Programa de Atualização em GIST e TNE - Colégio Brasileiro de ...
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<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Atualização <strong>em</strong> <strong>GIST</strong> e <strong>TNE</strong> 4<br />
3<br />
Ricardo Corrêa<br />
Barbuti<br />
CRM: 66103-SP<br />
Médico assistente; doutor do Grupo<br />
<strong>de</strong> Estômago do Departamento<br />
<strong>de</strong> Gastroenterologia do Hospital<br />
das Clínicas da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />
Paulo (HC/FMUSP); secretário<br />
geral da Fe<strong>de</strong>ração Brasileira <strong>de</strong><br />
Gastroenterologia (FBG)<br />
Tumores estromais<br />
gastrointestinais:<br />
epi<strong>de</strong>miologia e<br />
apresentação clínica<br />
Objetivos <strong>de</strong> aprendizado<br />
• Apresentar a epi<strong>de</strong>miologia dos <strong>GIST</strong>s.<br />
• Descrever o quadro clínico <strong>de</strong> pacientes com <strong>GIST</strong>s.<br />
Pontos-chave<br />
• Os <strong>GIST</strong>s originamse<br />
primariamente<br />
<strong>de</strong> células <strong>de</strong> Cajal,<br />
na musculatura do<br />
estômago e do intestino<br />
<strong>de</strong>lgado, representando<br />
hoje <strong>em</strong> dia os tumores<br />
mesenquimais mais<br />
frequentes do tubo<br />
digestório e 50%<br />
<strong>de</strong> todas as lesões<br />
submucosas observadas<br />
durante endoscopia<br />
digestiva alta ou baixa<br />
• A real incidência<br />
<strong>de</strong>ssa afecção ao<br />
redor do mundo é<br />
ainda <strong>de</strong>sconhecida;<br />
muitos casos são<br />
diagnosticados<br />
aci<strong>de</strong>ntalmente<br />
durante procedimentos<br />
diagnósticos realizados<br />
com outros propósitos.<br />
Introdução e epi<strong>de</strong>miologia<br />
Os tumores estromais que afetam o trato digestivo po<strong>de</strong>m ser divididos <strong>em</strong> dois<br />
grupos: os idênticos aos que se iniciam <strong>em</strong> tecidos moles por todo o organismo<br />
(lipomas, h<strong>em</strong>angiomas, shwanomas, leiomiomas e leiomiossarcomas) e aqueles<br />
conhecidos como tumores estromais gastrointestinais (<strong>GIST</strong>s), caracterizados<br />
pela ausência <strong>de</strong> diferenciação muscular ou neural, representando cerca <strong>de</strong><br />
2% dos tumores do tubo digestório (1) , tendo sido <strong>de</strong>scritos como entida<strong>de</strong> separada<br />
somente <strong>em</strong> 1983, por Mazur e Clark (2) .<br />
Originam-se primariamente <strong>de</strong> células <strong>de</strong> Cajal, na musculatura do estômago<br />
e do intestino <strong>de</strong>lgado, representando hoje <strong>em</strong> dia os tumores mesenquimais<br />
mais frequentes do tubo digestório e 50% <strong>de</strong> todas as lesões submucosas observadas<br />
durante endoscopia digestiva alta ou baixa (3) .<br />
Des<strong>de</strong> os anos 1990, essa entida<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>rada rara, passou a ser extensamente<br />
estudada, tendo o número <strong>de</strong> trabalhos publicados sobre o assunto<br />
crescido <strong>de</strong> maneira exponencial (3) .<br />
A real incidência <strong>de</strong>ssa afecção ao redor do mundo é ainda <strong>de</strong>sconhecida;<br />
muitos casos são diagnosticados aci<strong>de</strong>ntalmente durante procedimentos<br />
diagnósticos realizados com outros propósitos. Na Itália, estimam-se mil novos<br />
casos por ano (3) . Um estudo sueco envolvendo mais <strong>de</strong> mil casos pô<strong>de</strong><br />
constatar incidência <strong>de</strong> 14,5 casos por milhão/ano, com prevalência estimada