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Die Zeitung der GrüFo Ausgabe 24 Gerasdorf, März 2011Fortsetzung von Seite 2dem Erhalt des Wehrersatzdienstes(„Zivildienst“) legitimiert: Wirkönnten uns die dadurch entfallendenLeistungen durch „bezahltesPersonal“ nicht mehr leisten.Ein paar grundsätzlicheGedanken dazu:• Die Wehrpflicht ist lt. Menschenrechtender einzig zulässige„Zwangsdienst“. Andere Diensteerfordern Freiwilligkeit.• Die Wehrpflicht ist eine „Naturalsteuer“:Junge (männliche)Bürger stellen sich unentgeltlichfür die Landesverteidigung bzw.einen Ersatzdienst zur Verfügung.Dafür gibt es lediglich „Taschengeld“bzw. Spesenersätze.• Hauptzweck ist die militärischeLandesverteidigung, inklusive Beteiligungan Auslandseinsätzen.• Die Nutzung militärischen Gerätesund Personals zur Katastrophenbewältigungist zwar sinnvoll,aber nicht Sinn des Bundesheers.• Werden Katastrophenschutzoder Zivildienst zur Hauptlegitimation,verliert der Präsenzdienstseine Grundlage für einen zulässigenZwangsdienst!Wie wird aber in derÖffentlichkeit argumentiert?„Die Bedrohung ist weggefallen“Nein, die Bedrohung hat sichverändert! Wir verteidigen nichtmehr Österreich, sondern „Schengenland“.Meint jemand ernsthaft,dass uns die Grenzländer verteidigensollen, wir aber keinen Beitragdazu leisten brauchen?Ja, Berufssoldaten machendas wohl besser als Wehrpflichtige.So halten wir es ja auch beiAuslandseinsätzen auf Basis vonBündnissen wie UNO oder EU.Die Verteidigung der „Schengengrenze“ist da ähnlich zu betrach-ten. Und für die neue Herausforderung„Cyber-War“ sind Grundwehrdienerwohl nicht qualifiziert!„Wir brauchen die Wehrpflicht fürden Katastrophenschutz“Katastrophenschutz und -Einsatzist in Österreich Sache derFeuerwehr. Dafür wird sie bzgl.Ausrüstung von Gemeinden, Landund der Bevölkerung unterstützt.Ja, es ist angenehm, im Krisenfallein Heer von Wehrpflichtigenund militärisches Gerät zurVerfügung zu haben! Aber es istkeine Legitimation für Wehrpflichtund militärische Investitionen.„Ohne Zivildienst ist unserSozialsystem nicht mehr leistbar“Es ist eine sehr schlechte Entwicklung,uns in hohem Maß vomZivildienst abhängig gemacht zuhaben. Uns muss klar sein: Zivildienermachen einen Ersatzdienstfür einen „militärischen Zwangsdienst“- er ist nicht freiwillig!Wer füllt jetzt die Finanzlückeim Sozialsystem? Die jungenMänner, die ein Jahr Ausbildungund berufliches Einkommen aufgebenmüssen, um unser Sozialsystemunentgeltlich „zu erhalten“!Rückzahlungen für aufgehäufteSchulden und unsichere Berufsumfelder(„Generation Praktikum“,„McJobs“, Pensionskürzungen)haben wir Ihnen nochzusätzlich aufgebürdet.Wir brauchen eine faireDiskussion über die Finanzierungeines Zivildienstersatzes.„Die Jungen sollen weiter gratisarbeiten“, greift da eindeutig zukurz!(ck)•P.S.: Ich selber habe mich 1985 fürden Zivildienst entschieden.Meine Erfahrungen, die ichbeim Roten Kreuz machte,möchte ich nicht missen.Offenlegung nach §25 Mediengesetz: Medieninhaber von „GrüFo-aktuell“ ist zu 100% „Die Grünen - Forum S1“(GrüFo). GrüFo finanziert sich aus Mitgliedsbeiträgen, Spenden, etc. Ziel ist die gemeinsame Erarbeitung undpolitische Durchsetzung ökologischer, sozialer, ökonomischer, kultureller und mit diesen inhaltlich zusammenhängenderProgramme. GrüFo strebt eine möglichst direkte Form der Beteiligung der Bevölkerung an politischen Planungs- undEntscheidungsprozessen an.Was hat derinternationaleFrauentagmit Grießkoch zu tun?Am 8.März war Weltfrauentag- schon zum 100. Mal -und da hab ich ein bisschennachgeforscht, was es sonstnoch so Tage, Wochen, Jahreund Dekaden gibt:Am 21. März - zu Frühlingsbeginn- ist Welttag der Poesie -wie poetisch!Brisant könnten der 23. und 26.April werden - die Weltttage des„Buches und des Urheberrechts“bzw. „des geistigen Eigentums“.2011 ist sowohl „Jahr desWaldes“ als auch „Jahr derChemie“ und das erste Jahr der„Dekade für biologische Vielfalt“.„Ja, biologische Vielfaltist Grundlage für vollwertige,gesunde Ernährung“, denke ich -und stell mir dabei das Angebot inunseren Supermärkten vor:Wozu produzieren eigentlichunsere Bio-Bauern gesundeRohstoffe, wenn wir dann lauterFertig- oder „Bausatz“-Gerichtekaufen?Zuletzt hab ich „Instant“-Grießkoch entdeckt: dazu brauchtes nicht Milch und Grieß, sondernWasser und Pulver aus dem Alu-Verbund-Packerl!Ok, Palatschinken in Plastikeingeschweißt oder gekochteEier bringen Zeitersparnis; aberdieses „Grieß“-Koch muss mandoch auch noch kochen!Allerdings - mir wäre um dieseZeit leid!Müssen wir vielleicht fürchten,dass unsere Kinder verhungern,weil sie nicht mehr wissen werden,wie man sich eine Eierspeismacht?(ek)

4 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012AberturaMARIA ANABELA SILVA1Voluntariadoergue grandes obrasEsforço colectivo Numa época marcada peloindividualismo e pela escassez de recursos, o esforço dascomunidades locais é, muitas vezes, a solução paraconcretizar obras há muito sonhadas pelas populaçõesMaria Anabela Silvaanabela.silba@jornaldeleiria.pt❚ O homem sonha, a população ajudae a obra nasce. Assim se poderia resumira história da construção das novasigrejas de Pousos e da Quinta doAlçada, do quartel da secção Sul dosBombeiros Voluntários de Leiria ou dolar, centro de dia e ATL erguido pelaAssociação Humanitária Amigos deColmeias. Numa época marcada peloindividualismo, estes são algunsexemplos de projectos que nasceramdo esforço colectivo das comunidadeslocais, que, quase sem apoiospúblicos, conseguem erguer obrasde milhões há muito ambicionadaspelas populações.Além do esforço financeiro, a concretizaçãodesses projectos envolvetambém muitas horas de trabalhovoluntário, quer na mobilização da comunidadequer na organização deeventos de angariação de fundos ouaté mesmo na execução física dasobras. Um esforço que acaba por nãoser contabilizado nos custos da obras,o mesmo acontecendo com os muitosdonativos em materiais oferecidospor particulares e empresas.Pousos constrói nova igrejaSonhada e prometida “há quase 50anos”, a nova igreja dos Pousos seráinaugurada em Fevereiro do próximoano. Além do templo, com capacidadepara acolher cerca de 500 pessoassentadas, o complexo erguido pela populaçãoao longo dos últimos anos integraum salão paroquial com palco ecamarins, dez salas de catequese,uma residência para o pároco, casamortuária e um anfiteatro ao ar livre.No total, o projecto envolve um investimentona ordem dos 2,3 milhõesde euros.“Já pagámos 1,8 milhões”, contaJoaquim Pedro de Sousa, membro doConselho Económico da paróquia, aquem os olhos brilham de emoçãoquando fala da obra, que vai entraragora na recta final. “O sonho está àtornar-se realidade, porque acreditámos.Às vezes, conseguimos superarnos”,diz o dirigente, frisando que a

Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 5JACINTO SILVA DURO2RICARDO GRAÇA3Monte RedondoVoluntáriosrecuperamantiga estaçãoA antiga estação de comboios deMonte Redondo, desactivada hámais de 30 anos, está a ganharuma nova imagem. Arecuperação tem sido levada acabo por um grupo devoluntários, sócios e amigos daAssociação Ecológica OsDefensores, com o apoio deempresas da freguesia, quecedem os materiais. “Em vez deirmos para o café, vamos para asobras. É o nosso convívio de finalde dia”, contou recentemente aoJORNAL DE LEIRIA Paulo Gaspar,presidente da associação, queexplica que o projecto nasceu danecessidade de encontrar umespaço para instalar a sede dacolectividade e da constatação doestado de degradação da estação.População ergue quartelInaugurado há um ano, o quartel dasecção Sul dos Bombeiros Voluntáriosde Leiria, localizado nos Cardosos,custou perto de 600 mil euros, contandoapenas com 145 mil euros deapoios oficiais (120 mil cedidos pelacâmara e 25 mil pela Autoridade Nacionalde Protecção Civil). Tudo o resobraé o resultado de “muito trabalhoe de uma grande generosidade” da comunidade.Uma das formas de financiamentodo projecto é a Liga Pedras Vivas, queconta com quase 500 membros, queassumem a entrega de um donativomensal em “função das suas possibilidades”.Segundo Joaquim Pedro deSousa, esta liga serve de suporte aoempréstimo de 250 mil euros contraídojunto da banca. A restante verbatem sido conseguida através demúltiplas iniciativas, como almoçosconvívio,venda de rifas, peditóriosporta-a-porta ou a realização de pequenosmercados ao domingo noadro da igreja, num trabalho voluntárioque exige “milhares de horas emuita dedicação”.Davide Gonçalves, pároco da freguesia,sublinha a preocupação de envolvera população no projecto, paraque “sinta a obra como sua” e a encarecomo um “espaço comunitário”, commúltiplas valências, que vão desde oculto à cultura. “É uma obra necessáriae a pensar no futuro”, assegura5DRMARIA ANEBELA SILVA41 - Nova igrejada Quintada Alçada2 - Nova igrejade Pousos3 - Lar deColmeias4 - Quartel debombeirosnos Cardosos5 - Antigaestação decomboios deMonteRedondoJoaquim Pedro de Sousa , que diz ser“um prazer participar num projectoque é uma mais-valia para a freguesia”.Este membro do Conselho Económicofrisa que a antiga igreja, compouco mais de 100 lugares sentados,foi construída há mais de 300 anos,quando os Pousos era “uma aldeia”.Nos últimos anos, a freguesia “cresceumuito” e a tendência é para quecontinue a desenvolver-se. “Queremosdeixar uma obra que orgulhe esirva as gerações vindouras”, acrescentao dirigente, frisando que o complexonão serve apenas a vertente religiosa,mas também as áreas social ecultural.to, é o resultado do esforço da população,juntas e empresas das quatrofreguesias envolvidas no projecto:Arrabal, Caranguejeira, Chaínça eSanta Catarina da Serra.“Aquela obra tem inúmeras horasde trabalho gracioso de muitas pessoas.Chegámos a ter no local 30 pedreirose vários pintores e houvemuito material cedido por empresas”,conta Virgílio Gordo, presidente da Associaçãodos Amigos da Secção deBombeiros do Sul do Concelho de Leiria.O dirigente conta que o projectonasceu da necessidade de melhorar asinstalações do quartel da secção deSanta Catarina da Serra, que funcionavanum espaço “bastante precário”.O projecto acabaria por ser alargadoàs freguesias vizinhas, tendo as juntasde então assumido a aquisição deum terreno.Para o financiamento da obra aindaforam tentadas candidaturas afundos comunitários, mas sem sucesso.Esse revés não fez, no entanto,morrer o sonho. E, mesmo sem a garantiade qualquer apoio oficial, aobra arrancou em meados de 2009,sendo concluída em Junho de 2011.“Fizemos peditórios porta-a-porta,almoços e outros eventos de angariaçãode fundos. Conseguimos cercade 2700 sócios, que pagam umaquota anual de 15 euros, e contámoscom o apoio de muitas empresas”, explicaVirgílio Gordo, que não tem dúvidasem afirmar que, sem o apoio dapopulação, a obra não seria concretizada.E já com o quartel concluído a associaçãocontinua a 'socorrer-se' daajuda da comunidade para asseguraro funcionamento da corporação, porqueos apoios oficiais são “insuficientes”.Nesse sentido, continuam aser realizados almoços-convívio eoutros eventos de angariação de fundos.“Sem o apoio da população é difícilfazer face a todas as despesas”.Espaço multi-funcional nascena Quinta do AlçadaA primeira pedra da nova igreja daQuinta do Alçada foi colocada em2005. Aos poucos, a obra tem crescidoe só ainda não está concluída porque,em Agosto do ano passado, umincêndio destruiu por completo oauditório, construído na cave do templo,quando este já se encontravapraticamente concluído. Um rudegolpe na perseverança da comissão daigreja, que tem mobilizado a comunidadeem torno de uma obra que nofinal deverá rondar os dois milhões deeuros.“Sem aquele acto de terrorismo,que afectou também outros espaçosalém do auditório, nunca chegaríamosa esse valor”, nota Rafael Silva, doConselho Económico da igreja, quesublinha que a obra tem sido feita“com o dinheiro e o esforço” da população.Aquele dirigente explicaque, além das iniciativas promovidaspela comissão, como almoços, noitesde fados ou peddy papers, há outraspessoas que se organizam e tambémpromovem eventos de angariação defundos. Foi ainda dinamizado o programaEscada, através do qual a pessoaassume a entrega de um donativomensal, que “pode ser de umeuro”.A par da igreja com capacidadepara 450 pessoas sentadas, o projectocontempla a criação de um auditóriocom cerca de 380 lugares, oito salasde catequese, uma casa mortuáriae três salas polivalentes, que podemser usadas para formação. Apesar dadimensão do empreendimento, RafaelSilva diz que não se trata de umprojecto megalómano, mas sim de“uma obra necessária e a pensar no futuro”e na perspectiva de crescimentoda comunidade onde está inserida.Esse é também o entendimento dopadre Augusto Gonçalves, que frisaque a Igreja de Nossa Senhora de Fátimatem uma área de abrangênciaque envolve o Bairro das Almoínhas,a Quinta do Alçada e a Sismaria, ondemoram “mais de seis mil pessoas”.O sacerdote frisa que, além da componentereligiosa, o espaço tem tambémvalências na área lúdica, culturale formativa. “Não se trata apenasde uma igreja, mas de um espaço multi-funcional,que será útil à população”,observa.Amigos das Colmeiasedificam larA Associação Humanitária Amigosde Colmeias nasceu, em 2001, paralegalizar uma ambulância oferecidapor um emigrante, mas a falta de respostaspara a terceira idade numafreguesia “envelhecida” viria a mudaro rumo da instituição. Em 2006,foi formalizada uma candidatura aoPARES (Programa de Alargamentoda Rede de Equipamentos Sociais)para a construção de um lar e de umcentro de dia para idosos e de umATL num terreno cedido pela junta.No entanto, a obra acabaria poravançar sem o dinheiro do Estado,que só chegaria muito mais tarde epara cobrir apenas 40% do total doinvestimento.Manuel Ferreira, presidente daassociação, conta que ainda antes deavançarem com a angariação defundos junto da população, foi contraídoum empréstimo com o avalpessoal de cinco sócios. “Queríamoster já obra visível para que aspessoas acreditassem no projecto”,explica o dirigente, que enaltece aforma como a população aderiu àcausa. “A adesão foi muito boa.Também porque se percebeu que estávamosa trabalhar para o interesseda comunidade”, nota.A obra custou cerca de 1.3 milhõesde euros, dos quais cerca de 500 milresultaram de um apoio do PARES.A associação contraiu um empréstimono mesmo valor e restante dinheirofoi angariado junto da comunidade.Com o lar a funcionar há cerca deum ano, a associação está já a trabalharna sua ampliação, com a criaçãode mais 11 camas. “É um bomcontributo para a comunidade pois,além de respondermos a uma necessidade,estamos a criar postos detrabalho”, afirma Manuel Ferreira,sublinhando que, neste momento, aassociação já será um dos principaisempregadores da freguesia, contandocom 32 funcionários.

6 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012EntrevistaMaria João Valente Rosa Por preconceito, a sociedade está a dar-se ao luxode desperdiçar as pessoas de idade mais avançada. Esta demógrafa diz mesmoque o envelhecimento não é um problema, mas uma mais-valia e que, nofuturo, seremos ainda mais envelhecidos que hoje“O envelhecimentonão é um problema mas umamais-valia”Graça Menitragraca.menitra@jornaldeleiria.ptA que se deve a actual taxa de natalidade?Estamos com um dos níveis maisbaixos de fecundidade, não da Europamas do ex-conjunto dos paísesda União Europeia a 15. Para as geraçõesse substituirem é precisoque cada mãe tenha, em média, 2,1filhos e nem Portugal nem nenhumpaís da União Europeia a 27 tem asseguradaessa substituição. Antes, asociedade era de 4/2/1 (quatro filhos,dois pais e um avó). Actualmente inverteu-see é de 1/2/4 (um filho,dois pais e quatro avós, ainda todosvivos). É uma estrutura completamenteao contrário. Isto prende-secom factores de desenvolvimento:maior escolaridade, maior participaçãodas mulheres no mercadode trabalho, métodos contraceptivosmais eficazes e alteração do valoreconómico da criança. A reduçãosignificativa da mortalidade infantilfaz também com que mulheres ehomens comecem a programar e aver os seus filhos como um projectode vida, porque sabem que elesvão ultrapassar a barreira dos primeirosanos de vida.Sendo um projecto de vida, a criançade hoje é mais feliz que há 60anos?Não sei dizer. Sou uma mulher dosindicadores e quando falo, faço-o apartir de factos. E a felicidade éalgo relativo, depende dos tempos.Mas à luz dos dias de hoje, as criançasdo passado eram muito mais infelizes.As acessibilidades ao mundoeram muito inferiores, a escolaridadeera muito baixa (factoresque contribuem para a felicidade individuale para a sua harmonia), osriscos de morte eram muito elevados,as condições de vida e higieneeram fraquíssimas. Tenho 51 anos esenti que a minha infância foi relativamentefeliz mas com horizontesmuito limitados, comparativamentecom as oportunidades das criançasde hoje.E a crise económica não tem peso?A conjuntura tem as costas largas.Atribuímos tudo à crise. Não é por dinheiroque as pessoas decidem nãoter mais um filho mas sim porque nãoencontram reunidas uma série decondições que acham desejáveis.Um filho é, cada vez mais, uma decisãoplaneada, um projecto de vidaque não queremos que falhe. Acreditoaté que possamos, em breve, registarum aumento dos níveis de fecundidadee que estabilize nos doisfilhos. A crise pode ter algum efeito,embora ainda não medido, mas apenasno adiar o projecto de ter filhos.Por múltiplos aspectos, o factor financeiro,cai por terra em relação ànatalidade. Porque se o facto de aspessoas terem mais dinheiro fossecondição para terem mais filhos, entaonão se entenderia (o que tambémé observável sob o ponto de vista estatístico)o facto das descendênciasmais numerosas se encontrarem nasfamílias de classe social mais baixa.E não é uma regra só portuguesa. Asclasses médias são as que têm menosfilhos. Para fechar este assunto, estranhariaque voltássemos a descendênciasaltamente numerosas (3 a 4filhos em média). Porque este declínionão pode ser entendido comoalgo de terrível, se atendermos às suascausas. Deveríamos estar mais calmosem relação a este processo. E nãoestamos calmos.Em destaqueSenti que a minhainfância foirelativamentefeliz mas comhorizontesmuito limitados,comparativamentecom asoportunidadesdas criançasde hojePortugal anda sempre atrás de outrospaíses mas nos baixos índicesde natalidade acelerou...Em Portugal é ainda muito marcantea dificuldade de homens emulheres conciliarem tempos detrabalho e de família. Quando olhamospara as mulheres empregadasa tempo parcial (e não estou a falarde trabalho precário), temos menosde metade da percentagem da médiada União Europeia, que têm valoresacima dos 40 %. Em Portugalo tempo do trabalho e o tempo de famíliaconcorrem entre si, o que fazcom que muitas vezes as pessoas tenhamde optar: ou sou boa profissionalou sou boa mãe. Ser-se ambasas coisas é muito difícil. No nossoPaís, o trabalho ainda é extremamenteintensivo e concentra-senuma fase muito curta do nosso ciclode vida, que é a mesma da idadefértil. Noutros países, as políticasdesenvolvidas têm sido muito nosentido de facilitar essa conciliaçãode tempos.Para o aumento da fertilidade emPortugal está a contar com a imigração?Também, mas não só. É verdade queos imigrantes têm sido grandes“contribuintes líquidos” para a natalidade,já que representam cercade 4% no saldo global da populaçãoportuguesa e os nascimentos de filhos(de pai e/ou mãe estrangeiro)cerca de 13%. A migração está muitoassociada ao trabalho que, por suavez, se concentra nas idades mais activas,logo mais férteis. Mas o factode Portugal estar a perder atractividadeem relação ao exterior, faztambém com que cada vez menospessoas venham para cá nas idadesactivas e, por outro lado, nós tambémestamos a sair do País nas idadesmais activas e férteis. E, o saldomigratório de Portugal, que já nãoera negativo desde 1993, em2010/2011, segundo dados mais recentes,voltou a sê-lo. Segundo as estimativas,vai de novo atingir-seum recorde histórico em termosdos mínimos da natalidade.Está igualmente optimista em relaçãoao envelhecimento da população?Diria que estaria muito preocupadase não estivéssemos a envelhecer.Claro que Portugal também, aqui,está a bater recordes, já que é umdos países mais envelhecidos domundo. São cada vez mais as pes-

Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 7DemografiaA importânciadas pessoasMaria João Valente Rosa,professora universitária, nasceuem Lisboa em 1961. Diz que semprese preocupou com “tudo o quemexe” à sua volta, ou seja com aspessoas. A demografia conquistou--a precisamente por ser umaciência que relaciona pessoas enúmeros e estuda o que move ocomporta-mento das pessoas(fecundidade, nupcialidade,migrações, etc). E porque temmuita dificuldade em pensar semestar sustentada em factos enúmeros. Licenciada e doutoradaem Sociologia, pela UniversidadeNova de Lisboa, é directora daPordata (Base de dados de Portugalcontemporâneo) e é autora devários estudos publicados sobre apopulação portuguesa.Desempenhou funções dedirigente em organismos públicosdos Ministérios da Educação e daCiência, Tecnologia e EnsinoSuperior. Integrou o ConselhoSuperior de Estatística e asseguroua representação nacional em váriasinstâncias europeias einternacionais.soas a terem hipótese de chegar aidades mais avançadas e, por suavez, a morrerem cada vez menos atéaos 65 anos. A Europa é já consideradoo continente grisalho, resultadoda melhoria das condições desaúde e dos avanços técnico-científicos.Mas quem é que não gosta deviver mais tempo? E quem é que nãogosta de decidir sobre o próprio númerode filhos que quer ter? Gostamosdisto tudo e se as causas quemotivaram o envelhecimento sãoelas próprias, por si, positivas, entãoonde está o problema? O problemaapenas reside no facto de as sociedadesnão se terem adaptado ao cursodos factos. Porque uma coisa écerta: não vamos deixar de envelhecere, no futuro, seremos aindamais envelhecidos que hoje. Os cenáriosdemográficos são muito certos,mesmo admitindo um aumentodos índices de fecundidade. Porisso, a forma de nos distinguirmosnão deve ser pela idade mas pela viado conhecimento. E o conhecimentonão tem idades nem fronteiras.A primeira impressão quefazemos do outro é se é novo ou velho,encaixando as pessoas em diversosatributos, através de filtrosem relação à idade ou à nacionalidade.Só muito depois é que conseguimosperceber um pouco do valorque aquela pessoa tem. São preconceitosprejudiciais em relação àspessoas de idade mais avançada,que a sociedade se está a dar ao luxode desperdiçar, com consequênciasterríveis para todos, já que setrata de um capital humano extremamenteimportante. Deveríamoscomeçar a olhar para o indivíduo porsi, independentemente da idade,se é ou não estrangeiro e se é homemou mulher.Defende então que o trabalho atempo parcial é a solução para adultose idosos?É, porque os pressupostos se alteraramtodos. Este modelo é terrívelporque estudamos, estudamos, estudamosaté determinada idade,depois trabalhamos, trabalhamos,trabalhamos e não temos tempopara mais nada. Depois é a fase dodescanso, descanso, descanso. Avida partida assim não faz sentido.Em vez da concentração excessivanas idades activas de trabalho, deveapostar-se num modelo em quecada uma das idades (activas e avançadas)possa combinar as váriascomponentes: trabalho e reforma atempo parcial e formação permanentepara se ir actualizando. Este éo ciclo de vida que o envelhecimentoda população nos está a exigir.O envelhecimento demográficonão é mais que um provocador àsnossas cabeça, como que a dizer: oenvelhecimento está aqui e por issoa sociedade tem de mudar, a bem oua mal. O que fizemos até agora foi resistirà mudança e continuar a funcionarcomo há décadas. Aí é queestá o mal. Por isso é tempo de emPortugal e não só (não somos originaisa esse propósito) se começar afuncionar de forma inteligente, quenão é por certo a que herdamosdos nossos ascendentes. A sociedadeestá em mudança e não é no imobilismoque encontraremos a melhorforma de responder a essasmudanças.A quem cabe fazer essas mudanças?O cidadão é crucial em processos demudança mas os sinais tambémtêm de ser dados pelas instituiçõespúblicas que nos governam e pelasempresas. E não é para fazerem jeitoou caridade, mas por perceberemque há um potencial importanteque podem aproveitar nos mais velhos.O envelhecimento demográficonão pode ser combatido e porisso não vale a pena perdemos maistempo com isso. Os dados estão aí eestá tudo muito claro a esse propósito.Por isso, vamos concentrar--nos no que é importante, debater epensar, implicando-nos todos nesteprocesso de mudança. Hoje nãohá ninguém que não fale do envelhecimentoda população mas podíamoster lançado esta discussãomais cedo. Até porque o envelhecimentonão é um problema mas umamais-valia.Como caracteriza os idosos do futuro?Serão muito diferentes dos de hoje.A minha geração é mais instruída ecom maior qualificação que a dosmeus ascendentes. E, porventura,mais exigente também e com trajectóriasde vida, mesmo familiares,mais complexas, menos lineares,muitas vezes com vários casamentos,vários divórcios, filhos de váriasfrentes. Os idosos actuais não estavamà espera de viver tanto tempoe por isso chegam aos 65 e 70 anos,sentindo que ainda estão com muitascapacidades. Só que como nãoestavam à espera, não prepararamnovas carreiras ou actividades.EducaçãoO abandonoescolar emPotugalé gravíssimo❚ É professora do ensino superior.Também acha que se pode fazermais com menos?Não entro em questões concretasde política nacional. A única coisade que posso falar é da educaçãocomo um todo. E, mais umavez, há um problema estruturalem Portugal que é um claro e terríveldéfice de qualificação. Temosmais de 70 por cento dos trabalhadorespor conta própria, nomáximo, com o que o 9.º ano deescolaridade, quando na Europacerca de 80 por cento têm mais do9º ano de escolaridade. Isto contrariao discurso de que somosum país de doutores e engenheirose com excesso de licenciados. Émentira. O nosso problema é outro.Temos um défice claro dequalificação e sabendo que a sociedadeem curso é a do conhecimento,não só precisamos de qualficadoscá dentro como chamálospara cá. Não comento afirmaçõesde governantes mas parecemeque andamos todos muito enganados.Fizemos alguns progressosem termos de abandonoescolar precoce (alunos que nãocompletam o secundário), já queo valor mais recente em Portugalé de 23% e, no início dos anos 90,era de 50%. Porém, somos ainda o3º país da União Europeia (Maltae Espanha estão à frente) onde oabandono escolar é mais elevado.Isto é gravíssimo.O que pensa da debandada para areforma de profissionais da FunçãoPública?Acho esta debandada, por exemplode médicos e professores, umpéssimo exemplo. Na minha perspectivaé grave que ninguém reaja.Debandar só porque se temdeterminada idade, pensando queao sairem estão a libertar postos detrabalho para os mais novos, é totalmentefalso. Isto não é um princípiode vasos comunicantes. Nãohá estudos sobre isso, mas pensoque a reforma não faz bem à saúde.Se fosse dada oportunidade aessas pessoas de contribuirem positivamentepara uma série de objectivos,elas prescindiriam deuma parte da sua reforma para terum trabalho a tempo parcial. Emrelação aos anos 60, tivemos umbónus de mais 15 anos de esperançade vida. A agravar a situação,a idade média, quer da SegurançaSocial, quer da Caixa Geralde Aposentações, segundo dadosrecentes disponíveis na Pordata, émesmo inferior aos 65 anos. Assim,não há sistema que aguenteeste contrato.

8 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012Sociedade82,2% das chamadaspara o 112 são falsasPerigo Risos, histórias de acidentes e silêncio são o conteúdo de algumas daschamadas falsas recebidas pela central 112 da PSP. A maioria dos casos sãodetectados mas, na dúvida, são enviados meios que podem fazer falta noutrolocal para um socorro em que a vida de alguém está em jogoElisabete Cruzelisabete.cruz@jornaldeleiria.ptAté Outubro a PSP registou 125.233 telefonemas em LeiriaContradiçõesNa dúvida, INEMenvia socorroOs operadores do INEM têm jáalguns mecanismos paradetectar a falsidade dos pedidosde socorro. “Tentamosconfrontá-los e apanharcontradições. Quando assituações não são reais, aspessoas, por norma,contradizem-se”, conta umoperador, referindo quecostumam pedir para repetir onúmero de telefone. “Quando aschamadas são falsas, as pessoasnão conseguem dar o mesmonúmero.”Mas, quando as chamadasentram na linha do CODU,dificilmente se detecta que sãofalsas. “Há históriasconvincentes e na dúvidaenviamos os meios para o local”,acrescenta o operador.❚“.............” Silêncio, risos ou até históriasum tanto ou quanto convincentessão o conteúdo de algumaschamadas falsas para a linha de emergência112. No intervalo das aulas,Ana, 11 anos, lembrou-se de pegar notelemóvel e digitar 112. Não falou.Após meia dúzia de segundos desligouno meio de risinhos com as colegas.Porquê? Porque lhe apeteceu.Esta é uma situação mais comumdo que se possa pensar. No distrito deLeiria, até Outubro, 82,2% das chamadaspara o 112 foram falsas. Já noano 2011, a linha tinha registado umapercentagem de 80%.Se, felizmente, a mobilização demeios nem sempre traz consequênciasgraves, o risco de 'matar' alguémé elevado. Isto porque os meios são limitadose se estiverem todos accionadosem simultâneo, o próximo socorropode ficar comprometido.Maciel Rocha, subcomissário daPSP de Leiria, esclarece que o principalproblema prende-se exactamentecom a “ocupação da linha”. “Namaioria dos casos consegue-se perceberque se tratam de chamadasfalsas”, acrescenta o agente.A PSP procura sensibilizar a populaçãoe as crianças através das suas acçõesda Escola Segura e nas actividadesque assinalam o dia europeu do112. “É importante perceber que aoocupar a linha com uma brincadeira,poderemos estar a impedir o acesso aum verdadeiro socorro”, sublinha.Desengane-se quem pensa que asbrincadeiras são apenas da autoria deadolescentes. João Lázaro consideraque as chamadas falsas por parte deadultos acontecem quando existeuma “perturbação moderada”. Ouseja, tratam-se de pessoas que “nãosão capazes de diferenciar o princípiodo prazer do princípio da realidade”.Para o psicólogo, a “pouca adesãoà realidade destes indivíduos, impede-osde avaliar correctamente asconsequências das suas acções”. Porisso, “face à necessidade de satisfazeruma pulsão - a excitação de se sentirempoderosos porquanto algures alguémobedece às suas 'ordens' - nãohesitam em passar ao acto e exerceremesse seu fantasiado poder”.João Lázaro acrescenta que estasperturbações fazem os seus portadoressentirem “uma grande gratificaçãopor verem meios e sujeitos, que hipoteticamenteinvejam pelo seu desempenhoe/ou saber, a serem 'comandados'por si”.21 mil chamadas falsaspara o INEMDiariamente, dezenas de ambulânciasde socorro do Instituto Nacionalde Emergência Médica (INEM),dos Bombeiros e da Cruz VermelhaPortuguesa são enviadas para situaçõesde emergência médica que…não existem. Segundo dados doINEM, os Centros de Orientação deDoentes Urgentes (CODU) receberam,em 2011, mais de 21 mil chamadasfalsas, o que obrigou à saída “desnecessária”de 7.634 ambulâncias.“As chamadas falsas são um gestoirreflectido e que poderá causar gravesprejuízos na assistência a quemrealmente necessita. É que, para cadasituação de emergência médica, osCODU do INEM procuram accionar osmeios que estejam mais perto do localda ocorrência”, alerta o INEM.Jacinta Gonçalves, psicóloga doINEM, refere que a maioria das chamadasfalsas ficam retidas na PSP, masRICARDO GRAÇA/ARQUIVOquando as histórias são credíveis, oalegado pedido de socorro é transferidopara o CODU. “Por vezes, dizemque se trata de um acidente grave, comvários feridos e pessoas encarceradas.São enviadas para o local ambulâncias,a viatura de emergência médica e ocarro de desencarceramento dos bombeirospara nada”, afirma.Em Leiria, por exemplo, “existemapenas dois veículos de emergênciamédica, se estiverem ocupados comfalsos socorros não poderão ser enviadosde imediato para uma ocorrênciaverdadeira, onde alguém podecorrer risco de vida”, alerta ainda.Poucas são as chamadas que lhechegam, mas a psicóloga recordauma ameaça de suicídio. “A voz era deuma adolescente que dizia que se iamatar. Fiz-lhe várias perguntas, masela não respondia correctamente oufazia-o de forma baralhada. Ouviauns risos de fundo e o telefone pareciaestar em alta voz. Nunca deu elementosprecisos.” Apesar de ter percebidoque se trataria de uma brincadeira,“há sempre uma dúvida quefica”, por isso, “se tivesse a morada tinhapedido à PSP para passar no locale confirmar”.Marinha GrandeRuptura darede de águadita regressoao garrafãoDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornaldeleiria.pt❚ A água esteve imprópria para consumopara muitos moradores daMarinha Grande que, na segundafeira,se depararam com água castanhaa sair das torneiras. Ordem, Casaldo Malta, Avenidas Vitor Gallo eJosé Gregório foram alguns locaisafectados pela ruptura de grandedimensão na rede de distribuição,que obrigou os residentes a usarágua engarrafada.“Não consegui lavar a cara, de tãoescura que estava a água”, contouuma moradora da Avenida José Gregório.“Tive de comprar água engarrafadapara cozinhar”, relatava adona de uma churrasqueira na mesmaavenida. Hugo Vieira, residentena Ordem, um dos locais onde oproblema é recorrente, explica que“há cerca de 20 anos, a rede de distribuiçãoera feita de tubos de fibrocimento.Devido aos efeitos nocivosdo amianto, estes foram substituídospor outros de PVC rígido que, aofim de alguns anos, entram facilmenteem ruptura”. Basta que chovamuito para que os terrenos se movimenteme se dêem os rompimentos,prossegue o morador.“As redes são reparadas, mas sãonão limpas. Quando a água volta, saipreta, o que entope os esquentadores”,entende Hugo Vieira. Contudo,frisa, “este ainda é um dos concelhosonde a água é melhor, mais neutra,nem sabe a ferro nem a calcário”.A autarquia informa que a rupturaocorrida de madrugada provocouum ligeiro escurecimento da água, oque obrigou à interrupção do fornecimento,restabelecido cerca das 10horas. No seguimento da reparação,os serviços procederam a descargasem vários pontos da rede, com vistaà limpeza da mesma. “O abastecimentoadequado ficou normalizado”,devendo ser contactados osserviços, caso o aspecto da águapersista turvo, nota a autarquia.

SociedadeJornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 9Ruas de Leiria, Marinha Grande, Ourém, Alvaiázere e Pombal sem luzesIluminações de Natal sofrem apagão na regiãoMaria Anabela Silvaanabela.silva@jornaldeleiria.ptfluenciar pela “tradição cultural” emanteve as iluminações natalíciasna sede de concelho e em Mira deAire, adjudicadas por 14.200 euros(menos 5% do que no último ano).Depois da redução registada noano passado, em que decoração deNatal ficou reduzida a uma árvorecolocadajunto à Fonte Luminosa, aCâmara de Leiria decidiu que este anonão haverá iluminações, devido aos“constrangimentos económicos e financeiros”da autarquia, “agravados”pela Lei dos Compromissos.Para tentar colmatar essa falta de investimento,o município de Leiriaconvidou algumas associações a promoverema decoração das árvores dacidade e desafiou os alunos dos 2.º e3.º ciclos a criarem esculturas alusivasao Natal, feitas com materiaisreciclados, a expor nas ruas da cidade.Entretanto, a Acilis (AssociaçãoComercial, Industrial e de Serviços deLeira, Batalha e Porto de Mós), propôsaos seus associados de Leiria quecoloquem uma árvore de Natal jun-Programa de animaçãoComerciantes dão mais brilho à BatalhaNa Batalha, onde ainvestimento da câmara emiluminação será de dois mileuros (semelhante ao de 2011),cerca de 80 comerciantesjuntaram-se para pôr em práticaum programa de dinamizaçãocomercial, a decorrer a partir desábado e até 6 de Janeiro, nasprincipais ruas da vila Além dastradicionais iluminações, haveráanimação de rua, música,actividades para crianças,passeios de charrete, exposiçõesde artes plásticas, presépios eárvores de Natal. Assumindocomo slogan O natal tem maisbrilho na Batalha, grupodinamizador da iniciativapretende que esta “união deesforços se traduza em maismovimento no centro históricoda vila”, com as váriasiniciativas a funcionarem como“um factor de atracção e dechamamento de potenciaiscompradores para a vila”. Oprograma contempla tambémuma vertente social, com arealização de um almoçosolidário, uma oferta da empresaQuinta dos Lagos a ter lugar nodia 9.❚Nunca o Natal foi tão escuro nas ruasdas cidades e vilas da região. Algunsmunicípios já andavam a cortar noscustos com as iluminações natalíciasmas, desta vez, pelo menos Ansião,Leiria, Marinha Grande, Ourém, Alvaiázeree Pombal não terão luzes nasruas. As câmaras que ainda mantéma tradição vão reduzir os gastos, umacontenção que só não é maior porqueessas autarquias entendem que estaé uma forma de apoiar o comércio tradicional.Esse é, aliás, um dos argumentosapresentados pela Câmara de Caldasda Rainha para o investimento de60 mil euros previsto para este ano, oque representa menos 5% face a 2011.“O município entende as iluminaçõescomo uma forma de animação, atracçãoturística e apoio ao comércio tradicional”,refere a autarquia.Apesar da conjuntura, a Câmara dePorto de Mós deixou-se também intoàs lojas, como forma de contribuírempara a decoração da cidade.Em Ourém, onde em anos anterioresa câmara chegou a gastar 90 mileuros, esta quadra será assinaladacom a colocação de três pinheiros,“cortados num terreno municipal”, epresépios na sede do concelho e emFátima.Óbidos vai manter a iluminação damuralha virada para a A8, da Rua Direitae do troço entre a Porta da vila ea câmara, mas com recurso a luzespropriedade do município e de baixoconsumo.Tal como em Pombal, a Câmara deAlvaiázere vai apenas iluminar osPaços do Concelho. “Antecipando ocenário de crise, nos últimos trêsanos reduziu-se em cerca de 80% ovalor a pagar pelo serviço de iluminação”,diz Agostinho Gomes, vereadorda Câmara de Alvaiázere, considerandoque, “numa altura em quese pedem tantos esforços à população,é bom que se perceba que o exemplovem de cima”.Junta de Marrazes nega e diz não ter dinheiroLar Emanuel acusa Juntade discriminação religiosaRaquel de Sousa Silvaraquel.silva@jornaldeleiria.pt❚ “Sinto que estamos a ser ostracizadosem função das nossas raízesnão católicas. Isto deixa-me armargurado”.O desabafo é de DavidMartins, presidente da AssembleiaGeral do Lar Emanuel, que entreJulho e Novembro enviou três cartasà Junta de Freguesia dos Marrazes(JFM) pedindo o apoio destaentidade e para as quais “não recebeua mais pequena resposta”.Na primeira missiva o Lar Emanuellembra o esforço que fez na construçãodo novo edifício, um investimentosuperior a três milhõesde euros, que lhe traz encargosmensais de 20 mil euros durante ospróximos 20 anos. “Este nossocompromisso tira-nos margem demanobra para a actividade social”,explica David Martins ao JORNALDE LEIRIA.Por isso, na carta, pede à Juntaque estabeleça com o lar um protocolode colaboração que “vise aatribuição de um subsídio de apoiofinanceiro à instituição (por exemplo30% do investimento, ou seja90 mil euros) e que em contrapartidagaranta um certo número delugares (20) no Lar Emanuel a cidadãosda freguesia”. Até porque“é do domínio público que a JFMtem vindo a apoiar financeiramenteoutros projectos de outrasinstituições”. Alguns desses apoios,segundo a carta, têm mesmo “sustentabilidadelegal pouco fundamentada”.Sem resposta a esta missiva, umanova carta é enviada pelo lar àJFM, em Outubro. Nesta, a direcçãodo lar lamenta que a Junta ignoreas suas propostas e aventa como hipótesepara tal o facto de se tratarde uma “instituição protestante”.David Martins diz que o lar “semprefoi uma instituição ecuménica,aberta e hoje é, sobretudo, laica”.“A Junta não respondeu às cartasdevido ao completo absurdo dasmesmas”, contrapõe a presidenteda Junta de Freguesia. Isabel Afonsodiz-se “altamente magoada”com o teor das missivas e garanteque nunca antes os responsáveisdo lar tinham pedido qualquerapoio ou solicitado reuniões paradebater estas questões.“Nunca o lar pediu qualquer apoio,nunca esse assunto chegou à Juntapor escrito quando esta tinha dinheiropara ajudar”, afirma. IsabelAfonso nega ainda que haja qualquertipo de discriminação pelofacto de se tratar de uma instituiçãode origens protestantes e lembraque este executivo “herdouuma obra [projecto do lar da Amitei]à qual teve de dar continuidade,pelo que não tem disponibilidadefinanceira para outros projectos.Veja maisanúnciosde Saúdena página32Para sabercomoanunciar nasecção declassificadosdo Jornal deLeiria ligue244 800400PUBLICIDADE

10 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012SociedadeOASIS promove jantar solidárioA OASIS, instituição de Leiria que apoia pessoascom deficiência, promove, amanhã, um jantar debeneficência. O evento decorrerá no RestauranteAldeia de Santo Antão, Batalha, a partir das 19:30horas. As inscrições podem ser feitas por telefone(244 814 173) ou email (oasisleiria@sapo.pt).Assembleia Municipal insiste na rejeição da leiOurém recusa fusões de freguesiaspropostas por juntas e populaçãoMaria Anabela Silvaanabela.silva@jornaldeleiria.pt❚ Na ressaca da proposta da UnidadeTécnica para a ReorganizaçãoAdministrativa do Território(UTRAT), que propunha a extinçãode cinco freguesias no concelho, aAssembleia Municipal de Ourémreuniu extraordinariamente na segunda-feira.Desta vez, apareceramduas propostas que preconizavamagregações alternativas às daUTRAT, mas voltou a valer a posiçãoanterior daquele órgão, com aaprovação de um documento de rejeiçãoda aplicação da lei, entreguepor Sérgio Ribeiro (CDU), que acaboupor ser subscrita também pelabancada do PS.Depois de uma posição inicial derejeição de qualquer agregação,os presidentes de Junta de Gondemaria,Cercal e Casal dos Bernardosapresentaram agora uma propostasustentada em pareceres aprovadospelas assembleias de freguesia,abaixo-assinados da população econsultas aos moradores.No documento, aqueles autarcasrecusaram as propostas de fusão daUTRAT e, como alternativa, defenderama agregação de Cercal eGondemaria, Casal dos Bernardose Caxarias e Espite com Matas.Uma solução de reorganização que,no entender dos subscritores, “melhorava”a proposta da UTRAT,que “decidiu sem, o mínimo conhecimentodas realidades locais edas dinâmicas naturais entre freguesias”.O problema é que o 'casamento'preconizado por aquelestrês autarcas contemplava umquarto parceiro, a freguesia de Matas,que, segundo o parecer daUTRAT terá de ser extinta, masque recusou subscrever a propostaque a juntava a Espite, porquequer “continuar a lutar pela defesada freguesia”.À mesa da Assembleia chegouainda uma outra proposta de fusões,apresentada pelo presidenteda Junta de Ribeira do Fárrio, quedefendia a junção de Formigais eFreixianda, Cercal e Gondemaria,Ribeira do Fárrio e Casal dos Bernardos,Matas e Espite e Alburitele Seiça.No decorrer da discussão, foi avoz de Jorge Silva, presidente daJunta de Gondemaria que mais sefez ouvir. Apesar de se manifestarcontra a legislação, o autarca eleitopelo PSD defendeu que, se a leifor para a frente, é preferível encontrarsoluções que possam seraceites pelas populações. “Dareiconta do escrutínio da AssembleiaLeiriaAssembleia reúnesegunda-feiraA Assembleia Municipal deLeiria vai reunirextraordinariamente, nasegunda-feira, para analisar aproposta da Unidade Técnicapara a ReorganizaçãoAdministrativa do Território(UTRAT). A sessão realiza-se noTeatro José Lúcio da Silva, apartir das 21 horas, sendo abertaao público. Entretanto, aconcelhia de Leiria do PSDreagiu, em comunicado, àproposta da UTRAT. “Há umacontradição bem vincada nestearranjo proposto, quanto àevolução dos desejos daspopulações”, refere a estruturaliderada por Álvaro Madureira,manifestando a sua “profundadiscordância com a novaconfiguração de freguesias”, que“parece ter sido feita à pressa,sem um critério bem definido”.A concelhia considera ainda“despropositado” o momentoescolhido para avançar com areorganização, sobretudo “porse aproximarem as eleiçõesautárquicas”.à população da Gondemaria”, afirmou.A votação acabou por ser feitapor escrutínio secreto, tendo sidoaprovada a proposta da CDU e doPS, por 18 votos, contra os 15 conseguidospela proposta subscritapelos presidentes de Junta de Cercal,Casal dos Bernardos e Gondemaria.Também em Porto de Mós, aAssembleia Municipal rejeitouuma proposta de agregações alternativaà da UTRAT, que prevê aredução de 13 para dez freguesiasno concelho. Manuel Amado,presidente da Junta do Arrimalapresentou uma proposta para ajunção de Alcaria a São João Batista,a São Pedro ou a Alqueidãoda Serra, e de Alvados a Mira deAire. De fora, ficaria Arrimal que aUTRAT quer juntar a Mendiga. Aproposta seria chumbada comquatro votos a favor, 11 contra e 17abstenções.“A assembleia cumpriu o seu papel.O assunto segue agora os seustrâmites”, diz Mário Pragosa, presidenteda Assembleia Municipalque, em declarações ao JORNAL DELEIRIA, expressa o desejo de que,“com ou sem a aplicação da lei,Porto de Mós continue a ser umconcelho coeso”.Vítimas de violênciaAdiado sonhoda nova CasaAbrigode Pombal❚ A nova Casa Abrigo de Pombal vaicontinuar no papel por mais algumtempo. O terreno existe, o projecto dearquitectura está concluído, mas semverbas garantidas para a conclusão daobra Teresa Silva, directora da Associaçãode Pais e Educadores para a Infância(Apepi), não quer arriscar o inícioda construção da casa. “Nãoqueremos iniciar a obra e deixá-la ameio por falta de dinheiro. Não é umsonho que vai morrer. Esperamos queno próximo ano possamos começara abrir as fundações, mas vai dependerda conjuntura”, afirma a responsável.Teresa Silva sublinha que a obraé “bastante necessária”, tendo emconta o número de mulheres que járecorreu ao apoio da Casa Abrigo. “Temosapoiado muitas mulheres a todosos níveis e é necessário dar-lhesas melhores condições. Pagamosuma renda de 700 euros por mês doespaço onde estamos e precisamosmesmo de construir uma casa deraiz”, reforça. Com uma lotação para12 mulheres e respectivos filhos, o actualespaço tem sempre lotação esgotada,tendo, inclusive, por vezes,um número excedente “garantindosempre as condições necessárias”. TeresaSilva informa que, desde 2001, jápassaram 626 utentes pela Casa Abrigo.No fim-de-semana, a Apepi espalhoupela cidade cartazes com rostosde mulheres anónimas, que contamhistórias de vidas verdadeiras. ECPUBLICIDADEPrograma prevê apoios da Câmara da BatalhaCrianças com rastreiosauditivos e visuais gratuitosSegurançaLucas volta areclamar isençãode portagens❚ VOA – Ver e Ouvir para Aprender éo nome do projecto que vai ser implementadopela Câmara da Batalha,em parceria com várias entidades ligadasà saúde, e que prevê que todosos alunos do 1º ciclo do concelhosejam submetidos a rastreios auditivose visuais gratuitos.Nos casos em que sejam detectadosproblemas, as crianças serãoencaminhadas para consultas da especialidade,que poderão ser comparticipadaspela câmara até 75%.Segundo o presidente da autarquia,António Lucas, o municípioirá estabelecer parcerias com empresasda área para que os preçosdas consultas, das próteses auditivasou dos óculos sejam “abaixodos valores de mercado”. Os agregadosfamiliares com menos rendimentoscontarão com apoio dacâmara para a aquisição dessesaparelhos.António Lucas explica que o projectopretende “corrigir uma lacunado Serviço Nacional de Saúde aonível da resposta a situações defraca visão e audição, que afectambastante a capacidade de aprendizagemdos alunos”.O programa de rastreios é umadas novidades do orçamento daCâmara da Batalha para 2013, aprovadona semana passada, e que, naárea social, tem também previstauma verba para apoiar idosos quenecessitem de fisioterapia, atravésdo transporte e até do pagamentodos tratamentos nos casos em queos utentes não tenham capacidadefinanceira. Este projecto será desenvolvidopela câmara, em parceriacom os bombeiros e a unidadede cuidados continuados da misericórdia.“Não são programasque exijam grandes verbas, maspodem melhorar significativamentea qualidade de vida daspessoas”, nota António Lucas.MAS❚ Após dois acidentes graves ocorridosno IC2 junto ao mosteiro, registadosna semana passada e dosquais resultaram uma vítima mortale um ferido grave, o presidenteda Câmara da Batalha voltou areclamar a eliminação de portagensna A19 para veículos pesados.António Lucas adianta que enviouuma exposição ao presidenteda Estradas de Portugal e ao secretáriode Estado dos Transportesa defender que, com “custos mínimospara o País”, essa medidapoderia ter impactos “muito grandesna segurança de quem circulano IC2”. O autarca alega que,atendendo ao “irrisório” númerode camiões que utilizam a A19, seria“preferível prescindir de algunsmilhares de euros por ano”arrecadados com as portagens e,dessa forma, melhorar a segurançano IC2”.

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PUBLICIDADE12 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012SociedadeInstituto de Emprego refuta acusações de “amiguismo político”PS contesta nomeação de irmã dedeputado para centro de empregoMaria Anabela Silvaanabela.silva@jornaldeleiria.pt❚A nomeação de Dora Ribeiro, irmãdo deputado do PSD na Assembleiada República Walter Ribeiro, paradirectora do Centro de Emprego deCaldas da Rainha está a gerar polémica.A Federação Distrital deLeiria do PS emitiu um comunicadoonde denuncia o “nepotismo[amiguismo] político” que diz estarna base da nomeação, que, ao queo JORNAL DE LEIRIA apurou, terátambém causado algum desconfortoentre o PSD do distrito. A visadaremete esclarecimentos paraa direcção do Instituto de Empregoe Formação Profissional (IEFP),que refuta as acusações feitas pelossocialistas, alegando que foi o“mérito profissional” que esteve naorigem da nomeação.Em comunicado, a Federação Distritaldo PS contesta a recente nomeação“sem concurso de dezenase dezenas de boys do PSD por todo oPaís” para cargos dirigentes no IEFP,na sequência da nova estrutura orgânicadesta entidade. Os socialistasfalam numa “situação escandalosade nomeações por amiguismo político”e apontam como exemplo “onepotismo político que está na baseda nomeação da equipa dirigente doCentro de Emprego de Caldas daRainha e Centros de Formação Profissionalrespeitantes aos concelhosda NUT III do Oeste, também por terincidido num familiar de um deputadodo PSD”.IEFPNova estrutura no distritoCentro de Emprego e FormaçãoProfissional de Leiria (resultada junção dos Centros deEmprego de Leiria e da MarinhaGrande e de Formação de Leiria)Directora: Lídia Matos (atéagora directora do Centro deEmprego de Leiria)Directora-adjunta: ConstançaMendes (técnica superior afectaao Centro de Emprego de Leiria)Directora-adjunta: PaulaGonçalves (até agora directorado Centro de FormaçãoProfissional de Leiria)Centro de Emprego e FormaçãoProfissional do Pinhal InteriorNorte (sediado em Arganil,abrange os concelhosdo distrito a Norte dePombal e alguns do distrito deCoimbra)Confrontado com estas acusações,o IEFP alega que as nomeações“tiveram como exclusivo critério omérito profissional”, assegurandoque “não é critério de valorizaçãopessoal para o desempenho de funçõesdirigentes ser possuidor ounão de qualquer cartão de filiaçãopartidária”. Ao JORNAL DE LEIRIA,o IEFP explica que “todas as nomeaçõesforam realizadas em regimede substituição, com carácterDirector-adjunto para o pólo deFigueiró dos Vinhos: Rui MatosLopes (até agora director doCentro de Emprego da MarinhaGrande)Centro de Emprego do OesteNorte (com sede em Caldas daRainha, abrange também osconcelhos de Alcobaça,Bombarral, Cadaval, Nazaré,Óbidos e Peniche)Directora: Dora Ribeiro (atéagora superior no Centro deEmprego de Caldas daRainha e ex-directora doCentro de Empregode Alcobaça,entre 2002 e 2005)Directora-adjunta paraAlcobaça: Carla Almeida(técnica superior no Centrode Emprego de Alcobaça)transitório, até à conclusão dos respectivosprocedimentos concursais”,frisando ainda que “todos osnomeados pertencem aos quadros”da instituição.O IEFP sublinha também que anova estrutura dos serviços consagra“uma substancial reduçãode cargos dirigentes”, “sem repercussãoao nível da territoralizaçãodos serviços, mantendo-se nos locaisas habituais funcionalidades”.Cabeça de lista do PS escreveu aos militantesWalter Chicharro apresentacandidatura à NazaréTribnal de AnsiãoJustiça faz novoestudo❚ Walter Chicharro apresenta, natarde do próximo sábado, a candidaturaà Câmara da Nazaré nas eleiçõesautárquicas do próximo ano. Olíder da concelhia socialista escreveuesta semana aos militantes e solicitouapoio para o combate eleitoral,mostrando-se disposto a “contribuirpara o renascimento” do concelho,através de “novas ideias, novosdesígnios e uma forma diferentede fazer política.Sob o lema Por uma Nazaré comfuturo, o antigo deputado municipallamenta que a Nazaré seja falada“pelas piores razões”, aludindo à “dívidade 50 milhões de euros”, à“privatização da água”, ao “não pagamentodos descontos dos trabalhadores”,mas também à “falta deemprego” e ao “estado de degradaçãodos espaços públicos”.“O projeto do PSD para o concelho,sabemos hoje, é um conjunto degrandes mentiras”, observa WalterChicharro, referindo-se ao golfe,marina, hotéis, novos Paços do Concelho,mercado municipal, parquede estacionamento subterrâneo namarginal, novo terminal rodoviário,entre outras iniciativas agendadaspelo executivo de Jorge Barroso.“Os dirigentes autárquicos doPSD que estão há 20 anos na câmarae lá querem continuar falharamescandalosamente”, asseverao candidato do PS, que entende serchegado o momento de os socialistasque “estão na génese do melhor”que o concelho, nomeadamenteo porto de abrigo, equipamentosdesportivos, mas tambéma variante à Nazaré, a A8 e o IC9,voltarem ao poder. JP❚A decisão de transformar o Tribunalde Ansião numa extensão ainda nãoestá definitivamente tomada. O presidenteRui Rocha revelou ao JORNALDE LEIRIA que o Ministério da Justiçavai rever o número do volume expectávelde processos do tribunal, oque poderá condicionar a decisão final.“Os dados que foram recolhidosinicialmente são do período de 2008.Os números de 2011 e de 2012 indicamuma tendência de aumento.O Tribunal de Ansião está muito próximodos 250 processos, o que poderáser facilmente ultrapassado”, adiantouo autarca, após a reunião com aministra da Justiça. Na proposta de reformado mapa judiciário, tribunaiscom um volume processual menorque 250 vão ser extintos ou transformadosem extensões de outras comarcas.

Sociedade EducaçãoJornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 13Estabelecimento da Marinha Grande será a segunda do género no distritoCalazans Duarte integra escola de intervenção prioritáriaDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornaldeleiria.pt❚ A Escola Secundária Eng.º AcácioCalazans Duarte (Marinha Grande)foi convidada pela Direcção Regionalde Educação do Centro para setornar Território Educativo de IntervençãoPrioritária (TEIP), anunciouCesário Silva, director da instituição,ao JORNAL DE LEIRIA. Esteserá o segundo TEIP do distrito,depois de o Agrupamento de Escolasde Marrazes (Leiria) se ter constituídocomo tal em 2009/2010, comganhos relevantes em matéria de resultadosescolares e de aproximaçãoda comunidade à escola.Cesário Silva adiantou que as negociaçõesestão em curso e tudo indicaque, ainda este ano lectivo, a secundáriapasse a contar com “umaequipa mais alargada e multidisciplinar”,apostada na melhoria dos resultadosescolares de uma escolacom “públicos muito heterogéneos”.Relançado em 2008/2009, o ProgramaTerritórios Educativos de IntervençãoPrioritária surge na sequênciade outras medidas de apoioàs populações mais carenciadas, ecomo resposta às necessidades dosalunos. Actualmente, está a ser desenvolvidoem 105 agrupamentos,Secundária da Marinha Grande ganha equipa multidisciplinarpara melhorar o sucesso educativodos seus alunos; combater o abandonoescolar precoce e o absentismo;criar condições para a transição qualificadada escola para a vida activa;e promover a articulação entre escolae parceiros sociais, entre outra metas.Uma avaliação da Direcção-Geralde Educação sobre os 105 agrupamentosTEIP concluiu que o trabalhodesenvolvido nestes territóriostem sido fundamental. Quandocomparados os resultados de2008/2009 e de 2010/2011, os TEIPRICARDO GRAÇAconseguiram diminuir o abandonoescolar, trazendo-o para númerosmuito semelhantes aos de escolasonde o programa não foi accionado,além de reduzir a indisciplina e o absentismo.Em termos de sucessoeducativo, verificou-se uma melhoria,embora os valores continueminferiores aos das outras escolas.Quanto aos benefícios trazidospelo TEIP ao Agrupamento de Escolasdos Marrazes, têm sido decerto modo consonantes com osganhos obtidos na generalidade dasescolas TEIP do País. José Violante,director do agrupamento, explicaque avançar com o programa temcorrespondido a investimentos avultados,apoiados por fundos comunitários,que têm permitido integrarnas suas escolas mais animadoressocio-culturais, técnicos de acçãosocial e docentes. A acção de todosestes recursos sobre os 2200 alunosdo agrupamento aproximou as famíliasda escola, e melhorou tambémos resultados académicos. Noúltimo ranking de exames de ensinobásico (9º. ano), a Escola Básicade Marrazes nº2 alcançou a 8.ª posiçãoentre 66 instituições de Leiriae Ourém, com uma nota de examede 3,25, sublinha o director. Ou seja,“apresenta hoje bons resultadosquando comparada com outras TEIPe até quando comparada com escolassem estas especificidades, sobretudoao nível do 3.º ciclo, comprogressos a Português e a Matemática”,observa o professor.IPL (+) Inclusivo apresentou-se em LeiriaAlunos do IPL enchem Mercadode Sant’ana pela inclusãoDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornaldeleiria.pt❚ “Queremos lançar as sementespara que germinem por todo lado”,mobilizando o IPL, a cidade de Leiria,mas também a região e o País, sublinhouJosélia Neves, coordenadorado IPL (+) Inclusivo, durante aapresentação pública desta iniciativa,que, na passada terça-feira, encheuo Mercado de Sant’ana de estudantese parceiros do projecto.IPL (+) Inclusivo é um projectoque “pretende transformar o InstitutoPolitécnico de Leiria numa instituiçãocada vez mais inclusiva, capazde receber e integrar pessoas comnecessidades especiais, mover mentalidadese potenciar atitudes inclusivasdas pessoas que integram acomunidade” onde o instituto seinsere.Trata-se de uma campanha desensibilização, de informação e formaçãopara a mudança de atitudesno que respeita às temáticas da inclusão/exclusão,que conta o apoio dacomunidade estudantil do IPL, mastambém de personalidades comoBoss AC, “padrinho” do projecto, asjornalistas Madalena Balsa e FernandaFreitas, os músicos do grupoThe Gift ou os atletas Telma Fernandese Armando Costa.Entre outras actividades, a ocasiãoserviu também para apresentar amúsica Tu és mais forte, do Boss AC,o hino do IPL(+)Inclusivo, acompanhadacom Língua Gestual Portuguesainterpretada por jovens da EscolaSecundária Afonso Lopes Vieira,e para dar a conhecer outros projectosinclusivos já desenvolvidosno IPL, como a cadeira de rodas movidacom o olhar e a voz, a campanhaMil brinquedos, mil sorrisos, livrosadaptados a necessidades especiais,entre muitos outros.A ETAR - Estação de Tratamento de ÁguasResiduais, é uma fábrica que recebe a água suja (esgotos) quevem das casas e das empresas da nossa região e trata-a para que possaser devolvida ao ambiente.Nos municípios de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém e Porto de Mósé a SIMLIS que gere o Sistema Multimunicipal de Saneamento do Lis.Este sistema é constituído por 9 Etar, 27 Estações Elevatóriase 345 km de emissários.

