Física
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FÍSICA<br />
3
Coordenação editorial: Estúdio Conejo, Zênite.<br />
Preparação de texto: Zênite, Ivã Pedro.<br />
Coordenação de design e projetos visuais: Pedro Yañez.<br />
Revisão: Geisa Teixeira.<br />
Impressão: Gráfica Brasil.<br />
Organizador: Estúdio Conejo<br />
Obra coletiva concebida, desenvolvida<br />
e produzida pelo estúdio Conejo, Zênite.<br />
Editor Executivo:<br />
Pedro Yañez.<br />
Livro do professor:<br />
Ivã Pedro<br />
4
A chegada do novo ENEM bem como a contextualização das provas de<br />
vestibulares colocaram em segundo plano o aprendizado formulesco<br />
da <strong>Física</strong>. A aprendizagem excessivamente preocupada com problemas<br />
matemáticos não é o melhor caminho para aprender esta Ciência. A<br />
modernidade das avaliações, dos concursos e da própria vida humana<br />
valorizam o entendimento do fenômeno físico e a sua aplicação em<br />
nosso cotidiano. O tempo, moldado pela memória, é o que faz de cada<br />
um de nós o que nós somos. Lembranças... Lembranças de fatos banais.<br />
O gosto de biscoito no café na casa da avó em Brumado, um fato<br />
histórico da Chapada Diamantina, a arte inesperada de alguém num<br />
muro em uma rua de Caculé, as leis da <strong>Física</strong>, o sorriso de uma criança<br />
correndo pelas ruas de Itapetinga, fotos, imagens da Gruta na Lapa, as<br />
equações matemáticas... É essa a matéria de que somos feitos: memória,<br />
lembranças, emoções. Se um fato não nos toca, não nos emociona,<br />
é rapidamente esquecido, apagado de todo e qualquer plano da memória.<br />
É a emoção que amarra o conhecimento, dando-lhe corpo e alma. O<br />
convite que o aprendizado de <strong>Física</strong> nos faz é o da emoção. A emoção<br />
com o aprendizado de uma nova Lei, com o entendimento de um conteúdo<br />
que nos parecia ser tão difícil e com a certeza de que esses novos<br />
conhecimentos abrirão novos horizontes e nos farão compreender melhor<br />
a beleza da natureza e do mundo que habitamos. É esta emoção<br />
que traremos com este livro e com nossas aulas. Faremos deste ano um<br />
ano especial, onde você vai aprender <strong>Física</strong> e caminhará lado a lado<br />
com o sucesso.<br />
Quero estar ao seu lado, vencendo os obstáculos e sendo seu parceiro<br />
em todos os instantes.<br />
Abraços,<br />
Bom estudo!<br />
;)<br />
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SUMÁRIO<br />
CAPÍTULO 1 – AS GRANDEZAS E MEDIDAS FÍSICAS.........<br />
CAPÍTULO 2 – MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME.......<br />
CAPÍTULO 3 – MOVIMENTO RETILÍNEO<br />
UNIFORMENTE VARIADO .........................<br />
CAPÍTULO 4 – MOVIMENTO DE PROJÉTEIS ......................<br />
CAPÍTULO 5 – MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME .......<br />
CAPÍTULO 6 – DE ARISTÓTELES A ISAAC NEWTON ........<br />
CAPÍTULO 7 – PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA DINÂMICA.<br />
CAPÍTULO 8 – GRAVITAÇÃO UNIVERSAL ..........................<br />
CAPÍTULO 9 – ESTÁTICA DOS FLUÍDOS .............................<br />
CAPÍTULO 10 – DINÂMICA DOS FLUÍDOS .........................<br />
CAPÍTULO 11 – CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ...................<br />
CAPÍTULO 12 – CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE<br />
MOVIMENTO ...............................................<br />
CAPÍTULO 13 – TEMPERATURA E CALOR ..........................<br />
CAPÍTULO 14 – CALORIMETRIA ..........................................<br />
CAPÍTULO 15 – TRANSMISSÃO DE CALOR ........................<br />
CAPÍTULO 16 – TERMODINÂMICA ......................................<br />
CAPÍTULO 17– DILATAÇÃO TÉRMICA ................................<br />
CAPÍTULO 18 - ÓPTICA-REFLEXÃO DA LUZ .....................<br />
CAPÍTULO 19 - ÓPTICA-REFRAÇÃO DA LUZ .....................<br />
CAPÍTULO 20 – MHS ...............................................................<br />
CAPÍTULO 21 – ELETROSTÁTICA .........................................<br />
CAPÍTULO 22 – ELETRODINÂMICA ....................................<br />
CAPÍTULO 23 – CAMPO MAGNÉTICO .................................<br />
CAPÍTULO 24 – FORÇA MAGNÉTICA ..................................<br />
CAPÍTULO 25 - INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA ...............<br />
CAPÍTULO 26 - ESTUDOS DAS ONDAS ................................<br />
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CAPÍTULO 1 – AS GRANDEZAS E MEDIDAS FÍSICAS<br />
2 – MEDIDAS E GRANDEZAS FUNDAMENTAIS<br />
Ao estudar um fenômeno físico, é necessário<br />
obtermos uma informação quantitativa, afim de tornar o<br />
estudo completo. Obtemos essa informação fazendo-se<br />
uma medida física que pode ser direta, como por<br />
exemplo utilizar uma régua para medir um lápis ou<br />
indireta, como por exemplo a velocidade média de um<br />
automóvel viajando de Vitória da Conquista a Salvador.<br />
Esta propriedade física pode ser obtida através do<br />
conhecimento da distância percorrida e do tempo que se<br />
leva para percorrê-la.<br />
O NAVIO TITANIC AFUNDOU APÓS COLIDIR COM UM GIGANTESCO<br />
ICEBERG. NO MOMENTO DA COLISÃO O NAVIO MOVIA-SE COM UMA<br />
VELOCIDADE DE 21 NÓS QUANDO COLIDIU COM O GIGANTESCO<br />
BLOCO DE GELO. ESSA UNIDADE DE VELOCIDADE NÃO É A QUE<br />
CONVENCIONALMENTE UTILIZAMOS EM NOSSO COTIDIANO. MAS,<br />
PORQUE SE MEDE A VELOCIDADE DOS NAVIOS EM NÓS?<br />
1 – UNIDADES DE MEDIDAS TRADICIONAIS<br />
Qual o significado da unidade nó para a<br />
velocidade de um barco?<br />
Os primeiros barcos a viajar em alto-mar eram<br />
dotados de uma espécie de velocímetro bastante<br />
primitivo. Consistia em uma corda com uma das<br />
extremidades amarrada numa espécie de prancha pesada<br />
de madeira, e a outra enrolada em um cilindro, também<br />
de madeira. Essa corda era marcada com nós em<br />
intervalos regulares de 14,3 metros. Quando o barqueiro<br />
desejava saber a velocidade da embarcação, a prancha<br />
com a corda atada era lançada ao mar. Com o barco em<br />
movimento, a água freava a prancha, o que fazia com<br />
que a corda, enrolada ao cilindro que permanecia no<br />
barco, fosse se desenrolando. Com a ajuda de um relógio<br />
de areia, o barqueiro observava quantos nós se<br />
desenrolavam em determinado período de tempo. Estava<br />
definida a velocidade. Atualmente, esse método<br />
rudimentar não é mais usado, mas a unidade nó continua<br />
a ser utilizada para medição da velocidade dos barcos.<br />
Um nó, nos dias atuais, equivale a uma milha náutica por<br />
hora ou 1,852 quilômetros por hora. A milha náutica é a<br />
distância correspondente a um minuto de arco da<br />
circunferência da Terra no Equador.<br />
Existem grandezas físicas consideradas<br />
fundamentais e derivadas. Na Mecânica as grandezas<br />
fundamentais são: comprimento, tempo e massa. As<br />
grandezas que resultam de combinações dessas são<br />
consideradas derivadas.<br />
O Brasil adota desde 1960 como padrão para<br />
unidades de medidas o Sistema Internacional de<br />
Unidades (SI).<br />
A FÍSICA TEM HISTÓRIA<br />
O desenvolvimento da física a partir do séc.<br />
XVII foi rapidíssimo. Velhos conceitos foram<br />
derrubados, novas descobertas foram realizadas. Tudo<br />
aconteceu de tal maneira que causou o surgimento de<br />
inúmeras unidades de medidas para uma mesma<br />
grandeza. As unidades de comprimento variavam de um<br />
país para outro, de cidade em cidade e em cada profissão<br />
(como dos alfaiates para os carpinteiros). A maioria tinha<br />
para referência, muito liberalmente, partes do corpo<br />
humano. Assim, uma polegada era definida como a<br />
largura do dedo polegar; o palmo tinha o comprimento<br />
da mão; um pé tinha o comprimento do pé de um certo<br />
rei inglês; um côvado era a distância do cotovelo à ponta<br />
do dedo médio; uma toesa (usada na medida da<br />
profundeza do oceano) era a medida entre as pontas dos<br />
dedos médios de cada mão, estando os braços<br />
horizontalmente estendidos; uma jarda era a distância<br />
que ia do nariz à extremidade do braço esticado do rei no<br />
poder; e outras muitas.<br />
9
Em 1719, a Academia Francesa de Ciências<br />
recomendou a adoção de uma unidade internacional de<br />
comprimento, sugerindo que esse padrão se baseasse nas<br />
dimensões da Terra.. Pronto... estava dado o ponta-pé<br />
inicial para uma organização em toda essa bagunça...<br />
Outras mudanças foram sendo feitas também<br />
com as unidades de massa e tempo. Definida essas<br />
unidades padrões, podemos expressar por meio dela, as<br />
unidades de todas as demais grandezas físicas. Assim, a<br />
unidade do Sistema Internacional (SI) de velocidade é o<br />
m/s, a unidade de aceleração é o m/s 2 ... e por aí afora.<br />
A 14ª Conferência Geral sobre Pesos e Medidas<br />
adotou 7 grandezas como independentes de todas as<br />
outras, denominadas grandezas fundamentais. A partir<br />
delas obtêm-se todas as demais grandezas derivadas.<br />
MASSA - Quilograma ( kg)<br />
COMPRIMENTO – Metro (m)<br />
TEMPO - Segundo (s)<br />
CORRENTE ELÉTRICA – Ampére (A)<br />
TEMPERATURA – Kelvin (K)<br />
INTENSIDADE LUMINOSA – Candela (cd)<br />
QUANTIDADE DE SUBSTÂNCIA – Mol<br />
Para você entender melhor essa ideia, determine<br />
o valor do segmento de reta mostrado abaixo.<br />
Olhando a figura acima pode-se aceitar que a<br />
resposta seja algo em torno de 4 e 5 cm, ou seja, o<br />
comprimento é maior que 4 cm e menor que 5 cm. Então,<br />
é possível e aceitável que a leitura seja, por exemplo,<br />
4,2 cm; 4,3 cm, 4,4 cm ou 4,5 cm, mas não seria<br />
aceitável que alguém colocasse 3,9 ou 5,0 cm.<br />
Nessa medida, o primeiro decimal (primeiro<br />
número depois da vírgula é um algarismo estimado pelo<br />
medidor, mas todo mundo sabe com certeza do algarismo<br />
4, ou seja, este é um valor correto da medida enquanto o<br />
primeiro decimal é um algarismo que depende em parte<br />
de quem faz a leitura.<br />
Devemos ficar atentos que após o primeiro<br />
algarismo estimado (duvidoso) não faz sentido escrever<br />
outro algarismo, estaria apenas aumentando o erro.<br />
Assim, não seria aceitável como correta uma medida de<br />
4,30 cm ou 4,32 cm com uma régua dividida em<br />
centímetros.<br />
Vamos ver se você entendeu, propondo outra situação?<br />
3 – ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS<br />
10<br />
Já vimos que saber medir é muito importante<br />
para o entendimento físico de um fenômeno. É<br />
importante saber representar uma medida de maneira<br />
apropriada. Vejamos as seguintes medidas: 5 m;<br />
5,0 m e 5,000 m.<br />
Essas medidas são iguais ou diferentes? Por<br />
quê? Pense com calma!<br />
Ao efetuar uma medida podem ocorrer vários<br />
tipos de erros: erros grosseiros que ocorrem pela falta de<br />
prática do experimentador ou por descuido na hora de<br />
fazer a leitura; erros sistemáticos ocorrem sempre num<br />
mesmo sentido, sempre para mais ou sempre para menos,<br />
devido ao experimentador ou por falta de calibração do<br />
aparelho usado na medição; erros de flutuação decorrem<br />
de fatores não previsíveis. Independente dos erros acima<br />
citados, toda medida feita corretamente não corresponde<br />
a um valor exato como se fosse único e verdadeiro.<br />
A régua da figura acima agora está dividida em<br />
décimos de centímetros, ou seja, está dividida em<br />
milímetros. Qual o tamanho do segmento de reta?<br />
Com certeza que o valor do comprimento é<br />
maior que 4,3 cm e menor que 4,4 cm. Será razoável<br />
responderem 4,34 cm; 4,35 cm; 4,36 cm; 4,37 cm.<br />
O segundo decimal (segundo número depois da<br />
vírgula é um algarismo estimado pelo observador ao<br />
executar a operação que pode ser diferente de um para<br />
outro medidor usando o mesmo aparelho de medida.<br />
Assim, podemos definir:<br />
Algarismos significativos de uma medida são todos os<br />
algarismos corretos da medida mais o primeiro algarismo<br />
duvidoso.<br />
Por exemplo, na medida do segmento de reta da<br />
primeira figura, 4,3 cm tem 2 algarismos significativos,<br />
o 4 correto e o 3 que é duvidoso. Na medida do mesmo
Com essas regras efetuem as seguintes operações:<br />
a) 1,0000 Kg + 0,023 Kg + 0,12 Kg<br />
b) 7,12 m – 2,3255 m<br />
Confira seu resultado:<br />
a) 1,14 kg<br />
4 – O MUITO GRANDE E O MUITO PEQUENO –<br />
b) 4,79 m<br />
resposta correta nesse caso é: A = 184,4 cm 2 NOTAÇÃO CIENTÍFICA<br />
* Produto e divisão<br />
Frequentemente em textos científicos lidamos<br />
com números fantásticos e fora da nossa percepção. Isso<br />
Para efetuar o produto ou a divisão de algumas medidas,<br />
acontece porque a ciência (no nosso caso a física)<br />
primeiro faz a operação normalmente. Para obter o<br />
abrange o estudo de fenômenos que vão desde a escala<br />
resultado deve-se observar o número de algarismos<br />
atômica até a do Universo. Os avanços da física nos<br />
significativos de cada medida. O resultado então deverá<br />
permitiram penetrar na estrutura molecular bem como<br />
ser escrito como o mesmo número de algarismos<br />
desvendar a imensidão espacial.<br />
significativos da medida que possuir o menor número de<br />
algarismos significativos ou apenas um algarismo Alguns exemplos clássicos poderiam ser citados:<br />
significativo a mais que o número de algarismos<br />
significativos dessa medida.<br />
MTZ (MÉTODO DE TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
Com essas regras efetuem as seguintes operações:<br />
a) 400 km : 3 h<br />
b) 100 m : 9,850 s<br />
c) Encontre o volume de um paralelepípedo de<br />
dimensões: 10m, 7,50m e 40m.<br />
Por motivos óbvios é complicado trabalhar com<br />
números escritos da forma mostrada, torna-se necessário<br />
Confira seu resultado:<br />
a) 1,3.10 2 km/h<br />
b) 10,15 m/s ou 10,2 m/s<br />
o uso de uma notação adequada. Facilitando nossos<br />
cálculos usamos as chamadas potências de dez,<br />
determinando a ordem de grandeza de cada medida.<br />
Assim, teríamos uma nova e mais prática tabela:<br />
c) 3,0.10 3 m 3 ou 3,00.10 3 m 3 .<br />
Resolva:<br />
Um profissional precisou encomendar a confecção de<br />
uma chapa de aço para substituir a que estava gasta pelo<br />
uso. Para isso precisou medir o comprimento e a largura<br />
da chapa que ele fez utilizando uma régua milimetrada.<br />
O esquema da abaixo mostra as leituras efetuadas.<br />
Veja a solução:<br />
VAMOS ENTENDER UM POUQUINHO MAIS...<br />
Leia o seguinte texto, em voz<br />
alta, e em menos de 30<br />
Suponha que a leitura efetuada tenha sido 11,82 cm e<br />
segundos:<br />
15,60 cm. A área da chapa será:<br />
A = 11,82 X 15,60 cm 2 = 184,392 cm 2 , ou seja, a<br />
11
12<br />
... como, por exemplo, o nosso Sistema Solar que tem um<br />
diâmetro aproximado de 100000000000 metros. E isto é<br />
muito pequeno se comparado com o tamanho da Galáxia<br />
onde vivemos com seus incríveis<br />
100000000000000000000 metros de diâmetro. No<br />
entanto, ao lembrarmos que o Universo visível deve ter<br />
cerca de 100000000000000000000000000 metros de<br />
diâmetro, vemos que tamanhos assombrosos estão<br />
incluídos no estudo da Astronomia. Daí pensamos, é<br />
melhor estudar biologia pois a molécula do DNA tem<br />
apenas 0,0000001 metros, muito mais fácil de lidar. O<br />
problema é que a astronomia não é uma profissão<br />
perigosa enquanto que a biologia... Imagine que os<br />
biólogos têm a coragem de lidar com vírus que medem<br />
apenas 0,000000001 metros e são terrivelmente mortais.<br />
E se, por uma distração, um biólogo deixa um destes<br />
vírus cair no chão do laboratório? Nunca mais irá<br />
encontrá-lo!....".<br />
Difícil ler estes números, não é? Vamos<br />
melhorar então o texto para você fazendo algumas<br />
mudanças. Leia, novamente, em voz alta e em menos de<br />
30 segundos:<br />
"...como, por exemplo, o nosso Sistema Solar que tem<br />
um diâmetro aproximado de 100 bilhões de metros. E<br />
isto é muito pequeno se comparado com o tamanho da<br />
Galáxia onde vivemos com seus incríveis 100 milhões de<br />
trilhões de metros de diâmetro. No entanto, ao<br />
lembrarmos que o Universo visível deve ter cerca de 100<br />
milhões de bilhões de bilhões de metros de diâmetro,<br />
vemos que tamanhos assombrosos estão incluídos no<br />
estudo da Astronomia. Daí pensamos, é melhor estudar<br />
biologia pois a molécula do DNA tem apenas 1 décimo<br />
milionésimo do metro, muito mais fácil de lidar. O<br />
problema é que a astronomia não é uma profissão<br />
perigosa enquanto que a biologia... Imagine que os<br />
biólogos têm a coragem de lidar com vírus que medem<br />
apenas 1 bilionésimo do metro e são terrivelmente<br />
mortais. E se, por uma distração, um biólogo deixa um<br />
destes vírus cair no chão do laboratório? Nunca mais irá<br />
encontrá-lo!...."<br />
Melhorou um pouquinho, não? Mas, mesmo assim, ainda<br />
fica difícil comparar números com tantos zeros à direita<br />
ou à esquerda da vírgula, ou seja, com tantas casas<br />
decimais.<br />
Para melhorar isto a ciência usa uma forma compacta de<br />
escrever números muito grandes ou muito pequenos, a<br />
chamada notação científica ou notação exponencial.<br />
A notação científica ajuda a evitar erros quando<br />
escrevemos números muito grandes ou muito pequenos e<br />
facilita a comparação entre estes números. Esta notação é<br />
muito usada nos artigos científicos uma vez que<br />
quantidades muito pequenas e muito grandes aparecem<br />
frequentemente na Astronomia e na <strong>Física</strong>.<br />
Como é a notação científica?<br />
A notação científica nada mais é do que<br />
escrever qualquer número, seja ele muito grande ou<br />
muito pequeno, como se ele estivesse multiplicado por<br />
uma potência de 10.<br />
Todos os números, muito grandes ou muito<br />
pequenos, estarão multiplicados por um fator do tipo 10?<br />
No caso de números muito grandes o expoente "?" será<br />
um número positivo.<br />
No caso de números muito pequenos o expoente "?" será<br />
um número negativo.<br />
VEJAMOS ALGUNS EXEMPLOS:<br />
A – NÚMEROS MUITO GRANDES<br />
1 a regra:<br />
Para escrever com a notação científica qualquer número<br />
seguido de muitos zeros basta contar somente o número<br />
de zeros que aparecem e colocar este valor como<br />
expoente de 10.<br />
100 = 10 2 1000 = 10 3<br />
Os números agora são lidos facilmente. Por exemplo,<br />
10 27 é lido como "dez elevado a 27" ou simplesmente<br />
"10 a 27".<br />
É bom relembrar que 1 = 10 0 pois todo número elevado a<br />
zero é igual a 1.<br />
E se o número for, por exemplo, 17400 ?<br />
Seguindo a regra anterior, escrevemos o número 17400<br />
como 174 x 10 2 . No entanto, podemos escrevê-lo de<br />
diversas outras formas usando as potências de 10.<br />
2 a regra:<br />
A notação científica pode separar um número em duas<br />
partes: uma fração decimal, usualmente entre 1 e 10, e<br />
uma potência de 10.<br />
No número dado coloque a vírgula onde você desejar. O<br />
número de algarismos deixados no lado direito da vírgula
será o expoente de 10. Deste modo podemos escrever o<br />
número de muitas formas. Por exemplo:<br />
17400 = 1,74 x 10 4<br />
17400 = 17,4 x 10 3<br />
17400 = 174 x 10 2<br />
E para escrever um número qualquer? Por exemplo, o<br />
número 0,0000000478. Contando o número de<br />
algarismos à direita da vírgula vemos que existem 10<br />
algarismos. Podemos então escrever este número<br />
como<br />
478 x 10 -10 .<br />
Do mesmo modo, um número que já está escrito na<br />
notação científica pode ser alterado muito facilmente.<br />
Por exemplo, o número 174 x 10 2 pode ser escrito como<br />
1,74 x 10 4 . Para isto verificamos que agora passamos a<br />
ter dois algarismos no lado direito da vírgula (o sete e o<br />
quatro) e, consequentemente, acrescentamos o valor<br />
"dois" ao expoente anterior de 10, que passa a ser quatro.<br />
O número 1,74 x 10 4 significa 1,74 vezes 10 elevado à<br />
quarta potência ou seja, 1,74 x 10 x 10 x 10 x 10 =17400.<br />
B – NÚMEROS MUITO PEQUENOS<br />
Para representar números muito pequenos a notação<br />
científica usa expoentes negativos.<br />
Um sinal negativo no expoente de um número significa<br />
que o número é, na verdade, 1 dividido pelo valor que ele<br />
teria considerando-se o expoente positivo.<br />
Assim<br />
10 -2 = 1/10 2<br />
10 -28 = 1/10 28<br />
3ª regra:<br />
Para escrever um número muito pequeno usando a<br />
notação científica contamos o número de algarismos<br />
situados no lado direito da vírgula, sejam eles zeros ou<br />
não. Este será o valor do expoente de 10 antecedido por<br />
um sinal negativo.<br />
0,1 = 10 -1 = 1/10<br />
0,01 = 10 -2 = 1/10 2 = 1/100<br />
0,001 = 10 -3 = 1/10 3 = 1/1000<br />
0,0000001 = 10 -7 = 1/10 7 = 1/10000000<br />
C – COMPARANDO POTÊNCIAS DE 10<br />
1ª regra:<br />
Se os expoentes são positivos, o maior número será o que<br />
tiver o maior expoente.<br />
10 75 é menor do que 10 76<br />
(porque 75 é menor do que 76).<br />
2ª regra:<br />
Se os expoentes são negativos, o maior número será<br />
aquele com o menor valor numérico como expoente (sem<br />
considerar o sinal) 10 -75 é maior do que 10 -76 (o expoente<br />
negativo menor significa que o número tem menos<br />
"zeros" depois da vírgula, ou seja, ele está mais<br />
"próximo" da unidade.<br />
Voltemos agora, novamente, ao nosso texto inicial desta<br />
vez escrito com a notação científica:<br />
"...como, por exemplo, o nosso Sistema Solar que tem<br />
um diâmetro aproximado de 10 11 metros. E isto é muito<br />
pequeno se comparado com o tamanho da Galáxia onde<br />
vivemos com seus incríveis 10 20 metros de diâmetro. No<br />
entanto, ao lembrarmos que o Universo visível deve ter<br />
cerca de 10 26 metros de diâmetro, vemos que tamanhos<br />
assombrosos estão incluídos no estudo da Astronomia.<br />
Daí pensamos, é melhor estudar biologia pois a molécula<br />
do DNA tem apenas 10 -7 metros, muito mais fácil de<br />
lidar. O problema é que a astronomia não é uma<br />
profissão perigosa enquanto que a biologia... Imagine<br />
que os biólogos têm a coragem de lidar com vírus que<br />
medem apenas 10 -9 metros e são terrivelmente mortais. E<br />
se, por uma distração, um biólogo deixa um destes vírus<br />
cair no chão do laboratório? Nunca mais irá encontrálo!....".<br />
Muito mais simples, não é? Com certeza você<br />
conseguiu lê-lo em menos de 30 segundos e teve muito<br />
mais facilidade em comparar os tamanhos, pois bastou<br />
comparar os expoentes.<br />
13
14<br />
5 – ORDEM DE GRANDEZA<br />
Para facilitar as operações matemáticas um dos<br />
pontos mais importantes das medidas físicas é determinar<br />
a sua ordem de grandeza. A Ordem de Grandeza é uma<br />
estimativa, baseada na potência de 10. Quando<br />
precisamos de um número muito difícil de obter (por<br />
exemplo, o número de moléculas de água no Planeta<br />
Terra, utilizamos a ordem de grandeza para se ter uma<br />
ideia próxima da realidade.<br />
Exemplo Resolvido 1<br />
Qual a ordem de grandeza do número de<br />
torcedores que cabem no estádio do Maracanã?<br />
Como pedimos a ordem de grandeza, não queremos o<br />
valor preciso de torcedores, mas sim se este valor está<br />
mais próximo de 10.000 ou 100.000, por exemplo. Com<br />
isso, a ordem de grandeza seria OG = 10 5 pessoas.<br />
Quando temos um valor em notação científica, e<br />
desejamos transformá-lo para ordem de grandeza, é<br />
necessário atentar para uma regra importante.<br />
n = N x 10 e (Notação Científica)<br />
Se N ≤ 3,16; então OG = 10 e<br />
Se N > 3,16; então OG = 10 e+1<br />
Para ficar mais claro, observe o exemplo abaixo:<br />
Exemplo Resolvido 2<br />
Dê a ordem de grandeza do número de segundos<br />
em uma hora.<br />
1h – 60 min<br />
1 min – 60 s<br />
Uma hora tem (60 x 60 = 3600s).<br />
n = 3,600 x 10 3 s (Notação Científica)<br />
Qual a ordem de grandeza mais adequada? 10 3 ou 10 4 ?<br />
Para saber isto, utilizamos a regra descrita acima.<br />
Como 3,600 > 3,16; então OG = 10 4 s<br />
MTZ (MÉTODO DE TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Uma corrida de fórmula 1 teve uma duração 1h 46<br />
min 36 s. Sabendo que a corrida teve 65 voltas,<br />
determine o intervalo de tempo médio gasto para cumprir<br />
cada uma das voltas.<br />
2) (FUVEST) No estádio do Morumbi 120000 torcedores<br />
assistem a um jogo. Através de cada uma das 6 saídas<br />
disponíveis podem passar 1000 pessoas por minuto. Qual<br />
o tempo mínimo necessário para se esvaziar o estádio?<br />
a) uma hora<br />
b) meia hora<br />
c) 1/4 de hora<br />
d) 1/3 de hora<br />
e) 3/4 de hora<br />
3) (PUC-SP) O número de algarismos significativos de<br />
0,00000000008065 cm é:<br />
a) 3<br />
b) 4<br />
c) 11<br />
d) 14<br />
e) 15<br />
4) Dê a ordem de grandeza da quantidade de segundos<br />
em um dia.<br />
5) Estime a quantidade de horas em um ano.<br />
6) Qual a ordem de grandeza do número de alunos das 4<br />
turmas da 8ª série, sabendo-se que cada turma tem em<br />
média 38 alunos ?<br />
7) Qual a ordem de grandeza do número de alunos do<br />
Zênite?<br />
8) Faça as operações e apresente o resultado com o<br />
número correto de algarismo significativos:<br />
a) 8,03 + 2,3 =<br />
b) 4,56 + 2,345 =<br />
c) 3,678 – 3,45 =<br />
d) 3,456 x 3,91 =<br />
e) 2,345 x 7,3=<br />
f) 4,48 / 2,4 =<br />
g) 1000 / 0,04 =<br />
9) Apresente, no SI, a análise dimensional para as<br />
grandezas abaixo:<br />
a) velocidade
) força<br />
e) M 0 L 2 T -2<br />
c) energia cinética x tempo<br />
d) aceleração<br />
e) força x deslocamento<br />
f) massa x velocidade<br />
g) força/área<br />
h) velocidade/tempo<br />
i) força x tempo<br />
j) densidade x volume<br />
k) massa x aceleração<br />
A figura ilustra o fenômeno descrito.<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) (UESB) Ao se fazer uma medida, ela nunca é<br />
totalmente precisa. Há sempre uma incerteza, que se<br />
deve a vários fatores, como, por exemplo, a habilidade<br />
de quem faz a medida e o número de medidas efetuadas.<br />
Mas o principal fator de incerteza é o limite de precisão<br />
dos instrumentos.<br />
Com base nos conhecimentos sobre Grandezas <strong>Física</strong>s e<br />
suas medidas, é correto afirmar:<br />
01) A soma entre 15,62m e 2,9m resulta em 18,52m.<br />
02) A ordem de grandeza da medida 4,8cm é 10 −2 m.<br />
03) A medida 0,0654m possui 03 algarismos<br />
significativos.<br />
04) A unidade de velocidade no Sistema Internacional<br />
(SI) é o km/h.<br />
05) O resultado do produto entre as medidas 4,52cm e<br />
1,3cm é 5,876cm 2 .<br />
2) (UEFS) Em 1905, o físico alemão, Albert Einstein,<br />
explicou o efeito fotoelétrico, propondo que a energia de<br />
um fóton (quantum) é dada por E = hf, em que h é a<br />
constante de Planck e f é a frequência da radiação<br />
eletromagnética.<br />
Com base nessa informação, a equação dimensional de h,<br />
em relação às grandezas fundamentais massa (M),<br />
comprimento (L) e tempo (T), é<br />
a) ML 2 T -1<br />
b) MLT -3<br />
c) M -1 L -2 T 4<br />
d) M 0 L 0 T 0<br />
3) (TIPO ENEM) O fluxo (Φ) representa o volume de<br />
sangue que atravessa uma sessão transversal de um vaso<br />
sanguíneo em um determinado intervalo de tempo. Esse<br />
fluxo pode ser calculado pela razão entre a diferença de<br />
pressão do sangue nas duas extremidades do vaso (P1 e<br />
P2), também chamada de gradiente de pressão, e a<br />
resistência vascular (R), que é a medida da dificuldade<br />
de escoamento do fluxo sanguíneo, decorrente,<br />
principalmente, da viscosidade do sangue ao longo do<br />
vaso.<br />
Assim, o fluxo sanguíneo Ф pode ser calculado pela<br />
seguinte fórmula, chamada de lei de Ohm:<br />
Considerando a expressão dada, a unidade de medida da<br />
resistência vascular (R), no Sistema Internacional de<br />
Unidades, está corretamente indicada na alternativa<br />
4) (UEFS) Com base nos conhecimentos sobre<br />
algarismos significativos utilizados na representação de<br />
medidas e nos cálculos efetuados a partir de medidas,<br />
marque com V as afirmativas verdadeiras e com F, as<br />
falsas.<br />
15
( ) O algarismo duvidoso da medida 2,452m é 2,0mm.<br />
( ) A medida 0,024kg tem três algarismos significativos.<br />
( ) A medida 2,5km deve ser escrita com os seus<br />
algarismos significativos corretos como sendo 2500,0m.<br />
( ) O volume de um cilindro calculado a partir das<br />
medidas da área da base e da altura iguais a 0,302m 2 e<br />
1,010m, respectivamente, deve ser escrito com três<br />
algarismos significativos.<br />
definirmos completamente esse deslocamento<br />
poderíamos dizer, por exemplo, que ele aconteceu na<br />
direção horizontal e no sentido da esquerda para a<br />
direita. Uma representação geométrica do deslocamento<br />
acima é obtida por uma seta que nos fornece o sentido, a<br />
direção e cujo comprimento mede a intensidade desse<br />
deslocamento. Usamos<br />
deslocamento.<br />
para representar esse<br />
A alternativa que indica a sequência correta, de cima<br />
para baixo, é a<br />
A) F V V F<br />
B) V F V F<br />
C) V F V V<br />
D) V F F V<br />
O ente matemático citado anteriormente e representado<br />
por uma seta é o vetor.<br />
Ele tem uma origem e uma extremidade<br />
E) F V F F<br />
5) (UEFS) O resultado da adição das grandezas físicas<br />
1,0.10 8 mm e 1,0.10 6 m, no SI, é igual a<br />
A) 1,0.10 5<br />
B) 1,1.10 6<br />
C) 1,1.10 8<br />
D) 1,0.10 11<br />
E) 1,1.10 14<br />
6 – VETORES E ESCALARES<br />
16<br />
Fazer uma viagem de carro de Vitória da<br />
Conquista a Brumado é fácil porque já existe uma<br />
estrada pronta e uma trajetória predeterminada.<br />
Entretanto, se a mesma viagem for feita de avião ou<br />
navio a situação é um pouco mais complicada, pois não<br />
existem caminhos prontos na água ou no mar. Dessa<br />
forma, para os responsáveis pela viagem é necessário<br />
conhecer, além da velocidade, mais detalhes a respeito<br />
da direção e do sentido do movimento. Assim, como a<br />
velocidade, existem algumas grandezas na física que<br />
necessitam de informações mais completas para ficarem<br />
perfeitamente caracterizadas. Imagine alguém dizendo:<br />
“me desloquei 10 km”. Para que essa expressão fique<br />
perfeitamente caracterizada é necessário uma<br />
complementação. A pessoa se deslocou 10 km<br />
(intensidade) em que direção e em que sentido? Para<br />
Grandezas físicas como as citadas acima que<br />
necessitam de direção, sentido e intensidade, para<br />
ficarem perfeitamente definidas são conhecidas como<br />
grandezas vetoriais. São exemplos de grandezas<br />
vetoriais: deslocamento, velocidade, aceleração, força,<br />
quantidade de movimento e impulso.<br />
Entretanto, o nosso dia a dia, está recheado de<br />
situações em que as grandezas envolvidas são mais<br />
simples, pois o n° de informações para defini-las é<br />
menor. Quando vamos à padaria pedimos: “Me dê 1 litro<br />
de leite”. Esta frase é suficiente para o padeiro entender o<br />
que estamos querendo, bem como a quantidade desejada.<br />
Ao marcarmos um encontro em determinado local,
apenas dizemos: “Às 10 horas estarei aqui à sua espera”.<br />
Não tem sentido dizer: “10 horas da direita para<br />
esquerda, ou na horizontal...”<br />
Grandezas físicas que são representadas apenas por um<br />
número são chamadas de grandezas escalares e têm<br />
como exemplos: massa, volume, tempo, energia, etc...<br />
* Produto de um número real por um vetor<br />
* Componentes de um vetor<br />
6.1 – Operações Matemáticas com vetores<br />
* Adição vetorial<br />
Pode ser feita pela regra do paralelogramo ou pela linha<br />
poligonal ("vetores consecutivos"), conforme indicamos<br />
abaixo:<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) Considere o diagrama dos vetores a, b e c,<br />
esquematizado abaixo.<br />
* Subtração vetorial<br />
VD = V2 - V1 = V2 + (-V1): adiciona-se V2 ao oposto<br />
de V1:<br />
É possível concluir que:<br />
a) a + b + c = 0<br />
b) a + b = c<br />
c) a + c = b<br />
d) b + c = a<br />
2) Represente o vetor s = a + b e o vetor d = a - b.<br />
Calcule a seguir seus módulos. Cada lado do<br />
quadradinho tem medida igual a 1 uv.<br />
17
3) Para nos localizarmos no espaço, procuramos<br />
conhecer e comparar algumas distâncias. Nosso planeta<br />
tem 6 370 000 m de raio. A Terra gira ao redor do Sol<br />
é, em média, de 149 600 000 000 m. A Terra. O Sol e os<br />
outros planetas fazem parte do sistema solar. O planeta<br />
mais distante do Sol é Plutão, a uma distância de<br />
aproximadamente 7 370 000 000 000 m. Além do Sol<br />
existem outras estrelas vizinhas. A mais próxima da<br />
Terra é Alfa Centauro, e sua distância da Terra é de 43<br />
000 000 000 000 000 m. O sistema solar, em conjunto<br />
com outros sistemas, constitui uma galáxia. Nossa<br />
galáxia é a Via-Láctea, e seu raio é da ordem de 500 000<br />
000 000 000 000 000 m. A astronomia estuda com mais<br />
detalhes essas distâncias e o modo como são obtidas. O<br />
texto que você acabou de ler apresenta números muito<br />
grandes. Reescreva-o expressando as grandezas:<br />
a) em notação científica;<br />
b) com os prefixos do SI;<br />
c) em ordem decrescente de tamanho.<br />
F = 100 N, na direção da barra. Qual é o módulo da<br />
componente da força F na direção perpendicular ao<br />
solo?<br />
Dados: sen θ = 0,6; cos θ = 0,8.<br />
7) Os vetores a e b, de módulos iguais a 10 unidades<br />
vetoriais (10 uv), estão representados na figura.<br />
Determine as componentes destes vetores em relação aos<br />
eixos Ox e Oy e as componentes do vetor soma<br />
(s = a + b). Dados: sen 30º = 0,50; cos 30º = 0,87<br />
4) (UFRN) A figura abaixo representa os deslocamentos<br />
de um móvel em várias etapas. Cada vetor tem módulo<br />
igual a 20m. A distância percorrida pelo móvel e o<br />
módulo do vetor deslocamento são, respectivamente:<br />
5) (UFC) Na figura abaixo, onde o reticulado forma<br />
quadrados de lados l = 0,5cm, estão desenhados 10<br />
vetores, contidos no plano XY. O módulo da soma de<br />
todos esses vetores é, em centímetros:<br />
a) 0<br />
b) 0,5<br />
c) 1<br />
d) 1,5<br />
e) 2<br />
6) O professor Gilvanei empurra um carrinho, por meio<br />
de uma barra de ferro, aplicando uma força F, de módulo<br />
8) (UNB) Considere um relógio com mostrador circular<br />
de 10cm de raio e cujo ponteiro dos minutos tem<br />
comprimento igual ao raio do mostrador. Considere este<br />
ponteiro como vetor origem no centro do relógio e<br />
direção variável. O módulo da soma dos três vetores<br />
determinados pela posição desse ponteiro quando o<br />
relógio marca exatamente, 12 horas, 12 horas e 20<br />
minutos e 12 horas e 40 minutos é, em cm, igual a:<br />
a) 30<br />
b) 10<br />
c) 20<br />
d) zero<br />
18
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1) Qual a ordem de grandeza da população do Brasil ?<br />
2) As estatísticas do Metrô do Rio de Janeiro informam<br />
que, em média, 450 mil passageiros passam diariamente<br />
pelas 32 estações. Qual a ordem de grandeza do número<br />
de passageiros que passam mensalmente pelas 32<br />
estações Metrô do Rio de Janeiro?<br />
3) Em um hotel com 500 apartamentos, o consumo<br />
médio de água por apartamento durante o verão é de 170<br />
litros por dia. Qual a ordem de grandeza do consumo<br />
total de água do hotel, durante um mês no verão,<br />
considerando todos os apartamentos ocupados nesse<br />
período ?<br />
4) Considere o diagrama dos vetores a, b e c,<br />
esquematizado abaixo.<br />
6) (UNICAMP) “Erro da NASA pode ter destruído<br />
sonda” (Folha de São Paulo, 1 /10/1999). Para muita<br />
gente, as unidades em problemas de <strong>Física</strong> representam<br />
um mero detalhe sem importância. No entanto, o<br />
descuido ou a confusão com unidades pode ter<br />
conseqüências catastróficas, como aconteceu<br />
recentemente com a NASA. A agência espacial<br />
americana admitiu que a provável causa da perda de<br />
uma sonda enviada a Marte estaria relacionada com um<br />
problema de conversão de unidades. Foi fornecido ao<br />
sistema de navegação da sonda o raio de sua órbita em<br />
metros, quando, na verdade, esse valor deveria estar em<br />
pés. O raio de uma órbita circular segura para a sonda<br />
seria 2,1.10 5 m, mas o sistema de navegação interpretou<br />
esse dado como sendo em pés. Como o raio da órbita<br />
ficou menor, a sonda desintegrou-se por causa do calor<br />
gerado pelo atrito com a atmosfera marciana. Calcule,<br />
para essa órbita fatídica, o raio em metros. Considere 1<br />
pé = 0,3 m.<br />
7) A massa do Sol é cerca de 1,92 . 10 30 Kg. A massa do<br />
átomo de hidrogênio, constituinte principal do Sol, é 1,60<br />
. 10 -27 Kg. Estime a quantidade de átomos de hidrogênio<br />
que deve existir no Sol.<br />
É possível concluir que:<br />
a) a + b + c = 0<br />
b) a + b = c<br />
c) a + c = b<br />
d) b + c = a<br />
5) Numa partícula agem três forças F1, F2 e F3, de<br />
mesmo módulo igual a 10 N.<br />
Determine a força resultante no sistema. Dados: sen θ =<br />
0,6 e cos θ = 0,8<br />
8) Atualmente está cada vez mais difícil encontrarmos<br />
um lugar para viver. Nosso planeta é bastante grande, no<br />
entanto, são pequenas as áreas onde podemos usufruir de<br />
todo o conforto da vida moderna. Isso pode ser<br />
observado por causa da existência de regiões bastante<br />
populosas e de outras praticamente desertas. O professor<br />
Ivã lhe pede para calcular qual seria a área que cada<br />
pessoa tem disponível para viver. Considere que a<br />
distribuição de terras fosse igualitária. O nosso planeta<br />
possui uma superfície de aproximadamente 5,12.10 8 Km 2<br />
e, atualmente, uma população de 6,4.10 6 de habitantes.<br />
9) Considere o conjunto de vetores representados na<br />
figura. Sendo igual a 1 o módulo de cada vetor, as<br />
operações A + B, A + B + C e A + B + C + D terão<br />
módulos, respectivamente, iguais a:<br />
a) 2; 1; 0<br />
b) 1; √2; 4<br />
c) √2; 1; 0<br />
d) √2; √2; 1<br />
e) 2; √2; 0<br />
19
10) (UFPE) Astrônomos de um observatório angloaustraliano<br />
anunciaram, recentemente, a descoberta do<br />
centésimo planeta extra-solar. A estrela-mãe do planeta<br />
está situada a 293 anos-luz da Terra. Qual é a ordem de<br />
grandeza dessa distância?<br />
1 ano-luz=10 13 km<br />
a) 10 9 km<br />
b) 10 11 km<br />
c) 10 13 km<br />
d) 10 15 km<br />
e) 10 17 km<br />
11) (U. Católica Dom Bosco-MS) A palavra grandeza<br />
representa, em <strong>Física</strong>, tudo o que pode ser medido, e a<br />
medida de uma grandeza física pode ser feita direta ou<br />
indiretamente. Entre as várias grandezas físicas, há as<br />
escalares e as vetoriais. A alternativa que apresenta<br />
apenas grandezas escalares é:<br />
a) temperatura, tempo, quantidade de movimento e<br />
massa.<br />
b) tempo, energia, campo elétrico e volume.<br />
c) área, massa, energia, temperatura e impulso.<br />
d) velocidade, aceleração, força, tempo e pressão.<br />
e) massa, área, volume, energia e pressão.<br />
12) (FEI-SP) O perímetro do Sol é da ordem de 10 10 m e<br />
o comprimento de um campo de futebol é da ordem de<br />
100 m. Quantos campos de futebol seriam necessários<br />
para dar uma volta no Sol se os alinhássemos:<br />
a) 100.000<br />
o Sul. Sabendo que um quarteirão mede 100 m, o<br />
deslocamento da pessoa é de:<br />
a) 700m para sudeste<br />
b) 300m para oeste<br />
c) 200m para norte<br />
d) 700m em direções variadas<br />
e) zero<br />
14) (UFPB) Um satélite, ao realizar uma órbita circular<br />
em torno da Terra, tem uma aceleração dada por α=β/ R 2<br />
, onde β é uma constante e R , o raio de sua órbita. A<br />
unidade da constante β , no sistema MKS, é:<br />
a) m/s<br />
b) m/s 2<br />
c) m 2 /s<br />
d) m 2 /s 2<br />
e) m 3 /s 2<br />
15) (UFRN) Na correção ortodôntica de uma arcada<br />
dentária, foi passado, num dos dentes caninos, um<br />
elástico. As extremidades desse elástico foram amarradas<br />
a dois molares, um de cada lado da arcada, conforme a<br />
figura abaixo. A tensão no elástico é de 10N e o ângulo<br />
formado pelas duas partes do elástico é de 90 0 . Nas<br />
figuras 1 e 2, estão representadas duas possibilidades<br />
para a direção e o sentido da força resultante Fr que está<br />
atuando sobre o referido dente canino.<br />
b) 10.000.000.000<br />
c) 10.000.000<br />
d) 1.000.000.000<br />
e) 100.000.000<br />
13) (UEFS) Uma pessoa sai para dar um passeio pela<br />
cidade, fazendo o seguinte percurso: sai de casa e anda 2<br />
quarteirões para o Norte; logo após, dobra à esquerda e<br />
anda mais 3 quarteirões para Oeste, virando, a seguir,<br />
novamente à esquerda e andando mais 2 quarteirões para<br />
20
Assinale a opção na qual se indica corretamente, a figura<br />
que representa Fr e o valor de sua intensidade.<br />
a) figura 1 e 14,1N<br />
b) figura 2 e 14,1N<br />
c) figura 1 e 10N<br />
20) (UECE) Que ângulo devem fazer duas forças de<br />
mesma intensidade para que o módulo da resultante seja<br />
igual ao de cada componente?<br />
21) (UNIFESP) Na figura são dados os vetores a, b e c.<br />
d) figura 2 e 10N<br />
e) figura 1 e 20N<br />
16) (UEFS) A soma de dois vetores ortogonais, isto é,<br />
perpendiculares entre si, um de módulo 12 e outro de<br />
módulo 16, terá módulo igual a:<br />
a) 4<br />
b) um valor compreendido entre 12 e 16<br />
c) 20<br />
d) 28<br />
e) um valor maior que 28<br />
17) (UNIFOR) A soma de dois vetores de módulos 12N<br />
e 18N tem certamente o módulo compreendido entre:<br />
Sendo u a unidade de medida do modulo desses vetores,<br />
pode – se afirmar que o vetor d = a – b + c tem modulo<br />
a) 2u, e sua orientação e vertical, para cima.<br />
b) 2u, e sua orientação e vertical, para baixo.<br />
c) 4u, e sua orientação e horizontal, para a direita.<br />
d) u, e sua orientação forma 45 o com a horizontal, no<br />
sentido horário.<br />
e) u, e sua orientação forma 45 o com a horizontal, no<br />
sentido anti-horário.<br />
a) 6N e 18N<br />
b) 6N e 30N<br />
c) 12N e 18N<br />
d) 12N e 13N<br />
e) 29N e 31N<br />
18) (UECE) Livino e Dalgimar tentam deslocar um<br />
barco utilizando forças concorrentes, de módulos 90N e<br />
60N, respectivamente. A intensidade da resultante, que<br />
depende do ângulo entre as forças, não pode assumir o<br />
valor, em N:<br />
a) 35<br />
b) 90<br />
c) 140<br />
d) 25<br />
19) (UECE) O módulo da resultante de dois vetores<br />
ortogonais é 6,5N e somados o módulo destes dois<br />
vetores é 8,5N. Determine o módulo de cada vetor.<br />
22) (VUNESP) Um caminhoneiro efetuou duas<br />
entregas de mercadorias e, para isso, seguiu o itinerário<br />
indicado pelos vetores deslocamentos vetoriais dados na<br />
figura abaixo. Para a primeira entrega, ele deslocou-se 10<br />
km e para a segunda entrega, percorreu uma distancia de<br />
6 km. Ao final da segunda entrega, a distancia a que o<br />
caminhoneiro se encontra do ponto de partida é<br />
a) 4 km<br />
b) 8 km<br />
c) 2 km<br />
d) 8 km<br />
e) 16 km<br />
23) (UESB) Dois vetores, a e b , têm módulos iguais,<br />
respectivamente, a 8cm e 6cm.<br />
Considerando essa informação, assinale com V as<br />
afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.<br />
( ) Se os vetores forem perpendiculares, o vetor diferença<br />
entre eles tem módulo igual a 10cm.<br />
21
( ) O vetor soma desses vetores terá módulo igual a<br />
14cm, desde que eles apresentem o mesmo sentido.<br />
( ) O módulo da resultante entre os vetores está<br />
compreendido entre 2cm e 14cm.<br />
( ) Se os vetores formarem, entre si, um ângulo de 60 o , o<br />
vetor diferença entre eles tem módulo igual a 11cm.<br />
A alternativa que contém a seqüência correta, de cima<br />
para baixo, é a<br />
01) V F F V<br />
02) V F V V<br />
03) V V F V<br />
04) V V F F<br />
05) V V V F<br />
24) Considere as grandezas físicas P, Q e R de<br />
dimensões, respectivamente, iguais a L 3 T, M L -1 e M T 3 ,<br />
em que M é dimensão de massa, L é dimensão de<br />
comprimento e T é dimensão de tempo. Nessas<br />
condições, é correto afirmar que a grandeza definida por<br />
A = P Q 2 R -1 tem dimensão igual à<br />
01) velocidade.<br />
02) aceleração.<br />
03) pressão.<br />
04) força.<br />
05) energia.<br />
22
GABARITO<br />
1<br />
A população do Brasil é aproximadamente 170 milhões de habitantes, censo de 2000 do IBGE. Logo, a O.G. será igual a<br />
10 8 hab.<br />
2 3 4 5 6 7 8 9<br />
10 7<br />
passageiros<br />
10 6 litros por mês A 2√5 N 6,3.10 4 m 1,2.10 57 átomos 20 km 2 /hab C<br />
10 11 12 13 14 15 16 17<br />
D E E B E A C B<br />
18 19 20 21 22 23 24<br />
D 6 e 2,5 120º B C 05 04<br />
ANOTAÇÕES:<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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23
CAPÍTULO 2 – MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME<br />
E esperar nada mais é do que experimentar o tempo<br />
passar.<br />
Porém, existe apenas pelo que dizem de corpos em<br />
movimento: Estava aqui, depois ali e daqui a pouco não<br />
estará lá. Se não passo, deves comigo concordar, um<br />
corpo não estará em dois lugares.<br />
- E se o rodopio da Terra cessar, o céu parar, os ventos<br />
não soprarem mais? Se não fosse o movimento, o que<br />
Aristarco, Kepler, Galileu, Newton e muitos outros iriam<br />
estudar?<br />
A FOTO DE MÚLTIPLA EXPOSIÇÃO FOI TIRADA NO DIA 8 DE JUNHO<br />
DE 2004. NESSE DIA FOI POSSÍVEL VER DA TERRA O PEQUENINO<br />
PLANETA VÊNUS PASSAR NA FRENTE DO SOL, FENÔMENO<br />
CONHECIDO COMO “TRÂNSITO DE VÊNUS”. APESAR DE O<br />
MOVIMENTO ORBITAL DE VÊNUS SER PRATICAMENTE CIRCULAR,<br />
ESSA PASSAGEM PODE SER CONSIDERADA UM MOVIMENTO<br />
RETILÍNEO UNIFORME (MRU), POIS ELA OCORRE EM UM TRECHO<br />
PEQUENO. ISSO FICA EVIDENTE PELAS DISTÂNCIAS IGUAIS ENTRE<br />
AS POSIÇÕES DE VÊNUS, FOTOGRAFADAS EM INTERVALOS DE<br />
TEMPOS IGUAIS (NA FOTOGRAFIA, SÃO OS PEQUENOS CÍRCULOS<br />
ESCUROS QUE APARECEM EM LINHA RETA SOBRE O CÍRCULO<br />
CLARO MAIOR, O SOL).<br />
O MRU É O MOVIMENTO MAIS SIMPLES QUE PODE EXISTIR; TEM<br />
APENAS DUAS VARIÁVEIS, A POSIÇÃO E O TEMPO, MAS MESMO<br />
ASSIM SEU ESTUDO É IMPORTANTE, POIS ELE NOS PREPARA PARA<br />
COMPREENDER MOVIMENTOS MAIS COMPLEXOS.<br />
1 – DIÁLOGO ENTRE O TEMPO E O<br />
MOVIMENTO<br />
- Oh amigo Movimento! Chegará o momento em que<br />
finalmente terei de te parar. Já pensaste que, se não<br />
passo, tu não existes?<br />
- Como?! Eu determino o fim de nós dois! Sem o<br />
movimento dos ponteiros, dos astros ou até da suave<br />
queda dos grãos de areia nas ampulhetas, não teriam<br />
como te encontrar...<br />
- Nada disso, nobre amigo! Eu passo, a despeito de<br />
tudo...<br />
Apenas não teriam como me estimar.<br />
- Mas, sem corpos em movimento, tudo estaria como<br />
antes...<br />
- É verdade. Entretanto, quando nada muda, ficamos a<br />
esperar.<br />
- Bem, parece chegada hora de termos de concordar:<br />
somos igualmente importantes pelo espaço, que, pouco<br />
importante, fica sempre largado.<br />
- Está enganado. Se há Movimento, Espaço e Tempo são<br />
importantes.<br />
- Mas o que é o tal Espaço, senão o nada entre um<br />
instante e outro, quando, é lógico, um movimento se dá?<br />
- Os pensadores dizem que o movimento é o senhor do<br />
Espaço e do Tempo...<br />
- Estou convencido! Só mesmo pela velocidade e pela<br />
aceleração é que devemos lamentar... Mas, se me<br />
permites, nobre amigo, sobre elas nem quero comentar.<br />
2 – MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME<br />
O MRU ou Movimento Retilíneo Uniforme é o<br />
movimento que possui velocidade escalar constante (e<br />
não nula). Nesse movimento a velocidade escalar (ou o<br />
módulo da velocidade) é a mesma em todos os instantes<br />
e coincide com a velocidade escalar média, qualquer que<br />
seja o intervalo de tempo considerado.<br />
Veja, na figura abaixo, que o carro se desloca e o<br />
ponteiro do velocímetro marca sempre o mesmo valor.<br />
24
A figura abaixo nos ajudará a entender a construção da<br />
função horária dos espaços no MRU.<br />
Concluímos que:<br />
4 – GRÁFICOS V x T<br />
De v = Δs/Δt => v = (s-s0)/(t-0) => s-s0 = vt, vem:<br />
A função apresentada acima é conhecida como função<br />
horária do Movimento Uniforme.<br />
Como o movimento é uniforme e o valor numérico da<br />
velocidade deve ser constante, a reta será horizontal e<br />
paralela ao eixo dos tempos, sem inclinação.<br />
3 – GRÁFICOS S X T<br />
A função horária apresentada no item anterior é a<br />
representação de uma função do 1º grau. Dessa forma, o<br />
gráfico s x t será uma reta inclinada em relação aos<br />
eixos. A inclinação da reta (coeficiente angular) será a<br />
velocidade do corpo. Em uma inclinação positiva a<br />
velocidade será positiva e o movimento conhecido como<br />
uniforme e progressivo. Em uma inclinação negativa a<br />
velocidade será negativa e o movimento conhecido como<br />
uniforme e retrógrado.<br />
No gráfico V x t podemos afirmar que:<br />
ÁREA DA FIGURA (RETÂNGULO) = DISTÂNCIA<br />
PERCORRIDA<br />
No gráfico s x t, então podemos afirmar:<br />
25
RESUMINDO<br />
de espaço Δs coincide com a distância efetivamente<br />
percorrida pelo móvel ao longo da trajetória (figura 1).<br />
Figura 1<br />
Se Δs < 0, temos Vm < 0 (figura 2).<br />
5 – VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA<br />
Para o cálculo da velocidade média que um<br />
carro desenvolve numa viagem basta dividir a distância<br />
que o carro percorre, ao longo da estrada, pelo intervalo<br />
de tempo contado desde a partida até a chegada. Por<br />
exemplo, um carro parte de Vitória da Conquista às 8 h<br />
da manhã e chega a Brumado às 10 horas, após percorrer<br />
120 km. Para calcular a velocidade média desenvolvida<br />
dividimos 120 km por 2 h. Encontramos: 120 km/2 h =<br />
60 km/h. Observe que o carro se desloca sempre no<br />
mesmo sentido e não ocorre inversão do movimento ao<br />
longo da estrada. É assim que estamos acostumados no<br />
nosso dia a dia:<br />
Figura 2<br />
No caso em que Δs = 0, resulta Vm = 0 (figura 3)<br />
Dividimos a distância percorrida pelo intervalo de tempo<br />
gasto.<br />
26<br />
Vamos agora ampliar esta definição,<br />
considerando a trajetória descrita por um móvel, em<br />
relação a um certo referencial. Seja s1 o espaço do móvel<br />
num instante t1 e s2 seu espaço num instante posterior t2.<br />
Seja Δs = s2 - s1 a variação de espaço no intervalo de<br />
tempo Δt = t2 - t1.<br />
A seguir, vamos definir velocidade escalar<br />
média do móvel no intervalo de tempo Δt para uma<br />
variação de espaço Δs qualquer. Para o cálculo de Δs<br />
devemos levar em conta apenas as posições inicial e<br />
final, mesmo ocorrendo inversão no sentido do<br />
movimento.<br />
vm = Δs/Δt<br />
Sendo Δs > 0, isto é, s2 > s1, resulta Vm > 0. Se<br />
não houver inversão no sentido do movimento a variação<br />
Figura 3<br />
Unidades de velocidade: cm/s; m/s; km/h<br />
Sendo 1 km = 1000 m e 1 h = 3600 s, vem:<br />
1 km/h = 1000 m/3600 s = (1/3,6) m/s. Portanto: 1 m/s =<br />
3,6 km/h<br />
MTZ (MÉTODO DE TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Assinale V ou F para os itens abaixo e corrija as<br />
falsas:<br />
a) Se calcularmos a área da figura no gráfico da posição<br />
em função do tempo teremos a velocidade do corpo.<br />
b) No gráfico da velocidade de um corpo em função do<br />
tempo a inclinação da reta fornece a distância percorrida<br />
pelo corpo.
c) Se um corpo percorre metade de uma estrada com uma<br />
velocidade V1 e a outra metade com velocidade V2, a<br />
velocidade média em toda a viagem será (V1 + V2)/V2<br />
d) A função horária do MRU é uma função do 1º grau,<br />
onde o coeficiente linear é a velocidade do corpo.<br />
e) Um corpo que se desloca com velocidade constante de<br />
20 cm/s conseguirá percorrer 0,2 m em 0,2 s.<br />
f) Em um MRU o módulo da velocidade é constante<br />
enquanto a direção da velocidade é variável.<br />
g) Em um movimento uniforme progressivo a aceleração<br />
é positiva e não nula.<br />
h) No gráfico da velocidade em função do tempo no UM,<br />
a inclinação da reta é nula.<br />
i) Como 1 km é igual a 1000 m e 1 h é igual a 3600 s,<br />
podemos afirmar que 20 km/h é igual a72 m/s.<br />
3) (ENEM) Já são comercializados no Brasil veículos<br />
com motores que podem funcionar com o chamado<br />
combustível flexível, ou seja, com gasolina ou álcool em<br />
qualquer proporção. Uma orientação prática para o<br />
abastecimento mais econômico é que o motorista<br />
multiplique o preço do litro da gasolina por 0,7 e<br />
compare o resultado com o preço do litro de álcool. Se<br />
for maior, deve optar pelo álcool. A razão dessa<br />
orientação deve-se ao fato de que, em média, se com um<br />
certo volume de álcool o veículo roda dez quilômetros,<br />
com igual volume de gasolina rodaria cerca de<br />
a) 7 km<br />
b) 10 km<br />
c) 14 km<br />
d) 17 km<br />
e) 20 km<br />
2) (ENEM) O tempo que um ônibus gasta para ir do<br />
ponto inicial ao ponto final de uma linha varia, durante o<br />
dia, conforme as condições do trânsito, demorando mais<br />
nos horários de maior movimento. A empresa que opera<br />
essa linha forneceu, no gráfico abaixo, o tempo médio de<br />
duração da viagem conforme o horário de saída do ponto<br />
inicial, no período da manhã.<br />
4) (ENEM) Um sistema de radar é programado para<br />
registrar automaticamente a velocidade de todos os<br />
veículos trafegando por uma avenida, onde passam em<br />
média 300 veículos por hora, sendo 55 km/h a máxima<br />
velocidade permitida. Um levantamento estatístico dos<br />
registros do radar permitiu a elaboração da distribuição<br />
percentual de veículos de acordo com sua velocidade<br />
aproximada. A velocidade média dos veículos que<br />
trafegam nessa avenida é de:<br />
De acordo com as informações do gráfico, um passageiro<br />
que necessita chegar até as 10h30min ao ponto final<br />
dessa linha, deve tomar o ônibus no ponto inicial, no<br />
máximo, até as:<br />
a) 9h20min<br />
b) 9h30min<br />
c) 9h00min<br />
d) 8h30min<br />
e) 8h50min<br />
a) 35 km/h<br />
b) 44 km/h<br />
c) 55 km/h<br />
d) 76 km/h<br />
e) 85 km/h<br />
27
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) (ENEM) As cidades de Quito e Cingapura encontramse<br />
próximas à linha do equador e em pontos<br />
diametralmente opostos no globo terrestre. Considerando<br />
o raio da Terra igual a 6370 km, pode-se afirmar que um<br />
avião saindo de Quito, voando em média 800 km/h,<br />
descontando as paradas de escala, chega a Cingapura em<br />
aproximadamente<br />
a) 16 horas.<br />
b) 20 horas.<br />
c) 25 horas.<br />
d) 32 horas.<br />
e) 36 horas.<br />
2) (ENEM) O gráfico abaixo modela a distância<br />
percorrida, em km, por uma pessoa em certo período de<br />
tempo. A escala de tempo a ser adotada para o eixo das<br />
abscissas depende da maneira como essa pessoa se<br />
desloca. Qual é a opção que apresenta a melhor<br />
associação entre meio ou forma de locomoção e unidade<br />
de tempo, quando são percorridos 10 km?<br />
a) carroça – semana<br />
b) carro – dia<br />
c) caminhada – hora<br />
d) bicicleta – minuto<br />
e) avião – segundo<br />
I. Entre t = 0 e t = 4s o objeto executou um movimento<br />
retilíneo uniformemente acelerado.<br />
II. Entre t = 4s e t = 6s o objeto se deslocou 50m.<br />
III. Entre t = 4s e t = 9s o objeto se deslocou com uma<br />
velocidade média de 2m/s.<br />
Deve-se afirmar que apenas<br />
a) I é correta<br />
b) II é correta<br />
c) III é correta.<br />
d) I e II são corretas<br />
e) II e III são corretas.<br />
4) (UFBA) A figura representa dois automóveis, A e B,<br />
que partem, respectivamente, das cidades X e Y, no<br />
mesmo instante e seguem a mesma trajetória retilínea<br />
rumo à cidade Z.<br />
3) (FATEC) Um objeto se desloca em uma trajetória<br />
retilínea. O gráfico a seguir descreve as posições do<br />
objeto em função do tempo. Analise as seguintes<br />
afirmações a respeito desse movimento:<br />
Sabe-se que A e B desenvolvem velocidades constantes<br />
de módulos, respectivamente, iguais a v e v/3, e a cidade<br />
Y situa-se a 18 km da cidade X. Considerando-se que os<br />
veículos chegam juntos à cidade Z e fazem, em média,<br />
9km por litro de combustível, determine, em litros, o<br />
total de combustível consumido pelos dois veículos.<br />
28
5) (UEFS) Em uma competição esportiva, uma das<br />
provas a serem disputadas consiste em dar uma volta<br />
completa em uma pista circular de 800 metros de<br />
comprimento. Dois atletas, A e B, partem de um mesmo<br />
ponto e correm a uma velocidade constante de 10m/s e<br />
12m/s, respectivamente. Se, na largada, B se atrasa 10s<br />
em relação a A, então pode-se concluir:<br />
a) B chega ao ponto final 5 segundos antes de A.<br />
b) A chega ao ponto final 6 segundos antes de B.<br />
c) B alcança A 100m antes da chegada.<br />
d) B alcança A 200m antes da chegada.<br />
e) A e B chegam juntos ao ponto final da corrida.<br />
dado pela expressão:<br />
a) L = R<br />
b) L = R/2<br />
c) L = R/3<br />
d) L = R/4<br />
e) L = 3R/2<br />
8) (TIPO ENEM) Empresas de transportes rodoviários<br />
equipam seus veículos com um aparelho chamado<br />
tacógrafo, capaz de produzir sobre um disco de papel, o<br />
registro ininterrupto do movimento do veículo no<br />
decorrer de um dia.<br />
6) (UEFS) Na navegação marítima, a unidade de<br />
velocidade usada nos navios é o nó, e o seu valor<br />
equivale a cerca de 1,8km/h. Um navio se movimenta a<br />
uma velocidade média de 20 nós, durante uma viagem de<br />
5h. Considerando-se que uma milha náutica equivale,<br />
aproximadamente, a 1800,0m, durante toda a viagem o<br />
navio terá percorrido, em milhas marítimas,<br />
a) 5<br />
b) 10<br />
c) 20<br />
d) 100<br />
e) 140<br />
7) (UEL) Um ciclista descreve uma volta completa em<br />
uma pista que se compõe de duas retas de comprimento<br />
L e duas semicircunferências de raio R conforme<br />
representado na figura a seguir.<br />
Analisando os registros da folha do tacógrafo<br />
representada acima, correspondente ao período de um dia<br />
completo, a empresa pode avaliar que seu veículo<br />
percorreu nesse tempo uma distância, em km,<br />
aproximadamente igual a<br />
a) 940<br />
b) 1 060<br />
c) 1 120<br />
d) 1 300<br />
e) 1 480<br />
A volta dá-se de forma que a velocidade escalar média<br />
nos trechos retos é v e nos trechos curvos é 2/3 v. O<br />
ciclista completa a volta com uma velocidade escalar<br />
média em todo o percurso igual a 4/5 v. Com base nessas<br />
informações, é correto afirmar que o raio dos<br />
semicírculos é<br />
29
CAPÍTULO 3 – MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMENTE<br />
VARIADO<br />
MOVIMENTO LOCAL... ufa! Ou popularmente<br />
conhecido como AS DUAS NOVAS CIÊNCIAS.<br />
Nesse trabalho, o sarcasmo e a criatividade de<br />
Galileu levaram-no a elaborar um bem comportado<br />
diálogo entre 3 personagens. Vejamos um trecho do<br />
diálogo criado por Galileu sobre a queda dos corpos:<br />
Salviati – Duvido seriamente que Aristóteles jamais<br />
tenha verificado experimentalmente se é verdade que<br />
duas pedras, das quais uma pesa dez vezes mais, soltas<br />
no mesmo instante de uma altura de, por exemplo, cem<br />
braças, têm velocidades tão diferentes que, no momento<br />
que a mais pesada chegasse ao chão, a outra não teria<br />
percorrido nem 10 braças.<br />
ASSOMBRANDO A EUROPA GALILEU TERIA PROPOSTO UM<br />
EXPERIMENTO ONDE, CONTRARIANDO ARISTÓTELES, PROVAVA<br />
QUE OS CORPOS CAIAM SEMPRE JUNTOS, INDEPENDENTE DE SUAS<br />
MASSAS. MAS DE FATO, QUEM ESTÁ CERTO? GALILEU OU<br />
ARISTÓTELES QUE AFIRMAVA QUE OS CORPOS MAIS PESADOS<br />
CAIAM MAIS RÁPIDO? GALILEU TERIA REALMENTE SUBIDO AO<br />
ALTO DA TORRE DE PISA E REALIZADO O FAMOSO EXPERIMENTO?<br />
1 – MITO OU REALIDADE?<br />
Um dos mitos que crescemos ouvindo falar é a<br />
clássica experiência de Galileu, que teria arremessado<br />
dois objetos de pesos diferentes ao mesmo tempo, de<br />
cima da torre de Pisa, para testar algumas previsões<br />
aristotélicas sobre o movimento. Curiosamente não<br />
existem dados históricos que indiquem que Galileu<br />
realizou qualquer experiência na torre de Pisa, embora<br />
seja fato que ele tenha experimentado algumas das ideias<br />
de Aristóteles. As polêmicas de Galileu e os aristotélicos<br />
foram abordadas em um fantástico texto chamado<br />
DISCURSO E DEMONSTRAÇÕES MATEMÁTICAS<br />
RELATIVAS A DUAS NOVAS CIÊNCIAS<br />
PERTENCENTES À MECÂNICA E AO<br />
Simplício – Constatamos segundo suas próprias palavras<br />
que ele fez a experiência, pois ele diz: “vemos o mais<br />
pesado”; ora, esse “ver” alude a uma experiência<br />
efetuada.<br />
Sagredo – Mas eu, Senhor Simplício, que não fiz a<br />
prova, asseguro-lhe que uma bola de canhão que pesa<br />
cem duzentos ou mais libras, não precederá nem de um<br />
palmo a chegada ao solo de uma bala de mosquete de<br />
meia libra, mesmo que a altura da queda seja de duzentas<br />
braças.<br />
Salviati – Sem recorrer a outras experiências, podemos<br />
provar claramente, através de uma demonstração breve e<br />
concludente, que não é verdade que um móvel mais<br />
pesado se move com maior velocidade que outro menos<br />
pesado, entendendo que ambos da mesma matéria, como<br />
é o caso daqueles de que fala Aristóteles. Porém, digame,<br />
Sr Simplício, se admitis que a cada corpo pesado em<br />
queda corresponde uma velocidade naturalmente<br />
determinada, de modo que não se possa aumentá-la ou<br />
diminuí-la a não ser usando violência ou opondo-lhe<br />
alguma resistência?<br />
30
Simplício – Oh! Eis algo que está além de meu<br />
entendimento!(...)<br />
Simplício – Seu raciocínio é realmente bem conduzido;<br />
todavia, parece-me difícil acreditar que uma gota de<br />
chumbo possa mover-se tão rapidamente quanto uma<br />
bala de canhão.<br />
Salviati – (..) Constata-se, fazendo a experiência, que a<br />
maior precede a menor em dois dedos, ou seja, que no<br />
momento em que a maior chega ao solo, a outra está a<br />
uma distância de dois dedos: ora, quereis esconder as<br />
noventa e nove braças de Aristóteles sob esses dois<br />
dedos e, falando apenas de meu pequeno erro, silenciar<br />
sobre a enormidade do outro.<br />
MTZ (MÉTODO DE TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
Simplício – Não se pode duvidar que o mesmo móvel no<br />
mesmo meio tem uma velocidade fixada e determinada<br />
pela natureza, que não pode ser aumentada a não ser<br />
acrescentando-lhe um novo ímpeto, nem diminuída salvo<br />
por algum impedimento que o retarde.<br />
Salviati – Se tivéssemos, portanto,dois móveis, cujas<br />
velocidades naturais são desiguais, é evidente que, se<br />
uníssemos o mais lento com o mais rápido, este último<br />
seria parcialmente retardado e o mais lento aumentaria<br />
em parte sua velocidade devido ao mais veloz. Não<br />
concordais com minha opinião?<br />
Simplício – Parece-me que assim é indubitavelmente.<br />
Salviati – Porém se é assim, e se é também verdade que<br />
uma grande pedra se move, por exemplo, com uma<br />
velocidade de oito graus, e uma menor com uma<br />
velocidade de quatro graus, então unindo-as, o composto<br />
se moverá com uma velocidade menor que oito graus.<br />
Contudo, as duas pedras juntas formam uma pedra maior<br />
que aquela que se movia com oito graus de velocidade;<br />
do que se segue que esse composto (que também é maior<br />
que a primeira prova) se moverá mais lentamente que a<br />
primeira pedra, que é menor, o que contradiz vossa<br />
suposição. Vemos pois, como, supondo que, o móvel<br />
mais pesado se move com maior velocidade que o menos<br />
pesado, concluo que o mais pesado se move com menor<br />
velocidade. (...)<br />
1- Que problema gera a discussão entre Simplício e<br />
Salviati?<br />
2- Qual a proposta de Simplício para o problema?<br />
3- Qual a proposta de Salviati para o problema?<br />
4- Em que Simplício e Salviati discordam?<br />
2 – INTRODUÇÃO AO MRUV<br />
A maior parte dos movimentos que observamos<br />
não é uniforme. Uma folha que cai de uma árvore e é<br />
levada pelo vento; um craque do Flamengo correndo<br />
com a bola de encontro ao gol do vasquinho; ou a água<br />
de um rio despencando por uma corredeira. Todos esses<br />
são movimentos não-uniformes. Neles, a velocidade de<br />
corpos como a folha, o atleta ou a água, muda<br />
constantemente. Dizemos então que esses movimentos<br />
apresentam velocidade variável.<br />
3 – CONCEITO DE ACELERAÇÃO<br />
A velocidade é uma grandeza que mostra a<br />
rapidez com que um corpo se desloca. Existe também<br />
uma grandeza que mostra a rapidez com que a<br />
velocidade varia. Essa grandeza é a aceleração.<br />
Podemos observar a variação de velocidade de<br />
carros, ônibus, caminhões e aviões no velocímetro desses<br />
veículos. Para conhecer a aceleração, temos de conhecer<br />
a variação de velocidade, e o intervalo de tempo em que<br />
ela ocorreu. A variação de velocidade nos diz o quanto<br />
31
ela mudou; e o intervalo de tempo nos diz se essa<br />
mudança foi rápida ou lenta.<br />
Consideremos um automóvel, cujo velocímetro<br />
esteja indicando, em um certo instante, uma velocidade<br />
de 30 Km/h. Se, 1 s após, a indicação do velocímetro<br />
passar para 35 Km/h, podemos dizer que a velocidade<br />
do carro variou de 5 Km/h em 1 s. Em outras palavras,<br />
dizemos que este carro, recebeu aceleração. O conceito<br />
de aceleração está sempre relacionado com uma<br />
mudança na velocidade.<br />
No MRUV, variam a posição e a velocidade,<br />
sendo que a velocidade varia sempre na mesma razão,<br />
por isso o movimento é chamado uniformemente.<br />
Assim:<br />
acelerado, permitindo assim uma investigação mais<br />
cuidadosa.<br />
Galileu percebeu que uma bola, descendo em<br />
um plano inclinado ganhará a mesma velocidade sem<br />
segundos sucessivos, ou seja, a bola rolará com<br />
aceleração constante. Por exemplo, uma bola descendo<br />
em um plano inclinado de um certo ângulo pode obter<br />
um aumento de velocidade de 2 metros por segundo (2<br />
m/s) a cada segundo de sua descida. Este ganho por<br />
segundo é sua aceleração.<br />
2 m/s a cada segundo:<br />
2m/s , ou seja 2 m . 1 = 2m/s 2 ;<br />
s s s<br />
onde m/s 2 representa aceleração.<br />
Os corpos caem por causa da gravidade. Quando<br />
um objeto está caindo, sem enfrentar qualquer<br />
impedimento – sem atrito ou sem resistência do ar – ele<br />
está num estado denominado queda livre. A tabela a<br />
seguir mostra a rapidez como a sua velocidade varia a<br />
cada segundo.<br />
Vemos que a rapidez varia de 10 m/s em 10 m/s<br />
a cada 1s do movimento para um objeto caindo nas<br />
proximidades da superfície da Terra. Esta aceleração<br />
vale, portanto, 10 m/s a cada 1 segundo, ou seja, 10 m/s 2 ,<br />
sendo frequentemente denotada pela letra g (porque ela<br />
deve-se à gravidade). Assim, dizemos que na queda livre<br />
tem-se a=g=10m/s 2 .<br />
4 – ACELERAÇÃO NOS PLANOS INCLINADOS<br />
DE GALILEU E O GRÁFICO V X T<br />
Os experimentos sobre planos inclinados<br />
realizados por Galileu na Renascença descritos em sua<br />
obra “Diálogo sobre os dois principais sistemas do<br />
mundo” foram fundamentais para o desenvolvimento do<br />
conceito de aceleração. O principal interesse do cientista<br />
italiano era o estudo dos objetos em queda. Mas, pelo<br />
fato de não dispor de instrumentos de medição de tempo<br />
adequados, ele usou planos inclinados. A vantagem dos<br />
planos inclinados é que estes diminuem o movimento<br />
Sua velocidade instantânea com 1 segundo de intervalo,<br />
nesta aceleração, é então 0, 2, 4, 6, 8, 10 e assim por<br />
diante.<br />
V(m/s) 0 2 4 6 8 10<br />
t(s) 0 1 2 3 4 5<br />
Nós podemos ver claramente que a velocidade<br />
instantânea ou velocidade da bola (v) em qualquer tempo<br />
após partir do repouso é simplesmente igual à sua<br />
aceleração (a) multiplicada pelo seu tempo (t).<br />
(1) V = a . t<br />
Vejam que essa equação é a mesma equação<br />
apresentada no item anterior, considerando que a<br />
velocidade inicial tenha sido igual a zero.<br />
Se nós substituirmos a aceleração da bola na<br />
relação acima podemos perceber que ao final de 1 seg a<br />
bola está viajando a 2m/s; ao final de 2 segundos ela está<br />
viajando a 4m/s; ao final de 10 segundos ela está<br />
viajando a 20m/s e assim por diante. A velocidade<br />
instantânea ou velocidade a qualquer momento é<br />
simplesmente igual à aceleração multiplicada pelo<br />
número de segundos que a bola tem sido acelerada.<br />
Podemos acrescentar ainda que no início da<br />
análise do movimento (instante t=0 origem dos tempos) a<br />
velocidade era zero, visto que o corpo estava em<br />
repouso. Essa velocidade pode ser chamada de<br />
velocidade inicial (V 0) e deve ser acrescida à equação<br />
(1):<br />
(2) V = V 0 + a . t<br />
32
Vejam que essa equação é a mesma equação<br />
apresentada no item (2) anterior, só que reescrita de<br />
forma diferente.<br />
Se V 0 = 0 (objeto partindo do repouso) a<br />
equação (2) se reduz à equação (1).<br />
Galileu encontrou acelerações maiores para<br />
declives mais íngremes. A bola atinge sua aceleração<br />
máxima quando o declive é máximo, ou seja, é inclinado<br />
verticalmente. Assim, a aceleração é a mesma de um<br />
objeto em queda.<br />
A equação (2) define a expressão matemática da<br />
velocidade em função do tempo V(t) e representa uma<br />
função do 1° grau, cujo gráfico cartesiano é representado<br />
por uma reta.<br />
partindo do repouso (V 0 = 0), com aceleração constante,<br />
varia com o quadrado do tempo. Isso pode ser facilmente<br />
obtido em qualquer evento automobilístico. O quadro<br />
abaixo nos dá uma ideia disso.<br />
Um carro que tenha esses dados colhidos ao<br />
longo de um certo trecho consegue provar que a sua<br />
distância percorrida é quatro vezes maior em 2 segundos<br />
do que em 1 segundo, ou nove vezes maior em 3<br />
segundos do que em 1 segundo e ainda 16 vezes maior<br />
em 4 segundos do que em 1 segundo, ou seja:<br />
t(s) d(m) V(m/s)<br />
0 0 0<br />
1 2 4<br />
2 8 8<br />
3 18 12<br />
4 32 16<br />
A lei acima pode ser expressa matematicamente:<br />
Nos gráficos apresentados acima o coeficiente<br />
angular representa a inclinação da reta, ou seja, a<br />
aceleração do corpo.<br />
s = ½ at 2 (3)<br />
A distância percorrida (s) a<br />
partir do repouso varia com<br />
o quadrado do tempo (t 2 )<br />
onde o quociente ½ a é a constante de proporcionalidade.<br />
A definição de tangente:<br />
Aplicando a definição de<br />
tangente no nosso caso,<br />
temos:<br />
Sabendo que ,<br />
temos então:<br />
5 – DISTÂNCIA E TEMPO<br />
a ≡ tgθ<br />
Estudos minuciosos foram feitos por Galileu<br />
(usando ainda os planos inclinados) na tentativa de<br />
relacionar a distância percorrida com o tempo gasto,<br />
deixaram claro que a distância que um corpo percorre,<br />
Na expressão (3) o carro partiu de uma origem<br />
(s 0 = 0) e do repouso (V 0 = 0). Caso contrário estas<br />
grandezas seriam acrescentadas.<br />
(4) s = s 0 + V 0 . t + ½ at 2<br />
Esta é a função do 2° grau que relaciona<br />
distância e tempo para acelerações constante. Também<br />
poderia ter sido obtida a partir do cálculo da área do<br />
gráfico da velocidade em função do tempo.<br />
Vamos calcular a área do gráfico abaixo.<br />
Lembre-se: NO GRÁFICO V X T A ÁREA DA<br />
FIGURA NOS FORNECE A DISTÂNCIA<br />
PERCORRIDA (∆s).<br />
33
DEMONSTRAÇÃO (NÃO SE ESTRESSEM!!!)<br />
SOBRE OS GRÁFICOS PODEMOS RESUMIR A S<br />
IDEIAS DA SEGUINTE FORMA:<br />
7 – GALILEU E A TORRE INCLINADA<br />
Fica claro que no gráfico a figura formada é um<br />
trapézio.<br />
área do trapézio A = ∆s = (B + b) h/ 2<br />
∆s = (V + V 0) t / 2<br />
Como V = V 0 + a. t<br />
∆s= (V 0 + a . t + V 0) t / 2<br />
∆s = (2V 0 + a . t) t / 2<br />
Como ∆s = s – s 0<br />
s – s 0 = V 0 . t + ½ at 2<br />
Finalmente,<br />
s = s 0 + V 0 . t + ½ at 2<br />
Como queríamos demonstrar.<br />
6 – GRÁFICO S X T<br />
Como a expressão demonstrada acima no item anterior<br />
(4) é uma função do 2° grau, o gráfico que a representa é<br />
uma parábola. Teremos uma parábola com a concavidade<br />
para cima se a aceleração escalar for positiva e<br />
concavidade para baixo, se negativa.<br />
A natureza do movimento de um objeto em sua<br />
queda foi, há muito tempo, objeto de estudo do grego<br />
Aristóteles. Ele afirmava que o movimento para baixo de<br />
qualquer corpo é tanto mais rápido quanto mais pesado<br />
ele for, ou seja, uma pedra cai bem mais depressa que<br />
uma agulha. Aparentemente, as ideias aristotélicas fazem<br />
sentido e podem ser “confirmadas” por uma experiência<br />
muito conhecida na qual se deixam cair, da mesma altura<br />
e no mesmo momento, uma pedra e uma folha de papel,<br />
com a pedra atingindo o solo antes da folha. A crença<br />
nessas ideias transformou-se em dogma e predominou<br />
durante quase 20 séculos. Embora não sendo o primeiro<br />
a apontar as dificuldades do ponto de vista de<br />
Aristóteles, o revolucionário italiano Galileu foi o<br />
primeiro a fornecer refutações conclusivas através da<br />
observação e da experiência. A hipótese da queda dos<br />
corpos de Aristóteles foi facilmente derrubada por<br />
Galileu. Contrário ao que dizia Aristóteles, Galileu<br />
provou que uma pedra duas vezes mais pesada que outra<br />
não caia duas vezes mais rápido. Exceto pelo pequeno<br />
efeito da resistência do ar, Galileu descobriu que objetos<br />
de vários pesos, quando soltos ao mesmo tempo, caiam e<br />
atingiam o solo juntos.<br />
Mas, e a experiência citada anteriormente da<br />
pedra da folha de papel? Não confirmava as ideias<br />
aristotélicas?<br />
Na verdade, não!<br />
Se a folha de papel for bem amassada e a<br />
experiência repetida, verificar-se-á que a pedra e o papel<br />
atingirão o solo praticamente no mesmo instante. Foi a<br />
resistência do ar, maior sobre a folha de papel, que<br />
tornou sua queda mais devagar do que a pedra, na<br />
primeira experiência. Ao amassarmos o papel, o efeito da<br />
resistência do ar sobre ele ficou reduzido, tornando-se<br />
praticamente a mesma para os dois corpos e assim eles<br />
caíram aproximadamente ao mesmo tempo. Se a<br />
34
experiência fosse feita no vácuo (sem resistência do ar) o<br />
resultado, obviamente seria o mesmo.<br />
Esfregão e balde enormes<br />
É só botar o elefante<br />
no avião e levantar voo.<br />
Quando você estiver a poucos<br />
milhares de metros de altitude,<br />
jogue o elefante pela porta.<br />
Ligue o cronômetro e, com o<br />
binóculo, fique de olho no<br />
velocímetro instalado no<br />
elefante. Você vai constatar o seguinte:<br />
passado um segundo, o elefante estará caindo a 10m<br />
por segundo...<br />
passados dois segundos, o elefante estará caindo a<br />
20m por segundo...<br />
passados três segundos, o elefante estará caindo a<br />
30m por segundo...<br />
passados quatro segundo, o elefante estará caindo a<br />
40m por segundo...<br />
... e assim por diante.<br />
DIVERTINDO-SE UM POUCO...<br />
O excelente livro Newton e sua Maçã da<br />
coleção Mortos de Fama nos propõe um curioso<br />
experimento para comprovar isso que acabamos de<br />
discutir.<br />
Você mesmo pode fazer, entretanto os mais<br />
jovens vão necessitar da ajuda de um adulto.<br />
Você vai precisar de:<br />
Um elefante com velocímetro<br />
Um avião com uma porta bem grande;<br />
Cronômetro<br />
Binóculo, e<br />
Você vai constatar que a velocidade do elefante<br />
aumenta 10m por segundo a cada segundo da queda. Não<br />
importa se o elefante está começando a cair ou já<br />
alcançou uma velocidade<br />
vertiginosa – a velocidade<br />
aumentará sempre 10m por segundo<br />
a cada segundo. Isso se chamará<br />
aceleração constante. Para dizer a<br />
verdade, simplificamos a coisa. Não são 10m por<br />
segundo: o número exato é 9,80665, mas não vamos<br />
chatear ninguém com esse tipo de detalhe num material<br />
tão agradável como este.<br />
Duas coisas afetam essa aceleração constante.<br />
Uma é que, se o elefante estiver caindo muito rápido, a<br />
resistência do ar vai reduzir um pouco a velocidade da<br />
sua queda (sobretudo se ele abrir as orelhas), mas seu<br />
avião teria de voar bem alto demais para isso acontecer.<br />
A outra coisa que afeta a aceleração constante é o chão.<br />
Quando o elefante bate no chão... bem, aí é que você vai<br />
precisar de esfregão e balde. E se quisermos trocar o<br />
elefante por aquele cara gordão? Poderiam me perguntar.<br />
- Não me responsabilizaria mais pelo experimento...<br />
Corpos caindo na superfície da Terra é o exemplo<br />
mais comum do já estudado MRUV.<br />
35
Dessa forma as equações da queda livre serão as<br />
mesmas do movimento acelerado, onde a aceleração que<br />
atua sobre os corpos será a aceleração da gravidade g e a<br />
orientação positiva da trajetória será convencionada para<br />
baixo.<br />
(1) V = V 0 + a . t<br />
Como a= g<br />
V = V 0 + g . t<br />
Se o objeto partiu do repouso<br />
fica:<br />
(V 0 = 0) a equação<br />
V = g. t<br />
Onde V = velocidade do<br />
corpo ao atingir o solo<br />
t = tempo de queda<br />
(2) s = s 0 + V 0 . t + ½at 2<br />
Como a = g, s – s 0 = H , V 0 =<br />
0 (repouso)<br />
H = ½ gt 2 Ou t 2 = 2H/g<br />
movimento para baixo, exatamente como se tivesse sido<br />
solto do repouso naquela altura.<br />
Durante a parte ascendente do seu movimento, o<br />
objeto torna-se gradualmente mais lento enquanto sobe.<br />
Não deveria causar surpresa que ele torna-se 10 m/s mais<br />
lento a cada segundo decorrido - a mesma aceleração<br />
que você experimenta quando está caindo. Assim, como<br />
mostra a figura ao lado, a velocidade instantânea em<br />
pontos de sua trajetória que se encontram na mesma<br />
altura é a mesma, esteja o corpo subindo ou descendo.<br />
Dessa forma o tempo que o corpo gasta para atingir a<br />
altura máxima é o mesmo que gasta para retornar ao<br />
solo.<br />
MTZ (MÉTODO DE TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Qual é o aumento por segundo da velocidade para um<br />
objeto em queda livre?<br />
2) A aceleração de um corpo em queda livre é de 10<br />
m/s 2 . Porque o segundo aparece duas vezes na unidade?<br />
3) Um astronauta abandonou uma pena de ave e uma<br />
peça de ferro, de uma mesma altura, na superfície da<br />
Lua, e verificou que ambas chegaram juntas ao solo.<br />
Retornando a Terra, repetiu a mesma experiência e<br />
verificou que a pena da ave caia mais lentamente que a<br />
peça de ferro. Como você explicaria a diferença<br />
observada nas duas experiências?<br />
36<br />
V 2 =V 0<br />
2<br />
+ 2gH<br />
Se V 0=0 temos:<br />
V 2 = 2gH<br />
3) E a famosa equação de<br />
Torricelli (como desafio<br />
utilize as equações 1 e 2<br />
acima para fazer a dedução):<br />
V 2 = V 0<br />
2<br />
+ 2a s<br />
com a= g e s=H fica:<br />
Até aqui temos considerado objetos que estão se<br />
movendo em linha reta para baixo sob a ação da<br />
gravidade. E um objeto arremessado diretamente para<br />
cima? Uma vez liberado, ele continua a mover-se para<br />
cima por algum tempo e depois retorna. No ponto mais<br />
alto, quando ele está mudando o sentido do seu<br />
movimento de ascendente para descendente, sua<br />
velocidade instantânea é nula. Então ele inicia seu<br />
4) O astronauta Armstrong, da Apolo 11, na superfície da<br />
Lua, abandonou uma pena e um martelo, de um mesma<br />
altura e, ao verificar que os objetos chegaram juntos ao<br />
solo, exclamou: Não é que o Sr Galileu tinha razão?.<br />
Como você explicaria o fato de os dois objetos caírem<br />
simultaneamente? Por que, na Terra, normalmente, a<br />
pena cai mais lentamente do que o martelo?<br />
5) Um jornal da época, comentando o fato descrito na<br />
questão anterior, afirmava:<br />
―A experiência do astronauta mostra a grande diferença<br />
entre os valores da aceleração da gravidade na Terra e na<br />
Lua. Critique este comentário do jornal.<br />
6) Qual destes 2 jogos esportivos seria mais difícil de se<br />
jogar na Lua: Basquetebol ou Futebol? Explique,<br />
lembrando-se que na Lua não existe resistência do ar e a<br />
gravidade é 6 vezes menor que a da Terra.
7) Uma bola de ping-pong é lançada para cima<br />
verticalmente, sobe até uma certa altura e cai de volta<br />
para a posição inicial.<br />
a corrida na posição 1000 m em 555 min (9 h e 40 min<br />
de corrida).<br />
Levando em conta a resistência do ar, qual é a opção<br />
correta?<br />
a) A bola leva mais tempo na subida que na descida.<br />
b) A bola leva mais tempo na descida que na subida.<br />
c) A bola leva o mesmo tempo na subida e na descida.<br />
d) Impossível de se afirmar sem saber o valor da<br />
velocidade inicial de lançamento.<br />
e) Depende do local do planeta onde está sendo feita a<br />
experiência: próximo à linha do Equador ou a um dos<br />
Trópicos.<br />
Texto DIVERTIDO para as questões 8 e 9<br />
A tartaruga dos quadrinhos ficou felicíssima<br />
com a vitória e resolveu passar um telegrama avisando<br />
seus familiares. Como dispunha de pouco dinheiro (ela<br />
ganhou como prêmio apenas uma semana no centro de<br />
treinamento das Tartarugas Ninjas) e estava meio sem<br />
criatividade, pediu sugestões a alguns espectadores<br />
ilustres:<br />
Observe a historinha que se segue (adaptado da obra<br />
de La Fontaine):<br />
Um coelho e uma tartaruga resolveram disputar uma<br />
corrida. Dada a largada, em que ambos partiram de uma<br />
mesma posição inicial, depois de um minuto, a tartaruga<br />
percorreu 1,80 m, enquanto o coelho já havia percorrido<br />
180 m. Os respectivos tempos e posições dos atletas<br />
encontram-se nas tabelas a seguir:<br />
POSIÇÃO<br />
m<br />
COELHO<br />
TEMPO<br />
min.<br />
POSIÇÃO<br />
m<br />
TARTARUGA<br />
360 2 3,6 2<br />
540 3 5,4 3<br />
720 4 7,2 4<br />
TEMPO<br />
min.<br />
Porém ao chegar no bar ―Rabbit Love, o coelho<br />
encontra uma coelha (900 m, 5 min).<br />
O coelho pára para flertar com a coelha.<br />
A tartaruga ultrapassa coelho no ―Rabbit Love<br />
(900 m, 500 min).<br />
Posição: 900 m<br />
Tempo: 500 min<br />
O coelho observa a tartaruga na frente. Porém, como<br />
está meio tonto, corre ziguezagueando. A tartaruga vence<br />
Dona Cigarra, cantora e fofoqueira nas horas vagas:<br />
Estavam o coelho e a tartaruga na mesma<br />
posição até que o tiro que dava início à corrida foi<br />
disparado e o coelho, muito mais veloz, abriu uma boa<br />
dianteira. Para vocês terem uma idéia, depois de 1<br />
minuto, a tartaruga tinha percorrido apenas 1,80 metros,<br />
enquanto o coelho já estava a uns 180 metros de<br />
distância (!). Quando o coelho chegou ao bar Rabbit<br />
Love que fica a uns 900 metros da posição de largada,<br />
encontrou uma bela coelha e, aí, vocês sabem né?<br />
Achando que a corrida estava ganha, parou para<br />
conversar um pouco e tomou um licorzinho de cenoura.<br />
Enfim, depois de aproximadamente seis horas e meia, a<br />
tartaruga que esteve naquela do devagar e sempre, estava<br />
quase chegando no local. O coelho lembrou-se da<br />
corrida, mas, por algum motivo, sentia muitas dores de<br />
cabeça e mal conseguia ficar em pé. Foi quando a<br />
tartaruga venceu.<br />
Sr. Macaco, cientista e astro circense:<br />
A tartaruga venceu porque teve velocidade constante de<br />
1,80 metros por minuto, enquanto a velocidade do<br />
coelho, apesar de variada, em média foi de 1,79 metros<br />
por minuto.<br />
Sra. Formiga, economista e workaholic<br />
(viciada em trabalho): Telegrama está ultrapassado. Peça<br />
ao Sr. Pombo que envie a seus familiares um fax com<br />
este gráfico que eu mesma fiz.<br />
37
d) A aceleração do coelho de 0 a 5 minutos foi maior que<br />
a aceleração da tartaruga, porque a inclinação da reta do<br />
coelho neste trecho é maior que a inclinação da reta da<br />
tartaruga.<br />
e) De 5 a 555 minutos a velocidade do coelho é nula, não<br />
havendo, portanto, uma mudança de sua posição.<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) (ENEM) O Super-Homem e as leis do movimento<br />
8) Após a leitura da historinha, o professor Ivã pede que<br />
você analise os itens abaixo assinalando o que for<br />
correto:<br />
a)Pode-se calcular a velocidade da tartaruga, pelo<br />
gráfico, descobrindo o seno do ângulo de inclinação.<br />
b) O coelho deslocou-se em movimento uniforme entre<br />
os instantes 5 e 555 minutos.<br />
c) De 0 a 5 minutos, a velocidade do coelho é maior que<br />
a velocidade da tartaruga, porque a inclinação da reta que<br />
representa seu movimento é maior que a inclinação da<br />
reta que representa o movimento da tartaruga.<br />
d) No gráfico enviado pela Sra. Formiga, a área da figura<br />
formada nos permite calcular a velocidade do coelho e da<br />
tartaruga.<br />
e) Para a situação descrita na corrida, o gráfico da<br />
velocidade em função do tempo poderia ser assim<br />
esboçado.<br />
Uma das razões para pensar sobre a física dos superheróis<br />
é, acima de tudo, uma forma divertida de explorar<br />
muitos fenômenos físicos interessantes, desde fenômenos<br />
corriqueiros até eventos considerados fantásticos. A<br />
figura seguinte mostra o Super-Homem lançando-se no<br />
espaço para chegar ao topo de um prédio de altura H.<br />
Seria possível admitir que com seus superpoderes ele<br />
estaria voando com propulsão própria, mas considere que<br />
ele tenha dado um forte salto. Neste caso, sua velocidade<br />
final no ponto mais alto do salto deve ser zero, caso<br />
contrário, ele continuaria subindo. Sendo g a aceleração<br />
da gravidade, a relação entre a velocidade inicial do<br />
Super-Homem e a altura atingida é dada por: v 2 = 2gH.<br />
38<br />
9) Assinale a alternativa correta, após a leitura do texto<br />
acima:<br />
a) O movimento da tartaruga foi acelerado por que a reta<br />
é crescente.<br />
b) Os gráficos representados não condizem com o<br />
ocorrido na corrida.<br />
c) Para calcular a velocidade média da tartaruga basta<br />
calcular a área da figura formada (um triângulo) e dividir<br />
pelo tempo gasto.<br />
KAKALIOS, J. The of Superheroes. Gothan Books, USA, 2005.<br />
A altura que o Super-Homem alcança em seu salto<br />
depende do quadrado de sua velocidade inicial por que<br />
a) a altura do seu pulo é proporcional à sua velocidade<br />
média multiplicada pelo tempo que ele permanece no ar<br />
ao quadrado.<br />
b) o tempo que ele permanece no ar é diretamente<br />
proporcional à aceleração da gravidade e essa é<br />
diretamente proporcional à velocidade.
c) o tempo que ele permanece no ar é inversamente<br />
proporcional à aceleração da gravidade e essa é<br />
inversamente proporcional à velocidade média.<br />
d) a aceleração do movimento deve ser elevada ao<br />
quadrado, pois existem duas acelerações envolvidas: a<br />
aceleração da gravidade e a aceleração do salto.<br />
e) a altura do seu pulo é proporcional à sua velocidade<br />
média multiplicada pelo tempo que ele permanece no ar,<br />
e esse tempo também depende da sua velocidade inicial.<br />
b) 36 m<br />
c) 144 m<br />
d) 64 m<br />
e) 24 m<br />
4) (UEFS) A velocidade de uma partícula, movendo-se<br />
ao longo de uma reta, varia com o tempo, de acordo com<br />
o gráfico.<br />
2) (UFCG) É dever de todo(a) cidadão(ã) respeitar as<br />
regras de trânsito, a vida própria e a dos outros, o que<br />
não faz um motorista alcoolizado à direção. Como<br />
exemplo, considere um motorista viajando a 72 km/h que<br />
observando o sinal vermelho, aplica instantaneamente os<br />
freios, e para em 10 segundos, justamente na borda da<br />
faixa de pedestres. Suponha que, num outro dia,<br />
cometendo a imprudência de consumir bebida alcoólica e<br />
dirigir e viajando à mesma velocidade e exatamente na<br />
mesma estrada e no mesmo ponto, ele observa a<br />
mudança de cor do sinal para o vermelho. Acontece que<br />
agora ele demora 0,20 segundo até aplicar os freios.<br />
Considerando que o carro freie com a mesma aceleração<br />
anterior, pode-se afirmar que avança sobre a faixa de<br />
pedestre<br />
a) 1,0 m.<br />
b) 4,0 m.<br />
c) 2,0 m.<br />
d) 5,0 m.<br />
e) 6,0 m.<br />
3) (UFAM) A figura representa o gráfico da velocidade<br />
em função do tempo do movimento de um corpo lançado<br />
verticalmente para cima com velocidade inicial V0 = 12<br />
m/s, na superfície de um planeta.<br />
Com base nessa informação, conclui-se que a velocidade<br />
média da partícula, no intervalo de 0 a 10 segundos, é<br />
igual:<br />
a) 8m/s<br />
b) 10m/s<br />
c) 11m/s<br />
d) 13m/s<br />
e) 15m/s<br />
5) (BAHIANA) Uma pessoa faz sempre o mesmo<br />
percurso de casa até o trabalho e, quando sai de casa até<br />
às 7h, gasta, nele, 25 minutos. Sabe-se que, se sair<br />
atrasado, para cada cinco minutos que o horário de saída<br />
ultrapasse 7h haverá, devido ao trânsito, um acréscimo<br />
de oito minutos no tempo do percurso.<br />
De acordo com esses dados, no dia em que essa pessoa<br />
chegou ao trabalho às 9h9 min, então ela saiu de casa às<br />
01) 7h35 min.<br />
02) 7h45 min.<br />
03) 8h.<br />
04) 8h05min.<br />
05) 8h20min.<br />
A altura máxima atingida pelo corpo vale:<br />
a) 72 m<br />
6) (IFBA) Uma presa que corria a 9,0km/h, quando viu<br />
um predador parado a 50,0m dela, acelerou<br />
uniformemente com 2,0m/s 2 e foi perseguida, a partir<br />
39
daquele instante, pelo predador que acelerou<br />
uniformemente a razão de 7,0m/s 2 . Nessas condições, o<br />
intervalo de tempo para o predador alcançar a presa, em<br />
segundos, foi de<br />
a) 4,0<br />
b) 5,0<br />
c) 7,0<br />
d) 9,0<br />
e) 10,0<br />
7) (IFBA) A velocidade máxima aproximada que um<br />
“projétil” alcança em várias modalidades olímpicas está<br />
expressa na tabela abaixo.<br />
ATIVIDADES ARRETADAS PARA SALA<br />
1) (FUVEST) Numa filmagem, no exato instante em que<br />
um caminhão passa por uma marca no chão, um dublê se<br />
larga de um viaduto para cair dentro de sua caçamba. A<br />
velocidade v do caminhão é constante e o dublê inicia<br />
sua queda a partir do repouso, de uma altura de 5 m da<br />
caçamba, que tem 6 m de comprimento. A velocidade<br />
ideal do caminhão é aquela em que o dublê cai bem no<br />
centro da caçamba, mas a velocidade real v do caminhão<br />
poderá ser diferente e ele cairá mais à frente ou mais<br />
atrás do centro da caçamba. Para que o dublê caia dentro<br />
da caçamba, v pode diferir da velocidade ideal, em<br />
módulo, no máximo: (g = 10 m/s 2 )<br />
a) 1 m/s<br />
b) 3 m/s<br />
c) 5 m/s<br />
d) 7 m/s<br />
e) 9 m/s<br />
Modalidades<br />
Velocidade<br />
(m/s)<br />
Tênis 66,5 0,06<br />
Golfe 78,0 0,05<br />
Massa (kg)<br />
2) (UNIRIO) O gráfico abaixo mostra o comportamento<br />
de um motorista, testando seu carro novo. Ele parte do<br />
repouso de um sinal, imprimindo ao carro uma<br />
aceleração constante sem saber que a 200 m à sua frente<br />
existe um “pardal” que multa, fotografando carros com<br />
velocidades superiores a 54 km/h. Aos dez segundos,<br />
após a arrancada e com velocidade de 35 m/s, ele<br />
percebe a presença do “pardal”.<br />
Futebol 36,0 0,45<br />
Beisebol 44,5 0,14<br />
40<br />
Supondo que todos esses “projéteis” fossem lançados<br />
com as velocidades descritas na tabela, desprezando-se a<br />
resistência do ar, as alturas (H) alcançadas em cada<br />
modalidade estariam na seguinte ordem:<br />
a) H Golfe = H Tênis = H Beisebol = H Futebol<br />
b) H Golfe = H Tênis > H Beisebol = H Futebol<br />
c) H Beisebol < H Golfe < H Tênis < H Futebol<br />
d) H Golfe < H Tênis < H Beisebol < H Futebol<br />
e) H Golfe < H Beisebol < H Beisebol < H Futebol<br />
Sobre a situação proposta, podemos afirmar que<br />
a) quando ele percebe o “pardal”, ele já foi multado.<br />
b) quando ele percebe o “pardal”, ele se encontra a 20 m<br />
do mesmo.<br />
c) com essa velocidade, 35 m/s, ele pode passar que não<br />
será multado.<br />
d) para não ser multado, ele deve imprimir ao seu carro<br />
uma desaceleração de 20 m/s 2 .
e) para não ser multado, ele deve imprimir ao seu carro<br />
uma desaceleração de 3,5 m/s 2 .<br />
3) (UEFS) Um trem desloca-se entre duas estações por<br />
uma ferrovia plana e retilínea. Sabe-se que, durante os<br />
primeiros 40s, ele parte do repouso com uma aceleração<br />
de módulo igual a 0,8m/s 2 , mantendo a velocidade<br />
constante durante 1 min. Em seguida, o trem sofre uma<br />
desaceleração de módulo igual a 0,5m/s 2 , até parar.<br />
Nessas condições, a distância que o trem percorre, desde<br />
o instante inicial até parar, é igual, aproximadamente, em<br />
km, a:<br />
O professor Ivã pede que você construa o gráfico da<br />
velocidade em função do tempo para este movimento.<br />
a) 2,5<br />
b) 2,7<br />
c) 2,9<br />
d) 3,2<br />
e) 3,6<br />
5) (UESC) Um veículo automotivo, munido de freios que<br />
reduzem a velocidade de 5,0m/s, em cada segundo,<br />
realiza movimento retilíneo uniforme com velocidade de<br />
módulo igual a 10,0m/s. Em determinado instante, o<br />
motorista avista um obstáculo e os freios são acionados.<br />
Considerando-se que o tempo de reação do motorista é<br />
de 0,5s, a distância que o veículo percorre até parar, é<br />
igual, em m, a:<br />
01) 5,0<br />
02) 7,0<br />
03) 10,0<br />
04) 15,0<br />
05) 17,0<br />
6) (PUC) O gráfico representa a velocidade em função<br />
do tempo de uma pequena esfera em movimento<br />
retilíneo. Em t = 0, a esfera se encontra na origem da<br />
trajetória.<br />
4) (UNEB) Segundo um professor nos automóveis,<br />
movidos a células de combustível, o consumo de<br />
hidrogênio varia de 1,0 a 10,0 g/km rodado.<br />
Represente corretamente os gráficos da aceleração em<br />
função do tempo e do espaço em função do tempo.<br />
Com base nas informações do texto e a partir da<br />
análise da figura, que representa a variação da velocidade<br />
escalar, em função do tempo, de um automóvel movido a<br />
célula de combustível, é correto afirmar que o consumo<br />
máximo de hidrogênio, em g, é de:<br />
01) 500,0<br />
02) 210,0<br />
7) (BAHIANA – 2ª FASE) – A figura representa o<br />
gráfico da velocidade, em função do tempo,<br />
desenvolvida por uma pessoa que faz uma corrida<br />
matinal. Determine, a partir da figura, o tempo gasto por<br />
essa pessoa para percorrer a distância de 3,0km.<br />
03) 50,0<br />
04) 15,6<br />
05) 5,0<br />
41
8) (FUVEST) Na Cidade Universitária (USP), um jovem,<br />
em um carrinho de rolimã, desce a rua do Matão, cujo<br />
perfil está representado na figura abaixo, em um sistema<br />
de coordenadas em que o eixo Ox tem a direção<br />
horizontal.<br />
No instante t = 0, o carrinho passa em movimento pela<br />
posição y = y 0 e x = 0.<br />
d) 5,8<br />
e) 6,2<br />
10) (TIPO ENEM) Um motorista dirigia por uma estrada<br />
plana e retilínea quando, por causa de obras, foi obrigado<br />
a desacelerar seu veículo, reduzindo sua velocidade de<br />
90 km/h (25 m/s) para 54 km/h (15m/s). Depois de<br />
passado o trecho em obras, retornou à velocidade inicial<br />
de 90 km/h. O gráfico representa como variou a<br />
velocidade escalar do veículo em função do tempo,<br />
enquanto ele passou por esse trecho da rodovia.<br />
42<br />
Dentre os gráficos das figuras abaixo, os que melhor<br />
poderiam descrever a posição x e a velocidade v do<br />
carrinho em função do tempo t são, respectivamente,<br />
a) I e II.<br />
b) I e III.<br />
c) II e IV.<br />
d) III e II.<br />
e) IV e III.<br />
9) (UEFS) Usain S. Leo Bolt é um atleta (corredor<br />
velocista) que participa das provas de 100,0m e 200,0m<br />
rasos. É dele o recorde mundial das provas de 100,0m e<br />
200,0m, com tempos respectivos de 9,58s e 19,19s.<br />
Considerando-se que, na prova de 200,0m rasos, Usain<br />
Bolt realizou um movimento uniformemente acelerado<br />
durante toda a prova, a aceleração, em m/s 2 , que ele<br />
imprimiu durante a corrida, para atingir a marca do<br />
tempo do recorde mundial, foi, aproximadamente, igual a<br />
a) 0,5<br />
b) 1,1<br />
c) 4,3<br />
Caso não tivesse reduzido a velocidade devido às obras,<br />
mas mantido sua velocidade constante de 90 km/h<br />
durante os 80s representados no gráfico, a distância<br />
adicional que teria percorrido nessa estrada seria, em<br />
metros, de<br />
a) 1650.<br />
b) 800.<br />
c) 950.<br />
d) 1 250.<br />
e) 350.<br />
11) (TIPO ENEM) No circuito automobilístico de Spa<br />
Francorchamps, na Bélgica, um carro de Fórmula 1 sai<br />
da curva Raidillion e, depois de uma longa reta, chega à<br />
curva Les Combes.<br />
Figura: Circuito automobilístico de Spa Francorchamps.
A telemetria da velocidade versus tempo do carro foi<br />
registrada e é apresentada no gráfico a seguir.<br />
e)<br />
Qual das alternativas a seguir contém o gráfico que<br />
melhor representa a aceleração do carro de F-1 em<br />
função deste mesmo intervalo de tempo?<br />
a)<br />
b)<br />
c)<br />
d)<br />
43
CAPÍTULO 4 – MOVIMENTO DE PROJÉTEIS<br />
VAMOS PROVAR NESSE CAPÍTULO QUE PARA UMA MESMA<br />
VELOCIDADE DE<br />
LANÇAMENTO, UM<br />
PROJÉTIL LANÇADO A<br />
45º TEM O MAIOR.<br />
ALCANCE<br />
HORIZONTAL. O SALTO<br />
EM DISTÂNCIA DE UM<br />
ATLETA É UM<br />
EXEMPLO<br />
DE<br />
LANÇAMENTO<br />
OBLÍQUO.<br />
SE<br />
OBSERVARMOS O<br />
SALTO DO OURO DA<br />
MAURREN MAGGI, QUE<br />
SALTOU 7,04 M PARA<br />
GANHAR A MEDALHA DE OURO NAS OLIMPÍADAS DE PEQUIM,<br />
VEREMOS QUE O ÂNGULO INICIAL DO SALTO É BEM MENOR DO QUE<br />
45º. ANALISANDO O SALTO DOS ATLETAS OLÍMPICOS, VEMOS QUE<br />
NENHUM DELES SALTA COM UM ÂNGULO PRÓXIMO DOS 45º NA<br />
HORA DO PULO. OS ÂNGULOS DE SALTO DOS MELHORES ATLETAS<br />
SÃO SEMPRE POR VOLTA DE 22º. A FÍSICA ESTÁ ERRADA?<br />
TRAJETÓRIAS PARABÓLICAS DAS GOTAS DE ÁGUA NUMA FONTE<br />
LUMINOSA – MOVIMENTOS DESENHADOS PELA GRAVIDADE<br />
variar entre 17º e 27º, dependendo da compleição física e<br />
da maneira de correr e saltar de cada um. Com isso, cada<br />
atleta tem o seu ângulo ótimo de salto, e ele precisa<br />
treinar muito para conseguir saltar sempre com o seu<br />
ângulo correto, além de conseguir chegar com a maior<br />
velocidade possível no final da sua corrida. Certamente,<br />
o treinador da Maurren, Nélio Moura, sabe muito bem<br />
disso, pois ele também treinou (aqui no Brasil) o atleta<br />
panamenho Irving Saladino, que ganhou a medalha de<br />
ouro no salto em distância masculino nas Olimpíadas de<br />
Pequim.<br />
A <strong>Física</strong> não está errada. As equações do<br />
lançamento oblíquo, como vamos aprender, mostram que<br />
o alcance depende da velocidade inicial ao quadrado. É<br />
errado dizer que o máximo alcance para um atleta se dá<br />
quando ele salta a 45º. Portanto, devemos ter cuidado ao<br />
recomendar que para atingir o maior alcance deve-se<br />
saltar com um ângulo de 45º, pois o alcance depende do<br />
ângulo e da velocidade inicial. Para uma velocidade fixa,<br />
o alcance máximo ocorre quando o ângulo é de 45º.<br />
2- O INÍCIO DE TUDO<br />
44<br />
1- O SALTO DE OURO DA MAURREN MAGGI –<br />
A FÍSICA ESTÁ ERRADA?<br />
Claro que não! Experimentos efetuados com<br />
vários atletas mostram que, quando eles tentam saltar<br />
com ângulos grandes, a sua velocidade diminui, pois eles<br />
precisam pisar no solo de uma forma diferente do que<br />
para saltar com ângulos menores. Assim, o que eles<br />
ganhariam no alcance por saltar com ângulo próximo a<br />
45º, eles perdem por diminuir a sua velocidade de<br />
lançamento. O balanço entre esses dois fatores pode ser<br />
calculado, se conhecemos como varia a velocidade do<br />
atleta ao saltar com diversos ângulos de partida. Um<br />
valor médio para diversos atletas mostra que o melhor<br />
ângulo de salto é de aproximadamente 22º, podendo<br />
Assim como a ciência espacial e a energia atômica, a<br />
ciência moderna do movimento dos projéteis teve início<br />
na área militar. Seu inventor foi Niccoló Tartaglia, um<br />
eminente matemático<br />
nascido em 1500, cem<br />
anos antes de Galileu<br />
ter transformado a<br />
mecânica em uma<br />
ciência sistemática.<br />
Tartaglia deve seu<br />
nome, que significa<br />
“gaguejar”, ao golpe<br />
de uma espada que lhe<br />
partiu o queixo ao<br />
meio quando era<br />
criança, tendo-lhe<br />
causado uma deficiência permanente da fala. Ele passou<br />
a se interessar pela trajetória dos projéteis quando um<br />
soldado lhe perguntou qual era o ângulo de elevação em<br />
que um canhão conseguiria seu maior alcance. A<br />
resposta teórica correta (45 0 ) de Tartaglia surpreendeu os<br />
especialistas; eles pensavam que fosse menos. Um teste,<br />
devidamente animado por apostas, confirmou a previsão
matemática e levou Tartaglia a investigar mais o assunto.<br />
Em 1532, suas anotações já haviam se transformado em<br />
um tratado, mas ele se absteve da publicação. O motivo<br />
de sua hesitação era perfeitamente aceitável: ele achava<br />
que seria imoral utilizar a ciência para ajudar cristãos a<br />
matar cristãos de modo mais eficiente. A sua decisão foi<br />
um exemplo raro do que algumas pessoas julgavam ser<br />
um comportamento responsável dos cientistas. Na época,<br />
assim como hoje, a publicação era um meio de alcançar a<br />
fama e a fortuna, por isso a renúncia de Tartaglia à<br />
publicação representava um pesado sacrifício. Pena que<br />
seus escrúpulos tenham durado pouco. Em 1537 Veneza<br />
tinha razões para temer a invasão por parte de turcos<br />
infiéis, e, em prol da segurança interna, Tartaglia<br />
publicou seu livro, o primeiro texto científico sobre<br />
balística. Na época, assim como hoje,a guerra contra<br />
outra religião parecia mais justificada do que a guerra<br />
contra os próprios irmãos. Ou talvez fosse uma questão<br />
de autodefesa.<br />
cada vez mais afastadas com o decorrer do tempo,<br />
provando-nos ser um movimento acelerado).<br />
EM RESUMO<br />
A trajetória de um projétil que é acelerado apenas na<br />
direção vertical, enquanto se move com velocidade<br />
constante na horizontal, é uma parábola.<br />
3 - PROJÉTEIS LANÇADOS HORIZONTALMENTE<br />
Importante acrescentar:<br />
Num lançamento horizontal no vácuo, o tempo<br />
de queda independe da massa e da velocidade horizontal<br />
de lançamento do corpo.<br />
O movimento de projéteis está analisado de<br />
forma conveniente na figura abaixo, que mostra a<br />
simulação de uma fotografia estroboscópica de uma bola<br />
que cai rolando da beira de uma mesa. Analise-a<br />
cuidadosamente, pois aí existe um bocado de física. À<br />
esquerda, observamos as posições seqüenciais no tempo<br />
da bola na ausência dos efeitos da gravidade. Apenas é<br />
mostrado o efeito da componente horizontal da<br />
velocidade da bola. Na próxima, à direita, vemos qual<br />
seria o movimento da bola se ela não tivesse uma<br />
componente horizontal de velocidade. A trajetória curva<br />
da terceira figura é melhor analisada considerando<br />
separadamente as componentes horizontal e vertical do<br />
movimento. Note, pela quarta figura, que a curvatura da<br />
trajetória da bola é a combinação do movimento<br />
horizontal, que permanece constante (verifique que<br />
horizontalmente a bola percorre a mesma distância<br />
durante os intervalos de tempos iguais entre dois flashes<br />
sucessivos), com o movimento vertical que sofre<br />
aceleração por parte da gravidade (verifique que<br />
verticalmente as sucessivas posições verticais tornam-se<br />
Assim, vários corpos lançados simultânea e<br />
horizontalmente da mesma altura atingem o solo<br />
(horizontal) no mesmo instante. O tempo de queda é o<br />
mesmo!!!<br />
Verifica-se no desenho anterior que embora o<br />
tempo de queda seja o mesmo para todos os corpos, as<br />
distâncias horizontais (alcances) são diferentes.<br />
Logicamente, quanto maior a velocidade inicial<br />
horizontal, maior o alcance.<br />
Apresentando as equações, temos que no eixo<br />
X, como não há aceleração, o movimento é uniforme.<br />
d = d 0 + v.t (1)<br />
45
A distância (d) percorrida num intervalo de<br />
tempo (t) será o alcance (A).Admitindo-se que a<br />
velocidade horizontal de lançamento seja V 0 e que o<br />
ponto de lançamento coincida com a origem das posições<br />
(d 0=0), a equação (1) fica:<br />
A = 0 + V 0.t<br />
A = V 0.t<br />
No eixo Y, o movimento é uniformemente acelerado<br />
com aceleração (a) igual à gravidade (g) e velocidade<br />
inicial nula (V0 y=0), ou seja, uma queda livre. Assim,<br />
usamos as equações de queda livre do início do capítulo<br />
3.<br />
bolinha (3s), nem precisamos utilizar a velocidade 40<br />
m/s com que a bolinha iniciou o seu movimento. Por que<br />
isso acontece?<br />
O cálculo do tempo de queda é efetuado usando apenas a<br />
altura e a gravidade, da mesma forma como calculamos o<br />
tempo de queda de um coco do alto de uma árvore. Isso<br />
ocorre porque o movimento de queda vertical é<br />
totalmente independente do movimento horizontal da<br />
bola. Em outras palavras, quando a bolinha está caindo,<br />
ela não sabe que também está indo para a direita em<br />
MRU!<br />
A tabela abaixo resume isso:<br />
‣ Vy = g.t<br />
‣ H = 1/2gt²<br />
‣ V² = 2gh<br />
Podemos representar o lançamento horizontal<br />
por meio do exemplo abaixo:<br />
O alcance horizontal pode ser calculado através da<br />
equação<br />
4 – PROJÉTEIS LANÇADOS OBLIQUAMENTE<br />
Considere uma bala de canhão disparada com um<br />
ângulo acima da horizontal.<br />
A = V 0.t<br />
A = 40.3 = 120 m<br />
Imagine por um momento que não exista gravidade:<br />
de acordo com a lei da inércia, a bala de canhão seguiria<br />
neste caso uma trajetória em linha reta, como indicado<br />
pela linha tracejada. Mas a gravidade existe, de maneira<br />
que isso não acontece. O que realmente ocorre é que a<br />
bala de canhão constantemente cai abaixo da linha<br />
imaginária tracejada, até finalmente atingir o solo. Note<br />
isto:<br />
Essa distância, como mostrada anteriormente, é dada<br />
por H=½gt 2 .<br />
Na situação mostrada percebemos uma coisa<br />
interessante: quando calculamos o tempo de queda da<br />
Observe outro detalhe na figura acima. A bala de<br />
canhão move-se por distâncias horizontais iguais, em<br />
intervalos de tempos iguais. Isso, porque não existe<br />
aceleração na direção horizontal. A única aceleração que<br />
existe é vertical, na direção e no sentido da gravidade<br />
46
terrestre. Assim, vemos que a análise do movimento de<br />
um projétil lançado segundo um certo ângulo acima da<br />
horizontal é tão simples quanto a de um projétil lançado<br />
horizontalmente. Podemos representar o lançamento<br />
oblíquo por meio da figura abaixo.<br />
Considerando-se que o projétil foi lançado<br />
obliquamente, no vácuo, com velocidade inicial V0,<br />
inclinada de um ângulo α, com a horizontal, é possível<br />
determinar as componentes horizontal e vertical da<br />
velocidade inicial de lançamento.<br />
4.1 – TEMPO PARA ATINGIR A ALTURA<br />
MÁXIMA<br />
O tempo necessário para o projétil atingir a altura<br />
máxima, também chamado de tempo de subida, é o<br />
tempo decorrido entre o instante de lançamento e o<br />
instante em que sua velocidade vertical é nula (Vy=0).<br />
Assim:<br />
‣ Vy = V 0 y - g.t<br />
‣ 0 = V 0 y - g.t<br />
‣ t = V 0 y/ g<br />
4.2 – TEMPO TOTAL DE MOVIMENTO<br />
Para lançamentos em que o corpo sai e retorna para o<br />
solo no mesmo nível, o tempo gasto na subida é o<br />
mesmo tempo gasto na descida, assim o tempo total de<br />
vôo é o dobro do tempo de subida do item anterior:<br />
Ttotal = 2 V 0 y/ g<br />
4.3 – ALTURA MÁXIMA<br />
No instante em que o projétil atinge a altura máxima,<br />
sua velocidade vertical é nula (Vy=0). Assim:<br />
‣ V 0x = V 0 cos<br />
‣ V 0y = V 0 sen<br />
Vy 2 = V0 y 2 - 2gH<br />
0 = V 0 y 2 - 2gH<br />
H = V 0 y 2 / 2g<br />
Podemos analisar o movimento oblíquo de forma<br />
independente nas direções X e Y.<br />
EIXO Y: Na vertical, o movimento é uniformemente<br />
variado com aceleração constante g e velocidade inicial<br />
V 0 y, ou seja, é um lançamento vertical para cima.<br />
Assim, adaptando as fórmulas de um lançamento vertical<br />
para cima (Capítulo 3), temos:<br />
‣ Vy = V 0 y - g.t<br />
‣ H = V 0 y . t - ½ gt 2<br />
‣ Vy 2 = V 0 y 2 - 2gH<br />
EIXO X: Na horizontal, o movimento é uniforme,<br />
com velocidade constante e igual à componente<br />
horizontal da velocidade de lançamento V0x. Assim pela<br />
equação horária de um movimento uniforme, é possível<br />
calcular a distância horizontal percorrida pelo projétil até<br />
um instante t (ALCANCE).<br />
d = d 0 + v.t<br />
A = 0 + V 0 x .Ttotal<br />
A = V 0x .Ttotal<br />
Dessas expressões acima podemos chegar a outras mais<br />
simples.<br />
47
Como já sabemos que:<br />
V 0 y = V 0 senα<br />
V 0 x = V 0 cosα<br />
Ttotal = 2 V 0 y/ g<br />
A expressão do Alcance (A) pode ser assim escrita:<br />
A = V 0 cosα . 2 V 0 senα/ g<br />
A = V 0<br />
2<br />
. 2 senαcosαg<br />
ou também:<br />
A = V 0<br />
2<br />
sen 2α/ g<br />
CONCEITO DE ALCANCE HORIZONTAL<br />
MÁXIMO<br />
Para uma mesma velocidade inicial (V 0) é possível<br />
obter diferentes alcances, conforme o ângulo α de<br />
lançamento.<br />
Pela análise da equação acima<br />
‣ A = V 0<br />
2<br />
sen 2 α / g<br />
é possível verificar que, se V 0 e g são constantes, o<br />
alcance dependerá de sen2α. Assim para que o alcance<br />
seja máximo, sen2 também terá que ser máximo.<br />
Como o máximo valor da função seno é 1, temos:<br />
Na figura acima, uma bola é lançada com<br />
velocidade inicial 50 m/s numa direção que forma um<br />
ângulo 36 0 com a horizontal. Decompondo a velocidade<br />
inicial V0 da bola em suas componentes Vox = 40 m/s e<br />
Voy = 30 m/s, podemos estudar separadamente os<br />
movimentos vertical (MUV) e horizontal (MU) *<br />
Observe os seguintes detalhes na figura acima:<br />
* A velocidade Vx = 40 m/s da bola não se altera durante<br />
todo o voo da bola (MU).<br />
* A velocidade inicial Vy= 30 m/s da bola vai<br />
diminuindo 10 m/s a cada segundo que se passa durante<br />
a subida até se anular na altura máxima (3s). A seguir, a<br />
velocidade Vy passa a aumentar 10 m/s a cada 1 s<br />
durante o movimento de descida, já que a aceleração da<br />
gravida vale 10 m/s 2 .<br />
As velocidades Vx e Vy da bola durante todo o<br />
movimento, bem como a velocidade resultante V<br />
(determinada pelo teorema de Pitágoras), podem ser<br />
vistas na tabela abaixo:<br />
sen2α = 1 2 α = 90 0 α = 45 0<br />
Dessa forma, o alcance máximo ocorrerá quando o<br />
ângulo a for igual a 45 0 e será calculado pela equação:<br />
‣ Amáx = V 02 / g ,<br />
visto que sen2 α = 1<br />
MTZ (MÉTODO DE TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1-Por que a componente vertical da velocidade de um<br />
projétil em lançamento oblíquo varia com o tempo,<br />
enquanto a correspondente componente horizontal não<br />
varia?<br />
Vamos ver um exemplo prático?<br />
2-Verdadeiro ou falso: Se a resistência do ar não afeta o<br />
movimento de um projétil, suas componentes horizontal<br />
e vertical de velocidade permanecem constantes.<br />
Explique sua opinião.<br />
48
3- Uma pedra é arremessada com um certo ângulo com a<br />
horizontal. O que acontece com a componente horizontal<br />
de sua velocidade enquanto ela está subindo? E enquanto<br />
está descendo?<br />
4- Prove matematicamente qual o ângulo em que deve<br />
ser lançado um projétil para se obter o alcance máximo.<br />
5- No instante em que um rifle posicionado na horizontal<br />
dispara sobre um alvo à mesma altura que ele, uma bala<br />
mantida ao lado do rifle é solta e cai no chão. Qual das<br />
balas chega primeiro ao solo, aquela que foi disparada<br />
contra o alvo ou a outra que foi solta a partir do repouso?<br />
6- Uma bola de futebol é rebatida no ar formando um<br />
certo ângulo. Se desprezarmos a resistência do ar, qual é<br />
a aceleração vertical da bola? E a horizontal?<br />
7- Em que parte de sua trajetória a bola de futebol da<br />
questão anterior tem a menor velocidade?<br />
8- Considere uma bola de futebol rebatida descrevendo<br />
uma trajetória parabólica num dia quando o Sol está<br />
diretamente acima da cabeça. Como a velocidade da<br />
sombra da bola através do campo se compara com a<br />
componente horizontal da velocidade da bola?<br />
9- Um guarda de parque dispara um dardo tranquilizante<br />
para imobilizar um macaco pendurado num galho de<br />
árvore. O guarda aponta diretamente para o macaco, não<br />
percebendo que o dado seguirá uma trajetória parabólica<br />
e que, assim, passará abaixo do macaco. O macaco, no<br />
entanto, vê o dardo sair da arma e salta do galho para<br />
evitar ser atingido. Ele será atingido de qualquer<br />
maneira? A velocidade do dardo tem influência sobre sua<br />
resposta, considerando que ela seja grande o suficiente<br />
para percorrer a distância horizontal até a árvore, antes<br />
de atingir o solo? Justifique sua resposta.<br />
10- (UEFS) Um corpo é lançado, do solo, com<br />
velocidade inicial de 20 m/s, fazendo um ângulo de 53 o<br />
com a horizontal. Considerando a resistência do ar<br />
desprezível, g = 10 m/s 2 , sen 53 o = 0,8 e cos 53 o = 0,6<br />
pode-se afirmar que, nessas condições, o tempo que o<br />
corpo permanece no ar é igual a:<br />
a) 1,5s<br />
b) 3,2s<br />
c) 3,6s<br />
d) 3,8s<br />
e) 4,7s<br />
11- (UESB) O atacante Romário, da seleção brasileira de<br />
futebol, chuta a bola para o gol, imprimindo uma<br />
velocidade inicial de 72km/h, que forma um ângulo de<br />
30º com a horizontal. A altura máxima que a bola<br />
atinge desprezando a resistência do ar, é, em metros:<br />
(Dados: g =10m/s 2 , sen30 o = 0,50 e cos30 o = 0,87).<br />
a) 5,0<br />
b) 8,7<br />
c) 10<br />
d) 17,4<br />
e) 20<br />
12- (UEFS) Um projétil é lançado obliquamente a partir<br />
do solo horizontal com velocidade V0, cujo módulo é<br />
igual a 108,0km/h, segundo um ângulo ɵ, conforme a<br />
figura.<br />
Considerando-se o módulo da aceleração da gravidade<br />
igual a 10,0m/s 2 , senɵ = 0,6, cosɵ = 0,8 e desprezando-se<br />
a resistência do ar, a altura máxima atingida pelo projétil<br />
e o seu alcance horizontal correspondem,<br />
respectivamente, a<br />
a) 11,3m e 72,0m<br />
b) 16,2m e 86,4m<br />
c) 20,0m e 15,0m<br />
49
d) 45,0m e 60,0m<br />
e) 80,0m e 20,0m<br />
5 – UM CASO CURIOSO – PONTO DE<br />
LANÇAMENTO EM UM NÍVEL ACIMA DO<br />
PONTO DE RETORNO<br />
E se o projétil for lançado de um ponto acima do plano<br />
horizontal que contém o ponto de retorno, como na<br />
figura abaixo?<br />
D = v0 · cosθ/g . (v0 · senθ) +<br />
(3)<br />
Observe que, se fizermos h = 0 na expressão (3) acima<br />
teremos:<br />
D = v0 · cosθ/g . (v0 · senθ)<br />
+ ⇒<br />
D = v0 · cosθ/g . [2. v0 · senθ] ⇒ D = v0 2 /g .<br />
sen(2θ), cujo valor máximo é (v0 2 /g) , que ocorre para<br />
2θ = 90° ou θ = 45°.<br />
Será que, com h ≠ 0, θ = 45° ainda dará o alcance<br />
máximo?<br />
Essa é a situação que ocorre em certos esportes<br />
olímpicos como o arremesso de dardo ou o arremesso de<br />
peso. O atleta lança esses objetos mais ou menos da<br />
altura dos seus ombros, digamos 1,5 m, e eles caem ao<br />
solo, a uma certa distância. Vence o atleta que conseguir<br />
a maior distância entre o ponto de contato do objeto com<br />
o solo e o ponto de lançamento. Vamos investigar essas<br />
situações (h ≠ 0). Dá um pouco de trabalho, mas para o<br />
aluno Digimon não há problemas.<br />
Consideraremos conhecidos os valores v0, da<br />
velocidade inicial, g, da aceleração da gravidade local<br />
e θ, do ângulo de lançamento. Assim, as funções horárias<br />
que descrevem os movimentos horizontal e vertical do<br />
projétil, em relação aos eixos x e y, fixos no solo plano e<br />
horizontal, são:<br />
x = v0 · cos(θ) · t e y = h + v0 · sen(θ) · t – 1/2 · g · t 2<br />
A partir da expressão (3) acima, e com mais esforço<br />
ainda (cálculo diferencial – graças aos deuses não<br />
estudamos no ensino médio!), pode-se demonstrar que:<br />
(I) o ângulo (θmáx) para o qual o alcance é máximo é tal<br />
que:<br />
tgθmáx = v0/<br />
(II) o alcance máximo (Dmáx) vale:<br />
Dmáx = v0/g.<br />
Observe que, se fizermos h = 0, teremos:<br />
(III) tgθmáx =v0/ = 1 ⇒ teta máx =<br />
45°. Como sabemos.<br />
Assim, quando o projétil chegar ao solo, teremos:<br />
x = D (alcance horizontal), y = 0 (projétil no solo) e t = T<br />
(duração do movimento).<br />
Portanto:<br />
(IV) Dmáx =v0/g.<br />
valor já conhecido.<br />
OLHA QUE LEGAL!!!!<br />
⇒ Dmáx = v0 2 /g,<br />
50<br />
(1) T = D/[v0 · cos(θ)] e<br />
(2) 0 = h + v0 · sen(θ) · T – 1/2 · g · T 2<br />
Substituindo-se na equação (2) o valor de T dado na<br />
equação (1) obtemos, após algum trabalho algébrico<br />
(método de Bhaskara):<br />
Vamos voltar aos atletas de arremesso de dardos. Para<br />
eles podemos adotar h ≈ 1,5 m, v0 ≈ 30 m/s e g = 9,8<br />
m/s 2 .
