestarprovas no Benfica e é pai <strong>de</strong>um <strong>de</strong>les. “Parece-me que o conviteé motivante. Só que é precisoter a consciência que não é a alturamais propícia. É muito cedo paraabandonarem o mundo <strong>de</strong>les.Enquanto pai é um orgulho, mastenho receio que não ficando, otombo seja gran<strong>de</strong>. Ainda para maissabemos que são muito poucosaqueles que acabam por vingar.”Devem estas experiências serevitadas? “Não digo proibir a criançaem experimentar, mas ter emconta os seus sonhos e gostos, e serealmente é aquilo que quer.” Ospais <strong>de</strong>vem ajudar os seus filhos“a escolher e a <strong>de</strong>cidir o melhorcaminho, não impondo nem pressionando,não criticando nem <strong>de</strong>svalorizandoo empenho e esforço”,reforça Joana Coutinho.A história<strong>de</strong> Cristiano Ronaldo, o miúdo daMa<strong>de</strong>ira sem posses que tem agorao mundo da bola a seus pés, émuitas vezes i<strong>de</strong>alizado pelos progenitores,numa activida<strong>de</strong> em queas oportunida<strong>de</strong>s não chegam sóaos ricos, mas sobretudo aos quetêm talento, mas também preserverança.“Há pais que ficamcegos”, lamenta Fernando Encarnação.“O que se passa é um exagero.”■Miguel SampaioO sonho continua <strong>de</strong> brancoNesta procura incessante <strong>de</strong> talentos, há inúmeros casos <strong>de</strong> atletas quevêem os seus sonhos traídos em ida<strong>de</strong>s muito precoces. Na formação daUnião <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> há 21, leu bem, 21 futebolistas que passaram pelos três'gran<strong>de</strong>s' e que agora procuram seguir com a carreira vestidos <strong>de</strong> branco.Uns foram por opção, como é o caso <strong>de</strong> Rui Bento, um juvenil, internacionalportuguês, que preferiu rumar a <strong>Leiria</strong> quando as oportunida<strong>de</strong>scomeçaram a escassear no Sporting, mas a larga maioria foi mesmodispensada. Outros, com 13 anos, já foram e já voltaram.Para Joana Coutinho, estas experiências têm influência na vida dos atletas,po<strong>de</strong>ndo ser negativa, mas também positiva. “Po<strong>de</strong> predominar osentimento <strong>de</strong> frustração e rejeição, por terem sido dispensados ou trocadospor outros atletas, po<strong>de</strong>ndo ser consi<strong>de</strong>rado como um factor parao abandono da prática <strong>de</strong>sportiva pela <strong>de</strong>silusão, por todo o esforço e<strong>de</strong>dicação não terem obtido o resultado que pretendiam.”No entanto, a psicóloga enten<strong>de</strong> que há casos em que este passo atrás éentendido como uma plataforma que permitirá dar dois passos à frente.“Po<strong>de</strong> ter uma influência motivacional. Empenham-se ainda mais paraos chamarem <strong>de</strong> novo, trabalhando e exigindo o máximo da sua prestaçãopara o conseguirem.“ ■Olheiros, dirigentes,vivemna ilusão da<strong>de</strong>tecção <strong>de</strong>talentos. Asofreguidão étanta que começaa ser relativamentecomum encontraranúncios para que crianças <strong>de</strong>ida<strong>de</strong>s tão baixas como 5 anosprestem provas em <strong>de</strong>terminadosclubes, normalmente <strong>de</strong>futebol. Chega-se ao cúmulo daignorância e da imprevidência,para não lhe chamar pior, <strong>de</strong>pedir uma posição específica,nestas ida<strong>de</strong>s. Talentoso seráalguém que apresenta uma aptidãoinvulgar, natural ou adquirida,para o exercício <strong>de</strong> uma<strong>de</strong>terminada activida<strong>de</strong>. Masserá possível verificar esse talentoaos 5, 6, 7 ou mesmo 10 anos?Será que a única bitola que essesexperts utilizam é essas criançasserem claramente superiores,na sua prestação motora,às da sua ida<strong>de</strong>? Algo, porventura,lhes garante que essa superiorida<strong>de</strong>se irá manter em ida<strong>de</strong>smais avançadas? Ou seráque se contentam em ser campeões<strong>de</strong> escolas, infantis e iniciados?Quantos mais artigosteremos <strong>de</strong> escrever para quepais, dirigentes e responsáveis<strong>de</strong>sportivos em geral se consciencializem<strong>de</strong> que é perfeitamentecriminoso, em termos<strong>de</strong>sportivos mas não só, quererver rendimento <strong>de</strong>sportivo nosescalões <strong>de</strong> formação? Se can<strong>de</strong>iaque vai à frente alumiaduas vezes, também o último arir é o que ri melhor. Quantose quantos talentos aos 10 anosnão passam a perfeitas <strong>de</strong>silusõesaos 15, 18, ou mais tar<strong>de</strong>?E quantos perfeitos <strong>de</strong>sconhecidos,quais tartarugas vagarosasface a lebres apressadas, não<strong>de</strong>spontam para as luzes daribalta sem nunca terem tido osholofotes da ganância apontadosa si?E os pais: não po<strong>de</strong>m fazer nada?Po<strong>de</strong>m. Po<strong>de</strong>m fazer o que<strong>de</strong>vem, que passará, nestas situações,por dizer não. Não à ânsia<strong>de</strong>smedida, não à <strong>de</strong>gola dosinocentes. A quem aproveitaráencher a cabeça das crianças <strong>de</strong>ilusões? Às crianças, não meparece que seja.Recorrendo novamente à vozdo povo, <strong>de</strong>pressa e bem nãohá quem, <strong>de</strong>vagar se vai ao longee ca<strong>de</strong>las apressadas paremos filhos cegos. ■Rui Matossubdirector da ESECS, <strong>Leiria</strong>


| JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO |17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 35Sábado é o dia “D”, com a realização da Assembleia Geral da FPFPUBLutas em torno do Regime Jurídicoameaçam futebol portuguêsA UEFA e a FIFA conce<strong>de</strong>ramà Fe<strong>de</strong>ração Portuguesa <strong>de</strong> Futebol(FPF) um prazo que terminano próximo sábado para a<strong>de</strong>quaros seus estatutos ao Regime Jurídicodas Fe<strong>de</strong>rações Desportivas(RJFD). É precisamente a partir<strong>de</strong>ssa data que as instituições quegerem o futebol europeu e mundialameaçam Portugal <strong>de</strong> impediros clubes e a própria selecçãonacional <strong>de</strong> participarem nascompetições internacionais. Afe<strong>de</strong>ração do Chipre, próximoadversário da selecção <strong>de</strong> PauloBento na qualificação para oEuro’2012, pediu uma suspensãoagravada para Portugal, algo quenão foi aprovado, mas o cercoaperta-se.Sábado realiza-se, então, aAssembleia Geral (AG) que po<strong>de</strong><strong>de</strong>cidir o futuro do futebol emPortugal. O projecto <strong>de</strong> estatutosem consonância com o RJFD foichumbado por três vezes, <strong>de</strong>vidoao bloqueio <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> associaçõesdistritais, li<strong>de</strong>rado por JúlioVieira, presi<strong>de</strong>nte da Associação<strong>de</strong> Futebol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, estando aFPF com o estatuto <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>pública parcialmente suspenso. Enão são esperadas gran<strong>de</strong>s novida<strong>de</strong>spara sábado, pois a associaçãodo Porto já manifestou quenão vai alterar o seu voto, mantendo-secontra a a<strong>de</strong>quação.AS RAZÕESO que leva este grupo <strong>de</strong> associações,que enten<strong>de</strong> que se estáa assistir a uma “ingerência grosseira”do po<strong>de</strong>r político, a impedira aprovação dos estatutos?Em primeiro lugar, a nova representativida<strong>de</strong>das associaçõesdistritais e regionais (ADR) nasAG, que per<strong>de</strong>m a maioria – passam<strong>de</strong> 55% para 35%. Por outrolado, com a implementação doRJFD, as asociações per<strong>de</strong>m odireito a voto efectivo, porqueo <strong>de</strong>legado fica com o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a sua posição individuale não a da instituição querepresenta.Os po<strong>de</strong>res centrados no presi<strong>de</strong>ntee direcção, cujas <strong>de</strong>liberaçõespo<strong>de</strong>m ter efeito imediato,enquanto o seu recurso emAG, que vê os seus “po<strong>de</strong>res esvaziados”,só terá efeito possível naépoca seguinte, é algo que tambémnão agrada ao movimentoassociativo, bem como o facto daorganização <strong>de</strong> campeonatos po<strong>de</strong>rser atribuída a entida<strong>de</strong>s externasà fe<strong>de</strong>ração. Na falta <strong>de</strong> acordoentre a Fe<strong>de</strong>ração e a Liga paraa organização das provas profissionais,em vez <strong>de</strong> ser a AssembleiaGeral da respectiva Fe<strong>de</strong>raçãoa <strong>de</strong>cidir, é o Conselho Nacionaldo Desporto, que é entendidopelas associações como um“órgão político”. O aumento “excessivo”do número <strong>de</strong> membros nanova AG, que passa <strong>de</strong> 29 para100, não permite “qualquer tipo<strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>”, enten<strong>de</strong> omovimento associativo.O que o movimento associativoteme que vá acontecer? “Aindústria do futebol, que já temum peso importante na economiaportuguesa, que conta com32 clubes/SADs e cerca <strong>de</strong> miljogadores profissionais, vaiexpandir-se com o estímulo doespectáculo <strong>de</strong>sportivo (com oIVA do bilhete a 6%), o incentivodo jogo transmitido em canalfechado e as apostas online, oen<strong>de</strong>usamento do jogador, a exaltaçãoda ‘clubite’, a atracção doestádio e a <strong>de</strong>fesa do profissionalismo.Ao passo que o movimentoassociativo, que contacom centenas <strong>de</strong> clubes e milhares<strong>de</strong> jogadores, por todo o País,com uma forte componente social,vai sofrer um “abanão” na estruturaexistente, já que irá diminuira promoção <strong>de</strong> apoios.” ■Júlio Vieira, presi<strong>de</strong>nte da Associação <strong>de</strong> Futebol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>“Secretário <strong>de</strong> Estado quer controlare estatizar o <strong>de</strong>sporto em Portugal”Porque é que acha que oGoverno quis um novo RJFD?Porque o actual secretário <strong>de</strong>Estado quer controlar e estatizaro <strong>de</strong>sporto em Portugal. Só assimse compreen<strong>de</strong> a ingerência grosseirana organização das fe<strong>de</strong>rações<strong>de</strong>sportivas, quando a liberda<strong>de</strong>associativa está consagradana Constituição da República.Nem no tempo da ditadurase foi tão longe. É um exemploclaro <strong>de</strong> como funciona o po<strong>de</strong>rpolítico em Portugal, sempre aoserviço dos interesses pessoais eeconómicos. Pessoais, porquefacilita a eleição <strong>de</strong> figuras políticase mediáticas em <strong>de</strong>trimentodos verda<strong>de</strong>iros dirigentes <strong>de</strong>sportivose associativos. Económicos,porque os interesses nofutebol são gran<strong>de</strong>s e é mais fácilcontrolar um número reduzido<strong>de</strong> pessoas, profissionais e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> muitosdirigentes <strong>de</strong>sportivos, quepugnam pelo <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong>sportivo <strong>de</strong> forma benévola.O que consi<strong>de</strong>ra inaceitávelna proposta do Governo?Quem <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>finir o mo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong> organização <strong>de</strong> cada fe<strong>de</strong>ração<strong>de</strong>vem ser os seus sócios, nãoé o po<strong>de</strong>r político, seja ele qualfor. Impor a composição dasAssembleias Gerais, entregandoo po<strong>de</strong>r às entida<strong>de</strong>s ou <strong>de</strong>legadosrepresentativos do futebolprofissional em <strong>de</strong>trimento dospequenos clubes, quando sãoRICARDO GRAÇAestes a base da modalida<strong>de</strong>, é amorte a prazo do movimentoassociativo. Impor o método <strong>de</strong>D`Hondt na eleição dos conselhos<strong>de</strong> Arbitragem e Disciplinaé mais um erro tremendo. Na falta<strong>de</strong> acordo entre a Fe<strong>de</strong>ração ea Liga para a organização dasprovas profissionais, em vez <strong>de</strong>ser a Assembleia Geral da respectivaFe<strong>de</strong>ração a <strong>de</strong>cidir é oConselho Nacional do Desporto,órgão político. Permitir que numaFe<strong>de</strong>ração apenas seja eleito oPresi<strong>de</strong>nte e todos os elementosda futura Direcção possam serindicados pelo Presi<strong>de</strong>nte à posteriori,é abrir a porta ao autoritarismo.Esvaziamento das competênciasdas Assembleias Gerais,transferindo um excesso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>respara o presi<strong>de</strong>nte e direcção.São só alguns exemplos.Acredita na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>um acordo no dia 19 <strong>de</strong> Março?Não sei o que vai acontecer,mas sei que chegámos a este pontopor culpa <strong>de</strong> um secretário <strong>de</strong>Estado que nunca nos ouviu, quenunca quis fazer caminho comas associações que queriam mudarpara melhor, em vez <strong>de</strong>ste golpe<strong>de</strong> estado associativo. E <strong>de</strong> umPresi<strong>de</strong>nte da FPF que andou nesteprocesso sempre <strong>de</strong> braço dadocom o secretário <strong>de</strong> Estado. Sãoos dois gran<strong>de</strong>s responsáveis poreste processo se ser arrastado notempo. Não seria difícil chegar aum entendimento justo, cada entida<strong>de</strong>ou cada <strong>de</strong>legado na assembleiaum voto e uma justa divisãoentre o futebol profissionale o não profissional, com 50%dos votos para cada um. ■