14 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012Sociedade EducaçãoFrente a frente As eleições para o Conselho Geral que se realizam na próxima segunda-feira serão deteque, no próximo ano, o elegerão. Nuno Mangas e Pedro Assunção lideram as listas que concorrem pelos lRICARDO GRAÇA/ARQUIVOLamento queo professorPedroAssunção, porrazõesmeramenteeleitoralistas,como o seuemail aliásconfessa,tenharetomadoesse assuntoum anodepois de tersidoesclarecidono CGNuno Mangas, presidente do IPLLeiria tem o politécnico com docentes maisqualificados a seguir a Lisboa e PortoElisabete Cruzelisabete.cruz@jornaldeleiria.pt❚ Lidera uma das listas que elege omaior número de elementos para oConselho Geral (CG). Por que razão osprofessores devem votar em si?Temos uma lista abrangente, compessoas de todos os departamentos daEscola Superior de Tecnologia e Gestão(ESTG), com experiências e saberesdiversos e que tem, claramente, acapacidade para contribuir para a definiçãodas estratégias futuras da instituição.O IPL deve continuar a trabalharpara ser, ainda mais, uma referêncianacional e internacional, assentenum conjunto de valores, comoo respeito mútuo, a transparência, aresponsabilidade e a cooperação, reconhecidopela elevada qualidadedo ensino, investigação, inovação etransferência de conhecimento. Mas,também assente numa premissa claraque é a qualificação e estabilidadedo seu corpo docente, algo em que oinstituto se distingue. Além de ser omaior instituto do país fora de Lisboae Porto, é aquele que tem também amaior qualificação do corpo docente.Temos um conjunto de pessoas queconsegue pensar a instituição de formaestratégica e que, em conjuntocom outros agentes regionais, pode catapultare projectar esta região .Se for reeleito, vai continuar a lutarpara que o IPL ganhe o estatuto deuniversidade?Primeiro, vou continuar a luta paraque o instituto possa dar todos osgraus académicos, que é uma questãoda mais elementar justiça. Não é compreensívelque o instituto, sendo umareferência e avaliado pelas instânciasnacionais e internacionais como excelenteem algumas áreas, não possadar o grau de doutor. O que faz sentidoé que os graus académicos sejamdados em função das competênciasque existem e não em função donome da instituição. Infelizmente, onome politécnico continua a ser menorizadopela nossa sociedade, porisso, por uma questão de comparabilidadeinternacional e de representaçãosocial, é fundamental termos a palavrauniversidade no nome e uma boaalternativa é a utilização do nomeUniversidade de Ciências Aplicadas, adesignação que é utilizada a níveleuropeu. Vamos continuar a trabalharem termos de internacionalização.Além de Macau, há a China. Vamoscomeçar a receber alunos de Pequime 4500 estudantes brasileiros e estamosa preparar um conjunto de mestradosem língua inglesa para atrair estudantesde fora do espaço lusófono.Com menos financiamento, que medidaspreconiza para garantir a sustentabilidadedo IPL?No início do meu mandato, em Outubrode 2009, a instituição tinhaum resultado negativo nas suas contasde 1,1 milhões de euros. Em 2011,esse resultado passou para 3,3 milhõesde euros positivos. Isso exigiu um esforçoenorme de toda a instituição:docentes e funcionários não docentes.Houve um conjunto de medidas quetiveram de ser adoptadas, algumas difíceis,com muito sacrifício por partede muitas pessoas, mas o que é certoé que, hoje, o instituto tem uma situaçãofinanceira estável. A sustentabilidadefinanceira da instituição éfundamental, por isso, teremos de repensaralgumas actividades e ir buscarmais receitas próprias. Hoje, temos188 projectos de investigação e 15milhões de euros em carteira. Provavelmenteteremos de captar maisprojectos e alunos estrangeiros. Já estamosa fazer esse trabalho, mas vamosintensificá-lo. O IPL foi das primeirasinstituições a fechar duas semanasem Agosto. Teremos de encontrarum mix entre a redução de algumasdespesas e ir à procura de novasreceitas.Qual será o desafio para o próximoCG?O CG tem a missão de orientar, masdestacaria a capacidade de ver maislonge, de ajudar a que a instituiçãofaça ainda melhor. Deve ter um sentidoclaramente estratégico. Apesardos elementos do CG serem eleitospor lista, depois cada um deles representa-sea si próprio. É com essa visãoque as pessoas vão participar e tornaras reuniões como momentos ricose que contribuam para o desenvolvimentodo IPL.Como comenta a acção de Pedro Assunção,o rosto da oposição, ao longodo seu mandato? E que leitura fazde ter questionado a legalidade dasdespesas de representação ganhaspor si, perto das eleições?Cada colega assume as posições queentende, desde que as faça de umaforma correcta. Não tenho nada quecomentar. Relativamente ao emaildo prof. Pedro Assunção, já tive oportunidadede esclarecer a comunidadeacadémica, e de uma forma muitosimples: há uma sentença do TribunalAdministrativo do Círculo deCoimbra, muito anterior à minhapresidência, que obriga o IPL a pagaresse abono. Nunca fiz nada para tal.E tomei a iniciativa de mandar suspendero pagamento logo que houveoutra sentença contraditória à deCoimbra. Lamento que o professorPedro Assunção, por razões meramenteeleitoralistas, como o seu emailaliás confessa, tenha retomado esseassunto um ano depois de ter sido esclarecidono CG. O que me preocupa,de resto, é o futuro da instituição e aestabilidade de todos os que nelatrabalham. Não posso esquecer queo IPL é uma comunidade académicaque tem 11.500 estudantes e 1400 trabalhadores,entre docentes e não docentes,para as quais é preciso garantira estabilidade. O desafio é garantira sustentabilidade do IPL eque este tenha cada vez mais qualidadee que se possa afirmar por essamesma qualidade, quer na regiãoquer no país e no contexto internacional.

Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 15rminantes para decidir quem será o próximo presidente do IPL, já que serão os elementos daquele órgãougares destinados à ESTG e são, para já, os candidatos assumidos à presidência do Politécnico de LeiriaELISABETE CRUZQuanto aoemailenviado, foiumacoincidênciater sidoconhecida adecisão de umtribunal naaltura daseleiçõesPedro Assunção, presidente do Conselho Científico da Escola Superior de Tecnologia e GestãoÉ preferível ter o melhor politécnico do Paísdo que uma das piores universidadesElisabete Cruzelisabete.cruz@jornaldeleiria.pt❚ Lidera uma das listas na escolaque elege o maior número de elementosao Conselho Geral (CG). Porque razão os professores devem votarem si?A minha lista garante independênciada presidência do IPL, no sentidoque não integra elementos da actualdirecção. É um programa que dá garantiade que as pessoas sejam efectivamenterepresentadas, o que nãotem acontecido com as listas que sãoligadas à presidência. Não vamosromper com o passado, mas criaruma alternativa e um novo rumopara o futuro, não só na gestão do instituto,como também no acompanhamentoda gestão do IPL. O que fazparte do nosso programa é criar condiçõespara espoletar a discussão,depois o resultado será colegial. É essencialcriar condições para suscitara discussão em determinados pontosestratégicos, o que não se verificou.Este mandato do CG foi algo tenso,tendo levado à demissão de Jorge Arroteia.A divergência de ideias foiproveitosa para o IPL?Os problemas que existiram foram sobretudode falta de transparência. Háuma clara tendência para não prestara informação devida, no tempo correctoe da forma descomprometida.Outro problema teve a ver com o factode a própria presidência do CG ter,em algumas situações, uma postura dedefesa do presidente do IPL, quandodevia ser independente. Essa posturagera conflitos, sobretudo quandopretendemos questionar sobre assuntosque podem ser incómodos,mas que, só por isso, não devem deixarde ser discutidos. Por exemplo,questionei sobre a indemnização queo IPL fez à empresa da mulher do expresidente.Pediram um parecer aoprof. Marcelo Rebelo de Sousa comuma pergunta para induzir a resposta.Foram gastos milhares de eurospara não agendar o assunto. O CG nãoé um tribunal, não vai decidir se o presidentedo IPL está certo ou errado,mas quando é suscitada a dúvidadeve apresentar recomendações aopresidente. É extremamente importanteque o presidente do CG tenha acapacidade de ser independente emrelação ao presidente do instituto.Se for eleito, vai lutar para que o IPLganhe o estatuto de universidade?Não defendo a criação de uma universidadeem Leiria., pois significariauma universidade a 70 quilómetros deCoimbra e Lisboa. Deve haver uma articulaçãointegrada do ensino e da investigaçãocom outras instituiçõesde ensino superior. Se conseguirmosintegrar tanto as actividades de ensinocomo as de investigação com asuniversidades e politécnicos, temoscondições para desenvolver uma redeintegrada regional sustentável. Nãofaz sentido defender a criação deuma universidade só para trocar onome, porque, na prática, o que difereuma universidade de um politécnicoé a possibilidade de conferir doutoramentos.Actualmente, há muitosprofessores que participam em doutoramentosem colaboração com outrasuniversidades. Estamos numa alturade colaboração do que de criaruma universidade, que teria muitasdificuldades em se impor como universidadede qualidade. O IPL temmuitas possibilidade para se imporcomo o melhor politécnico do País. Noactual contexto sócio-económico, épreferível ter o melhor politécnico dePortugal do que ter uma das pioresuniversidades do País. Porque muitodificilmente a universidade surgiriacom um nível de qualidade que pudessecompetir com as universidadesde Coimbra ou Lisboa.Com menos financiamento, que medidaspreconiza para garantir a sustentabilidadedo IPL?O IPL tem-se mantido agarrado aopassado com uma força muito grande,demonstrada, por exemplo, atravésda recusa em rever a reorganizaçãointerna através da revisão estatutáriaque já está na gaveta há quasedois anos. O IPL tem de se adaptarao futuro, o que se faz com uma remodelaçãoprofunda interna, mastambém de forma a conseguir umaabertura ao exterior, de modo a potenciara captação de financiamento,sobretudo para actividades que integremos alunos dentro de projectos deinvestigação com ligação ao exterior.É essencial diminuir a burocracia e irbuscar financiamentos europeus, directamenteàs instâncias internacionais,e isso exige uma outra atitude dainternacionalização do IPL, que estámuito focada em algumas cooperaçõescom reduzido interesse e poucamais-valia institucional. A interna-cionalização devia ser fomentadacom os PALOPs e com a Europa. Pareceque é mais fácil ir a Macau do queir a Bruxelas.Tem sido o rosto da oposição a NunoMangas. Quais as principais críticasque faz ao seu mandato e porque sóagora denunciou à comunidade asdespesas de representação?Devia ter cortado com o passado domandato do Dr. Luciano de Almeida.Ocorreram coisas que não deveriamter ocorrido, como a questão do aproveitamentopessoal do exercício doscargos. Houve aproveitamento docargo e, em parte, ainda continua ahaver. O segundo ponto é a falta detransparência. Não há transparêncianas contas, nem uma prestação decontas efectivas do presidente ao CG.O IPL sob a presidência de NunoMangas não teve nenhum aproveitamentodas facilidades que confere alei. Ao longo destes três anos temosum IPL, de algum modo, estagnado.Quanto ao email enviado, foi umacoincidência ter sido conhecida adecisão de um tribunal na altura daseleições. O assunto tinha sido questionadoduas vezes no CG e não foirespondido.

16 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012Sociedade SaúdeMédico de 26 anos estuda organização das células do fígadoInvestigador de Vieira de Leiriaseleccionado para prémio europeuMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornaldeleiria.pt❚ O jovem médico João Pedro Filipe,de Vieira de Leiria, Marinha Grande,integrou a edição deste ano do InvestigatorAward 2012 da European Societyfor Magnetic Resonance in Medicineand Biology (ESMRMB), poruma abordagem à diffusion-weightedimaging (DWI) aplicada ao fígado.Trata-se de uma técnica aplicada àRessonância Magnética (RM) quepermite, de forma não invasiva, semusar radiação ou agentes de contrasteendovenosos, colher informaçãoacerca da celularidade dos tecidos. Ainvestigação, cuja primeira versãoconstituiu a tese de mestrado que defendeuna Clínica Universitária deRadiologia dos Hospitais da Universidadede Coimbra (HUC), analisou adifusão molecular - essencialmente demoléculas de água - nesses tecidos.A investigação do médico de 26anos, interno do ano comum no Hospitaldos Covões (CHUC/CHC), foi seleccionadapara apresentação no congressointernacional anual da EuropeanSociety of Gastrointestinal andAbdominal Radiology (ESGAR 2012),uma das sociedades mundiais maissignificativas no que toca à radiologiaabdominal, em Junho último, emEdimburgo, Escócia. Posteriormente,uma versão mais desenvolvida foi seleccionadapara o congresso daESMRMB 2012, realizado em Outubro,Percursos no DesenhoOpiniãoPatríciaAntónioJoão Pedro Filipe no congresso da European Society of Gastrointestinal and Abdominal RadiologyInserido na Trienal Movimento Desenha’12, aSociedade Portuguesa de Psicologia Clínicapromoveu no passado dia 24, no salão nobre doMuseu Nacional de Arqueologia, um debate com otema Percursos no Desenho. Porque desenhamos epara que nos serve? Para apreender e representar o real?Para nos pensar? Para nos distrair? Para nos curar? Estase outras questões serviram de mote para discutir emconjunto o Desenho e o seu significado, reflectindoalianças possíveis entre a psicologia e a arte. Participaramno debate profissionais ligados à psicologia clínica,às artes plásticas, ao cinema de animação, ao ensino e àinvestigação, que partilharam o seu percurso, na suaevolução e ligação ao desenho. Na sala, alguns participantesde olhar atento e mão livre, retrataram linha alinha a discussão, sem fórmulas rígidas nem técnicasespecíficas, com uma única premissa: desenhar livrementesem preocupação com traços perfeitos, semmedo de não saber desenhar, a lembrar a técnica daassociação livre de Freud que usamos na relaçãopsicoterapêutica. Um momento de encontro, interacçãoe encantamento entre duas pessoas, capaz de levar aosimbólico, à transformação do mundo interior, à renovaçãodo percurso existencial - a um novo nascimentopsicológico. A psicoterapia também é uma arte. O homemsempre usou o desenho como meio de retratarem Lisboa, e foi aceite para publicaçãona revista científica Magnetic ResonanceMaterials in Physics, Biologyand Medicine (MAGMA).Foi com essa última versão queJoão Pedro Filipe foi seleccionadopara o prémio Young InvestigatorAward 2012 da ESMRMB, onde concorremjovens investigadores/internosde especialidade que publiquem,como primeiro autor, os trabalhosde maior relevo na área da ressonânciamagnética, quer sejam médicosclínicos, radiologistas, engenheirosfísicos e biomédicos, matemáticosou outros profissionais. Este ano foramescolhidos 16 candidatos, sendoo prémio atribuído a um autor alemão.Mas afinal de contas, para que serveo DWI? Foi estudada a possibilidadede, através de medições quantitativasobtidas em sequências de imagens deRM, ter um valor a partir do qual sepossa, com alguma certeza, predizerse uma lesão será maligna ou benigna.“Através da análise indirecta dosobjectos, paisagens, acontecimentos, sentimentos,pensamentos ou ideias. Linhas, pontos, traços ouborrões, que ainda hoje permitem aceder à individualidadedo sujeito que os traçou, à época em que viveu, àsociedade em que cresceu, à cultura a que pertenceu.Na psicologia clínica e na intervenção psicoterapêuticaem particular, o desenho pela sua natureza, ocupa umlugar muito próprio, permitindo a quem desenhaapresentar visual e graficamente o que se passa nocomplexo teatro do mundo interior na sua constanteconfrontação dinâmica com o mundo exterior. Mas talcomo o conteúdo manifesto de um sonho se tornasignificativo quando relacionado com as associaçõespessoais de quem sonha, também os desenhos,encontram significado quando vistos no contexto dahistória pessoal de quem desenha. O desenho faz partede todos nós. É uma expressão pessoal, uma forma depensar sobre si mesmo. É uma forma de contacto, deligação e conhecimento do mundo e do outro. É umfeito a dois ou uma obra de um para o outro. É umprazer, é uma comunicação, é um agir, é uma libertação,será o futuro? Aprendermos a relacionarmo-nos deforma mais livre das complicações da linguagem verbalrumo a uma maior intersubjectividade? Desafio deixadono final à nossa contemporaneidade.psicóloga clínicaNUNO SARAIVA/ESGARpadrões microscópicos da difusãomolecular da água, conseguimos teruma ideia da arquitectura dos tecidos,quer estes sejam saudáveis, quer sejampatológicos”, explica. Assim, “épossível mais facilmente diagnosticar,ou prever, se determinada lesão serámaligna ou benigna e, assim, diminuira necessidade de realizar biópsia hepáticaem lesões benignas que, anteriormente,permaneceriam duvidosasou se diagnosticariam imagiologicamentecomo sendo malignas”.Vejaanúnciosde Saúdena página32Para sabercomoanunciar nasecção declassificadosdo Jornal deLeiria ligue244 800400Leiria Jornadasdebatem sonona infânciaAs perturbações e patologias dosono na infância e naadolescência serão o tema dasXX Jornadas de Pediatria deLeiria e Caldas da Rainha, que serealizam, hoje e amanhã, noHospital de Santo André.Durante o encontro, serãoanalisados temas como Padrõesdo Sono: do bebé ao adolescente,Ritmos do sono: do normal aopatológico, A influência do sonono rendimento escolar eTerapêutica dos transtornos dosono: Comportamental oufarmacológica. As jornadascontarão com a presença deGonzalo Pin Arboledas, daUnidade do Sono de Valência,Espanha, que falará sobre o papeldo profissional de saúde nasperturbações do sono em idadepediátrica.Estudo Comer frutareduz desejode nicotinaUm estudoefectuado pelaUniversidadede Oxfordconcluiu que osfumadores que, em média,consomem quatro ou mais peçasde frutas e vegetais por diaapresentam três vezes menosdesejo de nicotina do queaqueles que ingiram apenas duaspeças ou menos. O estudoenvolveu cerca de mil fumadorescom mais de 25 anos e mostroutambém que quem consumefrutas ou vegetais em maiornúmero apresenta uma maiorprobabilidade de sucesso noprocesso de cessação tabágica.Porto de MósConsulta abertasubstitui SAPO SAP (Serviço de AtendimentoPermanente) do Centro de Saúdede Porto de Mós vai sersubstituído pela consulta aberta,que terá com horário diferente,deixando de funcionar durante amanhã. O objectivo é que"aproximar" o doente do seumédico de família,"previligando" oatendendimento por esse clínico.Só quando o médico não estiverdisponível e em situações dedoença aguda, é que o utentedeve recorrer à consulta aberta,que funcionará das 14 às 20horas, nos dias utéis, e das 8 às20 horas durante o fim-desemana.

OpiniãoJornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 17Leiria, história e identidadeSaulAntónioGomesEm tempos de crise económica pareceráredundante ocupar o leitor com matéria histórica.Mas olhar a história da região de Leiria ajudar-nosáa compreender que as crises do passado foraminvariavelmente oportunidades maiores de renovação, decorrecção e de recuperação das dificuldades. Leiriaprotagonizou alguns dos acontecimentos de vanguarda naconstrução da identidade portuguesa.Antes de Leiria existir, prosperou a cidade romana deCollippo, que sucumbiu e desapareceu com a queda dopróprio Império Romano. Séculos mais tarde, a edificaçãodo seu castelo, por D. Afonso Henriques, em 1135, marcariauma viragem nos destinos da fundação do reinoportuguês ao tornar-se pólo privilegiado de apoio aosesforços militares de conquista dos territóriosestremenhos, mormente de Santarém e de outras vilas nacintura de Lisboa.Em meados do século XIII, Leiria foi palco de algumasbatalhas decisivas que impuseram o novo rei D. Afonso IIIno trono, monarca que impulsionou reformasfundamentais na administração e na vida política do país,mormente o direito dos povos a terem voz em cortes. Em1385, na confluência das fronteiras dos concelhos de Leiria,Porto de Mós e Aljubarrota, travou-se a mais decisiva dasbatalhas construtoras da independência nacional. O séculoXIX, em tempo de invasões napoleónicas, voltaria ademonstrar a relevância militar de toda a região.Todos esses acontecimentos históricos trouxeram aLeiria terríveis momentos de devastação, de fome e de misériapara a maioria da população, mesmo uma pesadafactura de morticínios. Mas Leiria sempre se refez eencontrou iniciativa e forças, entre os seus, para sereedificar, tendo sabido aproveitar as oportunidades queessas rupturas políticas e sociais lhe trouxeram.A Crise de 1383-1385 acabou por trazer à região o prémioda edificação de um monumento, Santa Maria da Vitória,que foi a oportunidade para muitos que acorreram às suasobras como operários, aqui se fixando e contribuindo paraa recuperação populacional e para o aumento dosTempo de NatalEntramos oficialmente na época de Natal: ascidades já se iluminaram, os presépios – semburro nem vaca, conforme as mais recentesemanações do Papa – já enchem as rotundas,esse paradigma do empreendimento autárquico quepermanecerá como memória de um certo tempo, asmúsicas de Natal ecoam pelos centros comerciais e, nastelevisões, os poucos anunciantes que ainda sobramafinam a comunicação pelo diapasão natalício.Dir-se-ia que, em pleno olho do furacão da crise, setenta, se não exorcizá-la, pelo menos contorná-la, iludilaou enganá-la. Dar a ideia que tudo se passa comoconvém que se passe, que tudo seja como tem de ser.As autarquias investem na iluminação o dinheiro quenão têm porque acreditam - não podem deixar de ofazer – que esse é o último impulso que não podemdeixar de dar ao seu comércio local. Que, por sua vez,acreditam que a animação urbana da quadra lhes trazde volta os clientes que há muito deixaram de ver. Osconsumidores querem acreditar que toda essaanimação - as luzes, os presépios, a música – lhes trazde volta o desaparecido subsídio de natal ou mesmo oordenado que dantes chegava no fim do mês… E que jánão há, porque não há emprego. Ou porque, havendo-oainda, é o salário que já não é pago!Assim será ao longo de quase um mês. Depoisacordaremos todos para a realidade, percebemos que adramática crise social que corrói e mata o país, queatirou para o desemprego mais de um milhão deportugueses, que expulsa para longe aqueles a quemcaberia garantir o nosso futuro colectivo, que enche asClarisseLouromercados de consumo que estimularamsignificativamente a economia local. A construção desseMosteiro, como a expansão urbana das vilas da região, queentão se processaram, obrigaram à exploração maisintensa dos recursos do subsolo (sobretudo pedra, areias,argilas, mas também carvão, ferro e, ainda, as madeiras depinho que se tornaram no grande negócio que dominou aregião entre os séculos XV e XX), impulsionaram osmercados de trabalho e consolidaram as redes detransportes, terrestres como marítimos, quecaracterizavam desde sempre a paisagem leiriense.Outrora o oceano Atlântico foi um chão deoportunidades para muitos leirienses. Fomentou-se,nesses séculos medievais e modernos, as pescas, otransporte marítimo nacional e internacional, abriram-seredes viárias terrestres de apoio às vilas e alfândegasportuárias. A história de Leiria é, em boa parte, o resultadode uma história de ligação estreita da região com a suacosta atlântica. Hoje, tudo isso parece distante e irrepetível.Mas essa história deixou a Leiria importantes legadospatrimoniais que constituem, hoje, um vasto chão deoportunidades de enriquecimento e de criação deperspectivas de trabalho. O que seria da região, nopresente, sem os seus monumentos Património daHumanidade, sem os seus castelos, sem os seus solares esantuários, sem os seus centros históricos, sem, a atençãoque as autarquias ainda conseguem dar à preservação e àvalorização do património cultural e histórico, material eimaterial, que detêm?É certo que vários municípios apresentampreocupantes sintomas de esquecimento de e mesmoignorância da sua história. É obviamente preocupante ehá que contrariar essa tendência de investimentopredominante no efémero e no espectacular. Umcompromisso e uma exigência naturalmente, a davalorização da nossa história, que compete a todos nósmanter de pé e vigilante.Professor universitárioalas de psiquiatria dos hospitais e que atira para odesespero último do suicídio um crescente número deportugueses, ao contrário de nós todos, não se deixaenganar.Este Natal irá fazer-nos recuar algumas dezenas deanos. Irá remeter-nos ao Natal da minha infância, deuma só prenda que, no sapatinho, fazia os encantos doNatal do menino Jesus. Ao Natal que há muitoabandonámos, quando nos venderam um outro, do paiNatal e das múltiplas e infindáveis prendas, criando eexpandindo consumo através de uma febreconsumista a que se encarregaram de chamar magia. Amagia do Natal!Não foram as pessoas que fizeram esta escolha. Nãoforam as populações que decidiram passar do Natal doMenino Jesus para o do Pai Natal. Não foram ascrianças que quiseram trocar o encanto do Natal pelamagia do Natal. Não! Foi este modelo dedesenvolvimento que nos trouxe até aqui que precisoude fazer tudo isso para se sustentar. Este modelo dedesenvolvimento que hoje, esgotado e incapaz, nãolhes retira apenas as muitas prendas do Pai Natal queantes lhe impôs, deixa-lhes mesmo vazia a mesa daconsoada!Até por isso me recuso a aceitar a decisão do Papa deretirar a vaca e o burro do presépio. Vou deixá-los lá,mantendo e passando para as minhas netas a imagemdo conforto possível, mesmo que pobre!Mesmo assim desejo a todos um Feliz Natal.Professora da Escola Superior de Saúde de LeiriaPodia o Orçamento doEstado de 2013 ser melhor?!FernandoCostaColocada a questão, destaforma singela, sobre apossibilidade do OE de 2013poder ser melhor para ocidadão e para o País a resposta dagrande maioria não deixará de serafirmativa.Não sendo especialista emeconomia ou finanças, tal comomuitos outros tenho a sensação queo OE 2013 podia ser melhor,nomeadamente em matéria de IRS,onde a sobrecarga é, numaassentada, violentíssima.Assim, em tempo oportuno, envieiuma proposta fundamentada aossenhores deputados, mas que nãomereceu inteiro acolhimento, deforma a reduzir a sobretaxa de IRS de4% para 2%, que passo a transcrever:“Exmos. Srs. Deputados, todosreconhecem o peso brutal dosimpostos sobre os cidadãos,nomeadamente em sede de IRS com asobretaxa de 4 pontos. A AssociaçãoNacional de Municípios Portugueseschega ao ponto de considerar o OEdesastroso pelo exagero da cargafiscal. Muitos municípios estãopreocupados pelo que vão reduzir oIRS municipal. Mais de 200municípios endividados tem acesso aum empréstimo de mil milhões a 14 e20 anos de prazo e com jurosexcelentes, abaixo dos 3.2%, parapagamento da divida de curto prazo oqual ainda não foi esgotado (139milhões de euros). Os municípios vãoter aumentos de IMI em mais de 20%(na ordem dos 250 milhões). Aredução de pessoal diminui a despesana ordem dos 90 milhões. O IRSmunicipal é de cerca 400 milhões,mas só Lisboa fica com 60 milhões,mais do que vários distritos juntos euma grande parte é apenas para 30municípios. O IRS municipal está, defacto, mal distribuído. Assim, sugiro aredução do IRS municipal em 200 a300 milhões (redução de 3 a 4% dareceita municipal) para ajudar abaixar a sobretaxa para 2 pontos emvez de 4 pontos, em termos a acordarcom a ANMP, de modo a que ospequenos municípios sejam menosonerados. Caso esta proposta nãomereça acordo, o município dasCaldas da Rainha, que tem as taxasdo IMI no mínimo, irá devolver 3/5(cerca de um milhão de euros) do IRSaos munícipes de forma a atingir esteobjectivo, que todos os cidadãosportugueses merecem!”Infelizmente, o OE foi aprovadoapenas com uma redução dasobretaxa de IRS de 4% para 3.5%.Salvo melhor opinião, faltoucoragem, por um lado, e capacidadede diálogo entre todos os partidos eos municípios, face ao “clima” de précampanha eleitoral autárquica, queacabou por prejudicar os verdadeirosinteresses dos cidadãos. Esperemosque não se repita.presidente da Câmara de Caldas daRainha

18 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012LeitoresA direcção do Jornal de Leiria recebe com agradopara publicação a correspondência dos leitores quetratem de questões do interesse público. Reserva-seo direito de seleccionar os trechos maisimportantes das Cartas ao Director, devidamenteidentificadas, publicadas nesta secção.direccao@jornaldeleiria.pt“Inverdades” deCecília MeirelesRefere o Jornal de Leiria, baseado,seguramente, na nota de imprensado Conselho de Ministros de 15 docorrente e/ou na conferência deimprensa da senhora secretária deEstado do Turismo que haveráenorme poupança com a reduçãodos dirigentes.Porque tem a referida secretáriade Estado continuamente mentido aesse propósito, com uma claraintenção de denegrir, à falta demelhor argumento, para justificar aextinção dos pólos, é meu deveresclarecer que é mentira (ouinverdade, como se preferir) o quefoi referido sobre aquela “enormepoupança” já que actualmenteexistem: cinco áreas regionais (osgrandes territórios dos grandes“senhores”), 5x3 dirigentes = 15 (+alguns chefes de gabinete,convenhamos), 6 pólos, a saber:Douro – zero dirigente, Leiria-Fátima– zero dirigente (são autarcas), Oeste– 1 e ½ (equivalente a meio tempo),Serra da Estrela – 2 e ½, Alqueva – 1,Litoral Alentejano – 1. Logo, não são45 mas 21!No futuro (hipótese e regiões):cinco áreas regionais – 10 Dirigentes,5x6 Directores de Departamento =30 (consignados na proposta). Ouseja, se se passa de 21(eventualmente mais algunsdirectores de Departamento noNorte, Algarve ou Centro, porexemplo), onde está a poupança?Exige-se, pois, a Cecília Meirelesque nesta, e noutras matérias, sejaintelectualmente séria (por exemploque deixe de mentir cada vez quediz que o projecto de lei foi sempredo nosso conhecimento, o que éfalso!) e demonstre, com verdade,como chegou à poupança de 1milhão. Espero que o faça quandoregressar da Índia onde foi captarturistas o que é, felizmentenotável…António Carneiro, presidentedo Turismo do OesteAs crianças(algumas) e euVêm-se sucedendo algumassituações interessantes que sãobastante recorrentes. E não são maisporque a minha vida me permitesair pouco. Mas tenho algumashistórias engraçadas para contarcom crianças com as quais nãotrabalho, uma vez que as suas idadesnão ultrapassam os quatro anos.Talvez não conte todas, talvez melimite a uma só que, por si, já resumetodas as outras.Entrei um dia numa loja derestauração multinacional e cruzeimena casa de banho, com umasenhora que entrava acompanhadade uma criança cuja idade nãoultrapassaria os três anos de idade.Mas havia algo de diferente nela.Uma diferença que destacava dasDireito de respostaDespesas de representaçãoPublicou o JORNAL DE LEIRIA, na sua últimaedição, uma notícia intitulada “Oposição atacaMangas por despesas de representação”, a qualcarece de algumas retificações e esclarecimentosque passo a prestar:1 – Relativamente à alegação de que “As despesas derepresentação que os presidentes dos institutospolitécnicos estavam a receber podem ser ilegais”, oseu pagamento resulta de uma sentença do TribunalAdministrativo de Círculo de Coimbra, de 5 de abrilde 2001, ficando, em consequência da mesma, oInstituto Politécnico de Leiria (IPL) obrigadoexpressamente a proceder ao seu pagamento;2 – Não havendo dúvida sobre a legitimidade de umprocedimento sufragado por uma sentença judicialtransitada em julgado, continuou a proceder-se aopagamento do mesmo abono não havendo, salvomelhor opinião, qualquer razão para proceder à suasuspensão;3 – Relativamente à afirmação de que perante oConselho Geral do IPL eu nunca tivesse procedido aum esclarecimento “convincente, desviando oassunto e respondendo que os serviços jurídicos lhetinham dito que era tudo legal”, só pode ser umequívoco na medida em que prestei todos osesclarecimentos que eram devidos e que estãoplasmados na referida sentença judicial (e que, pelasua extensão, aqui não se reproduzem);4 – Consequentemente, parece-me absurda aexpressão “desafia o presidente do IPL” a “exigirjudicialmente, ao anterior presidente uma quantiade mais de 70 mil euros, sob pena de a mesma vir aprescrever a breve prazo (2014)”, já que estacontraria a sentença judicial que está na origem dopagamento do referido abono. Ao anterior, ao atual,e até decisão com o mesmo peso judicial em sentidocontrário, ao futuro presidente do IPL;5 – Apesar do exposto, tendo tomado conhecimentoda sentença do Tribunal Central Administrativo doNorte, de sentido diferente, embora sem implicaçãorestantes da sua idade. A suapostura, inteligência, a maturidade eo olhar profundo e perspicaz - capazde desarmar qualquer adulto -ultrapassavam, em muito, o queestamos acostumados a encontrar ea considerar normal em criançasdestas idades. Cruzámo-nos quandome dirigia aos lavabos para lavar asmãos. Sempre me senti atraída porestas crianças e, inexplicavelmente,o contrário também sucede. Assimque pousou os olhos em mim, a suaatenção desviou-se para a minhapessoa, revelando um interesse quenão possuo. Não deixei de sorrir,simpaticamente, à doce e decididacriaturinha que se interessara tantopor mim. Dirigiu-se-me como se jáme conhecesse de há muito, comuma prontidão e um discurso queme impressionaram. A sua conversadireta no caso do Instituto Politécnico de Leiria, eainda não transitada em julgado, entendi solicitar aoConselho de Gestão do IPL (à altura ConselhoAdministrativo e órgão sobre o qual recaiu asentença de pagamento do abono) a suspensão dopagamento do suplemento de despesas derepresentação até que seja aclarado o sentido ealcance do entendimento anterior;6 – Todos estes factos são do conhecimento doProfessor Pedro Assunção, autor das declaraçõesreproduzidas pelo Jornal de Leiria, as quais sãodesprovidas de qualquer fundamento; e não possodeixar de lamentar que a notícia publicadaexpresse “acusações” sem que me tenha sido dadaa oportunidade de as rebater no concreto,quebrando o princípio do contraditório, comprejuízo evidente dos direitos que me assistem,particularmente se tivermos em conta o períodoeleitoral que se vive no Instituto e que a pessoaque as produziu é um candidato àpresidência do mesmo;7 – É um mau presságio o tom eleitoral que o meuopositor à presidência do IPL pretende imprimirpara as eleições do seu Conselho Geral e, mais tarde,para presidente do IPL, tom no qual não me revejo,não pretendendo nunca vir a fazer uma campanhaassente em acusações não fundamentadas com oobjetivo único de denegrir a imagem pessoal decandidatos e que nada trazem de ideias inovadoraspara conduzir os destinos da instituição. Talvezmesmo por falta delas;8 – Quanto ao Jornal de Leiria, espero que mantenhao espírito elevado da informação a que habituou osseus leitores ao longo dos anos, mantendo o rigor, aequidistância e o distanciamento das partes, nãodando eco a acusações infundadas eintelectualmente desonestas.Nuno Mangas, presidente do Instituto Politécnicode LeiriaRICARDO GRAÇAdivergia das crianças da sua idade,manifestando um interesse por mimque se estendeu ao mais ínfimopormenor. Tinha sido radiografada.Estivemos a conversar. Umaverdadeira conversa e não aquelaque habitualmente estabelecemoscom as crianças desta idade. Estaentendia. Parecia que nosconhecíamos de há muito e que aconvivência havia sido saudável eamigável. Custou-me abandonaraquela criança e aquele lugar ondeme senti, por momentos, em casa.Sim, houve ali reconhecimento ou,pelo menos, eu assim o entendi. Eela também. Afastámo-nos comuma saudade antecipada mas comuma alegria resultante daquele(re)encontro que se alojaria, parasempre, nos nossos corações e,quem sabe, mas profundamenteainda, nas nossas almas. Malconsigo esperar por uma situaçãocomo esta, embora saiba que sãopouco frequentes. Talvez por issomesmo sejam tão importantes.Fátima Nascimento, professoraMfatimanascimentodia@sapo.ptConvivercom a dor: o lutoà luz da féO Serviço da Pastoral da Saúde (SPS)da diocese de Leiria-Fátimapreparou uma ação de formaçãoespecialmente dirigida a agentespastorais que contactam com astemáticas da morte e do luto.Propõe-se a sua realização a nívelvicarial, devendo as respetivas datasserem agendadas com o serviçodiocesano.O SPS está a propor às vigarariasuma ação local de formação com otítulo “Conviver com a dor: o luto àluz da fé”. Esta é uma proposta dereflexão em duas tardes de sábado,das 14h30 às 18h30, cujas datasserão agendada, caso a caso, comeste serviço diocesano. Para já, estãoindicadas como disponíveis os finsde semana de 13 e 20 de Abril, 18 e 25de Maio, 22 e 29 de Junho.Segundo o padre José AugustoRodrigues, diretor do SPS daDiocese, esta é uma iniciativa“delicada e grande”, já que este é umassunto “difícil de viver de formaequilibrada, principalmente quandoas circunstâncias da morte são maistraumáticas e a situação da pessoaenlutada se reveste de fragilidadesde vária ordem”. Com a consciênciaque de “ver partir alguém que seama é uma dura prova, também paraquem acredita”, este responsávelreconhece que “mesmo quemanteriormente se sentia seguro dasua fé” pode nesta circunstância“questionar a existência e a bondadedo Deus em quem sempre acreditoucomo Todo-Poderoso e protetor dosque n’Ele confiam”.Será tarefa dos formadoresapresentar a leitura da morte e doluto a partir da visão cristã da vida,segundo o Evangelho de JesusCristo, fornecendo algumas pistaspráticas para o trabalho pastoral compessoas que enfrentam situaçõesdolorosas deste género. Assim, osprincipais destinatários serãomembros dos grupossociocaritativos, ministrosextraordinários da comunhão,visitadores de doentes, etc.Luís Miguel Ferraz, Gabinete deInformação e Comunicação daDiocese Leiria-Fátima

Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 19EconomiaMoldegama e JLM na Rede CotecA Moldegama, de Alcobaça, e a JLM, de Leiria, sãoduas das 21 empresas que este ano entraram naRede PME Inovação Cotec, que passa agora a contarcom um total de 192 pequenas e médias empresasinovadoras, divulgou a associação a semanapassada.Rendas baixaram ao ritmodo encerramento de negóciosDescida As dificuldades no comércio e o fecho de lojas têm permitido a renegociação dos contratos,levando a descidas nas rendas que, em muitos casos, atingem os 50%Raquel de Sousa Silvaraquel.silva@jornaldeleiria.pt❚ Há alguns anos, a renda de um espaçocomercial da Avenida Marquêsde Pombal, em Leiria, podia facilmenteatingir os 2500 euros, valor“impensável” nos dias que correm.O aumento do número de espaçosdisponíveis e as dificuldades queafectam o comércio têm provocadodescidas nas rendas, que os profissionaisdo sector admitem atingir os50% em alguns casos.Um espaço que há meia dúzia deanos se arrendava por 1600 euros nãovai hoje além dos 800 euros, admiteJorge Lima, frisando que nos últimosanos tem havido um ajustamentogradual dos valores das rendas. Poroutro lado, em contratos mais recentes,os inquilinos “não aceitamtentativas de actualização sem reclamar”,reconhece o responsávelda Lima Litoral.Um lojista de Leiria afirma que seconseguem descidas de 35% nas rendas“com alguma facilidade”, porqueos senhorios querem manter os inquilinos,sobretudo se o imóvel foicomprado com recurso a crédito bancário.Para novos contratos, as reduçõespodem ser ainda maiores. “Estoua negociar um espaço com um preço50% inferior ao que estava a ser praticado”,diz.Rui Cardeira lembra que há um mêsestavam 18 lojas devolutas na avenidaprincipal da Marinha Grande. “Hátrês anos não havia espaços vazios eas rendas eram muito caras”, frisa ogerente da Century 21 Cardeira &Costa, para quem as descidas nasrendas andarão pelos 20%. “A maioriados senhorios acede a baixar as rendas,principalmente quando o rendeiroé bom pagador. Mas também háquem prefira ter as lojas fechadas doque reduzir a renda”, aponta.“Estou a arrendar lojas a metade dopreço”, admite igualmente Nuno Serrano,que acredita que a tendência vaimanter-se. O responsável da PredialLeiriense diz que também na habitaçãoas rendas têm vindo a cair, apesardo aumento da oferta: muitos dos quetinham imóveis para vender e nãoconseguiram aliená-los acabaram porcolocá-los no mercado de arrendamento.Se os que têm casa arrendada tentamque a renda desça, ou pelo menosnão suba, os novos potenciais inquilinosnão aceitam os valores propostossem regatear. “As pessoas negoceiamsempre”, diz Teresa Mesquita,Maior número de lojas vazias tem permitido renegociar rendasadiantando que a procura de casaspara arrendar continua a ser maiordo que a oferta. Por isso, há pessoasque “às vezes começam porprocurar arrendamento e acabampor comprar”, diz a responsável daRemax Inn.A mediadora revela que tem havido“muita” aquisição feita numaperspectiva de investimento, sobretudopor parte de emigrantes. “Acompra é um óptimo investimentonesta altura”. Mas também continuaa haver procura de imóveis parahabitação permanente, embora osbancos estejam “menos flexíveis”no que toca a empréstimos. Neste cenário,os imóveis que têm em carteira(porque os proprietários não conseguirampagar a prestação), acabampor ser muitas vezes a opção dequem quer mesmo comprar.Geralmente mais baratos, e com financiamentogarantido na totalidade,são a única hipótese para muitosclientes. Por isso, as imobiliárias têmsevirado também para este segmentoque, no caso da Remax Inn,tem um peso de 22% na facturação.E embora seja vista como parceira, abanca é muitas vezes encarada igualmentecomo rival.“Os bancos são os maiores proprietáriose maiores inimigos do sector[imobiliário]. Andam a derreter omercado. Vendem directamente ede uma forma que não é correcta”, lamentaNuno Serrano. “Se lhes aparecerum cliente que queira comprarum apartamento não o financiam,mas financiam imóveis deles”. O profissionaldiz ainda que esta é uma boaaltura para quem tem dinheiro comprar,porque consegue “esmagar ospreços”.Jorge Lima diz que para comprar“só aparece” quem tem capacidadefinanceira, seja para investir oupara habitação própria. Procuramboas oportunidades (preços entre 50mil e 80 mil euros) e na maior partedas vezes pagam a pronto. Alémdestes, segundo Rui Cardeira, compramaqueles que encontram respostaàs suas necessidades de habitaçãopermanente nos imóveisda banca, porque de outra formanão conseguiriam financiamento.Empresa apoia comunidadeRemax Inn com equipa em crescimentoTem 18 consultores, que estão a“facturar bem e a desenvolverum excelente serviço”, e quercontinuar a crescer. A Remax Inntem como objectivo chegar auma equipa de 30 consultoresaté Março, revela TeresaMesquita. O quase ano e meio deactividade da Remax Inn salda--se por um balanço “muitopositivo”, reconhece TeresaMesquita, destacando os seteanos de experiência dosdirigentes da empresa, em váriascidades. A Remax Inn temapostado no apoio àcomunidade, nomeadamenteoferecendo um carrinho decompras por mês a uma famílianecessitada. A responsáveladmite que a empresa possamesmo vir a oferecer umcarrinho de 15 em 15 dias, dado oagravamento das dificuldades demuitas pessoas. A semanaRICARDO GRAÇApassada foi lançada novainiciativa, que consiste naentrega de um vale de 250 eurosa quem comprar casa na RemaxInn, desde que a mulher estejagrávida. O vale pode ser usadono comércio local, que aimobiliária quer desta formapromover. Estará em vigor atéJunho de 2013.

20 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012EconomiaMobiliário em destaque na Exposalão“O saldo da balança comercial na indústria domobiliário é favorável a Portugal em mais de 338milhões de euros, o que demonstra bem a [sua]importância”, aponta a Exposalão, onde decorrematé domingo três certames dedicados ao sector.Greve nos portos prolonga-se até meados de DezembroClientes cancelam encomendase substituem fruta portuguesaRaquel de Sousa Silvaraquel.silva@jornaldeleiria.ptMi casa, Su casaOpiniãoMariaMiguelFerreiraFigueira da Foz é um dos portos afectados❚ “Falta de consciência cívica”. Édesta forma que Torres Paulo, presidenteda Associação Nacional deProdutores de Pera Rocha vê a paralisaçãonos portos, que se arrastadesde meados de Agosto e deveráprolongar-se até 17 de Dezembro,de acordo com o pré-avisode greve emitido no início da semanapelo Sindicato dos Estivadores.A paralisação, que prevê excepçõesem alguns dos turnos, deveráafectar os portos de Lisboa, Setúbal,Figueira da Foz e Aveiro,onde os trabalhadores têm estadoem greves consecutivas desde 14de Agosto, contra a revisão da lei dotrabalho portuário, que deverá serdiscutida e votada hoje no Parlamento.O sector frutícola tem sido umdos mais prejudicados. Torres Paulorecorda que no período alto daexportação de pêra (Setembro/Outubro),os produtores deixaramde vender por semana cercade um milhão de euros devidoà greve. Para substituir o envio demercadoria através do porto deLisboa, o sector está a recorrer a Valênciae Algeciras. Recorre ainda aoporto de Leixões, o que implicamaiores gastos. “O custo de transporteaté ao porto é mais elevado”,diz o dirigente.Devido a esta situação, “a frutademora mais tempo e chega maiscara aos destinos [Brasil, Canadá,Apropósito de uma lei aprovada este mês quepermite a quem deixou de pagar o seu crédito àhabitação a possibilidade de renegociar oempréstimo em condições mais favoráveis(mas só até 2015), vi-me envolvida numa discussãosobre a decisão de comprar ou não comprar casa.Em Portugal, continuamos a considerar a compra decasa própria um objectivo principal. O arrendamentocaiu para mínimos históricos - mesmo com a Troika aincentivá-lo e com os bancos a apertar a concessão decrédito.Não é assim em todo o lado. Na Suíça, por exemplo, 7em 10 famílias são arrendatárias. Mas cá, nas últimastrês décadas, o investimento no sector de habitaçãoesteve concentrado na construção de imóveis. Jurosbaixos, a política fiscal, o congelamento das rendas e amassificação do crédito praticamente empurraram 2,4milhares de portugueses para empréstimos à habitaçãoque os obrigam, em muitos casos, para o resto das suasvidas. Almas mais cínicas - como George Bernard Shaw,que disse que “a propriedade é roubo organizado” -questionar-se-ão se são os indivíduos que possuem ascasas ou se são as casas que são donas de quemtrabalha uma vida para as pagar.Mas é um bom investimento?No actual estado das coisas – sendo “as coisas” aanémica economia nacional, a elevada taxa dedesemprego e sabermos que foi a obsessão pela comprade casa e a falta de rigor de quem finaciou essaobsessão que esteve, em grande parte, na origem daRICARDO GRAÇAInglaterra e Irlanda, entre outros]”,diz Torres Paulo, acrescentandoque já há clientes a substituir a frutaportuguesa por fruta de outrospaíses. “É terrível”, lamenta.Este é um aspecto mencionadoigualmente por Hélio Ferreira. “Anossa vida tem sido complicada”,crise global – vale a pena perguntarmo-nos se é umbom investimento. Há duas décadas, uma casa erasempre um bom investimento. Era como comprarterra, sobre a qual outro famoso escritor disse um dia:“comprem terra, já não se vai fabricar mais”. Agora? Nacompra duma casa, todos os ovos vão para o mesmocesto. Ao contrário duma carteira de acções, onde sepode combinar risco e ganhos elevados, com apostasmais seguras e conservadoras, numa casa não hádiversificação de risco. Juntando isso à dificuldade deconverter rapidamente o activo em dinheiro, háconsultores financeiros que dirão que isso faz da casaum péssimo investimento - mesmo com as vantagensfiscais e os juros do momento.Vantagens sociaisComprar casa obedece hoje bem mais a outras lógicas,que não a financeira. Para além do sentimento deorgulho e da estabilidade inerente à propriedade dumimóvel, os principais argumentos a favor são os dointeresse comum e carácter social. Ser dono de umacasa promove o compromisso cívico de longo prazocom a comunidade em que o proprietário está inserido.Além disso, o desejo de os proprietários defenderem ovalor da sua casa no mercado faz com que seempenhem mais na qualidade das zonas comuns e naatracção de investimento público em escolas e outrasinfra-estruturas sociais.mariamiguel.ferreira@TooSmallToFailPR.comaponta o gerente da Granfer, obrigadaa gastos suplementares, jáque tem de enviar a sua mercadoriapelos portos de Sines e Leixões.Mesmo assim, “a fruta não cheganos prazos previstos, o que está acausar problemas graves. Os clientesreclamam e têm cancelado encomendas”.O empresário diz que em médiao sector enviava 50 contentores defruta para os mercados externos porsemana e que, agora, cada contentorimplica um custo acrescido de500 euros para ser expedido. Logo,o empresário estima em pelo menos250 mil euros os custos acrescidosque o sector tem de suportar.Também a Leirimetal tem de recorrera Leixões para enviar contentoresde mercadoria para a China,“mas com aumento dos custos”,diz José António Silva.A semana passada já tinha sidoemitido pré-aviso de greve para operíodo entre 5 e 9 de Dezembropara aqueles mesmos portos. Sinese Leixões, que segundo o DiárioEconómico já representam 70% dasmercadorias movimentadas pelosportos nacionais, não têm sido afectados,devido aos acordos entresindicatos, operadores portuários eadministração.Vejaanúnciosdeimobiliáriona página24Para sabercomoanunciar nasecção declassificadosdo Jornal deLeiria ligue244 800400Leiria OE para 2013analisado em váriasperspectivasOrçamento do Estado para 2013 –como sair desta crise? é o tema dosegundo jantar-conferênciaorganizado por Telma CuradoSociedade de Revisores Oficiaisde Contas. Realiza-se na próximasegunda-feira, dia 3, na Quintadas Palmeiras, nos Pousos,Leiria, com as intervenções deJosé Gomes Ferreira, TiagoCaiado Guerreiro, João César dasNeves e Luís Marques Mendes.Estes profissionais irão abordar oOE na perspectiva dos média,fiscal, macro-económica epolítica, respectivamente. Omoderador e comentador seráCamilo Lourenço. Porcadainscrição, será doado um euro àRede Europeia Anti Pobreza.Marinha GrandeAmpliação da Saicacriar 20 empregosO Grupo Saica, que detém umafábrica em Pêro Neto, na MarinhaGrande, pretende ampliar aunidade industrial “com umanova nave de fabricação decartão”. Assim, além da fábricade cartonagem “evitar custos”que tem habitualmente naaquisição de material, também“vai criar entre 15 a 20 postos deemprego directos”, adiantou opresidente da Câmara daMarinha Grande, que votoufavoravelmente o pedido deparecer prévio solicitado pelaempresa. Fundado há cerca de 70anos, o Grupo Saica empregaaproximadamente nove milpessoas em vários países daEuropa, distribuídas por trêssectores: produção de papel,reciclagem e embalagem.Glamour Novo espaçocombina cabeleireiro,estética e SPAChama-se Glamour o novoespaço dedicado aos serviços decabeleireiro, estética e SPA, parahomem e mulher, que abriurecentemente em Leiria, junto àIgreja de Santo Agostinho. “Comuma decoração intimista e quevai ao encontro do mais puroconceito zen, Glamour ofereceuma enorme diversidade detratamentos e serviços: corpo,rosto, maquilhagemprofissional, unhas de gel,implante de pestanas e muitosmais”, nomeadamentemassagens, aponta umcomunicado dos promotores. Oinvestimento rondou os 150 mileuros.

Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 21EconomiaPUBLICIDADEAssembleia no dia 18Credores analisamplano de recuperaçãoproposto pela MaterlisRaquel de Sousa Silvaraquel.silva@jornaldeleiria.pt❚ Os credores da Materlis vão serchamados a analisar o plano de recuperaçãoproposto pela insolventeno dia 18 de Dezembro, noTribunal de Leiria. A assembleia foiagendada na sequência de um requerimentoda empresa nesse sentido.Isto depois de a AutoridadeTributária (AT) ter manifestado,nos autos, posição “desfavorável”relativamente àquele plano.De acordo com o processo, a ATentende que o plano de recuperaçãoapresentado pela Materlis nãoapresenta “garantias idóneas e suficientes”.É referido no documentoque a insolvente “tem dívidasque se constituíram após adeclaração de insolvência e que terãode ser pagas antes da Assembleiade Credores de apreciação doplano”.O sentido de voto “desfavorável”da Autoridade Tributária “só poderáser alterado” se o plano de insolvênciacontemplar o pagamentodas dívidas, a “constituição degarantias idóneas”, “a demonstraçãodo pagamento integral detodas as obrigações fiscais da empresa”após a declaração de insolvênciae a “substituição dos dirigentesresponsáveis pela não entregados impostos em causa oupedido fundamentado de dispensadesta obrigação”.Em resposta à posição da AT, aMaterlis entende que aquela entidadefaz “tábua rasa” dos normativosque lhe permitem propor oque propôs e garante que vai “envidartodos os esforços” no sentidode cumprir aquelas exigências.Acrescenta ainda que fará “oportunaalteração” ao plano que apresentou,no âmbito da qual “requereráigualmente, de forma fundamentada,a dispensa de obrigaçãode substituir os administradoresresponsáveis pela não entrega deimpostos”.Já antes da AT o Ministério Públicose tinha manifestado contraaquele plano de recuperação, porconsiderar que o mesmo não se encontraem conformidade com asnormas legais aplicáveis. Entre outrosaspectos, o documento propõeo pagamento da totalidade das dívidasao Estado, que ultrapassamos dois milhões de euros, em 150prestações mensais iguais e sucessivas.Não pede redução de coimasnem de custas a este credor.À segurança Social e à Sonae (sóa esta deve quase seis milhões deeuros) propõe igualmente o pagamentoda totalidade dos créditos.A empresa reconhece dívidas totaisno valor de 20,9 milhões de euros.O pagamento aos credores “éfeito por recurso a capitais própriosobtidos por rendimentos geradospela manutenção em actividadeda empresa, reestruturado o seupassivo e prevenidas as rupturas detesouraria”, aponta o documento.Assembleia-geral tomou posiçãoTurismo de Leiria-Fátimacontesta separação❚ Reunida a semana passada, a Assembleia-geralda Entidade de Turismode Leiria-Fátima afirma que aextinção desta estrutura e a separaçãodo seu território, preconizada noprojecto da nova Lei Quadro aprovadoem Conselho de Ministros,“prejudica grandemente o trabalhodesenvolvido na promoção da região,com graves consequências económicaspara o sector empresarial”.Em comunicado, a ERT Leiria-Fátimalamenta a decisão tomada emanifesta “o seu profundo desagradopor terem sido ignorados” todos osapelos para que a entidade não fosseextinta e não fosse separada. Refere asua “profunda preocupação por umareorganização que não tem em consideraçãoas especificidades turísticasde uma região com mais de cinco décadasde afirmada promoção internacional”e mostra “preocupação edesapontamento pela perda de umaidentidade cultural e promocional,potenciada por uma marca turísticainternacional”.Entende ainda “prioritário e essencialque se mantenham unidos osactuais concelhos integrados no Turismode Leiria-Fátima”, defendeque as áreas metropolitanas de Lisboae Porto sejam separadas dasnovas entidades regionais e que apromoção externa seja competênciadestas.

22 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012EconomiaLeiria Concursode montras de Natalanima comércioBombarral Sanguinhalcom vários vinhospremiadosJantar Antigoscolaboradores daDatamex em convívioDistinção EstrelaMichelin pararestaurante BelcantoEmpreendedorismoEncontro de jovens emFigueiró dos VinhosA Acilis promove entre 10 e 17 deDezembro mais uma edição doconcurso de montras de Natal emLeiria, Batalha e Porto de Mós, como objectivo de promover edinamizar o comércio local. Podemconcorrer estabelecimentosassociados e não associados. Serãopremiadas as três melhoresmontras, sendo que o primeiroprémio é uma noite para duaspessoas no Hotel Cooking andNature, em Porto de Mós.A Companhia Agrícola doSanguinhal, do Bombarral, recebeurecentemente uma medalha deouro para o seu vinho brancoSôttal, de 2011. O prémio foi obtidodurante o Festival Nacional doVinho Leve. Já o Quinta dasCerejeiras Reserva, um branco de2010, recebeu ouro no concurso devinhos da Região de Lisboa,organizado pela comissãovitivinícola e pela Confraria dosEnófilos da Estremadura.“Estava na altura de realizar umencontro de antigos funcionáriosda Datamex, empresa ondemuitos de nós crescemos”, explicaJorge Galhispo, que organiza oevento Datamex Generation 2012.Trata-se de um jantar convívioque se realiza no sábado, naQuinta do Paul, Ortigosa, Leiria,com o objectivo de “reunir asdiversas gerações” de profissionaisque passaram por aquelaempresa de informática de Leiria.O restaurante Belcanto, de JoséAvillez, acaba de receber umaestrela Michelin. “Esta distinçãoencheu-nos a todos de orgulho”,diz o chef, lembrando que grandeparte da sua equipa o acompanhahá vários anos e estava no Tavaresquando recebeu a primeira estrelaMichelin. O Belcanto existe desde1958 no Chiado, mas José Avillezassumiu as rédeas no início desteano, após uma profundaremodelação.No âmbito do projectoEmpreendedorismo de Base Localrealiza-se na próxima segunda--feira, em Figueiró dos Vinhos,uma acção de capacitação parapotenciais empreendedores, comideias de negócios e vontade deimplementar projectos. “Pretende--se descobrir competênciasempreendedoras e capacitar osempreendedores no início do seupercurso”, explica a organização(Comunidade do Pinhal Interior).Marinha GrandeCencal ensina atrabalhar vidroAldeia da Roupa Branca recupera tradiçãoDRSeminário Trabalho éfonte de realização etambém de dorO Centro de FormaçãoProfissional para a Cerâmica(Cencal) vai realizar em 2013 cercade 200 acções para mais de trêsmil formandos, em Caldas daRainha, Alcobaça e MarinhaGrande. Nesta cidade as acçõesincidem sobre as áreas de apoio àprodução do vidro artístico eindustrial. Estes cursos na área dovidro poderão ser frequentadostambém por pessoas de outrossectores. Ambiente, qualidade eorganização da produção emanutenção industrial sãoalgumas das áreas em destaque. OCencal vai manter emfuncionamento durante doismeses um forno de fusão, parapermitir a frequência dos cursosde vidro artístico a estudantes delicenciatura em artes e design etambém a desempregados. EmAlcobaça os cursos incidemsobretudo nas áreas comercial,gestão, línguas estrangeiras eturismo. Já em Caldas da Rainhaas acções de formação incidem naárea da cerâmica, marcenaria,multimédia, gestão, trabalhosocial, línguas e informática,entre outras.Recuperar os produtos e os aromas da tradição dasantigas lavadeiras é o conceito por trás da marcaAldeia da Roupa Branca, cujos produtos estarão àvenda em lojas de artigos para a casa. O projecto é daempresa 100 ml, que já trabalha a marca AntigaBarbearia de Bairro. Luís Pereira, gerente daempresa, revela que a ideia para a Aldeia da RoupaBranca lhe surgiu em Castanheira de Pera, localidadeà qual tem ligações familiares. Ao programa The NextBig Ideia, da Sic Notícias, explicou que a linha deprodutos de lavandaria vai ter como um dos seusprodutos emblemáticos uma água perfumada paraferro de engomar, “desenvolvida em Portugal comparceiros e empresas portuguesas”. Ervas aromáticasplantadas em Portugal, uma gama de acessórios empano cru, inspirada na letra da canção do filmeAldeia da Roupa Branca, e um sabão para lavar roupasão outros dos produtos da marca. O sabão,disponível em dois tamanhos, vai “recriar aromasantigos, mas com uma proposta contemporânea e dequalidade”. Luís Pereira diz que a empresa está ainovar, reinventando. “A forma como o estamos afazer é cruzando inovação com a história das antigaslavadeiras”, considera.Tudo gira à sua volta, mesmoestando desempregado. O trabalho“é simultaneamente fonte de dor ede realização”, defende MassanoCardoso, que participou a semanapassada num seminário sobreriscos psicossociais, organizado emLeiria pelo Polidiagnóstico Empresas.Se o trabalho “dá saúde”,aqueles a quem falta podem sofrerdas mais diversas patologias, disseo médico especialista em medicinado trabalho, que defendeu que asempresas que precisam de fazerreestruturações devem criarmecanismos para apoiar oscolaboradores. O médico NunoMadeira lembrou que existe atendência de associar imediamentestress a doença, mas nem sempre éassim. As pessoas com algum nívelde stress normalmente antecipammais facilmente soluções para osproblemas das organizações,embora “sejam as primeiras a darsinais de fadiga” quando eles searrastam. Na EU/15, os custosassociados aos problemas de stresslaboral rondam os 20 mil milhõesde euros, números que “justificama actuação” de empresas eentidades.Leiturasdasemana (https://www.facebook.com/livraria.arquivo)Os 7 Hábitos das PessoasAltamente EficazesMário Ceitil, Maria João PantaleãoEditora: Edições SílaboConversas sobre a CrisePortugal, a Europa e o MundoLuís Amado com Teresa de SousaEditora: D. QuixoteTendo como base Os 7 Hábitos das PessoasAltamente Eficazes de Stephen R. Covey, este livrotraça-nos alguns caminhos práticos e pragmáticospara que, com sentido de realismo, espírito deaposta e mentalidade empreendedora, se possamtransformar as fraquezas em forças e as ameaçasem oportunidades. Estas estratégias, centradas nosnossos círculos de influência, constituem a via parapodermos progredir em tempos de grandeincerteza e turbulência como os que vivemos hoje.A crise na Europa é, como Luís Amado explica, muito maisdo que uma crise do euro ou uma crise económica. É umacrise que resulta dos reequilíbrios de poder internos àprópria União Europeia e dos reequilíbrios de poder aonível global. É também a crise onde se inscreve a nossa, queexplodiu no final do segundo Governo socialista de JoséSócrates e que colocou o país sob controlo dos credoresinternacionais. Luís Amado não desvaloriza a sua enormegravidade nem sequer o esforço colectivo que o país tem defazer para restaurar a sua independência.

EconomiaJornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 23Presidente da Ivity Brand fala em AlcobaçaCarlos Coelho, presidente da Ivity Brand, é o oradorconvidado para a conferência de encerramento daprimeira edição do projeto Rede PME Região de Cister.O evento realiza-se no dia 8 de Dezembro, a partir das18 horas, no Hotel Miramar Sul, na Nazaré.Director da Autoeuropa falou em Leiria sobre desafios do sector automóvelEnvelhecimento da população é“grande problema” para a indústriaLeiriaDesempregoabre caminho anegócios na IDDRaquel de Sousa Silvaraquel.silva@jornaldeleiria.pt❚ As alterações demográficas e oenvelhecimento da população activa,em Portugal e na Europa, sãoduas das ameaças apontadas porAntónio de Melo Pires, director--geral da Volkswagen Autoeuropa,que anteontem participou numaconferência em Leiria. “Daqui a 20anos não vamos ter gente paratrabalhar, porque não estão a nascerpessoas. Isto é um grande problema,mas ninguém pensa nisso”,referiu nas instalações da Nerlei.A sobrecapacidade de produçãoda indústria automóvel europeia,os custos laborais e a ausênciade mecanismos de flexibilidade,nomeadamente em Portugal,foram outras das ameaças mencionadas.Para o director-geral daAE, a Europa tem seguido umapolítica “desastrosa” nas suas relaçõescomerciais, na medida emque muito dificilmente consegueexportar veículos para outras zonasdo mundo, mas “deixa entrartudo” no seu espaço. “Não é possívelhoje exportar um carro queseja para a Coreia do Sul”, exemplificou.Para a China consegue-se vender,mas só cumprindo uma sériede normas. “Sempre que queremosexportar, tem de vir à nossafábrica um representante de umorganismo de certificação oficialda China para confirmar que opodemos fazer. Isto obriga-nos agastar dinheiro e atrasa a entradano mercado”, referiu.António de Melo Pires frisouRaquel de Sousa Silvaraquel.silva@jornaldeleiria.pt❚ O Grupo Lena vai construir 20mil apartamentos de habitaçãosocial e diversos equipamentospúblicos na Argélia num períodode cinco anos. O acordo, assinadoesta semana com uma empresaestatal do Grupo INDJAB, prevêainda a construção de duas fábricas,uma de pré-fabricação de betãoe outra de estruturas metálicas,para dar cumprimento ao projectode habitação social.António Pires (à esq.) no laboratório de engenharia automóvel da ESTGParceria escola/empresasDoutorados devem ir para a indústriaProfessores de férias sabáticas atrabalhar nas empresas edoutorados virados para aindústria são dois aspectosconsiderados fundamentais pelodirector-geral da Autoeuropa, quedefende uma parceria mais estreitaentre universidades e empresas.Apontando o exemplo daAlemanha, lembra que há cada vezmais doutorados a seremcontratados pelas empresas e que éisto que faz evoluir a indústria.Pelo contrário, em Portugal osdoutorados estão “completamentedesfasados” da realidadeempresarial. Defendeu ainda quehá que construir um “sistemalógico de preparação deprofissionais para a indústria” eque o sistema dual deveria ser maisusado. Frisando que Portugal nãotem capacidade para absorvertodos os licenciados, disse não vercom maus olhos a emigraçãoqualificada, considerando quepode ser uma oportunidade decriar um “choque” evolutivo seconseguirmos beneficiar do seuregresso.CEO diz que construtora tem das maiores carteiras de obras entre as empresas portuguesasGrupo Lena vai construir na Argélia20 mil apartamentos e duas fábricasO acordo prevê a criação de umaempresa mista entre o Grupo de Leiriae o estado argelino, no âmbito daqual está contemplada ainda transferênciatecnológica e um programade formação de quadros argelinosno sector da construção, informa aLena em comunicado. “De realçarque o Grupo Lena apresenta umatécnica de construção avançada eespecializada no tipo de construçãoque o governo da Argélia procura,beneficiando de uma grande experiêncianeste segmento”.Esta experiência decorre do contratoRAQUEL DE SOUSA SILVAque conseguiu na Venezuela, ondejá está a construir 12.500 apartamentose duas fábricas de painéispré-fabricados. No total, o negócioimplica a construção de 50 mil casas,disse recentemente ao JOR-NAL DE LEIRIA João Paulo Conceição.O presidente do ConselhoExecutivo lembrou que a presençado grupo na Venezuela foi “alavanca”para a internacionalizaçãode “mais de 60 empresas da regiãoCentro”, que agora também estãoa desenvolver obras naquele paíssul-americano.as capacidades e competênciasdos portugueses, lembrando quesão considerados dos “melhoresferramenteiros” do mundo. Revelouainda que a Autoeuropaestá a colaborar com a Cefamolpara identificar e colocar numabase de dados os produtores demoldes e componentes, no contextode uma estratégia que visacriar em Portugal um centro mundialde competências de moldes eplásticos.O ano passado a AE captou 18novos fornecedores nacionais parao Grupo VW. Em Leiria há umarede “relativamente grande” defornecedores e a região “tem potencialidadespara continuar a desenvolvê-la”.O director da Autoeuropadefendeu que as empresasportuguesas têm “possibilidadesde entrar com a VW nomercado mundial”, assim sejamcapazes de ser disciplinadas, rigorosase cumpridoras.António Pires esteve tambémno laboratório de Engenharia Automóvelda ESTG, visita consideradacomo de “extrema importância”para a escola, já que “reconhecee atesta a grande qualidadedo trabalho desenvolvido epoderá potenciar parcerias futuras”,aponta Nuno Mangas, presidentedo Instituto Politécnico deLeiria. Já existe colaboração entreas duas entidades: a AE tem cedidoveículos para o laboratório epara investigação, alguns dos seustécnicos têm recebido formaçãodos docentes da escola e há diplomadosda ESTG nos quadros daempresa.Até agora, na Argélia, o grupo deLeiria tem trabalhado sobretudona construção de hospitais. No Brasiltambém já está na área da habitaçãosocial, com o projecto Minhacasa minha vida.A carteira de obras do Grupo Lenaé superior a quatro mil milhões deeuros, mais de 80% dos quais provenientesdo estrangeiro, sobretudoda Venezuela, Argélia e Angola.É, segundo o presidente, uma dasmaiores, senão mesmo a maior carteirade obras de uma empresa portuguesaneste momento.❚ A actual conjuntura de desempregotem favorecido o investimentoem ideias de negócio que, de outraforma, não se revelariam. Esta é umadas ideias a retirar da visita do PS deLeiria e da Concelhia de Leiria da JSà Incubadora D. Dinis (IDD), que serealizou segunda-feira no âmbito daJornada Federativa pelo Emprego, eque destacou exemplos de empreendedorismonum contexto“preocupante” de desemprego jovem.De acordo com Isabel Marto, directora-executivada IDD, têm vindoa aumentar os contactos de gente que,uma vez desempregada, pede ajudaà incubadora para concretizar umprojecto no qual nunca teve oportunidadede se lançar. Entre contactosque avançam e outros que não chegamà concretização, a IDD já terá recebidocerca de 400 pedidos de ajuda.E se metade dos projectos incubadosacaba por morrer, 80% dos empreendedorescontinuam a sê-lo,mesmo que com outras ideias. A IDDtem uma taxa de ocupação de 85%,ou seja, 25 negócios em incubação,envolvendo 60 pessoas. Se os pedidosde apoio se mantiverem a este ritmo,a incubadora estará ocupada a 100%já em 2013, considera a directora.PombalConferênciadiscute futuro doemprego jovem❚ Emprego jovem, que futuro? é otema que estará em discussão nosábado, dia 1, no mini-auditório doteatro-cine de Pombal. Por voltadas 15 horas o deputado do PS RuiDuarte falará sobre o emprego jovemna União Europeia, seguindoseuma intervenção de AmílcarCoelho, da UGT-Leiria, sobre o empregojovem no distrito. Haveráum painel sobre crise, desempregoe precariedade laboral em Portugal,cujos oradores são João Proença(secretário-geral da UGT) e Carvalhoda Silva, ex-lider da CGTP. O sociólogoElísio Estanque falará sobreos jovens e o acesso ao emprego ea deputada do PS Helena André sobreas políticas de promoção doemprego jovem. As conferênciasinserem-se na Universidade de Outono2012, promovida pela FederaçãoDistrital de Leiria da JuventudeSocialista, iniciativa que visa“proporcionar intensos momentosde aprendizagem, reflexão e debateem torno de temas de granderelevância da política distrital, nacionale internacional”.