Assim:tgθmáx = v0/√(v0 2 + 2gh) = 30/√[(30) 2 + 2. 9,8 .<br />
1,5] ⇒<br />
tgθmáx ≈ 0,9841 ⇒ θmáx ≈ 44,5°. Sim, a diferença é<br />
pequena, mas existe.<br />
Se h assumir valores muito maiores, o valor de θmáx se<br />
afasta muito de 45° (para um mesmo valor de v0)! Veja:<br />
a) h = 5,0 m ⇒ θmáx ≈ 43,5°;<br />
d) O projétil, após 10s, encontra-se em uma altura de<br />
7,5km em relação ao solo.<br />
e) A velocidade e a aceleração de projétil, na altura<br />
máxima, são nulas.<br />
3) Um projétil é lançado obliquamente e gasta 6 s para<br />
retornar ao solo a uma distância de 240 m do ponto de<br />
lançamento.<br />
b) h = 10 m ⇒ θmáx ≈ 42,2°;<br />
c) h = 50 m ⇒ θmáx ≈ 34,7°, usando v0 ≈ 30 m/s.<br />
Bem..., então é isso: "alcance máximo com 45° só se o<br />
ponto de retorno ao solo estiver no mesmo nível do<br />
ponto do lançamento."<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) Um projétil é lançado obliquamente e leva 4 s para<br />
retornar ao solo.<br />
Determine a velocidade inicial e a altura máxima<br />
atingida pela bola.<br />
Determine a velocidade inicial e a altura máxima<br />
atingida pela bola.<br />
4) (UESB) Considere-se uma pedra sendo lançada<br />
obliquamente, de uma altura de 4,0m, com velocidade de<br />
módulo igual a 10,0m/s, sob um ângulo de 57º com a<br />
horizontal. Desprezando-se os efeitos das forças<br />
dissipativas e considerando-se o módulo de aceleração da<br />
gravidade local como sendo 10,0m/s 2 , sen57 o e cos57 o ,<br />
respectivamente, iguais a 0,8 e 0,6, é correto afirmar:<br />
a) O tempo que a pedra permanece no ar é de 1,6s.<br />
b) A altura máxima atingida é de 6,4m.<br />
c) O módulo da velocidade da pedra, ao atingir o solo, é<br />
de 10,0m/s.<br />
d) A velocidade da pedra, no ponto mais alto da<br />
trajetória, é nula.<br />
e) O alcance da pedra é de 12,0m.<br />
2) (UEFS) Um projétil é disparado do solo com<br />
velocidade de 1000 m/s, sob um ângulo de 53º com a<br />
horizontal. Considerando-se que o solo é plano e<br />
horizontal e que a aceleração da gravidade local é<br />
igual a 10m/s 2 , que sen 53º = 0,8 e que cos 53 o = 0,6,<br />
pode-se afirmar:<br />
a) O alcance do projétil é igual a 48 km.<br />
b) A altura máxima do projétil e atingida após 60s do<br />
lançamento.<br />
c) O ponto mais alto da trajetória tem altura de 30km em<br />
relação ao solo.<br />
5) (UESB) Um bolinha de gude é atirada obliquamente a<br />
partir do solo, de modo que os componentes horizontal e<br />
vertical de sua velocidade inicial sejam 5,0m/s e 8,0m/s,<br />
respectivamente. Adote g=10m/s 2 e despreze a<br />
resistência do ar. A bolinha toca o solo à distância x do<br />
ponto de lançamento, cujo valor é, em metros.<br />
a) 16<br />
b) 8,0<br />
c) 6,0<br />
d) 4,0<br />
e) 2,0<br />
51
6) (UEFS) Uma pedra é atirada para cima, do topo de um<br />
edifício de 12,8m de altura, com velocidade de 72 km/h,<br />
fazendo um ângulo de 37º com a horizontal.<br />
Considerando-se sen37 o = 0,6 e cos 37º = 0,8 pode-se<br />
concluir que o tempo, em segundos, em que a pedra<br />
permanece no ar é:<br />
a) 2,8<br />
b) 3,2<br />
c) 4,6<br />
d) 5,1<br />
e) 5,3<br />
7) (UEFS) Um pequeno corpo foi lançado<br />
horizontalmente de uma altura a 20,0m do solo e<br />
percorreu uma distância horizontal igual à metade da<br />
altura de onde caiu. Desprezando-se os efeitos da<br />
resistência do ar e considerando-se o módulo da<br />
aceleração da gravidade local como sendo 10,0m/s 2 , é<br />
correto afirmar que o corpo foi lançado com velocidade,<br />
em m/s, igual a:<br />
a) 5,0<br />
b) 7,0<br />
c) 10,0<br />
d) 12,0<br />
e) 20,0<br />
9) (FUVEST) Uma menina, segurando uma bola de<br />
tênis, corre com velocidade constante, de módulo igual a<br />
10,8 km/h,<br />
em trajetória retilínea, numa quadra plana e horizontal.<br />
Num certo instante, a menina, com o braço esticado<br />
horizontalmente ao lado do corpo, sem alterar o seu<br />
estado de movimento, solta a bola, que leva 0,5 s para<br />
atingir o solo. As distâncias sm e sb percorridas,<br />
respectivamente, pela menina e pela bola, na direção<br />
horizontal, entre o instante em que a menina soltou a<br />
bola (t = 0 s) e o instante t = 0,5 s, valem:<br />
a) sm = 1,25 m e sb = 0 m.<br />
b) sm = 1,25 m e sb = 1,50 m.<br />
c) sm = 1,50 m e sb = 0 m.<br />
d) sm = 1,50 m e sb = 1,25 m.<br />
e) sm = 1,50 m e sb = 1,50 m.<br />
10) Um projétil foi lançado obliquamente e atingiu a<br />
altura máxima de 80 m no instante em que a sua<br />
velocidade era de 20 m/s. se a gravidade é igual a 10<br />
m/s 2 , determine seu alcance horizontal e o tempo de<br />
permanência no ar.<br />
52<br />
8) (UESB) Um ponto material é lançado com<br />
velocidade v o = 10,0m/s, que faz um ângulo ɵ = 37º com<br />
a horizontal num local onde a aceleração da gravidade é<br />
constante e igual a 10,0m/s 2 .<br />
Desprezando-se a resistência do ar e considerando-se<br />
sen37º=0,6 e cos37º=0,8, é correto afirmar:<br />
01) O ponto material leva 1,5s para atingir a altura<br />
máxima.<br />
02) O ponto material atinge uma altura máxima igual a<br />
2,0m.<br />
03) A distância horizontal total percorrida pelo ponto<br />
material foi de 7,6m.<br />
04) A componente vertical da velocidade do ponto<br />
material é sempre diferente de zero.<br />
05) A componente horizontal da velocidade do ponto<br />
material é constante e igual a 8,0m/s.<br />
11) (UEFS) Um goleiro chuta uma bola, que se<br />
encontra parada no gramado, para um jogador situado a<br />
57 m da posição do goleiro. A bola é lançada com<br />
velocidade de 20m/s, fazendo um ângulo de 45 0 com o<br />
plano horizontal. Desprezando – se a resistência do ar,<br />
considerando-se o módulo da aceleração da gravidade 10<br />
m/s 2 e sabendo-se que sen 45 0 = cos 45 0 = 0,7, o módulo<br />
da velocidade do jogador para alcançar a bola, no<br />
instante em que toca o gramado, em m/s, deve ser<br />
aproximadamente:<br />
a) 4<br />
b) 5<br />
c) 6<br />
d) 7<br />
e) 8
12) No Planeta Flamengus, de gravidade desconhecida,<br />
uma bola é chutada formando um ângulo de 60 0 com a<br />
horizontal. Se a bola permanece 8 s no ar e possui 20 m/s<br />
no ponto de altura máxima, determine a velocidade<br />
inicial Vo de lançamento bem como seu alcance.<br />
(I) entre os instantes 10 s e 20 s;<br />
(II) entre os instantes 30 s e 40 s. De acordo com o<br />
gráfico, quais são os módulos das taxas de variação da<br />
velocidade escalar do veiculo conduzido pelo motorista<br />
imprudente, em m/s 2 , nos intervalos (I) e (II),<br />
respectivamente?<br />
a) 1,0 e 3,0.<br />
b) 2,0 e 1,0<br />
c) 2,0 e 1,5<br />
d) 2,0 e 3,0<br />
e) 10,0 e 30,0<br />
1) (TIPO ENEM)<br />
Rua da Passagem<br />
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
2) (TIPO ENEM) Paulo é um zoólogo que realiza suas<br />
observações em um ponto, o de observação, e guarda<br />
seus equipamentos em um outro ponto, o de apoio.<br />
Os automóveis atrapalham o trânsito.<br />
Gentileza é fundamental.<br />
Não adianta esquentar a cabeça.<br />
Menos peso do pé no pedal.<br />
Em certo dia, para realizar seu trabalho, fez o seguinte<br />
trajeto:<br />
• Partiu do ponto de apoio com destino ao de observação<br />
e, da metade do caminho, voltou ao ponto de apoio, para<br />
pegar alguns equipamentos que havia esquecido. Ali<br />
demorou apenas o suficiente para encontrar tudo de que<br />
necessitava. Em seguida, partiu novamente em direção<br />
ao ponto de observação, e lá chegou.<br />
O trecho da musica, de Lenine e Arnaldo Antunes<br />
(1999), ilustra a preocupação com o transito nas cidades,<br />
motivo de uma campanha publicitária de uma seguradora<br />
brasileira. Considere dois automóveis, A e B,<br />
respectivamente conduzidos por um motorista<br />
imprudente e por um motorista consciente e adepto da<br />
campanha citada. Ambos se encontram lado a lado no<br />
instante inicial t = 0 s, quando avistam um semáforo<br />
amarelo (que indica atenção, parada obrigatória ao se<br />
tornar vermelho). Os movimentos de A e B podem ser<br />
analisados por meio do gráfico, que representa a<br />
velocidade escalar de cada automóvel em função do<br />
tempo. As velocidades escalares dos veículos variam<br />
com o tempo em dois intervalos:<br />
• Depois de fazer algumas observações e anotações,<br />
partiu com destino ao ponto de apoio. Após alguns<br />
minutos de caminhada, lembrou que havia esquecido o<br />
binóculo no ponto de observação e, nesse instante,<br />
retornou para pega-lo. Ao chegar ao ponto de<br />
observação, demorou ali um pouco mais, pois avistou<br />
uma espécie rara e resolveu observá-la. Depois disso,<br />
retornou ao ponto de apoio, para guardar seus<br />
equipamentos, encerrando o seu trabalho nesse dia.<br />
O gráfico a seguir mostra a variação da distancia<br />
do zoólogo ao ponto de apoio, em função do tempo,<br />
medido em minutos, a partir do instante em que ele<br />
deixou o ponto de apoio pela primeira vez. Com base nas<br />
informações apresentadas e no gráfico acima, identifique<br />
as afirmativas corretas:<br />
53
I. O zoólogo chegou ao ponto de apoio, para pegar os<br />
equipamentos que ali havia esquecido, 10 minutos depois<br />
de ter saído desse ponto pela primeira vez.<br />
4) (TIPO ENEM)<br />
II. O zoólogo chegou ao ponto de observação, pela<br />
primeira vez, 15 minutos depois de ter saído do ponto de<br />
apoio, apos apanhar os equipamentos que ali havia<br />
esquecido.<br />
III. O zoólogo esteve no ponto de observação durante 20<br />
minutos.<br />
IV. O zoólogo notou que havia esquecido o binóculo, 5<br />
minutos apos deixar o ponto de observação.<br />
V. O tempo transcorrido da chegada do zoólogo ao ponto<br />
de observação, pela primeira vez, a sua chegada ao ponto<br />
de apoio, para encerrar o trabalho, foi de 50 minutos.<br />
Estão corretas apenas:<br />
a) I, III e IV<br />
b) II, III, IV e V<br />
c) I, III, IV e V<br />
d) III, IV e V<br />
e) I e II<br />
A figura mostra as pegadas de um homem a andar. O<br />
comprimento do passo, P, e a distancia entre as partes de<br />
trás de duas pegadas consecutivas. Para os homens, a<br />
fórmula n / P = 140 estabelece uma relação aproximada<br />
entre n e P, em que:<br />
n = numero de passos por minuto;<br />
P = comprimento do passo em metro.<br />
3) (TIPO ENEM) A direção de um veiculo automotor<br />
exige que o motorista esteja sempre em estado de alerta.<br />
Chama-se de “tempo de reação” o intervalo de tempo<br />
entre o reconhecimento de uma situação de perigo e a<br />
ação de resposta a esta situação. O tempo de reação de<br />
um individuo depende de vários fatores que podem ser<br />
definitivos (idade, deficiências de visão, audição, motora<br />
etc.) ou temporários (estado emocional, ingestão de<br />
álcool, drogas etc.). Considerando-se o tempo de reação<br />
médio de uma pessoa jovem e em bom estado de saúde<br />
igual a 0,75 segundo e o tempo de reação de uma pessoa<br />
alcoolizada igual a 2,5 segundos, a diferença entre as<br />
distâncias que essas duas pessoas percorreriam em uma<br />
estrada plana e retilínea ate parar um determinado carro,<br />
nas mesmas condições de trafegabilidade, inicialmente<br />
com velocidade escalar constante de 72,0 km/h e capaz<br />
de desacelerar 8,0 m/s 2 , seria, em metros, de<br />
a) 15,0<br />
b) 35,0<br />
c) 40,0<br />
d) 50,0<br />
e) 75,0<br />
Uma pessoa esta caminhando com velocidade constante<br />
e o comprimento de seu passo e P = 0,80m. O modulo da<br />
velocidade da pessoa, medido em km/h, e um valor mais<br />
próximo de:<br />
a) 5,0<br />
b) 5,1<br />
c) 5,2<br />
d) 5,3<br />
e) 5,4<br />
54
5) (TIPO ENEM) A fotografia abaixo é de esteiras<br />
rolantes.<br />
O gráfico distância-tempo, apresentado a seguir, permite<br />
comparar a “marcha em cima da esteira rolante” com a<br />
“marcha ao lado da esteira rolante”.<br />
Supondo-se que, no gráfico anterior, a velocidade com<br />
que duas pessoas andam seja aproximadamente a mesma,<br />
acrescente a ele uma semirreta (indicada pela letra C)<br />
que corresponda a uma pessoa que permaneça imóvel na<br />
esteira rolante. Assinale a alternativa correta:<br />
a)<br />
6) (TIPO ENEM) A distância aproximada para parar um<br />
veiculo em movimento e igual a soma da distância<br />
percorrida antes que o motorista comece a acionar os<br />
freios (distância do tempo de reação) e da distância<br />
percorrida durante a frenagem (distância de frenagem). O<br />
diagrama em caracol a seguir apresenta a distância<br />
teórica de parada para um veículo em boas condições de<br />
frenagem (um motorista particularmente atento, freios e<br />
pneus em perfeitas condições, uma rua seca com um bom<br />
revestimento do solo) e mostra como a distância de<br />
parada depende da velocidade.<br />
De acordo com o diagrama apresentado, o módulo da<br />
aceleração de freada (suposto constante) é um valor mais<br />
próximo de:<br />
a) 2,0m/s 2<br />
b) 3,0m/s 2<br />
c) 5,0m/s 2<br />
d) 6,0m/s 2<br />
e) 8,0m/s 2<br />
b)<br />
c)<br />
7) (TIPO ENEM) Leia o texto:<br />
No seu livro Diálogo sobre os dois principais sistemas do<br />
mundo: o ptolomaico e o copernicano, publicado em<br />
1632, Galileu Galilei (1564-1642) analisou a queda de<br />
um corpo em um navio parado e em movimento, discutiu<br />
a queda de um corpo do alto de uma torre, o movimento<br />
dos projéteis e o voo das aves na Terra em movimento.<br />
Em toda essa discussão, Galileu utilizou o princípio da<br />
relatividade do movimento ou princípio da<br />
55
independência dos movimentos. Esse mesmo princípio<br />
seria utilizado por Galileu para demonstrar a trajetória<br />
parabólica dos corpos lançados horizontalmente ou<br />
obliquamente de uma superfície acima do solo, conforme<br />
registrou no livro Discursos e demonstrações<br />
matemáticas em torno de duas novas ciências, publicado<br />
em 1638.<br />
a) Entre 0 e 1 segundo.<br />
b) Entre 1 e 5 segundos.<br />
c) Entre 5 e 8 segundos.<br />
d) Entre 8 e 11 segundos.<br />
e) Entre 12 e 15 segundos.<br />
Revista Brasileira de Ensino de <strong>Física</strong>, vol. 19, nº 2, junho 1997.<br />
Considere as seguintes afirmações:<br />
I. Um corpo pode estar em repouso em relação a um<br />
referencial e em movimento em relação a outro<br />
referencial.<br />
II. Considerando a Terra como referencial, pode-se dizer<br />
que ela gira em torno do Sol.<br />
III. Desprezando-se a resistência do ar, a trajetória de um<br />
corpo que é abandonado de um avião, em voo plano e<br />
horizontal, é um arco de parábola.<br />
IV. Uma bola de tênis é lançada horizontalmente,<br />
durante o serviço do tenista, com velocidade de 70 km/h.<br />
Desprezando-se a resistência do ar, pode-se afirmar que a<br />
bola atinge o solo com velocidade horizontal de 70 km/h.<br />
Está correto o que se afirma em:<br />
a) I, apenas.<br />
b) II, apenas.<br />
c) I, III e IV.<br />
d) II e III, apenas.<br />
e) I e IV, apenas<br />
8) (ENEM) Em uma prova de 100 m rasos, o<br />
desempenho típico de um corredor padrão é representado<br />
pelo gráfico a seguir:<br />
9) (ENEM) Em que intervalo de tempo o corredor<br />
apresenta aceleração máxima?<br />
a) Entre 0 e 1 segundo.<br />
b) Entre 1 e 5 segundos.<br />
c) Entre 5 e 8 segundos.<br />
d) Entre 8 e 11 segundos.<br />
e) Entre 9 e 15 segundos.<br />
10) (TIPO ENEM) Quando a <strong>Física</strong> ganha vida<br />
Interprete o gráfico seguinte para entender como a<br />
história do poema relaciona a variação da velocidade de<br />
um móvel em função do tempo.<br />
Estava na estrada,<br />
Movimento constante<br />
Para que continuar?<br />
Resolvi parar;<br />
Desacelerar.<br />
Algo ficou para trás;<br />
Dou a ré.<br />
Vou ver o que é.<br />
Não era nada.<br />
Voltando devo continuar,<br />
Agora mais devagar.<br />
Frear.<br />
Parado de novo<br />
Nada a regatar<br />
Acelero novamente<br />
Agora para frente.<br />
Baseado no gráfico, em que intervalo de tempo a<br />
velocidade do corredor é aproximadamente constante?<br />
José Wilmar Carvalho<br />
56
Observando o gráfico e com base nos seus<br />
conhecimentos sobre o movimento uniformemente<br />
variado, complete os parênteses com a correta<br />
classificação de cada trecho do movimento.<br />
III. Se o veículo apresenta um consumo de 1 litro de<br />
combustível a cada 10km rodados, então foram gastos 33<br />
litros de combustível em todo o percurso.<br />
IV. A velocidade média, nas duas primeiras horas, foi de<br />
20km/h.<br />
Das afirmações feitas, estão corretas:<br />
a) I, II, III e IV<br />
b) I, II e III, somente.<br />
c) I e IV, somente.<br />
( ) Progressivo Acelerado.<br />
( ) Progressivo Retardado.<br />
( ) Retrógrado Acelerado.<br />
( ) Retrógrado Retardado.<br />
( ) Movimento Uniforme.<br />
Assinale a sequência correta quanto ao preenchimento<br />
das lacunas:<br />
a) 52341<br />
b) 53214<br />
c) 45231<br />
d) 32541<br />
e) 42315<br />
11) (TIPO ENEM) O gráfico abaixo ilustra a velocidade<br />
de um veículo, em km/h, durante um período de 6 horas.<br />
Analise o gráfico e julgue os itens seguintes.<br />
d) II e IV, somente.<br />
e) III e IV, somente.<br />
12) (TIPO ENEM) “Santos Dumont desfere novo voo, e<br />
neste eleva-se a quase 44 metros do solo. O aparelho<br />
passa por cima da multidão frenética, delirante, que se<br />
precipita para ele, obrigando o aviador a uma parada<br />
brusca. O biplano aterrissa. O povo envolve o “14-Bis” e<br />
o seu piloto Santos é novamente carregado em triunfo.<br />
Santos Dumont havia percorrido uma distância de 220<br />
metros em 21 segundos.”<br />
(“A vida de grandes brasileiros - 7: Santos Dumont”. São Paulo: Editora Três,<br />
1974)<br />
A partir dos dados fornecidos pelo texto, pode-se afirmar<br />
que a velocidade escalar média do biplano 14-Bis, em<br />
km/h, é, aproximadamente:<br />
a) 30<br />
b) 38<br />
c) 45<br />
d) 50<br />
e) 54<br />
13) (BAHIANA/ESTADUAIS DA BAHIA) Assinale os<br />
itens corretos:<br />
(01) A área da figura em um gráfico da posição s em<br />
função do tempo t nos fornece a velocidade do corpo.<br />
I. Entre 5 e 6 horas, o veículo esteve parado.<br />
II. O veículo desenvolveu uma velocidade maior que<br />
70km/h durante um período de 3 horas.<br />
(02) A inclinação da reta no gráfico da velocidade v em<br />
função do tempo t é calculada através do senx , onde x é<br />
o ângulo formado entre a reta e o eixo horizontal.<br />
57
58<br />
(03) A velocidade média de um corpo em movimento<br />
uniforme ao longo de uma estrada reta pode ser obtida<br />
como sendo a razão entre a distância percorrida pelo<br />
corpo e o tempo gasto no percurso.<br />
(04) Um corpo percorre metade de uma estrada com<br />
velocidade V 1 e a outra metade com velocidade V 2. A<br />
velocidade média em toda a estrada é dada pela<br />
expressão V 1V 2/2(V 1 + V 2)<br />
(05) Um corpo que tem aceleração de 20 m/s 2 altera a<br />
velocidade em 20 m durante 1 s.<br />
(06) Considere três partículas A, B, C que só podem se<br />
mover ao longo de uma mesma reta. A respeito dos<br />
conceitos de repouso e movimento podemos afirmar que<br />
se A estiver parada em relação a B, e B estiver parada em<br />
relação a C, então A estará parada em relação a C e se A<br />
estiver em movimento em relação a B, e B estiver em<br />
movimento em relação a C, então A estará em<br />
movimento em relação a C.<br />
(07) Um corpo abandonado de uma altura H, percorre 25<br />
m no último segundo de queda. Desprezando-se a<br />
resistência do ar e adotando-se g=10m/s 2 , o valor de H é<br />
60 m.<br />
(08) Um jogador de basquete pula e fica 1 s no ar. A<br />
altura máxima atingida por ele é de 5 m.<br />
(09) Um corpo tem a sua velocidade V variando de<br />
acordo à expressão V = 5 + 2t, onde t é o tempo gasto.<br />
Esse corpo gasta 2 s para percorrer 14 m.<br />
(10) A equação da velocidade de um móvel é V = 20-5t .<br />
No instante 4 s o móvel muda de sentido.<br />
(11) Um corpo tem, num determinado instante,<br />
velocidade de - 10 m/s e aceleração de – 4 m/s 2 . Seu<br />
movimento é retrógrado e acelerado.<br />
(12) Em 10 min, certo móvel percorre 12 km. Nos 15<br />
min seguintes, o mesmo móvel percorre 20 km e, nos 5<br />
min que se seguem, percorre 4 km. Sua velocidade<br />
escalar média no SI, supondo constante o sentido do<br />
movimento, é 10 m/s.<br />
(13) Um viajante demorou 2h40min para ir de uma<br />
cidade A até outra B e o triplo desse tempo para ir de B<br />
até a cidade C. O tempo total gasto para ir de A a C foi 7<br />
h e 20 min.<br />
(14) Um automóvel mantém uma velocidade escalar<br />
constante de 72,0km/h. Em 1h10min ele percorre, em<br />
quilômetros, uma distância de 84 km.<br />
(15) De um navio foram emitidos, verticalmente, pulsos<br />
sonoros que retornaram ao ponto de partida 1,0 s após a<br />
emissão. Sabendo-se que a velocidade de propagação do<br />
som, na água, é de 1,5 km/s, pode-se concluir que o<br />
corpo que refletiu os pulsos estava a uma profundidade<br />
aproximadamente igual a 1500 m.<br />
(16) Dois corredores partem simultaneamente de um<br />
mesmo ponto e percorrem trajetórias perpendiculares<br />
com velocidades escalares constantes de 0,60 m/s e 0,80<br />
m/s, respectivamente. Após 1,0 min e 40 s de corrida, a<br />
distância entre eles é de 140 m.<br />
(17) Um passageiro perde um ônibus que saiu da<br />
rodoviária há 5 minutos e pega um táxi para alcançá-lo.<br />
O ônibus desenvolve uma velocidade média de 60 km/h<br />
e o táxi, uma de 90 km/h. Após 15 minutos o táxi alcança<br />
o ônibus.<br />
(18) Numa rampa íngreme de 32 m de comprimento, um<br />
corpo escorrega, a partir do repouso, chegando à base da<br />
rampa após 4,0 s. O movimento é uniformemente<br />
variado. A aceleração e a velocidade máxima atingida<br />
são, respectivamente 4 m/s 2 e 8 m/s.<br />
(19) Dizer que um movimento se realiza com uma<br />
aceleração escalar constante de 5m/s 2 significa que em<br />
cada segundo o móvel se desloca 5m.<br />
(20) Um corpo tem movimento retilíneo uniformemente<br />
variado e é tal que, nos instantes 5,0s e 15s, ele tem<br />
velocidade de 10 m/s e 30 m/s. Ele terá uma velocidade<br />
de 50 m/s no instante 20 s.<br />
(21) Um automóvel desenvolve velocidade v quando é<br />
freado, uniformemente, parando após percorrer, em<br />
trajetória retilínea, uma distância d. Nessas condições, o<br />
módulo da desaceleração imposta ao automóvel é igual a<br />
v 2 /4d.<br />
(22) Um corpo em queda livre percorre certa distância<br />
vertical em 2 segundos. Logo, a distância percorrida em<br />
6 s será dupla.<br />
(23) De uma janela de um edifício, uma pequena bateria<br />
(pilha) de relógio é atirada verticalmente para cima, com<br />
velocidade inicial de 20 m/s. Despreze a resistência do ar<br />
e considere g = 10 m/s 2 . No instante em que a velocidade<br />
da bateria é de 30 m/s, ela está a 25,0 m abaixo da janela.<br />
(24) Um corpo é abandonado da altura H. Dividindo-se a<br />
altura H em duas partes, de modo a serem percorridas em<br />
iguais intervalos de tempo, os percursos seriam,<br />
respectivamente, iguais a (supondo-se desprezível a<br />
resistência do ar) H/5 e 4H/5.<br />
(25) Um ponto material é lançado verticalmente para<br />
baixo de uma altura de 20 m com a velocidade escalar<br />
igual a 15 m/s. Desprezando-se a resistência do ar e
considerando-se o módulo da aceleração da gravidade<br />
local como sendo 10 m/s 2 , a velocidade escalar, em m/s,<br />
do ponto material imediatamente antes da sua colisão<br />
com a superfície do solo é de 25 m/s.<br />
(26) Para um corpo em queda livre, no vácuo, próximo à<br />
Terra, a velocidade é proporcional ao quadrado do<br />
tempo.<br />
(27) Lança-se um corpo verticalmente para cima. No<br />
instante em que ele atinge a altura máxima, podemos<br />
afirmar que possui velocidade e aceleração nulas.<br />
(28) Um corpo, partindo do repouso, desce sobre um<br />
plano inclinado com uma aceleração constante. Se o<br />
corpo percorre 18,0 m em 3 s, então esse corpo atinge<br />
uma velocidade igual a 72,0 km/h após um intervalo de<br />
tempo igual a 5s.<br />
(29) Um projétil é lançado do solo verticalmente para<br />
cima, com velocidade de módulo 40,0 m/s, no local onde<br />
o módulo da aceleração da gravidade é de 10 m/s 2 .<br />
Desprezando-se a resistência do ar, é correto afirmar que<br />
o módulo da velocidade média desenvolvida pelo projétil<br />
é igual a 40,0 m/s.<br />
(30) Um móvel percorre uma trajetória retilínea segundo<br />
a equação horária S=5 + 20t - 2t 2 , sendo S e t expressos,<br />
respectivamente, em metro e segundo. Admitindo-se o<br />
instante inicial t 0=0, á distância percorrida pelo móvel até<br />
parar será igual a 55 m.<br />
14) (UFLA-MG) Um vaso cai com v 0 = 0 de uma janela<br />
situada a uma altura h em relação ao solo, atingindo‐o<br />
com velocidade v. Desprezando‐se os efeitos do atrito<br />
do ar, é correto afirmar que, na metade do percurso:<br />
a) a velocidade do vaso é ( /2).v<br />
b) a velocidade do vaso é (1/2).v<br />
c) o tempo decorrido é igual à metade do tempo total da<br />
queda.<br />
d) a velocidade do vaso é 0,25 v.<br />
a) 96<br />
b) 90<br />
c) 84<br />
d) 80<br />
16) (UFLA-MG) Um objeto move-se com velocidade<br />
constante e percorre 80 cm em 2 s. Um estudante, ao<br />
analisar o movimento, faz a razão entre os números 2 e<br />
80, obtendo o valor 0,025. A interpretação CORRETA<br />
desse valor é:<br />
a) O objeto demora 1 s para percorrer 0,025 cm.<br />
b) Esse valor representa a velocidade do objeto.<br />
c) Esse valor representa a aceleração do objeto.<br />
d) O objeto demora 0,025 s para percorrer 1 cm.<br />
17) (FUVEST) Dirigindo-se a uma cidade próxima, por<br />
uma autoestrada plana, um motorista estima seu tempo<br />
de viagem, considerando que consiga manter uma<br />
velocidade média de 90 km/h. Ao ser surpreendido pela<br />
chuva, decide reduzir sua velocidade média para 60<br />
km/h, permanecendo assim até a chuva parar, quinze<br />
minutos mais tarde, quando retoma sua velocidade média<br />
inicial. Essa redução temporária aumenta seu tempo de<br />
viagem, com relação à estimativa inicial, em<br />
a) 5 minutos<br />
b) 7,5 minutos<br />
c) 10 minutos<br />
d) 15 minutos<br />
e) 30 minutos<br />
18) (AFA) O gráfico da posição (S) em função do tempo<br />
(t) a seguir representa o movimento retilíneo de um<br />
móvel.<br />
15) (UECE) Dois trechos sucessivos de uma estrada<br />
retilínea são percorridos por um automóvel da seguinte<br />
maneira: no 1.° trecho ele percorre 150 km a 100 km/h e<br />
no 2° trecho, percorre 60 km a 60 km/h. No percurso<br />
total a velocidade média do automóvel, em km/h, é igual<br />
a<br />
59
A partir do gráfico é correto afirmar que,<br />
a) no primeiro segundo, o seu movimento é progressivo.<br />
b) entre 1 s e 3 s, a aceleração é negativa.<br />
c) no instante 2 s, a velocidade do móvel é nula.<br />
d) nos instantes 1 s e 3 s, os vetores velocidades são<br />
iguais.<br />
19) (UFAM) Dois automóveis A e B partem<br />
simultaneamente de um mesmo ponto e suas velocidades<br />
em função do tempo são mostradas no mesmo gráfico a<br />
seguir.<br />
21) (FEI) Da calçada, João atira para cima uma pequena<br />
esfera de vidro com velocidade de 20 m/s. No mesmo<br />
instante, Pedro solta uma esfera igual de uma altura de<br />
50 m acima do ponto de lançamento. Em que altura<br />
acima do ponto de lançamento as duas esferas se<br />
encontraram pela 1ª vez?<br />
a) 18,75 m<br />
b) 32,25 m<br />
c) 25,00 m<br />
d) 30,00 m<br />
e) 15,25 m<br />
22) As partículas A e B deslocam-se ao longo do eixo 0x<br />
com velocidades escalares dadas pelo gráfico a seguir,<br />
sendo que no instante t0 = 0 ambas estão na origem do<br />
sistema de coordenadas. No instante t = 2,0s, A e B<br />
estão, respectivamente, nos pontos de abscissas x 1 e x 2,<br />
com acelerações escalares a 1 e a 2.<br />
A distância que separa os móveis após 8 s é:<br />
a) 12 m<br />
b) 6 m<br />
c) 10 m<br />
d) 5 m<br />
e) 8 m<br />
20) (VUNESP) Em um aparelho simulador de queda<br />
livre de um parque de diversões, uma pessoa<br />
devidamente acomodada e presa a uma poltrona é<br />
abandonada a partir do repouso de uma altura h acima do<br />
solo. Inicia-se então um movimento de queda livre<br />
vertical, com todos os cuidados necessários para a<br />
máxima segurança da pessoa. Se g é a aceleração da<br />
gravidade, a altura mínima a partir da qual deve-se<br />
iniciar o processo de frenagem da pessoa, com<br />
desaceleração constante 3g, até o repouso no solo é<br />
a) h/8<br />
Podemos afirmar que:<br />
a) a 1 = a 2<br />
b) a 1>a 2<br />
c) x 1 = x 2<br />
d) x 1 > x 2<br />
e) x 1 >x 2 e a 2 >a 1<br />
23) (UFMG) Um carro está andando ao longo de uma<br />
estrada reta e plana. Sua posição em função do tempo<br />
está representada neste gráfico:<br />
b) h/6<br />
c) h/5<br />
d) h/4<br />
e) h/2<br />
60
Sejam vA, vB e vC os módulos das velocidades do carro,<br />
respectivamente, nos pontos A, B e C, indicados nesse<br />
gráfico. Com base nessas informações, é CORRETO<br />
afirmar que<br />
a) v A < v B < v C .<br />
b) v B < v C < v A .<br />
c) v A < v C < v B .<br />
d) v B < v A < v C .<br />
IV. A velocidade do objeto ao atingir o solo é igual a 40<br />
m/s.<br />
a) Somente a afirmação I está correta.<br />
b) Somente as afirmações I e II estão corretas.<br />
c) Todas estão corretas.<br />
d) Somente as afirmações I e IV estão corretas.<br />
e) Somente as afirmações II e III estão corretas.<br />
24) (UNESP) Um veículo A passa por um posto policial<br />
a uma velocidade constante acima do permitido no local.<br />
Pouco tempo depois, um policial em um veículo B parte<br />
em perseguição do veículo A.<br />
Os movimentos dos veículos são descritos nos gráficos<br />
da figura.<br />
26) (UERJ) Numa operação de salvamento marítimo, foi<br />
lançado um foguete sinalizador que permaneceu aceso<br />
durante toda sua trajetória. Considere que a altura h, em<br />
metros, alcançada por este foguete, em relação ao nível<br />
do mar, é descrita por h = 10 + 5t - t 2 , em que t é o<br />
tempo, em segundos, após seu lançamento. A luz emitida<br />
pelo foguete é útil apenas a partir de 14 m acima do nível<br />
do mar. O intervalo de tempo, em segundos, no qual o<br />
foguete emite luz útil é igual a:<br />
a) 3<br />
b) 4<br />
c) 5<br />
d) 6<br />
Tomando o posto policial como referência para<br />
estabelecer as posições dos veículos e utilizando as<br />
informações do gráfico, calcule:<br />
a) a distância que separa o veículo B de A no instante t =<br />
15,0 s.<br />
b) o instante em que o veículo B alcança A.<br />
25) (PUC) Em um planeta, isento de atmosfera e onde a<br />
aceleração gravitacional em suas proximidades pode ser<br />
considerada constante igual a 5 m/s 2 , um pequeno objeto<br />
é abandonado em queda livre de determinada altura,<br />
atingindo o solo após 8 segundos.<br />
Com essas informações, analise as afirmações:<br />
I. A cada segundo que passa a velocidade do objeto<br />
aumenta em 5 m/s durante a queda.<br />
II. A cada segundo que passa, o deslocamento vertical do<br />
objeto é igual a 5 metros.<br />
III. A cada segundo que passa, a aceleração do objeto<br />
aumenta em 4 m/s2 durante a queda.<br />
27) (UESB) Um trem desloca-se entre duas estações por<br />
uma ferrovia plana e retilínea. Durante os primeiros 40<br />
segundos, ele parte do repouso com uma aceleração cujo<br />
módulo é 0,2m/s 2 . Em seguida, a velocidade é mantida<br />
constante durante 1 minuto e, logo após, o trem é freado<br />
com aceleração de módulo igual a 0,4m/s 2 até pará-lo.<br />
Desprezando-se as forças de atrito, pode-se afirmar que o<br />
trem percorreu nesse trajeto uma distância, em metros,<br />
igual a:<br />
01) 720<br />
02) 680<br />
03) 540<br />
04) 490<br />
05) 450<br />
28) (Unicamp) A figura a seguir mostra o esquema<br />
simplificado de um dispositivo colocado em uma rua<br />
para controle de velocidade de automóveis (dispositivo<br />
popularmente chamado de radar). Os sensores S1 e S2‚ e<br />
a câmera estão ligados a um computador. Os sensores<br />
61
enviam um sinal ao computador sempre que são<br />
pressionados pelas rodas de um veículo. Se a velocidade<br />
do veículo está acima da permitida, o computador envia<br />
um sinal para que a câmera fotografe sua placa traseira<br />
no momento em que esta estiver sobre a linha tracejada.<br />
Para um certo veículo, os sinais dos sensores foram os<br />
seguintes:<br />
a) Suponha a não-existência de qualquer tipo de lesão no<br />
interior da massa encefálica. Determine o tempo gasto<br />
para registrar o eco proveniente do ponto A da figura.<br />
b) Suponha, agora, a existência de uma lesão. Sabendo<br />
que o tempo gasto para o registro do eco foi de 0,5 x 10 -4<br />
s, calcule a distância do ponto lesionado até o ponto A.<br />
Dado: velocidade do ultrassom no cérebro = 1540 m/s<br />
31) (UPE) Um bombardeiro, em vôo horizontal e no<br />
instante de abandonar as bombas, mantém a perigosa<br />
velocidade de 288km/h. A colisão das bombas com o<br />
solo, horizontal, se faz segundo um ângulo de 45 0 . A<br />
altura do avião, ao efetuar a operação, vale quanto?<br />
a) Determine a velocidade do veículo em km/h.<br />
b) Calcule a distância entre os eixos do veículo.<br />
29) (EFEI) A velocidade de um projétil lançado<br />
verticalmente para cima varia de acordo com o gráfico da<br />
figura. Determine a altura máxima atingida pelo projétil,<br />
considerando que esse lançamento se dá em um local<br />
onde o campo gravitacional é diferente do da Terra.<br />
30) Observe, na figura adiante, que a região de tecido<br />
encefálico a ser investigada no exame é limitada por<br />
ossos do crânio. Sobre um ponto do crânio se apoia o<br />
emissor/receptor de ultrassom.<br />
32) (UPE) Do alto de uma mesa a 0,8m acima do solo<br />
uma moeda é lançada horizontalmente. Da projeção, no<br />
solo, do local onde ela abandona a mesa até o ponto de<br />
impacto, no solo suposto horizontal, é medida a distância<br />
de 1,2m. Os módulos das velocidades, de lançamento e<br />
de impacto com o solo, valem, respectivamente, em m/s,<br />
quanto?<br />
33) (UPE) Um jogador de futebol passa pelo goleiro e,<br />
com a barra desguarnecida, chuta a bola em direção à<br />
mesma com uma velocidade inicial de 20m/s e fazendo<br />
um ângulo de 300 com a horizontal. Sabendo que a barra<br />
tem 2,5m de altura e que no instante do chute a bola se<br />
encontrava a 17,3m da barra, podemos afirmar que:<br />
a) a bola bate na trave.<br />
b) a bola passa a 1,25m acima da trave.<br />
c) a bola morre no fundo da rede (gol).<br />
d) a bola passa a 2,5m acima da trave.<br />
e) nada podemos afirmar.<br />
(Adaptado de The Macmillan visual dictionary. New York: Macmillan Publishing<br />
Company, 1992.)<br />
34) (UFPB) Numa das modalidades de saque do voleibol<br />
(viagem ao fundo do mar), o jogador lança a bola de uma<br />
das extremidades da quadra, a uma altura de 3,2m e com<br />
velocidade horizontal. Sabendo que a quadra tem 16m de<br />
comprimento, calcule a máxima velocidade, em m/s, que<br />
o jogador pode imprimir à bola para que ela não<br />
ultrapasse os limites da quadra.<br />
62
35) (UFBA) Uma jogadora de basquete joga uma bola<br />
com velocidade de módulo 8m/s, formando um ângulo<br />
de 60 0 com a horizontal, para cima. O arremesso é tão<br />
perfeito que o atleta faz a cesta sem que a bola toque no<br />
aro. Desprezando a resistência do ar, assinale a(s)<br />
proposição (ões) verdadeira(s).<br />
(01) o tempo gasto pela bola para alcançar o ponto mais<br />
alto da sua trajetória é de 0,5s.<br />
(02) o módulo da velocidade da bola, no ponto mais alto<br />
da sua trajetória, é igual a 4m/s.<br />
(04) a aceleração da bola é constante em módulo, direção<br />
e sentido desde o lançamento até a bola atingir a cesta.<br />
c) 20<br />
d) 50<br />
e) 30<br />
38) (UFMG) Uma jogadora de basquete arremessa uma<br />
bola tentando atingir a cesta. Parte da trajetória seguida<br />
pela bola está representada na figura.<br />
Considerando a resistência do ar, assinale a alternativa<br />
cujo diagrama melhor representa as forças que atuam<br />
sobre a bola no ponto P dessa trajetória.<br />
(08) a altura que a bola atinge acima do ponto de<br />
lançamento é de 1,8m.<br />
(16) a trajetória descrita pela bola desde o lançamento até<br />
atingir a cesta é uma parábola.<br />
36) (UFBA) Um projétil é lançado do chão com<br />
velocidade escalar inicial V 0 e ângulo 0 em relação ao<br />
plano horizontal. Despreze qualquer forma de atrito.<br />
Determine quais das proposições abaixo são corretas:<br />
(01) o movimento do projétil se dá num plano.<br />
39) (U. Uberaba-MG/Pias) Em um jogo de futebol, um<br />
jogador lança a bola para o seu companheiro, localizado<br />
a certa distância, em um movimento como o<br />
esquematizado na figura abaixo.<br />
(02) quanto maior o ângulo 0, entre 0 0 e 90 0 , maior o<br />
alcance do projétil.<br />
(04) quanto maior a velocidade escalar inicial V 0, maior<br />
o alcance do projétil.<br />
(08) o tempo de subida do projétil, até o ponto de altura<br />
máxima, é igual ao tempo de descida até o chão.<br />
(16) no ponto de altura máxima a velocidade do projétil é<br />
nula.<br />
(32) a componente horizontal da velocidade do projétil<br />
varia uniformemente.<br />
(64) durante todo o movimento a aceleração é variável e<br />
tangente à curva descrita pelo projétil.<br />
37) (UFSE) Um projétil é lançado com velocidade inicial<br />
de 50 m/s, num ângulo de 53º acima da horizontal.<br />
Adotando g = 10 m/s 2 , sen 53º=0,80 e cos 53º =0,60, o<br />
módulo da velocidade do projétil no instante t = 4,0 s é,<br />
em m/s:<br />
a) zero<br />
b) 40<br />
Assinale a alternativa incorreta.<br />
a) Durante todo o movimento da bola, o módulo de sua<br />
velocidade vertical diminui durante a subida e aumenta<br />
na descida.<br />
b) A trajetória descrita pela bola pode ser analisada<br />
através da composição dos movimentos uniforme e<br />
uniformemente variado.<br />
c) O alcance da bola, distância máxima percorrida no<br />
eixo x, é função do ângulo de lançamento .<br />
d) No ponto de altura máxima, a velocidade da bola<br />
sempre tangente à trajetória, tem o módulo igual a zero.<br />
40) (UPE) Determinada jogada tem sido observada com<br />
frequência nos jogos recentes de futebol: o arremesso<br />
lateral funcionando como um lançamento na grande área.<br />
63
Na copa do mundo, foi um lance muito usado para criar<br />
chances de gol. Consideremos que os jogadores são de<br />
igual altura de modo que os pontos de lançamento e<br />
recepção estão no mesmo nível. As considerações<br />
seguintes referem-se à física envolvida nessa jogada.<br />
Identifique a correta.<br />
mesma altura e ao mesmo tempo, quando a resistência do<br />
ar é desprezada?<br />
a) O objeto de maior massa atingirá o solo primeiro.<br />
b) O objeto de menor massa atingirá o solo primeiro.<br />
c) Os dois atingirão o solo simultaneamente.<br />
d) O objeto mais leve percorrerá distância maior.<br />
e) As acelerações de cada objeto serão diferentes.<br />
43) (Unicap-PE) Um goleiro, ao bater um tiro de meta,<br />
chuta a bola com uma velocidade de módulo 90 km/h,<br />
formando um ângulo de 30 o com a horizontal. Use g = 10<br />
m/s 2 . (Despreze a resistência do ar.).<br />
a) A velocidade da bola, quando esta toca na cabeça do<br />
atacante, é menor do que a velocidade de lançamento.<br />
b) O ângulo de lançamento não influi no alcance. Tudo<br />
depende da força do arremessador.<br />
c) Se o ângulo de lançamento for de 45º, a bola chegará<br />
ao atacante com velocidade maior que a do lançamento.<br />
d) O arremessador afasta-se da linha lateral e corre antes<br />
do lançamento com o objetivo de conseguir maior<br />
componente vertical da velocidade.<br />
e) A corrida antes do lançamento não tem qualquer<br />
influência, pois o jogador tem de estar parado na hora do<br />
arremesso.<br />
41) (ITA) Uma bola é lançada horizontalmente do alto de<br />
um edifício, tocando o solo decorridos aproximadamente<br />
2s. Sendo de 2,5 m a altura de cada andar, o número de<br />
andares do edifício é:<br />
a) 5<br />
b) 6<br />
c) 8<br />
d) 9<br />
e) indeterminado, pois a velocidade horizontal de<br />
arremesso da bola não foi fornecida.<br />
42) (U.E. Londrina) O que acontece com o movimento<br />
de dois corpos, de massas diferentes, ao serem lançados<br />
horizontalmente com a mesma velocidade, de uma<br />
I - II<br />
0 - 0 A componente vertical da velocidade inicial tem<br />
módulo igual a 45 km/h.<br />
1 - 1 Quando a bola atinge a altura máxima, sua<br />
velocidade é horizontal e de módulo igual a 45km/h.<br />
2 - 2 A altura máxima que a bola atinge é 9,0m.<br />
3 - 3 O tempo que a bola gasta para atingir a altura<br />
máxima é de 2,5s.<br />
4 - 4 O alcance da bola é de 125m.<br />
44) (Unic-MT) Um projétil é lançado numa direção que<br />
forma um ângulo de 45 o com a horizontal. No ponto de<br />
altura máxima, o módulo da velocidade desse projétil é<br />
10 m/s. Considerando que a resistência do ar seja<br />
desprezível e que g = 10 m/s 2 , então seu alcance máximo<br />
em metros será de:<br />
a) 10<br />
b) 20<br />
c) 30<br />
d) 40<br />
e) 50<br />
45) (UEFS) Pode-se analisar o lançamento horizontal de<br />
uma partícula, decompondo-o ao longo de um eixo<br />
horizontal e de um vertical. A partir dessa análise, podese<br />
inferir que, no movimento da partícula, desprezandose<br />
a resistência do ar,<br />
a) a trajetória descrita é uma reta.<br />
64
) o módulo da componente vertical da velocidade<br />
diminui no decorrer do tempo.<br />
c) a componente horizontal da velocidade de lançamento<br />
permanece constante<br />
d) o deslocamento horizontal independe do valor da<br />
aceleração da gravidade local.<br />
e) o deslocamento vertical depende do valor da<br />
velocidade de lançamento.<br />
46) (UnB) A figura abaixo mostra um atleta arqueiro<br />
paraolímpico em ação. Nessa figura estão também<br />
representadas duas tensões F de mesma intensidade e que<br />
atuam sobre a corda do arco.<br />
o atleta será considerado um ponto material (identificado<br />
com seu centro de massa), localizado no início do salto<br />
na origem do sistema de coordenadas, e o solo é<br />
representado pelo eixo das abscissas. Considerando a<br />
analogia mencionada e representando por v0 a<br />
velocidade inicial, g a aceleração da gravidade e θ o<br />
ângulo que v0 faz com a horizontal, julgue o item<br />
seguinte.<br />
48) A trajetória do centro de massa do atleta em função<br />
do tempo t é uma parábola cujo coeficiente do termo que<br />
contém t 2 é negativo. A altura máxima h ocorre quando t<br />
=<br />
49) A distância horizontal d percorrida pelo atleta pode<br />
ser corretamente calculada pela equação<br />
Assumindo que, inicialmente, a flecha está orientada<br />
horizontalmente e que, após ser lançada, sofre apenas a<br />
ação da força gravitacional, julgue os itens subsequentes,<br />
desconsiderando as forças de atrito.<br />
46) Após o lançamento, o movimento da flecha na<br />
direção horizontal será uniformemente variável.<br />
47) A componente vertical da resultante das forças que<br />
agem sobre a flecha, antes de ser lançada, é nula.<br />
Além disso, considerando que essa equação representa d<br />
como função de θ, conclui-se que o valor máximo dessa<br />
função é igual a Vo 2 /g.<br />
50) (UFPE) Um jogador de tênis quer sacar a bola de tal<br />
forma que ela caia na parte adversária da quadra, a 6<br />
metros da rede. Qual o inteiro mais próximo que<br />
representa a menor velocidade, em m/s, para que isto<br />
aconteça? Considere que a bola é lançada<br />
horizontalmente do início da quadra, a 2,5m do chão, e<br />
que o comprimento total da quadra é 28m, sendo<br />
dividida ao meio por uma rede. Despreze a resistência do<br />
ar e as dimensões da bola. A altura da rede é 1m.<br />
(UnB) O salto em distância de um atleta paraolímpico<br />
pode ser modelado de forma equivalente ao lançamento<br />
de um projétil, conforme esquema acima. Nesse modelo,<br />
51) (FEI) Uma esfera de aço de massa 200g desliza sobre<br />
uma mesa plana com velocidade igual a 2m/s. A mesa<br />
está a 1,8m do solo. A que distância da mesa a esfera irá<br />
65
tocar o solo? Obs.: despreze o atrito. Considere g = 10<br />
m/s 2<br />
a)1,25m<br />
b) 0,5m<br />
b) h = 16,2 m; x = 9,0 m<br />
c) h = 8,1 m; x = 9,0 m<br />
d) h = 10,0 m; x = 18,0 m<br />
c) 0,75m<br />
d) 1,0m<br />
e) 1,2m<br />
52) (PUC PR) Um projétil de massa 100g é lançado<br />
obliquamente a partir do solo, para o alto, numa direção<br />
que forma 60° com a horizontal com velocidade de<br />
120m/s, primeiro na Terra e posteriormente na Lua.<br />
Considerando a aceleração da gravidade da Terra o<br />
sêxtuplo da gravidade lunar, e desprezíveis todos os<br />
atritos nos dois experimentos, analise as proposições a<br />
seguir:<br />
I- A altura máxima atingida pelo projétil é maior na Lua<br />
que na Terra.<br />
II- A velocidade do projétil, no ponto mais alto da<br />
trajetória será a mesma na Lua e na Terra.<br />
III- O alcance horizontal máximo será maior na Lua.<br />
IV- A velocidade com que o projétil toca o solo é a<br />
mesma na Lua e na Terra.<br />
Está correta ou estão corretas:<br />
a) apenas III e IV.<br />
b) apenas II.<br />
c) apenas III.<br />
d) todas.<br />
e) nenhuma delas.<br />
53) (UECE) Uma bola é lançada verticalmente para<br />
cima, com velocidade de 18 m/s, por um rapaz situado<br />
em carrinho que avança segundo uma reta horizontal, a<br />
5,0 m/s. Depois de atravessar um pequeno túnel, o rapaz<br />
volta a recolher a bola, a qual acaba de descrever uma<br />
parábola, conforme a figura. Despreza-se a resistência do<br />
ar e g=10 m/s 2 A altura máxima h alcançada pela bola e<br />
o deslocamento horizontal x do carrinho, valem,<br />
respectivamente:<br />
54) (UECE) Uma menina chamada Clara de Assis,<br />
especialista em salto à distância, consegue, na Terra, uma<br />
marca de 8,0m. Na Lua, onde a aceleração da gravidade<br />
é 1/6 de seu valor na Terra, a atleta conseguiria saltar,<br />
mantidas idênticas condições de salto:<br />
a) 8 m<br />
b) 16 m<br />
c) 48 m<br />
d) 96 m<br />
55) (UFBA) Assinale V ou F para os itens abaixo:<br />
( ) O movimento do centro de massa de uma baleia, do<br />
início de um salto parabólico até a altura máxima, livre<br />
da resistência do ar, resulta da composição dos<br />
movimentos uniforme e uniformemente retardado.<br />
( ) Um golfinho, em salto de trajetória parabólica, na<br />
ausência de forças dissipativas, tem, na altura máxima,<br />
energia mecânica equivalente à energia potencial<br />
gravitacional.<br />
56) (UERJ) À margem de um lago, uma pedra é lançada<br />
com velocidade inicial V0. No esquema abaixo, A<br />
representa o alcance da pedra, H a altura máxima que ela<br />
atinge, e θ seu ângulo de lançamento sobre a superfície<br />
do lago. Sabendo que A e H são, em metros,<br />
respectivamente iguais a 10 e 0,1, determine, em graus, o<br />
ângulo θ de lançamento da pedra.<br />
a) h = 16,2 m; x = 18,0 m<br />
66
57) Um caminhão se desloca em movimento retilíneo e<br />
horizontal, com velocidade constante de 20m/s. Sobre<br />
sua carroceria, está um canhão, postado para tiros<br />
verticais, conforme indica a figura. A origem do sistema<br />
de coordenadas coincide com a boca do canhão e, no<br />
instante t=0, ele dispara um projétil, com velocidade de<br />
80m/s. Despreze a resistência do ar e considere g =<br />
10m/s 2 . Determine o deslocamento horizontal do projétil,<br />
em m, até ele retornar à altura de lançamento, em relação<br />
ao solo.<br />
58) Um projétil é lançado obliquamente no ar, com<br />
velocidade inicial V 0 = 20 m/s, a partir do solo. No ponto<br />
mais alto de sua trajetória, verifica-se que ele tem<br />
velocidade igual à metade de sua velocidade inicial. Qual<br />
a altura máxima, em metros, atingida pelo projétil?<br />
(Despreze a resistência do ar.)<br />
59) O famoso salto duplo twist carpado de Daiane dos<br />
Santos foi analisado durante um dia de treinamento no<br />
Centro Olímpico em Curitiba, através de sensores e<br />
filmagens que permitiram reproduzir a trajetória do<br />
centro de gravidade de Daiane na direção vertical (em<br />
metros), assim como o tempo de duração do salto. De<br />
acordo com o gráfico, determine:<br />
a) A altura máxima atingida pelo centro de gravidade de<br />
Daiane.<br />
b) A velocidade média horizontal do salto, sabendo-se<br />
que a distância percorrida nessa direção é de 1,3m.<br />
c) A velocidade vertical de saída do solo.<br />
67
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />
D C B E B D A C A A<br />
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20<br />
E B FFVFF FFFVV<br />
VFFVF FFFFV<br />
A C D A C E D<br />
FFVFV FFVFF<br />
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30<br />
A E C a) 250 D A 1 a)72km/h b) 3 m 50 a) 1,3x10 -4 s b) 6,15 cm<br />
m b)<br />
40<br />
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40<br />
320m 3 e 5 D 20 22 13 E B D A<br />
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50<br />
C C VFFFF B C F V V V 28<br />
51 52 53 54 55 56 57 58 59<br />
E D A C VF arc tg<br />
0,04<br />
320 15 a)1,52m, b)1,2m/s,<br />
c)5,5m/s<br />
ANOTAÇÕES:<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
68
CAPÍTULO 5 – MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME<br />
tração animal ou humana, sem plataformas, com os<br />
cavalos de madeira pendurados por cordas ou correntes<br />
que saiam do chão. Compreender as leis da cinemática<br />
que regem o movimento circular de um carrossel é um<br />
dos objetivos desse nosso capítulo.<br />
2 – A CINEMÁTICA DO MOVIMENTO<br />
CIRCULAR UNIFORME<br />
1 – O CARROSSEL E SUAS ORIGENS<br />
Movimentos circulares são muito comuns na<br />
natureza. As palhetas de um ventilador, um CD e o pneu<br />
de um carro são apenas alguns exemplos que fazem parte<br />
de nosso cotidiano. De uma maneira geral podemos<br />
afirmar que uma partícula está em movimento circular<br />
quando sua trajetória é uma circunferência. Em situações<br />
onde o valor numérico da velocidade permanece<br />
constante, dizemos que o corpo descreve um Movimento<br />
Circular Uniforme.<br />
3 – PERÍODO E FREQUÊNCIA<br />
O Carrossel é um brinquedo próprio de parques<br />
de diversões constituído de uma grande peça circular<br />
que, girando em torno de um eixo vertical, tem em suas<br />
extremidades figuras de madeira ou outro material que<br />
servem de assento, tradicionalmente cavalos (que se<br />
movem para cima e para baixo, simulando o galope do<br />
animal real), mas também outros animais, carros, motos,<br />
aviões ou mesmo simples cadeiras. Em suas origens o<br />
nome significava “pequena batalha”, definindo uma<br />
brincadeira que servia como exercício de preparação para<br />
combates praticada por cavaleiro turcos e árabes no<br />
século XII, posteriormente copiada pelos cruzados<br />
durante a Idade Média. A representação mais antiga<br />
conhecida como carrossel, porém, está em um baixorelevo<br />
bizantino, datado de cerca de 500 d.C., que mostra<br />
em cestas suspensas a partir de um poste central. Até<br />
1861, quando surgiu o primeiro carrossel nos “moldes<br />
atuais”, movido a vapor, os carrosséis eram movidos por<br />
Cotidianamente utilizamos o conceito de<br />
frequência(f). A frequência do aluno na sala de aula, o n°<br />
de vezes que uma pessoa teve gripe, a frequência de<br />
quantas vezes o Flamengo venceu o Vasco da Gama no<br />
último campeonato... Enfim, são situações que nos<br />
mostram o conceito de frequência: o n° de vezes que um<br />
fenômeno ocorre num determinado intervalo de tempo.<br />
Exemplos:<br />
1) Qual a frequência de Joãozinho na escola? - 5<br />
vezes por semana. N° de vezes que o fenômeno<br />
ocorre (5) num intervalo de tempo (1 semana).<br />
2) Qual a frequência com que o Flamengo ganha do<br />
Vasco da Gama? - 10 vezes em 10 jogos. N° de<br />
vezes que o fenômeno ocorre (10) num intervalo de<br />
tempo (10 jogos).<br />
Daí nossa equação:<br />
f = N/ Δ t<br />
O MCU é periódico, ou seja, cada volta na circunferência<br />
ocorre no mesmo intervalo de tempo. A definição de<br />
período (T) vem daí: é o intervalo de tempo gasto pela<br />
69
partícula para completar uma volta, ou de uma forma<br />
mais ampla é o tempo gasto para a repetição do<br />
fenômeno (volta). A frequência e o período são<br />
inversamente proporcionais e obedecem a relação:<br />
T = 1/f<br />
No SI as unidades de frequência e período são:<br />
período (T)- segundo (s) frequência (f) - 1 /s ou RPS<br />
(rotações/segundo) ou Hertz (Hz)<br />
É comum surgir uma outra unidade para<br />
frequência: RPM (rotações/minuto). Transformando para<br />
o SI:<br />
1Hz = 60 RPM<br />
4 – VELOCIDADE ESCALAR (LINEAR)<br />
O vetor tangente à trajetória que representa a<br />
velocidade de uma partícula é denominado velocidade<br />
tangencial. O módulo da velocidade tangencial é<br />
denominado velocidade escalar ou velocidade linear.<br />
Quando uma partícula completa uma volta, ela percorre<br />
uma distância igual ao comprimento da circunferência<br />
por ele descrita, num intervalo de tempo igual a um<br />
período.<br />
1 volta:<br />
Δ x = comprimento da circunferência (2πR)<br />
Δ t = T<br />
A unidade da velocidade escalar (linear) no SI é o m/s.<br />
5 - VELOCIDADE ANGULAR<br />
A velocidade angular (ω) é uma grandeza<br />
vetorial. No entanto, no MCU, a velocidade angular é<br />
constante. Quando uma partícula efetua um movimento<br />
circular, o raio que a acompanha descreve um ângulo Δφ,<br />
num intervalo de tempo Δ t. Numa volta completa temos<br />
Δφ= 2π radiano, num intervalo de tempo igual ao<br />
período.<br />
1 volta:<br />
Δφ=2π rad<br />
Δ t = T<br />
ATENÇÃO GALERA!!!<br />
a velocidade escalar de um disco, que gira com<br />
frequência f, depende da distância do ponto<br />
considerado ao centro do disco (raio).<br />
polias ligadas por correia são duas polias que<br />
giram ligadas por uma correia ou por uma corrente.<br />
Quando não há deslizamento, as velocidades<br />
escalares periféricas das duas polias são iguais. O<br />
mesmo ocorre para engrenagens, cujos dentes se<br />
encaixam.<br />
V1 = V2 2π r1 f1 = 2π r2 f2 r1 f1 = r2 f2<br />
R é o raio da circunferência<br />
Dessa forma,<br />
Assim:<br />
ω = ∆φ/Δt<br />
V = Δx/ Δ t<br />
ω =<br />
ou, como<br />
V = 2πR/T ou, como f= 1/T<br />
V= 2 πRf<br />
f= 1/T<br />
ω = 2πf<br />
70
A unidade da velocidade angular no SI é o radiano por<br />
segundo (rad/s).<br />
Pode-se demonstrar que o módulo da aceleração<br />
centrípeta, em função da velocidade escalar (V) e do raio<br />
da trajetória (R), pode ser dado por:<br />
acp= V 2 /R<br />
A unidade da aceleração centrípeta no SI é o m/s 2 .<br />
1<br />
2<br />
ω 1 = ω 2<br />
f 1 = f 2<br />
T 1 = T 2<br />
7 – CONCEITOS BÁSICOS DE CINEMÁTICA<br />
VETORIAL: ACELERAÇÃO VETORIAL<br />
A aceleração vetorial de uma partícula que se<br />
movimenta ao longo de uma trajetória curvilínea, num<br />
instante qualquer, pode ser decomposta em duas<br />
componentes ortogonais, uma tangente e a outra normal<br />
à trajetória.<br />
6 – ACELERAÇÃO CENTRÍPETA<br />
Como nos movimentos circulares uniformes o<br />
módulo da velocidade tangencial (velocidade escalar) é<br />
constante, podemos dizer que a aceleração escalar é nula<br />
(a=0).<br />
Aceleração escalar??????<br />
Sim,...aquela aceleração(a) da formulinha<br />
Vetorialmente:<br />
V = V0 + a.t<br />
Em módulo:<br />
No entanto, como há variação da direção e do<br />
sentido da velocidade tangencial, há também uma<br />
aceleração causando esta variação. Essa aceleração é<br />
denominada aceleração centrípeta (acp).<br />
71
Na figura abaixo percebemos que a aceleração tangencial<br />
atg é sempre perpendicular à trajetória, tendo o vetor<br />
velocidade na mesma direção. Percebemos também que a<br />
aceleração centrípeta actp é perpendicular à trajetória,<br />
tendo a aceleração resultante (aceleração vetorial)<br />
calculada a partir do Teorema de Pitágoras.<br />
c) A bola passa no lado da mão esquerda de Sirino.<br />
d) Sem sabermos a velocidade angular do carrossel não<br />
podemos afirmar.<br />
5- Testando seus conhecimentos sobre cinemática<br />
vetorial, assinale V ou F:<br />
a) Uma partícula movendo-se em MCU tem velocidade<br />
constante, portanto aceleração nula.<br />
b) Uma partícula em MCU tem rapidez constante,<br />
portanto aceleração tangencial nula.<br />
c) No MCU, a aceleração centrípeta do móvel é<br />
constante.<br />
d) No MCU a força centrípeta é constante.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1-Por que a velocidade linear é maior para um cavalinho<br />
da parte mais externa de um carrossel do que para outro<br />
mais próximo ao centro?<br />
2-Faça distinção entre velocidade tangencial e<br />
velocidade angular.<br />
3- Dois professores andam de bicicleta com a mesma<br />
velocidade. Os pneus da bicicleta do prof Gilvanei<br />
possuem diâmetro maior do que os da bicicleta do prof<br />
Fagundes. Qual das rodas tem maior velocidade angular?<br />
4- Sirano João e Sirino José estão em posições<br />
diametralmente opostas, um olhando para o outro, em<br />
um carrossel no parque em Vitória da Conquista que gira<br />
com velocidade angular constante no sentido antihorário.<br />
Sirano lança uma bola diretamente para Sirino.<br />
O que acontece?<br />
a) A bola chega em Sirino sem nenhum problema.<br />
b) A bola passa no lado da mão direita de Sirino.<br />
e) No MCUV, a força tangencial é constante.<br />
f) Se a lua gira em torno da Terra em MCU, então movese<br />
com velocidade constante.<br />
g) Uma partícula movendo-se em trajetória retilínea<br />
PODE ter aceleração centrípeta não-nula.<br />
h) Uma partícula movendo-se em trajetória curvilínea<br />
PODE ter aceleração tangencial nula.<br />
i) No MCUV, a aceleração centrípeta do móvel tem<br />
módulo variável, ao passo que a aceleração tangencial<br />
tem módulo constante.<br />
j) Um móvel pode deslocar-se em movimento acelerado,<br />
embora sua rapidez permaneça constante durante o<br />
movimento.<br />
k) Um móvel pode deslocar-se com velocidade variável,<br />
embora apresente aceleração escalar (tangencial) nula.<br />
l) A aceleração tangencial é necessária para que a rapidez<br />
do móvel varie durante o movimento, qualquer que seja a<br />
forma da trajetória.<br />
m) A aceleração centrípeta é indispensável a qualquer<br />
movimento não retilíneo, independente da forma da<br />
trajetória curvilínea.<br />
n) Em todo e qualquer movimento curvilíneo, a<br />
velocidade é obrigatoriamente variável.<br />
72
o) Todo e qualquer movimento curvilíneo é um<br />
movimento acelerado.<br />
ALUNO DIGIMON: NÃO ESQUEÇA!<br />
3) (UESB) Um bloco é puxado com uma força constante<br />
de módulo 8N, dirigida horizontalmente para a esquerda,<br />
sobre uma superfície lisa e horizontal. Sendo 4kg a<br />
massa do bloco e zero sua velocidade inicial, pode-se<br />
afirmar:<br />
01) A intensidade da aceleração resultante é igual a<br />
5m/s 2 .<br />
02) A velocidade do bloco, após 2s, é de 3m/s.<br />
03) Decorridos 3s, o bloco desloca-se 9m.<br />
04) A velocidade média desenvolvida pelo bloco,<br />
entre t = 0 e t = 3s, é de 4m/s.<br />
05) O bloco apresenta uma aceleração centrípeta<br />
constante e igual a 2m/s 2 .<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) (UFRN) Satélites de comunicação captam, amplificam<br />
e retransmitem ondas eletromagnéticas. Eles são<br />
normalmente operados em órbitas que lhes possibilitam<br />
permanecer imóveis em relação às antenas transmissoras<br />
e receptoras fixas na superfície da Terra. Essas órbitas<br />
são chamadas geoestacionárias e situam-se a uma<br />
distância fixa do centro da Terra. A partir do que foi<br />
descrito, pode-se afirmar que, em relação ao centro da<br />
Terra, esse tipo de satélite e essas antenas terão:<br />
a) a mesma velocidade linear, mas períodos de rotação<br />
diferentes;<br />
b) a mesma velocidade angular e o mesmo período de<br />
rotação;<br />
c) a mesma velocidade angular, mas períodos de rotação<br />
diferentes;<br />
d) a mesma velocidade linear e o mesmo período de<br />
rotação.<br />
2) (UFPB) Um corpo descreve uma trajetória circular,<br />
com velocidade angular ω=2πrad/s constante, preso a um<br />
barbante de comprimento L=1m. Uma formiga sai no<br />
instante t=0 da origem e caminha pelo barbante com<br />
velocidade relativa v=1cm/s. Determine o n° de voltas<br />
que a formiga dá ao redor da origem até atingir o corpo.<br />
4) (FUVEST) Um disco de raio r gira com velocidade<br />
angular w constante. Na borda do disco, está presa uma<br />
placa fina de material facilmente perfurável. Um projétil<br />
é disparado com velocidade v em direção ao eixo do<br />
disco, conforme mostra a figura, e fura a placa no ponto<br />
A. Enquanto o projétil prossegue sua trajetória sobre o<br />
disco, a placa gira meia circunferência, de forma que o<br />
projétil atravessa mais uma vez o mesmo orifício que<br />
havia perfurado. Considere a velocidade do projétil<br />
constante e sua trajetória retilínea. O módulo da<br />
velocidade v do projétil é:<br />
a) wr/π<br />
b)2wr/π<br />
c) wr/2π<br />
d) wr<br />
e) πw/r<br />
5) (TIPO ENEM) O relógio da Estação Ferroviária<br />
Central do Brasil, no Rio de Janeiro, tem ponteiros de<br />
horas e minutos que medem, respectivamente, 7,5m e<br />
5,0m de comprimento. Qual a razão Va/Vb, entre as<br />
velocidades lineares dos pontos extremos dos ponteiros<br />
de minutos e de horas?<br />
a) 10<br />
b) 12<br />
c) 18<br />
d) 24<br />
e) 30<br />
73
6) (TIPO ENEM) O mecanismo apresentado na figura é<br />
utilizado para enrolar mangueiras após terem sido usadas<br />
no combate a incêndios. A mangueira é enrolada sobre si<br />
mesma, camada sobre camada, formando um carretel<br />
cada vez mais espesso. Considerando ser o diâmetro da<br />
polia A maior que o diâmetro da polia B, quando<br />
giramos a manivela M com velocidade constante,<br />
verificamos que a polia B gira que a polia A, enquanto a<br />
extremidade P da mangueira sobe com movimento.<br />
Preenche corretamente as lacunas acima a opção:<br />
a) mais rapidamente – aceleração<br />
b) mais rapidamente – uniforme<br />
c) com a mesma velocidade – uniforme<br />
d) mais lentamente – uniforme<br />
e) mais lentamente – acelerado<br />
Por qual montagem o açougueiro deve optar e qual a<br />
justificativa desta opção?<br />
a) Q, pois as polias 1 e 3 giram com velocidades lineares<br />
iguais em pontos periféricos e a que tiver maior raio terá<br />
menor frequência.<br />
b) Q, pois as polias 1 e 3 giram com frequência iguais e a<br />
que tiver maior raio terá menor velocidade linear em um<br />
ponto periférico.<br />
c) P, pois as polias 2 e 3 giram com frequências<br />
diferentes e a que tiver maior raio terá menor velocidade<br />
linear em um ponto periférico.<br />
d) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes<br />
velocidades lineares em pontos periféricos e a que tiver<br />
menor raio terá maior frequência.<br />
e) Q, pois as polias 2 e 3 giram com diferentes<br />
velocidades lineares em pontos periféricos e a que tiver<br />
maior raio terá menor frequência.<br />
7) (FUVEST) Uma criança montada em um velocípede<br />
se desloca em trajetória retilínea, com velocidade<br />
constante em relação ao chão. A roda dianteira descreve<br />
uma volta completa em um segundo. O raio da roda<br />
dianteira vale 24 cm e o das traseiras 16 cm. Podemos<br />
afirmar que as rodas traseiras do velocípede completam<br />
uma volta em, aproximadamente:<br />
8) (ENEM) Para serrar os ossos e carnes congeladas, um<br />
açougueiro utiliza uma serra de fita que possui três polias<br />
e um motor. O equipamento pode ser montado de duas<br />
formas diferentes, P e Q. Por questão de segurança, é<br />
necessário que a serra possua menor velocidade linear.<br />
9) (UESB) Uma partícula executa um movimento<br />
circular numa trajetória de raio R=40,0cm, com<br />
frequência f=100,0Hz.<br />
Com base nessa informação e considerando-se o<br />
movimento circular uniforme, é correto afirmar:<br />
01) A partícula, em cada instante, está sujeita a uma<br />
aceleração linear constante de<br />
módulo 160π 2 m/s 2 .<br />
02) A partícula move-se com velocidade angular<br />
constante de módulo igual a 20πrad/s.<br />
03) O módulo da velocidade linear da partícula é de<br />
80πm/s.<br />
04) O período do movimento da partícula é 0,1s.<br />
05) A partícula desloca-se 10,0m em 40,0s.<br />
74
10) (UESB) Duas polias, de raios R 1 = 10,0cm e R 2 =<br />
30,0cm, estão acopladas por uma correia de transmissão<br />
inextensível, como mostra a figura.<br />
a) 4<br />
b) 3<br />
c) 7<br />
d) 1<br />
e) 5<br />
Sabendo-se que a polia R1 gira com frequência de 600<br />
rotações por minuto, a ordem de grandeza do tempo<br />
necessário para a polia maior dar uma volta completa,<br />
em segundo, é igual a<br />
01) 10 –4<br />
02) 10 –3<br />
03) 10 –1<br />
3) (UNICAMP) O Japão é um país diametralmente<br />
oposto ao Brasil, no globo terrestre. Quer se enviar<br />
correspondência do Japão ao Brasil por um satélite em<br />
órbita rasante sobre a Terra. Adote o raio da Terra<br />
R=6400km, g=10m/s 2 , π = 3 e despreze a resistência do<br />
ar. Considere que o satélite tem velocidade de módulo<br />
constante e que é razoável desprezar o movimento de<br />
rotação da Terra para esse fim.<br />
a) qual a aceleração do satélite?<br />
b) quanto tempo leva a correspondência para chegar ao<br />
Brasil?<br />
04) 10 2<br />
05) 10 3<br />
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
4) (UFBA) Determine a velocidade de um projétil<br />
disparado contra um alvo rotativo disposto a 15m de<br />
distância, sabendo que o alvo executa 300RPM e o arco<br />
medido entre o ponto visado no momento do disparo e o<br />
ponto de impacto do projétil no alvo é de 180 0 .<br />
1) (UESC) É possível efetuar a transmissão de<br />
movimento circular entre duas rodas de diâmetros<br />
diferentes, ligando-as através de uma corrente, sem<br />
deslizamento. Nessas condições, se a roda maior girar<br />
com frequência f 1 e velocidade angular w 1 e a menor,<br />
com frequência f 2 e velocidade angular w 2, é correto<br />
afirmar:<br />
a) f 1 = f 2<br />
b) f 1 > f 2<br />
c) w 1 = w 2<br />
5) (TIPO ENEM) Quem está na Terra vê sempre a<br />
mesma face da Lua. Isto ocorre porque:<br />
a) a Lua não efetua rotação nem translação.<br />
b) a Lua não efetua rotação, apenas translação.<br />
c) os períodos de rotação e translação da Lua são iguais.<br />
d) as oportunidades para se observar a face desconhecida<br />
coincidem com o período diurno da Terra.<br />
e) enquanto a Lua dá uma volta em torno da Terra, esta<br />
dá uma volta em torno de seu eixo.<br />
d) w 1< w 2<br />
e) w 1/w 2 = f 1/f 2<br />
2) (UCGO) Uma partícula descreve uma circunferência<br />
de raio 3m com velocidade escalar variando com o<br />
tempo segundo a função: V= – 5 + 4t (SI). A aceleração<br />
vetorial da partícula, no instante t=2s, tem módulo igual<br />
a, em m/s 2 :<br />
6) (TIPO ENEM) Três corpos estão em repouso em<br />
relação ao solo, situados em três cidades: Macapá,<br />
localizada na linha do Equador, São Paulo, no trópico de<br />
Capricórnio, e Selekhard, na Rússia, localizada no<br />
círculo Polar Ártico. Pode-se afirmar que esses três<br />
corpos giram em torno do eixo da Terra descrevendo<br />
movimentos circulares uniformes, com<br />
75
a) as mesmas frequência e velocidade angular, mas o<br />
corpo localizado em Macapá tem a maior velocidade<br />
tangencial.<br />
b) as mesmas frequência e velocidade angular, mas o<br />
corpo localizado em São Paulo tem a maior velocidade<br />
tangencial.<br />
c) as mesmas frequência e velocidade angular, mas o<br />
corpo localizado em Selekhard tem a maior velocidade<br />
tangencial.<br />
d) as mesmas frequência, velocidade angular e<br />
velocidade tangencial, em qualquer cidade.<br />
e) frequência, velocidade angular e velocidade tangencial<br />
diferentes entre si, em cada cidade.<br />
7) (TIPO ENEM) Um dado relógio é construído<br />
utilizando-se um sistema de discos em contato. A figura<br />
abaixo mostra o sistema de marcação dos segundos. O<br />
disco A, de raio R A=1cm está conectado a um<br />
motorzinho. O disco B, de raio R B=2cm, contém o<br />
ponteiro dos segundos (indicado pela seta na figura), o<br />
qual completa uma volta em 60s. Quando o disco A gira,<br />
sua superfície de contato sem deslizamento, faz girar o<br />
disco B. Para que o sistema de segundos (disco B)<br />
funcione perfeitamente, de acordo com os padrões de<br />
relógios de ponteiros, a velocidade angular do disco A<br />
(ωA) e o seu sentido de rotação deverão ser,<br />
respectivamente:<br />
8) (TIPO ENEM) Segundo os autores de um artigo<br />
publicado recentemente na revista The Physics Teacher*,<br />
o que faz do corredor Usain Bolt um atleta especial é o<br />
tamanho de sua passada.<br />
Para efeito de comparação, Usain Bolt precisa apenas de<br />
41 passadas para completar os 100 m de uma corrida,<br />
enquanto outros atletas de elite necessitam de 45passadas<br />
para completar esse percurso em 10 s.<br />
* ShinaBargar, a.; hellvich, M.; Baker, B.The Physics<br />
Teacher, n. 48, v. 385, set. 2010.<br />
Marque a alternativa que apresenta o tempo de Usain<br />
Bolt, para os 100 metros rasos, se ele mantivesse o<br />
tamanho médio de sua passada, mas desse passadas com<br />
a frequência média de um outro atleta, como os referidos<br />
anteriormente.<br />
a) 9,1 s<br />
b) 9,6 s<br />
c) 9,8 s<br />
d) 10 s<br />
e) 11 s<br />
9) (PUC) Um dardo é atirado horizontalmente, com<br />
velocidade inicial de 10m/s, visando o centro P de um<br />
alvo giratório (veja a figura). Ele atinge o ponto Q do<br />
alvo 0,20s mais tarde. No instante do lançamento, o<br />
ponto Q está situado verticalmente abaixo do centro de<br />
rotação do alvo e é atingido pelo dardo após dar duas<br />
voltas completas. A aceleração gravitacional local é<br />
10m/s 2 .<br />
a) ωA = φ/15 rad/s; sentido horário<br />
b) ωA = φ /30 rad/s; sentido anti-horário<br />
c) ωA = φ /15 rad/s; sentido anti-horário<br />
a) Calcule a distância PQ.<br />
b) Calcule a frequência de rotação do alvo.<br />
d) ωA = φ /30 rad/s; sentido horário<br />
76
10) Um veículo percorre 1570m em uma pista retilínea<br />
com velocidade constante. Sabendo que a aceleração<br />
centrípeta de um ponto extremo do pneu deste veículo é<br />
900 m/s 2 , efetuando 1000 rotações durante o percurso, o<br />
tempo que o veículo leva para percorrer o referido<br />
trecho de pista é de: ( Considere π = 3,14)<br />
a) 1min 45s<br />
b) 3min 45s<br />
c) 4min 15s<br />
d) 5min 30s<br />
e) 7min 30s<br />
11) (FUVEST) Um disco de raio r gira com velocidade<br />
angular constante. Na borda do disco, está presa uma<br />
placa fina de material facilmente perfurável. Um projétil<br />
é disparado com velocidade v em direção ao eixo do<br />
disco, conforme mostra a figura, e fura a placa no ponto<br />
A. Enquanto o projétil prossegue sua trajetória sobre o<br />
disco, a placa gira meia circunferência, de forma que o<br />
projétil atravessa mais uma vez o mesmo orifício que<br />
havia perfurado. Considere a velocidade do projétil<br />
constante e sua trajetória retilínea. O módulo da<br />
velocidade v do projétil é:<br />
77
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11<br />
D E A)10m/s 2<br />
150m/s C A C A A) 20<br />
A<br />
B<br />
B) 2400s<br />
B) 10<br />
78<br />
ANOTAÇÕES:<br />
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INTENSIFICANDO SEU TREINAMENTO NO<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (UNIT 2014 - CONSULTEC) Um trem com 200,0m<br />
de comprimento e velocidade constante de 30,0km/h<br />
ultrapassa um outro trem com 150,0m de comprimento,<br />
que viaja no sentido contrário, com velocidade constante<br />
de 40,0km/h. O intervalo de tempo da ultrapassagem de<br />
um trem pelo outro, em segundos, é igual a:<br />
A) 5,0<br />
B) 20,0<br />
3) (PITÁGORAS 2012.1) O trânsito da cidade de<br />
Montes Claros é realmente caótico. Por causa disso,<br />
diversos estabelecimentos comerciais têm implantado o<br />
serviço de tele-entrega. Considere um motoboy<br />
percorrendo, em 30 minutos, as ruas de um bairro. Ele<br />
sai de A e vai até B, como mostra a figura.<br />
C) 18,0<br />
D) 25,0<br />
E) 12,0<br />
2) (UNIT 2014 - CONSULTEC) A figura é uma<br />
representação, em escala, da fotografia estroboscópica do<br />
movimento de uma esfera que foi abandonada de uma<br />
altura a 20,0m do solo, sendo fotografada a cada 0,5s, a<br />
partir do início da queda. Nessas condições, é correto<br />
afirmar que o módulo da aceleração da esfera, em m/s 2 ,<br />
era de<br />
Analise as afirmações:<br />
I. A velocidade vetorial média nesse percurso tem<br />
módulo 1 km/h.<br />
II. O motoboy percorre 1500 m entre os pontos A e B.<br />
III. O módulo do vetor deslocamento é 500 m.<br />
IV. A velocidade vetorial média do motoboy entre A e B<br />
tem módulo 3 km/h.<br />
Estão corretas:<br />
A) I e III.<br />
B) I e II.<br />
C) I e IV.<br />
D) III e IV.<br />
4) (UPE 2014) O deslocamento x de uma partícula em<br />
função do tempo t é ilustrado no gráfico a seguir.<br />
A) 10,0<br />
B) 9,8<br />
C) 9,7<br />
D) 9,6<br />
E) 9,5<br />
Com relação ao movimento mostrado no gráfico,<br />
assinale a alternativa CORRETA.<br />
a) A partícula inicia seu movimento com velocidade<br />
constante; na sequência, o movimento é acelerado e,<br />
finalmente, a partícula se move com outra velocidade<br />
também constante.<br />
b) A velocidade da partícula é constante.<br />
c) A aceleração da partícula é constante.<br />
79
d) Esse gráfico ilustra o movimento de queda livre de um<br />
objeto nas proximidades da superfície terrestre, onde a<br />
resistência do ar foi desprezada.<br />
posição da partícula em t=0 é x = -10 m, calcule a<br />
posição da partícula quando t=4,0 s, em metros.<br />
e) A partícula inicia seu movimento com uma velocidade<br />
não nula, mas o movimento é retardado, e ela finalmente<br />
atinge o repouso.<br />
5) (UNIMONTES 2007) Um trem de metrô parte de uma<br />
estação com aceleração uniforme até atingir, após 10 s, a<br />
velocidade de 90 Km/h, que é mantida durante 30 s, para<br />
então desacelerar uniformemente, durante 10 s, até parar<br />
na estação seguinte. A distância entre as duas estações é<br />
A) 1000 m.<br />
B) 1500 m.<br />
C) 2000 m.<br />
D) 2500 m.<br />
6) (UNIMONTES 2007) Uma partícula executa um<br />
movimento circular uniforme, descrevendo uma<br />
circunferência de raio R= 1,0 m e aceleração de 0,25<br />
m/s 2 . Determine o período do movimento, em segundos.<br />
A) 2π.<br />
B) 4π.<br />
C) 8π.<br />
D) π/2.<br />
7) (UFPE 2014 – 2ª FASE) Um objeto executa um<br />
movimento cuja trajetória é mostrada na figura abaixo<br />
em linha tracejada. Considerando o trajeto do ponto A ao<br />
D, o módulo do vetor velocidade média do objeto é 0,40<br />
m/s. Calcule o intervalo de tempo para o objeto perfazer<br />
a trajetória do ponto A ao D, em segundos.<br />
9) (UEMG 2013 – TIPO ENEM) Imagine que, num<br />
mesmo instante, uma pedra seja abandonada por uma<br />
pessoa, na Terra, e por um astronauta, na Lua, de uma<br />
mesma altura. Sabe-se que a gravidade na Lua é 6 vezes<br />
menor do que na Terra. Na Terra, despreze a resistência<br />
do ar no movimento da pedra. Com base nessas<br />
informações, é CORRETO afirmar que:<br />
A) as duas pedras chegarão juntas ao solo.<br />
B) as duas pedras chegarão ao solo com a mesma<br />
velocidade.<br />
C) o tempo gasto pela pedra para atingir o solo será<br />
maior na Terra do que na Lua.<br />
D) a velocidade com que a pedra atinge o solo na Terra é<br />
maior do que na Lua.<br />
10) (UEMG 2012 – TIPO ENEM) Numa sala de aula,<br />
um professor decidiu mostrar aos seus alunos um pouco<br />
do trabalho realizado por Galileu Galilei. Para estudar o<br />
movimento de queda de um corpo, ele, como Galileu,<br />
usou um plano inclinado, onde a aceleração de queda é<br />
menor que a da gravidade. Além disso, ele reduziu os<br />
atritos entre a bolinha e o plano inclinado, de tal maneira<br />
que estes atritos pudessem ser desprezados. Na situação<br />
ilustrada, abaixo, a bolinha era abandonada no alto do<br />
plano, no instante t = 0. Após um tempo T, ela percorreu<br />
uma distância d.<br />
80<br />
8) (UFPE 2014 – 2ª FASE) Uma partícula se move ao<br />
longo do eixo x. A figura mostra o gráfico da velocidade<br />
da partícula em função do tempo. Sabendo-se que a<br />
Galileu tinha observado que, como o movimento não era<br />
uniforme, ou seja, como a velocidade não era constante,<br />
quando o tempo do movimento era duas vezes maior, ou<br />
seja, 2T, a distância percorrida não era duas vezes maior.<br />
Ele fez várias medidas, usando o próprio pulso como<br />
relógio, para encontrar a relação entre a distância<br />
percorrida e o tempo, num movimento uniformemente
acelerado. O professor, juntamente com seus alunos,<br />
concluiu que, nas condições descritas neste experimento,<br />
no instante 2T,<br />
A) a aceleração da bolinha aumentava com o tempo, e a<br />
distância percorrida pela bolinha era 2d.<br />
B) a aceleração da bolinha permanecia constante com o<br />
tempo, e a distância percorrida pela bolinha era 2d.<br />
C) a aceleração da bolinha aumentava com o tempo, e a<br />
distância percorrida pela bolinha era 4d.<br />
D) a aceleração da bolinha permanecia constante com o<br />
tempo, e a distância percorrida pela bolinha era 4d.<br />
13) (UEMG 2008 – TIPO ENEM) O gráfico abaixo<br />
mostra como a posição de um corpo varia com o tempo.<br />
Em relação à situação mostrada nesse gráfico, assinale a<br />
alternativa cuja afirmação esteja INCORRETA.<br />
A) Há inversão no sentido do movimento do móvel entre<br />
0 e 40 s.<br />
B) A distância percorrida pelo móvel foi de 130 m.<br />
C) A velocidade do móvel entre 20 e 40 s foi maior que a<br />
velocidade do móvel entre 0 e 10 s.<br />
11) (UEMG 2011 – TIPO ENEM) Em Dubai, no dia 4 de<br />
janeiro de 2010, foi inaugurado o mais alto arranha-céu<br />
da Terra: o Burj Khalifa. Ele tem 828 metros de altura e<br />
160 andares. Ele conta com 57 elevadores. Alguns deles<br />
podem se mover a cerca de 1km/min. Em relação a esses<br />
elevadores, assinale a alternativa que traz a afirmação<br />
CORRETA.<br />
A) Com essa velocidade, eles percorreriam os 828 m do<br />
edifício em menos de 30 s.<br />
B) Sua velocidade é de aproximadamente 60 km/h.<br />
C) Uma velocidade de 1 m/s é superior a 1 km/min.<br />
D) Quando os elevadores descem, eles se movimentam<br />
em queda livre.<br />
D) A velocidade do corpo foi nula entre 10 e 20 s.<br />
14) (UFRN 2013 – 2º FASE) Dois amigos, um residente<br />
em Natal (I) e outro em Parnamirim (II), combinaram de<br />
ir, cada um no seu automóvel, a um evento na cidade de<br />
Goianinha, a 64,0 km de Natal. Apesar de saírem de<br />
lugares diferentes, eles pretendiam chegar a Goianinha<br />
no mesmo instante. O que mora em Parnamirim, a 8,0<br />
km do ponto de partida do amigo, resolveu sair 6<br />
minutos após o horário combinado para a partida. O<br />
gráfico abaixo mostra a posição em função do tempo<br />
para os veículos I e II, dirigidos, respectivamente, pelos<br />
amigos oriundos de Natal e Parnamirim.<br />
12) (UEMG 2009 – TIPO ENEM) Um corpo apresentava<br />
uma velocidade de 60 km/h, quando aumentou sua<br />
velocidade rapidamente, mantendo-a durante um certo<br />
tempo. Depois disso, rapidamente diminuiu sua<br />
velocidade, atingindo o repouso e permanecendo nele.<br />
Assinale, nas alternativas abaixo, o gráfico da posição d<br />
em função do tempo t que MELHOR descreve o que<br />
ocorreu com esse corpo:<br />
Nessas condições,<br />
A) os veículos pararam durante a viagem? Eles chegaram<br />
ao mesmo tempo na cidade? Justifique suas respostas.<br />
B) determine qual dos dois veículos fez o percurso com<br />
maior velocidade escalar média.<br />
Justifique sua resposta.<br />
81
C) considerando que a velocidade máxima permitida no<br />
percurso entre Natal e Goianinha é de 100 Km/h,<br />
determine se eles cometeram excesso de velocidade<br />
durante a viagem. Justifique sua resposta.<br />
da Silveira, ambas as avenidas situadas em Natal (RN).<br />
Em seguida, a partir daquele cruzamento, o carteiro se<br />
desloca por mais 300m nesta última avenida até chegar<br />
ao endereço procurado, localizado no ponto B.<br />
15) (UFRN 2013 – TIPO ENEM) Após ser<br />
conscientizado por uma campanha da Polícia Rodoviária<br />
Federal, um motorista deseja saber qual a distância<br />
mínima que ele deveria manter de um veículo que<br />
trafegasse a sua frente, na mesma direção e sentido, para<br />
evitar uma possível colisão caso esse veículo freasse<br />
repentinamente, obrigando-o a também frear<br />
bruscamente. Pesquisando na internet, ele encontrou o<br />
valor de 0,6 segundos para o tempo de reação de um<br />
motorista, isto é, o intervalo de tempo entre ele perceber<br />
que o veículo a sua frente freou e o instante em que ele<br />
aciona os freios. A figura a seguir ilustra uma situação<br />
em que dois veículos de passeio trafegam na mesma<br />
direção e sentido.<br />
Fonte: Google.map<br />
Considerando o percurso e as orientações indicadas no<br />
mapa, pode-se afirmar que o módulo, a direção e o<br />
sentido do vetor deslocamento do carteiro são,<br />
respectivamente,<br />
A) 700m, L-O e para L.<br />
B) 500m, O-L e para O.<br />
C) 500m, O-L e para L.<br />
D) 700m, L-O e para O.<br />
Considere que: os dois veículos estão a 72 km/h (20<br />
m/s); o motorista do veículo I acionou os freios quando o<br />
veiculo II se encontrava a uma distância d; e, durante a<br />
frenagem, os veículos percorrem a mesma distância.<br />
Nessa situação, é correto afirmar:<br />
A) a distância mínima, d, entre os veículos, para que não<br />
ocorra colisão, deve ser 20m.<br />
B) a distância mínima, d, entre os veículos, para que não<br />
ocorra colisão, deve ser 10m.<br />
C) a distância mínima, d, entre os veículos, para que não<br />
ocorra colisão, deve ser 24m.<br />
D) a distância mínima, d, entre os veículos, para que não<br />
ocorra colisão, deve ser 12m.<br />
16) (UFRN 2011 –TIPO ENEM) Uma característica da<br />
profissão de carteiro é que ele anda muito através das<br />
ruas, fazendo diversos percursos ao longo do seu dia de<br />
trabalho. Considere a situação do mapa representado pela<br />
figura abaixo, na qual um carteiro que se encontra no<br />
ponto A, localizado na Av. Amintas Barros, se desloca<br />
400m até atingir o cruzamento desta com a Av. Xavier<br />
17) (UFPE 2010 – 2ª FASE) Dois veículos partem<br />
simultaneamente do repouso e se movem ao longo da<br />
mesma reta, um ao encontro do outro, em sentidos<br />
opostos. O veículo A parte com aceleração constante<br />
igual a aA = = 2,0 m/s 2 . O veículo B, distando d = 19,2<br />
km do veículo A, parte com aceleração constante igual a<br />
aB = 4,0 m/s 2 . Calcule o intervalo de tempo até o<br />
encontro dos veículos, em segundos.<br />
18) (UNESP 2013) Em um dia de calmaria, um garoto<br />
sobre uma ponte deixa cair, verticalmente e a partir do<br />
repouso, uma bola no instante t0 = 0 s. A bola atinge, no<br />
instante t4, um ponto localizado no nível das águas do rio<br />
e à distância h do ponto de lançamento. A figura<br />
apresenta, fora de escala, cinco posições da bola,<br />
relativas aos instantes t0, t1, t2, t3 e t4. Sabe-se que entre<br />
os instantes t2 e t3 a bola percorre 6,25 m e que g = 10<br />
m/s 2 .<br />
82
(C) 950.<br />
(D) 1 250.<br />
(E) 350<br />
Desprezando a resistência do ar e sabendo que o<br />
intervalo de tempo entre duas posições consecutivas<br />
apresentadas na figura é sempre o mesmo, pode-se<br />
afirmar que a distância h, em metros, é igual a<br />
(A) 25.<br />
(B) 28.<br />
(C) 22.<br />
(D) 30.<br />
(E) 20.<br />
19) (UNESP 2014) Um motorista dirigia por uma estrada<br />
plana e retilínea quando, por causa de obras, foi obrigado<br />
a desacelerar seu veículo, reduzindo sua velocidade de<br />
90 km/h (25 m/s) para 54 km/h (15 m/s). Depois de<br />
passado o trecho em obras, retornou à velocidade inicial<br />
de 90 km/h. O gráfico representa como variou a<br />
velocidade escalar do veículo em função do tempo,<br />
enquanto ele passou por esse trecho da rodovia.<br />
20) (UNESP 2011) No gráfico a seguir são apresentados<br />
os valores da velocidade V, em m/s, alcançada por um<br />
dos pilotos em uma corrida em um circuito horizontal e<br />
fechado, nos primeiros 14 segundos do seu movimento.<br />
Sabe-se que de 8 a 10 segundos a trajetória era retilínea.<br />
Considere g = 10 m/s 2 e que para completar uma volta o<br />
piloto deve percorrer uma distância igual a 400 m. A<br />
partir da análise do gráfico, são feitas as afirmações:<br />
I. O piloto completou uma volta nos primeiros 8<br />
segundos de movimento.<br />
II. O piloto demorou 9 segundos para completar uma<br />
volta.<br />
III. A força resultante que agiu sobre o piloto, entre os<br />
instantes 8 e 10 segundos, tem módulo igual a zero.<br />
IV. Entre os instantes 10 e 12 segundos, agiu sobre o<br />
piloto uma força resultante, cuja componente na direção<br />
do movimento é equivalente a três vezes o seu peso.<br />
São verdadeiras apenas as afirmações<br />
(A) I e III.<br />
(B) II e IV.<br />
(C) III e IV.<br />
(D) I, III e IV.<br />
(E) II, III e IV.<br />
Caso não tivesse reduzido a velocidade devido às obras,<br />
mas mantido sua velocidade constante de 90 km/h<br />
durante os 80 s representados no gráfico, a distância<br />
adicional que teria percorrido nessa estrada, seria em<br />
metros igual a<br />
(A) 1 650.<br />
(B) 800.<br />
21) (BAHIANA 2012.1) A caminhada é um excelente<br />
exercícios para manter as pessoas saudáveis e integradas<br />
na sociedade. Considerando-se o movimento uniforme e<br />
o movimento uniformemente variado como sendo os<br />
tipos de movimentos executados por pessoas que<br />
realizam caminhada, é correto afirmar:<br />
83
01) O módulo do deslocamento de pessoas que<br />
percorrem uma trajetória semicircular, de raio r, é igual a<br />
πr.<br />
02) A velocidade escalar média desenvolvida por pessoas<br />
que percorrem metade da trajetória com velocidade<br />
linear v1 e a outra metade com velocidade linear v2, é<br />
igual a (v1 + v2)/2.<br />
03) Pessoas que caminham em movimento retrógrado<br />
acelerado ficam submetidas a uma aceleração com o<br />
sinal positivo.<br />
04) A velocidade escalar média desenvolvida por pessoas<br />
que percorrem o espaço x no intervalo de tempo t,<br />
realizando um movimento uniformemente variado, é<br />
igual a x/t.<br />
05) A variação da quantidade de movimento de uma<br />
pessoa de massa m, que caminha a ida e a volta sobre a<br />
mesma trajetória retilíneas, com velocidade constante, é<br />
nula.<br />
22) (UESB 2014) Uma pequena esfera é lançada, a partir<br />
do solo, verticalmente para cima, com velocidade de 10,0<br />
m/s. Considerando-se o módulo da aceleração da<br />
gravidade local igual a 10,0 m/s 2 e desprezando-se os<br />
efeitos da resistência do ar, é correto afirmar:<br />
01) A esfera está descendo no instante 0,9s após o<br />
lançamento.<br />
02) A altura máxima alcançada pela esfera é igual a 10,0<br />
metros.<br />
03) O movimento de subida da esfera é uniformemente<br />
acelerado.<br />
04) A velocidade da esfera, dois segundos após o<br />
lançamento, é igual a zero.<br />
05) A esfera encontra-se a uma altura de 3,75m do solo<br />
no instante 1,5s após o lançamento.<br />
03) 25<br />
04) 30<br />
05) 35<br />
24) (UESB 2014) O hidrogênio é o mais abundante dos<br />
elementos químicos, presente em, aproximadamente,<br />
75% da massa elementar do Universo. Apresenta-se<br />
geralmente, na sua forma molecular, constituída por dois<br />
átomos de hidrogênio para formar o gás diatômico, H2.<br />
Admitindo-se que o elétron gira em torno do núcleo de<br />
um átomo de hidrogênio com frequência de 7,0.10 15 Hz,<br />
que a velocidade tangencial é de 2,0.10 6 m/s e que π é<br />
igual a 3, o raio do átomo de hidrogênio estimado, em<br />
milímetros, é da ordem de<br />
01) 10 -10<br />
02) 10 -9<br />
03) 10 -8<br />
04) 10 -7<br />
05) 10 -6<br />
23) (UESB 2014) Um veículo passou por um posto de<br />
fiscalização com velocidade escalar constante de 50,0<br />
km/h. Cinco minutos depois, passou, no mesmo posto,<br />
um segundo veículo, com velocidade escalar constante<br />
de 60,0 km/h. Sabendo-se que os veículos mantiveram<br />
seus movimentos uniformes, após passar pelo posto de<br />
fiscalização, o segundo veículo alcançou o primeiro, em<br />
um intervalo de tempo, em minutos, igual a<br />
01) 15<br />
02) 20<br />
84
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16<br />
17 18 19 20 21 22 23 24<br />
C D A E A B 25 20 D D B B C a)não<br />
b) II<br />
c) I<br />
D<br />
C<br />
80 E E E 04 05 03 04<br />
ANOTAÇÕES:<br />
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85
CAPÍTULO 6 – DE ARISTÓTELES A ISAAC NEWTON<br />
86<br />
O pensamento de Aristóteles:<br />
sábio duvida, o sensato reflete."<br />
"Sê senhor da tua<br />
vontade e escravo da<br />
tua consciência."<br />
"O homem prudente<br />
não diz tudo quanto<br />
pensa, mas pensa tudo<br />
quanto diz."<br />
"A dúvida é o principio<br />
da sabedoria."<br />
"O ignorante afirma, o<br />
"A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são<br />
doces."<br />
1 – ARISTÓTELES (séc III a.C.)<br />
O auge da filosofia grega ocorreu com<br />
Aristóteles, nascido em 384 a.C. Estudou durante 20<br />
anos com Platão, sendo o primeiro filósofo a apresentar<br />
um sistema compreensível do mundo. Aristóteles<br />
buscou, a partir de poucas suposições, explicar<br />
racionalmente todos os fenômenos físicos conhecidos até<br />
então. Para ele, toda a matéria era constituída de<br />
combinações dos quatro elementos propostos por<br />
Empédocles: terra, água, ar e fogo.<br />
Para nós, o mais importante é notar como<br />
Aristóteles explicava o movimento. Por outro lado, esse<br />
filósofo concebia dois “mundos” separados, regidos por<br />
diferentes leis.<br />
“Ele considerava o cosmos dividido em duas regiões<br />
qualitativamente diferentes, governadas por leis<br />
diferentes. Para ele o Universo era uma grande esfera,<br />
dividida em uma região superior e uma região inferior. A<br />
região inferior, chamada de terrestre, ou sublunar, ia até<br />
a Lua. Essa região era caracterizada por nascimento,<br />
morte e mudanças de todos os tipos. Além da Lua estava<br />
a região celeste. A física celeste e a física terrestre eram<br />
ambas parte da filosofia natural, mas eram regidas por<br />
leis diferentes. A região terrestre, por sua vez, era<br />
constituída de quatro esferas concêntricas, cada uma<br />
associada a um dos elementos (terra, água, ar e fogo). A<br />
terra, o mais pesado dos elementos, estava no centro, a<br />
água sobre a terra, o ar em volta da água e finalmente o<br />
fogo. O equilíbrio final no universo aristotélico, caso os<br />
elementos não se misturassem, seria uma Terra esférica<br />
circundada por camadas esféricas concêntricas de água,<br />
ar e fogo. Este seria, no entanto, um universo estático,<br />
onde não haveria movimento. As locomoções típicas dos<br />
elementos (por exemplo, o fogo ou a terra) mostram não<br />
somente que lugar é algo, mas que exerce também uma<br />
influência. Cada objeto se move para seu próprio lugar,<br />
se não é impedido de assim o fazer.<br />
1.1 – OS MAIS PESADOS CAEM MAIS RÁPIDO<br />
Como cada elemento tinha um lugar natural,<br />
Aristóteles associou a cada um deles as noções de pesado<br />
e leve, relacionadas, por sua vez, com as direções de<br />
‘para cima’ e ‘para baixo’. A natureza de tais elementos<br />
exigia, assim, que eles se movessem em linhas retas: a<br />
terra para baixo, o fogo para cima. A terra é pesada, o<br />
fogo, leve, os outros elementos são intermediários. Um<br />
objeto composto é pesado ou leve dependendo da<br />
proporção dos diferentes elementos que o constituem. O<br />
movimento natural desse corpo será o movimento natural<br />
do elemento dominante.”<br />
Para Aristóteles, todo elemento tinha um lugar<br />
natural, de forma que a terra deve ficar naturalmente<br />
abaixo da água, que deve ficar abaixo do ar, que deve<br />
ficar abaixo do fogo.<br />
Assim, os objetos se movimentam naturalmente,<br />
buscando o seu devido lugar. Por exemplo, se tentar<br />
posicionar um objeto do elemento terra, uma pedra,<br />
sobre o elemento ar, ele tenderá a cair, buscando seu<br />
lugar natural. Já a presença de uma bolha de ar no<br />
interior de um líquido, segundo Aristóteles, teria sua<br />
ascensão explicada pelo fato de o ar buscar seu lugar<br />
natural acima do elemento água. Assim, a gravidade de<br />
Aristóteles era descrita a partir da “busca” pelo lugar<br />
natural dos elementos.<br />
1.2 – SEM FORÇA, NÃO HÁ MOVIMENTO<br />
Por outro lado, o movimento era chamado<br />
“violento” quando ocorria no sentido contrário ao<br />
natural. Por exemplo, quando arremessamos uma pedra<br />
para cima. Em relação ao “movimento violento”, para
Aristóteles, tudo que está em movimento deve ser<br />
movido por alguma outra coisa, porque, caso o próprio<br />
objeto não tenha em si a causa do movimento, deve ser<br />
movido por algo que não seja ele mesmo.<br />
O movimento sempre envolve um meio<br />
resistivo, tal como ar ou água. Ele acreditava ser<br />
impossível a existência de um vácuo e, portanto, não<br />
considerou seriamente o movimento na ausência de<br />
atrito. Por isso era fundamental para Aristóteles que<br />
sempre fosse necessário empurrar ou puxar um objeto<br />
para mantê-lo em movimento. Fazendo uma analogia<br />
com o que conhecemos hoje, um corpo só se moveria se<br />
sobre ele atuasse uma força que superasse a resistência<br />
do meio ao movimento. Sem a existência de uma força,<br />
para Aristóteles, não haveria movimento, ou ele cessaria<br />
devido à resistência (que não era entendida como força).<br />
Como vemos, o universo aristotélico era um mundo<br />
completamente hierarquizado. Além disso, devemos<br />
registrar que, no pensamento de Aristóteles — como<br />
aliás no pensamento grego em geral —, havia um<br />
completo divórcio entre a teoria, considerada uma<br />
atividade nobre, e as técnicas, vistas como atividades de<br />
menor prestígio social. Não havia entre os gregos,<br />
portanto, o que hoje denominamos de experimentação,<br />
que é uma articulação entre as atividades teóricas e<br />
práticas.<br />
Essa sumária exposição das ideias aristotélicas<br />
nos leva, de um lado, a perceber o desenvolvimento de<br />
conceitos e teorias bem elaborados e sofisticados, sempre<br />
apoiados no senso comum. Essa é, possivelmente, uma<br />
das razões pelas quais a <strong>Física</strong> Aristotélica permaneceu<br />
no pensamento do homem ocidental por tantos séculos<br />
(muitos de seus colegas e amigos até hoje pensam como<br />
Aristóteles), ao lado, naturalmente, de razões históricas,<br />
como a apropriação desse pensamento pela Igreja<br />
Católica durante a Idade Média.<br />
Note-se, finalmente, que esse filósofo se<br />
preocupou mais com uma descrição qualitativa dos<br />
movimentos do que com relações matemáticas os<br />
envolvendo. É importante deixar claro que o modelo<br />
aristotélico de explicação dos fenômenos naturais é um<br />
modelo superado, uma vez que não explica corretamente<br />
tudo o que podemos observar hoje.<br />
PENSANDO COMO ARISTÓTELES<br />
Se uma bola de chumbo for solta na vertical do alto<br />
do mastro (ponto O) deste navio que se afasta do<br />
cais, em que posição ela cairá de acordo a<br />
Aristóteles? Discuta com colegas e com seu<br />
professor as suas ideias.<br />
2 – PTOLOMEU (séc. II d.C.)<br />
De Ptolomeu sabe-se pouco. Quis o acaso,<br />
assim, que estivesse no local certo, no tempo certo, para<br />
desfrutar de outro glorioso momento da história da<br />
cultura. Pois havia em Alexandria uma biblioteca<br />
notável, cuja construção começara pelo menos trezentos<br />
anos antes. Ali trabalharam e estudaram sábios de<br />
renome: Filon, Eratóstenes, Euclides, Estrabão,<br />
Aristarco, Hiparco e muitos, muitos outros. Entre tantos<br />
houve alguns que acharam que um Universo com o Sol<br />
ao centro seria mais lógico. Mas a ideia da Terra no<br />
centro tinha a seu favor as preferências de Aristóteles e<br />
Platão, dois pesos pesados da cultura ocidental.<br />
E foi por aí que Ptolomeu seguiu, depois de ter<br />
considerado (e logo abandonado) a hipótese do Sol como<br />
centro de tudo. Em uma tentativa de melhorar e<br />
simplificar o modelo dos gregos, o astrônomo Cláudio<br />
Ptolomeu de Alexandria supunha que os planetas se<br />
moviam em círculos que tinham a Terra como centro.<br />
Esta suposição de Ptolomeu se encaixava ainda dentro da<br />
ideia dos gregos de usar somente figuras “perfeitas”, no<br />
caso os círculos. Este modelo perdurou praticamente por<br />
15 séculos, pois permitiu reproduzir com uma boa<br />
aproximação os aspectos mais complicados do<br />
movimento planetário. Esta obra de Ptolomeu representa<br />
o apogeu da Astronomia antiga. O conjunto de seus<br />
escritos é conhecido entre os árabes como o Almagesto,<br />
que significa “o maior dos livros”.<br />
Quando a Igreja cristã conseguiu estabelecer seu<br />
domínio religioso, intelectual e político sobre o mundo<br />
ocidental então conhecido, o sistema de Ptolomeu,<br />
87
chamado geocentrismo, se tornou quase um artigo de fé.<br />
Criticá-lo seria criticar a própria Bíblia - algo impensável<br />
num mundo governado pela religião. E assim foi por<br />
toda a Idade Média, o longo milênio em que a cultura se<br />
recolheu às igrejas e conventos e a população leiga ficou<br />
entregue à ignorância. Mesmo para os sábios ligados à<br />
Igreja, cultura era forma inútil de ler, reler, conhecer até<br />
os mais insignificantes detalhes o que havia sido pensado<br />
e escrito pelos filósofos antigos, Aristóteles, sobretudo.<br />
O modelo de Ptolomeu permitia entender o que<br />
vemos todos os dias: o nascer e o pôr do Sol. O Universo<br />
de Ptolomeu se estende desde a Terra até as estrelas,<br />
onde uma série de corpos esféricos, os Orbes, se<br />
encaixavam uns nos outros. Nesses corpos esféricos se<br />
encaixavam os planetas. Na última esfera estariam fixas<br />
as estrelas. Os demais espaços seriam preenchidos por<br />
éter.<br />
Seu modelo perdurou por muito tempo, apesar de<br />
bastante complexo com seus epiciclos, deferentes,<br />
equantes, além dos artifícios geométricos. Descrevia,<br />
para sua época, com precisão, os movimentos dos corpos<br />
celestes, e podia-se prever eclipses e a existência de<br />
alguns planetas.<br />
3 – COPÉRNICO (séc. XV)<br />
A época em que viveu Copérnico foi<br />
historicamente conhecida como Renascimento. Esse<br />
renascer cultural provoca modificações no pensamento<br />
europeu em todos os campos, inclusive no científico. É<br />
assim que no Universo Copernicano o Sol ocupava o<br />
centro, pois pensou que por ser o único astro com luz<br />
própria do sistema, seria o único que teria condições de<br />
iluminar todos os demais corpos celestes. Imaginou que<br />
todos os planetas moviam-se em torno do Sol, o que<br />
facilitava a determinação de suas órbitas.<br />
Copérnico destronou a Terra do centro do<br />
Universo, colocou-a como mais um dos planetas.<br />
Ordenou os planetas em relação ao Sol a partir de suas<br />
distâncias em relação a ele. Dessa forma, a Terra já não<br />
ocupava uma posição de destaque, sendo somente a<br />
terceira dessa ordenação.<br />
Determinando estas distâncias, Copérnico<br />
utilizou-as para explicar as diferenças entre os períodos<br />
de revolução dos planetas, que é o tempo que o astro leva<br />
para circundar o Sol, e concluiu que quanto mais longe<br />
do Sol, maior o tempo para completar sua revolução.<br />
Assim, Júpiter completa uma revolução em doze anos,<br />
pois está mais afastada do Sol, Marte em dois anos, a<br />
Terra em um ano e Mercúrio, por ser o mais próximo do<br />
Sol, completa em três meses.<br />
3.1 – A TERRA SE MOVE?<br />
88<br />
Mesmo apresentando uma boa precisão, o<br />
sistema de Ptolomeu ainda era muito complicado. Para<br />
tentar simplificar este modelo, Nicolau Copérnico,<br />
monge polonês que viveu entre 1473 e 1543, propôs um<br />
modelo em que Sol estaria em repouso e os planetas,<br />
incluindo a Terra, estariam girando em torno dele.<br />
Este é o chamado modelo heliocêntrico. A<br />
precisão do modelo copernicano era tão boa quanto ao de<br />
Ptolomeu, porém simplificou o modelo de Universo,<br />
permitindo deduzir pela primeira vez a escala relativa<br />
das distâncias dentro do sistema solar e calcular o tempo<br />
que os planetas levam para girar em torno do Sol.<br />
Copérnico escreveu sua teoria no tratado Revolutionibus<br />
Orbitum Celestium (Sobre as Revoluções das Esferas<br />
Celestes) que foi publicada em 1543, ano de sua morte.<br />
Quando Nicolau Copérnico propôs a ideia de<br />
uma Terra que se move (como estudaremos adiante), o<br />
conceito de inércia ainda não era compreendido. Havia<br />
muito debate e muita disputa sobre se a Terra se movia<br />
ou não. O valor necessário de força para manter a Terra<br />
em movimento estava além da imaginação. Era um<br />
esforço muito maior que um vascaíno teria que fazer para<br />
ser feliz com o seu time...<br />
Outro argumento contra a ideia de uma Terra<br />
móvel era: considere um pássaro parado no topo de uma<br />
árvore bem alta. No chão, lá embaixo, está uma minhoca<br />
gorda e suculenta. O pássaro enxerga a minhoca e<br />
mergulha verticalmente para baixo e a apanha. Isto seria<br />
impossível, foi argumentado, se a Terra se movesse,<br />
como Copérnico sugeria. Se ele estivesse correto, a Terra<br />
teria que se mover com uma velocidade de 107000 km/h<br />
para poder dar uma volta completa em torno do Sol<br />
durante um ano. Para transformar esta velocidade para o<br />
S.I. (Sistema Internacional) dividiríamos seu valor por<br />
3,6 e teríamos a resposta de 30000 m/s. Mesmo que o<br />
pássaro conseguisse descer do galho até o chão em 1
segundo, a minhoca teria sido carregada pelo movimento<br />
da Terra por uma distância de 30000 metros ou 30 km.<br />
Seria impossível para um pássaro mergulhar em linha<br />
reta para baixo e apanhar a minhoca. Mas de fato os<br />
pássaros apanham minhocas partindo de galhos de<br />
árvores altos, o que parecia ser uma clara evidência de<br />
que a Terra deveria estar em repouso. Você consegue<br />
refutar este argumento? Não!? Pense um<br />
pouquinho...lembre-se que você é um brasileiro e jamais<br />
deve desistir !!<br />
3.2 – OS IMPACTOS DAS IDEIAS DE<br />
COPÉRNICO<br />
Sobrinho do bispo, a quem servia no castelo<br />
episcopal, sabia como ninguém que sua teoria causaria<br />
enorme rebuliço na Igreja e seria ferozmente combatida.<br />
Colocou--a para circular, prudentemente, apenas entre os<br />
amigos mais chegados, rotulando--a sempre como uma<br />
hipótese para calcular as posições futuras dos astros.<br />
Um daqueles amigos observou: se os planetas se<br />
movem anualmente em torno do Sol e diariamente sobre<br />
seu eixo, então Vênus e Mercúrio devem apresentar<br />
fases, como a Lua. Seguro de si, Copérnico garantiu:<br />
"Eles realmente têm fases. Quando lhe aprouver, o bom<br />
Deus dará ao homem meios de observá-las". Outro<br />
problema permanecia insolúvel para os recursos da<br />
época: se a Terra realmente executasse aquele<br />
movimento anual, então deveria haver uma alteração na<br />
posição das estrelas, dentro da sua esfera, ao longo do<br />
ano. É o que se chama paralaxe anual. Copérnico<br />
assegurou que a paralaxe existia, mas não podia ser<br />
observada, porque as estrelas estavam a enorme distância<br />
da Terra. Isso levava a rever a ideia que se tinha, então,<br />
do tamanho do Universo.<br />
A Igreja Católica não se abalou de imediato com a<br />
"hipótese". O papa Clemente VII deu-lhe sua aprovação<br />
formal e pediu a Copérnico uma demonstração<br />
matemática de suas teorias. Mas o feroz reformador<br />
protestante Martinho Lutero não foi condescendente. "A<br />
Bíblia diz que Josué mandou o Sol parar no firmamento<br />
e não a Terra", comentou irado, para mostrar que a nova<br />
teoria contrariava as escrituras sagradas. Ele se referia ao<br />
episódio em que os judeus, de volta do exílio no Egito,<br />
lutavam para conquistar suas terras na Palestina. Uma<br />
batalha especialmente dura contra os amorreus não<br />
chegaria ao fim antes do anoitecer e, então, Josué, que<br />
sucedera a Moisés na liderança do povo, ordenou: "Sol,<br />
detém--te em Gideon e tu, Lua, no vale de Aijalon".<br />
Segundo a Bíblia, os dois astros se mantiveram imóveis<br />
quase um dia inteiro e a batalha foi vencida.<br />
Sua teoria estava completa, testada e conferida,<br />
e ele, já doente, acreditava-se no fim da vida e fora do<br />
alcance de uma possível perseguição por parte da Igreja.<br />
Ainda assim, julgou melhor fazer a impressão em<br />
Nuremberg, cidade alemã sob influência protestante. Foi<br />
o pastor luterano Andreas Osiander quem cuidou do<br />
trabalho - e aparentemente tinha mais medo de Lutero do<br />
que Copérnico do papa. Por sua conta, sem pedir licença<br />
ao autor, colocou um prefácio onde informava aos<br />
leitores que aquilo não era uma visão real do Universo,<br />
mas apenas "um cálculo coerente com a observação".<br />
Como Osiander não assinou seu prefácio, os leitores<br />
pensaram que essa era a opinião do autor. O próprio<br />
Copérnico não pôde protestar, pois consta que o primeiro<br />
exemplar do livro, levado às pressas por um mensageiro,<br />
foi encontrá-lo a 24 de maio de 1543 no leito de morte -<br />
e ele nem sequer conseguiu virar a primeira página. De<br />
qualquer forma, tornara--se pública a teoria<br />
heliocêntrica. Lutero já reclamara antes: "Ela vai virar a<br />
Astronomia de cabeça para baixo". Copérnico via mais<br />
além: tirando o homem e a Terra do centro de tudo, sua<br />
teoria levaria à revisão da forma de encarar o enigma da<br />
formação do Universo, do surgimento da vida e do<br />
próprio homem.<br />
Mas isso se faria devagar, bem ao ritmo<br />
daqueles tempos.<br />
Ainda hoje a ideia de que a Terra é o centro do Universo<br />
continua presente. O texto abaixo mostra uma pesquisa<br />
realizada nos Estados Unidos que retrata o fato.<br />
Prisioneiros de Ptolomeu<br />
Preparem-se para pegar em armas,<br />
camaradas! A revolução copernicana ainda não<br />
acabou. Duvida? Pergunte a Jon Miller. Ele é o<br />
responsável pelo Centro de Comunicações<br />
Biomédicas, em Chicago, Estados Unidos, órgão que<br />
conduz periodicamente pesquisas para avaliar a<br />
alfabetização científica da população daquele país.<br />
Seus últimos resultados mostram que um em cada<br />
cinco americanos ainda acha que o Sol gira em torno<br />
da Terra. E, se isso soa inacreditável, saiba que o<br />
“privilégio” não é exclusivo dos eleitores de George W.<br />
Bush.<br />
Pesquisas semelhantes feitas em meados<br />
dos anos 1990, em países como Alemanha e Reino<br />
Unido, apontam para a mesma coisa. Entre os<br />
alemães, 16% afirmaram que o Sol girava em torno da<br />
Terra. Entre os britânicos, 19% dos entrevistados<br />
compartilhavam dessa convicção. Nos países em<br />
desenvolvimento, a coisa não deve ser melhor. Ou<br />
seja, a luta pela revolução definitivamente não<br />
acabou.<br />
89
4- TYCHO BRAHE<br />
A obra de Copérnico foi baseada em dados<br />
obtidos na antigüidade. Somente no final do século XVI<br />
o dinamarquês Tycho Brahe (1546- 1601) teve uma idéia<br />
diferente: em vez de retirar dados baseados em<br />
argumentos filosóficos, resolveu fazer medidas precisas<br />
das posições dos corpos celestes. Tycho Brahe estudou a<br />
posição dos planetas durante muitos anos em seu<br />
observatório na Ilha de Hven, perto de Copenhague. Ele<br />
montou tabelas volumosas e percebeu que o modelo de<br />
Copérnico não se adaptava de forma tão satisfatória a<br />
esses dados.<br />
verdadeiro fora arrancado numa briga... e dizem as más<br />
línguas que seus descendentes torciam por um time de<br />
várzea dinamarquês chamado vasquinho...<br />
Mas a convivência dos dois foi muito difícil e<br />
eles brigavam feito cão e gato. Brahe não passava as<br />
anotações para Kepler, pois tinha medo que ele as<br />
publicasse e provocasse a ira da Igreja. Kepler queixouse<br />
numa carta a amigos: "Tycho não permite que eu<br />
participe de suas experiências. Só durante as refeições,<br />
entre outros assuntos, ele menciona, de passagem, hoje o<br />
número do apogeu de um planeta, amanhã outro dado<br />
qualquer".<br />
Após quase 18 meses de convivência, Brahe, no<br />
leito de morte, chama Kepler e pede a ele: Não deixe<br />
minha existência ter sido em vão... Use meus dados e<br />
faça a revolução que você tanto deseja.<br />
Assim, entra em cena um alemão que na<br />
opinião do físico Marcelo Gleisser, seria o primeiro<br />
astrofísico moderno: Johannes Kepler.<br />
Assim Tycho propôs um sistema que era um<br />
híbrido entre os modelos de Ptolomeu e de Copérnico: a<br />
Terra estaria no centro do Universo, com o Sol girando<br />
em torno dela, mas os outros planetas estariam orbitando<br />
em torno do Sol.<br />
4.1 – UMA PRECIOSA AJUDA<br />
90<br />
Apesar de ser um notável observador dos céus<br />
Tycho tinha escassos dotes para a Matemática - daí<br />
alegrar-se com a perspectiva de ter um jovem<br />
matemático alemão a seu lado. Esse matemático que<br />
despontava como um grande gênio se chamava Johannes<br />
Kepler. Ele precisava de Kepler a fim de fornecer-lhe os<br />
cálculos necessários para dar sustentação à sua ideia.<br />
Kepler, ao contrário, esperava ter acesso aos volumes de<br />
Tycho para desenvolver suas próprias teorias a respeito<br />
sobretudo da movimentação dos planetas. A hora era boa<br />
à execução do projeto, tanto mais que, por coincidência,<br />
Tycho se desentendera com o rei Cristiano IV e acabara<br />
de se mudar da longínqua Uraniborg para a cidade de<br />
Praga, capital da atual Tchecoslováquia, onde recebera o<br />
posto de Matemático Imperial das mãos do imperador<br />
Rodolfo II. Tycho tinha uma ilha equipada com os<br />
melhores instrumentos disponíveis para observar o céu.<br />
Ele também tinha uma prisão em sua ilha, um anão<br />
vidente e um nariz feito de ouro e cera, porque seu nariz<br />
5 – JOHANNES KEPLER<br />
Com sua grande habilidade matemática, Kepler em<br />
1601, publicou sua obra-prima, Astronomia Nova, que<br />
trazia duas de suas três leis planetárias fundamentais.<br />
A primeira delas afirma que os planetas descrevem<br />
órbitas em forma de elipses com o Sol em um dos seus<br />
focos. A segunda lei afirma que a velocidade dos
planetas varia de tal forma que percorrem áreas iguais<br />
em tempos iguais. Calma, vamos entendê-las um pouco<br />
melhor já. É só você ter um pouquinho de paciência.<br />
AS LEIS DE KEPLER - VERSÃO SIMPLES<br />
1- Quando um planeta descreve uma órbita em torno<br />
do Sol, ele se aproxima, depois se afasta. Alguns<br />
quase não se aproximam, enquanto outros se<br />
aproximam bastante, mas não se preocupe muito com<br />
isso.<br />
2- Quando está mais próximo do Sol, o planeta se<br />
move mais depressa.<br />
Essas duas leis são as primeiras leis naturais no<br />
sentido moderno, na medida em que utilizam termos<br />
matemáticos para descrever relações universais<br />
governando fenômenos particulares. Com elas, a<br />
Astronomia separou-se da Teologia para unir-se à <strong>Física</strong>.<br />
Não foi um divórcio fácil. Desde os gregos, filósofos<br />
afirmavam que os astros percorriam trajetórias circulares<br />
em velocidade uniforme. A tarefa dos astrônomos<br />
consistia, sobretudo, em construir sistemas cada vez mais<br />
complicados para conciliar essa "verdade decretada" com<br />
as observações que iam fazendo com seus próprios olhos.<br />
As conquistas de Kepler foram fantásticas, pois<br />
a sua vida não foi fácil. Ele era muito inteligente, mas<br />
tinha muitos problemas pessoais: tinha péssima vista,<br />
vermes, verrugas na pele, hemorróidas, sua primeira<br />
mulher e seus filhos morreram, e, mais tarde, ele dedicou<br />
boa parte da vida a evitar que sua mãe fosse queimada<br />
com feiticeira. Além de o seu pai ter sido um mercenário<br />
de reputação duvidosa. Coitado!<br />
3- Os planetas que estão mais longe do Sol levam<br />
mais tempo para completar suas órbitas do que os que<br />
estão mais perto. Além de terem de andar mais,<br />
movem-se mais devagar.<br />
Não entenderam nada? Como assim? Bom, se<br />
você estiver com cabeça para isso vamos dar uma olhada<br />
nas leis do Kepler para ver melhor o que elas dizem. Se<br />
não estiver com cabeça para isso, é claro que pode voltar<br />
a estas páginas quando for um velho caduco e não tiver<br />
nada melhor para fazer.<br />
5.1 - AS LEIS DE KEPLER<br />
Depois de termos<br />
esgotado a sua<br />
paciência com um<br />
monte de coisas<br />
acima, vamos esgotar<br />
mais um pouco falando<br />
de<br />
algumas<br />
importantes leis...tá<br />
bom, tá bom...vamos<br />
então bem devagar!!!<br />
1ª LEI – OS PLANETAS SE MOVEM EM ELIPSES<br />
EM TORNO DO SOL, COM ELE EM UM DOS<br />
FOCOS.<br />
91
Como você pode perceber, isso significa que em<br />
certos momentos um planeta fica mais próximo do Sol<br />
do que em outros. Ah, é bom dizer que exageramos as<br />
elipses nestas ilustrações, porque a maioria das<br />
trajetórias dos planetas é quase uma circunferência, mas<br />
seria meio complicado desenhá-las.<br />
ATENÇÃO ALUNO DIGIMON!<br />
Toda elipse possui uma excentricidade<br />
entre zero e um. Quando a excentricidade da elipse<br />
se iguala a 1 nós dizemos que ela se degenera e se<br />
transforma em uma reta. Quando a excentricidade<br />
da elipse se iguala a zero nós dizemos que ela se<br />
degenera e se transforma em um círculo perfeito. A<br />
excentricidade das órbitas dos planetas ao redor do<br />
Sol são de elipses com excentricidades mais<br />
próximas a zero que a 1.<br />
Representação de uma elipse, com os focos F1 e<br />
F2, seu eixo maior A e eixo menor B<br />
A excentricidade de uma elipse (e) é dada por: e =<br />
F/A<br />
Observe as seguintes elipses com suas respectivas<br />
excentricidades:<br />
O raio-vetor varre a mesma área no mesmo<br />
intervalo de tempo, porque nos pontos mais próximos do<br />
Sol (periélio) o planeta se move mais rapidamente e, nos<br />
pontos mais afastados (afélio), mais lentamente. A<br />
velocidade dos planetas é máxima no periélio e mínima<br />
no afélio.<br />
3ª LEI – T 2 = k R 3<br />
Bonito e simples, não é? Mas se você prefere traduzir<br />
isso em palavras:<br />
O QUADRADO DO TEMPO LEVADO POR UM<br />
PLANETA PARA COMPLETAR UMA ÓRBITA EM<br />
TORNO DO SOL É PROPORCIONAL AO CUBO DA<br />
SUA DISTÂNCIA MÉDIA DO SOL.<br />
Reconheça, é uma joia. Relembrando<br />
T 2 = k . R 3<br />
onde:<br />
Curiosidade:<br />
O valor de k para o sistema solar é 3.10 -19 s 2 /m 3<br />
A tabela abaixo mostra as excentricidades das<br />
órbitas dos planetas de nosso Sistema Solar:<br />
*A partir de 24 de agosto de 2006, Plutão deixa de<br />
ser considerado um planeta por decisão da<br />
International Astronomical Union (IAU), na XXVI<br />
Assembleia Geral da entidade.<br />
2ª LEI – UMA LINHA QUE LIGA O PLANETA AO<br />
SOL VARRE UMA ÁREA IGUAL NUM TEMPO<br />
IGUAL.<br />
Vamos treinar?<br />
PENSANDO COMO KEPLER<br />
Exemplo 1. Dois satélites de um planeta têm<br />
respectivamente períodos de revolução de 32 dias e<br />
de 256 dias. Se o raio da órbita do primeiro vale uma<br />
unidade, quantas unidades vale o raio da órbita do<br />
segundo?<br />
Resp. 4 unidades.<br />
Exemplo 2. Determine o período, em anos terrestres,<br />
de um planeta hipotético que gire em torno do Sol a<br />
uma distância 8 vezes maior que a da Terra.<br />
Resp. 22,6 anos.<br />
Bom...mas agora chega de leis de Kepler! Você<br />
vai se sentir aliviado ao saber que não tem mais nenhuma<br />
lei de Kepler para encher a nossa paciência. Na verdade,<br />
está na hora de darmos tchau para o coitado do Kepler,<br />
porque sua vida foi rumando pouco a pouco para um fim<br />
tristíssimo. Ele passou suas últimas semanas se<br />
arrastando a duras penas de cidade em cidade, tentando<br />
receber os salários que lhe deviam, até que não aguentou<br />
mais e morreu. Mas sua genialidade foi uma das<br />
principais fontes de inspiração de Newton, e ele será<br />
92
lembrado para sempre por isso, pois faltou muito pouco<br />
para Kepler conceituar “força gravitacional”.<br />
6 – GALILEU (1564 a 1642)<br />
Galileu lançou as bases do que hoje denominamos de<br />
<strong>Física</strong> Clássica, pondo fim à <strong>Física</strong> Aristotélica.<br />
Formulou o que hoje denominamos de princípio da<br />
inércia, definindo que, na ausência de forças (ou com<br />
forças cuja resultante seja nula), os corpos mantêm o seu<br />
estado de movimento, isto é: se estão em repouso,<br />
permanecerão em repouso; se estão em movimento<br />
uniforme, permanecerão em movimento uniforme.<br />
O cientista italiano formulou também a lei que descreve<br />
a queda dos corpos quando caem livremente, o princípio<br />
do isocronismo (mesmo período) dos pêndulos, além de<br />
contribuições ao estudo da Resistência dos Materiais —<br />
disciplina, aliás, de grande importância para a<br />
engenharia.<br />
Galileu obteve tais resultados empregando uma maneira<br />
de pensar muito diferente daquela conhecida pelos<br />
aristotélicos. Esse modo<br />
de pensar, ou método, é,<br />
talvez, o maior legado<br />
de Galileu à<br />
Constituição da ciência<br />
moderna. O cientista<br />
italiano recorreu à<br />
experimentação, pondo<br />
fim ao divórcio entre<br />
teoria e prática,<br />
realizando, dessa forma,<br />
o casamento entre essas<br />
duas esferas da<br />
atividade humana. A experimentação, para Galileu, não<br />
se reduz, contudo, à mera observação. Ela supõe a<br />
formulação de uma hipótese matematizada — portanto,<br />
uma abstração — das relações entre as variáveis do<br />
fenômeno em estudo.<br />
Formular uma hipótese é inventar uma ideia preliminar<br />
sobre o fenômeno a ser estudado. Essa ideia deve então<br />
ser expressa em termos matemáticos para ser submetida<br />
a um teste empírico, isto é, a realização de uma<br />
experiência. Conforme o próprio Galileu explicitou, os<br />
segredos da natureza estão escritos em linguagem<br />
matemática, de modo que, sem conhecer essa linguagem,<br />
não poderemos conhecer mais profundamente o mundo<br />
em que vivemos. O caráter científico dos<br />
posicionamentos de Galileu lhe trouxe sérios problemas.<br />
A poderosa Igreja Católica da época, que estava<br />
absolutamente contrariada com suas ideias, o perseguiu e<br />
o condenou. Em face de tudo isso, ele abjurou suas<br />
convicções diante da Igreja e negou que tivesse<br />
acreditado no modelo heliocêntrico.<br />
De todo modo, a essa altura era impossível impedir que<br />
as ideias de Galileu fossem disseminadas. A escolha do<br />
italiano na redação de seus trabalhos contribuiu muito<br />
para a popularização de suas ideias. Utilizando-se de<br />
diálogos entre personagens fictícias, Galileu exibia o seu<br />
brilhante poder de convencimento e didatismo, que era<br />
usado para demolir a <strong>Física</strong> Aristotélica, às vezes até de<br />
forma irônica. O processo contra Galileu tem motivado,<br />
mais recentemente, diversificados estudos de cunho<br />
histórico. Galileu morreu aos 78 anos, quando nascia<br />
Isaac Newton. Interessante acrescentar que Galileu não<br />
acreditava na força de atração gravitacional que<br />
mantinha a Lua ao redor da Terra. Para Galileu, o<br />
movimento circular da Lua era um movimento natural e,<br />
portanto, não necessitava de forças. Apesar de ter<br />
compreendido o conceito de inércia, Galileu o atribuiu<br />
também ao movimento circular. Coube a Newton<br />
formular o conceito de inércia aplicado apenas ao<br />
repouso e aos movimentos retilíneos.<br />
6.1 – NOVAS IDÉIAS SOBRE A INÉRCIA<br />
Em sua obra ‘DIÁLOGO SOBRE OS DOIS<br />
PRINCIPAIS SISTEMAS DO MUNDO” (nominho<br />
grande, não!?) Galileu usa o diálogo entre dois<br />
personagens para refutar as ideias aristotélicas que<br />
prevaleceram na Idade Média. Aristóteles foi um astuto<br />
observador da natureza, e tratou mais com problemas que<br />
o cercavam do que com casos abstratos que não ocorriam<br />
em seu ambiente. O movimento sempre envolve um<br />
meio resistivo, tal como ar ou água. Ele acreditava ser<br />
impossível a existência de um vácuo e, portanto, não<br />
considerou seriamente o movimento na ausência de<br />
atrito. Por isso era fundamental para Aristóteles que<br />
sempre fosse necessário empurrar ou puxar um objeto<br />
93
94<br />
para mantê-lo em movimento. E foi este princípio básico<br />
que Galileu negou quando afirmou que, se não houvesse<br />
interferência sobre um objeto móvel, este deveria moverse<br />
em linha reta para sempre; nenhum empurrão, puxão<br />
ou qualquer tipo de força era necessária para isso.<br />
Galileu testou suas hipóteses fazendo experiências com o<br />
movimento de diversos objetos sobre planos inclinados.<br />
Ele notou que bolas que rolavam para baixo sobre planos<br />
inclinados tornavam-se mais velozes, enquanto que bolas<br />
que rolavam para cima, sobre um plano inclinado,<br />
tornavam-se menos velozes. Disto concluiu que bolas<br />
que rolassem sobre um plano horizontal não deveriam<br />
tornar-se mais ou menos velozes. A bola atingiria<br />
finalmente o repouso não por causa de sua “natureza”,<br />
mas por causa do atrito.<br />
Esta ideia foi sustentada pelas observações de<br />
Galileu sobre o movimento ao longo de superfícies<br />
progressivamente mais lisas: quando havia menos atrito,<br />
o movimento dos objetos persistia por mais tempo;<br />
quanto menor o atrito, mais rápido se tornava o<br />
movimento. Ele raciocinou que, na ausência de atrito ou<br />
de outras forças opositoras, um objeto movendo-se na<br />
horizontal continuaria movendo-se indefinidamente. A<br />
propriedade de um objeto tender a manter-se em<br />
movimento numa linha reta foi chamada por ele de<br />
inércia.<br />
O conceito de Galileu de inércia desacreditou a<br />
ideia de Aristóteles sobre o movimento. Aristóteles de<br />
fato não reconheceu a ideia de inércia porque deixou de<br />
imaginar como seria o movimento sem atrito. A falha de<br />
Aristóteles em reconhecer o atrito pelo que ele é – ou<br />
seja, uma força com outra qualquer – impediu o<br />
progresso da física por quase 2000 anos, até a época de<br />
Galileu. O caminho estava aberto para Isaac Newton<br />
sintetizar uma nova visão do universo. Newton refinou a<br />
ideia de Galileu e formulou sua primeira lei, denominada<br />
LEI DA INÉRCIA. Do Principia (livro de Newton):<br />
Todo objeto fica em<br />
seu estado de<br />
repouso ou de<br />
movimento uniforme<br />
em linha reta, a<br />
menos que seja<br />
obrigado a mudar<br />
aquele estado por<br />
forças impressas<br />
sobre ele.<br />
Agora leia atentamente o texto que trata da lei da Inércia,<br />
escrito por Galileu, o precursor da primeira lei de<br />
Newton.<br />
“SIMP” e “SALV” são as iniciais dos nomes dos<br />
personagens fictícios: Simplício e Salviatti.<br />
“SALV.: ... Diga-me agora: Suponhamos que se tenha<br />
uma superfície plana lisa como um espelho e feita de um<br />
material duro como o aço. Ela não está horizontal, mais<br />
inclinada, e sobre ela foi colocada uma bola<br />
perfeitamente esférica, de algum material duro e pesado,<br />
como o bronze. A seu ver, o que acontecerá quando a<br />
soltarmos?<br />
... SIMP.: Não acredito que permaneceria em repouso;<br />
pelo contrário, estou certo de que rolaria<br />
espontaneamente para baixo.<br />
... SALV.: ... E por quanto tempo a bola continuaria a<br />
rolar, e quão rapidamente? Lembre-se de que eu falei de<br />
uma bola perfeitamente redonda e de uma superfície<br />
altamente polida, a fim de remover todos os<br />
impedimentos externos e acidentais. Analogamente, não<br />
leve em consideração qualquer impedimento do ar<br />
causado por sua resistência à penetração, nem qualquer<br />
outro obstáculo acidental, se houver.<br />
SIMP.: Compreendo perfeitamente, e em resposta a sua<br />
pergunta digo que a bola continuaria a mover-se<br />
indefinidamente, enquanto permanecesse sobre a<br />
superfície inclinada, e com um movimento<br />
continuamente acelerado...<br />
SALV.: Mas se quiséssemos que a bola se movesse para<br />
cima sobre a mesma superfície, acha que ela subiria?<br />
SIMP.: Não espontaneamente; mas ela o faria se fosse<br />
puxada ou lançada para cima.<br />
SALV.: E se fosse lançada com um certo impulso, qual<br />
seria seu movimento, e de que amplitude?<br />
SIMP.: O movimento seria constantemente freiado e<br />
retardado, sendo contrário à tendência natural, e duraria<br />
mais ou menos tempo conforme o impulso e a inclinação<br />
do plano fossem maiores ou menores.<br />
SALV.: Muito bem, até aqui você me explicou o<br />
movimento sobre dois planos diferentes. Num plano<br />
inclinado para baixo, o corpo móvel desce<br />
espontaneamente e continua acelerando, e é preciso<br />
empregar uma força para mantê-lo em repouso. Num<br />
plano inclinado para cima, é preciso uma força para<br />
lançar o corpo ou mesmo mantê-lo parado, e o<br />
movimento impresso no corpo diminuiu continuamente<br />
até cessar de todo. Você diria ainda que, nos dois casos,
surgem diferenças conforme a inclinação do plano seja<br />
maior ou menor, de forma que um declive mais<br />
acentuado implica maior velocidade, ao passo que, num<br />
aclive, um corpo lançado com uma dada força se move<br />
tanto mais longe quanto menor o aclive.<br />
Diga-me agora o que aconteceria ao mesmo corpo<br />
móvel colocado sobre uma superfície sem nenhum aclive<br />
nem declive.<br />
SIMP.: Aqui preciso pensar um instante sobre a<br />
resposta. Não havendo declive, não pode haver tendência<br />
natural ao movimento, e, não havendo aclive, não pode<br />
haver resistência ao movimento. Parece-me portanto que<br />
o corpo deveria naturalmente permanecer em repouso.<br />
Mas eu me esqueci; faz pouco tempo que Sagredo me<br />
deu a entender que isto é o que aconteceria.<br />
SALV.: Acredito que aconteceria se colocássemos a bola<br />
firmemente num lugar. Mas que sucederia se lhe<br />
déssemos um impulso em alguma direção?<br />
SIMP.: Ela teria que se mover nessa direção.<br />
SALV.: Mas com que tipo de movimento?<br />
Seria continuamente acelerado, como no declive, ou<br />
continuamente retardado, como no aclive?<br />
SIMP.: Não posso ver nenhuma causa de aceleração,<br />
uma vez que não há aclive nem declive.<br />
SALV.: Exatamente. Mas se não há razão para que o<br />
movimento da bola se retarde, ainda menos há razão para<br />
que ele pare; por conseguinte, por quanto tempo você<br />
acha que a bola continuaria se movendo?<br />
SIMP.: Tão longe quando a superfície se estendesse sem<br />
subir nem descer.<br />
instaurou um processo contra ele. Para escapar de um<br />
final trágico, Galileu teve que ler e assinar, diante de um<br />
tribunal, uma confissão em que reconhecia o “erro e a<br />
heresia”:<br />
“Eu, Galileu Galilei, filho de Vincenzio Galileu de<br />
Florença, com a idade de setenta anos, sendo trazido<br />
pessoalmente a julgamento, e ajoelhado diante de vós,<br />
Eminentíssimos e Reverendíssimos Lordes Cardeais,<br />
Inquisidores Gerais da Comunidade Cristã universal<br />
contra a depravação herética, tendo diante de meus olhos<br />
o Sagrado Evangelho, que toco com minhas próprias<br />
mãos, juro que sempre acreditei e, com a ajuda de Deus,<br />
acreditarei no futuro, em todo artigo que a Santa Igreja<br />
Católica Apostólica Romana mantém, ensina e prega.<br />
Mas, por ter sido ordenado, por esse conselho, a<br />
abandonar completamente a falsa opinião que mantém<br />
que o Sol é o centro e imóvel, e proibido de manter,<br />
defender ou ensinar a referida falsa doutrina de qualquer<br />
maneira...”<br />
Lembra-se do problema do pássaro proposto por<br />
Copérnico? Galileu nos ajudaria a pensar em uma<br />
boa resposta.<br />
SALV.: Então, se este espaço fosse limitado, o<br />
movimento sobre ele seria também ilimitado? Ou seja,<br />
perpétuo?<br />
SIMP.: Parece-me que sim, desde que o corpo<br />
móvel fosse feito de material durável."<br />
6.2 – GALILEU CONTRARIA A IGREJA<br />
Galileu procurou demonstrar que Copérnico<br />
estava correto na proposição de que o Sol era o centro do<br />
universo. Apontou o telescópio para o céu e fez<br />
descobertas importantíssimas como: as manchas solares,<br />
as luas de Júpiter e seus movimentos em torno desse<br />
planeta, as irregularidades na superfície da Lua e as fases<br />
de Vênus (semelhantes às fases da Lua). Com isso,<br />
contrariou vários dogmas da Igreja Católica, que<br />
Vamos invocar juntos: PELOS PODERES DA<br />
INÉRCIA....<br />
Veja, não somente a Terra se move a 30 km/s, mas<br />
também a árvore, o galho da árvore, o pássaro<br />
parado nele, a minhoca e até mesmo o ar entre eles.<br />
Todos estão se movendo a 30 km/s. Portanto,<br />
quando o pássaro mergulha do galho, seu<br />
movimento lateral inicial de 30 km/s permanece<br />
inalterado. Ele apanha a minhoca sem ser em nada<br />
afetado pelo movimento de seu de seu ambiente.<br />
95
PENSANDO COMO GALILEU<br />
Em 1632, em seu livro intitulado Dialogo supra<br />
i due Massimi Sistemi del Mondo Tolemaico e<br />
Copernicano (Diálogo sobre os dois Máximos<br />
Sistemas do Mundo Ptolomaico e Copernicano)<br />
Galileu retomou a questão sobre a queda de um corpo<br />
do alto do mastro em um navio parado ou em<br />
movimento. Num trecho do “Diálogo” Galileu,<br />
representado pelo personagem Salviatti responde a<br />
Simplício, personagem que representava os<br />
aristotélicos:<br />
2- Quais eram as semelhanças entre as teorias de<br />
Ptolomeu e Copérnico sobre o universo?<br />
3- Que descobertas Galileu fez com o telescópio?<br />
4- As descobertas de Galileu estavam de acordo com<br />
qual modelo de universo: o geocêntrico ou o<br />
heliocêntrico? Comente.<br />
5- O trabalho de Kepler introduziu uma alteração<br />
fundamental em relação aos de Copérnico e Galileu. Que<br />
alteração foi essa?<br />
“-... Deixando cair uma bola de chumbo do alto do<br />
mastro de um navio que esteja parado, marcando o<br />
lugar onde ela bate, que é próximo a base do mastro;<br />
mas, se do mesmo lugar deixa-se cair a mesma bola,<br />
quando o navio estiver em movimento, sua batida<br />
será afastada da outra por tanto espaço quanto o navio<br />
adiantou-se durante o tempo da queda do chumbo, e<br />
isto simplesmente porque o movimento natural da<br />
bola posta em liberdade é por linha reta em direção ao<br />
centro da Terra...”<br />
Utilizando-se das informações acima, se uma bola de<br />
chumbo for solta na vertical do alto do mastro (ponto<br />
O) deste navio que se afasta do cais, em que posição<br />
ela cairá de acordo a Galileu? EXPLIQUE suas<br />
respostas.<br />
6- (ENEM) O texto foi extraído da peça Tróilo e<br />
Créssida de William Shakespeare, escrita,<br />
provavelmente, em 1601. Os próprios céus, os planetas, e<br />
este centro reconhecem graus, prioridade, classe,<br />
constância, marcha, distância, estação, forma, função e<br />
regularidade, sempre iguais; eis porque o glorioso astro<br />
Sol está em nobre eminência entronizado e centralizado<br />
no meio dos outros, e o seu olhar benfazejo corrige os<br />
maus aspectos dos planetas malfazejos, e, qual rei que<br />
comanda, ordena sem entraves aos bons e aos maus."<br />
(personagem Ulysses, Ato I, cena III). SHAKESPEARE, W. Tróilo e Créssida:<br />
Porto: Lello & Irmão, 1948.<br />
A descrição feita pelo dramaturgo renascentista inglês se<br />
aproxima da teoria<br />
a) geocêntrica do grego Claudius Ptolomeu.<br />
b) da reflexão da luz do árabe Alhazen.<br />
c) heliocêntrica do polonês Nicolau Copérnico.<br />
d) da rotação terrestre do italiano Galileu Galilei.<br />
e) da gravitação universal do inglês Isaac Newton.<br />
96<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1- A Segunda Lei de Kepler (Lei das Áreas) permite<br />
concluir que um planeta possui:<br />
a) maior velocidade quando se encontra mais longe do<br />
Sol<br />
b) maior velocidade quando se encontra mais perto do<br />
Sol<br />
c) menor velocidade quando se encontra mais perto do<br />
Sol<br />
d) velocidade constante em toda sua trajetória<br />
7- (ENEM) Na linha de uma tradição antiga, o<br />
astrônomo grego Ptolomeu (100-170 d.C.) afirmou a tese<br />
do geocentrismo, segundo a qual a Terra seria o centro<br />
do universo, sendo que o Sol, a Lua e os planetas<br />
girariam em seu redor em órbitas circulares. A teoria de<br />
Ptolomeu resolvia de modo razoável os problemas<br />
astronômicos da sua época. Vários séculos mais tarde, o<br />
clérigo e astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-<br />
1543), ao encontrar inexatidões na teoria de Ptolomeu,<br />
formulou a teoria do heliocentrismo, segundo a qual o<br />
Sol deveria ser considerado o centro do universo, com a<br />
Terra, a Lua e os planetas girando circularmente em<br />
torno dele. Por fim, o astrônomo e matemático alemão
Johannes Kepler (1571-1630), depois de estudar o<br />
planeta Marte por cerca de trinta anos, verificou que a<br />
sua órbita é elíptica. Esse resultado generalizou-se para<br />
os demais planetas.<br />
A respeito dos estudiosos citados no texto, é correto<br />
afirmar que:<br />
a) Ptolomeu apresentou as ideias mais valiosas, por<br />
serem mais antigas e tradicionais.<br />
b) Copérnico desenvolveu a teoria do heliocentrismo<br />
inspirado no contexto político do Rei Sol.<br />
c) Copérnico viveu em uma época em que a pesquisa<br />
científica era livre e amplamente incentivada pelas<br />
autoridades.<br />
d) Kepler estudou o planeta Marte para atender às<br />
necessidades de expansão econômica e científica da<br />
Alemanha.<br />
e) Kepler apresentou uma teoria científica que, graças<br />
aos métodos aplicados, pôde ser testada e generalizada.<br />
7 – DESCARTES<br />
Ele refutava a hipótese da gravitação. Para Descartes, era<br />
inaceitável pensar que dois planetas se atraem à<br />
distância, sem uma conexão material entre eles.<br />
Descartes defendia a hipótese dos vórtices: os planetas<br />
“nadam” sem alternativa num infinito éter, ou “matéria<br />
inicial”. Essa matéria cai numa série de redemoinhos ou<br />
vórtices nos quais os planetas se movimentam, como se<br />
os planetas fossem laranjas ou maçãs carregadas por um<br />
tornado ou furacão. Esse movimento, em forma de<br />
turbilhão, explicaria a órbita dos planetas ao redor do Sol<br />
sem que se recorresse à força gravitacional. Isaac<br />
Newton começou cartesiano, mas concluiu que o modelo<br />
de Descartes não era bom, pois não se adaptava<br />
matematicamente bem às leis dos fenômenos. “ A<br />
hipótese dos vórtices” se defronta com muitas<br />
dificuldades”, diz Newton nos Principia. Era a deixa para<br />
a idéia de que uma força, chamada de gravitacional,<br />
estaria por trás de tudo isso.<br />
No próximo tópico continuaremos a discutir<br />
essa profunda revolução científica em que Newton, sem<br />
dúvida nenhuma, foi um dos maiores protagonistas.<br />
O filósofo e matemático francês René Descartes<br />
(1596-1650) contribuiu de modo significativo para a<br />
<strong>Física</strong> ao corrigir alguns erros de Galileu. Como vimos<br />
anteriormente, Galileu não tinha compreendido que a<br />
inércia se aplicava apenas a corpos livres de forças em<br />
movimento retilíneo e uniforme; ele acreditava que<br />
também o movimento circular era inercial. Por isso, para<br />
ele, o movimento da Lua ao redor da Terra não requeria<br />
a ação de uma força, pois seu movimento circular era<br />
“natural”. Galileu, de certo modo, descobriu o princípio<br />
da inércia, mas ainda o viu impregnado pelo movimento<br />
circular.<br />
‣ Sentado na pedra, o homem está na inércia?<br />
8- ISAAC NEWTON E SUAS LEIS<br />
Foram basicamente os trabalhos de Galileu e Kepler que<br />
pavimentaram o caminho para o inglês Isaac Newton<br />
(1642-1727) formular a lei fundamental da Dinâmica e a<br />
lei da Gravitação Universal.<br />
Descartes percebeu que o movimento retilíneo é<br />
inercial, mas não o circular. Se o movimento da Lua não<br />
é “natural”, se a Lua não tem tendência de ficar ao redor<br />
da Terra, o que, então, para ele, a manteria em órbita?<br />
97
Newton reconheceu o papel de seus precursores<br />
quando declarou: ―Se consegui enxergar mais longe é<br />
porque estava apoiado em ombros de gigantes. Podemos<br />
dividir a <strong>Física</strong> em antes e depois de Newton. Antes dele<br />
se acreditava em duas físicas distintas. Uma dos Céus<br />
(Kepler e Copérnico) e outra da Terra (Galileu). A<br />
sabedoria de Newton foi perceber que a física seria<br />
única, seria Universal (Assim na Terra como no Céu!).<br />
As leis que regem os corpos no espaço seriam<br />
responsáveis em governar os movimentos na Terra.<br />
Essas ideias revolucionaram a <strong>Física</strong> de tal forma que<br />
vivemos regido por esse pensamento até hoje.<br />
científico, percebemos que na verdade o cinto de<br />
segurança serve para impedir uma tendência natural dos<br />
passageiros (ou de qualquer outro corpo) quando em<br />
movimento: permanecer em movimento.<br />
PENSANDO COMO NEWTON<br />
8.1 – A INÉRCIA NO DIA A DIA<br />
O índice de mortalidade no trânsito brasileiro é muito<br />
alto quando comparado com outros países do mundo. Em<br />
uma tentativa de mudar esse quadro, foi lançado<br />
recentemente o Novo Código Nacional de Trânsito, que<br />
traz em um de seus capítulos a obrigatoriedade do uso<br />
dos cintos de segurança.<br />
Na verdade, mais do que uma lei, é necessário uma<br />
verdadeira conscientização da população, visto que a<br />
aquisição de bons hábitos ao volante é uma das melhores<br />
prevenções que se pode criar contra acidentes. Durante<br />
uma colisão de um carro com outro ou com um poste,<br />
por exemplo, os seus ocupantes continuam a mover-se<br />
para frente e usualmente, se estiverem sem o cinto de<br />
segurança, são lançados contra o volante, podendo ainda<br />
atingir o para-brisa. O passageiro que está à direita do<br />
motorista também permanece em movimento, atingindo<br />
o para-brisa e a parte superior do painel. Nos assentos<br />
traseiros os passageiros, se também não estiverem<br />
usando o cinto de segurança, continuarão em movimento,<br />
podendo, a depender da velocidade desenvolvida pelo<br />
carro, passar por cima dos assentos dianteiros e também<br />
atingirem o para-brisa.<br />
8.2 – FORÇA RESULTANTE<br />
As variações que ocorrem no movimento<br />
(aumentar, diminuir a velocidade, enfim, sofrer<br />
aceleração) devem-se a uma força ou combinação de<br />
forças. Uma força, no sentido mais simples, é um<br />
empurrão ou puxão. Quando mais de uma força atuar<br />
sobre um objeto, nós levaremos em conta a força<br />
resultante.<br />
Por exemplo, se duas pessoas puxam um objeto<br />
num mesmo sentido com forças iguais, as forças dos dois<br />
se combinam para produzir uma força resultante duas<br />
vezes maior do que uma única força. Se cada uma delas<br />
puxar com iguais forças em sentidos opostos, a força<br />
resultante será nula.<br />
As forças iguais, mas orientadas em sentidos opostos,<br />
cancelam-se mutuamente.<br />
98<br />
Cintos de segurança, presos aos bancos,<br />
ajudarão a manter o motorista e os passageiros em seus<br />
assentos, evitando assim, contusões mais graves.<br />
Analisando a situação descrita através de um pensamento
8.3 – CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO<br />
Olhe o quadrinho abaixo:<br />
Mas professor Ivã, um corpo pode estar<br />
momentaneamente em repouso sem estar em<br />
equilíbrio?<br />
O inoportuno vizinho está pendurado e tem<br />
massa de 50 quilogramas. O fio esticado está submetido<br />
a uma “força de estiramento” chamada de tensão. O<br />
vizinho é atraído pela Terra por uma força gravitacional<br />
de 500 Newtons ou de 50 quilogramas-força. Tanto<br />
quilograma-força como newton são unidades de peso,<br />
que por sua vez é uma força. Observe que são duas<br />
forças agindo sobre o vizinho – a força de tensão no fio<br />
para cima e o peso dele para baixo. Como as duas forças<br />
agindo sobre o homem são iguais e opostas, elas se<br />
anulam. Daí o vizinho permanece em repouso assistindo<br />
a TV. Quando a força resultante sobre alguma coisa é<br />
nula, dizemos que ela está em equilíbrio mecânico.<br />
O repouso é apenas uma forma de equilíbrio.<br />
Um objeto que se mova com velocidade constante numa<br />
trajetória retilínea também se encontra em equilíbrio. O<br />
equilíbrio é um estado em que não ocorrem mudanças.<br />
Seja em repouso ou em MRU um corpo está em<br />
equilíbrio.<br />
Certamente que sim. Basta imaginar qualquer<br />
situação em que um corpo pare de se mover (v=0) apenas<br />
para inverter o sentido do seu movimento. Por exemplo,<br />
quando lançamos um corpo verticalmente para cima,<br />
num certo momento ele atingirá o ponto de altura<br />
máxima. Naquele instante ele estará momentaneamente<br />
em repouso (v=0), mas não estará em equilíbrio. Por que<br />
não? Porque a força resultante agindo no corpo não é<br />
nula naquele momento, visto que continua sendo atraído<br />
pela massa da Terra (massas se atraem, isso se chama<br />
força gravitacional). No instante em que ele para a fim de<br />
inverter o sentido do movimento, temos força resultante<br />
Fr = P e aceleração a = g para esse corpo.<br />
Na figura abaixo, durante a oscilação do<br />
pêndulo, ele nunca estará em equilíbrio (Fr=0), visto que<br />
a tração jamais cancelará a força peso P em nenhum<br />
instante da oscilação. Nos extremos da oscilação<br />
dizemos apenas que o pêndulo encontra-se em repouso<br />
momentâneo (velocidade nula), pois inverterá o sentido<br />
do seu movimento naquele ponto.<br />
OLHA O RESUMÃO<br />
F R = 0 equilíbrio<br />
estatico:<br />
repouso<br />
<br />
dinamico:<br />
MRU<br />
99
Resumindo nossas ideias sobre repouso:<br />
Não, pois esse aumento no valor da velocidade requer a<br />
presença de uma força agindo a favor da velocidade.<br />
8.4 – O PAPEL DA FORÇA NO MOVIMENTO DOS<br />
CORPOS<br />
Ao descobrir a propriedade da inércia, Galileu<br />
percebeu que, definitivamente, a presença de uma força<br />
resultante não é necessária para manter um corpo em<br />
movimento.<br />
* A caixa prosseguirá em movimento não-retilíneo,<br />
descrevendo uma trajetória curvilínea?<br />
Não, pois essa mudança de direção e, consequentemente,<br />
essa mudança da velocidade vetorial da caixa requer a<br />
presença de uma força.<br />
* A caixa não prosseguirá em movimento mas, sim,<br />
parará instantaneamente logo após a caixa ser<br />
abandonada?<br />
Para melhor esclarecer, considere a caixa da<br />
figura acima que se move ao longo de uma superfície<br />
horizontal lisa, sendo empurrada por um operador. Se de<br />
repente, a mão do operador perder o contato com a caixa,<br />
o que ocorrerá com o seu movimento posterior?<br />
* A caixa prosseguirá em movimento retilíneo, freando<br />
gradativamente até parar?<br />
Não, pois essa redução no valor da velocidade requer a<br />
presença de uma força agindo contra a velocidade, como<br />
na figura abaixo.<br />
Falso, pois essa redução brusca de velocidade requer a<br />
ação de uma grande força se opondo ao seu movimento<br />
para frear a caixa.<br />
Como vemos, qualquer mudança de velocidade,<br />
tanto na sua direção (movimentos curvilíneos), quanto no<br />
seu sentido (inversão de movimento), ou mesmo no seu<br />
valor (movimentos não uniformes), implica a presença<br />
de uma força resultante agindo sobre o corpo.<br />
Mas, afinal de contas, o que ocorrerá ao<br />
movimento da caixa que se movia horizontalmente com<br />
velocidade V, quando de repente, todas as forças que<br />
agiam nela desaparecem?<br />
Ora, na ausência total de forças, a velocidade<br />
que a caixa já possuía deverá PERMANECER<br />
CONSTANTE enquanto perdurar a ausência de forças.<br />
Isso significa que:<br />
* a velocidade não poderá aumentar de valor (a caixa não<br />
poderá se mover cada vez mais rapidamente);<br />
* a velocidade não poderá diminuir de valor (a caixa não<br />
poderá se mover cada vez mais lentamente, isto é, a<br />
caixa não pode parar);<br />
* A caixa prosseguirá em movimento retilíneo<br />
horizontal, acelerando gradativamente?<br />
* a velocidade não poderá mudar de direção (a caixa não<br />
poderá fazer a curva).<br />
100
A aceleração a causada por uma força F<br />
sempre aponta na mesma direção e<br />
sentido da força que a originou<br />
Assim, só resta a essa pobre caixa descrever qual tipo de<br />
movimento??????? Sim!!!!! O movimento retilíneo<br />
uniforme MRU, o único tipo de movimento que se<br />
mantém, mesmo na ausência total de forças,<br />
evidenciando que a presença de forças não é necessária<br />
para que haja movimento, sendo necessária apenas para<br />
mudanças de movimento (mudanças de velocidade).<br />
8.5 – SUBINDO OU DESCENDO? ACELERADO<br />
OU RETARDADO?<br />
Quando dizemos que um corpo está subindo<br />
verticalmente, estamos dizendo que, necessariamente, a<br />
sua velocidade está apontando para cima. Ao contrário,<br />
quando dizemos que um corpo está descendo<br />
verticalmente, isso implica que a sua velocidade,<br />
necessariamente, está apontada para baixo.<br />
O vetor velocidade V de um corpo<br />
sempre aponta para onde o corpo<br />
está indo naquele momento<br />
E quanto à sua aceleração? Se o corpo está<br />
subindo, a sua aceleração aponta para cima ou para<br />
baixo? Apenas com essa informação, nada se pode<br />
afirmar. O que sabemos é que toda aceleração é causada<br />
por uma força. Uma força vertical F ↑para cima causa<br />
uma aceleração a vertical ↑ para cima, assim como uma<br />
força F vertical ↓ para baixo causa uma aceleração a<br />
vertical ↓para baixo. Como eu, professor Ivã, costumo<br />
repetir em sala: A FORÇA ESTÁ CASADA COM A<br />
ACELERAÇÃO!!!!<br />
Generalizando, podemos dizer que:<br />
Assim, saber “para onde” o corpo está indo nos<br />
informa sobre “para onde” aponta sua velocidade, mas<br />
nada nos diz sobre sua aceleração, cuja orientação é dada<br />
pela força resultante que age sobre o corpo.<br />
Um corpo, basicamente pode subir ou descer de três<br />
maneiras diferentes: acelerado, retardado ou movimento<br />
uniforme. Para visualizar melhor esse fato, considere o<br />
balde da figura a seguir, sob ação exclusiva das forças F<br />
e P. Vejamos as seis possibilidades para o seu<br />
movimento vertical:<br />
1)Subindo acelerado: “subindo” significa velocidade<br />
para cima ↑v, “acelerado” significa a favor da velocidade<br />
↑a. Assim, a força resultante que proporcionou essa<br />
aceleração também aponta para cima ↑F R, o que implica<br />
F > P.<br />
2)Subindo retardado: “subindo” significa velocidade para<br />
cima ↑v, “retardado” significa aceleração contrária à<br />
velocidade ↓a. Assim, como a força resultante que<br />
proporcionou essa aceleração tem que ter a sua mesma<br />
orientação (sempre), ela aponta para baixo ↓ F R, o que<br />
implica F < P. (acompanhe pela tabela 1).<br />
3)Subindo em movimento retilíneo e uniforme:<br />
“subindo” significa velocidade para cima ↑v, “uniforme”<br />
significa aceleração nula. Nesse caso o balde sobe em<br />
MRU e a resultante das forças que age sobre ele é nula<br />
(isto é, F = P). O MRU é o único movimento que se<br />
mantém na ausência total de forças, ao contrário do que<br />
pensava Aristóteles.<br />
4)Descendo acelerado: “descendo” significa velocidade<br />
para baixo ↓v, “acelerado” significa aceleração a favor<br />
da velocidade ↓a. Assim, a força resultante que<br />
proporcionou essa aceleração aponta para baixo ↓ F R, o<br />
que implica P > F.<br />
5)Descendo retardado: “descendo” significa velocidade<br />
para baixo ↓v, “retardado” significa aceleração contrária<br />
à velocidade ↑a. Assim, a força resultante que<br />
proporcionou essa aceleração aponta para cima ↑F R, o<br />
que implica F > P.<br />
6)Descendo em movimento retilíneo e uniforme:<br />
“descendo” significa velocidade para baixo ↓v,<br />
“uniforme” significa aceleração (escalar) nula. Nesse<br />
caso o corpo desce em MRU e a resultante das forças que<br />
age sobre ele é nula (F = P). Lembre-se: O MRU é o<br />
101
único movimento que se mantém na ausência total de<br />
forças, ao contrário do que pensava Aristóteles.<br />
Segundo Aristóteles, para que esse balde estivesse<br />
subindo, seria necessário que a força para cima superasse<br />
a força para baixo, isto é, que tivéssemos F > P. Para ele,<br />
o corpo só poderia estar descendo se tivéssemos F < P e,<br />
finalmente, o corpo estaria necessariamente parado caso<br />
ocorresse F = P.<br />
ATENÇÃO, SE VOCÊ ESTIVER CONCORDANDO<br />
COM O VELHO ARISTÓTELES, SUA MANEIRA DE<br />
PENSAR ESTÁ DEFASADA MEROS 2000 ANOS!<br />
Vamos exorcizar o velho Aristóteles?<br />
A tabela 1 sintetiza a forma como a mecânica de<br />
Galileu e Newton inter-relaciona essas grandezas da<br />
física em cada uma das seis possibilidades para o<br />
movimento vertical do balde.<br />
O aluno digimon deve parar e observar a tabela<br />
por alguns instantes. Note, que para o corpo estar<br />
subindo, podemos ter qualquer uma das possibilidades F<br />
> P, F = P, P < P! O mesmo ocorre para o corpo<br />
descendo.<br />
Conhecer a força resultante que age sobre um<br />
corpo, num dado instante, permite apenas determinar a<br />
aceleração com que ele se move, porém, nada nos diz<br />
sobre “para onde aponta a velocidade do referido corpo<br />
naquele instante”, ou seja, para onde ele “está<br />
efetivamente indo” naquele momento.<br />
Para esclarecer, observe o movimento<br />
parabólico de uma bola de futebol, após perder o contato<br />
com o pé do jogador. Durante toda a sua trajetória, a<br />
única força que age sobre a bola é o seu peso, (observe o<br />
diagrama de forças acima) resultado da atração<br />
gravitacional entre a massa da bola e a massa da Terra<br />
(desprezando a resistência do ar).<br />
Essa força resultante, a cada instante, é vertical<br />
e para baixo, o que nos assegura que a aceleração do<br />
corpo, em cada instante, também seria vertical e para<br />
baixo.<br />
Mas, e sobre sua velocidade? É possível prever para<br />
onde aponta a velocidade da bola em cada instante,<br />
conhecendo-se a força resultante que age sobre ela<br />
naquele instante?<br />
Conforme eu, Ivã Pedro, gosto de repetir em<br />
sala da aula, a velocidade do corpo (em cada instante)<br />
indica para onde o corpo ESTÁ INDO naquele instante.<br />
A aceleração do corpo (em cada instante) indica apenas<br />
para onde o corpo GOSTARIA DE IR naquele instante,<br />
para onde ele está sendo puxado, para onde aponta a<br />
força resultante F R que age sobre ele naquele instante.<br />
102<br />
Um corpo nem sempre “está indo” para onde<br />
“gostaria de ir”. Em outras palavras, a velocidade de um<br />
móvel nem sempre apontará na mesma direção e sentido<br />
da sua aceleração.<br />
A velocidade do corpo é (sempre) tangente à sua<br />
trajetória, em cada instante, apontando para onde o corpo<br />
está indo, em cada instante. Já a sua aceleração é dada<br />
pela força resultante que age sobre ele, sempre<br />
apontando sempre na mesma direção e sentido dessa<br />
força que a está produzindo.<br />
Observando a figura acima, vemos que, instante<br />
t = 1 s, a força resultante aponta para baixo (Fr = P↓),<br />
causando uma aceleração para baixo (a=g↓). Aí eu lhe<br />
pergunto:<br />
- Esse fato nos permite concluir que, nesse instante t=1s,<br />
a velocidade da bola aponta para baixo↓? E no instante 2<br />
s? E no instante 3 s? A resposta, é logicamente,não!<br />
Assim, por incrível que pareça, vimos que, saber a<br />
direção da força resultante, num certo instante, nada nos<br />
informa para onde aponta a velocidade do corpo naquele<br />
instante, isto é, para onde o corpo está indo. A direção e
o sentido da força resultante agindo sobre o corpo, em<br />
cada instante, só nos informa para onde ele está sendo<br />
puxado, isto é, para onde o corpo gostaria de ir naquele<br />
instante. Essa direção e esse sentido sempre coincidem<br />
com a direção e com o sentido da aceleração.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1- Uma bola se move num campo retilíneo e com<br />
velocidade constante. Ela se encontra em equilíbrio?<br />
Explique.<br />
2- Um avião a jato voa com a mesma velocidade numa<br />
rota horizontal e retilínea. O avião, então, se encontra em<br />
equilíbrio em seu vôo. Duas forças horizontais agem<br />
sobre ele. Uma é o empuxo dos motores a jato que<br />
empurram o avião para frente. A outra é a força de<br />
resistência do ar, que atua na direção oposta. Qual delas<br />
é a maior? Comente.<br />
3- Considere a ginasta pendurando-se nas argolas. Se ela<br />
se pendura de modo que seu peso seja igualmente<br />
distribuído entre os dois anéis, como as leituras das<br />
tensões nas duas cordas de sustentação se comparam<br />
com o peso dela?<br />
7- Se você empurra uma caixa com uma força de 150 N e<br />
ela escorrega em linha reta com velocidade constante,<br />
quanto vale o atrito sobre a caixa?<br />
8- Seu colega lhe diz que a inércia é uma força que<br />
mantém as coisas em seus lugares, em repouso ou em<br />
movimento. Você concorda? Explique.<br />
9- Em termos da lei da inércia, como o encosto de cabeça<br />
do banco de um automóvel ajuda a prevenir lesões no<br />
pescoço causadas quando seu carro sofre uma colisão<br />
pela traseira?<br />
10- Um objeto pode estar em equilíbrio mecânico<br />
quando apenas uma força atua sobre ele? Explique.<br />
11- Antes do tempo de Galileu e Newton, alguns<br />
acadêmicos eruditos pensavam que uma pedra atirada do<br />
topo de um alto mastro de um navio em movimento<br />
cairia verticalmente e atingiria o convés a uma distância<br />
atrás do mastro igual àquela que o navio percorreria<br />
enquanto a pedra estava caindo. Pelo que entendeu neste<br />
capítulo, o que você pensa disso?<br />
DERRUBANDO A ATRAÇÃO GRAVITACIONAL<br />
DE NEWTON<br />
4- Qual a força resultante sobre um carrinho de mão<br />
empurrado por duas forças, uma de 200 newtons para a<br />
direita e outra de 50 newtons para a esquerda?<br />
5- O que significa dizer que alguma coisa está em<br />
equilíbrio mecânico?<br />
6- Considere um livro que pesa 20 N em repouso sobre<br />
uma mesa plana. Quantos newtons de força de apoio a<br />
mesa fornece? Qual é a força resultante sobre o livro<br />
neste caso?<br />
103
TEXTO PARA AS QUESTÕES 12 e 13<br />
“...O corpo humano está sujeito à ação da gravidade, o<br />
que exige do homem constante atenção. Não seria essa<br />
força o principal vínculo entre o homem e a Terra? A<br />
gravidade acompanha o ser humano durante toda a sua<br />
vida e, mesmo que ele se afaste de qualquer campo<br />
gravitacional, seu corpo não perderá as propriedades<br />
gravitacionais. Não haveria na força gravitacional uma<br />
forma de sintonia com a ação do tempo, uma vez que<br />
essa força representa a constante iminência de queda? Há<br />
outra lenda relacionada à maçã que parece reforçar a<br />
ideia da gravidade, inserindo o homem na temporalidade:<br />
trata-se do Gênesis, da Bíblia, especialmente na expulsão<br />
do paraíso. Ao comer do fruto proibido, o homem tornase<br />
temporal e sujeito às vicissitudes da carne. - Do pó<br />
vieste e ao pó há de retornar – está escrito no Gênesis. A<br />
gravidade exercida no corpo humano está sempre a<br />
lembrar o homem de sua condição temporal, pois um dia,<br />
quando não puder mais viver, entregará seu corpo ao<br />
chão, ao pó. Isaac Newton era uma pessoa preocupada<br />
com questões teológicas e sua obra tirava impulso e<br />
vigor de sua busca pelo conhecimento divino. Para<br />
Newton, a força gravitacional era exercida por Deus;<br />
Deus era o agente transmissor da gravidade de um corpo<br />
a outro. Não estaria Newton reforçando a idéia de que a<br />
gravidade é a presença divina e, portanto, uma<br />
possibilidade de sintonia entre o homem e o tempo dessa<br />
presença? O tempo presente agindo constantemente e<br />
inexoravelmente para frente tal qual a gravidade é<br />
sempre para baixo?”<br />
(Texto retirado da obra Newton para o Ensino Médio – Márcio Barreto)<br />
d) Durante a queda, a maçã estará em equilíbrio<br />
dinâmico, visto que seu movimento é retilíneo e<br />
uniformemente<br />
variado.<br />
e) A velocidade média da maçã poderia ser definida<br />
como a razão entre a distância percorrida por ela durante<br />
a queda e o tempo gasto para percorrer tal distância.<br />
13 - O texto compara a gravidade ao tempo, onde sugere<br />
que este age constantemente e inexoravelmente para<br />
frente (nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos)<br />
e a gravidade atua também de forma inexorável para<br />
baixo. Dessa forma, podemos afirmar que:<br />
a) Durante toda a nossa vida convivemos com a ideia de<br />
que a maçã é um símbolo muito forte nestes dois pilares<br />
da cultura ocidental: a descoberta da gravidade e a<br />
expulsão do paraíso. A primeira maçã (a do paraíso)<br />
separou o mundo celestial do mundo terreno e a de<br />
Galileu fez o caminho inverso, unindo os mundos<br />
celestes e terrestres pelas mesmas leis.<br />
b) A queda de um corpo só é possível por conta da<br />
existência de um campo gravitacional e quanto maior for<br />
a massa desse corpo mais rápido ele cairá.<br />
c) Para René Descartes a gravidade não existia e o corpo<br />
era atraído de encontro a Terra por conta de sua<br />
tendência natural de ocupar seu lugar de origem.<br />
104<br />
12- Com base nas ideias citadas no texto, analisando a<br />
queda de uma maçã, podemos afirmar que:<br />
a) Diferente do tempo que flui inexoravelmente “para<br />
frente”, a gravidade que atua na queda de uma maçã tem<br />
o sentido de cima para baixo, mas terá o sentido de baixo<br />
para cima, caso a maçã seja atirada verticalmente para<br />
cima.<br />
b) A força de atração gravitacional do centro da Terra<br />
sobre a maçã é equilibrada por uma força de resistência<br />
do ar, caso as intensidades destas forças fossem<br />
diferentes.<br />
c) O tempo é afetado pela velocidade. Dessa forma,<br />
durante a queda da maçã a sua velocidade aumenta 10 m<br />
a cada 1 s, pois a aceleração da gravidade na Terra é de<br />
10 m∕s 2 .<br />
d) Galileu compreendeu bem a ideia da gravidade e<br />
acreditava que uma força era a responsável em manter a<br />
Lua na órbita da Terra.<br />
e) A força resultante que atua sobre uma bola lançada<br />
obliquamente é a força de atração gravitacional com<br />
direção vertical e sentido de cima para baixo.<br />
14 - Um estudante (E), da segunda série do Ensino<br />
Médio, foi autorizado por um centro aeroespacial a<br />
participar de uma longa viagem espacial.<br />
Após alguns dias de viagem, muito distante da Terra, um<br />
dos físicos (F), a bordo da nave, conversou longamente<br />
sobre as leis de Newton com o estudante. Veja alguns<br />
trechos do diálogo.