36 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | DESPORTO | JORNAL DE LEIRIA |REGIÃO POSITIVAGRM é a única equipa sénior da AF <strong>Leiria</strong> invictaJuventu<strong>de</strong> Vidigalenselança-se para os JogosOlímpicos <strong>de</strong> 2012Sem <strong>de</strong>rrotas e sem milagresDREm 2004 e 2008, a região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> esteve representadanos Jogos Olímpicos por Vânia Silva, lançadora<strong>de</strong> martelo da Juventu<strong>de</strong> Vidigalense. Contudo,a atleta, tal como a outra referência do atletismodo distrito, Irina Rodrigues, especialista no lançamentodo disco, abandonaram o clube do Lis e passarama representar o Sporting. Paulo Reis, treinadore fundador da JUVENTUDE VIDIGALENSE, temum sonho. Quer vê-las nos Jogos Olímpicos <strong>de</strong> 2012,em Londres, sim, mas com as cores do clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.“Gostaria <strong>de</strong> ter no clube um projecto olímpicopara 2012 e a melhor forma seria trazer <strong>de</strong> volta aIrina Rodrigues e a Vânia Silva. No contexto <strong>de</strong> criseactual, penso que seria possível. Difícil, mas possível.”Esta é uma das metas da Juventu<strong>de</strong> Vidigalense,o melhor clube <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> atletismo doPaís, mas on<strong>de</strong> o sector dos lançamentos tem especialrelevo. Prova disso, o facto <strong>de</strong> não ter concorrênciainterna. Ainda na passada semana conquistoua Taça FPA <strong>de</strong> Lançamentos e Juliana Pereiraalcançou mínimos para o Mundial <strong>de</strong> juvenis.Qual o segredo do sucesso do sector <strong>de</strong> lançamentosda Juventu<strong>de</strong> Vidigalense (JV)?Há uma série <strong>de</strong> factores, físicos e humanos. Temoscondições óptimas, proporcionadas pelo Centro Nacional<strong>de</strong> Lançamentos (CNL), um investimento do município.Temos também um ginásio totalmente apetrechado,pela JV, Fe<strong>de</strong>ração Portuguesa <strong>de</strong> Atletismo(FPA) e Comité Olímpico <strong>de</strong> Portugal (COP), e fizemosuma gran<strong>de</strong> investimento em engenhos. Ao nívelhumano beneficiamos do facto <strong>de</strong> estar instalado em<strong>Leiria</strong> o CNL, pois recebemos atletas internacionaisda Suécia, Alemanha e Cuba, com quem trocamosconhecimentos, o que permite que cresçamos mais.No entanto, o fundamental é ter a sorte <strong>de</strong> ter atletascom talento.O que é possível fazer para crescer ainda mais?Seria importante transformar o CNL num centro<strong>de</strong> alto rendimento, com recursos humanos nas áreasda biomecânica e da recuperação. Temos um projectonesse sentido, que até já foi apresentado à autarquia.Po<strong>de</strong>riamos aumentar as acções <strong>de</strong> captaçãonas escolas e melhorar a dinamização do espaço.Acredito que é possível, ainda por cima com reduçãoda <strong>de</strong>spesa autárquica.DRMilagres, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, é mesmouma terra <strong>de</strong> feitos únicos. Não<strong>de</strong> milagres propriamente ditos, mas<strong>de</strong> momentos marcantes. Então nãoé que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o passado fim-<strong>de</strong>semanaa freguesia passou a ter a únicaequipa sénior da Associação <strong>de</strong>Futebol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> sem qualquer <strong>de</strong>rrota?Pois é. O Grupo Recreativo dosMilagres (GRM), equipa que milita na2ª Divisão distrital <strong>de</strong> futsal, ZonaNorte, conta com 13 vitórias e umempate e li<strong>de</strong>ra a competição, <strong>de</strong>poisda vitória <strong>de</strong> sábado sobre o LugaresUnidos (4-1).Até sábado, havia mais duas equipas,ambas <strong>de</strong> futsal, sem conheceremo travo amargo da <strong>de</strong>rrota. O CCRD. Fuas, <strong>de</strong> Fonte do Oleiro, concelho<strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós, era, até então,lí<strong>de</strong>r invicto da Zona Sul da 2ª Divisão,mas per<strong>de</strong>u por 4-2 em São Martinhodo Porto, frente ao Concha Azul.JudoMedalha <strong>de</strong> pratapara Adriana NunesAdriana Nunes sagrou-se vice-campeã nacional <strong>de</strong>esperanças em judo. A atleta do Judo Clube da MarinhaGran<strong>de</strong> arrecadou a medalha <strong>de</strong> prata numa provaque se realizou no passado fim-<strong>de</strong>-semana, no Velódromo<strong>de</strong> Sangalhos, Anadia. A judoca não começoua competição da melhor forma, tendo em conta quefoi repescada para po<strong>de</strong>r passar da etapa inicial. Apesardo mau início, a atleta conseguiu chegar à final. ■BodyboardMelhor ondapara Pedro SilvaPedro Silva 'agarrou' a melhor onda da 2ª etapa doCircuito Nacional <strong>de</strong> Bodyboard Esperanças 2011.Numa prova que <strong>de</strong>correu no Guincho, no passadodia 6 <strong>de</strong> Março, o prémio foi atribuído ao atleta sub--16 da Murillo's Aca<strong>de</strong>my, <strong>de</strong> São Pedro <strong>de</strong> Moel, MarinhaGran<strong>de</strong>, que junta este titulo à 2ª posição obtidana categoria máxima <strong>de</strong>sta competição, na 1ª etapado circuito, na Costa da Caparica. ■A ADR Mata... <strong>de</strong> Milagres, pois claro,li<strong>de</strong>rava cheio <strong>de</strong> pujança a Divisão<strong>de</strong> Honra com 14 vitórias emoutros tantos jogos, mas foi surpreendidonas Caldas da Rainha pelaCasa do Benfica local, per<strong>de</strong>ndo poresclarecedores 7-2. Ainda assim, aequipa <strong>de</strong> Artur mantém a li<strong>de</strong>rançae a subida à 3ª Divisão nacional continuanos horizontes.No meio <strong>de</strong>stes resultados, há umapessoa que terá tido um fim-<strong>de</strong>--semana agridoce. É que Nuno Veiga,<strong>de</strong> 30 anos, é o treinador do GRMe, ao mesmo tempo, atleta da ADRMata. Confuso? Nem por isso. “Sãodois clubes da mesma terra e que treiname jogam no mesmo pavilhão. Ostreinos são sempre no mesmo dia, uma seguir ao outro, pelo que é fácil conjugar.Já os jogos foram marcados emdias diferentes, para não haver problemas.”Patinagem artísticaTantas vitórias neste primeiro anoa orientar uma equipa sénior é milagre?“É sobretudo fruto <strong>de</strong> muito trabalho,humilda<strong>de</strong>, sorte e do facto doclube ser muito bem organizado. Depoiso plantel, com uma média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 21/22 anos, é composto por jogadoresque po<strong>de</strong>riam estar a jogar noutropatamares, alguns mesmo nosnacionais.” O clube, pela terceira épocacom equipa <strong>de</strong> futsal, é cada vezmais o principal candidato à subidaà 1ª Divisão distrital <strong>de</strong> futsal.A TESE E A ANTÍTESESe a equipa <strong>de</strong> futsal mostra umritmo <strong>de</strong> vitórias infernal e li<strong>de</strong>ra acompetição, já o onze do futebol apresentammaiores dificulda<strong>de</strong>s e ocupama última posição da Zona Norteda 1ª Divisão distrital, com apenasuma vitória e dois empates em vintepartidas. ■ Miguel SampaioBatalha na EuropaA equipa <strong>de</strong> patinagem artística da União Desportivada Batalha (UDB), orientada por Inês Amado,apurou-se para o campeonato Europeu <strong>de</strong> Show,que se realiza em Maio. Este apuramento resulta doterceiro lugar obtido a nível nacional, numa provaque <strong>de</strong>correu em Gondomar. ■FutebolGonçalo Moleirinhoassume MarrazesGonçalo Moleirinho substituiu Edgar Pereira nocomando dos seniores <strong>de</strong> futebol do <strong>Leiria</strong> e Marrazes,tendo assumido as ré<strong>de</strong>as da equipa na terça--feira.No <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>sta temporada, GonçaloMoleirinho comandou a equipa <strong>de</strong> iniciados, tendoconseguido assegurar a manutenção nos campeonatosnacionais. Trata-se <strong>de</strong> um regresso a umcargo on<strong>de</strong> conseguiu um 3º lugar na época 2006/2007,a melhor classificação do clube na Divisão <strong>de</strong> Honra<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a <strong>de</strong>scida da 3ª Divisão Nacional. O Marrazesé o actual 10º classificado da principal competiçãoda Associação <strong>de</strong> Futebol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. ■


| JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO |17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 37António Martinho esteve no primeiro empate da União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> em Alvala<strong>de</strong>, em 1981/82Com a assinatura do vereadorDRLongos 29 anos e um dia<strong>de</strong>pois, a União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> regressaa Alvala<strong>de</strong> disposta a roubarum pontinho ao Sporting. No dia18 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1982, a equipado Lis escandalizou o mundo dofutebol ao empatar a duas bolasno reduto <strong>de</strong> um Sporting emrota para o título. Um dos heróis<strong>de</strong>ssa partida chama-se AntónioMartinho e é o vereador do <strong>de</strong>sportoda Câmara Municipal <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>.A União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> estava naúltima posição da 1ª Divisão quandoà 25ª jornada visitou Lisboa,um lugar que ocupou praticamentedurante toda a temporada.O Sporting, com Meszaros,Oliveira, Jordão e Manuel Fernan<strong>de</strong>s,seguia em primeiro e comvonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ganhar. No entanto,por vezes há jogos assim.David enganou Golias, num resultadoque tirá ficado como o melhormomento da época para a equipaque no ano seguinte voltariaao segundo patamar do futebolportuguês.O <strong>de</strong>fesa António Martinhorecorda-se que teve papel <strong>de</strong>cisivono lance <strong>de</strong> um dos golos.“Lancei o Carlos Alberto peladireita, ele cruzou e o Germanofez o 2-2 <strong>de</strong> cabeça.” Esse nãofoi um ano particularmente felizPSP obrigada a intervir em jogo frente ao BoavistaVoaram ca<strong>de</strong>iras em PombalCandidato à subida à Liga<strong>de</strong> Honra <strong>de</strong> futebol, o Boavistaper<strong>de</strong>u em Pombal (1-0) nopassado domingo (1-0), numjogo quente e que valeu pelostrês pontos conquistados pelaequipa da casa, importantes naluta pela manutenção na 2ªDivisão nacional, Zona Centro.A expulsão do <strong>de</strong>fesa MárioLoja, logo aos 15 minutos, e dotreinador Gouveia acabarampor incendiar os ânimos. Nofinal instalou-se o caos no EstádioMunicipal <strong>de</strong> Pombal, comca<strong>de</strong>iras a serem arremessadase a ser necessária a intervençãoda Polícia <strong>de</strong> SegurançaPública.“Os jogadores e os a<strong>de</strong>ptosdo Boavista arranjaram confusão,se calhar porque não estavamà espera <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r. Nósnão nos envolvemos em nada.para o futebol da União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.“Era uma equipa homogéneae muito bem preparada fisicamente,só que tinha um leque <strong>de</strong>opções baixo e apareceram aslesões e os castigos e as performances<strong>de</strong>sapareceram.”Depois da <strong>de</strong>rrota com o FCPorto (0-2), a quinta consecutivaem casa, naquela que é a piorsérie <strong>de</strong> sempre da União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>na 1ª Divisão, segue-se o jogoem Alvala<strong>de</strong>, frente a outra equipaque já teve momentos maisfelizes. O jogo está marcado paraas 20:15 horas <strong>de</strong> sábado.■MSAcabou o jogo e recolhemosaos balneários. Foi uma vitóriaimportante nesta luta pelamanutenção. Confirmámos onosso bom momento”, enten<strong>de</strong>o treinados do Sporting <strong>de</strong>Pombal, Fernando Mateus. ■BREVES■OrientaçãoCOC em<strong>de</strong>staqueNo passado fim-<strong>de</strong>-semana realizou-seo 2º Meeting Internacional<strong>de</strong> Arraiolos, pontuável paraa Taça <strong>de</strong> Portugal. O Clube <strong>de</strong>Orientação do Centro (COC) participoucom 57 atletas, tendo alcançadoo quarto lugar a nível colectivo.Destaque para Joaquim Sousaque foi o segundo melhor portuguêsentre as elites, numa provaque também contou para oranking mundial da modalida<strong>de</strong>.FutebolMarinhensefalha fase<strong>de</strong> subidaAo per<strong>de</strong>r em casa com o Académico<strong>de</strong> Viseu (0-1), na últimajornada da primeira fase do nacionalda 3ª Divisão <strong>de</strong> futebol – SérieD, o Marinhense falhou o apuramentopara a fase <strong>de</strong> subida à 2ªDivisão. A equipa da MarinhaGran<strong>de</strong> vai ter <strong>de</strong> jogar agora pelamanutenção nos nacionais <strong>de</strong> futebol.■PUBO Novo Mazda 5 SW representa a fusão entre o puro <strong>de</strong>sign, performances, qualida<strong>de</strong> e requinte com as características <strong>de</strong> espaço e versatilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um automóvel <strong>de</strong> 5 portas e 7 verda<strong>de</strong>iros lugares,e conjuga a filosofia Mazda, <strong>de</strong> criar automóveis bem equipados com um carácter seguro, económico, fiável e muito <strong>de</strong>sportivo, <strong>de</strong>finindo uma nova experiência <strong>de</strong> condução.Com o Novo Motor 1.6 MZR-CD, 115cv e caixa <strong>de</strong> 6 velocida<strong>de</strong>s, perceberá porque razão, chamamos Zoom-Zoom ao espírito Mazda!Venha conhecer e testar este magnífico automóvel na Auto-Sueco (Coimbra) em <strong>Leiria</strong> nos dias 19 e 20 <strong>de</strong> Março. 