24 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012Condomínio privado Praia da VieiraApartamentos tipo T1 e T2com preços a partir de 95.000,00€•Parque infantil;•Piscina coberta;•Jacuzzi;•Banho Turco;•Sauna;•Ginásio;•Portaria comguarda permanente“Venha conhecer estase outras oportunidades emwww.nevesterlouw.com”Ref. MR-579 Moradia T4 gem. por alpendreimplantada em terreno com cerca de 430m2. Carreira-Leiria.Vende-seArrenda-seAPARTAMENTO T1Com garagemSão Pedro de MoelPreço 125.000,00€MORADIAJunto ao largoRainha Stª IsabelPreço 650,00€/mêsVendas:A. Victor Gallo, 103 - r/chão esq.2430 -172 Maringa GrandeTm. 963 230 424 . Tel.: 244573450Fax: 244573459geral@imaimobiliaria.ptwww.imaimobiliaria.ptLOJA NO BAIRRODOS CAPUCHOSCom cerca de 200m2Preço 600,00€/mêsPraia da VieiraONDE REINA O MAR EA TRANQUILIDADE!Ref. MR-956 Moradia T3 gem. por garagemc/ jardim e pátio c/alpendre c/ churrasqueira. Vieira de Leiria. €128.000info@nevesterlouw.comwww.nevesterlouw.comTel.:244 689 160 . Tm: 919 047 762Fax 244 689 169Travessa da Feiranº 10-Loja A2425-617Monte RedondoLeiriaR. Dr. António Costa Santos, 27 - R/C . 2410-084 LEIRIATel.: 244823904 . Fax: 244814371E-mail: predil@predil.pt . www.predialleiriense.ptPraiaÚltima horaFoz do Arelho (-40%)OurémARRENDA - T4com mobília, tv cabo gratuita,churrasqueira, terraço,excelente exposição solar250,00 €FátimaARRENDA - T1com mobília, excelenteexposição solarm,Zona Central250,00 €Impacto Verde - Mediação Imobiliária, Lda.Ourém: 249 540 740 * Fátima: 249 540 745Tm. 937 501 581 * 939 079 970Mail: comercial@impactoverde.comAMI: 3470

Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 25ImobiliárioVendaMoradia individual T3 de cave erés-do-chão, implantada em terrenocom cerca de 560m2. Zona deLeiria. €124.000. (ref. MR-946)AMI 635 . Tm: 919 047 762.www.neves terlouw.com.Moradia individual T2 rés-do-chãoe sótão, implantada em terrenocom cerca de 800m2. Zona de Ortigosa-Leiria.€ 99.500 (ref. MR-949) AMI 6357 . Tm: 919 047 762 .www.neves terlouw.com.Moradia individual T3 rés-do-chãocom anexo, implantada em terrenocom 1015 m2. Monte Redondo- Leiria. (ref. MR-828) AMI 6357.Tm: 919 047 762 . www.neves terlouw.com.ÁREA COMERCIALEM ALCOBAÇAREMODELADA C/ 300M2FÁCIL ESTACIONAMENTORua da Fonte Nova nº 40ALCOBAÇAt. 919 198 145/919 198 146APARTAMENTO T3Garagem Dupla, aquecimento.ARMAZÉMC/ 100 M2LeiriaTm: 968 520 171/ 244 826 139DiversosDESAFIO PERDA PESO - 12 SE-MANAS; Treinador Pessoal; FormaçãoNutrição Planos Alimentares.Grupo Apoio Inscreva--se: Tm. 919 303 616 / 965 063 010.Conservaçãoe Restauro- CANTARIA (PEDRA)- VITRAL- AZULEJO- MOBILIÁRIORita RibeiroTm. 968 063 572Emprego Precisa-seArrendaArmazéns c/ 150 m2, 260 m2 e 800m2 licenciados p/ indústria, localizadosem Z. Industrial, junto ao nóda A8 da Barosa, frente para a varianteLeiria-M.ª Grande. Parque deestac. e infra-estruturas de apoioinclusivé (cantina industrial). BonsPreços. Tm: 914 655 373/918 724417.AP. T3 MOBILADO E EQUIPADOUma suite, 2 WC, sala c/ lareira.Quartos c/ roupeiro.Garagem individual.Est. Figueira da Foz, n.º 179,Marrazes.Excelentes localização c/ acessosCentro e Politécnico.Tm: 917 274 529 / 969 770 240Moradia individual T5, implantadaem terreno com cerca de4.000m2. Freguesia Souto daCarpalhosa-Leiria. (ref. AR-03) AMI6357. Tm: 919 047 762 ouwww.neves terlouw.com.Apartamento T3 no 2º andar,equipado com alguns eletrodomésticos,arrecadação no sótão e parqueamentona garagem em edifíciocom elevador. Leiria. €400/mês(ref. AR-04) AMI 6357. Tm: 919047 762 ou www.neves terlouw.com.T1 novo equipado e mobilado, centrode Leiria. Tm: 914 655 373/918724 417.T0, T1 e dois T3 e água furtadasjunto ao Cinema City (acesso Mobilis).Excelentes preços. Tm. Tm:914 655 373/918 724 417.EMPRESA DE CANALIZAÇÃOPRECISAINSTALADORDE REDES GÁS (M/F)C/ OU S/ EXPERIÊNCIATM: 916 351 894OFERECE-SESENHORA POLIVALENTEhonesta de confiança,oferece-se para horas delimpeza, passar o ferro ou ajudantede restauraçãopara horas de almoço.Tm. 964 083 964MI AMOREAgência Matrimonial.ENCONTRE A SUA ALMA GÉMEALeiria.Tel. 910 023 783/ 969 352 765/244 825 743MUDANÇAS 24HORASINCLUINDO FINS DE SEMANA.HONESTIDADETM: 960 032 771/ 910 148 270

26 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012Jornal de Leiria - Edição n.º 1481 - 29.11.2012CLÍNICA MATERNOINFANTIL DE LEIRIA> Alicia Rita -Obstetra Ginecologista> Bilhota Xavier - Pediatra> Beatriz Pena - Pedopsiquiatra> João Morgado - Ortopedista> Luís Seabra - Pediatra> Matos Cabeças - Psiquiatrae Sexologia Clínica> Alexandre Pena - Psicólogo Clínico> Inês Lopes - Terapeuta da FalaConsultas por marcação todos os dias úteisa partir das 14.00hRua Paulo VI- Edifício OlhalvasPiso 0, Porta 2 A , 5 E2400-502 LeiriaTm. 912 483 731 | Tel. 244 827 956Email: maternoinfantil@netcabo.ptEMÍLIA FARIAEspecialista Imuno - Alergologia (H.U.C.)(ASMA E DOENÇAS ALÉRGICAS)TESTES CUTÂNEOS EPROVAS VENTILATÓRIASPOLICLÍNICA DE S. TIAGO Tel. 244824805 - LEIRIACLÍNIGRANDETel. 244574060 - Mª GRANDECLÍNICA PUERICIA Tel. 244503809 - Mª GRANDEDiagnóstico, Tratamento ePrevenção dePatologias do PéPODOLOGISTA(Licenciada pelo ISPN)Urb. Vale do Mocho, Lt. 6 Rc/DtoRua Paulo VI (Calçada do Bravo)2410-146 LeiriaTel. 244 855 353 (das 15h. às 19h.)Tlm. 914 552 051e-mail: medicpe@iol.ptJOÃO FILIPEMÉDICO ESPECIALISTA DE OFTALMOLOGIAMédico do Hospital dos Covões em CoimbraUrgência todos os diasConsultas . Cirurgias . Lentes de Contacto . Laser. Campos Visuais . Exercícios de OrtóticaAcordos: SAMS Centro . CGD . SAVIDA . SAMS-SIBRua João de Deus, 11, 1º Dtº - LeiriaTel. 244 832 801/244 832 870TERAPIA DAS DORES- ARTICULAÇÕES- FIBROMIALGIA- TENDINITES- ENXAQUECA- ENTORCES- COLUNA- CIÁTICA- STRESSDr. Sérgio BentoRELAXOTERAPIAFAC. LIVRE MED. NATURAIS PARISMARCAÇÃO DE CONSULTA: Tm. 962 638 905Avº Engº Arala Pinto, Nº 46 . 2430-069 MARINHA GRANDERaul Miguel de Castro, Presidente da Câmara Municipal de Leiria, nos termos e para efeitos do disposto no n.º 1 doartigo 91.º, da Lei n.º 169/99 de 18 de Setembro na redação dada pela Lei n.º 25-A/2002, de 11 de janeiro torna públicoo despacho por si proferido em 26 de novembro de 2012, determinando o procedimento de hasta pública para alienação,por lotes, de viaturas municipais que se encontram identificados no quadro seguinte:Lote Marca Modelo Cilindrada Matrícula ANO KM Combustível Estado de Valor base(cm3) (aprox.) Conservação do loteNiveladora Sicom EM-55H - - - - Diesel MauRetroescavadora Fiat Hitachi - - 1996 - Diesel MauBedford EHGOBCO 3610 FZ-92-75 1973 274000 Diesel MauCilindro Aveling Aveling - - 1985 - Diesel MauLand Rover Discovery TD5 2495 03-43-QR 2000 205887 Diesel Mau1 Land Rover Regular 88 Serie II 2285 BS-89-12 1981 250000 Diesel Mau 17.500,00 €Land Rover Regular 88 Serie II 2285 DS-70-81 1975 303000 Diesel MauBedford EHGOBCO 3610 BZ-30-98 1978 303100 Diesel MauVolvo N7.58 (4x2) 6724 SS-84-14 1981 342000 Diesel MauDumper VIMA - - 1985 - Diesel MauRenault Kangoo 1.9 TDI 1870 35-25-UH 2001 209000 Diesel MauRenault Kangoo V.P. 1870 42-46-RE 2001 189375 Diesel MauRenault Kangoo V.C.L. 1870 49-27-SP 2001 121926 Diesel MauRenault Kangoo V.D.Expression 1870 48-99-SP 2001 125765 Diesel MauRenault Clio (C57104) 1108 91-36-BJ 1992 215068 Gasolina MauRenault Clio (C57104) 1108 65-95-CA 1993 387430 Gasolina Mau2 Renault Clio (B57104) 1108 34-56-BP 1992 250000 Gasolina Mau 4.825,00 €Renault Clio (B57104) 1108 34-49-BP 1992 251805 Gasolina MauRenault 4 GTL (112800) 1108 SD-22-65 1989 256450 Gasolina MauRenault 4 GTL (112800) 1108 SD-44-33 1989 291475 Gasolina MauRenault 4 GTL (112600) 1108 JJ-77-80 1984 303000 Gasolina MauRenault 11 TSE (B37300) 1397 BJ-69-34 1984 404000 Gasolina Mau3 BMW 320D 1951 24-14-QQ 2000 356500 Diesel Bom 6.875,00 €4 Opel Vectra GTS 1.9 CDTI 1910 89-63-ZR 2005 200000 Diesel Bom 6.000,00 €Peugeot 106 (1AHDZ2) 1124 19-32-FL 1995 181075 Gasolina MauPeugeot 106 (1AHDZ2) 1124 41-46-FM 1995 131300 Gasolina MauFord Fiesta 1.8 (JAS) 1753 42-58-JC 1997 103000 Diesel MauFord Fiesta 1.8 (JAS) 1753 42-56-JC 1997 255616 Diesel MauFord Fiesta 1.8 (JAS) 1753 42-57-JC 1997 155000 Diesel Mau5 Ford Mondeo 1.8 1796 96-12-GD 1996 385000 Gasolina Mau 6.075,00 €Ford Fiesta Van 1.8 1753 52-26-IT 1997 250600 Diesel MauFord Fiesta Van 1.8 1753 51-05-IT 1997 225000 Diesel MauFord Fiesta Van 1.8 1753 51-20-IT 1997 197500 Diesel MauFord Fiesta Van 1.8 1753 52-06-IT 1997 168600 Diesel MauFord Fiesta Van 1.8 1753 52-25-IT 1997 255800 Diesel MauNissan Trade (CH7LRG) 2953 62-80-GR 1996 237000 Diesel MauNissan Trade (CH7LRG) 2953 62-79-GR 1996 220420 Diesel Mau6 Nissan Urvan 9L (VJGE24) 2494 79-51-GR 1996 268100 Diesel Mau 6.000,00 €Nissan Pick-Up 2494 73-84-RV 2001 236400 Diesel MauMitsubishi L300-2039 (PYZLEA) 2477 PL-97-01 1988 443500 Diesel MauToyota Dyna 150 2779 06-63-FG 1994 237750 Diesel MauToyota Dyna 150 2779 06-64-FG 1994 275600 Diesel Mau7 Toyota Dyna 150 2779 06-62-FG 1994 261700 Diesel Mau 5.125,00 €Fiat Ducato Maxi DS 2500 19-68-CM 1993 297550 Diesel MauFiat Ducato Maxi DS 2500 19-73-CM 1993 271950 Diesel MauVW Passat GL (351) 1588 JX-64-08 1991 452665 Diesel Mau8 Nissan Pick-Up (CVNGLDFD22) 2494 38-86-MQ 1999 218300 Diesel Razoável 3.750,00 €9 Mercedes-Benz Vito 112CDI / 30 2148 11-44-RL 2001 310700 Diesel Razoável 3.125,00 €Local, data e hora da praça: A hasta pública será efetuada por licitação oral, a realizar no dia 20 de dezembro de2012, pelas 14:30 horas, na Sala de reuniões da Câmara Municipal de Leiria, sita no edifício dos Paços do Concelho,Largo da República, 2414-006, Leiria.Valor base de licitação de cada um dos lotes a alienar: O constante do quadro supra.Critério de adjudicação: O critério de adjudicação de cada lote é o da licitação de valor mais elevado.Modo de pagamento: Em numerário ou mediante cheque visado à ordem do Município de Leiria. A importância devidapela alienação de cada lote é paga nos seguintes termos:a) 50% do valor da alienação no ato da praça, a título de sinal e princípio de pagamento, devendo o adjudicatárioprovisório apresentar o respetivo comprovativo de pagamento à comissão da hasta pública;b) 50% nos 15 (quinze) dias úteis seguintes à notificação da decisão de adjudicação definitiva de cada lote e sempreantes da outorga do título de alienação.Consulta do regulamento da hasta pública: O regulamento da hasta pública pode ser consultado no sítio do Municípiode Leiria em www.cm-Ieiria.pt ou na Divisão de Aprovisionamento e Património da Câmara Municipal de Leiria.Município de Leiria, 27 de novembro de 2012O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPALRaul CastroJornal de Leiria - Edição n.º 1481 - 29.11.2012Largo da República, 2414-006 Leiria • N.I.P.C.: 505 181 266 • Telef.: 244 839 500 • N.º Verde: 800 202 791Sítio: www.cm-leiria.pt • email: cmleiria@cm-leiria.ptATLÉTICO CLUBEDA SISMARIAEDITAL N.º 139/2012Divisão de Aprovisionamento e PatrimónioCátia SantosPsicóloga e Psicoterapeutaestrada de Leiria, n.º 212 .ed. pinus park, fracção t2430-091 Marinha Grandetlm. 969 463 631 .catiasantos.psi@gmail.comCONVOCATÓRIAJornal de Leiria - Edição n.º 1481 - 29.11.2012Nos termos dos Estatutos e do artigo 28º nº 1 do RegulamentoInterno do Atlético Clube da Sismaria, convocaseV. Excias., para a Assembleia-Geral Ordinária a realizarno dia 07 de Dezembro de 2012, pelas 20:30 horasna sede social do Clube, na Estrada da Estação, com aseguinte ordem de trabalhos:1 - Apresentação, discussão e aprovação do plano deactividades e orçamento para o ano de 2013;2 - Outros assuntos de interesse geral.Se na Assembleia não estiverem presentes ou representadosa maioria dos associados, fica desde já convocadanova assembleia que se realizará no mesmo locale dia pelas 21:00 horas, com a mesma ordem de trabalhos,a qual poderá deliberar que por maioria de votos dospresentes.Com os melhores cumprimentos,A Presidente da Assembleia-Geral(Susana Margarida Pedrosa Duarte)CONVOCATÓRIAJornal de Leiria - Edição n.º 1481 - 29.11.2012Nos termos do nº 1 do artº 18º dos estatutos,convoco uma reunião ordinária da AssembleiaGeral, a realizar na sede da instituição nodia 13 de dezembro de 2012, pelas 20,00 horas,com a seguinte ordem de trabalhos:1. Eleição dos corpos gerentes;2. Outros assuntos.De acordo com os estatutos, a Assembleiareunirá à hora marcada se estiverem presentesmais de metade dos associados com direito avoto ou uma hora depois com qualquer númerode presentes.O Presidente da Mesa da Assembleia(Carlos Manuel Magalhães de Carvalho)

CARLOS MANUEL BERNARDO ASCENSO ANDRÉ, Presidente da Assembleia Municipal de Leiria, torna público, nostermos do n.º 3 do artigo 84.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11de janeiro, que no dia 03 de dezembro de 2012, pelas 21.00 horas, no Teatro José Lúcio da Silva, se realizará asessão extraordinária da Assembleia Municipal de Leiria, convocada em cumprimento do disposto na alínea b) do n.º1 do artigo 50.º da supracitada lei, com a seguinte Ordem do Dia:Ponto único: Reorganização Administrativa Territorial – Análise da Proposta Concreta da Unidade Técnicapara a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT) para o concelho de Leiria. Emissão deparecer.Para constar e devidos efeitos legais, se passou o presente edital que vai ser afixado nos locais de estilo.Leiria, 22 de novembro de 2012.EDITAL N.º 9/2012O Presidente da Assembleia MunicipalCarlos Manuel Bernardo Ascenso AndréJornal de Leiria - Edição n.º 1481 - 29.11.2012Largo da República, 2414-006 Leiria • N.I.P.C.: 505 181 266 • Telef.: 244 839 500 • N.º Verde: 800 202 791Sítio: www.cm-leiria.pt • email: cmleiria@cm-leiria.ptAVISO N.º 92/2012Departamento de Planeamento e Gestão UrbanísticaALTERAÇÃO À LICENÇA DE OPERAÇÃO DE LOTEAMENTOABERTURA DE PROCEDIMENTO DE CONSULTA PÚBLICA E NOTIFICAÇÃO PARA PRONÚNCIA DOS PRO-PRIETÁRIOS DOS LOTES CONSTANTES DO ALVARÁ DE LOTEAMENTO N.º 514/86PROCESSO DE LOTEAMENTO N.º 20/82Lino Dias Pereira, Vereador do Pelouro do Ordenamento do Território, Urbanismo e Obras Municipais, no uso dacompetência delegada (Edital n.º 18/2012) torna público, nos termos da alínea d) do n.º 1, do artigo 70.º do Códigodo Procedimento Administrativo (C.P.A.), conjugado com o n.º 2 e o n.º 3 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de16 de dezembro, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de março, bem como com o artigo17.º do Regulamento de Operações Urbanísticas do Município de Leiria, que se submete a discussão pública, bemassim como a pronúncia dos proprietários dos lotes constantes do alvará de loteamento n.º 514/86, emitido em03/10/1986, e respetivos aditamentos, o pedido de alteração à licença de operação de loteamento, cuja apreciaçãodecorre na Câmara ao abrigo do processo n.º 20/82.O pedido de alteração é apresentado pela Sociedade Imatlântico – Empreendimentos Imobiliários e Turísticos,Lda, incide sobre os lotes 16 e 17 dos prédios descritos na Conservatória do Registo Predial de Leiria sob os n.º (s)153/19861215 e 154/19861215, e inscritos na matriz urbana sob os artigos 1296 e 1297, da freguesia de Parceiros,lotes resultantes da operação de loteamento do prédio sito em Carrasqueira, na referida freguesia.As alterações pretendidas são as seguintes:- A extinção do Lote 16;- A integração da área do Lote 16 no lote 17;- A alteração do polígono de implantação do novo Lote 17 (incluindo a redefinição dos afastamentos aos limitesdo lote);- A redução de 2 para 1 piso acima da cota de soleira;- A definição de cércea (5,0 m);- A definição de n.º lugares de estacionamento/ área mínima em m2;- A definição de área bruta de construção máxima (igual à anterior “área de ocupação do solo”);- A possibilidade de implantar fora do polígono de implantação as seguintes edificações: garagens, anexos einstalações de apoio (áreas de jogos, sanitários, arrumos e lazer). Estas edificações integram para o cálculo de índicecaso seja acima da cota de soleira;- A possibilidade de implantar no piso abaixo da cota de soleira, ora dentro ora fora do polígono de implantação,as seguintes edificações: garagens, arrumos e instalações sanitárias (Estas edificações não integram para o cálculode área bruta de construção).O período de discussão pública decorre pelo prazo de quinze dias úteis, contados a partir do primeiro dia útilseguinte à data da respetiva publicação em jornal e no sitio do Município de Leiria na Internet, podendo no decorrerdeste período, os interessados vir a pronunciar-se por escrito sobre a alteração pretendida, mediante requerimentodirigido ao Ex.mo Presidente da Câmara Municipal de Leiria, a remeter ou entregar no Departamento de Planeamentoe Gestão Urbanística, deste Município, onde se encontra patente o respetivo processo, para eventual consulta,todos os dias úteis entre as 09:00 horas e as 16:30 horas.E para constar, se lavrou o presente Aviso e outros de igual teor, que vão ser afixados no edifício-sede do Municípioe da respetiva Freguesia, bem como de anúncio a publicar em dois jornais locais e no sítio do Município de Leiriana Internet.Município de Leiria, 26 de Outubro de 2012POR DELEGAÇÃO DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPALO VEREADORLino Dias PereiraAVISO N.º 81/2012Departamento de Planeamento e Gestão UrbanísticaALTERAÇÃO À LICENÇA DE OPERAÇÃO DE LOTEAMENTOABERTURA DE PROCEDIMENTO DE CONSULTA PÚBLICAPROCESSO DE LOTEAMENTO N.º 7/90Jornal de Leiria - Edição n.º 1481 - 29.11.2012Largo da República, 2414-006 Leiria • N.I.P.C.: 505 181 266 • Telef.: 244 839 500 • N.º Verde: 800 202 791Sítio: www.cm-leiria.pt • email: cmleiria@cm-leiria.ptFichaTécnicaJORLIS, LDA.GerênciaMaria Alexandra Vieira, Anabela Frazão,João NazárioDirecção EditorialMaria Alexandra Vieira,Arnaldo Sapinho, Orlando Cardoso,Anabela FrazãoCoordenação Executiva/DirectorJoão Nazário(direccao@jornaldeleiria.pt)RedacçãoDamião Leonel, Daniela Franco Sousa,Elisabete Cruz, Graça Menitra, JacintoSilva Duro, Maria Anabela Silva, MiguelSampaio, Raquel de Sousa SilvaFotografiaRicardo Graça(ricardo.graca@jornaldeleiria.pt)Colaboradores permanentesAna Ferraz Pereira, Joaquim Paulo, LuciPais, Lurdes Trindade, Orlando Cardoso,Paula LagoaDirecção GráficaGabinete Técnico JorlisPaginação e ProduçãoIsil da Trindade (coordenação)(isilda.trindade@jornaldeleiria.pt)Rita Carlos (rita.carlos@jornaldeleiria.pt)Serviços Administrativos/AssinantesCília Ribeiro(cilia.ribeiro@jornaldeleiria.pt)(assinantes@jornaldeleiria.pt)TesourariaPatrícia Carvalho(patricia.carvalho@jornaldeleiria.pt)Serviços ComerciaisMaria Nunes(maria.nunes@jornaldeleiria.pt)Rui Pereira (rui.pereira@movicortes.pt)Propriedade/EditorJorlis - Edições e Publicações, Lda.Capital Social: €600.000NIF 502010401Sócios com mais de 10%: Movicortes,Serviços e Gestão, Lda.José Ribeiro VieiraMoradaParque Movicortes2404-006 Azoia - LeiriaEmailgeral@jornaldeleiria.ptTelefonesGeral: 244 800 400Redacção: 244 800 405Fax: 244 800 401ImpressãoGrafedisportDistribuiçãoVASPDia de publicação: Quinta-feiraPreço avulso: 1€Assinatura anual: 35€ (Portugal)65€ (Europa)93€ (outros países do mundo)Tiragem média por ediçãoMês de Outubro: 15 000 exemplaresN.º de registo: 109980Depósito legal n.º 5628/84O Jornal de Leiria está abertoà participação de todos os cidadãosde acordo com o ponto 5 do EstatutoEditorialJornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 27Palavras cruzadasHorizontais: 1- Fruto do morangueiro. Árvore venenosa da Malásia. 2- 1.100(Rom.). Observação (abrev.). Graceja. 3- Atavia com oiro. Animal carnívoroda América. 4- Dormir (Inf.). Preposição e artigo (Contr.). Banha as plantas.5- Detonação (Interj.). Serrazinar, moer (Prov.). 6- Guarnição que contornaas escotilhas de um navio para evitar a entrada de água. 7- Regimento de ArtilhariaLigeira (abrev.). Coca (Bras.). 8- Enxerguei. Eles. Espécie de enguia.9- Transpirou. O m. q. outara. 10- Avenida (abrev.). Antiga moeda persa. Notalmusical. 11- O m. q. tunante. Vaticano (abrev.).Verticais: 1- Meritíssimo (abrev.). Abecedário. Saturday (Sábado) (abrev. ingl.).2- Ociosidade. Confusão, briga. 3- Membro de um clube filiado no rotarismo.- Omoplata da rês. Crustáceo marinho. A primeira de uma série ou ordem.4 - Além. Padeça. Arraial (Ant.). 5- Afio, aguço. 6- O m. q. glote (Fam.). Quese suxou, bambo. 7- Cada uma das seis divisões de cada tribo ateniense. Inventor(Fig.). Tipo de adufe usado pelos povos do Norte de África. 8- Títulode senhores feudais. Escarpim. 9- Contrarir. 10- Flagelo, maldição. Acontecimentocomovente (Fig.). 11- Organização Internacional (abrev.). Agreste,áspero. Item (abrev.)Solução do problema anterior: Horizontais: 1 - ADEUS. TRATA. 2 - SERRO. RAMAL.3 - AB. OLEOLATO. 4 - APLANO. CUI. 5 - ATROPA. PI. R. 6 - SAIGA. ARABE. 7 - C. OO.OLORAM. 8 - AAR. UVULAR. 9 - UBERRIMO. CE. 10 - LESOS. EGUAS. 11 - ALALO.NOSSO.Verticais: 1 - ASA. ASCAULA. 2 - DEBATA. ABEL. 3- ER. PRIORESA. 4 - UROLOGO. ROL.5 - SOLAPA. URSO. 6- ENA. OVI. 7- TROO. ALUMEN. 8 - RALA. PROLOGO. 9 - AMA-CIARA. US. 10 - TATU. BARCAS. 11- ALOIREM. ESOSudokuLino Dias Pereira, Vereador do Pelouro do Ordenamento do Território, Urbanismo e Obras Municipais, no uso dacompetência delegada (Edital n.º 18/2012) torna público, nos termos da alínea d) do n.º 1, do artigo 70.º do Códigodo Procedimento Administrativo (C.P.A.), conjugado com o disposto no n.º 5 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 555/99,de 16 de dezembro, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de março, e do disposto no artigo77.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro, alterado, e da deliberação do executivo datada de 07/08/2012,que se submete a discussão pública o pedido de alteração à licença de operação de loteamento, cuja apreciação decorrena Câmara ao abrigo do processo n.º 7/90.A alteração consiste em redefinir as áreas de cedência ao domínio público, diminuindo a área cedida para espaçosverdes, designadamente 364m2, passando a mesma a integrar o domínio privado do município.O período de discussão pública decorre pelo prazo de quinze dias úteis, contados a partir do oitavo dia útilseguinte à data da respetiva publicação em jornal, em diário da republica, e no sítio do Município de Leiria na Internet,podendo no decorrer deste período, os interessados vir a pronunciar-se por escrito sobre a alteração pretendida,mediante requerimento dirigido ao Ex.mo Presidente da Câmara Municipal de Leiria, a remeter ou entregar no Departamentode Planeamento e Gestão Urbanística, deste Município, onde se encontra patente o respetivo processo, paraeventual consulta, todos os dias úteis entre as 09:00 horas e as 16:30 horas.E para constar, se lavrou o presente Aviso e outros de igual teor, que vão ser afixados no edifício-sede do Municípioe da respetiva Freguesia, bem como de anúncio a publicar em dois jornais locais, em diário da república, e nosítio do Município de Leiria na Internet.Município de Leiria, 28 de Agosto de 2012POR DELEGAÇÃO DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPALO VEREADORLino Dias PereiraJornal de Leiria - Edição n.º 1481 - 29.11.2012Largo da República, 2414-006 Leiria • N.I.P.C.: 505 181 266 • Telef.: 244 839 500 • N.º Verde: 800 202 791Sítio: www.cm-leiria.pt • email: cmleiria@cm-leiria.ptBoletim de assinaturaNome | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | || | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |Morada | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | || | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |CP | | | | | - | | | | Localidade | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |País | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Telefone | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |Profissão | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Habilitações Literárias | | | | | | | | | | | | | |N.º Elementos agregado familiar | | | NIF | | | | | | | | | | Data de nascimento | | | - | | | - | | | | |Junto envio cheque/vale postal n.º | | | | | | | | | | no valor de 35€ (Portugal), 65€ (Europa), 93€ (outros paísesdo Mundo) emitido à ordem de Jorlis, Lda., para pagamento da minha assinatura anual do Jornal de Leiria (renovável anualmente,salvo indicações em contrário). 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28 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012DesportoEscola de campeões põe Leiriaa acelerar há três décadasInovadores O Núcleo de Desportos Motorizados de Leiria comemora o 30.º aniversário comorgulho num passado pleno de imaginação, mas com olhar ambicioso para o futuroMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornaldeleiria.pt❚ Decorria o ano de 1982. Como agora,a crise assolava Portugal e o FMIentrou no País para pôr as contas emordem. Alheios a tudo isso, um grupode amigos juntava-se à noite na entãofamosa curva do pastor, em frenteà estátua do Pastor Peregrino, emLeiria, para falar daquela que era a suapaixão, os automóveis. Resolveramcriar um clube essencialmente parater um local onde pudessem ver vídeosBeta de corridas de quatro rodas.E foi assim que, há 30 anos, o Núcleode Desportos Motorizados de Leiria(NDML) nasceu e o panorama doautomobilismo na região mudou.Radicalmente.É a José Mota, Paulo Grosso, AntónioPinto, Luís Porém, AntónioMonteiro, José Baptista, Samuel Jorge,Pedro Alves, Luís Monteiro, AntónioSousa Santos, Jorge Abrantes eVítor Sousa (na foto mais pequena)que se deve a criação do núcleo que,depois de um “ligeiro esmorecimento”,entra em 1986 em velocidadede cruzeiro, com a realização daprimeira edição do Rota do Sol, “omais antigo passeio de todo-oterrenoainda hoje activo”. O ano de1991 foi rico em ideias. Começaram apensar na construção do KartódromoInternacional de Leiria, em Milagres,que viria a ser inaugurado em 1994,e na organização do Rallye VerdePino, a primeira prova para clássicos,em 1992 .Inovadores. Ao longo dos anos,muitas outras provas foram organizadaspelo NDML, como as 24HorasTT de Soure, as primeiras a serem realizadasem Portugal, o passeio dosAzimutes, as expedição TT à Guiné-Bissau, à Islândia e a Marrocos, o RallyeELF ou o Rallye Bruxelas-Lisboa. Noentanto, a associação, actualmentecom mais de 220 sócios, começou aprivilegiar o kartódromo, onde deramas primeiras aceleradelas alguns dosgrandes nomes do automobilismonacional, como Filipe Albuquerque,Ricardo Porém, Jaime Grácio e Pedrodo Mar.A realização regular de provas deCampeonato Nacional, as Taças dePortugal e os troféus regionais tornaramo NDML uma referência nokarting nacional. “Construímos okartódromo e estivemos vários anosa trabalhar para pagá-lo. Foram anosde muita luta porque fizemos a obrasem dinheiro e passámos por algumasdificuldades porque a concorrênciaapareceu forte e em tudo o queGrandes nomes do automobilismo começaram no kartódromo dos Milagres. Será o caso de Andryi Pits?Ao lado do Kartódromo Internacional de LeiriaNova pista é sonho de que não desistemAos 30 anos de vida, o NDMLcontinua a olhar para a frente equer preparar o futuro. Uma dasprioridades da actual direcçãopassa pela criação de um guiarápido de organização de provas.“Queremos deixar o know howque temos sistematizado, paraque quem vier a seguir tenhatoda a informação do que fomosaprendendo ao longo dos anos”,refere Pedro Alves. Num períododifícil, o objectivo primordial é“aguentar o barco”, mas asperspectivas são animadoras.Em 2013, o número de provasserá o mesmo, com apossibilidade de haver algumanovidade. Contudo, quando sefala de sonhos, os responsáveispelo kartódromo pensam emconstruir uma pista nova.“Projecto já temos, desde 1999.A intenção era fazer uma pistamaior, onde pudessem ser feitasexperiências com carrosnormais, onde as pessoaspudessem gozar do seu veículo,sem rails, onde não se bate, eque podia ser aproveitada parauma série de actividades, comocursos de condução defensiva,por exemplo, que nestemomento não temos condiçõesde fazer. Não quer dizer que nãose houvesse competição, massempre ao cronómetro, semcarros à molhada.” Mas serápossível, Pedro Alves? “Se calharnão estará muito longe...”DRRICARDO GRAÇAera sítio”, recorda Pedro Alves, fundadore presidente da instituição hádezena e meia de anos. Entretantosentiu um decréscimo no interessepelas corridas de lazer. O karting“passou de moda”, é certo, mas ascontas continuaram a ser pagas.“Houve uma altura em que as empresastinham dinheiro e qualqueriniciativa que tinham era uma provade kart. Chegámos a ter cavalos, helicópterose balões de ar quente noseventos. Agora já não é assim”, lamentao líder do clube. Apesar docontexto não ser o mais positivo paraquem vende serviços, o ano do 30.ºaniversário do NDML tem sido, curiosamenteo mais activo da história.Além de track days, corridas de karte até de vespas, o kartódromo recebeua prova do Campeonato Nacionalde Karting, “já um marco” da instituiçãoe foi o ano em que foram organizadasmais provas automóveis,no ramo da “competição de lazer”,em que se conjuga a regularidade ea velocidade. “Fizemos o Rallye deInverno, o Rallye Verde Pino, o RallyeSprint da Foz do Arelho, o RallyeSprint de Porto de Mós e o Rallye deOutono. Foi um ano rico”, diz PedroAlves.

DesportoJornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 29JORNAL DE LEIRIA foi ao balneário depois do histórico triunfo sobre o 1.º de Dezembro“Futebol feminino não éparente pobre em Ourém”Natural de LeiriaFernando Motaserá candidatoao ComitéOlímpicoMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornaldeleiria.pt❚ Em Ourém não se fala de outracoisa. A equipa de futebol femininodo Atlético Ouriense entrou nahistória da modalidade ao quebraruma série inacreditável de invencibilidadedo 1.º de Dezembro, 11vezes consecutivas campeão nacional.A última derrota do clube deSintra para as competições nacionaistinha acontecido diante doBoavista, por 3-2, a 14 de Maio de2006. De então para cá, a equipasomou 140 encontros consecutivossem derrotas. O JORNAL DE LEI-RIA foi até ao Campo da Caridadesentir o pulsar do balneário das novasheroínas do desporto regionale ouvir a palestra do treinador.Fim da tarde de terça-feira, diado primeiro treino depois da épicavitória. Na rua, os sócios e fiéis seguidoresdo emblema conversamsobre o triunfo e o circo mediáticoque se instalou em torno “das meninas”.“Até me emocionei”, contaGabriel Rodrigues, director parao futebol. Quando chega ao recinto,Flávia Fartaria é felicitada pelogolo decisivo. Para as colegas até játem trono: é a nova “rainha deOurém”.São 19:45 horas. O treinador GonçaloViana entra no balneário parafalar com as suas atletas. É altura devoltar a pôr os pés em terra e continuara trabalhar, até porque opróximo adversário, o Leixões, éuma equipa perigosa. No entanto,as primeiras palavras são de regozijo.“É óbvio que é óptimo que onosso suor resulte num sorriso enão numa lágrima.” O assédio dacomunicação social impediu diasnormais para o técnico. “Nuncatinha passado por este tipo de experiência,mas ontem (segundafeira)nem consegui trabalhar. FoiA Bola, Record, TSF, Agência Lusa,tudo! A Flávia certamente passoupelo mesmo...” As raparigas nãoconseguiram evitar o riso.Treinador Gonçalo Viana fala com as suas atletasO número2385Foi o número de dias que o 1.º deDezembro esteve sem perder nocampeonato feminino. OAtlético Ouriense deu-lhe cabodas contas...No fundo, numa equipa que entratodos os domingos em campocom oito internacionais, a vitóriaaté acaba por ser natural, não se esperavaé que fosse tão cedo. Otécnico dá uma palavra a Flávia,curiosamente a última a entrar emcampo. “Foi um golo com muitomérito e foi importante teres mostradoque estavas para ajudar. Ascapas dos jornais e as notícias quetens satizfazem-me muito”, disseGonçalo Viana.“O que me tocou particularmentefoi ter havido malta queme ia partindo umas costelas no finaldo jogo”, brinca o técnico. Maisrisos. “Não me tinha apercebidoque havia gente em todo o lado,não cabia nem mais uma mosca.Em Ourém, o futebol feminino jánão é o parente pobre e o mérito étodo vosso”, atribui o técnico àssuas jogadoras, não só as que jogam,mas “todas as que durante asemana participam no processo”.Contudo, é hora de voltar aostreinos. “Não se deslumbram”,pede. “Se continuarmos a trabalhar,de certeza que continuaremoslá em cima e isso significa mais jogadoraspara a selecções, mais pes-MIGUEL SAMPAIOsoas no campo e mais promoçãosocial do desporto feminino. E vocêsmerecem, porque amam estedesporto mais do que ninguém e secalhar passaram por muito quandodisseram em casa que queriam jogarfutebol.”“Agora vamos trabalhar!” Saíramdo balneário, subiram as escadase lá começaram a treinar,com o sorrisos nos lábios, masmuita vontade de continuar a ganhar,já no sábado, ao Leixões.Para isso, “depois de um resultadosuper positivo”, é impensável entrardemasiado confiantes. “Jogamosde chuteiras e não de saltos altos”,alerta o técnico. “Espero quemantenham o foco e que essa sejaa receita para muitos mais sucessos.”Segundo lugar, a três pontosdo líder. Para uma equipa que noano passado estava na 2.ª Divisãonão está nada mau...❚ Fernando Mota, presidente cessanteda Federação Portuguesa deAtletismo, vai candidatar-se àseleições do Comité Olímpico dePortugal (COP), em Março próximo,disse à agência Lusa o presidenteda Federação Portuguesade Motociclismo.Jorge Viegas, presidente cessantedaquela federação, revelouque um grupo composto por presidentese ex-presidentes de 17 federaçõesdesportivas se reuniu naterça-feira para apresentar um candidatoàs eleições do COP. "O denominadoG17 reuniu-se e avançoucom a proposta de Fernando Motapara as eleições ao COP. A propostafoi sufragada pela grande maioria.Das 12 federações presentes,houve um voto contra e duas abstenções",afirmou.Fernando Mota, 66 anos, naturalde Leiria, licenciou-se em EducaçãoFísica pelo INEF (Instituto Nacionalde Educação Física) em1964 e cedo enveredou pela carreirade treinador de atletismo,no Benfica, CDUL e depois nosquadros federativos, onde foi treinadornacional de lançamentos. Oseu mandato à frente da FederaçãoPortuguesa de Atletismo é o últimopossível, face à nova Lei de Basesdo Desporto.“É um candidato que sai do movimentoassociativo-federativo. Éum homem que tem uma experiênciade 30 anos na Federação deAtletismo, primeiro como técnicoe depois como presidente. Temenorme experiência ligada ao movimentoassociativo e ao movimentoolímpico. E se há federaçãoque tem relevância no seio do movimentoolímpico, é o atletismo.Acima de tudo, é uma sequêncianatural na carreira de FernandoMota", justificou Jorge Viegas. Nasequência da decisão tomada, vaiser agora criado um grupo de trabalhopara a criação da restante listaàs eleições de Março de 2013.PUBLICIDADE

30 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012DesportoFutebol2.ª Divisão – Zona SulResultados1.º Dezembro-Quarteirense 0-1Casa Pia-Futebol Benfica 0-0CD Fátima-Torreense 1-2Louletano-Pinhalnovense 0-2Mafra-Farense 1-1Oriental-Carregado 5-1Ribeira Brava-União Leiria SAD 2-2Sertanense-Oeiras 1-0ClassificaçãoP J V E D GFarense 19 9 5 4 0 12-6Sertanense 19 9 6 1 2 15-9Mafra 18 9 5 3 1 16-8Oriental 17 9 5 2 2 20-14CD Fátima 15 9 5 0 4 11-9União Leiria SAD 13 9 3 4 2 8-7Quarteirense 13 9 3 4 2 10-10Torreense 12 9 3 3 3 12-121.º Dezembro 11 9 2 5 2 9-8Pinhalnovense 11 9 3 2 4 11-12Carregado 11 9 3 2 4 17-16Casa Pia 9 9 1 6 2 5-6Louletano 7 9 1 4 4 6-13Futebol Benfica 7 9 1 4 4 7-16Oeiras 6 9 1 3 5 10-15Ribeira Brava 4 9 1 1 7 12-20Próxima jornada 9 de DezembroCarregado-1.º Dezembro, Farense-CD Fátima, FutebolBenfica-Ribeira Brava, Oeiras-Louletano, Pinhalnovense-CasaPia, Quarteirense-Mafra,Torreense-Sertanense, União Leiria SAD-Oriental3.ª Divisão – Série DResultadosAlcanenense-Beneditense 1-0AC Marinhense-Ginásio Alcobaça 3-2Penelense-Sourense 1-1Sporting Pombal-Oliveira Hospital 3-2Torres Novas-Mortágua 1-0Vitória Sernache-Caldas SC 1-1ClassificaçãoP J V E D GSourense 19 9 5 4 0 13-5Sporting Pombal 19 9 6 1 2 16-10Vitória Sernache 19 9 6 1 2 17-6Caldas SC 18 9 5 3 1 13-6Oliveira Hospital 16 9 5 1 3 19-10Alcanenense 15 9 5 0 4 10-13Penelense 13 9 4 1 4 10-14Ginásio Alcobaça 9 9 2 3 4 11-12AC Marinhense 8 9 2 2 5 12-18Beneditense 7 9 2 1 6 7-14Torres Novas 7 9 2 1 6 8-21Mortágua 2 9 0 2 7 12-19Próxima jornada 9 de DezembroBeneditense-Torres Novas, Caldas SC-Alcanenense,Ginásio Alcobaça-Vitória Sernache, Mortágua-SportingPombal, Penelense-Oliveira Hospital, Sourense-AC Marinhense3.ª Divisão – Série EResultadosLourinhanense-GD Peniche 4-1Pêro Pinheiro-Fabril Barreiro 2-0Real SC-Sintrense 1-0Sacavenense-Eléctrico P. Sôr 1-1SL Cartaxo-Barreirense 0-2União Tires-Amora 2-0ClassificaçãoP J V E D GSacavenense 20 9 6 2 1 20-6Lourinhanense 18 9 5 3 1 18-10Barreirense 15 9 4 3 2 17-16Eléctrico P. Sôr 15 9 4 3 2 18-7Sintrense 15 9 4 3 2 13-7União Tires 15 9 4 3 2 12-11Fabril Barreiro 13 9 3 4 2 15-9Pêro Pinheiro 11 9 3 2 4 12-14Real SC 11 9 3 2 4 12-9Amora 9 9 2 3 4 8-16GD Peniche 4 9 1 1 7 8-26SL Cartaxo 1 9 0 1 8 2-24Próxima jornada 9 de DezembroAmora-Lourinhanense, Eléctrico P. Sôr-Real SC, FabrilBarreiro-União Tires, GD Peniche-SL Cartaxo,Sacavenense-Barreirense, Sintrense-Pêro PinheiroTaça Distrito de Leiria – 1.ª eliminatóriaResultadosGRAP-Lisboa e Marinha 4-2Outeirense-Nazarenos 3-1Alqueidão Serra-Boavista 5-1Moita Boi-Leiria e Marrazes 1-2Arcuda-Pousaflores2-3 (a.p.)Guiense-Figueiró Vinhos 4-1Unidos-Vidreiros 3-1Motor Clube-Avelarense 1-3Nadadouro-Santo Amaro 5-1Vieirense-Meirinhas2-1 (a.p.)Pedroguense-Atouguiense 1-2Ansião-Bombarralense 3-1Alegre e Unido-Pataiense 1-2Portomosense-Alvaiázere 3-1União Leiria-Mata Mourisca 5-01.ª Divisão femininaResultadosAtlético Ouriense-1.º Dezembro 1-0Boavista-Futebol Benfica 2-1Fund. Laura Santos-Escola FF Setúbal 1-2Vilaverdense-Clube Albergaria 3-3ClassificaçãoP J V E D G1.º Dezembro 25 10 8 1 1 26-11Atlético Ouriense 22 10 7 1 2 22-9Clube Albergaria 18 10 5 3 2 18-11Boavista 17 10 5 2 3 19-13Vilaverdense 13 10 3 4 3 19-17F. Laura Santos 12 10 4 0 6 14-27Leixões 10 9 3 1 5 11-16Escola FF Setúbal 8 10 2 2 6 10-18Cesarense 8 9 1 5 3 9-11Futebol Benfica 4 10 1 1 8 4-19Próxima jornada 1 de Dezembro1.º Dezembro-Fund. Laura Santos, Cesarense-Leixões, Clube Albergaria-Boavista, Escola FF Setúbal-Vilaverdense,Futebol Benfica-Cesarense,Leixões-Atlético OurienseBasquetebolDivisão CNB2 – Zona CentroResultadosChamusca Basket-ACER Tondela 67-62Lousanense-UF Buarcos 37-73Unidos Tortosendo-Gumirães 42-66Sp. Marinhense-Náutico Abrantes 58-54ClassificaçãoP J V D GNáutico Abrantes 6 4 2 2 246-239UF Buarcos 5 3 2 1 210-172ACER Tondela 5 3 2 1 195-184Sp. Marinhense 5 3 2 1 180-181Gumirães 4 2 2 0 133-88Chamusca Basket 4 3 1 2 186-209Lousanense 4 3 1 2 157-185CAD Coimbra 3 2 1 1 117-127Unidos Tortosendo 3 3 0 3 158-197Próxima jornada 1 de DezembroACER Tondela-Lousanense, CAD Coimbra-UnidosTortosendo, Gumirães-Sp. Marinhense, NáuticoAbrantes-Chamusca BasketFutsal2.ª Divisão – Série AResultadosBoavista-Lameirinhas 6-2Covão Lobo-Macedense 7-5CRECOR-ADR Mata 4-4CS São João-Vale Cambra 7-3Desportivo Aves-Paredes 5-2Póvoa Futsal-Tabuaço 5-2Viseu 2001-Cohaemato 2-2ClassificaçãoP J V E D GLameirinhas 15 6 5 0 1 20-16Póvoa Futsal 13 6 4 1 1 24-18Boavista 12 6 4 0 2 28-15Cohaemato 11 6 3 2 1 16-12Viseu 2001 11 6 3 2 1 20-11Covão Lobo 11 6 3 2 1 22-18Desportivo Aves 9 6 3 0 3 15-14CS São João 8 6 2 2 2 21-17CRECOR 8 6 1 5 0 20-18Tabuaço 7 6 2 1 3 16-25ADR Mata 5 6 1 2 3 18-21Paredes 4 6 1 1 4 17-24Macedense 2 6 0 2 4 19-33Vale Cambra 0 6 0 0 6 16-30Próxima jornada 8 de DezembroADR Mata-Covão Lobo, Cohaemato-Paredes, Lameirinhas-CSSão João, Macedense-DesportivoAves, Tabuaço-CRECOR, Vale Cambra-PóvoaFutsal, Viseu 2001-Boavista2.ª Divisão – Série BResultadosOs Torpedos-Belenenses 1-7Os Vinhais-Albufeira Futsal 1-2Portela-Quinta Lombos 2-1Sportivo Loures-Rangel 11-6UP Venda Nova-AMSAC 3-5Vila Verde-Amarense 2-4Matraquilhos FC-Burinhosa 5-2ClassificaçãoP J V E D GBelenenses 18 6 6 0 0 37-14Sportivo Loures 15 6 5 0 1 28-20Os Vinhais 12 6 4 0 2 25-21Quinta Lombos 12 6 4 0 2 17-14Burinhosa 10 6 3 1 2 24-21Vila Verde 9 6 3 0 3 28-19AMSAC 9 6 3 0 3 23-23Albufeira Futsal 9 6 3 0 3 19-26Amarense 8 6 2 2 2 21-19Portela 6 6 2 0 4 16-20Matraquilhos FC 6 6 2 0 4 16-25Os Torpedos 4 6 1 1 4 16-26UP Venda Nova 2 6 0 2 4 14-21Rangel 2 6 0 2 4 17-32Próxima jornada 8 de DezembroAmarense-Portela, AMSAC-Albufeira Futsal, Belenenses-SportivoLoures, Burinhosa-Os Torpedos,Quinta Lombos-Os Vinhais, Rangel-VilaVerde, UP Venda Nova-Matraquilhos FC3.ª Divisão – Série CResultadosABC Nelas-Casal Velho 2-1Achete-MTBA 3-4Boa Esperança-Alhadense 2-2Caldas SC-Olho Marinho 5-5CD Fátima-Ribeira Frades 2-2Mendiga-Miranda Corvo 5-4Prodeco Covões-Eléctrico P. Sôr 2-2ClassificaçãoP J V E D GEléctrico P. Sôr 14 6 4 2 0 26-12Mendiga 13 6 4 1 1 28-21Prodeco Covões 12 6 3 3 0 27-18ABC Nelas 12 6 4 0 2 22-15Alhadense 11 6 3 2 1 18-15Boa Esperança 10 6 3 1 2 14-12Achete 8 6 2 2 2 21-23CD Fátima 8 6 2 2 2 21-24Caldas SC 7 6 2 1 3 24-21MTBA 6 6 2 0 4 16-21Casal Velho 4 6 1 1 4 12-18Miranda Corvo 4 6 1 1 4 13-25Olho Marinho 4 6 1 1 4 13-26Ribeira Frades 3 6 0 3 3 21-25Próxima jornada 8 de DezembroAchete-Boa Esperança, Alhadense-Prodeco Covões,Casal Velho-Caldas SC, Eléctrico P. Sôr-CD Fátima,MTBA-Miranda Corvo, Olho Marinho-Mendiga, RibeiraFrades-ABC NelasDivisão de Honra – AF LeiriaResultadosAcad. Caranguejeira-CB Caldas Rainha 8-3ACR Arnal-Ext. Benedita 4-3Igreja Velha-Santiago Guarda 3-3GARECUS-CPR Pocariça 2-2HC Turquel-GD Landal 3-3São Bento/Arrabal-Portomosense 5-3ClassificaçãoP J V E D GSão Bento/Arrabal 19 7 6 1 0 32-16GARECUS 17 7 5 2 0 24-16Acad. Caranguej. 15 7 5 0 2 28-26CPR Pocariça 14 7 4 2 1 31-25ACR Arnal 13 7 4 1 2 26-20Portomosense 10 7 3 1 3 20-22Santiago Guarda 8 7 2 2 3 25-22CB Caldas Rainha 7 7 2 1 4 17-23GD Landal 4 7 1 1 5 18-22Ext. Benedita 4 7 1 1 5 20-25HC Turquel 4 7 1 1 5 17-27Igreja Velha 4 7 1 1 5 13-27Próxima jornadaCPR Pocariça-São Bento/Arrabal (7 Dez.), CB CaldasRainha-GARECUS, Ext. Benedita-Igreja Velha, GDLandal-ACR Arnal, Portomosense-HC Turquel, SantiagoGuarda-Acad. Caranguejeira (8 Dez.)Divisão de Honra feminina – AF LeiriaResultadosAcad. Caranguejeira-CR Golpilheira 1-2ADC Vidais-GD Ilha 6-1CPR Pocariça-Núcleo Sp. Leiria 1-4Portomosense-ACRD Louriçal 1-3ClassificaçãoP J V E D GCR Golpilheira 18 6 6 0 0 30-1ACRD Louriçal 15 6 5 0 1 23-10Acad. Caranguej. 13 6 4 1 1 29-10ADC Vidais 13 6 4 1 1 29-11Núcleo Sp. Leiria 12 6 4 0 2 25-13CPR Pocariça 6 7 2 0 5 12-30Portomosense 3 6 1 0 5 10-23GARECUS 3 6 1 0 5 7-30GD Ilha 0 7 0 0 7 6-43Próxima jornadaACRD Louriçal-Acad. Caranguejeira (30 Nov.), CRGolpilheira-ADC Vidais, GD Ilha-GARECUS, NúcleoSp. Leiria-Portomosense (1 Dez.)Andebol2.ª Divisão – Zona SulResultadosAC Sismaria-Benavente 35-24Boa-Hora FC-Samora Correia 21-28Ginásio Sul-Vela Tavira 38-26Marienses-Marítimo 23-30Vitória Setúbal-Passos Manuel 23-28ClassificaçãoP J V E D GAC Sismaria 24 9 7 1 1 261-221Passos Manuel 23 9 7 0 2 247-223Marítimo 18 8 5 0 3 250-228Benavente 18 9 4 1 4 246-241Marienses 17 9 4 0 5 232-247Ginásio Sul 17 9 4 0 5 262-262Vitória Setúbal 16 9 3 1 5 240-240Vela Tavira 15 9 3 0 6 236-266Samora Correia 14 8 3 0 5 190-205Boa-Hora FC 14 9 2 1 6 224-255Próxima jornadaBenavente-Passos Manuel, Boa-Hora FC-AC Sismaria,Ginásio Sul-Samora Correia, Vitória Setúbal-Marítimo(1 Dez.), Marienses-Vela Tavira,Samora Correia-Marítimo (2 Dez.)3.ª Divisão – Zona 3ResultadosAlmeirim-Empregados Comércio 22-27Batalha AC-Juventude Lis 29-22NDA Pombal-SIR 1.º Maio 23-25Albicastrense-Ac.Coimbra 25-26ClassificaçãoP J V E D GBatalha AC 10 4 3 0 1 103-87Juventude Lis 10 4 3 0 1 103-99SIR 1.º Maio 9 4 2 1 1 101-94NDA Pombal 8 4 2 0 2 101-96Emp. Comércio 7 3 2 0 1 79-70Ac. Coimbra 7 4 1 1 2 100-104Albicastrense 5 3 1 0 1 78-75Almeirim 4 4 0 0 4 75-115Próxima jornada 1 de DezembroEmpregados Comércio-Batalha AC, JuventudeLis-Albicastrense, SIR 1.º Maio-Almeirim, Ac.Coimbra-NDA PombalVoleibol1.ª DivisãoResultadosSporting Espinho-Académica Espinho 3-0Marítimo-Clube K 3-2Sporting Espinho-Leixões 3-0Vilacondense-Esmoriz 1-3Vitória Guimarães-Sporting Caldas 3-0ClassificaçãoP J V D GBenfica 30 10 10 0 30-2Fonte Bastardo 27 10 9 1 28-5Sporting Espinho 26 11 9 2 29-11Castêlo Maia 25 11 9 2 29-11Esmoriz 20 11 7 4 21-21Vilacondense 16 11 5 6 18-20Académica Espinho 15 11 5 6 19-22Vitória Guimarães 12 10 4 6 16-21Sporting Caldas 10 11 3 8 14-28Marítimo 6 11 2 9 11-29Clube K 5 10 1 9 13-28Leixões 0 11 0 11 3-33Próxima jornada 1 de DezembroBenfica-Académica Espinho, Clube K-SportingCaldas, Esmoriz-Castêlo Maia, Fonte Bastardo-Leixões, Marítimo-Sporting Espinho, Vilacondense-VitóriaGuimarães2.ª Divisão – Série AResultadosCV Lisboa-SO Marinhense 3-0CV Oeiras-CN Ginástica 3-1ClassificaçãoP J V D GCV Oeiras 15 6 5 1 16-6CN Ginástica 12 6 4 2 14-6CV Lisboa 8 6 3 3 10-12SO Marinhense 1 6 0 6 2-18Próxima jornada 1 de DezembroSOM-CNG, CVL-CVOHóquei em patins1.ª DivisãoResultadosAc. Espinho-Limianos 3-5HA Cambra-Valongo 1-3HC Turquel-Paço Arcos 4-3ClassificaçãoP J V E D GFC Porto 19 7 6 1 0 46-15Benfica 19 7 6 1 0 46-20Valongo 17 8 5 2 1 35-17Oliveirense 16 7 5 1 1 36-20Paço Arcos 16 8 5 1 2 31-19Física T. Vedras 12 7 4 0 3 33-28HA Cambra 12 8 4 0 4 32-37HC Turquel 11 8 3 2 3 23-31Candelária 10 6 3 1 2 28-19Óquei Barcelos 9 7 3 0 4 27-36Tigres Almeirim 7 7 2 1 4 18-35Sporting 5 7 1 2 4 18-38Limianos 4 7 1 1 5 26-39HC Braga 4 7 1 1 5 21-35Gulpilhares 3 7 1 0 6 27-38Ac. Espinho 3 8 1 0 7 21-41Próxima jornada 1 de DezembroFísica T. Vedras-FC Porto, Gulpilhares-Sporting, HCBraga-Candelária, HC Turquel-Benfica, Óquei Barcelos-HACambra, Paço Arcos-Limianos, Tigres Almeirim-Oliveirense,Valongo-Ac. Espinho2.ª Divisão – Zona SulResultadosAc. Coimbra-Sporting Tomar 3-7AD Oeiras-Nafarros 9-5Alcobacense-Alenquer Benfica 4-2HC Mealhada-Biblioteca IR 4-2HC Sintra-Grândola 6-3HC Vasco Gama-Campo Ourique 3-6Juv. Salesiana-GD Sesimbra 3-1Entroncamento-Santa Cita 7-10ClassificaçãoP J V E D GSporting Tomar 24 8 8 0 0 43-22Alcobacense 21 8 7 0 1 47-29Alenquer Benfica 19 8 6 1 1 48-22HC Mealhada 16 8 5 1 2 38-18Campo Ourique 16 8 5 1 2 30-23HC Sintra 15 8 5 0 3 51-36Santa Cita 14 8 4 2 2 30-27Biblioteca IR 13 8 4 1 3 38-32AD Oeiras 13 8 4 1 3 38-40Grândola 12 8 4 0 4 35-35Juv. Salesiana 7 8 2 1 5 24-32GD Sesimbra 6 8 2 0 6 28-36Nafarros 4 8 1 1 6 30-47Entroncamento 4 8 1 1 6 37-57Ac. Coimbra 1 8 0 1 7 17-46HC Vasco Gama 1 8 0 1 7 15-47Próxima jornada 1 de DezembroCampo Ourique-HC Sintra, GD Sesimbra-AlenquerBenfica, Grândola-Ac. Coimbra, HC Mealhada-Entroncamento,Juv. Salesiana-HC Vasco Gama, Nafarros-BibliotecaIR, Santa Cita-Alcobacense, SportingTomar-AD OeirasOperário venceu Piedense (3-1) na 3.ª Divisão de voleibol femininoRICARDO GRAÇA

DesportoJornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 31Novo presidente espera abrir espaço até ao fim do anoRamiro Antunes quer Casado Benfica no centro de LeiriaMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornaldeleiria.pt❚ Começar de novo. A Casa doBenfica de Leiria está de volta, depoisde nos últimos anos ter tidouma actividade nula, ao ponto dedeixar de ser reconhecida pelo clubeda águia.O processo demorou,mas a Casa do Benfica de Leiriasaiu do marasmo. Ramiro Antunesfoi eleito na sexta-feira presidenteda direcção daquela entidade parao triénio 2012-2015. A meta imediatapassa por encontrar a curtoprazo um local para a sede, que onovo responsável faz questão queseja no coração da cidade.Trinta mil eurosAntigo presidentepenhora contasdo Pataiense“Neste momento temos apenasum objectivo: instalar a Casa do Benficano centro de Leiria”, salienta RamiroAntunes. “Temos de criar depressaum quartel-general para trabalhar.Se ainda conseguirmos fazêlodurante esta semana, espero queno próximo mês já seja possívelapresentar a nova casa.”O novo presidente quer que asinstalações se situem na freguesiade Leiria, “em zona nobre”. “Nãoqueremos que fique noutro sítiopara que as pessoas não se afasteme de forma a apagar a má imagemdeixada pelas anteriores direcções.”Depois de escolhida a sede,há planos para a Casa do Benfica:Lista únicaApenas um votoem brancoA assembleia-geral eleitoral foirealizada no auditório do CentroAssociativo Municipal de Leiria,presidida pelos sócios número 1e 2 da Casa do Benfica em Leiria,António Gomes de Anica e Joãoda Silva Rocha. Entre os 167sócios registados votaram 67.Sessenta e seis votaram a favorda lista única, de RamiroAntunes, sendo aindacontabilizado um voto embranco.actividades e modalidades já estãoa ser pensadas.Há mais de um ano que a Casa doBenfica de Leiria, a número 13 a nívelnacional, deixou de existir parao Sport Lisboa e Benfica. A anteriorsede, situada na Nova Leiria, não éagora mais do que um simplescafé. Inconformados, os sócios resolverammeter mãos à obra e emAbril foi formada a comissão queguiou o processo até às eleições desexta-feira, e que além de RamiroAntunes, elegeu ainda Manuel JoséCarvalho, como presidente da Assembleia-Geral,e João Paulo PedrosaLinhares, como responsávelmáximo pelo Conselho Fiscal.NAZARÉ QUALIFICA/VÍTOR ESTRELINHA/JORGE LEALAtletismo Treinopara o LeiriaChristmas Night TrailO grupo Offtel Runners realiza nopróximo sábado, a partir das 10horas, um treino de atletismo emgrande parte do percurso que iráreceber o Leiria Christmas NightTrail. Os interessados deverãoestar às 9:45 horas na ponte daAvenida D. João III, em Leiria,pelas 9:45 horas. Para o dia doevento, dia 15 de Dezembro,ficarão guardadas algumassurpresas no percurso, que terá aextensão de 22 quilómetros.Hóquei HC Turqueldisputa domingoSupertaça femininaO HC Turquel, campeão nacional, eo GDR “Os Lobinhos”, vencedor daTaça de Portugal, disputam nodomingo, pelas 13 horas, em VilaFranca de Xira, a Supertaça dehóquei em patins feminino. Frentea-frenteestarão os vencedores dasduas últimas edições. Na épocapassada, o conjunto de Almargemdo Bispo venceu por 3-2, o mesmoresultado da edição de há duastemporadas, então venceu o clubedo concelho de Alcobaça.“O futuro do Pataiense está emrisco”. As palavras são de Nuno RicardoFerreira, presidente da direcçãodo Clube Desportivo Pataiense.As contas do clube estãopenhoradas pelo anterior presidente,Amílcar Alexandre, que reclamauma dívida de 30 mil euros.A direcção vai pedir um empréstimobancário de 45 mil eurospara viabilizar a continuidade doclube de Pataias, concelho de Alcobaça.“Durante um ano, não podemosaceder ao subsídio que ronda os1.500 euros por mês”, esclarece NunoFerreira, que avançou com a propostapara a contracção de um empréstimoà banca, já que assim não conseguemanter as camadas jovens e pagaraos professores das actividades deenriquecimento curricular.Os sócios concordaram com asolução apresentada, tendo sidomarcada nova reunião magna,para 7 de Dezembro, com o objectivode serem apresentadas váriasalternativas de crédito bancário.“Esta é a única solução paraque o clube possa sobreviver, poistemos despesas mensais que eramsuportadas com ajuda do subsídioda Câmara”, lamenta o director,que diz “manter a esperança deque se consiga evitar o pior para oPataiense, para o desporto da freguesiade Pataias e para os sócios”.Se o clube não conseguir financiamento,Nuno Ricardo Ferreiradeverá colocar o lugar à disposição.Anderson Cooper acompanha dia-a-dia de Garrett McNamaraJornalista estrela conhece mar da Praia do Norte60 Minutesbusca onda da Nazaré❚ As ondas da Nazaré colocaramdefinitivamente a região nomapa. Quer uma prova? A celebridadeAnderson Cooper, umdos jornalistas e repórteres deguerra mais conhecidos dos EstadosUnidos, encontra-se no Paísa trabalhar numa reportagem parao 60 Minutes, programa do canalnorte-americano CBS e que étransmitido em Portugal pela SICNotícias.Foi o próprio Anderson Cooperque divulgou a informação atravésda sua conta de Twitter, publicandouma fotografia tirada no forte daNazaré. Acabado de chegar do conflitoque opôs palestinianos e israelitas,o jornalista, de 45 anos,acompanhado pelo cameramanNeil Hallsworth, vem observar deperto o dia-a-dia do surfista deondas gigantes Garrett McNamara.É também objectivo da reportagemconhecer as particularidades domar da Praia do Norte e a idiossincrasiada Nazaré, suas tradições,hábitos e cultura.Garrett McNamara procura batero recorde da maior vaga surfada desempre, alcançado no ano passadoprecisamente na Praia do Norte,quando no dia 1 de Novembro enfrentouuma onda de 23 metros,entrando directamente para oGuinness Book of Records.Vencedor de cinco Emmies pelassuas reportagens, Anderson Cooperé também apresentador do talkshow Anderson Cooper 360º, docanal de notícias CNN, emitido emPortugal pela SIC Mulher.Futebol Caldas jogadomingo para a Taçade PortugalA Federação Portuguesa deFutebol marcou para o próximodomingo, pelas 15 horas, noCampo da Mata, em Caldas daRainha, o jogo em atraso da 3.ªeliminatória da Taça de Portugal,em futebol. Que opõe o Caldas SC eo SC Coimbrões. Depois de umlongo processo, a equipa do Oestefoi apurada para esta eliminatóriafruto da utilização indevida de umjogador pelo Operário, dos Açores.À espera, na quarta eliminatória,está o Aves.Arbitragem Colóquiosobre gestão decarreira na ESECSAmanhã, sexta-feira, pelas 21:30horas, o auditório 2 da EscolaSuperior de Educação e CiênciasSociais, em Leiria, acolhe ocolóquio Arbitragem:experiências e gestão de carreira.O convidado será BertinoMiranda, árbitro assistente comas insígnias da FIFA. Estaorganização da Associação deFutebol de Leiria terá entradasgratuitas para os alunos doInstituto Politécnico de Leiria.

32 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012ViverC. M. BATALHASantuário deNossa Senhordo Fètal(1585),associado àlenda queenvolve umapastorinha aquem aVirgem teráaparecido e aquem terápedido paraque naquelelugar sefizesse umaermida com aimagem deNossaSenhoraDRDANIELA FRANCO SOUSASantuário doSenhor Jesusda Pedra,Óbidos;segundo alenda, em1730, quandoa região viviauma grandeseca, umagricultor foi'chamado' poruma cruz depedra comCristocrucificado,que “clamou”veneração; olavradorcumpriu opedido,acabando porchoverC.M. NAZARÉSantuário deNossaSenhora daNazaré,construído noséculo XIV; oculto a NossaSenhora daNazaré éanterior a essadata e estáassociado alendas; umadelas envolveD. FuasRoupinho, aquem aVirgem terásalvo de cairno precipícioSantuário deNossaSenhora daEncarnação,Leiria; aconstrução foiiniciada em1588, nasequência deváriasintervençõesmiraculosas, amaisconhecidaenvolve umamulherinválida daspernas queterácomeçado aandarOs santuáriosMaria Anabela Silvada região queFátima ofuscouPatrimónio Muito antes de NossaSenhora aparecer aos Pastorinhos, naCova da Iria, já se prestava o culto àVirgem em vários santuários da região,que, hoje, mais do que locais de granderomagem de fiéis, são espaçoscarregados de história e de enormevalor patrimonialanabela.silva@jornaldeleiria.pt❚ Séculos antes de Nossa Senhora ter aparecido aos Pastorinhosna Cova da Iria, já em Fátima se prestava o cultoà Virgem numa pequena ermida, construída no lugarda Ortiga. Em plena Serra de Aire e a poucos quilómetrosdaquele que hoje é considerado o altar do mundo, ergue--se o Santuário de Nossa Senhora da Ortiga, cujas origensremontam ao século XVI.Reza a lenda que certo dia uma pastorinha, muda de nascença,andava a guardar o rebanho, quando lhe terá aparecidoNossa Senhora que lhe pediu uma ovelha. Segundoa inscrição numa pedra que existe junto ao santuárioda Ortiga, a menina “sentiu a língua solta” e começou afalar com a Virgem, que lhe ordenou a construção de umacapela no local. A pequena ermida foi convertida em santuárioem 1801, pelo Papa Pio VII, que reconhecia assima importância daquele espaço de culto. Hoje é vivenciado,sobretudo, pelos residentes na freguesia de Fátima, tendoperdido muita da relevância que tinha em termos regionais,em parte devido às Aparições de 1917 na Cova daIria.Se o aparecimento da Nossa Senhora aos Pastorinhos mudouradicalmente aquele local ermo e quase estéril, ondehoje acorrem todos os anos milhões de peregrinos, esseacontecimento viria também a alterar o destino de algunsdos santuários da região, construídos séculos antes e queacabaram 'ofuscados' pela projecção que Fátima ganhou,não só em Portugal, mas em todo o mundo católico.Com a dimensão que a Cova da Iria atingiu, a tal pontode hoje ser apelidada por muitos como o altar do mundo,santuários como o de Nossa Senhora da Nazaré ou deNossa Senhora da Encarnação, em Leiria, veriam reduzidoso número de peregrinos e hoje, mais do que locais degrandes romagem de fiéis, são espaços carregados de históriae que encerram importantes valores patrimoniais.“Com as aparições de Fátima, os peregrinos começarama voltar-se para a Cova da Iria, facto perfeitamente naturale que demonstra como os cultos se suplantam em funçãodas necessidades devocionais dos fiéis”, diz o padreMoisés Herves, reitor do Santuário de Nossa Senhora daNazaré que foi um dos principais centros de peregrinaçãoem Portugal durante a época moderna (do século XV aoséculo XVIII). Aí afluíam milhares de fieis, sobretudo duranteos festejos em honra de Nossa Senhora da Nazaré,por volta de 8 de Setembro, uma tradição de romagem queainda hoje se mantém, embora sem o fulgor de outros tempos.O historiador Saul António Gomes conta que “era tradiçãoos reis portugueses acorrerem ao local, assim comoo povo vindo de vários pontos do País”. Foi, aliás, por acçãodos sucessivos monarcas que o Santuário da Nazarécresceu, com obras de ampliação para responder à crescenteafluência de devotos.Durante o período dos Descobrimentos, os portugueseslevaram a devoção a Nossa Senhora da Nazaré para oBrasil e para África. Essa devoção ainda hoje está bastantepresente em Belém do Pará, Brasil, “com cerca de doismilhões de peregrinos que todos os anos se juntam no diada festa” em honra da Virgem de Nazaré, sublinha o padreMoisés Herves.Património recuperado“A região sempre foi muito privilegiada em termos deprática religiosa e de peregrinações, com um importanteconjunto de locais de romagem de fiéis”, nota Saul AntónioGomes, que aponta o Santuário de Nossa Senhora do Fètal,na Batalha, como dos mais relevantes da diocese atéao início do século XX. “Caiu bastante com Fátima, à se-

Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 33DRRICARDO GRAÇASantuárioSenhor Jesusdos Milagres,Leiria,concluído em1750; foierguido nolocal onde,segundo alenda, ummendigo,paralítico dacintura parabaixo, terásido curadoporintercepçãodo SenhorJesus deAveiroSantuário deNossaSenhora dosRemédios, emPeniche; rezaa lenda que noséculo XIIuma imagemda Virgemterá sidoencontradaescondidanuma gruta,iniciando-se oculto àSenhora dosRemédios; osantuárioseriaconstruído noséculo XVIIDRSantuário daOrtiga,Fátima,construído noséculo XVI;reza a lendaque NossaSenhora teráaparecidouma apastorinhamuda, a quempediu umaovelha; ameninacomeçou afalar e aVirgemter-lhe-àpedido queali fosseconstruídauma capelaDefinição de santuárioLugares de atracção de peregrinosO Código de Direito Canónicodefine santuário como “igreja ououtro lugar sagrado aonde osfiéis, por motivo de piedade, emgrande número acorrem emperegrinação, com a aprovaçãodo ordinário [bispo] do lugar”.Para que um santuário possadizer-se nacional, deve ter aaprovação da ConferênciaEpiscopal, enquanto aclassificação de internacionalrequere o aval da Santa Sé.Normalmente, na origem dosantuário esteve umacontecimento consideradomiraculoso, que é celebrado evivenciado pelos peregrinos.A par dos santuários, existem,outras classificações de tempos:Basílica - é um título atribuídopelo Vaticano a algumas igrejaspelas sua antiguidade ou porserem centros de peregrinação;Sé – é a igreja principal de umbispado ou arcebispado, onde aautoridade eclesiástica tem sedeIgreja paroquial – igreja sede daparóquiaErmida – pequeno templo, quasesempre edificado em lugar ermoCapela - pequena igreja ouqualquer parte de uma igrejacom um altarRICARDO GRAÇAA Igreja da Santíssima Trindade foi elevada à categoria de Basílicamelhança do que aconteceu com o da Nazaré”, nota aquelehistoriador, que realça ainda a relevância que teve o Santuáriode Nossa Senhora da Encarnação, em Leiria. “Vinhamcírios desde o Bombarral até à Figueira da Foz e hárelatos de milagres envolvendo pessoas que vinham dazona de Ferreira do Zêzere ou da Nazaré e que ocorriamà Senhora da Encarnação”, acrescenta o padre ArmindoJaneiro.Este sacerdote, que coordena o Departamento do PatrimónioCultural da Diocese de Leiria-Fátima, realça aindaa qualidade do projecto de arquitectura do Santuárioda Senhora da Encarnação, cuja construção foi iniciada em1588, na sequência de várias intervenções consideradasmiraculosas atribuídas a Nossa Senhora da Encarnação,a mais conhecida envolvendo a cura de uma mulher “aleijadadas pernas”, natural das Cortes. “O Santuário da Senhorada Encarnação é uma jóia da arquitectura a que GeorgeKubler chamou de 'arte chã' e figura no livro As mais belasIgrejas de Portugal”, diz Armindo Janeiro, realçando oinvestimento que tem sido feito na preservação deste tipode património.Exemplo desse esforço de recuperação são os trabalhosde restauro do Santuário do Senhor Jesus dos Milagres, levadoa cabo no final do século XX, ou as obras realizadashá alguns anos na Senhora da Encarnação. Também o Santuáriode Nossa Senhora da Nazaré tem sido alvo de intervençõesde conservação e restauro, que permitiram reporo seu esplendor artísticoContexto condiciona importância dos lugaresEspecialista em Turismo Religioso, Graça Poças Santos dizque a maior ou menor importância de um local de peregrinaçãoao longo da História tem a ver com “o contextohistórico e social”, sendo “comum haver uma transferênciade sacralidade de um lugar para outro onde ocorreram fenómenosmais recentes”. “Até às Aparições da Cova da Iria,Nazaré era um dos santuários mais importantes do País.Mas pelo contexto e pela mensagem, que responde maisàs necessidades das pessoas, Fátima acabou por se impor”,diz a investigadora, que frisa a importância dos meios decomunicação na “ampliação e difusão do fenómeno de Fátima”.“As necessidades dos fiéis a nível das suas devoções alterama importância dos santuários”, acrescenta o reitordo Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, para quem asaparições de Fátima “vieram responder a acontecimentosda época, como as duas grandes guerras mundiais, ocomunismo ou a nossa guerra colonial”.A par dos templos classificados como santuário, houveao longo dos tempos outros locais na região que funcionavam,como “espaços de romagem e de atracção defiéis que procuravam graças”, frisa o historiador Saúl AntónioGomes, que aponta como o primeiro grande santuárioda região o mosteiro de Alcobaça, que com o seu conjuntode relíquias de santos o tornava procurado por peregrinose fiéis.“Nos séculos XV e XVI o Mosteiro de Santa Maria daVitória [Batalha] foi um importante local de peregrinação,onde se prestou culto ao infante Santo e a D.João II, que naquela época eram considerados corpossantos que operavam milagres”, relata o historiador.Segundo Saul António Gomes, no século XX o mosteiroda Batalha voltou a ser espaço de peregrinação,desta vez com um carácter “civil”, com o culto do soldadodesconhecido.O historiador realça ainda a importância que tiveramcomo locais que exerceram alguma atractividade de fiéisas igrejas de Nossa Senhora da Guia (Pombal), de NossaSenhora da Gaiola (Cortes, Leiria) ou de Nossa Senhora daVitória (Praia de Paredes).

34 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012CurtasIgreja Carreira das Nevesquestiona existência de Deus❚ Deus Existe? Uma viagem pelas religiões é o título domais recente livro de Joaquim Carreira das Neves,editado pela Presença. Segundo este padrefranciscano, natural de Caranguejeira, Leiria, a obraestuda as “religiões vivas e as históricas, semqualquer preconceito sobre as mesmas, numaviagem que não tem como princípio metódico ahistória do passado mas, sobretudo, a dopresente”. Formado em Teologia Bíblica, o autorfoi professor na Faculdade de Teologia daUniversidade Católica de Lisboa até 2005 e éautor, entre outros livros, de São Paulo, dois mil anosdepois; As grandes figuras da Bíblia; O que é a Bíblia; ABíblia, o livro dos livros e Jesus Cristo, história e mistério.Fotografia Novos Talentos Fnacpremeia professor de Leiria❚ Francisco Mendes, professor de educação físicaem Leiria, foi uma das duas menções honrosasdos Novos Talentos FNAC Fotografia 2012. Comuma série de fotografias a preto e branco, com otítulo abstinêncfrancisco ia. peleja. poder, o fotógrafoamador retrata a poética e a violência dos combatesdentro do ringue. "As lutas presentes no portefólioforam realizadas em Julho 2012, em Barcelos (ondenasceu), onde estiveram presentes alguns dosmelhores guerreiros do norte do País", explica. Entreoutros prémios e publicações, em 2011, este fotógrafovenceu o concurso walk with giants fotografia,dinamizado pela Johny Walker, revista Mundo doFotografia Digital e AR.CO.Arqueologia Crise encerra maisantiga olaria da Lusitânia❚ A mais antiga olaria da Lusitânia, existente emPeniche, foi encerrada no século II d. C, devido à criseeconómica no império romano, concluiram osarqueólogos que apresentam os resultados destainvestigação num encontro promovido pelaAssociação de Arqueólogos Portugueses, na Faculdadede Belas-Artes da Universidade de Lisboa. GuilhermeCardoso, responsável pelos trabalhos arqueológicos nochamado Morraçal da Ajuda (Peniche), onde se situa aolaria romana, diz que as escavações ocorridas noúltimo Verão permitiram situar a olaria entre "a épocade Augusto, há dois milénios atrás e o final do século IId.C", e afirmar que teria funcionado durante doisséculos.DRÁgua Fria ganhouPrémio Europa paraMelhor CurtaLivros Historiadora de Leiria lançaobra sobre Melo Antunes❚ A obra Melo Antunes – Uma BiografiaPolítica, da autoria da historiadora naturalde Leiria, Maria Inácia Rezola, foi lançadano passado dia 22. Com prefácio deAntónio Lobo Antunes, conta comtestemunhos do General RamalhoEanes, Coronel Vasco Lourenço e deVasco Vieira de Almeida. Num momentoem que se assinalam os 37 anos sobre o 25de Novembro de 1975, este livroacrescenta novos dados sobre este episódioainda hoje envolto em polémica, destacando,nomeadamente, a importância daintervenção de Melo Antunes no seucontexto.O filme Água Fria, de Pedro Neves, jornalista de Leiria, ganhouo Prémio Europa para Melhor Curta-Metragem, no FestivalFilmets de Badalona!, Espanha. "Não estava nada à espera". Édesta forma que Pedro Neves, comenta a atenção de que o seufilme sobre o Festival de São Bartolomeu do Mar, emEsposende, tem sido alvo no circuito internacional de festivais.Esta foi a quarta distinção para a película, após mençõeshonrosas nos festivais de Martil, Marrocos; no DocumentaMadrid e no Festival Internacional de Curtas-Metragens deBarcelona, num percurso "que já passou por mais de 20certames. Água Fria retrata a festa religiosa nesta cidadecosteira portuguesa, através do contraste entre o sagrado e oprofano, tendo em conta a ancestral ligação nacional ao mar.Um filme que o jornalista define como "muito português", umavez que se centra "na forma como olhamos para o passado emedo que temos em enfrentar o futuro." O filme já passou noprograma Onda-Curta da RTP2, bem como no Canal+, que oexibiu numa série de países francófonos. A história de umpescador algarvio, que vive sozinho numa ilhaisolada, ou um filme sobre jovens, entre os 7 e12 anos, que praticam boxe, são outrasideias que Pedro Neves espera vir aconcretizar.Vodafone Mexefestselecciona banda deLeiriaA Banda de Leiria First Breath After Coma, comRoberto Caetano (voz), Telmo Soares (guitarra), Rui Gaspar(baixo), Pedro Marques (bateria) e Isa (teclas) ficou em primeirolugar na selecção Vodafone Mexefest, feita a partir de umcasting online. Este projecto nasceu há cerca de um ano nestacidade e foi o venceder do Festival Zus! 2012, organizadopela Fade In -Associação de Acção Cultural. Com oobjectivo de criar um som próprio e original, os FirstBreath After Coma têm como influências osExplosions in the Sky, Sigur Rós e Foals, entreoutros. Os First Breath After Coma actuamao lado de outra banda, também deLeiria: Nice Weather forDucks.

Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 35AlmanaqueRICARDO GRAÇAPennies fromHeavenJoão Mareco director do Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota“Não tenho vícios... prefiro ter hábitos!”❚Se não tivesse uma profissão ligada à arte, o queseria?Seria certamente carpinteiro, pelo toque e cheiro damadeira, pelo trabalho manual.O projecto que mais gosto lhe deu fazerRecuperar um veleiro antigo em madeira, quandoera adolescente, e de ter navegado muitas milhasnele com a minha família e amigos.O espectáculo que mais lhe ficou na memóriaO concerto de La Boutine Souriante, um grupo demúsica folk do Kebec no festival Cantigas do Maio,numa tenda de circo, num ambiente mágico, naantiga fábrica da Mundet, no Seixal.O livro da sua vidaPapillon, de Henry Charrière, talvez pela buscaincessante de “liberdade” de Papillon, que nuncadesistiu, contra tudo e todosUm filme inesquecívelGato Preto, Gato Branco, de Emir Kusturica, poruma realidade não muito distante da nossa háalguns anos... uma caricatura nossa!Se tivesse de escolher uma banda sonora para si, qualseria?A do filme, Into the Wild, sob orientação de EddieVedderUm artista que gostaria de ter visto na regiãoOrnatos Violeta, que infelizmente terminaram,nem sei se alguma vez estiveram no José Lúcio.Uma viagem inevitávelAos antípodas e depois regressar sem ser nomesmo sentido, o que daria uma volta ao mundo.Um vício que gostava de não terNão tenho vícios... prefiro ter hábitos!Uma personalidade que admiraNão tenho o culto da personalidade, nem paramim, nem por outros. Todos temospés de barro.Uma actriz que gostasse de levar a jantarA Penélope Cruz, embora desconfie que sejadiferente da dos filmes de Almodóvar. Mesmoassim, arrisco.Um restaurante da regiãoVinho em Qualquer Circunstância, Batalha, paraimpressionar e A Casa da Maricotas, em São Jorge,para me sentir em casa...Um prato de eleiçãoMigas de espargos, com entrecosto, para não perderas origens alentejanas.Um refúgio (no distrito)Vale de Alvados, uma surpresa bem guardada nomeio da serra, com vista para o mar eum pôr-do-sol magnífico.Um sonho para Porto de Mós?Não posso ter um sonhopara uma terra cujarealidade nãoconheço a fundo.Apenas desejo queos portomosensessejam felizes etenha um futuropróspero esustentável etenham orgulhono seupatrimónio.Ornatos VioletaGato Preto, Gato BrancoMesa deCabeceiraLuísMourãoPenélopeCruz❚ O ministro das Finançasautorizou finalmente que osecretário da cultura abrisse osconcursos de apoio às artes,suspensos desde Setembro, eanunciasse qualquer coisa como11 milhões de euros a distribuirpelas estruturas de produçãoprofissionais ao longo do próximoano. Parece uma festa, mas não é.Nestas alturas, tenho amigos queme dão uma palmada nas costas efazem-me as perguntas docostume. Lêem apoio às artescomo apoio ao Teatro, e milhõescomo se fossem mesmo milhões,e por isso esperam legitimamenteque esboce pelo menos umsorriso. Estão enganadíssimos,mas eu agradeço-lhes o esforço e,muito, a palmada nas costas.Peço-lhes então que, pelo menos,leiam os avisos de abertura noDiário da República.É que os concursos são paraprojectos de Arquitetura, ArtesDigitais, Artes Plásticas, Dança,Design, Fotografia, Música, Teatroe Cruzamentos Disciplinares e,sendo para o próximo ano no quediz respeito a projectos anuais epontuais, cobrem ainda asestruturas que concorrem namodalidade quadrienal (2013 a2016) e bienal (2013 e 2014) e aindaos acordos tripartidos bienais equadrienais. Isto é, praticamentetodo o tecido profissional deprodução artística em Portugal.Esclarecidos os meus amigosquanto ao lugar que o Teatroocupa nisto tudo, nunca resistodepois a fazer notar que,precisamente porque sãoestruturas profissionalizadas, umdos requisitos básicos para seradmitido a concurso é teremdevolvido ao Estado em taxas,impostos e contribuições mais deum quarto do que o Estado lhesatribuiu (fora o resto). Para alémdisso, que reparem nosmontantes disponíveis paraaquilo a que a tutela chama regiãoCentro e que façam um exercíciosimples de imaginação. Numprocesso em que se valorizamprojetos, a repartição por zonasgeográficas dos montantesatribuíveis é um contrassenso,mas dá jeito para as pessoasperceberem o problema.O montante disponível para oTeatro na nossa região é 900 mileuros para compromissosquadrienais, bienais, anuais eeventualmente mais uns milharespara pontuais. Agora peguem emtodas as estruturas que existem,ou resistem, em Aveiro, CasteloBranco, Coimbra, Guarda, Leiria eViseu e façam as contas. Grandefesta, hã?professor e dramaturgo

PUBLICIDADE36 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012EntrevistaPaulo Camacho jornalista, autor do livro Debaixo de Fogo“É preciso aprender a vivercom o medo e superá-lo”DRJacinto Silva Durojacinto.duro@jornaldeleiria.pt❚Escolheu 12 histórias, vividas durante os seus 28anos de jornalismo activo, para contar no seu livroDebaixo de Fogo. São as que mais o marcaram?Contei algumas histórias que estavam mais vivas naminha memória, presumo que também por teremsido das que mais me marcaram. Mas o título do livrorestringiu o seu âmbito, pelo que ficaram por contarmuitas episódios igualmente marcantes, masque não foram vividos debaixo de fogo.Cobriu uma boa parte dos conflitos mais importantesque ocorreram no Mundo desde meados da décadade 80... Diz-se que, em situações de conflito,quem não tem medo é um acidente pronto a acontecer.Como era a sua relação com o medo?O medo faz parte da experiência. É preciso aprendera viver com o medo e superá-lo. É um mecanismo deauto-defesa que não devemos querer aniquilar.E a inocência? É a primeira coisa que se perde numaguerra?As pessoas são todas diferentes, mas creio que a capacidadede distinguir o bem do mal –a inocência nãoé também isso? – não desaparece com a exposição àssituações extremas com que se contacta em palcosde guerra.Esteve ao serviço da BBC, Expresso e SIC, entre outrosórgãos de comunicação, relatando as guerras doGolfo, os conflitos angolano e moçambicano, a Somáliaou a queda da Cortina de Ferro, o que recordados seus sentimentos durante a sua primeiragrande reportagem?A minha primeira grande reportagem foi no País deGales, Reino Unido, durante uma greve de mineirosque durou um ano e que o governo de Margaret That-cher conseguiu quebrar. A memória que me fica dessaexperiência está ligada à dignidade e à capacidadede sofrimento de quem luta pelas suas convicções.Pouco depois, parti para a minha primeira reportagemem África e passei um mês em viagem pelo mato,sem nunca dormir numa casa ou ter visto uma casade banho. É uma das experiências que recordo no Debaixode Fogo.O Paulo esteve na primeira emissão da SIC há 20 anose acompanhou a criação de um novo estilo de fazertelevisão e do próprio jornalismo televisivo nacional.Que contributos sente que deu às novas geraçõesde profissionais da comunicação?Não tenho essas pretensões, nunca pensei nisso. Sehá alguma coisa que me passa pela cabeça é que a minhacarreira posso ter contribuído para criar ilusõesna mente de alguns jovens, para que alguém possater decidido que queria sido jornalistas. Lamento seassim foi, porque fui um privilegiado. Independentementede todas as outras considerações, não creioque algum jovem jornalista venha a ter, a médio prazo,as condições que estiveram à minha disposiçãopara fazer o tipo de jornalismo que é retratado no livro.Em Portugal, até que ponto os media são mesmo oquarto poder?Os media em Portugal, como em todos os lados, têmum enorme poder. E a questão é saber se têm capacidadepara resistir à manipulação que outros fazemdesse poder. E quando falo doutros, falo de gruposeconómicos, mas talvez ainda mais de interesses corporativos.Por exemplo: não é a comunicação socialque tem o poder para influenciar o curso da Justiçaem Portugal, são as diversas corporações que actuamno campo da justiça que têm esse poder, através damanipulação que fazem da comunicação social.Co-fundador da SICUma vida deaventurasNo seu primeiro livro, intituladoDebaixo de Fogo, Paulo Camacho,antigo jornalista da SIC, BBC eExpresso, recorda alguns dosmarcos mais importantes da suavida e da história contemporânea.O autor resume 28 anos dejornalismo, em 12 histórias sobrereportagens que fez durante osprincipais conflitos armados,invasões ou guerras que marcaramos anos 80 do século XX e início doXXI. Esteve em Bagdad no iníciodas duas guerras do Golfo, váriasvezes na guerra civil angolana, naguerra civil de Moçambique, nocaos da Somália, nos confrontos daÁfrica do Sul depois da queda doapartheid. Camacho nasceu noFunchal em 1959. Abandonou alicenciatura em Direito paracomeçar a trabalhar em jornais,aos 20 anos. Depois de passagenspor A Capital, Tempo, A Tarde,Rádio Comercial e RTP, foi cofundadorda SIC, ondepermaneceu até 2007, onde foicoordenador de informação, editorde internacional e pivot.Actualmente é director decomunicação da ZON Multimédia.

AlmaJornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 37PUBLICIDADEQuase 20 anos a espalhar magia musicalA Alquimia do somJACINTO SILVA DUROJacinto Silva Durojacinto.duro@jornaldeleiria.pt❚Foi uma paixão a raiar o irracional pela música e emespecial pelas suas formas mais alternativas, que fezcom que Célia Lopes (na foto) e Carlos Matos fundassem,nos idos de 1994, a Alquimia. Um espaço comercialque serviu como espaço de partilha das últimase mais frescas tendências musicais alternativas,ideias e ainda de plataforma de lançamento de váriosartistas da cena musical da região.Ainda antes do advento da internet e da partilha deideias e conteúdos pela grande rede global, quando ovinyl, o CD, a cassete, pirata ou não, e o serviço de correiosserviam para colocar jovens talentosos em contactocom o que de diferente se fazia pelo Mundo, aAlquimia, sediada no Centro Comercial D. Dinis, emLeiria, assumia-se como um porto de abrigo. Um refúgioe um local privilegiado para quem pensava e aindapensa fora da caixa. David Fonseca, Gomo, Loto,The Gift foram apenas alguns dos que passavam frequentementepela Alquimia. Muitos deles, para deixarmaquetes à consignação ou para que Carlos Matosas tocasse e desse a ouvir ao público da loja. Aindahoje, há muitos jovens que o fazem. A Alquimia divulgao que é raro e transforma-o em ouro, abrindo horizontes.“A determinado momento, a cultura alternativaacabou por estar também presente através dasroupas e acessórios”, conta Célia Lopes.No dealbar do Século XXI, a Alquimia e Carlos Ma-DavidFonseca,Gomo, Loto,The Gift foramapenas algunsdos quepassavamfrequentementepelaAlquimia.Muitos deles,para deixarmaquetes àconsignaçãoou para queCarlos Matosas tocasse edesse a ouvirao público daloja. Aindahoje, hámuitos jovensque o fazem.tos passaram a estar presentes no caderno cultural Viverdo JORNAL DE LEIRIA, divulgando e apresentandoas mais recentes coqueluches da cena musical regionale artistas internacionais conhecidos lá fora e desconhecidosem Portugal. “O Festival Fade In surge em2000, também ligado à Alquimia, como divulgador damagia da música”, recorda Célia Lopes que quase seatreve a dizer que a Alquimia conta com uma legiãode seguidores. “Penso que isso se deve ao atendimentopersonalizado e ao facto de conhecermos os gostos demuitos que passam pelo espaço. É uma coisa que sevive com o coração”, afirma.Wovenhand, Brendan Perry, voz dos Dead Can Dance,Nick Cave, Nick Drake ou Das Ich são alguns dos artistasmundiais que vertem as suas poções mágicas sonorasno som ambiente da leiriense Alquimia.O espaço que, de certo modo, esteve na génese daFade In – Associação de Acção Cultural, que promoveo Entremuralhas, o mais conhecido e internacional festivalgótico português, no Castelo de Leiria, emprestouo seu nome à Unidade 304 um programa sobre músicaalternativa, animado por Carlos Matos, que passouprimeiro pelas ondas do éter e, actualmente, correpela internet. Era o número da loja no Centro ComercialD. Dinis que, durante anos, serviu de casa à Alquimia.“Acabámos por ser os 'professores' de muitos miúdosque agora são adultos e que começaram a desenvolveras suas noções de estética musical aqui”, remataa actual responsável pelo espaço.