F – “Nesse momento estamos muito distantes da Terra,<br />
você percebe?”<br />
E – “Claro que sim! Nunca imaginei que pudesse<br />
vivenciar uma situação onde a intensidade de meu peso<br />
se aproximasse tanto de zero.”<br />
F – “De fato, nesse momento, a atração que os astros<br />
mais próximos exercem em nós é muito pequena… Já<br />
estamos a uma velocidade de 10.000 Km/h.”<br />
(16) a nave, bem como qualquer matéria, por si só, é<br />
incapaz de variar sua velocidade vetorial.<br />
15 - Ainda com relação à questão 14, esboce os gráficos<br />
de espaço, de velocidade escalar e de aceleração escalar<br />
para o foguete adotando o referencial de tempo e de<br />
espaço que aparece logo abaixo. Suponha que por muitas<br />
horas o movimento será retilíneo e uniforme.<br />
Lua<br />
E – “Estamos então sem sofrer nenhuma influência<br />
gravitacional dos astros de nosso sistema solar?”<br />
t = 0<br />
v<br />
F – “A rigor não é bem isso que está ocorrendo! As<br />
influências gravitacionais bem como as influências do<br />
atrito nunca vão deixar de existir. Porém, nesse caso,<br />
essas influências são tão pequenas que podem ser<br />
desprezadas. Por isso mesmo vamos agora desligar os<br />
motores da nave e dormir um pouco.”<br />
E – “Deve estar brincando…”<br />
F – “Claro que não estou brincando. Se fizer isso será<br />
economizado milhares de reais de combustível.”<br />
E – “Então não vamos prosseguir viagem já que a nave,<br />
não sofrendo a ação da força motora, terá um movimento<br />
retardado até parar.”<br />
Com relação ao texto, é correto afirmar que:<br />
Terra<br />
OBS.:<br />
v<br />
km<br />
10.000<br />
h<br />
Note que quando o cronômetro proposto foi zerado a<br />
nave espacial já estava bem distante da Terra, com<br />
velocidade de módulo 10.000 km/h, movendo-se a favor<br />
da trajetória orientada.<br />
16- Você, desejando provocar e observar, num<br />
laboratório, um movimento circular uniforme, inicia a<br />
experiência amarrando uma esfera de aço num barbante<br />
sobre uma mesa horizontal revestida de bom lubrificante,<br />
de modo a tornar insignificante os efeitos do atrito. Veja<br />
as figuras 1 e 2 e desconsidere os atritos.<br />
(01) o estudante errou ao dizer que não ia prosseguir<br />
viagem.<br />
(02) uma vez desligados os motores, e “isentas” de<br />
outras interações gravitacionais, a nave irá seguir viagem<br />
em movimento retilíneo e uniforme.<br />
FIO<br />
0<br />
Fig. 1<br />
FIO<br />
0<br />
Fig. 2<br />
v 1<br />
(04) a nave, por si só, poderá se auto-desacelerar.<br />
(08) a nave, por si só, poderá mudar a direção de seu<br />
movimento inicial.<br />
Em seguida, com um rápido empurrão, você confere à<br />
esfera uma velocidade conforme figura 2, quando<br />
acaba o contato da pessoa com a esfera.<br />
105
A partir do observado na experiência, é correto afirmar<br />
que:<br />
(01) O movimento da esfera é uniforme<br />
(02) A velocidade vetorial da esfera permanece<br />
constante.<br />
(04) A força de tração foi o agente necessário para variar<br />
a direção da velocidade da esfera.<br />
(08) Se em dado instante a corda partisse, a esfera<br />
passaria a andar em linha reta em movimento uniforme.<br />
(16) Durante o giro a esfera ficou em equilíbrio de<br />
forças.<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
Informações para as questões 1 e 2.<br />
Com um rápido empurrão um observador fixo na Terra<br />
impulsiona uma partícula de massa inercial m até atingir<br />
a velocidade<br />
V 1 . A partir desse instante cessa o contato<br />
da mão do observador com o corpo. A partícula, então,<br />
passa a realizar um movimento circular e uniforme, pois<br />
a mesa é horizontal e desconsideram-se os atritos. Veja a<br />
figura abaixo.<br />
17- Cada uma das figuras a seguir representa um vagão<br />
que pode mover-se sobre trilhos retos e horizontais, com<br />
um pêndulo simples pendurado no seu teto, estando o<br />
pêndulo em repouso em relação ao vagão.<br />
Para cada uma das situações propostas a seguir, diga qual<br />
é a figura correspondente.<br />
a) O vagão está em repouso.<br />
b) O vagão tem velocidade constante.<br />
c) O vagão move-se para a direita em movimento<br />
acelerado.<br />
d) O vagão move-se para a direita em movimento<br />
retardado.<br />
e) O vagão move-se para a esquerda em movimento<br />
acelerado.<br />
f) O vagão move-se para a esquerda em movimento<br />
retardado.<br />
O fio que aparece na figura é ideal, e tem uma<br />
extremidade fixa no ponto C (centro da circunferência).<br />
A outra fica amarrada na partícula. T 1 é o módulo da<br />
tração no fio a cada instante.<br />
Com um outro rápido empurrão o observador<br />
fixo na Terra impulsiona outra partícula de massa<br />
inercial M > m, até atingir o mesmo módulo da<br />
velocidade V 1 , que aparece na figura acima, quando<br />
cessa o empurrão.<br />
O arranjo experimental é o mesmo da figura anterior<br />
(com exceção de o observador estar, desta vez, utilizando<br />
uma nova partícula). Veja a nova situação.<br />
18 - O sistema a seguir encontra-se em equilíbrio<br />
estático. As massas A, B e C valem respectivamente 5<br />
kg, 10 kg e 4 kg. Determine a intensidade da força de<br />
atrito na caixa B.<br />
Representação esquemática do novo MCU<br />
106<br />
Sendo T 2 o módulo da tração do fio nesse novo<br />
experimento, após analisar as informações acima,<br />
responda as questões 1 e 2.
1) Assinale a proposição correta<br />
a) T1 > T2<br />
b) Se o fio das duas situações rompesse, as partículas<br />
ficariam em equilíbrio estático pois estariam em MRU.<br />
c) As partículas estão em equilíbrio cinético pois se<br />
encontram em MCU.<br />
d) As acelerações das partículas valem zero, pois as<br />
trações nos fios tem valores nulos.<br />
e) Se o fio das duas situações rompesse, o movimento<br />
seria representado pelos gráficos.<br />
a<br />
v<br />
s<br />
a) O trecho “Nosso amor começou certo dia no banco<br />
da praça…’’ revela uma possível situação de equilíbrio<br />
dinâmico.<br />
b) “Eu a vi segurando um caderno…” mostra<br />
implicitamente uma situação de equilíbrio, onde as<br />
forças que atuam sobre o caderno são o seu peso e o<br />
apoio que a mão exerce sobre ele para cima. Estas duas<br />
forças têm mesma direção e mesmo sentido.<br />
c) O trecho “que depressa apanhei…” revela<br />
implicitamente uma situação de equilíbrio estático.<br />
d) O texto mostra uma passagem em que o passarinho<br />
tenta atingir o alto de uma árvore. Se este estivesse em<br />
equilíbrio dinâmico, os gráficos abaixo representariam<br />
seu movimento:<br />
t<br />
t<br />
t<br />
2) Assinale a proposição correta<br />
a) Os empurrões citados nas duas situações tiveram<br />
intervalos de tempos diferentes e o tempo da 1ª situação<br />
é menor que o da 2ª situação.<br />
b) O vetor velocidade não varia ao longo da trajetória.<br />
c) T1 = T2<br />
d) As partículas possuem massa inercial nula.<br />
e) As partículas variam, por si só, suas velocidades.<br />
4) (UFRN) Uma pequena esfera rola com velocidade<br />
constante V0 sobre a superfície plana e horizontal de<br />
uma mesa, como mostra a figura.<br />
3) Leia o seguinte trecho da canção a seguir e depois<br />
responda:<br />
“Nosso amor começou certo dia no banco da praça<br />
Eu a vi segurando um caderno, sentada com graça<br />
Meu olhar encontrou seu olhar mirando um passarinho<br />
Machucado, ferido, sangrando, fora de seu ninho<br />
Ela levantou e se aproximou da pequenina ave<br />
Que tentava em vão atingir o alto de sua árvore<br />
Foi então que eu a vi derrubar um modesto lencinho<br />
Que depressa apanhei e tentei lhe entregar com carinho”<br />
(A menina e o Passarinho” — Nando Reis – In: 12 de janeiro, wea, São Paulo:<br />
1995).<br />
Desprezando a resistência do ar, a(s) força(s)<br />
que atua(m) sobre a esfera, depois que abandona o tampo<br />
da mesa:<br />
a) o peso da esfera na direção vertical e para baixo.<br />
b) uma força horizontal que mantém o movimento.<br />
c) uma força cuja direção varia à medida que a direção<br />
do movimento varia.<br />
d) o peso da esfera e uma força horizontal.<br />
e) o peso da esfera e uma força na direção do<br />
movimento.<br />
107
5) (UECE) Sobre um corpo de massa constante que<br />
desce uma ladeira com velocidade constante, é correto<br />
afirmar:<br />
a) a resultante atuante no corpo é nula.<br />
b) não há forças atuando no corpo.<br />
c) as forças atuantes são paralelas à ladeira.<br />
d) a aceleração da gravidade é nula no local.<br />
e) a força peso é perpendicular ao deslocamento do<br />
corpo.<br />
6) (FUNDAÇÃO CESGRANRIO) Um bloco permanece<br />
em repouso sobre um plano inclinado, muito embora lhe<br />
apliquemos uma força horizontal, conforme ilustra a<br />
figura. Assim, a resultante de todas as forças que agem<br />
sobre esse bloco, excetuando-se F, será corretamente<br />
representada pelo vetor:<br />
a)<br />
b)<br />
c)<br />
d)<br />
e) nulo<br />
7) (FUNDAÇÃO CESGRANRIO) Um garoto mantém<br />
uma pequena esfera girando em um plano vertical, por<br />
intermédio de um fio, conforme indica a figura ao lado.<br />
Em determinado momento, quando a esfera passa pelo<br />
ponto A o fio se rompe. Despreze o efeito do ar. Assinale<br />
a opção que representa a orientação da força resultante<br />
na esfera, imediatamente após o fio se romper.<br />
depois, um momento de desaceleração, quando o<br />
paraquedas é aberto; e, por fim, a queda até o chão em<br />
uma velocidade confortável e constante. O gráfico da<br />
velocidade em função do tempo que melhor representa<br />
essas três etapas do movimento é:<br />
a) d)<br />
b) e)<br />
c)<br />
9) (UFSC) No livro Viagem ao Céu, Monteiro Lobato<br />
afirma que quando jogamos uma laranja para cima, ela<br />
sobe enquanto a força que produziu o movimento é<br />
maior que a força da gravidade. Quando a força da<br />
gravidade se torna maior, a laranja cai. Assinale a(s)<br />
proposição(ões) CORRETA(S).<br />
(01) Realmente na subida, após ser lançada pela mão de<br />
alguém, haverá uma força maior do que o peso para<br />
cima, de modo a conduzir a laranja até uma altura<br />
máxima.<br />
(02) Quando a laranja atinge sua altura máxima, a<br />
velocidade é nula e todas as forças também se anulam.<br />
(04) Supondo nula a resistência do ar, após a laranja ser<br />
lançada para cima, somente a força peso atuará sobre ela.<br />
(08) Para que a laranja cesse sua subida e inicie sua<br />
descida, é necessário que a força da gravidade seja maior<br />
que a mencionada força para cima.<br />
(16) Supondo nula a resistência do ar, a aceleração da<br />
laranja independe de sua massa.<br />
10) A figura mostra um balde sobre o qual atuam<br />
exclusivamente a força F de sustentação e o seu peso P.<br />
108<br />
8) Um salto de paraquedas envolve três tipos de<br />
movimento: inicialmente, um movimento acelerado a<br />
partir do repouso, muito parecido com uma queda livre;
Pode-se afirmar, que no momento em que a foto foi<br />
tirada:<br />
a) o corpo está subndo.<br />
b) o corpo está descendo.<br />
c) o corpo não pode estar parado.<br />
d) o corpo tem aceleração vertical para cima, mas<br />
velocidade indeterminada.<br />
e) ocorpo pode estar em equilíbrio.<br />
a) os blocos estão necessariamente em equilíbrio.<br />
11) Os dois blocos da figura A e B, têm massas iguais a<br />
8 kg e 4 kg respectivamente e estão presos por fios e<br />
polias ideais sujeitos à gravidade. O professor Ivã pede<br />
para você assinalar V ou F.<br />
b) os blocos estão necessariamente em repouso.<br />
c) o bloco A pode estar subindo ou descendo em MRU.<br />
d) se o blocoA estiver descendo, o peso do bloco A é<br />
igual à tração no fio 1<br />
e) se o bloco A estiver subindo, a tração no fio 1 é maior<br />
que que o peso do bloco A.<br />
a) os blocos não podem estar em repouso em nenhum<br />
instante.<br />
b) os blocos jamais estarão em equilíbrio.<br />
c) o bloco A pode estar subindo.<br />
d) o bloco B pode estar descendo acelerado.<br />
e) se o bloco A estiver subindo, podemos afirmar que a<br />
aceleração do bloco A está apontada para cima.<br />
12) Os dois blocos da figura A e B, têm massas iguais a<br />
4 kg e 4 kg e estão presos por fios e polias ideais sujeitos<br />
à gravidade. O professor Ivã pede para você assinalar V<br />
ou F.<br />
13) O conceito de equilíbrio é fundamental para a <strong>Física</strong>.<br />
Aristóteles achava que o estado natural dos corpos,<br />
quando livre da ação de puxões ou empurrões, era o<br />
estado do repouso. Quase 2000 anos depois, Galileu<br />
chega o conceito de inércia. Newton nasce do ano da<br />
morte de Galileu e, “apoiado sobre ombros de gigantes”,<br />
generaliza o conceito de inércia e sintetiza todo o<br />
pensamento moderno sobre o conceito de força nas<br />
chamadas 3 Leis de Newton do movimento. Ao contrário<br />
do que pensava Aristóteles, o estado natural de um corpo<br />
(ou seja, quando ele está livre da ação de forças) é o<br />
estado , de Equilíbrio. Assinale quais das situações a<br />
seguir caracterizam corpos ou sistemas em equilíbrio:<br />
a) um corpo em repouso permanente sobre uma rampa<br />
inclinada;<br />
b) um corpo descendo em linha reta um plano inclinado<br />
com velocidade constante v = 2 m/s;<br />
c) um corpo em queda livre na lua, onde g = 1,6 m/s 2 ;<br />
d) uma boia de isopor flutuando imóvel na superfície de<br />
uma piscina sem ondas;<br />
e) a lua girando em torno da Terra em movimento<br />
circular uniforme;<br />
f) as pessoas no interior de um elevador que desce com<br />
velocidade constante;<br />
109
g) as pessoas no interior de um carro, usando cinto de<br />
segurança, durante uma curva;<br />
h) um pêndulo de um relógio, no momento em que ele<br />
pára de se mover a fim de inverter o sentido do seu<br />
movimento;<br />
i) uma pedra que foi lançada verticalmente para cima, no<br />
instante em que ela atinge a sua altura máxima;<br />
j) qualquer corpo se movendo em trajetória curvilínea;<br />
k) qualquer corpo se movendo com velocidade escalar<br />
constante;<br />
l) Qualquer corpo em movimento uniforme;<br />
m) Qualquer corpo em movimento retilíneo;<br />
n) Qualquer corpo se movendo em MRU;<br />
o) Um paraquedistas caindo em MRU, devido à ação do<br />
paraquedas;<br />
k) Um corpo em repouso momentâneo (um pêndulo<br />
simples, por exemplo, no instante em que pára e inverte<br />
o sentido do movimento) encontra-se em Equilíbrio<br />
Mecânico.<br />
l) Todo corpo em repouso encontra-se em Equilíbrio<br />
Mecânico.<br />
m) Um corpo que se move em MRU encontra-se em<br />
equilíbrio, embora não esteja em repouso.<br />
15) Considere o bloco a seguir, apoiado sobre uma mesa<br />
horizontal lisa. Marque verdadeiro V ou falso F ou “nada<br />
se pode afirmar” NPA conforme seus conhecimentos de<br />
Mecânica:<br />
14) Assinale Verdadeiro ou falso:<br />
110<br />
a) Todo corpo que se encontra em equilíbrio Mecânico<br />
possui velocidade constante, podendo ela ser nula ou<br />
não.<br />
b) É possível fazer uma curva com velocidade constante;<br />
c) É possível fazer uma curva estando livre da ação de<br />
forças;<br />
d) Sempre que um móvel descreve uma curva, sua<br />
velocidade está variando em direção, motivo pelo qual<br />
dizemos que a velocidade do corpo está variando;<br />
e) A força é o agente responsável pela variação da<br />
velocidade, quer através da variação do seu módulo, da<br />
sua direção ou do seu sentido.<br />
f) Sempre que a velocidade de um corpo estiver<br />
variando, quer em direção (nas curvas), quer em sentido<br />
(quando o corpo inverte o sentido do seu movimento),<br />
quer em módulo (mov. Acelerado ou retardado), a força<br />
resultante agindo sobre o corpo certamente não é nula.<br />
g) Todo corpo em Movimento Retilíneo e Uniforme<br />
encontra-se em Equilíbrio Mecânico.<br />
h) Todo corpo em Movimento Circular e Uniforme<br />
encontra-se em Equilíbrio Mecânico.<br />
i) Todo corpo em Movimento Uniforme encontra-se em<br />
Equilíbrio Mecânico.<br />
j) Todo corpo em repouso permanente encontra-se em<br />
Equilíbrio Mecânico.<br />
a) A força resultante agindo sobre esse corpo aponta para<br />
a direita;<br />
b) A aceleração desse corpo aponta para a direita;<br />
c) Esse corpo está se deslocando em movimento<br />
acelerado;<br />
d) Esse corpo está se deslocando em movimento<br />
retardado;<br />
e) Esse corpo está necessariamente se movendo para a<br />
direita.<br />
f) Esse corpo pode estar se movendo para a esquerda;<br />
g) Esse corpo pode estar momentaneamente em repouso<br />
(parou a fim de inverter o sentido do movimento).<br />
h) Esse corpo pode estar em Equilíbrio.<br />
i) A velocidade desse corpo pode se manter constante.<br />
j) A velocidade desse corpo está necessariamente<br />
variando;<br />
k) Esse corpo pode estar se movendo para a esquerda em<br />
movimento retardado.<br />
l) Se o corpo for abandonado a partir do repouso, se<br />
moverá para a direita em movimento acelerado;<br />
m) Se F1 e F2 tivessem módulos iguais, o corpo pode<br />
estar se movendo tanto para a esquerda quanto para a<br />
direita, desde que se mova em MRU;
n) Se F1 e F2 tivessem módulos iguais, o corpo está<br />
obrigatoriamente em repouso permanente;<br />
o) Se F1 e F2 tivessem módulos iguais, o corpo está<br />
obrigatoriamente em Equilíbrio;<br />
8.4– FORÇA DE APOIO: A “POPULAR” NORMAL<br />
Após ter se entristecido com a fria demissão do<br />
funcionário da tirinha acima, considere-o em repouso<br />
sobre a poltrona. Que forças atuam sobre ele? Uma delas<br />
é devido à gravidade – o seu peso. Uma vez que o<br />
funcionário está em equilíbrio (repouso), deve haver<br />
outra força atuando sobre ele para tornar nula a resultante<br />
– uma força orientada para cima e oposta à força da<br />
gravidade. Nós a chamaremos de força de apoio ou força<br />
normal. Esta força orientada para cima deve se igualar ao<br />
peso do funcionário. Forças iguais, em sentidos opostos<br />
nos dão uma força resultante nula. Vejamos outros<br />
exemplos:<br />
EXEMPLO 1<br />
Suponha um livro<br />
Peso e normal se equilibram, pois o livro está em<br />
equilíbrio.<br />
EXEMPLO 2<br />
A normal (leitura da balança)<br />
e o peso também têm o<br />
mesmo valor<br />
8.5 – O 1° FOGUETE BRASILEIRO E A<br />
TERCEIRA LEI DE NEWTON<br />
Expelindo um imenso jato de<br />
fogo, o ônibus espacial norteamericano<br />
é impulsionado na<br />
torre de lançamento e depois<br />
decola, subindo com a ajuda<br />
dos motores principais e dos<br />
foguetes impulsionadores.<br />
Depois de aproximadamente 8<br />
minutos entrará em órbita ao<br />
redor da Terra, a cerca de 200<br />
quilômetros da superfície do<br />
planeta.<br />
A cena descrita já faz parte do nosso cotidiano e<br />
por inúmeras vezes já a assistimos nas televisões em<br />
nossos lares. O mais interessante é que em breve ela<br />
estará acontecendo bem perto de nós, pois o Brasil já<br />
possui tecnologia espacial capaz de produzir e enviar ao<br />
espaço foguetes e satélites.<br />
O lançamento do VLS (Veículo Lançador de Satélites)<br />
está sendo aguardado há mais de uma década. Movido a<br />
combustível sólido a uma altura de até 750 km, o foguete<br />
brasileiro levou cerca de 15 anos para ser concluído. A<br />
base de lançamento, conhecida como Centro de<br />
Lançamento de Alcântara, foi montada estrategicamente<br />
no Maranhão pelo fato de ficar próximo à linha do<br />
Equador. Os foguetes lançados desse ponto se<br />
beneficiam da força de catapultagem, que é máxima<br />
nessa região devido ao movimento de rotação da Terra.<br />
O resultado é maior economia de combustível, que<br />
significa redução de custos.<br />
Para o lançamento desses e de outros foguetes, a<br />
Engenharia Aero Espacial apoia-se em um princípio<br />
básico da física discutido nos PRINCIPIA por Isaac<br />
Newton no séc. XVII. Quando um foguete se prepara<br />
para uma decolagem, ejeta gases (de forma violenta) com<br />
uma certa força de ação. Os gases devolvem no mesmo<br />
instante essa força ao foguete em forma de reação<br />
fazendo com que este suba. Esse mesmo fenômeno<br />
acontece quando soltamos um foguete ou um busca-pé<br />
nos festejos juninos. A combustão da pólvora no tubo<br />
queima rapidamente e produz gases, ocasionando a alta<br />
pressão. Os gases são atirados de forma contínua para<br />
fora pela força de ação. Esses mesmos gases exercem<br />
sobre o tubo uma força de reação igual e contrária, que<br />
faz os foguetes juninos subirem.<br />
111
8.6 – O PRINCÍPIO DA AÇÃO E REAÇÃO<br />
Em sua famosa obra Princípios Matemáticos da Filosofia<br />
Natural, ou simplesmente PRINCIPIA, datado de 1687,<br />
Isaac Newton analisa profundamente as forças existentes<br />
na natureza. Percebe ele que essas forças sempre<br />
aparecem aos pares como resultado da interação entre<br />
dois corpos. Em outras palavras, para cada ação de um<br />
corpo sobre outro existirá sempre uma reação igual e<br />
contrária deste último sobre o primeiro. Ou seja, a ação<br />
de uma força sobre um corpo não pode se manifestar sem<br />
que surja um outro corpo provocando esta ação. Estas<br />
observações de Newton podem ser sintetizadas no<br />
enunciado de sua 3ª lei, a lei de Ação e Reação:<br />
Sempre que um<br />
objeto exerce uma<br />
força sobre um outro<br />
objeto, este exerce<br />
uma força igual e<br />
oposta sobre o<br />
primeiro.<br />
SEÇÃO ÁLBUM DE FAMÍLIA (baseado no livro<br />
Newton e sua maçã)<br />
Um dia Newton estava sentado no seu jardim, à sombra<br />
de uma macieira, quando...<br />
112<br />
Importante ressaltar que o par de forças AÇÃO-<br />
REAÇÃO está aplicado em corpos diferentes. Ou seja, a<br />
ação está aplicada em um corpo e a reação está aplicada<br />
no corpo que causou a ação. O exemplo do foguete<br />
brasileiro VLS exemplifica claramente esta afirmação: a<br />
ação foi aplicada sobre os gases e a reação sobre o<br />
foguete.<br />
Dessa forma o par AÇÃO-REAÇÃO nunca<br />
pode se anular mutuamente. Para que isto acontecesse as<br />
forças teriam que ser aplicadas em um único e mesmo<br />
corpo. Isto, entretanto, não ocorre! Em um par AÇÃO-<br />
REAÇÃO há sempre dois corpos envolvidos, sendo<br />
impossível existir uma única força isolada na natureza.<br />
Diariamente estamos tendo contato com a 3ª lei de<br />
Newton. Vejamos algumas situações:<br />
Se isso acontecesse com um simples mortal como nós, o<br />
que diríamos?<br />
Mas Newton era um gênio e começou a pensar cada vez<br />
mais sobre o assunto e sobre o caso da maçã... nada mais<br />
pôde detê-lo, e, é claro, ele acabou chegando à noção da<br />
gravidade.
Notinha: não se sabe ao certo se esta história da maçã é<br />
verdadeira... provavelmente não seja!<br />
ATENÇÃO GALERA FLAMENGUISTA!!!<br />
Como vimos no capítulo anterior a Normal, é a força<br />
de contato entre um corpo e a superfície na qual ele<br />
se apoia, que se caracteriza por ter direção sempre<br />
perpendicular ao plano de apoio. A figura abaixo<br />
apresenta um bloco que está apoiado sobre uma<br />
mesa.<br />
Na figura, as duas forças que aparecem são ação e<br />
reação pois estão aplicadas em corpos diferentes,<br />
têm mesma intensidade e direção, sentidos opostos e<br />
não se anulam.<br />
Cuidado: o peso(P) do bloco e Nbloco não são forças<br />
de ação e reação pois contrariam completamente aos<br />
aspectos citados acima.<br />
Nbloco<br />
5- Vamos supor que a Terra lhe puxa para baixo com<br />
uma força peso de 1000 N. Qual a força que você<br />
aplicaria no centro da Terra?<br />
6- A figura ilustra um dos mais antigos modelos de<br />
automóvel de vapor, supostamente inventado por<br />
Newton. Basicamente ele possui uma fonte térmica e um<br />
recipiente contendo água que será aquecida para produzir<br />
vapor. O movimento do automóvel ocorre quando o<br />
motorista abre a válvula, permitindo que o vapor escape.<br />
Explique, com base nos princípios da mecânica, como é<br />
possível a esse automóvel locomover-se.<br />
Nmesa<br />
Nmesa: Força aplicada sobre a mesa pelo bloco.<br />
Nbloco: Reação da mesa sobre o bloco.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1- Em um choque entre um fusca e um caminhão, qual<br />
recebe o maior impacto? Explique.<br />
7- O desenho abaixo foi encontrado em uma revista de<br />
divulgação científica. Há um grave erro! Identifique.<br />
Considere F1 e F2 sendo, respectivamente, as forças de<br />
atração da Terra sobre a lua e da lua sobre a Terra.<br />
2- Certo dia um burro disse ao fazendeiro que não iria<br />
mais trabalhar. Questionado pelo dono, o animal tentou<br />
se explicar:<br />
- Segundo a 3ª lei de Newton, a toda ação corresponde<br />
uma reação de mesma intensidade e sentidos contrários.<br />
Então, se eu puxo a carroça, significa que ela também me<br />
puxa. Como as forças têm o mesmo valor e estão em<br />
sentidos contrários acabam por se anular, sendo o meu<br />
esforço inútil.<br />
O burro tem ou não razão? Explique.<br />
3- Analise a afirmação: Os foguetes sobem porque os<br />
gases empurram o ar e produzem assim a força<br />
necessária para o movimento. Por isso, os foguetes não<br />
funcionam muito bem no vácuo.<br />
4- Você pode identificar as forças de ação e reação no<br />
caso de um objeto em queda no vácuo?<br />
113
PELA AÇÃO E REAÇÃO A MÃO DO HOMEM GRANDÃO<br />
RECEBEU DE VOLTA UMA FORÇA DE MESMA INTENSIDADE<br />
E EM SENTIDO OPOSTO.<br />
d) apenas II e IV são verdadeiras.<br />
e) apenas III é verdadeira.<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
3) (VUNESP)<br />
1) Um paraquedista, após saltar de avião, atinge uma<br />
velocidade constante conhecida como “velocidade<br />
terminal”. Nessa situação, duas forças atuam no<br />
paraquedista. Elas se cancelam, e a resultante das forças<br />
é igual a zero. A respeito dessas forças é correto afirmar:<br />
a) As duas forças que atuam no paraquedista possuem o<br />
mesmo módulo, direção e sentido opostos.<br />
b) As forças que atuam no paraquedista são o peso e a<br />
resistência do ar. Elas formam um par ação-reação.<br />
c) As forças que atuam no paraquedista são o peso e a<br />
resistência do ar. Elas não formam um par ação-reação,<br />
porque são aplicadas no mesmo corpo.<br />
d) As forças que atuam no paraquedista são o peso e a<br />
resistência do ar. Elas não se cancelam, pois o peso está<br />
aplicado no homem e a resistência do ar está aplicada no<br />
paraquedas.<br />
2) (UFMG) Um livro está em repouso num plano<br />
horizontal. Atuam sobre ele as forças peso (P) e normal<br />
(N), como indicado na figura. Analisando as afirmações<br />
abaixo:<br />
I- A força de reação aplicada à força peso está aplicada<br />
no centro da Terra.<br />
II- A força de reação à força normal está aplicada sobre<br />
o plano horizontal.<br />
III- O livro está em repouso e, portanto normal e peso<br />
são forças de mesma intensidade e direção, porém, de<br />
sentidos contrários. IV- A força normal é reação à força<br />
peso.<br />
Em 1992, comemoram-se os 350 anos do<br />
nascimento de Isaac Newton, autor de marcantes<br />
contribuições à ciência moderna. Uma delas foi a Lei da<br />
Gravitação Universal. Há quem diga que, para isso,<br />
Newton se inspirou na queda de uma maçã. Suponha que<br />
F 1 seja a intensidade da força exercida pela Terra sobre a<br />
maçã e F 2 a intensidade da força exercida pela maçã<br />
sobre a Terra. Então:<br />
a) F 1 será muito maior que F 2.<br />
b) F 1 será um pouco maior que F 2.<br />
c) F 1 será igual a F 2.<br />
d) F 1 será um pouco menor que F 2.<br />
e) F 1 será muito menor que F 2.<br />
4) (UFBA) Um bloco de peso P, sobre um plano<br />
horizontal rugoso, é puxado por uma força F, horizontal<br />
e constante, como mostra a figura. O bloco desloca-se<br />
para a direita, em linha reta, com velocidade constante<br />
entre os pontos A e B e, a partir do ponto B, a força F<br />
deixa de atuar. A força que o plano de apoio exerce sobre<br />
o bloco tem uma componente normal N e uma<br />
componente de atrito Fat.<br />
Pode-se dizer que:<br />
a) todas as afirmações são verdadeiras.<br />
b) apenas I e II são verdadeiras.<br />
c) apenas I, II e III são verdadeiras.<br />
Considere as proposições a seguir e some as corretas:<br />
(01) N e P constituem um par ação e reação.<br />
114
(02) a reação ao peso é uma força aplicada no centro de<br />
gravidade da Terra.<br />
(04) ao atingir o ponto B, o bloco pára, uma vez que F<br />
deixou de atuar.<br />
(08) entre os pontos A e B temos que a soma vetorial<br />
F+N+Fat+P=0.<br />
(16) a partir do ponto B o bloco tem movimento<br />
retardado até parar.<br />
(32) a reação à força de atrito que atua no bloco está<br />
aplicada no plano horizontal de apoio e é dirigida para a<br />
direita.<br />
5) (UNIFESP) A figura representa um caixote<br />
transportado por uma esteira horizontal. Ambos têm<br />
velocidade de modulo v, constante, suficientemente<br />
pequeno para que a resistência do ar sobre o caixote<br />
possa ser considerada desprezível. Pode-se afirmar que<br />
sobre esse caixote, na situação da figura,<br />
7) (FUVEST)Um homem tenta levantar uma caixa de 5<br />
kg, que está sobre uma mesa, aplicando uma força<br />
vertical de 10 N.<br />
a) atuam quatro forcas: o seu peso, a reação normal da<br />
esteira, a forca de atrito entre a esteira e o caixote e a<br />
forca motora que a esteira exerce sobre o caixote.<br />
b) atuam três forcas: o seu peso, a reação normal da<br />
esteira e a forca de atrito entre o caixote e a esteira, no<br />
sentido oposto ao do movimento.<br />
c) atuam três forcas: o seu peso, a reação normal da<br />
esteira e a forca de atrito entre o caixote e a esteira, no<br />
sentido do movimento.<br />
d) atuam duas forcas: o seu peso e a reação normal da<br />
esteira.<br />
e) não atua forca nenhuma, pois ele tem movimento<br />
retilíneo uniforme.<br />
Nesta situação, o valor da força que a mesa aplica na<br />
caixa é de:<br />
a) 0 N.<br />
b) 5 N.<br />
c) 10 N.<br />
d) 40 N.<br />
e) 50 N.<br />
6) (UFRJ) Um banco e um bloco estão em repouso sobre<br />
uma mesa conforme sugere a figura: Identifique todas as<br />
forças que atuam no banco, calculando seus valores.<br />
MÍSSEL IRAQUIANO: AÇÃO E REAÇÃO<br />
115
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1) (UFSE) Assinale a situação em que não é necessária a<br />
existência de uma força resultante:<br />
a) quando um objeto, inicialmente em repouso, é<br />
colocado em movimento.<br />
b) para manter um corpo em MRU.<br />
c) para manter um corpo em movimento circular e<br />
uniforme.<br />
d) para mudar a direção da velocidade de um corpo, sem<br />
alterar o módulo.<br />
2) (UFSE) Considere as seguintes proposições:<br />
I- Se um corpo estiver em repouso, assim permanecerá<br />
se a ele for aplicado um sistema nulo de duas forças.<br />
II- Uma partícula que estiver em MRU, assim<br />
permanecerá se a ela for aplicado um sistema nulo de<br />
duas forças.<br />
III- Uma partícula sob a ação de resultante nula de<br />
forças estará obrigatoriamente em repouso. Está(tão)<br />
correta(s)<br />
a) somente I<br />
b) somente II<br />
c) somente III<br />
d) I e II<br />
e) I e III<br />
4) (PUC-PR) Tem-se as seguintes proposições:<br />
I- Se nenhuma força externa atuar sobre um ponto<br />
material, certamente este estará em equilíbrio estático ou<br />
dinâmico.<br />
II- Só é possível um ponto material estar em equilíbrio<br />
se estiver em repouso.<br />
III- Inércia é a propriedade da matéria de resistir à<br />
variação de seu estado de repouso ou movimento.<br />
Marque o item correto:<br />
a) somente a proposição I é correta.<br />
b) somente a proposição II é correta.<br />
c) somente a proposição III é correta.<br />
d) as proposições I e II são corretas.<br />
e) as proposições I e III são corretas.<br />
5) (FUNDAÇÃO CESGRANRIO-RJ)<br />
Acima estão esquematizados 3 situações nas quais um<br />
determinado bloco A se move num plano com<br />
velocidade vetorial constante V. Assinale a opção que<br />
apresenta corretamente a resultante de todas as forças<br />
que agem sobre o bloco A, exceto a força-peso,<br />
respectivamente, nas situações I, II e III.<br />
a)<br />
3) (ITA) De acordo com as leis da mecânica newtoniana,<br />
se um corpo de massa constante:<br />
a) tem velocidade escalar constante, é nula a resultante<br />
das forças que nele atuam.<br />
b) descreve uma trajetória retilínea com velocidade<br />
escalar constante, não há forças atuando nele.<br />
c) descreve um movimento com velocidade vetorial<br />
constante, é nula a resultante das forças nele aplicadas.<br />
d) possui velocidade vetorial constante, não há forças<br />
aplicadas no corpo.<br />
e) está em MRU, é porque existem forças nele aplicadas.<br />
b)<br />
c)<br />
c)<br />
e)<br />
116
6) (PUC PR) Um corpo gira em torno de um ponto fixo<br />
preso por um fio inextensível e apoiado em um plano<br />
horizontal sem atrito. Em um determinado momento, o<br />
fio se rompe. É correto afirmar:<br />
(08) Se a mesa deslizar com aceleração constante, a força<br />
de atrito que atua sobre o livro será responsável pela<br />
aceleração do livro.<br />
(16) Como o livro está em repouso em relação à mesa, a<br />
força de atrito que age sobre ele é igual, em módulo, à<br />
força.<br />
a) O corpo passa a descrever uma trajetória retilínea na<br />
direção do fio e sentido contrário ao centro da<br />
circunferência.<br />
b) O corpo passa a descrever uma trajetória retilínea com<br />
direção perpendicular ao fio.<br />
c) O corpo continua em movimento circular.<br />
d) O corpo pára.<br />
e) O corpo passa a descrever uma trajetória retilínea na<br />
direção do fio e sentido do centro da circunferência.<br />
7) Um homem empurra uma mesa com uma força<br />
horizontal F da esquerda para a direita, movimentando-a<br />
neste sentido. Um livro solto sobre a mesa permanece em<br />
repouso em relação a ela. Considerando a situação<br />
descrita, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) .<br />
(32) Se a mesa deslizar com aceleração constante, o<br />
sentido da força de atrito que age sobre o livro será da<br />
esquerda para a direita.<br />
8) (UFMG) Devido a um congestionamento aéreo, o<br />
avião em que Flávia viajava permaneceu voando em uma<br />
trajetória horizontal e circular, com velocidade de<br />
módulo constante. Considerando-se essas informações, é<br />
CORRETO a firmar que, em certo ponto da trajetória, a<br />
resultante das forças que atuam no avião é<br />
a) horizontal.<br />
b) vertical, para baixo.<br />
c) vertical, para cima.<br />
d) nula.<br />
9) A foto mostra um corpo sobre o qual atuam<br />
exclusivamente a força de sustentação e a força peso. No<br />
momento que essa foto foi tirada é ERRADO afirmar<br />
que:<br />
(01) Se a mesa deslizar com velocidade constante<br />
atuarão somente as forças peso e normal sobre o livro.<br />
(02) Se a mesa deslizar com velocidade constante, a<br />
força de atrito sobre o livro não será nula.<br />
(04) Se a mesa deslizar com aceleração constante atuarão<br />
sobre o livro somente as forças peso, normal e a força.<br />
a) o corpo poderia estar descendo acelerado.<br />
b) o corpo poderia estar subindo retardado.<br />
c) o corpo certamente tem aceleração vertical e dirigida<br />
para baixo.<br />
d) a velocidade do corpo está apontada para baixo.<br />
e) o corpo poderia estar em repouso.<br />
117
10) A figura abaixo mostra a trajetória de uma bola de<br />
futebol, após ser chutada pelo goleiro.<br />
Da situação exposta pode-se tirar várias conclusões. O<br />
professor Ivã pede para você assinalar V ou F.<br />
a) Em todo movimento, a velocidade do corpo sempre<br />
aponta na mesma direção e sentido da força resultante.<br />
b) Em todo movimento, a aceleração do corpo sempre<br />
aponta na mesma direção e sentido da força resultante.<br />
c) A aceleração do corpo é sempre tangente à trajetória.<br />
d) A velocidade do corpo é sempre tangente à trajetória.<br />
e) No instante 3s vemos que o corpo está indo para a<br />
direita, embora a força resultante agindo sobre ele esteja<br />
puxando-o para baixo.<br />
f) Conhecer a orientação (direção e sentido) da força<br />
resultante que age no corpo, em cada instante, nos<br />
permite concluir exatamente para onde ele está indo, isto<br />
é, para onde aponta a sua velocidade.<br />
g) Conhecer a orientação (direção e sentido) da força<br />
resultante que age no corpo, em cada instante, nos<br />
permite concluir apenas para onde aponta a sua<br />
aceleração, não nos dando nenhum indicativo de para<br />
onde o corpo está indo naquele instante, isto é, para onde<br />
aponta a sua velocidade V naquele instante.<br />
11) Nos esquemas abaixo, cada situação física traz<br />
alguma descrição. O professor Ivã pede para você dizer<br />
quais delas trazem uma descrição incompatível com a<br />
situação física, violando algum princípio da mecânica:<br />
12) (UFSC) Considere o sistema constituído por um<br />
ponto material de massa m e a Terra de massa MT.<br />
Admita que d é a distância do centro da Terra a m e que<br />
Pm e Pt formam um par de forças, conforme a figura,<br />
devido à interação gravitacional entre as massas m e MT.<br />
118<br />
Assim sendo, assinale a(s) proposição(ões)<br />
CORRETA(S).
(01) Pm é uma força do ponto material de massa m sobre<br />
si próprio.<br />
(02) Pm é uma força da Terra sobre o ponto material de<br />
massa m.<br />
uma polia sem atrito. Se a aceleração da gravidade vale<br />
g, o professor Ivã Pedro, pede para você assinalar a<br />
alternativa errada.<br />
(04) A intensidade de Pm é maior que a intensidade de Pt.<br />
(08) A intensidade de Pm não depende da distância entre<br />
os dois corpos.<br />
(16) A intensidade de Pm depende das massas MT e m.<br />
(32) A intensidade de Pm depende somente da massa m.<br />
13) (TIPO ENEM) Após brincarem de adivinhação,<br />
Gilvanei e Omávila vão para um local empinar pipa.<br />
Omávila comenta com Gilvanei que ele aplica, na linha,<br />
uma força com intensidade F e consegue manter a pipa,<br />
no céu, em uma mesma posição durante certo tempo.<br />
Omávila diz, ainda, que este fato relemebra os princípios<br />
formulados por Newton. Gilvanei, sem hesitar, concorda<br />
com Omávila e diz corretamente que, neste momento,<br />
a) o valor da força resultante que atua na pipa vale F.<br />
b) as forças de ação e reação possuem sentidos opostos.<br />
a) os blocos podem estar momentaneamente em repouso<br />
em algum instante.<br />
b) os blocos jamais estarão em equilíbrio.<br />
c) o bloco A pode estar subindo.<br />
d) o bloco B pode estar subindo.<br />
e) se o bloco A estiver subindo, a tração no fio 1é maior<br />
que o peso do bloco A.<br />
c) a pipa está em repouso devido apenas à força F.<br />
d) a soma das forças que atuam na pipa tem valor F.<br />
e) a resultante de força na pipa terá valor zero.<br />
14) (TIPO ENEM) Um pequeno automóvel colide<br />
frontalmente com um caminhão cuja massa é 5 vezes<br />
maior que a massa do automóvel. Em relação a essa<br />
situação, marque a alternativa correta.<br />
a) Ambos experimentam aceleração de mesma<br />
intensidade.<br />
b) Ambos experimentam força de impacto de mesma<br />
intensidade.<br />
c) O caminhão experimenta desaceleração cincos vezes<br />
mais intensa que a do automóvel.<br />
d) O automóvel experimenta força de impacto cinco<br />
vezes mais intensa que a do caminhão.<br />
e) O caminhão experimenta força de impacto cinco vezes<br />
mais intensa que a do automóvel.<br />
15) A figura mostra dois blocos A e B de massas 2m e<br />
m, presos entre si através de um fio ideal que passa por<br />
QUANTO VALE A FORÇA RESULTANTE SOBRE O RATINHO?<br />
IDENTIFIQUE ESSAS FORÇAS.<br />
119
GABARITO<br />
1 B 6 B 11 a, e<br />
2 D 7 20 12 18<br />
3 C 8 A 13 B<br />
4 E 9 D 14 B<br />
5 B 10 FVFVVFV 15 E<br />
ANOTAÇÕES:<br />
120<br />
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______________
CAPÍTULO 7 – SEGUNDA LEI DE NEWTON - PRINCÍPIO<br />
FUNDAMENTAL DA DINÂMICA<br />
astronautas no espaço, um é muito importante para os<br />
nossos estudos de física: o instante em que eles entram<br />
na órbita da Terra e ficam flutuando.<br />
GRAVIDADE ZERO (CONRADO E ALECSANDRO)<br />
EU ME SINTO NA GRAVIDADE ZERO<br />
TE ESPERO, TE QUERO TODO DIA<br />
FADA AMADA ME LEVA PARA O SEU MUNDO<br />
PROFUNDO DA SUA ALEGRIA!<br />
EU JÁ TAVA CHORANDINHO DE AMAR,<br />
QUEM QUER DISTRIBUIR PAIXÃO NA RUA,<br />
ACORDAR SEM SABER ME DESPERTAR<br />
E OS AMORES QUE VÃO NINGUÉM PROCURA..<br />
MAIS TE VI E PENSEI: "QUE FORMOSA CRIATURA!"<br />
NO SEU CÉU FLUTUEI ABALOU MINHA ESTRUTURA!<br />
AMOR FINO SEMI-LITERAL, CONTRA A FORÇA GRAVITACIONAL<br />
PRA AGENTE CONTEMPLAR O CÉU, DEBAIXO DO CHAPÉU<br />
EU ME SINTO NA GRAVIDADE ZERO<br />
TE ESPERO, TE QUERO TODO DIA<br />
FADA AMADA ME LEVA PARA O SEU MUNDO<br />
PROFUNDO DA SUA ALEGRIA!<br />
EU JÁ TAVA CHORANDINHO DE AMAR,<br />
OS AMORES QUE DEIXAM DESCONTENTE<br />
ACORDAR SEM SABER ME DESPERTAR<br />
FADA LUA MINHA ESTRELA CADENTE<br />
MAIS TE VI E PENSEI: "QUE FORMOSA CRIATURA!"<br />
NO SEU CÉU FLUTUEI ABALOU MINHA ESTRUTURA!<br />
AMOR FINO SEMI-LITERAL, CONTRA A FORÇA GRAVITACIONAL<br />
PRA AGENTE CONTEMPLAR O CÉU, DEBAIXO DO CHAPÉU.<br />
1– GRAVIDADE ZERO?<br />
Desde que a corrida pela conquista do espaço começou<br />
em 1957, com o lançamento do primeiro satélite<br />
artificial, o SPUTINIK, se consolidou com o primeiro ser<br />
humano a viajar pelo espaço, YURI GAGARIN, em<br />
1961, a figura do astronauta tornou-se popular em todo o<br />
planeta.<br />
Esses exploradores do espaço fazem parte de um clube<br />
fechado: até o ano de 2000, apenas um em cada 24<br />
milhões de habitantes rompeu a atmosfera terrestre.<br />
Dentre os vários momentos interessantes da vida dos<br />
A cena é poética para os escritores, misteriosa para os<br />
leigos e absolutamente comum para a física.<br />
No momento em que flutuam, os astronautas<br />
tem a sensação de não sentirem seu peso. É uma falsa<br />
ideia acreditar que eles flutuam no espaço porque estão<br />
livres da gravidade terrestre e que ela vale zero!<br />
ENTÃO O QUE REALMENTE ACONTECE?<br />
Para explicarmos de forma correta esse fenômeno<br />
faremos antes uma discussão profunda a respeito das<br />
ideias de Isaac Newton e de sua Mecânica Clássica.<br />
2 – FORÇA PRODUZ ACELERAÇÃO: 2ª LEI DE<br />
NEWTON<br />
Qualquer objeto que acelera está sob ação de um<br />
empurrão ou de um puxão – uma força de algum tipo.<br />
Pode ser um empurrão súbito (como na fig 1) ou a<br />
atração contínua da gravidade na queda de uma pessoa<br />
(como na fig 2).<br />
FIG 1<br />
121
A relação da aceleração com a força resultante e<br />
a inércia (massa) é dada pela segunda lei de Newton<br />
enunciada acima e assim escrita matematicamente:<br />
F = m. a<br />
Esta formulação foi proposta em 1750 pelo<br />
matemático suíço Leonard Euler.<br />
A resultante das forças F que atuam sobre um corpo de<br />
massa m comunica ao mesmo uma aceleração resultante<br />
a, na mesma direção e sentido de F. Esse resultado era de<br />
se esperar, já que, como foi visto, uma força F, ao atuar<br />
sobre um corpo, alterava sua velocidade v.<br />
Da segunda lei podemos relacionar a força<br />
<br />
F<br />
resultante e a aceleração adquirida pelo corpo<br />
como é mostrado na figura.<br />
<br />
a<br />
,<br />
FIG 2<br />
Com frequência mais de uma única força atua<br />
sobre um objeto. Lembre-se que a combinação de forças<br />
que atuam num objeto é chamada de força resultante. A<br />
aceleração depende da força resultante. Por exemplo, se<br />
você empurrar a garota na porta do ônibus da figura<br />
acima com uma força duas vezes maior, ela terá sua<br />
velocidade aumentada a uma taxa duas vezes maior. Ou<br />
seja, sua aceleração duplicará. Triplicar a força resultante<br />
produz três vezes mais aceleração. Dizemos então que a<br />
aceleração produzida é diretamente proporcional à força<br />
resultante. Escrevemos:<br />
direção: F e a , têm a mesma direção<br />
sentido: F e a , têm o mesmo sentido.<br />
Aceleração ~ força resultante<br />
Como Newton disse:<br />
A mudança do<br />
movimento é<br />
proporcional às<br />
forças motrizes<br />
impressas e se faz<br />
segundo a linha reta<br />
na qual a força é ela<br />
própria impressa.<br />
A “INÉRCIA” NA BAHIA DE IVÃ<br />
Originalmente a segunda lei de Newton é<br />
expressa relacionando a força com a variação da<br />
quantidade de movimento de um corpo. Onde essa<br />
quantidade de movimento q, uma grandeza vetorial, é<br />
dada pela expressão<br />
122<br />
q = m.v
Daí,<br />
Este resultado final é a formulação proposta por<br />
Euler em 1750 e seria um caso particular da segunda lei<br />
de Newton, válida apenas para casos em que a massa<br />
inercial do corpo é considerada constante.<br />
3 – MASSA E PESO<br />
A aceleração que se imprime sobre um objeto<br />
depende não apenas das forças aplicadas e das forças de<br />
atrito, mas da inércia do mesmo. Quanto de inércia um<br />
objeto possui depende da quantidade de matéria que ele<br />
tem – quanto mais matéria, mais inércia. Para especificar<br />
quanta matéria alguma coisa possui, usamos o termo<br />
massa. Quanto maior for a massa de um objeto, maior<br />
será sua inércia.<br />
A massa corresponde à noção intuitiva de peso.<br />
Normalmente dizemos que um objeto possui bastante<br />
matéria se ele pesa muito. Mas existe uma diferença<br />
entre massa(m) e peso(P). Peso é a força sobre um objeto<br />
devido à gravidade e se relaciona com massa através da<br />
seguinte expressão:<br />
P = m x g<br />
Onde g é a aceleração da gravidade do planeta.<br />
No caso da Terra, g varia de acordo com a latitude do<br />
local, mas fica em torno de 10 m/s 2<br />
4 – APLICAÇÕES DA 2ª LEI DE NEWTON<br />
Êta negocinho chato sô... tudo bem, vamos lá... Iremos<br />
apresentar a seguir algumas das forças que aparecerão<br />
com maior frequência nos exercícios de dinâmica.<br />
4.1 - FORÇA DE ATRITO<br />
Veja a figura abaixo. Verificamos que mesmo tendo sido<br />
aplicada ao corpo uma força, esse corpo não se moverá.<br />
Se isso ocorre, concluímos que sobre o mesmo<br />
estará agindo outra força, de mesmo módulo e em<br />
sentido oposto a F. A essa força denominaremos força de<br />
atrito Fat.<br />
Podemos, a seguir, aumentar gradativamente o valor da<br />
força F, a intensidade da força de atrito também<br />
aumentará, de tal forma que a resultante das forças<br />
atuantes no bloco continue nula.<br />
Mas a prática nos mostra que, a partir de um<br />
determinado momento, o bloco passa a se deslocar no<br />
sentido da força F. A interpretação desse fenômeno é a<br />
seguinte: Embora a intensidade da força de atrito possa<br />
aumentar à medida que aumentamos a intensidade da<br />
força solicitante F, a força de atrito atinge um<br />
determinado valor máximo; a partir desse momento, a<br />
tendência do bloco é sair do repouso.<br />
O valor máximo atingido pela força de atrito na<br />
fase estática é diretamente proporcional à intensidade da<br />
reação normal N do bloco. Esse resultado, experimental,<br />
pode ser expresso na forma:<br />
Fat est = e . N<br />
Nesta expressão, e é o coeficiente de atrito<br />
estático entre o bloco e a superfície. Uma vez atingido o<br />
valor máximo da força de atrito, se aumentarmos a<br />
intensidade da força F, o corpo entrará em<br />
movimento acelerado, no sentido de F.<br />
Nessa segunda fase, denominada dinâmica, a intensidade<br />
da força de atrito será menor que o valor máximo da<br />
força de atrito estático e seu valor poderá ser considerado<br />
constante para facilitar a resolução de problemas. A<br />
velocidade do corpo pode aumentar, mas a força de atrito<br />
dinâmica não sofrerá mais alterações, sendo, portanto,<br />
constante. Caso a questão ao se referir à existência de<br />
atrito entre duas superfícies, não faça referência explícita<br />
ao coeficiente de atrito dinâmico ou estático, deveremos<br />
considerar e = d .<br />
O atrito pode ser dividido em dois tipos: SECO<br />
e VISCOSO. O atrito seco é aquele que ocorre entre dois<br />
123
sólidos enquanto que o atrito viscoso acontece entre um<br />
sólido e um fluido (líquido ou gás). O atrito seco pode<br />
ser subdivido em ESCORREGAMENTO ou<br />
ROLAMENTO. O atrito de escorregamento (que é o tipo<br />
que vamos nos dedicar a estudar agora) pode ser,<br />
conforme já comentamos, estático ou dinâmico.<br />
Para existir a força de atrito devemos considerar dois<br />
aspectos fundamentais:<br />
* deve haver contato entre os corpos;<br />
* deve haver, pelo menos, a tendência ao<br />
escorregamento.<br />
a = 4 m/s 2<br />
Se, em seguida, a intensidade da força F for<br />
reduzidaa 25 N (instante f da figura abaixo), o bloco<br />
permanecerá em MRU por inércia.<br />
Vemos, então, que o difícil é fazer o bloco sair<br />
do repouso, pois é preciso vencer a força de atrito<br />
estático máxima (40 N, por exemplo). Estando o bloco<br />
em movimento, para mantê-lo em MRU, é suficiente<br />
aplicar uma força F que cancele o Fat cinético (25 N, por<br />
exemplo).<br />
Cuidado para você não confundir movimento com<br />
escorregamento, visto que podemos ter movimento sem<br />
ter escorregamento.<br />
Suponha, conforme a figura abaixo, um corpo<br />
de 5 Kg em repouso sobre uma superfície horizontal.<br />
Aplica-se uma força F horizontal, paralela ao<br />
plano. Aumenta-se progressivamente a força F = 10, 20,<br />
30...teremos sempre Fate = F= 10, 20, 30... até que a<br />
força F atinja o valor crítico F = 40 N. Nesse ponto<br />
teremos F = Fate máx = 40 N e diremos que o corpo está<br />
na iminência do movimento (instante d da figura abaixo)<br />
e ainda não se moverá.<br />
Note que a força de atrito estática, até então, foi<br />
sempre menor que μeN, ou seja, Fate < μeN nos instantes<br />
a, b e c da figura abaixo. A força de atrito só atinge o<br />
valor crítico Fate = μeN na situação de iminência de<br />
movimento (instante d da figura abaixo). Portanto,<br />
perceba que não existe uma fórmula pronta para se<br />
determinar o valor do fate em todo instante, visto que ele<br />
pode variar conforme a fora F aplicada. A fórmula que<br />
dispomos só é capaz de meramente calcular o valor do<br />
fate máx, que só é atingido na situação de iminência.<br />
A partir do instante d da figura abaixo, qualquer<br />
aumento adicional da força F irá romper o repouso do<br />
bloco, que deslizará ao longo da superfície. A partir<br />
desse ponto, o Fat passa a ser do tipo cinético ou<br />
dinâmico, cujo valor é constante (enquanto houver<br />
movimento relativo) e vale Fatc = μc.N = 0,5.50 = 25 N.<br />
124<br />
Assim, aplicando-se uma força de intensidade<br />
F= 45 N (instante e da figura abaixo), o bloco entrará em<br />
movimento acelerado, cuja aceleração é dada pela Lei de<br />
Newton:<br />
Fr = F – Fatc = ma<br />
45- 25= 5.a<br />
Resumindo nossa discussão inicial, podemos mostrar que<br />
as principais diferenças entre o atrito estático e o atrito<br />
dinâmico são:
ATRITO DE<br />
ESCORREGAMENTO<br />
ESTÁTICO<br />
não há escorregamento<br />
valor sempre variável<br />
não possui uma fórmula<br />
ATRITO DE<br />
ESCORREGAMENTO<br />
DINÂMICO<br />
há escorregamento<br />
valor constante<br />
possui uma fórmula :<br />
μc.N<br />
envolvam tal tipo de montagem não exigirá nada além de<br />
isolar os corpos e analisar as forças que agem em cada<br />
um e finalmente equacionar através da 2ª lei de Newton.<br />
4.3 – PLANO INCLINADO<br />
Plano inclinado é o nome que se dá a uma<br />
superfície plana que forma com a horizontal um certo<br />
ângulo . Considere agora um bloco de massa m sobre<br />
um plano inclinado e despreze o atrito.<br />
ATENÇÃO GALERA FLAMENGUISTA!!!<br />
As forças atuantes no bloco são o seu peso(P) e a reação<br />
normal(N).<br />
A força de atrito (estático ou dinâmico) não<br />
depende da área de contato entre as superfícies.<br />
Assim nas figuras abaixo, onde os dois blocos são<br />
idênticos e F também, as força de atrito tanto em 1<br />
como em 2, são iguais, apesar de as superfícies em<br />
contato serem diferentes.<br />
P n<br />
<br />
P<br />
P t<br />
<br />
I<br />
II<br />
f at F<br />
f at F<br />
Este ângulo vale pois seus lados são<br />
perpendiculares aos lados do ângulo do plano<br />
inclinado. Se decompormos o vetor peso (como na figura<br />
acima) em dois: um vetor tangente à superfície e outro<br />
vetor normal à superfície obteremos as componentes Pn<br />
e Pt tais que:<br />
Pn = P cos<br />
Pt = P sen <br />
4.2 – MÁQUINA DE ATWOOD<br />
No esquema da figura, vemos a montagem da<br />
chamada máquina de Atwood. Dois corpos A e B, de<br />
massas mA e mB , ligados entre si por um fio (1) ideal<br />
que passa através da polia ideal P (sem atrito e massa<br />
desprezível). O conjunto está preso ao teto por outro fio<br />
(2), também ideal. É evidente que, para que o sistema<br />
adquira uma determinada aceleração a, será necessário<br />
que mA ≠ mB ; nesse caso, abandonando-se o sistema,<br />
este entrará em movimento, de tal forma que o corpo<br />
“mais pesado” descerá, puxando o “mais leve”para cima.<br />
Como Pn se anula com a normal N, a componente Pt é a<br />
força que vai acelerar o bloco para baixo.<br />
4.4 – FORÇA ELÁSTICA – LEI DE HOOKE<br />
Considere a mola abaixo em sua posição de equilíbrio. O<br />
que acontecerá se ela sofrer um deslocamento x?<br />
Sendo inextensível o fio, ambos os corpos irão<br />
deslocar-se com acelerações de mesmo módulo, porém<br />
em sentidos opostos. A solução de problemas que<br />
É de fácil aceitação que ela reagirá a esse<br />
movimento exercendo uma determinada força F que atua<br />
em sentido contrário ao deslocamento. O cientista Robert<br />
Hooke verificou que se deslocarmos a mola em 2x de sua<br />
125
posição original, a força deixa de ser F e passa a ser 2F.<br />
Portanto: A força exercida por uma mola é proporcional<br />
ao deslocamento que ela sofre.<br />
B – Elevador descendo acelerado:<br />
Matematicamente,<br />
F = k . x<br />
Onde K é chamado constante elástica da mola e é um<br />
número que depende da mola usada em nossa<br />
experiência. Sua unidade no S.I. é N/m.<br />
4.5 – OS ELEVADORES<br />
O elevador é um recurso tecnológico amplamente<br />
utilizado não só em edifícios residenciais e comerciais,<br />
mas também em restaurantes e hospitais ou ainda, para<br />
carregar cargas em qualquer obra de engenharia. A<br />
segurança de um elevador inclui vários aspectos que vão<br />
desde a fidelidade dos circuitos elétricos até a resistência<br />
de seus cabos, os quais são constantemente submetidos a<br />
esforços de tração que variam com a aceleração e a carga<br />
transportada. Agora analisaremos os esforços a que os<br />
cabos estão submetidos, conhecendo-se a carga<br />
transportada, o peso do elevador e o tipo de movimento<br />
verticalmente realizado (acelerado, freado ou velocidade<br />
constante). Com toda essa análise conseguiremos<br />
finalmente explicar como o ASTRONAUTA FLUTUA.<br />
P – T = m . a<br />
C – Elevador subindo freiando (retardado):<br />
A – Elevador subindo acelerado:<br />
Nesse terceiro caso os vetores velocidade e aceleração<br />
têm sentidos opostos porque o movimento é<br />
desacelerado.<br />
P= peso do elevador<br />
T=força exercida pelos cabos<br />
Como os vetores aceleração (a) e velocidade (v) estão no<br />
mesmo sentido o movimento é dito acelerado.<br />
Daí pela equação Fr = m .a temos:<br />
T – P = m . a , onde m é a massa do elevador<br />
Idêntico ao caso B.<br />
D – Elevador descendo retardado:<br />
126
Idêntico ao caso A<br />
Vamos imaginar novas situações em que uma pessoa se<br />
encontra sobre uma balança graduada em Newtons,<br />
dentro de um elevador em movimento.<br />
Analisemos as forças que atuam na<br />
pessoa.<br />
Há a força peso e a normal. A força<br />
normal é o apoio que a balança exerce<br />
sobre a pessoa e será a leitura da<br />
balança. Se o elevador desce de forma<br />
acelerada, onde os vetores velocidade e aceleração terão<br />
os mesmos sentidos de cima para baixo, a equação Fr =<br />
m . a fica:<br />
P – N = m . a<br />
Por esta equação fica evidente que se um<br />
elevador desce de forma acelerada, a leitura da balança N<br />
será menor que o peso verdadeiro P. O peso aparente<br />
será menor e a pessoa sentirá um friozinho na barriga,<br />
tendo a sensação de que suas pernas estão mais leves.<br />
Olhe que legal! Aquela professora gordona se sentirá<br />
mais leve!!!<br />
Caso o elevador subisse de forma acelerada,<br />
onde os vetores velocidade e aceleração teriam os<br />
mesmos sentidos de baixo para cima, a equação Fr = m .a<br />
ficaria:<br />
N – P = m . a<br />
A equação ao lado mostra que<br />
no movimento de subida de um<br />
elevador acelerado, a leitura da<br />
balança N será maior que o peso<br />
verdadeiro P. O peso aparente será maior e a pessoa terá<br />
a sensação de que suas pernas estão mais pesadas e<br />
presas ao chão.<br />
Com os elevadores poderemos recriar o fenômeno em<br />
que um astronauta flutua no espaço. Vamos imaginar que<br />
em um movimento de descida acelerado os cabos que<br />
sustentam o elevador sejam rompidos e ele comece a<br />
descer em queda livre com aceleração a igual à<br />
aceleração da gravidade g.<br />
Pela equação Fr = m. a temos:<br />
P – N = m . a , onde a= g e P = m . g<br />
m . g – N = m . g<br />
N = mg – mg<br />
N = 0<br />
Ou seja, a leitura da balança será zero. Isso acontecerá<br />
porque a pessoa não ficará sobre a balança. Estarão<br />
todos, balança e pessoa, flutuando dentro do elevador.<br />
Isso é o mesmo que ocorre com os astronautas.<br />
Essa sensação de ausência de peso se chama<br />
IMPONDERABILIDADE e acontece porque os<br />
astronautas, junto com a nave, estão em queda livre<br />
constante com aceleração igual à aceleração da<br />
gravidade g.<br />
4.6 – NOVAS DISCUSSÕES DA 2ª LEI DE<br />
NEWTON<br />
A equação abaixo, que representa a segunda lei<br />
de Newton, nos permite interessantes abordagens,<br />
quando percebemos matematicamente que a força<br />
aplicada é inversamente proporcional ao tempo.<br />
F = Q/ T<br />
* A ideia de que quanto maior for o tempo de contato<br />
entre dois corpos menor será a força aplicada entre eles é<br />
muito bem utilizada pelos carros de fórmula 1. Pensando<br />
em aumentar o tempo de contato dos carros com as<br />
muretas de proteção (em caso de acidentes) os carros se<br />
desfazem quase que completamente no choque, restando<br />
apenas o cockpit do piloto intacto. A força recebida pelo<br />
carro será bem menor.<br />
127
Em compensação, carros mais rígidos como<br />
jipes, ao sofrerem uma colisão ficam mais intactos,<br />
propiciando um tempo de contato com o obstáculo<br />
menor e consequentemente uma força maior será<br />
transmitida ao motorista.<br />
* Os martelos, por sua vez, para terem sua<br />
funcionalidade ideal devem ser bem rígidos, pois tendo o<br />
tempo de contato com prego menor, a força aplicada<br />
acabará por sendo maior. Tente revestir um martelo com<br />
espuma e bater um prego com ele. Será muito mais<br />
difícil, pois a força que chegará ao prego será menor em<br />
função de termos agora um tempo de contato maior.<br />
* As camas elásticas permitem um tempo maior de<br />
contato do ginasta com ela, reduzindo assim a força que<br />
recebem. Uma queda no chão (rígido) teria um tempo de<br />
contato menor e consequentemente uma força maior<br />
seria recebida pelo ginasta.<br />
4. 7- FORÇAS INTERNAS X FORÇAS EXTERNAS<br />
As forças que atuam num sistema podem ser<br />
classificadas em externas e internas. Se a força é<br />
exercida por um objeto que não pertence ao sistema, é<br />
considerada externa. Se um objeto exercer uma força em<br />
outro, e ambos pertencerem ao mesmo sistema, ela será<br />
considerada interna.<br />
Por exemplo, se o sistema de partículas fosse o<br />
formado pela Terra e Lua: as forças externas seriam as<br />
que exerce o Sol (e o resto dos planetas) sobre a Terra e<br />
sobre a Lua. As forças internas seriam a atração mútua<br />
entre estes dois corpos celestes.<br />
As forças internas provocam variações nas<br />
quantidades de movimento de cada objeto que<br />
compõe o sistema, mas não provocam variação<br />
da quantidade de movimento do sistema como<br />
um todo.<br />
Os patinadores A e B sofrem a atração gravitacional da<br />
Terra. Sobre eles atuam também as forças normais,<br />
exercidas pelo solo. Neste caso, estas forças são<br />
consideradas externas, pois a Terra e o solo não<br />
pertencem ao sistema. Como o Peso é equilibrado pela<br />
força Normal, a resultante das forças externas é nula.<br />
Esta é a condição para que a quantidade de movimento<br />
do sistema se conserve.<br />
* Quando os dublês saltam, encolhem as pernas,<br />
flexionando os joelhos, para que tenham um tempo de<br />
contato com o chão maior.<br />
Se a resultante das forças externas que atuam em<br />
um sistema for nula, sua quantidade de movimento<br />
se conserva.<br />
Em disparos com armas de fogo e colisões de<br />
carros ou de bolas de bilhar, as forças internas são muito<br />
intensas, mas atuam durante um intervalo de tempo<br />
muito pequeno. Nesses casos, as forças externas, tanto as<br />
de ação a distância (gravitacional) como as de contato<br />
(normal e atrito), podem ser desprezadas, porque o<br />
impulso exercido por elas, num intervalo de tempo tão<br />
curto, é insignificante. Já as forças internas provocarão<br />
grandes impulsos em cada parte do sistema, como no<br />
128
caso de uma explosão. Porém, como já dissemos, elas<br />
não influirão na quantidade de movimento do sistema.<br />
Mais sobre quantidade de movimento<br />
estudaremos no capítulo sobre leis de conservação.<br />
Quando um automóvel dobra uma esquina, o atrito entre<br />
seus pneus e a estrada fornece a força centrípeta quem o<br />
mantém no caminho circular. Se o atrito não for<br />
suficientemente grande, o carro pode não se manter na<br />
curva, os pneus escorregam lateralmente e dizemos,<br />
então, que o carro derrapa.<br />
AS FORÇAS TROCADAS ENTRE O MENINO E O SKATE SÃO<br />
CONSIDERADAS FORÇAS INTERNAS DO SISTEMA<br />
4.8 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CIRCULAR -<br />
CONCEITO DE “FORÇA CENTRÍPETA”<br />
Qualquer força que atue no sentido de um centro<br />
fixo é chamado de força centrípeta. Centrípeta significa<br />
“que procura o centro”. A força que um “globo da<br />
morte” de circo exerce sobre um motociclista que se<br />
movimenta dentro dele é uma força que aponta para um<br />
centro; se ela deixasse de agir, o ocupante não poderia<br />
mais se manter em trajetória circular.<br />
Se girarmos uma lata de conserva presa à<br />
extremidade de um barbante, descobrimos que devemos<br />
nos manter puxando o barbante - exercendo sobre ele<br />
uma força centrípeta. O barbante transmite a força<br />
centrípeta, que puxa a lata para dentro da trajetória<br />
circular. A Lua, por exemplo, é mantida em sua órbita<br />
quase circular pela força gravitacional orientada para o<br />
centro da Terra. Os elétrons que orbitam nos átomos<br />
experimentam uma força elétrica que está orientada para<br />
o núcleo central.<br />
A força centrípeta não é<br />
um novo tipo de força, mas<br />
simplesmente o nome que<br />
se dá a qualquer força,<br />
seja ela uma tensão numa<br />
corda, uma força<br />
gravitacional, elétrica ou<br />
qualquer outra, que esteja<br />
orientada para um centro<br />
fixo.<br />
A força centrífuga é a mesma que a força<br />
centrípeta?<br />
Quando estamos num carro em movimento retilíneo e<br />
uniforme, ou sentados numa cadeira em repouso,<br />
sentimos as mesmas forças atuando sobre nós. Mas<br />
se o carro faz uma curva, principalmente em alta<br />
velocidade, a força centrípeta que nos obriga a<br />
acompanhá-lo é aplicada sobre nós pela lateral do<br />
veículo. Se adotamos o carro como referencial, ou<br />
seja, ele em repouso e o restante em movimento<br />
(dizemos que o referencial do carro é um referencial<br />
não-inercial – em movimento em relação à Terra),<br />
temos a sensação de que outra força está atuando<br />
sobre as pessoas do veículo, jogando-as para a<br />
lateral, que as impede de ser jogada para fora. Essa<br />
força, que nos dá a sensação de estarmos sendo<br />
jogados para fora, é a força centrífuga – que age,<br />
nesse caso, do centro para a periferia da curva. Para<br />
um observador fora do veículo (em repouso em<br />
relação à Terra num referencial que conhecemos<br />
como sendo referencial inercial), a força centrífuga<br />
não existe. Ele vê o carro acelerando para o centro da<br />
curva devido à força centrípeta, provocada pelo atrito<br />
dos pneus com a pista e as pessoas fazendo a curva<br />
por causa da força de contato com a lateral do carro.<br />
Por isso, a força centrífuga é denominada força<br />
fictícia: ela pode ser medida de um referencial, mas<br />
não de outro. A força centrípeta e centrífuga são<br />
completamente distintas. Em resumo: A força<br />
centrífuga só tem validade num referencial ligado ao<br />
objeto que gira, ou seja em movimento em relação à<br />
Terra. Num referencial que chamamos de referencial<br />
não-inercial. Ao passo que a força centrípeta existe<br />
em outro referencial. Num referencial onde são<br />
válidas as leis de Newton. Chamado de referencial<br />
inercial.<br />
129
CUIDADO GALERA!!!<br />
ESSA TAL DE FORÇA CENTRÍFUGA...<br />
Os instrutores das Autoescolas<br />
costumam explicar que quando um carro vai<br />
fazer uma curva o motorista deve ter cuidado,<br />
pois uma força centrífuga tende a empurrar o<br />
carro para fora da pista. Cuidado!!! Não é bem<br />
assim...<br />
Suponha que somos passageiros de<br />
um carro que pára subitamente. Somos, então,<br />
arremessados para frente, contra o painel de<br />
instrumentos. Quando isso ocorre, não<br />
dizemos que uma força nos empurrou para<br />
frente. De acordo com a lei da inércia, somos<br />
atirados para frente precisamente pela<br />
ausência de uma força atuante, que poderia<br />
ser fornecida pelo cinto de segurança.<br />
Analogamente, se estamos dentro de um carro<br />
que dobra uma esquina para a esquerda,<br />
tendemos a ser arremessados para fora do<br />
carro pela direita dele - não porque exista uma<br />
força que atue para fora ou centrifugamente,<br />
mas porque não existe força centrípeta<br />
mantendo-nos em movimento circular. A ideia<br />
de que existe uma força centrífuga que nos faz<br />
bater contra a porta do carro é uma falsa<br />
concepção. Certo, somos empurrados contra a<br />
porta, mas porque a porta nos empurra -<br />
terceira lei de Newton.<br />
Matematicamente podemos utilizar a 2ª Lei de Newton<br />
para representar a Fcp. Como sabemos, Fr = ma.<br />
A força resultante (Fr) será a Fcp. Daí a equação acima<br />
pode ser reescrita:<br />
Fcp = macp, mas acp = v 2 /R<br />
Finalmente temos que:<br />
Fcp = mv 2 /R<br />
4.9- O PAR DE EIXOS- PADRÃO<br />
Em geral, uma das grandes dificuldades com as<br />
quais os estudantes se deparam, na análise das forças que<br />
agem num corpo, é como saber quais forças devem ser<br />
decompostas e quias não precisam ser decompostas na<br />
resolução do problema.<br />
A experiência mostra que uma ferramenta<br />
importante na resolução sistemática de problemas de<br />
Dinâmica é a análise do formato da trajetória seguida<br />
pelo móvel.<br />
O formato da trajetória está intimamente<br />
relacionado com as forças que agem sobre o corpo<br />
durante seu movimento num dado referencial, e nos<br />
permite concluir quais forças efetivamente colaboram<br />
para a sua aceleração e quais forças definitivamente<br />
devem se cancelar por não participarem do processo de<br />
aceleração do móvel.<br />
Para esclarecer um pouco esssas ideias,<br />
considere, por exemplo, o pêndulo preso ao teto do<br />
vagão na figura acima, que coincide com a questão 12<br />
das Atividades para Sala. A bola presa ao fio se encontra<br />
em movimento acelerado descrevendo uma trajetória<br />
retilínea horizontal em relação à Terra (referencial<br />
inercial). Esse formato da trajetória descrita pela bola<br />
permite concluir que:<br />
* a aceleração (→a) resultante do móvel está<br />
(integralmente) na mesma direção da velocidade (→v) ,<br />
isto é, está na direção horizontal, não havendo nenhuma<br />
componente da aceleração vertical.<br />
* consequentemente, a força resultante agindo no móvel<br />
(responsável por produzir tal aceleração) é horizontal<br />
Fr=Tx →.<br />
* a ausência da aceleração vertical garante que a força<br />
resultante nessa direção ↓↑ é nula, portante Ty=P.<br />
Em geral, no estudo da Dinâmica dos movimentos, o par<br />
de eixos padrão utilizado para a decomposição das forças<br />
obedece o seguinte modelo:<br />
130
problema de Dinâmica, é interessante o estudante sempre<br />
atentar para os seguintes passos a serem seguidos:<br />
1) separe todos os corpos e coloque todas as forças que<br />
agem em cada um deles;<br />
2) identifique o formato da trajetória seguida pelo corpo<br />
(reta horizontal, reta iclinada, reta vertical etc);<br />
EIXO 1 – EIXO TANGENCIAL<br />
Caracterísitcas<br />
* Eixo que está na mesma direção da velocidade da<br />
partícula, no referencial inercial em questão.<br />
* Em movimentos retilíneos coincide com a trajetória<br />
seguida pela partícula.<br />
* Em movimentos retilíneos, esse eixo contém a força<br />
resultante agindo no móvel (caso ela não seja nula) e,<br />
consequentemente, a sua aceleração resultante (caso ela<br />
não seja nula).<br />
* As forças e acelerações, nesse eixo, determinam se o<br />
movimento será retardado, uniforme ou acelerado.<br />
3) cada corpo deverá ganhar um par de eixos, sendo o<br />
eixo 1 de cada corpo posicionado sobre a sua trajetória<br />
retilinea, e o eixo 2 posicionado perpendicularmente ao<br />
primeiro eixo; e<br />
4) decomponha todas as forças que não caíram sobre o<br />
eixo 1 nem sobre o eixo 2 de cada corpo. As demais<br />
forças, em geral, não devem ser decompostas.<br />
4.10 – NOVAS DISCUSSÕES SOBRE AS FORÇAS<br />
DO MOVIMENTO CURVILÍNEO<br />
Considere que sobre um móvel atuem as forças F1, F2 e<br />
F3 mostradas na figura abaixo. Sabendo que todo<br />
conjunto de forças admite uma resultante única Fr,<br />
determinaremos essa resultante e, em seguida,<br />
encontraremos as suas componentes tangencial Ftg e<br />
centrípeta Fctp.<br />
EIXO 2 – EIXO CENTRÍPETO, RADIAL OU<br />
NORMAL<br />
Caracterísitcas<br />
* Eixo que é perpendicular à velocidade da partícula, no<br />
referencial inercial em questão.<br />
* Em movimentos retilíneos o corpo sempre está em<br />
equilíbrio (Fr=0, ar=0) na direção do eixo 2.<br />
* Esse eixo, obviamente, é sempre perpendicular ao eixo<br />
1, visto que sempre é perpendicular à velocidade do<br />
corpo.<br />
* As forças que agem sobre esse eixo estão relacionadas<br />
à curvatura da trajetória descrita pelo móvel no<br />
referencial inercial.<br />
Esse par de eixos será denominado par de eixos-padrão.<br />
Na maioria das resoluções, adotaremos o par de eixospadrão,<br />
fazendo uso de eixos alternativos apenas quando<br />
a simplificação algébrica obtida nesse caso for vantajosa<br />
(o que raramente acontece).<br />
Portanto, em linhas gerais, ao iniciar a resolução de um<br />
Mas, sempre ouvimos falar que no movimento<br />
curvilíneo tem que ter uma tal de força centrípeta. Qual<br />
dessas 3 forças citadas acima, é essa tal de força<br />
centrípeta?<br />
Aluno Digimon, as forças F1, F2 e f3 são forças<br />
genéricas quaisquer que estão atuando sobre o móvel,<br />
podendo ser tração, normal, atrito, força elástica, etc.,<br />
mas não existe na natureza uma força denominada “ a<br />
força centrípeta” . Em outras palavras, a tal força<br />
centrípeta não é uma das 3 forças que estão atuando<br />
sobre o móvel. Na verdade, o termo mais adequado seria<br />
“resultante centrípeta” em vez de força centrípeta. Mas<br />
ao longo de nossa explicação continuaremos a utilizar a<br />
expressão força centrípeta, que é de uso comum nas<br />
escolas brasileiras.<br />
Na figura acima tratamos de decompor todas as forças<br />
que não estivessem sobre os eixos tangencial e normal.<br />
131
No caso, apenas a força F1, que foi substituída pelas suas<br />
componentes F1a e F1b.<br />
A seguir, esclareceremos quem é a resultante<br />
centrípeta que vulgarmente costuma-se chamar de força<br />
centrípeta.<br />
A figura abaixo mostra claramente a<br />
decomposição da força F1.<br />
Assim, percebemos que, o que o aluno Digimon<br />
estava chamando de “a força centrípeta” é, meramente, a<br />
resultante das forças que atuam sobre o móvel ao longo<br />
da direção centrípeta<br />
Hummmm. Agora entenderam? A tal de força centrípeta<br />
é, na verdade, a componente centrípeta da força<br />
resultante, dada por:<br />
Assim, podemos afirmar:<br />
A resultante tangencial Ftg causa uma aceleração<br />
tangencial atg de acordo com a 2ª lei de Newton Ftg = m<br />
atg.<br />
* USANDO A RESULTANTE CENTRÍPETA PARA<br />
ENTENDER O PÊNDULO SIMPLES<br />
Um pêndulo simples trata-se de uma massa suspensa a<br />
um ponto de sustentação através de um cordão ideal de<br />
massa desprezível. O pêndulo é deslocado daposição de<br />
equilíbrio e abandonado a partir do repouso, dando início<br />
a um movimento oscilatório. Durante esse movimento,<br />
apenas duas forças atuam sobre a massa do pêndulo a<br />
cada instante: a tração e o peso.<br />
Como F1a > F2, a força tangencial é apontada no sentido<br />
da maior, ou seja, para a direita. Assim, a 2ª lei de<br />
Newton na direção tangencial permite escrever:<br />
A resultante centrípeta Fctp é a resultante das forças que<br />
atuam sobre o eixo centrípeto, conforme a figura acima,<br />
e sempre aponta para dentro da curva, assim como a<br />
aceleração actp causada por ela.<br />
Donde se conclui que F1b > F3. A 2ª lei de Newton na<br />
direção centrípeta permite escrever:<br />
Mais uma vez, a velocidade da bola é tangente<br />
em cada ponto, conforme a figura acima. A fim de<br />
estudar a dinâmica do movimento, precisamos traçar o<br />
par de eixos tangencial (paralelo à velocidade) e radial<br />
(perpendicular à velocidade) em cada ponto do<br />
movimento, como indica a figura abaixo.<br />
132
Assim, a expressão anterior nos permite<br />
determinar a tração T no fio do pêndulo em cada posição<br />
angular α do pêndulo, desde que se conheça a velocidade<br />
V da massa, ao passar por aquela posição.<br />
Nos extremos da oscilação, onde a velocidade da bola é<br />
momentaneamente nula (V=0), temos:<br />
Em seguida, tendo feito a escolha correta do par<br />
de eixos adequado em cada posição da bola, fica claro<br />
quais forças precisam ser decompostas em suas<br />
componentes para a análise do movimento: aquelas que<br />
não estiverem sobre nenhum dos eixos cartesianos, no<br />
caso, a força peso P.<br />
Em qualquer outra posição do pêndulo, tem-se T<br />
> Pcosα.<br />
Em particular na posição mais baixa da<br />
oscilação, conforme a figura abaixo, quando o pêndulo<br />
passar por ali com velocidade V, a 2ª lei de Newton na<br />
direção centrípeta permite escrever:<br />
As figuras acima mostram a decomposição<br />
conveniente do peso da bola. Lembrando que as forças<br />
que apontam para dentro da curva sempre superam as<br />
forças que apontam para fora (Fin > Fout) na direção<br />
radial ou centrípeta, a 2ª lei de Newton permite escrever:<br />
Note que, na posição mais baixa da oscilação,<br />
temos T > P, visto que Fin > Fout nos movimentos em<br />
trajetórias curvilíneas.<br />
Adicionalmente, é interessante analisar a orientação e o<br />
módulo da força resultante agindo na esfera em cada<br />
ponto da oscilação, conforme a figura abaixo.<br />
133
4- Aplicando-se a mesma força a uma bola de futebol e a<br />
uma bola de golfe, qual delas se acelerará menos<br />
rapidamente? Explique.<br />
5- Um astronauta flutua no espaço porque lá os efeitos da<br />
gravidade são nulos. Discuta.<br />
6- O que é imponderabilidade? Explique<br />
matematicamente.<br />
7- O que é coeficiente de atrito?<br />
Na posição c mais baixa da oscilação, a força<br />
resultante aponta para cima (na direção radial, centrípeta)<br />
e tem módulo dado por Fr = T – P.<br />
Analogamente, como a aceleração resultante ar<br />
sempre aponta na mesma direção e sentido da força<br />
resultante Fr, o diagrama que mostra a aceleração<br />
resultante do pêndulo simples, em cada ponto da<br />
oscilação, é mostrado na figura abaixo:<br />
8- A área de contato de um corpo com a superfície de<br />
apoio influencia na força de atrito? Prove com um<br />
exemplo.<br />
9- Um corpo de peso igual a 200 N encontra-se<br />
deslizando sobre uma superfície plana e horizontal<br />
sujeito a uma força de atrito de intensidade constante e<br />
igual a 20 N. Pode-se afirmar que o coeficiente de atrito<br />
cinético é igual a 0,1? Prove.<br />
10- Qual é mais fundamental, massa ou peso? Qual deles<br />
muda com a localização?<br />
11- Um astronauta atira uma pedra na lua. Que forças<br />
atuam sobre a pedra ao longo de sua trajetória?<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1- Um aluno afirma que a força está relacionada à<br />
velocidade. Você concorda com a afirmação? Comente.<br />
12- Se um colega martelar um pequeno prego num<br />
pedaço de madeira no topo de uma pilha de livros sobre<br />
sua cabeça. Porque isso não o machuca?<br />
2- Por que é mais difícil parar uma bola de tênis do que<br />
uma de ping-pong movendo-se com a mesma<br />
velocidade?<br />
3-Um corpo de 80 kg terá que massa na lua? E qual seu<br />
peso lá?<br />
134
13- Assinale V ou F e corrija as alternativas falsas.<br />
(01) A força resultante que atua sobre um corpo é<br />
diretamente proporcional à sua variação da quantidade de<br />
movimento. Quando tivermos a razão entre esta variação<br />
da quantidade de movimento e o intervalo de tempo em<br />
que ela ocorre teremos a representação matemática da 2ª<br />
lei de Newton.<br />
(02) Imagine um homem sentado em uma cadeira. Sobre<br />
ele atua a força que o centro da Terra o puxa para baixo e<br />
a força de apoio que a cadeira exerce sobre ele para<br />
cima. Essas duas forças são consideradas de ação e<br />
reação.<br />
(03) Em um movimento circular e uniforme não existe<br />
aceleração porque o valor numérico da velocidade é<br />
constante.<br />
(04) Um corpo em MCU encontra-se em equilíbrio<br />
dinâmico.<br />
(05) Quando a força resultante que atua em um corpo é<br />
zero afirmamos que o corpo obrigatoriamente encontrase<br />
em repouso.<br />
(06) Quando a velocidade vetorial de um corpo é<br />
constante afirmamos que a força resultante que atua nele<br />
é nula.<br />
(07) Quando os dublês saltam, encolhem as pernas,<br />
flexionando os joelhos, para que tenham um tempo de<br />
contato com o chão maior. De acordo à segunda lei de<br />
Newton, quanto maior é o tempo de contato, maior é a<br />
força trocada entre os corpos.<br />
(08) Para que um objeto seja mantido em movimento<br />
com velocidade vetorial constante sobre uma mesa,<br />
verifica-se que é necessário puxá-lo com uma força<br />
constante F, paralela à superfície da mesa. Isso mostra<br />
que, desprezando a resistência do ar, sobre o objeto<br />
deverá atuar uma força de atrito que é menor em módulo,<br />
à força F aplicada.<br />
(09) As forças sempre ocorrem aos pares e são iguais em<br />
módulo, direção e sentido.<br />
(10) A ação é igual à reação apenas se os corpos estão<br />
acelerados.<br />
(11) Se um corpo não está acelerado, não deve haver<br />
forças atuantes sobre ele.<br />
(12) A massa de um corpo é inversamente proporcional à<br />
medida de sua inércia. Quanto maior a massa de um<br />
corpo, menor a sua inércia.<br />
(13) Imagine uma bola que cai verticalmente no interior<br />
de uma piscina cheia de um líquido homogêneo<br />
qualquer. Num determinado momento a bola passa a ter<br />
velocidade vetorial constante. A partir desse momento, a<br />
esfera fica em repouso.<br />
(14) Imagine uma pessoa empurrando uma mesa em uma<br />
superfície plana com uma força horizontal F. Sabendo<br />
que o caixote está em equilíbrio dinâmico, pode-se<br />
afirmar que não existe nenhuma forma de atrito entre a<br />
mesa e a superfície.<br />
(15) Quando um corpo está em equilíbrio dinâmico, o<br />
valor numérico de sua velocidade é crescente.<br />
(16) Galileu é responsável em unir a física celeste de<br />
Copérnico com a física da Terra, criando a física<br />
universal.<br />
(17) Um foguete não pode se mover no espaço sideral<br />
porque não existe ar para resistir à emissão dos gases. Se<br />
os gases expelidos pelo foguete não encontram nenhuma<br />
resistência, não há uma reação para impelir o foguete<br />
para frente.<br />
(18) Um objeto não pode estar em equilíbrio mecânico<br />
quando apenas uma força atua sobre ele.<br />
(19) A inércia é uma força que mantém as coisas em seus<br />
lugares, em repouso ou em movimento.<br />
(20) Se você empurra uma caixa com uma força de 150<br />
N e ela escorrega em linha reta com velocidade<br />
constante, o atrito sobre a caixa é igual a zero.<br />
(21) A queda livre é um caso particular do plano<br />
inclinado.<br />
(22) A força centrífuga é a força resultante do<br />
movimento circular uniforme.<br />
(23) As leis de Newton são válidas em qualquer<br />
referencial.<br />
(24) A força centrífuga é reação à força centrípeta.<br />
(25) A velocidade mínima que uma moto deve ter para<br />
percorrer com segurança o ponto mais alto do globo da<br />
morte depende da massa do piloto, do raio do globo e da<br />
aceleração da gravidade.<br />
(26) Um corpo que desce um plano inclinado sem atrito<br />
terá uma aceleração maior que um outro corpo de massa<br />
duas vezes maior em queda livre.<br />
(27) Em uma curva, para um observador localizado em<br />
um referencial inercial, a força centrífuga o empurra<br />
continuamente para fora da pista.<br />
135
136<br />
(28) A força centrípeta é uma força fictícia e só existe<br />
nos referenciais não inerciais.<br />
(29) Um astronauta flutua na órbita da terra por estar em<br />
uma região de campo gravitacional nulo.<br />
(30) A aceleração de um corpo em um plano inclinado<br />
sem atrito é um caso particular da aceleração em um<br />
plano inclinado com atrito.<br />
(31) A força de atrito que uma mesa exerce sobre um<br />
corpo é proporcional à sua área de contato.<br />
(32) Quando um motorista freia um carro, uma força de<br />
inércia empurra os passageiros violentamente para frente.<br />
(33) A força de atrito estática máxima que atua em um<br />
corpo é de 80N. Se uma força horizontal de 60N tentar<br />
puxar este corpo, ele não se movimentará e a força de<br />
atrito continuará sendo de 80N.<br />
(34) A força de atrito estático máxima que atua em um<br />
corpo é de 30N. Se uma força horizontal de 40N tentar<br />
puxar este corpo, ele se movimentará e a força de atrito<br />
que atua nele continuará sendo de 30N.<br />
(35) Quando um corpo estiver na iminência do<br />
movimento, estará em equilíbrio estático.<br />
(36) Em uma curva, para um referencial inercial, é a<br />
inércia de um carro que o atira para fora da pista.<br />
14- (UESB) Em uma construção, um operário lança,<br />
horizontalmente, um tijolo de 40,0kg sobre um piso, com<br />
velocidade inicial de módulo igual a 6,0m/s, parando<br />
depois de percorrer 5,0m.<br />
Admitindo-se que o módulo da aceleração da gravidade<br />
local seja igual a 10,0m/s 2 , o coeficiente de atrito entre o<br />
tijolo e o piso é igual a<br />
01) 0,60<br />
02) 0,45<br />
03) 0,36<br />
04) 0,22<br />
05) 0,18<br />
15- (Unicamp) Na viagem do descobrimento, a frota de<br />
Cabral precisou navegar contra o vento uma boa parte do<br />
tempo. Isso só foi possível devido à tecnologia de<br />
transportes marítimos mais moderna da época: as<br />
caravelas. Nelas, o perfil das velas é tal que a direção do<br />
movimento pode formar um ângulo agudo com a direção<br />
do vento, como indicado pelo diagrama de forças a<br />
seguir:<br />
Considere uma caravela com massa de 20 000 kg.<br />
a) Determine a intensidade, a direção e o sentido da força<br />
resultante sobre a embarcação.<br />
b) Calcule o módulo da aceleração da caravela.<br />
16- (Unifesp) Em um salto de paraquedismo,<br />
identificam-se duas fases do movimento de queda do<br />
paraquedista. Nos primeiros instantes do movimento, ele<br />
é acelerado. Devido à força de resistência do ar, porém, o<br />
seu movimento passa rapidamente a ser uniforme com<br />
velocidade v1, com o paraquedas ainda fechado. A<br />
segunda fase tem início no momento em que o<br />
paraquedas é aberto. Rapidamente, ele entra novamente<br />
em um regime de movimento uniforme, com velocidade<br />
v2. Supondo-se que a densidade do ar é constante, a<br />
intensidade da força de resistência do ar sobre um corpo<br />
é proporcional à área sobre a qual atua a força e ao<br />
quadrado de sua velocidade. Se a área efetiva aumenta<br />
100 vezes no momento em que o paraquedas se abre,<br />
pode--se afirmar que:<br />
a) v2/v1 = 0,08.<br />
b) v2/v1 = 0,10.<br />
c) v2/v1 = 0,15.<br />
d) v2/v1 = 0,21.<br />
e) v2/v1 = 0,30.<br />
17- (TIPO ENEM) Em um show de patinação no gelo,<br />
duas garotas de massas iguais giram em movimento<br />
circular uniforme em torno de uma haste vertical fixa,<br />
perpendicular ao plano horizontal.<br />
Duas fitas, F 1 e F 2, inextensíveis, de massas desprezíveis<br />
e mantidas na horizontal, ligam uma garota à outra, e<br />
uma delas à haste. Enquanto as garotas patinam, as fitas,
a haste e os centros de massa das garotas mantêm-se num<br />
mesmo plano perpendicular ao piso plano e horizontal.<br />
Sendo o ângulo de 60 0 , determine a intensidade da força<br />
normal de contato entre o bloco e o solo durante seu<br />
movimento.<br />
a) 14 N<br />
Considerando as informações indicadas na figura, que o<br />
módulo da força de tração na fita F 1 é igual a 120 N e<br />
desprezando o atrito e a resistência do ar, é correto<br />
afirmar que o módulo da força de tração, em newtons, na<br />
fita F 2 é igual a<br />
a) 120.<br />
b) 240.<br />
c) 60.<br />
d) 210.<br />
e) 180.<br />
b) 100 N<br />
c) 50 N<br />
d) 36 n<br />
e) 86 N<br />
20- Dois blocos A e B de massas 14 Kg e 6 Kg são<br />
ligados por um fio ideal que passa por uma polia, como<br />
na figura abaixo. Desprezando eventuais atritos, se no<br />
instante t = 0s as caixas apresentam velocidade Vo = 12<br />
m/s, após quantos segundos elas irão parar a fim de<br />
inverter o sentido do movimento?<br />
18- A figura mostra dois blocos A e B, de massas 8Kg e<br />
2Kg respectivamente, encostados entre si, apoiados<br />
numa rampa lisa de inclinação 30 0 com a horizontal,<br />
subindo a ladeira com aceleração 3 m/s 2 devido a ação de<br />
uma força F paralela à rampa. Se a gravidade é 10 m/s 2 e<br />
não há atritos, determine:<br />
a) a intensidade das força F.<br />
b) a constante elástica da mola.<br />
21- A caixa da figura tem peso P=30 N e está submetida<br />
a duas forças F1=40 N e F2=10N. Sabendo-se que a<br />
caixa encontra-se em equilíbrio, determine:<br />
a) a direção, sentido e intensidade da força de atrito Fat.<br />
19- A tabela abaixo mostra como varia a velocidade de<br />
um bloco de massa 10 kg, que se desloca<br />
horizontalmente sob ação de uma força F conforme o<br />
esquema:<br />
137
) Se uma força F3= 20 N for acrescentada ao sistema<br />
como na figura abaixo, a caixa ainda ficará em<br />
equilíbrio? Qual será a nova intensidade de Fat?<br />
d) 6<br />
e) 12<br />
c) Ainda na figura acima, qual será o maior valor<br />
possível da força F3 para o qual se pode garantir que a<br />
caixa certamente não se moverá?<br />
3) (PUC) Um corpo de massa 20kg é colocado num<br />
plano inclinado de 53 0 com a horizontal. Adote 0,2 para<br />
o coeficiente de atrito entre ambos, g=10m/s 2 , sen53 0 =<br />
0,8, cos53 0 = 0,6.<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) Um objeto é atirado horizontalmente sobre uma pista<br />
com velocidade inicial de 6m/s. Ele desliza pela pista,<br />
percorrendo 10m até chegar ao repouso. A aceleração<br />
local da gravidade é 10m/s 2 . O coeficiente de atrito<br />
dinâmico entre o objeto e a<br />
pista é:<br />
a) 0,09<br />
b) 0,18<br />
c) 0,27<br />
d) 0,36<br />
e) 0,45<br />
2) (FUVEST) Considere dois blocos A e B ligados por<br />
uma corda homogênea de massa 2kg em um local isento<br />
de gravidade.<br />
corda<br />
B A F<br />
Quando uma força F de intensidade 100N e paralela ao<br />
plano inclinado é aplicada ao corpo, a aceleração<br />
adquirida por ele tem módulo, em m/s 2 , igual a:<br />
a) 0,72<br />
b) 1,8<br />
c) 3<br />
d) 6<br />
e) 8<br />
4) (TIPO ENEM) O dinamômetro, ou balança de mola, é<br />
um instrumento para medir força. Se graduado em<br />
newtons, ele indica o par de forças que é exercido sobre<br />
ele, distendendo a mola. Com a graduação em<br />
quilogramas é que ele se tornou conhecido no tempo do<br />
império como "balança de peixeiro", pois o peixe era<br />
carregado em cestas sobre burros e comercializado pelas<br />
ruas. A figura a seguir mostra um dinamômetro de peso<br />
desprezível, em cujas extremidades estão aplicadas as<br />
forças indicadas.<br />
138<br />
Os blocos A e B têm massas iguais a ma=3kg e<br />
mb=1kg. Uma força F constante e de intensidade 12N é<br />
aplicada em A, conforme mostra o esquema. A força<br />
tensora no meio da corda tem intensidade igual a, em N:<br />
a) zero<br />
b) 2<br />
c) 4
Assinale a alternativa correta.<br />
a) A indicação do dinamômetro no primeiro caso é zero.<br />
b) A leitura do dinamômetro no segundo caso é 300 N.<br />
c) A resultante sobre o dinamômetro no primeiro caso é 100 N.<br />
d) A indicação do dinamômetro no primeiro caso é 100 N.<br />
e) A leitura do dinamômetro no segundo caso é 50 N.<br />
5) (UESC) A figura representa um bloco de peso 500,0N<br />
apoiado em uma parede vertical por uma prensa que<br />
aplica uma força de intensidade igual a 1,0.10 4 N.<br />
Considerando-se o bloco e a parede indeformáveis e<br />
sabendo-se que o coeficiente de atrito estático entre o<br />
bloco e a parede é igual 0,4, pode-se afirmar que o<br />
número máximo de blocos iguais ao primeiro, que<br />
poderão ser colocados sobre o primeiro bloco, é<br />
01) 8<br />
02) 7<br />
03) 6<br />
04) 5<br />
05) 4<br />
6) No sistema, representado na figura, o fio e a polia são<br />
ideais e não tem atrito. Os blocos A e b têm massas 4kg e<br />
6Kg. Se a constante elástica da mola vale K=60 N/m e<br />
todos os atritos são desprezíveis, determine:<br />
a) a aceleração adquirida pelo sistema.<br />
b) a deformação da mola.<br />
partir do repouso. Durante a ascensão vertical do<br />
elevador, são verificadas três etapas:<br />
I. movimento uniformemente acelerado com aceleração<br />
de módulo 1,0 m/s 2 ;<br />
II. movimento uniforme;<br />
III. movimento uniformemente retardado com<br />
aceleração de módulo 1,0 m/s 2 .<br />
Depois de alguns segundos estacionado no ponto mais<br />
alto da torre, de onde Rafael acena triunfante para o<br />
grupo de amigos, o elevador é destravado, passando a<br />
cair com aceleração praticamente igual à da gravidade<br />
(10 m/s 2 ). O professor Ivã pede para você calcular o peso<br />
aparente de Rafael:<br />
a) nas etapas I, II e III;<br />
b) durante a queda livre.<br />
8) (ENEM) Uma pessoa necessita da força de atrito em<br />
seus pés para se deslocar sobre uma superfície. Logo,<br />
uma pessoa que sobe uma rampa em linha reta será<br />
auxiliada pela força de atrito exercida pelo chão em seus<br />
pés.<br />
Em relação ao movimento dessa pessoa, quais são a<br />
direção e o sentido da força de atrito mencionada no<br />
texto?<br />
a) Perpendicular ao plano e no mesmo sentido do<br />
movimento.<br />
b) Paralelo ao plano e no sentido contrário ao<br />
movimento.<br />
c) Paralelo ao plano e no mesmo sentido do movimento.<br />
d) Horizontal e no mesmo sentido do movimento.<br />
e) Vertical e sentido para cima.<br />
9) (UESB) A força de resistência do ar é diretamente<br />
proporcional ao quadrado da velocidade do corpo ao se<br />
deslocar no ar.<br />
7) Em determinado parque de diversões, o elevador que<br />
despenca verticalmente em queda livre é a grande<br />
atração. Rafael, um garoto de massa igual a 70 kg, encara<br />
o desafio e, sem se intimidar com os comentários de seus<br />
colegas, embarca no brinquedo, que começa a subir a<br />
Sabendo-se que uma esfera de massa 2,0kg cai na<br />
atmosfera com velocidade constante de 36,0km/h sob o<br />
efeito da resistência do ar e que o módulo da aceleração<br />
da gravidade local é igual a 10,0m/s 2 , valor de<br />
coeficiente aerodinâmico da esfera, em unidade do<br />
Sistema Internacional (SI), é de<br />
01) 3,6<br />
139
02) 2,0<br />
03) 0,3<br />
04) 0,2<br />
05) 0,1<br />
10) (BAHIANA)<br />
automóvel poderá desenvolver, nessa curva, em m/s, sem<br />
derrapar, é igual a<br />
a) 2,2<br />
b) 4,8<br />
c) 8,4<br />
d) 12,0<br />
e) 14,4<br />
12) No vagão abaixo, pendurado no teto, existe um<br />
pêndulo que se elevou de 30 0 da vertical quando<br />
acelerado ou desacelerado.<br />
A figura representa a foto microeletrônica de<br />
uma escama da pele de tubarão.<br />
Considere uma bactéria com massa m, deslizando sobre<br />
uma superfície inclinada de uma escama que forma um<br />
ângulo θ com a pele.<br />
140<br />
Desprezando-se os efeitos hidrodinâmicos e<br />
sabendo-se que o coeficiente de atrito dinâmico entre a<br />
bactéria e a superfície é μ, que o módulo da aceleração<br />
da bactéria é a e que o módulo da aceleração da<br />
gravidade local é g, com base nas leis de Newton, é<br />
correto afirmar:<br />
01) O módulo da aceleração da bactéria é igual a<br />
g(senθ – μcosθ).<br />
02) A bactéria desliza sobre o plano inclinado sob a ação<br />
exclusiva da força de módulo igual a mg senθ.<br />
03) O coeficiente de atrito dinâmico μ é numericamente<br />
igual a tgθ.<br />
04) A força normal que atua sobre a bactéria é a reação<br />
da força peso dessa bactéria.<br />
05) O módulo da força de atrito entre a bactéria e a<br />
superfície é igual a mg senθ.<br />
11) (UEFS) Quando um motorista vira o volante, ao<br />
entrar em uma curva, aparece como reação da estrada<br />
sobre os pneus uma força de atrito F, dirigida para o<br />
centro da curva. Essa força de atrito é a força centrípeta<br />
desse movimento. Um carro, de massa, uma tonelada, vai<br />
descrever uma curva, cujo raio mede 30 metros, em uma<br />
estrada de coeficiente de atrito igual a 0,48.<br />
Considerando-se o módulo da aceleração da gravidade<br />
igual a 10,0m/s 2 , o valor máximo da velocidade que o<br />
O prof Ivã pergunta:<br />
a) Podemos afirmar que o pêndulo está se movendo de A<br />
para B? Explique.<br />
b) Qual a aceleração do vagão?<br />
13) Testando seus conhecimentos sobre atrito, assinale V<br />
ou F:<br />
a) a força de atrito que age sobre uma geladeira, quando<br />
é arrastada sobre o solo, depende da área de contato entre<br />
ela e o solo.<br />
b) a força de atrito que age sobre um paraquedas, durante<br />
um salto normal, depende da área da secção transversal<br />
do paraquedas.<br />
c) quando arrastamos uma caixa sobre o solo, o atrito<br />
cinético que age nela diminui à medida que a sua<br />
velocidade<br />
aumenta.<br />
d) quanto maior a velocidade com que move um carro de<br />
fórmula1, maior é a intensidade da força de resistência<br />
do ar agindo sobre ele.<br />
e) Quando um carro se move tranquilamente, na Olívia<br />
Flores, a uma velocidade de 60 km/h, o atrito que os<br />
pneus recebem do solo é cinético.<br />
f) Quando caminhamos a pés para o Zênite, recebemos<br />
uma força de atrito estática agindo sobre nossos pés, já
que eles não escorregam em relação ao solo durante<br />
nosso movimento.<br />
d) g tgα<br />
e) nula<br />
14) A figura 1, a seguir, representa uma esfera de massa<br />
m, em repouso, suspensa por um fio inextensível. A<br />
figura 2 representa o mesmo conjunto, oscilando como<br />
um pêndulo, no instante em que a mesma esfera passa<br />
pelo ponto mais baixo de sua trajetória.<br />
16) Dois blocos A e B foram abandonados em repouso,<br />
conectados entre si através de um fio ideal e uma polia,<br />
como mostra a figura. Em cada caso a seguir, analise se<br />
haverá escorregamento ou não e determine a intensidade<br />
da tração T no fio ideal, conhecendo a massa de cada<br />
bloco e os coeficientes de atrito. Admita g = 10 m/s 2 .<br />
a) Ma = 8 kg, Mb = 2 kg, μe = 0,5, μc = 0,4<br />
b) Ma = 2 kg, Mb = 8 kg, μe = 0,8, μc = 0,4<br />
No primeiro caso, atuam na esfera a força aplicada pelo<br />
fio, de intensidade T1, e a força peso, de intensidade P1.<br />
No segundo caso, atuam na mesma esfera a força<br />
aplicada pelo fio, de intensidade T2, e a força peso, de<br />
intensidade P2. Nessas mesmas condições, pode-se<br />
afirmar que:<br />
a) T1=T2 e P1=P2<br />
b) T1T2 e P1 = P2<br />
d) T1=T2 e P1
e) Se o bloco estiver escorregando sob ação de uma força<br />
solicitadora F= 20 N, a força de atrito agindo sobre o<br />
bloco vale 30 N.<br />
18) Aplicamos uma força F a um bloco de massa 40 kg<br />
que estava em repouso sobre uma superfície plana e<br />
horizontal. São dados g = 10 N/kg, F = 160 N, sen α =<br />
0,6 e cos α = 0,8. Sabendo que os coeficientes de atrito<br />
estático e cinético são ambos iguais e 0,5, determine a<br />
aceleração adquirida pelo bloco.<br />
desprezíveis e não devem ser levados em conta. Em dado<br />
instante to=0 o fio 1 é partido. Considerando que ao<br />
colidir, a partícula A fica grudada no solo e que a partir<br />
desse instante cessa a tração no fio 2 (tração nula)<br />
determine, em segundos, o intervalo de tempo gasto para<br />
a partícula B fazer o percurso PQ.<br />
Dados: h = 0,1 m mA= 0,1 kg mB= 4,9 kg PQ = 0,5<br />
m<br />
a) 1<br />
b) 2<br />
c) 3<br />
d) 4<br />
e) 5<br />
ATIVIDADES ARRETADAS PARA SALA<br />
1) Um pequeno bloco de 0,5kg desliza sobre um plano<br />
horizontal sem atrito, sendo puxado por uma força<br />
constante F=10N aplicada a um fio inextensível que<br />
passa por uma roldana, conforme a figura abaixo. Qual a<br />
aceleração do bloco, em m/s 2 , na direção paralela ao<br />
plano, no instante em que ele perde o contato com<br />
plano? Despreze as massas do fio e da roldana, bem<br />
como o atrito no eixo da roldana.<br />
a) 12,4<br />
b) 14,5<br />
c) 15,2<br />
d) 17,3<br />
e) 18,1<br />
3) No esquema, temos uma corda homogênea de<br />
comprimento total L em um plano horizontal sem atrito.<br />
Seja x o comprimento da corda que está na posição<br />
vertical e g o módulo da aceleração da gravidade.<br />
a) O módulo da aceleração da corda(a) em função de x.<br />
b) Construa o gráfico a = f(x).<br />
4) Na figura, o bloco A está apenas encostado no<br />
carrinho B que é acelerado para a direita por uma força<br />
horizontal F. Não há atrito entre o carrinho e o chão e o<br />
coeficiente de atrito estático entre o carrinho B e o bloco<br />
A vale .<br />
142<br />
2) A figura abaixo ilustra um sistema físico formado por<br />
duas partículas A e B e dois fios ideais. Os atritos são<br />
Despreze o efeito do ar.
Sendo mB a massa do carrinho B, mA a massa do bloco<br />
A e g a intensidade da aceleração da gravidade local,<br />
calcule:<br />
a) O mínimo valor da aceleração dos blocos para que o<br />
bloco A não escorregue em relação ao bloco B;<br />
b) A intensidade de F nas condições do item (a).<br />
Aplicação numérica:<br />
= 0,25; g = 10m/s 2 ; mB = 4,0kg; mA = 1,0kg.<br />
5) (UESB)<br />
7) Na figura a seguir, os blocos A e B apresentam massas<br />
respectivamente iguais a 60 kg e 40 kg e foram<br />
abandonados a partir do repouso. Se os coeficientes de<br />
atrito estático e cinético valem 0,6 e 0,5, a tração na<br />
corda será de quanto?<br />
Sobre um corpo de massa m=14,0kg, situado sobre uma<br />
superfície horizontal, aplica-se uma força F = 100N<br />
formando um ângulo de 37 o com a horizontal, como<br />
indica a figura. Sabendo-se que, ao fim de 3s, a<br />
velocidade do corpo varia de 15m/s e que sen 37 o = 0,6 e<br />
cos 37 o =0,8, pode-se afirmar que o coeficiente de atrito<br />
entre o corpo e a superfície é de<br />
01) 0,02<br />
02) 0,03<br />
03) 0,04<br />
04) 0,05<br />
05) 0,06<br />
6) Na situação esquematizada na figura, o fio e a polia<br />
são ideais; despreza-se o efeito do ar. Sabendo que os<br />
blocos A e B têm massas respectivamente iguais a 6 Kg e<br />
4 Kg e que o coeficiente de atrito estático é 0,7, o<br />
dinâmico é 0,5 e que o sistema é abandonado do repouso,<br />
determine:<br />
a) se o bloco irá escorregar ou não;<br />
b) a intensidade da força de atrito e da tração no fio;<br />
c) se no fio vertical que sustenta o bloco A tivesse presa<br />
uma mola de constante elástica 20 N/m, de quanto seria a<br />
sua deformação.<br />
São dados: sen θ = 0,60, cos θ = 0,80 e g = 10m/s 2<br />
8) (BAHIANA) Um zelador ao limpar uma parede<br />
vertical com um escovão, de massa m, realiza um<br />
movimento vertical, de baixo para cima, com velocidade<br />
constante. A força F aplicada pelo zelador sobre o<br />
escovão tem a mesma direção do cabo do escovão, que<br />
forma um ângulo constante θ em relação à parede<br />
vertical.<br />
Admitindo-se como desprezível a massa do cabo e sendo<br />
o módulo da aceleração da gravidade local igual a g, é<br />
correto afirmar:<br />
01) O vetor equilibrante do peso do escovão é igual à<br />
soma dos vetores Fcosθ e da força de atrito entre o<br />
escovão e a parede.<br />
02) O módulo da força resultante aplicada pela parede no<br />
escovão é igual a Fsenθ.<br />
03) O módulo da força de atrito é igual ao módulo do<br />
peso do escovão.<br />
04) O coeficiente de atrito cinético μ é igual a .<br />
05) O módulo da força de atrito estático é igual a Fcosθ<br />
+ mg.<br />
143
9) No pêndulo abaixo, considere a massa da esfera igual<br />
a 200 g e o comprimento do fio é 20 cm.<br />
O professor Ivã pede para calcular:<br />
a) a tração no fio na extremidade do movimento, quando<br />
o ângulo for igual a 60 0 , se a velocidade for 2 m/s.<br />
b) a tração no fio no ponto mais baixo do movimento, se<br />
a velocidade for 4m/s.<br />
c) a força resultante que atua sobre a esfera na<br />
extremidade do movimento, quando o ângulo for igual a<br />
60 0 .<br />
11) Com relação à situação do teste anterior, assinale a<br />
opção que melhor representa a força resultante F na<br />
esfera pendular, quando esta ocupa a posição Q (mais<br />
baixa da trajetória), proveniente da posição P.<br />
O enunciado a seguir se refere às questões 10 e 11<br />
O pêndulo da figura oscila em condições ideais,<br />
tendo como posições de inversão do sentido do seu<br />
movimento os pontos P e R.<br />
12) A figura ilustra um pêndulo simples que oscila<br />
periodicamente entre as posições extremas A e B.<br />
Quando a esfera passa pela posição intermediária C, os<br />
vetores que melhor representam a velocidade V, a<br />
aceleração a e a força F resultante sobre a esfera são<br />
respectivamente:<br />
10) Assinale a opção que melhor representa a força<br />
resultante F na esfera pendular, quando esta ocupa a<br />
posição P.<br />
144
a) 3,1,1<br />
b) 3,2,1<br />
c) 2,3,4<br />
d) 3,2,2<br />
e) 3,1,4<br />
Considere g = 10 m/s 2 e sen37 0 = cos 53 0 = 0,6 e sen53 0<br />
= cos 37 0 = 0,8<br />
13) Ainda na questão anterior, os vetores que melhor<br />
representam a velocidade V, a aceleração a e a força F<br />
resultante sobre a esfera ao atingir a posição extrema A<br />
são, respectivamente:<br />
a) 3, nula, 1<br />
b) 1, 4, 2<br />
c) 2, nula, 4<br />
d) nula, 2, 2<br />
e) nula, 3, 3<br />
16) O Globo da Morte é um espetáculo muito comum<br />
nos circos. Consiste em uma superfície esférica rígida,<br />
geralmente de grades metálicas, que é percorrida<br />
internamente por um motociclista, conforme a figura<br />
abaixo:<br />
14) A figura mostra um pêndulo composto por um fio de<br />
comprimento L=3,75m preso a uma bolinha de massa 6<br />
Kg num local em a gravidade vale 10 m/s 2 . O pêndulo,<br />
abandonado do repouso em A, passa pelo ponto B com<br />
velocidade 5 m/s. Sendo α=30 0 , a força resultante que<br />
age na bolinha, ao passar pelo ponto B, vale:<br />
a) 40 N<br />
b) 50 N<br />
c) 80 N<br />
d) 100 N<br />
e) 120 N<br />
15) No esquema, temos um pêndulo simples de<br />
comprimento 0,6 m e com uma esfera de massa 2kg<br />
oscilando entre os pontos A e B. A velocidade da esfera<br />
ao passar pelo ponto D vale 6 m/s. Determine a<br />
intensidade da força que traciona o fio nos pontos A e D.<br />
a) Sejam Va, Vb, Vc e Vd a velocidade do motociclista<br />
ao passar, respectivamente, pelos pontos A, B, C e D. Se<br />
a massa do conjunto moto+motoqueiro vale m e a<br />
gravidade local vale g, determine a normal N trocada no<br />
contato entre a moto e o globo em cada uma das quatro<br />
posições.<br />
b) Determine a velocidade Va mínima que o motociclista<br />
deve imprimir à moto ao passar pelo ponto A para que<br />
fique na iminência de perder o contato com a superfície<br />
esférica. Adote g=10 N/kg e considere R = 3,6m<br />
c) Se a velocidade da moto no ponto A for 12 m/s, qual a<br />
intensidade da força normal Na trocada entre a moto e o<br />
globo? Admitam m= 400 kg.<br />
145
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1) Um sistema formado por dois blocos A e B, um fio<br />
ideal e uma polia também ideal foi montado sobre um<br />
plano que tem inclinação ϴ em relação a um plano<br />
horizontal, como mostra a figura:<br />
4) A figura representa os blocos de A e B, de massas<br />
respectivamente iguais a 3,00kg e 1,00kg, conectados<br />
entre si por um fio leve inextensível que passa por uma<br />
polia ideal fixa no teto de um elevador. Os blocos estão<br />
inicialmente em repouso, em relação ao elevador ao<br />
elevador nas posições indicadas. Admitindo que o<br />
elevador tenha aceleração de intensidade 2,0 m/s²,<br />
vertical e dirigida para cima, determine o intervalo de<br />
tempo necessário para o bloco A atingir o piso do<br />
elevador. Adote nos cálculos módulo de g = 10 m/s²<br />
As massas de A e B são respectivamente iguais a 5 kg e<br />
15 kg. Desprezando o atrito, calcule:<br />
a) O módulo de aceleração do bloco B;<br />
b) O módulo da tração do fio<br />
São dados: g = 10m/s² e senθ = 0,60 e cosθ = 0,80<br />
2) A figura mostra um prisma triangular de massa M =<br />
6kg apoiado sobre uma superfície horizontal lisa. Um<br />
bloco de massa m = 3kg encontra-se apoiado sobre uma<br />
superfície lisa. Determine o valor da força F horizontal<br />
capaz de fazer com que o sistema se mova com o bloco<br />
ficando em repouso em relação ao prisma. Todos os<br />
atritos são desprezíveis. São dados: g = 10 m/s² e senθ =<br />
0,80 e cosθ = 0,60<br />
5) Considere a situação esquematizada na figura, em que<br />
um tijolo está apoiado sobre uma plataforma de madeira<br />
plana e horizontal. O conjunto parte do repouso no<br />
instante t 0 = 0 e passa a descrever uma trajetória retilínea<br />
com velocidade de intensidade V, variável com o tempo,<br />
conforme o gráfico apresentado. No local, a influência<br />
do ar é desprezível.<br />
3) Um corpo está preso nas extremidades de duas molas<br />
idênticas, não deformadas, de constante elástica 100N/m,<br />
como ilustra a figura. Quando um corpo é afastado,<br />
horizontalmente, 1cm, do ponto central, qual a<br />
intensidade da resultante das forças que as molas<br />
exercem sobre ele?<br />
Admitindo que não haja escorregamento do tijolo em<br />
relação à plataforma e adotando um referencial f ixo no<br />
solo, aponte a alternativa que melhor representa as forças<br />
que agem no tijolo nos intervalos de 0 a t1, de t1 a t2 e<br />
de t2 a t3:<br />
146
a) Somente I e III são corretas.<br />
b) Somente II e IV são corretas.<br />
c) Somente III e IV são corretas.<br />
d) Somente III é correta.<br />
e) Todas são incorretas.<br />
7) (VUNESP) Na figura, o bloco I repousa sobre o bloco<br />
II, sendo que I está preso por uma corda a uma parede.<br />
mI = 3,0 kg e mII = 6,0 kg. O coeficiente de atrito<br />
cinético entre I e II é 0,10 e entre II e o plano é 0,20.<br />
Qual deve ser a força F que, aplicada em II, desloca esse<br />
bloco com aceleração de 2,0 m/s 2 ? (g = 10 m/s 2 )<br />
a) 15 N.<br />
b) 27 N.<br />
c) 30 N.<br />
d) 33 N.<br />
e) 40 N.<br />
6) Um pequeno bloco é lançado para baixo ao longo de<br />
um plano com inclinação de um ângulo com a<br />
horizontal, passando a descer com velocidade constante.<br />
8) (Olimpíada Brasileira de <strong>Física</strong>) A boca de um copo é<br />
coberta com um cartão circular, e sobre o cartão colocase<br />
uma moeda (vide figura a seguir). Os centros do<br />
cartão e da moeda são coincidentes com o centro da boca<br />
do copo. Considere como dados deste problema: o raio<br />
do cartão, R, o raio da boca do copo, r, o coeficiente de<br />
atrito entre a moeda e o cartão, µ, e o módulo g da<br />
aceleração da gravidade. O raio da moeda pode ser<br />
desprezado.<br />
Sendo g o módulo da aceleração da gravidade e<br />
desprezando a influência do ar, analise as proposições<br />
seguintes:<br />
I. O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o plano<br />
de apoio depende da área de contato entre as superfícies<br />
atritantes.<br />
II. O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o plano<br />
de apoio é proporcional a g.<br />
III. O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o<br />
plano de apoio vale tg <br />
IV. A força de reação do plano de apoio sobre o bloco é<br />
vertical e dirigida para cima.<br />
Responda mediante o código:<br />
Move-se o cartão horizontalmente, em trajetória retilínea<br />
e com aceleração constante. Determine o valor da menor<br />
aceleração do cartão, aC, para que a moeda ainda caia<br />
dentro do copo quando o cartão for retirado por<br />
completo.<br />
147
9) Na figura abaixo, uma esfera de massa m = 2,0 kg<br />
descreve sobre a mesa plana, lisa e horizontal um<br />
movimento circular. A esfera está ligada por um fio ideal<br />
a um bloco de massa M = 10 kg, que permanece em<br />
repouso quando a velocidade da esfera é v = 10 m/s.<br />
Sendo g = 10 m/s 2 , calcule o raio da trajetória da esfera,<br />
observando a condição de o bloco permanecer em<br />
repouso.<br />
10) Considere um satélite artificial em órbita circular em<br />
torno da Terra. Seja M a sua massa e R o raio de<br />
curvatura de sua trajetória. Se a força de atração<br />
gravitacional exercida pela Terra sobre ele tem<br />
intensidade F, pode-se afirmar que seu período de<br />
revolução vale:<br />
a)<br />
b)<br />
c)<br />
d)<br />
e) Não há dados para o cálculo.<br />
11) Na figura a seguir, representa-se um pêndulo fixo em<br />
O, oscilando num plano vertical. No local, despreza-se a<br />
influência do ar e adota-se g = 10 m/s 2 . A esfera tem<br />
massa de 3,0 kg e o fio é leve e inextensível,<br />
apresentando comprimento de 1,5 m. Se, na posição A, o<br />
fio forma com a direção vertical um ângulo de 53° e a<br />
esfera tem velocidade igual a 2,0 m/s, determine a<br />
intensidade da força de tração no fio.<br />
Dados: sen 53° = 0,80; cos 53° = 0,60.<br />
12) Admita que fosse possível reunir, num mesmo<br />
grande prêmio de Fórmula 1, os memoráveis pilotos<br />
Chico Landi, José Carlos Pace, Emerson Fittipaldi,<br />
Ayrton Senna e Nelson Piquet. Faltando apenas uma<br />
curva plana e horizontal para o final da prova, observa-se<br />
a seguinte formação: na liderança, vem Pace, a 200<br />
km/h; logo atrás, aparece Landi, a 220 km/h; em terceira<br />
colocação, vem Senna, a 178 km/h, seguido por<br />
Fittipaldi, a 175 km/h. Por último, surge Piquet, a 186<br />
km/h. A curva depois da qual os vencedores recebem a<br />
bandeirada final é circular e seu raio vale 625 m.<br />
Sabendo-se que o coeficiente de atrito estático entre os<br />
pneus dos carros e a pista é igual a 0,40 e que g = 10<br />
m/s2, é muito provável que tenha ocorrido o seguinte:<br />
a) Pace venceu a corrida, ficando Landi em segundo<br />
lugar, Senna em terceiro, Fittipaldi em quarto e Piquet<br />
em quinto.<br />
b) Landi venceu a corrida, ficando Pace em segundo<br />
lugar, Piquet em terceiro, Senna em quarto e Fittipaldi<br />
em quinto.<br />
c) Senna venceu a corrida, ficando Fittipaldi em segundo<br />
lugar; Pace, Landi e Piquet derraparam na curva.<br />
d) Piquet venceu a corrida, ficando Senna em segundo<br />
lugar e Fittipaldi em terceiro; Pace e Landi derraparam<br />
na curva.<br />
e) Pace venceu a corrida, ficando Senna em segundo<br />
lugar, Fittipaldi em terceiro e Piquet em quarto; Landi<br />
derrapou na curva.<br />
13) Com relação à força centrífuga, aponte a alternativa<br />
incorreta:<br />
a) É ela que “puxa” o nosso corpo para fora da trajetória<br />
quando fazemos uma curva embarcados em um veículo<br />
qualquer.<br />
b) Numa mesma curva, sua intensidade cresce com o<br />
quadrado da velocidade do corpo.<br />
148
c) Tem a mesma intensidade que a força centrípeta,<br />
porém sentido oposto.<br />
d) É uma força de inércia, que só é definida em relação a<br />
referenciais acelerados.<br />
e) É a reação à força centrípeta.<br />
14) (FUVEST) Em um plano horizontal sem atrito<br />
temos dois blocos A e B encostados um no outro, sob<br />
ação de uma força horizontal constante F, aplicada em<br />
A, conforme mostra a figura. O bloco B não está<br />
vinculado ao plano de apoio.<br />
a) O aumento da indicação da balança pode ocorrer se o<br />
elevador está subindo com velocidade constante.<br />
b) O aumento da indicação da balança pode ocorrer se o<br />
elevador está descendo com velocidade constante.<br />
c) O aumento da indicação da balança pode ocorrer se o<br />
elevador está subindo com aceleração constante.<br />
d) O aumento da indicação da balança pode ocorrer se o<br />
elevador está descendo com aceleração constante.<br />
e) A balança está necessariamente com defeito e deve ser<br />
trocada em respeito aos direitos do consumidor.<br />
16) (UFBA) A figura abaixo mostra um bloco B, de<br />
massa 1 kg, que se movimenta retilineamente sobre um<br />
plano horizontal de 18m de comprimento após ser<br />
lançado no ponto P, com velocidade de 10 m/s. No<br />
trecho PQ, o plano exerce, sobre o bloco, uma força de<br />
atrito de 2N e, no trecho QR, o atrito é desprezível.<br />
Os blocos A e B tem massas respectivamente iguais a m<br />
e M, o coeficiente de atrito estático entre os blocos vale<br />
μ; a aceleração da gravidade tem módulo igual a g e<br />
despreza-se o efeito do ar. Para que A não escorregue<br />
em relação a B, o mínimo valor possível para a<br />
intensidade de F é:<br />
a) (M+m)/M . g/<br />
b) (M+m)/m . g/<br />
c) (M+m)m/M . g/<br />
d)<br />
e) (M+m)g/<br />
15) Uma pessoa comprou uma balança de chão e, ao<br />
chegar em casa, ansiosa para controlar o peso, resolve<br />
testá-la ainda no elevador. Ela concluiu que a balança<br />
estava com defeito ao notar um aumento de seu peso.<br />
Considerando essas informações, identifique a opção<br />
correta:<br />
Nessas condições, é correto afirmar:<br />
(01) a força normal, exercida pelo plano sobre o bloco, é<br />
diferente nos trechos PQ e QR.<br />
(02) a velocidade do bloco, no trecho PQ, diminui<br />
uniformemente, com o tempo, à taxa de 5 m/s 2<br />
(04) o bloco, no trecho QR, tem aceleração constante e<br />
diferente de zero.<br />
(08) o peso do bloco, no trecho PQ, é maior do que no<br />
trecho QR.<br />
(16) a velocidade do bloco, no ponto médio do trecho<br />
QR, vale 8 m/s.<br />
17) (UFBA) Conforme representado na figura abaixo,<br />
um homem de massa MH encontra-se sobre a balança de<br />
mola B, de massa Mb, no interior de um elevador de<br />
massa Me; esse elevador está suspenso por um cabo<br />
ideal que passa por uma roldana também ideal, e seu<br />
deslocamento é controlado pelo motor M. A mola tem<br />
constante elástica K e está no seu regime elástico.<br />
Considera-se desprezível a resistência do ar, g o módulo<br />
da aceleração gravitacional local. Assim sendo, pode-se<br />
concluir:<br />
149
(08) os 3 corpos adquirirão a mesma aceleração se uma<br />
mesma força é aplicada sucessivamente a cada corpo.<br />
(16) os 3 corpos adquirirão a mesma velocidade final se,<br />
a partir do repouso e durante o mesmo intervalo de<br />
tempo, cada um deles for submetido à ação da mesma<br />
força.<br />
(01) com o elevador parado, a força de reação ao peso do<br />
homem é aplicada na superfície da balança sobre a qual<br />
o homem se encontra.<br />
(02) quando o elevador está subindo com aceleração de<br />
módulo igual a g, o peso do homem indicado pela<br />
balança é igual a zero.<br />
(04) quando o elevador está subindo com velocidade<br />
constante, a deformação da mola é igual a MH . g/K.<br />
(08) quando o elevador está descendo com aceleração de<br />
módulo igual a g, o peso do homem indicado na balança<br />
é igual a 2MH . g.<br />
18) (UFBA) O gráfico seguinte é o da força F em função<br />
da aceleração a, para três corpos identificados pelas<br />
letras A, B e C<br />
A respeito dessa situação, são feitas as seguintes<br />
afirmações:<br />
(01) os 3 corpos têm a mesma massa.<br />
(02) o corpo C possui maior massa.<br />
(04) se uma mesma força é aplicada sucessivamente, a<br />
cada corpo, o corpo C adquire maior aceleração.<br />
19) (TIPO ENEM) No seu livro Diálogo sobre os dois<br />
principais sistemas do mundo: o ptolomaico e o<br />
copernicano, publicado em 1632, Galileu Galilei (1564-<br />
1642) analisou a queda de um corpo em um navio parado<br />
e em movimento, discutiu a queda de um corpo do alto<br />
de uma torre, o movimento dos projéteis e o voo das aves<br />
na Terra em movimento. Em toda essa discussão, Galileu<br />
utilizou o princípio da relatividade do movimento ou<br />
princípio da independência dos movimentos. Esse<br />
mesmo princípio seria utilizado por Galileu para<br />
demonstrar a trajetória parabólica dos corpos lançados<br />
horizontalmente ou obliquamente de uma superfície<br />
acima do solo, conforme registrou no livro Discursos e<br />
demonstrações matemáticas em torno de duas novas<br />
ciências, publicado em 1638.<br />
Revista Brasileira de Ensino de <strong>Física</strong>, vol. 19, nº 2, junho 1997.<br />
Considere as seguintes afirmações:<br />
I. Um corpo pode estar em repouso em relação a um<br />
referencial e em movimento em relação a outro<br />
referencial.<br />
II. Considerando a Terra como referencial, pode-se dizer<br />
que ela gira em torno do Sol.<br />
III. Desprezando-se a resistência do ar, a trajetória de um<br />
corpo que é abandonado de um avião, em voo plano e<br />
horizontal, é um arco de parábola.<br />
IV. Uma bola de tênis é lançada horizontalmente,<br />
durante o serviço do tenista, com velocidade de 70 km/h.<br />
Desprezando-se a resistência do ar, pode-se afirmar que a<br />
bola atinge o solo com velocidade horizontal de 70<br />
km/h.<br />
Está correto o que se afirma em:<br />
a) I, apenas.<br />
b) II, apenas.<br />
c) I, III e IV.<br />
d) II e III, apenas.<br />
e) I e IV, apenas.<br />
150
20) (TIPO ENEM) O índice de mortalidade no trânsito<br />
brasileiro é muito alto quando comparado com outros<br />
países do mundo. Em uma tentativa de mudar esse<br />
quadro, foi lançado a alguns anos atrás o Novo Código<br />
Nacional de Trânsito, que traz em um de seus capítulos a<br />
obrigatoriedade do uso dos cintos de segurança.<br />
Na verdade, mais do que uma lei, é necessária uma<br />
verdadeira conscientização da população, visto que a<br />
aquisição de bons hábitos ao volante é uma das melhores<br />
prevenções que se pode criar contra acidentes, evitando<br />
assim inúmeras mortes. Assim, podemos afirmar que:<br />
a) Durante uma colisão de um carro com outro ou com<br />
um poste, por exemplo, os seus ocupantes continuam a<br />
mover-se para frente e usualmente, se estiverem sem o<br />
cinto de segurança, são lançados contra o volante,<br />
podendo ainda atingir o para-brisa. O princípio físico que<br />
evidencia este acidente é a inércia e foi proposto pela<br />
primeira vez na história da humanidade por Galileu.<br />
b) Analisando a necessidade do uso do cinto de<br />
segurança através de um pensamento científico,<br />
percebemos que na verdade o cinto serve para impedir<br />
uma tendência natural dos passageiros (ou de qualquer<br />
outro corpo) de quando em movimento permanecer em<br />
movimento, mesmo sem uma força presente. Esta ideia<br />
já havia sido proposta por Aristóteles no século II A.C.<br />
c) Em uma colisão ocorre uma deformação maior nos<br />
modernos carros para aumentar o tempo de contato entre<br />
o carro e o obstáculo, pois de acordo à primeira lei de<br />
Newton, quanto maior for o tempo de contato, menor<br />
será a força trocada entre eles.<br />
d) Durante a colisão entre um fusca se movendo a 30<br />
km∕h e um caminhão se movendo a 150 km∕h, a<br />
intensidade da força aplicada pelo caminhão sobre o<br />
fusca será maior que a força aplicada pelo fusca sobre o<br />
caminhão.<br />
e) Um carro em alta velocidade, ao fazer uma curva com<br />
velocidade constante, está em equilíbrio dinâmico.<br />
21) (TIPO ENEM) O Brasil já possui tecnologia espacial<br />
capaz de produzir e enviar ao espaço foguetes e satélites.<br />
O lançamento do VLS (Veículo Lançador de Satélites)<br />
foi aguardado durante quase uma década. O foguete<br />
brasileiro levou cerca de 15 anos para ser concluído. A<br />
base de lançamento, conhecida como Centro de<br />
Lançamento de Alcântara, foi montada estrategicamente<br />
no Maranhão. Importante acrescentar que após estar no<br />
espaço um satélite passa a obedecer às Leis de Kepler.<br />
Com base nestas ideias pode-se afirmar que:<br />
a) Nesta região a gravidade aumenta e auxilia na<br />
catapultagem dos foguetes, reduzindo assim os custos<br />
com a economia de combustível.<br />
b) Os foguetes lançados de um ponto próximo à Linha do<br />
Equador se beneficiam da força de catapultagem, que é<br />
máxima nessa região devido à diminuição da aceleração<br />
da gravidade. O resultado é maior economia de<br />
combustível, que significa redução de custos.<br />
c) Para o lançamento de satélites e de outros foguetes, a<br />
Engenharia Aero Espacial apóia-se em um princípio<br />
básico da física discutido nos PRINCIPIA por Isaac<br />
Newton no séc XVII. Quando um foguete se prepara<br />
para uma decolagem, ejeta gases (de forma violenta) com<br />
uma certa força de ação. Os gases devolvem no mesmo<br />
instante essa força, em menor intensidade, ao foguete em<br />
forma de reação fazendo com que este suba.<br />
d) Quando um satélite entra numa órbita elíptica ao redor<br />
de um planeta, possuirá maior velocidade no afélio e<br />
menor velocidade no periélio.<br />
e) Dois satélites de massas diferentes situados na mesma<br />
órbita, gastam tempos diferentes para completar uma<br />
volta ao redor do planeta.<br />
22) (TIPO ENEM) Em uma propaganda na televisão, um<br />
biscoito era abandonado em queda livre, a partir do<br />
repouso, e um super-herói partia em sua perseguição,<br />
também a partir do repouso e em queda livre. Despreze o<br />
efeito do ar e imagine que, sobre o biscoito e sobre o<br />
infortunado herói, a única força atuante seja a força<br />
gravitacional aplicada pela Terra. Considere, ainda, que<br />
o herói e o biscoito partiram da mesma posição, mas que<br />
o biscoito partiu 1,0s antes. Na propaganda veiculada na<br />
televisão, o herói conseguia alcançar o biscoito antes que<br />
ele chegasse ao solo. Assinale a alternativa que apresenta<br />
uma crítica coerente para tal propaganda.<br />
a) A propaganda é absurda, pois, segundo o pensamento<br />
de Aristóteles, o biscoito, sendo mais leve, cai com<br />
aceleração maior.<br />
b) A propaganda está correta, pois, segundo o<br />
pensamento de Galileu, o herói, sendo mais pesado, terá<br />
aceleração maior e poderá alcançar o biscoito.<br />
c) A propaganda está correta, pois Aristóteles e Newton<br />
concordavam que a aceleração de queda livre é<br />
proporcional ao peso do corpo.<br />
151
d) A propaganda é absurda, pois o biscoito e o herói<br />
caem com a mesma aceleração e, por isso, o biscoito não<br />
poderá ser alcançado pelo herói.<br />
e) A propaganda é absurda, pois o biscoito e o herói<br />
terão, a cada instante, velocidades iguais e, por isso, o<br />
herói não poderá alcançar o biscoito.<br />
23) (TIPO ENEM) Leia a tira a seguir:<br />
24) (MACKENZIE) Um corpo de pequenas dimensões<br />
realiza voltas verticais no sentido horário dentro de uma<br />
esfera rígida de raio R=1,8m. Na figura abaixo, temos<br />
registrado o instante em que sua velocidade tem módulo<br />
igual a 6m/s e a força de atrito, devido ao contato com a<br />
esfera, é equilibrada pelo peso. Nestas condições,<br />
determine o coeficiente de atrito cinético entre o corpo e<br />
a esfera. Não considere o efeito do ar e adote g=10m/s 2 .<br />
25) (UFPE) Uma partícula de massa m = 5,0 g, presa na<br />
extremidade de uma linha, descreve um movimento<br />
circular uniforme de raio R = 0,5m. A tensão máxima<br />
que a linha suporta é de 25 N. Determine a maior<br />
velocidade, em m/s, que a pedra pode desenvolver sem<br />
arrebentar a linha.<br />
Calvin imagina que sua casa esteja num lugar sem<br />
gravidade e começa a flutuar, assim como todos os<br />
objetos ao seu redor. A respeito dessa situação, pode-se<br />
afirmar que:<br />
a) só seria possível se a casa estivesse num local onde o<br />
campo gravitacional fosse nulo.<br />
152<br />
b) nunca poderia ser verdadeira, afinal não existe local<br />
no universo em que o campo gravitacional seja nulo.<br />
c) seria possível apenas se a casa estivesse num local<br />
onde o campo gravitacional fosse não nulo e com a casa<br />
em queda livre.<br />
d) seria possível se a casa estivesse num local em que o<br />
campo gravitacional fosse nulo, ou se a casa e tudo que<br />
há em seu interior estivessem em órbita ao redor de um<br />
planeta, ou ainda se a casa e tudo que há nela estivessem<br />
em queda livre.<br />
e) seria possível se a casa estivesse em movimento<br />
acelerado, com aceleração cujo vetor representativo fosse<br />
a = – g, em que g é o vetor campo gravitacional.<br />
26) (ENEM) Em um dia sem vento, ao saltar de um<br />
avião, um paraquedista cai verticalmente até atingir a<br />
velocidade limite.<br />
No instante em que o paraquedas é aberto (instante TA),<br />
ocorre a diminuição de sua velocidade de queda. Algum<br />
tempo após a abertura do paraquedas, ele passa a ter<br />
velocidade de queda constante, que possibilita sua<br />
aterrissagem em segurança.<br />
Que gráfico representa a força resultante sobre o<br />
paraquedista, durante o seu movimento de queda?
Com base nos conhecimentos da Dinâmica, é correto<br />
afirmar:<br />
01) A leitura de uma balança que se encontra dentro de<br />
um elevador que está subindo com aceleração constante<br />
de módulo igual 3,0m/s 2 , quando uma pessoa de massa m<br />
= 60,0kg está sobre ela, tem um valor igual a 780,0N,<br />
considerando – se g = 10,0m/s 2 .<br />
02) Uma partícula de massa m = 5,0kg submetida à ação<br />
de uma força de intensidade F = 10,0N sofre uma<br />
aceleração constante a=5,0m/s 2 .<br />
03) A força de reação ao peso de um corpo está aplicada<br />
na superfície de apoio desse corpo.<br />
04) Um corpo em movimento tende, por sua inércia, a<br />
manter constante sua aceleração.<br />
05) A aceleração de um corpo que se desloca em linha<br />
reta independe da força resultante sobre ele.<br />
28) (FUVEST) O pêndulo de um relógio é constituído<br />
por uma haste rígida com um disco de metal preso em<br />
uma de suas extremidades. O disco oscila entre as<br />
posições A e C, enquanto a outra extremidade da haste<br />
permanece imóvel no ponto P. A figura abaixo ilustra o<br />
sistema.<br />
A força resultante que atua no disco quando ele passa por<br />
B, com a haste na direção vertical, é<br />
a) nula.<br />
b) vertical, com sentido para cima.<br />
27) (UESB) A dinâmica é a parte da Mecânica que<br />
estuda os movimentos dos corpos, analisando as causas<br />
que explicam como um corpo em repouso pode entrar em<br />
movimento, como é possível modificar o movimento de<br />
um corpo ou como um objeto em movimento pode ser<br />
levado ao repouso.<br />
c) vertical, com sentido para baixo.<br />
d) horizontal, com sentido para a direita.<br />
e) horizontal, com sentido para a esquerda.<br />
153
29) (FUVEST) Um móbile pendurado no teto tem três<br />
elefantezinhos presos um ao outro por fios, como mostra<br />
a figura. As massas dos elefantes de cima, do meio e de<br />
baixo são, respectivamente, 20 g, 30 g e 70 g.<br />
Os valores de tensão, em newtons, nos fios superior,<br />
médio e inferior são, respectivamente, iguais a<br />
a) 1,2; 1,0; 0,7.<br />
b) 1,2; 0,5; 0,2.<br />
c) 0,7; 0,3; 0,2.<br />
d) 0,2; 0,5; 1,2.<br />
e) 0,2; 0,3; 0,7.<br />
30) (FUVEST) Um avião, com velocidade constante e<br />
horizontal, voando em meio a uma tempestade,<br />
repentinamente<br />
m(g) 300 400 500 600 700 800 900<br />
Dx<br />
(cm)<br />
1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5<br />
Nas condições da experiência realizada para calibrar a<br />
balança, um bebê colocado na cesta pendurada na<br />
extremidade livre da mola, que se deforma de 13,0 cm<br />
tem peso, em kgf igual a:<br />
a) 1,8<br />
b) 2,6<br />
c) 3,1<br />
d) 3,5<br />
e) 4,0<br />
perde altitude, sendo tragado para baixo e permanecendo<br />
com aceleração constante vertical de módulo a > g, em<br />
relação ao solo, durante um intervalo de tempo ∆t. Podese<br />
afirmar que, durante esse período, uma bola de futebol<br />
que se encontrava solta sobre uma poltrona desocupada<br />
a) permanecerá sobre a poltrona, sem alteração de sua<br />
posição inicial.<br />
b) flutuará no espaço interior do avião, sem aceleração<br />
em relação ao mesmo, durante o intervalo de tempo ∆t.<br />
c) será acelerada para cima, em relação ao avião, sem<br />
poder se chocar com o teto, independentemente do<br />
intervalo de tempo ∆t.<br />
d) será acelerada para cima, em relação ao avião,<br />
podendo se chocar com o teto, dependendo do intervalo<br />
de tempo ∆t.<br />
e) será pressionada contra a poltrona durante o intervalo<br />
de tempo ∆t.<br />
154<br />
31) (UEFS) Um agente de saúde, que trabalha em um<br />
programa de redução da mortalidade infantil observou<br />
que a balança de mola utilizada para pesar crianças<br />
recém-nascidas estava com a escala danificada, sem<br />
condições de leitura da posição indicada pelo ponteiro.<br />
Para calibrar a balança, utilizou massas de valores<br />
conhecidos, uma régua e anotou as deformações da mola<br />
devido às massas colocadas na cesta pendurada na<br />
extremidade livre da balança, obtendo os dados<br />
mostrados na tabela.