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38 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | JORNAL DE LEIRIA |■ Emprego ■PUBLIREPORTAGEMAFTER ACTION REPORTJoão Paulo Pinto - Comunida<strong>de</strong> Lean ThinkingIntroduçãoUm relatório <strong>de</strong> após-acção (after action report ou AAR) é uma forma retrospectiva <strong>de</strong> análise<strong>de</strong> um projecto ou conjunto <strong>de</strong> acções orientadas para a realização <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminadoobjectivo. O AAR <strong>de</strong>ve ser realizado após a conclusão das acções ou do projecto e <strong>de</strong>ve serrealizado pelo(s) executante(s). Os primeiros AAR’s foram <strong>de</strong>senvolvidos pelos militaresainda no tempo do Império Romano.A realização do AAR <strong>de</strong>ve ter lugar na quarta fase do ciclo PDCA, ie na faseFigura 1. Ciclo <strong>de</strong> Melhoria Contínua, popularizado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1950´s.Esta fase, juntamente com o planeamento, formam as principais fases do ciclo, e são aquelasque o “Portuga” menos faz. O “Portuga” gosta <strong>de</strong> acção (Do) e menospreza o planeamento(Plan) e o registo das lições aprendidas (Act) classificando-as como um enorme<strong>de</strong>sperdício. Na ausência <strong>de</strong> planeamento não é possível fazer uma correcta verificação(Check). Não admira pois que a quase totalida<strong>de</strong> dos “Portugas” conhece o ciclo PDCA massão raros aqueles que formalmente o aplicam formalmente. Uma boa parte diz que oaplica mas apenas <strong>de</strong> cabeça porque consi<strong>de</strong>ram que uma ferramenta tão simples não necessita<strong>de</strong> ser formalizada.Elaboração do AARUm AAR <strong>de</strong>ve ser um documento formal que tem por objectivo ajudar na avaliação do <strong>de</strong>sempenhoe na melhoria através do registo, da análise <strong>de</strong> procedimentos críticos, na <strong>de</strong>terminação<strong>de</strong> resultados e na proposta <strong>de</strong> ajustes e <strong>de</strong> recomendações.Um AAR tem três objectivos centrais:● I<strong>de</strong>ntificar as questões problemáticas e as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria;● Propôr medidas para a resolução <strong>de</strong> elementos problemáticos;● Registar as lições aprendidas.Depen<strong>de</strong>ndo da dimensão do projecto ou das acções realizadas, a estrutura típica <strong>de</strong> umAAR é a seguinte:● Overview (visão geral);● Objectivos e metas;● Análise dos resultados;● Análise do <strong>de</strong>sempenho nas tarefas (fases) críticas;● Sumário;● Recomendações.Elaboração do AAR <strong>de</strong>ve obe<strong>de</strong>cer a princípios simples como a objectivida<strong>de</strong> e a clarezanos textos a usar. Para projectos <strong>de</strong> maior extensão po<strong>de</strong>rá ser necessário recorrer a umtemplate contendo a estrutura atrás referida, mas para projectos <strong>de</strong> menor dimensão propõe-seo uso <strong>de</strong> um formulário A3 <strong>de</strong>senhado para o efeito, ver figura 2.Figura 2. Relatório AAR num formulário A3(disponível emhttp://www.mediafire.com/?kz90x1v6x172855)ConclusãoQuanto interessante e impactante não seria a aplicação do AAR no final <strong>de</strong> cada obra pública.Quanto não ganhariam as nossas empresas se no final <strong>de</strong> cada gran<strong>de</strong> projecto ouempreitada não promovessem um <strong>de</strong>bate entre participantes, clientes e fornecedores e<strong>de</strong>sse <strong>de</strong>bate resultasse a elaboração <strong>de</strong> um AAR.Po<strong>de</strong>ríamos evitar imensos erros (estupidamente repetidos), apren<strong>de</strong>r e registar conhecimento<strong>de</strong> um projecto para o outro, partilhar as lições aprendidas e acima <strong>de</strong> tudo melhoraro uso dos meios (cada vez mais escassos).A informalida<strong>de</strong> que nos caracteriza não abona a nosso favor. Partir para a acção sem planearé comprometer o sucesso do projecto, é usar mais recursos do que aqueles necessários.Concluir o projecto sem a avaliação dos resultados e dos <strong>de</strong>svios e sem o registo daslições aprendidas é <strong>de</strong>sperdiçar a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r com os erros e limitar o conhecimentodos outros.A adopção <strong>de</strong> práticas simples, mas formais, <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> resultados no final <strong>de</strong> cadaprojecto é uma <strong>de</strong>monstração inteligente <strong>de</strong> boa gestão <strong>de</strong> recursos.Secretária <strong>de</strong> Estado da Igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> criação <strong>de</strong> quotasComissão Europeia querfacilitar acesso <strong>de</strong> mulheresa cargos <strong>de</strong> chefiaA Comissão Europeia está a pon<strong>de</strong>rarcriar legislação que facilite oacesso <strong>de</strong> mulheres a cargos <strong>de</strong> chefianas empresas da união europeiae estabeleceu o prazo <strong>de</strong> um ano paraque os governos assumam uma postura<strong>de</strong> auto-regulação, sob o aviso<strong>de</strong> que possam vir a ser estabelecidasquotas para repor a parida<strong>de</strong>.Dados do Eurostat indicam que só12% dos membros dos conselhos <strong>de</strong>administração <strong>de</strong> empresas da UniãoEuropeia são mulheres e em Portugalo número cai para apenas 3%.O apelo à atribuição <strong>de</strong> mais cargos<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> a mulheresfoi lançado pela vice-presi<strong>de</strong>nte daComissão Europeia Viviane Reding.Elza Pais, secretária <strong>de</strong> Estado daIgualda<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a criação <strong>de</strong>quotas como princípio transitório, jáse comprometeu a elaborar um plano,em conjunto com o Ministério doTrabalho, com vista a promoção daigualda<strong>de</strong> entre homens e mulheresno trabalho.Admitindo que a legislação portuguesanão po<strong>de</strong> obrigar empresasMARIA ADELINAFERREIRAdirectora comercial,ICEL“Não conheço em pormenora legislação, maspor princípio sou contraquotas quer na vida cívica quer na vidapolítica, porque <strong>de</strong>fendo que os cargos<strong>de</strong>vem ser assumidos por quem<strong>de</strong>monstre capacida<strong>de</strong>s e perfil para osexercer. No entanto, é preciso assegurarque a há igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> acesso aos cargos para que <strong>de</strong>facto as mulheres possam <strong>de</strong>monstrar oseu mérito e evoluir nas carreiras. Nãoduvido das capacida<strong>de</strong>s das mulheres epenso que as quotas só são necessáriasse não houver essa clarificação. Se asoportunida<strong>de</strong>s forem iguais, o processoé natural e não necessita <strong>de</strong> artifícioscomo é o caso das quotas”.PRECISA-SECOZINHEIRO(A)Marcação <strong>de</strong> entrevistas atravésTm. 919 811 644/914 541 504DRprivadas a nomear mais mulherespara os seus conselhos <strong>de</strong> administração,a secretária <strong>de</strong> Estado reconheceu,em <strong>de</strong>clarações à Lusa, quea eventual adopção <strong>de</strong> quotas “terá<strong>de</strong> passar por uma resolução do conselho<strong>de</strong> ministros” e lembrou que“essa não po<strong>de</strong> ser uma solução para| R e a c ç õ e s |SANDRA SOARESresponsável <strong>de</strong> produção,Unipasta“As mulheres têm <strong>de</strong>fazer um esforço redobradoe <strong>de</strong> fazer finca-pépara chegar on<strong>de</strong> oshomens chegam com maior facilida<strong>de</strong>.No meu percurso profissional tive quetrabalhar muito mais do que colegashomens com as mesmas habilitações enível <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>. As <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>sexistem, quer nos cargos quer nossalários, por isso concordo com asintenções da Comissão Europeia.Defendo a ascensão por mérito mashavendo um grau <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> à partidae essa igualda<strong>de</strong> não existe, querpela possibilida<strong>de</strong> da mulher ter filhosou pela i<strong>de</strong>ia generalizada <strong>de</strong> que oshomens são mais disponíveis”.a vida inteira” e “só po<strong>de</strong> ser adoptadacomo medida extrema”.Para já, Portugal rege-se pela estratégiada auto-regulação, mas a ComissãoEuropeia promete acompanhar<strong>de</strong> perto o que se passa nas cúpulasdas empresas no próximo ano. ■Paula LagoaALEXANDRA CONDEsócia-gerente, Iguariasdo Tempo“Defendo por princípioa ascensão por mérito,mas por não haver, nabase, a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejadaentre homens e mulheres,começo a ser mais flexível à aplicação<strong>de</strong> regras que aju<strong>de</strong>m a estabelecerum mesmo patamar <strong>de</strong> arranque.Vivemos numa socieda<strong>de</strong>machista, que se revela muitas vezesaté em processos inconscientes, porisso talvez tenhamos <strong>de</strong> aceitar aimposição <strong>de</strong> quotas, pelo menosnuma fase inicial, mas com regrasmuito claras para não se cair noinverso. O i<strong>de</strong>al seria que não fossenecessário. Talvez um dia consigamos”.PRECISAM-SE (M/F)<strong>Leiria</strong>. SERRALHEIROS CIVIS OFICIAISPARA OBRA. SERRALHEIROS CIVIS OFICIAISPARA MONTAGEMEntrada imediataContacto: Tm. 919 936 981


| JORNAL DE LEIRIA | EMPREGO |17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 39PÓS-GRADUAÇÃOLEAN MANAGMENTCRIAÇÃO DE VALOR NAS ORGANIZAÇÕES(9ª edição, mais <strong>de</strong> 200 formandos provenientes<strong>de</strong> uma centena <strong>de</strong> empresas)Data <strong>de</strong> início: 21 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011Horário: 18h30 às 22h30, 2ªfeira e 4ª feiraLocal: ISLAInformações/inscrições:coaching@leanthinkingcommunity.orgou através do telefone 936.000.080ASSESSOR DA QUALIDADE(M/F)❒ Somos uma Empresa Industrial e Comercial fortemente orientada para aexportação.❒ Função a ser <strong>de</strong>senvolvida na <strong>de</strong>pendência da Administração, ainda quecom significativa autonomia e progressiva responsabilida<strong>de</strong>, visando: *acompanhar, analisar e verificar a qualida<strong>de</strong> dos produtos no <strong>de</strong>correr doprocesso produtivo; * <strong>de</strong>finir priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria continua em colaboraçãocom os responsáveis da qualida<strong>de</strong> e da produção; * colaborar na formação,nomeadamente nas ferramentas e técnicas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, no terrenofabril e no dia-a-dia.❒ Solicitamos, para <strong>de</strong>senvolver esta função, um técnico jovem com: * formaçãoescolar <strong>de</strong> nível superior; * experiência profissional <strong>de</strong> 2 / 3 anos em tarefas<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>; * ida<strong>de</strong> preferencial entre 28/32anos; * à-vonta<strong>de</strong> na língua inglesa e preferencialmente, com conhecimentos<strong>de</strong> francês e alemão; * excelente relacionamento interpessoal, sustentadoem atitu<strong>de</strong>s assertivas, que permitam dialogar e motivar as pessoaspara a mudança e para o sucesso; * forte capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> organização, autonomiae resistência à pressão, bem como <strong>de</strong> exposição e síntese.❒ Oportunida<strong>de</strong> aliciante para um jovem profissional, exigente e ambicioso,ser inserido num grupo dinâmico e orientado para o sucesso.www.leanthinkingcommunity.org/master.htmlSolicitamos resposta para reginatrovao@cs-coelhodasilva.pt, até 15 <strong>de</strong>Março, acompanhada <strong>de</strong> “C.V.” <strong>de</strong>scritivo, garantindo sigilo e contacto,apenas, às candidaturas pré-seleccionadas, durante o mês <strong>de</strong> Março.SODICENTRO – Reparador AutorizadoCRÉATIVE TECHNOLOGIERef.ª: SDLR-VD11VENDEDOR DE AUTOMÓVEIS (m/f)Sodicentro Lda | <strong>Leiria</strong>Descrição da função:Para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> nova marca na Sodicentro em <strong>Leiria</strong> – Distribuidor e Reparador oficial das marcas Merce<strong>de</strong>s-Benz e Smart.Perfil pretendido:Ida<strong>de</strong> até 35 anos (preferencial) – Habilitações mínimas ao nível do 12.º ano (preferencial) – Vocação comercial – Experiência Comercialno ramo automóvel (preferencial) – Organizado, motivado, responsável e com espírito <strong>de</strong> iniciativa – Conhecimentos <strong>de</strong> informática naóptica do utilizador – Apresentação cuidada e boa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação – Capacida<strong>de</strong> para trabalhar por objectivos – Residênciana zona (Pombal ou <strong>Leiria</strong>) – Carat <strong>de</strong> condução.Oferece-se:Remuneração compatível com a função, possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> evolução da carreira e integração num dos principais Grupos do sector automóvelnacional, o Grupo Auto-Industrial.«Data limite para recepção <strong>de</strong> candidaturas: 31 Março 2011»Respon<strong>de</strong>r: geral.citroen@sodicentro.ptPRECISA-SE DEENCARREGADO GERAL(M/F)para empresa sediada no Brasil,Estado <strong>de</strong> S. Paulo.Telef(s): 244 618 600Email: geral@captagua.ptMULTISERVIÇOSExecutamos serviços <strong>de</strong>:construção civil e limpezasContactar:960 032 771ou 910 148 270OFERECE-SESENHORA PARA LIMPEZASOU PARA TRATAR DE IDOSOS.Tm: 969 328 902.PRECISA-SEFUNCIONÁRIA (M/F) para CervejariaJoão Gordo, na Estação-<strong>Leiria</strong>. Contactar: 910 584 353.Empresa <strong>de</strong> Piscinas, recrutaPESSOA M/F para loja naCanoeira. Para mais informaçõescontactar pelo Tel. 252 959273.SERRALHEIRO (M/F) C/ EXPE-RIÊNCIA,civil, mecânica e industrial.Para mais informações contactarpelo Tm. 965 639 006.Admite-seADMINISTRATIVA(M/F)responsável e dinâmica,para entrada imediata.Envio curriculum comfoto para:mtbzone@gmail.com