38 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012ObrigatórioLivros Uma letra, mil palavrasde Manuela RibeiroDRMúsica Naifa apresenta ao vivonovo trabalhoDR❚ Apresentação do livro infantil Uma letra, milpalavras, da escritora Manuela Ribeiro, domingo,2, às 16 horas, na Livraria Arquivo, Leiria. Daeditora Gato na Lua, a obra tem ilustrações deLibânia Freitas. Manuela Ribeiro é autora devários livros para a infância e juventude, fazendoa sua obra parte de diversos textos didáticos emanuais escolares. A autora, natural de Caldas daRainha, iniciou a publicação das suas obras em1998, com Um rapto em Londres, da colecçãoAventuras de Miguel e Ricardo, que conta já comdez títulos. Licenciada em Germânicas, éprofessora de português e inglês na MarinhaGrande. A apresentação estará a cargo de SilviaAlves.❚ A NAIFA apresenta ao vivo, no Teatro José LúcioSilva, Leiria (amanhã, 30, pelas 21:30 horas), o seumais recente trabalho, intitulado Não se deitamcomigo corações obedientes, num concerto comapoio da Metamorfose e que se insere numatournée que passou por 14 dos principais teatros ecidades portuguesas. Este projecto nasceu em2004, pela mão de João Aguardela e Luís Varatojo,músicos associados à pop portuguesa dos anos 80e 90, aos quais se juntou uma nova voz, MariaAntónia Mendes. A nova formação inclui tambémSandra Baptista (baixo) e Samuel Palitos (bateria).No Verão passado, marcou presença emdiversos festivais, como o Festival Noites Rituais,no Porto.The Gift comfotos Explodeem LeiriaDR❚ Sónia Tavares e Nuno Gonçalves, da banda deAlcobaça, The Gift, inauguram segunda-feira, 3,pelas 21 horas, na Biblioteca José Saramago, noCampus 2 do Instituto Politécnico de Leiria, aexposição de fotografia inclusiva Explode. A mostra,que ficará patente até 4 de Janeiro, tem aparticularidade de permitir que também as pessoascegas e com baixa visão (através da disponibilizaçãode audiodescrição e informação táctil), possampartilhar as emoções vividas pelo grupo nestaexperiência multissensorial, por altura da criaçãodo trabalho Explode, lançado em 2011. No iníciodeste ano, o site Art Vinyl elegeu este quinto discoda banda como uma das melhores capas do ano2011, tendo o álbum ficado em 27º lugar, numa listade 50 melhores capas, que inclui nomes comoColdplay, The Strokes e Jay-Z. O conceito desteálbum foi explorado em 2010, na Índia, por SóniaTavares, Nuno e John Gonçalves e Miguel Ribeiro,inspirado pela participação do grupo no HoliFestival, também conhecido por Festival das Cores.Todas as fotografias foram feitas pelo fotojornalistaindiano Poras Chaudhary.Leiturasdasemana (https://www.facebook.com/livraria.arquivo)Portugal DefinitivoAntónio Victorino D'AlmeidaEditora: Clube do AutorUma Morte SúbitaJ.K. RowlingEditora. Editorial PresençaEm "Portugal Definitivo" voltamos a encontrarMarcelino Bandeira, o protagonista dos livros "Coca-Cola Killer" e "Tubarão 2000", com a única diferençade que se trata agora de um homem velho. Este é oúltimo livro da trilogia que mergulha com graça einteligência na sociedade portuguesa, que ousa entrarnos bastidores e faz subir ao palco as verdadesincómodas do nosso país. Sem hipocrisias nemcinismos.»In Posfácio.Uma Morte Súbita é o primeiro livro para adultos deJ. K. Rowling, a famosa "mãe de Harry Potter".Este surpreendente romance sobre uma pequenacomunidade inglesa aparentemente tranquila,Pangford, começa quando Barry Fairbrother, oconselheiro paroquial, morre aos quarenta poucosanos. A pequena cidade fica em estado de choque eaquele lugar vazio torna-se o catalisador da guerramais complexa que alguma vez ali se viveu. Nofinal, quem sairá vencedor desta luta travada comtanto ardor, duplicidade e revelações inesperadas?

40 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012AgendaPederneira-Nazaré: 100 anos deconcelho. 1912-2012, em exposiçãodocumental patente no CentroCultural da Nazaré, até 18 deDezembroExposição Momentos de Fé, a veraté 6 de Janeiro no Posto deTurismo de S. Martinho do Porto,AlcobaçaMúsicaRecital do italiano Carlo Michinisábado, pelas 21:30 horas, noTMF, Leiria, para interpretarAnées de Pèlerinage, as três suitespara piano solo, de Franz LisztNão se deitam comigo coraçõesobedientes é o título do trabalhoque o grupo A Naifa apresentaamanhã, 30, pelas 21:30 horas,no TJLS, Leiria, com apoio daMetamorfoseArtesEscultura deFilipe Curado,no foyer doTeatro JoséLúcio daSilva, LeiriaPaisagem interior, exposição deescultura de Filipe Curado, no foyerdo Teatro José Lúcio da Silva(TJLS), até 29 de Dezembro,diariamente das 18 às 22 horas, e,nos dias de espectáculos, das 18 às24 horasSónia Tavares e Nuno Gonçalvesinauguram segunda-feira, 3, pelas21 horas, a exposição de fotografiainclusiva Explode, daresponsabilidade da banda TheGift. A mostra fica patente naBiblioteca José Saramago, doInstituto Politécnico de Leiria, até 4de JaneiroAntónio Vidigal: A escultura comoinvenção e ofício (exposiçãoantológica), patente no CCC, Caldasda Rainha, até dia 20 de JaneiroXilografias de Mário Lopes,exposição sobre as primeirasinfluências de uma estadia noJapão, na Arquivo Livraria, até 6 deDezembroSpotUght, exposição de fotografiade Cláudio Pinto, na Biblioteca JoséSaramago, Campus2 do InstitutoPolitécnico de Leiria, até 14 deDezembroImagem intercalada 2, exposiçãode fotografias de de Flávio Ruivo, aver na sede do Te-Ato, LeiriaPreto no Branco, do papelimpresso para a parede,exposição com trabalhos devários autores, na sede do a9)))),Leiria, até 13 de DezembroExposição Terra Grande (pintura)da artista Paula Rito, na GaleriaQuattro, Leiria, até dia 14 deDezembroPintura realista (paisagens,gentes, ruas e quotidianos), deArtur Franco, a partir de amanhã,30, até 9 Dezembro, na galeriaMouzinho de Albuquerque,BatalhaWonderlandscapes, exposição depintura de Luís Athoguia, naGaleria Municipal de Ourém, até 2de DezembroExposição Construções de umaNarrativa, de Romeu Gonçalves,na Galeria novaOgiva, Óbidos, até3 de Março de 2013EventosA FeiraNacional deArtesanato eGastronomiada MarinhaGrande éinauguradaamanhã, 30,no ParqueMunicipal deExposiçõesA FAG - Feira Nacional deArtesanato e Gastronomia daMarinha Grande (23ª edição) éinaugurada amanhã, 30, pelas 18horas, no Parque Municipal deExposições, onde decorre até 9 deDezembro, numa organização daAssociação Social Cultural eDesportiva de Casal Galego. A parda gastronomia, um total de 50expositores apresentam ao vivovários ofícios. A animação musicalé assegurada pelo grupo Tocándar(amanhã, às 21 horas), GrupoCantigas da Eira e Helena Rocha(sábado, a partir das 20:30 horas) egrupos diversos no domingo, apartir das 16:30 horasArquivos e Património, com AcácioSousa, autor do livro RoteirosRepublicanos e ex-director doArquivo Distrital de Leiria, é o temada próxima conferência Arte ePatrimónio, a realizar dia 5, quarta--feira, pelas 18 horas, no auditórioda Biblioteca Municipal de AlcobaçaO Grupo Desportivo de Monte Realpromove a 2ª feira de artesanato,Novos Artesãos, a partir deamanhã, 30, até domingo, 2, noClube Desportivo de Monte Real.Haverá também gastronomia,música, desporto, moda, entreoutras actividadesA primeira edição da iniciativaUcharia de Sabores, com mostras edegustações temáticas de produtoslocais, decorre sábado, 1, a partirdas 17 horas, no Centro histórico deOurém. Abóbora e batata-doceproduzida na Quinta do Seminárioda Aldeia Nova serão os produtosreisWorkshop à prova de crise, noCentro de Interpretação Batalha deAljubarrota, São Jorge, Porto deMós, sábado, 1, entre as 14:30 e17:30 horas, com o tema Ideiasluminosas para decorações epresentes de NatalOs Orn Spiritapresentamao vivo o EP-Tel Lindaleen' SarithinVol. 1, sábadoem LeiriaO projecto Bala (composição eprodução de Armando Teixeira,que também canta) apresenta aovivo o seu sexto disco, Canções,hoje, 29, às 21:30 horas, na Fnacde Leiria. No mesmo espaço masamanhã, 30, às 22 horas,apresentam-se os The BlackMamba Trio. Domingo, 1, às 17horas, será a vez dos VirgemSuta (na foto) apresentarem DoceLar, também ao vivo. EntradaslivresConcerto pelos Stone Dead,amanhã, 30, às 22 horas, no AlfaBar, Leiria, com João (voz eguitarra), Bruno (bateria e voz),João Botas (baixo e voz) e Jonas(guitarra)Os Orn Spirit em concerto aovivo para apresentação do EP-Tel Lindale en' Sarithin Vol. 1, noEspaço O Nariz, Leiria, sábado, 1,pelas 22 horasO 21º aniversário da OrquestraJuvenil de Valado dos Fradescomemora-se domingo, dia 2,com um concerto pelas 16 horas,no Clube Recreativo BeneficenteValadense, NazaréFestival Nacional Jovem deCanção Mensagem, sábado, 1, às20 horas, no Centro Pastoral PauloVI, FátimaO Coral Polifónico do Oeste - Guiacomemora o 6º aniversáriosábado, 1, às 21 horas, na sededesta filarmónica de Guia, Pombal,com a participação também doscoros Alva Canto de Alvaiázere eChorus Auris de OurémConcerto pelo grupo coralAdesbaChorus (Barreira),domingo, 2, pelas 16:30 horas, nosalão paroquial de Barreira, Leiria,no âmbito do 5º aniversáriodaquele grupo coral. Actuamtambém grupos corais de Arrabal eLinda-a-VelhaLetrasCinema

Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 41Lançamento do livro infantilLuana e o gato Farunfa, deCidália Couto, com ilustração deAna Fernandes, domingo, 2,pelas 15 horas, no Salão Nobreda Junta de Freguesia da Ilha,Pombal. Com a chancela daFolheto Edições, a obra seráapresentada por AntónioMarquesLançamento da Biografia deJosé Eduardo Raposo Magalhães- Lavrador, Político, Filantropo,da autoria de António Maduro,sábado, dia 1, pelas 16:30 horas,no Museu do Vinho, Alcobaça,no âmbito de um colóquio sobrea história da Adega do OlivalFechado e onde será tambémdebatido o futuro deste museunacional. Este livro integra anova colecção de bolso que oCEPAE vai lançar, intituladaBiografias EstremenhasLançamento do livro A Oikos eRio Lis – Vinte anos de percurso,dia 29, pelas 18 horas, no CIA,Leiria, da autoria de NunoCarvalho, Mário Oliveira e LuísPedrosoDaniel Oliveira está sábado, 1,pelas 21:30 horas, na Fnac deLeiria, para apresentar o seulivro Alta Definição – A Verdadedo OlharQuando uma árvore cai: Umahistória da frente de libertaçãoda terra, filme de Marshall Currye Sam Cullman, dia 5 (quartafeira),às 21:30 horas, no TeatroMiguel Franco (TMF), Leiria. Émais uma sessão integrada nohádoc-ciclo de cinemadocumental, inciativa daecO-Associação Cultural deLeiria e do SalaB – cineclube.Nomeado para o Óscar demelhor documentário em 2012,o filme explora o períodotumultuoso que decorreu entre1995 e início de 2001, quandoambientalistas confrontaramempresas madeireiras e agentesda lei, e a palavra “terrorismo”ainda não tinha sido alteradapelo 11 de Setembro. Uma estreiaa não perderALCOBAÇACine Teatro Tel. 262 580 885Encomenda ArmadilhadaDomingo às 17:00 horasDomingo e segunda às 21:30horasLEIRIATeatro Miguel FrancoTel: 244839680Domingo, segunda e terça,às 21.30 horasTerça, 18:30 horasPara Roma com AmorQuarta, 21:30 horasIf a Tree FallsCastello Lopes CinemasTel: 244845870De quinta a quarta-feiraA Origem dos Guardiões VP - 3DSala 1. 12:55, 15:00, 17:00, 19:10,21:15 e 23:30 horas; A SagaTwilight: Amanhecer - Parte 2Sala 2. 12:50, 15:40, 18:20, 21:20e 24:00 horas; Força Ralph VP -3D Sala 2. 12:50 e 18:20 horas;Fim de Turno Sala 3. 13:00,15:20, 19:00, 21:50 e 00:10 horas;007 - Skyfall Sala 4. 12:40, 15:30,18:15, 21:00 e 23:50 horas; AsVoltas da Vida Sala 5. 13:10,15:50, 18:50, 21:10 e 23:40 horas;Cloud Atlas Sala 6. 14:30, 18:00e 21:30 horas; A Saga Twilight:Amanhecer - Parte 2 Sala 7.13:20, 16:00, 18:40, 21:40 e00:20 horasCinema CityTel. 244845071De quinta a quarta-feiraA Saga Twilight: AmanhecerParte 2 Sala 1. 13:30, 15:55, 18:20,21:30 e 00:00 horas; A SagaTwilight: Amanhecer Parte 2Sala 3. 22:00 (só exibe dia 1)horas; Curta "O Rapaz De Papel"+ Força Ralph Vp Sala 2-k. 11:20,13:45 e 16:10 horas; Curta "ORapaz De Papel" + Força RalphVp 3d Sala 2-K. 18:35 horas; AOrigem Dos Guardiões Vp Sala2-K. 21:30 horas; A Origem DosGuardiões Vo Sala 2-K. 23:55horas; A Origem dos GuardiõesVP Sala 3. 11:30, 13:35, 15:35,17:40 e 19:45 horas; As PalavrasSala 3. 21:50 (não exibe dia 1)horas; As Palavras Sala 5-L.13:25 e 19:40 horas; Argo Sala 3.00:25 horas; Argo Sala 7. 13:20horas; Um Ritmo Perfeito SalaVIP 4. 13:35 e 19:10 horas; UmRitmo Perfeito Sala 6-S. 16:20 e21:50horas; Cloud Atlas Sala VIP 4.15:45 e 21:45 horas; Cloud AtlasSala 6-S. 13:00, 18:30 e 00:10horas; A Advogada Sala 5-L.15h30, 17h35, 21h55 e 00h05horas; 007 Skyfall Sala 7. 15:50,19:00, 21:40 e 00:30 horas;CriançasO musical A Bela e o Monstro,baseado no conto de Jeanne-MarieLePrince de Beaumont, chega aoCine-Teatro de Alcobaça, domingo,2, pelas 16 horas. Com adaptação deMiguel Dias, conta ainda com osactores Ana Balbi e Nuno Pires nosprincipais papéisPequenos Artistas da SAMP, emconcerto, sábado, 1, às 17 horas, naLivraria Arquivo, LeiriaMarionetas d´Aldeia, teatro demarionetas de fio em fantocheiro,por Isabel Silva, amanhã, 30, às 15horas, no TMF, Leiria. Para maioresde 8 anosDançaCinderela, musical em patins, éapresentado dia 3, segunda-feira, às11 e 16 horas, no grande auditóriodo CCC, Caldas da Rainha, compatinadores e actores profissionais,entre os quais Patrícia Candoso eCamilo Reis. No mesmo espaço,mas sábado, 1, às 11 e 16 horas, seráapresentado o espectáculo AsCanções da Maria, baseado nolivro/CD com o mesmo nome, numprojecto da autoria de Maria deVasconcelos. Para maiores de 3 anosO Quorum Ballet apresenta,sábado, 1, às 21:30 horas, acoreografia Excentric Concentric +Mesa, no Cine-Teatro de AlcobaçaFlash Mob Natal 2012(concentração de escolas de ballet edança da Academia Annarella),sábado, 1, pelas 15 horas, junto àFonte Luminosa, LeiriaPUBLICIDADE

42 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012Gente&lustreJustiça LaborinhoLúcio lança livropolémicoCiência Docentedo IPL em destaquena revista NatureInvestigação SofiaReboleira descobrepseudoescorpiãoEmigração Leiriense éCônsul Honorário dePortugal em FrançaGastronomia Chef dePombal distinguidoem concurso nacional❚ O julgamento – Uma NarrativaCrítica da Justiça é o título do livrodo ex-ministro da Justiça,Laborinho Lúcio, lançado napassada semana, na LivrariaAlmedina, Coimbra. O autor,natural da Nazaré, assume tratar-sede um livro “polémico”, visto ser“um desafio para o futuro” e “umcaminho para o julgamento que sehá-de fazer, não se sabe quando, daJustiça”.❚ Alexandrino Gonçalves, docenteda ESTG do Instituto Politécnicode Leiria, viu destacado o seutrabalho na Nature, reputadarevista internacional de ciência.Trata-se da reconstrução virtualde um dos espaços maisemblemáticos das ruínas deConimbriga (Sala da Caçada, naCasa dos Repuxos). Este projeto,pioneiro em Portugal, usa atecnologia High Dynamic Range.❚ Um "pseudoescorpião raríssimo”foi encontrado no Algarve, por AnaSofia Reboleira que, com estadescoberta, enfatiza a relevânciadas grutas do sul da PenínsulaIbérica como refúgio de animais jáconsiderados relíquias. Estadescoberta ocorreu no âmbito dodoutoramento desta bióloga deCaldas da Rainha e aumenta, para11, as novas espécies já descritaspela investigadora.❚ Isidro Fartaria, natural de SantaCatarina da Serra, Leiria, foinomeado Cônsul Honorário dePortugal em Clermont-Ferrand,França. Já galardoado com oPrémio Empreendedorismo naDiáspora, este empresárioportuguês chegou a França há 48anos e hoje preside a um grupoque reúne 11 empresas, na área dadistribuição de produtosquímicos para a construção civil.❚ Flávio Silva, de Meirinhas,Pombal, ganhou o 2ºlugar noconcurso nacional Revolta doBacalhau, criado pela Recheio -empresa de distribuição alimentar,e cujo júri é constituído porconceituados cozinheiros. Chef noVilla Pampilhosa Hotel, Flávio Silva,26 anos, junta esta a outrasdistinções que obteve nos últimosanos, como o Concurso JovemCozinheiro, em 2008.HistóriadeVida Júlia Guarda Ribeiro, professoraEnsino, livros e memórias da PIDEDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornaldeleiria.pt❚ Quase 40 anos de dedicação ao ensino, várioslivros publicados e um sobrenome que lhe valeualguns dissabores com a PIDE. Assim se descreve,em traços muito largos, a vida de Maria JúliaFerreira Barros Guarda Ribeiro. A viúva doadvogado António José Guarda Ribeiro falou aoJORNAL DE LEIRIA do que aprendeu com omarido, do que alcançou enquanto professora, e decomo a sua família foi intimidada pela políciapolítica, enquanto o ilustre advogado da MarinhaGrande se movimentava à esquerda do regime deSalazar.Júlia Guarda Ribeiro nasceu em Torre deMoncorvo, em 1938, filha de uma camponesahumilde e de um dentista de algumas posses. Foiem Coimbra, como estudante de FilologiaGermânica - o curso que mais agradava ao pai- quea jovem alargou os seus horizontes e percebeu queo mundo não se resumia às ideias católicas emonárquicas do dentista.O modo de pensar de Júlia, diziam alguns dos seuscolegas de faculdade, era muito parecido com o deum jovem trabalhador-estudante, que seapresentava de vez em quando na cidade paraprestar provas em Direito. Por insistência dosamigos, acabou por conhecer António José GuardaRibeiro, nessa altura copista no Tribunal da Sertã,com quem veio a namorar e a casar-se. “Com omeu marido acabei a minha formação política”,reconhece a professora.Enquanto Júlia concluiu rapidamente o curso e foidar aulas para o Liceu da Figueira da Foz, onamorado, sempre envolvido nas movimentaçõesestudantis, incluindo as de 1962, era um nome bemconhecido da PIDE. Por isso, nas datas de exames,“Com o meumarido acabeia minhaformaçãopolítica”DANIELA FRANCO SOUSAa polícia fazia questão de entreter o jovemtrabalhador-estudante, com interrogatórios que,além de intimidar, serviam para atrasar GuardaRibeiro na conclusão do curso.Assim, quando decidiram casar, em 1962, o jovemtrabalhador-estudante ainda frequentava Direito.Além disso, recorda a professora, voltaram a chamá--lo para a tropa, quando já tinha cumprido serviçomilitar, só para o demorar ainda mais. Quando saiuda tropa, o curso continuava por terminar. O jovemsó viria a ter condições de o concluir depois deterem nascido os seus dois filhos.Com a mulher na Figueira, Guarda Ribeiro teve dearranjar emprego na região, ocupando a função defiel de armazém no Hospital Rovisco Pais.Mas no Liceu da Figueira da Foz, mal a PIDEpercebeu que Júlia era casada com o jovemopositor do regime, expulsaram-na do ensinooficial. Cingido ao magro vencimento de fiel dearmazém, o jovem casal procurou ajuda junto dospais de Guarda Ribeiro, que conseguiram lugarpara Júlia como professora no ensino particular,em Porto de Mós. Entretanto, também o maridoconseguiu estágio no escritório do Dr. Vareda,ilustre advogado de Leiria.Em 1970, depois de ter terminado o estágio noentão Liceu D. João III, em Coimbra, (hoje EscolaSecundária José Falcão), Júlia foi dar aulas para oLiceu de Leiria, onde leccionava quando se dá aRevolução de 74.Mais tarde recebeu o convite para dirigir a Escolado Magistério Primário de Leiria. A professorarecorda o Verão quente de 1975, quando oescritório do seu marido e o seu próprio automóvelforam incendiados, a casa apedrejada e os filhos,ainda crianças, foram ameaçados por telefone.Lembra ainda os boatos que circulavam, por nãoser casada pela igreja nem ter baptizado os filhos, oque levou algumas pessoas a pedir a sua expulsãodo Magistério. A professora preferiu sair, mascontinuou sempre a leccionar. Entre outrasactividades, foi docente no ISLA.Sem militância política, nem religião oficializada,Júlia Guarda Ribeiro diz que só de dedicou aoslivros (de contos, História e infantis) depois deaposentada, porque “levava muito a sério o seupapel de professora, mãe, esposa e dona de casa”.A sua obra mais recente, Contos Temperados, seráapresentada dia 14 de Dezembro, às 18 horas, noMoinho de Papel, em Leiria, e no dia seguinte, às 15horas, na Biblioteca Municipal da Marinha Grande,em ambas as datas com a presença de CristinaNobre, sua “distinta aluna”.

Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 43PontoFuga Sal NunkachovDesigner - Rita RosaModelos - Sara Leite e Ana TangFotografia - Sal NunkachovAconteceuMelhor Design Jornal de Leiriarecebeu prémio em Madrid❚ O director do JORNAL DE LEIRIA, João Nazário,recebeu a semana passada, no decorrer do congresso ÑH9Lo Mejor Diseño Periodístico de España&Portugal 2012, oprémio de Melhor Design em publicações até 15 milexemplares das mãos de Jorge Solana, elemento do júri eprofessor da Universidad CEU San Pablo.Além deste prémio, o novo grafismo que o Jornal de Leiriaapresentou em Maio último foi também votado como omelhor redesenho apresentado em 2012 por um júri queincluía onze especialistas de design gráfico e comunicaçãoda Península Ibérica. Segundo o júri, o JORNAL DELEIRIA representa a “imagem moderna e actual daimprensa portuguesa. O seu design e aposta visualestruturam a informação de uma forma muito atraente ecompreensiva para o leitor”, além de “surpreender o leitore ao mesmo tempo manter a qualidade informativa”. Ojúri remata a sua apreciação sobre o JORNAL DE LEIRIArealçando a sua “excelente edição gráfica e um layout comuma estrutura ágil e versátil” que resulta num “deleitegráfico e informativo” para os leitores.Jorge Solana entrega prémio a João NazárioRICARDO GRAÇAEncontro Comenius na escola de Santa CatarinaA Escola Básica de Santa Catarina da Serra, no concelhode Leiria, acolhe, durante esta semana, um encontro deprofessores oriundos de nove países da Europa, inseridono projeto Comenius. Sob o mote Educação e GestãoAmbiental, e inserido, cerca de 20 professores daTurquia, Alemanha, Chipre, Polónia, Estónia, Hungria,Bélgica, Espanha e Portugal juntam-se com o intuito depromoverem a interacção científica e cultural entre ospaíses parceiros, tendo como pano de fundo o futuro daTerra.DR

A liberdade é defendida com discursose atacada com metralhadorasCarlos Drummond de AndradeJorlis - Edições e Publicações, Lda.Parque Movicortes2404-006 Azoia - LeiriaTel. 244 800 400 Fax 244 800 401geral@jornaldeleiria.ptPUBLICIDADENome do autarca de Óbidos já tinha sido aprovado pela estrutura distritalTelmo Faria rejeita candidaturaà Câmara Municipal de LeiriaFim-de-semanaBanco Alimentarrecolhe bensRealiza-se, no próximo fim-de--semana, mais uma campanha derecolha de bens do Banco AlimentarContra a Fome. Na região, a acçãocontará com a participação de maisde 1400 voluntários, distribuídospor cerca de 70 superfíciescomerciais e pelo armazém doBanco Alimentar contra a Fome deLeiria-Fátima. Os bens angariadosserão distribuídos na zona derecolha, através de 57 instituiçõessociais, a quem compete fazer aentrega mensal a pessoascomprovadamente carenciadas.Maria Anabela Silvaanabela.silva@jornaldeleiria.pt❚ O autarca de Óbidos está fora da corridaà Câmara de Leiria. Depois de oseu nome ter sido indicado à ComissãoNacional do PSD pela concelhia eaprovado pela comissão permanenteda distrital, Telmo Faria comunicouà estrutura local do partido que nãoestá disponível para encabeçar a listapor Leiria.O ainda presidente da Câmara deÓbidos, que não se pode recandidatarao cargo devido à lei da limitaçãode mandatos, justifica a sua posiçãocom a “falta de apoio sincero e verdadeiro”da distrital, nomeadamentedo seu presidente, a par das dúvidasque ainda subsistem em relaçãoà possibilidade de candidatura deautarcas com pelo menos três mandatosa outros municípios.A decisão de Telmo Faria, comunicadaà concelhia de Leiria e a JorgeTelmo FariaMoreira da Silva, vice-presidente doPSD, surge depois do seu nome tersido aprovado, por unanimidade, nacomissão permanente da distrital,em reunião realizada no passado dia12 e por proposta do líder da estrutura,Fernando Costa, como o próprioconta ao JORNAL DE LEIRIA. Porisso, o autarca de Caldas da Rainhaconfessa-se “surpreendido” com aposição de Telmo Faria e diz esperarque este “volte atrás”. “Pedi ao eng.ºMoreira da Silva para insistir pessoalmentecom o dr.º Telmo Fariapara que ele seja candidato”, adiantaFernando Costa.No entanto, o autarca de Óbidos revela-seirredutível. “Não vou avançarpara a Câmara de Leiria”, assegura,afirmando que “o mais provável é nãoassumir nenhuma candidatura e encerrarpor aqui este ciclo como autarca”.Nem mesmo o facto de a distritalter, através da sua comissãopermanente, aprovado o seu nomecomo candidato à Câmara de Leiria,parece influenciar a decisão. “Umacoisa é dizer-se, numa reunião deúltima hora, que se apoia. Outra, é termosa convicção que esse apoio é sinceroe verdadeiro e que não vamos tercomo adversário a nossa família po-lítica”, frisa Telmo Faria, que se diz“triste” por, durante este processo,“nem sequer ter merecido um telefonemada distrital”.Com a posição de Telmo Faria, a concelhiade Leiria terá de encontrar um'plano B', até porque, outros nomesapontados como hipóteses - AntónioLucas e Narciso Mota, presidentes dasCâmaras de Batalha e Pombal - já seauto-excluíram. “Neste momentonão tenho disponibilidade nem estãoreunidas condições [para uma candidaturaa Leiria]”, diz, por sua vez,Fernando Costa.Entretanto, um grupo de militantes deLeiria pediu, há cerca de 15 dias, a convocaçãode um plenário para discutiras autárquicas no concelho, mas, segundoJoão Cunha, “até ao momentonão há indicação de que a convocatóriatenha sido publicada”.Até ao fecho de edição não foi possívelcontactar o presidente da concelhia,Álvaro Madureira.Viagens (fora) da minha terraTel: 244 092 001 | 236 094187leiria@yoyo.ptpombal@yoyo.ptwww.yoyo.ptO Jornal deLeiria convidaos seusleitores apartilharemideias para aregiãoobservadasnoutros locaisdo País ou doestrangeiro.Bastaenviaremduas ou trêsfotografias eum texto com1500caracteresparadireccao@jornaldeleiria.ptEm 2011 tive a possibilidade de fazer uma viagempelo mais internacional rio do planeta, o Danúbio.Da nascente à foz são quase três mil quilómetrosatravés de 10 países: Alemanha, Áustria,Eslováquia, Hungria, Croácia, Sérvia, Bulgária,Moldávia, Ucrânia e Roménia. Um percurso quecomeça no coração da Europa, na parte mais ricado continente, e termina no seu extremo oriental,na região mais pobre e arcaica.O Danúbio é um rio inspirador, e não apenas deobras artísticas. Logo que cheguei à pequenacidade de Donaueschingen, na Floresta Negra,DanúbioJosé LuísJorgeonde iniciei a minha jornada danubiana, encontreisinalética encaminhando para a Ciclovia doDanúbio. A própria pension, onde me hospedeificava à beira do trilho e os demais hóspedes eramtodos ciclistas, com o ar saudável de quem estáhabituado ao ar livre. Foi assim que tomei contatocom aquela via que acompanha o rio desde a suanascente até à sua foz. Durante a viagem fui-mecruzando frequentemente com a ciclovia, equando cheguei à Áustria, ao vale de Wachau,cerca de 40 quilómetros onde o Danúbio correapertado entre penhascos, aluguei uma bicicleta epedalei durante um dia. Foi então que pensei noLis, o nosso pequeno rio. E pensei como seria umamais valia, não só para quem vive próximos dassuas margens mas também para todos os amantesda bicicleta, termos uma ciclovia queacompanhasse o rio desde as Fontes até à praia daVieira. Seria ideal para pequenos e longos passeiosmas também uma possibilidade segura dedeslocação no dia a dia levando a uma menorutilização do automóvel. O pequeno trecho jáexistente dentro de Leiria mostra que seria umsucesso.