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />
a) 3<br />
b) 45<br />
120 2 0,8 D C D 2<br />
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21<br />
B 26 C E C C 16 4 4 A A B<br />
22 23 24 25 26 27 28 29 30 31<br />
D D 0,5 50 B 01 B A D B<br />
ANOTAÇÕES:<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
155
a)<br />
b)<br />
c)<br />
d)<br />
3) (VUNESP) Analise:<br />
AS FORÇAS INTERNAS PRESENTES NUMA EXPLOSÃO DE UMA<br />
BOMBA SÃO MUITO INTENSAS<br />
ATIVIDADES DE APROFUNDAMENTO<br />
1) Na situação esquematizada na figura, o fio e as polias<br />
são ideais. Os blocos A e B têm massas respectivamente<br />
iguais a M e m e o atrito entre o bloco A e a mesa<br />
horizontal de apoio é desprezível.<br />
Sendo g a intensidade da aceleração da gravidade,<br />
determine:<br />
a) o módulo da aceleração do bloco A e do bloco B;<br />
b) a intensidade da força que traciona o fio.<br />
No sistema indicado, os blocos A, B e C têm<br />
massas iguais, as roldanas não estão sujeitas a forças<br />
dissipativas e os cabos conectados entre os blocos são<br />
inextensíveis e têm massa desprezível. Nos gráficos que<br />
se seguem, a linha pontilhada indica o instante em que o<br />
bloco C se apóia na superfície horizontal. Sendo g a<br />
intensidade da aceleração da gravidade, o módulo da<br />
aceleração do bloco A fica esboçado pelo gráfico:<br />
2) (AFA-SP) Os corpos A e B da figura abaixo têm<br />
massas M e m respectivamente. Os fios são ideais. A<br />
massa da polia e todos os atritos podem ser considerados<br />
desprezíveis.<br />
156<br />
O módulo da aceleração de B é igual a:<br />
4) (Fuvest) Um sistema mecânico é formado por duas<br />
polias ideais que suportam três corpos A, B e C de
massas iguais a m, suspensos por fios ideais, como<br />
representado na figura. O corpo B está suspendido<br />
simultaneamente por dois fios, um ligado a A e outro a<br />
C. Podemos afirmar que a aceleração do corpo B será:<br />
a) zero.<br />
b) para baixo.<br />
c) para cima.<br />
d) para baixo.<br />
e) para cima.<br />
5) No esquema abaixo, o homem (massa de 80kg) é<br />
acelerador verticalmente passa cima juntamente com a<br />
plataforma horizontal ( massa de 20 kg ) sobre a qual<br />
está apoiado. Isso é possível porque ele puxa a corda que<br />
passa pela polia fixa. A aceleração horizontal do<br />
conjunto, homem-plataforma tem módulo de 5,0 m/s² e<br />
adota-se módulo de g = 10 m/s².<br />
a) O módulo da aceleração de subida da caixa B;<br />
b) A intensidade da força de tração no fio;<br />
c) A massa de caixa A.<br />
7) Um prisma triangular de massa M= 7,0 Kg está<br />
apoiado sobre uma superfície horizontal, numa região em<br />
que g = 10 m/s². Uma das faces do prisma forma ângulo<br />
q com a superfície horizontal, como mostra a figura.<br />
Sobre a face inclinada do prisma, apoia-se um bloco de<br />
massa m = 3 kg. Aplica-se ao prisma uma força<br />
horizontal F, de modo que o conjunto se move, com o<br />
bloco permanecendo em repouso em relação ao prisma.<br />
Desprezando os atritos, determine:<br />
Considerando ideais a cordas e a polia e desprezando a<br />
influencia do ar, calcule:<br />
a) O módulo da aceleração do conjunto;<br />
b) O módulo de F.<br />
a) A intensidade da força com que o homem puxa a<br />
corda;<br />
b) A intensidade da força de contato trocada entre o<br />
homem e a plataforma.<br />
6) No arranjo experimental da figura, a caixa A é<br />
acelerada para baixo com 2,0 m/s². As polias e o fio têm<br />
massas desprezíveis e adota-se módulo de g = 10<br />
m/s².Supondo que a massa da caixa B seja 80 kg e<br />
ignorando a influência do ar no sistema, determine:<br />
8) Três blocos A,B e C, de massas respectivamente 2M,<br />
4M, e 8M, encontram-se empilhados e apoiados em solo<br />
horizontal áspero, num local onde a gravidade vale g.<br />
Sabendo que os coeficientes de atrito entre os pares de<br />
blocos valem µAB = 0,1, µBC= 0,3, µC-Chão =0,1, a<br />
máxima força F horizontal aplicada ao bloco, que ainda<br />
mantém todos os corpos em repouso entre si e o chão,<br />
vale:<br />
a) 1,2Mg<br />
b) 1,4Mg<br />
c) 1,6Mg<br />
d) 1,8Mg<br />
e) 2,0Mg<br />
157
9) Uma mola de comprimento natural L0=1,3 m e<br />
constante elástica K = 260 N/m está pendurada no teto de<br />
um elevador. Na extremidade inferior<br />
da mola está preso um bloco de massa<br />
m = 4,0 kg. A aceleração da<br />
gravidade local é 10 m/s 2 e o elevador<br />
está subindo em movimento acelerado<br />
com 3 m/s 2 . Calcule o comprimento<br />
da mola, sabendo que o bloco está em<br />
repouso para um observador situado<br />
dentro do elevador.<br />
13) A figura mostra uma caixa de massa M = 2,4kg em<br />
repouso sobre uma mesma fixa ao solo. Um fio ideal<br />
preso a essa caixa passa por uma polia e conecta-se a um<br />
esfera de massa m = 2kg que gira em MCU descrevendo<br />
uma circunferência de raio R = 50cm num plano<br />
horizontal com velocidade angular w = 2 rad/s.<br />
Determine o menor coeficiente de atrito µ entre a caixa e<br />
a mesa que impede o escorregamento da caixa. Admita g<br />
= 10 m/s².<br />
10) Na figura, temos quatro esferas idênticas presas em<br />
um fio ideal (sem peso e inextensível). O sistema todo<br />
gira com velocidade angular constante w, em torno de<br />
um eixo vertical passando pelo ponto O.<br />
As esferas se movem sobre um plano horizontal sem<br />
atrito. Determinar a tensão T1.<br />
11) Para que um automóvel possa fazer uma curva, em<br />
um plano horizontal, dispensando a força de atrito, é<br />
preciso que a pista seja inclinada de um ângulo a, o que é<br />
feito nos autódromos. Sendo V o módulo da velocidade<br />
projetada do carro, suposto constante, R o raio da<br />
circunferência horizontal descrita e g o módulo da<br />
aceleração da gravidade local, obter, através de uma<br />
função trigonométrica, o ângulo adequado para a<br />
inclinação da pista.<br />
12) A esfera de massa M da figura, presa ao ponto P por<br />
um fio de massa desprezível e comprimento L, executa<br />
um movimento circular uniforme em torno do eixo E. A<br />
aceleração da gravidade tem um módulo g e o cone tem<br />
uma altura H. O período T desse movimento circular<br />
vale :<br />
a) 2(H/g) ½<br />
b) 2(2H/g) ½<br />
c) 2(H/2g) ½<br />
d) 2(H/3g) ½<br />
14) Considere um cilindro oco de raio R, como<br />
esquematizado abaixo, em rotação em torno de um eixo<br />
vertical com velocidade<br />
angular igual a w. Uma<br />
pessoa de massa está<br />
acompanhando o movimento<br />
do sistema em apenas<br />
encostada na parede interna<br />
do cilindro, porém, na<br />
iminência de escorregar. As<br />
forças horizontais F1 e F2 tem<br />
sentidos opostos e estão<br />
aplicadas no corpo da pessoa.<br />
A respeito dessa situação, analise as preposições abaixo:<br />
I – Diminuindo-se a velocidade angular do cilindro<br />
aquém do valor w, a pessoa escorrega em relação à<br />
parede, deslocando-se para baixo.<br />
II – Aumentando-se a velocidade angulas do cilindro<br />
além do valor w, a pessoa escorrega em relação a parede<br />
deslocando-se para cima.<br />
III – Em relação a um referencial externo, fixo no solo,<br />
não deve ser considerada F1 . F2 é a resultando<br />
centrífuga, a intensidade dada por mw²/R.<br />
IV – Em relação a um referencial externo, fixo no solo,<br />
não deve ser considerada F1.F2, é a resultando<br />
centrípeta, de intensidade dada por mw²/R<br />
158
a) Somente I e II são verdadeiras<br />
b) Somente I e IV são verdadeiras<br />
c) Somente II, III, IV são verdadeiras<br />
d) Somente I, III, IV são verdadeiras<br />
e) Todas são verdadeiras.<br />
INTENSIFICANDO SEU TREINAMENTO NO<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (UNIT 2014 - CONSULTEC) A figura mostra dois<br />
blocos idênticos, cada um com peso de 10,0N, ligados<br />
através de um fio que passa por uma polia.<br />
15) Um fio tem presa uma massa M numa das<br />
extremidades e na outra, uma polia que suporta duas<br />
massas, m1=3 kg e<br />
m2=1 kg unidas<br />
por um outro fio<br />
como mostra a<br />
figura. Os fios têm<br />
massas<br />
desprezíveis e as<br />
polias são ideais.<br />
Se CD = 0,8m e a massa M gira com velocidade angular<br />
constante de 5rad/s numa trajetória circular em torno do<br />
eixo vertical passando por C, observa-se que o trecho<br />
ABC do fio permanece imóvel. Considerando a<br />
gravidade como 10 m/s 2 , calcule o valor da massa M.<br />
Sabendo-se que o coeficiente de atrito estático entre os<br />
blocos e entre o bloco A e a superfície de apoio é igual a<br />
0,60 e considerando-se o fio e a polia ideais, para que o<br />
bloco A esteja na iminência de movimento, a intensidade<br />
da força F, em newtons, deve ser igual a<br />
A) 20,0<br />
B) 24,0<br />
C) 26,0<br />
D) 28,0<br />
E) 30,0<br />
GABARITO<br />
1 7 a) 24<br />
b) 240<br />
13 E<br />
2 B 8 B 14 B<br />
3 A 9 1,5m 15 1,5kg<br />
4 C 10 10 mω -2 L<br />
5 a)<br />
750<br />
b)450<br />
11 tg3α = v 2 /gR<br />
2) (PITÁGORAS 2012.2) A empresa norte-americana<br />
Technology Innovations, especializada em<br />
nanotecnologia com aplicações em medicina, tem<br />
realizado testes com microrrobôs fabricados com a liga<br />
SMA (da expressão inglesa, Shape Memory Alloy, ou<br />
liga com memória de formato, feita de níquel e titânio).<br />
Considere que um desses robôs, cuja massa é 2,0 mg<br />
(dois miligramas), move-se livremente de Norte para Sul,<br />
com velocidade de módulo igual a 1,2 mm/s, como<br />
ilustra o esquema seguinte.<br />
6 a) 1<br />
b)400<br />
c) 40<br />
12 A<br />
1<br />
a) aa = 2mg/(M + 4m)<br />
ab = 4mg/(M + 4m)<br />
b) T = Mmg/(M + 4m)<br />
No instante visualizado no esquema acima (t = 0),<br />
passam a atuar sobre o robô, exclusivamente, as forças A<br />
, B e C representadas na figura, sendo todas elas<br />
constantes e produzidas por feixes de elétrons gerados<br />
por microscópios de varredura convenientemente<br />
ajustados. Considere ainda que os valores numéricos<br />
associados aos eixos “Norte” e “Leste”, empregados<br />
como escalas para as três forças mencionadas, referem-se<br />
159
ao submúltiplo micronewton (1µN = 10 -6 N). Nessas<br />
condições, o módulo da velocidade do robô no instante<br />
t = 1,0 s, expresso em mm/s, está corretamente<br />
apresentado na alternativa:<br />
A) Zero<br />
B) 2,8<br />
C) 1,0<br />
D) 1,3<br />
3) (PITÁGORAS 2011.1) O combate aos traficantes no<br />
Rio de Janeiro mobilizou um poderoso contingente de<br />
policiais e militares, inclusive das Forças Armadas. Na<br />
foto ao lado, veem-se carros blindados de combate<br />
empregados na operação. Essa ofensiva demonstra, ou<br />
pelo menos sinaliza, a intenção do Estado de retomar o<br />
território que perdeu para o crime organizado na capital<br />
carioca.<br />
Suponha que um dos carros de combate utilizados na<br />
operação tenha sido içado com a ajuda de um<br />
helicóptero, por meio de um cabo, como ilustra a figura<br />
seguinte.<br />
Admita que o blindado tenha peso P, que o início do<br />
içamento ocorreu com aceleração de módulo igual a<br />
“0,2 g” (onde g é o valor local da aceleração da<br />
gravidade) e que se possa desprezar a resistência do ar<br />
sobre o movimento ascencional do veículo içado. Nessas<br />
condições, o valor da força de tração no cabo que içou o<br />
blindado está corretamente indicado na alternativa:<br />
A) 0,8 P<br />
B) 1,2 P<br />
C) P<br />
D) 5 P<br />
4) (PITÁGORAS 2010) O avião em que viaja um grupo<br />
de turistas e jornalistas do Brasil sobrevoa a cidade de<br />
Joanesburgo, local em que está concentrada a seleção<br />
brasileira de futebol que disputa a Copa de 2010. O<br />
centro de massa desse avião descreve uma trajetória<br />
plana e circular, enquanto é aguardada a autorização para<br />
o pouso. Na figura seguinte, está representada a força de<br />
sustentação L (da palavra inglesa “LIFT”) que atua sobre<br />
o avião e as suas componentes horizontal (Lx) e vertical<br />
(Ly). Considere que Lx/Ly = 0,50 e que a velocidade do<br />
centro de massa do avião é constante e igual a 360 Km/h.<br />
Nessas condições, sendo g = 10 m/s 2 , a alternativa que<br />
apresenta o valor correto do raio da trajetória do centro<br />
de massa do avião é:<br />
A) 2,0 Km<br />
B) 3,0 Km<br />
C) 7,2 Km<br />
D) 1,8 Km<br />
5) (UPE 2014) Três partículas idênticas de massa 0,5 Kg<br />
giram em um plano sem atrito, perpendicular ao eixo de<br />
rotação E, conectadas por barras de massas desprezíveis<br />
e comprimentos L = 1,0 m cada uma. Observe a figura a<br />
seguir:<br />
160
Sabendo-se que a tensão na barra que une as partículas 2<br />
e 3 vale 13,5 N e que a velocidade angular de rotação do<br />
sistema é constante, determine o módulo da velocidade<br />
tangencial da partícula 1.<br />
a) 1 m/s<br />
b) 2 m/s<br />
c) 3 m/s<br />
d) 4 m/s<br />
e) 5 m/s<br />
6) (UPE 2014) A figura a seguir representa um<br />
ventilador fixado em um pequeno barco, em águas<br />
calmas de um certo lago. A vela se encontra em uma<br />
posição fixa e todo vento soprado pelo ventilador atinge<br />
a vela. Nesse contexto e com base nas leis de Newton, é<br />
CORRETO afirmar que o funcionamento do ventilador:<br />
a) Ta = (2) 1/2 Tb<br />
b) Ta = (3) 1/2 Tb<br />
c) Ta = (5) 1/2 Tb<br />
d) Ta = Tb/2<br />
e) Ta=Tb<br />
8) (UFPE 2014) Uma carga está apoiada sobre um<br />
caminhão que trafega sobre uma superfície horizontal ( a<br />
vista de cima está ilustrada na figura a seguir). O<br />
coeficiente de atrito estático entre a carga e o caminhão é<br />
0,40. Calcule qual a maior velocidade, em m/s, com que<br />
o caminhão pode realizar uma curva circular de raio 100<br />
m, sem que a carga deslize.<br />
9) (UEMG 2010 – TIPO ENEM) Sobre o modo de andar<br />
de uma pessoa, Gabriela e Mateus fizeram as seguintes<br />
afirmações:<br />
a) aumenta velocidade do barco.<br />
b) diminui a velocidade do barco.<br />
c) provoca a parada do barco.<br />
d) não altera o movimento do barco.<br />
e) produz um movimento circular do barco.<br />
7) (UPE 2014) Considere que os sistemas mostrados nas<br />
figuras (a) e (b) a seguir estejam em equilíbrio e que as<br />
forças de tensão nos fios esquerdos possuam intensidades<br />
iguais a Ta e Tb, respectivamente. Sabendo-se que M =<br />
5,0 kg e o ângulo é igual a 60 0 , é correto afirmar:<br />
Gabriela: ao andar, uma pessoa empurra o chão para trás,<br />
então o chão responde empurrando-a para frente.<br />
Mateus: A pessoa só consegue se mover para frente<br />
porque a resposta do chão é maior que a força que ela<br />
exerce empurrando-o para trás.<br />
Fizeram afirmações corretas:<br />
A) Gabriela e Mateus.<br />
B) Apenas Gabriela.<br />
C) Apenas Mateus.<br />
D) Nenhum dos dois.<br />
10) (UEMG 2010 – TIPO ENEM) Uma pequena bola é<br />
arremessada segundo uma trajetória parabólica, como<br />
mostra a figura, abaixo:<br />
161
Nessa figura, sendo P o ponto mais alto atingido pela<br />
bolinha, pode-se afirmar CORRETAMENTE que o vetor<br />
mostrado neste ponto P melhor representa<br />
A) a aceleração da bolinha.<br />
B) a força com que a bolinha foi arremessada.<br />
C) a velocidade da bolinha.<br />
D) a resultante das forças que atuam sobre a bolinha.<br />
B) a força que a Mônica exerce sobre o chão e a força<br />
que a corda faz sobre a Mônica formam um par açãoreação.<br />
C) a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força<br />
que a corda faz sobre a Mônica formam um par açãoreação.<br />
D) a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força<br />
que os meninos exercem sobre o chão formam um par<br />
ação-reação.<br />
11) (UEMG 2008 – TIPO ENEM) O corpo da figura, a<br />
seguir, está sobre uma superfície horizontal, e as forças<br />
que nele atuam, também, estão representadas, num certo<br />
instante, observando-se que o valor das forças é dado em<br />
N (Newton). Em relação à situação mostrada, assinale a<br />
alternativa que traz a afirmação CORRETA.<br />
13) (UFRN 2011 – TIPO ENEM) É muito comum<br />
observarmos nas fachadas de edifícios em construção<br />
andaimes constituídos por uma tábua horizontal<br />
sustentada por cordas que passam por roldanas presas no<br />
topo da edificação. O fato de um dos operários se<br />
deslocar sobre o andaime em direção ao outro, por<br />
exemplo, quando vai entregar alguma ferramenta ao<br />
companheiro, afeta a distribuição de forças sobre as<br />
cordas. Nesse sentido, considere a situação mostrada na<br />
figura abaixo.<br />
A) A soma das forças que atuam no corpo vale 60 N.<br />
B) O corpo está em repouso sobre a superfície.<br />
C) O corpo poderia estar em movimento.<br />
D) O corpo está em movimento, pois a soma das forças<br />
na horizontal é maior do que na vertical<br />
12) (UFRN 2012) Em Tirinhas, é muito comum<br />
encontrarmos situações que envolvem conceitos de<br />
<strong>Física</strong> e que, inclusive, têm sua parte cômica relacionada,<br />
de alguma forma, com a <strong>Física</strong>. Considere a tirinha<br />
envolvendo a “Turma da Mônica”, mostrada a seguir.<br />
Nela, um dos operários se encontra na extremidade<br />
esquerda do andaime, enquanto o outro, após ter<br />
caminhado em direção a ele, conduzindo uma marreta,<br />
encontra-se parado no meio do andaime. Considerando a<br />
situação mostrada na figura, pode-se afirmar que a<br />
A) força resultante sobre o andaime é diferente de zero e<br />
a tensão na corda Y émaior que na corda X.<br />
B) força resultante sobre o andaime é igual a zero e a<br />
tensão na corda Y é maior que na corda X.<br />
C) força resultante sobre o andaime é diferente de zero e<br />
a tensão na corda X é maior que na corda Y.<br />
162<br />
Supondo que o sistema se encontra em equilíbrio, é<br />
correto afirmar que, de acordo com a Lei da Ação e<br />
Reação (3ª Lei de Newton),<br />
A) a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força<br />
que os meninos exercem sobre a corda formam um par<br />
ação-reação.<br />
D) força resultante sobre o andaime é igual a zero e a<br />
tensão na corda X é maior que na corda Y.<br />
14) (UFRN 2011 – TIPO ENEM) Considere um grande<br />
navio, tipo transatlântico, movendo-se em linha reta e<br />
com velocidade constante (velocidade de cruzeiro). Em<br />
seu interior, existe um salão de jogos climatizado e nele<br />
uma mesa de pingue-pongue orientada paralelamente ao
comprimento do navio. Dois jovens resolvem jogar<br />
pingue-pongue, mas discordam sobre quem deve ficar de<br />
frente ou de costas para o sentido do deslocamento do<br />
navio. Segundo um deles, tal escolha influenciaria no<br />
resultado do jogo, pois o movimento do navio afetaria o<br />
movimento relativo da bolinha de pingue-pongue. Nesse<br />
contexto, de acordo com as Leis da <strong>Física</strong>, pode-se<br />
afirmar que<br />
fazendo a plataforma A parar na posição onde o objeto<br />
será descarregado. Considerando g = 10 m/s 2 ,<br />
desprezando os efeitos do ar sobre o sistema e os atritos<br />
durante o movimento acelerado, a massa M, em kg, do<br />
corpo que deve ser colocado na plataforma B para<br />
acelerar para cima a massa m no intervalo de 3 s é igual a<br />
A) a discussão não é pertinente, pois, no caso, o navio se<br />
comporta como um referencial não inercial, não afetando<br />
o movimento da bola.<br />
B) a discussão é pertinente, pois, no caso, o navio se<br />
comporta como um referencial não inercial, não afetando<br />
o movimento da bola.<br />
C) a discussão é pertinente, pois, no caso, o navio se<br />
comporta como um referencial inercial, afetando o<br />
movimento da bola.<br />
D) a discussão não é pertinente, pois, no caso, o navio se<br />
comporta como um referencial inercial, não afetando o<br />
movimento da bola.<br />
15) (UNIMONTES 2008) Um corpo de massa m = 8 kg<br />
é puxado por uma força F = 100N sobre uma superfície<br />
lisa, sem atrito (veja a figura). A aceleração do corpo,<br />
durante a subida, é<br />
(A) 275.<br />
(B) 285.<br />
(C) 295.<br />
(D) 305.<br />
(E) 315.<br />
17) (UNESP 2011) Observe a tirinha.<br />
A) 7,5 m/s 2<br />
B) 5,0 m/s 2<br />
C) 2,5 m/s 2<br />
D) 10,5 m/s 2<br />
16) (UNESP 2012) Em uma obra, para permitir o<br />
transporte de objetos para cima, foi montada uma<br />
máquina constituída por uma polia, fios e duas<br />
plataformas A e B horizontais, todos de massas<br />
desprezíveis, como mostra a figura. Um objeto de massa<br />
m = 225 kg, colocado na plataforma A, inicialmente em<br />
repouso no solo, deve ser levado verticalmente para cima<br />
e atingir um ponto a 4,5 m de altura, em movimento<br />
uniformemente acelerado, num intervalo de tempo de 3<br />
s. A partir daí, um sistema de freios passa a atuar,<br />
Uma garota de 50 kg está em um elevador sobre uma<br />
balança calibrada em newtons. O elevador move-se<br />
verticalmente, com aceleração para cima na subida e com<br />
aceleração para baixo na descida. O módulo da<br />
aceleração é constante e igual a 2 m/s 2 em ambas<br />
situações. Considerando g = 10 m/s 2 , a diferença, em<br />
newtons, entre o peso aparente da garota, indicado na<br />
balança, quando o elevador sobe e quando o elevador<br />
desce, é igual a<br />
(A) 50.<br />
(B) 100.<br />
(C) 150.<br />
(D) 200.<br />
(E) 250.<br />
163
18) (UNESP 2011) As figuras 1 e 2 representam dois<br />
esquemas experimentais utilizados para a determinação<br />
do coeficiente de atrito estático entre um bloco B e uma<br />
tábua plana, horizontal. No esquema da figura 1, um<br />
aluno exerceu uma força horizontal no fio A e mediu o<br />
valor 2,0 cm para a deformação da mola, quando a força<br />
atingiu seu máximo valor possível, imediatamente antes<br />
que o bloco B se movesse. Para determinar a massa do<br />
bloco B, este foi suspenso verticalmente, com o fio A<br />
fixo no teto, conforme indicado na figura 2, e o aluno<br />
mediu a deformação da mola igual a 10,0 cm, quando o<br />
sistema estava em equilíbrio. Nas condições descritas,<br />
desprezando a resistência do ar, o coeficiente de atrito<br />
entre o bloco e a tábua vale<br />
(A) 0,1.<br />
(B) 0,2.<br />
(C) 0,3.<br />
(D) 0,4.<br />
(E) 0,5.<br />
19) (UNESP 2010) Num jato que se desloca sobre uma<br />
pista horizontal, em movimento retilíneo uniformemente<br />
acelerado, um passageiro decide estimar a aceleração do<br />
avião. Para isto, improvisa um pêndulo que, quando<br />
suspenso, seu fio fica aproximadamente estável,<br />
formando um ângulo θ = 25º com a vertical e em repouso<br />
em relação ao avião. Considere que o valor da aceleração<br />
da gravidade no local vale 10 m/s 2 , e que sen 25º ≅ 0,42;<br />
cos 25º ≅ 0,90; tan 25º ≅ 0,47. Das alternativas, qual<br />
fornece o módulo aproximado da aceleração do avião e<br />
melhor representa a inclinação do pêndulo?<br />
20) (UNESP 2013) Um garçom deve levar um copo com<br />
água apoiado em uma bandeja plana e mantida na<br />
horizontal, sem deixar que o copo escorregue em relação<br />
à bandeja e sem que a água transborde do copo. O copo,<br />
com massa total de 0,4 kg, parte do repouso e descreve<br />
um movimento retilíneo e acelerado em relação ao solo,<br />
em um plano horizontal e com aceleração constante.<br />
164
Em um intervalo de tempo de 0,8 s, o garçom move o<br />
copo por uma distância de 1,6 m. Desprezando a<br />
resistência do ar, o módulo da força de atrito devido à<br />
interação com a bandeja, em newtons, que atua sobre o<br />
copo nesse intervalo de tempo é igual a<br />
(A) 2.<br />
(B) 3.<br />
(C) 5.<br />
(D) 1.<br />
(E) 4.<br />
21) (UNESP 2013) A figura representa, de forma<br />
simplificada, o autódromo de Tarumã, localizado na<br />
cidade de Viamão, na Grande Porto Alegre. Em um<br />
evento comemorativo, três veículos de diferentes<br />
categorias do automobilismo, um kart (K), um fórmula 1<br />
(F) e um stock-car (S), passam por diferentes curvas do<br />
circuito, com velocidades escalares iguais e constantes.<br />
(D) FF < FS < FK.<br />
(E) FS < FF < FK.<br />
22) (BAHIANA 2013.1) Um zelador ao limpar uma<br />
parede vertical com um escovão, de massa m, realiza um<br />
movimento vertical, de baixo para cima, com velocidade<br />
constante. A força F aplicada pelo zelador sobre o<br />
escovão tem a mesma direção do cabo do escovão, que<br />
forma um ângulo constante θ em relação à parede<br />
vertical. Admitindo-se como desprezível a massa do<br />
cabo e sendo o módulo da aceleração da gravidade local<br />
igual a g, é correto afirmar:<br />
01) O vetor equilibrante do peso do escovão é igual à<br />
soma dos vetores Fcosθ e da força de atrito entre o<br />
escovão e a parede.<br />
02) O módulo da força resultante aplicada pela parede no<br />
escovão é igual a Fsenθ.<br />
03) O módulo da força de atrito é igual ao módulo do<br />
peso do escovão.<br />
04) O coeficiente de atrito cinético μ é igual a (Fcosɵ -<br />
mg)/Fsenɵ.<br />
05) O módulo da força de atrito estático é igual a Fcosθ<br />
+ mg.<br />
As tabelas 1 e 2 indicam, respectivamente e de forma<br />
comparativa, as massas de cada veículo e os raios de<br />
curvatura das curvas representadas na figura, nas<br />
posições onde se encontram os veículos.<br />
Sendo FK, FF e FS os módulos das forças resultantes<br />
centrípetas que atuam em cada um dos veículos nas<br />
posições em que eles se encontram na figura, é correto<br />
afirmar que<br />
(A) FS < FK < FF.<br />
(B) FK < FS < FF.<br />
(C) FK < FF < FS.<br />
165
GABARITO<br />
1 B 10 B 19 A<br />
2 D 11 C 20 A<br />
3 B 12 C 21 B<br />
4 A 13 D 22 04<br />
5 C 14 D<br />
6 D 15 A<br />
7 B 16 A<br />
8 20 17 D<br />
9 B 18 B<br />
ANOTAÇÕES:<br />
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166
CAPÍTULO 8 – ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU -<br />
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL<br />
assim à da Terra… até 1882, quando o físico italiano<br />
Luigi Palmieri (1807-1896) observou o elemento por<br />
aqui, analisando lava do vulcão Vesúvio<br />
(Isaac Newton)<br />
A GRAVIDADE EXPLICA OS MOVIMENTOS DOS PLANETAS,<br />
MAS NÃO PODE EXPLICAR QUEM COLOCOU OS PLANETAS<br />
EM MOVIMENTO. DEUS GOVERNA TODAS AS COISAS E<br />
SABE TUDO QUE É OU QUE PODE SER FEITO.<br />
1 – O GÊNIO UNIFICA A FÍSICA<br />
Acreditar em uma <strong>Física</strong> da Terra diferente de<br />
uma <strong>Física</strong> Celeste começou a mudar quando Isaac<br />
Newton (1643-1727) elaborou sua teoria de gravitação.<br />
As mesmas equações de Newton que explicavam a<br />
trajetória de um projétil aqui na Terra explicava também<br />
a trajetória da Lua ao redor da Terra ou da Terra ao redor<br />
do Sol. As elipses de Kepler podiam ser deduzidas das<br />
equações de Newton. A mesma física que funcionava em<br />
experiências aqui a Terra davam conta das observações<br />
celestes, destruindo completamente a ideia aristotélica de<br />
um tipo de trajetória aqui na Terra e outro tipo de<br />
trajetória no espaço.<br />
O golpe final na ideia de que o conhecimento do<br />
céu era algo inalcançável do ponto de vista científico foi<br />
dado com a espectroscopia, iniciada por Robert Wilhelm<br />
Bunsen (1811- 1899) e Gustav Robert Kirchhoff (1824-<br />
1887). Finalmente, apenas no século XIX, verificamos<br />
que os elementos químicos que temos aqui na Terra estão<br />
presentes, também nos corpos celestes.<br />
Houve um percalço em 1868, quando o<br />
astrônomo francês Jules Janssen (1824-1907) descobriu,<br />
através da análise do espectro da luz do Sol, um<br />
elemento químico que não era conhecido na Terra.<br />
Batizado de Hélio, esse elemento pareceu demonstrar<br />
que a química celeste talvez não fosse tão semelhante<br />
Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887) à esquerda, e Robert Wilhelm Bunsen<br />
(1811- 1899) à direita. Fonte: SCETI.<br />
A inauguração da espectroscopia marcou uma<br />
nova fase da Astronomia, sem precedentes. Agora, física<br />
e química dos céus são as mesmas aqui da Terra, e<br />
podemos conhecer a natureza celeste assim como<br />
podemos conhecer a natureza na Terra. Daí para frente, o<br />
ânimo humano de desvendar os segredos do céu se<br />
tornou muito maior! Afinal, não estamos mais lidando<br />
com um lugar de compreensão inatingível, mas com uma<br />
extensão do lugar onde nascemos e vivemos.<br />
Apesar de todo esse desenvolvimento intelectual<br />
no sentido de mudar a maneira como pensamos no céu,<br />
muitas pessoas ainda tem a tendência de imaginar o<br />
espaço como um ambiente inalcançável. Isso pode ser<br />
percebido em quem duvida categoricamente nas viagens<br />
do Homem à Lua. Além das divertidas teorias de<br />
conspiração, muitas pessoas imaginam que radiação,<br />
temperatura e outros elementos naturais estejam<br />
absolutamente fora do poder de conhecimento e<br />
manipulação humano por estarem no espaço.<br />
Bom, tenho certeza que você, aluno digimon,<br />
sente com intensidade esse ânimo humano em desbravar<br />
os mistérios celestes. Espero que você encontre aqui em<br />
nosso Módulo um lugar estimulante para colocar esse<br />
ânimo em prática. Pergunte, comente, questione,<br />
compartilhe ideias e alimente essa curiosidade. Sempre!<br />
167
2 – A LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL<br />
Voltando ao nosso bom e velho Newton... Ele<br />
está sentado no jardim embaixo da macieira, em<br />
Woolsthorpe. Pensa nas leis de Kepler, que funcionam<br />
tão direitinho... Mas por que será que funcionam?<br />
Do que Newton está falando? Veja a coisa assim:<br />
Imagine que você gira em círculo uma bola na<br />
ponta de um barbante.<br />
Dizem as más línguas que esta história da macieira é<br />
ficção...mas por ser tão bonitinha nós vamos contá-la<br />
agora.<br />
Então a maçã caiu...<br />
Você sente a bola fazendo força para se afastar<br />
de você, e se você soltar o barbante, a bola vai voar<br />
longe. A mesma coisa acontece com a Lua em sua órbita<br />
em torno da Terra. Exatamente como a bola, ela faz força<br />
para escapar, mas alguma coisa a segura no lugar. A bola<br />
é mantida no lugar pelo barbante, claro, mas o que<br />
segura a Lua no lugar? Tem de ser essa força invisível.<br />
Hoje a chamamos gravidade o incrível poder de<br />
atração que nos puxa para baixo, mas ele era chamado de<br />
gravitas desde a Antiguidade. Porém, ainda que essa<br />
força tivesse o mesmo nome por séculos e séculos, o<br />
Newton foi a primeira pessoa a entendê-la direito. A<br />
gravidade resolveu rapidamente um velho problema:<br />
Aristóteles tinha dito que a Terra não se movia, senão<br />
todos nós seríamos atirados no espaço. De fato, não fosse<br />
a gravidade, Aristóteles teria razão, e seríamos atirados<br />
para fora do nosso planeta. Mas na superfície da Terra a<br />
força gravitacional é intensa o bastante para nos segurar.<br />
Que sorte, hein? Newton publicou sua teoria da<br />
gravitação em 1687. Durante os 200 anos seguintes, os<br />
cientistas observaram um único fato que não estava de<br />
acordo com a teoria. Era o movimento do planeta<br />
Mercúrio, e o desacordo era muito pequeno.<br />
A lei da gravitação universal é representada pela equação<br />
F = G .<br />
Onde m1 e m 2 são as massas de dois pontos<br />
materiais e r é a distância entre eles. G é denominada<br />
constante universal da gravitação e vale, em unidades do<br />
SI:<br />
G = 6,7 X 10 -11 N.m 2 /kg 2<br />
168
3 – ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE<br />
A partir da lei da gravitação de Newton, podemos<br />
determinar a aceleração da gravidade a uma distância R<br />
do centro da Terra.<br />
Em pontos externos ao planeta teremos:<br />
marés, deveríamos ter um única “barriga” na face dos<br />
oceanos terrestres voltados para a Lua, como na figura<br />
abaixo:<br />
g ext = 2<br />
Nesse caso, devido ao movimento de rotação<br />
terrestre, teríamos apenas uma maré alta a cada 24 horas,<br />
em cada cidade. Entretanto, não é esse o comportamento<br />
observado para as marés em nosso cotidiano.<br />
4 – VELOCIDADE DE UM SATÉLITE<br />
A velocidade de um satélite situado a uma altura h da<br />
superfície de um planeta de massa M e raio R é dada por:<br />
O entendimento completo dos fenômenos das<br />
marés só foi possível com o advento da lei da Gravitação<br />
Universal de Newton no séc XVII.<br />
Para um perfeito entendimento do fenômeno das marés,<br />
devemos atentar para alguns pontos chaves:<br />
V =<br />
NA CARA DO ENEM<br />
ENTENDENDO AS MARÉS<br />
Há milhares de anos os homens sabem que a<br />
Lua tem alguma relação com as marés. Antes do ano 100<br />
a.C., o naturalista romano Plínio escreveu sobre a<br />
influência da Lua nas marés. No séc XVII, Galileu<br />
também explicou as marés com base na atração lunar,<br />
entretanto, se a atração lunar fosse a única causa das<br />
* A Terra e a Lua giram em torno de um centro de massa<br />
comum do sistema Terra-Lua. Sendo a massa da Terra<br />
81 vezes maior do que a massa da Lua, esse centro de<br />
massa encontra-se em um ponto no interior da Terra.<br />
* Quando a Terra gira ao redor desse centro de massa, o<br />
efeito CENTRÌFUGO empurra para longe desse centro<br />
de rotação toda a massa da Terra e dos oceanos. Quanto<br />
maior for a distância r da massa até o centro de rotação,<br />
maior é a força centrífuga mw 2 r. Esse efeito centrífugo<br />
produz uma enorme “barriga” em cada lado do equador<br />
terrestre, sendo maior a “barriga” da face que não está<br />
voltada para a Lua, devido a essa porção de matéria estar<br />
a uma distância maior r do centro de rotação do sistema<br />
(centro de massa) e, assim, receber maior força<br />
centrífuga mw 2 r.<br />
169
Maré baixa simultaneamente em Flamengus e<br />
no Japão<br />
O prof Ivã chama atenção para alguns pontos<br />
que devemos estar atentos:<br />
* Sempre que for maré alta em Flamengus será maré alta<br />
no Japão.<br />
* Adicionalmente, o efeito da atração<br />
GRAVITACIONAL exercido pela Lua atrai toda a água<br />
do planeta em direção á Lua.<br />
* A SUPERPOSIÇÂO desses efeitos produz “barrigas”<br />
praticamente idênticas em cada face da Terra, explicando<br />
assim, o comportamento das marés no litoral.<br />
Observe agora a sucessão de marés altas e baixas em<br />
Flamengus (cidade litorânea do Brasil onde moram as<br />
pessoas mais felizes de nosso país) (F) e no Japão,<br />
mostradas na figura abaixo, em intervalos de 6 h em 6 h<br />
(lembre-se que a Terra gira 90 0 a cada 6 h).<br />
Maré alta simultaneamente em Flamengus e no Japão<br />
Maré baixa simultaneamente em Flamengus e<br />
no Japão<br />
* Sempre que for maré baixa em Flamengus será maré<br />
baixa no Japão.<br />
* As marés altas e baixas em cada cidade se alternam a<br />
cada 6 h.<br />
* Cada cidade experimenta 2 marés altas e 2 marés<br />
baixas por dia (a cada 24 h).<br />
* As marés altas em cada cidade ocorrem em intervalos<br />
de 12 h.<br />
* As marés baixas em cada cidade ocorrem em intervalos<br />
de 12 h.<br />
A atração gravitacional extra exercida pelo Sol sobre os<br />
oceanos terrestres é cerca de 2,5 vezes menor do que a<br />
atração exercida pela Lua. Ainda assim, o Sol também<br />
colabora para o efeito das marés, embora em menor<br />
escala. Quando o Sol e a Lua encontram-se alinhados, as<br />
marés altas são mais altas do que o normal, são as<br />
chamadas marés de sizígia, ou marés de águas vivas,<br />
como dizem os marujos.<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
170<br />
Japão<br />
Maré alta simultaneamente em Flamengus e no<br />
1) (ENEM) Se compararmos a idade do planeta Terra,<br />
avaliada em quatro e meio bilhões de anos (4,5.10 9 anos),<br />
com a de uma pessoa de 45 anos, então, quando<br />
começaram a florescer os primeiros vegetais, a Terra já<br />
teria 42 anos. Ela só conviveu com o homem moderno<br />
nas últimas quatro horas e, há cerca de uma hora, viu-o
começar a plantar e a colher. Há menos de um minuto<br />
percebeu o ruído de máquinas e de indústrias e, como<br />
denuncia uma ONG de defesa do meio ambiente, foi<br />
nesses últimos sessenta segundos que se produziu todo o<br />
lixo do planeta! Na teoria do Big Bang, o Universo<br />
surgiu há cerca de 15 bilhões de anos, a partir da<br />
explosão e expansão de uma densíssima gota. De acordo<br />
com a escala proposta no texto, essa teoria situaria o<br />
início do Universo há cerca de<br />
a) 100 anos.<br />
b) 150 anos.<br />
c) 1000 anos.<br />
d) 1 500 anos.<br />
e) 2 000 anos.<br />
2) (ENEM) O ônibus espacial Atlantis foi lançado ao<br />
espaço com cinco astronautas a bordo e uma câmera<br />
nova, que iria substituir uma outra danificada por um<br />
curto-circuito no telescópio Hubble. Depois de entrarem<br />
em órbita a 560 km de altura, os astronautas se<br />
aproximaram do Hubble. Dois astronautas saíram da<br />
Atlantis e se dirigiram ao telescópio. Ao abrir a porta de<br />
acesso, um deles exclamou: “Esse telescópio tem a<br />
massa grande, mas o peso é pequeno.”<br />
d) não se justifica, porque a força-peso é a força exercida<br />
pela gravidade terrestre, neste caso, sobre o telescópio e<br />
é a responsável por manter o próprio telescópio em<br />
órbita.<br />
e) não se justifica, pois a ação da força-peso implica a<br />
ação de uma força de reação contrária, que não existe<br />
naquele ambiente. A massa do telescópio poderia ser<br />
avaliada simplesmente pelo seu volume.<br />
3) (UESB) Considere que um satélite de massa m =<br />
5,0kg seja colocado em órbita circular ao redor da<br />
Terra, a uma altitude h = 650,0km.<br />
Sendo o raio da Terra igual a 6.350,0km e sua massa<br />
igual a 5,98 x 10 24 kg, o módulo da quantidade de<br />
movimento, em kg.m/s, do satélite é, aproximadamente,<br />
igual a<br />
01) 2,8 x 10 11<br />
02) 3,8 x 10 4<br />
03) 5,6 x 10 11<br />
04) 7,6 x 10 3<br />
05) 8,0 x 10 4<br />
4) (UESB) Um satélite estacionário de massa 2,0 x 10 3 kg<br />
está orbitando a 13.600,0km da superfície da Terra.<br />
Considerando-se que a constante gravitacional é igual a<br />
6,7 x10 -11 N.m/kg 2 , o raio e a massa da Terra são,<br />
respectivamente, iguais a 6,4.10 6 m e 6,0.1024kg, a<br />
ordem de grandeza da intensidade da força gravitacional,<br />
em newton, existente entre a Terra e o satélite, é igual a<br />
01) 10 2<br />
02) 10 3<br />
Considerando o texto e as leis de Kepler, pode-se afirmar<br />
que a frase dita pelo astronauta<br />
a) se justifica porque o tamanho do telescópio determina<br />
a sua massa, enquanto seu pequeno peso decorre da falta<br />
de ação da aceleração da gravidade.<br />
b) se justifica ao verificar que a inércia do telescópio é<br />
grande comparada à dele próprio, e que o peso do<br />
telescópio é pequeno porque a atração gravitacional<br />
criada por sua massa era pequena.<br />
c) não se justifica, porque a avaliação da massa e do peso<br />
de objetos em órbita tem por base as leis de Kepler, que<br />
não se aplicam a satélites artificiais.<br />
03) 10 4<br />
04) 10 10<br />
05) 10 11<br />
5) (UEFS) O raio médio da órbita do planeta Marte é<br />
cerca de 4 vezes o raio médio da órbita do planeta<br />
Mercúrio, no seu movimento de translação em torno do<br />
Sol. Considerando-se o período de translação de<br />
Mercúrio quatro vezes menor do que um ano na Terra, o<br />
período de translação de Marte em torno do Sol,<br />
estimado em anos terrestres é de, aproximadamente:<br />
171
a) 2,5<br />
b) 2,0<br />
c) 1,5<br />
d) 0,6<br />
e) 0,3<br />
6) (IFBA) No ano de 1959 foi lançado ao espaço o<br />
satélite artificial Explorer VI, cuja orbita tinha raio de,<br />
aproximadamente, 28 000 km. Considerando-se o<br />
período de rotação do satélite em torno da Terra,<br />
5,0.10 4 s, e π 2 igual a 10, o modulo da aceleração<br />
centrípeta do satélite, em m/s 2 , era de, aproximadamente,<br />
a) 0,45<br />
b) 0,90<br />
c) 3,55<br />
d) 7,80<br />
e) 9,80<br />
7) (UESB) A descoberta do planeta Gliese 581 g foi<br />
anunciada em 29 de setembro de 2010 e acredita-se ser o<br />
planeta mais semelhante À Terra, o melhor candidato<br />
exoplaneta com potencial para abrigar vida. Sua massa é,<br />
aproximadamente, três vezes e meia maior do que a da<br />
Terra e seu raio pode ser estimado em cerca de 1,5 vezes<br />
o raio terrestre. Nessas condições, o módulo da<br />
aceleração da gravidade na superfície do planeta Gliese<br />
581 g é maior que o módulo da aceleração da<br />
gravitacional na superfície da Terra um número de vezes<br />
aproximadamente igual a:<br />
a) 1,7<br />
b) 1,6<br />
c) 1,4<br />
d) 1,3<br />
e) 1,2<br />
8) Marque V ou F.<br />
a) Em Salvador, assim como no Japão, ocorrem duas<br />
marés altas e duas marés baixas, por dia, alternando<br />
aproximadamente a cada 6h.<br />
b) Sempre que for maré alta em Salvador,<br />
simultaneamente terá maré alta no Japão.<br />
c) As marés altas em uma mesma cidade ocorrem a cada<br />
12 h, em média, assim como as marés baixas.<br />
d) A atração gravitacional extra exercida pelo Sol sobre<br />
os oceanos terrestres é cerca de 2,5 vezes menor do que a<br />
atração exercida pela Lua. Ainda assim, o Sol também<br />
colabora para o efeito das marés, embora em menor<br />
escala.<br />
e) Na Lua Nova e na Lua Cheia, o Sol e a Lua<br />
encontram-se alinhados com a Terra. Nessas fases da<br />
Lua, as marés altas são mais altas do que o normal. São<br />
as chamadas marés de sizígia, ou marés de águas vivas,<br />
como dizem os marujos.<br />
f) As marés são explicadas basicamente pela atração<br />
exercida pela Lua e pelo Sol sobre os oceanos terrestres,<br />
aliada ao efeito centrífugo gerado pela rotação da Terra<br />
em torno do centro da Terra.<br />
9) (ITA) Sabe-se que a atração gravitacional da Lua<br />
sobre a camada de água é a principal responsável pelo<br />
aparecimento das marés oceânicas. Considere as<br />
seguintes afirmativas:<br />
I – As massas de água próximas das regiões A e B<br />
experimentam marés altas simultaneamente.<br />
II - As massas de água próximas das regiões A e B<br />
experimentam marés opostas, isto é, quando A tem maré<br />
alta, B tem maré baixa e vice-versa.<br />
III – Durante o intervalo de tempo de um dia ocorrem<br />
duas marés altas e duas marés baixas.<br />
Entre estas afirmativas, é(são) correta(s)<br />
a) a afirmativa I<br />
b) a afirmativa II<br />
c) a afirmativa III<br />
d) as afirmativas I e II<br />
e) as afirmativas I e III<br />
172
2) (UEFS) Um satélite descreve movimento uniforme em<br />
10) (IFBA) Sabe-se que a atração gravitacional do Sol<br />
05) 10 8<br />
(S) e a da Lua (L) determinam o nível do mar (M) a<br />
superfície da Terra (T). As figuras ao lado tentam<br />
representar, fora de escala, as posições relativas do Sol,<br />
da Lua, da Terra e do mar. As representações corretas do<br />
torno da Terra em uma órbita circular de raio igual a<br />
1,0.10 7 m. Desprezando-se outras forças sobre o satélite,<br />
que não seja a gravitacional da Terra, pode-se concluir<br />
que a razão entre a energia cinética do satélite e o<br />
nível do mar, durante a Lua cheia e a Lua nova, são, módulo da resultante centrípeta do satélite é,<br />
respectivamente:<br />
aproximadamente, igual, em 10 6 J/N, a<br />
a) 2<br />
b) 3<br />
c) 4<br />
d) 5<br />
e) 6<br />
3) (UEFS) Devido ao movimento de rotação da Terra, o<br />
peso aparente de um mesmo corpo na superfície terrestre<br />
é menor no equador que nos pólos.<br />
Admitindo-se a Terra como uma esfera homogênea com<br />
raio de 6,4.10 6 m e o módulo da aceleração da gravidade<br />
nos pólos como sendo 10,0m/s 2 , para que uma pessoa,<br />
A) IV e II<br />
B) III e I<br />
C) IV e I<br />
D) III e II<br />
E) I e III<br />
situada na linha do equador, tivesse peso igual a zero, a<br />
velocidade angular de rotação da Terra deveria ser, em<br />
rad/s, igual a:<br />
a) 12,5<br />
b) 1,25<br />
c) 1,25.10 -1<br />
d) 1,25.10 -2<br />
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
e) 1,25.10 -3<br />
1) (UESC) Considere um satélite geoestacionário, com<br />
massa igual a 5,0kg, descrevendo um movimento<br />
uniforme em uma órbita circular de raio igual a<br />
7,0.10 3 km em torno da Terra. Sabendo-se que a massa da<br />
Terra é igual a 5,98.10 24 kg e a constante da Gravitação<br />
Universal é igual a 6,67.10 -11 Nm 2 /kg 2 , pode-se afirmar<br />
que a ordem de grandeza do módulo da quantidade de<br />
movimento desse satélite é igual, em kg.m/s, a:<br />
01) 10 4<br />
02) 10 5<br />
03) 10 6<br />
04) 10 7<br />
4) (UESC) Considere dois satélites, A e B, que se<br />
encontram em órbitas circulares de raios R e 6R,<br />
respectivamente, em torno de um planeta de massa M.<br />
Sendo G a constante de gravitação universal, a razão<br />
entre os períodos de translação, TB e TA, dos satélites é<br />
igual a:<br />
01) 3<br />
02) 8<br />
03)<br />
04)<br />
05)<br />
173
5) (UEFS) Uma das grandes conquistas da tecnologia<br />
moderna é o lançamento de satélites artificiais que são<br />
colocados em orbita, em torno da Terra, com as mais<br />
variadas finalidades, tais como observações<br />
meteorológicas, telecomunicação, pesquisas da<br />
superfície da Terra e, mais frequentemente, fins<br />
militares. Com base na dinâmica das rotações e na teoria<br />
da gravitação universal, pode-se concluir:<br />
a) O movimento dos satélites artificiais em torno da<br />
Terra é uniformemente acelerado.<br />
b) Os períodos de revolução dos planetas, em torno do<br />
Sol, são todos iguais.<br />
c) O cubo do período de qualquer planeta é proporcional<br />
ao quadrado de sua distância média do Sol.<br />
d) A distância dos planetas ao Sol é uma constante<br />
universal.<br />
e) A força centrípeta, que mantém um satélite em sua<br />
órbita em torno de um planeta é igual à atração do<br />
planeta sobre esse satélite.<br />
6) (UEFS) A astronomia é a mais antiga das ciências.<br />
Desde a Antiguidade, os filósofos gregos, observando o<br />
movimento dos astros no céu, tentavam criar um modelo<br />
que mostrasse como o Sol, a Lua e as estrelas estavam<br />
dispostas no espaço.<br />
Com base nos conhecimentos sobre a Gravitação<br />
Universal, é correto afirmar:<br />
a) O campo gravitacional terrestre é uniforme em toda a<br />
região.<br />
b) A força gravitacional entre dois corpos é diretamente<br />
proporcional à distância que os separa.<br />
c) A força centrípeta, que mantém um planeta em sua<br />
órbita, deve-se à atração do Sol sobre esse planeta.<br />
d) A resultante das forças gravitacionais exercidas pelo<br />
sistema Terra-Lua sobre um objeto situado à meia<br />
distância entre os dois astros é nula.<br />
e) O movimento de cada planeta é aperiódico, em uma<br />
órbita elíptica fechada, lendo o Sol no seu centro.<br />
7) (UNEB) O peso do uniforme de um astronauta, onde o<br />
módulo da aceleração da gravidade é 10m/s 2 é igual a<br />
1,3.10 3 N Desprezando-se o movimento de rotação da<br />
Terra e sabendo-se que a massa e o raio médio da Terra<br />
são, respectivamente, iguais a 6,0.10 24 kg e 6,4.10 3 km a<br />
constante de gravitação universal, 6,7.10 -11 N.m 2 /kg 2<br />
pode-se afirmar que, a uma altura de 3,6.10 3 km da<br />
superfície da Terra, o peso do uniforme será igual, em<br />
newtons,<br />
01) 1300,0<br />
02) 650,0<br />
03) 522,6<br />
04) 355,0<br />
05) zero<br />
8) (UESB) Sabendo-se que a massa e o raio médio da<br />
Terra são, respectivamente, iguais a 5,98.10 24 kg e<br />
6,37.10 6 m, a constante de gravitação universa,<br />
G=6,67.10 - 11 Nm 2 /kg 2 , e desprezando-se os efeitos da<br />
resistência do ar, a menor velocidade à que se deve<br />
lançar um corpo da superfície terrestre para que esse<br />
escape da atração da Terra, em m/s, é da ordem de:<br />
01) 10 2<br />
02) 10 3<br />
03) 10 4<br />
04) 10 5<br />
05) 10 6<br />
9) (UESB) No movimento dos planetas em torno do Sol,<br />
a força que garante a trajetória elíptica é de natureza<br />
gravitacional.<br />
Com base nos conhecimentos sobre Gravitação<br />
Universal, é correto afirmar:<br />
( ) O momento angular dos planetas em torno do Sol<br />
não se conserva, pois a força gravitacional solar que atua<br />
em cada planeta não produz torque.<br />
( ) De acordo com a segunda lei de Kepler, enquanto os<br />
planetas percorrem suas trajetórias elípticas em torno do<br />
Sol, os raios vetores que unem os seus centros ao Sol,<br />
varrem áreas iguais em tempos iguais.<br />
( ) A força gravitacional entre dois corpos é diretamente<br />
proporcional ao produto de suas massa e inversamente<br />
proporcional ao quadrado das distâncias entre seus<br />
centros.<br />
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de<br />
cima para baixo:<br />
174
01) V V F<br />
02) V F V<br />
03) V F F<br />
04) F V F<br />
05) F V V<br />
10) (UEFS) No movimento dos planetas em torno do<br />
Sol, a força que garante a trajetória elíptica é de natureza<br />
gravitacional. Com base nos conhecimentos sobre<br />
Gravitação, marque com V as afirmativas verdadeiras e<br />
com F, as falsas.<br />
( ) Enquanto os planetas percorrem suas trajetórias<br />
elípticas em torno do Sol, os raios vetores que unem os<br />
seus centros ao Sol varrem áreas iguais em tempos<br />
iguais, de acordo com a 2ª lei de Kepler.<br />
( ) No periélio, posição em que a Terra mais se<br />
aproxima do Sol, devido ao seu eixo de rotação, o<br />
Hemisfério Sul recebe mais diretamente a irradiação<br />
solar, ocorrendo assim o início do verão nesse<br />
hemisfério.<br />
( ) A força entre dois corpos depende apenas da<br />
distância entre eles, segundo a lei de Newton sobre<br />
atração gravitacional.<br />
A sequência correta, de cima para baixo, é:<br />
a) V V F<br />
b) V F V<br />
c) V F F<br />
d) F V V<br />
e) F V F<br />
175
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />
2 D E 4 E C 3 3 2 A<br />
176<br />
ANOTAÇÕES:<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________
INTENSIFICANDO SEU TREINAMENTO NO<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (UNIT 2014 – CONSULTEC) A velocidade de escape<br />
de um foguete é a menor velocidade com a qual ele deve<br />
ser lançado da superfície terrestre, para se livrar da<br />
atração gravitacional e alcançar uma distância infinita<br />
com velocidade nula. Desprezando-se a resistência do ar<br />
e sabendo-se que a ordem de grandeza da massa da<br />
Terra, do raio médio terrestre e da constante de<br />
gravitação universal são iguais a, respectivamente, 10 25<br />
kg, 10 4 km e 10 −10 N.m 2 .kg −2 , a velocidade de escape de<br />
um foguete lançado da superfície terrestre, estimada em<br />
km/s, é da ordem de<br />
A) 10 −3<br />
B) 10 −2<br />
C) 10 −1<br />
D) 10<br />
E) 10 2<br />
2) (UEMG 2013 – TIPO ENEM)) O Sol é uma estrela<br />
que tem oito planetas movendo-se em torno dele. Na<br />
ordem de afastamento do Sol, temos, em sequência:<br />
Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e<br />
Netuno. Três estudantes fizeram afirmações sobre o<br />
Sistema Solar:<br />
Margarete: "Marte leva mais de um ano para dar uma<br />
volta completa em torno do Sol";<br />
Mardânio: "Forças gravitacionais mantêm o planeta<br />
Netuno girando em torno do Sol";<br />
Fabiano: "Mercúrio é o planeta que leva mais tempo para<br />
dar uma volta em torno do Sol".<br />
Fizeram afirmações CORRETAS<br />
A) todos eles.<br />
B) apenas Mardânio e Fabiano.<br />
C) apenas Margarete e Mardânio.<br />
D) apenas Margarete e Fabiano.<br />
3) (UEMG 2013 - TIPO ENEM) A figura a seguir<br />
representa dois satélites artificiais em órbita, em torno da<br />
Terra.<br />
Baseando-se nas leis de Kepler, e diante da representação<br />
mostrada, É CORRETO afirmar que<br />
A) os satélites 1 e 2 possuem a mesma velocidade.<br />
B) o satélite 2 percorre uma distância maior que o<br />
satélite 1, num mesmo intervalo de tempo.<br />
C) o satélite 2 leva mais tempo que o satélite 1 para dar<br />
uma volta completa em torno da Terra.<br />
D) os satélites 1 e 2 dão uma volta completa em torno da<br />
Terra no mesmo intervalo de tempo.<br />
4) (UFRN 2011 – TIPO ENEM) A partir do final da<br />
década de 1950, a Terra deixou de ter apenas seu único<br />
satélite natural – a Lua –, e passou a ter também satélites<br />
artificiais, entre eles os satélites usados para<br />
comunicações e observações de regiões específicas da<br />
Terra. Tais satélites precisam permanecer sempre<br />
parados em relação a um ponto fixo sobre a Terra, por<br />
isso são chamados de “satélites geoestacionários”, isto é,<br />
giram com a mesma velocidade angular da Terra.<br />
Considerando tanto a Lua quanto os satélites<br />
geoestacionários, pode-se afirmar que<br />
A) as órbitas dos satélites geoestacionários obedecem às<br />
Leis de Kepler, mas não obedecem à Lei de Newton da<br />
Gravitação Universal.<br />
B) a órbita da Lua obedece às Leis de Kepler, mas não<br />
obedece à Lei de Newton da Gravitação Universal.<br />
C) suas órbitas obedecem às Leis de Kepler e à Lei de<br />
Newton da Gravitação Universal<br />
D) suas órbitas obedecem às Leis de Kepler, mas não<br />
obedecem à Lei de Newton da Gravitação Universal.<br />
5) (UNIMONTES 2008) Em um sistema de estrelas<br />
binárias, cada estrela tem a mesma massa que o nosso<br />
Sol e uma gira em torno do centro de massa da outra. A<br />
distância entre os centros de massa das estrelas é quatro<br />
vezes a distância da Terra ao Sol. Qual é o período de<br />
revolução dessas estrelas, em anos terrestres?<br />
A) 3 anos.<br />
B) 4 anos.<br />
C) 8 anos.<br />
D) 2 anos.<br />
177
6) (UNESP 2013) No dia 5 de junho de 2012, pôde-se<br />
observar, de determinadas regiões da Terra, o fenômeno<br />
celeste chamado trânsito de Vênus, cuja próxima<br />
ocorrência se dará em 2117.<br />
8) (UESB 2014) Um Buraco Negro é uma das criações<br />
extremas do Universo: uma estrela morta de alta<br />
densidade que escava para dentro a sua massa, formando<br />
um ponto denominado singularidade. Ele é capaz de<br />
absorver matéria que passaria a ter a sua densidade. O<br />
planeta Terra, com massa da ordem de 10 25 Kg, se fosse<br />
absorvido por um Buraco Negro com densidade de 10 28<br />
kg/m 3 , passaria a ocupar um volume comparável ao de<br />
um cubo com aresta de<br />
01) 1 dm<br />
02) 1m<br />
03) 1 dam<br />
04) 1 hm<br />
Tal fenômeno só é possível porque as órbitas de Vênus e<br />
da Terra, em torno do Sol, são aproximadamente<br />
coplanares, e porque o raio médio da órbita de Vênus é<br />
menor que o da Terra. Portanto, quando comparado com<br />
a Terra, Vênus tem<br />
(A) o mesmo período de rotação em torno do Sol.<br />
(B) menor período de rotação em torno do Sol.<br />
(C) menor velocidade angular média na rotação em torno<br />
do Sol.<br />
(D) menor velocidade escalar média na rotação em torno<br />
do Sol.<br />
(E) menor frequência de rotação em torno do Sol.<br />
7) (UESB 2014) A descoberta do planeta Gliese 581 g<br />
foi anunciada em 20 de setembro de 2010 e acredita-se<br />
ser o planeta mais semelhante à Terra, o melhor<br />
candidato exoplaneta com potencial para abrigar vida.<br />
Sua massa é, aproximadamente, três vezes e meia maior<br />
do que a da Terra e seu raio pode ser estimado em cerca<br />
de 1,5 vezes o raio terrestre. Nessas condições, o módulo<br />
da aceleração da gravidade na superfície do planeta<br />
Gliese 581 g é maior do que o módulo da aceleração<br />
gravitacional na superfície da Terra um número de vezes<br />
aproximadamente igual a<br />
01) 1,7<br />
02) 1,6<br />
03) 1,4<br />
04) 1,3<br />
05) 1,2<br />
05) 1 km<br />
9) (UEFS 2014) O raio médio da órbita do planeta Marte<br />
é cerca de 4 vezes o raio médio da órbita do planeta<br />
Mercúrio, no seu movimento de translação em torno do<br />
Sol. Considerando-se o período de translação de<br />
Mercúrio 4 vezes menor do que do que um ano na Terra,<br />
o período de translação de Marte em torno do Sol,<br />
estimado em anos terrestres é de, aproximadamente,<br />
a) 2,5<br />
b) 2,0<br />
c) 1,5<br />
d) 0,6<br />
e) 0,3<br />
10) (TIPO ENEM) A maré é o fenômeno natural de<br />
subida e descida do nível das águas, percebido<br />
principalmente nos oceanos, causado pela atração<br />
gravitacional do Sol e da Lua. A ilustração a seguir<br />
esquematiza a variação do nível das águas ao longo de<br />
uma rotação completa da Terra.<br />
Considere as seguintes proposições sobre maré e assinale<br />
a alternativa incorreta.<br />
178
a) As marés de maior amplitude ocorrem próximo das<br />
situações de Lua Nova ou Lua Cheia, quando as forças<br />
atrativas, devido ao Sol e à Lua, se reforçam<br />
mutuamente.<br />
b) A influência da Lua é maior do que a do Sol, pois,<br />
embora a sua massa seja muito menor do que a do Sol,<br />
esse fato é compensado pela menor distância à Terra.<br />
c) A maré cheia é vista por um observador quando a Lua<br />
passa por cima dele ou quando a Lua passa por baixo<br />
dele.<br />
d) As massas de água que estão mais próximas da Lua ou<br />
do Sol sofrem atração maior do que as massas de água<br />
que estão mais afastadas, devido à rotação da Terra.<br />
e) As marés alta e baixa sucedem-se em intervalos de<br />
aproximadamente 6 horas.<br />
179
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />
D C C C B B 02 01 B C<br />
180<br />
ANOTAÇÕES:<br />
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A FÍSICA NOS FILMES NO MTZ (MÉTODO DE<br />
TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
e) 2 e 2<br />
TEXTO PARA AS QUESTÕES 1 e 2<br />
Titanic é um filme americano de 1997 escrito, dirigido,<br />
coproduzido e coeditado por James Cameron. É uma<br />
história ficcionalizada do naufrágio do RMS Titanic,<br />
estrelando Leonardo<br />
DiCaprio como Jack Dawson<br />
e Kate Winslet como Rose<br />
DeWitt Bukater, membros de<br />
diferentes classes sociais que<br />
se apaixonam durante a<br />
fadada viagem inaugural no<br />
navio. Apesar de os<br />
personagens principais serem<br />
fictícios, alguns personagens<br />
são figuras históricas. Gloria<br />
Stuart interpreta Rose idosa,<br />
que narra o filme; e Billy Zane interpreta Cal Hockley, o<br />
noivo rico da jovem Rose. Cameron viu a história de<br />
amor como um jeito de cativar o público para o desastre<br />
real. O Titanic foi um dos maiores navios construídos<br />
pelo homem, tendo uma altura total de quase 50 m e uma<br />
altura acima da linha d'água até o convés de botes de<br />
quase 20 m. O grande navio desenvolvia uma<br />
velocidade constante de 25 nós.<br />
QUESTÃO 1 – O momento do naufrágio, como<br />
mostrado no filme, é desesperador. Pessoas se jogando<br />
no mar, muita correria e o medo da morte eminente.<br />
Numa cena do filme, um bote de quase 40 kg cai do<br />
convés atingindo a superfície da água violentamente.<br />
Considerando a gravidade como sendo de 10 m/s 2 ,<br />
podemos afirmar que a velocidade do bote quando chega<br />
à superfície d’água, em m/s, e o tempo gasto na queda,<br />
em s, são respectivamente iguais a:<br />
a) 2 e 2<br />
b) e 1<br />
c) 20 e 2<br />
d) 2 e 20<br />
QUESTÃO 2 – Considerando que 1 nó é<br />
aproximadamente equivalente a 0,5 m/s, calcule a<br />
distância aproximada que o Titanic percorreria em 10<br />
horas de viagem?<br />
a) 4,5 x 10 5 m<br />
b) 4,5 x 10 4 m<br />
c) 4500 Km<br />
d) 1,8 x 10 4 m<br />
e) 1800 Km<br />
QUESTÃO 3 – Os filmes da saga de Harry Potter<br />
mostram que o quadribol era o esporte preferido por<br />
todos dentro da escola de<br />
Hogwarts. Os efeitos da<br />
física presentes nos<br />
movimentos de subida e<br />
descida dos jogadores<br />
quando estavam montados<br />
sobre as suas “possantes”<br />
vassouras são incríveis. A<br />
adrenalina é elevada ao extremo. Em uma de suas<br />
mágicas jogadas, o bruxo Harry lança a bola<br />
verticalmente para cima. Analisando a situação com as<br />
ideias da <strong>Física</strong>, assinale a alternativa correta:<br />
a) Enquanto a força que produziu o movimento for maior<br />
que a força da gravidade, a bola continuará seu<br />
movimento de subida. Quando a forçada gravidade se<br />
tornar maior, a bola cai.<br />
b) Realmente na subida, após ser lançada pela mão de<br />
Harry haverá uma força maior do que o peso para cima,<br />
de modo a conduzir a bola até uma altura máxima.<br />
c) Quando a bola atinge sua altura máxima, a velocidade<br />
é nula e todas as forças também se anulam.<br />
d) Supondo nula a resistência do ar, após abola ser<br />
lançada para cima, somente a força peso atuará sobre ela.<br />
e) Supondo nula a resistência do ar, a aceleração da bola<br />
depende de sua massa.<br />
181
d) Ao desprezarmos a resistência do ar, a bolinha gasta<br />
mais tempo para subir do que para descer, pois na subida<br />
o vetor aceleração está apontado para cima e na descida<br />
está apontado para baixo.<br />
e) Após a flecha ter sido lançada para cima, caso o trem<br />
tivesse sido acelerado, ela cairia atrás do veículo.<br />
TEXTO PARA AS QUESTÕES 4 e 5<br />
Os filmes de faroeste foram produzidos por Hollywood e<br />
durante muito tempo foram sucesso de público nos<br />
cinemas. Dentre os diretores que fizeram mais sucesso<br />
podemos citar Clint Eastwood. Com enredos cativantes e<br />
muita ação esses filmes fizeram sucesso entre adultos e<br />
adolescentes. Uma possível cena em um desses filmes<br />
seria imaginarmos um índio em cima de um trem em<br />
movimento. Num determinado instante o índio lança<br />
uma flecha verticalmente para cima, como mostra a<br />
figura abaixo. Curiosamente a flecha acompanha o trem,<br />
caindo exatamente no mesmo local em que foi disparada<br />
QUESTÃO 4 – O que faz a flecha acompanhar o trem?<br />
Por que a flecha não faz mais o movimento para cima e<br />
para baixo, verticalmente e como fazia quando o trem<br />
estava parado?<br />
Reflita sobre estes questionamentos, analise os itens<br />
abaixo e assinale a alternativa correta:<br />
a) As ideias sobre inércia, trazidas por Galileu não estão<br />
presentes neste experimento.<br />
b) Durante o movimento de subida e descida a bolinha<br />
está em equilíbrio, pois nenhuma força a empurra para<br />
frente.<br />
c) O fenômeno ocorrido no experimento citado já havia<br />
sido previsto por Aristóteles no século II A.C., ao<br />
estabelecer as primeiras ideias sobre o conceito da<br />
inércia.<br />
QUESTÃO 5 – Considerando que a aceleração da<br />
gravidade é 10 m/s 2 , se a flecha tivesse atingido uma<br />
altura de 1,25m, teria ficado no ar, retornando ao trem<br />
após quantos segundos?<br />
a) 1<br />
b) 2<br />
c) 3<br />
d) 4<br />
e) 5<br />
QUESTÃO 6 – O filme Horton e o Mundo dos Quem<br />
foi produzido no ano de 2008.<br />
Horton (Jim Carrey) é um<br />
elefante que, um dia, ouve um<br />
pedido de socorro vindo de uma<br />
partícula de poeira que flutua no<br />
ar. Surpreso, ele passa a<br />
desconfiar que possa existir vida<br />
dentro daquela partícula. Trata-se<br />
dos Quem, seres que ignoram a<br />
existência de vida fora do planeta<br />
em que vivem, a Quemlândia. Mesmo com todos à sua<br />
volta acreditando que perdeu o juízo, Horton decide<br />
ajudar os moradores de Quemlândia. Utilizando a <strong>Física</strong><br />
para refletir acerca do enredo, analise os itens abaixo e<br />
assinale a alternativa correta:<br />
a) Assim como todo planeta, Quemlândia poderia estar<br />
orbitando ao redor de um Sol. À medida que Quemlândia<br />
se aproximasse desse Sol, sua velocidade iria aumentar<br />
de acordo à 1ª lei de Kepler.<br />
b) A órbita de Quemlândia seria quase circular se a sua<br />
excentricidade fosse um número muito próximo a 1.<br />
c) Considerando que no sistema solar de Quemlândia<br />
existisse outro planeta mais distante do Sol. O período<br />
desse segundo Planeta seria menor que o período de<br />
Quemlândia, pois de acordo à terceira lei de Kepler, o<br />
raio médio da órbita de um Planeta é inversamente<br />
182
proporcional ao tempo gasto pelo planeta para dar uma<br />
volta completa ao redor do Sol.<br />
d) As leis de Kepler não são válidas para o hipotético<br />
sistema solar de Quemlândia, pois elas são utilizadas<br />
apenas em sistemas solares que possuam 3 ou mais<br />
planetas.<br />
e) Quadruplicando-se o raio médio da órbita de<br />
Quemlândia em torno de seu Sol, seu período fica oito<br />
vezes maior.<br />
QUESTÃO 7 – Flubber - Uma Invenção Desmiolada é<br />
uma comédia norte-americana de 1997 estrelado por<br />
Robin Williams e Marcia<br />
Gay Harden. É um remake<br />
do filme The Absent-Minded<br />
Professor do de 1961. O<br />
filme foi produzido<br />
pela Walt Disney Pictures e<br />
apesar da críticas negativas,<br />
foi bem nas bilheterias.O<br />
brilhante mas distraído<br />
professor universitário de<br />
uma cidade dos Estados Unidos, Philip Brainard (Robin<br />
Williams) tenta aperfeiçoar uma substância que ele<br />
descobriu por acaso em seu laboratório instalado no<br />
porão de sua casa e que poderá ser uma nova fonte de<br />
energia. Se isto der certo ele consegue salvar o Medfield<br />
College, Universidade onde trabalha, e onde a paixão da<br />
sua vida é a diretora Sara Reynolds (Marcia Gay<br />
Harden). Mas a excitação de tal descoberta o faz<br />
esquecer de que existe um mundo do lado de fora do seu<br />
laboratório. O curioso é a presença da <strong>Física</strong> em diversas<br />
citações, principalmente as que envolvem Flubber. Uma<br />
“coisa” verde, de massa em torno de algumas poucas<br />
gramas, que se desloca facilmente e com uma velocidade<br />
incrível, parecendo não sofrer nenhuma força de<br />
resistência ao movimento. Fazendo uso de seus<br />
conhecimentos sobre <strong>Física</strong> analise os itens abaixo e<br />
assinale o que for correto:<br />
a) Teríamos que aplicar uma força muito maior para<br />
retirar Flubber do repouso do que a necessária para<br />
provocar o mesmo efeito sobre Brainard, pois a “medida<br />
de inércia” do estranho ser verde é muito maior que a do<br />
professor.<br />
b) Se o professor prendesse Flubber em um fio e o<br />
colocasse para girar em MCU, a sua velocidade vetorial<br />
seria constante.<br />
c) Em um experimento, o professor colocou Flubber<br />
preso a uma corda girando em MCU e ao seu lado<br />
colocou um outro objeto de massa muito maior também<br />
preso a uma corda e girando no mesmo tipo de<br />
movimento. A força de tração na corda de Flubber será<br />
menor que a força de tração na corda que prende o outro<br />
objeto.<br />
d) A figura acima de divulgação do filme mostra Flubber<br />
em repouso na mão do professor. Sobre Flubber, que está<br />
em equilíbrio dinâmico, atuam apenas duas forças de<br />
mesma intensidade e em sentidos contrários: a força peso<br />
exercida pelo centro da Terra e a força de apoio da mão<br />
do professor.<br />
e) Se o professor atirasse Flubber para cima com 10 m/s,<br />
e sobre este atuasse apenas uma força – a atração<br />
gravitacional - podemos afirmar que a “coisa” verde<br />
gastaria 1 s para retornar ao mesmo ponto de saída,<br />
considerando que a aceleração da gravidade é de 10 m/s 2 .<br />
QUESTÃO 8 – Três astronautas americanos a caminho<br />
de uma missão na Lua sobrevivem à uma explosão, mas<br />
precisam retornar rapidamente à<br />
Terra para poderem sobreviver,<br />
pois correm o risco de ficarem sem<br />
oxigênio. Além disto existe o risco<br />
de, mesmo retornando, a nave<br />
ficar seriamente danificada, por<br />
não suportar o imenso calor na<br />
reentrada da órbita terrestre.Este é<br />
o enredo do filme Apollo 13 (de<br />
1995 com direção de Ron<br />
Howard), uma história real. Com ajuda da NASA, os três<br />
astronautas retornaram no veículo avariado com várias<br />
chances de se perderam pelo caminho.<br />
Conhecimentos básicos sobre <strong>Física</strong> são fundamentais<br />
para o sucesso da missão. Utilizando essas ideias, analise<br />
os itens abaixo e assinale a alternativa correta:<br />
a) Em uma cena do filme, a avariada nave Apollo 13<br />
precisa desligar toda a energia passando a atuar sobre ela<br />
uma força resultante nula. Nesse momento a nave<br />
continua em movimento porque uma força de inércia a<br />
empurra para frente.<br />
b) De acordo a Galileu, a inércia seria responsável em<br />
deixar a nave orbitando ao redor da Terra em movimento<br />
circular, assim como a lua ficaria na órbita da Terra.<br />
c) Para Isaac Newton, se a nave, no trânsito Terra-lua<br />
estiver se movendo com velocidade vetorial constante, a<br />
183
esultante das forças que nela atuam será diferente de<br />
zero.<br />
d) Se a nave, entre a Terra e a lua, estiver se movendo<br />
em equilíbrio dinâmico com uma velocidade de 3000<br />
Km/h, podemos afirmar que sua aceleração será de 1<br />
km/h 2 .<br />
e) No início da viagem, quando a Apollo 13 ainda estiver<br />
na órbita da Terra, podemos afirmar que ela está em<br />
equilíbrio dinâmico.<br />
TEXTOS PARA AS QUESTÕES 9 e 10<br />
Lançado em 25 de dezembro de 1978, o filme Superman<br />
fez um estrondoso sucesso, inaugurando uma nova forma<br />
de fazer cinema com heróis populares. Os filmes de<br />
Superman fizeram muito sucesso de público e crítica.<br />
Dirigido por Richard Donner, com Christopher<br />
Reeve, Marlon Brando, Gene Hackman , o filme mostra<br />
a vida na Terra de um habitante do destruído Planeta<br />
Kripton. A força, a super velocidade e sua visão de raios-<br />
X são apenas alguns poderes que fazem do kriptoniano<br />
um super herói.<br />
c) Sendo lançado para baixo com 2 m/s de uma altura 3<br />
m, um objeto em Kripton gasta 1 s para atingir o solo.<br />
d) De acordo a Aristóteles, uma pena e um martelo que<br />
caem de uma mesma altura em Kripton gastam o mesmo<br />
tempo na queda.<br />
e) Um martelo em Kripton cai de 20 m e gasta 2 s para<br />
atingir o solo.<br />
QUESTÃO 10 – Considerando que Kripton fosse um<br />
planeta que fizesse parte de um sistema solar composto<br />
de outros quatro planetas, que enunciado expressaria<br />
corretamente as leis de Kepler?<br />
a) O quociente do cubo do raio médio da órbita pelo<br />
quadrado do período de revolução é constante para<br />
qualquer um dos 5 planetas do sistema solar de Kripton.<br />
b) A 2ª Lei de Kepler permite concluir que o planeta que<br />
estiver mais longe do Sol de Kripton terá maior<br />
velocidade.<br />
c) A 1ª Lei de Kepler afirma que as órbitas desses<br />
planetas não podem ser circulares.<br />
d) As leis de Kepler não são válidas para outro sistema<br />
solar que não seja o do planeta Terra.<br />
e) A órbita de Kripton em torno do seu Sol é uma elipse<br />
e o Sol está situado no centro da elipse.<br />
QUESTÃO 11 – Carros<br />
184<br />
QUESTÃO 9 – Considere que Kripton fosse um<br />
hipotético planeta muito pequeno, sem atmosfera e de<br />
gravidade igual a 2 m/s 2 , analise os itens abaixo e<br />
assinale o que for correto:<br />
a) Um habitante de Kripton desejando fazer um<br />
experimento de <strong>Física</strong>, deixa cair de uma mesma altura<br />
um martelo e uma pena. Pelo fato da gravidade de<br />
Kripton ser 5 vezes menor que a da Terra, os dois corpos<br />
caem juntos.<br />
b) Um objeto que cai do repouso de 4 m de altura em<br />
Kripton atinge o solo com uma velocidade de 4 m/s.<br />
é<br />
um filme americano de animação em computação<br />
gráfica, produzido pela Pixar Animation Studios e<br />
distribuído pela Walt Disney Pictures. Estreou nos<br />
cinemas do Brasil em 30 de junho. O filme começa com<br />
a final da Taça Pistão, a maior competição<br />
automobilística do país, onde três carros disputam o<br />
cobiçado troféu. Relâmpago McQueen, um corredor<br />
novato, O Rei, um respeitado veterano, e Chick Hicks,<br />
um batoteiro, acabam empatando na liderança do<br />
campeonato. Uma nova corrida para desempate é<br />
marcada para uma semana depois, na Califórnia.
Suponha que o carro Relâmpago McQueen desloca-se<br />
entre duas cidades por uma estrada plana e retilínea.<br />
Durante os primeiros 40 segundos, ele parte do repouso<br />
com uma aceleração cujo módulo é 0,2m/s 2 . Em seguida,<br />
a velocidade é mantida constante durante 55 segundos e,<br />
logo após, Relâmpago é freado com aceleração de<br />
módulo igual a 0,4m/s 2 até pará-lo. Desprezando-se as<br />
forças de atrito, pode-se afirmar que o carro percorreu<br />
nesse trajeto uma distância, em metros, igual a<br />
a) 720<br />
b) 680<br />
c) 540<br />
d) 490<br />
e) 450<br />
QUESTÃO 12 – Toy Story é uma comédia americana<br />
de 1995. É conhecido por ser o primeiro longa metragem<br />
dos estúdios Pixar e também o primeiro da história<br />
totalmente feito por computação gráfica, embora haja<br />
controvérsias e<br />
muitos<br />
considerem que<br />
este feito pertença<br />
à<br />
produção brasileir<br />
a Cassiopéia. Com<br />
críticas totalmente<br />
favoráveis, o<br />
filme arrecadou<br />
191.796.000<br />
dólares nos<br />
Estados Unidos (a<br />
maior bilheteria<br />
de 1995) e<br />
358.100.000 dólares em todo o mundo. Os personagens<br />
centrais do filme são brinquedos do quarto de<br />
um menino de oito anos, Andy, e é contado, em sua<br />
maioria, pelo ponto de vista deles. O xerife Woody e o<br />
patrulheiro espacial Buzz Lightyear são os brinquedos<br />
principais do filme. Em uma cena, Buzz faz uma<br />
demonstração de suas habilidades, voando pelo quarto.<br />
Suponha que ele parta de um ponto P, vai até um ponto<br />
Q e volta ao ponto P, deslocando-se em linha reta com<br />
movimento aproximadamente uniforme. O gráfico<br />
posição (x) em função do tempo (t) que melhor<br />
representa esse movimento do patrulheiro espacial seria:<br />
QUESTÃO 13 – King Kong<br />
é um filme americano de 2005, dos<br />
gêneros ação e fantasi<br />
a, dirigido por Peter<br />
Jackson.<br />
É<br />
a refilmagem de King<br />
Kong, clássico<br />
de 1933. Existe<br />
uma outra refilmagem,<br />
feita em 1976,<br />
com Jessica Lange no<br />
elenco; porém, a<br />
versão de 2005 é<br />
considerada mais fiel<br />
ao original, por manter<br />
sua trama na década de 1930.<br />
No final do filme, o grande gorila, que veio trazido da<br />
Ilha da Caveira, sobe no edifício Empire State Building,<br />
e em uma das cenas mais marcantes e produzidas do<br />
cinema, King Kong cai lá de cima impressionando a<br />
todos. Um filme cheio de ação que mostra o carinho do<br />
gorila gigante por uma mulher. Em relação a ultima cena<br />
do filme, no momento em que os aviões voam ao redor<br />
do animal e em seguida este cai, utilize a <strong>Física</strong> para<br />
analisar as situações abaixo, assinalando a correta.<br />
a) Por um pequeno instante um dos aviões voava sempre<br />
com a mesma velocidade numa rota horizontal e<br />
retilínea. Nesse momento a força dos motores para frente<br />
é maior que a força de resistência do ar.<br />
b) Durante a queda do macaco, supondo desprezível a<br />
resistência do ar, podemos afirmar que a sua velocidade<br />
aumenta 10 m em cada 1 s, pois aceleração da gravidade<br />
da Terra é 10 m/s 2 .<br />
c) A velocidade média do gorila na queda poder ser<br />
definido como o produto da distância percorrida por ele<br />
185
durante a queda e o tempo gasto para percorrer tal<br />
distância.<br />
d) A força de atração gravitacional do centro da Terra<br />
sobre o gorila é equilibrada por uma força de resistência<br />
do ar, caso as intensidades destas forças fossem<br />
diferentes.<br />
e) No movimento de queda livre do gorila, o gráfico da<br />
velocidade da queda em função do tempo seria uma reta<br />
de inclinação igual à aceleração da gravidade.<br />
QUESTÃO 15 – As cenas de perseguições nos filmes de<br />
James Bond são extremamente comuns e emocionantes.<br />
Numa dessas cenas Bond persegue o carro do vilão Dr.<br />
No. O gráfico abaixo representa essa perseguição, onde a<br />
posição (x) é dada em metros e o tempo (t) é dado em<br />
minutos:<br />
QUESTÃO 14 – Em um dos famosos filmes de James<br />
Bond, uma moto era abandonada em queda livre, a partir<br />
do repouso, e o espião 007partia em sua perseguição,<br />
também a partir do repouso e em queda livre. Despreze o<br />
efeito do ar e imagine<br />
que, sobre a moto e<br />
sobre o herói, a única<br />
força atuante seja a força<br />
gravitacional aplicada<br />
pela Terra. Considere,<br />
ainda, que James Bond e<br />
a moto partiram da<br />
mesma posição, mas que<br />
a moto partiu 1,0s antes.<br />
No filme, Bond<br />
conseguia alcançar a<br />
moto (equipada com um<br />
pára quedas) antes que ela chegasse ao solo. Assinale a<br />
alternativa que apresenta uma crítica coerente para tal<br />
cena do filme.<br />
a) A cena é absurda, pois, segundo o pensamento de<br />
Aristóteles, a moto, sendo mais pesada, cai com<br />
aceleração maior.<br />
b) A cena está correta, pois, segundo o pensamento de<br />
Galileu, o espião, sendo mais leve, terá aceleração<br />
menor, mas poderá aumentar a velocidade alcançando a<br />
moto.<br />
c) A cena está correta, pois Aristóteles e Newton<br />
concordavam que a aceleração de queda livre é<br />
proporcional ao peso do corpo.<br />
Com base nas informações acima e em seus<br />
conhecimentos sobre <strong>Física</strong>, analise os itens abaixo e<br />
assinale a alternativa correta:<br />
a) Partindo do ponto 0, eles chegarão a uma cidade<br />
distante 1500 m com 5 minutos de diferença.<br />
b) A inclinação dessas retas nos fornece a distância<br />
percorrida por cada um deles.<br />
c) A velocidade do carro mais veloz é aproximadamente<br />
8,3 m/s.<br />
d) Após 5 minutos de perseguição os dois carros<br />
apresentarão a mesma velocidade.<br />
e) A aceleração do carro representada pela reta mais<br />
inclinada é maior que a aceleração do carro representado<br />
pela reta menos inclinada, pois no gráfico posição x<br />
tempo, a inclinação da reta nos fornece a aceleração.<br />
186<br />
d) A cena é absurda, pois a moto e o espião caem com a<br />
mesma aceleração e, por isso, a moto não poderá ser<br />
alcançada pelo espião.<br />
e) A cena é absurda, pois a moto e o espião terão, a cada<br />
instante, velocidades iguais e, por isso, o espião não<br />
poderá alcançar a moto.
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15<br />
C A D E A E C B C A A A E D C<br />
ANOTAÇÕES:<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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187
CAPÍTULO 9 – ESTÁTICA DOS FLUÍDOS<br />
188<br />
CHOVE CHUVA, CHOVE SEM PARAR<br />
POIS EU VOU FAZER UMA PRECE A DEUS, NOSSO SENHOR<br />
PRA CHUVA PARAR DE MOLHAR O MEU DIVINO AMOR<br />
QUE É MUITO LINDO, É MAIS QUE O INFINITO,<br />
É PURO E BELO, INOCENTE COMO A FLOR<br />
POR FAVOR, CHUVA RUIM, NÃO MOLHE MAIS O MEU AMOR<br />
ASSIM.<br />
CHOVE CHUVA<br />
(JORGE BEN)<br />
1 – FLUIDOS SAGRADOS E SUAS APLICAÇÕES<br />
TECNOLÓGICAS<br />
Na música de Jorge Ben, uma situação banal,<br />
como a chuva que nos pega desprevenidos no caminho<br />
de casa ou do trabalho, é usada para compor uma<br />
declaração de amor. A chuva, na música, é ruim porque<br />
molha o seu divino amor. A água, que compõe grande<br />
parte de nosso corpo, e o ar que respiramos, ambos<br />
fluidos essenciais à nossa vida, de tão primordiais já<br />
chegaram a ser tratados como divindades pelos antigos.<br />
Nas sociedades modernas, esse mito não carrega valor<br />
algum; pelo contrário, costuma-se desprezar o valor vital<br />
desses fluidos em troca do progresso e do lucro. Nosso<br />
modo de vida dificulta a percepção de como somos<br />
dependentes da água e do ar e que deveríamos zelar por<br />
boas condições de uso, sem desperdícios ou deterioração.<br />
Mas, diante de uma chuva que não pára ou que é<br />
rápida, mas intensa, problemas sérios surgem. Chegamos<br />
mesmo a pensar que a chuva é realmente ruim, não<br />
porque nos molha, mas devido às enchentes que<br />
provocam, com suas inúmeras consequências.<br />
Entretanto, atribuir a responsabilidade das enchentes<br />
apenas às chuvas é simplificar demais o problema.<br />
PREVENIR AINDA É MELHOR E MAIS BARATO<br />
QUE REMEDIAR<br />
Com o término do período chuvoso em boa<br />
parte do Brasil é a hora de contabilizar os estragos<br />
deixados pelas enchentes, que não são poucos ao longo<br />
dos anos. Minas Gerais mais uma vez sofreu com as<br />
fortes chuvas, acumulando prejuízos, que ultrapassaram<br />
R$ 25 milhões. Em Goiás Velho, o Governo Federal<br />
investiu mais de R$ 40 milhões para a cidade receber o<br />
título de Patrimônio Histórico da Humanidade - um<br />
dinheiro que foi literalmente levado rio abaixo em 6<br />
horas de chuvas. Na Grande São Paulo, devido à sua<br />
grande conturbação urbana, não é mais necessária uma<br />
chuva intensa, 15 minutos são suficientes para que a<br />
cidade viva mais um dia de caos. Estima-se que,<br />
atualmente, na região, existam mais de 500 pontos de<br />
alagamento e transbordo. Poderia lembrar ainda os danos<br />
ocorridos nesse verão em Salvador, na Grande Belo<br />
Horizonte, em Recife e muitas outras cidades brasileiras.<br />
(...)<br />
Samuel Roiphe Barreto, jornal O Estado de S. Paulo, 26 abr. 2002.<br />
Na reportagem acima, poderíamos muito bem<br />
acrescentar o exemplo de Vitória da Conquista no<br />
Sudoeste baiano, onde uma hora de chuva intensa já<br />
mostra os problemas estruturais da cidade.<br />
A questão das enchentes é muito complexa e<br />
requer um planejamento e envolvimento de todos para<br />
solucioná-la. O problema não se limita às grandes<br />
cidades. Afeta também regiões mais afastadas. Ações<br />
preventivas e emergenciais são adotadas para diminuir<br />
um problema que se arrasta há décadas, como se pode<br />
ver na reportagem de 1992.<br />
CESP REDUZ VAZÃO DE RIO PARA PROTEGER FAMÍLIAS<br />
A partir de hoje, a Companhia energética de São<br />
Paulo reduz de 15 mil para 14 mil metros cúbicos por<br />
segundo a vazão da represa de Jupiá, e o rio Paraná deixa<br />
de ser ameaça para centenas de famílias da região<br />
ribeirinha. A informação foi dada ontem à Agência<br />
Estado pelo engenheiro Celso Cerquiari, gerente de<br />
operação das usinas da CESP no rio Paraná. Ele<br />
anunciou ainda a desmobilização temporária do esquema<br />
de emergência montado na cidade de Presidente<br />
Epitácio, a 680 quilômetros de São Paulo, onde a<br />
inundação de áreas residenciais seria inevitável com<br />
vazão acima de 16 mil metros cúbicos por segundo. (...)<br />
Antônio José do Carmo, jornal O Estado de S. Paulo, 28 fev. 1992.<br />
2- A VAZÃO<br />
Vamos entender melhor a reportagem acima. A<br />
água da represa Jupiá é retida pela barragem, passando
apenas por comportas, cuja abertura é regulada pela<br />
CESP, controlando o fluxo de água que é escoada para o<br />
rio Paraná. Quanto maior a abertura das comportas,<br />
maior o volume de água no rio Paraná. A água do rio<br />
Paraná está sempre escoando, mas quanto maior a vazão<br />
pelas comportas, maior será o volume do rio,<br />
aumentando o risco de inundações. Mas o que é vazão?<br />
Vejamos: um metro cúbico (1 m 3 ) de água pode<br />
ser pensado como sendo uma caixa quadrada (com lados<br />
de um metro) cheia de água, que equivale a 1.000 litros.<br />
Uma vazão de um metro cúbico por segundo (1m 3 /s)<br />
significa que, a cada segundo, 1.000 litros de água<br />
passam por um certo local (em nosso caso, as comportas<br />
da represa Jupiá), correspondendo ao volume de uma<br />
caixa de água dessas. Faça o exercício abaixo e entenda<br />
por que a população ribeirinha estava aflita.<br />
NO CONTEXTO DA FÍSICA<br />
Se dividirmos o volume escoado ΔV pelo tempo<br />
de escoamento Δt, teremos uma grandeza denominada<br />
vazão em volume, e é representada pela letra Q.<br />
seu reaproveitamento, como a promulgada em janeiro<br />
pela prefeitura de São Paulo.<br />
Conhecida como “Lei das Piscininhas”, a Lei nº<br />
13.276 despertou iniciativas semelhantes em Campina<br />
Grande (PB), Campinas (SP), Limeira (SP), Ribeirão<br />
Preto (SP), Rio de Janeiro e Curitiba. Em Campina<br />
Grande, os vereadores aprovaram, no final do ano<br />
passado uma lei que obriga as escolas públicas a<br />
construírem reservatórios para águas pluviais. O intuito,<br />
neste caso, é amenizar os efeitos da seca. “Agora, a<br />
Câmara deve estender a determinação a todas as<br />
edificações da cidade”, afirmou o empresário Elair<br />
Antonio Padin, idealizador das piscininhas. (...)<br />
Outro objetivo da lei é reduzir as enchentes de<br />
São Paulo. Para tanto, ela determina que a água<br />
armazenada seja escoada do reservatório apenas uma<br />
hora após o término da chuva, caso não seja<br />
reaproveitada para outros usos. A determinação visa não<br />
sobrecarregar as redes públicas de águas pluviais no<br />
momento em que a chuva acontece. Com isso, espera-se<br />
que rios e galerias não transbordem. (...)<br />
Márcio Juliboni, Jornal O Estado de S. Paulo, 29 mai. 2002.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Nas três reportagens anteriores, a ideia de vazão das<br />
águas pluviais está presente. O que acontece com a vazão<br />
das águas das chuvas nas galerias pluviais, quando elas<br />
ou as “bocas de lobo” estão com lixo acumulado? De<br />
onde vem e para onde vai este lixo?<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Você saberia dizer de que forma a CESP conseguiu<br />
diminuir o risco de inundações?<br />
2) Quantos litros representam uma vazão de 15 mil<br />
metros cúbicos por segundo?<br />
Outras soluções são propostas para os centros urbanos,<br />
procurando, ao mesmo tempo, diminuir os impactos das<br />
chuvas e o problema da distribuição e escassez de água:<br />
LEI DAS PISCININHAS CHEGA A OUTRAS<br />
CIDADES<br />
Depois da capital paulista, outras cidades<br />
estudam leis que obriguem a construção de reservatórios<br />
de águas pluviais para evitar enchentes ou para estimular<br />
No ENEM-2001, a preocupação com a<br />
consciência cidadã dos estudantes, tanto quanto a<br />
importância da manutenção e preservação da qualidade<br />
de nossa água, esteve presente. Vamos resolver a<br />
questão?<br />
2) (ENEM - COMENTADO) “A possível escassez de<br />
água é uma das maiores preocupações da atualidade,<br />
considerada por alguns especialistas como o desafio<br />
maior do novo século. No entanto, tão importante quanto<br />
aumentar a oferta é investir na preservação da qualidade<br />
e no reaproveitamento da água de que dispomos hoje.”<br />
A ação humana tem provocado algumas alterações<br />
quantitativas e qualitativas da água:<br />
1) Contaminação de lençóis freáticos<br />
2) Diminuição da umidade do solo<br />
3) Enchentes e inundações<br />
189
Pode-se afirmar que as principais ações humanas<br />
associadas às alterações 1), 2) e 3) são, respectivamente;<br />
a) uso de fertilizantes e aterros sanitários / lançamento de<br />
gases poluentes / canalização de córregos e rios.<br />
b) lançamento de gases poluentes / lançamento de lixos<br />
nas ruas / construção de aterros sanitários.<br />
c) uso de fertilizantes e aterros sanitários / desmatamento<br />
/ impermeabilização do solo urbano.<br />
d) lançamento de lixo nas ruas / uso de fertilizantes /<br />
construção de aterros sanitários.<br />
e) construção de barragens / uso de fertilizantes /<br />
construção de aterros sanitários.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 2<br />
O uso de fertilizantes e agrotóxicos contamina o solo<br />
com produtos químicos. Em aterros sanitários, é muito<br />
comum escorrer um líquido mal cheiroso, subproduto da<br />
decomposição orgânica do lixo. Tanto os produtos<br />
químicos da agricultura quanto os resíduos dos aterros<br />
podem ser absorvidos pelo solo. Com as chuvas, esses<br />
poluentes podem atingir reservatórios de água<br />
subterrâneos (lençóis freáticos), que escoam para os rios<br />
utilizados para abastecer as cidades. A erosão facilitada<br />
ou propiciada pelo desmatamento ocasiona perda da<br />
capacidade de armazenamento de água pelo solo e<br />
mudança no regime de chuvas na região, tendo como<br />
consequência a diminuição da umidade do solo. Por fim,<br />
boa parte das enchentes e inundações nos grandes<br />
centros urbanos, nos períodos chuvosos, tem suas causas<br />
na impermeabilização do solo urbano pelo asfalto e<br />
concreto. Toda água das chuvas escorre pelas galerias<br />
pluviais para desaguar nos córregos e rios das cidades,<br />
compondo uma grande vazão. Antes dessa<br />
impermeabilização, boa parte desta água era “chupada”<br />
pela terra, ficando ali por algum tempo. O projeto das<br />
piscininhas procura fazer as vezes, dessa absorção local.<br />
Portanto, a alternativa correta desta questão é c.<br />
comprimento L da tubulação que se estende da bomba<br />
até o reservatório (em metros), da altura de bombeio h<br />
(em metros) e do desempenho da bomba (exemplificado<br />
no gráfico). De acordo com os dados a seguir, obtidos de<br />
um fabricante de bombas, para se determinar a<br />
quantidade de litros bombeados por hora para o<br />
reservatório com uma determinada bomba, deve-se:<br />
1 - Escolher a linha apropriada na tabela correspondente<br />
à altura (h), em metros, da entrada de água na bomba até<br />
o reservatório.<br />
2 - Escolher a coluna apropriada, correspondente ao<br />
comprimento total da tubulação (L), em metros, da<br />
bomba até o reservatório.<br />
3 - Ler a altura manométrica (H) correspondente ao<br />
cruzamento das respectivas linha e coluna na tabela.<br />
4 - Usar a altura manométrica no gráfico de desempenho<br />
para ler a vazão correspondente.<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
190<br />
1) (ENEM) O uso da água do subsolo requer o<br />
bombeamento para um reservatório elevado. A<br />
capacidade de bombeamento (litros/hora) de uma bomba<br />
hidráulica depende da pressão máxima de bombeio,<br />
conhecida como altura manométrica H (em metros), do<br />
Considere que se deseja usar uma bomba, cujo<br />
desempenho é descrito pelos dados acima, para encher<br />
um reservatório de 1.200 L que se encontra 30 m acima<br />
da entrada da bomba. Para fazer a tubulação entre a<br />
bomba e o reservatório seriam usados 200 m de cano.
Nessa situação, é de se esperar que a bomba consiga<br />
encher o reservatório<br />
a) entre 30 e 40 minutos.<br />
b) em menos de 30 minutos.<br />
c) em mais de 1 h e 40 minutos.<br />
d) entre 40 minutos e 1 h e 10 minutos.<br />
e) entre 1 h e 10 minutos e 1 h e 40 minutos.<br />
2) (ENEM) Eclusa é um canal que, construído em águas<br />
de um rio com grande desnível, possibilita a<br />
navegabilidade, subida ou descida de embarcações. No<br />
esquema abaixo, esta representada a descida de uma<br />
embarcação, pela eclusa do porto Primavera, do nível<br />
mais alto do rio Paraná ate o nível da jusante.<br />
NO CONTEXTO DA FÍSICA<br />
3- A DENSIDADE<br />
Diversos objetos e substâncias são, diariamente, jogados<br />
em rios, contribuindo com sua poluição. Algumas<br />
flutuam, outras afundam. A lagoa das Bateias em Vitória<br />
da Conquista é um cenário triste e curioso. Apesar de sua<br />
beleza geográfica, tem sido um local onde moradores<br />
jogam todo o tipo de dejetos. É muito comum ver latas e<br />
garrafas “boiando” na lagoa. Afundado na lagoa existem<br />
pneus. Dizemos que a borracha que compõe o pneu é<br />
mais densa que a água do rio, por isso ele afunda. Por<br />
vezes, observam-se detritos e líquidos oleosos que bóiam<br />
sobre as águas da lagoa.<br />
Dizemos, portanto, que detritos e líquidos oleosos,<br />
lançados em esgotos pelas indústrias ou levados pelas<br />
águas pluviais, são menos densos que a água. Quando<br />
temperamos salada, vemos o mesmo fenômeno: o óleo,<br />
menos denso, bóia sobre o vinagre. A densidade é uma<br />
característica própria do material, que independe de<br />
tamanho e forma. Entretanto, líquidos com valores de<br />
densidades próximos misturam-se, como é o caso da<br />
água e do álcool. O álcool utilizado como combustível<br />
nos automóveis possui um certo percentual de água em<br />
sua composição. Da mesma forma, à gasolina é<br />
misturada uma certa proporção de álcool, visto que<br />
ambos os combustíveis possuem densidades próximas,<br />
com a finalidade de diminuir a emissão de poluentes,<br />
uma vez que a queima do álcool polui menos que a<br />
gasolina.<br />
A câmara dessa eclusa tem comprimento aproximado de<br />
200 m e largura igual a 17 m. A vazão aproximada da<br />
água durante o esvaziamento da câmara e de 4.200 m 3<br />
por minuto. Assim, para descer do nível mais alto ate o<br />
nível da jusante, uma embarcação leva cerca de<br />
a) 2 minutos.<br />
b) 5 minutos. .<br />
c) 11 minutos.<br />
d) 16 minutos.<br />
e) 21 minutos<br />
A questão do ENEM-2001, abaixo, apresenta um desafio<br />
real para o nosso bolso, referente à qualidade do<br />
combustível que consumimos:<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (ENEM - COMENTADO) Pelas normas vigentes, o<br />
litro do álcool hidratado que abastece os veículos deve<br />
ser constituído de 96% de álcool puro e 4% de água (em<br />
volume). As densidades desses componentes são dadas<br />
na tabela.<br />
191
Um técnico de um órgão de defesa do<br />
consumidor inspecionou cinco postos suspeitos de<br />
venderem álcool hidratado fora das normas. Colheu uma<br />
amostra do produto em cada posto, mediu a densidade de<br />
cada uma, obtendo:<br />
Outra propriedade fundamental e típica dos<br />
fluidos é a sua pressão. A partir do conhecimento desta<br />
propriedade, tanto a saúde quanto equipamentos<br />
tecnológicos são desenvolvidos.<br />
4 – A PRESSÃO – CONCEITOS BÁSICOS<br />
A partir desses dados, o técnico pôde concluir que<br />
estavam com o combustível adequado somente os postos<br />
A) I e II<br />
B) I e III<br />
C) II e IV<br />
D) III e V<br />
E) IV e V<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 1<br />
Poderíamos deixar esta questão para a<br />
Matemática, pois se trata de uma noção a respeito de<br />
razão e proporção. Considerando que abarca o conceito<br />
de Densidade, importante em Hidrostática, vamos<br />
corrigir. A Densidade é a razão entre a massa e o<br />
volume, a unidade utilizada foi g / l, e eu prefiro g/cm 3 .<br />
Mas, quanto a isto, não irá influir em nada.<br />
Simples: misturando água em álcool, sendo a<br />
água mais densa, a densidade desta mistura álcool-água<br />
tende a ser maior que a do álcool puro, como todas as<br />
opções de uma questão bem feitinha, como esta,<br />
mostram. Fazendo a conta da densidade da mistura, na<br />
proporção que rege a lei:<br />
O sangue, sendo um fluido, exerce uma pressão<br />
nas paredes internas das veias e artérias, chamada<br />
pressão sanguínea. Utilizando os aparelhos da figura<br />
abaixo no braço do paciente, o médico mede essa pressão<br />
registrando dois valores, em uma unidade de medida de<br />
pressão conhecida por milímetros de mercúrio (mmHg):<br />
o valor maior corresponde à pressão da artéria no<br />
momento em que o sangue foi bombeado pelo coração, e<br />
o inferior corresponde à pressão, na mesma artéria, no<br />
momento em que o coração está relaxado, após uma<br />
contração. Em pessoas adultas, a pressão cardíaca é<br />
considerada normal, se forem obtidos valores inferiores a<br />
140/90 mmHg (lê-se 140 por 90). Quanto mais próximo<br />
desse limite, maior o risco de hipertensão. Acima destes<br />
valores, como por exemplo 145/95 mmHg, a pessoa é<br />
classificada como hipertensa, devendo fazer<br />
acompanhamento médico regular, controlar a<br />
alimentação e fazer exercícios físicos regulares,<br />
abandonando vícios como álcool e fumo. Essas ações<br />
pró-saúde diminuem o risco de infartos e derrames. Em<br />
termos gerais, uma pressão de 120/80 mmHg é<br />
considerada como ideal (o famoso 12 por 8). Entretanto,<br />
somente um profissional da saúde pode atestar o estado<br />
da pressão sanguínea e o tratamento adequado em cada<br />
caso. As indicações acima são genéricas e não devem ser<br />
usadas como autotratamento independentes de um<br />
aconselhamento médico. É recomendado que mesmo<br />
pessoas com pressão sanguínea normal façam, no<br />
mínimo, uma medida de pressão ao ano.<br />
d mistura = 96% de 800+ 4% de 1.000 = 0,96.800 +<br />
0,04.1000 = 808 g/l<br />
192<br />
Para misturas mais densas que isto, foi<br />
acrescentado mais água (a mais densa) e vice-versa.<br />
Logo, o posto IV está exatamente dentro da norma, e o V<br />
colocou menos água do que poderia, e isto é raro!<br />
O que se vê, na TV, o normal seria adulterar o<br />
combustível com mais água, de preferência da chuva,<br />
que é grátis!
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Por que as caixas de água nas residências estão<br />
sempre em locais mais altos?<br />
O conhecimento da pressão nos fluidos líquidos<br />
é amplamente aplicado em projetos hidráulicos e<br />
aparelhos tecnológicos que utilizamos diariamente. Em<br />
edifícios, é comum as torneiras dos andares mais altos<br />
apresentarem uma pressão da água menor que os andares<br />
mais baixos.<br />
Essa propriedade seguramente foi utilizada no momento<br />
de projetar a rede de tubulações de água do prédio.<br />
Macacos hidráulicos são usados para levantar<br />
automóveis em postos de combustíveis. Os freios dos<br />
automóveis funcionam com óleos, fluidos que transferem<br />
a pressão do pedal para as lonas e pastilhas. Assim como<br />
a direção hidráulica, que foi desenvolvida valendo-se<br />
dessa propriedade dos óleos fluidos, facilitando a<br />
movimentação da direção para o motorista. Todas essas<br />
aplicações tecnológicas decorrem do conhecimento das<br />
propriedades dos fluidos. Esses conhecimentos<br />
possibilitam a construção de equipamentos, bem como<br />
antecipar situações que apresentem desafios para a<br />
sociedade.<br />
da casa, dando lugar ao ar frio de fora. Um desodorante<br />
spray, ao ser acionado, espirra o perfume, pois dentro do<br />
frasco a pressão é maior do que fora. O ar que entra e sai<br />
de nossos pulmões só o faz devido à variação de pressão<br />
decorrente da ação do músculo do diafragma sob o tórax.<br />
É o mesmo princípio do aspirador de pó, em que uma<br />
ventoinha diminui a pressão em seu interior, fazendo<br />
com que o ar e a poeira sejam arrastados juntos para seu<br />
interior, onde a poeira é filtrada.<br />
NO CONTEXTO DA FÍSICA<br />
5 – DETALHANDO O CONCEITO DE PRESSÃO<br />
O conceito de pressão nos permite entender<br />
muitos dos fenômenos físicos que nos rodeiam. Por<br />
exemplo, para cortar um pedaço de pão, utilizamos o<br />
lado afiado da faca (menor área), pois, para uma mesma<br />
força, quanto menor a área, maior a pressão produzida.<br />
Agora é possível entender por que, quando se empurra o<br />
alfinete e o lápis contra o papel, com a mesma força, o<br />
alfinete fura o papel, ou ao menos deixa uma marca, e o<br />
lápis não faz nada: a pressão do alfinete sobre o papel é<br />
maior.<br />
Pensemos agora na pressão dos gases, que<br />
também são fluidos. Todos os gases tendem a fluir para o<br />
local de menor pressão. Ventos são deslocamentos de<br />
massas de ar devido à variação de pressão, decorrente do<br />
aumento ou diminuição da temperatura. Dentro da panela<br />
de pressão, o vapor de água, à grande pressão, tende a<br />
sair pela válvula, em forma de jatos, para onde a pressão<br />
é menor. Algo semelhante acontece quando a porta de<br />
casa, que está com ambiente quente, é aberta numa noite<br />
de frio intenso: o ar quente, à pressão maior, tende a sair<br />
A equação abaixo mostra claramente que<br />
pressão e área são inversamente proporcionais.<br />
Inúmeros outros exemplos cotidianos podem comprovar<br />
ainda a relação matemática acima.<br />
193
Se você decidir ir à praia. O que será mais conveniente?<br />
Ir com um tênis ou com um sapato de salto alto e fino?<br />
Por causa da pressão, é difícil caminhar na areia<br />
com sapatos de salto fino. É muito mais fácil andar com<br />
os pés descalços ou com o tênis. Devido ao nosso peso,<br />
nossos pés exercem pressão sobre a areia. Quando<br />
andamos descalços, a superfície de contato, onde a força<br />
é aplicada (área dos pés), é maior do que quando<br />
andamos com os sapatos, de forma que a pressão será<br />
menor e afundaremos menos, o que facilita a caminhada.<br />
Pela mesma razão, podemos nos deitar numa cama de<br />
pregos. Quando nos deitamos, o nosso peso se distribui<br />
por uma área grande e, dessa forma, a pressão de cada<br />
prego é pequena, e não nos fere. Se, por outro lado,<br />
ficássemos em pé sobre a cama, com certeza iríamos nos<br />
machucar, pois agora o nosso peso estaria distribuído por<br />
uma área bem menor (dos pés) e, assim, a pressão seria<br />
bem maior.<br />
extremamente leve, pois sua massa é muito pequena,<br />
mas, como existem muitas delas, o peso de todas juntas é<br />
considerável.<br />
A existência da atmosfera em nosso planeta é o<br />
resultado do casamento feliz entre dois aspectos<br />
fundamentais. O primeiro é a distância ideal que nosso<br />
planeta se encontra do Sol. Recebemos continuamente<br />
energia térmica e luminosa da grande estrela. E essa<br />
energia chega às moléculas de ar, permitindo que de<br />
posse dessa energia cinética, elas possam se mover com<br />
velocidades de até 1600 km/h. O outro ponto importante<br />
é a gravidade. Se, de alguma maneira, a gravidade da<br />
Terra fosse ―desligada, as moléculas da atmosfera se<br />
dispersariam e desapareceriam da vizinhança da Terra.<br />
Então afortunadamente, existe o Sol para energizar as<br />
moléculas de ar e a gravidade para segurá-las por aqui. A<br />
atmosfera terrestre exerce uma pressão sobre as nossas<br />
cabeças. E não só sobre elas, mas sobre toda a superfície<br />
da Terra.<br />
194<br />
CAMA DE PREGOS E A DURA VIDA DE UM FAQUIR<br />
6 – ATMOSFERA<br />
Você já aprendeu que todos os objetos se atraem<br />
e os que estão próximos à Terra são atraídos para sua<br />
superfície. Envolvendo a Terra existe uma camada<br />
formada por gases. Essa camada recebe o nome de<br />
atmosfera. A atmosfera contém, entre outros gases,<br />
oxigênio, que é essencial à vida.<br />
Os gases são formados por conjuntos de átomos,<br />
chamados de moléculas. Essas moléculas possuem massa<br />
e são atraídas para a Terra, mantendo-se, assim, ao seu<br />
redor. Existem muitas dessas moléculas envolvendo a<br />
Terra e sendo atraídas na sua direção. Cada uma delas é<br />
Essa pressão, denominada pressão atmosférica,<br />
depende da altitude do local, pois à medida que nos<br />
afastamos da superfície do planeta, o ar se torna cada vez<br />
mais rarefeito, e, portanto, exercendo uma pressão cada<br />
vez menor.
A coluna de ar é maior na cidade a, então a pressão na<br />
cidade a também é maior.<br />
7 – “HORROR AO VÁCUO”<br />
GOSTAM DE HISTÓRIA? ENTÃO<br />
VAMOS LÁ...<br />
Em certa ocasião, no século XVII, o famoso<br />
sábio Galileu Galilei foi consultado pelos emissários do<br />
Grão-Duque de Toscana, na Itália, a respeito de um fato<br />
curioso. A fim de ampliar o sistema de irrigação foram<br />
feitos grandes poços nos jardins do Duque e as bombas<br />
tinham de trazer a água de uma profundidade de 15<br />
metros. Assombrados os construtores viam que as<br />
máquinas trabalhavam sem parar, mas a água só chegava<br />
a uma altura próxima de 10 metros em relação ao nível<br />
da água no poço. Sem saber o que fazer, resolveram<br />
consultar Galileu, famoso em toda a Itália por suas<br />
engenhosas soluções. Galileu estudou o problema, mas<br />
se deu por vencido.<br />
Contudo, Evangelista Torricelli, um de seus<br />
discípulos prediletos, encontrou a chave do enigma.<br />
Torricelli se perguntou por que a água sobe pelo tubo<br />
quando se faz vácuo? Os antigos sábios gregos<br />
sustentavam que era pelo ―horror ao vazio. A matéria<br />
não tolerava que se fizesse o vácuo; e quando era<br />
produzido corria horrorizada a enchê-lo. Esta fantástica<br />
teoria levava a crer que a matéria - a água, neste caso -<br />
era dotada de uma espécie de sabedoria e até de vontade.<br />
Torricelli concluiu que tudo aquilo era falso. Refletindo<br />
sobre o problema concluiu que a água era empurrada<br />
pelo peso do ar sobre a superfície livre da água no fundo<br />
do poço tal como se pode ver na figura abaixo:<br />
fosse preciso bombear mercúrio? O mercúrio é quase 14<br />
vezes mais denso do que a água, portanto, ao nível do<br />
mar uma coluna de 10 metros de água tem o mesmo peso<br />
do que uma coluna de mesmo<br />
diâmetro de 76 cm de<br />
mercúrio. Torricelli<br />
comunicou suas reflexões a<br />
Viviani, outro discípulo<br />
predileto de Galileu. E<br />
Viviani efetuou em seguida a<br />
experiência, hoje conhecida<br />
pelo nome de experiência de<br />
Torricelli. A experiência<br />
consiste em se encher um<br />
tubo de vidro, com uma das<br />
extremidades fechada, com mercúrio e emborcá-lo em<br />
uma cuba contendo mercúrio.<br />
O mercúrio forma uma coluna de 76 cm de<br />
altura, exercendo uma pressão exatamente igual à<br />
pressão exercida pela coluna de ar da atmosfera. O<br />
problema do poço do Duque de Toscana não foi<br />
solucionado por Torricelli, mas proporcionou, sem<br />
dúvida nenhuma, uma importante descoberta.<br />
8- PRESSÃO ATMOSFÉRICA<br />
Na figura, as pressões nos pontos A e B são<br />
iguais (pontos na mesma horizontal e no mesmo líquido).<br />
A pressão no ponto A corresponde à pressão da coluna<br />
de mercúrio dentro do tubo, e a pressão no ponto B<br />
corresponde à pressão atmosférica ao nível do mar:<br />
PB = PA = P0 = Pcoluna (Hg)<br />
Como a coluna de mercúrio que equilibra a<br />
pressão atmosférica é de 76 cm, dizemos que a pressão<br />
atmosférica ao nível do mar equivale à pressão de uma<br />
coluna de mercúrio de 76 cm.<br />
Por muito alta que seja a atmosfera, ela produz<br />
um peso sobre a superfície da água no máximo para<br />
contrabalançar o peso de uma coluna de 10 metros de<br />
altura de água, como o demonstrava o ocorrido nos<br />
poços de Florença. Mas, prosseguiu ele em seu<br />
raciocínio: que aconteceria, se em lugar de bombear água<br />
DEDUÇÃO<br />
Lembrando que a pressão de uma coluna de líquido é<br />
dada por F/A.<br />
Daí, P = peso / A<br />
P = mg / A<br />
como m = densidade (d) . volume (V) e volume = A . h<br />
195
igual à exercida pelo gás ou ar sobre ela. Se a superfície<br />
livre estiver ao ar atmosférico, a pressão correspondente<br />
será a pressão atmosférica, p0.<br />
9.2- Pontos situados em um mesmo líquido e em uma<br />
mesma horizontal ficam submetidos à mesma pressão.<br />
Na equação acima, se hA = hB, afirmamos que pA = pB<br />
A PRESSÃO NA BASE DESSES 4 RECIPIENTES SEMPRE SERÁ<br />
IGUAL, INDEPENDENTE DO VOLUME DO LÍQUIDO.<br />
9.3- Quando dois líquidos que não se misturam<br />
(imiscíveis) são colocados num mesmo recipiente, eles<br />
se dispõem de modo que o líquido de maior densidade<br />
ocupe a parte de baixo e o de menor densidade a parte de<br />
Matematicamente o enunciado acima pode ser escrito<br />
assim:<br />
PA – PB = dgh<br />
Onde h = hA – hB<br />
A partir do Teorema de Stevin podemos analisar algumas<br />
consequências:<br />
9.1- A pressão aumenta com a profundidade. Para pontos<br />
situados na superfície livre, a pressão correspondente é<br />
cima. A superfície de separação entre eles é horizontal.<br />
d2 > d1<br />
Por exemplo, se o óleo e a água forem<br />
colocados com cuidado num recipiente, o óleo fica na<br />
parte superior porque é menos denso que a água, que<br />
permanece na parte inferior. Caso os líquidos imiscíveis<br />
sejam colocados num sistema constituídos por vasos<br />
comunicantes, como um tubo em U, eles se dispõem de<br />
modo que as alturas das colunas líquidas, medidas a<br />
partir da superfície de separação, sejam proporcionais às<br />
respectivas densidades.<br />
d1<br />
h1<br />
h2<br />
d2<br />
P = d.V.g / A<br />
P = d . A . h . g / A<br />
P = d . h . g<br />
Como g = 10 m/s 2 , temos no SI : P0 = 76cmHg<br />
= 760mmHg = 1x10 5 N/m 2<br />
A maior pressão atmosférica é obtida ao nível do mar<br />
(altitude nula). Para qualquer outro ponto acima do nível<br />
do mar, a pressão atmosférica é menor. Para um corpo<br />
que esteja mergulhado num fluido qualquer a pressão<br />
total (P total) sobre ele será:<br />
P total = P0 + P liquido<br />
P total = P0 + d h g<br />
9- PRINCÍPIO DE STEVIN<br />
"A diferença entre as pressões em dois pontos de um<br />
líquido em equilíbrio (pressão no ponto mais profundo e<br />
a pressão no ponto menos profundo) é proporcional à<br />
diferença entre as profundidades consideradas."<br />
Na Figura acima, sendo d1 a densidade do<br />
líquido menos denso, d2 a densidade do líquido mais<br />
denso, h1 e h2 as respectivas alturas das colunas,<br />
obtemos:<br />
d1h1 = d2h2<br />
Exemplo:<br />
Demonstre que líquidos imiscíveis colocados<br />
num tubo em U se dispõem de modo que as alturas,<br />
medidas a partir da superfície de separação, sejam<br />
inversamente proporcionais às respectivas densidades.<br />
RESOLUÇÃO A pressão no ponto A é igual à pressão<br />
no ponto B (mesma horizontal e mesmo líquido):<br />
pA = pB<br />
Mas: pA = p0 + d1gh1<br />
pB = p0 + d2gh2<br />
Assim: p0 + d1gh1 = p0 + d2gh2<br />
d1h1 = d2h2<br />
9.4- Manômetro do Tubo Aberto<br />
10-PRINCÍPIO DE PASCAL<br />
O princípio físico que se aplica, por exemplo,<br />
aos elevadores hidráulicos dos postos de gasolina e ao<br />
sistema de freios e amortecedores, deve-se ao físico,<br />
matemático e teólogo francês Blaise Pascal (1623-1662).<br />
Seu enunciado é:<br />
O acréscimo de pressão produzido num líquido em<br />
equilíbrio transmite-se integralmente a todos os pontos<br />
do líquido.<br />
Consideremos um<br />
líquido em equilíbrio<br />
colocado em um<br />
recipiente. Vamos supor<br />
que as pressões<br />
hidrostáticas nos pontos<br />
A e B (veja a figura)<br />
sejam, respectivamente,<br />
0,2 e 0,5atm.<br />
Se através de um êmbolo comprimirmos o<br />
líquido, produzindo uma pressão de 0,1atm, todos os<br />
pontos do líquido sofrerão o mesmo acréscimo de<br />
pressão. Portanto os pontos A e B apresentarão pressões<br />
de 0,3atm e 0,6atm, respectivamente. As prensas<br />
hidráulicas em geral, sistemas multiplicadores de força,<br />
são construídas com base no Princípio de Pascal. Uma<br />
aplicação importante é encontrada nos freios hidráulicos<br />
usados em automóveis, caminhões, etc. Quando se<br />
exerce uma força no pedal, produz-se uma pressão que é<br />
transmitida integralmente para as rodas através de um<br />
líquido, no caso, o óleo. A figura seguinte esquematiza<br />
uma das aplicações práticas da prensa hidráulica: o<br />
elevador de automóveis usado nos postos de gasolina.<br />
A figura representa um manômetro de tubo<br />
aberto. Pela diferença de níveis do líquido nos dois<br />
ramos do tubo em U, mede-se a pressão manométrica do<br />
sistema contido no reservatório à esquerda. Escolhendo<br />
os dois pontos A e B mostrados na figura, temos:<br />
P A = P B<br />
P SISTEMA = P 0 + P LÍQUIDO<br />
P SISTEMA = P 0 + dgh<br />
F 2<br />
F 1<br />
A 1 A 2<br />
P 1 P 2<br />
P MANOMÉTRICA = dgh<br />
196
O ar comprimido, empurrando o óleo no tubo<br />
estreito, produz um acréscimo de pressão (Δp), que pelo<br />
princípio de Pascal, se transmite integralmente para o<br />
tubo largo, onde se encontra o automóvel.<br />
RESOLUÇÃO<br />
A área do tubo é dada por A = R 2 , sendo R o<br />
raio do tubo. Como o raio é igual a metade do diâmetro,<br />
temos R 1 = 2cm e R 2 = 10cm. Como R 2 = 5R 1 , a área A 2<br />
é 25 vezes a área A 1 , pois a área é proporcional ao<br />
quadrado do raio. Portanto A 2 = 25A 1 Aplicando a<br />
equação da prensa, obtemos:<br />
F 1/A 1 = F 2/A 2<br />
F 1/A 1 = 10000/25A 1<br />
F 1 = 400 N<br />
Exercício<br />
Sendo Δp1 = Δp2 e lembrando que<br />
Δp = F/A , escrevemos:<br />
F 1/A 1 = F 2/A 2<br />
Como A2 > A1 , temos F2 > F1 , ou seja, a<br />
intensidade da força é diretamente proporcional à área do<br />
tubo. A prensa hidráulica é uma máquina que multiplica<br />
a força aplicada.<br />
Um elefante e uma galinha estão equilibrados sobre um<br />
elevador hidráulico, conforme mostra a figura.<br />
a) Sendo o peso do elefante 16.000 N e o da galinha<br />
20N, calcule qual deve ser a relação entre as áreas das<br />
superfícies sobre a qual eles estão, isto é, quanto vale<br />
A 1/A 2?<br />
b) Suponha que a área onde está apoiada a galinha (A 2)<br />
seja 10 cm 2 . Qual dever á ser a área onde está o elefante<br />
(A 1)?<br />
Exemplo<br />
Na prensa hidráulica abaixo, os diâmetros dos<br />
tubos 1 e 2 são , respectivamente, 4cm e 20cm. Sendo o<br />
peso do carro igual a 10 kN, determine a força que deve<br />
ser aplicada no tubo 1 para equilibrar o carro. ANTES<br />
DE VER A RESOLUÇÃO, TENTE FAZER<br />
SOZINHO...<br />
11- EMPUXO - PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES<br />
Quando mergulhamos um corpo qualquer em um<br />
líquido, verificamos que este exerce, sobre o corpo uma<br />
força de sustentação, isto é uma força dirigida para cima,<br />
que tende a impedir que o corpo<br />
197
afunde no líquido. Você já deve ter percebido a<br />
existência desta força ao tentar mergulhar, na água um<br />
pedaço de madeira, por exemplo.<br />
ATENÇÃO!!!<br />
* Veja que a causa do empuxo é o fato de a pressão<br />
aumentar com a profundidade. Se as pressões nas partes<br />
superior e inferior do corpo fossem iguais, as forças de<br />
pressão seriam nulas e não existiria o empuxo sobre o<br />
corpo.<br />
* O empuxo que age num corpo é igual ao peso do<br />
liquido deslocado pelo corpo, conforme a figura abaixo:<br />
É também esta força que faz com que uma pedra<br />
pareça mais leve quando imersa na água ou em outro<br />
líquido qualquer. Esta força vertical, dirigida para cima,<br />
é denominada EMPUXO do líquido sobre o corpo<br />
mergulhado. Mas porque aparece o empuxo?<br />
Consideramos um corpo mergulhado em um líquido<br />
qualquer. Como sabemos, o<br />
líquido exercerá forças de<br />
pressão em toda a superfície<br />
do corpo em contato com<br />
este líquido. Como a<br />
pressão aumenta com a<br />
profundidade, as forças<br />
exercidas pelo líquido, na<br />
parte inferior do corpo, são maiores do que as forças<br />
exercidas na parte superior. Na figura acima as setas<br />
indicam as forças que atuam nas diferentes partes do<br />
corpo. Note que o tamanho da seta indica a intensidade<br />
da força naquele ponto. A resultante destas forças,<br />
portanto, deverá ser dirigida para cima. É esta resultante<br />
que representa o empuxo que atua no corpo, tendendo a<br />
impedir que ele afunde no líquido.<br />
RESPONDA MENTALMENTE<br />
As figuras abaixo mostram um bloco de ferro suspenso<br />
por um fio em equilíbrio em duas situações distintas.<br />
Observando atentamente as situações físicas, determine<br />
mentalmente:<br />
a) o peso do bloco.<br />
b) o empuxo que age no bloco.<br />
c) a marcação final do dinamômetro.<br />
NÃO ESQUEÇA!!!<br />
Portanto, num corpo que se encontra imerso em<br />
um líquido, agem duas forças: a força peso P, devida à<br />
interação com o campo gravitacional terrestre, e a força<br />
de empuxo E, devida à sua interação com o líquido.<br />
Para construirmos a equação do empuxo, enunciemos<br />
então o Princípio de Arquimedes:<br />
198
Todo corpo mergulhado num fluido (líquido ou gás)<br />
sofre, por parte do fluido, uma força vertical para cima,<br />
cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo<br />
corpo.<br />
Seja V d o volume de fluido deslocado pelo<br />
corpo. Então a massa do fluido deslocado é dada por:<br />
m liq = d liqV d<br />
A intensidade do empuxo é igual à do peso dessa massa<br />
deslocada:<br />
E = m liqg = d liqV d g<br />
Dessa forma chegamos à equação abaixo que nos<br />
permite calcular o empuxo recebido por um corpo.<br />
A FÍSICA TEM HISTÓRIA<br />
O famoso cientista grego Arquimedes viveu em<br />
Siracusa, Sicília, há vinte e dois séculos. Seu amigo o rei<br />
da Sicília suspeitava que o seu ourives havia usado um<br />
metal mais barato que o ouro para fazer sua coroa. Por<br />
isso ele chamou Arquimedes para descobrir a verdade.<br />
Alguns dias mais tarde, quando Arquimedes estava<br />
tomando banho, ele observou que o volume da água<br />
derramada da banheira cheia em que entrara era igual ao<br />
volume da parte do seu corpo dentro da água. Ele viu<br />
imediatamente como deveria resolver o problema. Sem<br />
ao menos se vestir, Arquimedes correu para casa<br />
gritando Eureka! (Achei!)<br />
Então, um corpo pode boiar graças ao empuxo.<br />
Como vimos anteriormente, não são todos os corpos que<br />
bóiam, quando colocados num líquido. Por exemplo: um<br />
tijolo bóia na água? E um pedaço de madeira?<br />
Em que condições um corpo bóia ou afunda?<br />
* se ele permanece parado no ponto onde foi colocado, a<br />
intensidade da força de empuxo é igual à intensidade da<br />
força peso (E = P)<br />
* se ele afundar, a intensidade da força de empuxo é<br />
menor do que a intensidade da força peso (E < P)<br />
* se ele for levado para a superfície, a intensidade da<br />
força de empuxo é maior do que a intensidade da força<br />
peso (E > P).<br />
Primeiro ele pesou a coroa no ar, depois suspendeu-a na<br />
água e verificou qual a perda (dependia do volume de<br />
água deslocada) do peso devida ao empuxo da água. Ele<br />
então repetiu a experiência com um pedaço de ouro puro,<br />
de mesmo peso que a coroa. O volume da coroa deve ter<br />
sido maior que o volume do pedaço de ouro de igual<br />
peso. Portanto, neste caso, a densidade da coroa era<br />
menor que a densidade do ouro e a coroa não poderia ser<br />
feita de puro ouro! Não sabemos do resultado; você pode<br />
estar certo, porém, que, desde então, os ourives ficaram<br />
mais cautelosos!<br />
Desta forma, Arquimedes descobriu a lei do empuxo que<br />
denominamos lei de Arquimedes: “a perda aparente de<br />
peso de um corpo imerso ou flutuante é igual ao peso do<br />
líquido que ele desloca”.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Um pedaço de pão é comprimido por uma pessoa,<br />
entre suas mãos.<br />
a) A massa do pedaço de pão aumenta, diminui ou não<br />
varia?<br />
b) E o volume do pedaço de pão?<br />
c) E a densidade do pão? Explique.<br />
199
2) Um indivíduo precisa atravessar um lago coberto com<br />
uma fina camada de gelo. Em que situação ele tem<br />
maiores probabilidades de atravessar o lago sem que o<br />
gelo se quebre, andando normalmente ou arrastando-se<br />
deitado no gelo? Explique.<br />
3) Um faquir possui duas "camas", do mesmo tamanho,<br />
uma com 500 pregos e a outra com 1000 pregos.<br />
Baseando-se no seu conceito de pressão, em qual das<br />
duas camas você julga que ele estaria mais<br />
"confortavelmente" instalado?<br />
11) Você já deve ter ouvido falar que, no mar Morto, na<br />
Palestina, uma pessoa pode flutuar facilmente, com parte<br />
de seu corpo fora da água. Qual é a propriedade desta<br />
água que torna isto possível?<br />
12) Por que não existe atmosfera na Lua?<br />
13) Com base no desenho, calcule a densidade do gelo,<br />
supondo que a densidade da água do mar seja de 1 g/cm 3 .<br />
4) Quando uma faca está "cega"(não afiada), é necessário<br />
uma força maior, para descascar uma laranja, do que<br />
quando ela está afiada. Por quê?<br />
5) O que se entende por pressão atmosférica? A pressão<br />
atmosférica aumenta ou diminui com a altitude? Por<br />
que?<br />
6) Na Lua não há atmosfera. O que você acha que<br />
aconteceria lá com um ser humano sem roupas especiais?<br />
14) Identifique as forças que atuam nos balões do<br />
segundo quadrinho.<br />
7) Seria possível tomar refrigerante na Lua usando um<br />
canudinho? Explique.<br />
8) Você está no alto de um prédio e quer usar um<br />
canudinho para tomar refrigerante que está dentro de<br />
uma vasilha sobre a calçada. Qual deve ser o maior<br />
tamanho possível do canudo para conseguir tomar o<br />
refrigerante?<br />
9) Considere um corpo mergulhado em um líquido:<br />
200<br />
a- Qual é a direção e o sentido do empuxo que o líquido<br />
exerce no corpo?<br />
b- Comparando as pressões exercidas pelo líquido nas<br />
partes superior e inferior do corpo, explique por que<br />
aparece o empuxo sobre ele.<br />
10) Explique o que determina se um corpo sólido vai<br />
flutuar ou afundar num líquido.<br />
10.1 - EMPUXO PODE SER PARA BAIXO?<br />
SIM, SÃO OS EMPUXOS NÃO ARQUIMEDIANOS!<br />
Exemplo comentado- Um bloco cúbico, de<br />
massa M e aresta L, repousa no fundo de um taqnue com<br />
água parada, como mostra a figura. O valor da força<br />
normal N que a parede do fundo exerce sobre o bloco,<br />
considerando g a aceleração da gravidade, p a massa<br />
específica da água e desprezível a ação da atmosfera, é:
a) Mg – (pgh)L 2<br />
b) pgL 3<br />
c) zero<br />
acoplada uma mangueira plástica transparente,<br />
parcialmente preenchida por água (figura abaixo).<br />
d) Mg + (pgh)L 2<br />
As opções de resposta dessa questão nos levam<br />
a crer que está sendo considerado o raro caso em que<br />
nem todas as faces do corpo encontram-se “molhadas”<br />
pelo fluido, no caso, a face inferior dio cubo em contato<br />
com o fundo do tanque.<br />
Ele fez 3 medições que permitiram levantar o perfil da<br />
linha que contém, em sequência, os pontos P 1, P 2, P 3 e<br />
P 4. Em cada medição, colocou as varas em dois<br />
diferentes pontos e anotou suas leituras na tabela a<br />
seguir. A figura representa a primeira medição entre P 1 e<br />
P 2<br />
Assim, o empuxo E, que é a resultante das “forças de<br />
pressão” que o líquido exerce sobre o bloco, será vertical<br />
e apontará para baixo, conforme a figura acima. Trata-se<br />
de um empuxo Não-Arquimediano e o seu valor, nesse<br />
caso, será meramente a força de pressão que a água<br />
exerce sobre a face superior do cubo, ou seja: E =<br />
(pressão) x (área) = (pgh) x L 2 = pghL 2<br />
M<br />
E<br />
D<br />
I<br />
Ç<br />
Ã<br />
O<br />
PONTO<br />
VARA I VARA II DIFERENÇA<br />
(L I – L II)(cm)<br />
LEITURA<br />
L I (cm)<br />
PONTO<br />
LEITURA<br />
L II (cm)<br />
1 P 1 239 P2 164 75<br />
2 P 2 189 P3 214 -25<br />
3 P 3 229 P4 174 55<br />
A figura acima mostra o diagrama de forças que agem<br />
sobre o bloco. A questão sugere que o bloco está em<br />
o preencher completamente a tabela, o mestre-de-obras<br />
determinou o seguinte perfil para o terreno:<br />
repouso permanente no fundo do tanque, ou seja, em<br />
equilíbrio, o que permite escrever:<br />
N = E + P = pghL 2 + Mg<br />
Ou seja, resposta letra d de jeans...<br />
QUESTÕES COMENTADAS DO ENEM<br />
1) (ENEM) Para medir o perfil de um terreno, um<br />
mestre-de-obras utilizou duas varas (VI e VII), iguais e<br />
igualmente graduadas em centímetros, às quais foi<br />
(ENEM) Texto para as questões 2 e 3<br />
O carneiro hidráulico ou aríete, dispositivo usado para<br />
bombear água, não requer combustível ou energia<br />
elétrica para funcionar, visto que usa a energia da vazão<br />
de água de uma fonte. A figura a seguir ilustra uma<br />
instalação típica de carneiro em um sitio, e a tabela<br />
apresenta dados de seu funcionamento.<br />
201
A eficiência energética ε de um carneiro pode ser obtida<br />
pela expressão:<br />
cujas variáveis estão definidas na tabela e na figura.<br />
2) No sítio ilustrado, a altura da caixa d’água é o<br />
quádruplo da altura da fonte. Comparado a motobombas<br />
a gasolina, cuja eficiência energética é cerca de 36%, o<br />
carneiro hidráulico do sítio apresenta;<br />
a) menor eficiência, sendo, portanto, inviável<br />
economicamente.<br />
b) menor eficiência, sendo desqualificado do ponto de<br />
vista ambiental pela quantidade de energia que<br />
desperdiça.<br />
c) mesma eficiência, mas constitui alternativa<br />
ecologicamente mais apropriada.<br />
d) maior eficiência, o que, por si só, justificaria o seu uso<br />
em todas as regiões brasileiras.<br />
e) maior eficiência, sendo economicamente viável e<br />
ecologicamente correto.<br />
3) Se, na situação apresentada, H = 5 × h, então, é mais<br />
provável que, apos 1 hora de funcionamento ininterrupto,<br />
o carneiro hidráulico bombeie para a caixa d´água;<br />
a) de 70 a 100 litros de água.<br />
b) de 75 a 210 litros de água.<br />
c) de 80 a 220 litros de água.<br />
d) de 100 a 175 litros de água.<br />
e) de 110 a 240 litros de água.<br />
4) (ENEM) O controle de qualidade é uma exigência da<br />
sociedade moderna na qual os bens de consumo são<br />
produzidos em escala industrial.<br />
Nesse controle de qualidade são<br />
determinados parâmetros que<br />
permitem checar a qualidade de<br />
cada produto. O álcool<br />
combustível é um produto de<br />
amplo consumo muito<br />
adulterado, pois recebe adição<br />
de outros materiais para<br />
aumentar a margem de lucro de quem o comercializa. De<br />
acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o<br />
álcool combustível deve ter densidade entre 0,805 g/cm3<br />
e 0,811 g/cm3. Em algumas bombas de combustível a<br />
densidade do álcool pode ser verificada por meio de um<br />
densímetro similar ao desenhado abaixo, que consiste em<br />
duas bolas com valores de densidade diferentes e verifica<br />
quando o álcool está fora da faixa permitida. Na imagem,<br />
são apresentadas situações distintas para três amostras de<br />
álcool combustível.<br />
A respeito das amostras ou do densímetro, pode-se<br />
afirmar que<br />
a) a densidade da bola escura deve ser iguala 0,811<br />
g/cm 3 .<br />
b) a amostra 1 possui densidade menor do que a<br />
permitida.<br />
c) a bola clara tem densidade igual à densidade da bola<br />
escura.<br />
d) a amostra que está dentro do padrão estabelecido é a<br />
de número 2.<br />
e) o sistema poderia ser feito com uma única bola de<br />
densidade entre 0,805 g/cm 3 e 0,811 g/cm 3 .<br />
5) (ENEM) Para realizar um<br />
experimento com uma garrafa<br />
PET cheia d'agua, perfurou-se a<br />
lateral da garrafa em três posições<br />
a diferentes alturas. Com a<br />
garrafa tampada, a água não<br />
vazou por nenhum dos orifícios, e, com a garrafa<br />
destampada, observou-se o escoamento da água<br />
conforme ilustrado na figura.<br />
202
Como a pressão atmosférica interfere no escoamento da<br />
água, nas situações com a garrafa tampada e destampada,<br />
respectivamente?<br />
a) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão<br />
interna; não muda a velocidade de escoamento, que só<br />
depende da pressão da coluna de água.<br />
b) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão<br />
interna; altera a velocidade de escoamento, que é<br />
proporcional à pressão atmosférica na altura do furo.<br />
c) Impede a entrada de ar, por ser menor que a pressão<br />
interna; altera a velocidade de escoamento, que é<br />
proporcional à pressão atmosférica na altura do furo.<br />
d) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão<br />
interna; regula a velocidade de escoamento, que só<br />
depende da pressão atmosférica.<br />
e) Impede a saída de água, por ser menor que a pressão<br />
interna; não muda a velocidade de escoamento, que só<br />
depende da pressão da coluna de água.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 1<br />
Nesta questão, que nem é tão complicada, exige<br />
a compreensão de um dos princípios básicos da<br />
HIDROSTÁTICA: o Teorema de Stevin e a questão dos<br />
Vasos Comunicantes.<br />
Como vimos, segundo Stevin, a pressão no<br />
interior de um fluido é dada por: P = P o + dhg,<br />
No caso das mangueiras, vasos comunicantes, ou seja,<br />
vasilhas, cheias e interligadas, para que a pressão no<br />
fundo seja a mesma, a altura de água tem que ser a<br />
mesma.<br />
ponto 4 está +55cm acima de 3... Logo, de 2 para 3 desce<br />
25 e de 3 para 4 sobe 55cm. Observando uma certa<br />
escala, o gráfico que mais combina é o A.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 2<br />
O carneiro é muito interessante! Quem já o viu em<br />
funcionamento, na roça, fica intrigado, como eu fiquei!<br />
Como bombear água a grandes alturas como ele faz<br />
aproveitando a energia da própria água?<br />
A questão envolve a eficiência, cuja fórmula não é vista<br />
no ensino médio, mas foi fornecida. Calculamos então a<br />
partir do máximo e do mínimo volume da fonte e<br />
bombeado, fornecidos pela tabela. Veja:<br />
Note que usamos os valores máximo e mínim<br />
o da vazão e da água bombeada, e encontramos<br />
um rendimento entre 66,6 e 70 %. O que não é nada,<br />
nada ruim, pelo contrário, pois gasta-se energia da<br />
própria queda d’água, e não elétrica ou combustível!<br />
Então, o carneiro é ecológico e rende bem! Letra e.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 3<br />
Agora, vamos consultar a tabela: não há uma linha para<br />
h/H = 1/5 . Deve ser algo entre 1/6 e 1/4 .<br />
Vemos que isto dá um mínimo de 80 litros bombeados<br />
para 1/6 e um máximo de 210 para 1/4 .<br />
Então, é algum valor neste intervalo, maior que 80 e<br />
menor que 210. Só resta uma opção... letra d.<br />
Pode-se mover as mangueiras, mas a altura de<br />
água dentro delas permanece a mesma, obedecendo a<br />
Stevin! E foi o que o mestre-de-obras fez...<br />
Veja a primeira medição, e a figura: a segunda<br />
vara ficou mais alta, a água da mesma altura e isto levou<br />
a diferença na graduação em cm para +75. Vemos que +<br />
significa + alto e logo – é mais baixo! Vendo as<br />
próximas medidas, P 2 para P 3, P 3 para P 4 temos -25 e<br />
+55. Assim, o ponto 3 está 25cm mais baixo que 2 e o<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 4<br />
O básico do Empuxo é que quem bóia é menos denso e<br />
quem afunda é mais denso. Para explicá-la, vou utilizar<br />
os dados da questão e supor valores para as densidades<br />
das bolinhas. Para o álcool dentro dos padrões, a<br />
densidade da bolinha que flutua deve ser pouco menor,<br />
por exemplo, 0,804 g/cm 3 . Já a que afunda, pouco mais<br />
densa, digamos, 0,812 g/cm 3 . Isto com o álcool dentro<br />
dos padrões, por exemplo, 0,808 g/cm 3 . A opção A<br />
203
mostra a situação onde o combustível está em<br />
conformidade com a legislação.<br />
(I) A Garrafa está tampada As forcas da pressão<br />
atmosférica, atuando de fora para dentro da garrafa<br />
através dos orifícios, impedem a saída da agua.<br />
(II) A garrafa está destampada As forcas da pressão<br />
atmosférica, atuando de fora para dentro da garrafa, tanto<br />
através dos orifícios como na boca da garrafa, produzem<br />
efeitos que se anulam. Dessa forma, a agua e ejetada dos<br />
orifícios, sendo “empurrada” pelas forcas devidas a<br />
pressão da coluna liquida contida na garrafa.<br />
É bom frisar que as bolinhas devem ter<br />
densidades pouco maior e pouco menor que do álcool,<br />
para que o sistema funcione e seja sensível. Afinal, se o<br />
combustível for adulterado, é preciso que elas mostrem!<br />
Se eu fosse adulterar álcool, na cara de pau,<br />
usaria água, de preferência de chuva, para não gastar<br />
nem um centavo! A água é mais densa que o álcool – 1,0<br />
g/cm 3 – e, neste caso, a nova mistura água + álcool seria<br />
mais densa que a original, esta em conformidade com a<br />
lei. Isto porque a nova densidade seria algo entre 0,811 e<br />
1,0, dependendo da proporção de água utilizada na<br />
adulteração, mas, vejamos aí, uns 0,813 g/cm 3 .<br />
Ora, nestas circunstâncias, nossas duas bolinhas<br />
– 0,804 e 0,812 – agora estariam menos densas que a<br />
nova mistura. Então, ambas flutuariam, como mostrado<br />
em B! E nós poderíamos ver a adulteração!<br />
Se o combustível fosse batizado com algum tipo<br />
de solvente, menos denso que o álcool padrão, ocorreria<br />
a situação C, mas eu não saberia dizer qual produto seria<br />
adequado à fraude, neste caso...<br />
Veja que o sistema só funciona com duas<br />
bolinhas, para mostrar os limites superior e inferior das<br />
densidades padrão do álcool. E uma deve boiar – menos<br />
densa – enquanto a outra afundar – mais densa – nele.<br />
Procure conheer o novo modelo disponível nos<br />
postos, ilustrado acima. Ele é mais sofisticado! É um<br />
misto de densímetro e termômetro. Isto porque a<br />
densidade varia com a temperatura - Explique por que e<br />
aproveite para compreender seu funcionamento, já que<br />
qualquer dia destes pode cair em uma prova!<br />
Alternativa correta d.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 5<br />
Resposta – letra A<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Complete as lacunas com a palavra correta:<br />
a) O empuxo que um fluido exerce sobre um corpo é<br />
_________________ (diretamente/inversamente)<br />
proporcional à densidade do _______________<br />
(fluido/corpo)<br />
b) O princípio de ______________<br />
(Stevin/Pascal) é transmitido integralmente através de<br />
todos os pontos desse fluido.<br />
c) Para transformarmos de g/ cm 3 para Kg/ m 3 devemos<br />
___________ (multiplicar/dividir) por __________<br />
(100/1000).<br />
d) Na expressão para cálculo do empuxo a densidade do<br />
__________ (fluido/corpo) deve estar dada em<br />
__________<br />
(g/ cm 3 / kg/ m 3 ), visto que o empuxo é medido em<br />
___________ (newton/ kg).<br />
e) De acordo a ______________<br />
(Stevin/Arquimedes) quanto maior a profundidade de um<br />
fluido, ____________ (maior/menor) será a pressão a<br />
que ele estará submetido.<br />
f) Quanto maior a área de contato __________<br />
(maior/menor) será a pressão exercida sobre um corpo.<br />
g) No SI medimos a pressão em ________ (N/m 2 /<br />
N/cm 2 ).<br />
204
h) 1 atm equivale a ___________<br />
(10 5 Pa / 10 4 Pa).<br />
i) 1 Pascal equivale a __________<br />
(10 5 N/m 2 / 1 N/m 2 ).<br />
j) A pressão que um corpo sobre quando imerso em um<br />
fluido, de acordo a _____________ (Stevin/Pascal)<br />
depende da (o) _________________<br />
(profundidade/volume).<br />
k) Quanto _____________ (maior/menor) o volume<br />
imerso de um corpo ___________ (maior/menor) será o<br />
empuxo sofrido por ele.<br />
l) De acordo a Stevin ________________<br />
(pressão/empuxo) é igual a _________ (dgh / dgV), onde<br />
a densidade citada é a densidade do ___________<br />
(corpo/fluido).<br />
m) De acordo a Arquimedes ________________<br />
(pressão/empuxo) é igual a ________________ (dgh /<br />
dgV), onde a densidade citada é a densidade do<br />
___________ (corpo/fluido).<br />
n) Transformando 1 cm para m 3 teremos _________ (10 -<br />
2<br />
/ 10 -6 ).<br />
o) Se a massa de um corpo é 200 g e seu volume é 20 m 3 ,<br />
sua densidade será, em g/cm 3 __________ (10 -5 / 10 5 ).<br />
2) Assinale V ou F, corrigindo as falsas:<br />
a) O princípio de Stevin estabelece que a pressão<br />
depende da profundidade que um corpo se encontra<br />
quando imerso em um fluido.<br />
b) O empuxo é diretamente proporcional à densidade do<br />
corpo nele imerso.<br />
c) Na expressão para o cálculo do empuxo, o volume do<br />
corpo imerso é dado em cm 3 e a gravidade em m/s 2 .<br />
d) Um iceberg flutua na água porque o empuxo é maior<br />
que a força peso do gelo.<br />
e) A densidade de um bloco de madeira de massa 200 g e<br />
volume 500 cm 3 é 400 kg/m 3 .<br />
f) O empuxo que atua em um barco, navegando em água<br />
doce, é maior do que quando ele navega em água<br />
salgada.<br />
g) O princípio de Pascal estabelece que o aumento de<br />
pressão em um ponto de um líquido em equilíbrio<br />
transmite-se parcialmente a todos os pontos do líquido.<br />
h) Ao aplicar uma injeção, uma enfermeira insere uma<br />
agulha na pele do paciente. Supondo que a força aplicada<br />
seja sempre a mesma, podemos concluir que, quanto<br />
mais grossa é a agulha, maior é a pressão exercida sobre<br />
a pele do paciente.<br />
i) Um mergulhador, situado em um ponto a 20 m de<br />
profundidade, fica submetido a uma pressão,<br />
aproximadamente, de 2 atm.<br />
j) Considerando que a pressão máxima suportável ao<br />
corpo humano é de 4 atm, é possível mergulhar na água<br />
sem equipamentos especiais até uma profundidade de 30<br />
m.<br />
k) É possível a medida aproximada da altitude pela<br />
variação da pressão atmosférica.<br />
l) A pressão em um ponto no fundo de um tanque que<br />
contém água em equilíbrio depende da altura da coluna<br />
de água situada acima desse ponto.<br />
m) Se um objeto flutua na água com 1/3 do seu volume<br />
submerso, então sua densidade é igual a 1/3 da densidade<br />
da água.<br />
n) Quando um objeto se encontra em repouso no fundo<br />
de um reservatório contendo água, a intensidade do<br />
empuxo é menor que a intensidade do peso do objeto.<br />
o) A prensa hidráulica, o freio hidráulico e a direção<br />
hidráulica são exemplos de aplicação do Princípio de<br />
Arquimedes.<br />
p) Se um corpo parcialmente submerso num fluido está<br />
em equilíbrio hidrostático, o empuxo sobre ele é nulo.<br />
q) Quando um objeto flutua na água, sua densidade<br />
relativa é menor que l.<br />
r) A pressão no interior de um líquido depende, entre<br />
outras grandezas, da densidade do líquido.<br />
s) Se um corpo se encontra totalmente submerso em um<br />
líquido, o seu empuxo independe da profundidade.<br />
205
3) (UFRJ) Uma ventosa comercial é constituída por<br />
uma câmara rígida que fica totalmente vedada em<br />
contato com uma placa, mantendo o ar em seu interior a<br />
uma pressão Pint = 0,95 × 10 5 N/m 2 . A placa está<br />
suspensa na horizontal pela ventosa e ambas estão no<br />
ambiente à pressão atmosférica usual, Patm = 1,00 × 10 5<br />
N/m 2 , como indicado nas figuras a seguir. A área de<br />
contato A entre o ar dentro da câmara e a placa é de 0,10<br />
m 2 . A parede da câmara tem espessura desprezível, o<br />
peso da placa é 40N e o sistema está em repouso.<br />
a) o aumento porcentual da força transmitida para a<br />
janela oval;<br />
b) a razão entre a pressão na parede oval e a pressão na<br />
parede timpânica.<br />
5) Uma pequena bola de borracha está presa por um fio<br />
leve ao fundo de um recipiente cheio com água, como<br />
mostra a figura adiante.<br />
a) Calcule o módulo da força vertical de contato entre a<br />
placa e as paredes da câmara da ventosa.<br />
b) Calcule o peso máximo que a placa poderia ter para<br />
que a ventosa ainda conseguisse sustentá-la.<br />
4) (UFG) No sistema auditivo humano, as ondas sonoras<br />
são coletadas pela membrana timpânica e transferidas<br />
para a janela oval, por meio dos ossículos (martelo,<br />
bigorna e estribo), conforme modelo simplificado<br />
apresentado na figura a seguir. Nesse modelo, as forças<br />
médias provocadas pela membrana timpânica e janela<br />
oval sobre os ossículos são, respectivamente, FT e Fj. As<br />
áreas da membrana timpânica e da janela oval são,<br />
respectivamente, 56 mm 2 e 3,2 mm 2 e D = 1,3d.<br />
Se o volume da bola submersa for 5,0.10 -4 m 3 e sua massa<br />
for 1,0.10 −1 kg, qual será a tensão no fio?<br />
6) Sabe-se que a densidade do gelo é 0,92g/cm 3 , a do<br />
óleo é 0,8g/ cm 3 e a da água é de 1,0g/ cm 3 . A partir<br />
destes dados podemos afirmar que:<br />
a) o gelo flutua no óleo e na água<br />
b) o gelo afunda no óleo e flutua na água<br />
c) o gelo flutua no óleo e afunda na água<br />
d) o óleo flutua sobre a água e o gelo flutua sobre o óleo<br />
e) a água flutua sobre o gelo e afunda sobre o óleo<br />
7) Icebergs são blocos de gelo flutuantes que se<br />
desprendem das geleiras polares. Se apenas 10% do<br />
volume de um icebergs fica acima da superfície do mar e<br />
se a massa específica da água do mar vale 1,03g/ cm 3 ,<br />
podemos afirmar que a massa específica do gelo do<br />
iceberg, em g/ cm 3 , vale, aproximadamente:<br />
a) 0,10.<br />
b) 0,90.<br />
c) 0,93.<br />
d) 0,97.<br />
e) 1,00.<br />
206<br />
Considerando-se o exposto, calcule:<br />
8) Um bloco de madeira de volume 200 cm 3 flutua em<br />
água, de densidade 1,0g/ cm 3 , com 60% de seu volume
imerso. O mesmo bloco é colocado em um líquido de<br />
densidade 0,75g/ cm 3 . O volume submerso do bloco,<br />
vale, em cm 3 ,<br />
a) 150<br />
b) 160<br />
c) 170<br />
d) 180<br />
e) 190<br />
9) Um bloco de madeira, quando posto a flutuar<br />
livremente na água, cuja massa específica à 1,00g/ cm 3 ,<br />
fica com 44% de seu volume fora d'água. A massa<br />
específica média dessa madeira, em g/ cm 3 , é:<br />
a) 0,44<br />
b) 0,56<br />
c) 1,00<br />
d) 1,44<br />
b) 500 π.<br />
c) 1500 π.<br />
d) 4500 π.<br />
EXEMPLO RESOLVIDO E COMENTADO<br />
A figura mostra 3 bolas de mesmo volume 6<br />
litros (mesmo raio) mergulhadas num tanque cheio de<br />
água de densidade 1 kg/l. Uma delas é de madeira e a<br />
outra feita de ferro. O prof Ivã pede para você determinar<br />
a tração no fio da bola de madeira e na bola de ferro.<br />
Dado:<br />
densidade da madeira = 0,5 Kg/l<br />
densidade da água = 1,0 Kg/l<br />
densidade do ferro = 10 Kg/l<br />
e) 1,56<br />
10) Para se erguer um carro num elevador hidráulico de<br />
uma oficina autorizada, utiliza-se ar comprimido para<br />
que seja exercida uma força de módulo F1 sobre um<br />
pequeno pistão circular de raio 5,00 cm e área A1. A<br />
pressão exercida sobre esse pistão é transmitida por um<br />
líquido para outro pistão circular de raio 15,0 cm e área<br />
A2. A pressão que o ar comprimido exerce sobre o<br />
primeiro pistão é 2 atm ≈ 2 × 10 5 Pa. O peso do carro,<br />
em Newtons, é<br />
Solução:<br />
A bola de água tem volume 6 litros e 1 kg/l,<br />
portanto, uma massa de 6 kg e um peso de 6 kgf.<br />
A bola de madeira tem volume 6 litros e 0,5<br />
kg/l, portanto sua massa vale 3 kg e seu peso 3 kgf.<br />
A bola de ferro tem volume 6 litros e 10 kg/l, portanto<br />
sua massa vale 60 kg e seu peso 60 kgf.<br />
Pelo princípio de Arquimedes, o empuxo que<br />
age em qualquer uma dessas bolas, quando imersas num<br />
líquido, é igual ao peso do líquido deslocado, ou seja, é<br />
igual ao peso de 6 litros de água nesse caso, portanto:<br />
a) 2500 π.<br />
Eferro = Emadeira = Eágua = Págua = 6 kgf<br />
207
Certamente você está se perguntando:<br />
- Porque as bolas de ferro e de madeira sofrem o mesmo<br />
empuxo, se o ferro afunda naágua e a madeira bóia?<br />
Entendam o seguinte:<br />
* As bolas sofrem empuxos iguais somente pelo fato de<br />
terem volumes iguais (mesmo raio) e, assim, deslocarem<br />
a mesma quantidade de líquido.<br />
* Entretanto, para ver se um corpo bóia ou afunda, temos<br />
que levar em conta não apenas o empuxo que age sobre<br />
ele, mas também o seu peso.<br />
Portanto, apesar das 3 bolas sofrerem empuxos<br />
iguais, elas têm pesos diferentes (massas e desidades<br />
diferentes). Observadon atentamente a figura abxio você<br />
facilmente entende o porquê da bola de ferro afundar na<br />
água, da bola de isopor subir e da bola de água<br />
permanecer imponderável em qualquer lugar dentro da<br />
água do tanque.<br />
Da mesma forma, na bola de ferro, escrevemos:<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
Retornando à figura:<br />
1) (ENEM) Em um experimento realizado para<br />
determinar a densidade da água de um lago, foram<br />
utilizados alguns materiais<br />
conforme ilustrado: um<br />
dinamômetro D com graduação de<br />
0 N a 50 N e um cubo maciço e<br />
homogêneo de 10 cm de aresta e 3<br />
kg de massa. Inicialmente, foi<br />
conferida a calibração do<br />
dinamômetro, constatando-se a<br />
leitura de 30 N quando o cubo era preso ao dinamômetro<br />
e suspenso no ar. Ao mergulhar o cubo na água do lago,<br />
até que metade de seu volume ficasse submerso, foi<br />
registrada a leitura de 24 N no dinamômetro.<br />
Considerando que a aceleração da gravidade local é de<br />
10 m/s 2 , a densidade da água do lago, em g/cm 3 , é<br />
a) 0,6.<br />
b) 1,2.<br />
c) 1,5.<br />
d) 2,4.<br />
e) 4,8.<br />
208<br />
Sobre a bola de madeira atuam as forças Pmadeira,<br />
Emadeira, e Tmadeira. Estando em equilíbrio vem:<br />
2) (ENEM) Durante uma obra em um clube, um grupo de<br />
trabalhadores teve de remover uma escultura de ferro
maciço colocada no fundo de uma piscina vazia. Cinco<br />
trabalhadores amarraram cordas à escultura e tentaram<br />
puxá-la para cima, sem sucesso. Se a piscina for<br />
preenchida com água, ficará mais fácil para os<br />
trabalhadores removerem a escultura, pois a<br />
a) escultura flutuará. Dessa forma, os homens não<br />
precisarão fazer força para remover a escultura do fundo.<br />
b) a escultura ficará com peso menor. Dessa forma, a<br />
intensidade da força necessária para elevar a escultura<br />
será menor.<br />
c) água exercerá uma força na escultura proporcional a<br />
sua massa, e para cima. Esta força se somará à força que<br />
os trabalhadores fazem para anular a ação da força peso<br />
da escultura.<br />
d) água exercerá uma força na escultura para baixo, e<br />
esta passará a receber uma força ascendente do piso da<br />
piscina. Esta força ajudará a anular a ação da força peso<br />
na escultura.<br />
e) água exercerá uma força na escultura proporcional ao<br />
seu volume, e para cima. Esta força se somará à força<br />
que os trabalhadores fazem, podendo resultar em uma<br />
força ascendente maior que o peso da escultura.<br />
3) (UEFS) O gráfico mostra a variação da pressão com a<br />
profundidade no interior de um líquido homogêneo em<br />
equilíbrio. Considerando-se o módulo da aceleração da<br />
gravidade local igual a 10,0m/s 2 , pode-se afirmar que a<br />
massa específica do liquido é igual, em g/cm 3 ,a:<br />
03) 0,83<br />
04) 0,82<br />
05) 0,81<br />
5) (UESB) Quando se misturam massas iguais de duas<br />
substâncias, a densidade resultante é 2,5g/cm 3 .<br />
Considerando-se que uma das substâncias tem densidade<br />
igual a 1,5g/cm 3 , pode-se afirmar que a outra substância<br />
tem densidade igual, em g/cm 3 , a:<br />
01) 7,5<br />
02) 6,8<br />
03) 5,3<br />
04) 4,6<br />
05) 3,9<br />
6) (UFPE) Um bloco homogêneo e impermeável, de<br />
densidade 0,25 g/cm 3 , está em repouso, imerso em um<br />
tanque completamente cheio de água e vedado, como<br />
mostrado na figura a seguir. Calcule a razão entre os<br />
módulos da força que o bloco exerce na tampa superior<br />
do tanque e do peso do bloco.<br />
a) 5,0.10 -1<br />
b) 7,5.10 -1<br />
c) 1,0.10 0<br />
d) 1,0.10 -1<br />
e) 7,5.10 0<br />
7) (Fatec-SP) Duas esferas A e B, de mesma massa, mas<br />
de volumes diferentes, quando colocadas num tanque<br />
com água, ficam em equilíbrio nas posições indicadas:<br />
Com relação a essa situação são feitas as seguintes<br />
afirmações:<br />
4) (UESC) A figura representa um corpo homogêneo<br />
parcialmente imerso na água e no óleo. Sabendo-se que<br />
as massas específicas da água e do óleo são,<br />
respectivamente, iguais a 1,00g/cm 3 , e 0,80g/cm 3 , é<br />
correto afirmar que a densidade absoluta do corpo é<br />
igual, em g/cm 3 , a:<br />
01) 0,85<br />
02) 0,84<br />
I. Os pesos das duas esferas têm a mesma intensidade.<br />
II. As densidades das duas esferas são iguais.<br />
209
III. As duas esferas recebem da água empuxos de mesma<br />
intensidade.<br />
Dentre essas afirmações está(ão) correta(s) apenas:<br />
a) a I<br />
b) a II<br />
c) a III<br />
d) I e II<br />
e) I e III<br />
8) (UFMT) Em locais descampados e planos, é comum<br />
que telhados sejam arrancados durante tempestades com<br />
vento. Geralmente o telhado não é empurrado pelo vento<br />
em direção ao chão da casa. Isso acontece porque:<br />
(01) como o vento tem uma grande velocidade, cria uma<br />
zona de alta pressão sobre o telhado e este então é<br />
puxado para fora.<br />
(02) devido a sua força, o vento é capaz de arrancar o<br />
telhado.<br />
(04) como o vento tem uma grande velocidade, ele cria<br />
uma zona de baixa pressão sobre o telhado e este então é<br />
empurrado para fora pela pressão interna.<br />
(08) os telhados são preparados para suportar grandes<br />
pressões de fora para dentro, mas não o contrário.<br />
(16) os telhados são preparados para suportar grandes<br />
pressões de dentro para fora, mas não o contrário.<br />
Dê, como resposta, a soma das afirmativas corretas.<br />
pressão exercida por uma coluna de mercúrio, é<br />
necessário conhecer o diâmetro do tubo, pois a pressão<br />
exercida por uma coluna líquida depende do seu volume.<br />
(16) Vários fabricantes, para facilitar a retirada da tampa<br />
dos copos de requeijão e de outros produtos,<br />
introduziram um furo no seu centro, selado com plástico.<br />
Isso facilita tirar a tampa porque, ao retirar o selo,<br />
permitimos que o ar penetre no copo e a pressão<br />
atmosférica atue, também, de dentro para fora.<br />
(32) Quando se introduz a agulha de uma seringa numa<br />
veia do braço, para se retirar sangue, este passa da veia<br />
para a seringa devido à diferença de pressão entre o<br />
sangue na veia e o interior da seringa.<br />
(64) Sendo correta a informação de que São Joaquim se<br />
situa a uma altitude de 1353 m e que Itajaí está ao nível<br />
do mar (altitude = 1 m), podemos concluir que a pressão<br />
atmosférica é maior em São Joaquim, já que ela aumenta<br />
com a altitude.<br />
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.<br />
10) (UCGO) O tubo em U da figura contém dois líquidos<br />
homogêneos, não-miscíveis, com densidade d₁ e d₂,<br />
sendo .<br />
9) (UFSC) Assinale a(s) proposição(ões) correta(s):<br />
(01) Usando um canudinho, seria muito mais fácil tomar<br />
um refrigerante na Lua do que na Terra, porque a força<br />
de atração gravitacional na Lua é menor.<br />
(02) É possível a medida aproximada da altitude pela<br />
variação da pressão atmosférica.<br />
210<br />
(04) Uma pessoa explodiria se fosse retirada da<br />
atmosfera terrestre para o vácuo. A pressão interna do<br />
corpo seria muito maior do que a pressão externa (nula,<br />
no vácuo) e empurraria as moléculas para fora do corpo.<br />
Este é um dos motivos pelos quais os astronautas usam<br />
roupas especiais para missões fora do ambiente<br />
pressurizado de suas naves.<br />
(08) Para repetir a experiência realizada por Evangelista<br />
Torricelli, comparando a pressão atmosférica com a<br />
Calcule ∆h em função de h₂.<br />
11) Uma seringa de diâmetro interno D igual a 1,0cm é<br />
usada com uma agulha de diâmetro interno d igual<br />
1,0mm. Aplicando-se uma força F de 0,50N, qual a<br />
intensidade da força F, que o líquido aplicará no braço do<br />
paciente, como consequência F ?