40 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | EMPREGO/INSTITUCIONAL | JORNAL DE LEIRIA |COORDENADORCOMERCIAL E MARKETING(M/F)Perfil do Candidato:- Ida<strong>de</strong> até 35 anos- Experiência em funções técnico comerciais e/ou <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> produto- Preferência:conhecimento <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração e artigos sanitários- Residência Pombal/<strong>Leiria</strong>- Carta <strong>de</strong> condução- Conhecimentos básicos <strong>de</strong> informáticaProporciona-se:- Valorização Profissional- Segurança / Estabilida<strong>de</strong>- Remuneração fixa e variável em função do <strong>de</strong>sempenhoEnviar curriculum vitae para:recrutamentocentro@gmail.comEngraxador (M/F)Estabelecimento comercial do centro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>procura engraxador para participar em novoprojecto.Requisitos:. Material próprio. Experiência. Flexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> horárioOferecemos:. Integração em projecto inovador. Bom ambiente <strong>de</strong> trabalhoContactar: Tm. 966 552 774Paula Pinto RibeiroSolicitadora <strong>de</strong> ExecuçãoCédula Profissional nº 4079EDITALCITAÇÃO DE AUSENTE EM PARTE INCERTA(Artigos 244º e 248º do Código <strong>de</strong> Processo Civil)2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1392 - 17.03.2011A citar: Ana Maria Caseiro Silva BatistaTribunal Judicial <strong>de</strong> Barcelos - 3º Juízo CívelPr. Dr. Francisco Sá Carneiro – Palácio da Justiça – 4750-297 BarcelosProcesso nº 3102/07.9TBBCLExecução para pagamento <strong>de</strong> quantia certaValor: 3.094,45 eurosExequente: Pintobar – Exploração Avícula, Lda.Executada: Ana Maria Caseiro Silva BatistaOBJECTO E FUNDAMENTO DA CITAÇÃONos termos e para os efeitos do disposto no artigo 248º e seguintes do Código <strong>de</strong>Processo Civil (CPC) correm éditos <strong>de</strong> TRINTA DIAS, contados da data da segundae última publicação do anúncio, citando(a) ausente Ana Maria Caseiro SilvaBatista, com última residência conhecida na Rua Quinta Nova nº 590 – Mouratos,da freguesia <strong>de</strong> Parceiros, do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, para no prazo <strong>de</strong> VIN-TE DIAS, <strong>de</strong>corrido que seja o dos éditos, pagar ou <strong>de</strong>duzir oposição à execuçãosupra referenciada e no mesmo prazo à penhora, nos termos do nº 6 do artigo812º e nº 1 do artigo 813º do CPC.O duplicado do requerimento executivo, as cópias dos documentos anexos e o auto<strong>de</strong> penhora encontram-se à disposição do(a) citando(a) na Secretaria do TribunalJudicial <strong>de</strong> Barcelos.Po<strong>de</strong>rá efectuar o pagamento da quantia exequenda no valor <strong>de</strong> 3.094,45 euros,e dos juros, honorários e <strong>de</strong>spesas do(a) agente <strong>de</strong> execução nesta data estimadosno montante total <strong>de</strong> 1.700,00 euros, sem prejuízo <strong>de</strong> posterior revisão, noescritório do(a) solicitado(a) <strong>de</strong> execução.PATROCÍNIO JUDICIÁRIONos termos do disposto no artigo 60º do C.P.C. e tendo em consi<strong>de</strong>ração o valordo processo, para se opor a execução (que terá <strong>de</strong> ser apresentada no Tribunalsupra i<strong>de</strong>ntificado), não é obrigatória a constituição <strong>de</strong> advogado quando ovalor da execução é superior à alçada do tribunal <strong>de</strong> primeira instância (5.000,00€).A apresentação <strong>de</strong> oposição implica o pagamento <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> justiça autoliquidada.COMINAÇÃO EM CASO DE REVELIACaso não se oponha à execução e/ou à penhora ou não efectue o pagamento daquantia exequenda, juros, honorários e <strong>de</strong>spesas do(a) Solicitador(a) <strong>de</strong> Execução,seguem-se os ulteriores termos do processo, ou seja, os bens penhorados serãoutilizados para o pagamento ao exequente e aos <strong>de</strong>mais credores.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARESSendo requerido benefício <strong>de</strong> apoio judiciário na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nomeação <strong>de</strong>patrono, <strong>de</strong>verá o citando juntar aos presentes autos, no prazo da contestação,documento comprovativo da apresentação do referido requerimento, para que oprazo em curso se interrompa até notificação do apoio judiciário.Artigo 144º do CPC. - O prazo processual, estabelecido por lei ou fixado por <strong>de</strong>spachodo juiz, é contínuo, suspen<strong>de</strong>ndo-se, no entanto, durante as férias judiciais,salvo se a sua duração for igual ou superior a seis meses ou se tratar <strong>de</strong> actos apraticar em processos que a lei consi<strong>de</strong>re urgentes. 2. Quando o prazo para a práticado acto processual terminar em dia em que os tribunais estiverem encerrados,transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil seguinte. 3. Para efeitos dodisposto no número anterior, consi<strong>de</strong>ram-se encerrados os tribunais quando forconcedida tolerância <strong>de</strong> ponto.Serviço <strong>de</strong> Finanças <strong>de</strong> LEIRIA-2.-3603ANÚNCIOVenda e Convocação <strong>de</strong> Credores1.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1392 - 17.03.2011IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS):N.º da Venda: 3603.2010.316Prédio rústico inscrito na matriz predial rústica da freguesia <strong>de</strong> Monte Redondo sob o artigomatricial nº11606, composto por uma terra <strong>de</strong> semeadura, situado no lugar <strong>de</strong> Cozinheiros,com a área total (ha) <strong>de</strong> 0,165000, a confrontar do Norte com João Pereira Venancioe outros; Sul com António Domingos Sobreiro, Nascente com Maria da Cruz e do Poentecom caminho.TEOR DO ANÚNCIOJosé Manuel Ferreira Agostinho, Chefe <strong>de</strong> Finanças do Serviço <strong>de</strong> Finanças LEIRIA-2.-3603,sito em R. DE S. FRANCISCO 3 - 1., LEIRIA, faz saber que irá proce<strong>de</strong>r à venda por meio <strong>de</strong>propostas em carta fechada, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código <strong>de</strong> Procedimentoe <strong>de</strong> Processo Tributário (CPPT), do bem acima melhor i<strong>de</strong>ntificado, penhorado ao executadoinfra indicado, para pagamento <strong>de</strong> divida constante em processo(s) <strong>de</strong> execução fiscal.É fiel <strong>de</strong>positário(a) o(a) Sr(a) MANUEL PEREIRA GOMES, resi<strong>de</strong>nte em Rua Central nº22,Ribeira da Bajouca - Monte Redondo, que <strong>de</strong>verá mostrar aquele bem a qualquer potencial interessado(249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-03-01 e as 16:00 horas do dia 2011-04-21.O valor base da venda (250.º CPPT) é <strong>de</strong> € 1.575.As propostas <strong>de</strong>verão ser enviadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, emwww.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda <strong>de</strong> bens penhorados” ou entregues neste Serviço<strong>de</strong> Finanças, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças, mencionando o númeroda venda no envelope e na respectiva proposta, indicando nesta ultima, nome, morada e número<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação fiscal do proponente. O prazo para recepção <strong>de</strong> propostas termina às 16:00horas do dia 2011-04-21 proce<strong>de</strong>ndo-se à sua abertura pelas 11:00 horas do dia 2011-04-26,na presença do Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças (253.º/a CPPT). Não serão consi<strong>de</strong>radas as propostas<strong>de</strong> valor inferior ao valor base da venda (250.º/c CPPT).Se o preço mais elevado, com o limite mínimo do valor base para venda, for oferecido por mais<strong>de</strong> um proponente, abre-se licitação entre eles, salvo se <strong>de</strong>clararem que preten<strong>de</strong>m adquirir o(s)bem(ns) em comproprieda<strong>de</strong> (253.º/b CPPT).Estando presente só um dos proponentes do maior preço, po<strong>de</strong> esse cobrir a proposta dos outros,caso contrário proce<strong>de</strong>r-se-á a sorteio (253.º/c CPPT).A totalida<strong>de</strong> do preço <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>positada, à or<strong>de</strong>m do órgão <strong>de</strong> execução fiscal, no prazo <strong>de</strong>15 dias, contados do termo do prazo <strong>de</strong> entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto doórgão <strong>de</strong> execução fiscal, sob pena das sanções previstas na lei do processo civil (256.º/e CPPTe 898.º Código <strong>de</strong> Processo Civil - CPC).No caso do montante superior a 500 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conta, e mediante requerimento fundamentado,entregue no prazo <strong>de</strong> 5 dias, contados do termo do prazo <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong> propostas, po<strong>de</strong>rá serautorizado o <strong>de</strong>pósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, <strong>de</strong> apenas a uma parte do preço,não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/f CPPT).A venda po<strong>de</strong> ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem <strong>de</strong>vidos, nomeadamenteo Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas <strong>de</strong> Imóveis, o Imposto do Selo, oImposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.Mais, correm anúncios e éditos <strong>de</strong> 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação(242.º/2), citando os credores <strong>de</strong>sconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem,no prazo <strong>de</strong> 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos quegozem <strong>de</strong> garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240.º/CPPT).I<strong>de</strong>ntificação do Executado:N.º <strong>de</strong> Processo <strong>de</strong> Execução Fiscal: 3603201001011472 (e apensos)NIF/NIPC: 152331000Nome: MANUEL PEREIRA GOMESMorada: R. CENTRAL Nº22 - RIBEIRA DA BAJOUCA - MONTE REDONDO LRA.10-03-2011O Chefe <strong>de</strong> Finanças: José Manuel Ferreira AgostinhoConvocatóriaAssembleia-Geral Ordinária<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1392 - 17.03.201129 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011Dando cumprimento ao nº. 1 do artigo 18º dos estatutos da NERLEI -Associação Empresarial da Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, convoco os associados <strong>de</strong>staAssociação para uma Assembleia-geral Ordinária, a realizar no dia29 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011, pelas 17h30, na sua se<strong>de</strong> sita em Avenida BernardoPimenta, Edifício NERLEI, em <strong>Leiria</strong>, com a seguinte or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos:1. Leitura e Votação da Acta da última Reunião da Assembleia-Geral2. Apresentação do Relatório <strong>de</strong> Contas do Exercício <strong>de</strong> 20103. Apreciação e Parecer do Conselho Fiscal4. Votação do Relatório <strong>de</strong> Contas do Exercício <strong>de</strong> 20105. Apresentação e Votação do Plano <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s e Orçamentopara 20116. OutrosCaso não estejam presentes, à hora marcada, pelo menos meta<strong>de</strong> dosassociados, a Assembleia-Geral funcionará, em segunda convocatória,trinta minutos <strong>de</strong>pois da hora marcada para a primeira, com qualquernúmero <strong>de</strong> associados.<strong>Leiria</strong>, 11 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011O Presi<strong>de</strong>nte da Mesa da Assembleia-GeralPedro Lopes Pereira <strong>de</strong> FariaSival, LdaMUNICÍPIO DA NAZARÉ – CÂMARA MUNICIPALANÚNCIO DE HASTA PÚBLICA<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1392 - 17.03.2011I<strong>de</strong>ntificação da Entida<strong>de</strong> Alienante: Município da Nazaré, Contribuinte Fiscaln.º 507 012 100, com se<strong>de</strong> na Avenida Vieira Guimarães, n.º 54, 2450-951Nazaré, com o telefone n.º 262 550 010, Fax n.º 262 550 019, e en<strong>de</strong>reço electrónico:geral@cm-nazare.pt.Objecto: O Município da Nazaré preten<strong>de</strong> alienar uma garagem com capacida<strong>de</strong>para 10 viaturas ligeiras, sita na rua Dr. José Laborinho Marques da Silveira,na Nazaré.A garagem em causa constitui a fracção BA do artigo matricial n.º 10.052 dafreguesia da Nazaré, encontra-se <strong>de</strong>scrito na CRP sob o n.º 4271 fracção BA epossui as seguintes características:● Área bruta privativa: 232,80m2● Capacida<strong>de</strong>: 10 viaturas ligeiras● Permilagem: 61,62● Utilização: estacionamento coberto e fechadoDestinatários: No acto público po<strong>de</strong>rão intervir todas as pessoas singulares oucolectivas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se façam acompanhar dos documentos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação correspon<strong>de</strong>ntes,<strong>de</strong>signadamente, Bilhete <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, Cartão <strong>de</strong> Contribuinte e/ouCertidão Comercial <strong>de</strong>vidamente actualizada ou Procuração. As empresas que seapresentem associadas consi<strong>de</strong>rar-se-ão como um único concorrente.Base <strong>de</strong> Licitação: O valor base <strong>de</strong> licitação é <strong>de</strong> 109.094,00€ (cento e nove mile noventa e quatro euros).Lanço: As ofertas <strong>de</strong> licitação serão aceites em lanços mínimos <strong>de</strong> 1.000€;Data limite para entrega <strong>de</strong> Propostas: As propostas <strong>de</strong>verão ser entregues/recepcionadas,na Câmara Municipal da Nazaré, até às 17.00 horas do dia 24 <strong>de</strong> Março<strong>de</strong> 2011.Propostas: As propostas <strong>de</strong>vem indicar um valor para arrematação igual ou superiorà base <strong>de</strong> licitação respectiva, e ser acompanhadas <strong>de</strong> um cheque, no valorcorrespon<strong>de</strong>nte a 25% do valor da proposta, emitido à or<strong>de</strong>m do Município daNazaré e cumprir com os <strong>de</strong>mais requisitos indicados no processo.Local e Hora da Praça: O acto público realizar-se-á no dia 25 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011,pelas 10.00 horas, no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Município da Nazaré.Consulta/Fornecimento do Processo: O processo <strong>de</strong> alienação po<strong>de</strong>rá ser consultado,nos dias úteis, das 9.00 horas às 12.30 horas e das 14.00 às 17.00 horas,no Gabinete Jurídico da Câmara Municipal da Nazaré, até à data e hora limiteda entrega <strong>de</strong> propostas.Mediante pedido formulado por fax ou e-mail, o processo po<strong>de</strong>rá, ainda, ser remetidovia electrónica, <strong>de</strong> forma gratuita. Para o efeito, tais pedidos <strong>de</strong>vem ser dirigidos:Fax: 262 550 019; E-Mail: helena.pola@cm-nazare.pt. Os interessadospo<strong>de</strong>m solicitar esclarecimentos relativos à boa compreensão e interpretação doselementos expostos.Nazaré, 10 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011.O Presi<strong>de</strong>nte da Câmara MunicipalJorge Codinha Antunes Barroso (Eng.)Serviço <strong>de</strong> Finanças <strong>de</strong> ANSIÃO-1325ANÚNCIOVenda1.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1392 - 17.03.2011N.º da Venda: 1325.2008.99 - Serv. Finanças ANSIAO - (1325) Freguesia <strong>de</strong> Santiago Da Guarda, PrédioRústico Artigo 4519Composto por terra <strong>de</strong> cultura, pastagem e vinha com a área <strong>de</strong> 1480 m2, sito em Alqueidão, a confrontara norte com Armando Domingues, sul com vala, do nascente com João dos Santos Rosa e poente com Manuelda Silva e outros, com o valor patrimonial <strong>de</strong> €7,33.N.º da Venda: 1325.2008.100 - Serv. Finanças ANSIAO - (1325) Freguesia <strong>de</strong> Santiago Da Guarda , PrédioRústico Artigo 4358Composto por meta<strong>de</strong> indivisa <strong>de</strong> um pinhal e mato com a área <strong>de</strong> 5600 m2, sito em Alqueidão, que confrontado norte com A<strong>de</strong>lino Ferreira, do sul com João Rodrigues Bispo, do nascente com caminho e dopoente com Francisco Men<strong>de</strong>s Duro, com o valor patrimonial <strong>de</strong> 42,06€. A <strong>de</strong>scrição, área, confrontaçõese valor patrimonial correspon<strong>de</strong>m ao seu todo.N.º da Venda: 1325.2008.103 - Serv. Finanças ANSIÃO - (1325) Freguesia <strong>de</strong> Santiago Da Guarda , PrédioRústico Artigo 4428Composto por terra <strong>de</strong> cultura com 10 oliveiras e pastagem com a área <strong>de</strong> 1400m2, sito em Alqueidão, queconfronta do norte com João Ferreira, sul com Manuel Batista Ganchinho, nascente e poente com o caminho,com o valor patrimonial <strong>de</strong> €10,99.Teor do EditalNorberto Manuel dos Santos Augusto, Chefe <strong>de</strong> Finanças do Serviço <strong>de</strong> Finanças ANSIÃO-1325, sito emR. COMBATENTES DA GRANDE GUERRA, ANSIAO, faz saber que irá proce<strong>de</strong>r à venda por meio <strong>de</strong>propostas em carta fechada, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código <strong>de</strong> Procedimento e <strong>de</strong> ProcessoTributário (CPPT), do bem acima melhor i<strong>de</strong>ntificado, penhorado ao executado infra indicado, parapagamento <strong>de</strong> divida constante em processo(s) <strong>de</strong> execução fiscal.É fiel <strong>de</strong>positário(a) o(a) Sr(a) AUGUSTO DIAS RAMALHO, resi<strong>de</strong>nte em SANTIAGO DA GUARDA, que<strong>de</strong>verá mostrar aquele bem a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:30 horas do dia2011-03-07 e as 16:00 horas do dia 2011-04-26O valor base da venda (250.º CPPT) é <strong>de</strong> € 1.000,00 (1325.2008.99); €1.800,00 (1325.2008.100);€950,00 (1325.2008.103).As propostas <strong>de</strong>verão ser enviadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, em www.portaldasfinancas.gov.ptna opção “Venda <strong>de</strong> bens penhorados” ou entregues neste Serviço <strong>de</strong> Finanças, emcarta fechada dirigida ao Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças, mencionando o número da venda no envelope e narespectiva proposta, indicando nesta ultima, nome, morada e número <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação fiscal do proponente.O prazo para recepção <strong>de</strong> propostas termina às 16:00 horas do dia 2011-04-26 proce<strong>de</strong>ndo-seà sua abertura pelas 10:00 horas do dia 2011-04-27, na presença do Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças (253.º/aCPPT). Não serão consi<strong>de</strong>radas as propostas <strong>de</strong> valor inferior ao valor base da venda (250.º/c CPPT).Se o preço mais elevado, com o limite mínimo do valor base para venda, for oferecido por mais <strong>de</strong> um proponente,abre-se licitação entre eles, salvo se <strong>de</strong>clararem que preten<strong>de</strong>m adquirir o(s) bem(ns) em comproprieda<strong>de</strong>(253.º/b CPPT).Estando presente só um dos proponentes do maior preço, po<strong>de</strong> esse cobrir a proposta dos outros, caso contrárioproce<strong>de</strong>r-se-á a sorteio (253.º/c CPPT).A totalida<strong>de</strong> do preço <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>positada, à or<strong>de</strong>m do órgão <strong>de</strong> execução fiscal, no prazo <strong>de</strong> 15 dias, contadosdo termo do prazo <strong>de</strong> entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão <strong>de</strong> execução fiscal,sob pena das sanções previstas na lei do processo civil (256.º/e CPPT e 898.º Código <strong>de</strong> Processo Civil- CPC).No caso do montante superior a 500 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conta, e mediante requerimento fundamentado, entregueno prazo <strong>de</strong> 5 dias, contados do termo do prazo <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong> propostas, po<strong>de</strong>rá ser autorizado o <strong>de</strong>pósito,no prazo mencionado no parágrafo anterior, <strong>de</strong> apenas a uma parte do preço, não inferior a um terço, e orestante em até 8 meses (256.º/f CPPT).A venda po<strong>de</strong> ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem <strong>de</strong>vidos, nomeadamente oImposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas <strong>de</strong> Imóveis, o Imposto do Selo, o Imposto Sobre o ValorAcrescentado ou outros.I<strong>de</strong>ntificação do Executado:N.º <strong>de</strong> Processo <strong>de</strong> Execução Fiscal: 1325200801000900NIF/NIPC: 133779491Nome: AUGUSTO DIAS RAMALHOMorada: ALQUEIDÃO - SANTIAGO DA GUARDA - SANTIAGO DA GUARDAO Chefe <strong>de</strong> Finanças:(Norberto Manuel dos Santos Augusto)2011-03-09


■ Imobiliário ■| JORNAL DE LEIRIA |17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 41Estudo revela números superiores à média europeiaPortugueses vivem em vivendas,europeus em apartamentosDRCasas sobrelotadas para 14%O estudo revela ainda que 14,1% da população resi<strong>de</strong>nte em Portugalvive em casas sobrelotadas, ou seja, habitações on<strong>de</strong> não existe pelomenos uma divisão por cada elemento do agregado familiar. Estenúmero é superior ao da nossa vizinha Espanha (3%), mas consi<strong>de</strong>ravelmenteinferior ao da média europeia (18%). Nos extremos, o Chiprepossui apenas 1% da população a viver em moradias sobrelotadas,enquanto que a Letónia tem 58% <strong>de</strong> cidadãos a residir nessacondição. ■Um estudo recente divulgadopelo Eurostat refere que quea maioria da população resi<strong>de</strong>nteem Portugal vive em vivendas,contrariando a média daUnião Europeia (UE), que habitaem apartamentos. Segundoos dados relativos às condiçõesna habitação em 2009 na UniãoEuropeia (UE), 42% dos portugueseshabitam em moradias, jána Europa são apenas 34% aoptar por esse tipo <strong>de</strong> alojamento.Aqui ao lado, Espanhaconta com 65% dos habitantesa residir em apartamentos e 14%em moradias. Ora, estando Portugala atravessar uma gravecrise económica, estes dados são,no mínimo, curiosos.Gente pobre em casa rica?Não. É relevante perceber que“vivenda não tem obrigatoriamente<strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong>casa, <strong>de</strong> classe média ou médiaalta, isso não é mais do que umestereótipo”, tal como afirmaElísio Estanque, docente na Faculda<strong>de</strong><strong>de</strong> Economia da Universida<strong>de</strong><strong>de</strong> Coimbra e investigadordo Centro <strong>de</strong> Estudos Sociais,que consi<strong>de</strong>ra os dados “exorbitados”.O professor explicaque “a maioria das vivendasencontra-se em regime <strong>de</strong> autoconstruçãoe algumas <strong>de</strong>las estãoclan<strong>de</strong>stinas”. E dá um exemplo:“Um casal que queira construiruma moradia para o filhoque vai casar utiliza as poupanças<strong>de</strong> uma vida para o fazer,não se trata <strong>de</strong> um investimentograndioso mas contribui parao aumento <strong>de</strong>stes dados.”“Po<strong>de</strong> dizer-se que a habitaçãonão é um dos maiores problemasdos portugueses mas nãonos <strong>de</strong>vemos iludir, a maioriada população não resi<strong>de</strong> emvivendas <strong>de</strong> luxo, bem pelo contrário,habitam essencialmenteem casas humil<strong>de</strong>s, muitas <strong>de</strong>lasem avançado estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação”finaliza o investigador.Prova disso é que os portuguesesinquiridos queixaram-se <strong>de</strong>infiltrações e humida<strong>de</strong> (19.8%),falta <strong>de</strong> iluminação (8.6%), inexistência<strong>de</strong> banheira ou chuveiro(2.7%) e falta <strong>de</strong> sanitasinternas (2.4%). ■MRIRSGovernoprepara taxaúnica pararendasO Governo está a preparar umaalteração à Lei do Arrendamentoque prevê uma taxa única <strong>de</strong>IRS para as rendas e <strong>de</strong>spejosmais fáceis. Uma das i<strong>de</strong>ias é ada criação <strong>de</strong> um regime <strong>de</strong> IRSà semelhança do que existe paraos <strong>de</strong>pósitos bancários com umataxa liberatória – <strong>de</strong> valor único,que no caso dos <strong>de</strong>pósitos aprazo é <strong>de</strong> 21,5%. Actualmente,os rendimentos das rendassão englobados no rendimentototal dos proprietários, o que fazcom que sejam taxados à mesmataxa dos restantes. Um dosefeitos da nova medida será fazercom que os proprietários <strong>de</strong> rendimentosmais elevados vejamreduzido o IRS que pagam relativosa rendas. Os proprietárioscom rendimentos baixos po<strong>de</strong>riamoptar por englobar as rendasno IRS, mantendo o actualregime <strong>de</strong> tributação. Outra iniciativaem vista preten<strong>de</strong> que asacções <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejo passem a serpossíveis ao fim <strong>de</strong> 30 dias <strong>de</strong>atraso sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervençãodos tribunais, ficando acargo <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> administrativaou da polícia. ■APARTAMENTOS T2 novos situados a 2minutos do centro da cida<strong>de</strong>, com boas áreas,boa exposição solar, pré-instalação <strong>de</strong> aquecimentocentral, pré-instalação <strong>de</strong> aspiraçãocentral, wc com louças suspensas, terraço egaragem individual. 80.000€ Ref: fl0156APARTAMENTO T1 NOVO em zonacalma, a 5 minutos <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. 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44 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | JORNAL DE LEIRIA |■ Saú<strong>de</strong> ■Farmácia hospitalar esclarece pais sobre uso <strong>de</strong> medicamentosIntoxicação por paracetamolleva crianças ao hospitalCARINA SANTOSCláudia Morgado elucidou dúvidas <strong>de</strong> paisA farmácia do Hospital <strong>de</strong> SantoAndré, em <strong>Leiria</strong>, realizou umworkshop para esclarecer as dúvidashabituais dos pais sobre o usodos medicamentos. Cláudia Morgado,directora técnica da farmáciahospitalar, referiu que a i<strong>de</strong>ia<strong>de</strong>sta acção resultou do conhecimentodo número elevado <strong>de</strong> criançasque ficam internadas por intoxicaçãocom paracetamol.“É um dos principais motivos<strong>de</strong> internamento”, salientou CláudiaMorgado, que aconselhou amelhor forma <strong>de</strong> agir no aparecimento<strong>de</strong> febre, diarreia, rinorreia,cólicas e tosse.As cólicas nos bebés são umadas principais causas das olheirasdos pais, que passam noites emclaro <strong>de</strong>vido ao choro da criança.Cláudia Morgado sugeriu a “massagemna barriga, no sentido dosponteiros do relógio” ou “exercícioscom as pernas do bebé, levantandoe baixando”.Segundo a directora técnica atoma do Aero-Om só <strong>de</strong>ve acontecer“em situações pontuais”, porqueé um medicamento “com muitoaçúcar”, pelo que “vai provocarainda mais gases”, piorando o<strong>de</strong>sconforto.O tratamento com “pré e próbióticos”po<strong>de</strong> ser eficaz para reduzire até eliminar as cólicas. Porisso, a farmacêutica recomendouo uso do leite Nidina, Bacilec, Bio-Gaia, Aero-Bio, Bio-diet ou suplementosà base <strong>de</strong> plantas (Colimil).MEDIR A FEBRENA AXILAA febre é outro dos sintomasfrequente na primeira infância.Cláudia Morgado <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o usodo termómetro digital. A temperatura“me<strong>de</strong>-se na axila”, sublinha,explicando que o uso do termómetrono ouvido ou aparelhopor infra-vermelhos na testa <strong>de</strong>veser usado apenas por profissionais.“Os pais po<strong>de</strong>m não garantira fiabilida<strong>de</strong> da medição”.A especialista afirma que só se<strong>de</strong>ve medicar a criança acima dos38.8ºc, pois recorda que este sintomaé uma “forma natural <strong>de</strong><strong>de</strong>fesa do organismo”. O paracetamolé o medicamento indicadoquando não existem outros sintomas.“Se a criança apresentarainda dificulda<strong>de</strong> em engolir oudor <strong>de</strong> ouvidos, <strong>de</strong>ve ser dado oibuprofeno.”A dosagem foi uma das principaisdúvidas dos pais, que constatarama diferença <strong>de</strong> opiniõesentre pediatras e enfermeiros. Paraesclarecer, Cláudia Morgado indicoucomo calcular a dose certa:40mg x kg criança:4, dará a dosemáxima diária. Se dividir esteresultado por 40 mg obtém a doseindividual.A directora técnica <strong>de</strong>saconselhoutambém o corte do supositório.