Desprezando – se as forças de atrito e considerando<br />
– se g = 10,0m/s 2 , a força resultante, em newton, a que a<br />
esfera fica submetida é<br />
01) 1,6<br />
02) 2,5<br />
12) (ENEM) Para oferecer acessibilidade aos portadores<br />
de dificuldades de locomoção, é utilizado, em ônibus e<br />
automóveis, o elevador hidráulico. Nesse dispositivo é<br />
usada uma bomba elétrica, para forçar um fluido a passar<br />
de uma tubulação estreita para outra mais larga, e dessa<br />
forma acionar um pistão que movimenta a plataforma.<br />
Considere um elevador hidráulico cuja área da<br />
cabeça do pistão seja cinco vezes maior do que a área da<br />
tubulação que sai da bomba. Desprezando o atrito e<br />
considerando uma aceleração gravitacional de 10m/s 2 ,<br />
deseja-se elevar uma pessoa de 65 kg em uma cadeira de<br />
rodas de 15 kg sobre a plataforma de 20 kg.<br />
Qual deve ser a força exercida pelo motor da bomba<br />
sobre o fluido, para que o cadeirante seja elevado com<br />
velocidade constante?<br />
a) 20N<br />
b) 100N<br />
c) 200N<br />
d) 1000N<br />
e) 5000N<br />
03) 3,4<br />
04) 5,0<br />
05) 6,6<br />
14) (UESB) A figura representa um recipiente que<br />
contém dois líquidos imiscíveis e um cilindro<br />
homogêneo, de altura h, flutuando na região da interface<br />
dos líquidos em equilíbrio.<br />
Sabendo – se que a densidade absoluta dos líquidos 1 e 2<br />
são, respectivamente, iguais a d 1 e d 2, e desprezando-se a<br />
viscosidade dos líquidos, a densidade do cilindro é igual<br />
a<br />
01)<br />
02)<br />
03)<br />
04)<br />
05)<br />
13) (UESB) A figura representa o gráfico p x h (pressão<br />
x profundidade) para um líquido contido em um<br />
reservatório aberto. Uma esfera, cujo volume é de<br />
200,0cm 3 , feita de um material cuja densidade é de<br />
0,8g/cm 3 , é totalmente mergulhada no reservatório e<br />
abandonada a seguir.<br />
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1) (ENEM) A adaptação dos integrantes da seleção<br />
brasileira de futebol à altitude de La Paz foi muito<br />
comentada em 1995, por ocasião de um torneio, como<br />
pode ser lido no texto abaixo.<br />
“A seleção brasileira embarca hoje para La Paz, capital<br />
da Bolívia, situada a 3.700 metros de altitude, onde<br />
disputará o torneio Interamérica. A adaptação deverá<br />
ocorrer em um prazo de 10 dias, aproximadamente. O<br />
organismo humano, em altitudes elevadas, necessita<br />
desse tempo para se adaptar, evitando-se, assim, risco de<br />
um colapso circulatório.”<br />
Adaptado da revista Placar, fev. 1995.<br />
211
A adaptação da equipe foi necessária, principalmente,<br />
porque a atmosfera de La Paz, quando comparada à das<br />
cidades brasileiras, apresenta:<br />
a) menor pressão e menor concentração de oxigênio.<br />
b) maior pressão e maior quantidade de oxigênio.<br />
c) maior pressão e maior concentração de gás carbônico.<br />
d) menor pressão e maior temperatura.<br />
e) maior pressão e menor temperatura.<br />
2) (ENEM) O pó de café jogado no lixo caseiro e,<br />
principalmente, as grandes quantidades descartadas em<br />
bares e restaurantes poderão se transformar em uma nova<br />
opção de matéria prima para a produção de biodiesel,<br />
segundo estudo da Universidade de Nevada (EUA). No<br />
mundo, são cerca de 8 bilhões de quilogramas de pó de<br />
café jogados no lixo por ano. O estudo mostra que o café<br />
descartado tem 15% de óleo, o qual pode ser convertido<br />
em biodiesel pelo processo tradicional. Além de reduzir<br />
significativamente emissões prejudiciais, após a extração<br />
do óleo, o pó de café é ideal como produto fertilizante<br />
para jardim. Revista Ciência e Tecnologia no Brasil, n°<br />
155, jan 2009<br />
Considere o processo descrito e a densidade do biodiesel<br />
igual a 900 kg/m 3 . A partir da quantidade de pó de café<br />
jogada no lixo por ano, a produção de biodiesel seria<br />
equivalente a<br />
A característica de funcionamento que garante essa<br />
economia é devida<br />
a) a altura do sifão de água.<br />
b) ao volume do tanque de água.<br />
c) a altura do nível de água no vaso.<br />
d) ao diâmetro do distribuidor de água.<br />
e) à eficiência da válvula de enchimento do tanque.<br />
4) (TIPO ENEM) Na figura um iceberg, um carro e um<br />
submarino se movimentando horizontalmente aparecem<br />
em três figuras.<br />
a) 1,08 bilhões de litros.<br />
b) 1,20 bilhões de litros.<br />
c) 1,33 bilhões de litros.<br />
d) 8,00 bilhões de litros.<br />
e) 8,80 bilhões de litros.<br />
212<br />
3) (ENEM) Um tipo de vaso sanitário que vem<br />
substituindo as válvulas de descarga está esquematizado<br />
na figura. Ao acionar a alavanca, toda a água do tanque é<br />
escoada e aumenta o nível no vaso, ate cobrir o sifão. De<br />
acordo com o Teorema de Stevin, quanto maior a<br />
profundidade, maior a pressão. Assim, a água desce<br />
levando os rejeitos até o sistema de esgoto. A válvula da<br />
caixa de descarga se fecha e ocorre o seu enchimento.<br />
Em relação as válvulas de descarga, esse tipo de sistema<br />
proporciona maior economia de água.<br />
A densidade da água em relação às densidades do<br />
iceberg, do carro e do submarino nas situações<br />
apresentadas é:<br />
a) maior, menor e igual.<br />
b) menor, maior e igual.<br />
c) igual, menor e igual.
d) igual, maior e igual.<br />
e) menor, igual e maior.<br />
5) (TIPO ENEM) No dia 10 de junho de 1984, o<br />
brasileiro Amyr Klink partiu da África para realizar uma<br />
das façanhas mais ousadas feita pelo homem: atravessar<br />
o Atlântico Sul em um barco a remo. Após 100 dias, ele<br />
chegou no Rio Vermelho (Salvador). A embarcação dele,<br />
chamada de IAT, tinha 1.120 Kg e 2,1 m 3 de volume<br />
total. Se Amyr tinha uma massa de 80 Kg, qual o volume<br />
do barco que ficava acima da linha d’água com Amyr<br />
dentro?<br />
Dados: densidade da água salgada =1,2 Kg/L<br />
a)20 N<br />
b)30 N<br />
c) 40 N<br />
d) 50 N<br />
e) 60N<br />
Dados: densidade da água salgada = 1,2 Kg/L<br />
Aceleração da gravidade = 10 m/s 2<br />
a) 1.100 L<br />
b) 1.200 L<br />
c) 1.300 L<br />
d) 1.400 L<br />
e) 1.500 L<br />
7) (TIPO ENEM) No século XX, baseado no princípio<br />
de Arquimedes, foram construídos os primeiros balões<br />
que transportavam pessoas. Esses balões tinham peso e,<br />
mesmo assim, conseguiam subir. O que se fazia para o<br />
balão subir era simplesmente esquentar o ar do seu<br />
interior. Digamos que a massa do balão como um todo<br />
(piloto+cesta do piloto+lona do balão+ar quente) meça<br />
260 kg. Qual o volume, mínimo de todo o balão,<br />
necessário para que ele consiga subir, se a densidade do<br />
ar ambiente mede 1,3 kg/m³? Dê a resposta em múltiplos<br />
de 1m³.<br />
a)199 m 3<br />
b) 200 m 3<br />
c) 201 m 3<br />
d)120 m 3<br />
6) (TIPO ENEM) Um bom mergulhador sabe que para<br />
movimentar em todas as direções dentro da água, deve<br />
estar em equilíbrio com ela. Como o corpo humano tende<br />
a boiar, os mergulhadores costumam usar um cinto com<br />
pesos de chumbo (lastro) para conseguir o equilíbrio.<br />
Entretanto, os mergulhadores inexperientes geralmente<br />
exageram no peso escolhido. Digamos que um<br />
mergulhador tenha um volume de 80L e 85 Kg e estava<br />
usando um cinto de lastro de 9 Kg. Como estava<br />
afundando, começou a se cansar para se manter parado.<br />
Chegou um momento que foi até o fundo e ficou em pé<br />
parado pisando na areia para descansar. Qual a força<br />
normal que a areia estará aplicando no mergulhador<br />
nessa situação?<br />
Dados: densidade da água salgada = 1,1 Kg/L<br />
e)121 m 3<br />
213
8) (TIPO ENEM) A tabela a seguir registra a pressão<br />
atmosférica em diferentes altitudes, e o gráfico relaciona<br />
a pressão de vapor da água em função da temperatura:<br />
9) (TIPO ENEM) As afirmações a seguir encontram-se<br />
em um folheto para agentes de saúde responsáveis por<br />
medir a pressão sanguínea de pacientes que chegam a um<br />
centro médico.<br />
Você foi chamado a revisá-lo, usando seus<br />
conhecimentos sobre o sistema circulatório.<br />
I - A pressão máxima medida é obtida quando o<br />
ventrículo esquerdo se contrai e a mínima, quando ele<br />
relaxa.<br />
II - A pressão sanguínea pode ser medida em qualquer<br />
parte do corpo, já que ela é igual em todo o sistema<br />
circulatório.<br />
III - O paciente deve evitar esforços físicos antes do<br />
exame, pois isso alteraria os resultados.<br />
IV - Os resultados serão alterados caso o paciente tenha<br />
ingerido alimentos excessivamente salgados antes do<br />
exame.<br />
V - A pressão sanguínea é maior no coração e nas veias e<br />
menor nas grandes artérias.<br />
As informações corretas são:<br />
a) I, II e III.<br />
b) I, III e IV.<br />
c) I, IV e V.<br />
d) II, III e V.<br />
Um líquido, num frasco aberto, entra em ebulição a partir<br />
do momento em que a sua pressão de vapor se iguala à<br />
pressão atmosférica. Assinale a opção correta,<br />
considerando a tabela, o gráfico e os dados apresentados,<br />
sobre as seguintes cidades:<br />
Natal(RN)<br />
Campos do Jordão (SP)<br />
Pico da Neblina (RR)<br />
A temperatura de ebulição será:<br />
a) maior em Campos do Jordão.<br />
b) menor em Natal.<br />
c) menor no Pico da Neblina.<br />
d) igual em Campos do Jordão e Natal.<br />
e) não dependerá da altitude.<br />
Nível do mar.<br />
Altitude 1628m.<br />
Altitude 3014m.<br />
e) III, IV e V.<br />
10) (TIPO ENEM) Na maioria dos peixes ósseos, a<br />
bexiga natatória é o órgão responsável por manter o<br />
equilíbrio hidrostático com o meio. Isso é possível por<br />
um controle de _______________ do corpo em relação à<br />
água. Portanto, ao nadar do fundo para a superfície, o<br />
peixe deve _______________ o volume da bexiga<br />
natatória, para que seu corpo permaneça em equilíbrio<br />
com a pressão do meio.<br />
Nesse texto, as lacunas devem ser substituídas,<br />
respectivamente, por:<br />
a) peso ... aumentar<br />
b) peso ... diminuir<br />
c) densidade ... aumentar<br />
d) densidade ... diminuir<br />
e) densidade ... manter<br />
214
11) (TIPO ENEM) Dois líquidos não missíveis, água<br />
(A) e óleo (B), com densidade 1 g/cm 3 e 0,9 g/cm 3 ,<br />
respectivamente, são colocados em um recipiente com<br />
uma esfera cuja densidade é 0,95 g/cm 3 . Indique qual das<br />
figuras apresenta a disposição correta dos líquidos e da<br />
esfera no recipiente.<br />
12) Com relação ao Termômetro de Galileu, analise as<br />
afirmações:<br />
I. Um objeto imerso em um fluido sofre a ação de duas<br />
forcas principais: a atração da gravidade, no sentido<br />
descendente, e o empuxo, no sentido ascendente.<br />
II. Quando a temperatura do ar fora do termômetro<br />
muda, a densidade do liquido em volta das bolhas<br />
também muda, porque o liquido ou se expande ou se<br />
contrai, dependendo da variação da temperatura.<br />
III. A bolha que afunda mais tem a menor densidade.<br />
Está(ão) correta(s):<br />
a) apenas I<br />
b) apenas II<br />
c) apenas II e III<br />
d) apenas I e II<br />
e) I, II e III<br />
TEXTO PARA AS QUESTÕES 12 e 13.<br />
13) Vamos supor que no termômetro haja cinco bolhas:<br />
uma bolha vermelha com a etiqueta indicando 15°C;<br />
O Termômetro de Galileu é<br />
um termômetro simples e<br />
razoavelmente preciso, que<br />
atualmente é mais usado como<br />
enfeite. Consiste em um tubo<br />
de vidro selado, preenchido<br />
com um liquido e várias bolhas<br />
que são esferas de vidro cheias<br />
de uma mistura liquida<br />
colorida. Cada bolha tem uma<br />
pequena etiqueta de metal que<br />
indica a temperatura. Cada<br />
bolha tem uma densidade<br />
própria, e a densidade de todas<br />
elas é muito próxima à<br />
densidade do liquido<br />
circundante. Quando a<br />
temperatura do ar muda, a<br />
temperatura do liquido em volta das bolhas também<br />
muda, fazendo variar a densidade do liquido. A uma<br />
determinada densidade, algumas bolhas flutuarão e<br />
outras afundarão.<br />
uma bolha verde com a etiqueta indicando 18°C;<br />
uma bolha azul com a etiqueta indicando 21°C;<br />
uma bolha amarela com a etiqueta indicando 24°C;<br />
uma bolha roxa com a etiqueta indicando 27°C.<br />
A uma certa temperatura ambiente, as bolhas<br />
vermelha e verde afundaram; as bolhas amarela e roxa<br />
ficaram flutuando no topo; a bolha azul ficou flutuando<br />
um pouco abaixo das bolhas vermelha e verde. A<br />
temperatura ambiente esta mais próxima de:<br />
a) 15°C<br />
b) 18°C<br />
c) 21°C<br />
d) 24°C<br />
e) 27°C<br />
14) Nos grandes fast food, as bebidas – suco ou<br />
refrigerante -, usualmente, são servidas com canudos que<br />
possibilitam a subida dos líquidos. Nas condições<br />
215
ambiente o líquido, tanto dentro como fora do canudo,<br />
encontra-se submetido à pressão atmosférica. Como<br />
essas forças se encontram em equilíbrio, a altura do<br />
líquido dentro e fora do canudo é a mesma. Quando uma<br />
pessoa coloca a boca na parte superior do canudo e<br />
“suga”, parte do ar atmosférico é removida. Logo, passa<br />
a existir diferença entre a pressão no interior e no<br />
exterior do canudo e, então, o líquido sobe. Uma<br />
explicação plausível para a subida do líquido pelo<br />
canudo está no fato de, após sugar,<br />
(08) subir muito lentamente, evitando descompressão<br />
rápida, prevenindo uma pneumonia por entrada de água<br />
nos pulmões;<br />
(16) subir rapidamente, para evitar o afogamento pela<br />
entrada de água nos pulmões;<br />
(32) subir muito lentamente, para evitar o surgimento de<br />
bolhas na corrente sanguínea, pela redução da<br />
temperatura de transição de fase de alguns elementos.<br />
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.<br />
16) (F.M. Itajubá-MG) 2 (dois) litros de um líquido com<br />
densidade igual a 0,500 g/cm 3 são misturados a 6 (seis)<br />
litros de outro líquido com densidade igual a 0,800<br />
g/cm 3 . Se na mistura não ocorreu contração de volume,<br />
determine, em g/cm 3 , qual a densidade do líquido<br />
resultante da mistura acima descrita.<br />
a) o produto pressão versus volume para o gás no interior<br />
do canudo se mantém constante, considerando que a<br />
temperatura se mantém constante.<br />
b) o produto pressão versus volume para o gás no interior<br />
do canudo aumenta, considerando que a temperatura se<br />
mantém constante.<br />
c) a pressão no interior do canudo aumenta e,<br />
consequentemente, a pressão sobre o líquido externo ao<br />
canudo o empurra para dentro do canudo.<br />
d) a pressão no interior do canudo diminui e,<br />
consequentemente, a pressão sobre o líquido externo ao<br />
canudo o empurra para dentro do canudo.<br />
e) o líquido fica sujeito a uma força exercida pela boca e<br />
flui em direção à parte superior do canudo.<br />
15) (UFSC) Um mergulhador atinge uma profundidade<br />
de 60 m quando parte no encalço de um peixe que lhe<br />
daria a vitória numa competição de caça submarina. Para<br />
voltar à superfície e exibir o resultado de sua pescaria, é<br />
correto afirmar que ele deveria:<br />
(01) subir rapidamente, pois a essa profundidade não são<br />
causados quaisquer tipos de danos à sua saúde;<br />
(02) subir à mesma velocidade com que desceu, pois o<br />
seu organismo reage de forma idêntica na subida e na<br />
descida;<br />
(04) subir muito lentamente, para evitar a descompressão<br />
rápida, o que poderia causar a vaporização de elementos<br />
do sangue, gerando uma embolia;<br />
a) 0,725<br />
b) 0,300<br />
c) 0,415<br />
d) 0,375<br />
e) 0,615<br />
17) (UFSC) Suponha que existissem lunáticos, habitantes<br />
da Lua, semelhantes aos terráqueos.<br />
Sobre tais habitantes, na superfície lunar é correto<br />
afirmar que:<br />
(01) não poderiam beber líquidos através de um<br />
canudinho, pela inexistência de atmosfera;<br />
(02) não conseguiriam engolir nada;<br />
(04) não conseguiriam empinar pipa;<br />
(08) numa partida de futebol, poderiam fazer<br />
lançamentos mais longos do que se estivessem na Terra;<br />
(16) numa partida de futebol, teriam menos opções de<br />
chutes, pela impossibilidade de aplicar efeitos na bola;<br />
(32) poderiam apreciar o alaranjado do pôr do Sol como<br />
um terráqueo;<br />
(64) teriam um céu constantemente azul pela inexistência<br />
de nuvens.<br />
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.<br />
216
18) (UFPE) Uma caixa metálica fechada de 90kg e 0,010<br />
m 3 de volume, está imersa no fundo de uma piscina cheia<br />
d‘água. Qual a força, F (em Newtons), necessária para<br />
içá-la através da água, com velocidade constante, usando<br />
uma roldana simples?<br />
a) 750<br />
b) 800<br />
c) 850<br />
d) 900<br />
e) 950<br />
c) o mercúrio é o único metal em estado líquido, na<br />
temperatura ambiente.<br />
d) o mercúrio, sendo um metal líquido, é bom condutor<br />
de calor.<br />
e) se fosse feita com a água, com densidade muito menor<br />
que a do mercúrio, o tubo de vidro deveria ter<br />
comprimento maior que 10 m.<br />
19) (UFPE) O casco de um submarino suporta uma<br />
pressão externa de até 12,0 atm sem se romper. Se, por<br />
acidente, o submarino afundar no mar, a que<br />
profundidade, em metros, o casco se romperá?<br />
a) 100<br />
b) 110<br />
c) 120<br />
d) 130<br />
e) 140<br />
20) (UERJ) Um adestrador quer saber o peso de um<br />
elefante. Utilizando uma prensa hidráulica, consegue<br />
equilibrar o elefante sobre um pistão de 2000cm 2 de área,<br />
exercendo uma força vertical F equivalente a 200N, de<br />
cima para baixo, sobre o outro pistão da prensa, cuja área<br />
é igual a 25cm 2 . Calcule o peso do elefante.<br />
22) (UFPB) Um garoto, ao colocar para flutuar um cubo<br />
de plástico, de massa 4g e medindo 2cm de lado, verifica<br />
que o mesmo fica com metade de seu volume submerso.<br />
a) Determine a densidade do cubo.<br />
b) Faça um esboço desta situação, indicando todas as<br />
forças que atuam no cubo.<br />
c) Determine a densidade do fluido no qual o cubo está<br />
flutuando.<br />
23) (UFPB) Uma esfera maciça, de volume igual a<br />
1x10 – 3 m 3 , repousa no fundo de um recipiente cheio de<br />
água, de acordo com a figura ao lado. Determine o<br />
módulo da força que o fundo do recipiente exerce sobre a<br />
esfera.<br />
Dados:<br />
aceleração da gravidade g=10m/s 2 .<br />
densidade da água = 1x 10 3 kg/m 3 .<br />
densidade do material da esfera = 3 x 10 3 kg/m 3 .<br />
21) (UPE) A famosa experiência de Torricelli foi<br />
realizada com o mercúrio, porque:<br />
a) se fosse feita com a água, que apresenta densidade<br />
muito inferior à do mercúrio, a altura seria imperceptível.<br />
b) se fosse feita com um líquido mais denso que o<br />
mercúrio, o tubo de vidro deveria ter maior<br />
comprimento.<br />
24) (UFPB) Uma esfera de cobre, maciça, cujo volume é<br />
6x10 -2 m 3 está em repouso, suspensa por um fio, com dois<br />
terços de seu volume submersos em água, de acordo com<br />
a figura ao lado. Sabendo que as densidades do cobre e<br />
da água são 9x10 3 kg/m 3 e 1x10 3 kg/m 3 , respectivamente,<br />
e considerando a aceleração da gravidade g=10m/s 2 ,<br />
determine o módulo.<br />
217
a) do empuxo sobre a esfera.<br />
b) da força que o fio exerce sobre a esfera.<br />
a)3,0<br />
b)3,0x10<br />
c)3,0x10 2<br />
d) 3,0x10 3<br />
e) 3,0x10 4<br />
25) (UFPB) Um corpo esférico está totalmente imerso<br />
num líquido de densidade 1,0g/cm 3 e apoiado numa<br />
balança de mola colocada sobre o fundo do recipiente.<br />
Sendo 1,2g/cm 3 a densidade do corpo e 0,1m 3 seu<br />
volume, qual a leitura da balança? Considere g = 10m/s 2 .<br />
30) (UESC) Um macaco hidráulico consiste de dois<br />
pistões cilíndricos, de áreas diferentes, conectados por<br />
um tubo preenchido de óleo. Se o diâmetro do pistão<br />
maior é igual a 1,0m e o do menor, a 10,0cm, e a<br />
aceleração da gravidade local é igual a 10m/s 2 , então a<br />
intensidade da força mínima que deverá ser aplicada no<br />
pistão de menor área para que, sobre o pistão de maior<br />
área, seja suspenso um automóvel de 1tonelada é igual,<br />
em newtons, a<br />
01) 1,0.10<br />
02) 1,0.10 2<br />
03) 1,0.10 3<br />
04) 1,0.10 4<br />
26) (UFPB) Um corpo de densidade 0,80 g/cm 3 flutua<br />
em um líquido cuja densidade é 1,0 g/cm 3 . Determine a<br />
fração do volume do corpo que fica submersa no líquido.<br />
27) (UFBA) A pressão atmosférica, medida por um<br />
barômetro de mercúrio a uma certa altitude, vale<br />
6,528x10 4 N/m 2 . O barômetro tem massa de 3kg e, nessa<br />
altitude, o seu peso é igual a 28,8N. Determine, em cm, a<br />
altura da coluna líquida, sabendo-se que a densidade do<br />
mercúrio vale 13,6g/cm 3 .<br />
05) 1,0.10 5<br />
Uma esfera de platina, com massa e volume,<br />
respectivamente, iguais a 1,0kg e 45cm 3 , que está presa à<br />
extremidade de um fio ideal, é abandonada do repouso a<br />
partir do ponto A e sobe até o ponto C, após penetrar em<br />
um recipiente, contendo 1,0kg de água, conforme a<br />
figura.<br />
28) (UNILUZ-SP) Uma piscina de 3m de comprimento e<br />
2m de largura contém 9000kg de água, sendo g=10m/s 2 e<br />
dágua=1g/cm 3 ; assim podemos afirmar que a pressão<br />
exercida pela água no fundo da piscina, em pascal, vale<br />
quanto?<br />
218<br />
29) (UCSal-BA) Um aquário de vidro possui 40cm de<br />
largura e 80cm de comprimento. Nele foi colocada água<br />
até uma altura de 30cm. A pressão que a água exerce no<br />
fundo do aquário, em N/m 2 , vale:<br />
Dados: Densidade da água = 1,0 g/cm 3 g=10m/s 2<br />
Sabe-se que o módulo da aceleração da gravidade local é<br />
igual a 10m/s 2 , e que o calor específico e a densidade da<br />
água são, respectivamente, iguais a 4,0J/gºC e 1,0g/cm 3 .
31) (UESC) Admitindo-se que toda a energia mecânica<br />
perdida pela esfera é absorvida pela água em forma de<br />
energia térmica, pode-se afirmar que a variação da<br />
temperatura da água será igual, em 10 -3 ºC, a:<br />
01) 1,50<br />
02) 2,54<br />
03) 3,00<br />
04) 5,32<br />
05) 6,25<br />
32) (UESC) Desprezando-se a variação de temperatura<br />
do sistema, o módulo da tração do fio, no instante em<br />
que a esfera se encontra na posição B, será igual, em N,<br />
a:<br />
01) 10,70<br />
02) 9,55<br />
03) 8,20<br />
04) 7,54<br />
05) 6,00<br />
33) (UNEB) Para mostrar, experimentalmente, a<br />
existência de uma força de empuxo, um ovo, ao ser<br />
colocado na superfície da água, de um recipiente de<br />
vidro, submerge e permanece em repouso no fundo desse<br />
recipiente. Em seguida, adiciona-se lentamente, com<br />
agitação, sal à água até que o ovo seja impulsionado para<br />
cima e se equilibre com 60% do volume submerso.<br />
Desprezando-se a viscosidade da água e sabendo-se que<br />
a densidade absoluta e o volume do ovo são,<br />
respectivamente, iguais a ì0 e V, é correto afirmar que a<br />
densidade absoluta da água salgada é, aproximadamente,<br />
igual a:<br />
01) 1,2 ì0<br />
02) 1,4 ì0<br />
03) 1,5 ì0<br />
04) 1,6 ì0<br />
05) 1,7 ì0<br />
34) (UESC) Um reservatório contém água, de densidade<br />
1,0g/cm 3 , até uma altura de 5,0m, em um local onde o<br />
módulo da aceleração da gravidade é de 10m/s 2 .<br />
Sabendo-se que a pressão atmosférica é igual a<br />
1,0.10 5 pa, o módulo da força que a água exerce sobre<br />
uma rolha circular, de área igual a 20,0cm 2 , colocada na<br />
base desse reservatório, em newtons, equivale a:<br />
01) 540,0<br />
02) 300,0<br />
03) 280,0<br />
04) 200,0<br />
35) (UEFS) Um dinamômetro indica o peso de um corpo<br />
no ar como sendo 20,0N e, quando esse mesmo corpo se<br />
encontra totalmente submerso na água, de densidade<br />
igual a 1,0g/cm 3 , a indicação passa a ser de 18,0N.<br />
Considerando-se o módulo da aceleração da gravidade<br />
loca igual a 10,0m/s 2 , pode-se afirmar que o volume do<br />
corpo é igual, em cm 3 , a:<br />
a) 1,8.10<br />
b) 2,0.10 2<br />
c) 2,0.10 5<br />
d) 3,8.10 2<br />
e) 3,8.10 5<br />
36) (UESB) Sobre um cubo de madeira flutuando em<br />
água, coloca-se um bloco de massa m=200,0g. Ao<br />
retirar-se o bloco, o cubo eleva-se 2,0 cm. Sabendo-se<br />
que a densidade da água é d = 1,0g/cm 3 pode-se afirmar<br />
que a aresta do cubo é igual, em cm, a:<br />
01) 6<br />
02) 8<br />
03) 10<br />
04) 12<br />
05) 14<br />
37) (UEFS) Utilizando-se uma régua milimetrada e uma<br />
balança, cuja menor divisão da escala é 1,0kg, um<br />
estudante avaliou as medidas da aresta e da massa de um<br />
bloco cúbico maciço como sendo iguais a 6,10cm e<br />
1,8kg, respectivamente. A densidade do bloco, calculada<br />
a partir das medidas realizadas pelo estudante e expressa<br />
em g/cm 3 , deve ser escrita, corretamente, com um<br />
número de algarismos significativos igual a:<br />
219
a) 6<br />
b) 5<br />
c) 4<br />
d) 3<br />
e) 2<br />
38) (UFBA/BAHIANA/UNEB) Assinale os itens<br />
corretos:<br />
(01) O volume submerso do acarajé que flutua no azeite<br />
de dendê aumenta com a elevação da temperatura do<br />
azeite, desprezando-se a perda de água com a fritura e a<br />
absorção do óleo.<br />
(02) A pressão mínima exercida pelo coração de uma<br />
pessoa — que está em um local cujo módulo da<br />
aceleração da gravidade é 10m/s 2 — para bombear o<br />
sangue, de densidade 1,2g/cm 3 , até o cérebro — que está<br />
50,0cm acima do coração — é igual a 6,0.10 3 Pa.<br />
(03) Uma força de intensidade μghA atua sobre um<br />
equipamento de área de secção transversal A, a uma<br />
profundidade h, em águas marinhas de densidade μ, onde<br />
a aceleração da gravidade tem módulo g.<br />
(04) O paralelepípedo de arestas 10,0cm, 20,0cm e<br />
40,0cm e massa 8,0kg — ao ser mergulhado em água, de<br />
densidade 1,0g/cm 3 , no local em que o módulo da<br />
aceleração da gravidade é 10,0m/s 2 — permanece em<br />
equilíbrio, quando desprezada a viscosidade.<br />
(07) A força de empuxo sobre um peixe-sapo que flutua<br />
submerso em água é maior em águas profundas do que<br />
em águas rasas, desprezando-se as variações nas<br />
densidades da água e do peixe-sapo.<br />
(08) O caranguejo de profundidade encontrado a 500,0m<br />
abaixo da superfície da água fica submetido a uma<br />
pressão de 5,0.10 6 Pa, causada pela água, em um local em<br />
que o módulo da aceleração da gravidade é igual a<br />
10,0m/s 2 e a densidade da água é 1,0g/cm 3 .<br />
(09) A pressão sobre um corpo fixo, no fundo do mar,<br />
aumentaria em 10% da pressão atmosférica, com a<br />
elevação do nível do mar de 1,0m de altura,<br />
considerando-se a densidade da água igual a 1,0g/cm 3 , a<br />
aceleração da gravidade local 10m/s 2 e a pressão<br />
atmosférica 1,0.10 5 Pa.<br />
(10) A massa da carga colocada no interior de um navio,<br />
de densidade dn e volume V, equilibrando-se com 25%<br />
do volume submerso em água, de densidade da, é dada<br />
pela expressão<br />
(11) A densidade do óleo de mamona, em relação à da<br />
água, é igual a h1/h2 , sendo determinada equilibrandose<br />
uma balança de pratos com um tubo cilíndrico<br />
contendo óleo até a altura h1, e com outro, idêntico, com<br />
água até a altura h2.<br />
(12) Uma cidade localizada a uma maior altitude estará<br />
submetida a maiores pressões atmosféricas.<br />
220<br />
(05) A tensão, no fio da vara de pescar, –– quando o<br />
peixe de massa m e densidade d, é puxado com<br />
aceleração de módulo g/3, no interior da água,de<br />
densidade M - é igual a gm(4d-3M), sendo g o módulo<br />
da aceleração da gravidade local.<br />
(06) A variação entre a pressão sistólica de 12mmHg e a<br />
diastólica de 8mmHg, em uma pessoa com a pressão<br />
normal, é equivalente àquela exercida na base da coluna<br />
de água de 4,0cm de altura, sendo as densidades do<br />
mercúrio e da água iguais, respectivamente, a 13,6g/cm 3<br />
e a 1,0g/cm 3 .<br />
(13) A água de um dique exerce uma força vertical para<br />
cima sobre um corpo nele imerso que é diretamente<br />
proporcional à densidade desse corpo.<br />
(14) Quanto maior a densidade de um fluido maior será a<br />
pressão exercida por esse mesmo fluido na base do<br />
recipiente que o armazena.
(15) A nível do mar, uma coluna de 10 m de água exerce<br />
sobre a base uma pressão maior que a exercida por uma<br />
coluna de 760 mm de mercúrio.<br />
39) (UESB) Um submarino encontra-se a uma<br />
profundidade de 100,0m do nível do mar. Considere a<br />
massa específica da água do mar igual 1,0g/cm 3 e a<br />
aceleração da gravidade igual 10,0m/s 2 . Para que a<br />
tripulação sobreviva, um descompressor mantém o seu<br />
interior a uma pressão constante igual à pressão<br />
atmosférica ao nível do mar.<br />
Com base nessas informações, analise as afirmativas e<br />
marque com V as verdadeiras e com F, as falsas.<br />
( ) A pressão hidrostática no ponto onde se encontra o<br />
submarino é de 10,0atm.<br />
( ) A pressão externa total sobre o submarino é de<br />
11,0atm<br />
( ) A pressão interna total é de 11,0atm.<br />
A alternativa que indica a sequência correta, de cima<br />
para baixo, é a<br />
01) F V V<br />
02) F V F<br />
03) V F F<br />
04) V V F<br />
05) V V V<br />
40) (UESB) Com base nos conhecimentos de<br />
Hidrostática, é correto afirmar:<br />
01) O princípio de Arquimedes torna possível a<br />
aplicação de injeções.<br />
02) O princípio físico utilizado no estudo da flutuação<br />
dos corpos é o Princípio de Stevin.<br />
03) O princípio de Pascal torna possível montar um<br />
dispositivo multiplicador do trabalho.<br />
04) Se um corpo parcialmente imerso em um fluido está<br />
em equilíbrio hidrostático, o empuxo sobre ele é nulo.<br />
05) O peso aparente de qualquer corpo imerso em um<br />
fluido é igual ao seu peso fora do fluido subtraído do seu<br />
empuxo.<br />
221
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />
A C B A A E C C B C<br />
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20<br />
D D C D 36 A 29 B B 1,6.10 4<br />
21 22 23 24 25 26 27<br />
E a)500kg/m 3<br />
20N<br />
a) 400 N<br />
200 80% 5<br />
c)1000kg/m 3<br />
b)5000N<br />
28 29 30 31 32 33 34 35 36<br />
1,5.10 4 N/m 2 D 2 5 2 5 2 B 3<br />
37 38 39 40<br />
E VVVVFFFVVVFFFVF 4 5<br />
ANOTAÇÕES:<br />
222<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________
ATIVIDADES ARRETADAS PARA SALA<br />
1) (CESGRANRIO) O tubo em U contém mercúrio e<br />
água como mostra a figura. Ambos os ramos estão<br />
abertos para a atmosfera. Qual dos gráficos propostos a<br />
seguir mostra como varia a pressão hidrostática p em<br />
função da posição e ao longo do caminho 1-2-3-4-5 ?<br />
em B é Fb. Sendo assim, as relações entre os pesos Pa e<br />
Pb e as forças Fa e Fb são:<br />
a) Pa > Pb e Fa = Fb<br />
b) Pa = Pb e Fa = Fb<br />
c) Pa > Pb e Fa > Fb<br />
d) Pa = Pb e Fa > Fb<br />
3) (UFPE) Uma esfera maciça é colocada dentro de um<br />
recipiente contendo água. A densidade da esfera é 0,m8<br />
g/cm3. Qual das figuras representa a posição de<br />
equilíbrio?<br />
4) (UFMG) Ana lança 3 caixas – I, II e III - , de mesma<br />
massa, dentro de um poço com água. Elas ficam em<br />
equilíbrio nas posições indicadas na figura dessa questão.<br />
Sejam EI, EII e EIII os módulos dos empuxos sobre,<br />
respectivamente, as caixas I, II e III. Com base nessas<br />
informações, é correto afirmar que:<br />
2) (UERJ) Duas esferas, A e B, de pesos Pa e Pb, de<br />
mesmo volume, de materiais distintos e presas a fios<br />
ideais, encontram-se flutuando em equilíbrio no interior<br />
de um vaso cheio de água, conforme o desenho. A força<br />
que o liquido exerce em A (empuxo) é Fa e a exercida<br />
a) EI > EII > EIII<br />
b) EIII = EII > EI<br />
c) EI = EII = EIII<br />
d) EI > EII = EIII<br />
223
5) Uma caixa de madeira de peso 40 N boia num<br />
recipiente com líquido, com apenas 2/3 do seu volume<br />
imerso. Em seguida, a caixa é completamente<br />
mergulhada no líquido através de um fio ideal. A tração<br />
nesse fio vale:<br />
a) 20 N<br />
b) 30 N<br />
c) 45 N<br />
d) 90 N<br />
e) 50 N<br />
6) (UEL) Um cilindro maciço é mantido totalmente<br />
imerso em um líquido mediante a aplicação de uma força<br />
vertical de intensidade 20 N, conforme mostra a figura:<br />
Quando abandonado, o cilindro flutua, ficando em<br />
equilíbrio com 1/3 do seu volume imerso. Nestas<br />
condições, o peso do cilindro, em newtons, vale:<br />
a) 5<br />
b) 10<br />
c) 15<br />
d) 20<br />
e) 25<br />
7) (UNIFOR) Um bloco cúbico de madeira, com 10 cm<br />
de aresta, está mergulhado no óleo e na água. A altura<br />
imersa na água é de 2 cm. A densidade do óleo é 0,8<br />
g/cm 3 . Qual a densidade da madeira, em g/cm 3 ?<br />
equilíbrio flutuando. Determine o valor da extensão X<br />
imersa.<br />
a) 4 cm<br />
b) 5 cm<br />
c) 6 cm<br />
d) 8 cm<br />
e) 10 cm<br />
9) (UNIP) Na figura as esferas maciças A e B, estão<br />
ligadas por um fio ideal e o sistema está em equilíbrio. A<br />
esfera a está no interior de um liquido homogêneo de<br />
densidade 2d e a esfera b está no interior de outro liquido<br />
homogêneo de densidade 3d.<br />
Sabendo que as esferas têm raios iguais e que a esfera a<br />
tem densidade d, podemos concluir que a densidade da<br />
esfera B é:<br />
a) d<br />
b) 2d<br />
c) 3d<br />
d) 4d<br />
e) 5d<br />
10) (PUC-PR) O macaco hidráulico representa na figura<br />
está em equilíbrio. Os êmbolos formam áreas iguais a 2a<br />
e 5a . Qual a intensidade da força F?<br />
a) 0,8<br />
b) 0,84<br />
c) 0,9<br />
d) 0,94<br />
224<br />
8) Um cubo de madeira de 30 cm de aresta e de peso P e<br />
encontra-se inicialmente preso ao fundo de uma piscina<br />
através de um fio submetido a uma tração T = 4P.<br />
Cortando-se o fio, o bloco submerge e permanece em<br />
11) (MACKENZIE) O diagrama abaixo mostra o<br />
princípio do sistema hidráulico do freio de um<br />
automóvel. Quando uma força de intensidade 50N é
exercida no pedal, a força aplicada pelo êmbolo de área<br />
80mm² tem intensidade igual a:<br />
a) 100N<br />
b) 250N<br />
c) 350N<br />
recipiente de água é levantado abaixo da esfera de modo<br />
que a esfera fique completamente submersa. Depois<br />
disso, a corda vibra em seu quinto harmônico, como<br />
mostrado na figura. Qual é o raio da esfera?<br />
d) 400N<br />
e) 500N<br />
12) (IME) Um submarino inimigo encontra-se a uma<br />
altura H do fundo do mar, numa região onde a gravidade<br />
vale g e a água pode ser considerada um fluido nãoviscoso,<br />
incompressível, com massa específica ρ.<br />
Subitamente, a nave solta do seu interior uma misteriosa<br />
caixa cúbica de volume h³ e massa específica 1,2ρ.<br />
Determine o tempo que a caixa gasta até a tocar o solo.<br />
GABARITO:<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13<br />
B A C C A B B C D<br />
70<br />
KgF<br />
E<br />
3s<br />
7,38<br />
cm<br />
ANOTAÇÕES:<br />
Dados : g = 10m/s²; H = 7,5m; ρ = 1,0.<br />
10 ³kg.m –3<br />
13) Uma extremidade de uma corda horizontal está presa<br />
a uma lâmina que está vibrando, e a outra passa sobre<br />
uma polia como na figura. Uma esfera de massa de<br />
2,00kg está pendurada na extremidade livre da corda. A<br />
corda está vibrando em seu segundo harmônico. Um<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
225
CAPÍTULO 10 – DINÂMICA DOS FLUÍDOS<br />
É SÓ SUBIR NO AR LEVANTAR DA TERRA O<br />
CORPO, OS PÉS?<br />
ISSO É QUE É VOAR?<br />
NÃO.<br />
VOAR É LIBERTAR-ME<br />
É PARAR NO ESPAÇO INCONSISTENTE,<br />
É SER LIVRE, LEVE,INDEPENDENTE,<br />
É TER A ALMA SEPARADA DE TODA<br />
EXISTÊNCIA,<br />
É NÃO VIVER SENÃO EM NÃO-VIVÊNCIA.<br />
E ISSO É VOAR?<br />
NÃO.<br />
VOAR É HUMANO.<br />
É TRANSITÓRIO, MOMENTÂNEO.<br />
O mesmo ocorre com as asas dos pássaros:<br />
1- COMO O AVIÃO VOA?<br />
Adaptação da Revista Mundo Estranho – Editor<br />
Fernando Badô<br />
O básico é vencer duas forças que grudam o "bichão" à<br />
terra. A primeira é a resistência do ar contra o avião ou<br />
qualquer objeto em movimento. Para superá-la, os aviões<br />
usam hélices, turbinas ou foguetes para conseguir um<br />
impulso maior que a resistência. A segunda é o próprio<br />
peso da aeronave. Nesse caso, é preciso criar uma força<br />
mais poderosa que o peso para empurrar o avião para<br />
cima - o empuxo. Fácil? Nem tanto. A solução apareceu<br />
em um princípio da física, enunciado pelo suíço Daniel<br />
Bernoulli: quando a velocidade da passagem do ar por<br />
uma superfície aumenta, a pressão diminui. Aí, os<br />
engenheiros desenharam asas de modo que o ar passasse<br />
mais rápido na parte de cima e mais devagar na parte de<br />
baixo. Com isso, a pressão na parte de cima da asa fica<br />
menor, e na parte de baixo fica maior, certo? Essa<br />
diferença de pressão "suga" a asa para cima, gerando um<br />
empuxo suficiente para fazer o avião levantar. No ar, pás<br />
móveis ajudam a controlar os movimentos laterais e de<br />
subida e descida, como você vê abaixo.<br />
1. Para fazer um avião sair do chão, a primeira coisa é<br />
superar a resistência do ar a objetos em movimento. Para<br />
isso, a aeronave precisa ser impulsionada por hélices,<br />
foguetes ou turbinas. Essas últimas executam duas ações:<br />
primeiro, sugam o ar para dentro com uma grande hélice,<br />
como um exaustor gigante.<br />
226
2. Depois de sugar o ar, as turbinas expelem esse ar do<br />
outro lado, comprimido e acelerado por várias hélices<br />
menores. O ar supercomprimido e acelerado que sai da<br />
turbina gera uma força em sentido oposto, que "empurra"<br />
o avião pra frente fazendo-o vencer a resistência do ar.<br />
3. Vencida a resistência do ar, é hora de superar o peso<br />
de centenas de toneladas que gruda o avião ao solo.<br />
Quem vai fazer isso são as asas, especialmente<br />
desenhadas para criar um poderoso empuxo (força que<br />
empurra o avião para cima).<br />
4. A asa mais usada em aviões comerciais tem a parte de<br />
cima curva e a da baixo reta. Esse tipo de construção<br />
induz uma diferença de velocidade na passagem do ar: o<br />
ar de cima passa mais rápido, pois percorre um caminho<br />
maior no mesmo tempo que o ar de baixo, que passa<br />
mais devagar.<br />
Onde o ar que passa por cima tem uma<br />
velocidade maior do que o ar que passa por baixo<br />
causando assim uma diferença de pressão. O ar que passa<br />
em baixo tem uma pressão maior, empurrando a asa para<br />
cima. Em uma casa a pressão interna empurra o telhado:<br />
5. A diferença na velocidade na passagem de ar faz com<br />
que a pressão na parte de cima da asa seja menor que<br />
embaixo. Com isso, a força do peso (que atua em direção<br />
ao solo) fica menor que a força de empuxo (que atua para<br />
cima). E o avião começa a voar!<br />
6. Para que o piloto possa controlar o ângulo de subida<br />
ou descida e realizar ajustes na velocidade do avião, as<br />
asas possuem pás móveis chamadas flaps. Eles alteram a<br />
direção da passagem do ar, mudando a diferença de<br />
pressão na asa e, por conseqüência, o empuxo do avião.<br />
7. Por fim, o avião não perde a direção graças à asa que<br />
fica em pé na parte de trás, o estabilizador vertical. Ele<br />
mantém a aeronave em linha reta. O estabilizador<br />
também tem um flap, chamado de leme, que é movido<br />
sempre que o piloto quer virar a aeronave para a<br />
esquerda ou para a direita.<br />
Como um vendaval em uma tempestade, o vento fora da<br />
casa tem uma diferença de velocidade com o ar dentro da<br />
casa, causando assim uma diferença de pressão e o ar<br />
dentro da casa empurra o telhado e a destelha.<br />
NO CONTEXTO DA FÍSICA<br />
2 – POR QUE FORTES VENTANIAS<br />
DESTELHAM AS CASAS?<br />
Parece que é um evento muito simples onde o<br />
vento apenas entra por debaixo da telha e a levanta, então<br />
o corriqueiro fato de lacrar um barracão não o<br />
destelharia. Mais esse processo é o mesmo que ocorre<br />
para que um avião decole. Trata-se de do movimento do<br />
ar, onde maior a velocidade do meio, menor será pressão.<br />
227
3 – A HIDRODINÂMICA E A EQUAÇÃO DA<br />
CONTINUIDADE<br />
A hidrodinâmica estuda os líquidos em<br />
movimento, como o vento sobre uma casa ou a água<br />
escoando pelo leito de um rio. Aqui não serão<br />
considerados os casos em que o escoamento do líquido é<br />
turbulento.<br />
Na figura, esquematizamos um tubo. Sejam A 1 e<br />
A 2 as áreas das secções retas em duas partes distintas do<br />
tubo. As velocidades de escoamento em A 1 e A 2 valem,<br />
respectivamente, v 1 e v 2.<br />
Pela equação da continuidade podemos afirmar<br />
que “a velocidade de escoamento é inversamente<br />
proporcional à área da secção transversal”. Ou seja,<br />
diminuindo a área, a velocidade de escoamento aumenta<br />
na mesma proporção, e a vazão permanece a mesma. É o<br />
que ocorre quando tapamos parcialmente a saída de água<br />
de uma mangueira com o dedo, visando a aumentar a<br />
velocidade de saída da água e o alcance dela.<br />
4 – EQUAÇÃO DE BERNOULLI<br />
Daniel Bernoulli, mediante considerações de energia<br />
aplicada ao escoamento de fluidos, conseguiu estabelecer<br />
a equação fundamental da Hidrodinâmica. Tal equação é<br />
uma relação entre a pressão, a velocidade e a altura em<br />
pontos de uma linha de corrente.<br />
Como o líquido é incompressível, ou seja, sua<br />
densidade não varia ao longo do percurso, o volume<br />
que entra no tubo no tempo t é aquele existente no<br />
cilindro de base A 1 e altura Δx 1 = v 1Δt. Esse volume é<br />
igual àquele que, no mesmo tempo, sai da parte cuja<br />
secção tem área A 2.<br />
Dessa forma, volume(1) = volume(2)<br />
Se dividirmos o volume escoado ΔV pelo tempo<br />
de escoamento Δt, teremos uma grandeza denominada<br />
vazão, e é representada pela letra Q, como vimos<br />
anteriormente.<br />
A vazão Q 1 na entrada do tubo é a mesma vazão<br />
Q 2 na saída. Assim, podemos afirmar que:<br />
Substituindo Δx1 = v1Δt, podemos finalmente chegar a<br />
Equação da Continuidade:<br />
Considerando duas secções retas de áreas A 1 e A 2 num<br />
tubo de corrente, sejam p 1 e p 2 as pressões nessas<br />
secções. A densidade do fluido é d e as velocidades de<br />
escoamento valem, respectivamente, v 1 e v 2. Sejam F 1 e<br />
F 2 as forças de pressão exercidas pelo fluido restante<br />
sobre o fluido contido no tubo.<br />
A soma algébrica dos trabalhos realizados pelas<br />
forças F 1 e F 2 é igual a soma das variações das energias<br />
cinética e potencial entre as secções (1) e (2):<br />
228
Como<br />
F = P.A e<br />
Obtemos<br />
d = m / V<br />
5 – APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO DE BERNOULLI<br />
5.1 – TUBO DE VENTURI<br />
O tubo de Venturi é um tubo horizontal, dotado de um<br />
estrangulamento, conforme indica a figura.<br />
Também sabemos que<br />
Chegamos a<br />
Obtemos<br />
E finalmente chegamos a Equação de Bernoulli<br />
Adaptando-se tubos verticais laterais, observa-se que, na<br />
parte mais larga, a pressão é maior do que na parte mais<br />
estreita. O contrário acontece com a velocidade.<br />
De fato, pela equação da continuidade, tem-se:<br />
O princípio de Bernoulli é uma consequência da<br />
conservação de energia, embora, curiosamente, ele tenha<br />
sido desenvolvido muito antes da formulação do conceito<br />
de conservação da energia.<br />
Se o tubo for horizontal, então h1 = h2 equação fica<br />
simplificada para:<br />
como<br />
Temos<br />
Pela equação de Bernoulli<br />
Percebe-se facilmente que o Teorema de Stevin está<br />
contido na equação de Bernoulli. Para um líquido em<br />
repouso, v1 = v2 = 0 e obtemos:<br />
Conclui-se<br />
Pois<br />
229
Em resumo, nos condutores de secção variável, nas<br />
regiões mais estreitas, a pressão é menor e a velocidade<br />
de escoamento é maior.<br />
5.2 – VELOCIDADE DE ESCOAMENTO DE<br />
FLUIDOS ATRAVÉS DE PEQUENOS ORIFÍCIOS<br />
5.3 – SUSTENTAÇÃO DE AVIÕES<br />
Quando um avião se desloca horizontalmente ou<br />
com uma pequena inclinação para cima, a velocidade do<br />
ar acima da asa é maior do que na sua face inferior;<br />
consequentemente, a pressão do ar é maior embaixo do<br />
que em cima da asa.<br />
Nessas condições surge uma força de<br />
sustentação de baixo para cima que permite ao aparelho<br />
se manter no ar sem cair.<br />
Para ser possível o cálculo da velocidade de<br />
escoamento do fluido através do pequeno orifício<br />
B, basta considerar que:<br />
porque esses pontos estão em contato direto com a<br />
atmosfera. Vamos considerar que o nível do líquido<br />
desce lentamente em virtude de em B a abertura ser<br />
muito pequena:<br />
Logo,tem-se:<br />
Onde<br />
R: força resultante<br />
S: força de sustentação<br />
F: força de resistência<br />
5.4 – VAPORIZADORES<br />
Isolando-se e fazendo h = hb – ha teremos<br />
que é um resultado idêntico ao se aplicar a equação de<br />
Torricelli na queda livre.<br />
Uma bomba de ar faz com que o ar seja<br />
empurrado paralelamente ao extremo de um tubo que<br />
está imerso em um líquido. A pressão nesse ponto<br />
diminui, e a diferença de pressão com o outro extremo do<br />
tubo empurra o fluido para cima. O ar rápido também<br />
divide o fluido em pequenas gotas, que são empurradas<br />
para frente.<br />
230
5.5 – CHAMINÉ<br />
O movimento de ar do lado de fora de<br />
uma casa ajuda a criar uma diferença de<br />
pressão que expulsa o ar quente da<br />
lareira para cima, através da chaminé.<br />
a- A água sai com mais velocidade do furo B que do<br />
cano A.<br />
b- A água sai com mais velocidade do cano A que do<br />
furo B.<br />
c- A água sai com a mesma velocidade nos dois casos.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Em um dia de muita ventania, as ondas em um lago ou<br />
oceano atingem alturas maiores do que sua média. Como<br />
o princípio de Bernoulli contribui para o aumento dessa<br />
altura?<br />
2) Como o princípio de Bernoulli se aplica ao vôo dos<br />
aeroplanos?<br />
3) Por que os navios que passam lateralmente um pelo<br />
outro em mar aberto sofrem o risco de sofrer colisão?<br />
4) É sabido que um cubo de gelo flutuando na água tem<br />
9/10 de seu volume submerso e apenas 1/10 fora da água.<br />
Isso acontece com um cubo de gelo dentro dágua aqui na<br />
superfície da Terra. E se fosse na superfície da Lua onde<br />
a aceleração da gravidade é 6 vezes menor que na Terra?<br />
Como ficaria o cubo de gelo na água se a observação<br />
fosse feita na Lua?<br />
a- Menos de 9/10 submerso.<br />
7) Um frasco largo de vidro tampado retém várias<br />
moscas. Esse frasco é colocado sobre o prato de uma<br />
balança digital. Qual das alternativas abaixo está correta?<br />
a) A balança registra mais peso quando as moscas estão<br />
pousadas no fundo do frasco.<br />
b) A balança registra mais peso quando as moscas estão<br />
voando dentro do frasco.<br />
c) A balança fica sempre na mesma.<br />
8) O recipiente A tem álcool e o recipiente B tem<br />
mercúrio, ambos com o mesmo nível e na mesma altura.<br />
O mercúrio é muito mais pesado que o álcool. Se ambas<br />
as torneiras forem abertas no mesmo instante, quem<br />
esvazia primeiro?<br />
a) O recipiente com álcool que é mais leve.<br />
b) O recipiente com mercúrio que é mais pesado.<br />
c) Os dois esvaziam ao mesmo tempo.<br />
b- 9/10 submerso.<br />
c- Mais de 9/10 submerso.<br />
5) O balde da figura tem dois furos (A e B) por onde a<br />
água pode sair. Pelo furo B a água sai direto para fora.<br />
Pelo furo A ela sai por um cano que termina na mesma<br />
altura do furo B.<br />
Desprezando os atritos podemos dizer que:<br />
231
A FÍSICA NOSSA DE CADA DIA...<br />
1- A HIDRODINÂMICA E OS TORNADOS – A<br />
FORÇA DA NATUREZA<br />
mais frequentemente, mas não sempre, quando estão<br />
presentes tempestades, é lógico supor que as condições<br />
necessárias para a formação das tempestades são também<br />
favoráveis para os tornados. Ou seja, ambientes quentes<br />
e úmidos. Uma nuvem em funil é comumente a<br />
observação do início de um tornado. Se por acaso atingir<br />
o solo, ela passa para a próxima fase e é oficialmente<br />
designada como um tornado. As paredes de um tornado<br />
não são sempre visíveis (como as nuvens), mas são<br />
frequentemente definidas pelos detritos e poeira que<br />
sugam até o vórtex.<br />
O tornado é uma coluna de ar em rotação<br />
acelerada cujo centro apresenta pressão extremamente<br />
baixa. Os tornados são comuns na primavera e no<br />
começo do verão, sobretudo nas grandes planícies<br />
americanas. Embora os meteorologistas possam alertar a<br />
população quando as condições são favoráveis ao<br />
aparecimento de tornados, somente agora os estudos<br />
estão avançando na compreensão de suas origens e<br />
comportamento. Coletar dados sobre eles é<br />
extremamente difícil, tendem a aparecer e a desaparecer<br />
em uma área antes que os pesquisadores tenham a<br />
oportunidade de se aproximar.<br />
Apenas recentemente, com a ajuda do radar Doppler, foi<br />
possível registrar a exata velocidade do vento de um<br />
tornado, que nos mais violentos pode chegar a 450<br />
quilômetros por hora.<br />
Quando o funil de um tornado atinge sua largura<br />
máxima, algo entre 15 metros e alguns quilômetros, e<br />
está perpendicular ao solo, o tornado passa para sua<br />
terceira fase e pode ser chamado de tornado maduro. Um<br />
tornado maduro é um tornado em sua fase mais violenta,<br />
destruindo praticamente tudo em seu caminho. Há um<br />
certo mistério envolvendo a criação e o comportamento<br />
dos tornados. As pesquisas deverão afastar esse mistério,<br />
mas a fascinação por essa poderosa criação da natureza<br />
deve permanecer.<br />
2- A CIÊNCIA DO CHUTE COM EFEITO<br />
Na história do futebol, alguns jogadores ficaram<br />
famosos por seus tiros enviesados, que surpreendem os<br />
goleiros ao mudar subitamente de rumo. Mas essa<br />
invejável habilidade tem explicação científica.<br />
232<br />
Mesmo que todos os detalhes ainda não sejam<br />
conhecidos, os meteorologistas possuem ideias gerais de<br />
como o processo começa. Como os tornados ocorrem<br />
ESSE CHUTE DE ROBERTO CARLOS<br />
CONSEGUIRIA ESTA FAÇANHA
A bola, chutada quase da intermediária, subiu<br />
demais, passando por cima da barreira formada a uma<br />
distância de 10 metros. Se continuasse nessa trajetória,<br />
iria fatalmente para fora do campo. De repente, porém, a<br />
bola fez uma curva no ar e pareceu perder força,<br />
surpreendendo o goleiro, que nem sequer teve tempo de<br />
corrigir seus cálculos e saltar antes que ela caísse<br />
suavemente dentro de suas redes. O gol, aos 27 minutos<br />
do segundo tempo no jogo com o Peru, classificou o<br />
Brasil para a disputa da Copa do Mundo de 1958, na<br />
Suécia. O resto da história todo mundo conhece: Brasil,<br />
campeão mundial de futebol revelando ao mundo um<br />
meia-esquerda apelidado Pelé.<br />
Mas o gol que levou o Brasil à Suécia nasceu<br />
dos pés de um meia-direita. O goleiro peruano foi traído<br />
pela folha-seca - a grande<br />
especialidade de Valdir<br />
Pereira dos Santos, do<br />
Botafogo do Rio de<br />
Janeiro, conhecido como<br />
Didi. É provável que ele<br />
não soubesse disso, mas<br />
dois fenômenos<br />
aerodinâmicos são<br />
responsáveis por aquele e<br />
dezenas de outros gols<br />
parecidos que marcou: a força ascensional, a mesma que<br />
ajuda os aviões a voar, e o chamado efeito Magnus, de<br />
onde se originou a expressão tiro com efeito, para<br />
designar os chutes enviesados que fazem o desespero dos<br />
goleiros.<br />
Atuando sobre um avião em vôo, a força<br />
ascensional se manifesta quando o ar que passa ao redor<br />
do aparelho alcança uma velocidade maior na parte<br />
superior das asas. Isso acontece justamente por causa da<br />
forma especial do perfil das asas nos aviões. Segundo<br />
uma lei formulada pelo físico e matemático suíço Daniel<br />
Bernouilli, no século XVIII, a pressão sobre um gás ou<br />
uma superfície será menor quanto maior a velocidade do<br />
fluido. Por isso, a pressão na parte superior da asa é<br />
menor que na parte inferior. Essa diferença de pressão<br />
gera uma força que fornece ao avião seu empuxo<br />
aerodinâmico. A força ascensional aerodinâmica pode<br />
aparecer também aliada ao efeito Magnus no vôo de uma<br />
bola - quando, além de subir, ela gira ao redor de seu<br />
próprio eixo. Os jogadores de futebol costumam dizer<br />
então que a bola está "envenenada".<br />
Ao girar sobre seu próprio eixo, a superfície da<br />
bola sofre o atrito do ar. Isso influi na velocidade com<br />
que o ar passa ao seu redor: na parte superior da bola, o<br />
ar é mais rápido; na inferior, mais lento. Devido a essa<br />
diferença de velocidade - assim como no caso das asas<br />
do avião -, ocorre uma diferença de pressão entre a parte<br />
de cima e a de baixo; em consequência, chutada<br />
embaixo, a bola sobe, numa trajetória também<br />
determinada pela força de gravidade e a resistência do ar.<br />
Já a intensidade do<br />
efeito Magnus e sua<br />
influência na<br />
trajetória da bola<br />
dependem de vários<br />
fatores. A superfície<br />
áspera da bola e a<br />
grande velocidade do<br />
giro sobre o próprio eixo, em relação à velocidade de<br />
vôo, aumentam o efeito.<br />
Já a influência na trajetória aparece<br />
principalmente nas bolas mais leves. O efeito Magnus foi<br />
observado pela primeira vez em 1852 pelo físico alemão<br />
Gustav Magnus - daí o nome -, a pedido da Comissão de<br />
Provas da Real Artilharia Prussiana. Pouco a pouco,<br />
essas observações começaram a ser aplicadas em vários<br />
campos da ciência.<br />
Mas não apenas os cientistas recorreram às<br />
descobertas de Gustav Magnus. Desde muito cedo, na<br />
história moderna do futebol, também os jogadores<br />
aprenderam na prática a chutar com efeito. Os princípios<br />
são simples: se a bola é chutada na parte de cima, tende a<br />
sofrer uma queda mais acentuada; se o chute é aplicado<br />
na parte de baixo, a bola volta para trás - um recurso<br />
muito usado na jogada conhecida como "bicicleta", que o<br />
atacante brasileiro Leônidas da Silva celebrizou, na<br />
década de 30.<br />
Bater na bola lateralmente faz com que, em<br />
função do giro sobre seu próprio eixo - para a direita ou<br />
para a esquerda -, ela se desvie da trajetória normal.<br />
Chutando corretamente a bola - na parte de cima ou de<br />
233
234<br />
baixo, na lateral direita ou esquerda - é possível fazê-la<br />
descrever curvas numa trajetória aparentemente<br />
imprevisível. Os jogadores mais habilidosos até<br />
conseguem marcar gols em cobrança de escanteio,<br />
quando a bola parte da mesma linha onde estão fincadas<br />
as traves. É o gol olímpico, assim chamado por ter sido<br />
obtido pela primeira vez pela Seleção do Uruguai nos<br />
Jogos Olímpicos de 1924.<br />
A maior dificuldade nesse tipo de chute está em<br />
bater na bola com força suficiente para obter uma<br />
mudança significativa em sua rota normal. Uma bola<br />
oficial de futebol tem um peso relativamente alto - entre<br />
453 e 534 gramas - e não é fácil fazê-la descrever uma<br />
curva no ar.<br />
Quem já chutou uma bola de praia sabe como<br />
ela descreve as mais estranhas curvas. Isso acontece<br />
porque, sendo muito leve, lhe é muito difícil vencer a<br />
resistência do ar. Ao ter o movimento de rotação sobre<br />
seu próprio eixo interrompido pelo ar, ela muda<br />
bruscamente de direção. Alguns jogadores têm um<br />
domínio tão grande dos chutes de efeito que não o<br />
utilizam apenas na cobrança de faltas, mas também para<br />
lançamentos de longa distância aos companheiros.<br />
Embora teoricamente não tenha segredo para os<br />
profissionais do futebol - que o chamam de "três dedos",<br />
pela forma com que o pé bate na bola -, o chute de Didi<br />
ainda não foi imitado. Elegante, boêmio e sem paciência<br />
para as longas sessões de treinamentos físicos - "no<br />
futebol, quem deve correr é a bola, não o jogador", dizia<br />
-, Didi batia na bola com impulso suficiente para fazê-la<br />
chegar até perto do gol adversário, para então perder<br />
força, descrever uma curva e cair suavemente, como uma<br />
folha seca levada pelo vento.<br />
ENSINAMENTOS DO MESTRE.<br />
Em seu livro, Jogando com Pelé, ele ensina<br />
como enviesar um tiro: "Usa-se o dorso interno ou<br />
externo do pé para os chutes de curva. A fim de obrigar a<br />
bola a fazer uma curva para<br />
a esquerda, chuta-se com o<br />
dorso interno do pé, visando<br />
não o meio, mas o lado<br />
direito da bola, no caso de o<br />
chute ser feito com o pé<br />
direito. Com o esquerdo, a<br />
ação é ao contrário. Se você<br />
quiser chutar em curva para<br />
a direita - com o pé direito -, utilize o dorso externo do<br />
pé e a área de impacto é o lado esquerdo da bola. Os<br />
lados interno e externo do pé são usados nos chutes<br />
próximos à meta, quando o goleiro adversário sai do gol<br />
em direção ao atacante.<br />
O goleiro sempre oferece um canto da meta,<br />
tentando obrigar-nos a chutar naquele canto, como ele<br />
queria. É por isso que, quando próximos da meta,<br />
devemos colocar a bola, observando bem a posição do<br />
goleiro. Sabe por quê? É muito mais fácil o goleiro<br />
defender um chutão do que um chute fraco, mas bem<br />
colocado. No chutão, a bola sai violentamente, mas não<br />
modifica muito a sua rota, e o chute com menos força,<br />
mas colocado, pode modificar o rumo pela maneira como<br />
a gente bate na bola. Com a parte interna do pé, é<br />
possível colocá-la muito bem, porque a área de contato é<br />
maior, portanto a precisão do chute também é maior"<br />
(REVISTA SUPER INTERESSANTE JANEIRO DE 1988)<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) (UFBA) Um fenômeno bastante curioso, associado ao<br />
vôo dos pássaros e do avião, pode ser visualizado através<br />
de um experimento simples, no qual<br />
se utiliza um carretel de linha para<br />
empinar pipa, um prego e um<br />
pedaço circular de cartolina. O<br />
prego é colocado no centro da<br />
cartolina e inserido no buraco do<br />
carretel, conforme a figura.<br />
Soprando pelo buraco superior do<br />
carretel, verifica-se que o conjunto<br />
cartolina-prego não cai. Considere a massa do conjunto<br />
cartolina-prego igual a 10 g, o raio do disco igual a 2 cm<br />
e a aceleração da gravidade local, 10 m/s 2 .<br />
A partir dessas informações, apresente a lei física<br />
associada a esse fenômeno e calcule a diferença de<br />
pressão média mínima, entre as faces da cartolina,<br />
necessária para impedir que o conjunto caia.<br />
2) (UFBA) Em um recipiente transparente, cuja área da<br />
secção transversal é igual a S1, é feita uma pequena<br />
abertura A, de área S2, a uma altura h2, sendo S1 muito<br />
maior que S2 . Deve-se encontrar a altura da água, h1, de<br />
modo que, ao escoar pela pequena abertura, o filete de<br />
água atinja um tubo de ensaio a uma distância x do<br />
recipiente, como mostra a figura. Sabe-se que a altura h1<br />
pode ser determinada usando-se a equação de Bernoulli
P + pgh + pv 2 /2 = constante em qualquer ponto do fluido,<br />
sendo<br />
• P a pressão estática externa, no caso a pressão<br />
atmosférica;<br />
• p a densidade do fluido;<br />
• V a velocidade em um ponto do fluido;<br />
• h a altura no ponto do fluido de velocidade V;<br />
• g a aceleração da gravidade local.<br />
4) (UFBA) A tragédia de um vôo entre o Rio de Janeiro<br />
e Paris pôs em evidência um dispositivo, baseado na<br />
equação de Bernoulli, que é utilizado para medir a<br />
velocidade de um fluido, o chamado tubo de Pitot. Esse<br />
dispositivo permite medir a velocidade da aeronave com<br />
relação ao ar. Um diagrama é mostrado na figura. No<br />
dispositivo, manômetros são usados para medir as<br />
pressões p A e p B nas aberturas A e B, respectivamente.<br />
Com base nessas informações, — considerando que as<br />
velocidades V 1 e V 2, nos pontos 1 e 2, respectivamente,<br />
são tais que V 1 S 1 = V 2 S 2 e desprezando quaisquer<br />
forças dissipativas —, mostre, utilizando a equação de<br />
Bernoulli, que h 1 = h 2 + V 22 /2g e calcule h 1, para x=1m e<br />
h 2=0,5m.<br />
Considere um avião voando em uma região<br />
onde a densidade do ar é igual a 0,60kg/m 3 e os<br />
manômetros indicam p A e p B iguais a 63630,0N/m 2 e a<br />
60000,0N/m 2 , respectivamente. Aplique a equação de<br />
Bernoulli nessa situação e determine a velocidade do<br />
avião com relação ao ar.<br />
5) (BAHIANA)<br />
3) (UFBA) Um experimento interessante e de fácil<br />
execução pode ser realizado com uma fita de papel. Esse<br />
experimento consiste em aproximar a fita do lábio<br />
inferior e soprá-la, verificando-se, então, que ela se<br />
eleva.<br />
Considerando que o papel utilizado<br />
tem a gramatura (massa por unidade<br />
de área) igual a 75,0g/m 2 e espessura<br />
desprezível, que o módulo da<br />
aceleração da gravidade local é igual a<br />
10,0m/s 2 e que a densidade do ar é de<br />
1,3kg/m 3 ,<br />
• explique por que o papel se eleva;<br />
• calcule a força resultante, por unidade de área, em um<br />
ponto do papel, quando alguém sopra a fita com<br />
velocidade de 2,0m/s.<br />
A figura representa uma seringa contendo uma<br />
vacina que promove a proteção imunológica contra uma<br />
doença infecciosa.<br />
Considerando-se o medicamento como um<br />
fluido ideal e o escoamento como estacionário durante a<br />
injeção dessa vacina, com base nos conhecimentos de<br />
hidrodinâmica, pode-se afirmar corretamente que a<br />
01) vazão do líquido em A é maior do que em B.<br />
02) pressão hidrodinâmica no ponto A é maior do que a<br />
no ponto B.<br />
03) velocidade de escoamento em B é maior do que em A.<br />
04) soma das pressões estática e dinâmica permanece<br />
constante durante o escoamento do líquido.<br />
05) pressão dinâmica em B varia na proporção direta da<br />
velocidade de escoamento nesse ponto<br />
235
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1) A artéria aorta de um adulto tem um raio de cerca de<br />
1cm e o sangue nela flui com velocidade de 33cm/s.<br />
a) Quantos litros de sangue por segundo são<br />
transportados pela aorta?<br />
b) Sendo 5 litros o volume de sangue no organismo, use<br />
o resultado anterior para estimar o tempo médio que o<br />
sangue leva para retornar ao coração.<br />
2) (AFA) Através de uma tubulação horizontal de seção<br />
reta variável, escoa água, cuja densidade é 10 3 kg/m 3 .<br />
Numa seção da tubulação a pressão estática e o módulo<br />
da velocidade valem respectivamente 1,5.10 5 N/m 2 e 2<br />
m/s. A pressão estática em outra seção da tubulação,<br />
onde o módulo da velocidade vale 8 m/s, é em N/m 2 :<br />
a) 1,2 .10 5<br />
b) 1,8.10 5<br />
c) 3.10 5<br />
d) 6.10 5<br />
no tubo vertical. A massa específica do líquido (suposto<br />
ideal) é 1g/cm 3 . Adotar g = 10m/s 2 e supor o escoamento<br />
permanente e irrotacional. Determine a pressão efetiva<br />
no ponto 1.<br />
6) Pela abertura de uma torneira, cuja área é 1,6cm 2 ,<br />
escoa água à razão de 24cm 3 /s. Como a vazão é<br />
constante, a corrente de água vai se estreitando como<br />
indica a figura, pois a velocidade<br />
aumenta e, de acordo com a equação<br />
de continuidade, onde a velocidade é<br />
maior, a área é menor. Adotando g =<br />
10m/s 2 e supondo que as partículas de<br />
água caiam em queda livre, determine a área da seção<br />
reta da corrente de água a uma distância h = 2,0cm da<br />
boca da torneira.<br />
7) Um tanque de água de “grande” seção reta possui dois<br />
“pequenos” orifícios situados às alturas h 1 e h 2, como<br />
indica na figura.<br />
3) Um vento de 144km/h sopra acima do teto de uma<br />
casa. Admitindo que a densidade do ar seja 1,2kg/m 3 e<br />
que a área do teto seja 50m 2 , calcule:<br />
236<br />
a- a diferença de pressão entre um ponto logo abaixo e<br />
outro logo acima do teto;<br />
b- a intensidade da força que resulta dessa diferença de<br />
pressão e que tende a levantar o teto.<br />
4) O tubo de Pitot esquematizado na figura foi usado<br />
para medir a velocidade de um avião em relação ao ar,<br />
cuja densidade é 1,25kg/m 3 . O líquido manométrico é o<br />
mercúrio cuja densidade é 13,6 x 10 3 kg/m 3 . Sendo g =<br />
10m/s 2 e h = 10cm, calcule a velocidade do avião.<br />
5) Na tubulação horizontal indicada na figura, o líquido<br />
escoa com vazão de 400cm 3 /s e atinge a altura de 0,5m<br />
Para determinado nível h da superfície livre da água,<br />
observa-se que os dois jatos de água atingem o solo no<br />
mesmo ponto.<br />
a) Sendo h 1 e h 2 quaisquer, determine a relação entre h,<br />
h 1 e h 2.<br />
b) Calcule o valor de h sabendo que h 1 = 20cm, h 2 =<br />
45cm e g = 10m/s 2 .<br />
8) Uma mangueira com 2,50 cm de diâmetro é usada por<br />
um jardineiro para encher um balde de 30,0 litros. O<br />
jardineiro observa que leva 1,00 minutos para balde. Um<br />
bico com uma abertura de área de secção transversal de<br />
0,500 cm² é então conectado á mangueira. O bico é<br />
conectado de tal forma que a água seja projetada<br />
horizontalmente de um ponto 1,00 m acima do solo. A<br />
que distância horizontal pode a água ser projetada?
GABARITO<br />
1 2 3 4<br />
a) 0,1 l/s<br />
b) 50 segundos<br />
A a) 960 N/m 2<br />
b) 48000 N<br />
148 m/s<br />
5 6 7 8<br />
11000 N/m 2 0,37 cm 2 a) h = (2,25h2 – h1)/1,25<br />
b) 65 cm<br />
4,52 m<br />
ANOTAÇÕES:<br />
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237
CAPÍTULO 11 – CONSERVAÇÃO DE ENERGIA<br />
Esse imediatismo surge da necessidade de se<br />
prevenir (como diriam nossos avós, é melhor prevenir do<br />
que remediar) de uma possível futura crise de produção<br />
de energia, visto que as nossas reservas atuais de<br />
petróleo estão se esgotando, sobrando-nos apenas o<br />
manancial.<br />
2 – FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA<br />
238<br />
1 – CRISE DE ENERGIA?<br />
Você já deve estar acostumado a usar e a ouvir<br />
falar no termo energia, bem como já tem um certo<br />
conhecimento da sua importância para o nosso dia a dia.<br />
Sendo a energia vital para a humanidade, o seu consumo<br />
começou a aumentar assustadoramente a partir da década<br />
de 40. Com o término da Segunda Grande Guerra e a<br />
cada ano que passa, mais dessa energia tem que ser<br />
produzida e transformada para satisfazer às necessidades<br />
da população mundial, que não pára de crescer.<br />
Tem-se iniciado no Brasil uma profunda<br />
reflexão acerca das principais fontes convencionais<br />
energéticas, bem como as possíveis opções de produção<br />
alternativa de energia. É claro que não basta discussão<br />
sem ação. É necessário que haja uma política clara<br />
levando em consideração não somente os aspectos<br />
econômicos, mas sobretudo as questões ambientais e<br />
sociais.<br />
Porque é necessário então, uma ação imediata?<br />
Em um futuro bem próximo as fontes<br />
alternativas de energia serão a solução para possíveis<br />
crises na produção energética das fontes convencionais.<br />
Abaixo faremos uma síntese dessas principais fontes não<br />
convencionais, bem como uma discussão acerca de seus<br />
impactos ambientais e sociais.<br />
A – ENERGIA SOLAR<br />
Com uma temperatura interna de<br />
aproximadamente 20000000 0C e queimando<br />
continuamente hidrogênio, o Sol converte a cada<br />
segundo 700000 toneladas de sua massa em energia,<br />
sendo que diariamente parte dessa massa é transformada<br />
em 4 x 1020 watts de potência.<br />
O planeta Terra recebe do Sol 200 trilhões de<br />
kw, o que é equivalente à potência de 190 milhões de<br />
usinas de Sobradinho no Vale do São Francisco. Em<br />
apenas 3000 hectares de células fotovoltaicas (aparelhos<br />
quetransformam energia solar em energia elétrica)<br />
teríamos a geração de energia equivalente a já citada<br />
usina de Sobradinho. Então, se há tanta energia solar<br />
chegando em nosso planeta, porque parte dela não pode<br />
ser mais bem aproveitada?<br />
Na verdade o custo tecnológico atual para a<br />
produção em larga escala das células fotovoltaicas e dos<br />
aquecedores solares é muito grande. Daí a necessidade<br />
do governo e das empresas privadas investirem em<br />
pesquisa, propiciando assim, uma possível redução nos<br />
custos de produção que viabilizariam o uso intenso de<br />
uma fonte alternativa de energia segura e saudável.<br />
B – ENERGIA EÓLICA<br />
A energia dos ventos ou energia eólica sempre<br />
foi aproveitada ao longo da história da humanidade. As
antigas caravelas europeias conquistaram o mundo<br />
graças a esta forma ecologicamente correta de energia.<br />
Os moinhos que giravam quando em contato com o<br />
vento, serviram para bombear água e moer grãos.<br />
Algumas pesquisas têm sido desenvolvidas no sentido de<br />
baratear os custos na produção de inúmeros cata-ventos,<br />
responsáveis em transformar a energia mecânica dos<br />
ventos em energia elétrica.<br />
Os cata-ventos funcionam de uma forma bem<br />
simples: o ar incide sobre diversas pás inclinadas,<br />
transmitindo para elas parte de sua energia de<br />
movimento que, segundo equações básicas da mecânica,<br />
é convertida em energia de movimento de rotação (o<br />
cata-vento começa a girar) para em seguida se<br />
transformar em outras formas de energia, inclusive a<br />
elétrica.<br />
C – ENERGIA NUCLEAR<br />
Sendo uma das formas mais controvertidas de<br />
energia, a potencial nuclear é também uma das mais<br />
caras, pois envolve tecnologia de ponta, e cuidados<br />
extremos de segurança.<br />
A energia nuclear pode ser obtida da fissão ou<br />
da fusão dos núcleos atômicos. Mas o que vem a ser<br />
fissão ou fusão nuclear?<br />
A primeira forma está relacionada com a quebra<br />
do núcleo atômico, liberando nêutrons. Enquanto que a<br />
fusão consiste na união de núcleos leves para formação<br />
de núcleos pesados. Para manter estáveis os prótons que<br />
estão se repelindo mutuamente deve haver muita energia<br />
dentro do núcleo. Dessa forma, na fissão ou na fusão,<br />
parte dessa grande energia é liberada (associada a uma<br />
perda de massa) de acordo à famosa equação de Einstein<br />
E = mc2. Toda essa energia liberada gera calor, para<br />
depois se converter em eletricidade.<br />
O combustível usado nas reações dentro dos<br />
reatores nucleares nas usinas é o urânio.<br />
Recentemente iniciou-se em nosso país a<br />
exploração de jazidas no sudoeste baiano gerando um<br />
profundo mal-estar por parte da população. De um lado a<br />
tecnologia, criando novos empregos e trazendo o<br />
progresso e do outro, os evidentes perigos da<br />
manipulação de elementos radioativos. Fazendo o quadro<br />
comparativo com outros tipos de energia, a nuclear é<br />
uma das que menos atinge o ambiente (não esquecendo o<br />
problema do lixo atômico) e a mais perigosa em caso de<br />
acidentes.<br />
Mesmo com todos os riscos, a produção de<br />
energia nuclear é fundamental para um país em<br />
desenvolvimento como o nosso. O que deve ser feito,<br />
como já citamos, é o investimento em pesquisa para<br />
aumentar a segurança em torno dessas usinas.<br />
D – BIOMASSA<br />
O Brasil é um grande celeiro de combustíveis<br />
gerados a partir da biomassa. O Pro-álcool é um exemplo<br />
real da viabilidade econômica de um projeto que busca,<br />
através do material orgânico, a produção de energia a<br />
partir da cana de açúcar. Em um país com rico potencial<br />
agrícola como o nosso, é importante que os Governos<br />
voltem a incentivar a pesquisa, no sentido de produzir<br />
tecnologia barata e em larga escala para o uso da<br />
biomassa.<br />
O material orgânico é transformado em adubo e<br />
em combustível através de um processo natural, em que<br />
as bactérias se encarregam de todo o trabalho. Além da<br />
evidente aplicação dos produtos gerados, essa forma de<br />
produzir energia tem um grande triunfo ecológico:<br />
reciclar um possível lixo que geraria doenças a partir dos<br />
focos de insetos.<br />
Resta-nos apenas um planejamento adequado.<br />
3 – USINAS HIDRELÉTRICAS<br />
Desde o ensino fundamental aprendemos que a<br />
superfície da Terra possui três quartos encobertos pelas<br />
águas.<br />
No Brasil há duas classes distintas para os rios: os<br />
perenes, devido ao surgimento de água do subsolo,e os<br />
temporários, com correnteza somente na época das<br />
chuvas. Usa-se o movimento das águas nos rios perenes<br />
para movimentar bombas d‘água. Mas, já no século XIX<br />
a tecnologia conseguiu substituir estas bombas por<br />
turbinas, que são mais eficientes e geram grandes<br />
quantidades de energia mecânica que, ao passar por<br />
geradores, transforma-se em eletricidade. A energia<br />
elétrica que chega em nossas casas e é a responsável pelo<br />
funcionamento de aparelhos domésticos (liquidificador,<br />
ventilador, televisão) provém das usinas hidrelétricas.<br />
Nestas usinas existem as já citadas turbinas que se<br />
movimentam. A energia para provocar a rotação de uma<br />
turbina advém do movimento da água que cai sobre suas<br />
pás. Existe uma barragem nessas usinas hidrelétricas que<br />
armazena a água a uma certa altura em relação à turbina.<br />
Devido à atração gravitacional da Terra sobre a água,<br />
239
podemos dizer que o sistema Terra-água armazena uma<br />
forma de energia mecânica. Antes de prosseguirmos na<br />
discussão sobre energia mecânica é importante que<br />
façamos um questionamento: afinal de contas, o que<br />
realmente é a energia?<br />
4 – MAS, O QUE É ENERGIA?<br />
De todos os conceitos da ciência, talvez o mais<br />
central seja o de energia. A combinação de energia com<br />
matéria forma o universo: matéria é substância, energia é<br />
o que move a substância. A ideia de matéria é fácil de<br />
entender. Ela possui massa e ocupa espaço. A energia,<br />
por outro lado, é abstrata. Não podemos ver, tocar ou<br />
cheiras a maioria das formas de energia. É<br />
surpreendente, mas a ideia de energia foi ignorada por<br />
Isaac Newton e sua existência ainda era objeto de debate<br />
pelos anos 1850. Pessoas, lugares e coisas possuem<br />
energia, mas geralmente observamos a energia quando<br />
ela está sendo transformada ou transferida. Ela chega a<br />
nós na forma de ondas eletromagnéticas vindas do Sol e<br />
a sentimos como energia térmica; ela é capturada pelas<br />
plantas e mantém juntas as moléculas da matéria; ela está<br />
nos alimentos que comemos e nós a recebemos através<br />
da digestão. Por ora, começaremos nosso estudo da<br />
energia considerando um conceito a ela relacionado:<br />
TRABALHO.<br />
Certamente é o agente que aplicou a força. Uma pessoa<br />
qualquer que empurra o corpo, aplicando a força F.<br />
Vamos supor que o corpo atingiu, ao final do<br />
percurso, uma energia cinética final de 140 J. Se sua<br />
energia cinética inicial era de 100 J, ele teria ganhado 40<br />
J. Essa energia que o corpo ganhou foi dado pela força<br />
aplicada pelo homem.<br />
A essa energia fornecida ao corpo pela força, costuma-se<br />
chamar de TRABALHO.<br />
ATENÇÃO<br />
Como no exemplo acima, se a força estiver a<br />
favor do movimento, ela fornece energia ao corpo e<br />
consideramos o trabalho positivo. Caso a força fosse<br />
oposta ao movimento, ela retiraria energia do corpo e<br />
consideraríamos o trabalho negativo.<br />
Como era de se esperar, se a força não é a favor<br />
e nem é contrária à orientação do movimento, ela não irá<br />
fornecer nem retirar energia. Nessa situação o trabalho<br />
será nulo.<br />
5 – TRABALHO<br />
Consideremos um corpo de massa m que se<br />
desloca ao longo de uma certa distância d sendo<br />
empurrado por uma força F qualquer.<br />
UM CASO ESPECIAL<br />
Se uma força constante F forma um ângulo θ<br />
com a direção do movimento e atua numa partícula<br />
enquanto ela sofre um deslocamento d, do ponto A ao<br />
ponto B.<br />
No início do percurso a velocidade inicial tem<br />
um valor V0. Após a ação da força, a sua velocidade<br />
aumenta para um valor final Vf.<br />
Vamos refletir: se a velocidade está<br />
aumentando, podemos afirmar que uma forma de energia<br />
associada ao movimento, a energia cinética, está<br />
aumentando também.<br />
Mas, se a energia cinética está aumentando,<br />
quem está fornecendo esta energia para o corpo?<br />
Pode-se afirmar que o trabalho realizado pela<br />
força, ou a energia fornecida por ela será igual a:<br />
WF = F. d. cosθ<br />
Unidade no SI: joule (J); 1 J= 1 N.m<br />
240
NÃO ESQUEÇA:<br />
Com exceção de algumas forças denominadas forças<br />
conservativas, que serão estudadas mais adiante,<br />
podemos dizer que o trabalho é positivo quando a força<br />
atua de modo a aumentar a quantidade de energia<br />
mecânica e é negativo quando ela atua de modo a fazer<br />
essa quantidade de energia diminuir.<br />
OLHA O RESUMÃO GALERA<br />
6 – POTÊNCIA<br />
Para entendermos o conceito de potência vamos imaginar<br />
uma estorinha:<br />
Na casa de um amigo têm dois banheiros<br />
idênticos completamente imundos... até no nível de<br />
sujeira são iguais. Dois outros colegas foram convidados<br />
para limpá-los. A tarefa é a mesma (o trabalho é igual).<br />
O colega 1 mais experiente é mais rápido: gasta apenas<br />
meia hora. O colega 2, mais devagar, gasta uma hora.<br />
Acredito que concordem que o de colega 2 é menos<br />
potente que o colega 1. Quem realiza a mesma tarefa em<br />
menor tempo terá uma potência maior.<br />
Vejamos dois outros exemplos:<br />
a) Um carro é mais potente que outro quando ele<br />
“arranca” mais rapidamente, isto é, atinge uma grande<br />
velocidade num intervalo de tempo menor.<br />
b) Um aparelho de som é mais potente que outro quando<br />
ele transforma mais energia elétrica em sonora num<br />
menor intervalo de tempo.<br />
Vemos que a definição de trabalho envolve<br />
tanto força quanto como distância. Um halterofilista que<br />
sustenta um haltere pesando 1000 newtons acima de sua<br />
cabeça não está realizando trabalho algum sobre o<br />
haltere. O trabalho está sendo feito sobre os músculos,<br />
esticando-os e contraindo-os, o que é força vezes<br />
distância numa escala biológica (daí o cansaço), mas esse<br />
trabalho não é realizado sobre o haltere. O halterofilista<br />
está realizando trabalho sobre o haltere enquanto o ergue<br />
a partir do solo.<br />
No gráfico do valor algébrico da força em função da<br />
distância, a área sob o gráfico mede o trabalho realizado<br />
da força.<br />
Uma máquina não é caracterizada pelo trabalho<br />
que efetua, mas pelo trabalho que pode efetuar em<br />
determinado tempo; daí a noção de potência.<br />
Define-se potência média como sendo o quociente do<br />
trabalho desenvolvido por uma força e o tempo gasto em<br />
realizá-lo.<br />
Sua expressão matemática é:<br />
P ot =<br />
Efetuando algumas transformações podemos escrever:<br />
P ot = = F.v<br />
A unidade de potência no Sistema Internacional<br />
é o watt, que se indica pela letra W. As duas outras<br />
241
unidades de potência são o cavalo-vapor e o horsepower,<br />
cujas relações são:<br />
1 CV 735 W<br />
1 HP 746 W<br />
Como o watt é uma unidade de potência muito<br />
pequena, mede-se a potência em unidades de 1 000W,<br />
denominadas de quilowatts.<br />
1 kW = 1 000W<br />
Os números 1 300, 1 600, 1.0, 2.0, 125 cc e 400<br />
cc, que representam a potência de um carro ou moto,<br />
indicam o deslocamento em volume, efetuado pelos<br />
pistões, dentro dos cilindros do motor; indicam, portanto,<br />
o trabalho realizado por eles dentro dos cilindros.<br />
No gráfico da potência instantânea pelo tempo, a área<br />
sob o gráfico, entre dois instantes, mede o trabalho<br />
realizado entre aqueles dois instantes.<br />
7 – RENDIMENTO<br />
Na realidade na maioria das vezes que uma<br />
máquina realiza um trabalho, parte da energia total<br />
fornecida para a máquina é dissipada por algum motivo<br />
(atrito, combustão inadequada, etc.). Sendo assim<br />
podemos considerar esta perda no problema pela<br />
seguinte relação:<br />
R = Pu / Pt<br />
R é o rendimento da máquina<br />
P u é a potência útil (o que se aproveita)<br />
P t é a potência total recebida<br />
A potência total é a soma da potência útil com a potência<br />
dissipada:<br />
P t = P u + P d<br />
ATENÇÃO GALERA<br />
1 – Como o rendimento é o quociente entre duas<br />
grandezas de mesma unidade, ele é adimensional, isto<br />
é, não tem unidade.<br />
2 – O rendimento pode ser expresso em porcentagem.<br />
3 – O rendimento é sempre menor do que 1 e maior ou<br />
igual a zero, isto é, 0 ≤ R < 1 .<br />
8 – ENERGIA MECÂNICA<br />
Para erguer o pesado martelo de um bate-estacas<br />
é necessário realizar trabalho, e, em consequência, o<br />
martelo adquire a propriedade de ser capaz de realizar<br />
trabalho sobre uma estaca abaixo, caindo sobre ela.<br />
Quando um arqueiro realiza trabalho para esticar um<br />
arco, este adquire a capacidade de realizar trabalho sobre<br />
a flecha. Em cada caso “algo” foi ganho. Este “algo”<br />
dado ao objeto capacitou-o a realizar trabalho. Este<br />
“algo” que torna um objeto capaz de realizar trabalho é a<br />
energia. Como o trabalho, a energia é medida em<br />
JOULES. Ela aparece em diversas formas. Por enquanto,<br />
estaremos nos restringindo à energia mecânica – a forma<br />
de energia devido à posição relativa dos corpos<br />
interagentes (energia potencial) ou devido aos seus<br />
movimentos (energia cinética). A energia mecânica pode<br />
estar na forma de energia potencial ou energia cinética,<br />
ou ambas.<br />
Emecânica = Ecinética + Epotencial<br />
9 – ENERGIA POTENCIAL<br />
Um objeto pode armazenar energia por causa de<br />
sua posição com respeito a outro objeto. Esta energia é<br />
chamada de energia potencial (EP), porque neste estado<br />
de armazenamento ela tem o potencial de realizar<br />
trabalho. Vejamos os tipos mais comuns de energia<br />
potencial:<br />
ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL<br />
A energia de um corpo devido a sua posição<br />
elevada é chamada de energia potencial gravitacional<br />
(EPg). A água num reservatório elevado e o martelo de<br />
um bate-estacas possuem EPg.<br />
A expressão que define essa energia é:<br />
EPg = m . g . h<br />
242
Onde :<br />
m é a massa do corpo (medida em Kg)<br />
g é a gravidade do local<br />
h é a altura onde se encontra o corpo (medido em<br />
metros)<br />
ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA<br />
Vejamos algumas situações:<br />
Uma mola esticada ou comprimida tem o potencial de<br />
realizar trabalho. Uma tira de borracha esticada possui<br />
energia potencial por causa de sua deformação e se for<br />
parte de um estilingue ela é capaz de realizar trabalho. A<br />
energia potencial relacionada a deformações é chamada<br />
de energia potencial elástica (EPe).A expressão da EPe é:<br />
EPe = ½ k . x 2<br />
Onde<br />
K é a característica do material – chamada de<br />
constante elástica (medida em N/m)<br />
X é a deformação do material (medida em metros)<br />
10.1 – TEOREMA DA ENERGIA CINÉTICA<br />
Antes de definirmos este teorema é importante<br />
que discutamos um probleminha para deduzirmos uma<br />
expressão importante.<br />
(ARGH! Lá vem problemas…)<br />
Um objeto de massa m inicialmente parado<br />
(v=0) está no alto de um prédio de altura d. Que<br />
expressão nos permite calcular a velocidade do objeto<br />
quando este chegar ao chão?<br />
No alto do prédio o corpo estava parado (Ec=0)<br />
e possuía apenas Epg. Quando chega ao solo, a altura é<br />
zero (Epg=0) e ele possuirá apenas velocidade (Ec).<br />
Supondo que a Energia Mecânica seja constante (adiante<br />
discutiremos esta ideia) podemos escrever:<br />
Emecânica alto prédio = Emecânica chão<br />
Epg = Ec<br />
m . g . h = ½ m . v 2<br />
Como h = d , g = a e as massas são canceladas:<br />
V 2 = 2 . a . d<br />
10 – NOVAS IDEIAS SOBRE A ENERGIA<br />
CINÉTICA<br />
Como vimos no início desse capítulo, se<br />
empurrarmos um objeto, podemos pô-lo em movimento.<br />
Mais precisamente, se realizarmos trabalho sobre um<br />
objeto, mudamos a energia do movimento dele. Se ele<br />
está se movendo, então, em virtude daquele movimento,<br />
ele é capaz de realizar trabalho. Chamamos a energia de<br />
movimento de energia cinética (Ec). A energia cinética<br />
de um objeto depende de sua massa e de sua velocidade.<br />
A expressão que determina a Ec é:<br />
Ec = ½ m . v 2<br />
O valor da energia cinética, assim como o valor<br />
da velocidade, depende do sistema de referência em que<br />
ela é medida. Por exemplo, quando você está viajando<br />
num carro veloz, sua energia cinética é nula com respeito<br />
ao carro, mas considerável com respeito ao solo.<br />
Caso o corpo não esteja inicialmente parado e<br />
comece a queda com uma velocidade inicial (V0)<br />
diferente de zero, a expressão acima se torna:<br />
V 2 = V 0<br />
2<br />
+ 2 . a . d<br />
Expressão esta conhecida como equação de<br />
Torricelli. Voltemos então ao nosso teorema.<br />
Consideremos uma partícula submetida a ação de uma<br />
força resultante F . O trabalho que esta força irá realizar<br />
durante um deslocamento d será dado por:<br />
W = F . d<br />
Pela segunda lei de Newton temos que F = m . a então a<br />
fórmula do trabalho poderá ser :<br />
(1) W = m . a . d<br />
O termo (a . d ) poderá ser colocado em função da<br />
velocidade na equação de Torricelli, anteriormente<br />
demonstrada.<br />
½ (V2 – V 02) = a . d<br />
Então o trabalho, na equação (1) fica:<br />
W = m . 1/2 (V 2 – V0 2 )<br />
243
W = m ½ V 2 – m ½ V0 2<br />
Os termos m ½ V 2 e m ½ V 0<br />
2<br />
são denominados de energia cinética final (Ec final) e<br />
energia cinética inicial (Ec inicial) respectivamente.<br />
Resultando na expressão final do teorema da energia<br />
cinética: W = Ec final - Ec inicial<br />
enorme compressão provocada pela gravidade e<br />
temperaturas extremamente alta no interior profundo do<br />
Sol funde núcleos de átomos de hidrogênio para formar<br />
núcleos de hélio. Isto é a fusão termonuclear, um<br />
processo que libera energia radiante, pequena parte da<br />
qual atinge a Terra. Parte dessa energia que alcança a<br />
Terra incide sobre as plantas, e parte é estocada na forma<br />
de carvão mineral.<br />
11– ENERGIA CONSERVADA<br />
Mais importante do que ser capaz de enunciar o<br />
que é a energia é compreender como ela se comporta –<br />
como ela se transforma. Considere as mudanças que<br />
ocorrem na energia durante a operação do bate-estacas.<br />
O trabalho realizado para elevar o martelo do bateestacas,<br />
fornecendo-lhe energia potencial, transforma-se<br />
em energia cinética quando o martelo é solto. Esta<br />
energia é transferida para a estaca logo abaixo. A<br />
distância que esta penetra no solo, multiplicada pela<br />
força média do impacto, é quase igual à energia potencial<br />
inicial do martelo. Dizemos quase igual, porque alguma<br />
energia transferiu-se para o chão durante a penetração,<br />
aquecendo-o. Levando em conta a energia térmica,<br />
constatamos que a energia transforma-se sem que haja<br />
ganho ou perda líquida da mesma. Absolutamente<br />
fantástico!<br />
O estudo das diversas formas de energia e suas<br />
transformações de uma forma ou de outra levaram a uma<br />
das maiores generalizações da física - a lei da<br />
conservação da energia:<br />
Outra parte sustenta a vida na cadeia alimentar<br />
que começa com as plantas e parte dessa energia é mais<br />
tarde armazenada na forma de petróleo. Parte da energia<br />
originada no Sol serve para evaporar a água nos oceanos,<br />
e parte desta retorna à Terra na forma de chuva, que pode<br />
ser acumulada numa represa. Em virtude de sua posição<br />
elevada, a água dentro da represa tem energia que pode<br />
ser usada para alimentar uma usina elétrica (como já<br />
estudamos anteriormente) logo abaixo, onde é<br />
transformada em energia elétrica. A energia viaja pelos<br />
cabos elétricos até as casas, onde é utilizada para<br />
iluminar, aquecer, cozinhar e fazer funcionar aparelhos<br />
elétricos. É formidável como a energia se transforma de<br />
uma forma para outra!<br />
A energia não pode ser criada<br />
ou destruída; pode apenas ser<br />
transformada de uma forma<br />
para outra, com sua quantidade<br />
total permanecendo constante.<br />
12 – A CONSERVAÇÃO DA ENERGIA<br />
MECÂNICA: UM CASO PARTICULAR<br />
244<br />
Quando consideramos um sistema qualquer em sua<br />
totalidade, seja ele tão simples como um pêndulo<br />
balançando ou tão complexo quanto uma supernova<br />
explodindo, há uma quantidade que não é criada ou<br />
destruída: a energia. Ela pode mudar de forma ou<br />
simplesmente mudar de um lugar para outro, mas, a<br />
partir de tudo que sabemos, a quantidade total de energia<br />
permanece inalterada. O Sol brilha porque parte de sua<br />
energia nuclear é transformada em energia radiante. A<br />
Imaginemos que um corpo se desloque do alto<br />
de uma casa (ponto A) partindo do repouso (velocidade<br />
inicial zero), em direção a um ponto B no solo. Iremos<br />
supor também que sobre esse corpo não estejam atuando<br />
forças dissipativas (atrito, resistência do ar). O corpo está
se deslocando somente sob a ação de seu peso, uma força<br />
conservativa.<br />
No ponto A existe energia potencial<br />
gravitacional EPg visto que o corpo está a uma certa<br />
altura do solo. Nesse ponto não há energia cinética pelo<br />
fato dele estar partindo do repouso (Ec = 0).<br />
Ao passo que o corpo vai caindo ele ganha<br />
velocidade (Ec) e perde altura (EPg), como no caso do<br />
bate-estacas. Ao chegar no solo (ponto B), a única forma<br />
de energia mecânica existente será a cinética, visto que o<br />
corpo chega nesse ponto com uma certa velocidade. No<br />
solo o corpo não terá potencial gravitacional, pois estará<br />
no nível de referência zero e consequentemente h valerá<br />
zero. Pela ideia de que a energia mecânica se conserva<br />
quando só estão presentes forças conservativas (sem<br />
atrito) temos que:<br />
LEMBRE-SE GALERA RUBRO-NEGRA:<br />
A conservação da energia mecânica é uma<br />
particularidade do princípio geral de conservação de<br />
energia. A energia mecânica se conserva quando<br />
atuam no corpo apenas forças conservativas.<br />
ENERGIA NO ENEM<br />
1) (ENEM)<br />
Emecânica ponto A = Emecânica ponto B (1)<br />
(Ec + EPg)ponto A = (Ec + EPg)ponto B<br />
Onde<br />
Ec ponto A=0<br />
EPg ponto B=0<br />
Daí,<br />
(2) EPg ponto A = Ec ponto B<br />
A expressão (1) indica que a energia mecânica é<br />
constante em quaisquer pontos da queda. A expressão (2)<br />
nos mostra que, mesmo a energia mecânica<br />
permanecendo constante, ela se transforma de EPg no<br />
ponto A para Ec no ponto B.<br />
Analisando o esquema acima, é possível<br />
identificar que se trata de uma usina:<br />
A) hidrelétrica, porque a água corrente baixa a<br />
temperatura da turbina.<br />
B) hidrelétrica, porque a usina faz uso da energia cinética<br />
da água.<br />
C) termoelétrica, porque no movimento das turbinas<br />
ocorre aquecimento.<br />
D) eólica, porque a turbina é movida pelo movimento da<br />
água. E) nuclear, porque a energia é obtida do núcleo das<br />
moléculas de água.<br />
2) (ENEM) No processo de obtenção de eletricidade,<br />
ocorrem várias transformações de energia, na usina<br />
acima. Considere duas delas:<br />
I. cinética em elétrica<br />
II. potencial gravitacional em cinética<br />
Analisando o esquema, é possível identificar que elas se<br />
encontram, respectivamente, entre:<br />
A) I- a água no nível h e a turbina, II- o gerador e a torre<br />
de distribuição.<br />
B) I- a água no nível h e a turbina, II- a turbina e o<br />
gerador.<br />
C) I- a turbina e o gerador, II- a turbina e o gerador.<br />
245
D) I- a turbina e o gerador, II- a água no nível h e a<br />
turbina.<br />
E) I- o gerador e a torre de distribuição, II- a água no<br />
nível h e a turbina.<br />
3) (ENEM) O diagrama abaixo representa a energia solar<br />
que atinge a Terra e sua utilização na geração de<br />
eletricidade. A energia solar é responsável pela<br />
manutenção do ciclo da água, pela movimentação do ar,<br />
e pelo ciclo do carbono que ocorre através da<br />
fotossíntese dos vegetais, da decomposição e da<br />
respiração dos seres vivos, além da formação de<br />
combustíveis fósseis.<br />
D) termoelétricas - aquecimento do solo - 1milhão de<br />
anos<br />
E) termoelétricas - petróleo - 500 milhões de anos<br />
5) (ENEM) Ainda no diagrama da questão 3 estão<br />
representadas as duas modalidades mais comuns de<br />
usinas elétricas, as hidroelétricas e as termoelétricas. No<br />
Brasil, a construção de usinas hidroelétricas deve ser<br />
incentivada porque essas:<br />
I. utilizam fontes renováveis, o que não ocorre com as<br />
termoelétricas que utilizam fontes que necessitam de<br />
bilhões de anos para serem reabastecidas.<br />
II. apresentam impacto ambiental nulo, pelo<br />
represamento das águas no curso normal dos rios.<br />
III. aumentam o índice pluviométrico da região de seca<br />
do Nordeste, pelo represamento de águas.<br />
Das três afirmações acima, somente:<br />
A) I está correta.<br />
B) II está correta.<br />
C) III está correta.<br />
D) I e II estão corretas.<br />
De acordo com o diagrama, a humanidade aproveita, na<br />
forma de energia elétrica, uma fração da energia recebida<br />
como radiação solar, correspondente a:<br />
A) 4 X 10 -9<br />
B) 2,5 X 10 -6<br />
C) 4 X 10 -4<br />
D) 2,5 X 10 -3<br />
E) 4 X 10 -2<br />
E) II e III estão corretas.<br />
6) (ENEM) A tabela a seguir apresenta alguns exemplos<br />
de processos, fenômenos ou objetos em que ocorrem<br />
transformações de energia. Nessa tabela, aparecem as<br />
direções de transformação de energia. Por exemplo, o<br />
termopar é um dispositivo onde energia térmica se<br />
transforma em energia elétrica.<br />
De<br />
Em<br />
Elétrica<br />
Químic<br />
a<br />
Mecâni<br />
ca<br />
Térmica<br />
4) (ENEM) De acordo com o diagrama da questão 3,<br />
uma das modalidades de produção de energia elétrica<br />
envolve combustíveis fósseis. A modalidade de<br />
produção, o combustível e a escala de tempo típica<br />
associada à formação desse combustível são,<br />
respectivamente,<br />
A) hidroelétricas - chuvas - um dia<br />
Elétrica<br />
Químic<br />
a<br />
Mecâni<br />
ca<br />
Transformad<br />
or<br />
Dinami<br />
te<br />
Pêndulo<br />
Termopar<br />
Reações<br />
endotérmic<br />
as<br />
B) hidroelétricas - aquecimento do solo - um mês<br />
C) termoelétricas - petróleo - 200 anos<br />
Térmica<br />
Fusão<br />
246
Dentre os processos indicados na tabela, ocorre<br />
conservação de energia<br />
A) em todos os processos.<br />
B) somente nos processos que envolvem transformações<br />
de energia sem dissipação de calor.<br />
C) somente nos processos que envolvem transformações<br />
de energia mecânica.<br />
D) somente nos processos que não envolvem energia<br />
química.<br />
E) somente nos processos que não envolvem nem<br />
energia química nem energia térmica.<br />
7) (ENEM) A energia térmica liberada em processos de<br />
fissão nuclear pode ser utilizada na geração de vapor<br />
para produzir energia mecânica que, por sua vez, será<br />
convertida em energia elétrica. Abaixo está representado<br />
um esquema básico de uma usina de energia nuclear.<br />
D) I e II.<br />
E) II e III.<br />
8) (ENEM) A construção de grandes projetos<br />
hidroelétricos também deve ser analisada do ponto de<br />
vista do regime das águas e de seu ciclo na região. Em<br />
relação ao ciclo da água, pode-se argumentar que a<br />
construção de grandes represas:<br />
A) não causa impactos na região, uma vez que a<br />
quantidade total de água da Terra permanece constante.<br />
B) não causa impactos na região, uma vez que a água<br />
que alimenta a represa prossegue depois rio abaixo com a<br />
mesma vazão e velocidade.<br />
C) aumenta a velocidade dos rios, acelerando o ciclo da<br />
água na região.<br />
D) aumenta a evaporação na região da represa,<br />
acompanhada também por um aumento local da umidade<br />
relativa do ar.<br />
E) diminui a quantidade de água disponível para a<br />
realização do ciclo da água.<br />
9) (ENEM) Muitas usinas hidroelétricas estão situadas<br />
em barragens. As características de algumas das grandes<br />
represas e usinas brasileiras estão apresentadas no quadro<br />
abaixo.<br />
Usina<br />
Área alagada<br />
(km 2 )<br />
Potência<br />
(MW)<br />
Sistema<br />
Hidrográfico<br />
A partir do esquema são feitas as seguintes afirmações:<br />
I - a energia liberada na reação é usada para ferver a<br />
água que, como vapor a alta pressão, aciona a turbina.<br />
II- a turbina, que adquire uma energia cinética de<br />
rotação, é acoplada mecanicamente ao gerador para<br />
produção de energia elétrica.<br />
III- a água depois de passar pela turbina é pré-aquecida<br />
no condensador e bombeada de volta ao reator.<br />
Dentre as afirmações acima, somente está(ão) correta(s):<br />
A) I.<br />
B) II.<br />
C) III.<br />
Tucurui 2430 4240 Rio Tocantins<br />
Sobradinho 4214 1050<br />
Rio São<br />
Francisco<br />
Itaipu 1350 12600 Rio Paraná<br />
Ilha Solteira 1077 3230 Rio Paraná<br />
Fumas 1450 1312 Rio Grande<br />
A razão entre a área da região alagada por uma represa e<br />
a potência produzida pela usina nela instalada é uma das<br />
formas de estimar a relação entre o dano e o benefício<br />
trazidos por um projeto hidroelétrico. A partir dos dados<br />
apresentados no quadro, o projeto que mais onerou o<br />
ambiente em termos de área alagada por potência foi<br />
247
248<br />
A) Tucuruí.<br />
B) Furnas.<br />
C) Itaipu.<br />
D) Ilha Solteira.<br />
E) Sobradinho.<br />
10) (ENEM) Seguem abaixo alguns trechos de uma<br />
matéria da revista Superinteressante, que descreve<br />
hábitos de um morador de Barcelona (Espanha),<br />
relacionando-os com o consumo de energia e efeitos<br />
sobre o ambiente.<br />
I. ― Apenas no banho matinal, por exemplo, um cidadão<br />
utiliza cerca de 50 litros de água, que depois terá que ser<br />
tratada. Além disso, a água é aquecida consumindo 1,5<br />
quilowatt-hora (cerca de 1,3 milhões de calorias), e para<br />
gerar essa energia foi preciso perturbar o ambiente de<br />
alguma maneira....<br />
II. ― Na hora de ir para o trabalho, o percurso médio<br />
dos moradores de Barcelona mostra que o carro libera 90<br />
gramas do venenoso monóxido de carbono e 25 gramas<br />
de óxidos de nitrogênio ... Ao mesmo tempo, o carro<br />
consome combustível equivalente a 8,9 kwh.<br />
III. ― Na hora de recolher o lixo doméstico... quase 1 kg<br />
por dia. Em cada quilo há aproximadamente 240 gramas<br />
de papel, papelão e embalagens; 80 gramas de plástico;<br />
55 gramas de metal; 40 gramas de material<br />
biodegradável e 80 gramas de vidro.<br />
Com relação ao trecho I, supondo a existência<br />
de um chuveiro elétrico, pode-se afirmar que:<br />
A) a energia usada para aquecer o chuveiro é de origem<br />
química, transformando-se em energia elétrica.<br />
B) a energia elétrica é transformada no chuveiro em<br />
energia mecânica e, posteriormente, em energia térmica.<br />
C) o aquecimento da água deve-se à resistência do<br />
chuveiro, onde a energia elétrica é transformada em<br />
energia térmica.<br />
D) a energia térmica consumida nesse banho é<br />
posteriormente transformada em energia elétrica.<br />
E) como a geração da energia perturba o ambiente, podese<br />
concluir que sua fonte é algum derivado do petróleo.<br />
11) (ENEM) Em usinas hidrelétricas, a queda d‘água<br />
move turbinas que acionam geradores. Em usinas<br />
eólicas, os geradores são acionados por hélices movidas<br />
pelos ventos. Na conversão direta solar-elétrica são<br />
células fotovoltaicas que produzem tensão elétrica. Além<br />
de todos produzirem eletricidade, esses processos têm<br />
em comum o fato de:<br />
A) não provocarem impacto ambiental.<br />
B) independerem de condições climáticas.<br />
C) a energia gerada poder ser armazenada.<br />
D) utilizarem fontes de energia renováveis.<br />
E) dependerem das reservas de combustíveis fósseis.<br />
12) (ENEM) ―”o Brasil tem potencial para produzir<br />
pelo menos 15 mil megawatts por hora de energia a<br />
partir de fontes alternativas. Somente nos estados da<br />
região Sul, o potencial de geração de energia por<br />
intermédio das sobras agrícolas e florestais é de 5000<br />
megawatts por hora. Para se ter uma ideia do que isso<br />
representa, a usina hidrelétrica de Ita, uma das maiores<br />
do país, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa<br />
Catarina, gera 1450 megawatts de energia por hora.”<br />
Esse texto, transcrito de um jornal de grande<br />
circulação, contém, pelo menos, um erro conceitual ao<br />
apresentar valores de produção e de potencial de geração<br />
de energia. Esse erro consiste em:<br />
A) apresentar valores muito altos para a grandeza<br />
energia.<br />
B) usar unidade megawatt para expressar os valores de<br />
potência.<br />
C) usar unidades elétricas para biomassa.<br />
D) fazer uso da unidade incorreta megawatt por hora.<br />
E) apresentar valores numéricos incompatíveis com as<br />
unidades.<br />
13) (ENEM) Considere os acontecimentos ocorridos no<br />
Brasil:<br />
- Goiás, 1987 - Um equipamento contendo césio<br />
radioativo, utilizado em medicina nuclear, foi encontrado<br />
em um depósito de sucatas e aberto por pessoa que<br />
desconhecia o seu conteúdo. Resultado: mortes e<br />
consequências ambientais sentidas - Distrito Federal,<br />
1999 - Cilindros contendo cloro, gás bactericida utilizado
em tratamento de água, encontrados em um depósito de<br />
sucatas, foram abertos por pessoa que desconhecia o seu<br />
conteúdo. Resultado: mortes, intoxicações e<br />
consequências ambientais sentidas por várias horas. Para<br />
evitar que novos acontecimentos dessa natureza venham<br />
a ocorrer, foram feitas as seguintes propostas para a<br />
atuação do Estado:<br />
I. Proibir o uso de materiais radioativos e gases tóxicos.<br />
II. Controlar rigorosamente a compra, uso e destino de<br />
materiais radioativos e de recipientes contendo gases<br />
tóxicos.<br />
III. Instruir usuários sobre a utilização e descarte destes<br />
materiais.<br />
IV. Realizar campanhas de esclarecimentos à população<br />
sobre os riscos da radiação e da toxicidade de<br />
determinadas substâncias.<br />
Dessas propostas, são adequadas apenas<br />
A) I e II.<br />
B) I e III.<br />
C) II e III.<br />
D) I, III e IV.<br />
E) II, III e IV.<br />
A) nucleares utilizarem processos de aquecimento, nos<br />
quais as temperaturas atingem milhões de graus Celsius,<br />
favorecendo perdas por fissão nuclear.<br />
B) termelétricas utilizarem processos de aquecimento a<br />
baixas temperaturas, apenas da ordem de centenas de<br />
graus Celsius, o que impede a queima total dos<br />
combustíveis fósseis.<br />
C) hidrelétricas terem o aproveitamento energético<br />
baixo, uma vez que parte da água em queda não atinge as<br />
pás das turbinas que acionam os geradores elétricos.<br />
D) nucleares e termelétricas utilizarem processos de<br />
transformação de calor em trabalho útil, no qual as<br />
perdas de calor são sempre bastante elevadas.<br />
E) termelétricas e hidrelétricas serem capazes de utilizar<br />
diretamente o calor obtido do combustível para aquecer a<br />
água, sem perda para o meio.<br />
15) (ENEM)<br />
14) (ENEM) O diagrama mostra a utilização das<br />
diferentes fontes de energia no cenário mundial. Embora<br />
aproximadamente um terço de toda energia primária seja<br />
orientada à produção de eletricidade, apenas<br />
10% do total são obtido sem forma de energia elétrica<br />
útil. A pouca eficiência do processo de produção de<br />
eletricidade deve-se, sobretudo, ao fato de as usinas:<br />
Com o projeto de mochila ilustrado acima,<br />
pretende-se aproveitar, na geração de energia elétrica<br />
para acionar dispositivos eletrônicos portáteis, parte da<br />
energia desperdiçada no ato de caminhar. As<br />
transformações de energia envolvidas na produção de<br />
eletricidade enquanto uma pessoa caminha com essa<br />
mochila podem ser assim esquematizadas:<br />
As energias I e II, representadas no esquema<br />
acima, podem ser identificadas, respectivamente, como<br />
249
A) cinética e elétrica.<br />
B) térmica e cinética.<br />
C) térmica e elétrica.<br />
D) sonora e térmica.<br />
E) radiante e elétrica.<br />
18) (ENEM) Observe a situação descrita na tirinha<br />
abaixo.<br />
16) (ENEM) “Águas de março definem se falta luz este<br />
ano.<br />
Esse foi o título de uma reportagem em jornal de<br />
circulação nacional, pouco antes do início do<br />
racionamento do consumo de energia elétrica, em 2001.<br />
No Brasil, a relação entre a produção de eletricidade e a<br />
utilização de recursos hídricos, estabelecida nessa<br />
manchete, se justifica porque<br />
A) a geração de eletricidade nas usinas hidrelétricas<br />
exige a manutenção de um dado fluxo de água nas<br />
barragens.<br />
B) o sistema de tratamento da água e sua distribuição<br />
consomem grande quantidade de energia elétrica.<br />
C) a geração de eletricidade nas termelétricas utiliza<br />
grande volume de água para refrigeração.<br />
D) o consumo de água e de eletricidade utilizadas na<br />
indústria compete com o da agricultura.<br />
E) é grande o uso de chuveiros elétricos, cuja operação<br />
implica abundante consumo de água.<br />
17) (ENEM) No Brasil, o sistema de transporte depende<br />
do uso de combustíveis fósseis e de biomassa, cuja<br />
energia é convertida em movimento de veículos. Para<br />
esses combustíveis, a transformação de energia química<br />
em energia mecânica acontece:<br />
A) na combustão, que gera gases quentes para mover os<br />
pistões no motor.<br />
B) nos eixos, que transferem torque às rodas e<br />
impulsionam o veículo.<br />
C) na ignição, quando a energia elétrica é convertida em<br />
trabalho.<br />
Assim que o menino lança a flecha, há transformação de<br />
um tipo de energia em outra. A transformação, nesse<br />
caso, é de energia<br />
A) potencial elástica em energia gravitacional.<br />
B) gravitacional em energia potencial.<br />
C) potencial elástica em energia cinética.<br />
D) cinética em energia potencial elástica.<br />
E) gravitacional em energia cinética.<br />
19) Dois cilindros exatamente iguais são soltos no<br />
mesmo instante, da mesma altura em um plano inclinado.<br />
Um deles rola sem deslizar e o outro escorrega sem<br />
atrito. Qual dos dois chega primeiro no pé do plano<br />
inclinado ganhando a corrida?<br />
a) O cilindro que rola.<br />
b) O cilindro que escorrega.<br />
c) Os dois chegam no mesmo instante.<br />
D) na exaustão, quando gases quentes são expelidos para<br />
trás.<br />
E) na carburação, com a difusão do combustível no ar.<br />
250
GABARITO:<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19<br />
B B B E A A D D E C D D E D A A A C B<br />
ANOTAÇÕES:<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
251
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1- (ENM) A eficiência de uma usina, do tipo da<br />
representada na figura da questão anterior, é da ordem de<br />
0,9, ou seja, 90% da energia da água no início do<br />
processo se transforma em energia elétrica. A usina Ji-<br />
Paraná, do Estado de Rondônia, tem potência instalada<br />
de 512 Milhões de Watt, e a barragem tem altura de<br />
aproximadamente 120m. A vazão do rio Ji-Paraná, em<br />
litros de água por segundo, deve ser da ordem de:<br />
A) 50<br />
4- Um carro de massa 1,0t parte do repouso e descreve<br />
uma trajetória retínea em um plano horizontal.<br />
Durante 10s, o carro tem movimento uniformemente<br />
variado atingindo a velocidade escala de 108km/h.<br />
Despreze, neste 10s, a força de resistência do ar. A<br />
potência média do motor do carro nestes 10s e a potência<br />
instantânea do motor no instante 10s são respectivamente<br />
iguais a:<br />
a) 45kw e 45kw b) 45w e 90kw c) 90kw e 90kw<br />
d) zero e 45kw e) zero e 90kw<br />
B) 500<br />
C) 5.000<br />
D) 50.000<br />
E) 500.000<br />
5- (FCC) – Um corpo escorrega por uma das três rampas,<br />
perfeitamente lisas, até chegar ao solo.<br />
2- (UFPE) Um objeto de 2 kg é lançado a partir do solo<br />
na direção vertical com uma velocidade inicial tal que o<br />
mesmo alcança a altura máxima de 100 m. O gráfico<br />
mostra a dependência da força de atrito Fa, entre o objeto<br />
e o meio, com a altura. Determine a velocidade inicial do<br />
objeto, em m/s.<br />
As velocidades de chegada ao solo, V 1, V 2 e V 3,<br />
respectivamente, guardam as relações:<br />
a) V 2>V 2>V 3. b) V 1V 2=V 3. e) V 1=V 2=V 3.<br />
3- Um bloco de massa m = 2,0kg é arrastado sobre um<br />
plano horizontal por uma força horizontal F com<br />
velocidade constante de módulo V= 2,0m/s.<br />
6- (UFV-MG) – Um carrinho, com massa igual a 2,0kg,<br />
desce sem atrito uma ladeira, passando pelo ponto A,<br />
cuja a altura H, em relação ao nível de referencia, é igual<br />
a 0,6m, como mostra a figura abaixo. Em seguida, ele<br />
comprime uma mola de massa desprezível, cuja<br />
constante elástica é igual a 600N/m, até para.<br />
Provocando uma deformação máxima igual a 10,0m/s 2 , é<br />
correto afirmar que, ao passar pelo ponto a mostrado na<br />
figura abaixo, o módulo da velocidade do carrinho, em<br />
m/s, é:<br />
a) 5,0 b) 6,0 c) 7,0 d) 8,0 e) 9,0<br />
252<br />
O coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e o plano<br />
horizontal de apoio vale µ = 0,20.<br />
A potência da força de atrito vale:<br />
a) -8,0w b) -4,0w c) zero d) 4,0w e) 8,0w
7) (UEFS) Um guindaste ergue uma carga com peso de<br />
2500,0N a uma altura de 1,0m no intervalo de<br />
5,0s.Sabendo-se que o rendimento do guindaste é de<br />
25%, a potência do guindaste, em kW, é igual a<br />
A) 2,5<br />
B) 2,0<br />
C) 1,5<br />
D) 1,0<br />
E) 0,5<br />
8) (UEFS) Uma bola com massa de 400,0g foi lançada<br />
verticalmente para baixo com velocidade inicial de<br />
3,0m/s, bateu no solo e subiu na mesma trajetória até a<br />
altura de onde foi lançada, voltando a cair novamente.<br />
Desprezando-se a resistência do ar, a energia mecânica<br />
dissipada no primeiro choque com o solo, em joules, foi<br />
igual a<br />
A) 0,0<br />
B) 0,4<br />
C) 0,6<br />
D) 1,4<br />
E) 1,8<br />
9) O prof Renato Brito conta que uma caixa de massa<br />
m=5kg parte do repouso em A e desloca-se sob ação das<br />
forças F 1=40N e F 2=10N, até passar pelo ponto C.<br />
Apenas no trecho BC existe atrito de intensidade<br />
F AT=5N.<br />
<br />
<br />
10) (PITAGORAS) Três bombas de água funcionam no<br />
período da noite para encher as caixas-d’-água de um<br />
conjunto de casas. Elas são abastecidas com um<br />
combustível que as mantém funcionando em um<br />
determinado período da noite. Um encarregado liga a<br />
bomba A, à meia-noite e, após acabar o combustível<br />
nessa bomba, liga a bomba B. A bomba C é ligada<br />
quando acaba o combustível da bomba B.<br />
As bombas devem ficar ligadas por um período de horas<br />
de maneira que, ao amanhecer de cada dia, as caixas<br />
estejam cheias de água para o consumo. Em relação ao<br />
tempo em horas que cada uma das bombas fica ligada,<br />
sabe-se que:<br />
O tempo de funcionamento da bomba A somado ao<br />
tempo de funcionamento da bomba C equivale a 2 horas<br />
a mais que o tempo de funcionamento da bomba B;<br />
O tempo de funcionamento da bomba A somado ao<br />
quádruplo do tempo de funcionamento da bomba C<br />
excede em 3 horas o dobro do tempo de funcionando da<br />
bomba B;<br />
O tempo de funcionamento da bomba A somado a 9<br />
vezes o tempo de funcionamento da bomba C equivale<br />
ao tempo de funcionamento da bomba B mais 10 horas.<br />
O tempo total de funcionamento das bombas durante a<br />
noite, em horas, é<br />
A) 9<br />
B) 8<br />
C) 7<br />
D) 6<br />
E) 10<br />
2) (UESC)<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
a) Determine o trabalho realizado por cada uma das<br />
forças F 1, F 2 F AT, N e P no trecho AC.<br />
b) Qual a velocidade da caixa ao passar pelo ponto C?<br />
c) Quanto deverá ser a intensidade da força de atrito F AT<br />
no trecho BC capaz de fazer a caixa parar em C<br />
A figura representa as forças que atuam sobre<br />
um piloto que tomba sua motocicleta em uma curva para<br />
percorrê-la com maior velocidade. Sabendo-se que a<br />
massa do conjunto moto-piloto é igual a m, a inclinação<br />
do eixo do corpo do piloto em relação à pista é , o<br />
253
módulo da aceleração da gravidade local é g e que o raio<br />
da curva circular é igual a R, contida em um plano<br />
horizontal, em movimento circular uniforme, é correto<br />
afirmar que a energia cinética do conjunto moto-piloto é<br />
dada pela expressão<br />
01)<br />
02)<br />
03)<br />
04)<br />
05)<br />
3) (UESC) O progresso alcançado até hoje, no campo da<br />
<strong>Física</strong>, baseou-se nas investigações e nas descobertas das<br />
diferentes modalidades de energia e na constatação de<br />
que as várias formas de energia obedecem a um princípio<br />
de conservação. A figura representa a trajetória descrita<br />
por um bloco sobre uma superfície circular de raio R. O<br />
bloco parte do repouso, de um ponto A, desliza sem<br />
atrito e, ao atingir o ponto B, perde o contato com a<br />
superfície.<br />
“maré-motriz”, construindo uma barragem equipada de<br />
24 turbinas, aproveitando-se a potência máxima instalada<br />
de 240 MW, suficiente para a demanda de uma cidade<br />
com 200 mil habitantes. Aproximadamente 10% da<br />
potência total instalada são demandados pelo consumo<br />
residencial. Nessa cidade francesa, aos domingos,<br />
quando parcela dos setores industrial e comercial para, a<br />
demanda diminui 40%. Assim, a produção de energia<br />
correspondente à demanda aos domingos será atingida<br />
mantendo-se<br />
I – todas as turbinas em funcionamento, com 60% da<br />
capacidade máxima de produção de cada uma delas.<br />
II – a metade das turbinas funcionando em capacidade<br />
máxima e o restante, com 20% da capacidade máxima.<br />
III – quatorze turbinas funcionando em capacidade<br />
máxima, uma com 40% da capacidade máxima e as<br />
demais desligadas.<br />
Está correta a situação descrita<br />
A) apenas em I.<br />
B) apenas em II.<br />
C) apenas em I e III.<br />
D) apenas em II e III.<br />
E) em I, II e III.<br />
Sabendo-se que o módulo da aceleração da<br />
gravidade local é g e desprezando-se a resistência do ar,<br />
o valor de cosθ, determinado com base na conservação<br />
da energia mecânica, é igual a<br />
01) 5/3<br />
02) 4/3<br />
03) 1<br />
04) 2/3<br />
05) 1/3<br />
4) (ENEM) Não é nova a ideia de se extrair energia dos<br />
oceanos aproveitando-se a diferença das marés alta e<br />
baixa. Em 1967, os franceses instalaram a primeira usina<br />
5) (UEFS) A intensidade da força resultante, FR, que<br />
atua<br />
em um corpo com massa de 4,0kg varia<br />
conforme o gráfico da figura.<br />
Sabendo-se que a força resultante é aplicada na direção<br />
do deslocamento do corpo, que passou na posição x = 0<br />
com velocidade de 5,0m/s, a energia cinética do corpo na<br />
posição x = 10,0m, no SI, é igual a<br />
A) 500<br />
B) 450<br />
C) 400<br />
D) 350<br />
E) 300<br />
254
8) (ENEM) Um automóvel, em movimento uniforme,<br />
anda por uma estrada plana, quando começa a descer<br />
uma ladeira, na qual o motorista faz com que o carro se<br />
mantenha sempre com velocidade escalar constante.<br />
Durante a descida, o que ocorre com as energias<br />
potencial, cinética e mecânica do carro?<br />
6) (PITÁGORAS) Numa montanha russa, o carro parte<br />
do repouso no ponto A e percorre o ‘loop’ de raio R =<br />
3,0 m, conforme a figura a seguir. Em todo o trecho,<br />
considere-se o atrito desprezível e a aceleração da<br />
gravidade g = 10 m/s². O carro deve passar pelo ponto B<br />
com uma velocidade de, no mínimo, v = para<br />
percorrer o trecho com segurança.<br />
A) A energia mecânica mantém-se constante, já que a<br />
velocidade escalar não varia e, portanto, a energia<br />
cinética é constante.<br />
B) A energia cinética aumenta, pois a energia potencial<br />
gravitacional diminui e quando uma se reduz, a outra<br />
cresce.<br />
C) A energia potencial gravitacional mantém-se<br />
constante, já que há apenas forças conservativas agindo<br />
sobre o carro.<br />
A mínima altura H, em metros, para o carro passar por<br />
todo o trecho sem correr riscos é:<br />
A) 8,0<br />
B) 6,0<br />
C) 6,5<br />
D) 7,0<br />
E) 7,5<br />
7) Um bloco é lançado horizontalmente com velocidade<br />
inicial Vº em direção a uma rampa inclinada lisa.<br />
Durante o percuso horizontal, existe um trecho de<br />
comprimento d onde há atrito, cujo coeficiente cinético<br />
vale µ. O prof Renato Brito pede que você determine a<br />
altura máxima h atingida pelo bloco ao longo da rampa.<br />
D) A energia mecânica diminui, pois a energia cinética<br />
se mantém constante, mas a energia potencial<br />
gravitacional diminui<br />
E) A energia cinética mantém-se constante, já que não há<br />
trabalho realizado sobre o carro.<br />
9) O veículo pequeno da figura abaixo tem massa igual a<br />
3kg e move-se ao longo de um trilho.<br />
Se a velocidade mínima que o veículo pequeno deve<br />
apresentar no ponto A para atingir o ponto C é igual a<br />
8m/s, qual a medida de x? (Despreze os atritos e<br />
considere g = 10m/s2)<br />
A) 2,8m<br />
B) 3,0m<br />
255
C) 3,2m<br />
D) 3,4m<br />
QUESTÕES ARRETADAS DE SALA<br />
1) Uma pequena esfera de isopor, de densidade d, é<br />
abandonada no fundo de um tanque contendo água até<br />
uma altura H. Se a gravidade local vale g e a densidade<br />
da água vale p, o prof Renato Brito pede para você<br />
determinar a altura máxima x atingida pela bola, medida<br />
a partir da superfície da água. Despreze quaisquer força<br />
de resistência (atrito, viscosidade etc)<br />
4) Um côco foi rebolado do alto de um prédio de 15m de<br />
altura com uma velocidade v º=10m/s numa direção que<br />
forma um ângulo ɑ=60º com a horizontal. Se a gravidade<br />
local vale g=10m/s 2 e a resistência do ar é desprezível,<br />
pede-se determinar:<br />
a) a velocidade do côco ao atingir o solo<br />
b) a altura máxima atingida pelo côco<br />
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1. (ENEM) (ENEM) A figura representa o processo mais<br />
usado nas<br />
hidrelétricas para obtenção de energia elétrica no Brasil.<br />
As transformações de energia nas posições I→II e II→III<br />
2) O bloco de massa m= 8kg é abandonado do repouso<br />
da posição indicada na figura. A constante elástica da<br />
mola é K=200N/m. Sendo g=10 m/s 2 , determine:<br />
da figura são, respectivamente,<br />
a) a máxima velocidade atingida pelo bloco;<br />
b) a máxima deformaão que a mola sofre.<br />
256<br />
3) Uma bomba B leva água à taxa de 0,03 m 3 por<br />
segundo, de um depósito A para uma caixa C no topo de<br />
uma casa. A altura de recalque é 9,8 m e a velocidade da<br />
água na extremidade do tubo de descarga é 2 m/s.<br />
Considere g = 10 m/s2.<br />
a) Qual a potência desenvolvida pela bomba hidráulica?<br />
b) Sabendo que ela opera com um rendimento de 75%,<br />
qual a potência elétrica que ela recebe?<br />
A) energia cinética → energia elétrica e energia<br />
potencial → energia cinética.<br />
B) energia cinética → energia potencial e energia<br />
cinética → energia elétrica.<br />
C) energia potencial → energia cinética e energia<br />
cinética → energia elétrica.
D) energia potencial → energia elétrica e energia<br />
potencial → energia cinética.<br />
E) energia potencial → energia elétrica e energia cinética<br />
→ energia elétrica.<br />
2) (PUC – PR) Em um determinado setor de uma<br />
indústria, é solicitado, por questões técnicas, que sejam<br />
enviados<br />
3 ) a um<br />
reservatório que se encontra a uma altura de 15 metros<br />
em relação a um nível de referência. O tempo disponível<br />
para essa tarefa é de 10 minutos. Considerando g =10<br />
m/s 2 e desprezando possíveis perdas, o engenheiro<br />
responsável pela operação deverá providenciar uma<br />
bomba que apresente uma potência média mínima de:<br />
a) 1,8.104 W<br />
b) 3.101 W<br />
c) 1,8.103 W<br />
d) 3.102 W<br />
e) 2,25.101 W<br />
3) Uma bomba recalca água à taxa de 0,04 m 3 por<br />
segundo, de um depósito A para uma caixa C no topo de<br />
uma casa. A altura de recalque é 9,2 m e a velocidade da<br />
água na extremidade do tubo de descarga D é 4 m/s.<br />
Desprezando as dissipações de energia, a potência da<br />
bomba em W é:<br />
A) 2500<br />
b) 2000 W<br />
c)3000W<br />
d) 4000 W<br />
e) 5000 W<br />
4) Um pequeno objeto esférico de densidade 0,2 g/cm 3<br />
está preso ao fundo de um recipiente contendo água de<br />
densidade 1g/cm 3 , conforme a figura 1. Ao ser liberado,<br />
o objeto é acelerado e, ao deixar a água, atinge uma<br />
altura h (figura 2). Desprezando forças viscosas e tensão<br />
superficial, e adotando g como 10 m/s 2 , determine, em<br />
cm, o valor h:<br />
a)10<br />
b)20<br />
c)40<br />
d) 50<br />
5) O bloco da figura parte do repouso, empurrado por<br />
uma força F de intensidade constante durante todo o<br />
percurso. O trecho a é liso, e o trecho b é áspero. O prof<br />
Ivã pede para você determinar a intensidade da força de<br />
atrito que agiu sobre o bloco no trecho b, sabendo que o<br />
bloco não para ao final do percurso.<br />
a) F (1 + a/b)<br />
b) F (1 + b/a<br />
c) F a/b<br />
d) F b/a<br />
e) Fab<br />
6) (UFBA) A figura ao lado representa um homem que<br />
puxa uma corda através de uma roldana, com uma força<br />
constante, arrastando, com deslocamento de 6m e<br />
velocidade constante, uma caixa de 6 x 10 2 N de peso ao<br />
longo do plano inclinado que forma 300 com a<br />
horizontal. Considera-se que as forças de atrito e a<br />
resistência do ar são desprezíveis, que a corda e a roldana<br />
são ideais. Determine, em 10 2 , o trabalho da força<br />
exercida pelo homem.<br />
7) (UFBA) Um pequeno bloco de massa m, inicialmente<br />
em repouso, num local onde a intensidade do campo<br />
gravitacional é g, desce de uma altura h, um plano<br />
inclinado perfeitamente liso. Ao abandonar a rampa, o<br />
bloco continua se deslocando sobre uma superfície<br />
horizontal rugosa, sofrendo, então, uma desaceleração a,<br />
até parar o ponto C.<br />
257
01) a intensidade da reação normal da superfície<br />
inclinada, sobre o bloco é igual a mg.<br />
02) a intensidade da força que faz o bloco descer o plano<br />
é igual a mg/2.<br />
b) 150<br />
c) –450<br />
d) –600<br />
e) –900<br />
04) a energia mecânica do bloco no ponto A é a mesma<br />
no ponto C.<br />
08) o trabalho realizado pela força peso para deslocar o<br />
bloco do ponto A até o ponto B é igual a mg.<br />
9) (UFPB) Um bloco de massa m = 0,1kg comprime<br />
uma mola ideal, de constante elástica k= 100 N/m, de 0,2<br />
m (ver figura). Quando a mola é liberada, o bloco é<br />
lançado ao longo de uma pista lisa. Calcule a velocidade<br />
do bloco, em m/s, quando ele atinge a altura h=1,2 m.<br />
16) para ir de B até C, o bloco percorre uma distância<br />
igual a ah/g.<br />
32) no trecho BC, o coeficiente de atrito cinético é igual<br />
a h/d.<br />
10) (UFPB) Um livro de massa 0,4kg está numa<br />
prateleira da biblioteca do colégio, a uma altura de 1m<br />
do chão. A bibliotecária muda o livro para uma prateleira<br />
mais alta, situada a 1,3m do chão, gastando 2s nessa<br />
operação. A potência média mínima necessária para<br />
realizar a tarefa, em W, é:<br />
a) 0,5<br />
b) 0,6<br />
c) 0,8<br />
d) 1,3<br />
e) 2<br />
11) (UFPE) Uma pequena esfera é presa na extremidade<br />
de uma corda leve e de comprimento L = 2,0 m.<br />
A BALA QUE ACERTARÁ O URSO TERÁ QUE<br />
TIPOS DE ENERGIAS MECÂNICAS QUANDO EM<br />
MOVIMENTO?<br />
8) (UNIT) Uma bala de massa 20g, com velocidade de<br />
300m/s, atinge um bloco de madeira fixo, penetrando<br />
nele 10cm até parar. O trabalho resultante sobre a bala<br />
neste percurso de 10cm é, em joules:<br />
A esfera gira numa circunferência vertical de raio L, de<br />
modo que, quando ela passa pelo ponto mais alto da<br />
circunferência (ponto A da figura), a tensão na corda é<br />
nula. Com que velocidade, em m/s, a esfera passa pelo<br />
ponto mais baixo da circunferência (ponto B)?<br />
Despreze a massa da corda e a resistência do ar.<br />
a) 750<br />
258
12) (FUVEST) Uma partícula é abandonada do repouso<br />
de um ponto A de um trilho sem atrito, a uma altura H<br />
acima do solo horizontal.<br />
Despreze o efeito do ar. O trilho tem o perfil vertical<br />
indicado na figura e a partícula abandona o trilho em um<br />
ponto B com velocidade Vb que forma um ângulo θ=<br />
60º com a horizontal. A altura do ponto B vale H/2.<br />
Seja h a altura máxima atingida pela partícula após<br />
abandonar o trilho e ficar sob ação exclusiva da<br />
gravidade.<br />
descrito, não há dissipação de energia mecânica. A<br />
energia potencial elástica que ficou armazenada na mola<br />
vale:<br />
a) 10,0J<br />
b) 15,0J<br />
c) 20,0J<br />
d) 25,0J<br />
e) 30,0J<br />
14) (VUNESP) Uma pedra é lançada por um garoto<br />
segundo uma direção que forma um ângulo de 60º com a<br />
horizontal e com energia cinética inicial E. Sabendo que<br />
cos 60º=0,5 e supondo que a pedra esteja sujeita<br />
exclusivamente à ação da gravidade, o valor de sua<br />
energia cinética no ponto mais alto da trajetória vale:<br />
a) Zero<br />
O valor de h é<br />
a) H<br />
b) H<br />
c) H<br />
d) H<br />
e) H<br />
13) (FUVEST) Uma bola de massa m = 2,0kg é<br />
projetada horizontalmente com velocidade de módulo V0<br />
= 5,0m/s em um disparador de mola, de massa M =<br />
3,0kg, inicialmente em repouso em um plano horizontal<br />
sem atrito. A mola é elástica e tem massa desprezível.<br />
b)<br />
c)<br />
d) 3<br />
e) E<br />
15) (FATEC) Um bloco de massa 5,0 kg se move sobre<br />
uma superfície horizontal e passa por um ponto A com<br />
velocidade de 10 m/s. Em seguida, atinge uma rampa,<br />
como mostra a figura, e sobe até o ponto B, que está a<br />
2,0 m de altura.<br />
Dado: g =10 m/s 2 . A energia mecânica dissipada pelo<br />
atrito no percurso de A a B, em joules, foi de:<br />
a) 50<br />
b) 100<br />
A bola é travada no interior do disparador no<br />
exato instante em que sua velocidade, relativa ao<br />
disparador, se anula. Admita que, neste processo<br />
c) 150<br />
d) 200<br />
e) 250<br />
259
16) (FUVEST) Um corpo de massa m é lançado com<br />
velocidade inicial v0 na parte horizontal de uma rampa,<br />
como indicado na figura. Ao atingir o ponto A, ele<br />
abandona a rampa, com uma velocidade vA (vA x ; vA y ),<br />
segue uma trajetória que passa pelo ponto de máxima<br />
altura B e retorna à rampa no ponto C. Despreze o atrito.<br />
Sejam hA, hB e hC as alturas dos pontos A, B e C,<br />
respectivamente, vB (vBx ; vBy) a velocidade do corpo<br />
no ponto B e V C (Vcx ; Vcy) a velocidade do corpo no<br />
ponto C. Considere as afirmações:<br />
I. V 0 = V AX = V B = V CX<br />
II. V 0 = V B = V CX<br />
III.½ M vb<br />
2<br />
= ½ mva 2 – m.g(h B-h A)<br />
IV. ½ mV 0<br />
2<br />
= m.g .h B<br />
V. ½ mV Ay<br />
2<br />
= m.g.(h B-h A)<br />
São corretas as afirmações:<br />
a) todas<br />
b) somente I e II<br />
c) somente II, III e IV<br />
d) somente II, III, IV e V<br />
e) somente II, III e V<br />
(02) em relação à posição de equilíbrio de uma mola, o<br />
trabalho realizado para comprimi-la por uma distância x<br />
é igual ao trabalho para distendê-la por x.<br />
(04) a força centrípeta realiza um trabalho positivo em<br />
um corpo em movimento circular uniforme, pois a<br />
direção e o sentido da velocidade variam continuamente<br />
nesta trajetória.<br />
(08) se um operário arrasta um caixote em um plano<br />
horizontal entre dois pontos A e B, o trabalho efetuado<br />
pela força de atrito que atua no caixote será o mesmo,<br />
quer o caixote seja arrastado em uma trajetória em<br />
ziguezague ou ao longo da trajetória mais curta entre A e<br />
B.<br />
(16) quando uma pessoa sobe uma montanha, o trabalho<br />
efetuado sobre ela pela força gravitacional, entre a base<br />
e o topo, é o mesmo, quer o caminho seguido seja<br />
íngreme e curto, quer seja menos íngreme e mais longo.<br />
(32) o trabalho realizado sobre um corpo por uma força<br />
conservativa é nulo quando a trajetória descrita pelo<br />
corpo é um percurso fechado.<br />
19) (UFMG) Da janela de seu apartamento, Marina<br />
lança uma bola verticalmente para cima, como mostra a<br />
figura adiante. Despreze a resistência do ar. Assinale a<br />
alternativa cujo gráfico melhor representa a velocidade<br />
da bola em função do tempo, a partir do instante em que<br />
ela foi lançada.<br />
260<br />
17) Um bloco de madeira foi lançado sobre um solo<br />
horizontal com velocidade V0 e atravessa dois trechos<br />
consecutivos de mármore e granito, de comprimentos<br />
d1= 1m e d2= 2m e coeficientes de atrito 0,3 e 0,25<br />
respectivamente. Sabendo que a gravidade local vale 10<br />
m/s 2 e que o bloco para ao final do percurso, o prof Ivã<br />
pede que você determine V0.<br />
18) (UFSC) Em relação ao conceito de trabalho, é<br />
CORRETO afirmar que:<br />
(01) quando atuam somente forças conservativas em um<br />
corpo, a energia cinética deste não se altera.<br />
20) (UFBA/BAHIANA) Assinale V ou F para os itens<br />
abaixo.<br />
( ) Uma bomba de 0,5kW de potência útil eleva 1000,0<br />
litros de água por minuto até uma altura de 3,0m,<br />
considerando-se a densidade absoluta da água igual a<br />
1,0g/cm 3 e o módulo da aceleração da gravidade,<br />
10,0m/s 2 .<br />
( ) O equivalente mecânico de calor pode ser obtido<br />
com a transformação integral da variação da energia<br />
potencial gravitacional — de um corpo preso a uma<br />
corda que cai de uma certa altura — em energia interna
da água do calorímetro, devido à agitação provocada<br />
pelas pás introduzidas nesse recipiente.<br />
( ) O vapor da água é a substância operante que realiza<br />
conversão de energia térmica em energia mecânica para<br />
produzir a rotação da turbina da usina termoelétrica.<br />
( ) “... Dentro da usina, o gás move 24 motores<br />
geradores que têm potência de 22,6MW e consomem,<br />
por hora, 10 milhões de litros de gás...” A energia<br />
liberada na combustão de 10 milhões de litros de gás é<br />
equivalente a 2,26.10 4 kWh.<br />
( ) Com rendimento de 77%, a obtenção de 21 bilhões<br />
de joules proveniente da combustão de etanol de milho,<br />
produzido utilizando-se somente carvão mineral — cujo<br />
calor de combustão é 1,6.107J/kg — demandaria a<br />
queima de, aproximadamente, uma tonelada desse<br />
carvão.<br />
( ) Um ciclo biogeoquímico que dissipa 3∕5 da energia<br />
total tem rendimento de 40%<br />
( ) O bombeamento de 1,0m 3 /s de água do leito do rio<br />
São Francisco até o ápice da Chapada do Araripe, a<br />
160,0m de altura — considerando-se a aceleração da<br />
gravidade, 10m/s 2 e a densidade da água, 1kg/dm 3 —<br />
consumiria 16MJ de energia a cada segundo.<br />
( ) A energia fornecida por um acarajé, 720kJ, se fosse<br />
utilizada para acender uma lâmpada de especificação<br />
60W–120V a faria funcionar por, aproximadamente,<br />
12,3 horas.<br />
( ) Um pedaço de bloco de 4,0.10 5 dy abandonado de<br />
um prédio, a uma altura de 75,0m, chega ao solo com<br />
energia de 0,3kJ.<br />
( ) O grão de trigo — ao ser abandonado da esteira, em<br />
posição vertical, de uma altura de 1,25m, em um local<br />
onde a aceleração da gravidade é 10m/s 2 — alcança, ao<br />
chegar ao solo, uma velocidade de módulo igual a<br />
5,0m/s.<br />
( ) A potência média desenvolvida por um operário que<br />
pesa 750N e sobe, em 30s, a escada de uma construção,<br />
composta de 30 degraus idênticos, cada um com 20cm<br />
de altura, é igual a 150W.<br />
( ) O atleta que realiza uma prova de salto com vara<br />
converte, no início da prova, energias potenciais ––<br />
gravitacional e elástica –– em energia cinética.<br />
21) (UEFS) Um determinado escritório comercial que<br />
tem uma taxa de recolhimento de lixo reciclável de<br />
200kg/mês está localizado em um edifício, a uma altura<br />
de 40m acima do nível da rua, em um local onde a<br />
aceleração da gravidade é igual a 10m/s 2 . Com base<br />
nessas informações, pode -se afirmar que o trabalho<br />
realizado, por semestre, para levar todo o lixo coletado<br />
até a rua, é igual, em kJ, a:<br />
A) 80<br />
B) 190<br />
C) 220<br />
D) 360<br />
E) 480<br />
22) (UESC) Urna bomba utiliza um motor de 3,75kw<br />
para retirar água de um poço a 9,0m de profundidade,<br />
onde o módulo da aceleração da gravidade é igual a<br />
10,0m/s 2 . Sabe-se que, durante 5,0h de operação, a<br />
bomba retira 300000 litros de água, de densidade<br />
1,0g/cm 3 . Nessas condições, o rendimento do motor é<br />
igual a:<br />
01) 0,2<br />
02) 0,3<br />
03) 0,4<br />
04) 0,5<br />
05) 0,6<br />
23) (UESC) Uma máquina opera em um porto,<br />
levantando uma carga de 1000,0kg a uma altura de 2,0m,<br />
no intervalo de 20,0s. Sabendo-se que o rendimento da<br />
máquina é 0,25 e que o módulo da aceleração da<br />
gravidade local é 10m/s 2 , a potência da máquina, em<br />
kW,é igual a:<br />
01) 5,0<br />
02) 4,0<br />
03) 3,0<br />
04) 2,0<br />
05) 1,0<br />
24) (UEFS) Quando uma criança estica o elástico de um<br />
estilingue ou quando dá corda em um brinquedo,<br />
transfere uma certa quantidade de energia para esses<br />
261
objetos, ficando esta inicialmente acumulada. Quando o<br />
elástico do estilingue impele pedra ou a corda impele o<br />
objeto, dá outra transformação e eventual transferência<br />
de energia. Considerando-se que um menino estica<br />
5,0cm o seu estilingue, que possui, na extremidade, uma<br />
pedra de massa m igual a 250,0g e a constante elástica do<br />
estilingue igual a 25,0 N/cm, pode-se afirmar que a<br />
velocidade com que a pedra abandona a mão do menino<br />
é igual, em m/s, a<br />
A) 1<br />
B) 2<br />
C) 3<br />
D) 4<br />
E) 5<br />
262
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24<br />
C B D C A 18 42 e 04 b 10 c d b c e 4 50 c Vvvvvvffvvvf e 03 02 e<br />
ANOTAÇÕES:<br />
______________________________________________<br />
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263
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
01) Trabalho é uma grandeza vetorial.<br />
14) Trabalho é o produto de uma força por um<br />
deslocamento grande.<br />
02) Trabalho realizado por uma força é igual ao trabalho<br />
realizado por sua componente na direção do<br />
deslocamento.<br />
03) O trabalho realizado pela força centrípeta nunca é<br />
diferente de zero.<br />
04) O trabalho realizado pela força peso de um corpo que<br />
se desloca horizontalmente é sempre nulo.<br />
05) A reação normal que uma superfície exerce sobre<br />
outra é um exemplo de força conservativa.<br />
06) A força de atrito pode realizar trabalho motor.<br />
07) Trabalho realizado pela força elástica pode ser<br />
calculado multiplicando o módulo da força elástica pelo<br />
deslocamento.<br />
08) Trabalho realizado pela força elástica é proporcional<br />
ao deslocamento do seu ponto de aplicação.<br />
09) A força que age numa partícula em Movimento<br />
Harmônico simples não é conservativa.<br />
10) A força que age numa partícula em movimento<br />
retilíneo uniforme realiza necessariamente trabalho não<br />
nulo.<br />
11) Sempre que age uma força há trabalho.<br />
12) Há trabalho quando há deslocamento.<br />
13) Sendo F a força e T o trabalho, tem-se F=T.d, onde d<br />
é o deslocamento do móvel.<br />
15) Sem deslocamento não existe trabalho.<br />
16) Na queda livre de um corpo abandonado em repouso,<br />
a força da gravidade não realiza trabalho.<br />
17) Na queda livre de um corpo abandonado em repouso,<br />
a força da gravidade realiza trabalho negativo.<br />
18) Na queda livre de um corpo abandonado em repouso,<br />
a força da gravidade realiza trabalho que depende da<br />
altura de queda.<br />
19) kgm 2 /s 2 é unidade de trabalho.<br />
20) A unidade de trabalho no sistema internacional é o<br />
Joule.<br />
21) Toda vez que uma força desloca o seu ponto de<br />
aplicação, a força realiza um trabalho.<br />
22) Para calcular o trabalho realizado pela força suposta<br />
constante, ao deslocar seu ponto de aplicação,<br />
multiplicamos o modulo da força pelo módulo do<br />
deslocamento pelo cosseno do ângulo formado pela linha<br />
de ação da força com a direção do deslocamento.<br />
23) O sinal do trabalho depende do sinal do cos x, e,<br />
portanto, do ângulo x. Se cos x for maior que zero o<br />
trabalho é motor, se cos x menor que zero, o trabalho é<br />
resistente, se cos x = zero, o trabalho realizado pela força<br />
é nulo.<br />
24) Quando ocorre trabalho resistente, a força favorece o<br />
movimento.<br />
25) Quando ocorre trabalho motor, a força se opões ao<br />
movimento.<br />
264
26) Trabalho nulo implica na ausência de deslocamento<br />
da partícula na qual a força age.<br />
27) O trabalho realizado pela força F suposta constante,<br />
ao deslocar seu ponto de aplicação de um ponto A para<br />
outro B, é igual ao produto do valor algébrico da<br />
projeção da força na direção do deslocamento, pelo<br />
módulo do deslocamento.<br />
34) Um corpo de massa 3,0 kg é arrastado sobre um<br />
plano horizontal, perfeitamente liso, por uma força<br />
resultante F, horizontal, sempre no mesmo sentido e cuja<br />
intensidade varia com a distância x ao ponto de partida,<br />
de acordo com o gráfico a seguir:<br />
28) O trabalho realizado pela força F suposta constante,<br />
ao deslocar seu ponto de aplicação de um ponto A para<br />
outro B, é igual ao produto do módulo da força pelo<br />
valor algébrico da projeção do deslocamento na direção<br />
da força.<br />
29) Entre a mesma posição inicial, e a mesma posição<br />
final, o trabalho realizado pela força peso não depende<br />
do trajeto percorrido, mas somente da posição inicial e<br />
final. Toda força que apresenta esta propriedade chamase<br />
força dissipativa.<br />
30) O trabalho que fornecemos a um certo sistema ou<br />
dispositivo para que ele possa funcionar chama-se<br />
trabalho motor ou motriz, uma parte do trabalho<br />
fornecido é devolvida pelo sistema e constitui o trabalho<br />
útil, enquanto, uma outra parte é perdida<br />
irrecuperavelmente e constitui o trabalho resistente.<br />
31) Um ônibus percorre uma distância de 60m, com o<br />
motor exercendo uma força de 8000N. Considerando que<br />
a força de atrito seja igual a 1200N, os módulos do<br />
trabalho da força motor e da força de atrito são<br />
respectivamente 4,8.10 5 J e 7,2.10 5 J.<br />
32) O elevador de um edifício sobe com velocidade<br />
constante de 5 m/s. O trabalho realizado, durante 6 s,<br />
pela força que traciona esse elevador de peso 8000N, é<br />
2,4.10 5 J.<br />
33) Uma criança de massa 40kg desliza em um elevador<br />
de 2,5 m de altura e atinge o solo em 5 s. Desprezando-se<br />
o atrito e o efeito do ar e considerando-se g = 10 m/s 2 ,<br />
pode-se afirmar que o trabalho realizado pela força peso<br />
nesse deslocamento é de 1,0 KJ.<br />
O trabalho realizado por F entre as posições 0 e 10 m é<br />
100J.<br />
35) O trabalho realizado pelo peso de um caminhão de<br />
massa 5 toneladas, quando percorre 30 metros numa rua<br />
horizontal é 1,5.10 5 J.<br />
36) O trabalho de uma força e a energia cinética possuem<br />
as mesmas dimensões.<br />
37) A energia cinética de um corpo depende do sistema<br />
de referencia utilizado para descrever o seu movimento.<br />
38) O teorema da variação da energia cinética afirma que<br />
o incremento de energia cinética corresponde ao trabalho<br />
total realizado sobre a partícula.<br />
39) A energia cinética de uma partícula mede o trabalho<br />
necessário para fazê-la parar.<br />
40) Se a velocidade de uma partícula aumenta, podemos<br />
afirmar que está sendo realizado um trabalho sobre a<br />
mesma.<br />
41) Duas partículas com a mesma velocidade têm<br />
necessariamente a mesma energia cinética.<br />
42) Para diminuir a velocidade de uma partícula deve ser<br />
realizado um trabalho sobre a mesma.<br />
43) Se duas partículas que se movimentam no mesmo<br />
sentido têm velocidades iguais, então a energia cinética<br />
de uma delas em relação à outra é igual a zero.<br />
44) Se a velocidade de uma partícula duplica, então a sua<br />
energia cinética também duplica.<br />
45) A energia cinética de uma partícula é proporcional à<br />
sua velocidade.<br />
265
GABARITO:<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24<br />
f v v v v v f f f f f f f f v f f v v v v v v f<br />
25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45<br />
f f v v f v f v v f f v v v v v f v v f f<br />
266<br />
ANOTAÇÕES:<br />
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CAPÍTULO 12 – CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE<br />
MOVIMENTO<br />
Devido ao seu caráter vetorial, a quantidade de<br />
movimento de uma partícula varia sempre que houver<br />
variação da sua velocidade, quer na sua direção, quer no<br />
seu sentido, quer no seu valor numérico (módulo).<br />
Assim, podemos dizer que:<br />
*A quantidade de movimento de uma partícula é dita<br />
constante se e somente se a partícula se encontrar em um<br />
dos seguintes estados: 1) repouso (permanente) ou 2)<br />
MRU.<br />
1 – QUANTIDADE DE MOVIMENTO<br />
Todos nós sabemos que é muito mais difícil<br />
parar um caminhão pesado do que um carro que esteja se<br />
movendo com a mesma rapidez. Enunciamos este fato<br />
dizendo que o caminhão tem mais quantidade de<br />
movimento do que o carro. Quantidade de movimento<br />
significa inércia em movimento. Mais precisamente, a<br />
quantidade de movimento ou MOMENTO LINEAR é<br />
definido como o produto da massa de um objeto pela sua<br />
velocidade, isto é:<br />
Q = m . v<br />
* A quantidade de movimento de uma partícula é<br />
variável em qualquer movimento curvilíneo (não<br />
retilíneo), visto que estará havendo mudança em sua<br />
direção em cada instante.<br />
* Quando uma partícula descreve um MCU, sua<br />
velocidade, aceleração e quantidade de movimento não<br />
permanecem constantes, elas variam com o tempo visto<br />
que mudam de direção a cada instante. Apenas os<br />
módulos dessas grandezas permanecem constantes.<br />
2 – IMPULSO<br />
Podem ocorrer variações no momento linear<br />
quando há uma variação na massa de um objeto, ou na<br />
sua velocidade, ou em ambos. Se o momento muda<br />
enquanto a massa se mantém constante, como é na<br />
maioria dos casos, então a velocidade muda. Ocorre<br />
aceleração. E o que produz a aceleração? Um minuto<br />
para pensar.... é claro cabeção!!! É a força. Quanto maior<br />
a força que atua num objeto, maior será a variação<br />
ocorrida na sua velocidade e, daí, na sua quantidade de<br />
movimento.<br />
Mas outra coisa importa na variação da<br />
quantidade de movimento: o tempo – quão longo é o<br />
tempo durante o qual atua a força. Aplique uma força<br />
brevemente em um carro enguiçado e você conseguirá<br />
produzir apenas uma pequena alteração em sua<br />
quantidade de movimento. Aplique a mesma força por<br />
um período de tempo prolongado e resultará numa<br />
variação maior do momento. Uma força mantida por um<br />
longo período produz mais alteração no momento linear<br />
que a mesma força aplicada brevemente. Assim, para<br />
alterar o momento linear de um objeto são importantes<br />
267
tanto a força F como o tempo t durante o qual ela atua. O<br />
nome que se dá ao produto da força pelo intervalo de<br />
tempo de sua atuação é o impulso I.<br />
O importante nessa expressão é que você<br />
perceba que impulso e quantidade de movimento sempre<br />
estão vinculados.<br />
I = F . t<br />
GRÁFICO F X t<br />
No gráfico F x t, a soma algébrica das áreas nos fornece<br />
o Impulso da força.<br />
3 – IMPULSO MODIFICANDO O MOMENTO<br />
LINEAR<br />
O impulso altera o momento linear da mesma<br />
forma que a força altera a velocidade. A relação do<br />
impulso com a variação do momento linear vem da 2ª lei<br />
de Newton:<br />
F = m . a<br />
Como aceleração é a taxa de mudança da<br />
velocidade, ou seja, é o tanto que a velocidade varia em<br />
um determinado intervalo de tempo:<br />
a =<br />
A 2ª lei fica assim escrita:<br />
F = m. Δ v/Δt<br />
t para o outro lado: Passando<br />
(1) F . Δt = m . Δv<br />
4 – CONSERVAÇÃO DO MOMENTO LINEAR<br />
Você deve se recordar de que nos capítulos<br />
anteriores afirmamos que para acelerar um corpo<br />
devemos aplicar-lhe uma força. Dizemos quase a mesma<br />
coisa neste capítulo quando comentamos que para alterar<br />
a quantidade de movimento (momento linear) de um<br />
corpo devemos aplicar-lhe um impulso. Em qualquer<br />
caso a força ou o impulso devem ser exercidos sobre o<br />
objeto ou sistema de objetos por algo exterior a eles.<br />
Forças internas não valem. Por exemplo, as forças<br />
moleculares no interior de uma bola de futebol não têm<br />
efeito sobre o momento linear da bola, bem como uma<br />
pessoa sentada dentro de um automóvel e empurrando<br />
contra o painel de instrumentos, e este empurrando de<br />
volta, não tem efeito sobre o momento linear do carro.<br />
Uma força externa que atua sobre a bola ou o automóvel<br />
é necessária para haver uma mudança na quantidade de<br />
movimento. Se nenhuma força externa está presente,<br />
então não é possível haver qualquer alteração na<br />
quantidade de movimento. No ensino médio geralmente<br />
estudaremos situações em que as forças externas são<br />
nulas, promovendo assim, uma conservação na<br />
quantidade de movimento do sistema.<br />
Exemplos:<br />
1) Quando uma bala é disparada de um fuzil, as forças<br />
presentes são forças internas. O momento linear total do<br />
sistema (bala + fuzil), portanto, não sofre nenhuma<br />
alteração.<br />
2) Dois homens abraçados sobre patins. Após uma<br />
discussão, um empurra violentamente o outro. Como as<br />
únicas forças presentes foram internas ao sistema (dois<br />
patinadores) a quantidade de movimento total mais uma<br />
vez se conserva. Importante salientar que cada homem<br />
adquiriru momentos lineares individualmente, mas<br />
quando considerados juntos, como um sistema, esses<br />
valores se anularam! Vamos entender mais um<br />
pouquinho esta conservação estudando as colisões.<br />
268<br />
Como I = F . t e Q = m . v<br />
A equação (1) se torna:<br />
I = ΔQ<br />
5 – COLISÕES “ UM BATENDO NO OUTRO”<br />
O momento linear é conservado durante as<br />
colisões – isto é, o momento linear total de um sistema<br />
de objetos em colisão uns com os outros mantém-se<br />
inalterado antes, durante e depois da colisão. Isso porque
as forças que atuam nas colisões são forças internas –<br />
que atuam e reagem no interior do sistema, apenas.<br />
Numa colisão podemos dizer sempre que:<br />
Qantes da colisão = Qdepois da colisão<br />
TIPOS DE COLISÕES<br />
A) Colisão elástica:<br />
Seu colega A vem correndo e colide frontalmente<br />
com outro colega B que estava em repouso. Supondo que<br />
a massa dos dois ―amigos‖ sejam iguais, o colega B,<br />
que estava em repouso, passa a mover-se com a<br />
velocidade que o amigo tinha e o colega A, que vinha em<br />
movimento, fica em repouso.<br />
Nesse tipo de colisão não ocorre deformações<br />
permanentes, nem geração de calor.<br />
Essa colisão também pode ser verificada com bolas<br />
de bilhar:<br />
O carrinho esquerda (1) move-se inicialmente<br />
com 10 m/s e o carrinho da direita (2) está parado.<br />
Supondo carrinhos iguais: m1=m2=M<br />
Qantes da colisão = Qdepois da colisão<br />
m1 . v1 = (m1 + m2) Vconjunto<br />
M . 10 = 2M Vconjunto<br />
Vconjunto = 5 m/s<br />
Vejamos um outro exemplo<br />
Considere um peixe que nada na direção de outro<br />
peixe menor e em repouso, o qual é devorado pelo<br />
maior. Se o peixe maior tem uma massa de 5 kg e<br />
nada com 1 m/s em direção a um peixe de 1 kg, qual<br />
será a velocidade do peixe grande logo após o<br />
almoço?<br />
B) Colisão inelástica:<br />
Um colega A vem correndo e se choca no fundo de<br />
um colega B, inicialmente parado. Após a colisão os dois<br />
passam a se deslocar juntinhos.<br />
Numa colisão perfeitamente inelástica os objetos<br />
envolvidos grudam-se e geralmente ocorre geração de<br />
calor ou deformação.<br />
Vejamos um exemplo com vagões idênticos<br />
(mesma massa). O momento linear do vagão da esquerda<br />
é compartilhado com o vagão da direita na colisão. E a<br />
quantidade de movimento total permanece constante<br />
antes e depois do choque.<br />
Qantes almoço = Qdepois almoço<br />
m1 . v1 + m2 . v2 = (m1 + m2) Vconjunto<br />
5 . 1 + 1 . 0 = (5 + 1) Vconjunto<br />
5 = 6 Vconjunto<br />
Vconjunto = 5/6 m/s<br />
Para você se divertir:<br />
Refaça os cálculos do problema acima considerando<br />
que o peixe menor não está em repouso, mas nadando<br />
com velocidade de 4 m/s em sentido oposto ao peixe<br />
grande. Não sabe fazer??!! Peça ajuda ao colega...<br />
aquele(a) que você está interessado... he he he<br />
Resp: 1/6 m/s<br />
6 – COLISÕES MAIS COMPLICADAS<br />
A quantidade de movimento total permanece<br />
inalterado em qualquer que seja a colisão, não<br />
importando qual seja o ângulo entre as trajetórias dos<br />
objetos em colisão. Na figura abaixo vemos uma colisão<br />
entre dois carros que estão viajando em direções<br />
ortogonais. O carro A tem momento linear dirigido para<br />
o leste e o carro B tem momento linear dirigido para o<br />
norte. Como a quantidade de movimento se conserva e<br />
269
antes da colisão o vetor resultante (entre vetores<br />
perpendiculares) é a diagonal doVquadrado, após a<br />
colisão o vetor terá mesma orientação e módulo.<br />
NESSA EXPLOSÃO FUTURA, A QUANTIDADE DE<br />
MOVIMENTO TAMBÉM SE CONSERVA? DE QUE<br />
MANEIRA?<br />
Abaixo temos a queda de um rojão de festa que<br />
explode em dois pedaços. O momento linear dos dois<br />
fragmentos combinam-se por soma vetorial para resultar<br />
num total que é igual ao momento linear original do<br />
rojão em queda, mostrando mais uma vez a conservação<br />
da quantidade de movimento do sistema.<br />
NESSA NOVA EXPLOSÃO, TAMBÉM HAVERÁ<br />
CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE<br />
MOVIMENTO?<br />
7- COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO<br />
Embora sempre ocorra a conservação da<br />
quantidade de movimento do sistema, numa colisão pode<br />
ou não haver conservação de energia mecânica do<br />
sistema.<br />
Os choques são classificados em função da<br />
conservação ou não da energia cinética do sistema.<br />
Quando a energia cinética do sistema imediatamente<br />
após o choque é igual à energia cinética do sistema<br />
imediatamente antes do choque, ele recebe o nome de<br />
choque perfeitamente elástico. Se as energias cinéticas<br />
do sistema antes e após o choque forem diferentes, ele<br />
recebe o nome de choque não-elástico.<br />
Tais denominações foram originadas em<br />
experiências com choques frontais entre um móvel e um<br />
anteparo rígido (uma parede, por exemplo).<br />
Suponha que um carrinho se aproxime<br />
frontalmente de uma parede a 10 m/s e, após o choque,<br />
se afaste desta com velocidade de módulo 6 m/s.<br />
Após o choque, o carrinho tem restituída apenas 60% da<br />
velocidade, em módulo, que possuía antes do choque.<br />
Conclusão: houve perda de energia cinética nessa<br />
colisão.<br />
270
A partir disso, criou-se um coeficiente de<br />
restituição (e) para as colisões frontais, definido pela<br />
razão entre o módulo da velocidade de afastamento (após<br />
o choque) e o módulo da velocidade de aproximação<br />
(antes do choque)<br />
Caso ocorresse 100% de restituição do módulo<br />
da velocidade (vafast. = vaprox.), o coeficiente de<br />
restituição atingiria seu valor máximo (e = 1) e não<br />
haveria perda de energia mecânica. Esse choque,<br />
denominado perfeitamente elástico, pode ser simulado<br />
lançando-se o carrinho contra uma mola ideal fixa numa<br />
parede, como mostra a figura abaixo.<br />
Entre os choques não-elásticos, destaca-se o<br />
choque perfeitamente inelástico, no qual se produz a<br />
maior perda de energia mecânica. Este choque ocorre<br />
quando o coeficiente de restituição é mínimo, ou seja,<br />
igual a zero (e = 0). Num choque desse tipo, o carrinho<br />
lançado contra a parede não retornaria (grudar-se-ia<br />
nesta) e, por conseguinte, perderia toda sua energia<br />
mecânica inicial.<br />
Sintetizando, podemos comparar os tipos de<br />
choques<br />
frontais<br />
assim:<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Determine o coeficiente de restituição dos seguintes<br />
choques:<br />
a)<br />
b)<br />
c)<br />
d)<br />
Para estendermos a definição de coeficiente de<br />
restituição para uma colisão entre duas partículas (A e<br />
B), basta que usemos velocidade relativa, ou seja, que<br />
tomemos a velocidade que uma partícula possui em<br />
relação à outra (eleita como “parede”).<br />
e)<br />
Dessa forma, o coeficiente de restituição será<br />
obtido pela razão entre as velocidades relativas, depois<br />
(afastamento) e antes (aproximação) do choque, assim:<br />
(parados)<br />
271
GABARITO:<br />
a) 1 .<br />
b) 0,66.<br />
c) 0.<br />
d) 1<br />
e) 0<br />
CASO 1 – Duas bolas (1 e 2) de mesma massa m e de<br />
mesmo raio r. A bola 1 gira mais rápido que a bola 2.<br />
Certamente concordam que é mais difícil parar a bola 1.<br />
Então podemos dizer que o momentum angular da bola<br />
1 é maior que o da bola 2.<br />
L é proporcional à velocidade (v)<br />
8 – INÉRCIA ROTACIONAL<br />
Como já vimos nos capítulos anteriores, um<br />
inglês muito esperto e inteligente (ele mesmo, o Isaac<br />
Newton), percebeu no séc. XVII que um objeto em<br />
repouso tende a permanecer como está, e um objeto em<br />
movimento tende a permanecer se movendo em linha<br />
reta, se não houver nada que interfira. Essa lei é<br />
conhecida como Princípio da Inércia ou Inércia<br />
Translacional. Da mesma forma, um objeto que gira em<br />
torno de um eixo tende a permanecer girando em torno<br />
desse mesmo eixo, a menos que sofra algum tipo de<br />
interferência externa. Essa propriedade que um objeto<br />
tem em resistir a alterações em seu estado de movimento<br />
é chamada de inércia rotacional ou momento de inércia.<br />
ATENÇÃO GALERA!!! NÃO ESQUEÇA!!!<br />
Corpos que estão em rotação tendem a permanecer em<br />
rotação, enquanto corpos que não estão em rotação<br />
tendem a permanecer sem rotação. Na ausência de<br />
quaisquer formas de atrito, um pião girando tende a<br />
manter-se girando, ao passo que um pião parado<br />
permanece parado.<br />
CASO 2 – Duas bolas (1 e 2) de mesmo raio r giram<br />
com a mesma velocidade v. A massa da bola 1 é maior<br />
que a massa da bola 2. Certamente concordam também<br />
que é mais difícil parar a bola 1 do que a bola 2. Então<br />
podemos dizer que o momentum angular da bola 1 é<br />
maior que o da bola 2.<br />
L é proporcional à massa (m)<br />
CASO 3 - (e último...não se preocupem) – Duas bolas<br />
(1 e 2) de mesma massa m girando com a mesma<br />
velocidade v. O raio r da bola 1 é maior que o raio da<br />
bola 2. Certamente concordam ( por favor, concordem<br />
só essa vez...) que é mais difícil parar a bola 1. Então<br />
podemos dizer que o momentum angular da bola 1 é<br />
maior que o da bola 2.<br />
L é proporcional ao raio (r)<br />
272<br />
9 – MOMENTUM ANGULAR<br />
Como vimos anteriormente, todos os objetos em<br />
movimento possuem ―inércia de movimento‖ ou<br />
quantidade de movimento. Esse tipo de momentum é<br />
MOMENTUM LINEAR (q). De forma análoga, a inércia<br />
de rotação de um objeto em rotação chama-se<br />
MOMENTUM ANGULAR (L). A Lua que órbita a<br />
Terra, uma pedra girando presa à ponta de um barbante e<br />
os pequeninos elétrons girando em torno do núcleo,<br />
todos possuem momentum angular.<br />
E do que depende o momentum angular?<br />
Imaginemos algumas situações: Não gosta de imaginar?<br />
Não se preocupe, prometemos que é molezinha...<br />
Relacionando todos os três casos teríamos a idéia de<br />
que:<br />
L = m v r<br />
Assim como a quantidade de movimento<br />
(momentum linear) o momentum angular é uma<br />
quantidade vetorial e possui uma direção e um sentido,<br />
assim como um valor numérico. Da mesma que é<br />
necessário existir uma força externa resultante atuante<br />
para alterar o momentum linear de um corpo, é<br />
necessário existir um torque externo resultante para<br />
alterar o momentum angular de um objeto. Podemos<br />
enunciar uma versão rotacional para a primeira lei de<br />
Newton:
Um objeto manterá seu momentum angular<br />
(continuará girando) a menos que um torque externo<br />
resultante atua sobre ele.<br />
10 – CONSERVAÇÃO DO MOMENTUM<br />
ANGULAR<br />
Da mesma forma que o momentum linear de<br />
qualquer sistema é conservado se nenhuma força<br />
resultante estiver atuando sobre ele, o momentum<br />
angular também se conserva quando nenhum torque<br />
resultante atua sobre o sistema.<br />
Na ausência de um torque externo resultante o<br />
momentum angular de qualquer sistema mantém-se<br />
constante. Isso significa que o produto da massa pela<br />
velocidade e pelo raio do corpo num certo instante será o<br />
mesmo em qualquer outro instante de tempo.<br />
EXEMPLO<br />
Se a bailarina gira com velocidade de 2 m/s como os<br />
braços abertos (r 1=30 cm), qual será sua nova<br />
velocidade ao fechar os braços, diminuindo o raio para<br />
10 cm?<br />
Aplicando a expressão acima, teríamos:<br />
2 . 0,3 = v2 . 0,1<br />
v 2 = 6 m/s<br />
Confirmando nossa ideia de que ao diminuir o raio a<br />
velocidade aumenta!<br />
Um exemplo interessante que ilustra a<br />
conservação do momentum angular (L) é mostrado na<br />
figura acima. A bailarina está de pé, girando com os<br />
braços abertos. Ela possui nesse instante uma massa m,<br />
uma velocidade v 1 e um raio r1. Quando ela aproxima os<br />
braços do corpo, diminui o raio e passa a ter um raio r 2.<br />
Pela conservação do momentum angular sua velocidade<br />
passa a ser v 2 e se torna maior. Matematicamente<br />
podemos assim expressar essa ideia:<br />
Lantes = Ldepois<br />
m . v 1 . r 1 = m . v 2 . r 2<br />
v 1 . r 1 = v2 . r 2<br />
se r 1 for pequeno, v1deve ser maior para que L<br />
permaneça constante.<br />
Essa situação é vista também nos saltos<br />
ornamentais. Quando o ginasta, no alto de sua trajetória,<br />
junta os braços aos joelhos e ao corpo (diminuindo o<br />
raio) tem um aumento da velocidade, girando cada vez<br />
mais rápido. Àmedida que o ginasta se aproxima da<br />
água, ele estica os braços e o corpo, aumentando o raio, e<br />
conseguindo uma diminuição na velocidade de rotação,<br />
caindo na água com segurança.<br />
Sabendo que L = m.v.r<br />
podemos relacionar a velocidade linear v com a<br />
velocidade angular ω .<br />
Como v = w. r , a expressão acima pode ser assim<br />
reescrita:<br />
273
L = mω.r.r<br />
L = m.ω.r2<br />
L = m.r 2 .ω<br />
A relação m.r 2 é a expressão matemática para o<br />
Momento de Inércia (I). Daí, L = I ω<br />
a velocidade original da primeira. O momentum de uma<br />
bola é transferido para a outra.<br />
COMPARANDO!!!!<br />
274<br />
Lembram-se da expressão do momento linear Q para a<br />
translação?<br />
Q = m.v<br />
Onde m é a massa ou a Inércia Translacional e v é a<br />
velocidade linear do corpo.<br />
Para a rotação:<br />
L = I ω<br />
Onde I é o momento de inércia ou Inércia<br />
Rotacional e ω é a velocidade angular do corpo.<br />
11 – COMO O CONCEITO DE QUANTIDADE DE<br />
MOVIMENTO SURGIU AO LONGO DOS<br />
TEMPOS<br />
Descartes disse em 1644: Deus em sua<br />
onipotência criou a matéria junto com o movimento e<br />
depois disso descansou dos atos do dia-a-dia. Essa idéia<br />
de criação leva a idéia que uma quantidade de<br />
movimento foi criada no Universo e é conservada. O<br />
desafio era como definir essa quantidade de movimento.<br />
Descartes escolheu o produto da massa e da velocidade<br />
de um objeto em movimento. Ele chamou isso de<br />
“momentum”. De acordo com Descartes, se dois objetos<br />
(com massa m1 e m2 e velocidades v1 e v2) colidem, a<br />
quantidade<br />
m 1v1 + m2 v2<br />
é a mesma antes e depois da colisão, mesmo que as<br />
velocidades individuais dos objetos tenha sido alterada.<br />
Se uma bola colide frontalmente com uma bola idêntica<br />
em repouso numa superfície horizontal, a primeira bola<br />
pára, enquanto que a bola atingida passa a se mover com<br />
Tais problemas envolvendo colisões de bolas foram um<br />
tópico muito popular no século<br />
XVII e geraram muita especulação<br />
e experimentos quando a Mecânica<br />
estava começando a ser<br />
compreendida.<br />
Descartes escreveu sete<br />
regras que governariam a colisão<br />
entre objetos de várias massas e<br />
velocidades. Todas elas foram<br />
provadas incorretas por um grupo de cientistas da Royal<br />
Society of London.<br />
A RSL foi fundada em 1663 para encorajar a<br />
experimentação em ciências naturais. Uma das primeiras<br />
atividades da RSL foi convidar homens como o<br />
matemático inglês John Wallis, o físico e astrônomo<br />
holandês Christiaan Huygens e o grande arquiteto inglês<br />
Sir Christopher Wren a analisarem e descreverem as leis<br />
do movimento da colisão de objetos. Em novembro de<br />
1668 John Wallis submeteu um memorando que talvez<br />
tenha sido a primeira indicação da Lei da Conservação<br />
do Momentum.<br />
Seu raciocínio foi o seguinte:<br />
Se m1 e m2 são as massas das duas bolas que colidem<br />
frontalmente, v1 e v2 suas velocidades antes da colisão, e<br />
V1 e V2 são suas velocidades após a colisão, então é um<br />
fato experimental que<br />
m1 v1 + m2 v 2 = m1 V1 + m2 V 2 = constante<br />
Percebamos que essa equação é muito similar a<br />
regra de Descartes, mas ela tem uma importante<br />
diferença. Wallis reconheceu que o sentido do<br />
movimento deve ser considerado quando usamos esta
equação. Isto é, se o objeto 1 está se movendo para<br />
direita e teremos v1 como um número positivo, enquanto<br />
que o objeto que se move para a esquerda com uma<br />
velocidade v2 tem um número negativo. Em linguagem<br />
moderna, dizemos que a velocidade é uma grandeza<br />
vetorial. Descartes falhou por não conhecer este<br />
conceito.<br />
O grande trabalho na resolução do problema da<br />
colisão de corpos foi feito por Christiaan Huygens, que<br />
trabalhou com muitas variantes do problema. Atualmente<br />
se considera as regras desenvolvidas por Christiaan<br />
Huygens como simples casos especiais da aplicação dos<br />
princípios de conservação de momentum e de energia.<br />
Na época de Christiaan Huygens estas leis gerais<br />
estavam recém começando a ser estabelecidas, partindo<br />
dos resultados de vários tipos específicos de colisões. A<br />
grande generalização ainda estava por vir. A mais<br />
importante contribuição de Christiaan Huygens foi o uso<br />
do princípio da relatividade, um esquema que é muito<br />
usado pelos físicos quando calculam as trajetórias de<br />
partículas elementares em aceleradores. A base do<br />
esquema é a seguinte: quando dois objetos colidem,<br />
sempre podemos encontrar um sistema de referência<br />
particular onde o centro de massa (CM) dos dois objetos<br />
está em repouso..<br />
O trabalho de Christiaan Huygens gerou uma<br />
importante ramificação. Ele notou que quando dois<br />
objetos perfeitamente elásticos colidem um com o outro,<br />
ambas as quantidades<br />
m1v1 + m2 v2<br />
m1 v1 2 + m2 v2 2<br />
se mantém antes e depois da colisão. O fato dessas duas<br />
relações representarem duas diferentes leis de<br />
conservação não foram completamente compreendidas<br />
por vários anos. A controvérsia sobre isso persistiu por<br />
três décadas. Em 1686 o grande matemático e filósofo<br />
alemão Gottfired Wilhelm von Leibniz (1646-1716),<br />
insistiu que a lei de conservação de Descartes<br />
m1 v1 + m2 v2 = constante<br />
estava incorreta e afirmou que a lei de conservação que<br />
estava correta era a da “vis viva” (força viva), o nome<br />
usado para a quantidade mv 2<br />
Atualmente sabemos que ambos , Descartes<br />
(1644) e Leibniz (1686) estavam parcialmente certos e<br />
parcialmente errados, enquanto Huygens estava mais<br />
próximo da verdade. A quantidade “mv” é agora<br />
chamada de momentum e a relação é correta somente se<br />
o sentido do movimento se mantiver. A grandeza “vis<br />
viva”, nós agora expressamos por<br />
m1 v1 + m2 v2 = constante<br />
é correta somente se o sentido do movimento se<br />
mantiver. A grandeza “vis viva” nós agora expressamos<br />
por 1/2mv 2<br />
e chamamos de energia cinética de um objeto em<br />
movimento, e sabemos que esta ―vis viva‖ é conservada<br />
numa colisão elástica. Enquanto muitos desvendavam a<br />
conservação da energia cinética partindo da colisão<br />
elástica entre bolas de bilhar, outros procuravam estender<br />
o conceito de conservação de energia.<br />
Em 1777 o grande matemático francês Joseph<br />
Louis Lagrange apresentou a conexão entre a força e a<br />
energia potencial gravitacional:<br />
Epotencial = F h = mgh<br />
ou seja, o trabalho com valor “mgh” é necessário para<br />
levar um corpo de massa “m” até uma altura “h”, e<br />
podemos imaginar que o trabalho armazena energia no<br />
campo gravitacional entre a Terra e o objeto.<br />
Com esse desenvolvimento, foi possível ser<br />
desenvolvido um ambiente teórico que incluísse a<br />
observação. Com isso o conceito de conservação da<br />
energia mecânica total foi desenvolvido:<br />
Emecanica = Ecinetica + Epotencial = constante<br />
Um campo de força que tenha a propriedade de<br />
conservar a energia é chamado de campo conservativo.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (UFMG) Em julho de 1994, um grande cometa<br />
denominado Shoemaker-Levi 9 atingiu Júpiter, em uma<br />
colisão frontal e inelástica. De uma nave no espaço, em<br />
repouso em relação ao planeta, observou-se que a<br />
velocidade do cometa era de 6,0 x 10 4 m/s antes da<br />
colisão. Considere que a massa do cometa é 3,0x 10 14 kg<br />
e que a massa de Júpiter é 1,8 x 10 27 kg.<br />
Com base nessas informações, CALCULE<br />
275
1. a velocidade, em relação à nave, com que Júpiter se<br />
deslocou no espaço, após a colisão.<br />
2. a energia mecânica total dissipada na colisão do<br />
cometa com Júpiter.<br />
2) (UEFS) Quando uma bala de massa m igual a 20,0g,<br />
movendo-se horizontalmente com velocidade de<br />
300,0m/s, atinge um pêndulo balístico de massa M igual<br />
a 2,0kg, observa-se que o centro de gravidade do pêndulo<br />
sobe uma distância de 20,0cm na vertical, enquanto a<br />
bala emerge com velocidade v. Desprezando-se a<br />
resistência do ar e sabendo-se que o módulo da<br />
aceleração da gravidade local g é de 10,0m/s 2 , é correto<br />
afirmar que o valor de v, em m/s, é igual a:<br />
a) 100,0<br />
b) 120,0<br />
c) 140,0<br />
d) 110,0<br />
indenizatória na Justiça americana por perdas e danos.<br />
Alegava a referida senhora que a ação americana<br />
prejudicou a confiabilidade de seus mapas astrais, no<br />
momento em que modificou as condições de movimento<br />
de um corpo celeste.<br />
Considere as informações:<br />
- o choque foi frontal e completamente inelástico;<br />
- o cometa, no referencial da nave, movia-se em sua<br />
direção com velocidade v(cometa) = 10km/s;<br />
- o cometa, em forma de um paralelepípedo de<br />
dimensões 5km × 5km × 10km, tem densidade<br />
aproximadamente igual à densidade da água, d(água) =<br />
1kg/litro;<br />
- a nave, com massa igual a 100kg, não transportava<br />
explosivos.<br />
Calcule a modificação na velocidade do cometa e faça<br />
um comentário sobre a alegação da astróloga russa.<br />
e) 130,0<br />
3) (UFBA) No dia 4 de julho de 2005, coincidindo com<br />
as comemorações da independência dos Estados Unidos<br />
da América, os meios de comunicação de todo o mundo<br />
divulgaram o impacto de uma pequena nave, não<br />
tripulada, com o cometa Tempel 1. Uma animação do<br />
evento foi distribuída às emissoras de televisão e<br />
disponibilizada na rede de computadores. Alguns<br />
instantâneos dessa animação - apresentados nas figuras I,<br />
II e III - mostram respectivamente a nave ao encaminharse<br />
para o cometa, o instante da colisão e a cratera<br />
formada.<br />
4) (UFF) No brinquedo ilustrado na figura, o bloco de<br />
massa m encontra-se em repouso sobre uma superfície<br />
horizontal e deve ser impulsionado para tentar atingir a<br />
caçapa, situada a uma distância x = 1,5 m do bloco. Para<br />
impulsioná-lo, utiliza-se um pêndulo de mesma massa m.<br />
O pêndulo é abandonado de uma altura h = 20 cm em<br />
relação a sua posição de equilíbrio e colide elasticamente<br />
com o bloco no instante em que passa pela posição<br />
vertical. Considerando a aceleração da gravidade g = 10<br />
m/s 2 , calcule:<br />
a) a velocidade da massa m do pêndulo imediatamente<br />
antes da colisão;<br />
b) a velocidade do bloco imediatamente após a colisão;<br />
c) a distância percorrida pelo bloco, sobre a superfície<br />
horizontal, supondo que o coeficiente de atrito cinético<br />
entre o bloco e essa superfície seja = 0,20 e verifique se<br />
o bloco atinge a caçapa.<br />
276<br />
No dia seguinte, a imprensa internacional também<br />
divulgou que uma astróloga russa entrou com uma ação
5) (UFU) João, em um ato de gentileza, empurra uma<br />
poltrona para Maria, que a espera em repouso num<br />
segundo plano horizontal (0,8 m abaixo do plano de<br />
João). A poltrona tem uma massa de 10 kg e Maria tem<br />
uma massa de 50 kg. O chão é tão liso que todos os<br />
atritos podem ser desprezados, conforme figura 1.<br />
A poltrona é empurrada de A até B, partindo do repouso<br />
em A. João exerce uma força constante igual a 25 N, na<br />
direção horizontal. Em B a poltrona é solta, descendo a<br />
pequena rampa de 0,8 m de altura. Quando a poltrona<br />
chega com uma certa velocidade (v) em Maria, ela sentase<br />
rapidamente na poltrona, sem exercer qualquer força<br />
horizontal sobre ela, e o sistema poltrona + Maria<br />
escorrega no segundo plano horizontal, conforme figura<br />
2.<br />
a) Qual era a quantidade de movimento inicial da<br />
partícula?<br />
b) Qual foi o impulso referente a cada uma das projeções<br />
da força resultante?<br />
c) Qual foi o impulso total recebido pela partícula?<br />
d) Determine o módulo do vetor velocidade da partícula<br />
ao final dos 7 s?<br />
7) Um satélite de massa M move-se em órbita do planeta<br />
Júpiter em movimento circular sob a ação exclusiva da<br />
força gravitacional de intensidade F, numa órbita de raio<br />
R. Determine o impulso médio aplicado pela força F<br />
quando o satélite percorre um quarto da circunferência.<br />
8) (FUVEST) Um gavião avista, abaixo dele, um melro<br />
e, para apanhá-lo, passa a voar verticalmente,<br />
conseguindo agarrá-lo. Imediatamente antes do instante<br />
em que o gavião, de massa 300 g, agarra o melro, de<br />
massa 100 g, as velocidades do gavião e do melro são,<br />
respectivamente, 80 km/h na direção vertical, para baixo,<br />
e 24 km/h na direção horizontal, para a direita, como<br />
ilustra a figura. Imediatamente após a caça, o vetor<br />
velocidade V do gavião, que voa segurando o melro,<br />
forma um ângulo α com o plano horizontal tal que a tg de<br />
α é aproximadamente igual a:<br />
Considerando a aceleração da gravidade como 10 m/s 2 ,<br />
calcule:<br />
a) o trabalho realizado por João no percurso AB.<br />
b) a velocidade (v) da poltrona ao chegar em Maria.<br />
c) a velocidade do sistema poltrona + Maria, após Maria<br />
sentar-se na poltrona.<br />
a) 20<br />
b) 10<br />
c) 3<br />
d) 0,3<br />
e) 0,1<br />
6) Uma partícula de massa 10 kg movimentava-se na<br />
direção e sentido do eixo OX com velocidade de 4,4 m/s<br />
em t = 0. A partir desse instante, ela passou a receber<br />
durante 7 s a ação de uma força resultante sempre situada<br />
no plano xy, cujas projeções variaram no decorrer do<br />
tempo conforme ilustram os gráficos seguintes:<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) (UFBA) O gráfico mostra aproximadamente a força,<br />
em função do tempo, que uma parede vertical exerce<br />
sobre uma bola de borracha de massa 30g que se<br />
movimenta horizontalmente, desde o instante em que a<br />
bola toca na parede até o instante em que se separam.<br />
Considerando a colisão perfeitamente elástica, calcule, a<br />
partir da análise do gráfico, o impulso que a parede<br />
transmite à bola e, com esse valor, determine a<br />
velocidade inicial da bola.<br />
277
o coeficiente de restituição do choque entre o corpo e o<br />
solo é:<br />
a) 0,2<br />
b) 0,5<br />
c) 0,4<br />
d) 0,8<br />
e) 1,0<br />
2) (UFMG) Para determinar a velocidade de lançamento<br />
de um dardo, Gabriel monta o dispositivo mostrado na<br />
Figura I.<br />
4) Durante um jogo de futebol, uma bola atingiu<br />
acidentalmente a cabeça de um policial, em pé e imóvel,<br />
nas proximidades do campo. A bola, com 400g, e<br />
velocidade de 8 m/s, bateu e voltou na mesma direção,<br />
porém com velocidade de 7 m/s.<br />
a) Qual foi o impulso da força exercida pela cabeça do<br />
policial na bola?<br />
b) Pode-se afirmar que ocorreu transferência de<br />
momento linear da bola para o policial?<br />
Ele lança o dardo em direção a um bloco de madeira<br />
próximo, que se encontra em repouso, suspenso por dois<br />
fios verticais. O dardo fixa-se no bloco e o conjunto -<br />
dardo e bloco - sobe até uma altura de 20 cm acima da<br />
posição inicial do bloco, como mostrado na Figura II. A<br />
massa do dardo é 50 g e a do bloco é 100 g. Com base<br />
nessas informações,<br />
a) CALCULE a velocidade do conjunto imediatamente<br />
após o dardo se fixar no bloco.<br />
b) CALCULE a velocidade de lançamento do dardo.<br />
c) RESPONDA:<br />
A energia mecânica do conjunto, na situação mostrada na<br />
Figura I, é menor, igual ou maior que a energia do<br />
mesmo conjunto na situação mostrada na Figura II ?<br />
JUSTIFIQUE sua resposta.<br />
3) Um corpo cuja massa é 2kg cai, a partir do repouso,<br />
de uma altura H e, após atingir o solo retorna, atingindo<br />
uma altura igual a H/4. Desprezando a resistência do ar,<br />
5) Um corpo de massa 600 g move-se livremente sobre<br />
um plano horizontal com velocidade constante de 10 m/s.<br />
Num certo instante t=0 s, começa a atuar sobre ele uma<br />
força F horizontal contrária ao seu movimento, cujo<br />
módulo varia com o tempo de acordo com a função F =<br />
t/3 no SI. Determine o tempo necessário para que o corpo<br />
atinja o repouso.<br />
6) (SANTA CASA- SP) Um corpo de 0,1 kg move-se em<br />
uma circunferência com velocidade escalar constante de<br />
2 m/s. No intervalo de tempo correspondente ao percurso<br />
de 1/4 da circunferência, determine:<br />
a) o trabalho da força resultante;<br />
b) a intensidade do impulso resultante.<br />
7) A figura mostra a trajetória de uma bola de bilhar de<br />
massa 0,4 kg quando colide com a tabela da mesa. A<br />
velocidade escalar antes e depois da colisão é 0,1 m/s. Se<br />
a duração da colisão é de 0,2 s, a intensidade média da<br />
força, em newtons, exercida sobre a bola durante a<br />
colisão será de quanto?<br />
278
ATIVIDADES ARRETADAS PARA SALA<br />
1) (UFBA) A modificação rápida do movimento do<br />
corpo é a característica principal da maioria dos esportes<br />
e dos brinquedos nos parques de diversão. Essa<br />
modificação do movimento é responsável pela sensação<br />
de prazer causada por esses “jogos do corpo”, a qual os<br />
bioquímicos associam à produção de adrenalina.<br />
3) (UNICAMP) As histórias de super-heróis estão<br />
sempre repletas de feitos incríveis. Um desses feitos é o<br />
salvamento, no último segundo, da mocinha que cai de<br />
uma grande altura. Considere a situação em que a<br />
desafortunada caia, a partir do repouso, de uma altura de<br />
81 m e que nosso herói a intercepte a 1 m antes que ela<br />
chegue ao solo, demorando 0,05 s para detê-la, isto é,<br />
para anular sua velocidade vertical. Considere que a<br />
massa da mocinha é de 50 kg, despreze a resistência do<br />
ar e adote g = 10 m/s 2 .<br />
a) Calcule a força média aplicada pelo super herói sobre<br />
a mocinha, para detê-la.<br />
b) Uma aceleração 8 vezes maior que a gravidade (8g) é<br />
letal para um ser humano. Determine quantas vezes a<br />
aceleração à qual a mocinha foi submetida é maior que a<br />
aceleração letal.<br />
Em um parque de diversões, uma jovem de 40 kg brinca<br />
em uma cama elástica, representada na figura. Ela pula<br />
de uma altura h=1,8 m e, durante 0,5 segundo, a cama<br />
freia o movimento da jovem até pará-la, empurrando-a,<br />
posteriormente, para cima. Sabendo que, ao atingir a<br />
cama, o movimento da jovem é na direção vertical,<br />
calcule a força elástica média que a cama exerce sobre<br />
ela até pará-la. Considere a aceleração da gravidade<br />
como sendo 10m/s 2 .<br />
4) (UFMG) Duas esferas – R e S – estão penduradas por<br />
fios de mesmo comprimento. Inicialmente, a esfera S<br />
está na posição de equilíbrio e o fio da esfera R faz um<br />
ângulo de 60° com a vertical, como mostrado na figura<br />
ao lado. Em seguida, a esfera R é solta, colide com a<br />
esfera S e retorna a um ponto em que seu fio faz um<br />
ângulo de 45° com a vertical. Analisando a situação<br />
descrita, RESPONDA:<br />
A) Logo após a colisão, qual das duas esferas – R ou S –<br />
tem mais energia cinética? JUSTIFIQUE sua resposta.<br />
2) (UFBA) Buscando melhorar a segurança de seus<br />
veículos, as fábricas de automóveis fazem testes de<br />
impacto, a fim de avaliar os efeitos sobre a estrutura dos<br />
carros e sobre seus ocupantes. Como resultado dessa<br />
iniciativa, as pesquisas têm conduzido à construção de<br />
carros com carroceria menos rígida, que se deformam<br />
mais facilmente em caso de colisão. Em um teste<br />
realizado, um veículo de 1000,0kg, movendo-se com<br />
velocidade igual a 72,0km/h e dirigido por controle<br />
remoto foi arremessado contra uma parede de concreto.<br />
A colisão, completamente inelástica, durou 0,05<br />
segundos. Analise a decisão dos fabricantes de produzir<br />
automóveis com carroceria menos rígida e calcule a<br />
intensidade da força média exercida pela parede sobre<br />
esse veículo.<br />
B) Logo após a colisão, o módulo da quantidade de<br />
movimento da esfera R é menor, igual ou maior que o da<br />
esfera S? JUSTIFIQUE sua resposta<br />
279
5) (UFBA) Considere-se que uma esfera A, de massa<br />
igual a 0,10 kg, movimentando-se horizontalmente com<br />
velocidade v de módulo igual a 12 m/s, choca-se,<br />
tangencialmente, com outra esfera idêntica, B,<br />
inicialmente em repouso, ambas sobre um mesmo plano<br />
horizontal.<br />
indivíduo em relação às águas? Não há atrito entre o<br />
barco e as águas.<br />
7) (ITA) Um capacitor plano é formado por duas placas<br />
paralelas, separadas entre si de uma distância 2a, gerando<br />
em seu interior um campo elétrico uniforme E. O<br />
capacitor está rigidamente fixado em um carrinho que se<br />
encontra inicialmente em repouso. Na face interna de um<br />
das placas encontra-se uma partícula de massa m e carga<br />
q presa por um fio curto e inextensível.<br />
As posições das esferas, antes e após a colisão,<br />
aparecem, respectivamente, nas figuras I e II.<br />
Desprezando as forças dissipativas e o rolamento das<br />
esferas, é correto afirmar:<br />
(01) a colisão entre as esferas é perfeitamente inelástica.<br />
(02) a quant. de movimento de cada esfera é a mesma,<br />
antes e após a colisão.<br />
(04) A energia mecânica do sistema constituído pelas<br />
esferas A e B se conserva.<br />
(08) o módulo da quantidade de movimento do sistema<br />
constituído pelas esferas A e B, após a colisão, é igual a<br />
1,2 kg m/s.<br />
(16) o módulo da velocidade da esfera A, após a colisão,<br />
é igual a 6 .<br />
Considere que não haja atritos e outras<br />
resistências a qualquer movimento e que seja M a massa<br />
do conjunto capacitor mais carrinho. Por simplicidade,<br />
considere ainda a inexistência da ação da gravidade<br />
sobre a partícula. O fio é rompido subitamente e a<br />
partícula move-se em direção á outra placa. A velocidade<br />
da partícula no momento do impacto resultante, vista por<br />
um observador fixo ao solo, é:<br />
a)<br />
b)<br />
c)<br />
d)<br />
e)<br />
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
280<br />
6) Um indivíduo de massa m está em repouso em uma<br />
das extremidades de um barco, também em repouso, nas<br />
águas de um lago. A massa do barco é M. Se o individuo<br />
caminhar até a outra extremidade do barco, cujo<br />
comprimento é D, qual será o deslocamento d do<br />
1) (UFPE) Um projétil explode no ponto mais alto de sua<br />
trajetória parabólica, dividindo-se em dois fragmentos.<br />
Estes fragmentos são iguais e suas velocidades têm o<br />
mesmo módulo imediatamente após a explosão.<br />
Considerando a lei de conservação da quantidade de
movimento, indique a figura que melhor representa as<br />
velocidades dos fragmentos, imediatamente após a<br />
explosão.<br />
a) nulo<br />
b) 16<br />
c) 8<br />
d) 2<br />
e) 4<br />
5) (CESGRANRIO) Uma esfera de borracha, de massa<br />
igual a 160g, é lançada de encontro a uma parede,<br />
atingindo-a frontalmente com uma velocidade de módulo<br />
5m/s e retornando na mesma direção, porém com<br />
velocidade de módulo 4m/s, como apresenta a figura<br />
abaixo. No choque da esfera com a parede, calcule o<br />
módulo da variação da quantidade de movimento da<br />
esfera, em kgm/s:<br />
a)1,44<br />
b) 9<br />
c) 1<br />
2) (UESB) Deixa-se cair uma bola sobre o solo<br />
horizontal de uma altura de 8,0m e ela rebate até uma<br />
altura de 2,0m. Desprezando-se a resistência do ar, podese<br />
afirmar que o coeficiente de restituição entre a bola e<br />
o solo é de:<br />
01) 0,3<br />
d) 14,4<br />
e) 90<br />
02) 0,4<br />
03) 0,5<br />
04) 0,6<br />
05) 0,7<br />
3) (UFBA) Um vagão de massa igual a 90kg, vazio e<br />
sem cobertura está se deslocando sobre trilhos retos e<br />
horizontais, sem atrito, com velocidade v. Começa a<br />
chover forte e a água, cuja densidade vale 10 3 kg/m 3 ,<br />
caindo verticalmente, vai se acumulando no interior do<br />
vagão. Determine, em 10 -3 m 3 o volume da água<br />
armazenada no vagão, quando sua velocidade for<br />
reduzida a 2/3 da inicial.<br />
4) (UEPB) Uma esfera de massa igual a 0,2kg, movendose<br />
sobre uma superfície muito lisa com velocidade<br />
36km/h, colidiu elasticamente contra um obstáculo fixo.<br />
O módulo da variação da quantidade de movimento<br />
(momento linear) da esfera em kgm/s é:<br />
6) (AFA) Uma bola de massa 0,4kg movimentando-se<br />
horizontalmente com velocidade de módulo 14m/s é<br />
rebatida na mesma direção usando-se uma força média<br />
de intensidade igual a 1,0.10 3 N. Sabendo-se que a<br />
colisão durou 27 milisegundos,a velocidade da bola<br />
imediatamente após a rebatida terá módulo igual a, em<br />
m/s:<br />
a) 14<br />
b) 32,5<br />
c) 53,5<br />
d) 81,5<br />
7) (PUC) Um carrinho de massa igual a 2,5kg, está em<br />
movimento retilíneo com velocidade escalar de 2m/s<br />
quando é submetido a uma força resultante constante, na<br />
281
mesma direção e sentido de sua velocidade e com<br />
intensidade de 4N. Se a força atuar durante 6s, ao final<br />
desse intervalo de tempo os módulos da quantidade de<br />
movimento e de velocidade do carrinho, em unidades do<br />
SI, serão respectivamente iguais a:<br />
a) 27 e 18<br />
b) 24 e 18<br />
c) 18 e 16<br />
d) 27 e 16<br />
e) 18 e 16<br />
8) (UERJ) Uma jogada típica do jogo de sinuca consiste<br />
em fazer com que a bola permaneça parada após a<br />
colisão frontal e elástica com outra bola. Considere com<br />
modelo para essa jogada um choque frontal e elástico<br />
entre duas partículas, 1 e 2, estando a partícula 2 em<br />
repouso antes da colisão. Pela conservação da energia e<br />
do momento linear, a razão entre a velocidade escalar e a<br />
velocidade escalar inicial, V f/V i, depende da razão entre<br />
as massas das duas partículas, m 2/m 1, conforme o gráfico<br />
abaixo:<br />
colisão seja perfeitamente anelástica, isto é, os veículos<br />
após a colisão permanecem solidamente ligados,<br />
determine o módulo da velocidade do conjunto, em m/s,<br />
após a colisão e indique a letra correspondente à seta do<br />
diagrama que representa a direção e sentido da<br />
velocidade do conjunto imediatamente após a colisão.<br />
Despreza-se as forças externas no ato da colisão.<br />
a) 3 e letra b<br />
b) 14 e letra d<br />
c) 3 e letra d<br />
d) 14 e letra b<br />
e) 45 e letra b<br />
10) (FUVEST) Duas esferas, uma de massa m e outra de<br />
massa 2m, sofreram colisão enquanto estavam se<br />
movendo ao longo de uma direção x, livres da ação de<br />
quaisquer forças externas. Após a colisão, as esferas<br />
mantiveram-se unidas, deslocando-se para a direita com<br />
velocidade de módulo 2m/s, como mostra a figura.<br />
2,0 m/s<br />
Nele, esta situação-modelo está indicada pelo seguinte<br />
ponto:<br />
a) A<br />
depois da<br />
colisão<br />
n 2n x<br />
b) B<br />
c) C<br />
d) D<br />
e) impossível calcular<br />
Assinale a alternativa que representa o par de valores<br />
possíveis para as velocidades escalares das esferas antes<br />
da colisão.<br />
3,0 m/s<br />
9) (UERJ) Um carro de massa 1,0 . 10 3 Kg que trafega<br />
para leste com velocidade de módulo igual a 30m/s<br />
colide, em um cruzamento, com uma camioneta de<br />
massa 2,0 . 10 3 kg que se deslocava para norte com<br />
velocidade de módulo igual a 15m/s. Admitindo-se que a<br />
a)<br />
n<br />
2n<br />
x<br />
282
)<br />
9,0 m/s<br />
n<br />
-312 m/s<br />
2n<br />
x<br />
a) 1<br />
b) 2<br />
c) 3<br />
d) 4<br />
e) 5<br />
c)<br />
9,0 m/s<br />
n<br />
-112 m/s<br />
2n<br />
x<br />
12) (UERJ) Um certo núcleo atômico N, inicialmente em<br />
repouso, sofre uma desintegração radioativa,<br />
fragmentando-se em 3 partículas, cujos momentos<br />
lineares são: P 1, P 2 e P 3.<br />
d)<br />
e)<br />
1,0 m/s<br />
n<br />
3,0 m/s<br />
n<br />
512 m/s<br />
2n<br />
112 m/s<br />
2n<br />
x<br />
x<br />
N<br />
P 2<br />
P 1<br />
11) (FUVEST) Um meteorito, de massa m muito menor<br />
que a massa M da Terra, dela se aproxima, seguindo a<br />
trajetória indicada na figura. Inicialmente, bem longe da<br />
Terra, podemos supor que a sua trajetória seja retilínea e<br />
sua velocidade V 1. Devido à atração gravitacional da<br />
Terra, o meteorito faz uma curva em torno dela e escapa<br />
para o espaço sem se chocar com a superfície terrestre.<br />
Quando se afasta suficientemente da Terra, atinge uma<br />
velocidade final V 2 de forma que, aproximadamente,<br />
V 2=V 1, podendo sua trajetória ser novamente<br />
considerada retilínea. O x e O y são os eixos de um sistema<br />
de referência, no qual a Terra está inicialmente em<br />
repouso.<br />
A figura acima mostra os vetores que representam os<br />
momentos lineares das partículas 1 e 2, P 1 e P 2<br />
imediatamente após a desintegração. O vetor que<br />
representa melhor o momento linear da partícula 3, P 3, é:<br />
a) b) c) d)<br />
13) (U. Católica-DF) Recentemente foram disputadas as<br />
Olimpíadas de Sidney, em que o voleibol de praia, apesar<br />
de não trazer a Medalha de Ouro, conseguiu um<br />
resultado expressivo, conquistando a simpatia do povo<br />
brasileiro com grandes vitórias. Durante as partidas,<br />
algumas jogadas podem ser analisadas à luz dos<br />
princípios da <strong>Física</strong>. Considerando que a bola utilizada<br />
no jogo avaliado esteja bastante cheia e tenha massa de<br />
300 g, analise as afirmativas abaixo, assinalando V para<br />
as afirmativas verdadeiras ou F para as afirmativas<br />
falsas.<br />
Podemos afirmar que a direção e sentido da quantidade<br />
de movimento adquirida pela Terra, são indicados<br />
aproximadamente pela seta:<br />
( ) Durante um saque, um jogador aplica uma força na<br />
bola, o que provoca nela uma variação no módulo de sua<br />
velocidade de 20,0 m/s. É correto concluir que o impulso<br />
recebido pela bola tem módulo de 6,00.10 3 N.s.<br />
283
( ) Durante o saque citado no item anterior, o tempo de<br />
interação entre a bola e a mão do jogador foi de três<br />
centésimos de segundo, logo a força média que a bola fez<br />
sobre a mão do jogador tem intensidade menor que 300<br />
N.<br />
( ) Durante o jogo, Giba dá uma violenta cortada, que<br />
resulta no choque da bola com o peito do jogador da<br />
defesa adversária (uma jogada conhecida como<br />
“medalha”. Nesse caso, a força que a bola aplicou no<br />
jogador da defesa tem o mesmo módulo, direção e<br />
sentido que a força que o jogador aplicou na bola.<br />
( ) Caso o jogador da defesa, na medalha citada no item<br />
acima, não se desloque após o choque com a bola, é<br />
correto afirmar que a variação quantidade de movimento<br />
e o impulso recebidos por ele são nulos.<br />
( ) Ainda sobre a medalha citada, por se tratar de forças<br />
que formam um par de ação e reação, a aceleração<br />
adquirida pela bola e a adquirida pelo jogador da defesa<br />
terão módulos iguais.<br />
14) (UFSC) Na segunda-feira, 12 de junho de 2000, as<br />
páginas esportivas dos jornais nacionais eram dedicadas<br />
ao tenista catarinense Gustavo Kuerten, o “Guga” pela<br />
sua brilhante vitória e conquista do título de bicampeão<br />
do Torneio de Roland Garros. Entre as muitas<br />
informações sobre a partida final do Torneio, os jornais<br />
afirmavam que o saque mais rápido de Gustavo Kuerten<br />
foi de 195 km/h. Em uma partida de tênis, a bola atinge<br />
velocidades superiores a 200 km/h. Consideremos uma<br />
partida de tênis com o Guga sacando: lança a bola para o<br />
ar e atinge com a raquete, imprimindo-lhe uma<br />
velocidade horizontal de 180 km/h (50 m/s). Ao ser<br />
atingida pela raquete, a velocidade horizontal inicial da<br />
bola é considerada nula. A massa da bola é igual a 58<br />
gramas e o tempo de contato com a raquete é 0,01s.<br />
Assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s):<br />
(16) Mesmo considerando o ruído da colisão, as<br />
pequenas deformações permanentes da bola e da raquete<br />
e o aquecimento de ambas, há conservação da energia<br />
mecânica do sistema (bola + raquete), porque a resultante<br />
das forças externas é nula durante a colisão.<br />
(32) O impulso exercido pela raquete sobre a bola é<br />
maior do que aquele exercido pela bola sobre a raquete,<br />
tanto assim que a raquete recua com velocidade de<br />
módulo muito menor que a da bola.<br />
15) (ITA-SP) Uma certa grandeza física A é definida<br />
como o produto da variação de energia de uma partícula<br />
pelo intervalo de tempo em que esta variação ocorre.<br />
Outra grandeza, B, é o produto da quantidade de<br />
movimento da partícula pela distância percorrida. A<br />
combinação que resulta em uma grandeza adimensional<br />
é:<br />
a) AB<br />
b) A 2/B<br />
c) A/B<br />
d) A 2B<br />
e) A/B 2<br />
16) (UFSC) As esferas A e B da figura têm a mesma<br />
massa e estão presas a fios inextensíveis, de massas<br />
desprezíveis e de mesmo comprimento, sendo L a<br />
distância do ponto de suspensão até o centro de massa<br />
das esferas e igual a 0,80 m. Inicialmente, as esferas<br />
encontram-se em repouso e mantidas nas posições<br />
indicadas. Soltando-se a esfera A, ela desce, indo colidir,<br />
de forma perfeitamente elástica, com a esfera B.<br />
(01) A força média exercida pela raquete sobre a bola é<br />
igual a 290 N.<br />
284<br />
(02) A força média exercida pela bola sobre a raquete, é<br />
igual àquela exercida pela raquete sobre a bola.<br />
(04) O impulso total exercido sobre a bola é igual a 2,9<br />
N.s.<br />
(08) O impulso total exercido pela raquete sobre a bola é<br />
igual à variação da quantidade de movimento da bola.<br />
Desprezam-se os efeitos da resistência do ar.<br />
Assinale a(s) proposição(ões) correta(s):<br />
(01) Durante o movimento de descida da esfera A, sua<br />
energia mecânica permanece constante e é possível
afirmar que sua velocidade no ponto mais baixo da 18) (UFRN) O céu, com sua beleza, despertou interesse<br />
trajetória, imediatamente antes de colidir com a esfera B, de astrônomos admiráveis, a exemplo de Johannes<br />
é 3,0m/s.<br />
Kepler, que entrou para a história da ciência como o<br />
legislador dos céus. Em sua sagacidade, Kepler enunciou<br />
(02) Não é possível calcular o valor da velocidade da<br />
leis que descrevem os movimentos de translação dos<br />
esfera A, no instante em que colidiu com a esfera B,<br />
planetas em torno do Sol. Essas leis podem ser obtidas,<br />
porque não houve conservação da energia mecânica<br />
partindo-se das leis do movimento e da gravitação<br />
durante seu movimento de descida e também porque não<br />
universal de Newton. No tratamento newtoniano, sabe-se<br />
conhecemos a sua massa.<br />
que a força gravitacional é de longo alcance, tipo central<br />
(04) A velocidade da esfera A, no ponto mais baixo da (força que depende da posição relativa entre os corpos), e<br />
trajetória, imediatamente antes de colidir com a esfera B, que, apesar de ser a mais fraca de todas as interações<br />
é 4,0 m/s.<br />
conhecidas na natureza, rege a macroestrutura do<br />
(08) Considerando o sistema constituído pelas esferas A<br />
universo, mantendo o nosso sistema solar coeso. Com<br />
e B, em se tratando de um choque perfeitamente elástico,<br />
base no texto acima e considerando o movimento de<br />
podemos afirmar que há conservação da quantidade de<br />
translação da Terra em torno do Sol, é correto afirmar<br />
movimento total e da energia cinética total do sistema.<br />
que<br />
(16) Imediatamente após a colisão, a esfera B se afasta<br />
a) o módulo do momento linear da Terra em relação ao<br />
da esfera A com velocidade igual a 4,0 m/s.<br />
Sol é constante.<br />
(32) Após a colisão, a esfera A permanece em repouso.<br />
b) a energia cinética da Terra, no seu movimento de<br />
translação, em relação ao Sol, é constante.<br />
(64) Após a colisão, a esfera A volta com velocidade de<br />
4,0 m/s, invertendo o sentido do seu movimento inicial.<br />
c) o momento angular da Terra em relação ao Sol é<br />
constante.<br />
d) a energia potencial gravitacional do sistema Terra-Sol<br />
17) (UPE)Um menino está sentado em uma cadeira que é constante.<br />
está girando em torno de um eixo vertical, com<br />
velocidade angular u0, conforme figura. O menino tem<br />
os braços estendidos e segura um haltere em cada mão, 19) (UFRN) Com a mão, Mara está girando sobre sua<br />
de modo que o momento de inércia do sistema (menino, cabeça, em um plano horizontal, um barbante que tem<br />
halteres e assento) é Io . O menino abraça rapidamente os uma pedra amarrada na outra extremidade, conforme se<br />
halteres, de modo que o momento de inércia final do vê na figura abaixo.<br />
sistema reduza de 70% do momento de inércia inicial.<br />
Desprezando o torque devido ao atrito no eixo da<br />
cadeira, durante o intervalo de tempo no qual o momento<br />
de inércia do sistema varia, é correto afirmar que a<br />
velocidade angular final do sistema é aproximadamente:<br />
a) u 0<br />
b) 3,33u 0<br />
c) 0,3u 0<br />
d) 1,43u 0<br />
e) 0,7u 0<br />
Num dado momento, ela para de impulsionar o<br />
barbante e, ao mesmo tempo, estica o dedo indicador da<br />
mão que segura o barbante, não mexendo mais na<br />
posição da mão, até o fio enrolar-se todo no dedo<br />
285
indicador. Mara observa que a pedra gira cada vez mais<br />
rapidamente, à medida que o barbante se enrola em seu<br />
dedo.<br />
Isso pode ser explicado pelo princípio de conservação<br />
do(a):<br />
a) momento linear<br />
b) momento angular<br />
c) energia mecânica<br />
d) energia total<br />
20) (UFSCAR) Em um clássico de Jornada nas Estrelas,<br />
a fim de se obterem informações antecipadas sobre uma<br />
região do espaço para a qual se dirige a nave Enterprise,<br />
movida apenas por sua inércia e fora do alcance de<br />
forças externas, é lançada uma sonda de exploração na<br />
mesma direção e sentido do movimento da nave.<br />
Informações sobre o lançamento:<br />
Enterprise<br />
massa da nave (sem a sonda)- M<br />
velocidade antes do lançamento- V<br />
velocidade após o lançamento- V‘<br />
Sonda<br />
massa da sonda- m<br />
velocidade após o lançamento- v‘<br />
Considere:<br />
a sonda não possui propulsão própria; o lançamento<br />
envolveu uma interação inelástica; as velocidades foram<br />
tomadas relativamente às estrelas “fixas”.<br />
A velocidade da Enterprise, após o lançamento, pode ser<br />
calculada pela expressão:<br />
a) V’ =<br />
b) V’ =<br />
c) V’ =<br />
d) V’ =<br />
e) V’ = m.V – M . V’<br />
21) (FUVEST) Uma granada é lançada verticalmente<br />
com uma velocidade Vo. Decorrido certo tempo, sua<br />
velocidade é Vo/2 para cima, quando ocorre a explosão.<br />
A granada fragmenta-se em quatro pedaços, de mesma<br />
massa, cujas velocidades imediatamente após a explosão<br />
são representadas na figura. Assinalar a alternativa<br />
correta para os módulos das velocidades:<br />
a) v1 > v2 e v3 = v4<br />
b) v1 > v2 e v3 > v4<br />
c) v1 = v2 e v3 = v4<br />
d) v1 > v2 e v3 < v4<br />
e) v1 < v2 e v3 = v4<br />
22) (UFRN) Os automóveis mais modernos são<br />
fabricados de tal forma que, numa colisão frontal, ocorra<br />
o amassamento da parte dianteira da lataria de maneira a<br />
preservar a cabine. Isso faz aumentar o tempo de contato<br />
do automóvel com o objeto com o qual ele está<br />
colidindo. Com base nessas informações, pode-se<br />
afirmar que, quanto maior for o tempo de colisão<br />
a) Menor será a força média que os ocupantes do<br />
automóvel sofrerão ao colidirem com qualquer parte da<br />
cabine.<br />
b) Maior será a força média que os ocupantes do<br />
automóvel sofrerão ao colidirem com qualquer parte da<br />
cabine.<br />
c) Maior será a variação da quantidade de movimento<br />
que os ocupantes do automóvel experimentarão.<br />
d) Menor será a variação da quantidade de movimento<br />
que os ocupantes do automóvel experimentarão<br />
e) Tanto a força média sofrida pelos ocupantes ao colidir<br />
com qualquer parte da cabine quanto a variação da<br />
quantidade de movimento que<br />
os ocupantes do automóvel experimentarão serão as<br />
mesmas, não importando o tempo de colisão.<br />
23) (UESC) Um projétil de massa 10,0g, com velocidade<br />
de 300m/s, atinge um pêndulo balístico e fica alojado no<br />
interior da massa pendular de 2,0kg, como mostra a<br />
figura.<br />
25) (UFBA) Uma bola, de massa m e velocidade<br />
horizontal de módulo igual a v, se deforma no instante<br />
em que se choca frontalmente contra uma raquete<br />
imóvel. Considerando-se o coeficiente de restituição do<br />
choque igual a 1 e o intervalo de tempo da interação<br />
entre a bola e a raquete igual a Δt, é correto afirmar:<br />
(01) O choque entre a bola e a raquete é parcialmente<br />
elástico.<br />
(02) A bola, após o choque, retorna com velocidade de<br />
módulo igual a v .<br />
(04) A energia cinética da bola, durante a colisão, é<br />
convertida em energia potencial elástica.<br />
(08) A variação da quantidade de movimento da bola,<br />
devido ao choque, tem módulo igual a mv.<br />
(16) O impulso exercido pela raquete é igual à variação<br />
da quantidade de movimento da bola.<br />
(32) A energia mecânica da bola varia, durante a colisão.<br />
Desprezando-se as forças dissipativas e admitindo-se que<br />
o módulo da aceleração da gravidade local é igual a<br />
10,0m/s 2 , pode-se concluir que, após o choque, o<br />
pêndulo se eleva a uma altura h, em cm,<br />
aproximadamente:<br />
01) 11,0<br />
02) 12,0<br />
03) 13,0<br />
04) 14,0<br />
05) 15,0<br />
(64) A intensidade da força média que a raquete exerce<br />
sobre a bola durante a colisão é igual a 2mv/Δt.<br />
26) (Unesp) Um corpo A de massa m, movendo-se com<br />
velocidade constante, colide frontalmente com um corpo<br />
B, de massa M, inicialmente em repouso. Após a colisão,<br />
unidimensional e inelástica, o corpo A permanece em<br />
repouso e B adquire uma velocidade desconhecida.<br />
Pode-se afirmar que a razão entre a energia cinética final<br />
de B e a inicial de A é:<br />
a) M 2 /m 2<br />
b) 2m/M<br />
24) (UFPE) Um pequeno bloco, de massa m=0,5 kg,<br />
inicialmente em repouso no ponto A, é largado de uma<br />
altura h = 0,8 m. O bloco desliza, sem atrito, ao longo de<br />
uma superfície e colide com um outro bloco, de mesma<br />
massa, inicialmente em repouso no ponto B (veja a<br />
figura a seguir). Determine a velocidade dos blocos após<br />
a colisão, em m/s, considerando-a perfeitamente<br />
inelástica.<br />
c) m/2M<br />
d) M/m<br />
e) m/M<br />
27) (UFSC) Durante as festividades comemorativas da<br />
Queda da Bastilha, na França, realizadas em 14 de julho<br />
de 2005, foram lançados fogos de artifício em<br />
homenagem ao Brasil. Durante os fogos, suponha que<br />
um rojão com defeito, lançado obliquamente, tenha<br />
explodido no ponto mais alto de sua trajetória, partindose<br />
em apenas dois pedaços que, imediatamente após a<br />
explosão, possuíam quantidades de movimento p 1 e p 2.<br />
Considerando-se que todos os movimentos ocorrem em<br />
um mesmo plano vertical, assinale a(s) proposição (ões)<br />
286
que apresenta(m) o(s) par (es) de vetores p 1 e p 2<br />
fisicamente possível (eis).<br />
30) (UFAL) Uma bola de massa igual a 60g cai<br />
verticalmente, atingindo o solo com velocidade de<br />
2,0m/s e retornando, também verticalmente, com<br />
velocidade inicial de 1,5m/s. Durante o contato com o<br />
solo, a bola recebeu um impulso, em unidades do<br />
Sistema Internacional, igual a<br />
a) 0,030<br />
b) 0,090<br />
c) 0,12<br />
d) 0,21<br />
28) (Fatec) Num certo instante, um corpo em movimento<br />
tem energia cinética de 100 joules, enquanto o módulo<br />
de sua quantidade de movimento é 40kg.m/s. A massa do<br />
corpo, em kg, é<br />
e) 0,75<br />
a) 5,0<br />
b) 8,0<br />
c) 10<br />
d) 16<br />
e) 20<br />
29) (PUC SP) O gráfico representa a força resultante<br />
sobre um carrinho de supermercado de massa total 40 kg,<br />
inicialmente em repouso.<br />
A intensidade da força constante que produz o mesmo<br />
impulso que a força representada no gráfico durante o<br />
intervalo de tempo de 0 a 25 s é, em newtons, igual a<br />
a) 1,2<br />
b) 12<br />
c) 15<br />
d) 20<br />
e) 21<br />
287
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16<br />
D 03 45 E A C A B D B E D FVFVF 15 C 60<br />
17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30<br />
B C B A A A 01 02 86 E 09 B E D<br />
A FÍSICA NOSSA DE CADA DIA...<br />
PULSARES E CONSERVAÇÃO DO MOMENTO ANGULAR<br />
Tique-taque espacial<br />
Quer acertar o relógio? Ouça o tique-taque dos pulsares. Em 1967, a<br />
astrônoma inglesa Jocelyn Bell-Burnell descobriu corpos que emitiam<br />
ondas de rádio a intervalos regulares.<br />
A pesquisadora chegou a acreditar que alguma civilização<br />
extraterrestre estava fazendo contato, mas o alarme era falso. Os sinais<br />
vinham de estrelas de nêutrons que giram depressa. Pela conservação do<br />
momento angular, à medida que a estrela diminui o seu diâmetro e se<br />
torna uma estrela de nêutrons, sua velocidade linear aumenta para que o<br />
momento angular final tenha se conservado. As piscadelas também<br />
podem soltar raios de luz ou até mesmo raios X, e os pulsos acontecem a<br />
intervalos de 0,03 a 4 segundos. Mais de 300 pulsares já foram<br />
identificados. Só em nossa galáxia.<br />
288
CAPÍTULO 13 – TEMPERATURA E CALOR<br />
Reflita: Qual deve ser a temperatura na superfície e no<br />
interior do Sol?<br />
NO CONTEXTO DA FÍSICA<br />
1- O QUE É TEMPERATURA?<br />
Em nosso cotidiano fazemos uma tremenda<br />
confusão ao usar termos relacionados com calor.<br />
EMBORA A TEMPERATURA DESTAS CENTELHAS<br />
ULTRAPASSE 2000 0 C, O CALOR QUE ELAS<br />
TRANSMITEM QUANDO ENCOSTAM A NOSSA<br />
PELE É MUITO PEQUENO – O QUE ILUSTRA O<br />
FATO DE QUE TEMPERATURA E CALOR SÃO<br />
CONCEITOS DIFERENTES. COMPREENDER<br />
ESSAS IDEIAS É UM DOS OBJETIVOS DESSE<br />
CAPÍTULO.<br />
1- INICIANDO NOSSO APRENDIZADO<br />
É muito comum ouvirmos comentários do tipo:<br />
- Puxa vida, hoje eu estou com calor!<br />
- Estou tremendo de frio.<br />
Um namorado pode falar:<br />
- Meu Deus... sinto um calor por dentro e minha<br />
temperatura vai nas nuvens quando me aproximo da<br />
minha amada.<br />
Energia! A raiz dessa palavra vem do grego<br />
ergon, que significa ação. De fato, nenhuma ação ocorre<br />
sem que haja transformação de energia. Seja para um<br />
espermatozóide mover-se em direção ao óvulo ou para<br />
impulsionar uma espaçonave para fora da Terra, alguma<br />
forma de energia está envolvida.<br />
Grande parte dessa espécie de “combustível”<br />
provém das reações nucleares que ocorrem no Sol e<br />
geram ondas que atravessam o espaço, chegando à Terra.<br />
Estima-se que se toda energia produzida pelo Sol em um<br />
único dia pudesse ser armazenada ela seria capaz de<br />
suprir as necessidades de todos os seres vivos do planeta<br />
por mais de 30 anos!<br />
Até que ponto estas afirmações fazem sentido e<br />
estão corretas do ponto de vista da física? Alguns livros<br />
de ensino fundamental trazem a seguinte definição para<br />
temperatura:<br />
TEMPERATURA É A QUANTIDADE DE CALOR<br />
QUE UM CORPO POSSUI.<br />
CUIDADO !!! Este conceito é completamente<br />
equivocado, pois um corpo não pode possuir calor. Mais<br />
adiante veremos porque.<br />
Através das idéias experimentais da física,<br />
durante muito tempo a noção de temperatura esteve<br />
associada com a sensação de quente ou frio. No aspecto<br />
qualitativo alguns físicos do passado insistiam na idéia<br />
289
290<br />
de que temperatura pode ser definida como sendo a<br />
MEDIDA DE QUENTE OU FRIO...<br />
Com o advento da Mecânica Estatística (parte<br />
da ciência do calor que relaciona a visão macroscópica<br />
do mundo com os fenômenos microscópicos) em meados<br />
do século XIX, outro conceito surge para também definir<br />
temperatura:<br />
É UMA GRANDEZA QUE MEDE O NÍVEL DE<br />
AGITAÇÃO DAS MOLÉCULAS DE UM CORPO.<br />
2- EQUILÍBRIO TÉRMICO<br />
Quando alguém vai tomar café muito quente e<br />
está com pressa, costuma colocar leite frio para obter<br />
uma temperatura mais amena, deixando o café e o leite<br />
com temperaturas iguais e intermediárias.<br />
Certo dia Omar é Luís Ávila resolveram estudar<br />
física de madrugada. Omar estava embaixo das cobertas,<br />
pois fazia muito frio. Estava nevando no sertão baiano.<br />
Quando Ávila chegou da rua, morrendo de frio, ele o<br />
chamou:<br />
- Venha querido, aqui embaixo das cobertas está bem<br />
quentinho. Venha se aquecer... Depois de certo tempo os<br />
dois atingiram a mesma temperatura intermediária.<br />
Os dois fatos narrados acima nos mostram que<br />
dois corpos de temperaturas diferentes tendem, quando<br />
colocados em contato e, de preferência, isolados do<br />
ambiente externo, a atingir a mesma temperatura depois<br />
de certo tempo. Este estado é chamado de equilíbrio<br />
térmico. O corpo mais quente passa naturalmente algo<br />
para o corpo mais frio. O namorado passou alguma coisa<br />
para a namorada...<br />
Na verdade o corpo mais quente está passando<br />
uma forma de energia. Esta energia térmica em trânsito,<br />
motivada por uma diferença de temperatura é o que nós<br />
chamamos de CALOR. Daí a ideia de que um corpo não<br />
pode possuir calor, pois calor é uma forma de energia<br />
que passa de um corpo para outro.<br />
E quando estamos com calor ou frio? O que na<br />
verdade significa isto? Quando saímos para passear em<br />
pleno Sol do início da tarde, começaremos a sentir calor.<br />
Nosso corpo está com uma temperatura menor que a do<br />
ar. Dessa forma, pelo que aprendemos do conceito de<br />
equilíbrio térmico, o ar tende a ceder energia térmica<br />
para o nosso corpo, nos levando a sentir calor. Se<br />
fôssemos passear durante a madrugada no rigoroso<br />
inverno conquistense iríamos sentir frio. O nosso corpo<br />
está com uma temperatura maior que a do ar. Dessa<br />
forma nosso corpo começaria a perder calor, cedendo-o<br />
ao ar. A sensação de frio viria à medida que fôssemos<br />
perdendo calor para o ambiente ao nosso redor.<br />
CURIOSIDADE<br />
Imagine que Luís Ávila tenha arranhado os joelhos<br />
(como isso aconteceu?). Imediatamente alguém<br />
sugeriu que ele passasse álcool nos arranhões para<br />
não infeccionar. Quando ele passou o algodão com<br />
álcool na pele, gritou:<br />
- O álcool tá frio!<br />
Ele teve esta sensação porque o álcool ―roubou<br />
calor de sua pele para poder evaporar-se. Com a<br />
pele perdendo calor para o álcool, seu colega<br />
acabou sentindo frio.<br />
3- MEDINDO TEMPERATURAS<br />
Através do toque com as mãos conseguimos<br />
perceber e diferenciar quando um corpo está muito<br />
quente ou muito frio. Mas será que o nosso tato é<br />
extremamente confiável? Nem sempre podemos, por<br />
exemplo, através do simples contato com a mão afirmar<br />
com precisão quando uma criança está ou não com febre.<br />
Não faça a seguinte experiência quando chegar em casa...<br />
mesmo que goste de sofrer, torça por um time perdedor<br />
como o vasquinho e seja masoquista...<br />
Coloque em uma panela (A) água e muitas<br />
pedras de gelo (água em fusão – 0 o C). Em outra panela<br />
(B) coloque água fervendo (ebulição = 100 o C). Em uma<br />
terceira panela (C) coloque água da torneira em<br />
temperatura ambiente (27 o C).<br />
Coloque uma mão na panela (A) bem fria e a outra na<br />
panela (B) bem quente.<br />
- Ah vai queimar minha mão! A água está fervendo!!!<br />
Por isto que falamos para não fazer a experiência, né?
Coloque agora as duas mãos na panela (C).<br />
Espantosamente cada mão terá uma sensação térmica<br />
diferente. Para a mão que esteve na água bem gelada a<br />
temperatura da água da panela (C) parecerá mais quente<br />
do que para a outra mão que esteve na água bem quente.<br />
É a mesma pessoa, usando o mesmo tato, mas tendo<br />
sensações diferentes por conta de que as condições<br />
iniciais foram extremamente opostas. Enganamos o<br />
nosso tato!<br />
Portanto não se pode fazer ciência e realizar<br />
medidas usando um instrumento tão falho. É preciso<br />
inventar algo mais preciso e confiável...<br />
Quem vem resolver este probleminha são os já famosos<br />
termômetros.<br />
Para se construir um termômetro deve-se criar<br />
uma escala que venha nos permitir uma medida numérica<br />
da temperatura. Para isso, se escolhe dois pontos fixos,<br />
que servem para determinar um intervalo padrão de<br />
temperatura. Esses pontos fixos são estados térmicos<br />
bem caracterizados por um fenômeno qualquer. É<br />
comum usarmos como pontos fixos o ponto de fusão do<br />
gelo e o ponto de ebulição da água. O intervalo padrão é,<br />
em seguida, subdividido em partes iguais e cada uma<br />
recebendo o nome de grau. Ao finalmente associarmos<br />
números a cada uma dessas divisões, estamos criando<br />
uma escala termométrica. Em 1724, o operário alemão<br />
de uma fábrica de vidro, Daniel Gabriel Fahrenheit,<br />
constrói um termômetro e atribui como ponto fixo<br />
superior (ponto de ebulição da água) 212 o F e como ponto<br />
fixo inferior (fusão do gelo) 32 o F. Esta escala hoje é<br />
conhecida como Escala Fahrenheit. Numa tentativa de<br />
aperfeiçoamento, e no sentido de se obter medidas mais<br />
precisas várias outras escalas são criadas. A mais popular<br />
(adotada no Brasil) e que faz parte do SI (Sistema<br />
Internacional de Medidas) é criada em 1742 pelo<br />
astrônomo sueco Anders Celsius. Esta Escala Celsius<br />
adota como pontos fixos 0 o C (fusão do gelo) e 100 o C<br />
(ebulição da água). Nos laboratórios a escala mais<br />
utilizada até hoje é a Kelvin que traz os seguintes pontos<br />
fixos, respectivamente para fusão do gelo e ebulição da<br />
água: 273 K e 373 K. Por ser conhecida com escala<br />
absoluta ela não traz a representação grau.<br />
A FÍSICA TEM HISTÓRIA<br />
* A escala Fahrenheit é ajustada aos seres humanos,<br />
como muitas unidades do Sistema Britânico de<br />
Unidades. Vejam que 38 0 C (estado de febre para o ser<br />
humano) é igual a aproximadamente 100 0 F. Como a<br />
febre é um estado que se exige atenção e as pessoas<br />
atribuem um significado maior aos números com um<br />
dígito extra, informar 100 0 F parece ser mais dramático<br />
que informar 38 0 C.<br />
* Curiosamente, Celsius propôs uma escala em que zero<br />
referia-se ao ponto de ebulição da água e cem à<br />
temperatura de fusão do gelo. Em 1743, os físicos J.P.<br />
Christin e M. Stromer inverteram esses números, e a<br />
escala Celsius passou a ser amplamente adotada.<br />
4- RELACIONANDO AS ESCALAS<br />
Um mesmo estado térmico pode ser expresso<br />
por qualquer uma das escalas citadas acima. Assim,<br />
podemos relacionar as temperaturas de um mesmo estado<br />
térmico nas escalas Fahrenheit, Celsius e Kelvin.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Desejando-se medir a temperatura de um pequeno<br />
inseto, colocou-se um grande número deles em um<br />
recipiente. Introduzindo-se entre os insetos um<br />
termômetro, verificou-se que, depois de certo tempo, o<br />
termômetro indicava 30 o C.<br />
a- Para determinar a temperatura de cada inseto seria<br />
necessário conhecer o número deles no recipiente?<br />
b- Então, qual era a temperatura de um dos insetos?<br />
2) Do ponto de vista microscópico, qual a diferença entre<br />
um corpo quente e um frio?<br />
291
1) (UESB)<br />
ATIVIDADES DE SALA<br />
Nos trabalhos científicos, é habitual utilizar a escala<br />
Celsius ou a escala Kelvin (K). A conversão da<br />
temperatura expressa em graus Celsius, TC, para graus<br />
Fahrenheit, TF, é feita utilizando-se a fórmula;<br />
TF=1,8TC+32 A conversão da temperatura expressa em<br />
graus Celsius, TC, para kelvin, T, faz-se utilizando-se a<br />
fórmula; T = Tc + 273. Encontre uma fórmula que<br />
permita converter diretamente uma temperatura expressa<br />
em Kelvin, T, em graus Fahrenheit, TF:<br />
a) TF=1,8T<br />
b) TF = 1,8T – 32<br />
A escala termométrica A relaciona-se com a<br />
escala B através do gráfico. Com base nas informações<br />
fornecidas no gráfico, pode-se afirmar que a temperatura<br />
registrada por um termômetro graduado na escala A<br />
quando a temperatura for de 12 o B é igual, em graus A, a<br />
01) 6,5<br />
02) 7,4<br />
03) 8,9<br />
04) 9,2<br />
05) 10,5<br />
2) (TIPO ENEM) No livro de Dan Brown intitulado O<br />
símbolo perdido, há uma informação de que Isaac<br />
Newton, um dos mais famosos maçons da Historia, usou<br />
uma escala termométrica em que se atribuía o valor zero<br />
para o ponto do gelo e o numero 33, de importante<br />
simbologia na maçonaria, para o ponto de vapor. Na<br />
escala de Newton, uma pessoa estará com febre alta<br />
(40°C) quando sua temperatura for mais próxima de:<br />
a) 10°N<br />
b) 11°N<br />
c) 12°N<br />
d) 13°N<br />
e) 24°N<br />
Nota: °N significa graus Newton<br />
3) (TIPO ENEM) Na maioria dos países da Europa, a<br />
temperatura é indicada na escala Celsius (C). No norte da<br />
Europa e nos Estados Unidos, usa-se a escala Fahrenheit.<br />
c) TF = 1,8T – 459,4<br />
d) TF = T – 459,4<br />
e) TF = 1,8T – 491,4<br />
4) (UFSE) Um termômetro que mede a temperatura<br />
ambiente indica sempre 2 0 C acima da temperatura<br />
correta, e outro que mede a temperatura de um líquido<br />
indica 3 0 C abaixo da temperatura correta. Se o líquido<br />
está 5 0 C acima da temperatura ambiente, a indicação dos<br />
termômetros defeituosos pode ser assim afirmada:<br />
a) o primeiro tem uma temperatura 5 0 C maior que o<br />
segundo.<br />
b) o primeiro tem uma temperatura 5 0 C menor que o<br />
segundo.<br />
c) as temperaturas registradas pelos dois termômetros são<br />
iguais.<br />
d) o segundo tem uma temperatura 3 0 C menor que o<br />
primeiro.<br />
e) o segundo tem uma temperatura 3 0 C maior que o<br />
primeiro.<br />
5) (Mack) Um profissional, necessitando efetuar uma<br />
medida de temperatura, utilizou um termômetro cujas<br />
escalas termométricas inicialmente impressas ao lado da<br />
coluna de mercúrio estavam ilegíveis. Para atingir seu<br />
objetivo, colocou o termômetro inicialmente em uma<br />
vasilha com gelo fundente, sob pressão normal, e<br />
verificou que no equilíbrio térmico a coluna de mercúrio<br />
atingiu 8 cm. Ao colocar o termômetro em contato com<br />
água fervente, também sob pressão normal, o equilíbrio<br />
térmico se deu com a coluna de mercúrio, que atingiu 20<br />
cm de altura. Se nesse termômetro utilizarmos as escalas<br />
Celsius e Fahrenheit e a temperatura a ser medida for<br />
292
expressa pelo mesmo valor nas duas escalas, a coluna de<br />
mercúrio terá altura de:<br />
a)0,33 cm<br />
b)0,80 cm<br />
c)3,2 cm<br />
d)4,0 cm<br />
e)6,0 cm<br />
6) (VUNESP) Frente fria chega a São Paulo. Previsão<br />
para:<br />
sexta-feira<br />
sábado<br />
mínima 11 ºC mínima 13 ºC<br />
máxima 16 ºC máxima 20 ºC<br />
Com esses dados, pode-se concluir que a variação de<br />
temperatura na sexta-feira e a máxima, no sábado, na<br />
escala Fahrenheit, foram, respectivamente:<br />
a) 9 e 33,8<br />
b) 9 e 68<br />
c) 36 e 9<br />
d) 68 e 33,8<br />
e) 68 e 36<br />
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1) (UEFS-03.2) num mesmo liquido, foram mergulhados<br />
dois termômetros: o A, graduado em Fahrenheit, e o B,<br />
Celsisus. Após o equilíbrio térmico ser atingido, verificase<br />
que A apresentava uma indicação que superava em 20<br />
unidades o dobro da indicação de B. com base nessas<br />
informações, pode-se comcluir que a temperatura do<br />
líquido, em ºC, é igual<br />
a) 20<br />
b) 40<br />
c) 60<br />
d) 80<br />
e) 100<br />
(UESC-2003) A relação entre uma escala arbitrária X e a<br />
Celsius é dada pela equação:<br />
Em que Tx e Tc são as temperaturas medidas em ºX e ºC.<br />
respectivamente. A partir dessas informações, pode0se<br />
concluir:<br />
01) O de gelo corresponde a 5ºX.<br />
02) O ponto de vapor corresponde a 8ºX.<br />
03) A temperatura igual a 20ºX equivale a 100ºC.<br />
04) A escala X é uma escala absoluta.<br />
05) A escala Celsius é uma escala absoluta.<br />
3) (TIPO ENEM) Para os índios a vida e o universo<br />
foram assim criados: “... No início existia apenas o<br />
criador... todo o resto era espaço infinito. Não existia um<br />
começo ou um fim, o tempo não existia, tampouco<br />
formas materiais ou vida. Simplesmente um vazio<br />
incomensurável, com seu princípio e fim, tempo, formas<br />
e vida existindo na mente de Taiowa, o Criador... então<br />
ele concebeu o finito e tudo foi criado...”<br />
A ciência fala de um Universo que, criado de uma forma<br />
mística ou não, está em expansão. No modelo proposto<br />
pelo russo Gamov há um instante de tempo no passado<br />
em que toda a matéria e toda a radiação, que hoje<br />
constituem o Universo, estiveram espetacularmente<br />
concentradas, formando um estado termodinâmico de<br />
altíssima temperatura conhecido como Big Bang. Para o<br />
físico russo a temperatura média do Universo T, poderia<br />
ser medida pela expressão T = 2,1 x 10 9 / em um<br />
instante de tempo t após o Big Bang satisfaria a relação<br />
sendo o tempo t medido em segundos e a temperatura em<br />
kelvin. Um ano equivale a 3,2 x 10 7 segundos e<br />
atualmente a temperatura média do Universo é T= 3<br />
kelvins. Assim, de acordo com Gamov, podemos afirmar<br />
corretamente que a idade aproximada do Universo é:<br />
a) 700 bilhões de anos<br />
b) 210 bilhões de anos<br />
c) 15 bilhões de anos<br />
d) 1 bilhão de anos<br />
e) 350 milhões de anos<br />
293
4) (UFPI) Em 1708, o físico dinamarquês Olé Römer,<br />
propôs uma escala termométrica a álcool, estabelecendo<br />
60 graus para água em ebulição e zero graus para uma<br />
mistura de água com sal, resultando em 8 graus a<br />
temperatura da fusão do gelo. Além da possível<br />
utilização científica, essa escala teria a vantagem de<br />
nunca marcar temperaturas negativas em Copenhague, o<br />
que era desejo dos fabricantes da época, devido a<br />
superstições. A temperatura média normal do corpo<br />
humano na escala de Römer e a menor temperatura, em<br />
graus Celsius, que Copenhague poderia registrar nos<br />
termômetros de escala Römer, são nessa seqüência<br />
dadas, aproximadamente, por:<br />
Dado: considere a temperatura normal do corpo humano<br />
igual a 36,5 ºC.<br />
a) 27,0 ºC e 8,0 ºR<br />
b) -15,4 ºR e 36,5 ºC<br />
c) 27,0 ºR e -15,4 ºC<br />
d) 27,0 ºC e 0,0 ºR<br />
e) 36,5 ºR e -15,4 ºC<br />
6) Considere os trechos abaixo – uma pergunta de uma<br />
leitora ao quimico Robert Wolke e a resposta dele:<br />
Pergunta: Meu marido, minha filha e eu vamos voltar a<br />
La Paz, Bolívia, para adotar outro bebê. Por causa da<br />
altitude elevada, a água fervente pode levar horas para<br />
cozinhar as coisas. Há alguma regra geral a respeito de<br />
quanto tempo leva para cozinhar alguma coisa a altitudes<br />
diversas? E ferver as mamadeiras a essa altitude mata os<br />
micróbios?<br />
Resposta: A altitude de La Paz vai de 3250 a 4 mil<br />
metros acima do nível do mar... Então, a 4 mil metros, a<br />
água vai ferver a 86°C. Temperaturas acima de 74°C são<br />
consideradas suficientes para matar a maior parte dos<br />
micróbios...<br />
(WOLKE, R. L. O que Einstein disse a seu cozinheiro: a ciência na cozinha. Rio<br />
de Janeiro: J. Zahar, 2002.)<br />
Com base nas informações contidas no texto e<br />
considerando-se que, ao nível do mar, a água pura entra<br />
em ebulição a uma temperatura de 100°C, pode-se<br />
concluir que, a cada 300 metros acima da referencia do<br />
mar, a temperatura de ebulição da água diminui em<br />
media, aproximadamente:<br />
a) 0,05°C<br />
b) 1,05°C<br />
c) 0,06°C<br />
d) 1,16°C<br />
e) 0,02°C<br />
294<br />
5) (UEFS) Um termômetro graduado em uma escala Y<br />
associa os valores 50 o Y e − 30 o Y, quando um outro<br />
termômetro graduado em uma outra escala arbitrária W<br />
registra 30 o W e − 10 o W, respectivamente. Com base<br />
nessas informações, é correto afirmar:<br />
a) As escalas Y e W nunca registrarão um mesmo valor.<br />
b) A unidade de medida da escala W é menor que a<br />
unidade da medida da escala Y.<br />
c) Qualquer indicação da escala Y será sempre igual ao<br />
triplo do valor assinalado pela escala W.<br />
d) A temperatura de ebulição da água é 30 o W e 50 o Y.<br />
e) A indicação de 120 o Y corresponde a 65 o W.<br />
7) (FUVEST) O texto a seguir foi extraído de uma<br />
matéria sobre congelamento de cadáveres para sua<br />
preservação por muitos anos, publicado no jornal O<br />
Estado de São Paulo.<br />
Após a morte clínica, o corpo é resfriado com gelo. Uma<br />
injeção de anticoagulantes é aplicada e um fluido<br />
especial é bombeado para o coração espalhando-se pelo<br />
corpo e empurrando para fora os fluidos naturais. O<br />
corpo é colocado em uma câmara com gás nitrogênio,<br />
onde os fluidos endurecem em vez de congelar. Assim<br />
que atinge a temperatura de – 321 0 , o corpo é levado<br />
para um tanque de nitrogênio líquido, onde fica de<br />
cabeça para baixo.<br />
Na matéria, não consta a unidade de temperatura usada.<br />
Considerando que o valor indicado de – 321 0 esteja
correto e pertença a uma das escalas, Kelvin, Celsius ou<br />
Fahrenheit, pode-se concluir que foi usada a escala:<br />
a) Kelvin, pois se trata de um trabalho científico e esta é<br />
a unidade adotada pelo Sistema Internacional.<br />
b) Fahrenheit, por ser um valor inferior ao zero absoluto<br />
e, portanto, só pode ser medido nessa escala.<br />
c) Fahrenheit, pois as escalas Celsius e Kelvin não<br />
admitem esse valor numérico de temperatura.<br />
d) Celsius, pois só ela tem valores numéricos negativos<br />
para a indicação de temperaturas.<br />
e) Celsius, por tratar-se de uma matéria publicada em<br />
língua portuguesa e essa ser a unidade adotada<br />
oficialmente no Brasil.<br />
8) (UEFS-03.2) Num mesmo liquido, foram<br />
mergulhados dois termômetros: o A, graduado em<br />
Fahrenheit, e o B, em Celsius, Após o equilíbrio térmico<br />
ser atingido, verificou-se que A apresentava uma<br />
indicação que superava em 20 unidades o dobro da<br />
indicação de B. Com base nessas informações, pode-se<br />
concluir que a temperatura do líquido, em ºC, e igual.<br />
a) 20<br />
b) 40<br />
c) 60<br />
d) 80<br />
e) 100<br />
10) (UEFS-01.2) Uma escala arbitrária A adota, para os<br />
pontos de fusão do gelo e ebulição da água, sob pressão<br />
normal, os valores -10ºA e 40ª, respectivamente.<br />
Com base nessa informação, a temperatura que, na escala<br />
Celsius, corresponde a 25ºA é igual:<br />
a) 30ºC<br />
b) 50ºC<br />
c) 70ºC<br />
d) 90ºC<br />
e) 110ºC<br />
11) (UNEB-2005) Devido a uma frente fria, a<br />
temperatura, em uma cidade, caiu uniformemente de<br />
28ºC, às 14h, para 24ºC, às 22h. Supondo-se que a<br />
variação da temperatura, nesse intervalo de tempo, tenha<br />
sido linear, pode-se concluir que, às 17h, a temperatura<br />
foi igual, em ºC, a.<br />
01) 27,4<br />
02) 26,4<br />
03) 26,0<br />
04) 25,5<br />
05) 24,6<br />
9) (UESC-2003) A relação entre uma escala arbitrária X<br />
e a Celsius é dada pela equação:<br />
Em que Tx e Tc são as temperaturas medidas em ºX e ºC.<br />
respectivamente. A partir dessas informações, pode0se<br />
concluir:<br />
01) O de gelo corresponde a 5ºX.<br />
02) O ponto de vapor corresponde a 8ºX.<br />
03) A temperatura igual a 20ºX equivale a 100ºC.<br />
04) A escala X é uma escala absoluta.<br />
05) A escala Celsius é uma escala absoluta.<br />
295
GABARITO:<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11<br />
C 03 C C E B C C 03 C 02<br />
ANOTAÇÃO:<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
____________________________________________<br />
296
CAPÍTULO 14 – CALORIMETRIA<br />
DE MANHÃ VOCÊ ESTÁ ATRASADO E TEM DE<br />
CORRER PARA<br />
PEGAR O ÔNIBUS E<br />
IR PARA O<br />
COLÉGIO. SOBRE A<br />
MESA, JUNTO AO<br />
PÃO E À<br />
MANTEIGA, VOCÊ<br />
TEM CAFÉ QUE<br />
ACABOU DE SER<br />
COADO, E,<br />
PORTANTO, ESTÁ<br />
MUITO QUENTE, E<br />
O LEITE QUE<br />
ACABA DE SAIR<br />
DA GELADEIRA.<br />
PARA PODER SAIR MAIS DEPRESSA VOCÊ TEM<br />
DUAS POSSIBILIDADES:<br />
* MISTURA UM POUCO DE LEITE FRIO AO CAFÉ<br />
E ESPERA CINCO MINUTOS PARA QUE FIQUE NO<br />
PONTO;<br />
* ESPERA CINCO MINUTOS PARA QUE O CAFÉ<br />
ESFRIE E SÓ ENTÃO MISTURA O LEITE FRIO.<br />
O QUE VOCÊ FARIA?<br />
britânico Joseph Black estabelece o conceito de calor<br />
latente de fusão, como sendo o calor necessário a um<br />
corpo para provocar a fusão, medindo-o pela primeira<br />
vez com bastante precisão. Em 1772, o físico alemão<br />
Johann Carl Wilcke observa que quantidades iguais de<br />
substâncias distintas necessitam de calor diferentes para<br />
a mesma elevação de temperatura, levando assim ao<br />
conceito que o químico sueco Johan Gadolin, em 1784,<br />
denomina de calor específico:<br />
c = Q/m∆ t onde Q é a quantidade de calor trocada,<br />
chamado também de calor sensível, m, a massa da<br />
substância, e ∆t, a variação de temperatura. Em resumo,<br />
o calor pode ser sensível ou latente.<br />
CALOR SENSÍVEL<br />
Q = m c∆ t<br />
Este tipo de calor altera a temperatura, mas mantém o<br />
mesmo estado físico da matéria.<br />
Na equação do calor sensível, o produto mc (massa e<br />
calor específico) é chamado de CAPACIDADE<br />
TÉRMICA(C) de um corpo.<br />
1 – RESPONDENDO...<br />
O abaixamento da temperatura que ocorre no<br />
resfriamento de um líquido é proporcional à diferença de<br />
temperatura entre o corpo que vai ser resfriado e o meio<br />
ambiente (Essa é a lei de resfriamento de Newton. Ele<br />
mesmo!!!). Se começarmos misturando o leite ao café, a<br />
diferença entre a temperatura deste e a do meio ambiente<br />
diminui, e assim ele demorará mais a se resfriar. Se você<br />
deixar o café quente exposto à temperatura ambiente, ele<br />
vai se resfriar mais depressa. Ao juntar-lhe o leite frio<br />
após 5 minutos, sua temperatura ainda se tornará mais<br />
baixa. Portanto, é preferível esperar, antes de misturar o<br />
leite frio.<br />
2 - TIPOS DE CALOR<br />
Em 1754, o meteorologista suíço Jean Andre<br />
Deluc descobre que a temperatura do gelo durante a<br />
fusão não muda. Com base nisso, em 1761, o físico<br />
CALOR LATENTE<br />
Este tipo de calor altera o estado físico do corpo sem<br />
provocar uma variação de temperatura.<br />
Q = m L , onde m é a massa do corpo e L é uma<br />
constante chamada de calor latente<br />
Moleza para lembrar: QUE MOLE (Q m L)<br />
UNIDADES S.I.<br />
Q é medido em joules (J) m é dada em kg<br />
t é medida em o C<br />
c é dado em J/kg o C e L em J/kg<br />
Entretanto, usualmente, costuma-se trabalhar com outras<br />
unidades:<br />
Q em calorias (cal) m em gramas (g)<br />
t continua com 0 C c em cal/g o C e L em cal/g<br />
1 CALORIA = 4,2 JOULES<br />
297
2.1- ESSE CALOR ESPECÍFICO...<br />
Você provavelmente já notou que certos<br />
alimentos permanecem quentes por mais tempo do que<br />
outros. Se você pegar uma torrada de dentro da torradeira<br />
elétrica e simultaneamente derramar sopa quente dentro<br />
de uma tigela, alguns minutos mais tarde a sopa ainda<br />
estará agradavelmente morna, enquanto a torrada terá<br />
esfriado. Se aquecermos uma panela com água no fogão,<br />
descobriremos que leva cerca de 15 minutos para que sua<br />
temperatura se eleve da temperatura ambiente até a<br />
temperatura de ebulição. Mas se pusermos uma massa<br />
igual de ferro no mesmo fogo, descobriremos que ele<br />
sofrerá a mesma elevação de temperatura em cerca de 2<br />
minutos. Para a prata, o tempo seria inferior a um<br />
minuto. A água absorve mais calor do que o ferro para<br />
uma mesma variação de sua temperatura. Diferentes<br />
materiais requerem diferentes quantidades de calor para<br />
elevar a temperatura de uma determinada quantidade<br />
desse material em um determinado n° de graus. Essa<br />
propriedade é chamada de calor específico. A água,<br />
dessa forma, possui um grande calor específico, pois<br />
possui uma capacidade de armazenamento de energia<br />
melhor do que a grande maioria dos materiais. Ela leva<br />
mais tempo para esfriar ou para aquecer que o ferro. Pelo<br />
fato do calor específico da areia ser muito pequeno (e<br />
com isso mudar facilmente sua temperatura), no deserto<br />
ocorrem variações intensas de temperaturas (dia 50 0 C e<br />
noite 10 0 C).<br />
3 - TROCAS DE CALOR<br />
"NUM SISTEMA TERMICAMENTE ISOLADO, AS<br />
QUANTIDADES DE CALOR CEDIDAS POR<br />
ALGUNS CORPOS SÃO IGUAIS ÀS OUANTIDADES<br />
DE CALOR RECEBIDAS PELOS OUTROS CORPOS<br />
DO SISTEMA".<br />
Qcedido = Qrecebido<br />
Ou ainda, considerando o calor cedido como negativo e o<br />
calor recebido como positivo, teremos:<br />
-Q C = +Q R, isto é:<br />
Q C + Q R = 0, ou, de forma mais compacta,<br />
Calorímetro<br />
Denomina-se calorímetro qualquer dispositivo destinado<br />
a medir quantidade de calor.<br />
Alguns dos mais usados são o calorímetro de mistura e o<br />
calorímetro elétrico. Apenas para se formar uma ideia do<br />
funcionamento de um calorímetro descrevemos o<br />
calorímetro de mistura, em sua forma mais simples.<br />
Substância<br />
Calor Específico<br />
(cal/g.°C)<br />
água 1,000<br />
álcool 0,580<br />
alumínio 0,219<br />
chumbo 0,031<br />
cobre 0,093<br />
Ferro 0,110<br />
Gelo 0,550<br />
mercúrio 0,033<br />
prata 0,056<br />
vidro 0,200<br />
vapor d'água 0,480<br />
É constituído, basicamente, de um vaso de metal<br />
(geralmente de cobre ou latão), um isolante térmico<br />
colocado em torno do vaso para evitar a troca de calor<br />
com o meio ambiente e um agitador.<br />
298
Exemplos numéricos para o MTZ (MÉTODO<br />
TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1. O recipiente não troca calor com os objetos em seu<br />
interior ou seja, ele possui uma capacidade térmica<br />
desprezível.<br />
Colocam 100g de cobre (c = 0,094 cal/g° C) a 100°C em<br />
um vaso adiabático, contendo 300g de água a 10°C.<br />
Considerando desprezível o calor absorvido pelo<br />
recipiente, determine a temperatura de equilíbrio<br />
térmico.<br />
Resposta: 12,8 0 C<br />
2. O recipiente também troca calor com os objetos em<br />
seu interior<br />
Um calorímetro de alumínio de 60g contém 40g de um<br />
líquido a 20°C. No vaso é colocado um bloco de cobre<br />
de massa 100g a 40°C. Sabendo que a temperatura de<br />
equilíbrio térmico é 250C, determine o calor específico<br />
do líquido.<br />
(Dados: calor específico do cobre = 0,094 cal/g°C; calor<br />
específico do alumínio = 0,217 cal/g°C)<br />
Resposta: 0,38 cal/g°C<br />
3. Massas iguais de substâncias iguais<br />
Qual a temperatura final da mistura de um copo de água<br />
a 20°C com um copo de água a 50°C e com um copo de<br />
água a 80 0 C.<br />
Resposta: 50 0 C<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Fornecendo-se uma quantidade de calor igual a<br />
1.000cal a 100g de água, observa-se que sua temperatura<br />
eleva-se em 10°C. Determine:<br />
a) a capacidade térmica dessa massa de água<br />
b) o calor especifico sensível da água.<br />
2) Um corpo de massa 2kg é constituído por uma<br />
substância cujo calor específico vale 0,4cal/g°C.<br />
Determine a quantidade de calor que este corpo deve<br />
receber para aumentar a sua temperatura de 5°C para<br />
35°C, dando a resposta em quilocalorias.<br />
3) Se você colocar no fogão duas panelas de mesma<br />
massa, uma de cobre e outra de alumínio, após alguns<br />
minutos, qual delas estará com maior temperatura?<br />
Justifique sua resposta. Dados: calor específico alumínio<br />
0,21cal/g 0 C cobre 0,091 cal/g 0 C<br />
4) (UESC) Para medir o calor específico de um<br />
determinado metal, foram colocados 80,0g de um líquido<br />
de calor específico 0,25cal/g°C a 22°C no interior de um<br />
calorímetro de capacidade térmica 5,0cal/°C. Em<br />
seguida, uma amostra de 100,0g do metal a 92°C foi<br />
introduzida no calorímetro. Sabendo-se que o equilíbrio<br />
térmico se estabeleceu a 42°C, pode-se afirmar que o<br />
calor específico do metal, em cal/g°C, é de<br />
01) 0,10<br />
02) 0,15<br />
03) 0,20<br />
04) 0,25<br />
05) 0,30<br />
5) (UESB) Um objeto de massa m = 4,2kg atinge 400g<br />
de água com velocidade de 100m/s. Sabendo-se que a<br />
energia cinética do objeto é transformada em calor e<br />
transferida para a massa de água e que 1 cal = 4,2J, podese<br />
afirmar que o aumento de temperatura da água é igual,<br />
em o C, a<br />
01)8,2<br />
02) 9,4<br />
03)10,9<br />
04) 12,5<br />
05) 13,8<br />
6) Três recipientes A, B e C contêm, respectivamente,<br />
massas m, m/2 e m/4 de um mesmo líquido. No<br />
recipiente A, o líquido encontra-se a uma temperatura T;<br />
no recipiente B, a uma temperatura T/2; no recipiente C,<br />
a uma temperatura T/4. Os três líquidos são misturados,<br />
sem que haja perda de calor, atingindo uma temperatura<br />
final de equilíbrio T f. Assinale a alternativa que contém o<br />
valor correto de T f.<br />
a)T/2<br />
b)3T/4<br />
299
c)3T/8<br />
d)5T/16<br />
e)2T/ 3<br />
7) Um cubo de gelo dentro de um corpo com água resfria<br />
o seu conteúdo. Se o cubo tem 10g e o copo com água<br />
tem 200 ml e suas respectivas temperaturas inicial são<br />
0 e 24 , quantos cubos de gelo devem ser colocados<br />
para baixar a temperatura da água para 20 ? (Considere<br />
que o calor específico da água é C a = 1,0 cal/g ), o calor<br />
latente de fusão do gelo L = 80 cal/g, e a densidade da<br />
água d= 1 g/ml)<br />
a)1<br />
b)2<br />
c)3<br />
d)4<br />
e)5<br />
1) (UESB)<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
8) O gráfico representa um trecho, fora de escala, da<br />
curva de aquecimento de 200g de uma substância,<br />
aquecida por uma fonte de fluxo constante e igual a<br />
232cal/min. Sabendo que a substância em questão é uma<br />
das apresentadas na tabela, o intervalo de tempo ∆t é, em<br />
minutos, um valor:<br />
Substância Calor específico no Calor latente de<br />
estado líquido ebulição (cal/g)<br />
(cal/g°C)<br />
Água 1,0 540<br />
Acetona 0,52 120<br />
Ácido<br />
acético<br />
Álcool<br />
etílico<br />
0,49 94<br />
0,58 160<br />
Benzeno 0,43 98<br />
a) Acima de 130.<br />
b) Entre 100 e 130.<br />
c) Entre 70 e 100.<br />
d) Entre 20 e 70.<br />
e) Menor do que 20.<br />
O diagrama ilustra uma curva de resfriamento<br />
de uma substância. Inicialmente a substância está no<br />
estado de vapor. Considerando-se a massa da substância<br />
m = 20g, assinale com V as afirmativas verdadeiras e<br />
com F, as falsas.<br />
( ) O calor específico da substância no estado líquido é<br />
igual a 0,15cal/g o C.<br />
( ) A uma temperatura de 45 o C, a substância encontra-se<br />
no estado sólido.<br />
( ) O calor latente de fusão da substância é igual a<br />
6cal/g.<br />
( ) Foram retiradas 180cal para transformar a substância<br />
do estado inicial para o estado líquido.<br />
A alternativa que contém a seqüência correta, de cima<br />
para baixo, é a<br />
01) V F F V<br />
02) V F V V<br />
03) V V F V<br />
04) V V F F<br />
05) V V V F<br />
300
2) (TIPO ENEM)<br />
a) 420 kcal<br />
b) 587 kcal<br />
A resposta para a dúvida da garota, representada na<br />
figura anterior, é que<br />
c) 621 kcal<br />
d) 784 kcal<br />
e) 858 kcal<br />
a) o calor específico da água é menor do que o calor<br />
específico da areia, e, portanto, a água leva muito mais<br />
tempo para se aquecer.<br />
b) os calores específicos da água e da areia possuem o<br />
mesmo valor, porém, como a quantidade de água é maior<br />
do que a de areia, a água demora mais para se aquecer.<br />
c) o calor específico da água é bem maior que o calor<br />
específico da areia, assim, a água leva mais tempo para<br />
se aquecer e para se esfriar.<br />
d) a condutividade térmica da água é maior do que a da<br />
areia, assim, a água se aquece em um intervalo de tempo<br />
menor que o da areia.<br />
e) a capacidade térmica da água é maior que a da areia,<br />
assim, a água se aquece em um intervalo de tempo menor<br />
que o da areia.<br />
3) (FUVEST) Ao ser anunciada a descoberta de novo<br />
planeta em torno da estrela Gliese581 e a possível<br />
presença de água na fase líquida em sua superfície,<br />
reavivou-se a discussão sobre a possibilidade de vida em<br />
outros sistemas. Especula-se que as temperaturas na<br />
superfície do planeta são semelhante ás da Terra e a<br />
pressão na atmosférica superfície é estimada como sendo<br />
o dobro da pressão na superfície da Terra. A essa<br />
pressão, considere que o calor latente de vaporização da<br />
água no novo planeta seja 526cal/g e a água atinja o<br />
ponto de ebulição a 120 . Calcule a quantidade<br />
necessária de calor para transformar 1kg de água a 25<br />
totalmente em vapor naquelas condições, considerando o<br />
calor específico da água 1 cal/g.<br />
4) Uma certa massa m de água recebe calor de uma fonte<br />
térmica de fluxo constante. Após 30s sua temperatura<br />
varia de 20 para 50 . Uma massa 2m de outro líquido,<br />
aquecido na mesma fonte durante 40s, sofre uma<br />
variação de temperatura de 20 para 60 . O calor<br />
específico desse líquido, em cal/g , vale: Dado: calor<br />
específico da água = 1,0 cal/g<br />
a) 0,25<br />
b) 0,50<br />
c) 1,0<br />
d) 1,5<br />
e) 2,0<br />
5) Como não ia tomar banho naquele momento, um<br />
senhor decidiu adiantar o processo de enchimento de seu<br />
ofurô (espécie de banheira oriental), deixando-o<br />
parcialmente cheio. Abriu o registro de água fria que<br />
verte 8 litros de água por minuto e deixou-o derramar<br />
água á temperatura de 20 , durante 10 minutos. No<br />
momento em que for tomar seu banho, esse senhor abrirá<br />
a outra torneira que fornece água quente a 70 e que é<br />
semelhante á primeira, despejando água na mesma<br />
proporção de 8 litros por minuto sobre a água já existente<br />
no ofurô, ainda á temperatura de 20 . Para que a<br />
temperatura da água do banho seja de 30 ,<br />
desconsiderando perdas de calor para o ambiente e o<br />
ofurô, pode-se estimar que o tempo que deve ser mantida<br />
aberta a torneira de água quente deve ser, em minutos:<br />
a)2,5<br />
b)3,0<br />
c)3,5<br />
d)4,0<br />
e)4,5<br />
301
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
a) 11 h e 20 min<br />
b) 12 h e 20 min<br />
1) (TIPO ENEM) Temos três figuras abaixo onde as<br />
amostras estão recebendo calor. Identifique os efeitos<br />
que o calor está produzindo em cada amostra,<br />
respectivamente:<br />
c) 13 h e 20 min<br />
d) 14 h e 20 min<br />
e) 15 h e 20 min<br />
3) (TIPO ENEM) Um recurso que se usa para cozinhar<br />
alimentos mais rapidamente é usar uma panela de<br />
pressão. No interior da panela, a água e o alimento<br />
encontram-se a uma temperatura maior que 100ºC, pois o<br />
ponto de ebulição no interior da panela fica maior que ao<br />
ar livre.<br />
a) mudando de estado, mudando de estado, mudando de<br />
estado.<br />
b) mudando de temperatura, mudando de estado,<br />
mudando de estado.<br />
c) mudando de temperatura, mudando de temperatura,<br />
mudando de estado.<br />
d) mudando de estado, mudando de temperatura,<br />
mudando de estado.<br />
e) mudando de temperatura, mudando de estado,<br />
mudando de temperatura.<br />
2) (TIPO ENEM) Querendo cozinhar um macarrão, às 10<br />
h 20 min 0s de domingo, eu coloquei 1 litro de água da<br />
pia (30ºC) em uma boca de fogão que liberava 50 kcal/h.<br />
Mas, devido à elaboração desta questão, eu esqueci da<br />
água no fogo. Qual o horário que a água na panela<br />
acabou?<br />
Dados: calor especifico da água = 1 cal/(g.ºC)<br />
calor latente de ebulição da água = 80 cal/g<br />
densidade da água = 1kg/L<br />
Como podemos explicar tal fato?<br />
a) Uma pressão maior corresponde necessariamente a<br />
uma temperatura maior.<br />
b) Uma maior pressão exige uma maior pressão de<br />
vapor para a água entrar em ebulição.<br />
c) As paredes da panela são isolantes, logo, evita que o<br />
calor saia aumentando a temperatura.<br />
d) A válvula, único lugar por onde sai o calor, é bem<br />
pequena, evitando que o mesmo saia e a temperatura<br />
diminua.<br />
e) Os alimentos acabam aquecendo a água que fica mais<br />
quente que o normal durante a ebulição.<br />
4) (TIPO ENEM) As pontes de hidrogênio entre<br />
moléculas de água são mais fracas que a ligação<br />
covalente entre o átomo de oxigênio e os átomos de<br />
hidrogênio.<br />
302
No entanto, o numero de ligações de hidrogênio é tão<br />
grande (bilhões de moléculas em uma única gota de<br />
água) que estas exercem grande influencia sobre as<br />
propriedades da água, como, por exemplo, os altos<br />
valores do calor especifico sensível, do calor especifico<br />
de vaporização e de solidificação da água. Os altos<br />
valores do calor especifico sensível e do calor especifico<br />
de vaporização da água são funda mentais no processo de<br />
regulação de temperatura do corpo humano. O corpo<br />
humano dissipa energia, sob atividade normal por meio<br />
do metabolismo, equivalente a uma lâmpada de 100 W.<br />
Se em uma pessoa de massa 60 kg todos os mecanismos<br />
de regulação de temperatura parassem de funcionar,<br />
haveria um aumento de temperatura de seu corpo.<br />
Supondo-se que todo o corpo e feito de água, em quanto<br />
tempo, aproximadamente, essa pessoa teria a temperatura<br />
de seu corpo elevada em 5 o C?<br />
a) 1,5 h<br />
b) 2,0 h<br />
c) 3,5 h<br />
d) 4,0 h<br />
e) 5,5 h<br />
5) (TIPO ENEM)<br />
MANHÊÊÊ...<br />
A ÁGUA JÁ<br />
FERVEU<br />
PODE DEIXAR<br />
ESQUENTAR<br />
MAIS.<br />
Quando uma pessoa cozinha um ovo numa vasilha com<br />
água, pode diminuir a intensidade da chama do fogo que<br />
aquece a vasilha tão logo a água comece a ferver.<br />
Baseando-se na <strong>Física</strong>, assinale a alternativa que explica<br />
por que a pessoa pode diminuir a intensidade da chama e,<br />
ainda assim, a água continuar a ferver.<br />
a) Durante a mudança de estado, a quantidade de calor<br />
cedido para a água diminui e sua temperatura aumenta.<br />
b) Durante a mudança de estado, a quantidade de calor<br />
cedido para a água e sua temperatura diminuem<br />
c) Apesar de o calor estar sendo cedido mais lentamente,<br />
na mudança de estado, enquanto houver água em estado<br />
líquido na vasilha, sua temperatura não variará.<br />
d) O calor é cedido mais lentamente para a água,<br />
aumentando a temperatura de mudança de estado da<br />
água.<br />
e) O calor é cedido mais lentamente para a água,<br />
diminuindo a temperatura de mudança de estado da água.<br />
6) (ENEM) Em grandes metrópoles, devido a mudanças<br />
na superfície terrestre - asfalto e concreto em excesso,<br />
por exemplo - formam-se ilhas de calor. A resposta da<br />
atmosfera a esse fenômeno é a precipitação convectiva.<br />
Isso explica a violência das chuvas em São Paulo, onde<br />
as ilhas de calor chegam a ter 2 a 3 graus centígrados de<br />
diferença em relação ao seu entorno.<br />
Revista Terra da Gente. Ano 5, n° 60, Abril 2009 (adaptado).<br />
MALSABE ELA QUE, PASSANDO<br />
DO PONTO DE EBULIÇÃO, A<br />
ÁGUA TENDE A EVAPORAR E<br />
NÃO FICAR MAIS QUENTE.<br />
As características físicas, tanto do material como da<br />
estrutura projetada de uma edificação, são a base para<br />
compreensão de resposta daquela tecnologia construtiva<br />
em termos de conforto ambiental. Nas mesmas condições<br />
ambientais (temperatura, umidade e pressão), uma<br />
quadra terá melhor conforto térmico se<br />
a) pavimentada com material de baixo calor específico,<br />
pois quanto menor o calor específico de determinado<br />
material, menor será a variação térmica sofrida pelo<br />
mesmo ao receber determinada quantidade de calor.<br />
b) pavimentada com material de baixa capacidade<br />
térmica, pois quanto menor a capacidade térmica de<br />
determinada estrutura, menor será a variação térmica<br />
sofrida por ela ao receber determinada quantidade de<br />
calor.<br />
303
304<br />
c) pavimentada com material de alta capacidade térmica,<br />
pois quanto maior a capacidade térmica de determinada<br />
estrutura, menor será a variação térmica sofrida por ela<br />
ao receber determinada quantidade de calor.<br />
d) possuir um sistema de vaporização, pois ambientes<br />
mais úmidos permitem uma mudança de temperatura<br />
lenta, já que o vapor d'água possui a capacidade de<br />
armazenar calor sem grandes alterações térmicas, devido<br />
ao baixo calor específico da água (em relação à madeira,<br />
por exemplo).<br />
e) possuir um sistema de sucção do vapor d'água, pois<br />
ambientes mais secos permitem uma mudança de<br />
temperatura lenta, já que o vapor d'água possui a<br />
capacidade de armazenar calor sem grandes alterações<br />
térmicas, devido ao baixo calor específico da água (em<br />
relação à madeira, por exemplo).<br />
7) (TIPO ENEM) Na tentativa de produzir um "padrão<br />
de vida" cada vez mais voltado para o consumo, a<br />
necessidade de geração de energia cresce a uma taxa<br />
alarmante em nosso cotidiano, sendo dobrada a cada 10<br />
anos. Grande parte dessa energia nos chega na forma<br />
elétrica e as usinas térmicas são responsáveis pela maior<br />
parte da eletricidade gerada no mundo.<br />
Representação esquemática de uma usina térmica<br />
geradora de eletricidade.<br />
Ainda com relação ao processo de geração térmica<br />
descrito na questão anterior, para os técnicos, o que<br />
interessa é que o rendimento dessas usinas seja o maior<br />
possível. Porém, a maior parte da energia total recebida<br />
na queima do combustível é transferida de volta para o<br />
ambiente numa forma diferente, geralmente danosa ao<br />
ecossistema local. Identifique, nas opções abaixo, em<br />
qual dos processos propostos teremos um maior índice<br />
de poluição ambiental:<br />
a) Na caldeira, com a queima de combustível gerando<br />
um aumento de temperatura nas cidades próximas.<br />
b) Na caldeira, pois a água evaporada pode provocar a<br />
formação de nevoeiros ou aumentar a precipitação<br />
pluviométrica local.<br />
c) Na turbina, com a influência danosa sobre o fluxo<br />
eólico (ventos) na região, produzindo problemas na<br />
agricultura<br />
local.<br />
d) No gerador, com a mudança provocada no campo<br />
elétrico da região, temos um fator comprovadamente<br />
cancerígeno associado a populações que vivem próximas<br />
das linhas de transmissão.<br />
e) No condensador, pois a água de um rio de pequeno<br />
porte pode sofrer aumentos drásticos de temperatura<br />
resultantes do calor desperdiçado, o que influencia o<br />
ecossistema.<br />
8) (TIPO ENEM) [...] A matriz energética mundial<br />
sofreu grandes mudanças na medida em que novos<br />
incrementos na produção foram necessários. Com o<br />
desenvolvimento tecnológico e o desenrolar da Segunda<br />
Guerra Mundial, uma nova forma de se gerar energia<br />
havia sido testada: as bombas nucleares. Os testes<br />
seguidos dos lançamentos em Hiroshima e Nagasaki<br />
mostraram que a fissão nuclear liberava uma grande<br />
quantidade de energia. De imediato, surgiram os<br />
questionamentos: podemos utilizar a energia liberada em<br />
uma fissão nuclear para produzir energia elétrica? A<br />
resposta foi sim e ao findar a década de 1950 as usinas<br />
nucleares eram mais uma alternativa no processo de<br />
produção de energia. As justificativas para o<br />
desenvolvimento das usinas nucleares foram várias. Da<br />
mesma forma, várias justificativas foram levantadas<br />
pelos opositores ao processo de desenvolvimento de<br />
energia elétrica a partir da energia nuclear. [...]<br />
A seguir, julgue os itens marcando aquele que contém<br />
um contra-argumento ao processo de desenvolvimento<br />
das usinas nucleares.<br />
a) Alta demanda energética em todo mundo.<br />
b) Poluição mínima do ar e da água.<br />
c) Não uso de combustíveis fósseis, portanto, não<br />
poluição da atmosfera com substâncias gasosas (gases de<br />
efeito estufa).<br />
d) Não exigem locais geográficos específicos para a sua<br />
instalação.<br />
e) As usinas nucleares exigem sistemas de segurança<br />
internacional em casos de desvios de materiais nucleares<br />
que possam ser utilizados como armas bélicas.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 9 e 10<br />
“Quem me dera, ao menos uma vez, ter de volta todo o<br />
ouro que entreguei a quem conseguiu convencer-me que<br />
era prova de amizade se alguém levasse embora até o<br />
que eu não tinha (...)<br />
Quem me dera, ao menos uma vez, que o mais simples<br />
fosse visto como o mais importante mas nos deram<br />
espelhos e vimos um mundo doente.”<br />
transferir o calor de forma rápida para os pés do homem<br />
branco.<br />
c) O carvão, feito de madeira, tem um elevado<br />
coeficiente de condutibilidade térmica. Dessa forma, não<br />
consegue transferir o calor de forma rápida para os pés<br />
do homem branco.<br />
d) O calor transmitido pelo carvão em brasa está a uma<br />
temperatura baixa, porque o ponto de vaporização da<br />
madeira é pequeno.<br />
e) A temperatura em que se encontra o carvão é um valor<br />
tolerável pelos pés do homem civilizado, tão acostumado<br />
com as dificuldades da longa viagem feita de Portugal ao<br />
Brasil.<br />
(Índios, Renato Russo – Legião Urbana)<br />
Em sua vida na selva, os índios brasileiros<br />
viviam em harmonia com a natureza, até quando surgiu o<br />
homem civilizado e, como canta Renato Russo, levou as<br />
riquezas de sua terra, iludindo-o com presentes e<br />
trazendo-lhes doenças as quais não conheciam. Desde a<br />
época de sua total liberdade até o massacre do ianomânis<br />
na década de 90, os índios tem usado princípios físicos<br />
sem saber explicá-los. Por ignorar a ciência, utilizam<br />
geralmente de explicações místicas, religiosas,<br />
sobrenaturais ou supersticiosas. O que os índios não<br />
sabem é que a física explica muitos desses fenômenos<br />
com simplicidade, tornando-a importante conforme diz a<br />
letra da música. Assim, analise as questões abaixo,<br />
assinalando a alternativa correta.<br />
9) (TIPO ENEM) Os fenômenos térmicos eram<br />
totalmente estranhos aos índios e davam medo a eles.<br />
Quando o homem civilizado mostrava aos índios que<br />
podiam caminhar sobre carvão em brasa sem terem os<br />
pés queimados, eles acreditavam ser aquilo uma<br />
manifestação dos deuses. Não sabendo eles que esse<br />
“Deus” era explicado facilmente pela física.<br />
a) Os pés do homem branco não queimam pelo fato da<br />
pele ser isolante térmica, com um elevado calor<br />
específico.<br />
b) O carvão, feito de madeira, tem um baixo coeficiente<br />
de condutibilidade térmica. Dessa forma, não consegue<br />
10) (TIPO ENEM) Os índios ficaram encantados com os<br />
presentes trazidos pelo homem branco. As pratarias dos<br />
talheres, dos copos e das panelas foram alvo de desejo<br />
dos índios. Eles começaram a trocar as panelas de barro<br />
por aquelas “tão especiais” trazidas pelos “novos<br />
amigos”. Mas rapidamente perceberam que aquelas<br />
novidades tinham características diferentes das que eles<br />
estavam habituados.<br />
a) Quando recebiam a mesma quantidade de calor, as<br />
panelas de prata aqueciam mais rapidamente que as de<br />
barro, pois o elevado calor específico dos metais<br />
determinam que a sua mudança de temperatura seja mais<br />
rápida que a do barro<br />
b) O baixo calor específico do metal determina que as<br />
panelas de prata aqueçam mais rapidamente e que uma<br />
porção de água colocada dentro delas entrarão em<br />
ebulição rapidamente, pois a água tem um pequeno calor<br />
específico.<br />
c) O calor específico é considerado uma espécie de<br />
“inércia térmica” e, dessa forma, os metais (com<br />
pequeno calor específico) oferecem uma resistência<br />
menor à mudança de temperatura e mais rapidamente se<br />
aquecem que as panelas de barro.<br />
d) O pequeno calor específico do barro determina que as<br />
panelas feitas desse material são melhores condutoras<br />
que os metais.<br />
e) O pequeno calor específico dos metais determina que<br />
as panelas feitas desse material são melhores condutoras<br />
que as feitas de barro, e por isso levam mais tempo para<br />
modificar a sua temperatura.<br />
305
306<br />
11) (ENEM) Em nosso cotidiano, utilizamos as palavras<br />
“calor” e “temperatura” de forma diferente de como elas<br />
são usadas no meio científico. Na linguagem corrente,<br />
calor é identificado como “algo quente” e temperatura<br />
mede a “quantidade de calor de um corpo”. Esses<br />
significados, no entanto, não conseguem explicar<br />
diversas situações que podem ser verificadas na prática.<br />
Do ponto de vista científico, que situação prática mostra<br />
a limitação dos conceitos corriqueiros de calor e<br />
temperatura?<br />
a) A temperatura da água pode ficar constante durante o<br />
tempo em que estiver fervendo.<br />
b) Uma mãe coloca a mão na água da banheira do bebê<br />
para verificar a temperatura da água.<br />
c) A chama de um fogão pode ser usada para aumentar a<br />
temperatura da água em uma panela.<br />
d) A água quente que está em uma caneca é passada para<br />
outra caneca a fim de diminuir sua temperatura.<br />
e) Um forno pode fornecer calor para uma vasilha de<br />
água que está em seu interior com menor temperatura do<br />
que a dele.<br />
12) (CEFET-AL) A tabela abaixo mostra informações<br />
das amostras de três substâncias, onde: m é a massa (em<br />
g), c é o calor específico (em cal/g.ºC) e θo é a<br />
temperatura inicial (em ºC).<br />
Afirma-se que:<br />
I) Fazendo-se a mistura das três substâncias em um<br />
calorímetro ideal, o equilíbrio térmico ocorre a 23,7 ºC.<br />
II) Do início da mistura até o equilíbrio térmico, apenas<br />
o chumbo perde calor.<br />
III) A amostra de chumbo é a mais sensível ao calor.<br />
a) I e III estão corretas<br />
b) II e III estão corretas<br />
c) I e II estão corretas<br />
d) todas estão corretas<br />
e) todas estão falsas<br />
13) (UFMG) Numa aula de <strong>Física</strong>, o Professor Carlos<br />
Heitor apresenta a seus alunos esta experiência: dois<br />
blocos – um de alumínio e outro de ferro –, de mesma<br />
massa e, inicialmente, à temperatura ambiente, recebem<br />
a mesma quantidade de calor, em determinado processo<br />
de aquecimento. O calor específico do alumínio e o do<br />
ferro são, respectivamente, 0,90 J / (g oC) e 0,46 J / (g<br />
oC). Questionados quanto ao que ocorreria em seguida,<br />
dois dos alunos, Alexandre e Lorena, fazem, cada um<br />
deles, um comentário:<br />
• Alexandre: “Ao final desse processo de aquecimento,<br />
os blocos estarão à mesma temperatura.”<br />
• Lorena: “Após esse processo de aquecimento, ao se<br />
colocarem os dois blocos em contato, fluirá calor do<br />
bloco de ferro para o bloco de alumínio.”<br />
Considerando-se essas informações, é<br />
afirmar que<br />
a) apenas o comentário de Alexandre está certo.<br />
b) apenas o comentário de Lorena está certo.<br />
c) ambos os comentários estão certos.<br />
d) nenhum dos dois comentários está certo.<br />
CORRETO<br />
14) (UEFS) Um aquecedor de água, que utiliza energia<br />
solar, absorve, em um dia ensolarado, uma potência<br />
média de 2.0kW.<br />
Considerando-se a densidade e o calor específico da água<br />
como sendo, respectivamente, iguais a 1.0g/cm3 e<br />
4,0J/gºC e desprezando-se as perdas de energia, pode-se<br />
afirmar que o intervalo de tempo necessário para aquecer<br />
10,0 litros ele água. Ele 25ºC até 65ºC, será<br />
aproximadamente igual, em minutos, a:<br />
a) 13,3<br />
b) 18,2<br />
c) 23,8<br />
d) 25,5<br />
e) 34,0<br />
15) (UEFS) Um estudante, desejando analisar a<br />
equivalência entre energia mecânica e energia térmica,<br />
deixa cair de uma altura igual a 600,0m uma certa massa<br />
de água e constata que ocorreu variação de 2°C na<br />
temperatura da á Desprezando-se as perdas da energia<br />
para a vizinhança e sabendo-se que o calor específico da<br />
água vale 1,0cal/g°C e o módulo da aceleração da
gravidade local,10,0m/s2 a relação entre 1,0 caloria e 1,0<br />
joule, nesse experimento, é igual a:<br />
a) 5<br />
b) 4<br />
c) 3<br />
d) 2<br />
e) 1<br />
16) (UEFS) O diagrama mostra a variação de<br />
temperatura de certa massa de uma substância em função<br />
do calor transferido.<br />
50<br />
a) 18,4<br />
b) 19,8<br />
c) 20,7<br />
d) 21,8<br />
e) 22,1<br />
18) (UEFS) Um bloco de gelo com massa de 10,0kg<br />
desliza sobre uma rampa de madeira, partindo do<br />
repouso, de uma altura de 2,0m, conforme a figura.<br />
Considerando-se o calor latente de fusão de gelo como<br />
sendo 80,0cal/g, 1cal igual a 4,0J e o módulo da<br />
aceleração da gravidade local, 10,0m/s 2 , e sabendo-se<br />
que o bloco de gelo chega à base da rampa com<br />
velocidade de módulo igual a 4,0m/s, é correto afirmar<br />
que a massa de gelo fundida é, aproximadamente, igual a<br />
a) 0,10kg<br />
b) 0,25g<br />
c) 0,25kg<br />
20 1,5 3,5 6,5 9,0<br />
Sabendo-se que o calor de fusão dessa substância é<br />
50cal/g e que, a 0 o C, ela se encontra no estado sólido, é<br />
correto afirmar:<br />
a) A substância absorveu 1500,0cal para sofrer fusão<br />
total.<br />
b) A temperatura de ebulição da substância é menor que<br />
40 o C.<br />
c) A massa da substância é igual a 40,0g.<br />
d) O calor de vaporização dessa substância é 60,0cal/g.<br />
e) A uma temperatura de 25 o C, a substância encontra-se<br />
no estado sólido.<br />
17) (UEFS) Uma panela de alumínio de 500,0g de massa<br />
contém 200,0g de água à temperatura de 20 o C. Coloca-se<br />
no interior da panela um bloco de ferro de 100,0g de<br />
massa à temperatura de 75 o C. Desprezando-se perdas<br />
para o meio ambiente e considerando-se que os calores<br />
específicos do alumínio, da água e do ferro são,<br />
respectivamente, iguais a 0,2cal/g o C, 1,0cal/g o C e<br />
0,1cal/g o C, é correto afirmar que a temperatura de<br />
equilíbrio do sistema, em ºC, é, aproximadamente, igual<br />
a<br />
d) 0,38g<br />
e) 0,38kg<br />
19) (UESB) Um ferreiro aquece uma ferradura de 200g<br />
e, em seguida, a resfria num balde que contém 0,6 litros<br />
de água a 14 o C. Após a ferradura entrar em equilíbrio<br />
térmico com a água, verifica-se que a temperatura do<br />
conjunto atinge 25 o C. Sendo o calor específico do ferro<br />
igual a 0,11 cal/g o C, pode-se afirmar que a ferradura foi<br />
aquecida até uma temperatura igual, em o C, a<br />
01) 416<br />
02) 382<br />
03) 325<br />
04) 297<br />
05) 258<br />
20) (UESB) Misturando-se um volume V 1 de água a<br />
30,0 0 C com outro volume V 2, também de água, a 80,0 0 C,<br />
obtêm-se 120 litros de água morna, a uma temperatura de<br />
40,0 0 C. Admitindo-se a massa específica e o calor<br />
específico da água como sendo invariáveis no intervalo<br />
de temperatura considerada e desprezando-se as pedras,<br />
pode-se afirmar que V 1 e V 2 são, respectivamente, iguais,<br />
׃a em litros,<br />
307
01)15,0 e 105,0<br />
02)44,5 e 74,5<br />
03)36,0 e 84,0<br />
04)96,0 e 24,0<br />
05)53,0 e 67,0<br />
a) 0,05<br />
b) 0,15<br />
c) 0,19<br />
d) 0,22<br />
e) 0,26<br />
21) (UNEB-2009) “O material nutritivo contido na<br />
gema, conhecidocomo vitelo, é composto de 50% de<br />
água, 34% de lipídios (gordurase substâncias<br />
relacionadas) e 16% de proteína, com traços de glicose e<br />
de minerais.”<br />
Considerando-se a composição nutricional do ovo,<br />
referida no texto, e sendo o calor específico e o calor<br />
latente de vaporização da água, respectivamente, iguais a<br />
1,0cal/gºC e 540cal/g e sabendo-se que,<br />
no processo metabólico, 1,0g de proteína libera 5,7kcal e<br />
1,0g de lipídio, 9,3kcal, pode-se afirmar que a massa de<br />
água que se transforma em vapor, quando 1,0kg dessa<br />
substância, a 20°C, ao nível do mar, é aquecida com a<br />
energia equivalente a encontrada na fonte de nutrientes,<br />
que assegura o desenvolvimento de um embrião de<br />
Gallus gallus, em gramas, é, aproximadamente, igual a:<br />
01) 10,8<br />
02) 161,6<br />
03) 120,0<br />
04) 85,6<br />
05) 230,5<br />
22) (UEFS) Um bloco de gelo a 0°C, de massa de 1,0kg,<br />
é abandonado a partir do repouso do topo de um plano<br />
inclinado e atinge a base do plano com velocidade de<br />
módulo igual a 6,0m/s, conforme a figura.<br />
23) (UEFS) Uma pessoa deseja tomar banho de banheira<br />
com água à temperatura de 30ºC, misturando água<br />
quente com água fria. Colocando 100,0 litros de água<br />
fria, a 20º, na banheira, de capacidade térmica<br />
desprezível, e considere-se o calor especifico e a<br />
densidade da água, respectivamente, iguais a 1,0cal/gºC e<br />
1g/cm3, pode-se afirmar que a quantidade de água<br />
quente, a 50ºC, que deve ser adicionada na banheira é<br />
igual, em litros, a:<br />
a) 10<br />
b) 20<br />
c) 30<br />
d) 40<br />
e) 50<br />
24) (UEFS) Na experiência de Joule, uma massa de<br />
3,0kg cai de uma altura igual a 20,0m, girando as pás que<br />
aquecem 0,6kg de água contida em um calorímetro, a<br />
15,0ºC. Desprezando-se a capacidade térmica do<br />
calorímetro e considerando-se o calor específico da água<br />
igual a 4,0J/gºC e o módulo da aceleração da gravidade<br />
local 10,0m/s2, pode-se afirmar que a temperatura final<br />
da água é igual, em ºC, a:<br />
a) 15,25<br />
b) 15,45<br />
c) 16,15<br />
d) 16,35<br />
e) 17,00<br />
308<br />
Considerando-se o módulo da aceleração da gravidade<br />
local igual a 10m/s2 o calor latente de fusão do gelo<br />
igual a 80cal/g e 1,0 caloria igual a 4,0 joules, a massa de<br />
gelo que se funde durante o movimento é,<br />
aproximadamente, igual, em kg, a:
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12<br />
C C B C C C E E E C A A<br />
13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24<br />
B A C C D E 04 02 E E A<br />
ANOTAÇÕES:<br />
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309
CAPÍTULO 15 – TRANSMISSÃO DE CALOR<br />
CAMINHAR SOBRE BRASAS É UM ANTIGO<br />
COSTUME QUE ENCONTROU ABRIGO NAS<br />
TRADIÇÕES JUNINAS DO NORDESTE E QUE TEM<br />
SIDO FREQUENTEMENTE ASSOCIADO A<br />
PODERES SOBRENATURAIS E A PRÁTICAS<br />
RELIGIOSAS E CRENDICES DIVERSAS. ELE TEM<br />
SERVIDO DE ARGUMENTO PARA EXIBIÇÕES DE<br />
FÉ E PRÁTICAS MÍSTICAS DAS MAIS VARIADAS.<br />
ENTRETANTO, APESAR DE SER AINDA UM TEMA<br />
ABERTO À DISCUSSÃO, O CAMINHAR SOBRE<br />
BRASAS PARECE SER UM FENÔMENO<br />
COMPLETAMENTE POSSÍVEL DE SER<br />
ENQUADRADO CIENTIFICAMENTE.<br />
2- TRANSMISSÃO DE CALOR<br />
A energia térmica pode ser transmitida por três<br />
processos: condução, convecção e irradiação.<br />
Não esqueça:<br />
Calor é o nome dado ao processo de<br />
transmissão dessa forma de energia.<br />
O que acontece com a colher de metal é um bom<br />
exemplo de calor de condução. A ponta da colher<br />
mergulhada na panela aquece e transmite essa energia<br />
térmica porque existe uma diferença de temperatura entre<br />
as duas pontas da colher. A energia vai da parte mais<br />
quente para a mais fria. A colher pode ser de madeira ou<br />
de metal e isso faz muita diferença, pois se você esquecer<br />
uma colher de metal, o cabo fica muito quente, já a de<br />
madeira fica com o cabo pouco quente. Isso ocorre<br />
porque o metal é melhor condutor de calor que a<br />
madeira, que é um isolante térmico, ou seja, tem maior<br />
dificuldade para transmitir a energia térmica.<br />
1- CONCEITOS DE FÍSICA TÉRMICA EM SUA<br />
VIDA O CALOR ESTÁ NO FOGÃO, NA<br />
COZINHA, NA CASA, NO PRÉDIO E NO MUNDO<br />
A nossa cozinha é um bom lugar para<br />
compreendermos certos fenômenos físicos e fazermos<br />
uso de conceitos científicos. Quando queremos preparar<br />
ou aquecer nossa comida, utilizamos o fogo, as panelas,<br />
colheres, além, é claro, dos temperos e da própria<br />
comida. Você deve conhecer alguém que se queimou<br />
durante o preparo da comida, ao encostar a mão numa<br />
panela quente, ou ao pegar numa colher que foi<br />
esquecida dentro da panela, ou com a chama do fogão.<br />
Afinal, como é que a energia térmica do fogo<br />
passa pela panela, esquenta a comida e ainda chega até a<br />
colher, sendo que às vezes até queima a mão? O<br />
próximo tópico nos ajudará a compreender melhor essas<br />
questões.<br />
Calor sendo transmitido através das moléculas<br />
A tabela abaixo apresenta os valores padrões da<br />
condutividade térmica de alguns materiais. A energia<br />
térmica transmitida está expressa em quilocalorias (kcal)<br />
em relação à diferença de temperatura em graus Celsius<br />
( o C), e a espessura em metros (m) em relação à área em<br />
metros quadrados (m 2 ) e tempo em segundos(s). Para<br />
facilitar a apresentação, simplificamos metro e metro<br />
quadrado, restando apenas a unidade no denominador.<br />
(kcal. m/ o C.m 2 .s) = (kcal/ o C.m.s).<br />
310
Processo de transmissão típico dos sólidos, onde<br />
os metais, em geral, possuem boa condutibilidade<br />
térmica. Os líquidos, com exceção do mercúrio, são<br />
maus condutores de calor por condução. A Lei de<br />
Fourier para a condução em regime estacionário<br />
determina que:<br />
Nessa tabela, temos na coluna da esquerda o nome do<br />
material e na coluna da direita o valor da condutividade<br />
térmica. Para facilitar comparações, os materiais foram<br />
separados em três grupos: condutores, isolantes sólidos e<br />
isolantes gasosos.<br />
Vamos ver dois exemplos: o cobre é um condutor, à sua<br />
direita o valor 0,092 kcal/ o C.m.s corresponde a sua<br />
condutividade térmica; o vidro é um isolante “sólido” e à<br />
sua direita o valor de sua condutividade térmica é 0,0002<br />
kcal/ o C.m.s.<br />
Para estabelecer uma comparação e decidir qual desses<br />
dois materiais conduz melhor o calor vamos comparar a<br />
condutividade deles; o valor 0,092 do cobre é maior que<br />
0,0002 do vidro, por isso o cobre é melhor condutor de<br />
calor do que o vidro.<br />
O fluxo de calor ϕ conduzido através de uma região é<br />
dado pela expressão:<br />
Fluxo é uma grandeza semelhante à potência térmica.<br />
Logo, no SI é expressa em watts (W) apesar de serem<br />
mais usadas as unidades cal/s.<br />
Onde K é a constante citada na tabela acima<br />
conhecida como coeficiente de condutibilidade térmica<br />
ou condutividade térmica.<br />
IMPORTANTE<br />
I - Se após receber certa energia radiante o corpo não<br />
transmitir nenhuma parcela desta, chamaremos tal corpo<br />
de OPACO OU ATÉRMICO e quando uma grande parte<br />
da energia incidente for transmitida, chamaremos o<br />
corpo de TRANSPARENTE OU DIATÉRMICO.<br />
II - A parcela de energia responsável pelo aquecimento<br />
de um corpo é aquela que ele absorve.<br />
III - Normalmente, um bom absorvedor de calor é<br />
também um bom emissor.<br />
IV - Os fenômenos da emissão e transmissão são<br />
diferentes, pois quando nos referimos a emissão, estamos<br />
falando da energia emitida pelo corpo devido a sua<br />
temperatura e quando nos referimos a transmissão,<br />
falamos da energia que o corpo recebeu mas não refletiu<br />
nem absorveu.<br />
2.1 – CORPO NEGRO<br />
Ou radiador perfeito é aquele que é capaz de<br />
absorver todas as radiações que incidam sobre ele. Não<br />
existe um corpo negro perfeito, mas a fuligem que se<br />
deposita no fundo das panelas se aproxima bastante do<br />
corpo<br />
negro, pois absorve 95% da energia radiante<br />
incidente. A experiência mostra que os bons absorventes<br />
de energia radiante são também bons emissores. Assim,<br />
o corpo negro seria o melhor radiador, ou seja, o radiador<br />
perfeito. O melhor resultado foi obtido usando um corpo<br />
311
312<br />
oco construído com material opaco de grande poder de<br />
absorção.<br />
Atenção:<br />
As superfícies metálicas polidas são bons refletores de<br />
energia radiante, e, portanto, maus absorventes, e,<br />
conseqüentemente, maus radiadores. Seria, por assim<br />
dizer, o oposto do corpo negro.<br />
Na água que ferve, no ar que circula dentro da geladeira<br />
e na brisa do mar, o processo de convecção está presente.<br />
A geladeira do Batman é um bom exemplo para<br />
nos fazer entender a transmissão de calor por convecção.<br />
Você já reparou que, durante a fervura, a água<br />
fica rodando; nas geladeiras, as prateleiras são vazadas; a<br />
brisa do mar “sopra” para o oceano durante a noite e<br />
“sopra” para a terra durante o dia. Nesses casos, além da<br />
condução que ocorre na matéria, também se verifica<br />
outro processo de transmissão de energia térmica, a<br />
convecção, observada principalmente em líquidos e<br />
gases. A convecção é um processo de transmissão de<br />
energia térmica mais eficiente que a condução e é<br />
decorrente da diferença de densidade entre um material<br />
quente e o mesmo material frio. A densidade do material<br />
frio é maior que a do quente e, por isso, enquanto o frio<br />
“afunda”, o quente “sobe”, formando um ciclo. A água<br />
fervendo é um bom exemplo para se entender a<br />
convecção. A água no fundo da panela aquece por<br />
condução - estando mais quente, ela passa a ter uma<br />
densidade menor que a água fria na superfície da panela;<br />
assim, a água fria desce e a quente sobe, formando um<br />
ciclo. Parece com uma roda girando, enquanto uma parte<br />
desce a outra sobe.<br />
A água faz esse mesmo movimento durante todo<br />
o aquecimento, mesmo antes de ferver, mas nós só<br />
conseguimos ver quando já está quase fervendo. Para ter<br />
certeza disso, basta espalhar sobre a água uma colher de<br />
chá com serragem, ou farelo de madeira, ou pó de café, e<br />
observar seu movimento enquanto a água está sendo<br />
aquecida.<br />
O processo de convecção transfere a energia<br />
térmica da maior temperatura para a menor temperatura;<br />
com o movimento causado pela diferença de densidade,<br />
transfere juntamente parte da matéria, tornando-o mais<br />
eficiente. Numa geladeira, normalmente, o congelador é<br />
colocado na parte superior do eletrodoméstico. O ar<br />
dentro da geladeira funciona como o transmissor da<br />
energia térmica. A energia térmica que o ar recebe dos<br />
alimentos é transmitida por condução; o ar aquecido<br />
passa a transmitir a energia por convecção para a parte<br />
de cima da geladeira, chegando ao congelador, onde é<br />
transmitida novamente por condução, entre o ar e o<br />
congelador.<br />
O congelador é a parte da geladeira que<br />
bombeia a energia térmica para o radiador, que está fora<br />
da geladeira. O congelador resfria o interior, enquanto o<br />
radiador aquece o exterior. Se o congelador ficasse na<br />
parte de baixo, não haveria convecção, já que o ar mais<br />
frio e mais denso permaneceria em baixo e os alimentos<br />
na parte superior ficariam sem refrigeração.<br />
A “bomba” de calor da geladeira depende<br />
fundamentalmente de duas transformações que ocorrem<br />
com a matéria. Uma é a vaporização, que é a<br />
transformação de uma substância líquida em gás; nessa<br />
transformação, o líquido retira energia térmica, no<br />
congelador, para se transformar em gás. A outra é a<br />
liquefação, que é a transformação do gás em líquido, que<br />
ocorre no compressor, e é necessária para que o ciclo<br />
possa ser repetido.<br />
2.2 – OS VENTOS E A CONVECÇÃO<br />
Com o entendimento do processo de convecção,<br />
vários fenômenos podem ser explicados, inclusive o<br />
vento e sua ação sobre o clima.<br />
O vento é o deslocamento de uma massa de ar<br />
que ocorre devido à diferença de densidade provocada<br />
pela variação de temperatura. Uma massa que se<br />
encontra em contato com uma superfície quente do<br />
planeta – pode ser terra ou mar – é aquecida, torna-se<br />
menos densa e sobe. O espaço deixado pela<br />
movimentação do ar quente é preenchido com outra
massa de ar frio. Este pode vir do alto – visto que a<br />
pressão atmosférica e, portanto, a temperatura diminuem<br />
com a altitude – ou pode se deslocar de outras superfícies<br />
mais frias. Um exemplo são as brisas que ocorrem nas<br />
praias. Durante o dia, a areia é mais quente que a água,<br />
logo a camada do ar localizada sobre a areia se eleva e a<br />
massa de ar sobre o mar ocupa esse espaço, provocando<br />
ventos no sentido do mar para o continente. À noite, o<br />
processo se inverte – o mar fica mais quente que a areia<br />
– e o sentido do vento é oposto.<br />
2.3- A TRANSMISSÃO DE CALOR NO VÁCUO<br />
A luz e o calor do Sol são transmitidos pelo<br />
processo de irradiação Tanto na condução como na<br />
convecção é preciso que haja matéria para a transmissão<br />
da energia térmica, mas a<br />
energia térmica que vem do<br />
Sol não pode chegar até<br />
aqui por esses processos, já<br />
que entre a Terra e o Sol há<br />
pouca matéria. Ainda<br />
assim, recebemos a luz e o<br />
calor do Sol. Quando nos<br />
sentamos próximos a uma<br />
fogueira, recebemos quase<br />
toda energia térmica que<br />
nos aquece por irradiação.<br />
Há também energia sendo<br />
transmitida por convecção,<br />
e para senti-la basta colocar<br />
a mão acima da fogueira.<br />
Se você colocar um papelão entre você e a fogueira,<br />
apesar de não diminuir o processo de condução nem o de<br />
convecção, o papelão opaco consegue bloquear a<br />
radiação térmica, ou infravermelho, e imediatamente<br />
paramos de sentir o aquecimento. Basta retirar o papelão<br />
da frente para voltarmos a sentir imediatamente o<br />
aquecimento. Nesse caso, o papelão opaco consegue<br />
bloquear o processo de transmissão de energia por<br />
irradiação. Você já entrou num carro fechado depois de<br />
algumas horas ao Sol? Dentro dele fica muito quente, um<br />
fenômeno parecido com o que ocorre nas estufas.<br />
Da mesma forma que os carros, os prédios de<br />
metal com revestimento de vidro também acabam<br />
virando estufas. Eles são muito comuns em cidades<br />
grandes; apesar de muito bonitos, são gigantescas<br />
estufas.<br />
Em locais de clima frio, como os países<br />
europeus ou do sul da América, esses prédios podem ser<br />
muito bons, pois armazenam a energia térmica,<br />
diminuindo a necessidade de aquecimento das<br />
instalações, mas num país tropical como o Brasil, o<br />
interior do prédio fica muito quente, sendo necessário um<br />
gasto enorme de energia elétrica com a refrigeração<br />
forçada do ar condicionado central.<br />
Outros fenômenos térmicos que acontecem nas<br />
casas ou nos prédios também estão presentes na natureza.<br />
A grande diferença de temperatura nos desertos entre o<br />
dia e a noite é parecido com a diferença de temperatura<br />
no telhado de uma casa durante o dia e a noite. Num<br />
local muito frio, as paredes externas das casas são<br />
duplas, construídas com duas camadas de blocos ou<br />
tijolos com um espaço vazio deixado intencionalmente<br />
entre elas, para deixar uma camada de ar no local. Os<br />
animais utilizam o ar retido em seus pêlos para se<br />
proteger do clima frio e também do clima quente. Nós<br />
usamos roupas e cobertores que também retêm uma<br />
camada de ar entre a pele e o tecido, com essa mesma<br />
finalidade.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Freezer vertical x horizontal<br />
Vá a um supermercado, na parte de congelados<br />
e de sorvetes, e verifique a existência de dois tipos de<br />
freezer: um cuja porta permanece fechada e outro que<br />
não tem porta, pois a parte de cima fica aberta. Compare<br />
os dois tipos de freezer. Onde deve estar o “congelador”<br />
de cada um deles?<br />
2) Como você explicaria o fato dos alimentos dentro do<br />
freezer horizontal permanecerem congelados mesmo<br />
313
com a porta aberta? Por que o vertical precisa ficar com a<br />
porta fechada para manter os alimentos congelados?<br />
Existem eletrodomésticos chamados<br />
refrigeradores, que não possuem um congelador, mas<br />
têm um tubo de refrigeração que vai da parte de cima até<br />
a de baixo, exercendo a mesma função do congelador,<br />
bombeando o calor para fora. A temperatura que esse<br />
tubo atinge não é suficiente para o congelamento da<br />
água. Ela apenas resfria a geladeira por inteiro. Esse<br />
sistema também é utilizado em algumas geladeiras que<br />
têm um freezer na parte de baixo.<br />
3) (ENEM - COMENTADO) A padronização<br />
insuficiente e a ausência de controle na fabricação<br />
podem também resultar em perdas significativas de<br />
energia através das paredes da geladeira. Essas perdas,<br />
em função da espessura das paredes, para geladeiras e<br />
condições de uso típicas, são apresentadas na tabela.<br />
6) O isopor é formado por finíssimas bolsas de material<br />
plástico, contendo ar. Por que o isopor é um bom isolante<br />
térmico?<br />
7) Os esquimós constroem seus iglus com blocos de<br />
gelo, empilhando-os uns sobre os outros. Se o gelo tem<br />
uma temperatura relativamente baixa, como explicar esse<br />
seu uso como "material de construção"?<br />
8) Num antigo jingle de uma propaganda, ouvia-se o<br />
seguinte diálogo: - Toc, toc, toc, - Quem bate? - É o frio!<br />
E no final eram cantados os seguintes versos: "Não<br />
adianta bater, eu não deixo você entrar, os cobertores das<br />
Casas Pernambucanas é que vão aquecer o meu lar". Que<br />
comentário você tem a fazer sobre a veracidade física<br />
dessa propaganda?<br />
9) Um faquir resolveu fazer uma demonstração de sua<br />
arte entrando em um forno muito aquecido. Para que ele<br />
sinta a menor sensação de "calor" possível, é preferível<br />
que ele vá nu ou envolto em roupa de lã? Por quê?<br />
Considerando uma família típica, com consumo<br />
médio mensal de 200 kWh, a perda térmica pelas paredes<br />
de uma geladeira com 4 cm de espessura, relativamente a<br />
outra de 10 cm, corresponde a uma porcentagem do<br />
consumo total de eletricidade da ordem de<br />
a) 30%.<br />
b) 20%.<br />
c) 10%.<br />
d) 5%.<br />
e) 1%.<br />
10) Num mesmo ambiente, se você tocar um objeto<br />
metálico com uma mão e um objeto de madeira com a<br />
outra, vai sentir que o primeiro está "mais frio" que o<br />
segundo. Como você explica esse fenômeno se os dois<br />
objetos estão no mesmo ambiente e, portanto, na mesma<br />
temperatura?<br />
11) Cenas de filmes mostram habitantes de regiões áridas<br />
atravessando desertos usando roupas compridas de lã e<br />
turbantes. Como você explica o uso de roupas "quentes"<br />
nesses lugares onde as temperaturas atingem 50 o C?<br />
4) Por que é importante ter, numa casa, um forro de<br />
madeira ou de isopor? Uma boa ventilação no telhado<br />
ajuda a resfriar a casa? Tente explicar usando os<br />
conceitos sobre os quais conversamos nesse texto.<br />
12) Em dias quentes as pessoas gostam de pisar em chão<br />
coberto com cerâmica pois "sentem" que é mais frio que<br />
o carpete. Esta "sensação" significa que a cerâmica se<br />
encontra a uma temperatura inferior a do carpete?<br />
5) Pense e responda: Por que os jangadeiros e pescadores<br />
saem para pescar com seus barcos à vela de madrugada e<br />
voltam à tarde?<br />
13) Por quê panelas de barro são usadas para preparar<br />
alguns alimentos e servi-los quente à mesa enquanto as<br />
de alumínio só são usadas para levar o alimento ao fogo?<br />
314
14) (ENEM - COMENTADO) Umidade relativa do ar é<br />
o termo usado para descrever a quantidade de vapor de<br />
água contido na atmosfera. Ela é definida pela razão<br />
entre o conteúdo real de umidade de uma parcela de ar e<br />
a quantidade de umidade que a mesma parcela de ar pode<br />
armazenar na mesma temperatura e pressão quando está<br />
saturada de vapor, isto é, com 100% de umidade relativa.<br />
O gráfico representa a relação entre a umidade relativa<br />
do ar e sua temperatura ao longo de um período de 24<br />
horas em um determinado local.<br />
400 °C. O calor desse óleo é transferido para a água,<br />
vaporizando-a em uma caldeira. O vapor em alta pressão<br />
movimenta uma turbina acoplada a um gerador de<br />
energia elétrica.<br />
Considerando-se as informações do texto e do gráfico,<br />
conclui-se que<br />
a) a insolação é um fator que provoca variação da<br />
umidade relativa do ar.<br />
b) o ar vai adquirindo maior quantidade de vapor de água<br />
à medida que se aquece.<br />
c) a presença de umidade relativa do ar é diretamente<br />
proporcional à temperatura do ar.<br />
d) a umidade relativa do ar indica, em termos absolutos,<br />
a quantidade de vapor de água existente na atmosfera.<br />
e) a variação da umidade do ar se verifica no verão, e não<br />
no inverno, quando as temperaturas permanecem baixas.<br />
15) (ENEM - COMENTADO) O Sol representa uma<br />
fonte limpa e inesgotável de energia para o nosso<br />
planeta. Essa energia pode ser captada por aquecedores<br />
solares, armazenada e convertida posteriormente em<br />
trabalho útil. Considere determinada região cuja<br />
insolação — potência solar incidente na superfície da<br />
Terra — seja de 800 watts/m 2 . Uma usina termossolar<br />
utiliza concentradores solares parabólicos que chegam a<br />
dezenas de quilômetros de extensão. Nesses coletores<br />
solares parabólicos, a luz refletida pela superfície<br />
parabólica espelhada é focalizada em um receptor em<br />
forma de cano e aquece o óleo contido em seu interior a<br />
Considerando que a distância entre a borda inferior e a<br />
borda superior da superfície refletora tenha 6 m de<br />
largura e que focaliza no receptor os 800 watts/m 2 de<br />
radiação provenientes do Sol, e que o calor específico da<br />
água é 1 calg -1 ºC -1 = 4.200 J.kg. -1 ºC -1 , então o<br />
comprimento linear do refletor parabólico necessário<br />
para elevar a temperatura de 1 m 3 (equivalente a 1 t) de<br />
água de 20 °C para 100 °C, em uma hora, estará entre<br />
a) 15m e 21m<br />
b) 22m e 30m<br />
c) 105m e 125m<br />
d) 680m e 710m<br />
e) 6.700m e 7.150m.<br />
16) (ENEM - COMENTADO) Numa área de praia, a<br />
brisa marítima é uma conseqüência da diferença no<br />
tempo de aquecimento do solo e da água, apesar de<br />
ambos estarem submetidos às mesmas condições de<br />
irradiação solar. No local (solo) que se aquece mais<br />
rapidamente, o ar fica mais quente e sobe, deixando uma<br />
área de baixa pressão, provocando o deslocamento do ar<br />
da superfície que está mais fria (mar).<br />
315
À noite, ocorre um processo inverso ao que se verifica<br />
durante o dia.<br />
Como a água leva mais tempo para esquentar (de dia),<br />
mas também leva mais tempo para esfriar (à noite), o<br />
fenômeno noturno (brisa terrestre) pode ser explicado da<br />
seguinte maneira:<br />
a) O ar que está sobre a água se aquece mais; ao subir,<br />
deixa uma área de baixa pressão, causando um<br />
deslocamento de ar do continente para o mar.<br />
b) O ar mais quente desce e se desloca do continente para<br />
a água, a qual não conseguiu reter calor durante o dia.<br />
c) O ar que está sobre o mar se esfria e dissolve-se na<br />
água; forma-se, assim, um centro de baixa pressão, que<br />
atrai o ar quente do continente.<br />
d) O ar que está sobre a água se esfria, criando um centro<br />
de alta pressão que atrai massas de ar continental.<br />
e) O ar sobre o solo, mais quente, é deslocado para o<br />
mar, equilibrando a baixa temperatura do ar que está<br />
sobre o mar.<br />
COMENTANDO O ENEM<br />
QUESTÃO 3<br />
Um pouco mais de isolamento térmico. Em fogões e<br />
geladeira é comum encontrar recheando as paredes lã de<br />
vidro, um bom isolante. Quanto melhor o isolamento,<br />
menos calor irá atravessar a parede. Vejamos a tabela:<br />
para 4cm de parede, a perda é de 35KWh e para 10 cm é<br />
de 15KWh. Comparando, com a parede mais fina perdese,<br />
a mais, 35 – 15 = 20KWh. De cabeça mesmo, isto é<br />
10% de 200KWh que a família gasta!<br />
QUESTÃO 14<br />
Habilidade: H17 – Relacionar informações apresentadas<br />
em diferentes formas de linguagem e representação<br />
usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como<br />
texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas<br />
ou linguagem simbólica.<br />
Além de definir o conceito de umidade relativa do ar, a<br />
questão o explora em um gráfico de fácil interpretação.<br />
Observando o mesmo, nota-se claramente que enquanto<br />
a temperatura sobe, a umidade cai e vice-versa.<br />
Corrigindo, com o gráfico já interpretado, ao amanhecer,<br />
quando o sol bate, a umidade diminui. À noite, o<br />
contrário, o sol se põe e a umidade cresce. Correta é a<br />
opção A. Quanto às outras...<br />
B – É o contrário. A linha pontilhada mostra a<br />
temperatura subindo e a umidade, linha contínua, caindo.<br />
C – Quando a proporção é direta, duas grandezas<br />
aumentam ou diminuem juntas! Não o contrário, uma<br />
sobe e outra cai. D – Como o próprio texto explica, a<br />
umidade é relativa. Mede-se a quantidade de vapor em<br />
relação (dividido) pela quantidade de vapor máximo. É<br />
uma razão (divisão), não a quantidade exata de vapor no<br />
ar.<br />
E – O gráfico só mostra temperaturas baixas: de – 2 ºC a<br />
– 6 ºC, típicas de um inverno rigoroso no Brasil! E<br />
ocorrem variações, portanto, não significa que só no<br />
verão.<br />
QUESTÃO 15<br />
Habilidade: H21 – Utilizar leis físicas e (ou) químicas<br />
para interpretar processos naturais ou tecnológicos<br />
inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do<br />
eletromagnetismo.<br />
Questão que precisa ser feita em várias etapas, e que<br />
envolve a transformação de energia solar em calor.<br />
Precisaremos de fórmulas, básicas na <strong>Física</strong>, é verdade. E<br />
conversões entre unidades. A primeira, e mais óbvia, é<br />
que 1 ton = 1.000 kg. Podemos calcular a quantidade de<br />
calor necessário para aquecer de 20 a 100 ºC a referida<br />
água. As contas:<br />
Q = mcΔT =1000..4200.(100 − 20)<br />
Q = 4, 2.10 6 .80 = 336.10 6 J<br />
Agora, levando em conta o prazo, 1 h = 3.600 s, temos a<br />
potência que o sol irradia na superfície da Terra por<br />
unidade de área e precisamos saber justamente esta a<br />
316
área, necessária para coletar a energia que já calculamos.<br />
A primeira etapa será saber qual a potência demandada:<br />
P = E/tempo<br />
P = 336.10 6 /3600 = 9,33. 10 4 W<br />
E, assim, saberemos a área, certamente a conta mais<br />
chata... Poderia calcular diretamente do dado “800<br />
W/m 2 ”, mas a maioria dos alunos certamente vai<br />
raciocinar como uma regra de três, ou seja, uma<br />
proporção. Assim:<br />
x = 116,6 m 2<br />
A área de uma figura retangular, como a abertura do<br />
espelho parabólico de 6 m de largura, depois de tudo<br />
isto, é simplesmente um lado vezes o outro! Assim, e<br />
após tanto trabalho:<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) (ENEM) Para diminuir as perdas térmicas de uma<br />
geladeira, podem ser tomados alguns cuidados<br />
operacionais:<br />
I. Distribuir os alimentos nas prateleiras deixando<br />
espaços vazios entre eles, para que ocorra a circulação do<br />
ar frio para baixo e do quente para cima.<br />
II. Manter as paredes do congelador com camada bem<br />
espessa de gelo, para que o aumento da massa de gelo<br />
aumente a troca de calor no congelador.<br />
III. Limpar o radiador (“grade” na parte de trás)<br />
periodicamente, para que a gordura e a poeira que nele se<br />
depositam não reduzam a transferência de calor para o<br />
ambiente.<br />
Para uma geladeira tradicional é correto indicar, apenas:<br />
a) a operação I<br />
b) a operação II<br />
c) as operações I e II<br />
d) as operações I e III<br />
e) as operações II e III<br />
QUESTÃO 16<br />
Este é um fenômeno bem conhecido de todos: a<br />
formação de ventos na beira da praia.<br />
Envolve alguns conceitos da <strong>Física</strong> Térmica.<br />
Primeiramente, o conceito de CALOR ESPECÍFICO. O<br />
calor específico da água é maior que o da areia (terra).<br />
Assim, durante o dia, a água demora mais para<br />
esquentar, e o ar sobre ela fica então mais frio.<br />
São formadas CORRENTES DE CONVECÇÃO: o ar<br />
mais quente sobre a terra fica menos denso, e sobe.<br />
Então, o ar mais frio sobre a água “vem ocupar seu<br />
lugar”, fazendo o vento soprar do mar para terra.<br />
À noite, o ar sobre a água está mais quente, menos denso<br />
e sobe. Como o ar subiu, sobre o mar fica um “vazio”,<br />
região de baixa pressão. O ar mais frio e mais denso<br />
sobre a terra, sob maior pressão, “vem ocupar seu lugar”,<br />
e o vento sopra de terra para mar. Assim, letra a.<br />
2) (ENEM) Uma garrafa de vidro e uma lata de alumínio,<br />
cada uma contendo 330 mL de refrigerante, são mantidas<br />
em um refrigerador pelo mesmo longo período de tempo.<br />
Ao retirá-las do refrigerador com as mãos desprotegidas,<br />
tem-se a sensação de que a lata está mais fria que a<br />
garrafa. É correto afirmar que:<br />
a) a lata está realmente mais fria, pois a capacidade<br />
calorífica da garrafa é maior que a da lata.<br />
b) a lata está de fato menos fria que a garrafa, pois o<br />
vidro possui condutividade menor que o alumínio.<br />
c) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, possuem<br />
a mesma condutividade térmica, e a sensação deve-se à<br />
diferença nos calores específicos.<br />
d) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, e a<br />
sensação é devida ao fato de a condutividade térmica do<br />
alumínio ser maior que a do vidro.<br />
e) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, e a<br />
sensação é devida ao fato de a condutividade térmica do<br />
vidro ser maior que a do alumínio.<br />
317
3) (ENEM) Ainda hoje, é muito comum as pessoas<br />
utilizarem vasilhames de barro (moringas ou potes de<br />
cerâmica não esmaltada) para conservar água a uma<br />
temperatura menor do que a do ambiente. Isso ocorre<br />
porque:<br />
a) o barro isola a água do ambiente, mantendo-a sempre<br />
a uma temperatura menor que a dele, como se fosse<br />
isopor.<br />
b) o barro tem poder de “gelar” a água pela sua<br />
composição química. Na reação, a água perde calor.<br />
c) o barro é poroso, permitindo que a água passe através<br />
dele. Parte dessa água evapora, tomando calor da<br />
moringa e do restante da água, que são assim resfriadas.<br />
d) o barro é poroso, permitindo que a água se deposite na<br />
parte de fora da moringa. A água de fora sempre está a<br />
uma temperatura maior que a de dentro.<br />
e) a moringa é uma espécie de geladeira natural,<br />
liberando substâncias higroscópicas que diminuem<br />
naturalmente a temperatura da água.<br />
4) (UNEB) Em relação ao processo de transferência de<br />
calor do lado quente para o lado frio, considere uma<br />
barra de alumínio de 25cm de comprimento e área de<br />
seção transversal de 5cm 2 . Uma das extremidades dessa<br />
barra é mantida a 0°C por uma mistura de gelo e água, e<br />
a outra extremidade mantida a 100°C por uma câmara de<br />
vapor de água. Admitindo-se que o coeficiente de<br />
condutividade térmica do alumínio é igual a 0,5<br />
cal/s.cm.°C e o calor latente de fusão é igual a 80cal/g,<br />
pode-se concluir que a massa de gelo que se funde em 10<br />
minutos, é igual, em gramas, a<br />
a) 32,0<br />
b) 54,0<br />
c) 75, 0<br />
d) 83, 0<br />
e) 97,0<br />
5) (BAHIANA) Duas salas idênticas estão separadas por<br />
uma divisória de espessura L = 5,0 cm, área A = 100m 2 e<br />
condutividade térmica H =2,0W/mK. O ar contido em<br />
cada sala encontra-se, inicialmente, à temperatura T2 =<br />
47°C e T1 = 27°C, respectivamente. Considerando o ar<br />
como um gás ideal e o conjunto das duas salas um<br />
sistema isolado, calcule o fluxo de calor através da<br />
divisória relativo às temperaturas iniciais T2 e T1.<br />
6) (UESC) Uma parede de concreto com 9,0m 2 de área e<br />
10,0cm de espessura tem coeficiente de condutibilidade<br />
térmica K=2,0.10 -3 cal/s.cm.°C. Sabendo-se que, em um<br />
determinado momento, a diferença de temperatura entre<br />
suas faces é de 5,0°C, a quantidade de calor que flui, no<br />
regime estacionário, através da parede durante 10,0min,<br />
em calorias, é<br />
01) 5,4<br />
02) 54<br />
03) 540<br />
04) 5400<br />
05) 54000<br />
7) (UECE) Calor é uma forma de energia que é<br />
transferida entre dois sistemas quando entre eles existe<br />
uma diferença de temperatura, e a transferência pode<br />
ocorrer por condução, convecção ou radiação. A respeito<br />
desse assunto, assinale o que for correto.<br />
I. Na condução, a transferência de calor ocorre de<br />
partícula a partícula, dentro de um corpo ou entre<br />
dois corpos em contato.<br />
II. A transferência de calor em um meio fluido ocorre<br />
por convecção.<br />
III. Na radiação, a transferência de calor entre dois<br />
sistemas ocorre através de ondas eletromagnéticas.<br />
IV. O fluxo de calor através de um corpo é inversamente<br />
proporcional á sua espessura.<br />
V. A energia irradiada por um corpo, na unidade do<br />
tempo, é direitamente proporcional á quarta potência<br />
da sua temperatura absoluta.<br />
a) Apenas I e III estão corretas.<br />
b) Apenas II e IV estão corretas.<br />
c) I, II e III estão corretas.<br />
d) II, III, IV e V estão corretas.<br />
e) Todas estão corretas.<br />
318
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1) (TIPO ENEM) Uma garrafa térmica é toda planejada<br />
para conter as trocas de calor por meio das três formas de<br />
transferência de calor. Veja o esquema abaixo:<br />
3) (TIPO ENEM) Uma sala possui uma temperatura<br />
agradável de 15 °C enquanto o exterior está a 25°C. As<br />
paredes de tijolo (0,4 Wm/m 2 °C) possuem espessura de<br />
20 cm e área total de 100m 2 . Determine qual a<br />
quantidade de BTUs que o ar condicionado deve ter para<br />
manter a sala refrigerada. Dê a resposta em múltiplos de<br />
5.000 BTUs.<br />
Dados: 1BTU é igual a 1055 J. Um ar condicionado de<br />
5.000 BTUs significa que este ar condicionado,<br />
trabalhando no máximo, retira 5000 BTUs por hora.<br />
a) 5.000 BTUs<br />
b) 10.000 BTUs<br />
c) 15.000 BTUs<br />
d) 20.000 BTUs<br />
A tampa, as paredes espelhadas e o ar rarefeito servem<br />
para amenizar respectivamente, as trocas de calor, por:<br />
a) condução, radiação e convecção.<br />
b) radiação, condução e convecção.<br />
c) convecção, radiação e condução.<br />
d) radiação, convecção e condução.<br />
e) convecção, condução e radiação.<br />
e) 25.000 BTUs<br />
Dado: calor específico sensível da água - 4,2 x 10 3<br />
J/kg 0 C.<br />
4) (TIPO ENEM) O fluxo de calor H, através de uma<br />
placa de seção reta de área A, submetido a uma diferença<br />
de temperatura ∆T = T2 – T1 entre duas faces opostas,<br />
distanciadas de L, e dado por:<br />
2) (TIPO ENEM) Em dias ensolarados, o interior dos<br />
automóveis estacionados com os vidros estão fechados<br />
fica com uma temperatura acima que a do ambiente<br />
externo. Isso ocorre porque<br />
a) O calor que vem do solo penetra no carro estacionado<br />
com mais intensidade, aquecendo o seu interior.<br />
sendo k a condutividade térmica do material que compõe<br />
a placa. A tabela a seguir mostra dados de algumas<br />
placas de mesma área A que podem ser encontradas no<br />
mercado para isolamento térmico de residências.<br />
b) Os carros são feitos de metal o que permite a<br />
condução de calor de fora para dentro, aquecendo<br />
significativamente seu interior.<br />
c) O vidro permite um grande percentual de refração para<br />
a luz solar, mas, oferece um pequeno percentual de<br />
refração para os raios infravermelhos.<br />
d) Por estar parado, o motor do carro deixa de produzir<br />
energia cinética e passa a produzir calor, aquecendo o<br />
interior do carro.<br />
e) O vidro permite um grande percentual de reflexão para<br />
a luz solar, mas, oferece um pequeno percentual de<br />
reflexão para os raios infravermelhos.<br />
A placa que proporciona o maior isolamento térmico,<br />
para uma mesma diferença de temperatura T2 – T1, e a<br />
feita de<br />
319
a) poliuretano<br />
b) madeira<br />
c) cortiça<br />
d) isopor<br />
e) isopor ou poliuretano, indiferentemente.<br />
5) (TIPO ENEM) Usinas Termoelétricas<br />
As usinas termoelétricas usam como combustível o<br />
petróleo e seus derivados ou carvão ou gás natural e têm<br />
como produto final a geração de energia elétrica. Os<br />
impactos ambientais destas usinas estão na produção de<br />
CO2 (gás carbônico) pela queima de combustíveis<br />
fósseis, agravando o chamado efeito estufa e a<br />
contaminação da atmosfera, do solo e das águas usadas<br />
no processo de refrigeração. Cita-se ainda o agravamento<br />
de doenças pulmonares, cardiovasculares e renais nas<br />
populações vizinhas à usina em virtude da liberação de<br />
óxidos de nitrogênio e de enxofre.<br />
.<br />
A figura a seguir esquematiza o funcionamento de uma<br />
usina termoelétrica<br />
O aquecimento da água do rio ou lago produz a<br />
diminuição do oxigênio, alterando as condições de vida<br />
dos peixes.<br />
A respeito do texto, analise as proposições que se<br />
seguem:<br />
(1) As usinas termoelétricas não produzem nenhum<br />
impacto ambiental.<br />
(2) A seqüência de transformações de energia e: energia<br />
interna do combustível – energia térmica – energia<br />
interna do vapor de água – energia cinética das turbinas –<br />
energia elétrica.<br />
(3) A transformação do vapor em liquido, no<br />
condensador, absorve calor da água do rio ou lago.<br />
(4) A bomba fornece energia para transformar a água<br />
liquida em vapor.<br />
Somente está correto o que se afirma em:<br />
a) (1)<br />
b) (2)<br />
c) (1), (2) e (3)<br />
d) (3) e (4)<br />
e) (1), (3) e (4)<br />
6) (TIPO ENEM) Observe a figura:<br />
A queima de combustíveis e a fonte de calor que<br />
vai aquecer a água na caldeira, transformando-a em<br />
vapor. A força aplicada pelos vapores vai acionar as<br />
turbinas que, no gerador, produzem energia elétrica por<br />
meio de um fenômeno denominado indução<br />
eletromagnética. Os vapores, após movimentarem as<br />
turbinas, são encaminhados para um condensador onde<br />
são resfriados e transformados em água liquida e, pela<br />
ação de uma bomba, enviados novamente para a caldeira.<br />
O resfriamento do vapor no condensador e feito usandose<br />
a água de um lago ou de um rio.<br />
I. O CO2 é muito transparente para as ondas<br />
eletromagnéticas na frequência da luz solar, mas é muito<br />
opaco para as ondas eletromagnéticas na frequência do<br />
infravermelho (calor radiante).<br />
II. As algas e as plantas diminuem o efeito estufa na<br />
medida em que retiram o CO2 da atmosfera. Já as<br />
queimadas e a queima dos combustíveis fósseis<br />
aumentam o efeito estufa por liberarem CO2 para a<br />
atmosfera.<br />
320
III. Nosso modelo de produção industrial e de transporte<br />
está aumentando o efeito estufa.<br />
Podemos afirmar que as proposições:<br />
a) Apenas I e II estão corretas<br />
b) Apenas I e III estão corretas<br />
c) Apenas II e III estão corretas<br />
d) Todas estão corretas<br />
e) Todas estão incorretas<br />
7) Uma garrafa térmica, do tipo das usadas para manter<br />
café quente, consiste em um recipiente de vidro de<br />
parede dupla com vácuo entre as paredes. Essas paredes<br />
são espelhadas.<br />
O vácuo e as paredes espelhadas são<br />
usadas para dificultar a transmissão de<br />
calor, estando relacionados com uma ou<br />
mais formas de transmissão. Assinale a<br />
alternativa que relaciona corretamente as<br />
características da garrafa térmica com as<br />
formas de transmissão de calor que essas<br />
características tentam impedir.<br />
a) parede espelhada ↔ condução, vácuo ↔ radiação.<br />
b) parede espelhada ↔ condução, vácuo ↔ radiação e<br />
convecção.<br />
c) parede espelhada ↔ radiação, vácuo ↔ condução e<br />
convecção.<br />
d) parede espelhada ↔ radiação, vácuo ↔ radiação,<br />
condução e convecção.<br />
e) parede espelhada ↔ condução e convecção, vácuo ↔<br />
radiação<br />
8) (TIPO ENEM) O efeito estufa é um fenômeno natural,<br />
característico de planetas onde existe atmosfera. Ele<br />
acontece na atmosfera da Terra e também na de Vênus,<br />
onde o efeito é muito acentuado e a temperatura alcança<br />
valores de cerca de 460 °C. Embora importante para a<br />
manutenção da vida no planeta, hoje é uma preocupação<br />
para muitos ambientalistas e cientistas. Com base em<br />
seus conhecimentos sobre o efeito estufa, analise as<br />
seguintes afirmativas:<br />
I. Existem materiais, como o vidro, que permitem a<br />
passagem de luz, mas dificultam a passagem de radiação<br />
térmica. Numa estufa com cobertura de vidro, por<br />
exemplo, parte da luz que entra é absorvida pelas plantas.<br />
Estas, sendo aquecidas, emitem radiação infravermelha,<br />
que tem dificuldade para atravessar o vidro e aquece o<br />
interior da estufa. Esse efeito é semelhante ao que<br />
acontece na atmosfera da Terra, daí o nome “efeito<br />
estufa”.<br />
II. O efeito estufa é importante porque retém o calor na<br />
Terra, possibilitando a vida de animais e vegetais. Sua<br />
intensificação é que é danosa, ocasionando o aumento da<br />
temperatura do planeta. Como consequência disso,<br />
dentre outras ocorrências, parte da ilha do Marajó poderá<br />
ser inundada e os furacões no Caribe poderão ser mais<br />
frequentes e devastadores.<br />
III. No efeito estufa, a radiação solar atravessa a<br />
atmosfera, parte é absorvida pela Terra e parte é<br />
refletida. Uma parcela da radiação absorvida é reemitida<br />
na forma de raios ultravioleta (ondas de calor), que têm<br />
pequeno comprimento de onda e dos quais uma pequena<br />
parte é absorvida, principalmente pelo gás carbônico,<br />
vapor d’água e metano, nas altas camadas atmosféricas,<br />
criando um manto quente na superfície da Terra.<br />
IV. Na Lua, não há ocorrência de efeito estufa em<br />
virtude de não existir atmosfera. Isso é uma das causas<br />
de as temperaturas no nosso satélite variarem entre –<br />
150ºC durante a noite e 100 ºC durante o dia.<br />
Estão corretas somente as afirmativas:<br />
a) I, II e IV.<br />
b) I, II e III.<br />
c) I, III e IV.<br />
d) I e II.<br />
e) II e IV.<br />
9) (ENEM) O resultado da conversão direta de energia<br />
solar é uma das várias formas de energia alternativa de<br />
que se dispõe. O aquecimento solar é obtido por uma<br />
placa escura coberta por vidro, pela qual passa um tubo<br />
contendo água. A água circula, conforme mostra o<br />
esquema abaixo.<br />
321
São feitas as seguintes afirmações quanto aos materiais<br />
utilizados no aquecedor solar:<br />
I. o reservatório de água quente deve ser metálico para<br />
conduzir melhor o calor.<br />
II. a cobertura de vidro tem como função reter melhor o<br />
calor, de forma semelhante ao que ocorre em uma estufa.<br />
III. a placa utilizada é escura para absorver melhor a<br />
energia radiante do Sol, aquecendo a água com maior<br />
eficiência.<br />
Dentre as afirmações acima, pode-se dizer que, apenas<br />
está(ão) correta(s):<br />
a) I<br />
b) I e II<br />
c) II<br />
d) I e III<br />
e) II e III.<br />
10) (ENEM) O uso mais popular de energia solar está<br />
associado ao fornecimento de água quente para fins<br />
domésticos. Na figura abaixo, é ilustrado um aquecedor<br />
de água constituído de dois tanques pretos dentro de uma<br />
caixa termicamente isolada e com cobertura de vidro, os<br />
quais absorvem energia solar.<br />
d) a camada refletiva tem como função armazenar<br />
energia luminosa.<br />
e) o vidro, por ser bom condutor de calor, permite que se<br />
mantenha constante a temperatura no interior da caixa.<br />
11) (ENEM) A água apresenta propriedades físicoquímicas<br />
que a coloca em posição de destaque como<br />
substância essencial à vida. Dentre essas, destacam-se as<br />
propriedades térmicas biologicamente muito importantes,<br />
por exemplo, o elevado valor de calor latente de<br />
vaporização. Esse calor latente refere-se à quantidade de<br />
calor que deve ser adicionada a um líquido em seu ponto<br />
de ebulição, por unidade de massa, para convertê-lo em<br />
vapor na mesma temperatura, que no caso da água é<br />
igual a 540 calorias por grama. A propriedade físicoquímica<br />
mencionada no texto confere à água a<br />
capacidade de<br />
a) servir como doador de elétrons no processo de<br />
fotossíntese.<br />
b) funcionar como regulador térmico para os organismos<br />
vivos.<br />
c) agir como solvente universal nos tecidos animais e<br />
vegetais.<br />
d) transportar os íons de ferro e magnésio nos tecidos<br />
vegetais.<br />
e) funcionar como mantenedora do metabolismo nos<br />
organismos vivos.<br />
12) (ENEM) Qual das seguintes fontes de produção de<br />
energia é a mais recomendável para a diminuição dos<br />
gases causadores do aquecimento global?<br />
322<br />
A. Hinrichs e M. Kleinbach. Energia e meio ambiente. São Paulo:Thompson, 3.ª<br />
ed., 2004, p. 529 (com adaptações).<br />
Nesse sistema de aquecimento,<br />
a) os tanques, por serem de cor preta, são maus<br />
absorvedores de calor e reduzem as perdas de energia.<br />
b) a cobertura de vidro deixa passar a energia luminosa e<br />
reduz a perda de energia térmica utilizada para o<br />
aquecimento.<br />
c) a água circula devido à variação de energia luminosa<br />
existente entre os pontos X e Y.<br />
a) Óleo diesel<br />
b) Gasolina<br />
c) Carvão mineral<br />
d) Gás natural<br />
e) Vento<br />
13) (ENEM) O diagrama abaixo representa, de forma<br />
esquemática e simplificada, a distribuição da energia<br />
proveniente do Sol sobre a atmosfera e a superfície<br />
terrestre. Na área delimitada pela linha tracejada, são<br />
destacados alguns processos envolvidos no fluxo de<br />
energia na atmosfera.