“Não sabemos em que parteestá concentrado o medicamento.Se a criança não po<strong>de</strong> tomarum supositório inteiro, é preferíveldar o xarope na dose correcta.”■Elisabete CruzHospital <strong>de</strong> Santo André organiza encontro, em <strong>Leiria</strong>Humanização da saú<strong>de</strong> mental em <strong>de</strong>bateA humanização <strong>de</strong> serviços e aintervenção da família serão os temas<strong>de</strong>stacados no III Encontro do Serviço<strong>de</strong> Psiquiatria e Saú<strong>de</strong> Mentaldo Hospital <strong>de</strong> Santo André (HSA),em <strong>Leiria</strong>, que terá lugar, amanhã,a partir das 9:30 horas. O encontro,cujo tema será Pensar, humanizare intervir, reúne enfermeiros, psicólogose outros técnicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ligadosaos cuidados a doentes mentais.O principal tema abordado será afamília, por ser um importante elo<strong>de</strong> ligação com o doente. AntónioCabeço, director do Serviço <strong>de</strong> Psiquiatriado HSA, afirma que, “o gran<strong>de</strong><strong>de</strong>safio, actualmente, é fazer umaPsiquiatria <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> com osdoentes e seus familiares, que vai aoencontro dos gran<strong>de</strong>s objectivos daPsiquiatria mo<strong>de</strong>rna”. A sessão serádividida em vários painéis que abordarãotemas como Saú<strong>de</strong> mental ecidadania, O papel da família naintegração do doente mental na comunida<strong>de</strong>,Família como unida<strong>de</strong> terapêuticae a Intervenção do serviçosocial junto da família do doente.Adriano Vaz Serra, psiquiatra, LaborinhoLúcio, juiz conselheiro doSupremo Tribunal <strong>de</strong> Justiça jubilado,e Ana Araújo, psiquiatra e terapeutafamiliar do Centro HospitalarPsiquiátrico <strong>de</strong> Coimbra serão algunsdos oradores. ■JORGE CARVALHO SOFIAMÉDICO ESPECIALISTA DE OTORRINOLARINGOLOGIA. EXAMES DE AUDIÇÃO, VERTIGENS E RESSONAR. CONSULTAS E CIRURGIARua Dª Maria da Graça Lúcio da Silva, 9-1º esq., <strong>Leiria</strong>Marcações pelos telefones 244 822 970 – 239 827 089 ou Tm. 932 442 274Alameda Calouste Gulbenkian, 98 A salas 8 e 9, Coimbrawww.orl-csofia.comCARLOS PEREIRACHEFE DE SERVIÇO H.U.C (AP)Médico EspecialistaCIRURGIA GERAL - OPERAÇÕESConsultório: Ed. Nª Sra do Amparo, n.º 1A - 1ºEst. Marrazes - Arrabal<strong>de</strong> da Ponte - 2400 <strong>Leiria</strong>Tel.: 244 819 010962 976 879Laboratório <strong>de</strong> Análises Clínicas— Susana Pereira Rosas —Laboratório Central:Av. C. G. Guerra, 43 - 2º A - 2400 <strong>Leiria</strong>Tel. 244815444 /244815492 - Fax 2448156902ªs a 6ªs - 8h00 - 18h00 - Sábados das 8h00 às 11h00Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Colheita:Arcadas D. João III - 1º Piso - 39 - Tel. 244815444/244815492 - 2400 <strong>Leiria</strong>2ªs, 4ªs, 6ªs - 8h30 - 10h00 / 3ªs e 5ªs - 8h00 - 10h00Urb. Vale da Fonte, Lt. 10 - Marinheiros - 2400 <strong>Leiria</strong> - Tel. 2448560012ªs a 6ªs - 8h30 às 10h30Urb. Qta. São Bartolomeu, Lt. 6 - n.º 3 R/C - 2400 <strong>Leiria</strong> - Tel. 244 8419992ªs a 6ªs - 8h30 às 10h00Rua da Mãe d’ Água, nº 14, R/C - Loja A - 2430 Marinha Gran<strong>de</strong> - Tel. 2445536092ªs, 3ªs, 5ªs, 6ªs - 8h30 - 10h e 4ªs - 8h00 - 10h00ABERTO TAMBÉM AOS SÁBADOSDAS 8H00 ÀS 11H00ELSA ABRAÚLCHEFE DE SERVIÇO DE GINECOLOGIA DOS H.U.CMédica EspecialistaGINECOLOGIA/DOENÇAS DA MAMAConsultório: Ed. Nª Sra do Amparo, n.º 1A - 1ºEst. Marrazes - Arrabal<strong>de</strong> da Ponte - 2400 <strong>Leiria</strong>Tel.: 244 819 010JOÃO FILIPEMÉDICO ESPECIALISTA DE OFTALMOLOGIAMédico do Hospital dos Covões em CoimbraUrgência todos os diasConsultas . Cirurgias . Lentes <strong>de</strong> Contacto . Laser. Campos Visuais . Exercícios <strong>de</strong> OrtóticaAcordos: SAMS Centro . CGD . SAVIDA . SAMS-SIBRua João <strong>de</strong> Deus, 11, 1º Dtº - <strong>Leiria</strong>Tel. 244 832 801/244 832 870


| JORNAL DE LEIRIA | SAÚDE |17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 45Vírus informático po<strong>de</strong>afectar o homemCoimbra <strong>de</strong>senvolvetécnica promissora<strong>de</strong> diagnósticoUma nova técnica não invasiva <strong>de</strong> monitorização da activida<strong>de</strong>cardiovascular, <strong>de</strong>senvolvida na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Coimbra (UC), foi internacionalmente reconhecida. TâniaPereira, aluna <strong>de</strong> doutoramento em Engenharia Biomédicae autora do projecto, ganhou o prémio Best Stu<strong>de</strong>nt PaperAward, na conferência Biosignals 2011, encontro que nopróximo ano se realiza em Portugal. Esta técnica teve a colaboração<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s hospitalares da região, on<strong>de</strong> vão <strong>de</strong>correrensaios clínicos.■PUBDRMark Gasson, da Escola <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Sistemas da Universida<strong>de</strong><strong>de</strong> Reading (Berkshire, Reino Unido), alerta que pacemakers e implantespo<strong>de</strong>m ser reprogramados e garante que é o primeiro ser humanoinfectado com um vírus informático. O investigador britânico tirou estaconclusão quando estava a realizar um trabalho sobre os riscos potenciaisdos dispositivos. Para tal, introduziu na mão um chip electrónico,só que o pequeno aparelho estava contaminado por um vírus, que ter--se-á transmitido a outros sistemas electrónicos com que o cientista estavaem contacto. Daí a conclusão <strong>de</strong> que será possível, no futuro, quedispositivos médicos, como pacemakers e outros implantes, possam servulneráveis a ataques cibernéticos. ■DRBatalhaProfissionaisapren<strong>de</strong>ma controlar diabetesCerca <strong>de</strong> 100 profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> participamsábado e domingo, no Hotel VillaBatalha, na Batalha, nas acções Caminharpara o Equilíbrio, promovidas pelaLilly Portugal. O programa inclui formaçãoteórica sobre hábitos saudáveis paracontrolar a diabetes e sessões práticas <strong>de</strong>exercício físico ao ar livre. A prevalência<strong>de</strong>sta doença tem aumentado exponencialmentenos últimos tempos e em Portugaljá atinge mais <strong>de</strong> 900 mil pessoas.Para sublinhar a importância do exercíciofísico no controlo da diabetes, na tar<strong>de</strong>do dia 19, entre as 17 e as 18:30 horas,está marcada uma sessão <strong>de</strong> ginástica aoar livre na zona circundante ao Mosteiroda Batalha.<strong>Leiria</strong>Psicodramaem workshopOs terapeutas Fernanda Ferreira Lopes,Guida Ferreira Guerra e Paula Jerónimoministram hoje, 17, a partir das 20:30horas, no auditório da Associação <strong>de</strong> Futebol<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (junto às instalações da antigaFord), um workshop <strong>de</strong> psicodrama,intitulado Quando se abre o palco (psicodramaleiria@gmail.come 916 258 619).Esta abordagem psicoterapêutica, criadapelo psiquiatra Jacob Morebo (1889 –1974), <strong>de</strong>senvolve a espontaneida<strong>de</strong> que,segundo ele, consiste na capacida<strong>de</strong> doindivíduo respon<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quadaa situações novas da sua vida e ou darrespostas a situações já antigas, possibilitandoassim a libertação <strong>de</strong> respostas ecomportamentos repetitivos, disfuncionaise ina<strong>de</strong>quados. ■Estação em que se nasce influenciarelógio biológico dos mamíferosUma nova investigação po<strong>de</strong> abrir portas à compreensão <strong>de</strong> alguns distúrbios neurológicos. Umestudo da Universida<strong>de</strong> Van<strong>de</strong>rbildt, nos EUA, diz que a estação do ano em que se nasce po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminaralgumas características do relógio biológico e, por consequência, o humor. O estudo adiantamesmo que nascer no Invernoimplica um maior risco<strong>de</strong> se sofrer <strong>de</strong> transtornosmentais, como <strong>de</strong>pressão sazonalou esquizofrenia. Os testesforam realizados em ratosmas os cientistas ainda não<strong>de</strong>terminaram se os sereshumanos terão respostas semelhantes.No entanto, dizemque a resposta verificada nosratos nascidos no Inverno, àmudança <strong>de</strong> estação é idênticaao transtorno afectivosazonal humano. ■Futebol recreativo contra obesida<strong>de</strong><strong>de</strong> crianças e adultosUm projecto <strong>de</strong> investigação,iniciado na Dinamarca,mas que alberga vários países,inclusive Portugal, preten<strong>de</strong>averiguar os benefíciosdo ”<strong>de</strong>sporto rei” em várioscampos da saú<strong>de</strong>. A Universida<strong>de</strong>do Porto, através dasfaculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Desporto e <strong>de</strong>Medicina, colabora neste estudocom duas investigaçõesque preten<strong>de</strong>m avaliar a práticado futebol recreativo comomeio <strong>de</strong> combate ao sobrepesoe obesida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crianças ejovens, entre os oito e 18 anos,e também como meio <strong>de</strong> diminuiçãodos factores <strong>de</strong> risco<strong>de</strong> doenças cardiovasculares<strong>de</strong> empresários adultos se<strong>de</strong>ntários.■DRDR


46 | 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | SAÚDE/INSTITUCIONAL/DIVERSOS | JORNAL DE LEIRIA |TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA1ª SECÇÃORua do Arsenal – Letra G – 1100 – 038 LisboaTelef: 213 222 900 . Fax: 213 479 845 . Mail: lisboa@tribunais.org.ptANÚNCIO2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1392 - 17.03.2011Processo: 1951/09.2YRLSB.L1Revisão/Confirmação <strong>de</strong> Sentença EstrangeiraN/Referência: 2659159Data: 23-02-2011Requerente: José Luis Pinto Basto Ribeiro FerreiraRequerido: Marina Cervantes <strong>de</strong> Castelo Branco e Castro <strong>de</strong> Pinto Basto e Ribeiro FerreiraNos autos acima i<strong>de</strong>ntificados, correm éditos <strong>de</strong> 30 dias, contados da data da segunda e última publicação<strong>de</strong>ste anúncio, citando:Requerido: Marina Cervantes <strong>de</strong> Castelo Branco e Castro <strong>de</strong> Pinto Basto e Ribeiro Ferreira, filho(a)<strong>de</strong> Leonel Pereira Castelo Ranco e Castro e <strong>de</strong> Marina Perez Lopez Castelo Branco e Castro, naturalda Freguesia <strong>de</strong> S. Jorge <strong>de</strong> Arroios, Concelho <strong>de</strong> Lisboa, nascido(a) em 25-03-1955, titular doBI – 04549257, domicilio: Quinta da Rosa, Nº 93, Alvaiázere, 3250-101 Alvaiázere, com a últimaresi<strong>de</strong>ncia conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo <strong>de</strong> 15 dias, <strong>de</strong>corrido que seja o dos éditos,<strong>de</strong>duzir oposição, querendo à acção.Na falta <strong>de</strong> oposição, encontrando-se observados todos os requesitos exigidos pelas disposições combinadasdos artigos 1096º e 1101º do Código <strong>de</strong> Processo civil, o Tribunal conce<strong>de</strong>rá a revisão e confirmaráa sentença estrangeira revi<strong>de</strong>nda nos termos do nº 1 do artigo 1094º do mesmo Código, para que produzaos seus efeitos em Portugal.O pedido consiste em que seja revista e confirmada a sentença proferida pela 5ª Vara Cível do Estada <strong>de</strong>Mato Grosso, Brasil, no dia 28 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2009, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicialque se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.Fica advertido <strong>de</strong> que é obrigatória a constituição <strong>de</strong> mandatário judicial.Passei o presente e mais dois <strong>de</strong> igual teor para serem afixados.O Juiz Desembargador,Dr(a) Rijo Ferreira)O Oficial <strong>de</strong> justiçaFernando Jorge TavaresORGANIZAÇÃO DE APOIOE SOLIDARIEDADE PARA AINTEGRAÇÃO SOCIALCONVOCATÓRIA<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1392 - 17.03.2011Convocam-se os sócios <strong>de</strong>sta Instituição para a Assembleia Geral Ordinária, que se vai realizar no próximo31 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011, pelas 17h30, na se<strong>de</strong> da OASIS, sita na Rua do OASIS, nº 1, Vale Sepal-Pousos, <strong>Leiria</strong>, com os seguintes pontos na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos:1 - Discussão e Votação do Relatório <strong>de</strong> Contas <strong>de</strong> Gerência do ano <strong>de</strong> 2010.2 - Discussão e votação do aumento das comparticipações dos utentes <strong>de</strong> acordo coma circular nº.3 da Segurança Social.4 - Outros/Informações.<strong>Leiria</strong>, 01 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011O Presi<strong>de</strong>nte da AssembleiaDr. Carlos Rocha <strong>de</strong> OliveiraACREDITAR DE NOVOASSOCIAÇÃO DE ACOLHIMENTO E REINSERÇÃO SOCIALAo abrigo do Artº 3º do Decreto-Lei nº 87/99 <strong>de</strong> 19<strong>de</strong> Março, informamos que o peditório <strong>de</strong> rua realizadono Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> entre os dias 14 e 20<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011 angariou 205.00 Euros. Atodos o nosso muito obrigado.GRAÇA BARBEIROCLÍNICA OTORRINOCONSULTAS | CIRURGIAS | EXAMES AUDIOMÉTRICOS| FIBRO-ENDOSCOPIAS ORL | TERAPIA DA FALAAcordos: Multicare – AdvanceCare - Mondial AssistanceCGD - SAMS Quadros - ADSE (Cirurgia) - Allianz Saú<strong>de</strong>Todos os dias <strong>de</strong>pois das 14H30Tel.: 244 811 324 - Tm. 963 972 107 LEIRIAServiço <strong>de</strong> Finanças <strong>de</strong> ANSIÃO-1325ANÚNCIOVenda2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1392 - 17.03.2011IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS):N.