15) Durante uma aula de <strong>Física</strong> três alunas citam<br />
exemplos relacionados ao tema ‘’transmissão de calor’’,<br />
conforme transcrito a seguir.<br />
‘’Garrafas térmicas são úteis para conserva bebidas<br />
quentes e frias. Essas garrafas são constituídas de uma<br />
ampola de vidro de paredes duplas, espelhadas internas e<br />
extremidade.<br />
Entre as paredes de vidro, quase todo o ar é retirado. O<br />
espelhamento impede trocas de calor por radiação e o ar<br />
retirado entre as paredes impede trocas de calor por<br />
radiação, e convecção.<br />
(Júlia, 2004)<br />
Com base no diagrama acima, conclui-se que<br />
a) mais da metade da radiação solar que é absorvida<br />
diretamente pelo solo é devolvida para a atmosfera.<br />
b) a quantidade de energia refletida pelo ar, pelas nuvens<br />
e pelo solo é superior à absorvida pela superfície.<br />
c) a atmosfera absorve 70% da radiação solar incidente<br />
sobre a Terra.<br />
d) a maior parte da radiação incidente sobre o planeta<br />
fica retida na atmosfera.<br />
e) a quantidade de radiação emitida para o espaço pela<br />
atmosfera é menor que a irradiada para o espaço pela<br />
superfície.<br />
14) (UESC) A garrafa térmica é um dispositivo feito<br />
para conservar a temperatura de um líquido gelado ou<br />
quente. Sobre a garrafa térmica, é correto afirmar:<br />
01) O vácuo existente entre as paredes duplas de vidro<br />
espelhado reduz as trocas de calor por irradiação.<br />
02) A quantidade de calor que atravessa as paredes<br />
duplas da garrafa é determinada pela Lei de Fourier<br />
03) A radiação térmica que incide nas paredes duplas da<br />
garrafa é constituída do espectro eletromagnético<br />
visível.<br />
04) As paredes duplas de vidro devem ser pintadas de<br />
preto para dificultar a propagação de calor por condução.<br />
05) As faces externas e internas das paredes de vidro são<br />
espelhadas para minimizar o fluxo da radiação térmica,<br />
tanto de dentro para fora quanto de fora para dentro.<br />
‘’Dificilmente conseguimos segurar o bulbo de uma<br />
lâmpada de filamento que está acesa. O aquecimento do<br />
bulbo se dá através da radiação que o filamento emite<br />
quando aquecido.’’<br />
(Maíra, 2004)<br />
‘’As estufa são utilizadas para cultivar certos tipos de<br />
planas que necessitam de um ambiente mais aquecido<br />
para se desenvolverem. Geralmente elas são construídas<br />
com uma cobertura de vidro e paredes de alvenaria.<br />
Esses materiais são escolhidos porque são maus<br />
condutores de calor. O vidro é transparente á luz visível e<br />
opaco á radiação infravermelha e, junto com a alvenaria,<br />
consegue manter a temperatura interna da estufa mais<br />
elevada do que a do ambiente externo.’’<br />
(Alice, 2004)<br />
Sobre a declaração das alunas, pode-se afirma que<br />
apenas a de<br />
a) Júlia é correta.<br />
b) Maíra é correta.<br />
c) Alice é correta.<br />
d) Júlia e Maíra são corretas.<br />
e) Maíra e Alice são corretas.<br />
16) O efeito estufa é um fenômeno natural, característico<br />
de planetas onde existe atmosfera. Ele acontece na<br />
atmosfera da Terra e também na de Vênus, onde o efeito<br />
é muito acentuado e a temperatura alcança valores de<br />
cerca de 460 Embora importante para a manutenção<br />
da vida no planeta, hoje é uma preocupação para muitos<br />
323
ambientalista e cientistas. Com base em seus<br />
conhecimentos sobre o efeito estufa, analise as seguintes<br />
afirmativas.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
I. Existem materiais, como o vidro, que permitem a<br />
passagem de luz, mas dificultam a passagem da radiação<br />
térmica. Numa estufa com cobertura de vidro, por<br />
exemplo, parte da luz que entra é absorvida pelas plantas.<br />
Estas, sendo aquecidas, emitem radiação infravermelha<br />
que têm dificuldade para atravessar o vidro e aquece o<br />
interior da estufa. Este efeito é semelhante ao que<br />
acontece na atmosfera da Terra, daí o nome ‘’efeito<br />
estufa’’<br />
II. O efeito estufa é importante porque retém o calor na<br />
Terra, possibilitando a vida de animais e vegetais. Sua<br />
intensificação é que é danosa, ocasionando o aumento da<br />
temperatura do planeta. Como consequência disto, entre<br />
outras coisas, parte da ilha do Marajó poder ser inundada<br />
e os furações no Caribe poderão ser mais frequentes e<br />
devastadores.<br />
III. No efeito estufa, a radiação solar atravessa a<br />
atmosfera, parte é absorvida pela Terra e parte é<br />
refletida. Uma parcela da radiação absorvida é reemitida<br />
na forma de raios ultravioleta (ondas de calor), que têm<br />
pequeno comprimento de onda, dos quais uma pequena<br />
parte é absorvida, principalmente pelo gás carbônico,<br />
vapor d’água e metano, nas altas camadas atmosféricas,<br />
criando um manto quente na superfície da Terra.<br />
IV. Na Lua não há ocorrência de efeito estufa, em<br />
virtude de não existir atmosfera. Isto é uma das causas<br />
das temperaturas no nosso satélite variarem entre -150<br />
durante a noite e 100 durante o dia.<br />
Estão corretas somente as afirmativas:<br />
a) I, II e IV<br />
b) I, II e III<br />
c) I, III e IV<br />
d) I e II<br />
e) II e IV<br />
GABARITO:<br />
1 2 3 4 5 6 7 8<br />
C C B A B D C A<br />
9 10 11 12 13 14 15 16<br />
A B B A D 05 A A<br />
Após se matricular em nosso curso você será capaz de<br />
discutir questões, tais como:<br />
1) Um amigo lhe diz que a temperatura dentro de um<br />
forno é 500 e que a temperatura no interior de certa<br />
estrela é 50000. Você está incerto se seu amigo se refere<br />
a graus Celsius ou a Kelvins. Que diferença isso faz em<br />
cada caso? Você terá que usar seus poderes paranormais<br />
ou conseguirá raciocinar?<br />
2) Você vai encantar platéias em todo o mundo!!!<br />
Andará descalço, usando o poder da mente, sobre<br />
carvões em brasa!!!<br />
Será que isso se consegue com evolução mental ou é<br />
mais um dos truques da física? Sabemos que a madeira<br />
tem uma condutividade muito baixa. Ela ainda terá uma<br />
condutividade tão baixa se estiver muito quente – ou<br />
seja, no estágio em que ela está queimando sem chama,<br />
como carvão em brasa? Você poderia caminhar com<br />
segurança com os pés descalços sobre uma cama coberta<br />
com pedaços de carvão em brasa? Embora os carvões<br />
estejam muito quentes, haverá muito calor sendo<br />
conduzido deles para seus pés se você andar rápido?<br />
Você poderia fazer o mesmo com pedaços de ferro em<br />
brasa no lugar dos carvões? Explique. Cautela (se não<br />
fez nosso curso de paranormal): os pedaços de carvão<br />
podem grudar nos seus pés, de modo que...UUUH – não<br />
tente fazê-lo!<br />
324
3) Você está com frio. Como atrasou a mensalidade de<br />
nosso curso, seus poderes mediúnicos foram bloqueados<br />
e numa noite de fria de inverno você não consegue se<br />
aquecer. Alguém sugeriu levar consigo para a cama um<br />
material quente. O que seria melhor para mantê-lo<br />
aquecido durante a fria noite – um bloco de ferro com<br />
10kg ou um recipiente com 10kg de água quente na<br />
mesma temperatura? Explique.<br />
4) Após o frio, veio a fome. Você resolveu assaltar a<br />
geladeira no meio da noite, para tomar um suco de<br />
melancia e comer um sanduíche de ovo com mortadela<br />
(você ainda não é um médium rico e famoso!). Ficou<br />
curioso porque a melancia manteve-se fria por um tempo<br />
mais longo do que os sanduíches. Por que isso ocorreu?<br />
5) Nossas avaliações finais (para você ganhar o diploma<br />
de DÍSCIPULO DO OSMAR CAÔSO) serão nas<br />
escaldantes areias do deserto do SAARA. Lá, você<br />
percebeu que a areia é muito quente durante o dia e<br />
muito fria durante a noite. Isso é apenas ilusão ou tem<br />
alguma coisa a ver com um tal de calor específico da<br />
areia? (quem é esse médium?) Comente.<br />
FÍSICA NOSSA DE CADA DIA<br />
sistemas de aquecimento por serpentina. A transferência<br />
por radiação decorre da propriedade que todo corpo tem<br />
de emitir radiação eletromagnética (na faixa do<br />
infravermelho) que, ao atingir um material, é absorvida<br />
por este e sua energia é transformada em calor. As<br />
garrafas térmicas são constituídas basicamente de um<br />
vaso de vidro com paredes duplas, distanciadas entre si<br />
cerca de1 cm. No processo de fabricação, o ar é retirado<br />
(parcialmente, pois é impossível obter o vácuo perfeito)<br />
do espaço entre as paredes através de um orifício que a<br />
seguir é selado. Com isso reduz-se consideravelmente a<br />
transferência de calor tanto por condução como por<br />
convecção. Para que seja mínima a transferência por<br />
radiação, as superfícies das paredes são revestidas de<br />
prata, o que as torna altamente espelhadas. Assim as<br />
radiações são refletidas internamente sem que haja<br />
transmissão para o exterior. Como o vidro é muito frágil,<br />
o vaso é acondicionado em um recipiente de metal ou<br />
plástico. A rolha para fechamento da garrafa é<br />
geralmente oca e feita de borracha ou plástico, que<br />
oferecem bom isolamento térmico. Não existem isolantes<br />
perfeitos, há sempre alguma perda de calor através da<br />
tampa, por melhor que seja o isolante térmico utilizado.<br />
Assim, se colocarmos líquido quente no interior da<br />
garrafa, o líquido vai se esfriando, embora muito<br />
lentamente.<br />
2- PANELA DE PRESSÃO<br />
1- GARRAFA TÉRMICA<br />
As garrafas térmicas são recipientes destinados a<br />
impedir a troca de calor entre seu conteúdo e o meio<br />
ambiente. Foi originalmente desenvolvida por volta de<br />
1890 por James Dewar para armazenar gases liqüefeitos<br />
mantidos em temperaturas muito baixas. Em virtude da<br />
simplicidade com que são construídas e facilidade de<br />
manejo que oferecem, passaram a ter um amplo<br />
emprego; as mais conhecidas são as de uso doméstico,<br />
que servem para manter os líquidos quentes ou frios por<br />
longos períodos de tempo. Existem apenas três maneiras<br />
pelas quais o calor pode ser transferido de um meio a<br />
outro: a condução, a convecção e a radiação. A<br />
transferência por condução ocorre de modo mais<br />
acentuado nos sólidos; decorre da transmissão do<br />
movimento molecular por colisões entre as moléculas.<br />
Na convecção, transferência de calor que se observa nos<br />
líquidos e gases, as moléculas aquecidas e, portanto,<br />
menos densas, tomam as partes superiores do recipiente<br />
que contém o fluido, enquanto as partículas frias vão<br />
para o fundo do recipiente. Funcionam dessa forma os<br />
A água ferve normalmente a 100º C, ao nível do mar e<br />
num recipiente aberto. Qualquer que seja o tempo que a<br />
água demore para ferver nessas condições, a temperatura<br />
continuará a mesma. Se você mantiver alta a chama de<br />
gás, depois que a água já estiver fervendo, estará apenas<br />
desperdiçando gás. O que estiver dentro da água levará o<br />
mesmo tempo para cozinhar. O excesso de calor<br />
produzirá apenas a evaporação mais rápida da água. É<br />
possível, entretanto, tornar a água mais quente que 100º<br />
C, aumentando a pressão. É o que fazem as panelas de<br />
325
326<br />
pressão. Como são recipientes fechados, conservam o<br />
calor e a pressão aumenta. Nessas panelas, em vez de<br />
ferver a 100º C, a água (e o vapor) atinge temperaturas<br />
mais altas, cerca de 120º C.<br />
Evidentemente a carne, batata e feijão ou<br />
qualquer outro alimento cozinham muito mais depressa.<br />
Como o vapor exerce uma pressão considerável, as<br />
panelas possuem válvulas de segurança que funcionam<br />
quando a pressão atingir um ponto perigoso. Na figura ao<br />
lado você tem um esquema de uma panela de pressão:<br />
ela tem uma tampa, vedada com uma argola de borracha;<br />
no centro da tampa há uma válvula, que é mantida<br />
fechada por um pino relativamente pesado, mas que pode<br />
movimentar-se para cima, permitindo a abertura da<br />
válvula; há também uma válvula de segurança, que só<br />
abre em situações extremas, quando a válvula central<br />
estiver entupida e houver perigo de explosão. O alimento<br />
é colocado na panela, como uma certa quantidade de<br />
água. A panela é fechada e levada ao fogo. O calor da<br />
chama aquece toda a panela, elevando a temperatura da<br />
água até que ela ferva. Como a panela é totalmente<br />
fechada, o vapor d'água que se vai formando não pode<br />
dispersar e a pressão interna da panela aumenta: torna-se<br />
maior que a pressão atmosférica. O aumento da pressão<br />
faz com que a água no interior da panela entre em<br />
ebulição, a uma temperatura acima de 100º C. A pressão<br />
do vapor d'água, porém, aumenta até certo limite.<br />
Superado esse limite, ela se torna suficientemente<br />
elevada para que o vapor levante o pino da válvula<br />
central e comece a sair da panela. A partir desse<br />
momento, a pressão do vapor se estabiliza porque é<br />
controlada pelo escapamento do vapor através da<br />
válvula. Em conseqüência, a temperatura no interior da<br />
panela também não aumenta mais. A panela de pressão<br />
foi inventada pelo físico francês Denis Papin, que<br />
publicou em 1861 uma descrição do equipamento,<br />
denominando-o digestor. Numa reunião de cientistas da<br />
Royal Society, Papin demonstrou que o seu invento era<br />
capaz de reduzir ossos em gelatina comestível.<br />
Atualmente, esse recipiente é empregado não só<br />
nas tarefas domésticas, mas também nos hospitais (sob a<br />
forma de autoclaves para esterilizar material cirúrgico),<br />
na indústria de papel (como digestor para cozer polpa de<br />
madeira) e nas fábricas de conservas alimentícias. No<br />
cozimento da polpa de madeira, por exemplo, a pressão<br />
obtida por um digestor possibilita reduzir as lascas até<br />
que as fibras se soltem o suficiente para fabricar o papel.<br />
Nos hospitais, as altas temperaturas das autoclaves<br />
permitem esterilização mais segura. Nas fábricas de<br />
conservas, o cozimento sob pressão garante melhor<br />
preservação dos alimentos, eliminando maior número de<br />
bactérias.<br />
3- EFEITO ESTUFA<br />
O Sol envia continuamente para o nosso planeta<br />
uma enorme variedade de energia. Por causa da alta<br />
temperatura do Sol, a radiação solar é formada por ondas<br />
de alta freqüência – ultravioleta, luz visível e ondas da<br />
parte mais alta da região de infravermelho do espectro. A<br />
atmosfera é transparente a grande parte dessa radiação,<br />
especialmente à luz visível, de modo que a radiação solar<br />
alcança facilmente a superfície da Terra, onde é<br />
absorvida. A superfície terrestre, por sua vez, “reirradia”<br />
parte dessa energia. Mas como a temperatura da<br />
superfície terrestre é relativamente mais fria, ela<br />
“reirradia” a energia em baixas freqüências –<br />
principalmente nos comprimentos de onda mais longos<br />
do infravermelho.<br />
Determinados gases atmosféricos<br />
(principalmente vapor d’ água e gás carbônico) absorvem<br />
e “re-emitem” grande parte dessa radiação de<br />
comprimento de onda longo de volta para a Terra. De<br />
modo que a radiação de comprimento de onda longo, que<br />
realmente não escapa da atmosfera terrestre, ajuda a<br />
mantê-la aquecida. Afirmamos, assim, que a atmosfera é<br />
opaca aos raios infravermelhos. Esse processo é muito<br />
bom, pois sem ele a Terra seria gélida – cerca de - 18 o C.<br />
A absorção e a emissão prosseguem a taxas<br />
iguais até produzirem uma temperatura média de<br />
equilíbrio. Nos últimos 500.000 anos a temperatura<br />
média da Terra flutuou entre 19 o C e 27 o C, e<br />
presentemente está no ponto máximo de 27 o C. A<br />
temperatura da Terra aumenta quando aumenta a<br />
incidência de energia radiante ou quando diminui o<br />
escape de radiação terrestre.<br />
Dessa forma, o efeito estufa é o aquecimento da<br />
atmosfera mais baixa, o efeito dos gases atmosféricos<br />
sobre o balanço entre a radiação solar e a radiação<br />
terrestre.<br />
Nosso problema ambiental atual que é o excesso de<br />
dióxido de carbono e outros dos assim chamados “gases<br />
do efeito estufa” retêm energia a mais e tornam a Terra<br />
quente demais’.
Portanto, de novo, parte do efeito estufa pode<br />
ser precisamente o que a Terra precisa para prevenir uma<br />
próxima idade do gelo. Mas ainda não dispomos de<br />
informação suficiente a respeito para ter certeza.<br />
O efeito estufa atmosférico recebeu este nome a<br />
partir das estufas de vidro usadas pelos fazendeiros e<br />
floristas para “prender” a energia solar. O vidro é<br />
transparente às ondas da luz visível, mas opaco as<br />
radiações ultravioleta e infravermelha. O vidro atua<br />
como uma espécie de válvula unidirecional. Ele permite<br />
que a luz visível entre na estufa, mas impede os<br />
comprimentos de ondas mais longos de deixá-la. Assim,<br />
os comprimentos de ondas curtos da luz solar atravessam<br />
o telhado de vidro da estufa e são absorvidos pelo solo e<br />
pelas plantas em seu interior. O solo e as plantas, por sua<br />
vez, emitem ondas de infravermelho com comprimentos<br />
de ondas longos. Essa energia não consegue atravessar o<br />
vidro e sair, o que aquece o interior da estufa.<br />
Curiosamente, nas estufas dos fazendeiros e<br />
floristas, o calor é mantido principalmente pela<br />
habilidade do vidro de impedir que as correntes de<br />
convecção misturem o ar mais frio do exterior com o ar<br />
mais quente do interior. O efeito estufa desempenha um<br />
papel mais importante no aquecimento global da Terra<br />
do que no aquecimento das estufas.<br />
humanas, principalmente pela queima de combustíveis<br />
fósseis e pelas mudanças no uso da terra com o avanço<br />
da agricultura e do desmatamento.<br />
Catástrofes ambientais se anunciam e algumas<br />
mudanças parecem irreversíveis mesmo que o homem<br />
diminua as emissões de gases de efeito estufa. A<br />
temperatura média global deve aumentar em até 6,4ºC.<br />
Esse aumento excessivo de temperatura pode, por<br />
exemplo, fazer o gelo do Pólo Norte desaparecer até a<br />
virada do século. Com isso, a elevação do nível dos<br />
oceanos é outro efeito esperado devido ao derretimento<br />
dessas geleiras, aliada à expansão da água provocada<br />
pelo aumento da temperatura. O aquecimento global<br />
deve intensificar ainda a atividade de tempestades<br />
tropicais e furacões. Medidas deverão ser tomadas para<br />
minimizar esses efeitos, como por exemplo: substituir<br />
usinas termoelétricas por nucleares, o uso do carvão pelo<br />
gás natural, a redução do desmatamento, a adoção de<br />
frotas compostas de veículos elétricos ou híbridos mais<br />
eficientes e a criação de uma “segunda geração” de<br />
biocombustíveis.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Se o vidro é transparente à luz visível, porque é opaco<br />
aos raios infravermelhos?<br />
2) Que sugestões você poderia citar para minimizar os<br />
efeitos do aquecimento global?<br />
3) Explique, com suas palavras, o que é o Efeito Estufa.<br />
O relatório do Painel Intergovernamental sobre<br />
Mudanças Climáticas (IPCC) afirma que boa parte das<br />
mudanças no clima nas últimas décadas é conseqüência<br />
das emissões de dióxido de carbono (CO2) na<br />
atmosfera– o maior responsável pelo efeito estufa. A<br />
emissão de CO2 aumentou muito desde a revolução<br />
industrial, sendo agravada por algumas atividades<br />
4) (ENEM – COMENTADO) A Terra e cercada pelo<br />
vácuo espacial e, assim, ela só perde energia ao irradiá-la<br />
para o espaço. O aquecimento global que se verifica hoje<br />
decorre de pequeno desequilíbrio energético, de cerca de<br />
0,3 %, entre a energia que a Terra recebe do Sol e a<br />
energia irradiada a cada segundo, algo em torno de 1<br />
W/m 2 . Isso significa que a Terra acumula, anualmente,<br />
cerca de 1,6 × 10 22 J. Considere que a energia necessária<br />
para transformar 1 kg de gelo a 0 o C em água líquida seja<br />
igual a 3,2 × 10 5 J. Se toda a energia acumulada<br />
anualmente fosse usada para derreter o gelo nos pólos (a<br />
0 o C), a quantidade de gelo derretida anualmente, em<br />
trilhões de toneladas, estaria entre<br />
a) 20 e 40<br />
b) 40 e 60<br />
327
c) 60 e 80<br />
d) 80 e 100<br />
e) 100 e 120.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 4<br />
Questão envolvendo o atual e importante tema<br />
do aquecimento global da Terra devido à má atuação do<br />
homem. Poluição decorrente das queimas: florestas,<br />
combustíveis pelos carros, indústria, etc. O calor que<br />
vem do Sol chega à Terra e como não estamos<br />
encostados em nada nem envoltos em uma nuvem gasosa<br />
englobando o espaço ao nosso redor (do planeta), não<br />
conseguimos perder calor nem por condução nem por<br />
convecção, apenas irradiando por ondas de volta ao<br />
espaço. Nosso saldo tem sido positivo: ganhamos mais<br />
calor do que conseguimos irradiar de volta. As<br />
conseqüências podem ser catastróficas!<br />
usando-se cubos de gelo. Em um recipiente, colocam-se<br />
10 litros de água, à temperatura de 60 o C, e, depois,<br />
adicionam-se cubos de gelo, cada um de massa igual a<br />
100g, à temperatura de 0oC. Após serem colocados 40<br />
cubos, a temperatura de equilíbrio atinge 20°C. Supondo<br />
que não há perdas de calor e considerando a densidade<br />
absoluta da água igual a 1kg/litro, e o calor específico,<br />
1cal/g o C, escreva — identificando todos os termos — a<br />
expressão referente às trocas de calor e calcule o valor do<br />
calor latente de fusão do gelo.<br />
2) (UFMG 2ª fase) Uma massa de 20 g de gelo,<br />
inicialmente a –20 o C, é aquecida até converter-se em<br />
vapor de água. A temperatura dessa substância em<br />
função do calor absorvido por ela durante esse processo<br />
está representada neste gráfico:<br />
Como a questão forneceu os dados de maneira<br />
simples, inclusive números a mais do que o necessário<br />
para a solução, o que confundiu uma porção de alunos,<br />
não é nada complicada. Temos:<br />
- 1,6 × 10 22 J de energia sobrando por ano;<br />
Por conveniência, nesse gráfico, o eixo<br />
correspondente ao calor absorvido não está em escala.<br />
a) Com base nessas informações, CALCULE o calor<br />
específico do gelo.<br />
- 3,2 × 10 5 J para derreter cada kg de gelo. Então:<br />
b) Um pedaço de ferro de 100 g, inicialmente a 100 o C, é<br />
colocado junto com 20 g de gelo, a 0 o C , dentro de uma<br />
caixa de isopor, que, em seguida, é fechada.<br />
328<br />
Mas, queremos a resposta em trilhões de toneladas!<br />
1 ton = 10 3 kg. Trilhão = 10 12 .<br />
Assim, 1 trilhão de toneladas = 10 15 kg!<br />
Logo, 5.10 16 kg = 50.10 15 kg = 50 trilhões de toneladas.<br />
Letra b.<br />
ATIVIDADES ARRETADAS DE CASA<br />
1) (UFBA 2ª fase) Para determinar o calor latente de<br />
fusão do gelo, um grupo de estudantes realiza um<br />
experimento que consiste em resfriar um volume de água<br />
Despreze a capacidade térmica da caixa e<br />
considere o isopor um bom isolante térmico. Sabe-se que<br />
o calor específico do ferro é igual a 0,11 cal/(g o C).<br />
CALCULE a temperatura final do pedaço de ferro.<br />
3) (UFMG 2 ª fase) Em uma aula no Laboratório de<br />
<strong>Física</strong>, o Professor Jésus realiza o experimento que se<br />
descreve a seguir. Inicialmente, ele imerge um aquecedor<br />
elétrico em 1,0 kg de água, à temperatura de 23 ºC,<br />
contida num recipiente de isopor. Em seguida, o<br />
recipiente é tampado e o aquecedor é ligado, até a
temperatura da água atingir 45 ºC. Considere que a<br />
tensão e a corrente elétricas, no aquecedor, são,<br />
respectivamente, de 220 V e de 1,0 A. Despreze a<br />
capacidade térmica do recipiente e a do aquecedor.<br />
a) Com base nessas informações, CALCULE o tempo<br />
que o aquecedor ficou ligado.<br />
b) Em seguida, o Professor Jésus coloca 0,60 kg de gelo,<br />
a 0,0 ºC, na água contida no recipiente, tampa-o<br />
novamente, e espera até a temperatura dela se estabilizar.<br />
Sabe-se que o calor latente de fusão do gelo é de 3,3 x<br />
10 5 J/kg. Considerando essas informações, CALCULE a<br />
temperatura da água no final desse experimento.<br />
8,0x1013 kg/ano, determine a quantidade de calor<br />
necessária para realizar, anualmente, o processo de<br />
transformação dessa quantidade de gelo em água.<br />
5) (UFSC) O tipo de panela mais recomendado, por<br />
questões de saúde, é a panela de aço inox. Entretanto, o<br />
aço inox tem uma baixa condutividade térmica. Para<br />
solucionar este problema, os fabricantes fazem uso de<br />
um difusor de calor, geralmente de alumínio, cujo<br />
objetivo é melhorar a condutividade e homogeneizar a<br />
transferência de calor no fundo da panela.<br />
4) (UFRN 2ª fase) Segundo pesquisadores, o<br />
aquecimento global deve-se a fatores tais como o<br />
processo de decomposição natural de florestas, o<br />
aumento da atividade solar, as erupções vulcânicas, além<br />
das atividades humanas, os quais contribuem para as<br />
alterações climáticas, com conseqüente derretimento das<br />
calotas polares e aumento do nível médio dos oceanos.<br />
Tentando simular o processo de derretimento das calotas<br />
polares em escala de laboratório, um estudante utilizou<br />
um calorímetro contendo um bloco de 1,0 kg de gelo a –<br />
30 ºC, ao qual foi adicionada certa quantidade de calor.<br />
Dados:<br />
· Quantidade de calor sensível recebido ou cedido por<br />
uma substância: Q = mc∆T<br />
· Quantidade de calor latente recebido ou cedido por uma<br />
substância durante uma mudança de estado físico:<br />
Q = mL<br />
· Calor específico do gelo: cg = 2,1´103 J/kg ºC<br />
· Calor latente de fusão do gelo: L = 3,3 ´10 5 J/kg<br />
A partir dessas informações,<br />
a) determine a quantidade de calor que deve ser<br />
adicionada ao calorímetro para elevar a temperatura do<br />
gelo de -30 ºC para 0 ºC;<br />
b) determine a quantidade de calor que deve ser<br />
adicionada ao calorímetro para transformar o gelo a 0 ºC<br />
em líquido a 0 ºC;<br />
c) considerando que, no norte da Groenlândia, a<br />
temperatura média do gelo é cerca de -30 ºC e que a<br />
massa média de gelo derretida (entre 2003 e 2007) foi de<br />
Dados:<br />
- condutividade térmica do alumínio = 60 cal/s.m.°C<br />
- calor latente de vaporização da água = 540 cal/g<br />
- calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g<br />
- calor específico da água = 1 cal/g.°C<br />
- calor específico do gelo = 0,5 cal/g.°C<br />
Em relação ao exposto, assinale a(s) proposição(ões)<br />
CORRETA(S).<br />
(01) O fluxo de calor através do difusor depende da sua<br />
geometria, do material e da diferença de temperatura<br />
entre as faces inferior e superior.<br />
(02) Supondo que a face inferior do difusor está a 105 °C<br />
e a face superior está a 100 °C, o fluxo de calor através<br />
do difusor é 1,8 cal/s.<br />
(04) O calor recebido por uma substância dentro da<br />
panela pode causar mudança de temperatura, mudança de<br />
fase ou ambas.<br />
(08) O fundo da panela aquece a água colocada no seu<br />
interior unicamente por convecção, que envolve o<br />
329
transporte de matéria de uma região quente para uma<br />
região fria e vice-versa.<br />
(16) Supondo um fluxo de calor através do fundo da<br />
panela de 2,0 kcal/s, e que dentro dela foi colocado 150 g<br />
de gelo a 10 °C, serão necessários aproximadamente 6,4<br />
segundos para fundir 2/3 do gelo.<br />
(32) O difusor de alumínio é aquecido por radiação<br />
proveniente da chama da boca do fogão.<br />
6) (UFCE) Ceará lança bases para ser pioneiro em<br />
energia solar.<br />
Se o Estado do Ceará já se destaca em geração<br />
eólica, hoje dá o pontapé para o futuro em uma nova<br />
fonte renovável. Hoje, o Ceará lança as bases para ser<br />
tornar pioneiros no Brasil na geração de uma fonte de<br />
energia que ainda não é realidade no mercado de<br />
distribuição, mas é uma grande aposta para o futuro.<br />
Logo mais, ás 18 horas, o governo entregará oficialmente<br />
a Licença de Instalação(LI) da primeira usina solar<br />
comercial do País, em Tauá, que terá investimento da<br />
ordem de R$ 12 milhões da MPX Energia. As obras, que<br />
começarão entre o fim deste mês e o início do próximo,<br />
levantarão um parque ainda pequeno, com capacidade<br />
para 1 megawatt (MW), mas com perspectiva de<br />
ampliação, a depender das oportunidades futuras de<br />
comercialização da energia. Com previsão para estar em<br />
operação até o fim deste ano, a usina já lançara a sua<br />
produção no Sistema Interligado Nacional (SIN) (...).<br />
Com isso, será a primeira da América do Sul a ser<br />
interligada ao sistema elétrico. A usina está sendo<br />
instalada com a parceria da chinesa Yingli, empresa que<br />
fabrica os painéis fotovoltaicos, utilizados na<br />
transformação dos raios solares em energia elétrica.<br />
Quando anunciada, em 2008, a MPX previa construir<br />
uma usina de 50 MW, com investimento orçado em US$<br />
250 milhões. O valor (...) foi considerado caro pelos<br />
investidores, que buscavam barateamento dos<br />
equipamentos.<br />
MJ/(m².dia), deseja-se aquecer 200 litros de água de 10<br />
a 50 em 8 h. Sabendo-se que esse processo tem<br />
rendimento de 40%, a área útil do coletor solar deve ter<br />
um valor mais próximo de:<br />
a) 33 m²<br />
b) 21 m²<br />
c) 11 m²<br />
d) 7 m²<br />
e) 2 m²<br />
7) Um corpo indeformável em repouso é atingido por um<br />
projétil metálico com a velocidade de 300m/s e a<br />
temperatura de 0 Sabe-se que, devido ao impacto, 1/3<br />
da energia cinética é absorvida pelo corpo e o restante<br />
transforma-se em calor, fundindo parcialmente o projétil.<br />
O metal tem ponto de fusão tf = 300 , calor específico<br />
c = 0,02cal/g⁰c e calor latente de fusão Lf = 6 cal/g.<br />
Considerando 1 cal ≈ 4J, a fração x da massa total do<br />
projétil metálico que se funde é tal que:<br />
a) x < 0,25.<br />
b) x = 0,25.<br />
c) 0,25 < x < 0,5.<br />
d) x = 0,5.<br />
e) x < 0,5.<br />
8) Um cubo de gelo de massa 100g e temperatura inicial<br />
-10 é colocado no interior de um micro-ondas. Após 5<br />
minutos de funcionamento, restava apenas vapor d’água.<br />
Considerando que toda a energia foi totalmente<br />
absorvida pela massa de gelo (desconsidere qualquer tipo<br />
de perda) e que o fornecimento de energia foi constante,<br />
determine a potência utilizada, em W.<br />
330<br />
O Ceará concentra, na região dos Inhamuns, a maior radiação solar de todo o país,<br />
capaz de gerar de 20 e 22 megajoules (MJ – unidade de medida de energia obtida<br />
pela calor) por metro quadrado durante o dia. Asssim, essa insolação que é tida<br />
como problemática na região central do Estado, pode e deverá se reverter em<br />
possibilidade econômica de geração de energia. Matéria publicada na diário do<br />
Nordeste – 26- 03-10. Sergio de Sousa (repórter).<br />
De acordo com o texto, o ceará concentra, na região dos<br />
Inhamuns, a maior radiação solar de todo país, capaz de<br />
gerar de 20 a 22 MJ /m³.dia). Considerando, então, a<br />
intensidade média da radiação incidente de 22<br />
São dados:
Pressão local= 1atm<br />
Calor específico do gelo = 0,5cal · g -1 ·<br />
Calor específico da água líquida =<br />
1,0cal · g -1 ·<br />
Calor latente de fusão da água =<br />
80cal · g -1<br />
Calor de vaporização da água =<br />
540cal · g -1<br />
1cal = 4,2J<br />
a) 1008<br />
b) 896<br />
c) 1015<br />
d) 903<br />
e) 1512<br />
9) A figura adiante esquematiza o arranjo utilizado em<br />
uma repetição da experiência de Joule. O calorímetro<br />
utilizado, com capacidade térmica de 1600J/ , continha<br />
200g de água a uma temperatura inicial de 22,00 O<br />
corpo de massa M = 1,5kg é abandonado de uma altura<br />
de 8m. O procedimento foi repetido 6 vezes até que a<br />
temperatura do conjunto água + calorímetro atingisse<br />
22,20 . Do total da energia mecânica liberada nas 6<br />
quedas do corpo, qual a fração utilizada para aquecer o<br />
conjunto? (Adote: calor específico da água = 4 J/g )<br />
a) 1/2<br />
b) 2/3<br />
c) 4/5<br />
d) 6/7<br />
e) 7/9<br />
Sobre o processo descrito acima, afirma-se:<br />
I. A energia absorvida é de 2,1 x 10⁵J.<br />
II. Desprezando quaisquer trocas de energia, a não ser as<br />
que ocorrem entre a água e o ebulidor, a potência elétrica<br />
requerida pelo ebulidor é de 2,1 x 10⁴W.<br />
III. A resistência elétrica do ebulidor é maior do que 2,5<br />
x 10¹Ω.<br />
A (s) afirmativa(s) correta(s) é/são:<br />
a) II, apenas.<br />
b) I e II, apenas.<br />
c) I e II, apenas.<br />
d) II e III, apenas.<br />
e) I, II e III.<br />
11) Em um calorímetro ideal, há 98g de água á<br />
temperatura de 0 Dois cubinhos metálicos são<br />
introduzidos no calorímetro. Um deles tem massa 8,0g,<br />
calor específico 0,25cal/g e está á temperatura de<br />
400 . O outro tem 10g de massa, calor específico<br />
0,20cal/g e está á temperatura de 100 .<br />
Posteriormente, esse último cubinho é retirado do<br />
calorímetro e verifica-se, nesse instante, que sua<br />
temperatura é 50 .<br />
Calcule a temperatura final de equilíbrio da água e do<br />
cubinho que permanece no calorímetro.<br />
a) 3<br />
b) 5<br />
c) 7<br />
d) 9<br />
e) 12<br />
10) Para responder a questão, leia as informações a<br />
seguir e analise as afirmativas.<br />
Pensando em tomar chimarrão, um gaúcho usa um<br />
ebulidor (ou resistência elétrica) para aquecer 1,0kg de<br />
água, de 30 até 80 . O ebulidor foi conectado a uma<br />
tensão de 100V. O processo de aquecimento acontece em<br />
10 minutos. Considere-se que o calor específico da água<br />
é 4,2 x 10³J/kg .<br />
331
12) O chuveiro elétrico é amplamente utilizado em todo<br />
o país e é o responsável por grande parte do consumo<br />
elétrico residencial. A figura a seguir representa um<br />
chuveiro metálico em funcionamento e seu circuito<br />
elétrico equivalente. A tensão fornecida ao chuveiro vale<br />
V = 200V e sua resistência é R 1 = 10Ω.<br />
I. Durante o dia, a temperatura da terra é maior do que a<br />
da água porque o calor específico da terra é maior do que<br />
o da água.<br />
II. Á noite, a temperatura da água é menor do que a da<br />
terra porque o calor específico da água é menor que o da<br />
terra.<br />
III. Após o pôr do sol, a terra se resfria mais rapidamente<br />
do que a água do mar, porque o calor específico da água<br />
do mar, porque o calor específico da água é bem maior<br />
do que o da terra.<br />
IV. Durante o dia, percebia-se na praia uma brisa<br />
soprando do mar para a terra. Uma possível justificativa<br />
é porque a massa de ar junto ao mar.<br />
Com suas palavras, corrija as alternativas que são<br />
consideradas falsas, explicando seu raciocínio.<br />
332<br />
Suponha um chuveiro em funcionamento, pelo qual<br />
fluem 3,0 litros de água por minutos, e considere que<br />
toda a energia dissipada na resistência do chuveiro seja<br />
transferida para a água. O calor absorvido pela água,<br />
nesse caso, é dado por Q = mc , em que c = 4 ·<br />
10 3 J/kg é o calor específico da água, m é a sua massa<br />
e é a variação de sua temperatura. Sendo a densidade<br />
da água igual a 1000kg/m 3 , calcule a temperatura de<br />
saída da água quando a temperatura de entrada for igual<br />
a 20<br />
a) 10<br />
b)20<br />
c) 30<br />
d) 40<br />
e) 50<br />
13) Em um final de semana de verão, com uma leve<br />
brisa soprando do mar para a terra, um grupo de jovens<br />
estudantes encontrava-se acampado na beira da praia sob<br />
forte incidência de raios solares. Lembrando-se de que o<br />
calor específico da água é bem maior do que o da terra,<br />
os jovens observaram atentamente alguns fenômenos,<br />
buscando relacioná-los com explicações e comentários<br />
apresentados pelo professor de Ciência numa aula.<br />
Foram coletadas as seguintes proposições para os<br />
fenômenos observados:<br />
14) A massa total estimada de água existente na Terra é<br />
cerca de 10 21 kg. Admitindo-se que a energia total anual<br />
consumida pela humanidade no planeta seja da ordem de<br />
10 22 J, se pudéssemos aproveitar, de alguma maneira, um<br />
quarto da quantidade de calor liberado devido á<br />
diminuição da temperatura da massa de água em 1 ,<br />
poderíamos suprir o consumo energético da humanidade<br />
por, aproximadamente:<br />
a) 1 mês.<br />
b) 1 ano.<br />
c) 100 anos.<br />
d) 10 anos.<br />
15) Energia térmica, obtida a partir da conversão de<br />
energia solar, pode ser armazenada em grandes<br />
recipientes isolados, contendo sais fundidos em altas<br />
temperaturas. Para isso, pode-se utilizar o sal nitrato de<br />
sódio (NaNO 3), aumentando sua temperatura de 300<br />
para 550 , fazendo-se assim uma reserva para períodos<br />
sem insolação. Essa energia armazenada poderá ser<br />
recuperada, com a temperatura do sal retornando a<br />
300 . Para armazenar a mesma quantidade de energia<br />
que seria obtida com a queima de 1 L de gasolina,<br />
necessita-se de uma massa de NaNO 3 igual a:<br />
Dados:<br />
Poder calórico da gasolina = 3,6 x 10 7 J/L<br />
Calor específico do NaNO 3 = 1,2 x 10 3 J/Kg
a) 4,32kg.<br />
b) 120kg.<br />
c) 240kg.<br />
d)3 x 10 4 kg.<br />
e) 3,6 x 10 4k g<br />
16) Paulo comprou um aquecedor elétrico, de<br />
especificações 5000W – 220V, provido de um<br />
reservatório de volume 100 litros. Seu rendimento é<br />
80%. Estando completamente cheio com água e ligado<br />
corretamente, o tempo necessário para se aquecer essa<br />
água de 20 é:<br />
Dados: massa específica da água – 1g/cm 3 , calor<br />
específico da água = 1cal/(g ) e 1cal = 4,2J<br />
a) 15 minutos.<br />
b) 28 minutos.<br />
c) 35 minutos.<br />
d) 45 minutos.<br />
e) 90 minutos.<br />
333
GABARITO:<br />
1 2 3 4 5 6 7 8<br />
80 cal/g a) 0,49<br />
b) zero<br />
a) 420 s<br />
b) 0 0 C<br />
a) 6 3.10 4 J<br />
b)3,3x10 5 J<br />
05 C B C<br />
c) 3,136x10 19<br />
9 10 11 12 13 14 15 16<br />
C C D D apenas III e IV<br />
são corretas<br />
C B C<br />
ANOTAÇÕES:<br />
334<br />
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CAPÍTULO 16 – TERMODINÂMICA<br />
1 – TRABALHO ANIMAL E TRABALHO MOTOR,<br />
QUE DIFERENÇA!<br />
AS MÁQUINAS NA VIDA ATUAL<br />
O CARRO DE BOI COM A MUDANÇA,<br />
VINHA VINDO LÁ NA ESTRADA.<br />
O CARREIRO SISUDO DAVA A ORDENANÇA:<br />
Ê BOI, Ê BOI, COMO SE FOSSE BOIADA!<br />
E COM ESSA CANTIGA GRITADA, O CARRO DE<br />
BOI NA RUA PASSAVA. E REPETIA: Ê BOI, Ê BOI,<br />
A GAROTADA,<br />
QUE DÁ CALÇADA ESPIAVA.<br />
O CARRO É TODO FEITO,<br />
DE FORTE E RESISTENTE MADEIRA.<br />
ASSIM NUNCA DAVA DEFEITO,<br />
SÓ SE CAÍSSE NA LAMACEIRA.<br />
DESDE O TEMPO COLONIAL,<br />
É TRANSPORTE NO BRASIL.<br />
NO SERTÃO ERA TÃO HABITUAL.<br />
COMO O CÉU DE ANIL...<br />
Para realizar trabalhos, o ser humano utiliza<br />
energia. Durante muito tempo, ele utilizou a energia<br />
mecânica do seu próprio corpo e produziu ferramentas<br />
para melhorar a eficiência de seus trabalhos. Tempos<br />
depois, ele conseguiu utilizar a energia mecânica dos<br />
animais para esse fim. O ser humano também conseguiu<br />
produzir equipamentos que aproveitam a energia do<br />
movimento das águas e do ar. Mais tarde construiu a<br />
máquina a vapor, que transforma calor em trabalho<br />
mecânico e que também transformou nossa relação com<br />
as máquinas, sendo o embrião da sociedade industrial<br />
moderna. Entendemos que calor e trabalho são formas<br />
diferentes de se transmitir energia. O calor é uma troca<br />
de energia por diferença de temperatura, e o trabalho é<br />
uma troca de energia por outras diferenças, por exemplo,<br />
diferença de pressão. Uma forma de energia pode se<br />
converter em outra sem que a energia seja destruída nem<br />
produzida, somente transformada. Hoje utilizamos as<br />
máquinas elétricas, que transformam energia elétrica em<br />
energia mecânica, que é a forma capaz de realizar<br />
trabalho. Os alimentos são fontes de energia para os<br />
seres vivos, sob a forma de compostos químicos. Nos<br />
animais, durante a digestão, esses alimentos são<br />
processados e transformados; passam por certos<br />
processos metabólicos e liberam energia. Os animais,<br />
como nós, transformam essa energia em trabalho, sendo<br />
muito eficientes nessa transformação, e ainda guardam a<br />
energia que não foi transformada, através de outros<br />
processos metabólicos que armazenam energia ao<br />
produzir proteínas, gorduras, etc.<br />
É claro que nós consumimos essa energia para<br />
andar e correr, mas também para pensar, ver falar, ou<br />
seja, para processar informação, imagens ou som,<br />
gastamos energia, assim como os computadores, TVs e<br />
aparelhos de som, que precisam de uma fonte de energia<br />
para funcionar.<br />
... AH, MEU CARRO DE BOI!<br />
QUANTAS VEZES CONTIGO SONHEI!<br />
AGORA O SONHO JÁ SE FOI,<br />
MAS DE TI EXPERIMENTEI.<br />
1.1 – DO CARRO DE BOI AOS TRENS DE CARGA<br />
Para transportar coisas de um lugar para outro,<br />
inicialmente o ser humano carregava ele mesmo o que<br />
iria transportar. Após domesticar alguns animais, passou<br />
a colocar a carga nas costas deles, sendo que até hoje é<br />
assim: um burro, um cavalo, um boi, um elefante ou um<br />
camelo transportam cargas. Com a roda, ele passou a<br />
335
colocar suas coisas sobre um carro robusto com rodas,<br />
puxado por bois ou outro animal, ou sobre uma carroça<br />
puxada por cavalos. Hoje usamos automóveis,<br />
caminhões, trens, navios para transportar cargas.<br />
Também construímos máquinas que usam o<br />
trabalho animal para realizar tarefas como moer, puxar<br />
água do poço, arar a terra, plantar etc. Hoje elas foram<br />
substituídas por máquinas movidas por motores térmicos,<br />
geralmente à gasolina ou diesel, ou por motores elétricos.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) A potência indica a capacidade de realizar trabalho em<br />
relação ao tempo. Compare na tabela a seguir a potência<br />
de um homem e de um boi. De quantos por cento uma é<br />
maior que a outra? Faça também algumas comparações<br />
entre as diversas máquinas térmicas, os animais e os<br />
equipamentos mecânicos. POTÊNCIA EFETIVA DE<br />
ANIMAIS, EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS<br />
TÉRMICAS.<br />
Animal/equipamento<br />
Home 40<br />
Boi 380<br />
Cavalo 746<br />
Roda d'água (300a.C) 2.200<br />
Moinho de vento<br />
(1600)<br />
Potência<br />
típica (W)<br />
Máquina<br />
térmica<br />
Bomba de<br />
vapor de<br />
Savey<br />
(1702)<br />
Máquina de<br />
Watt<br />
(1778)<br />
Carro<br />
popular 1.0<br />
Carro<br />
pequeno<br />
2.0<br />
Potência<br />
típica (W)<br />
746<br />
30.000<br />
42.000<br />
98.000<br />
10.500 Ferrari 370.000<br />
2) (ENEM) Com o objetivo de se testar a eficiência de<br />
fornos de micro-ondas, planejou-se o aquecimento em<br />
10°C de amostras de diferentes substâncias, cada uma<br />
com determinada massa, em cinco fornos de marcas<br />
distintas. Nesse teste, cada forno operou à potência<br />
máxima. O forno mais eficiente foi aquele que<br />
a) forneceu a maior quantidade de energia às amostras.<br />
b) cedeu energia à amostra de maior massa em mais<br />
tempo.<br />
c) forneceu a maior quantidade de energia em menos<br />
tempo.<br />
d) cedeu energia à amostra de menor calor específico<br />
mais lentamente.<br />
e) forneceu a menor quantidade de energia às amostras<br />
em menos tempo.<br />
NO CONTEXTO DA FÍSICA<br />
2 – A FÍSICA E A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL<br />
A Termodinâmica estuda as relações entre o<br />
calor trocado entre os corpos e os trabalhos mecânicos<br />
realizados num processo físico. A Termodinâmica tem<br />
um caráter empírico; suas leis resultam da observação<br />
experimental. Mas, para entendermos qualquer teoria<br />
científica, devemos compreender o momento histórico<br />
em que ela foi desenvolvida. Isto não seria diferente com<br />
a Termodinâmica; neste sentido faremos um breve relato<br />
deste momento histórico, onde surgiu esta ciência do<br />
calor. Vamos nos utilizar do material escrito pela<br />
professora Suani Pinho da UFBA no livro Origens e<br />
Evolução das Idéias da <strong>Física</strong> (EDUFBA). Gostam de<br />
história? Então vamos lá!!!<br />
Usina solar 20.000<br />
Máquina a<br />
vapor naval<br />
(1900)<br />
6.000.000<br />
2.1 – A Termodinâmica e a Revolução Industrial<br />
336<br />
Turbina d'água (1850) 600.000<br />
Gerador eólico 3.000.000<br />
Usina Hidrelétrica 6.000.000.000<br />
Máquina a<br />
vapor<br />
terrestre<br />
(1900)<br />
Usina<br />
termelétrica<br />
a vapor<br />
(1970)<br />
Usina<br />
Nuclear<br />
(1974)<br />
9.000.000<br />
1.100.000.000<br />
1.300.000.000<br />
O período referente aos séculos XVIII e XIX<br />
corresponde a uma fase de profundas mudanças sociais e<br />
econômicas na Europa, concretizadas com o<br />
estabelecimento do modo de produção capitalista. Uma<br />
pequena classe média urbana, no início restrita à<br />
Inglaterra, aos países baixos e ao norte da França, rompe<br />
com o sistema de produção feudal da Idade Média<br />
através, inicialmente, de uma produção artesanal e<br />
doméstica. Por outro lado, os métodos da ciência<br />
experimental estabelecidos no século XVII com a<br />
revolução científica de Galileu passam a ser aplicados
aos diversos ramos do conhecimento; tais aplicações, por<br />
sua vez, são utilizadas para propiciar as transformações<br />
nos meios de produção. Assim, com a melhor<br />
organização do trabalho, através da divisão e da<br />
especialização das tarefas, e com as inovações<br />
tecnológicas resultantes do estabelecimento dos métodos<br />
da ciência experimental, a exemplo da maquinaria têxtil,<br />
firma-se na prática um novo sistema de produção. Tal<br />
modo de produção atinge rapidamente o comércio e a<br />
agricultura. Para o estabelecimento e êxito do que se<br />
chamou de Revolução Industrial, as inovações<br />
tecnológicas tiveram um papel fundamental,<br />
destacadamente a máquina a vapor, na medida em que<br />
essa se tornou o ponto de partida para o bom êxito da<br />
indústria pesada, assim como para a evolução dos meios<br />
de transporte. Vale registrar, porém, que a gênese da<br />
Revolução Industrial está relacionada com a indústria<br />
têxtil, naquela época a principal indústria da Inglaterra.<br />
Por outro lado, a Revolução Industrial constitui<br />
um estímulo à atividade científica, estando esta voltada<br />
para problemas suscitados pela indústria; é neste sentido<br />
que a Termodinâmica evolui. Não se pode negar, no<br />
entanto, que as inovações tecnológicas sejam aplicações<br />
do pensamento científico, como por exemplo, a máquina<br />
a vapor. Mudanças político-sócio-econômicas e<br />
conquistas científicas e tecnológicas não ocorrem<br />
independentemente. O período da Revolução Industrial<br />
se insere nitidamente nesta reflexão, tendo a<br />
Termodinâmica um importante papel neste processo de<br />
transformação.<br />
Associando as duas expressões acima:<br />
W = P × A × d<br />
Como a variação do volume ΔV do êmbolo (cilindro) é<br />
A × d, temos:<br />
W= P. ∆V<br />
W = P × (V2 – V1)<br />
ATENÇÃO GALERA!!!<br />
Numa expansão isobárica (pressão constante) a<br />
variação do volume ∆V é positiva e, portanto o gás<br />
realiza trabalho e este é positivo (W > 0).<br />
Numa compressão isobárica a variação do volume<br />
∆V é negativa e, portanto o gás recebe trabalho (o<br />
meio externo empurrou o êmbolo para baixo,<br />
comprimindo o gás) e este é negativo (W < 0).<br />
Em resumo:<br />
Expansão V2 > V1, ∆V > 0, W > 0<br />
Compressão V2 < V1, ∆V < 0, W < 0<br />
No gráfico abaixo (pressão × volume) a área da<br />
figura representa o TRABALHO.<br />
3 – TRABALHO DE UM GÁS<br />
Suponha um sistema onde um gás está contido<br />
num recipiente que possui um êmbolo móvel; a pressão p<br />
se mantém inalterada. Fornecendo calor Q ao sistema, o<br />
gás se expande, deslocando o êmbolo de uma pequena<br />
distância d. Com esta expansão o volume saiu de V1 e<br />
foi para V2, ocorrendo uma variação ΔV.<br />
Usando as expressões da mecânica<br />
1) W = F × d (onde W é o trabalho realizado pelo gás, F<br />
é a força que o gás aplicou sobre o êmbolo deslocando-o<br />
de uma distância d)<br />
2) F = P × A (P é a pressão do sistema e A é a área da<br />
base do êmbolo)<br />
4 – 1ª LEI DA TERMODINÂMICA<br />
Para entendermos claramente esta 1 a lei, vamos<br />
supor um exemplo:<br />
Um gás qualquer tem certa quantidade de energia interna<br />
U (nível de agitação translacional e rotacional das<br />
moléculas, energia potencial de configuração...). Se o gás<br />
recebe uma quantidade de calor Q de 100 J, ele pode usar<br />
uma parte desse calor para realizar trabalho W (empurrar<br />
337
o êmbolo) e outra parte para aumentar a energia interna,<br />
provocando uma ∆U. Vamos supor que dos 100 J de<br />
calor recebidos pelo gás, ele gastou 30 J para realizar<br />
trabalho. O que sobrou, 70 J, serviu para aumentar a sua<br />
energia interna.<br />
Isoterma<br />
Como 70 = 100 – 30 , temos:<br />
∆U = Q – W<br />
Quanto mais elevada for a temperatura mais afastada<br />
dos eixos estará a isoterma.<br />
Assim:<br />
∆U = Q – W , daí<br />
Q = W + ∆U<br />
A Primeira Lei da Termodinâmica é uma<br />
reafirmação do princípio de conservação da energia e<br />
pode ser assim resumida:<br />
A ENERGIA DO UNIVERSO É CONSTANTE.<br />
Não esqueça:<br />
Esta lei inclui o calor como uma forma de energia!<br />
5.2 – ISOVOLUMÉTRICA<br />
Como não há variação do volume ( ∆V = 0) , o trabalho é<br />
nulo ( W = 0).<br />
Pela 1a lei:<br />
∆U = Q – W<br />
∆U = Q<br />
Nesta transformação, todo o calor recebido é<br />
armazenado no sistema e utilizado para aumentar a<br />
energia interna.<br />
5 – TRANSFORMAÇÕES GASOSAS<br />
5.1 – ISOTÉRMICA<br />
Como nesta transformação a temperatura não<br />
varia, a variação da energia interna do gás é nula (∆U =<br />
0).<br />
Pela 1a lei:<br />
∆U = Q – W<br />
Q = W<br />
Numa transformação isotérmica, o calor trocado<br />
pelo gás com o exterior é todo utilizado para a realização<br />
de trabalho.<br />
5.3 – ADIABÁTICA<br />
Um gás sofre uma transformação adiabática<br />
quando não troca calor com o meio exterior<br />
(Q = 0).<br />
Pela 1a lei:<br />
∆U = Q – W<br />
∆U = – W<br />
338
Esta transformação pode ser expansão ou compressão.<br />
Expansão Adiabática:<br />
∆V > 0, W > 0, ∆U < 0, a temperatura diminui<br />
Compressão Adiabática:<br />
∆V < 0, W < 0, ∆U> 0, a temperatura aumenta<br />
No ciclo há uma equivalência entre o calor total trocado<br />
Q e o trabalho total realizado W.<br />
Se o ciclo é no sentido horário há conversão de<br />
calor em trabalho, W > 0.<br />
Se o ciclo for percorrido no sentido anti horário há<br />
conversão de trabalho em calor, W < 0.<br />
1<br />
W > 0 W < 0<br />
5.4 – CÍCLICA<br />
Esta transformação é um ciclo, onde o gás após<br />
sucessivas transformações volta a ter a mesma pressão, o<br />
mesmo volume e a mesma temperatura que possuía<br />
inicialmente. Em um ciclo o estado final é igual ao<br />
estado inicial, não havendo variação da energia interna<br />
(∆U = 0).<br />
Pela 1a lei:<br />
∆U = Q – W<br />
Q = W<br />
2<br />
T 1<br />
T 2<br />
FISICA CURIOSA<br />
Quando você utiliza uma bomba para encher o<br />
pneu de uma bicicleta, verifica que o pito da<br />
bomba esquenta!!!<br />
Isto ocorreu porque houve uma compressão (o<br />
gás foi comprimido para dentro da bola) rápida<br />
(adiabática). Com isto a temperatura aumenta.<br />
Quando você utiliza um spray no cabelo ou<br />
desodorante percebe que o jato do produto<br />
saia frio. O fenômeno se deve ao fato de que<br />
houve uma expansão (o produto sai do<br />
recipiente) rápida. Com isto a temperatura do<br />
sistema diminui.<br />
sentido horário<br />
6 – A FISICA E AS MÁQUINAS<br />
sentido anti-horário<br />
A máquina de vapor de Savery, em 1702, foi<br />
uma das primeiras máquinas térmicas construídas e tinha<br />
mesma potência de um cavalo. As rodas d’água e os<br />
moinhos eram utilizados para moer grãos e obter farinhas<br />
e tinham potências bem maiores que a dos animais, mas<br />
ainda menores que a da máquina de Watt, de 1778, que é<br />
uma máquina a vapor. Os carros modernos, com motores<br />
à combustão interna, têm potências que vão de 50 a 500<br />
cavalos. Esse é um fator decisivo no valor do carro;<br />
assim, os carros populares apresentam menores<br />
potências, e os carros mais potentes são mais caros.<br />
FISICA CURIOSA<br />
James Watt inventou o cavalo-vapor (CV), uma<br />
unidade de potência, para fazer propaganda de<br />
suas máquinas a vapor. Watt sabia que a<br />
principal aplicação de suas máquinas estava<br />
nas minas de extração de carvão, cujos<br />
proprietários em geral usavam cavalos para<br />
mover as bombas que mantinham as minas<br />
secas. A maneira mais fácil de promover as<br />
máquinas era mostrar aos engenheiros das<br />
minas quantos cavalos uma máquina era capaz<br />
de substituir. Atualmente ainda utiliza-se a<br />
unidade CV para identificar a potência de<br />
motores.<br />
339
PARA VOCÊ REFLETIR<br />
1) Como seriam as indústrias com o trabalho animal?<br />
As máquinas a vapor mais modernas utilizadas<br />
em navios ou as utilizadas em indústrias apresentam uma<br />
potência equivalente a cerca de 7.500 cavalos, chegando<br />
a 11.000 cavalos. Qual seria o tamanho de uma máquina<br />
que utilizasse o trabalho animal com potência<br />
equivalente a uma dessas máquinas a vapor?<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
Se a indústria utilizasse um círculo mínimo com<br />
100 cavalos comprimento, e um círculo máximo com<br />
450 cavalos, totalizaria cerca de 10.000 cavalos. Para<br />
colocar 100 cavalos enfileirados, o menor círculo terá 30<br />
metros de raio e o maior terá aproximadamente 75<br />
metros; assim, todos os cavalos estarão enfileirados em<br />
círculos concêntricos. A menor área para essa formação é<br />
de Pix80 2 , ou seja, 20.000 m 2 . É uma área equivalente a<br />
um sítio, só para a movimentação dos animais. Pense na<br />
comida e no excremento de todos esses animais juntos, e<br />
ainda na dificuldade de se trocar um cavalo que ficou<br />
cansado ou adoeceu. Pense agora numa usina nuclear<br />
com potência de um milhão e meio de cavalos.<br />
Com a evolução tecnológica trazida pela<br />
condução da energia elétrica, passamos a transmitir o<br />
trabalho e a energia gerados num lugar para serem<br />
utilizados numa região distante. Passamos a construir<br />
usinas com grandes potências e redes de distribuição de<br />
energia que alimentam várias regiões de um país,<br />
distribuindo a potência gerada.<br />
Hoje, temos capacidade de realizar muito mais<br />
trabalho com as máquinas térmicas. Com os motores à<br />
explosão, locomotivas, caminhões e navios conseguem<br />
transportar muitas toneladas de um lugar para outro.<br />
Essas máquinas nos permitem ainda alcançar sonhos que<br />
o trabalho animal jamais nos possibilitaria, como a<br />
conquista do espaço. Conseguimos fazer algo que<br />
nenhum outro animal na Terra consegue, que é escapar<br />
da ação da gravidade terrestre e sair do nosso planeta. As<br />
mesmas máquinas, no entanto, também são utilizadas<br />
para desmatar, criando desertos; gerando desemprego e<br />
muita poluição atmosférica;<br />
sendo empregadas para fins bélicos;<br />
modificando equilíbrios naturais que existem há séculos.<br />
Enfim, novas soluções... novos problemas!<br />
7 – COMO TRANSFORMAR CALOR EM<br />
TRABALHO<br />
O motor de combustão interna, também<br />
chamado de motor à explosão, é muito conhecido em<br />
nossa sociedade. Os carros, motos, trens, navios, aviões<br />
utilizam motores à explosão, que podem empregar<br />
combustíveis como o diesel, a gasolina, o querosene e o<br />
álcool, entre outros. Esses motores à combustão interna<br />
apresentam uma câmera de combustão, onde ocorre a<br />
explosão de uma mistura de ar com combustível<br />
vaporizado, transformando energia química em energia<br />
térmica.<br />
A explosão empurra um pistão móvel, que faz<br />
girar uma “manivela”, que por sua vez faz girar um eixo,<br />
e assim transforma a energia térmica em trabalho<br />
mecânico. O processo se repete, com a expulsão dos<br />
gases queimados e admissão de ar e combustível seguida<br />
de sua compressão, para que ocorra uma nova explosão.<br />
Dessa forma, a energia térmica produzida na explosão da<br />
mistura gasosa é transformada em movimento, num<br />
motor à explosão. Veja abaixo o esquema de um motor à<br />
explosão<br />
1º<br />
tempo<br />
2º tempo<br />
3º<br />
tempo<br />
4º<br />
tempo<br />
340
.As usinas termelétricas convencionais podem utilizar<br />
motores à explosão, como os que acabamos de ver, ou<br />
então turbinas a vapor. Já as termonucleares só podem<br />
ser construídas com turbinas a vapor. Nessas turbinas, a<br />
queima do combustível ocorre numa caldeira,<br />
transformando a energia química dos combustíveis<br />
fósseis ou a energia nuclear em energia térmica. O<br />
aquecimento da caldeira é utilizado para transformar um<br />
líquido, geralmente água, em vapor de alta pressão,<br />
transformando energia térmica em energia cinética. Esse<br />
vapor é direcionado para girar uma turbina, que move o<br />
eixo de gerador, transformando energia cinética em<br />
energia elétrica. Em seguida, o vapor é recapturado e<br />
resfriado até voltar ao estado líquido, sendo enviado de<br />
volta à caldeira por uma bomba d’água.<br />
Como a queima do combustível se dá na caldeira e não<br />
ocorre o contato entre o combustível e o líquido ou o<br />
vapor, esse motor é conhecido como motor de combustão<br />
externa. Nas usinas termonucleares essa característica é<br />
fundamental para não ocorrer a contaminação de todo o<br />
equipamento com material radioativo. Por esse motivo,<br />
só na caldeira o combustível radioativo está presente.<br />
primeiras máquinas térmicas o objetivo era equiparar o<br />
trabalho da máquina e o trabalho animal. Assim a<br />
unidade de potência Cavalo Vapor surgiu para se<br />
comparar a potência dos animais com a potência das<br />
máquinas a vapor, unificando-as sob um conceito geral,<br />
de potência. As máquinas atualmente tomaram o lugar da<br />
mão de obra humana em boa parte do mundo produtivo.<br />
Há máquinas para pintar carros, para soldar, para cortar,<br />
para montar, e até para tarefas administrativas, que não<br />
são mecânicas. Os computadores fazem trabalhos que as<br />
pessoas faziam há algum tempo, no controle de estoques,<br />
na contabilidade das empresas, no gerenciamento e<br />
seleção de informações das empresas. Eles só não tomam<br />
as decisões, por enquanto...<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (ENEM) A fonte de energia representada na figura,<br />
considerada uma das mais limpas e sustentáveis do<br />
mundo, é extraída do calor gerado<br />
Há muitas coisas em comum entre o trabalho animal ou<br />
do nosso corpo e o trabalho das máquinas. Por exemplo,<br />
as máquinas, para funcionar, precisam da energia da<br />
queima do combustível ou da energia elétrica, enquanto<br />
nós precisamos da energia retirada do processamento do<br />
alimento. Elas funcionam repetindo alguns ciclos, e nós<br />
também. As máquinas térmicas precisam ser refrigeradas<br />
e os motores dos automóveis atualmente têm refrigeração<br />
à água ou com fluidos refrigerantes especiais. Os carros<br />
mais antigos, por sua vez, têm refrigeração a ar. Nós<br />
suamos para refrigerar nosso corpo, pois somos também<br />
um tipo de máquina térmica biológica. Desde as<br />
a) pela circulação do magma no subsolo.<br />
b) pelas erupções constantes dos vulcões.<br />
c) pelo sol que aquece as águas com radiação<br />
ultravioleta.<br />
d) pela queima do carvão e combustíveis fósseis.<br />
e) pelos detritos e cinzas vulcânicas.<br />
341
2) (ENEM) O quadro a seguir apresenta alguns exemplos<br />
de processos, fenômenos ou objetos em que ocorrem<br />
transformações de energia. Neste quadro, aparecem as<br />
direções de transformação de energia. Por exemplo, o<br />
termopar é um dispositivo que transforme energia<br />
térmica em energia elétrica.<br />
Em/De Elétrica<br />
Dentre os processos indicados no quadro, ocorre<br />
conservação de energia;<br />
a) em todos os processos.<br />
Química Mecânica Térmica<br />
Elétrica Transformador Termopar<br />
Química<br />
Mecânica Dinamite Pêndulo<br />
Térmica<br />
Reações<br />
endotérmicas<br />
Fusão<br />
b) somente nos processos que envolvem transformações<br />
de energia sem dissipação de calor.<br />
c) somente nos processos que envolvem transformações<br />
de energia mecânica.<br />
d) somente nos processos que não envolvem energia<br />
química.<br />
e) somente nos processos que não envolvem nem energia<br />
química, nem energia térmica.<br />
qual das seguintes ações poderia resultar em alguma<br />
economia de energia, sem afetar a capacidade de geração<br />
da usina?<br />
a) Reduzir a quantidade de combustível fornecido à usina<br />
para ser queimado.<br />
b) Reduzir o volume de água do lago que circula no<br />
condensador de vapor.<br />
c) Reduzir o tamanho da bomba usada para devolver a<br />
água líquida à caldeira.<br />
d) Melhorar a capacidade dos dutos com vapor<br />
conduzirem calor para o ambiente.<br />
e) Usar o calor liberado com os gases pela chaminé para<br />
mover um outro gerador.<br />
4) (ENEM) A invenção da geladeira proporcionou uma<br />
revolução no aproveitamento dos alimentos, ao permitir<br />
que fossem armazenados e transportados por longos<br />
períodos. A figura apresentada ilustra o processo cíclico<br />
de funcionamento e uma geladeira, em que um gás no<br />
interior de uma tubulação é forçado a circular entre o<br />
congelador e a parte externa da geladeira. É por meio dos<br />
processos de compressão, que ocorre na parte externa, e<br />
de expansão, que ocorre na parte interna, que o gás<br />
proporciona a troca de calor entre o interior e o exterior<br />
da geladeira.<br />
3) (ENEM) O esquema mostra um diagrama de bloco de<br />
uma estação geradora de eletricidade abastecida por<br />
combustível fóssil.<br />
342<br />
Se fosse necessário melhorar o rendimento dessa usina,<br />
que forneceria eletricidade para abastecer uma cidade,<br />
Disponível em: http://home.howstuffworks.com.<br />
Acesso em: 19 out. 2008 (adaptado).
Nos processos de transformação de energia envolvidos<br />
no funcionamento da geladeira,<br />
a) a expansão do gás é um processo que cede a energia<br />
necessária ao resfriamento da parte interna da geladeira.<br />
b) o calor flui de forma não-espontânea da parte mais<br />
fria, no interior, para a mais quente, no exterior da<br />
geladeira.<br />
c) a quantidade de calor cedida ao meio externo é igual<br />
ao calor retirado da geladeira.<br />
d) a eficiência é tanto maior quanto menos isolado<br />
termicamente do ambiente externo for o seu<br />
compartimento interno.<br />
e) a energia retirada do interior pode ser devolvida à<br />
geladeira abrindo-se a sua porta, o que reduz seu<br />
consumo de energia.<br />
e) a menor eficiência de P1 deve-se, sobretudo, ao alto<br />
rendimento de sua distribuição.<br />
6) (ENEM) A eficiência do fogão de cozinha pode ser<br />
analisada em relação ao tipo de energia que ele utiliza. O<br />
gráfico abaixo mostra a eficiência de diferentes tipos de<br />
fogão.<br />
5) (ENEM) Na comparação entre diferentes processos de<br />
geração de energia, devem ser considerados aspectos<br />
econômicos, sociais e ambientais. Um fator<br />
economicamente relevante nessa comparação é a<br />
eficiência do processo. Eis um exemplo: a utilização do<br />
gás natural como fonte de aquecimento pode ser feita<br />
pela simples queima num fogão (uso direto), ou pela<br />
produção de eletricidade em uma termoelétrica e uso de<br />
aquecimento elétrico (uso indireto). Os rendimentos<br />
correspondentes a cada etapa de dois desses processos<br />
estão indicados entre parênteses no esquema abaixo:<br />
Pode-se verificar que a eficiência dos fogões aumenta<br />
a) à medida que diminui o custo dos combustíveis.<br />
b) à medida que passam a empregar combustíveis<br />
renováveis.<br />
c) cerca de duas vezes, quando se substitui fogão a lenha<br />
por fogão a gás.<br />
d) cerca de duas vezes, quando se substitui fogão a gás<br />
por fogão elétrico.<br />
e) quando são utilizados combustíveis sólidos.<br />
Na comparação das eficiências, em termos globais, entre<br />
esses dois processos (direto e indireto), verifica-se que<br />
a) a menor eficiência de P2 deve-se, sobretudo, ao baixo<br />
rendimento da termoelétrica.<br />
b) a menor eficiência de P2 deve-se, sobretudo, ao baixo<br />
rendimento na distribuição.<br />
c) a maior eficiência de P2 deve-se ao alto rendimento do<br />
aquecedor elétrico.<br />
d) a menor eficiência de P1 deve-se, sobretudo, ao baixo<br />
rendimento da fornalha.<br />
7) (ENEM) No Brasil, o sistema de transporte depende<br />
do uso de combustíveis fósseis e de biomassa, cuja<br />
energia é convertida em movimento de veículos. Para<br />
esses combustíveis, a transformação de energia química<br />
em energia mecânica acontece<br />
a) na combustão, que gera gases quentes para mover os<br />
pistões no motor.<br />
b) nos eixos, que transferem torque às rodas e<br />
impulsionam o veículo.<br />
c) na ignição, quando a energia elétrica é convertida em<br />
trabalho.<br />
d) na exaustão, quando gases quentes são expelidos para trás.<br />
e) na carburação, com a difusão do combustível no ar.<br />
343
8) (ENEM) Há estudos que apontam razões econômicas<br />
e ambientais para que o gás natural possa vir a tornar-se,<br />
ao longo deste século, a principal fonte de energia em<br />
lugar do petróleo. Justifica-se essa previsão, entre outros<br />
motivos, porque o gás natural<br />
a) além de muito abundante na natureza é um<br />
combustível renovável.<br />
b) tem novas jazidas sendo exploradas e é menos<br />
poluente que o petróleo.<br />
c) vem sendo produzido com sucesso a partir do carvão<br />
mineral.<br />
d) pode ser renovado em escala de tempo muito inferior<br />
à do petróleo.<br />
e) não produz CO2 em sua queima, impedindo o efeito<br />
estufa.<br />
9) (ENEM) A energia geotérmica tem sua origem no<br />
núcleo derretido da Terra, onde as temperaturas atingem<br />
4.000 ºC. Essa energia é primeiramente produzida pela<br />
decomposição de materiais radiativos dentro do planeta.<br />
Em fontes geotérmicas, a água, aprisionada em um<br />
reservatório subterrâneo, é aquecida pelas rochas ao<br />
redor e fica submetida a altas pressões, podendo atingir<br />
temperaturas de até 370 ºC sem entrar em ebulição. Ao<br />
ser liberada na superfície, à pressão ambiente, ela se<br />
vaporiza e se resfria, formando fontes ou gêiseres. O<br />
vapor de poços geotérmicos é separado da água e é<br />
utilizado no funcionamento de turbinas para gerar<br />
eletricidade. A água quente pode ser utilizada para<br />
aquecimento direto ou em usinas de dessalinização.<br />
Roger A. Hinrichs e Merlin Kleinbach. Energia e meio ambiente. Ed. ABDR<br />
(com adaptações).<br />
Depreende-se das informações acima que as usinas<br />
geotérmicas<br />
a) utilizam a mesma fonte primária de energia que as<br />
usinas nucleares, sendo, portanto, semelhantes os riscos<br />
decorrentes de ambas.<br />
b) funcionam com base na conversão de energia<br />
potencial gravitacional em energia térmica.<br />
c) podem aproveitar a energia química transformada em<br />
térmica no processo de dessalinização.<br />
d) assemelham-se às usinas nucleares no que diz respeito<br />
à conversão de energia térmica em cinética e, depois, em<br />
elétrica.<br />
e) transformam inicialmente a energia solar em energia<br />
cinética e, depois, em energia térmica.<br />
COMENTÁRIOS E RESOLUÇÕES<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 3<br />
Habilidade: H23 – Avaliar possibilidades de geração, uso<br />
ou transformação de energia em ambientes específicos,<br />
considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou<br />
econômicas.<br />
Aumentar ou reduzir capacidade de geração seria mais<br />
simples. Mas, economizar energia sem afetar a geração<br />
da usina dá mais trabalho. As opções A (reduzir o<br />
combustível), B (reduzir o volume de água) e C (reduzir<br />
o tamanho da bomba) todas economizam, mas afetam a<br />
geração para menos, por sinal. Em D, deixar o calor<br />
escapar melhor para o ambiente por condução, só piora<br />
tudo! Um mínimo que o aluno tivesse estudado a respeito<br />
de usinas de geração, já o ajudaria... Novas gerações de<br />
usinas térmicas minimizam as perdas, aproveitando os<br />
gases quentes que saem para gerar ainda mais energia.<br />
Assim, a resposta correta será letra e.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 4<br />
Habilidade: H21 – Utilizar leis físicas e (ou) químicas<br />
para interpretar processos naturais ou tecnológicos<br />
inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do<br />
eletromagnetismo.<br />
A geladeira é uma máquina térmica funcionando<br />
ao contrário: ela gasta energia (elétrica, normalmente)<br />
para retirar calor de um ambiente já frio e entregá-lo a<br />
outro ambiente mais quente. Observe que o calor<br />
normalmente flui ao contrário: do mais quente para o<br />
mais frio. Daí a necessidade de se gastar energia para<br />
fazê-la funcionar!<br />
Creio que a resposta não dependeria de<br />
discussões teóricas profundas, mas, aproveitando a<br />
oportunidade de aprendermos um pouquinho mais,<br />
vejamos cada opção.<br />
A) Quem cede energia a uma geladeira residencial<br />
comum para resfriar seu interior é a COELBA, não o<br />
gás! Expansões gastam energia interna do gás e tendem a<br />
abaixar sua temperaturaB) Realmente, desligue a<br />
geladeira e veja se ela resfria! Não é espontâneo, é à base<br />
de gasto de energia! Esta é a resposta!<br />
344
C) Não! Parte do calor que a geladeira cede ao ambiente<br />
em sua parte traseira, aquela mesma em que tanta gente<br />
põe de tudo para secar, não vem dos alimentos em seu<br />
interior. Mas,sim, também do Trabalho realizado sobre o<br />
gás (da energia elétrica<br />
fornecida a ela).<br />
Esquema tradicional:<br />
Note que o calor jogado<br />
fora é a soma do que<br />
vem da geladeira mais<br />
Trabalho (energia<br />
elétrica): Q2 = W + Q 1.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 6<br />
Uma boa interpretação do gráfico leva à<br />
resposta: a eficiência para lenha é cerca de 28 % e para<br />
gás, cerca de 57 %, no “olhômetro”! Logo, de um para<br />
outro aumenta cerca de duas vezes! Um comentário:<br />
quanta eletricidade equivale a 1ton de lenha? E quantos<br />
bujões de gás? Quanto custa 1ton de lenha? Se você não<br />
sabe, não chuta a letra A à toa, não!<br />
Outro comentário: a eletricidade pode ou não vir de<br />
fontes renováveis... Supondo uma casa cujas luzes vêm<br />
da energia solar, é renovável, mas já uma termelétrica<br />
queimando gás usa fonte não renovável. Letra c.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 7<br />
D) Claro que não! Quanto menos isolada a geladeira for,<br />
mais calor vai entrar nela do lado de fora, fazendo-a<br />
gastar ainda mais energia elétrica para retirá-lo!<br />
Justamente por isto a vedação das borrachas deve ser<br />
sempre verificada! O manual, que quase ninguém lê,<br />
explica isto!<br />
E) Evidentemente não... Abrindo a porta, o calor que saiu<br />
dela entra, e é necessário gastar mais energia para<br />
resfriar tudo outra vez... Aliás, o bom senso diz que uma<br />
geladeira não funciona bem com a porta aberta, né!<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 5<br />
Questão interessante, sobre ENERGIA, tema recorrente<br />
no ENEM. Particularmente, sobre o conceito de<br />
Rendimento. Sempre que se converte uma forma de<br />
energia em outra, uma parte da energia inicial é perdida.<br />
O rendimento mostra a proporção da energia que foi<br />
realmente aproveitada. Como houveram transformações<br />
em sequencia, podemos calcular o rendimento total em<br />
cada um dos dois processos. Vejamos:<br />
r1 = 0,95 x 0,7 = 0,665 .<br />
r2 = 0,4 x 0,9 x 0,95 = 0,342 .<br />
Vemos que no segundo processo, o rendimento é menor!<br />
Observando a razão, basicamente o rendimento no<br />
processo 2 é menor porque o rendimento na geração<br />
termelétrica (0,4 = 40%) é muito baixo em comparação<br />
com todos os outros! Letra a.<br />
Quando a energia armazenada na gasolina, por<br />
exemplo, é liberada: diria que, até por conhecimento<br />
comum, na queima ou combustão! A mistura ar +<br />
combustível entra no cilindro, a vela “acende”, há uma<br />
explosão, que dá nome ao tipo de motor, e os gases<br />
movem os pistões. Letra a.<br />
8 – 2ª LEI DA TERMODINÂMICA – A MÁQUINA<br />
A VAPOR<br />
A primeira máquina a vapor, a baixa pressão,<br />
utilizada para elevar água, é criada pelo ferreiro inglês<br />
Thomas Newcomen. Em 1764, o mecânico e inventor<br />
escocês James Watt sana os defeitos da máquina de<br />
Newcomen, além de fazer várias modificações para<br />
torná-la mais econômica e com maior rendimento, ou<br />
seja, capaz de produzir mais trabalho a partir do menor<br />
fornecimento de calor. Obviamente, o agente da máquina<br />
a vapor é a água, que é submetida a um processo cíclico,<br />
operando entre uma fonte quente (caldeira) que cede<br />
calor e uma fonte fria que recebe calor.<br />
O rendimento (R) de uma máquina térmica pode ser<br />
expresso por:<br />
R = W / Q1<br />
NO CONTEXTO DA FÍSICA<br />
, como W = Q1 – Q2<br />
345
Onde,<br />
W é o trabalho útil obtido<br />
Q1 é o calor retirado da fonte quente<br />
Q2 é o calor rejeitado à fonte fria<br />
8.1 – ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO<br />
Numa caldeira, a água é transformada em vapor<br />
por causa da absorção da quantidade de calor Q1 do<br />
reservatório quente (fornalha); este vapor aquecido passa<br />
pelo cilindro onde se expande, deslocando assim o<br />
pistão. Por causa da realização de trabalho, o vapor<br />
resfria, liqüefazendo-se no condensador ao ceder uma<br />
quantidade de calor Q2 ao reservatório frio. Por fim a<br />
água, que resulta do processo de condensação, é aspirada<br />
por uma bomba que a leva de volta à caldeira,<br />
recomeçando o ciclo.<br />
8.2 – CICLO DE CARNOT<br />
Na busca de uma máquina térmica de maior<br />
rendimento, o engenheiro militar francês Sadi Carnot<br />
propõe que o ciclo deva ser idealmente reversível,<br />
formado por duas etapas isotérmicas (expansão e<br />
compressão do fluido a temperatura constante),<br />
intercaladas com duas adiabáticas (expansão e<br />
compressão do fluido sem troca de calor). Estas idéias só<br />
foram publicadas em 1878, após a morte de Carnot, em<br />
1832.<br />
Para Carnot, o máximo rendimento de uma<br />
máquina térmica pode ser dado pela expressão:<br />
Onde<br />
T2 é a temperatura da fonte fria<br />
T1 é a temperatura da fonte quente<br />
8.3 – CONCEITO DE ENTROPIA<br />
Em 1851, o Lorde Kelvin (o mesmo da escala<br />
Kelvin) postula que não existe nenhuma máquina térmica<br />
cujo rendimento seja de 100 % (motor miraculoso), ou<br />
seja, não é possível realizar um processo cíclico no qual<br />
todo o calor seja transformado em trabalho.<br />
Para se ter rendimento de 100 % na expressão<br />
citada de Carnot, a temperatura fria T2 teria que ser o<br />
zero absoluto (0 K), que na prática não existe! A energia<br />
não utilizada para realizar trabalho se degrada em razão<br />
da irreversibilidade dos processos naturais. As<br />
transformações naturais ocorrem preferencialmente num<br />
sentido. Coloquemos, numa caixa, 20 pedras vermelhas<br />
embaixo e 20 pedras pretas em cima. Ao fechar a caixa e<br />
agitá-la, as pedras irão se misturar completamente. Seria<br />
possível voltarmos à situação original? Isto é, agitar a<br />
caixa e conseguir separar as pedrinhas?<br />
Provavelmente impossível!<br />
Os fenômenos naturais funcionam mais ou<br />
menos assim. Eles se realizam sempre no sentido dos<br />
estados mais prováveis, passando de um estado ordenado<br />
para um estado desordenado. À medida que os<br />
fenômenos ocorrem e o tempo passa, o Universo evolui e<br />
consequentemente a desordem aumenta. Dessa forma, à<br />
medida que aumenta a desordem dos processos naturais e<br />
ocorrem cada vez mais processos irreversíveis uma<br />
grandeza no Universo tende a aumentar. Esta grandeza é<br />
chamada de Entropia.<br />
A 2a lei da Termodinâmica pode então ser assim<br />
resumida:<br />
A ENTROPIA DO UNIVERSO TENDE A UM<br />
MÁXIMO<br />
Não esqueça:<br />
Esta lei traduz o caráter irreversível dos processos<br />
naturais!<br />
8.4 – ENTROPIA X VIDA<br />
Nos processos onde não ocorrem dissipações de<br />
energia a entropia não se altera, enquanto que nos<br />
processos onde ocorrem trocas de calor com o meio<br />
ambiente, a Entropia aumenta, pois aumenta a energia<br />
desordenada. Podemos afirmar que no Universo a maior<br />
parte dos processos térmicos liberam calor para o meio<br />
ambiente, o que significa que o Universo se desenvolve<br />
espontaneamente de estados de menor desordem a<br />
estados de maior desordem, ou seja a Entropia do<br />
Universo aumenta com o passar do tempo.<br />
346
Em contraste, numa região desértica, onde quase<br />
não existe vida, prevalece a energia desorganizada. Nela<br />
a entropia é bastante elevada.<br />
A circulação e transformação de energia solar pelas<br />
plantas, através da fotossíntese e consequentemente pelos<br />
animais que se alimentam das plantas, mantêm a vida na<br />
Terra.<br />
Em seu livro Caos, James Cleick afirma que:<br />
"A segunda Lei é uma espécie de má notícia técnica dada<br />
pela ciência, e que se firmou muito bem na cultura nãocientífica.<br />
Tudo tende para a desordem. Qualquer<br />
processo que converte energia de uma forma para outra<br />
tem de perder um pouco dessa energia como calor. A<br />
eficiência perfeita é impossível. O universo é uma rua de<br />
mão única. A entropia tem de aumentar sempre no<br />
universo e em qualquer sistema hipotético isolado dentro<br />
dele.Como quer se expresse, a Segunda Lei é uma regra<br />
que parece não ter exceção."<br />
Esse crescimento da entropia, entretanto, pode ocorrer<br />
com maior ou menor intensidade. Numa floresta, por<br />
exemplo, a presença de energia organizada é muito<br />
grande, pois nela existem milhões de seres vivos,<br />
vegetais e animais. Nela a vida é abundante e a entropia<br />
muito pequena.<br />
e) utilização de energia potencial do combustível ser<br />
incontrolável.<br />
2) (Tipo Enem)Alan Lightman, físico do MIT e poeta,<br />
em seu livro de realismo fantástico, Os sonhos de<br />
Einstein, brinca com a implacável tendência do universo<br />
à desordem, tendência essa que permite distinguirmos o<br />
passado do futuro. Para isso, Lightman nos convida a<br />
imaginar um filme de um ovo quebrando sendo passado<br />
de trás para a frente. Uma pessoa desinformada, ao entrar<br />
na sala nesse exato momento e ver pedaços de casca e<br />
gema se juntando para formar um ovo, vai entender na<br />
hora que a fita está sendo passada de trás para a frente.<br />
Isso ocorre porque, quando o filme é apresentado do<br />
futuro para o passado, a ordem do “sistema ovo” é:<br />
a) maior que no início e, portanto, durante a<br />
reconstituição do ovo, a entropia do sistema diminui.<br />
b) maior que no início e, portanto, durante a<br />
reconstituição do ovo, a entropia do sistema aumenta.<br />
c) menor que no início e, portanto, a reconstituição do<br />
ovo é reversível.<br />
d) menor que no início e, portanto, a reconstituição do<br />
ovo é irreversível.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (ENEM) Um motor só poderá realizar trabalho se<br />
receber uma quantidade de energia de outro sistema. No<br />
caso, a energia armazenada no combustível é, em parte,<br />
liberada durante a combustão para que o aparelho possa<br />
funcionar. Quando o motor funciona, parte da energia<br />
convertida ou transformada na combustão não pode dizer<br />
que há vazamento da energia em outra forma.<br />
CARVALHO, A. X. Z. <strong>Física</strong> Térmica. Belo Horizonte: Pax, 2009 (adaptado).<br />
De acordo com o texto, as transformações de energia que<br />
ocorrem durante o funcionamento do motor são<br />
decorrentes de a<br />
a) liberação de calor dentro do motor ser imposível.<br />
b) realização de trabalho pelo motor ser incontrolável.<br />
c) conversão integral de calor em trabalho ser<br />
impossível.<br />
d) transformação de energia térmica em cinética ser<br />
impossível.<br />
3) (Tipo Enem) Suponha que um inventor lhe ofereça<br />
uma máquina que extrai 25.10 6 cal de uma fonte à<br />
temperatura de 400 K e rejeita 10.10 6 cal para uma fonte<br />
a 200 K, entregando um trabalho de 63.10 6 J. Com base<br />
nos princípios da termodinâmica, podemos afirmar que:<br />
a) satisfaz à 1a e à 2a leis.<br />
b) não satisfaz à 1a e à 2a leis.<br />
c) satisfaz somente à 1a lei.<br />
d) satisfaz somente à 2a lei.<br />
Considere 1 cal - 4,2 J.<br />
4) (UEPB) Leia o texto a seguir, para responder à<br />
questão.<br />
No século XIX, as máquinas térmicas tornaram-se de<br />
grande importância para o desenvolvimento das<br />
indústrias de mineração da Inglaterra. Outras indústrias<br />
também se beneficiaram da mobilidade da máquina a<br />
vapor, pois podiam se instalar em qualquer lugar, não<br />
dependendo mais da presença de quedas d’água ou<br />
347
ventos para mover seu maquinário. A importância das<br />
máquinas a vapor foi tal que Carnot disse que a<br />
Inglaterra poderia prescindir até de sua esquadra naval,<br />
mas não de suas máquinas a vapor. Esse físico ressaltou<br />
que, apesar de sua grande importância social, econômica<br />
e política, muito pouco se sabia sobre o funcionamento<br />
destas máquinas.<br />
POLAK, Luiza A. C. et al. Vapor e Movimento. Em: <strong>Física</strong> – Ensino Médio.<br />
Curitiba: SEED-PR, 2006. (Adaptado.)<br />
Acerca do assunto tratado no texto, em relação às<br />
máquinas térmicas, analise as proposições abaixo,<br />
escrevendo V ou F conforme sejam verdadeiras ou<br />
falsas, respectivamente:<br />
d) 20<br />
e) 15<br />
6) (PUC-PR) Um gás perfeito se expande, passando do<br />
estado I para o estado II, conforme mostra o diagrama.<br />
Considerar 1 atm = 1.10 5 Pa e 1 cal = 4 J.<br />
( ) Nenhuma máquina térmica, operando em ciclos, pode<br />
retirar calor de uma fonte e transformá-lo integralmente<br />
em trabalho.rmodinâmica<br />
( ) O rendimento de uma máquina térmica, operando<br />
segundo o ciclo de Carnot, pode ser de 100%, isto é,<br />
converte todo o calor recebido em trabalho.<br />
( ) Um refrigerador funciona como uma máquina<br />
térmica, operando em sentido inverso, isto é, retira calor<br />
da fonte fria e, através de trabalho realizado sobre ele,<br />
rejeita para a fonte quente.<br />
Após a análise feita, assinale a alternativa que<br />
corresponde à sequência correta:<br />
a) V F V<br />
b) F V F<br />
Sabe-se que, na transformação, o gás absorveu 2. 10 5 cal<br />
de calor. Pode-se afirmar que, na transformação do<br />
estado I para o estado II:<br />
a) o gás realiza trabalho negativo de 14.10 5 J.<br />
b) o gás sofre uma perda de 12.10 5 J em sua energia<br />
interna.<br />
c) a energia interna do gás sofre um aumento de 22.10 5 J.<br />
d) o gás sofre resfriamento e perde 6.10 5 J de energia<br />
interna.<br />
e) o gás realiza trabalho de 8.10 5 J e não sofre variação<br />
em sua energia interna.<br />
c) V V F<br />
d) F F V<br />
e) F V V<br />
5) (UESC) Um motor de Carnot, cujo reservatório de<br />
baixa temperatura está a 27 °C, tem um rendimento de<br />
20%. Variando-se as temperaturas dos reservatórios, é<br />
possível aumentá-lo para 25%. Sabendo-se que a<br />
temperatura do reservatório de baixa temperatura<br />
permanece invariável, a quantidade de graus que deve ser<br />
aumentada a temperatura do reservatório de alta<br />
temperatura é igual, em graus kelvin, a:<br />
a) 35<br />
b) 30<br />
c) 25<br />
7) Assinale V ou F.<br />
(01) O vácuo existente entre as paredes duplas de vidro<br />
espelhado da garrafa térmica favorece a irradiação do<br />
calor de fora para dentro da garrafa.<br />
(02) A energia radiante que penetra através do vidro de<br />
uma estufa de plantas, absorvida pelo chão pintado de<br />
preto, é reemitida sob a forma de raios infravermelhos.<br />
(03) O aprisionamento de calor associado a certo nível de<br />
efeito estufa vem possibilitando, desde os primórdios da<br />
vida, uma temperatura ambiente compatível com a<br />
dinâmica da biosfera.<br />
(04) O vidro de estufas de plantas é opaco aos raios<br />
ultravioleta provenientes do Sol.<br />
(05) O aumento do nível de dióxido de carbono no ar<br />
atmosférico permite uma maior quantidade de radiação<br />
348
infravermelha refratada da atmosfera terrestre para o<br />
espaço.<br />
(06) O uso indiscriminado de paredes de vidro nos<br />
projetos de construção em países tropicais é inadequado,<br />
porque esse material, além de deixar passar radiação<br />
solar, retém os raios infravermelhos que geram aumento<br />
da temperatura do ambiente.<br />
(07) As fachadas de prédios constituídas de vidro duplo,<br />
mantido a vácuo, reduzem perdas térmicas, mas<br />
permitem a propagação do som.<br />
(08) O efeito estufa que retém, na Terra, parte do calor<br />
que seria dissipado no espaço, constitui, em qualquer<br />
intensidade, um fenômeno que atenta contra a vida nesse<br />
planeta.<br />
(09) As ondas infravermelhas que têm frequências<br />
menores do que as da luz visível são responsáveis pelo<br />
transporte de calor na transmissão por irradiação.<br />
(10) O gás carbônico liberado na atmosfera pelas<br />
queimadas forma um escudo gasoso que promove<br />
difração das radiações infravermelhas.<br />
(11) A fuligem proveniente da queima de carvão,<br />
altamente poluente, realiza movimento ascendente no<br />
interior de uma chaminé, devido às correntes de<br />
convexão térmica.<br />
Falta, portanto testar a produtividade da cana-de-açúcar<br />
em condições reais – em campo. Outros estudos alertam<br />
para a possibilidade de a taxa de fotossíntese cair quando<br />
a temperatura ultrapassar 30 o C.<br />
(12) A cana-de-açúcar mantida em um ambiente a 86 o F<br />
consegue maximizar a potencialização da energia solar<br />
em forma de açúcar.<br />
(13) A temperatura de uma pessoa que, no estado febril,<br />
sente frio é inferior a 310,0K.<br />
Como a luz viaja a 3,0.10 5 km/s, o primeiro desafio dos<br />
pesquisadores era aprisionar o fóton em um recipiente<br />
com dimensões razoáveis. A solução encontrada foi a<br />
utilização de uma espécie de caixa com espelhos de<br />
material supercondutor ultra-reflexivos, de 2,7cm de<br />
largura, resfriada a 0,5 grau do zero absoluto. [...]<br />
(14) A caixa com espelhos ultra-reflexivos utilizada para<br />
aprisionar o fóton foi resfriada a -273°C.<br />
(15) O valor elevado da capacidade térmica dos oceanos<br />
impede que a temperatura das águas superficiais variem<br />
bruscamente do inverno para o verão.<br />
(16) A temperatura do gás que se expande na<br />
descompressão adiabática de um spray de repelente se<br />
mantém constante, porque a quantidade de calor recebido<br />
do meio exterior é igual à variação da energia interna do<br />
sistema mais o trabalho realizado pelo gás.<br />
(17) A expansão do gás proveniente da explosão de<br />
combustível, que realiza trabalho para deslocar os pistões<br />
dos motores dos automóveis, constitui um ciclo que<br />
opera segundo o ciclo de Carnot.<br />
(18) A temperatura de um gás ideal é diretamente<br />
proporcional à energia cinética média das suas<br />
moléculas.<br />
(19) As máquinas térmicas, que tiveram papel destacado<br />
na Primeira Revolução Industrial, no final do século<br />
XVIII, e que resultaram da formulação do Princípio da<br />
Inércia pelo físico Galileu Galilei.<br />
(20) O resfriamento de repelentes embalados para uso<br />
sob a forma de aerossol decorre de uma expansão<br />
adiabática dos gases da mistura.<br />
(21) O rendimento de uma máquina térmica que opera<br />
segundo o ciclo de Carnot –– tendo como fluido operante<br />
o biodiesel obtido a partir do óleo de licuri –– diminui, se<br />
esse biodiesel for substituído por etanol.<br />
(22) A panela de ferro, com calor específico de 0,11<br />
cal/g 0 C, e a de alumínio, cujo calor específico é 0,22<br />
cal/g 0 C, de massas iguais e submetidas a uma mesma<br />
variação de temperatura, absorvem a mesma quantidade<br />
de calor.<br />
(23) Os alimentos cozidos em uma panela de barro se<br />
mantêm aquecidos por mais tempo, porque o barro e as<br />
moléculas de ar contidas nas porosidades do barro<br />
comportam-se como bons isolantes térmicos.<br />
(24) O rendimento de uma máquina térmica que retira<br />
calor de uma fonte quente, a 127 0 C, e que o rejeita para<br />
uma fonte fria, a 27 0 C, é de aproximadamente 30%.<br />
(25) A variação da energia interna, ∆U, da substância<br />
operante de uma máquina térmica, no processo de<br />
expansão do gás, é uma decorrência do calor trocado<br />
com o meio externo e do trabalho realizado pelo gás.<br />
(26) O efeito estufa – fenômeno influenciado pela<br />
concentração de dióxido de carbono na atmosfera – evita<br />
a rápida perda de calor da superfície terrestre, mantendoa<br />
aquecida.<br />
(27) A energia interna U de n moléculas do gás<br />
nitrogênio contidas em um recipiente de volume V é<br />
igual a 2PV/3, sendo P a pressão interna do gás.<br />
349
(28) O cristal semicondutor que constitui o emissor de<br />
um transistor apresenta baixa condutividade.<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) (UFPE) Uma máquina térmica, cuja substância de<br />
trabalho é um gás ideal, opera no ciclo indicado no<br />
diagrama pressão versus volume da figura abaixo. A<br />
transformação de A até B é isotérmica, de B até C é<br />
isobárica e de C até A é isométrica. Sabendo que na<br />
transformação isotérmica a máquina absorve uma<br />
quantidade de calor QAB = 65 kJ, determine o trabalho<br />
realizado pela máquina em um ciclo. Expresse sua<br />
resposta em kJ.<br />
2) (UNIMONTES)Uma máquina térmica obtém trabalho<br />
à custa de um gás realizando ciclos de transformações.<br />
Em cada ciclo, esse gás recebe da fonte quente uma<br />
quantidade de calor Qq = 800 J e envia para a fonte fria a<br />
quantidade Qf = 680 J. Suponha que, em cada ciclo,<br />
ocorra, num intervalo de tempo, ∆t = 0,4 s. A potência<br />
útil da máquina vale, em Watts,<br />
A) 500<br />
B) 300<br />
C) 600<br />
D) 200<br />
3) (UESB)<br />
Sabendo-se que p1 = 400N/m 2 , p2 = 1000N/m 2 e v1 =<br />
2,5m 3 , pode-se afirmar:<br />
01) O volume ocupado pelo gás, no estado b, é de 6m 3 .<br />
02) A temperatura do gás, no estado b, é o dobro daquela<br />
do estado a.<br />
03) O gás perde energia interna ao realizar o processo ac.<br />
04) No processo bc, o meio exterior realizou um trabalho<br />
de 2kJ sobre o gás.<br />
05) O gás realiza um trabalho de 3,75kJ, ao sair do<br />
estado a para o estado b.<br />
4) (UESB) Uma máquina térmica ideal, operando sob o<br />
ciclo de Carnot, converte uma quantidade de energia<br />
igual a 1000J em trabalho útil, por ciclo. A máquina<br />
trabalha com fontes térmicas a 400K e 600K.<br />
Considerando essas informações, assinale com V as<br />
afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.<br />
( ) A quantidade de calor rejeitada à fonte fria é de<br />
2000J.<br />
( ) O rendimento máximo dessa máquina é de 20%.<br />
( ) Foram retirados 2000J de calor da fonte quente.<br />
( ) A razão entre a quantidade de calor rejeitada para a<br />
fonte fria e a quantidade de calor retirada da fonte quente<br />
é de 2∕3.<br />
A seqüência correta, de cima para baixo, é<br />
01) V F F V<br />
02) V F V V<br />
03) V V F V<br />
04) V V F F<br />
05) V V V F<br />
5) Considere um gás ideal sendo submetido a diversos<br />
processos termodinâmicos a partir de um mesmo estado<br />
inicial. Sobre essa situação, é correto afirmar:<br />
(01) Se o processo for isovolumétrico (isocórico), o<br />
trabalho realizado pelo gás será nulo.<br />
(02) Se o processo for uma expansão isotérmica, haverá<br />
uma diminuição da pressão do gás.<br />
A figura mostra a variação de pressão, p, com o volume,<br />
v, para 1mol de um gás ideal em um sistema fechado.<br />
(04) Se o processo for isotérmico, a energia interna do<br />
gás permanecerá constante.<br />
350
(08) A temperatura atingida pelo gás no estado final não<br />
depende do processo escolhido.<br />
(16) Se o processo for adiabático, o gás trocará calor com<br />
o meio externo.<br />
(32) Se o volume for diminuído, num processo isobárico,<br />
haverá aumento da temperatura do gás.<br />
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1- (TIPO ENEM) Um estudante manuseava uma bomba<br />
de encher bola de futebol. Mantendo o<br />
orifício de saída do ar tapado com seu<br />
dedo, ele comprimia rapidamente o<br />
êmbolo e observava que o ar dentro<br />
da bomba era aquecido.<br />
Das afirmativas a seguir, qual você<br />
usaria para explicar o fenômeno<br />
descrito?<br />
a) Quando se comprime um gás, sua temperatura sempre<br />
aumenta.<br />
b) Quando se comprime rapidamente um gás, facilita-se<br />
a troca de calor entre o ar que está dentro da bomba e o<br />
meio externo.<br />
c) Devido à rapidez da compressão, o ar que está dentro<br />
da bomba não troca calor com o meio externo: assim, o<br />
trabalho realizado provoca aumento da energia interna<br />
desse ar.<br />
d) A compressão rápida do ar foi feita isobaricamente,<br />
provocando aumento na velocidade de suas partículas.<br />
e) O fenômeno descrito é impossível de ocorrer, pois,<br />
sendo o corpo da bomba metálico, qualquer energia que<br />
seja fornecida para o ar interno será imediatamente<br />
transferida para o meio externo.<br />
2- (TIPO ENEM) Na tentativa de produzir um "padrão<br />
de vida" cada vez mais voltado para o consumo, a<br />
necessidade de geração de energia cresce a uma taxa<br />
alarmante em nosso cotidiano, sendo dobrada a cada 10<br />
anos. Grande parte dessa energia nos chega na forma<br />
elétrica e as usinas térmicas são responsáveis pela maior<br />
parte da eletricidade gerada no mundo.<br />
Representação esquemática de uma<br />
térmica geradora de eletricidade.<br />
usina<br />
Ainda com relação ao processo de geração<br />
térmica descrito na questão anterior, para os técnicos, o<br />
que interessa é que o rendimento dessas usinas seja o<br />
maior possível. Porém, a maior parte da energia total<br />
recebida na queima do combustível é transferida de volta<br />
para o ambiente numa forma diferente, geralmente<br />
danosa ao ecossistema local. Identifique, nas opções<br />
abaixo, em qual dos processos propostos teremos um<br />
maior índice de poluição ambiental:<br />
a) Na caldeira, com a queima de combustível gerando<br />
um aumento de temperatura nas cidades próximas.<br />
b) Na caldeira, pois a água evaporada pode provocar a<br />
formação de nevoeiros ou aumentar a precipitação<br />
pluviométrica local.<br />
c) Na turbina, com a influência danosa sobre o fluxo<br />
eólico (ventos) na região, produzindo problemas na<br />
agricultura<br />
local.<br />
d) No gerador, com a mudança provocada no campo<br />
elétrico da região, temos um fator comprovadamente<br />
cancerígeno associado a populações que vivem próximas<br />
das linhas de transmissão.<br />
e) No condensador, pois a água de um rio de pequeno<br />
porte pode sofrer aumentos drásticos de temperatura<br />
resultantes do calor desperdiçado, o que influencia o<br />
ecossistema.<br />
3- (TIPO ENEM) Panela de pressão explode e fere uma<br />
dona de casa em BH.<br />
Uma dona de casa de 27 anos ficou ferida, após a<br />
explosão de uma panela de pressão, no bairro Taquaril,<br />
na região leste de Belo horizonte, em Minas Gerais.<br />
Segundo informou o Corpo de Bombeiros, que realizou o<br />
atendimento, a mulher estava cozinhando a almoço no<br />
momento do desastre. Ela foi levada para o Hospital João<br />
XXIII, com queimaduras de segundo grau no tórax e no<br />
abdômen.<br />
As transformações termodinâmicas sofridas pelo vapor<br />
d’água, enquanto a panela estava sobre o fogo e durante<br />
a explosão, são melhor representadas por uma<br />
transformação<br />
a) adiabática, seguida de uma expansão sem troca de<br />
calor.<br />
b) isocórica, seguida de uma expansão isotérmica.<br />
c) isobárica, seguida de uma expansão adiabática.<br />
351
d) isovolumétrica, seguida de uma expansão rápida de<br />
volume.<br />
e) isotérmica, seguida de uma expansão sem variação de<br />
energia interna.<br />
4- (TIPO ENEM) Uma amostra de gás, com<br />
comportamento praticamente ideal, foi resfriada, e a<br />
pressão se manteve constante. Observou-se, também<br />
durante o resfriamento, uma diminuição do voluma da<br />
amostra. O diagrama que representa a transformação<br />
gasosa mencionada no texto anterior é:<br />
a) d)<br />
b) e)<br />
Porque herdei o fervor do sangue latino, Em presença de<br />
ti, imortal amada, Cedo parte de vida que em mim arde.<br />
Buscando em nossos corpos equilíbrio<br />
Sou a voz da esperança e vou dizendo<br />
Que o amor é a energia em movimento.<br />
Antônio Rodrigues.<br />
Nessa poesia, o amor é comparado ao conceito físico de<br />
a) equilíbrio térmico<br />
b) temperatura<br />
c) calor<br />
d) energia interna<br />
e) trabalho<br />
6- (TIPO ENEM) As figuras a lado representam dois<br />
sistemas, ao nível do mar, que podem ser utilizadas para<br />
cozinhar alimentos. Sabe-se que, para acelerar o<br />
cozimento, é necessária uma maior temperatura do<br />
líquido dentro do recipiente.<br />
Assim, com o objetivo de cozinhar rapidamente certa<br />
massa de batatas, o mais recomendado é utilizar<br />
352<br />
c)<br />
5- (TIPO ENEM)<br />
Amor: energia em movimento<br />
Vinha lá a professora... Oh de Ciências!<br />
Com <strong>Física</strong> instruir-nos outra vez,<br />
Esperando que ao menos aprendêssemos<br />
O elementar – seria a paciência?<br />
Curioso é que, em uma dessas aulas, De Calorimetria,<br />
não duvides!<br />
Depois de muito tempo, eu pude enfim<br />
Expressar o meu jeito de te amar:<br />
a) o sistema 1, pois, no<br />
recipiente aberto, a ebulição<br />
da água ocorre em um tempo<br />
menor, o que facilita o<br />
cozimento das batatas.<br />
b) o sistema 2, uma vez que,<br />
no recipiente fechado, a<br />
ebulição da água ocorre me<br />
temperatura maio que 100 o C,<br />
o que facilita o cozimento das<br />
batatas.<br />
c) os sistemas 1 ou 2, pois a<br />
temperatura de ebulição de um líquido independe da<br />
pressão exercida sobre sua superfície.<br />
d) os sistemas 1 ou 2, pois, em ambos recipientes, a<br />
temperatura será de 100 o C, temperatura de ebulição da<br />
água.<br />
e) os sistemas 1 ou 2, pois, em ambos recipientes, a<br />
temperatura de ebulição e o cozimento das batatas<br />
dependem da energia fornecida aos sistemas.<br />
7- (UFBA) Uma certa quantidade de gás ideal realiza o<br />
ciclo ABCDA, representado na figura abaixo.
Nessas condições, pode-se concluir:<br />
(01) No percurso AB, o trabalho realizado pelo gás é<br />
igual a 4 x 10 2 J.<br />
(02) No percurso BC, o trabalho realizado é nulo.<br />
(04) No percurso CD, ocorre aumento da energia<br />
interna.<br />
(08) Ao completar cada ciclo, há conversão de calor em<br />
trabalho.<br />
10- (UFPE) A figura abaixo ilustra o diagrama P x V de<br />
um gás ideal em uma Transformação cíclica. Qual a<br />
quantidade de calor, em joules, absorvida pelo gás<br />
durante o ciclo?<br />
(16) Utilizando-se esse ciclo em uma máquina, de modo<br />
que o gás realize quatro ciclos por segundo, a potência<br />
dessa máquina será igual a 8 x 10 2 W.<br />
8- (UFPE) Um gás ideal realiza o processo ABC<br />
indicado no diagrama PV, abaixo. Na transformação<br />
isotérmica BC, onde a temperatura permanece constante,<br />
o gás Absorve 1,4 x 10 5 J de calor. Qual o trabalho total<br />
realizado pelo gás, em Joules, durante a transformação<br />
ABC, em 10 5 ?<br />
a) 1,6<br />
b) 2,4<br />
c) 3,8<br />
d) 4,2<br />
e) 5,0<br />
9- (UFPE) Numa transformação termodinâmica uma<br />
certa quantidade de gás ideal se contrai de um volume<br />
inicial V I=10 m 3 até um volume final V F=4,0 m 3 , de<br />
acordo com o diagrama abaixo. Sabe-se que nesta<br />
transformação o gás perdeu uma quantidade de calor Q=<br />
1,0 x 10 5 cal. Determine a variação de sua energia<br />
interna, em unidades de 10 4 J.<br />
11- (UFPB) Um motor de combustão interna, em cada<br />
ciclo de operação, absorve 80 kcal de calor da fonte<br />
quente e rejeita 60 kcal de calor para a fonte fria. O<br />
rendimento desta máquina é:<br />
a) 80%<br />
b) 60%<br />
c) 45%<br />
d) 25%<br />
e) 20%<br />
12- (UFPE)O diagrama P – V abaixo representa o ciclo<br />
de uma máquina térmica, cujo rendimento é de 60 %<br />
Determine a quantidade de calor que ela absorve da fonte<br />
quente, em unidades de 10 4 J.<br />
13- (UFPE) Um mol de um gás ideal passa por<br />
transformações termodinâmicas indo do estado A para o<br />
estado B e, em seguida, o gás é levado ao estado C,<br />
353
354<br />
pertencente à mesma isoterma de A. Calcule a variação<br />
da energia interna do gás, em joules, ocorrida quando o<br />
gás passa pela transformação completa ABC.<br />
14- (UFSCAR) Mantendo uma estreita abertura em sua<br />
boca, assopre com vigor sua mão agora! Viu? Você<br />
produziu uma transformação adiabática! Nela, o ar<br />
que você expeliu sofreu uma violenta expansão, durante<br />
a qual.<br />
a) o trabalho realizado correspondeu à diminuição da<br />
energia interna desse ar, por não ocorrer troca de calor<br />
com o meio externo.<br />
b) o trabalho realizado correspondeu ao aumento da<br />
energia interna desse ar, por não ocorrer troca de calor<br />
com o meio externo.<br />
c) o trabalho realizado correspondeu ao aumento da<br />
quantidade de calor trocado por esse ar com o meio, por<br />
não ocorrer variação da sua energia interna.<br />
d) não houve realização de trabalho, uma vez que o<br />
ar não absorveu calor do meio e não sofreu variação<br />
de energia interna.<br />
e) não houve realização de trabalho, uma vez que o<br />
ar não cedeu calor para o meio e não sofreu<br />
variação de energia interna.<br />
15- (UEL) Uma das grandes contribuições para a<br />
ciência do século XIX foi a Introdução, por Sadi<br />
Carnot, em 1824, de uma lei para o rendimento das<br />
máquinas térmicas, que veio a se transformar na lei<br />
que conhecemos hoje como Segunda Lei da<br />
Termodinâmica. Na sua versão original, a afirmação de<br />
Carnot era: todas as máquinas térmicas reversíveis<br />
ideais, operando entre duas temperaturas, uma maior e<br />
outra menor, têm a mesma eficiência, e nenhuma<br />
máquina operando entre essas temperaturas pode ter<br />
eficiência maior do que uma máquina térmica<br />
reversível ideal. Com base no texto e nos<br />
conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar:<br />
a) A afirmação, como formulada originalmente, vale<br />
somente para máquinas a vapor, que eram as únicas que<br />
existiam na época de Carnot.<br />
b) A afirmação de Carnot introduziu a idéia de Ciclo de<br />
Carnot, que é o ciclo em que operam, ainda hoje, nossas<br />
máquinas térmicas.<br />
c) A afirmação de Carnot sobre máquinas térmicas<br />
pode ser encarada como uma outra maneira de dizer<br />
que há limites para a possibilidade de aprimoramento<br />
técnico, sendo impossível obter uma máquina com<br />
rendimento maior do que a de uma máquina térmica<br />
ideal.<br />
d) A afirmação de Carnot introduziu a idéia de Ciclo de<br />
Carnot, que veio a ser o ciclo em que operam, ainda<br />
hoje, nossos motores elétricos.<br />
e) Carnot viveu em uma época em que o progresso<br />
técnico era muito lento, e sua afirmação é hoje<br />
desprovida de sentido, pois o progresso técnico é<br />
ilimitado.<br />
16- (UESC)Considere dois balões de vidro de mesma<br />
capacidade, contendo gases ideais A e B. Sabendo-se que<br />
a quantidade de moléculas do gás A é igual a 1,0mol e a<br />
de B, 2,0mols, a massa de cada molécula do gás A é<br />
igual a 4 vezes a massa de cada molécula do gás B, e que<br />
os gases estão á mesma temperatura, marque com V as<br />
proposições verdadeiras e com F, as falsas.<br />
( )A energia cinética média das moléculas A e B são<br />
iguais.<br />
( )A pressão do gás B é igual ao dobro da pressão do<br />
gás A.<br />
( )As velocidades médias das moléculas dos gases A e<br />
B são iguais.<br />
( )A energia interna do gás A é igual ao dobro da<br />
energia interna de B.<br />
A)VFVF<br />
B)FFVV<br />
C)FVFV<br />
D)VVFF<br />
E)FVVF
17- (UESB)<br />
O gráfico representa a expansão de um gás perfeito à<br />
temperatura constante. Com base nessas informações, é<br />
correto afirmar:<br />
01) A área representada no gráfico corresponde ao<br />
trabalho realizado pelo gás sobre o agente externo, ao se<br />
expandir.<br />
02) O sistema recebe calor, e a energia interna diminui.<br />
03) A temperatura diminui quando o volume aumenta.<br />
04) O processo representado é adiabático.<br />
05) A curva do gráfico é uma isocórica.<br />
18- (UESB) Certa máquina térmica ideal funciona<br />
realizando o ciclo de Carnot. Em cada ciclo, o trabalho<br />
útil fornecido pela máquina é de 800,0J. Sabendo-se que<br />
as temperaturas das fontes térmicas são 127 o C e 227 o C,<br />
então a quantidade de calor rejeitada para a fonte fria é,<br />
em kJ, de<br />
01) 6,3<br />
02) 5,6<br />
03) 4,1<br />
04) 3,2<br />
05)2,8<br />
355
GABARITO:<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />
C E D C C B 21 B 48<br />
10 11 12 13 14 15 16 17 18<br />
24 D 20 00 A C D 05 04<br />
ANOTAÇÕES:<br />
356<br />
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APÊNDICE<br />
1 – GASES PERFEITOS<br />
O gás é um fluido que se caracteriza,<br />
fundamentalmente, pela sua compressibilidade, sofrendo<br />
grandes variações de volume ao ser submetido a pressões<br />
relativamente pequenas e tendendo a ocupar todo o<br />
espaço que lhe é oferecido. Se você soltar uma bufa num<br />
canto da sala, passado algum tempo, todos sentirão o<br />
estranho odor...<br />
Vejamos alguns termos importantes:<br />
- Estado de um Gás: É caracterizado pelos valores<br />
assumidos por três grandezas: pressão (p), volume (V) e<br />
temperatura (T), que são chamados de vaiáveis de estado<br />
(p, V, T).<br />
- Transformação de estado: É quando o gás sofre uma<br />
modificação em suas variáveis. Em geral, quando uma<br />
variável é alterada, também ocorrem modificações nas<br />
outras duas.<br />
Transformações nos gases<br />
a) Lei de Boyle-Mariolte<br />
Esta lei rege as transformações isotérmicas de um gás,<br />
isto é, aquelas que se processam a temperatura constante.<br />
A lei de Boyle-Mariotte pode ser anunciada da seguinte:<br />
A temperatura constante, a pressão de um gás é<br />
inversamente proporcional a seu volume, ou seja:<br />
P.V = constante<br />
Considere o seguinte exemplo, uma seringa de<br />
injeção mantida a temperatura constante, com seu bico<br />
tapado, contendo um volume V1 de um gás sujeito à<br />
pressão P1. Se a pressão for dobrada, pela lei de Boyle-<br />
Mariotte, o volume reduz-se à metade.<br />
Graficamente<br />
A representação gráfica da pressão em função<br />
do volume é uma hipérbole chamada isoterma.<br />
Com o aumento da temperatura, o produto P.V torna-se<br />
mais alto e as isotermas se afastam das origens do eixo.<br />
Exemplo:<br />
b) Lei de Gay-Lussac<br />
Esta lei rege as transformações isobáricas de um gás, isto<br />
é, aquelas que se processam sob pressão constante, e cujo<br />
enunciado é o seguinte:<br />
A pressão constante, o volume e a temperatura absoluta<br />
de gás são diretamente proporcionais, ou seja:<br />
V/T = constante<br />
Suponha uma determinada massa gasosa contida<br />
em um cilindro provido de um êmbolo móvel, sujeito a<br />
uma pressão constante P exercida nela atmosfera. Com o<br />
aquecimento do sistema, as moléculas do gás se agitam<br />
mais rapidamente aumentando o número de choques<br />
contra as paredes do recipiente, deslocando o êmbolo<br />
móvel para cima até que haja um equilíbrio entre a<br />
pressão interna e a externa agindo sobre o êmbolo. Pela<br />
Lei de Gay-Lussac:<br />
357
Graficamente<br />
c) Lei de Charles<br />
Esta Lei diz respeito às transformações isocóricas ou<br />
isométricas, isto é, aquelas que se processam a volume<br />
constante, cujo enunciado é o seguinte:<br />
Com volume constante, a pressão de uma determinada<br />
massa de gás é diretamente proporcional a sua<br />
temperatura absoluta, ou seja:<br />
P/T = constante<br />
Com essas equações relacionamos pressão e temperatura<br />
que são grandezas macroscópicas com a energia cinética,<br />
que é uma grandeza microscópica. Portanto, é possível<br />
estabelecer uma equivalência entre uma grandeza<br />
macroscópica e uma grandeza microscópica.<br />
Dessa maneira, aumentando a temperatura de um gás a<br />
volume constante, aumenta a pressão que ele exerce, e<br />
diminuindo a temperatura a pressão também diminui.<br />
Teoricamente, ao cessar a agitação tétrica das moléculas<br />
a pressão é nula, e atinge o zero absoluto (-273,15°C).<br />
1.1 – Equação Geral dos Gases Perfeitos<br />
Quando as três variáveis de uma determinada<br />
massa de gás, pressão, volume e temperatura,<br />
apresentarem variações, utiliza-se a equação geral dos<br />
gases que engloba todas as transformações vistas<br />
anteriormente.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) A pressão de um gás exerce nas paredes de um<br />
recipiente, no qual está encerrado, é devida:<br />
a- ao choque entre as moléculas.<br />
b- ao choque das moléculas do gás contra a parede<br />
considerada.<br />
c- à força da atração entre as moléculas.<br />
d- à força repulsiva entre as moléculas.<br />
2) Sob quais condições as leis dos gases ideais são<br />
melhor obedecidas?<br />
1.2- Teoria cinética dos gases<br />
A pressão de um gás sobre as paredes do recipiente está<br />
relacionada com a energia cinética média das moléculas<br />
e a temperatura absoluta através das seguintes relações:<br />
a- Altas pressões e altas temperaturas.<br />
b- Baixas pressões e baixas temperaturas.<br />
c- Baixas pressões e altas temperaturas.<br />
d- Altas pressões e baixas temperaturas.<br />
e- Nas condições normais de pressão e temperatura.<br />
358
3) Se numa transformação de uma dada massa de gás o<br />
quociente da pressão pela temperatura absoluta é<br />
constante, a transformação é:<br />
a- isotérmica<br />
b- isométrica<br />
c- isobárica<br />
d- adiabática<br />
e) possibilita uma diminuição da densidade da água que<br />
facilita sua ebulição.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
Quando o êmbolo da seringa foi levantado, a pressão<br />
sobre o líquido diminuiu. Quando a pressão sobre um<br />
liquido diminui, sua temperatura de ebulição diminui.<br />
4) Um gás perfeito a 20°C está num recipiente de volume<br />
constante. Para que a pressão dobre, a temperatura<br />
deverá passar para:<br />
a- 140°C<br />
b- 273°C<br />
c- 313°C<br />
d- 586°C<br />
5) (ENEM) Sob pressão normal (ao nível do mar), a água<br />
entra em ebulição à temperatura de 100 °C. Tendo por<br />
base essa informação, um garoto residente em uma<br />
cidade litorânea fez a seguinte experiência:<br />
• Colocou uma caneca metálica contendo água no<br />
fogareiro do fogão de sua casa.<br />
• Quando a água começou a ferver, encostou<br />
cuidadosamente a extremidade mais estreita de uma<br />
seringa de injeção, desprovida de agulha, na superfície<br />
do líquido e, erguendo o êmbolo da seringa, aspirou certa<br />
quantidade de água para seu interior, tapando-a em<br />
seguida.<br />
• Verificando após alguns instantes que a água da seringa<br />
havia parado de ferver, ele ergueu o êmbolo da seringa,<br />
constatando, intrigado, que a água voltou a ferver após<br />
um pequeno deslocamento do êmbolo. Considerando o<br />
procedimento anterior, a água volta a ferver porque esse<br />
deslocamento<br />
a) permite a entrada de calor do ambiente externo para o<br />
interior da seringa.<br />
b) provoca, por atrito, um aquecimento da água contida<br />
na seringa.<br />
c) produz um aumento de volume que aumenta o ponto<br />
de ebulição da água.<br />
d) proporciona uma queda de pressão no interior da<br />
seringa que diminui o ponto de ebulição da água.<br />
359
CAPÍTULO 17– DILATAÇÃO TÉRMICA<br />
preenchidas por fitas de borracha. Todos os objetos<br />
sólidos, líquidos ou gasosos, quando aquecidos se<br />
dilatam, ou seja, aumentam de volume.<br />
Entre as substâncias encontramos algumas exceções. A<br />
água, por exemplo, quando aquecida de zero a 4 o C se<br />
contrai e quando resfriada abaixo de zero se dilata. Essa<br />
particularidade garante que só a superfície dos lagos se<br />
congele.<br />
NO INÍCIO DO ANO ESTIVE DE FÉRIAS E FUI<br />
VISITAR MINHA AVÓ. ENCONTREI-A COM UM<br />
PEQUENO PROBLEMA: A TAMPA DE UMA<br />
PANELA HAVIA ENTRADO EM UMA BACIA DE<br />
METAL E FICADO PRESA (QUEM NÃO JÁ PASSOU<br />
POR ISSO EM CASA?), E ELA NÃO CONSEGUIA<br />
DE JEITO NENHUM TIRAR A TAMPA DE LÁ.<br />
PARA RESOLVER ISSO, COLOQUEI O SISTEMA<br />
EM QUESTÃO NO CONGELADOR E, DEPOIS DE<br />
ALGUMAS HORAS, JOGUEI ÁGUA FERVENTE AO<br />
REDOR DA BACIA. IMEDIATAMENTE A TAMPA<br />
SE SOLTOU. POR QUE SERÁ QUE ISSO<br />
ACONTECEU? ESSA RESPOSTA<br />
ENCONTRAREMOS AO LONGO DESSE<br />
CAPÍTULO.<br />
Geralmente, quando aumenta a temperatura de um corpo,<br />
suas dimensões aumentam em conseqüência do aumento<br />
da agitação das partículas do corpo; as moléculas ficam<br />
mais distantes umas das outras. Quando a dilatação<br />
ocorre em uma dimensão (comprimento) ela é linear, em<br />
duas dimensões (área) é superficial e em três (volume) é<br />
volumétrica.<br />
1.1- Dilatação Linear<br />
Verifica-se experimentalmente que ΔL é proporcional<br />
a L 0 e a Δθ:<br />
ΔL = α.L 0.Δθ<br />
360<br />
1 – DILATAÇÃO TÉRMICA DOS SÓLIDOS<br />
A dilatação térmica é o aumento da distância entre as<br />
partículas de um sistema causado pelo aumento da<br />
temperatura. Do ponto de vista macroscópico, esse<br />
fenômeno é percebido como aumento das dimensões do<br />
sistema.<br />
O piso das calçadas, os trilhos de linhas de trem, as<br />
vigas de concreto de construções como pontes e<br />
edifícios, como tudo mais se dilatam. Sendo estruturas<br />
grandes e expostas ao Sol, devem ter vãos para acomodar<br />
dilatações prevendo este efeito do aquecimento e<br />
evitando que provoque rachaduras. Nas calçadas, por<br />
exemplo, estas "folgas" costumam ser preenchidas por<br />
grama ou tiras de madeira, em pontes são simplesmente<br />
fendas livres e em edifícios são fendas livres ou<br />
em que α é o coeficiente de dilatação linear.<br />
Sendo ΔL = L - L 0, vem:<br />
L = L 0.(1 + α.Δθ)<br />
1.2- Dilatação Superficial
Analogamente temos:<br />
ΔA = β.A 0.Δθ e A = A 0.(1 + β.Δθ)<br />
em que β é o coeficiente de dilatação superficial.<br />
Percebemos que β = 2α<br />
1.3- Dilatação Volumétrica<br />
Temos que:<br />
→ A dilatação do recipiente:<br />
→ A dilatação do líquido (real):<br />
Analogamente temos:<br />
ΔV = γ.V 0.Δθ e V = V 0.(1 + γ.Δθ)<br />
→A dilatação Aparente:<br />
em que γ é o coeficiente de dilatação volumétrica.<br />
Percebemos que<br />
γ = 3α<br />
→ Coeficiente Aparente:<br />
As unidades no Sistema Internacional para a temperatura<br />
são o C e para os coeficientes de dilatação linear,<br />
superficial ou volumétrica são o C –1 .<br />
2 – DILATAÇÃO DOS LÍQUIDOS<br />
Como um líquido não possui forma definida (ele terá a<br />
forma do volume que o contém) sua dilatação respeita<br />
tudo o que vimos na dilatação volumétrica.<br />
Existe um fator importante a ser analisado. Como o<br />
líquido estará num recipiente, ao se dilatar deveremos<br />
levar em conta a dilatação do recipiente.<br />
A dilatação real de um<br />
líquido deve levar em<br />
consideração a dilatação<br />
aparente (extravasada) e a<br />
do recipiente. É lógico que<br />
estamos considerando que<br />
o recipiente no início<br />
estava cheio.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Num bar, dois copos se encaixaram de tal forma que o<br />
balconista não consegue retirar um de dentro do outro.<br />
Mergulhando o copo de baixo em água quente, os corpos<br />
se soltaram. Por quê?<br />
2) Explique por que um copo de vidro comum<br />
provavelmente se quebrará se você o encher<br />
parcialmente com água fervendo.<br />
361
3) Ao colocar um fio de cobre entre dois postes, num dia<br />
de verão, um eletricista não deve deixá-lo muito<br />
esticado. Por quê?<br />
4) Explique porque travessas de vidro comum não<br />
podem ir ao forno e as de vidro pirex podem.<br />
5) (ENEM) Durante uma ação de fiscalização em postos<br />
de combustíveis, foi encontrado um mecanismo inusitado<br />
para enganar o consumidor. Durante o inverno, o<br />
responsável por um posto de combustível compra álcool<br />
por R$ 0,50/litro, a uma temperatura de 5 °C. Para<br />
revender o líquido aos motoristas, instalou um<br />
mecanismo na bomba de combustível para aquecê-lo,<br />
para que atinja a temperatura de 35 °C, sendo o litro de<br />
álcool revendido a R$ 1,60. Diariamente o posto compra<br />
20 mil litros de álcool a 5 ºC e os revende. Com relação à<br />
situação hipotética descrita no texto e dado que o<br />
coeficiente de dilatação volumétrica do álcool é de 1×10 -<br />
3<br />
ºC -1 , desprezando-se o custo da energia gasta no<br />
aquecimento do combustível, o ganho financeiro que o<br />
dono do posto teria obtido devido ao aquecimento do<br />
álcool após uma semana de vendas estaria entre<br />
a) R$ 500,00 e R$ 1.000,00<br />
b) R$ 1.050,00 e R$ 1.250,00<br />
c) R$ 4.000,00 e R$ 5.000,00<br />
d) R$ 6.000,00 e R$ 6.900,00<br />
e) R$ 7.000,00 e R$ 7.950,00.<br />
6) (ENEM) A gasolina é vendida por litro, mas em sua<br />
utilização como combustível, a massa é o que importa.<br />
Um aumento da temperatura do ambiente leva a um<br />
aumento no volume da gasolina. Para diminuir os efeitos<br />
práticos dessa variação, os tanques dos postos de<br />
gasolina são subterrâneos. Se os tanques não fossem<br />
subterrâneos:<br />
I. Você levaria vantagem ao abastecer o carro na hora<br />
mais quente do dia, pois estaria comprando mais massa<br />
por litro de combustível.<br />
II. Abastecendo com a temperatura mais baixa, você<br />
estaria comprando mais massa de combustível para cada<br />
litro.<br />
III. Se a gasolina fosse vendida por kg em vez de por<br />
litro, o problema comercial decorrente da dilatação da<br />
gasolina estaria resolvido.<br />
Destas considerações, somente<br />
a) I é correta<br />
b) II é correta<br />
c) III é correta<br />
d) I e II são corretas<br />
e) II e III são corretas.<br />
COMENTÁRIOS E RESOLUÇÕES<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 5<br />
Habilidade: H21 – Utilizar leis físicas e (ou) químicas<br />
para interpretar processos naturais ou tecnológicos<br />
inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do<br />
eletromagnetismo.<br />
Um caso clássico de Dilatação. Alunos que conhecem o<br />
tema vão diretamente na fórmula, mas a atenção ao<br />
coeficiente de dilatação e suas unidades permitiria,<br />
também, interpretá-lo: 1×10 -3 ºC -1 quer dizer que dilata<br />
um milésimo do total a cada aumento de 1 ºC. Mas,<br />
vamos calcular tradicionalmente. Creio que uma fraude<br />
comum seria misturar alguma coisa, água, por exemplo,<br />
ao álcool. Esta seria bem mais sofisticada: aquecendo, o<br />
combustível dilata passando pela bomba um volume<br />
maior do que foi comprado. E, o consumidor pagaria a<br />
diferença que o posto embolsa.<br />
0.∆t = 1.10 -3 .20 000.(35-5)<br />
∆V = 20.30 = 600 litros<br />
Isto por dia! Em uma semana, seriam 7×600=4.200<br />
litros. Vendidos a R$1,60:<br />
4200.1,6 = R$6.720,00<br />
Que picaretagem! Mesmo levando-se em conta o preço<br />
da energia elétrica, parece-me uma fraude bem viável.<br />
Há que se tomar extremo cuidado para que não haja<br />
nenhum problema no aquecedor, ou o combustível pode<br />
incendiar. Além de tudo, muito perigoso!<br />
362
COMENTANDO A QUESTÃO 6<br />
Quando a gasolina se aquece, ela dilata, aumenta de<br />
tamanho. Mas, sua massa permanece a mesma! Assim,<br />
sua densidade diminui. Logo, a tendência é levar<br />
desvantagem, já que no abastecimento o posto mede o<br />
volume (litros) com a temperatura mais alta. Pagar mais<br />
por uma massa menor de gasolina. Em temperatura<br />
baixa, a tendência é inversa, levar vantagem.<br />
Uma questão de lógica levaria o aluno a perceber que as<br />
alternativas um e dois são excludentes: se uma estiver<br />
certa, a outra necessariamente estará errada! Elimina a<br />
opção D. Mas, de fato, II é certo. III também é correto: a<br />
velha estória, 1 kg de chumbo pesa a mesma coisa que 1<br />
kg de algodão, embora muita gente não acredite quando<br />
vê os dois, ao vivo...<br />
FÍSICA NOSSA DE CADA DIA<br />
1 – CONGELAMENTO DOS LAGOS<br />
A água, quanto à dilatação, tem um comportamento um<br />
pouco diferente do que consideramos normal. Quem já<br />
não viu, ou ouviu falar, que uma garrafa de água fechada,<br />
completamente cheia, se for colocada na geladeira, pode<br />
estourar se a água congelar. Quando resfriamos a água<br />
até 4ºC, seu volume diminui normalmente, como<br />
acontece com os outros líquidos. Mas, continuando o<br />
resfriamento, de 4ºC a 0ºC, seu volume aumenta em vez<br />
de diminuir. O comportamento estranho que se nota pode<br />
ser explicado pela modificação que a água sofre em sua<br />
estrutura molecular, a partir de 4ºC. Somente no estado<br />
de vapor são encontradas moléculas de água isoladas; no<br />
estado líquido elas estão unidas de duas em duas, mas<br />
quando a temperatura desce abaixo de 4ºC, elas se unem<br />
de três em três, forma com que constituem o gelo. Em<br />
todo líquido, dentro do vaso que o contém, a parte mais<br />
quente, sendo menos densa, fica por cima. Com a água<br />
isso se verifica somente a temperaturas acima de 4ºC.<br />
Para temperaturas abaixo, a densidade volta a diminuir<br />
(pois o volume aumenta) e a parte mais fria sobe. Assim,<br />
a água da superfície (que se congela a 0ºC) se congela<br />
antes do fundo.<br />
Em um lago, nas regiões frias, ocorre o seguinte:<br />
Inicialmente, a camada superior da água se encontra a<br />
uma temperatura maior que 4º C.. Em contato com o ar<br />
frio, ela começa a resfriar-se e, com isso, seu volume<br />
diminui. Como sua densidade aumenta, essa camada<br />
desce para o fundo. Ela é então substituída, na superfície<br />
do lago, por outras camadas que antes se encontravam<br />
mais abaixo. Estabelecem-se dentro do lago correntes<br />
ascendentes e descendentes, e esse deslocamento<br />
prossegue até que toda a massa de água atinja 4º C. A<br />
seguir, ainda devido ao contato com o ar frio, a<br />
temperatura da nova camada superior continua a<br />
diminuir. Entretanto, diferentemente do que ocorreu até<br />
esse ponto, seu volume agora aumenta. A camada<br />
superficial se torna, assim, mais leve que a água que está<br />
abaixo, pois sua densidade diminui. Não podendo descer,<br />
ela flutua sobre a massa de água e continua a se resfriar<br />
até que, ao atingir 0º C, transforma-se em gelo. Esse<br />
comportamento da água preserva a vida dos peixes<br />
durante os meses de inverno rigoroso.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (ENEM) De maneira geral, se a temperatura de um<br />
líquido comum aumenta, ele sofre dilatação. O mesmo<br />
não ocorre com a água, se ela estiver a uma temperatura<br />
próxima a de seu ponto de congelamento. O gráfico<br />
mostra como o volume específico (inverso da densidade)<br />
da água varia em função da temperatura, com uma<br />
aproximação na região entre 0 ºC e 10 ºC, ou seja, nas<br />
proximidades do ponto de congelamento da água.<br />
363
364<br />
A partir do gráfico, é correio concluir que o volume<br />
ocupado por certa massa de água<br />
a) diminui em menos de 0,04% ao se aquecer de 0 ºC a 4 ºC.<br />
b) aumenta em mais de 0,4% ao se resfriar de 4 ºC a 0 °C.<br />
c) diminui em menos de 3% ao se resfriar de 100 ºC a 0 ºC.<br />
d) aumenta em mais de 4% ao se aquecer de 4 ºC a 9 ºC.<br />
e) aumenta em menos de 3% ao se aquecer de 0 ºC a 100 ºC.<br />
2 – GARRAFA TÉRMICA<br />
As garrafas térmicas são recipientes destinados a impedir<br />
a troca de calor entre seu conteúdo e o meio ambiente.<br />
Foi<br />
originalmente<br />
desenvolvida por<br />
volta de 1890 por<br />
James Dewar<br />
para armazenar<br />
gases liqüefeitos<br />
mantidos em<br />
temperaturas<br />
muito baixas. Em<br />
virtude da<br />
simplicidade<br />
com que são construídas e facilidade de manejo que<br />
oferecem, passaram a ter um amplo emprego; as mais<br />
conhecidas são as de uso doméstico, que servem para<br />
manter os líquidos quentes ou frios por longos períodos<br />
de tempo. Existem apenas três maneiras pelas quais o<br />
calor pode ser transferido de um meio a outro: a<br />
condução, a convecção e a radiação. A transferência por<br />
condução ocorre de modo mais acentuado nos sólidos;<br />
decorre da transmissão do movimento molecular por<br />
colisões entre as moléculas. Na convecção, transferência<br />
de calor que se observa nos líquidos e gases, as<br />
moléculas aquecidas e, portanto, menos densas, tomam<br />
as partes superiores do recipiente que contém o fluido,<br />
enquanto as partículas frias vão para o fundo do<br />
recipiente. Funcionam dessa forma os sistemas de<br />
aquecimento por serpentina. A transferência por radiação<br />
decorre da propriedade que todo corpo tem de emitir<br />
radiação eletromagnética (na faixa do infravermelho)<br />
que, ao atingir um material, é absorvida por este e sua<br />
energia é transformada em calor. As garrafas térmicas<br />
são constituídas basicamente de um vaso de vidro com<br />
paredes duplas, distanciadas entre si cerca de1 cm. No<br />
processo de fabricação, o ar é retirado (parcialmente,<br />
pois é impossível obter o vácuo perfeito) do espaço entre<br />
as paredes através de um orifício que a seguir é selado.<br />
Com isso reduz-se consideravelmente a transferência de<br />
calor tanto por condução como por convecção. Para que<br />
seja mínima a transferência por radiação, as superfícies<br />
das paredes são revestidas de prata, o que as torna<br />
altamente espelhadas. Assim as radiações são refletidas<br />
internamente sem que haja transmissão para o exterior.<br />
Como o vidro é muito frágil, o vaso é acondicionado em<br />
um recipiente de metal ou plástico. A rolha para<br />
fechamento da garrafa é geralmente oca e feita de<br />
borracha ou plástico, que oferecem bom isolamento<br />
térmico. Não existem isolantes perfeitos, há sempre<br />
alguma perda de calor através da tampa, por melhor que<br />
seja o isolante térmico utilizado. Assim, se colocarmos<br />
líquido quente no interior da garrafa, o líquido vai se<br />
esfriando, embora muito lentamente.<br />
3 – PANELA DE PRESSÃO<br />
A água ferve normalmente a 100º C, ao nível do mar e<br />
num recipiente aberto. Qualquer que seja o tempo que a<br />
água demore para ferver nessas condições, a temperatura<br />
continuará a mesma. Se você mantiver alta a chama de<br />
gás, depois que a água já estiver fervendo, estará apenas<br />
desperdiçando gás. O que estiver dentro da água levará o<br />
mesmo tempo para cozinhar. O excesso de calor<br />
produzirá apenas a evaporação mais rápida da água. É<br />
possível, entretanto, tornar a água mais quente que 100º<br />
C, aumentando a pressão. É o que fazem as panelas de<br />
pressão. Como são recipientes fechados, conservam o<br />
calor e a pressão aumenta. Nessas panelas, em vez de<br />
ferver a 100º C, a água (e o vapor) atinge temperaturas<br />
mais altas, cerca de 120º C.