º da Venda: 1325.2010.7Serv. Finanças ANSIAO - [1325] Freguesia <strong>de</strong> Avelar , Prédio Urbano Artigo 1866 Terrenopara construção urbana, Sito em Prazo, com 180m2, confronta a norte, Alberto Lopes Luís;sul, Rua das 5 Vilas; nascente, António Manuel Simões Monteiro e poente, Rua do Colégio,inscrito na matriz predial urbana da freguesia <strong>de</strong> Avelar, sob o artigo nº 1866TEOR DO ANÚNCIONorberto Manuel dos Santos Augusto, Chefe <strong>de</strong> Finanças do Serviço <strong>de</strong> Finanças ANSIAO-1325,sito em R. COMBATENTES DA GRANDE GUERRA, ANSIAO, faz saber que irá proce<strong>de</strong>r à vendapor meio <strong>de</strong> propostas em carta fechada, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código<strong>de</strong> Procedimento e <strong>de</strong> Processo Tributário (CPPT), do bem acima melhor i<strong>de</strong>ntificado, penhoradoao executado infra indicado, para pagamento <strong>de</strong> divida constante em processo(s) <strong>de</strong> execuçãofiscal.É fiel <strong>de</strong>positário(a) o(a) Sr(a) ANTONIO MANUEL FREIRE LUIZ, resi<strong>de</strong>nte em AVELAR, que<strong>de</strong>verá mostrar aquele bem a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horasdo dia 2011-03-03 e as 16:00 horas do dia 2011-04-18.O valor base da venda (250.º CPPT) é <strong>de</strong> € 11.823.As propostas <strong>de</strong>verão ser enviadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, emwww.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda <strong>de</strong> bens penhorados” ou entregues neste Serviço<strong>de</strong> Finanças, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças, mencionando o númeroda venda no envelope e na respectiva proposta, indicando nesta ultima, nome, morada e número<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação fiscal do proponente. O prazo para recepção <strong>de</strong> propostas termina às 16:00horas do dia 2011-04-18 proce<strong>de</strong>ndo-se à sua abertura pelas 10:00 horas do dia 2011-04-19, na presença do Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças (253.º/a CPPT). Não serão consi<strong>de</strong>radas aspropostas <strong>de</strong> valor inferior ao valor base da venda (250.º/c CPPT).Se o preço mais elevado, com o limite mínimo do valor base para venda, for oferecido por mais<strong>de</strong> um proponente, abre-se licitação entre eles, salvo se <strong>de</strong>clararem que preten<strong>de</strong>m adquirir o(s)bem(ns) em comproprieda<strong>de</strong> (253.º/b CPPT).Estando presente só um dos proponentes do maior preço, po<strong>de</strong> esse cobrir a proposta dos outros,caso contrário proce<strong>de</strong>r-se-á a sorteio (253.º/c CPPT).A totalida<strong>de</strong> do preço <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>positada, à or<strong>de</strong>m do órgão <strong>de</strong> execução fiscal, no prazo <strong>de</strong>15 dias, contados do termo do prazo <strong>de</strong> entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto doórgão <strong>de</strong> execução fiscal, sob pena das sanções previstas na lei do processo civil (256.º/e CPPTe 898.º Código <strong>de</strong> Processo Civil - CPC).No caso do montante superior a 500 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conta, e mediante requerimento fundamentado,entregue no prazo <strong>de</strong> 5 dias, contados do termo do prazo <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong> propostas, po<strong>de</strong>rá serautorizado o <strong>de</strong>pósito, no prazo mencionadono parágrafo anterior, <strong>de</strong> apenas a uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante ematé 8 meses (256.º/f CPPT).A venda po<strong>de</strong> ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem <strong>de</strong>vidos, nomeadamenteo Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas <strong>de</strong> Imóveis, o Imposto do Selo, oImposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.I<strong>de</strong>ntificação do Executado:N.º <strong>de</strong> Processo <strong>de</strong> Execução Fiscal: 1325200801013696 (e apensos)NIF/NIPC: 198032781Nome: ANTONIO MANUEL FREIRE LUIZMorada: R DAS CINCO VILAS N 318 - AVELAR - AVELAR2011-03-02O Chefe <strong>de</strong> Finanças:Norberto Manuel dos Santos AugustoAVISO N. º 12/2011PROCESSO DE LOTEAMENTO N. º 37/92<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1392 - 17.03.2011Nos termos do n.º 2 do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 555/99, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong>Dezembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 60/07, <strong>de</strong> 04 <strong>de</strong> Setembro,torna-se público que a Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> emitiu em 03/03/2011, emnome <strong>de</strong> Célia Maria Antunes Sismeiro, o 1.º aditamento ao Alvará <strong>de</strong> Loteamenton.º 674/94 na sequência da <strong>de</strong>liberação camarária datada <strong>de</strong> 13/07/2010,através da qual foram licenciadas as alterações ao lote 2 do loteamento sito emRua do Barracão – Talos, da freguesia <strong>de</strong> Colmeias, que inci<strong>de</strong> sobre o prédio <strong>de</strong>scritona Conservatória do Registo Predial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> sob o n.º 4018 e inscrito namatriz urbana, sob o artigo 3844 da respectiva freguesia, e que consistem, essencialmente,na criação <strong>de</strong> um alpendre, no aumento da área <strong>de</strong> implantação, na<strong>de</strong>finição da área <strong>de</strong> construção para habitação, garagem e alpendre, e na re<strong>de</strong>finiçãodos polígonos <strong>de</strong> implantação.A área encontra-se abrangida pelo Plano Director Municipal.<strong>Leiria</strong>, 03 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011Por Sub<strong>de</strong>legação <strong>de</strong> Competências do Vereador do Or<strong>de</strong>namento do Territórioe Urbanismo (Edital n.º 70/10)A Directora do Departamento <strong>de</strong> Operações UrbanísticasFernanda GuapoCARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHANotária: Sónia Marisa Pires Vala<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1392 - 17.03.2011Certifico, para fins <strong>de</strong> publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada <strong>de</strong> folhascento e vinte e nove a folhas cento e trinta e duas verso, do Livro Cento e Setenta– B, <strong>de</strong>ste Cartório.PRIMEIRO: Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Quintela, NIF 121 551 610, divorciada, natural dafreguesia <strong>de</strong> Caldas da Rainha (Nossa Senhora do Pópulo), concelho <strong>de</strong> Caldas daRainha, com domicílio profissional na Praça Goa Damão e Diu, 10, 1º, em <strong>Leiria</strong> queoutorga na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestora <strong>de</strong> negócios <strong>de</strong>:Lúcio da Cruz e Silva Domingues NIF 170 925 129 e mulher Maria da Silva CarreiraBregieira Domingues, NIF 170 925 187, casados sob o regime da comunhão<strong>de</strong> adquiridos, ambos naturais da freguesia <strong>de</strong> Monte Redondo, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>m na Rua Principal, nº 32, Fonte Cova.SEGUNDO: Dionísio <strong>de</strong> Oliveira Santos, NIF 141 252 715 e mulher ConceiçãoAmélia Rodrigues Oliveira, NIF 165 696 370, casados sob o regime da comunhão<strong>de</strong> adquiridos, naturais ele da freguesia <strong>de</strong> Coimbrão, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, ela da freguesia<strong>de</strong> Ferreira a Nova, concelho da Figueira da Foz, resi<strong>de</strong>ntes na Rua Principal,nº 26, Fonte Cova, Monte Redondo, <strong>Leiria</strong>.TERCEIRO: Albino da Cruz Fernan<strong>de</strong>s, NIF 176 356 894, e mulher Elvira da Silva,NIF 200 792 105, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia<strong>de</strong> Monte Redondo, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, ela da freguesia <strong>de</strong> Coimbrão, concelho<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, resi<strong>de</strong>ntes na Rua da Escola, nº 12, Fonte Cova, Monte Redondo, <strong>Leiria</strong>.Declaram que, os gestidos da primeira, conjuntamente com os segundos e os terceirosoutorgantes, com exclusão <strong>de</strong> outrem, são donos e legítimos possuidores nas proporções<strong>de</strong> setenta e oito cento e noventa avos indivisos para os gestidos da primeira,doze cento e noventa avos indivisos para os segundos e <strong>de</strong>z cento e noventa avos indivisospara os terceiros, <strong>de</strong> cem cento e noventa avos indivisos do prédio misto,composto <strong>de</strong> casa <strong>de</strong> habitação, e <strong>de</strong>pendências, com a área coberta <strong>de</strong> oitenta e novemetros quadrados, páteo com a área <strong>de</strong> cento e noventa metros quadrados e terra <strong>de</strong>cultura, oliveiras e mato com a área <strong>de</strong> seis mil cento e vinte e três metros quadrados,sito em Casas da Fonte Cova, freguesia <strong>de</strong> Monte Redondo, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<strong>de</strong>scrito na Segunda Conservatória do Registo Predial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, sob o número doismil seiscentos e setenta/ Monte Redondo, sem inscrição <strong>de</strong> aquisição em vigorquanto ao direito justificado, inscrito na matriz predial sob o artigo 508 urbano,com o valor patrimonial <strong>de</strong> €254,64 e sob o artigo 320 rústico, com o valor patrimonial<strong>de</strong> IMT <strong>de</strong> €24,24.Que os gestidos da primeira adquiriram o referido direito <strong>de</strong> setenta e oito cento enoventa avos indivisos, no prédio, por doação verbal <strong>de</strong> José da Silva Domingues, resi<strong>de</strong>nteque foi no dito lugar <strong>de</strong> Fonte Cova, no ano <strong>de</strong> mil novecentos e setenta e três;Que os segundos outorgantes adquiriram doze cento e noventa avos indivisos do prédiono ano <strong>de</strong> mil novecentos e setenta e quatro, por compra verbal a Manuel Ferreirae mulher Encarnação Pedrosa, resi<strong>de</strong>ntes que foram no Casal dos Secos, Coimbrão,<strong>Leiria</strong>;Que os terceiros outorgantes adquiriram <strong>de</strong>z cento e noventa avos indivisos no ano <strong>de</strong>mil novecentos e setenta e três, por compra verbal a José Ferreira Évora e mulherEncarnação <strong>de</strong> Jesus, resi<strong>de</strong>ntes em Moita da Roda, Souto da Carpalhosa, <strong>Leiria</strong>;Que, sendo as referidas transmissões meramente verbais, não possuem os justificantesqualquer titulo formal para registar os seus direitos no prédio na Conservatória,mas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo entraram na posse e fruição dos mesmos.Que em consequência daquelas transmissões verbais, os gestidos da primeira, os segundose os terceiros, possuem o referido direito no prédio em comproprieda<strong>de</strong> há mais<strong>de</strong> vinte anos sem a menor oposição <strong>de</strong> quem quer que seja <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu início, posseque sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento <strong>de</strong> todaa gente e a prática reiterada dos actos habituais <strong>de</strong> um proprietário pleno, com a ocupaçãodo prédio urbano, com o amanho da terra, recolha <strong>de</strong> frutos, conservação e<strong>de</strong>fesa da proprieda<strong>de</strong>, pagamento das contribuições e <strong>de</strong>mais encargos, pelo que, sendouma posse pacífica, contínua, pública e <strong>de</strong> boa fé durante aquele período <strong>de</strong> tempo,adquiriram, nas aludidas proporções, o referido direito <strong>de</strong> cem cento e noventaavos indivisos no prédio por usucapião.Batalha, vinte e um <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> dois mil e onze.A funcionária com <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res (artº 8º do Dec/Lei 26/2004 <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Fevereiro)Liliana Santana SantosASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE MARRAZESEDITAL Nº 01/11<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1392 - 17.03.2011ACÁCIO MANUEL MOREIRA DA BÁRBARA, Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia<strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Marrazes, nos termos do nº3 do artigo 84 da Lei nº 169/99, <strong>de</strong>18 <strong>de</strong> Setembro, torna público e convoca, nos termos do nº1 do artigo 14º da Leinº. 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5/A<strong>de</strong> 2002 <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Janeiro, os membros da Assembleia <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Marrazespara a sessão extraordinária, que terá lugar no Auditório da Filarmónica<strong>de</strong> S. Tiago <strong>de</strong> Marrazes, a partir das 21H00, do próximo dia 23 <strong>de</strong> Março<strong>de</strong> 2011, com a seguinte:Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Trabalhos1 - Apreciação, discussão e votação da venda <strong>de</strong> uma parcela <strong>de</strong> terreno e servidãona Mata <strong>de</strong> Marrazes à Empresa Águas do Mon<strong>de</strong>go;2 - Ratificação da A<strong>de</strong>nda ao Acordo <strong>de</strong> Colaboração entre a CML, a JFM e oAgrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Marrazes, no âmbito da Educação Pré-EscolarApoio Sócio-Familiar relativo ao ano <strong>de</strong> 2011.Marrazes, 14 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2010O Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia <strong>de</strong> FreguesiaAcácio Manuel Moreira da BárbaraAGRADECIMENTOPela abnegada <strong>de</strong>dicação, carinho e profissionalismoexercido pelos médicos Dr.Pedro Soares e Dra. Conceição Neves, noacompanhamento hospitalar ao Sr. JohnPereira da Silva na sua passagem peloHospital <strong>de</strong> Santo André, não esquecendoo corpo <strong>de</strong> enfermeiros.


| JORNAL DE LEIRIA | UTILIDADES |17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 | 47F A R M Á C I A SQUINTA, 17SEXTA, 18SÁBADO, 19DOMINGO, 20SEGUNDA, 21TERÇA, 22QUARTA, 23QUINTA, 17SEXTA, 18SÁBADO, 19DOMINGO, 20SEGUNDA, 21TERÇA, 22QUARTA, 23ALCOBAÇAMagalhães 262582455Campeão 262582156B. Marques 262582115Epifâneo 262582124Magalhães 262582455Campeão 262582156B. Marques 262582115BATALHAM. Padrão 244765449M. Padrão 244765449M. Padrão 244765449M. Padrão 244765449Ferraz 244765124Ferraz 244765124Ferraz 244765124C. DA RAINHACal<strong>de</strong>nse 262832256Central 262831471Rosa 262831996Perdigão 262880681B. Lisboa 262832324Freitas 262840030Cal<strong>de</strong>nse 262832256FIGUEIRÓVidigal 236552441Vidigal 236552441Vidigal 236552441Vidigal 236552441Serra 236552339Serra 236552339Serra 236552339MARINHA GRANDEDuarte 244503024Sta. Isabel 244575349Guardiano 244502678Central 244502298Roldão 244502641Mo<strong>de</strong>rna 244502834Duarte 244503024NAZARÉSousa 262561221Silvério 262552394Silvério 262552394Silvério 262552394Ascenso 262551106Ascenso 262551106Ascenso 262551106POMBALPaiva 236212013Paiva 236212013Paiva 236212013Paiva 236212013Barros 236212037Barros 236212037Barros 236212037PORTO DE MÓSMirense 244440213Mirense 244440213Central 244440237Central 244440237Central 244440237Central 244440237Central 244440237LEIRIAAvenida 244833168Batista 244832320Central 244817980G. Tomaz 244832432Higiene 244833140Antunes 244832465Lis 244882609Aberta 24 horasFarmácia do Hospital <strong>de</strong> Sto. André244881108De quinta a domingoB. Godinho 244777284 (Arnal)De domingo a quartaCx. <strong>de</strong> Previdência 244771540(Maceira)Nova (Barosa) 244852808Sta Margarida (Arrabal) 244742482Nova Ortigosa (Ortigosa) 244614179Azóia (Cruz <strong>de</strong> S. Tomé) 244882677Duarte (Coimbrão) 244606458Henrique(Sta Catarina da Serra) 244741474Monte Real(Monte Real) 244612253Boavista (<strong>Leiria</strong>) 244723124Sol (Monte Redondo) 244685127Mo<strong>de</strong>rna(Caranguejeira) 244732122F. Silva Graça(S. Carpalhosa) 244613197Valente (Eira-Velha) 244722354Senhor dos Milagres(Milagres) 244851095David (Santa Eufémia) 244801991Dulce Caçador(Bidoeira <strong>de</strong> Cima) 244721222Castela (Cortes) 244891445Laranjeira Pais (Amor) 244861072PASSATEMPOSSUDOKUPALAVRAS CRUZADASHorizontais: 1 – Pegarei fogo em alguma coisa.Medida <strong>de</strong> Amesterdão. 2 – Estendi na cama.Exprima à maneira <strong>de</strong> urro. 3 – OrganizaçãoMundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (abrev.). Criar grão (Bras.).4 – 11 (rom.). Assoalhado, soalho. 5 – Procrastina,<strong>de</strong>longa. Retinir. 6 – Movimento ondulatório.Coisas gran<strong>de</strong>s, graúdas (Ant.). 7 –Que não tem cauda (Bras.). O m. q. Ohm. 8 –Increpar <strong>de</strong> novo. Nióbio (s.q.). 9 – Cinematógrafos.A família. 10 – Agregou. Estado docontinente africano. 11 – Triture com os <strong>de</strong>ntes.O m. q. calcar.SOLUÇÕES DA EDIÇÃO ANTERIORO objectivo é preencher um quadrado 9x9 com números <strong>de</strong> 1 a 9, sem repetir números em cadalinha e cada coluna. Também não se po<strong>de</strong> repetir números em cada quadrado <strong>de</strong> 3x3.Verticais: 1 – Planta caprifoliácea <strong>de</strong> cheiro almiscarado.Tomar sobre si as responsabilida<strong>de</strong>s.2 – Receado. Pátio, quintal. 3 – Aquiestão!. Doidice. 4 – Astato (s.q.). Membro <strong>de</strong>uma seita judaica. 5 – Vala, valeta. Jarro, om.q. arão (Bot.).6 – Porção <strong>de</strong> terreno liso eduro, ou laje, em que se secam cereais(pl.).Filho <strong>de</strong> Abraão, pai <strong>de</strong> Jacob. 7 – Levantou,puxou para cima. Parva, ignorante (Fig.).8 – Que ou o que unha. Duas consoantes. 9 –Cobriam <strong>de</strong> areia. Locução (abrev.). 10 – Cida<strong>de</strong>da Roménia. O m. q. assinala. 11 – Puros,simples. Converter em obra.Horizontais: 1 – OLHADURA. FC. 2 –CHUVOSO. ARI. 3 – U. MIOU. ACER. 4 –PE. OURIVES. 5 – ADEN. ANARCA. 6 –DUREM. ALEAR. 7 – ACATES. IOTA. 8 –ADASTRA. AV. 9 – UDOS. IARA. E. 10 –DOS. OLMEDAL. 11 – AR. SABOIANA.Verticais: 1 – OCUPADA. UDA. 2 – LH.EDUCADOR. 3 – HUM. ERADOS. 4 –AVIONETAS. S. 5 – DOOU. MES. OA. 6 –USURA. STILB. 7 – RO. INA. RAMO. 8 –A. AVALIAREI. 9 – ACERREO. ADA. 10 –FRESCATA. AN. 11 – CIR. ARAVELA.FICHA TÉCNICAJORLIS, LDA.Administração e Gestão:Anabela FrazãoDirecção Editorial:José Ribeiro Vieira, Maria Alexandra Vieira,Arnaldo Sapinho, Orlando Cardoso, Anabela FrazãoCoor<strong>de</strong>nação executiva:Rui Pereira e João NazárioDirector:José Ribeiro Vieirajose.vieira@movicortes.ptDirector-adjunto:João Nazário (C.P. nº TE-570)direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.ptredaccao@jornal<strong>de</strong>leiria.ptredaccao.economia@jornal<strong>de</strong>leiria.ptredaccao.<strong>de</strong>sporto@jornal<strong>de</strong>leiria.ptredaccao.viver@jornal<strong>de</strong>leiria.ptRedacçãoCarina Santos (estagiária)Damião Leonel (C.P. nº 1768)(damiao.leonel@jornal<strong>de</strong>leiria.pt),Daniela Franco Sousa (C.P. nº TP703)(daniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt),Elisabete Cruz (C.P. nº 4403)(elisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt),Graça Menitra (C.P. nº 1769)(graca.menitra@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Jacinto Silva Duro (C.P. nº 5084)(jacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Maria Ana bela Silva (C.P. nº 4308)(anabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Mariana Rodrigues (estagiária)Miguel Sampaio (C.P. nº 8662)(miguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Paula Lagoa(lagoa.jornal<strong>de</strong>leiria@gmail.com)Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva (C.P. nº 2598)(raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Ricardo Graça, repórter fotográfico (C.P. nº 7852)(ricardo.graca@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Colaboradores permanentesAna Ferraz Pereira, Fábio Fialho, Helena C. Peralta,Joaquim Paulo, Luci Pais, Luciano Larrossa, Lur<strong>de</strong>sTrinda<strong>de</strong>, Orlando CardosoColaboradoresAmélia do Vale, Ana Gomes, Ana Narciso, Anabela Frazão,António Delgado, Cristina Nobre, Carlos Carmino, CatarinaSelada, Clarisse Louro, Diogo Mateus, Fernando JoséRodrigues, Francisco Mafra, Helena C. 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Sexta-feiraO TEMPOSábadoDomingo14 C21 C21 C4 C5 CEncoberto Sol Sol9 C"Ninguém é plenamente estável e coerente. O nível <strong>de</strong> flutuação apenas <strong>de</strong>termina o grau das nossas doenças" Augusto CuryComeçou julgamento <strong>de</strong> três arguidos acusados <strong>de</strong> tentativa <strong>de</strong> homicídioJovem assume ter esfaqueado“várias vezes” empresário italianoUm dos três arguidos acusados<strong>de</strong> homicídio qualificadona forma tentada eroubo agravado, em co-autoria,admitiu ao Tribunal <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, na terça-feira, ter sidoo mentor do assalto a GiuseppePezzola e <strong>de</strong> o ter esfaqueado“várias vezes”.M. P., 19 anos, disse aocolectivo <strong>de</strong> juízes que a suaintenção não era matar, massó “assustar” o proprietárioda Pizzaria Rossini, que seencontra em estado <strong>de</strong> coma,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2010, dataem que ocorreram os factos.O arguido explicou quetrabalhou para o italiano eque se <strong>de</strong>spediu, porque “osenhor Giuseppe tinha insinuadoque andava a roubara caixa”. Como forma <strong>de</strong>reaver o dinheiro do salárioque teria ficado por pagar,M. P. convenceu outros doisamigos a assaltarem o empresário.“Combinámos esperar porele na garagem. Levava umafaca na mão só para intimidar,mas quando ele matentou tirar, <strong>de</strong>i-lhe umafacada na barriga”, disse aoO aci<strong>de</strong>nte ocorrido nacentral nuclear <strong>de</strong> Fukushima,no Japão, veio reavivaro <strong>de</strong>bate sobre a segurançada energia nuclear. São jávários os países que estão arepensar este tipo <strong>de</strong> aposta,enquanto outros suspen<strong>de</strong>mo funcionamento<strong>de</strong> infra-estruturas mais antigas.A Alemanha, on<strong>de</strong> existem17 das 146 centrais daUnião Europeia, já anunciouo fecho, por três meses,das sete infra-estruturasanteriores a 1980. Neste paíso nuclear representa 22%da produção energética.Mas na UE é França quempossui o maior número <strong>de</strong>coletivo <strong>de</strong> juízes. O jovemconfessou que agrediu a vítimacom a faca, mesmo<strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sta ter conseguidofugir.O julgamento ficou marcadopor algumas contradições.M. P. revelou que ai<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> levar as facas foido arguido R.G., 18 anos,que acusou <strong>de</strong> também teresfaqueado Giuseppe Pezzolanas costas, quando estetentava sair da garagem.No entanto, a versão <strong>de</strong>R.G. é outra: “Não sabia queiam levar facas. Só soubequando vi o M. tirar as facasda mochila”. O arguido negoucentrais nucleares: 59, responsáveispor quase 80%da produção energética total.França é, aliás, o terceiromaior produtor mundial <strong>de</strong>energia com base no nucleare Nicolas Sarkozy já veiodizer que não irá repensara política energética pois ascentrais francesas “são asmais seguras do mundo”.No Reino Unido existem19 centrais e na Suécia <strong>de</strong>z.Espanha tem oito centraisnucleares e a ministra ElenaSalgado já admitiu queo aci<strong>de</strong>nte no Japão veiotornar “mais necessário” um<strong>de</strong>bate sobre a segurança<strong>de</strong>sta fonte energética. O Paísvizinho mantém a <strong>de</strong>cisãoainda que tenha <strong>de</strong>sferidoqualquer golpe à vítima.“Quando ouvi um gritocorri para ajudar. Meti a mãoentre o M. e o senhor parairmos embora e, por isso,feri-me no pulso”, afirmou,explicando que aceitou participarporque o amigo lhestinha dito que pretendia reavero dinheiro do salário.O testemunho dos doisjovens também não coincidiuem relação às razões doassalto. M.P afirmou que odinheiro serviria para comprardroga para consumoprópria e revenda a “amigos”.■ Elisabete CruzEspanha quer fechar uma das oito unida<strong>de</strong> que possuiUnião Europeia tem 146 centrais nuclearesPUBRICARDO GRAÇA<strong>de</strong> fechar em 2013 a central<strong>de</strong> Garoa, em Burgos.Segundo informações daUnião Europeia, cerca <strong>de</strong>um terço da electricida<strong>de</strong> e15% da energia consumidasneste espaço provêm <strong>de</strong>centrais nucleares. A Itália,por exemplo, que não possuieste tipo <strong>de</strong> infra-estruturas,queria construí-laspara assegurar 20% do seuconsumo. O Japão, com 55centrais, tinha intenções <strong>de</strong>construir mais, assim comoa Rússia, que possui 31. China,Coreia do Sul e EstadosUnidos são outros paísesque tinham intenção <strong>de</strong> construirnovas centrais nucleares.■LEIRIACredores pe<strong>de</strong>minsolvência da PasolisPÁGINA 22Câmara integraarrumadoresna Divisão<strong>de</strong> Espaços Ver<strong>de</strong>sPÁGINA 8<strong>Leiria</strong>AvenidaErnesto Korrodifechadaao trânsitoA partir <strong>de</strong> amanhã, a AvenidaErnesto Korrodi, em <strong>Leiria</strong>,estará fechada ao trânsito. Como <strong>de</strong>correr das obras naquelelocal, a PSP enten<strong>de</strong> que a artérianão reúne as condições <strong>de</strong>segurança para que o trânsitopossa circular. A Rua Pero Alvitoservirá como caminho alternativopara ace<strong>de</strong>r ao GovernoCivil, PSP, castelo e outras entida<strong>de</strong>sque se encontram nestazona. Já o tráfego provenientedo Castelo e do Largo Manuel<strong>de</strong> Arriaga será <strong>de</strong>sviado para aRua Cónego Sebastião da CostaBrites e Largo da Sé. As alteraçõesreferidas <strong>de</strong>correm noâmbito das obras <strong>de</strong> requalificaçãodo espaço público da ZonaAlta do Centro Histórico. ■OPINIÃOJoana LouroSe calhar, ainda é possível sonhar umpaís, porque sabemos que o paísmuda … se nós mudarmos!Osvaldo CastroPÁGINA 2Na passada sexta-feira, Sócrateslogrou ganhar a confiançados responsáveis europeusPÁGINA 16●CRÓNICAS SEM TÍTULOHá alguns anos escrevi uma crónicaa que <strong>de</strong>i o título “O meu amigojaponês”. Dava conta <strong>de</strong> umencontro, em França, com um cidadão<strong>de</strong>sse país, agora martirizadopelas consequências <strong>de</strong> um terrívelterramoto. Tinha estado, duranteum ano, em Portugal e estranhavanão só a dimensão das casas, muitasnovas, como a quantida<strong>de</strong> e até a qualida<strong>de</strong> dosautomóveis que circulavam nas estradas, até altashoras da noite. Não percebia como tanta gente frequentavaos restaurantes e as horas tardias a quefechavam. Tentei explicar-lhe, mas logo percebi quenão era capaz <strong>de</strong> o fazer pois, para os factos que mereferia, não encontrava eu qualquer explicação plausível.Ele como eu sabíamos que os nossos indicadoreseconómicos eram dos piores da Europa.Esta conversa reavivou-me a convicção <strong>de</strong> quePortugal vivia anestesiado por uma perspectiva <strong>de</strong>crescimento sem qualquer sustentação objectiva.Gastava muito mais do que produzia, sendo que estadiferença tinha que vir <strong>de</strong> algum lado. Percebe-seagora que, em boa parte, se vivia com dinheiroemprestado pelo estrangeiro aos bancos que, por suavez, financiavam gastos a gente que mal ganhavapara comer e educar os filhos. Por isso acho pequenaa dívida externa, <strong>de</strong> que agora tanto se fala. Esbanjámosrecursos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que há <strong>de</strong>mocracia em Portugale, em particular, não apenas nos 10 últimos anos,como alguns fazem crer mas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que, há 25 anos,a<strong>de</strong>rimos à Comunida<strong>de</strong> Europeia. Disseram-nos quepodíamos viver como a França e a Alemanha e nós<strong>de</strong>ixámo-nos enganar. Pensávamos que isso se conseguiasem conhecimento, sem saber e sem trabalhar.Não estávamos preparados para perceber a realida<strong>de</strong>,nem interessados em reflectir sobre ela.Quando tive a conversa com este amigo japonêsjá tinha ido ao Japão, surpreen<strong>de</strong>ndo-me a capacida<strong>de</strong>produtiva e o sentido <strong>de</strong> inovação que havianas fábricas que visitei. Estranhei, ainda, a disciplinae a exigência patrióticas que punham no quefaziam, transformando, assim, o país numa das economiasmais ricas do mundo. Ainda hoje os trabalhadoresjaponeses têm nove dias <strong>de</strong> férias por anoe muitos <strong>de</strong>slocam-se mais <strong>de</strong> cem quilómetros, paratrabalhar. Muitos <strong>de</strong>les não têm casa (e gran<strong>de</strong> muitomenos) nem automóvel. Usam transportes públicos<strong>de</strong> excepcional qualida<strong>de</strong>. No Japão estudar etrabalhar não constitui qualquer sacrifício. É, antes,um assumido <strong>de</strong>ver. A <strong>de</strong>mocracia não permite <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.O país está primeiro.Dedico esta crónica aos vários amigos que fuicriando ao longo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 20 anos e ao própriopaís, a braços com a maior catástrofe <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a 2ª GuerraMundial. A cultura <strong>de</strong>ste povo, bem diferente daoci<strong>de</strong>ntal, on<strong>de</strong> o homem se confun<strong>de</strong> com a natureza,vai proporcionar uma reconstrução do país empouco tempo. Mais do que lamentar-se, acusar e dizermal, vai lutar para construir o que foi <strong>de</strong>struído. Osjaponeses não são parasitas públicos como muitosoci<strong>de</strong>ntais e portugueses. São patriotas e colocam oseu país e as empresas on<strong>de</strong> trabalham, públicas ouprivadas, acima <strong>de</strong> tudo. Viva o Japão! ■José Ribeiro VieiraSUGESTÕES DE LEITURAViagem Extraordinária ao Centro doCérebroJean-Didier VincentEditora: Texto●A Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Man<strong>de</strong>laDavid James SmithEditora: Saída <strong>de</strong> Emergência

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