Evidentemente a carne, batata e feijão ou qualquer outro<br />
alimento cozinham muito mais depressa. Como o vapor<br />
exerce uma pressão considerável, as panelas possuem<br />
válvulas de segurança que funcionam quando a pressão<br />
atingir um ponto perigoso. Na figura ao lado você tem<br />
um esquema de uma panela de pressão: ela tem uma<br />
tampa, vedada com uma argola de borracha; no centro da<br />
tampa há uma válvula, que é mantida fechada por um<br />
pino relativamente pesado, mas que pode movimentar-se<br />
para cima, permitindo a abertura da válvula; há também<br />
uma válvula de segurança, que só abre em situações<br />
extremas, quando a válvula central estiver entupida e<br />
houver perigo de explosão. O alimento é colocado na<br />
panela, como uma certa quantidade de água. A panela é<br />
fechada e levada ao fogo. O calor da chama aquece toda<br />
a panela, elevando a temperatura da água até que ela<br />
ferva. Como a panela é totalmente fechada, o vapor<br />
d'água que se vai formando não pode dispersar e a<br />
pressão interna da panela aumenta: torna-se maior que a<br />
pressão atmosférica. O aumento da pressão faz com que<br />
a água no interior da panela entre em ebulição, a uma<br />
temperatura acima de 100º C. A pressão do vapor d'água,<br />
porém, aumenta até certo limite. Superado esse limite,<br />
ela se torna suficientemente elevada para que o vapor<br />
levante o pino da válvula central e comece a sair da<br />
panela. A partir desse momento, a pressão do vapor se<br />
estabiliza porque é controlada pelo escapamento do<br />
vapor através da válvula. Em consequência, a<br />
temperatura no interior da panela também não aumenta<br />
mais. A panela de pressão foi inventada pelo físico<br />
francês Denis Papin, que publicou em 1861 uma<br />
descrição do equipamento, denominando-o digestor.<br />
Numa reunião de cientistas da Royal Society, Papin<br />
demonstrou que o seu invento era capaz de reduzir ossos<br />
em gelatina comestível. Atualmente, esse recipiente é<br />
empregado não só nas tarefas domésticas, mas também<br />
nos hospitais (sob a forma de autoclaves para esterilizar<br />
material cirúrgico), na indústria de papel (como digestor<br />
para cozer polpa de madeira) e nas fábricas de conservas<br />
alimentícias. No cozimento da polpa de madeira, por<br />
exemplo, a pressão obtida por um digestor possibilita<br />
reduzir as lascas até que as fibras se soltem o suficiente<br />
para fabricar o papel. Nos hospitais, as altas temperaturas<br />
das autoclaves permitem esterilização mais segura. Nas<br />
fábricas de conservas, o cozimento sob pressão garante<br />
melhor preservação dos alimentos, eliminando maior<br />
número de bactérias.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (ENEM) A panela de pressão permite que os<br />
alimentos sejam cozidos em água muito mais<br />
rapidamente do que em panelas convencionais. Sua<br />
tampa possui uma borracha de vedação que não deixa o<br />
vapor escapar, a não ser através de um orifício central<br />
sobre o qual assenta um peso que controla a pressão.<br />
Quando em uso, desenvolve-se uma pressão elevada no<br />
seu interior. Para a sua operação segura, é necessário<br />
observar a limpeza do orifício central e a existência de<br />
uma válvula de segurança, normalmente situada na<br />
tampa. O esquema da panela de pressão e um diagrama<br />
de fase da água são apresentados abaixo.<br />
A vantagem do uso de panela de pressão é a rapidez para<br />
o cozimento de alimentos e isto se deve<br />
a) à pressão no seu interior, que é igual à pressão externa.<br />
b) à temperatura de seu interior, que está acima da<br />
temperatura de ebulição da água no local.<br />
c) à quantidade de calor adicional que é transferida à<br />
panela.<br />
d) à quantidade de vapor que está sendo liberada pela<br />
válvula.<br />
e) à espessura da sua parede, que é maior que a das<br />
panelas comuns.<br />
365
2) (ENEM) Se, por economia, abaixarmos o fogo sob<br />
uma panela de pressão logo que se inicia a saída de vapor<br />
pela válvula, de forma simplesmente a manter a fervura,<br />
o tempo de cozimento<br />
a) será maior porque a panela “esfria”.<br />
b) será menor, pois diminui a perda de água.<br />
c) será maior, pois a pressão diminui.<br />
4) Uma barra de aço (α = 1,2 x 10 -5 K -1 ), de comprimento<br />
inicial 500 mm, está fixa a uma parede, como mostra o<br />
diagrama a seguir. Um elástico preso ao final da barra<br />
passa através de uma polia de 2 mm de raio, na qual está<br />
fixo um ponteiro de 300 mm de comprimento.<br />
Determine, em mm, a distância que a extremidade livre<br />
do ponteiro de descola quando a barra sofre uma<br />
elevação de temperatura de 100 K.<br />
d) será maior, pois a evaporação diminui.<br />
e) não será alterado, pois a temperatura não varia.<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) (UESB) Um bloco metálico de volume 10m 3 é<br />
aquecido, sob pressão normal p0 = 1,0.10 5 Pa, de 20°C a<br />
1220°C, e a quantidade de calor absorvida pelo bloco no<br />
processo é igual a 2,0.10 5 J. Sendo o coeficiente de<br />
dilatação volumétrica do metal igual a 7,0.10 -5 °C -1 ,<br />
pode-se afirmar que a variação de energia interna do<br />
bloco é igual, em kJ, a<br />
01) 44<br />
02) 88<br />
03) 116<br />
04) 150<br />
05) 232<br />
2) Pretende-se fixar um eixo cilíndrico numa<br />
engrenagem, passando-o por um furo no centro dessa<br />
engrenagem. Se a área de secção transversal do eixo na<br />
temperatura ambiente é 2% maior que a área do furo,<br />
calcule o coeficiente de dilatação linear do material do<br />
eixo, em potência de 10 -6 0 C -1 , se, ao ser resfriado de Δt =<br />
-200 0 C, a secção transversal ficou 1% menor que a área<br />
do furo, expressando o resultado com dois algarismos.<br />
5) Pretende-se fixar um eixo cilíndrico numa<br />
engrenagem, passando-o por um furo no centro dessa<br />
engrenagem. Se a área de secção transversal do eixo na<br />
temperatura ambiental é 2% maior que a área do furo,<br />
calcule o coeficiente de dilatação linear do material do<br />
eixo, em potência de 10 -6 ºC -1 , se, ao ser resfriado de<br />
a secção transversal ficou 1% menor que<br />
a área do furo, expressando o resultado com dois<br />
algarismos significativos.<br />
6) Um telescópio registra, sobre um detector quadrado de<br />
silício (denominado CCD) de 2,0 cm de lado, a imagem<br />
de uma parte de um conjunto de estrelas uniformemente<br />
distribuídas. Uma quantidade de 5.000 estrelas é<br />
focalizada no detector quando a temperatura deste é de<br />
20 °C. Para evitar efeitos quânticos indesejáveis, o<br />
detector é resfriado para 280 °C.<br />
Dado: Considere que o coeficiente de dilatação linear do<br />
silício é igual a 5,0 .10 -6 °C -1 .<br />
Com base nessas informações, pode-se afirmar que o<br />
número de estrelas detectado depois do resfriamento é de<br />
aproximadamente:<br />
3) (UFBA) Um frasco de vidro contém, quando cheio, 50<br />
cm 3 de mercúrio, à temperatura de 50 o C. Considerando<br />
o coeficiente de dilatação linear do vidro 8,0 x 10 -4 O C -1 e<br />
o de dilatação volumétrica do mercúrio 1,8 x 10 -4 o C -1 ,<br />
determine, em 10 -2 cm 3 , a quantidade de mercúrio que<br />
transbordará do recipiente, se a temperatura for elevada a<br />
100 0 C.<br />
a) 5.005 estrelas.<br />
b) 5.055 estrelas.<br />
c) 4.500 estrelas.<br />
d) 4.995 estrelas.<br />
366
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1- (TIPO ENEM) Certa vez, um homem discutiu com<br />
um frentista de posto de combustível. Ele queria que o<br />
frentista enchesse o seu tanque até a boca. O frentista<br />
disse que isso não era recomendado. Mas o homem<br />
insistiu. Era meia-noite e a temperatura local media 5°C.<br />
O tanque do seu carro era de aço, tinha um volume total<br />
de 100 litros naquela temperatura. O frentista fez o que o<br />
homem lhe pediu. O homem encostou o carro no<br />
estacionamento do posto e foi tirar um cochilo de 12<br />
horas. Meio-dia, quando a temperatura local media 25°C,<br />
o homem acorda e observa que derramou gasolina pela<br />
tampa do combustível. Determine quantos litros de<br />
gasolina foram derramados aproximadamente.<br />
Dados: Coeficiente de dilatação linear do aço<br />
= 0,001%/°C Coeficiente de dilatação da gasolina = 0,11%/°C<br />
a) 1 L<br />
c) se a calibragem for feita nos pneus quentes, a<br />
quantidade de ar colocado será maior que a ideal, criando<br />
risco de o pneu estourar quando ele resfriar.<br />
d) se a calibragem for feita nos pneus quentes, a alta<br />
temperatura poderá promover reações químicas<br />
indesejáveis no interior dos pneus, alterando o volume<br />
dos mesmos.<br />
e) o aumento da temperatura, devido à movimentação do<br />
carro, leva à compressão dos pneus, fazendo com que a<br />
pressão do ar interno seja maior que a pressão da<br />
calibragem.<br />
3- (TIPO ENEM) Em regiões muito frias, como na<br />
Antártida, as superfícies dos lagos se congelam em<br />
determinadas épocas do ano, enquanto que, abaixo dessa<br />
camada de gelo, a água continua no estado líquido. A<br />
figura seguinte mostra um lago congelado.<br />
b) 2 L<br />
c) 3 L<br />
d) 4 L<br />
e) 5 L<br />
2- (TIPO ENEM) Os gases são capazes de fazer coisas<br />
incríveis quando submetidos a altas pressões, por<br />
exemplo, permitir que um carro pesando<br />
aproximadamente 1 tonelada fique suspenso sobre os<br />
pneus cheios de ar. Para tal, é essencial uma boa<br />
calibragem dos pneus, o que deve ocorrer, no máximo, a<br />
cada 15 dias, sempre que estiverem frios, seguindo a<br />
recomendação do fabricante. Quando calibramos os<br />
pneus, colocando 30 libras, temos pressões de 2<br />
atmosferas em cada um deles, considerando que a<br />
temperatura é de 27 o C. Seguir a recomendação da<br />
fabricante de calibrar os pneus quando eles estão frios é<br />
importante porque<br />
a) a aumento da temperatura, devido à movimentação do<br />
carro, leva à dilatação dos pneus, fazendo com que a<br />
pressão do ar interno seja menor que a pressão da<br />
calibragem.<br />
b) o aumento da temperatura, devido à movimentação do<br />
carro, leva à dilatação dos pneus, fazendo com que não<br />
seja possível controlar a quantidade de ar ideal da<br />
calibragem.<br />
O fenômeno descrito anteriormente ocorre devido ao fato<br />
de a<br />
a) a água líquida ser mais densa que o gelo da superfície.<br />
b) água sempre aumentar de volume quando a sua<br />
temperatura aumenta.<br />
c) densidade da água ser sempre a mesma, qualquer que<br />
seja a sua temperatura.<br />
d) densidade da água aumentar quando a sua temperatura<br />
aumenta de -4 o C a 0 o C.<br />
e) densidade da água aumentar quando a sua temperatura<br />
aumenta de 0 o C a 4 o C.<br />
367
4- (TIPO ENEM) A figura mostra um homem tentando<br />
abrir um frasco de vidro com tampa metálica.<br />
Coeficientes de dilatação linear (valores médios)<br />
MATERIAL COEFICIENTE α ( o C -1 )<br />
Chumbo 2,7 x 10 -5<br />
Zinco 2,6 x 10 -5<br />
Alumínio 2,2 x 10 -5<br />
Prata 1,9 x 10 -5<br />
Cobre 1,7 x 10 -5<br />
Ouro 1,5 x 10 -5<br />
Ferro 1,2 x 10 -5<br />
Isso se tornaria facilmente possível se ele jogasse água<br />
quente sobre a tampa. Assim, a água quente<br />
Para que o curvamento da lâmina bimetálica ocorra de<br />
modo mais rápido possível, os materiais dessa lâmina<br />
devem ser, respectivamente.<br />
a) provoca uma maior dilatação da tampa metálica.<br />
b) provoca uma maior dilatação do frasco de vidro.<br />
c) diminui o atrito entre a tampa metálica e o vidro.<br />
d) provoca uma maior contração do frasco de vidro.<br />
e) diminui a interação entre a tampa metálica e o vidro.<br />
a) zinco e alumínio<br />
b) alumínio e prata<br />
c) chumbo e zinco<br />
d) ferro e zinco<br />
e) chumbo e ferro<br />
5- (TIPO ENEM) Um termostato é um dispositivo<br />
utilizado para controlar a temperatura em diversos<br />
aparelhos. Um dos tipos de termostato é construído com<br />
duas lâminas metálicas (bimetal) firmemente ligadas,<br />
conforme ilustra a figura. Quando a temperatura<br />
aumenta, a combinação de lâminas se curva em forma de<br />
arco, fazendo com que, a partir de um certo valor de<br />
temperatura, o circuito seja aberto, interrompendo a<br />
passagem da corrente elétrica.<br />
6- (UESB) Coloca-se no interior de um forno uma barra<br />
de 3,450m, que se encontra inicialmente a 0 o C, e seu<br />
comprimento passa a ter 4,002m. Considerando-se que o<br />
coeficiente de dilatação linear da barra é de 1,6.10 -4 / o C,<br />
pode-se afirmar que a temperatura do forno é igual, em<br />
o C, a<br />
01) 800<br />
02) 900<br />
03) 1000<br />
04) 1100<br />
05)1200<br />
7- (UESC) Um bloco metálico de massa m e volume V 0,<br />
a uma temperatura inicial θ 0, é aquecido até uma<br />
temperatura θ F. Sabendo-se que o coeficiente de<br />
dilatação volumétrica, γ, se mantém constante nesse<br />
intervalo térmico, pode-se afirmar que a densidade do<br />
bloco, na temperatura θ F,é dada pela expressão<br />
368
01) V o[1 + γθ F – θ o]<br />
02) V o[1 + γθ F + θ o]<br />
03) m V o[1 + γθ F – θ o] -1<br />
-1<br />
04) m V o [1 + γθ F – θ o] -1<br />
-1<br />
05) m V o [1 + γθ F + θ o] -1<br />
8- (UESC) Um estudante constrói um termômetro de<br />
vidro, acoplando um tubo cilíndrico, com área da secção<br />
transversal igual a 0,10cm 2 , a um bulbo preenchido<br />
completamente com 20,0cm 3 de mercúrio, a 20 o C.<br />
Sabendo-se que a extremidade do tubo é vedado após a<br />
retirada parcial do ar, o coeficiente de dilatação<br />
volumétrica do vidro é igual a 1,2.10 -5 o C -1 e o do<br />
mercúrio, 1,8.10 -4 0 C -1 , a altura da coluna de mercúrio no<br />
termômetro, quando o sistema estiver em equilíbrio<br />
térmico com um recipiente contendo água, a 100 o C, será,<br />
aproximadamente, igual, em cm, a<br />
01) 2,7<br />
02) 2,8<br />
03) 2,9<br />
04) 3,0<br />
05) 3,1<br />
9- (UESB) Uma placa quadrada de concreto de lado<br />
igual a 30,0cm, a 25,0 0 C, foi aquecida até 85,0 0 C.<br />
Sabendo-se que o coeficiente de dilatação linear do<br />
concreto é 1,2.10 -5 0 C -1 , a variação percentual da área<br />
׃a foi,aproximadamente, igual<br />
01) 0,30<br />
02) 0,22<br />
03) 0,20<br />
04) 0,18<br />
05) 0,14<br />
369
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />
B A B A E 03 04 01 05<br />
ANOTAÇÕES:<br />
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370
ATIVIDADES ARRETADAS DE CASA<br />
1) Um estudante decide construir um termômetro<br />
utilizando a dilatação térmica de uma barra metálica cujo<br />
coeficiente de dilatação linear é a α = 5 + 10 -5 C -1 . A<br />
barra tem comprimento de 100 cm à temperatura de 25 0<br />
C. Se em determinado a barra mede 100,05 cm, qual a<br />
temperatura, em 0 C, naquele dia?<br />
2) Uma chapa circular de ferro possui um orifício<br />
central, também circular, conforme mostra a figura. À<br />
temperatura de 20 0C, o orifício central, apresenta<br />
diâmetro de 2,0 cm. Considerando α = 1,2 x 10 -5 0 C -1 e<br />
que a chapa seja aquecida a 200 0 C, responda:<br />
a) Qual a variação da área do orifício?<br />
b) A área do orifício aumenta ou diminui com o aumento<br />
da temperatura?<br />
3) Um paralelepípedo possui dimensões iguais a 30 ˙ 10 ˙<br />
5,0 cm à temperatura de 10 0C. Determine a que<br />
temperatura devemos aquecer o paralelepípedo para que<br />
seu volume sofra um aumento de 0,2%. Considere α = 10<br />
˙ 10 -6 0 C -1 .<br />
(01) Ao passarem da temperatura para , disco e<br />
cubo recebem energia sob forma de calor sensível.<br />
(02) O coeficiente de dilatação superficial do disco é<br />
igual ao coeficiente de dilatação volumétrica do cubo.<br />
(04) A densidade do cubo, na temperatura , é expressa<br />
por d [1 + 3α(θ – θ O)] -1 .<br />
(08) A convecção térmica é responsável pela<br />
propagação do calor, tanto no disco quanto no cubo.<br />
(16) Para a dilatação superficial do disco se<br />
iguala, numericamente, á dilatação volumétrica do cubo.<br />
7) Um quadro quadrado de lado I, e massa m, feito de<br />
um material de coeficiente de dilatação superficial β, é<br />
pendurado no pino O por uma corda inextensível, de<br />
massa desprezível, com as extremidades fixadas no meio<br />
das arestas laterias do quadro, conforme a figura. A força<br />
de tração máxima que a corda pode suportar é F. A<br />
seguir, o quadro é submetido a uma variação de<br />
temperatura ∆T, dilatando. Considerando desprezível a<br />
variação no comprimento da corda devida á dilatação,<br />
podemos afirmar que o comprimento mínimo da corda<br />
para que o quadro possa ser pendurado com segurança é<br />
dado por:<br />
4) Dois blocos A e B possuem, a 0 0 C, volumes de 200<br />
cm 3 e 200,25 cm 3 , respectivamente. Determine a<br />
temperatura na qual os dois blocos apresentarão volumes<br />
iguais.<br />
(Dados: α A = 3,0 ˙ 10 -5 0 C -1 e α B= 2,0 ˙ 10 -5 o C -1 )<br />
5) Quando certo metal se aquece de 0 a 500 o C, sua<br />
densidade diminui 1,027 vezes; supõe-se constante o<br />
coeficiente de dilatação linear desse metal, para essa<br />
variação de temperatura. Determine, em o<br />
C -1 , o<br />
coeficiente de dilatação linear do metal.<br />
6) (UFBA) Um disco de raio R e um cubo maciço de<br />
aresta a e densidade d, constituídos do mesmo material.<br />
Encontra-se em equilíbrio térmico, á temperatura,<br />
dilatando-se quando são aquecidos simultaneamente, até<br />
a temperatura<br />
Considere R = a e a o coeficiente de dilação linear<br />
médio do material, no intervalo de ₀ a<br />
Nessas condições, é correto afirmar:<br />
371
GABARITO:<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
35 a) 0,015<br />
b) aumenta<br />
76,7 41,7 1,8.10 -5 21 E<br />
ANOTAÇÕES:<br />
372<br />
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CAPÍTULO 18 - ÓPTICA - REFLEXÃO DA LUZ<br />
Um prédio em Londres tem causado problemas devido à<br />
sua arquitetura diferente – e, pelo visto, pouco<br />
interessada nas leis físicas.<br />
emitir ou refletir a luz. Nesta parte da física iremos<br />
considerar apenas o Modelo Corpuscular da luz<br />
Sejam bem vindos a esta fantástica viagem pelo mundo<br />
da luz, da visão... Venham conosco...<br />
2-CONCEITOS BÁSICOS<br />
Ao longo do nosso curso de óptica estaremos<br />
usando constantemente alguns termos. É fundamental,<br />
portanto, que estejamos familiarizados com estas<br />
nomenclaturas, sabendo defini-las corretamente,<br />
associando-as a conceitos mais gerais dentro da óptica.<br />
2.1-MEIOS DE PROPAGAÇÃO<br />
O prédio “fritador” de Londres. Foto: Getty Images/Daily Mail<br />
A luz para se deslocar de um ponto a outro<br />
geralmente pode tentar se propagar através de alguns<br />
meios materiais. Estes meios, geralmente são assim<br />
divididos:<br />
É que a torre, ainda em construção, tem uma curvatura<br />
inclinada com paredes espelhadas, o que a transformou<br />
em um enorme espelho esférico côncavo que, como<br />
aprendemos em física óptica, reflete os raios solares de<br />
forma muito concentrada para um ponto (chamado<br />
foco). Acontece que essa concentração de luz e calor é<br />
tão intensa que é capaz de queimar e derreter o que<br />
estiver ali – incluindo asfalto, bicicletas e até automóveis<br />
estacionados. Um jornalista conseguiu fritar um ovo no<br />
local!<br />
Mas porque isso acontece? Nesse capítulo entenderemos<br />
esse interessante fenômeno.<br />
1- INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÓPTICA<br />
É muito comum você ouvir alguém falando que<br />
foi à óptica buscar seus óculos. Nesta afirmação, a<br />
palavra óptica se refere à loja que faz o aviamento de<br />
receitas do oculista, também chamado de oftalmologista,<br />
e comercializa instrumentos ópticos, como óculos,<br />
lunetas, máquinas fotográficas e câmeras de vídeo. Como<br />
parte da física, a óptica estuda os fenômenos ligados à<br />
visão e à luz. A visão é responsável por grande parte das<br />
informações que recebemos. Nossos olhos são sensíveis<br />
à luz, e para que enxerguemos as coisas elas devem<br />
MEIOS TRANSPARENTES: Nestes meios, a<br />
luz que se deslocava com os raios aproximadamente<br />
paralelos, mantém esta condição ao atravessá-los.<br />
Com isto um observador pode observar claramente um<br />
objeto colocado do outro lado de um meio transparente<br />
com a máxima riqueza de detalhes. Exs: água limpa em<br />
pouca quantidade, vidros comuns, ar (em certas<br />
condições ambientais).<br />
MEIOS TRANSLÚCIDOS: A luz que<br />
deslocava com os raios paralelos, ao tentar atravessar<br />
este tipo de meio, tem a condição de paralelismo<br />
desfeita. Visto por um observador, este tipo de meio<br />
favorece à diminuição da riqueza dos detalhes de um<br />
objeto colocado do outro lado.<br />
373
A luz passa, o objeto é visto, mas pelo fato do<br />
paralelismo não ter sido mantido, a riqueza de detalhes é<br />
perdida. Exs: vidro fosco, papel vegetal, box de<br />
banheiro, certos tipos de plásticos...<br />
VISTOS NO ESCURO, POIS NÃO SÃO FONTES<br />
PRIMÁRIAS DE LUZ.<br />
FONTES SECUNDÁRIAS: São aqueles corpos<br />
da natureza que não possuem luz própria, nos permitindo<br />
enxergá-los porque estão a refletir a luz que incide sobre<br />
eles. Geralmente são denominados de corpos iluminados.<br />
Exs: cometas, planetas, satélites naturais (a nossa Lua), a<br />
estrela D Alva (planeta Vênus)...<br />
374<br />
MEIOS OPACOS: Neste meio a luz não<br />
consegue se propagar, pois não o atravessa. Ela é<br />
refletida (bate e volta) ou absorvida (bate e fica). Um<br />
observador não consegue ver um objeto situado atrás de<br />
um meio opaco. Exs: paredes, madeira... corpo humano –<br />
2.2 – FONTES DE LUZ<br />
As inúmeras fontes de luz existentes na natureza<br />
se dividem em dois grandes grupos:<br />
FONTES PRIMÁRIAS: São aqueles corpos que<br />
possuem energia armazenada sob alguma forma e<br />
podem, dessa maneira, emitir luz própria. São também<br />
chamados de corpos luminosos. Exs: estrelas, Sol (o Sol,<br />
não esqueçam, é uma estrela), o filamento aceso de uma<br />
lâmpada, o vaga-lume.<br />
O CARTUM APRESENTA UM ERRO: A ESPOSA E<br />
O AMANTE CAOLHO NÃO PODERIAM SER<br />
2.3 – VELOCIDADE DA LUZ<br />
No passado, mais precisamente na Grécia<br />
Antiga, acreditava-se que a luz por ser muito rápida<br />
deveria ter uma velocidade infinita. À medida que a<br />
sociedade evoluía estas idéias permaneciam enraizadas<br />
na mente dos filósofos e muitas perguntas acabariam por<br />
surgir. Será que a luz tem movimento? Ela vai de um<br />
lugar para outro ou simplesmente aparece em todos os<br />
lugares ao mesmo tempo, instantaneamente? Se ela se<br />
move, qual é a sua velocidade? Foi Galileu quem pela<br />
primeira vez tentou determinar, por meio de uma<br />
experiência, se a luz possui um movimento, a partir da<br />
verificação da existência de uma velocidade para a luz.<br />
Assim como Platão (428-345 a.C.) Galileu escrevia seus<br />
livros utilizando-se da estrutura de diálogos entre alguns<br />
personagens, fazendo com que seus textos ficassem<br />
parecidos com uma peça de teatro. Os seus principais<br />
personagens são: Salviati, que representava o próprio<br />
Galileu; Simplício, que desempenhava o papel de seus<br />
ingênuos opositores’’, e Sagredo, que representava um<br />
intelectual neutro. Em seu livro Duas novas ciências,<br />
Galileu apresenta um método para determinar a<br />
velocidade da luz:<br />
Sagredo: Mas de que tipo e de grandeza<br />
devemos considerar esta velocidade da luz? Será<br />
instantânea ou momentânea, ou exigirá tempo como<br />
outro movimento? Não poderemos decidir isso pela<br />
experiência?<br />
Simplício: A experiência mostra que a<br />
propagação da luz é instantânea; pois quando vemos ser<br />
disparada uma peça de artilharia, a grande distância, o<br />
lampejo chega aos nossos olhos sem um lapso de tempo;<br />
mas o som chega aos ouvidos somente após um intervalo<br />
perceptível.<br />
Sagredo: Bem, Simplício, a única coisa que sou<br />
capaz de deduzir desse pouco de experiência familiar é<br />
que o som, ao chegar aos nossos ouvidos, desloca-se
mais lentamente do que a luz; isso não me informa sobre<br />
a vinda luz é instantânea ou se, embora se extremamente<br />
rápida, ainda tome tempo (...).<br />
Salvati: O pequeno concluimentodessa e de<br />
outras experiências similares levou-me, certa feita, a<br />
idear um método pelo qual se pode determinar<br />
precisamente se a iluminação, isto é, a propagação da<br />
luz, é instantânea (...).<br />
Salvati prossegue explicando o método da sua<br />
experiência. As experiências realizadas por Galileu para<br />
tentar determinar a velocidade da luz ao longo de uma<br />
distância de 200 metros, utilizando duas pessoas, como<br />
descrito em seu livro, não deram resultado. Somente 250<br />
anos depois Fizeau (1819-1896) repetiu a mesma<br />
experiência utilizando uma única pessoa e um espelho. O<br />
resultado da experiência de Fizeau mostrou que a luz tem<br />
uma velocidade. O valor da velocidade da luz foi obtido<br />
com maior precisão por diferentes pesquisadores e por<br />
diferentes métodos. Hoje sabemos que a velocidade da<br />
luz no vácuo é de 300.000 km/s (trezentos mil<br />
quilômetros por segundo). A velocidade da luz realmente<br />
é espantosa!<br />
É algo fenomenal. Imagine só, percorrer 300<br />
milhões de metros em apenas 1 segundo!!!<br />
Com esta velocidade a luz pode, em 1 segundo, dar sete<br />
voltas e meia ao redor da Terra ou ir e voltar da Lua.<br />
ANO-LUZ- Os físicos são conhecidos pelas suas<br />
incansáveis preguiças... Newton descansava embaixo de<br />
uma árvore quando a maçã caiu...Copérnico ficava<br />
deitado no alto de uma enorme torre para observar<br />
estrelas... e por aí vai. Tentando facilitar a vida para<br />
poderem descansar mais rapidamente, eles resolveram<br />
criar uma nova unidade de medir distância com base na<br />
velocidade da luz.<br />
O ano-luz seria então a distância que a luz percorre em 1<br />
ano no vácuo. Quanto seria isto em quilômetros?<br />
S = v x t<br />
Distância (s) = 1 ano-luz<br />
Velocidade (v) = 3 x 10 8 m/s<br />
Tempo (t) = 1 ano transformado em segundos<br />
1 x 365 x 24 x 60 x 60<br />
Portanto,<br />
1 ano-luz = 10 13 km<br />
Mas o que realmente significa o ano-luz?<br />
A estrela mais próxima da Terra, depois do Sol,<br />
é a Alfa de Centauro. Ela se encontra a 4,2 anos-luz da<br />
Terra. Isto significa que se resolvêssemos pegar um<br />
ônibus para fazer uma excursão até ela e viajássemos<br />
com a velocidade da luz, gastaríamos 4,2 anos para<br />
chegarmos lá. Interessante complementar que se a estrela<br />
explodisse agora demoraríamos 4,2 anos vendo-a<br />
brilhando no céu!<br />
O céu que enxergamos todas as noites é um céu<br />
falso, pois representa o passado. Muitas das estrelas que<br />
enxergamos não mais existem. Estrelas que estão a 1<br />
bilhão de anos-luz, podem explodir e mesmo depois de 1<br />
bilhão de anos continuaremos vendo-a no céu. Algumas<br />
já explodiram antes do nosso nascimento e vão continuar<br />
brilhando no céu até depois de nossa morte (poético<br />
hein?). Hoje, quando estiverem em casa à noite, olhem<br />
para o céu e mostrem, explicando aos seus amigos, que<br />
muitas daquelas estrelas não existem mais... ou eles<br />
acharão vocês muito inteligentes ou extremamente<br />
malucos (de tanto estudarem física) he, he, he, he!<br />
3- A CÂMERA FOTOGRÁFICA<br />
“Quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos<br />
teus resolvem se encontrar...”<br />
Toda a poesia de Vinícius, no embalo da luz dos olhos<br />
teus e da luz dos olhos meus, fez o aluno Digimon buscar<br />
as fotografias das férias de verão, no litoral, com sua<br />
namorada.<br />
Em uma das fotos, ela estava linda de óculos escuros.<br />
Olhando mais de perto, ele reparou seu próprio reflexo<br />
com a câmera fotográfica, sobre as lentes dos óculos<br />
dela. Não havia reparado nisso antes, mas a música o<br />
deixara mais sensível para perceber as coisas mínimas e<br />
mais belas. Parecia mesmo que a luz dos olhos dela o<br />
havia capturado, conforme dizia a música. E a luz dos<br />
olhos dele flagrara isso naquele momento. Nesse clima<br />
romântico, o aluno Digimon percebeu que a beleza do<br />
mundo da poesia não ofuscava a beleza do mundo da<br />
ciência. Ambas são possibilidades de nos comunicarmos<br />
e nos relacionarmos com o mundo e com as pessoas,<br />
cada expressão em seu contexto próprio. E a beleza da<br />
visão não é exceção disto. A luz é um meio de<br />
comunicação. O Digimon sabia que os olhos não emitem<br />
luz alguma, apenas a captam do meio externo. Esse<br />
375
pensamento que ele tinha era contrário ao dos gregos da<br />
antiguidade que acreditavam exatamente no oposto.<br />
Não só o aluno Digimon, mas certamente todos nós já<br />
nos encantamos com a beleza registrada pelas<br />
fotografias. Mas como surgiu e como funciona uma<br />
máquina fotográfica?<br />
assim como em nossos olhos, as imagens que se formam<br />
têm mesmas características daquelas obtidas com a<br />
câmara escura: todas estão de cabeça para baixo e têm o<br />
lado direito e o esquerdo invertidos, quando observadas<br />
por trás do anteparo. Se o orifício da câmara escura for<br />
pequeno (aproximadamente 1,0 mm), as imagens obtidas<br />
serão bastante nítidas. O problema é que a pouca<br />
quantidade de luz que penetra na câmara produzirá uma<br />
imagem com pouca luminosidade. Se fizermos um<br />
orifício maior, a quantidade de luz aumentará, mas a<br />
imagem formada perderá a nitidez ou definição. Isso<br />
acontece porque cada ponto do objeto constitui uma<br />
fonte secundária, que reflete luz em todas as direções.<br />
Assim, cada ponto reflete luz para todos os pontos do<br />
plano em que o papel vegetal está, e esse excesso de luz<br />
impedirá a formação da imagem. A função da face da<br />
câmara que contém o orifício é controlar a entrada de luz<br />
que atinge a face oposta, na qual se formará a imagem.<br />
Cada ponto da face do objeto voltada para o orifício<br />
reflete luz em todas as direções, mas somente os raios<br />
omitidos na direção do orifício conseguirão atravessá-lo<br />
e atingir o papel vegetal, formando uma imagem<br />
completa do objeto. Quanto mais estreito for o orifício,<br />
maior será a definição da imagem obtida, pois, dessa<br />
forma, não haverá sobreposição de raios de luz de<br />
regiões vizinhas do objeto ou da cena.<br />
3.1- A ORIGEM DA MÁQUINA FOTOGRÁFICA E A<br />
CÂMERA ESCURA<br />
376<br />
Captar e registrar imagens tornou-se possível<br />
com a câmara escura de orifício. Essa câmara nada mais<br />
é do que uma caixa preta com um pequeno furo em uma<br />
das faces para a entrada da luz. Na face oposta ao orifício<br />
será formada a imagem da cena que se quer registrar.<br />
Essa imagem poderá ser observada caso a face oposta<br />
aquela com o orifício seja substituída por um material<br />
adequado, como papel vegetal. Qualquer objeto em<br />
frente da câmara escura reflete luz, em todas as direções,<br />
que ultrapassa o orifício, constituindo-se no que<br />
denominamos fonte secundária de luz. No caso de um<br />
ambiente externo, a fonte primária de luz pode ser o Sol;<br />
já num ambiente interno, a fonte de luz primária pode ser<br />
uma lâmpada.<br />
A face do objeto que está voltada para o orifício<br />
terá uma imagem formada no interior da câmara. Essa<br />
face reflete luz em todas as direções, mas apenas uma<br />
parte dela atravessará o orifício. Como nessas condições<br />
a luz se propaga em linha reta, a imagem formada estará<br />
de cabeça para baixo. Nas máquinas fotográficas atuais,<br />
Durante a idade média, a câmara escura teve muitas<br />
utilizações para o estudo dos fenômenos ópticos. Em<br />
1544, o médico e físico holandês Gemma Frisius utilizou<br />
um quarto com um orifício em uma das paredes como<br />
uma câmara escura para estudar o eclipse solar. O<br />
tamanho da imagem formada na parede tem estreita<br />
relação com a distância entre a parede com o orifício e a<br />
parede em que se forma a imagem. Além disso, o<br />
tamanho do objeto e a distância entre ele e a câmara<br />
influenciam no tamanho da imagem formada. Para<br />
registrar uma cena com uma câmara escura, é necessário<br />
um intervalo de tempo de exposição muito grande por<br />
causa da pouca quantidade de luz que penetra pelo
orifício. Se a cena ou o objeto estiverem em movimento,<br />
a imagem perderá nitidez ou definição. Para contornar<br />
esse problema, nas máquinas fotográficas, foi instalada<br />
uma lente no orifício. Por serem maiores, as lentes<br />
permitem a entrada de uma maior quantidade de luz sem<br />
perda de definição das imagens, o que possibilita<br />
registros de cenas com tempo de exposição menor.<br />
Podemos expressar, matematicamente, essas relações de<br />
dependência da altura do objeto O, altura da imagem i,<br />
da distância do objeto à câmara p e a distância da<br />
imagem ao orifício p‘, pela seguinte relação:<br />
Qual gráfico abaixo melhor representa o tamanho da<br />
imagem em função da posição do objeto?<br />
o/p = i/p'<br />
o = tamanho do objeto<br />
i = tamanho da imagem<br />
p = distância do objeto à câmara<br />
p' = distância da imagem à câmara<br />
NA CARA DO ENEM<br />
Como o/p = i/ p'<br />
Temos que:<br />
i =<br />
Então, podemos afirmar que:<br />
Quanto mais longe o objeto estiver da câmera escura,<br />
menor será a imagem formada na câmera.<br />
A FISICA TEM HISTÓRIA<br />
No século XVI já se sabia projetar uma imagem<br />
utilizando uma câmara escura semelhante à mostrada<br />
anteriormente, mas não se conhecia a maneira de a<br />
registrar. Isso ocorreu somente três séculos depois, no<br />
ano de 1826, quando o francês Joseph Niepce tirou a<br />
primeira fotografia usando uma câmara escura e um<br />
material sensível à luz, o filme fotográfico. As câmaras<br />
escuras foram sendo aperfeiçoadas, atingindo um grau de<br />
sofisticação que muitas vezes chega a esconder a<br />
simplicidade da sua função básica: fazer com que a luz,<br />
proveniente de um objeto ou da cena que se deseja<br />
fotografar, incida sobre o filme, formando nele uma<br />
imagem. A procura de imagens cada vez mais nítidas sob<br />
as mais diversas condições - de luminosidade, distância,<br />
tempo de duração do evento ou velocidade do objeto que<br />
se deseja fotografar<br />
377
- levou à introdução de uma série de dispositivos na<br />
câmara escura, que mereceu ser rebatizada como<br />
máquina fotográfica.<br />
O que estudamos sobre a máquina fotográfica só é<br />
possível porque nesse momento a luz se comporta com<br />
partículas se propagando em linha reta.<br />
Já aprendemos que a luz pode se comportar de duas<br />
formas: ondas ou corpúsculos. A partir de agora vamos<br />
assumir o modelo de partículas da luz estudando um<br />
ramo conhecido como Óptica Geométrica e entendendo a<br />
relação da luz com a nossa visão.<br />
4- PROPAGAÇÃO RETILÍNEA DA LUZ<br />
A luz tem a curiosa propriedade de se propagar<br />
em linha reta quando encontra meio transparente e<br />
homogêneo. As aplicações mais interessantes para nós da<br />
propagação retilínea da luz são as sombras e os eclipses.<br />
ECLIPSE DO SOL – Devido aos movimentos de<br />
translação da Terra e da Lua, de tempos em tempos<br />
ocorre um alinhamento Sol-Lua-Terra. Isto faz com que<br />
a Lua impeça que alguns raios solares incidam sobre a<br />
Terra.<br />
ECLIPSE DA LUA – Em determinadas épocas do ano a<br />
Terra impede a passagem dos raios solares em direção à<br />
Lua, ocorrendo o eclipse lunar.<br />
Frequência dos eclipses Em cada 18 anos e 11 dias há,<br />
em média, 70 eclipses, dos quais 29 são da Lua e 41 do<br />
Sol, e entre estes últimos 17 anulares e 10 totais.<br />
A inclinação da órbita da Lua com relação ao equador da<br />
Terra provoca o fenômeno da Lua nascer em pontos<br />
diferentes no horizonte a cada dia. Note que se não<br />
houvesse essa inclinação, todos os meses teríamos um<br />
Eclipse da Lua (na Lua Cheia) e um Eclipse do Sol (na<br />
Lua Nova).<br />
O CARTUM NOS MOSTRA QUE AS SOMBRAS<br />
FORMADAS SÃO EVIDÊNCIAS CLARAS DE QUE<br />
A LUZ ANDA EM LINHA RETA.<br />
378
TIPOS DE ECLIPSES LUNARES<br />
POSIÇÃO 1: A Lua não passa pela penumbra e nem pela<br />
umbra (sombra) da Terra - Não ocorre Eclipse.<br />
ECLIPSE TOTAL DA LUA<br />
POSIÇÃO 2: A Lua passa parcialmente pela penumbra - é um<br />
Eclipse parcial penumbral da Lua.<br />
POSIÇÃO 3: A Lua passa parcialmente pela sombra da Terra -<br />
temos um Eclipse parcial da Lua.<br />
POSIÇÃO 4: A Lua passa totalmente pela sombra da Terra -<br />
Eclipse total da Lua.<br />
ECLIPSES DO SOL (MAIS RECENTES E PRÓXIMOS)<br />
379
(B) 45 cm<br />
(C) 50 cm<br />
(D) 80 cm<br />
(E) 90 cm<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
3) (ENEM) No primeiro dia do inverno no Hemisfério<br />
Sul, uma atividade de observação de sombras é realizada<br />
por alunos de Macapá, Porto Alegre e Recife. Para isso,<br />
utiliza-se uma vareta de 30 cm fincada no chão na<br />
posição vertical. Para marcar o tamanho e a posição da<br />
sombra, o chão é forrado com uma folha de cartolina,<br />
como mostra a figura:<br />
1) (ENEM) A figura abaixo mostra um eclipse solar no<br />
instante em que é fotografado em cinco diferentes pontos<br />
do planeta.<br />
Três dessas fotografias estão reproduzidas abaixo.<br />
As fotos poderiam corresponder, respectivamente, aos<br />
pontos:<br />
(A) III, V e II.<br />
(B) II, III e V.<br />
(C) II, IV e III.<br />
(D) I, II e III.<br />
(E) I, II e V.<br />
No primeiro dia do inverno no Hemisfério Sul,<br />
uma atividade de observação de sombras é realizada por<br />
alunos de Macapá, Porto Alegre e Recife. Para isso,<br />
utiliza-se uma vareta de 30 cm fincada no chão na<br />
posição vertical. Para marcar o tamanho e a posição da<br />
sombra, o chão é forrado com uma folha de cartolina,<br />
como mostra a figura:<br />
380<br />
2) (ENEM) A sombra de uma pessoa que tem 1,80 m de<br />
altura mede 60 cm. No mesmo momento, a seu lado, a<br />
sombra projetada de um poste mede 2,00 m. Se, mais<br />
tarde, a sombra do poste diminuiu 50 cm, a sombra da<br />
pessoa passou a medir:<br />
(A) 30 cm
Nas figuras abaixo, estão representadas as<br />
sombras projetadas pelas varetas nas três cidades, no<br />
mesmo instante, ao meio dia. A linha pontilhada indica a<br />
direção Norte-Sul.<br />
Considerando-se as características de cada uma das fases<br />
da lua e o comportamento desta no período delimitado,<br />
pode-se afirmar que, dentre os fins de semana, o que<br />
melhor atenderia às exigências dos pescadores<br />
corresponde aos dias<br />
Levando-se em conta a localização destas três<br />
cidades no mapa podemos afirmar que os comprimentos<br />
das sombras serão tanto maiores quanto maior for o<br />
afastamento da cidade em relação ao<br />
(A) litoral.<br />
(B) Equador.<br />
(C) nível do mar.<br />
(D) Trópico de Capricórnio.<br />
(E) Meridiano de Greenwich.<br />
4) (ENEM) Pelos resultados da experiência, num mesmo<br />
instante, em Recife a sombra se projeta à direita e nas<br />
outras duas cidades à esquerda da linha pontilhada na<br />
cartolina. É razoável, então, afirmar que existe uma<br />
localidade em que a sombra deverá estar bem mais<br />
próxima da linha pontilhada, em vias de passar de um<br />
lado para o outro. Em que localidade, dentre as listadas<br />
abaixo, seria mais provável que isso ocorresse?<br />
(A) 08 e 09 de setembro.<br />
(B) 15 e 16 de setembro.<br />
(C) 22 e 23 de setembro.<br />
(D) 29 e 30 de setembro.<br />
(E) 06 e 07 de outubro.<br />
6) (ENEM) No Brasil, verifica-se que a Lua, quando esta<br />
na fase cheia, nasce por volta das 18 horas e se põe por<br />
volta das 6 horas. Na fase nova, ocorre o inverso: a Lua<br />
nasce às 6 horas e se põe às 18 horas, aproximadamente.<br />
Nas fases crescente e minguante, ela nasce e se põe em<br />
horários intermediários.<br />
(A) Natal.<br />
(B) Manaus.<br />
(C) Cuiabá.<br />
(D) Brasília.<br />
(E) Boa Vista.<br />
5) (ENEM) Um grupo de pescadores pretende passar um<br />
final de semana do mês de setembro, embarcado,<br />
pescando em um rio. Uma das exigências do grupo é<br />
que, no final de semana a ser escolhido, as noites estejam<br />
iluminadas pela lua o maior tempo possível. A figura<br />
representa as fases da lua no período proposto.<br />
Sendo assim, a Lua na fase ilustrada na figura<br />
acima poderá ser observada no ponto mais alto de sua<br />
trajetória no céu por volta de<br />
(A) meia-noite.<br />
(B) três horas da madrugada.<br />
(C) nove horas da manha.<br />
(D) meio-dia.<br />
(E) seis horas da tarde.<br />
381
GABARITO:<br />
1 2 3 4 5 6<br />
A B B D D E<br />
ANOTAÇÕES:<br />
382<br />
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5– REFLEXÃO DA LUZ – UM INTERESSANTE<br />
FENÔMENO<br />
Quando vemos o mundo ao nosso redor também<br />
enxergamos cores nos objetos.<br />
A reflexão pode ser de dois tipos. Inicialmente<br />
vamos analisar a reflexão regular.<br />
CORES- Para podermos compreender melhor<br />
como se formam as cores é fundamental que saibamos<br />
alguns conceitos preliminares.<br />
NO DESENHO ACIMA A IMAGEM DA MULHER<br />
FOFA É REFLETIDA DE FORMA REGULAR NA<br />
POÇA DE ÁGUA<br />
Este fenômeno é caracterizado pelo fato de<br />
podermos ver a nossa imagem refletida em uma<br />
superfície extremamente polida (um espelho, por<br />
exemplo).<br />
Luz Policromática – é um tipo de luz que tem<br />
várias cores (Poli – vários). As luzes do Sol, da lâmpada<br />
de sua casa, da lâmpada do poste, são exemplos de luzes<br />
brancas e policromáticas. O branco na verdade é uma<br />
mistura de várias cores. Mais precisamente 7 cores. As<br />
cores do arco-íris: VERMELHO, ANIL<br />
ALARANJADO, AMARELO, VERDE, AZUL E<br />
VIOLETA<br />
Luz Monocromática – é um tipo de luz que tem<br />
uma única cor (Mono – uma). A luz vermelha do laser,<br />
as luzes coloridas dos letreiros néons são exemplos de<br />
luzes monocromáticas. Veja o esquema representativo de<br />
algumas experiências:<br />
Responda você mesmo:<br />
a) Se você vestir uma camisa azul e entrar numa boite,<br />
onde a luz do salão principal é verde. Que cor ficará a<br />
camisa?<br />
Reflexão regular<br />
A outra forma de reflexão é conhecida como<br />
difusa. Este fenômeno nos permite ver os objetos e o<br />
mundo ao nosso redor. Você pode ver uma pessoa<br />
porque o corpo dela está refletindo a luz de forma difusa.<br />
b) E se estiver com uma camisa vermelha e entrou em<br />
outro salão, onde a luz é amarela. Qual a nova cor da<br />
camisa?<br />
c) Se vestisse uma camisa branca e entrasse num salão<br />
iluminado pela luz monocromática vermelha. Qual a cor<br />
da camisa?<br />
PENSE E RESPONDA.<br />
Se não conseguir peça ajuda àquela colega que<br />
você tá a fim de namorar... se ela também não souber, aí<br />
não tem jeito, pergunte ao seu professor.<br />
Reflexão difusa<br />
383
CURIOSIDADE<br />
É notável a influência que as cores exercem em nossas<br />
vidas: na decoração, na arte, na propaganda, na religião,<br />
na psicologia. Enfim, na cultura humana como um todo,<br />
as cores estão presentes de uma forma ou de outra. As<br />
chamadas cores quentes, vermelho, laranja e amarelo,<br />
transmitem a sensação de excitação, ao passo que o<br />
violeta, o azul e o verde, as chamadas cores frias, são<br />
calmantes. Já reparou que as lousas, são normalmente,<br />
verdes?<br />
VEJA SE ACERTOU.<br />
a) Preta.<br />
b) Preta<br />
c) Vermelha<br />
6- REFLEXÃO DA LUZ - ESPELHOS PLANOS<br />
Já aprendemos (não?! então estude mais, ora<br />
essa!) que a reflexão regular da luz ocorre quando ela<br />
incide em uma superfície extremamente polida. Um<br />
espelho, por exemplo.<br />
Agora vamos introduzir as leis que determinam a<br />
reflexão regular da luz em espelhos planos.<br />
EXEMPLO DE REFLEXÃO REGULAR<br />
Na reflexão regular o ângulo de incidência é igual ao<br />
ângulo de reflexão!<br />
Na reflexão difusa o ângulo de incidência é diferente do<br />
ângulo de reflexão!<br />
6.1- FORMAÇÃO DE IMAGENS<br />
384<br />
Suponha que você estivesse posicionado na frente de um<br />
espelho plano. Os raios de luz refletidos pelo espelho e<br />
provenientes do professor podem ser determinados<br />
através das leis da reflexão.
OS ÂNGULOS DE INCIDÊNCIA I E O DE<br />
REFLEXÃO R SÃO IGUAIS, POIS A REFLEXÃO É<br />
REGULAR.<br />
A interseção dos prolongamentos dos raios refletidos IP<br />
e IK determina a posição da sua imagem. Da semelhança<br />
dos triângulos, temos que a distância da pessoa e da<br />
imagem até o mesmo espelho são iguais.<br />
6.3- ASSOCIAÇÃO DE ESPELHOS PLANOS<br />
Podemos obter várias imagens de um objeto, utilizando<br />
mais de um espelho. Sejam os espelhos 1 e 2 que<br />
formam entre si um certo ângulo .<br />
6.2- ENANTIOMORFISMO<br />
Imagine uma ambulância ultrapassando um carro em um<br />
engarrafamento. Isto só foi possível porque os motoristas<br />
observavam através do espelho retrovisor que atrás vinha<br />
uma ambulância em extrema urgência. Para que a<br />
palavra AMBULÂNCIA pudesse ser vista no retrovisor<br />
da forma correta ela foi escrita de maneira invertida na<br />
frente do carro. Esta propriedade é chamada de<br />
enantiomorfismo.<br />
A fórmula que generaliza o número de imagens é:<br />
Ela existe como consequência de que cada ponto objeto e<br />
cada ponto imagem são equidistantes do espelho.<br />
Onde n = número de imagens<br />
é o ângulo de abertura entre os espelhos<br />
Alguns exemplos.<br />
1) Se = 180 o (dois espelhos um ao lado do outro) –<br />
dispõe-se de um espelho plano, logo n = 1 imagem.<br />
2) Se = 0 o (um espelho numa parede e outro na parede<br />
oposta) – os dois espelhos são paralelos entre si, logo n é<br />
um número infinito.<br />
OBJETO/ IMAGEM SÃO EQUIDISTANTES DO<br />
ESPELHO<br />
3) Se 360 o / for um número par, a igualdade é válida<br />
para qualquer posição entre os espelhos. Se for um<br />
número ímpar, a igualdade só será válida quando o<br />
objeto estiver equidistante dos dois espelhos..<br />
385
Responda você mesmo:<br />
Vi = 2v e<br />
Considerando na equação o observador em repouso.<br />
a) Um casal (Prof Luís Ávila e Nei) encontra-se no<br />
canto espelhado de um bar. Um fotógrafo chega e bate<br />
uma foto. Se a imagem do fotógrafo não aparece nos<br />
espelhos, quantas imagens aparecerão na foto<br />
revelada?<br />
Em relação à rotação dos espelhos planos podemos<br />
analisar a figura abaixo:<br />
b) O professor de teatro Xexa resolveu dirigir a peça o<br />
Cisne Branco. Precisaria de 15 imagens de bailarinos,<br />
mas só tinha 3 atores. Qual o ângulo que deve ser<br />
formado entre dois espelhos planos para que ele<br />
consiga obter tal efeito?<br />
PENSE E RESPONDA! VEJA SE ACERTOU!<br />
a) 8 imagens b) 72 o<br />
imagem irá girar de um ângulo duas vezes maior.<br />
6.4- TRANSLAÇÃO E ROTAÇÃO DE ESPELHOS<br />
PLANOS<br />
Uma pessoa está de pé diante de um espelho plano<br />
vertical. Se o espelho, mantendo-se na vertical, afastar-se<br />
de uma distância d da pessoa, a imagem se afasta o dobro<br />
(2d).<br />
COMO AS MULHERES SE VÊEM NOS ESPELHOS<br />
PLANOS<br />
D = 2d<br />
386<br />
Como os deslocamentos do espelho e da imagem são<br />
simultâneos, isto é, ocorrem no mesmo intervalo de<br />
tempo, esta propriedade pode ser estendida para as<br />
velocidades. Assim, sendo ve a velocidade do espelho e<br />
vi a velocidade da imagem em relação ao observador,<br />
podemos escrever:<br />
COMO OS HOMENS SE VÊEM NOS ESPELHOS<br />
PLANOS
7- REFLEXÃO DA LUZ - ESPELHOS ESFÉRICOS<br />
Pegue a colher da cozinha de sua casa. Ela apresenta dois<br />
lados. O côncavo (lado que apanha alimento) e o<br />
convexo (fundo da colher). Estes lados da colher são na<br />
verdade espelhos esféricos. Alguns elementos<br />
geométricos podem ser definidos:<br />
III) Se um raio de luz incidir passando pelo centro de<br />
curvatura, o raio é refletido passando sobre si mesmo.<br />
Iv ) Se um raio de luz incidir no vértice do espelho, o<br />
raio refletido é simétrico em relação ao eixo principal.<br />
Centro de Curvatura do espelho (C): é o centro da<br />
superfície esférica ao qual o espelho pertence. Raio de<br />
Curvatura do espelho (R): é o raio da superfície esférica<br />
ao qual o espelho pertence. Distância Focal (f): é a<br />
metade do Raio de Curvatura. R = 2f.<br />
Vértice do espelho (V): é o ponto de interseção do<br />
espelho com o eixo principal. Também chamado de pólo<br />
do espelho.<br />
7.1- RAIOS NOTÁVEIS DE GAUSS<br />
O matemático austríaco Friederich Gauss dedicou grande<br />
parte de sua vida estudando a reflexão da luz em<br />
espelhos planos e esféricos. Observando a reflexão da luz<br />
nos espelhos côncavos e convexos chegou<br />
experimentalmente a algumas leis, que mostraremos a<br />
seguir:<br />
I ) Se um raio de luz incidir paralelamente ao eixo<br />
principal, o raio refletido passa pelo foco principal.<br />
II) De acordo ao princípio da reversibilidade dos raios<br />
luminosos, se a luz passar pelo foco, reflete-se<br />
paralelamente ao eixo óptico principal.<br />
7.2- FORMAÇÃO DE IMAGENS<br />
Diferente dos espelhos planos, as imagens nos espelhos<br />
esféricos passam a ter tamanhos diferentes e não são<br />
simétricas. Antes de aprendermos a formação geométrica<br />
dessas imagens é importante conhecermos alguns termos.<br />
NATUREZA Real: formada pela interseção dos próprios<br />
raios refletidos. Virtual: formada pela interseção dos<br />
prolongamentos dos raios refletidos. Imprópria: não há<br />
formação de imagens.<br />
POSIÇÃO Direita: o objeto e a imagem conjugada estão<br />
no mesmo semiplano determinado pelo eixo principal<br />
(que loucura é esta?). Objeto e imagem estão na mesma<br />
posição. Invertida: o objeto e a imagem estão em<br />
semiplanos opostos (loucura de novo?), ou seja, um “tá<br />
pra cima e o outro tá pra baixo”.<br />
TAMANHO Maior: imagem maior que o objeto. Menor:<br />
imagem menor que o objeto.<br />
Igual: imagem e objeto com mesmo tamanho.<br />
387
OBJETO DIANTE DE UM ESPELHO CÔNCAVO<br />
4- Objeto no foco<br />
1- Objeto além do centro de curvatura<br />
Não há formação de imagens<br />
Imagem Real, Invertida e Menor<br />
5- Objeto entre o foco (F) e o vértice (P)<br />
2- Objeto no centro de curvatura (C)<br />
Imagem Virtual, Direita e Maior<br />
OBJETO DIANTE DE UM ESPELHO CONVEXO<br />
Imagem Real, Invertida e Igual<br />
3- Objeto entre o foco (F) e o centro de curvatura (C)<br />
Imagem Virtual, Direita e Menor<br />
388<br />
Imagem Real, Invertida e Maior
7.3- ESTUDO ANALÍTICO<br />
Para estudarmos matematicamente a formação das<br />
imagens é fundamental utilizarmos a equação criada por<br />
Gauss. A famosa lei de Gauss:<br />
Onde,<br />
f= distância focal<br />
p‘= distância da imagem ao espelho<br />
p = distância do objeto ao espelho<br />
Temos também as equações que determinam o aumento<br />
no tamanho da imagem.<br />
Onde,<br />
CURIOSIDADE<br />
O espelho de Arquimedes O cientista e inventor grego<br />
Arquimedes viveu no século III A.C., na cidade de<br />
Siracusa, na Sicília (sul da Itália). Uma preocupação<br />
constante do rei de Siracusa era a proteção de sua<br />
cidade contra as ameaças de invasão pelas tropas<br />
romanas. Por isso, ele contratou Arquimedes para<br />
projetar e construir dispositivos de guerra, destinados<br />
a defender e contra-atacar o inimigo. Entre as armas<br />
que Arquimedes teria preparado para defender<br />
Siracusa, contam os historiadores que haviam grandes<br />
espelhos côncavos para fazer convergir os raios<br />
solares sobre os navios da esquadra romana. A<br />
concentração da luz solar provoca uma grande<br />
elevação de temperatura e, assim, teria sido possível<br />
incendiar a esquadra inimiga. Alguns historiadores<br />
têm dúvidas sobre se realmente Arquimedes consegui<br />
realizar essa façanha. Tentando mostrar que haveria<br />
possibilidades práticas para que ela pudesse ter<br />
acontecido, um engenheiro grego, em 1973, procurou<br />
reproduzi-la. Colocou 70 espelhos planos (cada um<br />
com cerca de 1,5 m× 1 m) dispostos em um<br />
semicírculo, de modo a fazerem convergir os raios<br />
solares sobre um barco de madeira, situado a 50 m da<br />
costa (o conjunto de espelhos planos atuava como um<br />
espelho convergente). Procedendo dessa maneira, em<br />
um dia ensolarado, o engenheiro conseguiu incendiar<br />
o barco, que em poucos segundos foi consumido pelas<br />
chamas!<br />
NA CARA DO ENEM<br />
A é o aumento linear, i é o tamanho da imagem e o é o<br />
tamanho do objeto.<br />
ESTUDO DO SINAL<br />
A definição dos sinais também é importante na resolução<br />
de problemas relacionados a espelhos esféricos.<br />
Com dois espelhos esféricos côncavos é possível criar<br />
um dispositivo que produz imagens reais, de objetos<br />
reais, de grande impacto visual, capazes de confundir<br />
qualquer observador.<br />
Vejamos como funciona:<br />
Espelho Côncavo – f>0 Espelho Convexo - f0 Imagem Invertida – A
O foco principal F1 do espelho esférico côncavo<br />
E1 coincide com o vértice do espelho esférico côncavo<br />
E2.<br />
Analogamente, o foco principal F2 do espelho esférico<br />
côncavo E2 coincide com o vértice do espelho esférico<br />
côncavo E1, onde foi feito um furo.<br />
O objeto é colocado no vértice de E2, que coincide o<br />
foco principal F1.<br />
Acompanhe os raios que partem do objeto e observe a<br />
formação da imagem exatamente no furo existente no<br />
espelho superior.<br />
Com os espelhos montados a imagem real do porquinho<br />
pode ser vista na parte superior do furo existente no<br />
espelho E2. Para a câmera fotográfica a imagem real do<br />
porquinho tornou-se um objeto real.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Explique com suas palavras como se formam os<br />
eclipses do Sol e da Lua, representados abaixo:<br />
Esta imagem é real. Constate isto observando as fotos:<br />
2) Por que no fundo dos oceanos é sempre escuro, seja<br />
dia, seja noite, se a água é transparente?<br />
3) Se uma pessoa vê os olhos de uma outra através de um<br />
complicado jogo de espelhos, é possível que a segunda<br />
pessoa veja os olhos da primeira?<br />
4) Uma lâmpada acesa é um corpo luminoso ou um<br />
corpo iluminado? Por quê?<br />
Acima temos os espelhos E1 e E2 e o porquinho (objeto<br />
real) que será colocado no foco F1 do espelho E1.<br />
5) Por que uma rosa é vermelha, a grama é verde e um<br />
carro é preto?<br />
6) Iluminando a bandeira brasileira com luz<br />
monocromática azul, você irá vê-la com que cor (ou<br />
cores)?<br />
7) Sob luz solar você distingue perfeitamente um cartão<br />
vermelho de um cartão amarelo. No entanto, dentro de<br />
um ambiente iluminado com luz violeta monocromática<br />
isso não será possível. Explique por quê.<br />
390<br />
8) Considere dois corpos, A e B, constituídos por<br />
pigmentos puros. Expostos à luz branca, o corpo A se<br />
apresenta vermelho e o corpo B se apresenta branco. Se<br />
levarmos A e B a um quarto escuro e os iluminarmos<br />
com luz vermelha, com que cores eles se apresentarão?
9) Constrói-se um farol de automóvel utilizando um<br />
espelho esférico e um filamento de pequenas dimensões<br />
que pode emitir luz.<br />
A) O espelho utilizado é côncavo ou convexo?<br />
B) Onde se deve posicionar o filamento<br />
10) Pretende-se acender um cigarro, concentrando-se a<br />
luz solar através de um espelho esférico.<br />
A) O espelho deve ser côncavo ou convexo?<br />
B) Onde deve ser colocada a ponta do cigarro que se<br />
quer acender?<br />
11) Em grandes lojas e supermercados, utilizam-se<br />
espelhos convexos estrategicamente colocados. Por que<br />
não se utilizam espelhos planos ou côncavos?<br />
12) Até fins do século XIII, poucas pessoas haviam<br />
observado com nitidez o seu rosto. Foi apenas nessa<br />
época que se desenvolveu a técnica de produzir vidro<br />
transparente, possibilitando a construção de espelhos.<br />
Atualmente, a aplicação dos espelhos é variada.<br />
Dependendo da situação, utilizam-se diferentes tipos de<br />
espelho. A escolha ocorre, normalmente, pelas<br />
características do campo visual e da imagem fornecida<br />
pelo espelho. Para cada situação a seguir, escolha dentre<br />
os tipos de espelho - plano, esférico côncavo, esférico<br />
convexo - o melhor a ser utilizado. Justifique sua<br />
resposta, caracterizando, para cada situação, a imagem<br />
obtida e informando, quando necessário, a vantagem de<br />
utilização do espelho escolhido no que se refere ao<br />
campo visual a ele associado.<br />
Situação 1 – Espelho retrovisor de uma moto para<br />
melhor observação do trânsito.<br />
Situação 2 – Espelho para uma pessoa observar,<br />
detalhadamente, seu rosto.<br />
Situação 3 – Espelho da cabine de uma loja para o cliente<br />
observar-se com a roupa que experimenta.<br />
13) Essa é boa !!! Imagine-se olhando para as<br />
extremidades abertas de canos brancos empilhados. Os<br />
buracos parecem escuros. Explique porque isso ocorre.<br />
14) Essa é das boas !!! Que evento astronômico seria<br />
visto por observadores na Lua:<br />
a) na época em que na Terra se está assistindo a um<br />
eclipse lunar?<br />
b) na época em que a Terra está passando por um eclipse<br />
solar?<br />
15) Para examinar o dente de uma pessoa, o dentista<br />
utiliza um pequeno espelho (como você já de deve ter<br />
visto). Esse espelho permite que o dentista enxergue<br />
detalhes do dente (imagem ampliada e direta). Tendo em<br />
vista essas informações, responda:<br />
a) O espelho deve ser plano, côncavo ou convexo?<br />
b) A distância do dente ao espelho deve ser maior ou<br />
menor que a sua distância focal?<br />
16) Um objeto de 5 cm de altura é colocado a 30 cm do<br />
vértice de um espelho côncavo de distância focal 50 cm.<br />
a) Qual a distância da imagem ao vértice do espelho?<br />
b) Qual o tamanho da imagem?<br />
c) A imagem é real ou virtual?<br />
17) Em frente a um espelho côncavo de distância focal<br />
20 cm, encontra-se um objeto real, a 10 cm de seu<br />
vértice. Determine:<br />
a) A posição da imagem;<br />
b) O aumento linear;<br />
c) a imagem é direita ou invertida?<br />
18) Um objeto de 6 cm de altura está localizado à<br />
distância de 30 cm de um espelho esférico convexo, de<br />
40 cm de raio de curvatura. Determine a posição da<br />
imagem.<br />
19) Um objeto de 3 cm de altura foi colocado diante de<br />
um espelho esférico convexo de raio de curvatura igual a<br />
60 cm. Sendo o objeto perpendicular ao eixo principal e<br />
a sua abscissa igual a 15 cm, pergunta-se:<br />
a) Qual á a abscissa e a altura da imagem?<br />
b) A imagem é real ou virtual? Direita ou invertida?<br />
391
20) Por meio de um pequeno espelho esférico côncavo, é<br />
possível projetar na parede a imagem da chama de uma<br />
vela. Colocando a chama a 40 cm do espelho, a imagem<br />
se forma a 200 cm de distância deste.<br />
a) Qual a distância focal do espelho?<br />
b) Faça um esquema com o objeto a imagem e o espelho.<br />
21) Em um espelho esférico côncavo obtém-se uma<br />
imagem de altura quatro vezes maior que a altura do<br />
objeto. A abscissa da imagem vale 20 cm.<br />
a) Determine a abscissa do objeto.<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) A figura mostra dois pontos A e B localizados no<br />
plano normal à superfície de um espelho plano refletor.<br />
Sabendo que a distância desses pontos ao espelho valem,<br />
respectivamente 12 cm e 4 cm, o prof Ivã pede para você<br />
determinar a distância percorrida pelo raio de luz que<br />
parte do ponto A, é refletido pelo espelho e passa pelo<br />
ponto B.<br />
b) Qual a distância focal do espelho?<br />
22) Uma pessoa, a 40 cm de um espelho côncavo, se vê 3<br />
vezes maior e com imagem direita. Qual a distância focal<br />
do espelho?<br />
23) Um espelho esférico encontra-se a 16m de uma<br />
parede. Coloca-se uma lâmpada entre o espelho e a<br />
parede, obtendo-se sobre esta uma imagem 4 vezes<br />
maior. Determine o raio de curvatura do espelho.<br />
a) 16 cm<br />
b) 18 cm<br />
c) 20 cm<br />
d) 24 cm<br />
e) 30 cm<br />
24) Num anteparo a 30 cm de um espelho esférico,<br />
forma-se a imagem nítida de um objeto real situado a 10<br />
cm do espelho. Determine:<br />
a) a distância focal e o raio de curvatura do espelho.<br />
b) O espelho é côncavo ou convexo?<br />
2) No esquema abaixo, é mostrado um homem de frente<br />
para um espelho plano, vertical e de costas para um<br />
coqueiro de 4m de altura. O Prof Ivã quer saber qual<br />
deverá ser o comprimento mínimo do espelho para que o<br />
homem possa ver nela a imagem completa da árvore.<br />
25) (UFPE) Um espelho côncavo tem 24 cm de raio de<br />
curvatura. Olhando para ele de uma distância de 6,0 cm,<br />
qual o tamanho da imagem observada de uma cicatriz de<br />
0,5 cm existente no seu rosto?<br />
a)0,2 cm<br />
b) 0,5 cm<br />
c) 1,0 cm<br />
d) 2,4 cm<br />
e) 6,0 cm<br />
a) 5 m<br />
b) 4 m<br />
c) 3 m<br />
d) 2 m<br />
e) 1m<br />
392<br />
3) Sobre o vidro de um espelho plano coloca-se a ponta<br />
de um lápis e verifica-se que a distância entre a ponta do
lápis e sua imagem é de 12 mm. A espessura do vidro do<br />
espelho, em mm, vale:<br />
a) 3<br />
b) 6<br />
c) 9<br />
d) 12<br />
e) 24<br />
4) Uma câmara escura de orifício fornece a imagem de<br />
um prédio, o qual se apresenta com altura de 5 cm.<br />
Aumentando-se de 100 m a distância do prédio à câmara,<br />
a imagem se reduz para 4 cm de altura. Qual é a distância<br />
entre o prédio e a câmara, na primeira posição?<br />
a) 100 m<br />
b) 200 m<br />
c) 300 m<br />
d) 400 m<br />
e) 500 m<br />
I – Sua imagem se encontra a 6 metros de si.<br />
II – Sua imagem é invertida, isto é, está com os pés para cima.<br />
III – Sua imagem levanta a mão que não possui relógio.<br />
IV – Sua imagem tem a mesma altura que ele.<br />
Assinale a única alternativa correta:<br />
a) I e II<br />
b) II e IV<br />
c) Apenas I<br />
d) I e IV<br />
e) Apenas II<br />
7) Ramone deseja usar um espelho plano vertical, a<br />
partir do chão, para ver-se de corpo inteiro, desde a<br />
cabeça até os pés. A altura do espelho:<br />
a) deve ser pelo menos igual à sua altura<br />
b) deve ser pelo menos igual à metade da sua altura<br />
c) depende da distância dela ao espelho<br />
d) depende da sua altura e da sua distância ao espelho<br />
5) O espelho plano é usado por todas as pessoas, todos<br />
os dias, no entanto ainda é um objeto que muita gente vê<br />
com mistério. Se não fosse assim, ele não seria usado<br />
como um elemento muito importante na história de<br />
inúmeros filmes de terror que tanta gente assiste. Com<br />
respeito ao fenômeno da reflexão, qual das alternativas a<br />
seguir está correta?<br />
a) A imagem, formada pelo espelho plano, diminui de<br />
tamanho à medida que o objeto se afasta do espelho.<br />
b) Para você se ver de corpo inteiro num espelho plano,<br />
ele deve ter no mínimo seu tamanho.<br />
c) Conseguimos enxergar os objetos usando um espelho,<br />
graças ao fenômeno da refração.<br />
d) A imagem formada por um espelho plano sempre está<br />
à mesma distância que o objeto está do espelho.<br />
e) A imagem formada pelo espelho plano é real e menor<br />
que o objeto.<br />
6) Omarzinho , um garoto muito curioso, observou,<br />
seguindo os conceitos sobre espelhos planos, que se ele<br />
utiliza seu relógio na mão esquerda e coloca-se a 3<br />
metros de um espelho plano, porém com a mão esquerda<br />
levantada, observa a imagem conjugada pelo espelho<br />
plano e conclui corretamente que:<br />
8) Uma placa retangular de madeira tem dimensões 40<br />
cm x 25 cm. Através de um fio que passa pelo baricentro,<br />
ela é presa ao teto de uma sala, permanecendo<br />
horizontalmente a 2,0 m do assoalho e a 1,0 m do teto.<br />
Bem junto ao fio, no teto, há uma lâmpada cujo<br />
filamento tem dimensões desprezíveis. A área da sombra<br />
projetada pela placa no assoalho vale, em m²?<br />
a) 0,90<br />
b) 0,40<br />
c) 0,30<br />
d) 0,20<br />
e) 0,10<br />
9) A figura abaixo representa um espelho esférico<br />
côncavo onde os pontos V, F e C são respectivamente o<br />
vértice, o foco e o centro. A distância entre os pontos V e<br />
C é o raio de curvatura R do espelho. A reta-suporte dos<br />
pontos citados é o eixo principal do espelho.<br />
393
Considerando satisfeitas as condições de nitidez de<br />
Gauss e supondo apenas objetos reais, assinale as<br />
alternativas corretas.<br />
a) A distância entre F e C é igual a R/2.<br />
b) Se um objeto estiver localizado à direita de C, sua<br />
imagem será virtual e menor.<br />
c) Se um objeto estiver localizado entre V e F, sua<br />
imagem será virtual e maior.<br />
d) Se a imagem estiver localizada entre V e F, o objeto<br />
está entre F e C.<br />
e) Nunca existirá uma imagem entre V e F, para qualquer<br />
posição do objeto real.<br />
f) Se a imagem estiver localizada a uma distância igual a<br />
R à esquerda de V, o objeto está localizado a uma<br />
distância igual a R/3 à direita de F.<br />
g) Se o objeto está localizado a uma distância igual a 10<br />
cm de V e a imagem está localizada 30 cm à esquerda de<br />
V, então R = 15 cm<br />
10) Um espelho esférico conjuga, de um objeto real, de<br />
6,0cm de altura, uma imagem direta com 8,0cm de<br />
altura, sendo ambos perpendiculares ao eixo principal.<br />
Considerando o objeto a 20,0cm do espelho, é correto<br />
afirmar que<br />
a) o raio de curvatura do espelho é igual a 60,0cm.<br />
b) o espelho esférico é convexo.<br />
c) o aumento linear transversal é igual a 8,0cm.<br />
d) a imagem obtida é real e a 40,0cm do espelho.<br />
e) a distância focal do espelho é igual a 80,0cm.<br />
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1- (TIPO ENEM) O senhor “João Boca Aberta”<br />
compareceu ao consultório odontológico para sua revisão<br />
semestral. O Dr. “José Sorriso”, para examinar melhor os<br />
dentes de João, utiliza dois instrumentos básicos: um<br />
pequeno espelho, que amplifica a imagem, e uma<br />
espátula.<br />
Utilizando seus conceitos sobre o comportamento e a<br />
natureza da luz, marque a alternativa correta sobre o<br />
espelho utilizado e sobre a distância do dente ao espelho:<br />
a) plano e a distância é menor que a distância focal.<br />
b) é côncavo e a distância é menor que a distância focal.<br />
c) é côncavo e a distância é maior que a distância focal.<br />
d) é convexo e a distância é menor que a distância focal.<br />
e) é convexo e a distância é maior que a distância focal.<br />
2- (TIPO ENEM) Veja a tirinha baixo:<br />
394<br />
11) (UESC) A distância entre um objeto e sua respectiva<br />
imagem conjugada por um espelho esférico gaussiano é<br />
de 2,4m. Sabendo-se que a imagem tem altura cinco<br />
vezes maior que a do objeto e que está projetada em um<br />
anteparo, é correto afirmar que o raio de curvatura do<br />
espelho é igual, em m, a<br />
01) 0,9<br />
02) 1,0<br />
03) 1,1<br />
04) 1,2<br />
05) 1,3<br />
Os espelhos planos podem ser associados, isto é,<br />
colocados lado a lado em ângulo ou dispostos<br />
paralelamente entre si. Há a possibilidade de essas<br />
associações deslocarem ou multiplicarem o número de<br />
imagens de um objeto. Baseado em seus conhecimentos<br />
sobre Óptica Geométrica, em relação às imagens<br />
produzidas entre dois espelhos planos em ângulo, é<br />
correto afirmar que<br />
a) existe a formação de uma única imagem, para um<br />
ângulo de 180°, o que, na prática, significa um único<br />
espelho.<br />
b) não haverá formação de imagens, quando o ângulo for<br />
de 0°, já que os espelhos ficam dispostos paralelamente.
c) a expressão (n = 360°/α – 1) não apresenta limitações,<br />
fornecendo o número de imagens para qualquer ângulo<br />
α entre 0° e 360°.<br />
d) haverá a formação de 6 imagens, se os espelhos<br />
estiverem dispostos perpendicularmente.<br />
e) podem ser produzidas teoricamente infinitas imagens,<br />
desde que os espelhos fiquem dispostos paralelamente,<br />
ou seja, α = 180°.<br />
3- (TIPO ENEM) foto a seguir mostra uma visão<br />
superior de uma usina termo solar. Pode-se observar que,<br />
ao lado da estação em funcionamento, uma segunda está<br />
sendo construída. Repare que as placas polidas, que<br />
operam como dispositivos refletores estão dispostas em<br />
fileiras, com determinada organização geométrica.<br />
que, por sua vez, forma novas imagens. Quando a<br />
imagem formada por um dos espelhos se coloca atrás do<br />
outro espelho, o processo de formação de múltiplas<br />
imagens se torna inviável e deixa de ocorrer. O número<br />
N de imagens formadas, quando dois espelhos são<br />
associados formando um ângulo α, é dado por N =<br />
(360 o /α) – 1, quando 360 o /α for um número par.<br />
Considere que um objeto é colocado entre dois espelhos,<br />
E 1 e E 2, que formam entre si um ângulo de 90 o , como<br />
representado na figura<br />
A alternativa que melhor representa as imagens formadas<br />
pelos espelhos, nessa situação, é:<br />
a) b)<br />
Considerando que cada fileira se comporte como um<br />
espelho esférico gaussiano, assinale a opção que<br />
descreve o arranjo de cada fileira de placas e a<br />
localização do topo da torre onde fica a matéria prima a<br />
ser<br />
aquecida:<br />
a) O arranjo é na forma de espelhos côncavos, e o topo<br />
da torre está localizado nos centros de curvaturas desses<br />
espelhos.<br />
b) O arranjo é na forma de espelhos convexos, e o topo<br />
da torre está localizado nos centros de curvaturas desses<br />
espelhos.<br />
c) O arranjo é na forma de espelhos côncavos, e o topo<br />
da torre está localizado nos focos desses espelhos.<br />
d) O arranjo é na forma de espelhos convexos, e o topo<br />
da torre está localizado nos focos desses espelhos.<br />
e) O arranjo é na forma de espelhos côncavos, e o topo<br />
da torre está localizado nos vértices desses espelhos.<br />
c) d)<br />
e)<br />
4- (TIPO ENEM) Ao se colocar dois espelhos planos<br />
formando entre eles um ângulo α, é possível formar um<br />
número N de imagens de um objeto situado entre os dois<br />
espelhos. Isso ocorre porque algumas imagens formadas<br />
por um espelho se comportam como objetos para o outro,<br />
395
5- (TIPO ENEM) A cor é uma percepção visual<br />
provocada pela ação de um feixe de fótons sobre células<br />
especializadas da retina. Essas células transmitem, por<br />
meio de informações pré-processadas no nervo óptico,<br />
estímulos para o sistema nervoso. A cor de um material é<br />
determinada pelas médias das freqüências das ondas que<br />
as moléculas constituintes do material refletem. Um<br />
objeto terá determinada cor se não absorver, justamente,<br />
as ondas correspondentes à freqüência daquela cor.<br />
Se colocarmos um disco de papel amarelo sobre um pano<br />
azul e levarmos esse conjunto para um quarto escuro<br />
iluminado apenas por luz amarela, veremos<br />
a) um disco preto sobre um pano amarelo.<br />
b) um disco amarelo sobre um pano preto.<br />
c) um disco azul sobre um pano amarelo.<br />
d) um disco preto sobre um pano preto.<br />
e) um disco amarelo sobre um pano azul.<br />
Uma figura plana e luminosa, com um L, está a 4 metros<br />
de um orifício e pode ser vista, por um observador, com<br />
um tamanho 10 vezes menor que seu tamanho original.<br />
Podemos afirmar que a largura d da câmara escura é, em<br />
m:<br />
a) 0,2<br />
b) 0,3<br />
c) 0,4<br />
d) 0,5<br />
e) 0,6<br />
6- (TIPO ENEM) O princípio da câmara escura é<br />
conhecido desde a Antiguidade. No século IV a.C., o<br />
grego Aristóteles já se referia à utilização da câmara<br />
escura em observações astronômicas. Posteriormente, no<br />
século XI, o árabe Ibn Al-Haitham (Alhazen) também se<br />
referiu a esse princípio como apoio à observação de um<br />
eclipse solar. A época da Renascença, Leonardo da Vinci<br />
descreveu esse fenômeno físico no Codex Atlanticus,<br />
que se encontra hoje na Biblioteca Ambrosiana, em<br />
Milão:<br />
7- (TIPO ENEM) Dentre todas as grandes obras e<br />
realizações do homem, ter ido à Lua em 1969 ainda é<br />
considerado um feito de destaque. Tanto que, ainda hoje,<br />
estima-se que 20% da população americana não acredita<br />
que o homem tenha ido à Lua. Segundo essas pessoas,<br />
tudo teria sido simulado em um estúdio. O interessante é<br />
que essas pessoas conseguiram levantar muitas<br />
evidências para sustentar essa hipótese. A foto seguinte<br />
ilustra uma dessas evidências.<br />
“Quando as imagens dos objetos iluminados penetram<br />
num compartimento escuro através de um pequeno<br />
orifício e se recebem sobre um papel branco situado a<br />
uma certa distância desse orifício, vêem-se no papel os<br />
objetos invertidos com as suas formas e cores<br />
próprias”.Da Vinci, Leonardo. Codex Atlanticus<br />
396<br />
Essa foto, atribuída aos astronautas que estiveram na<br />
Lua, mostra um astronauta, o módulo lunar e algumas<br />
rochas do nosso satélite natural. Usando essa foto, os<br />
céticos apresentam o seguinte argumento de Óptica para<br />
sustentar a hipótese de que o homem não foi à Lua: como<br />
poderiam as sombras do módulo lunar e das pedras não
serem paralelas, se a única fonte de luz do local é o Sol?<br />
Ao analisar o argumento apresentado, podemos concluir<br />
que o mesmo está<br />
a) correto, pois com uma única fonte de luz só podemos<br />
criar sombras paralelas.<br />
b) correto, pois os astronautas poderiam ter utilizado<br />
iluminação artificial.<br />
c) incorreto, porque as sombras apenas aparentam não<br />
ser paralelas.<br />
d) incorreto, pois a luz refletida pela superfície da Lua<br />
poderia criar sombras não paralelas.<br />
e) incorreto, já que a superfície irregular da Lua poderia<br />
criar sombras não paralelas.<br />
8- (TIPO ENEM) O campo visual é a região do espaço<br />
na qual todos os objetos nela situados serão vistos.<br />
Objetos fora dessa região não são observados. O campo<br />
visual de um espelho, para um certo observador, depende<br />
do tamanho do espelho, da distância entre o observador e<br />
o espelho e da localização do espelho em relação ao<br />
observador. Considere que uma criança, cujos olhos<br />
encontram-se a uma altura h de 1,5 m em relação ao solo,<br />
consiga ver todo um prédio de altura H por meio de um<br />
espelho d’água de comprimento L = 3,2 m (veja a<br />
figura).<br />
9- (TIPO ENEM) Observe com atenção a tirinha a<br />
seguir:<br />
No segundo quadrinho, a representação da imagem da<br />
Mônica refletida pelo espelho está<br />
a) incorreta, e a do chapéu também.<br />
b) incorreta, e a do chapéu está correta.<br />
c) correta, e a do chapéu também.<br />
d) correta, e a do chapéu está incorreta.<br />
e) idêntica a imagem que seria formada por um espelho<br />
convexo.<br />
10- (TIPO ENEM) Em alguns parques de diversão,<br />
existe a chamada “casa dos espelhos”. Ela consiste em<br />
cômodos que possuem diversos tipos de espelhos:<br />
planos, côncavos e convexos. A figura seguinte mostra<br />
um exemplo do que podemos ver nela.<br />
Sabendo-se que a criança está a uma distância D = 3,6 m<br />
da base do prédio, podemos afirmar que a altura H, em<br />
m, vale<br />
a) 10<br />
b) 12<br />
c) 14,5<br />
d) 16<br />
e) 18,5<br />
Uma criança resolveu ficar deitada diante de um espelho<br />
côncavo, conforme representado a seguir:<br />
Nessa situação, a imagem da criança formada pelo<br />
espelho côncavo é melhor representada pelo diagrama<br />
397
Nesse quadrinho, considere que o Cascão esteja a 1 m de<br />
distância do espelho e que a mãe do Cascão esteja a 0,5<br />
m dele. A distância entre a mãe de Cascão e a imagem<br />
dele é, em m, de:<br />
a) 0,5<br />
b) 1,0<br />
c) 1,5<br />
d) 2,0<br />
e) 2,5<br />
12- (UFBA) Com um espelho esférico, projeta-se a<br />
imagem de uma lâmpada sobre um anteparo. A lâmpada<br />
dista 10 m do anteparo. A imagem é 3 vezes maior.<br />
(01) O espelho usado foi certamente côncavo.<br />
(02) A distância da lâmpada ao espelho é igual a 5,0 m.<br />
(04) A distância do espelho ao anteparo é igual a 10,0 m.<br />
(08) O raio de curvatura do espelho é de 7,5 m.<br />
(16) A distância focal do espelho é 15,0 m.<br />
(32) A distância da lâmpada ao foco do espelho é igual a<br />
1,25 m .<br />
13- (UESB) A relação entre os tamanhos das imagens de<br />
um objeto de 8cm, formadas por uma câmara escura<br />
através de um orifício, quando o objeto se encontra,<br />
respectivamente, à distância de 30cm e 90cm, é dada por<br />
01) 3<br />
02) 2<br />
03) 4∕3<br />
04) 1<br />
05) 2∕3<br />
11- (TIPO ENEM)<br />
14- (UESB) Em uma câmara escura de orifício,<br />
construída artesanalmente para tirar fotografias, a<br />
distância entre o orifício e a parede interna na qual se<br />
prende o filme fotográfico é igual a 5cm. Sabendo-se que<br />
o filme tem altura de 20cm, pode-se afirmar que a<br />
distância mínima, em centímetros, em relação à câmara,<br />
em que uma pessoa de 1,8m de altura deve se posicionar,<br />
para que se obtenha uma fotografia de corpo inteiro, é<br />
igual a<br />
398
01) 360<br />
02) 180<br />
03) 90<br />
04) 45<br />
05) 30<br />
15- (UESB) Um objeto de 6,0cm de altura está situado a<br />
uma distância de 30,0cm de um espelho convexo.<br />
Considerando-se o raio de curvatura do espelho igual a<br />
40,0cm, é correto afirmar que o tamanho da imagem<br />
formada por esse espelho é igual, em cm, a<br />
17- (UESC)Considerando-se o espelho principal do<br />
telescópio Vista um espelho esférico gaussiano, a<br />
imagem de uma estrela capturada pelo telescópio seria<br />
formada no eixo principal do espelho, a uma distância do<br />
vértice, em metros, aproximadamente igual a<br />
A)8,0<br />
B)1,0<br />
C)4,0<br />
D)0,5<br />
E)2,0<br />
01) 2,0<br />
02) 2,2<br />
03) 2,4<br />
04) 2,8<br />
05) 3,0<br />
Questões 16 e 17<br />
O telescópio Vista –Visible and Infrared Survey<br />
Telescope for Astronomy- acaba de receber o seu<br />
espelho principal, que permitirá que ele se torne o mais<br />
rápido telescópio a varrer os céus, capturando imagens.<br />
O espelho, com 4,1 metros de diâmetro, bateu um<br />
recorde de precisão de curvatura- ele é o espelho de<br />
grande dimensão mais fortemente curvado e mais<br />
precisamente polido-, apresentando desvios de uma<br />
superfície perfeita de apenas 30 nanômetros.<br />
(INOVAÇÃO... 2008 )<br />
18- (UEFS) Deseja-se que um espelho côncavo forme<br />
uma imagem de um objeto sobre uma tela situada a 1m<br />
do espelho. O tamanho do objeto é de 2mm e sua<br />
imagem deverá ter um tamanho igual a 8mm.<br />
Nessas condições, deve-se escolher um espelho cujo raio<br />
de curvatura seja igual a, em cm:<br />
a) 20<br />
b) 30<br />
c) 35<br />
d) 40<br />
e) 45<br />
19- (UNEB) Os fenômenos de sombra mais notáveis que<br />
se podem observar são os eclipses. Quando a Terra se<br />
alinha entre o Sol e a Lua, esta última fica imersa na<br />
sombra projetada na Terra.<br />
16- (UESC) A superfície do espelho principal do<br />
telescópio Vista apresenta desvios de uma superfície<br />
perfeitamente polida, estimados em milímetros, da<br />
ordem de<br />
A)10 -9<br />
B)10 -5<br />
C)10 -8<br />
D)10 -3<br />
E)10 -6<br />
Tem-se, nesse caso, um eclipse lunar, conforme a figura.<br />
O fenômeno descrito evidencia que:<br />
a) a Lua é uma fonte primária de luz<br />
399
) a luz se propaga em linha reta em meios homogêneos<br />
e transparentes.<br />
c) os raios de luz emitidos pelo Sol sofrem refração, ao<br />
atingirem a Terra.<br />
d) os raios luminosos, ao passarem de um meio<br />
transparente para outro, sofrem dispersão.<br />
e) um eclipse parcial pode ser observado na Terra dos<br />
pontos situados na zona de sombra.<br />
20- (UFMT) O último eclipse total do sol neste século<br />
para o hemisfério sul aconteceu na manhã de 3 de<br />
novembro de 1994. Faltavam 15 minutos para as 10 h, na<br />
cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná. Em qualquer dia<br />
normal, o sol da primavera já estaria brilhando bem<br />
acima do horizonte, mas esse não foi um dia normal (…)<br />
Durante o eclipse, a gigantesca sombra, com 200 km de<br />
diâmetro progrediu a 3000 km por hora do Oceano<br />
Pacífico para a América do Sul. Entrou no Brasil por Foz<br />
do Iguaçu e saiu para o Oceano Atlântico, sobre a divisa<br />
dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul‖.<br />
(Revista Superinteressante. Ano 8, nº 10,Outubro, 1994,<br />
p. 46) Em relação ao fenômeno físico descrito no texto,<br />
julgue as afirmações como verdadeiras ou falsas.<br />
( ) A Lua se coloca entre o Sol e a Terra, impedindo que<br />
a luz atinja uma parte da superfície terrestre.<br />
( ) A Terra se coloca entre a Lua e o Sol, projetando sua<br />
sombra na Lua.<br />
c) direita e situada na superfície da concha, na face<br />
convexa ela aparecerá invertida e atrás da superfície.<br />
d) direita e atrás da superfície da concha, na face<br />
convexa ela aparecerá também direita, mas à frente da<br />
superfície.<br />
e) invertida e atrás na superfície da concha, na face<br />
convexa ela aparecerá direita e à frente da superfície.<br />
22- (FUVEST) Em 1599, em Sevilha, na Espanha,<br />
nasceu Diego Rodrigues de Silva y Velásquez que se<br />
tornou, já aos dezoito anos, um gênio da pintura. Aos 24<br />
anos, já era considerado o maior pintor espanhol de sua<br />
época, e, quando em Madri, pintou um retrato do Rei<br />
Filipe IV. Este gostou tanto do jovem artista que passou<br />
a exigir exclusividade, patrocinando suas atividades.<br />
Entre 1649 e 1651, em uma de suas viagens à Itália,<br />
pintou, entre outros, um retrato do Papa Inocêncio X e<br />
Vênus ao Espelho. Essa última obra é reproduzida<br />
abaixo. Um tema mitológico usado de mote para realçar<br />
a beleza do sexo feminino, este quadro apresenta Vênus<br />
se olhando num espelho segurado por Eros ou Cupido.<br />
Veja a obra com dois intuitos: examinar essa bela obra e<br />
perceber os detalhes do quadro sob o ponto de vista da<br />
óptica.<br />
( ) No trecho onde passa a sombra, os observadores<br />
podem ver o eclipse parcial do Sol.<br />
( ) O tempo estimado de duração do eclipse é de quatro<br />
minutos.<br />
( ) Os eclipses são explicados geometricamente pelo<br />
princípio de propagação retilínea da luz.<br />
Diego Velázquez, Vênus ao espelho (1651). - National Gallery, Londres.<br />
400<br />
21- (FUVEST) Uma pessoa observa a imagem de seu<br />
rosto refletida numa concha de cozinha semiesférica<br />
perfeitamente polida em ambas as faces. Enquanto na<br />
face côncava a imagem do rosto dessa pessoa aparece:<br />
a) invertida e situada na superfície da concha, na face<br />
convexa ela aparecerá direita, também situada na<br />
superfície.<br />
b) invertida e à frente da superfície da concha, na face<br />
convexa ela aparecerá direita e atrás da superfície.<br />
Do ponto de vista da Óptica, há algumas inadequações<br />
na pintura. Das alternativas a seguir, uma apresenta um<br />
comentário INCORRETO. Identifique-a.<br />
a) Na posição em que o espelho está colocado, Vênus só<br />
pode estar olhando você e não ela mesma. Isso é devido<br />
à Lei da Reflexão.<br />
b) Considerando que o espelho é plano, a simetria não<br />
está sendo respeitada, pois a imagem parece estar mais<br />
próxima do espelho do que a própria Vênus.
c) Caso o espelho fosse convexo, para a pintura ficar<br />
opticamente correta, a imagem precisaria ser um pouco<br />
menor.<br />
d) Se o espelho fosse côncavo, a imagem de Vênus<br />
deveria estar de cabeça para baixo, independentemente<br />
do foco.<br />
e) Se o espelho fosse convexo, Vênus poderia estar ao<br />
mesmo tempo vendo sua própria imagem e também<br />
você.<br />
23- (UNIMONTES) A figura abaixo representa um<br />
espelho esférico côncavo em que a imagem tem uma<br />
altura três vezes maior que a do objeto. As posições do<br />
objeto e da imagem são, respectivamente,<br />
A) 10cm e 20cm.<br />
B) 20cm e 30cm.<br />
C) 10cm e 30cm.<br />
D) 30cm e 40cm.<br />
A) o espelho da figura 1 é côncavo, o da figura 2 é<br />
convexo e o boneco está entre o foco e o vértice deste<br />
espelho.<br />
B) o espelho da figura 1 é convexo, o da figura 2 é<br />
côncavo e o boneco está entre o centro de curvatura e o<br />
foco deste espelho.<br />
C) o espelho da figura 1 é convexo, o da figura 2 é<br />
côncavo e o boneco está entre o foco e o vértice deste<br />
espelho.<br />
D) o espelho da figura 1 é côncavo, o da figura 2 é<br />
convexo e o boneco está entre o centro de curvatura e o<br />
foco deste espelho.<br />
25- (UEFS) Um motorista olha para o seu retrovisor e vê<br />
a imagem de seu rosto, como sendo direita e cinco vezes<br />
menor. Estando o motorista a 60,0cm do retrovisor, é<br />
correto afirmar que o tipo do espelho e o módulo do raio<br />
de curvatura desse espelho são, respectivamente,<br />
A) plano e 10,0cm.<br />
B) côncavo e 10,0cm.<br />
C) convexo e 15,0cm.<br />
D) côncavo e 20,0cm.<br />
E) convexo e 30,0cm.<br />
24- (UFRN) Deodora, aluna da 4a série do ensino<br />
fundamental, ficou confusa na feira de ciências de sua<br />
escola, ao observar a imagem de um boneco em dois<br />
espelhos esféricos. Ela notou que, com o boneco<br />
colocado a uma mesma distância do vértice dos espelhos,<br />
suas imagens produzidas por esses espelhos<br />
apresentavam tamanhos diferentes, conforme mostrado<br />
nas figuras 1 e 2, reproduzidas abaixo.<br />
Observando-se as duas imagens, é correto afirmar:<br />
401
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />
B A C A B C E B B E<br />
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20<br />
E 43 01 04 03 B B D B VFFVV<br />
21 22 23 24 25<br />
B D C C E<br />
ANOTAÇÕES:<br />
402<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Assinale V ou F e corrija as alternativas consideradas<br />
falsas.<br />
(a) Um espelho côncavo reflete pelo foco a luz enviada<br />
por uma estrela.<br />
(b) Galileu acreditava que a luz possuía uma velocidade<br />
infinita.<br />
(c) Para uma pessoa de altura H colocada a uma distância<br />
x de um espelho plano ver a sua imagem por completo, o<br />
espelho deve ter no mínimo um tamanho x/2.<br />
(d ) Quando um objeto situa-se entre o centro de<br />
curvatura e o foco de um espelho côncavo, a imagem é<br />
real, invertida e menor que o objeto.<br />
(e) Toda imagem real é invertida e podemos projetá-la<br />
sobre uma parede.<br />
(f) Os espelhos convexos têm o objetivo de ampliar o<br />
tamanho das imagens.<br />
(g) Numa câmera escura, quanto menor for o diâmetro<br />
do orifício menos nítida será a imagem formada.<br />
(h) A imagem formada em uma câmera escura é virtual e<br />
invertida em relação ao objeto.<br />
(i) Uma blusa azul aparecerá preta quando iluminada por<br />
uma luz monocromática vermelha.<br />
(j) O eclipse do Sol ocorre na Lua nova e crescente.<br />
(k) Pessoas localizadas numa região de numbra<br />
presenciarão o eclipse parcial do Sol.<br />
(l ) O eclipse da Lua ocorre na fase cheia quando a Terra<br />
se posiciona entre o Sol e a Lua.<br />
(m) Dois espelhos associados de forma paralela<br />
produzirão um número finito de imagens.<br />
(n) O Sol é uma fonte primária de luz.<br />
(o) A Lua é um corpo luminoso, assim como o vagalume.<br />
(p) A imagem de um objeto formada por um espelho está<br />
na superfície do espelho. A imagem pode ser pensada<br />
como uma fotografia em uma superfície plana.<br />
(q) A luz é refletida por superfícies polidas (como um<br />
espelho) mas não por superfícies não polidas.<br />
(r) Um corpo iluminado com luz branca apresenta-se<br />
branco quando absorve a luz branca.<br />
(s) Um corpo iluminado com luz branca apresenta-se<br />
azul quando absorve luz azul.<br />
(t) A distância entre um espelho plano e a imagem<br />
formada por ele é maior que a distância entre o objeto e o<br />
espelho.<br />
2) Uma aluna, Elisa, e seu professor discutem o que<br />
segue:<br />
“Prof.: Explique como você vê um livro.<br />
Elisa: Sinais nervosos vão desde meus olhos até meu<br />
cérebro.<br />
Prof.: Sim, isto acontece entre os olhos e seu cérebro.<br />
Mas existe uma certa distância entre o livro e seus olhos.<br />
O que acontece entre eles?”<br />
Com qual das alternativas seguintes você responderia à<br />
pergunta do professor?<br />
a) Raios vão dos meus olhos até o livro de modo que<br />
assim posso vê-lo.<br />
b) Não acontece nada, o livro está iluminado e isto basta<br />
para que eu possa vê-lo.<br />
c) A luz do ambiente refletida no livro chega até os meus<br />
olhos.<br />
d) Os olhos emitem raios que retomam ao cérebro<br />
trazendo a informação da imagem.<br />
3) As figuras abaixo representam uma fonte de luz S<br />
(Sol), um objeto A (árvore) e um observador O (menino).<br />
Qual das alternativas abaixo melhor representa o modo<br />
pelo qual podemos enxergar um objeto?<br />
ESTUDANDO ESPELHOS PLANOS<br />
403
CAPÍTULO 19 - ÓPTICA REFRAÇÃO DA LUZ<br />
Os índios, ao pescarem, sabem que não podem atirar a<br />
flecha onde estão vendo o peixe. O que eles veem é<br />
apenas a imagem e não o peixe verdadeiro. Como ele faz<br />
então? Porque os diamantes brilham tão intensamente? O<br />
Sol pode estar do mesmo lado do arco íris? Estas e outras<br />
questões serão discutidas ao longo desse capítulo.<br />
1- REFRAÇÃO DA LUZ<br />
A passagem da luz de um meio para outro,<br />
acompanhada de variação em sua velocidade de<br />
propagação recebe o nome de refração da luz.<br />
Enquanto que na reflexão a luz bate e volta, na refração a<br />
luz bate e passa.<br />
Vejamos o esquema abaixo:<br />
Onde,<br />
n é uma característica do meio que permite a luz se<br />
propagar com maior ou menor velocidade, chamado de<br />
índice de refração.<br />
c é a velocidade da luz no vácuo, que vale 3x10 8 m/s.<br />
v é a velocidade da luz no meio em estudo.<br />
1.1- PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS<br />
1) Como a velocidade da luz no vácuo (c) é sempre<br />
maior que a velocidade (v) em outro meio, o índice de<br />
refração (n) é sempre maior ou igual a 1. Ou seja, não<br />
existirá um índice de refração absoluto menor que 1.<br />
2) O índice de refração é o quociente entre duas<br />
grandezas que dimensionalmente representam<br />
velocidade. Portanto, o índice de refração não tem<br />
unidade. É adimensional.<br />
LEI DE SNELL-DESCARTES<br />
O fenômeno da refração da luz é regido por duas leis.<br />
Todo meio possui uma característica em relação<br />
à propagação da luz chamada de índice de refração.<br />
Quanto maior o índice de refração de um meio, menor é<br />
a velocidade da luz nesse meio. A equação que expressa<br />
essa ideia é representada na figura a seguir.<br />
PRIMEIRA LEI<br />
O raio incidente, a normal e o raio refratado são<br />
coplanares. Calma! Significam que estão no mesmo<br />
plano.<br />
404
SEGUNDA LEI<br />
Para um raio de luz monocromática passando de um<br />
meio para outro, é constante o produto do seno do ângulo<br />
de incidência ou refração, com o índice de refração em<br />
que se encontra esse raio.<br />
c) No caso em que o raio incidente é perpendicular à<br />
superfície de separação, a luz se refrata, mas sem desvio.<br />
Daí,<br />
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES<br />
a) Ao passar de um meio menos refringente para um<br />
mais refringente, o raio de luz se aproxima da reta<br />
normal. A velocidade de propagação da luz diminui.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
b) Ao passar de um meio mais refringente para um<br />
menos refringente, o raio de luz se afasta da normal. A<br />
velocidade de propagação da luz aumenta.<br />
1) (ENEM) Um grupo de cientistas liderado por<br />
pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia<br />
(Caltech), nos Estados Unidos, construiu o primeiro<br />
metamaterial que apresenta valor negativo do índice de<br />
refração relativo para a luz visível. Denomina-se<br />
metamaterial um material óptico artificial,<br />
tridimensional, formado por pequenas estruturas menores<br />
do que o comprimento de onda da luz, o que lhe dá<br />
propriedades e comportamentos que não são encontrados<br />
em materiais naturais. Esse material tem sido chamado<br />
de canhoto. Considerando-se o comportamento atípico<br />
desse metamaterial, qual é a figura que representa a<br />
refração da luz ao passar do ar para esse meio?<br />
405
2- FORMAÇÃO DE IMAGENS ATRAVÉS DE UM<br />
DIOPTRO (FRONTEIRA)<br />
1º Caso (olhando PARA a água- objeto localizado no<br />
meio mais refringente)<br />
di ou p’→ profundidade ou altura da imagem.<br />
do ou p → profundidade ou altura do objeto.<br />
n passa ou n destino→ meio no qual a luz incide<br />
n provém ou n origem→ meio na qual a luz “veio”<br />
406
Simplificando o esquema:<br />
p´ → altura da imagem.<br />
p → altura do objeto.<br />
n passa ou ndestino→ meio no qual a luz incide<br />
n provém ou norigem→ meio na qual a luz “veio”<br />
Simplificando o esquema:<br />
2º Caso (olhando DA água – objeto localizado no meio<br />
menos refringente)<br />
Equação do Dioptro Plano<br />
Uma equação que “funciona em qualquer situação”.<br />
407
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
Aplicando-se a Lei de Snell-Descartes para a situação<br />
indicada no terceiro quadrinho da figura acima, teríamos:<br />
1) A que distância da superfície de uma piscina<br />
uma pessoa dentro d’água vê um avião que voa a 1500m<br />
de altura? Dados nar = 1 e nágua = 4/3<br />
3- REFLEXÃO TOTAL<br />
Imagine uma pessoa dentro de uma piscina com uma<br />
potente lanterna iluminando alguém que havia ficado na<br />
borda, do lado de fora da piscina.<br />
Nesse exemplo a luz propaga-se do meio mais<br />
refringente (água n = 1,5) para o meio menos refringente<br />
(ar n = 1,0). O desenho da refração seria o abaixo<br />
representado:<br />
Se o ângulo de incidência superar o ângulo limite não<br />
haverá refração e a luz incidente será toda refletida. Este<br />
fenômeno se chama reflexão total e é o que ocorre com a<br />
luz no interior de uma fibra óptica.<br />
Aumentando-se o ângulo de incidência î, o ângulo de<br />
refração r também aumenta, e tem-se sempre r >î, com o<br />
raio se afastando da normal. Quando o ângulo de<br />
incidência atinge um determinado valor, o ângulo de<br />
refração atinge seu valor extremo, isto é, r = 90 o<br />
(refração rasante), o ângulo de incidência correspondente<br />
a esta situação é denominado ângulo limite (L). Veja na<br />
figura abaixo:<br />
EM RESUMO:<br />
Para que ocorra a reflexão total, duas condições devem<br />
ser obedecidas:<br />
408
1) A luz deve se propagar no sentido do meio mais<br />
refringente para o menos refringente.<br />
2) O ângulo de incidência deve ser superior ao ângulo<br />
limite.<br />
NA CARA DO ENEM<br />
A FIBRA ÓPTICA<br />
Você que já ficou alguns minutos esperando<br />
uma linha livre em seu telefone pode imaginar como é<br />
grave o problema das comunicações no Brasil. Há um<br />
enorme número de pessoas querendo falar<br />
simultaneamente e não há suficientes cabos de<br />
transmissão. Num aparelho de telefone a voz é<br />
transformada em sinal elétrico, que é transportado por<br />
cabos de cobre espalhados pelas ruas das cidade. Esses<br />
cabos são capazes de transmitir uma certa quantidade de<br />
sinais a cada vez.<br />
Se a quantidade de chamadas telefônicas num<br />
dado momento é maior do que os cabos podem suportar,<br />
a ligação não se completa.<br />
Com a invenção das fibras ópticas tornou-se<br />
possível transmitir um número muito maior de conversas<br />
telefônicas: um par de fibras ópticas pode fazer até 24<br />
mil ligações simultaneamente! Isso é possível porque o<br />
sinal é transportado não mais como sinal elétrico mas<br />
sim como um sinal de luz. A fibra óptica nada mais é do<br />
que um finíssimo tubo de vidro com espessura de um fio<br />
de cabelo, mas com uma enorme resistência mecânica.<br />
Como vimos anteriormente a fibra óptica se comporta<br />
como uma espécie de tubo de luz, no qual a luz entra por<br />
um extremo e sai pelo outro, da mesma forma que a água<br />
escoa por um tubo de plástico. Se a luz se propaga em<br />
linha reta em meio uniformes, como podemos transportála<br />
por fibras que fazem curvas? Porque a luz não escapa<br />
da fibra? O segredo está no fenômeno já discutido da<br />
REFLEXÃO TOTAl.<br />
Passadas apenas duas décadas desde sua<br />
invenção, as fibras ópticas se mostram tão eficientes que,<br />
se alinhássemos todos os cabos já instalados, teríamos<br />
um comprimento igual a 60 vezes a distância da Terra à<br />
Lua. As fibras não só servem para transmissão de sinais<br />
telefônicos como também têm várias outras aplicações.<br />
Temos, por exemplo, fibras ópticas nos lasers usados na<br />
cirurgia, em iluminação e transmissão de imagens<br />
internas do corpo humano para um monitor. Nesse caso<br />
são usadas várias fibras próximas umas das outras, cada<br />
uma transmitindo uma parte da imagem. Essa técnica é<br />
chamada de endoscopia.<br />
BRILHO DOS DIAMANTES<br />
Ao contrário da grafite que é opaca, ou seja, barra<br />
completamente a luz, o diamante é transparente pois<br />
deixa a luz passar entre os átomos de carbono na sua<br />
estrutura. A transparência do diamante é uma<br />
propriedade óptica diretamente ligada ao arranjo destes<br />
átomos.<br />
Mas tem um detalhe importante: a luz passa entre os<br />
átomos de carbono do diamante mas não passa ilesa. Isso<br />
não acontece só no diamante mas em todo material<br />
transparente. A luz, que é uma onda eletromagnética,<br />
mesmo podendo transitar entre os átomos, interage<br />
com eles e por isso pode ter maior ou menor dificuldade<br />
para atravessar a rede cristalina do material. Esta<br />
dificuldade sofrida pela luz, como já estudamos, é<br />
chamada tecnicamente de Refringência.<br />
O diamante é muito mais refringente do que o vidro<br />
comum pois seu índice de refração absoluto (médio, para<br />
a cor amarela) é de 2,40 contra apenas 1,50 do vidro. Por<br />
isso mesmo a velocidade de propagação da luz no<br />
diamante é bem menor do que no vidro, assim como nos<br />
outros meios descritos na tabela.t<br />
A refringência alta do diamante tem tudo a ver com o<br />
alto grau de brilho que ele apresenta. Através da reflexão<br />
total a luz fica confinada dentro do diamante se<br />
refletindo totalmente.<br />
409
paralelas, isto é, uma associação de dois dioptros planos<br />
e paralelos. Um exemplo comum de lâmina é a placa de<br />
vidro utilizada numa janela.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (PITÁGORAS) Uma das riquezas naturais da África<br />
do Sul são os diamantes. Na figura ao lado, está<br />
representada a trajetória de um raio de luz<br />
monocromática que incide na superfície de um diamante<br />
lapidado. O brilho extraordinário por ele apresentado<br />
está associado ao fenômeno da reflexão total. Dentre as<br />
propriedades físicas do diamante relacionadas a seguir,<br />
aquela cuja contribuição determina o excepcional brilho<br />
apresentado por ele está corretamente indicada na<br />
alternativa:<br />
Vejamos o que acontece com um raio luminoso<br />
ao atravessar uma placa de vidro com as faces paralelas,<br />
imersa no ar. A figura abaixo representa essa situação. O<br />
raio luminoso, proveniente do ar, ao atravessar a placa de<br />
vidro, sofre duas refrações: nos pontos A e B.<br />
No ponto A:<br />
os ângulos i e têm a mesma medida. Lei da reflexão<br />
Aplicando-se a lei de Snell para a refração vem:<br />
a) Elevado grau de dureza: 10 na escala de Moh.<br />
b) Densidade não muito elevada, aproximadamente igual<br />
a 3,5 g/cm 3 .<br />
c) Elevado índice de refração: 2,4.<br />
d) Elevadíssimo ponto de fusão, cerca de 3500 o C.<br />
No ponto B: os ângulos r e têm a mesma medida.<br />
Ângulos alternos internos de retas paralelas.<br />
Os ângulos e têm a mesma medida. Lei da reflexão.<br />
410<br />
4- LÂMINAS DE FACES PARALELAS<br />
Define-se lâmina de faces paralelas como o<br />
conjunto formado por três meios homogêneos e<br />
transparentes, separados por duas superfícies planas e<br />
Aplicando-se a lei de Snell para a refração vem:<br />
Comparando (1) e (2)<br />
vem: nar sen i = nar sen
Portanto:<br />
Observamos que o raio emergente é paralelo ao<br />
raio incidente, mas encontra-se deslocado lateralmente<br />
de uma distância d em relação ao incidente. Esse<br />
deslocamento lateral pode ser calculado através da<br />
expressão:<br />
desvio e terá a menor velocidade porque o meio material<br />
tem para esta cor o maior índice de refração.<br />
O primeiro a estudar esse fenômeno foi Newton.<br />
Aproximadamente no ano de 1666 ele conseguiu mostrar<br />
a separação das cores que compõem a luz branca.<br />
No desenho abaixo, se percebe a ideia discutida.<br />
* MAIOR FREQUÊNCIA (VIOLETA), MAIOR<br />
DESVIO, MAIOR ÍNDICE DE REFRAÇÃO, MENOR<br />
VELOCIDADE<br />
* MENOR FREQUÊNCIA (VERMELHO), MENOR<br />
DESVIO, MENOR ÍNDICE DE REFRAÇÃO, MAIOR<br />
VELOCIDADE<br />
onde d é o deslocamento lateral do raio luminoso.<br />
5- DECOMPOSIÇÃO DA LUZ BRANCA<br />
Nos dias chuvosos sempre vemos a formação de arcoíris.<br />
Esse fenômeno se dá pelo fato de a luz sofrer<br />
refração nas gotículas de água suspensas na atmosfera.<br />
Um feixe de luz solar é dito feixe policromático pelo fato<br />
de ser composto por diversas cores. Podemos verificar<br />
essa afirmação fazendo um feixe de luz solar, que se<br />
propaga no ar, incidir obliquamente na superfície de um<br />
vidro. Como resultado da incidência, veremos que o<br />
feixe refratado tenderá a aproximar-se do eixo normal à<br />
face de emergência.<br />
Entretanto, veremos que as cores que compõem a luz<br />
branca não possuem o mesmo comportamento de desvio.<br />
A luz que mais se aproxima da normal é a violeta, em<br />
seguida são as cores azul, verde, amarela, laranja e<br />
vermelha. As cores que formam uma luz branca são<br />
chamadas de espectroda luz.<br />
Podemos afirmar que quanto maior a frequência da cor,<br />
maior será o índice de refração do meio material para<br />
esta cor, maior será o desvio que ela sofre e<br />
consequentemente menor será a sua velocidade no meio.<br />
Assim, o violeta (maior frequência) sofrerá o maior<br />
Quando essa luz encontra as gotículas de água<br />
espalhadas na atmosfera após a chuva acabam sofrendo<br />
uma refração (dispersão), seguida de uma reflexão total e<br />
por fim uma nova refração, chegando até o observador.<br />
Percebe-se pela discussão que o arco-íris só é visível<br />
quando o Sol se localizar atrás do observador, tendo as<br />
gotículas de água à sua frente.<br />
411
6- AS LENTES E A REFRAÇÃO DA LUZ<br />
Na civilização moderna o uso das lentes foi<br />
fundamental para o desenvolvimento das ciências em<br />
geral. Os astrônomos puderam nos localizar<br />
precisamente no Universo, descobrindo novos planetas e<br />
novas galáxias através do uso dos telescópios com suas<br />
lentes formidáveis. A medicina teve avanços<br />
significativos a partir das descobertas de minúsculos<br />
seres vivos – vírus e bactérias - causadores de doenças<br />
fatais. Estas descobertas só foram possíveis graças à<br />
invenção dos microscópios. Como se não bastassem<br />
estas colaborações, as lentes têm um papel importante no<br />
nosso bem estar físico. Muitos dos nossos queridos (ops,<br />
querido é coisa de vascaíno... he he he)... muitos dos<br />
nossos ilustres (assim tá bem melhor) leitores só<br />
conseguem desenvolver uma leitura correta e saudável<br />
graças às lentes de seus óculos.<br />
Vamos a partir de agora entender a importância das<br />
lentes em nossa vida (principalmente para a propagação<br />
da luz através visão), assim como as leis físicas que<br />
regem a delas.<br />
6.1 -COMPORTAMENTO ÓPTICO E FORMAÇÃO<br />
DE IMAGENS<br />
Diferente dos espelhos, onde a luz batia e<br />
voltava (reflexão), nas lentes a luz bate e a atravessa<br />
(refração). Os diferentes comportamentos da luz após<br />
atravessar as lentes determinam a divisão em dois<br />
grupos. As lentes podem ser convergentes ou<br />
divergentes.<br />
CONVERGENTES<br />
A lente é chamada de convergente quando faz<br />
convergir, num mesmo ponto, raios paralelos sobre ela<br />
incidentes (todos convergem na opinião de que o<br />
Flamengo é o melhor time do país – concentram a<br />
opinião em um mesmo ponto).<br />
Em geral os instrumentos ópticos – lupa,<br />
máquina fotográfica, projetor, filmadora e o OLHO<br />
HUMANO – são formados por uma ou mais lentes, que<br />
podem ser classificadas em côncavas ou convexas.<br />
Lentes Côncavas: são aquelas que possuem a<br />
parte central mais fina que as bordas.<br />
Lentes Convexas: são aquelas que possuem a<br />
parte central mais larga que as bordas<br />
Relativamente às imagens produzidas por estas lentes há<br />
a considerar seis casos.<br />
412
1 - O objeto está situado além do centro de curvatura -<br />
a imagem é real , invertida e menor do que o objeto , e<br />
forma-se entre o foco-imagem e o centro de curvatura<br />
.<br />
2 - O objeto está situado no centro de curvatura - a<br />
imagem é real invertida e igual ao objeto , e forma-se<br />
no mesmo centro de curvatura .<br />
3 - O objeto está situado entre o foco-objeto e centro<br />
de curvatura - a imagem é real , invertida e maior que<br />
o objeto , e forma-se depois do centro de curvatura .<br />
4 - O objeto está situado no foco - a imagem forma-se<br />
no infinito, isto é , não existe imagem<br />
5 - O objeto está situado no infinito - A imagem é real<br />
e forma-se no foco-imagem, praticamente reduzida a<br />
um ponto.<br />
6 - O objeto está situado entre o foco e a lente - a<br />
imagem é virtual, direita e maior que o objeto.<br />
DIVERGENTES<br />
Quando os raios divergem, ao emergir da lente,<br />
esta é dita divergente. Os raios se afastam em relação a<br />
um único ponto.<br />
ATENÇÃO!!!<br />
Qualquer lente côncava ou convexa pode se<br />
comportar de uma ou outra maneira, conforme o meio<br />
onde está imerso. Na grande maioria dos casos temos a<br />
seguinte situação:<br />
Lentes vidro ou acrílico ( n = 1,5 ) imersas no ar<br />
( n = 1,0 ). Quando o índice de refração da lente for<br />
MAIOR que o índice de refração do meio, as lentes<br />
convexas (bordas mais finas) são CONVERGENTES e<br />
as lentes côncavas (bordas mais grossas) são<br />
DIVERGENTES.<br />
6.2- AS LENTES ESFÉRICAS E SUAS EQUAÇÕES<br />
As características das imagens formadas pelas<br />
lentes também podem ser determinadas analiticamente,<br />
isto é, através de equações.<br />
Se um objeto de altura O for colocado<br />
perpendicularmente sobre o eixo principal de uma lente<br />
convergente a uma distância D0 do centro óptico da<br />
lente, a imagem formada terá uma altura I e estará<br />
situada a uma distância DI do centro óptico da lente.<br />
Relativamente a estas lentes as imagens fornecidas por<br />
elas são virtuais, direitas e menores que o objeto.<br />
A relação entre o tamanho da imagem e o do objeto é a<br />
mesma que vimos para espelhos esféricos. Da<br />
semelhança entre os triângulos ABC e A'B'C, podemos<br />
reescrever a relação anterior da seguinte forma:<br />
E da semelhança entre os triângulos CDF e A'B'F,<br />
podemos deduzir:<br />
413
6.4- OLHANDO O OLHO<br />
414<br />
Esta equação pode ser aplicada a qualquer tipo<br />
de lente, convergente ou divergente, e para imagens reais<br />
e virtuais, desde que a seguinte convenção de sinais seja<br />
adotada:<br />
a) a distância DO (ou DI ) será positiva se o objeto (ou a<br />
imagem) for real, e negativa se for virtual;<br />
b) a distância focal f será positiva quando a lente for<br />
convergente, e negativa quando for divergente.<br />
6.3-A VISÃO E O USO DAS LENTES<br />
O ser humano dispõe e utiliza, em seu convívio<br />
pelo mundo, de cinco sentidos: o paladar, o olfato, o tato,<br />
a audição e a visão. Entretanto é através da visão que a<br />
maior parte das informações chegam até o cérebro. Nele<br />
as informações visuais são processadas, interpretadas e<br />
memorizadas como as imagens daquilo que os olhos<br />
vêem. Todo esse processo pode ser compreendido com<br />
base no estudo da máquina fotográfica e da filmadora de<br />
vídeo, que possuem alguns elementos muito semelhantes<br />
aos do olho humano. Por isso vamos descrever um pouco<br />
melhor o olho humano, tanto no aspecto de sua biologia,<br />
apresentando os elementos que o compõem, como um<br />
sistema de percepção e interpretação das coisas.<br />
O olho humano é um órgão aproximadamente<br />
esférico, com diâmetro em torno de 25 mm, equivalente<br />
ao sistema óptico da filmadora de vídeo ou da máquina<br />
fotográfica, constituído basicamente por: um sistema de<br />
lentes, cuja função é desviar e focalizar a luz que nele<br />
incide - a córnea e o cristalino; um sistema de diafragma<br />
variável, que controla automaticamente a quantidade de<br />
luz que entra no olho - a íris (cujo orifício central é<br />
denominado pupila); um anteparo fotossensível - a<br />
retina. Além desses, o olho possui outros componentes<br />
que o caracterizam como uma câmara escura: a<br />
esclerótica e a coroide. Os outros componentes do olho<br />
humano têm a função de fornecer nutrientes e manter a<br />
pressão interna do olho: o humor aquoso e o humor<br />
vítreo.<br />
NA CARA DO ENEM<br />
O CAMINHO DA LUZ NO OLHO HUMANO<br />
A córnea, uma membrana curva e transparente<br />
com espessura de aproximadamente 0,5 mm, é o<br />
primeiro meio transparente encontrado pela luz. A luz<br />
que atinge obliquamente a superfície da córnea sofre um<br />
desvio, que é responsável por 2/3 de sua focalização na<br />
retina. A esclerótica é o envoltório fibroso, resistente e<br />
opaco mais externo do olho, comumente denominado<br />
"branco do olho".<br />
Na frente, a esclerótica torna-se transparente,<br />
permitindo a entrada de luz no olho (córnea).<br />
Internamente, em relação à esclerótica, o olho apresenta<br />
uma camada pigmentada denominada coróide. A coróide<br />
é uma camada rica em vasos sanguíneos e células<br />
pigmentares, e tem a função de absorver a luz, evitando<br />
reflexões que possam prejudicar a qualidade da imagem<br />
projetada na retina. A íris é uma camada também<br />
pigmentada, sendo suficientemente opaca para funcionar<br />
como diafragma. Sua principal função é limitar a<br />
quantidade de luz que atinge a parte central do cristalino,<br />
devendo atuar também na focalização dos objetos<br />
próximos. A íris é formada principalmente por músculos<br />
circulares e radiais, que ao ser estimulados provocam a<br />
diminuição ou o aumento de sua abertura - a pupila -,<br />
cujo diâmetro pode variar de 1,5 mm a 8,0 mm. Seu<br />
funcionamento, porém, não é instantâneo, pois leva cerca<br />
de 5 segundos para se fechar ao máximo e em torno de<br />
300 segundos para se abrir totalmente. Após ter sido
controlada pela íris, a luz atinge o cristalino, que, do<br />
mesmo modo que a córnea, atua como lente convergente,<br />
produzindo praticamente o terço restante do desvio<br />
responsável pela focalização na retina. Entretanto a<br />
importância maior do cristalino não está em desviar a<br />
luz, mas sim em acomodar-se para focalizar a luz na<br />
região da retina mais sensível à luz. Em sua trajetória no<br />
olho, após atravessar o cristalino, a luz passa pelo humor<br />
vítreo, uma substância clara e gelatinosa que preenche<br />
todo o espaço entre o cristalino e a retina. Finalmente,<br />
após atravessar os meios transparentes do olho, a luz<br />
atinge a retina, uma "tela" sobre a qual deverá se formar<br />
a imagem, que, decodificada pelo sistema nervoso,<br />
permitirá a visão das coisas. É uma camada fina, com<br />
espessura de aproximadamente 0,5 mm, rosada,<br />
constituída de fibras e células nervosas interligadas, além<br />
de dois tipos especiais de célula que são sensíveis à luz:<br />
os cones e os bastonetes, cujos nomes estão relacionados<br />
à forma que apresentam. Os cones e os bastonetes são<br />
células fotossensíveis responsáveis pela conversão da luz<br />
em impulsos elétricos, que são transmitidos ao cérebro.<br />
A energia da luz é responsável pela ação química e<br />
elétrica que se desencadeia nas células fotossensíveis; os<br />
detalhes dessa ação ainda são controvertidos,<br />
especialmente em nível fisiológico. A percepção das<br />
cores pelo olho humano está relacionada com a absorção<br />
da luz pelos cones, que se encontram na retina. Existem,<br />
aproximadamente, 7 milhões deles espalhados pela retina<br />
de cada olho. Acredita-se que a capacidade de<br />
discriminação de cores pelo olho esteja relacionada com<br />
diferentes elementos fotossensíveis contidos nos cones.<br />
Esses elementos seriam de três tipos, sendo cada um<br />
deles sensível a uma determinada faixa de energia, que<br />
corresponde, majoritariamente, ou ao azul, ou ao verde,<br />
ou ao vermelho. A visão das outras cores é explicada<br />
pela estimulação simultânea e em graus distintos desses<br />
elementos fotossensíveis. Já os bastonetes funcionam<br />
com pouca luz e percebem os tons em cinza. A retina de<br />
cada olho contém cerca de 125 milhões de bastonetes<br />
distribuídos entre os milhões de cones. A sensibilidade<br />
dos bastonetes em relação à luz é cerca de 100 vezes<br />
maior que a dos cones, mas estes reagem à claridade<br />
quatro vezes mais rápidos que aqueles. Portanto a luz<br />
que chega à retina estimula cones e bastonetes a gerar<br />
impulsos elétricos. Os cones funcionam bem na claridade<br />
e são responsáveis pelos detalhes e cores observados<br />
numa cena , enquanto os bastonetes são os responsáveis<br />
pela nossa visão quando o ambiente é mal iluminado.<br />
Esses sinais são transmitidos, através do nervo óptico,<br />
até o cérebro, que os interpreta como imagens do que os<br />
olhos vêem.<br />
6.5 – PONTO REMOTO E PONTO PRÓXIMO<br />
xO ponto mais distante que o olho vê nitidamente,<br />
estando os músculos ciliares relaxados, é<br />
denominado ponto remoto. A distância D do ponto<br />
remoto ao olho é denominada distância máxima da visão<br />
distinta.<br />
O ponto mais próximo que o olho vê nitidamente,<br />
estando os músculos ciliares com a máxima contração, é<br />
denominado ponto próximo. A distância d do ponto<br />
próximo ao olho é denominada distância mínima da<br />
visão distinta.<br />
Para o olho de visão normal, o ponto remoto<br />
está infinitamente afastado (D⇾∞) e o ponto próximo<br />
está a uma distância convencional de 25 cm (d = 25 cm).<br />
Assim, de um objeto no infinito o olho normal conjuga<br />
uma imagem nítida sobre a retina.<br />
6.6- PROBLEMAS DE VISÃO<br />
Em nosso cotidiano as pessoas são acometidas<br />
por alguns problemas de visão muito comuns e o uso de<br />
lentes corretoras pode auxiliá-las a superar as<br />
dificuldades em enxergar melhor o mundo. Os problemas<br />
de visão mais comuns e que podem ser corrigidos com o<br />
uso das lentes esféricas citadas (côncavas ou convexas)<br />
são MIOPIA, HIPERMETROPIA E A PRESBIOPIA.<br />
Miopia<br />
A miopia é um problema da visão na qual a<br />
imagem de um objeto no infinito se forma antes da<br />
retina. Isto ocorre devido a um alongamento do olho.<br />
415
Hipermetropia<br />
X<br />
O míope, portanto, não enxerga bem de longe, isto é, o<br />
ponto remoto do míope (PRM) está a uma distância<br />
D m finita do olho.<br />
As lentes corretivas dos óculos de um míope são lentes<br />
esféricas divergentes.<br />
Elas diminuem a<br />
convergência dos raios de luz e a imagem de um objeto<br />
distante passa a se formar na retina.<br />
xUm míope, ao usar óculos, tem a imagem de um objeto<br />
situado no infinito formada no seu ponto remoto, que<br />
coincide com o foco principal imagem F’. Esta imagem<br />
funciona como objeto para o olho que forma a imagem<br />
final nítida na retina. Assim, a distância focal da lente<br />
corretiva é dada por:<br />
f = -D m<br />
A hipermetropia é um problema da visão na qual a<br />
imagem de um objeto no infinito se forma depois da<br />
retina. Isto ocorre devido a um encurtamento do olho.<br />
O hipermetrope com esforço de acomodação<br />
enxerga bem de longe, mas não enxerga bem de perto.<br />
Isto significa que o ponto próximo do hipermetrope<br />
(PPH) está a uma distância mínima da visão distinta (d h)<br />
maior do que 25 cm, que é a distância do ponto próximo<br />
ao olho normal (PPN).<br />
As lentes corretivas dos óculos de um<br />
hipermetrope são lentes esféricas convergentes. Elas<br />
aumentam a convergência dos raios de luz.<br />
Um hipermetrope, ao usar óculos, tem a imagem<br />
de um objeto situado a 25 cm do olho (ponto próximo do<br />
olho normal) formada no ponto próximo do<br />
hipermetrope. Esta imagem funciona como objeto para o<br />
olho que forma a imagem final nítida na retina.<br />
Lembre-se que um míope não pode ir ao<br />
zoológico, pois no zôo só tem bicho e a lente do míope é<br />
DI VÊ GENTE. (essa foi mau !!!)<br />
416
Assim, sendo f distância focal da lente corretiva,<br />
p = 25 cm e p’ = -d h (imagem virtual), temos pela<br />
equação de Gauss:<br />
1/f = 1/25 - 1/d h<br />
EM RESUMO<br />
PRESBIOPIA<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (ENEM) Sabe-se que o olho humano não consegue<br />
diferenciar componentes de cores e vê apenas a cor<br />
resultante, diferentemente do ouvido, que consegue<br />
distinguir, por exemplo, dois instrumentos diferentes<br />
tocados simultaneamente. Os raios luminosos do<br />
espectro visível, que têm comprimento de onda entre 380<br />
nm e 780 nm, incidem na córnea, passam pelo cristalino<br />
e são projetados na retina. Na retina, encontram-se dois<br />
tipos de fotorreceptores, os cones e os bastonetes, que<br />
convertem a cor e a intensidade da luz recebida em<br />
impulsos nervosos. Os cones distinguem as cores<br />
primárias: vermelho, verde e azul, e os bastonetes<br />
diferenciam apenas níveis de intensidade, sem separar<br />
comprimentos de onda. Os impulsos nervosos<br />
produzidos são enviados ao cérebro por meio do nervo<br />
óptico, para que se dê a percepção da imagem. Um<br />
indivíduo que, por alguma deficiência, não consegue<br />
captar as informações transmitidas pelos cones,<br />
perceberá um objeto branco, iluminado apenas por luz<br />
vermelha, como<br />
Quando uma pessoa envelhece, seu cristalino<br />
vai enrijecendo e perdendo a capacidade de acomodação.<br />
Em conseqüência, há um afastamento do ponto próximo,<br />
embora a visão a distância se conserve normal. A<br />
correção para este problema se faz com o uso de lentes<br />
CONVERGENTES, assim como a hipermetropia.<br />
(A) um objeto indefinido, pois as células que captam a<br />
luz estão inativas.<br />
(B) um objeto rosa, pois haverá mistura da luz vermelha<br />
com o branco do objeto.<br />
(C) um objeto verde, pois o olho não consegue<br />
diferenciar componentes de cores.<br />
(D) um objeto cinza, pois os bastonetes captam<br />
luminosidade, porém não diferenciam cor.<br />
(E) um objeto vermelho, pois a retina capta a luz<br />
refletida pelo objeto, transformando-a em vermelho.<br />
A ESQUERDA UMA VISÃO NORMAL E A DIREITA<br />
A VISÃO DE UMA PESSOA COM PRESBIOPIA<br />
COMENTANDO A QUESTÃO: Essa questão está<br />
dentro da habilidade: Compreender fenômenos<br />
decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em<br />
suas manifestações em processos naturais ou<br />
tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais,<br />
econômicas ou ambientais. O texto é bastante<br />
explicativo, e suficiente para a solução: os cones<br />
distinguem as cores... Ora, um indivíduo sem informação<br />
dos cones não distingue as cores é conhecido como<br />
Daltônico! E, em altos graus de daltonismo, este enxerga<br />
apenas uma escala de cinzas. Daí os sinais de trânsito,<br />
além das cores, terem posições definidas que permitem<br />
417
identificar cada uma, também. Porém, daltonismo não é<br />
cegueira! A pessoa vê o objeto, cinza, mas vê! Resposta<br />
d.<br />
2) Se um pescador quiser fisgar um peixe lançando<br />
obliquamente um arpão, ele deverá arremessá-lo acima<br />
ou abaixo da posição em que vê o peixe?<br />
3) Como deve ser um meio para que a luz se propague<br />
nele em linha reta?<br />
4) O que veríamos se mergulhássemos uma peça de vidro<br />
num líquido de mesmo índice de refração que o vidro?<br />
5) Um explorador, perdido na Antártica, conseguiu<br />
acender uma fogueira usando um bloco de gelo que<br />
obteve congelando água num pires. Como ele procedeu?<br />
6) Uma pessoa à beira de um lago aponta uma<br />
espingarda para um peixe submerso. Admitindo que a<br />
bala tenha trajetória retilínea dirigida segundo o cano da<br />
arma, pode-se prever que a bala passa por cima, por<br />
baixo ou acerta o peixe? Explique.<br />
7) A lente convergente da Figura A forma uma imagem<br />
real, invertida e ampliada na tela.Se a lente for cortada ao<br />
meio e recolocada na mesma posição (Figura B),<br />
como será a imagem na tela? Escolha entre as<br />
alternativas da figura abaixo. Para lhes ajudar a<br />
raciocinar lembre-se de uma pessoa usando óculos... se<br />
for uma lente pela metade, como ela enxergará?<br />
8)Um paciente procurou um conhecido oftalmologista<br />
filantropo buscando solução para sua dificuldade de<br />
enxergar nitidamente objetos distantes, embora enxergue<br />
perfeitamente objetos próximos. Sem mesmo cobrar a<br />
consulta, o diagnóstico foi estabelecido: presbiopia.<br />
Prescreveu então lentes esféricas convergentes de<br />
dioptria + 0,5. Apesar de ter sido aconselhado a comprar<br />
as lentes corretivas ao lado do consultório, na ótica de<br />
propriedade do caridoso “médico”, o ingrato paciente foi<br />
a outro estabelecimento. Para sua surpresa, foi advertido<br />
pelo vendedor de que a prescrição não era adequada para<br />
aquele sintoma e o caso resultou em um processo contra<br />
o “oftalmologista”. Quais deveriam ter sido o<br />
diagnóstico e o tipo de lente adequados para corrigir o<br />
problema do paciente?<br />
9) Uma pessoa míope, quando criança, pode, em alguns<br />
casos,ter uma visão quase normal quando atingir a meiaidade.<br />
Por que isso é possível? Isso também ocorreria se<br />
ela fosse hipermetrope?<br />
10) João e José são gêmeos idênticos com apenas uma<br />
diferença: João é míope e José é hipermetrope. Quem é<br />
quem? (não vale chutar!!!)<br />
418
a) João é A e José é B.<br />
b) João é B e José é A.<br />
c) Não dá para saber.<br />
11) Por que as pessoas mais velhas, que não usam<br />
óculos, lêem os livros segurando-os numa posição mais<br />
afastada dos olhos do que as pessoas mais jovens? Que<br />
lente deve ajudar a melhorar o problema?<br />
12) A água de um aquário, por alguma razão, forma uma<br />
enorme bolha de ar. A luz de uma lanterna ideal cujo<br />
feixe é milagrosamente paralelo, incide sobre a bolha. O<br />
que acontece com o feixe de luz depois que passa pela<br />
bolha?<br />
a) Diverge.<br />
b) Converge.<br />
c) Passa incólume.<br />
Com base nessas informações e nos conhecimentos da<br />
óptica geométrica, analise as<br />
afirmativas e marque com V as verdadeiras e com F, as<br />
falsas.<br />
( ) A distância focal da lente de um olho humano normal<br />
pode ser variável para garantir acomodação visual.<br />
( ) A miopia decorre de um achatamento do globo ocular<br />
e pode ser corrigido com o auxílio de uma lente<br />
convergente.<br />
( ) Na formação das imagens na retina do olho humano<br />
normal, o cristalino funciona<br />
como lente convergente, formando imagens reais e<br />
invertidas na retina, situada a uma distância de 15,0mm<br />
da lente.<br />
( ) A hipermetropia é corrigida com o auxílio de uma<br />
lente convergente, cuja finalidade é a de conjugar a um<br />
objeto impróprio uma imagem sobre o ponto remoto do<br />
olho hipermetrope, que funciona como objeto para o<br />
cristalino, que conjuga a imagem final sobre a retina.<br />
A alternativa que indica a sequência correta, de cima<br />
para baixo, é a<br />
A) V V V F<br />
B) V F V V<br />
C) V V F F<br />
D) F V F F<br />
E) F F F V<br />
ATIVIDADES DE SALA<br />
1) (UNIT) A figura representa o esquema simplificado<br />
de um olho humano, denominado de olho reduzido. A<br />
luz proveniente de um objeto penetra no olho pela córnea<br />
e, até atingir a retina, ela percorre, na seguinte ordem, o<br />
humor aquoso, o cristalino e o humor vítreo, que são<br />
representados por uma única lente.<br />
2) (TIPO ENEM) Durante uma consulta ao seu médico<br />
oftalmologista, um estudante obteve uma receita com as<br />
especificações dos óculos que ele deve usar para corrigir<br />
seus defeitos de visão. Os dados da receita estão<br />
apresentados no quadro abaixo.<br />
Em suas aulas de física, ele havia aprendido como se<br />
formam as imagens no olho hipermétrope e no míope, as<br />
quais estão representadas nas Figuras I e II abaixo.<br />
419
4) (UESB)<br />
Sabendo que a dioptria, D, popularmente<br />
conhecida como “grau da lente”, é determinada pelo<br />
inverso da distância focal ʄ(m), medida em metros, isto é,<br />
D = 1/f é correto afirmar que o estudante é<br />
A) hipermétrope, e as lentes de seus óculos devem ter<br />
distância focal igual a 0,5 m.<br />
B) hipermétrope, e as lentes de seus óculos devem ter<br />
distância focal igual a 2,0 m.<br />
C) míope, e as lentes de seus óculos devem ter distância<br />
focal igual a 0,5 m.<br />
D) míope, e as lentes de seus óculos devem ter distância<br />
focal igual a 2,0 m.<br />
3) (UFPE) Um raio de luz incide na parte curva de um<br />
cilindro de plástico de seção semicircular formando um<br />
ângulo i com o eixo de simetria. O raio emerge na face<br />
plana formando um ângulo r com o mesmo eixo. Um<br />
estudante fez medidas do ângulo r em função do ângulo<br />
i e o resultado será mostrado no gráfico r versus i.<br />
Determine o índice de refração deste plástico.<br />
A figura representa um objeto extenso situado em<br />
diversas posições diante de uma lente esférica disposta<br />
perpendicularmente ao eixo principal. Sabendo-se que A<br />
é o ponto antiprincipal objeto, F é o foco principal objeto<br />
e a lente é gaussiana, com base nos conhecimentos sobre<br />
a óptica geométrica, é correto afirmar que a imagem<br />
conjugada pela lente do objeto que se encontra na<br />
posição<br />
01) 1 é similar àquela obtida por uma lupa.<br />
02) 2 é igual à imagem conjugada por um espelho plano.<br />
03) 3 tem a mesma natureza da imagem projetada em<br />
uma tela.<br />
04) 4 tem a mesma natureza da imagem obtida por um<br />
espelho convexo.<br />
05) 4 é real, invertida e menor do que o objeto.<br />
5) (UNESP - TIPO ENEM) Em um experimento didático<br />
de óptica geométrica, o professor apresenta aos seus<br />
alunos o diagrama da posição da imagem conjugada por<br />
uma lente esférica delgada, determinada por sua<br />
coordenada p’, em função da posição do objeto,<br />
determinada por sua coordenada p, ambas medidas em<br />
relação ao centro óptico da lente.<br />
Analise as afirmações.<br />
420
I. A convergência da lente utilizada é 5 di.<br />
II. A lente utilizada produz imagens reais de objetos<br />
colocados dos entre 0 e 10 cm de seu centro óptico.<br />
III. A imagem conjugada pela lente a um objeto linear<br />
colocado a 50 cm de seu centro óptico será invertida e<br />
terá ¼ da altura do objeto.<br />
8) A luz policromática proveniente do ar sofre refração e<br />
dispersão no vidro, conforme mostra a figura abaixo.<br />
Quais as cores que estão melhor representadas pelos<br />
raios 1, 2 e 3, respectivamente?<br />
Está correto apenas o contido em<br />
(A) II.<br />
(B) III.<br />
(C) I e II.<br />
(D) I e III.<br />
(E) II e III.<br />
6) Um ladrão expert em óptica escondeu um rubi numa<br />
caixa pendurada por uma corda de 2,0 m de<br />
comprimento e amarrada no centro da base circular de<br />
uma bóia, flutuante em água de índice de refração 1,4.<br />
Qual o diâmetro mínimo da bóia a ser usada, a fim de<br />
que seja impossível ver a caixa submersa de qualquer<br />
ponto da superfície da água?<br />
a) 3 m<br />
b) 4 m<br />
c) 5 m<br />
d) 6 m<br />
e) 8 m<br />
7) A figura mostra uma pequena lâmpada acesa, situada<br />
no fundo de um tanque de paredes opacas e de 20 cm de<br />
profundidade, completamente cheio de água. Um<br />
observador O, no ar, observa a lâmpada da posição<br />
indicada na figura.<br />
a) vermelho, verde e azul<br />
b) azul, amarelo e vermelho<br />
c) verde, azul e amarelo<br />
d) amarelo, verde e vermelho<br />
e) vermelho, azul e verde.<br />
9) Tem-se um bloco de vidro transparente em forma de<br />
paralelepípedo reto, imerso no ar. Sua secção transversal<br />
ABCD está representada na figura abaixo. Um raio de<br />
luz monocromático, pertencente ao plano definido por<br />
ABCD, incide em I1, refratando-se para o interior do<br />
bloco e incidindo em I2. Sabendo-se o índice de<br />
refração do vidro vale 1,4, pode-se afirmar que:<br />
a) o ângulo limite para o dioptro plano vidro-ar é de 60 0 .<br />
b) logo após a incidência em I2, ocorre reflexão total.<br />
c) o ângulo limite para o dioptro plano vidro-ar é de 30 0 .<br />
d) logo após a incidência em I2, ocorre refração.<br />
a) Determine a profundidade aparente da lâmpada.<br />
b) Quando o observador mergulhou na água, um avião<br />
passou voando baixo. A altura aparente do avião,<br />
segundo o mergulhador, era de 1200 m de altura. A que<br />
altura H o avião realmente se encontrava, em relação à<br />
superfície da água?<br />
10) Um oftalmologista explica que pais e professores<br />
devem estar atentos aos comportamentos das crianças.<br />
Uma dificuldade de aprendizado pode ser explicada por<br />
defeitos na visão. Alguns defeitos na visão como a<br />
421
miopia e a hipermetropia são causados pela falta de<br />
esfericidade do olho. Para corrigir essas deficiências,<br />
usamos as lentes esféricas. Uma pessoa que é míope,<br />
para corrigir essa dificuldade que ela tem de enxergar de<br />
longe, precisa usar uma lente esférica divergente. Já uma<br />
pessoa que é hipermetrope deve usar para correção uma<br />
lente esférica convergente. Com base no texto acima, a<br />
vergência de uma lente corretiva para um olho<br />
hipermetrope, cujo ponto próximo está a 80,00 cm<br />
(considere o ponto próximo de um olho com visão<br />
normal a uma distância de 25,00 cm), e um olho míope,<br />
cujo ponto distante está a 80,00 cm é, respectivamente:<br />
a) 2,75 di e –1,25 di<br />
b) 5,25 di e –1,25 di<br />
c) 4,25 di e –8,75 di<br />
d) 1,25 di e –2,75 di<br />
e) 1,75 di e –2,25 di<br />
11) Um projetor de slides deve projetar na tela uma<br />
imagem ampliada 24 vezes. Se a distância focal da<br />
objetiva do projetor é de 9,6 cm, a que distância do slide<br />
deve ser colocada a tela?<br />
13) (PUC-SP) A objetiva de um projetor cinematográfico<br />
tem distância focal 10 cm. Para que seja possível obter<br />
uma ampliação de + 200 vezes, o comprimento da sala<br />
de projeção deve ser aproximadamente:<br />
a) 20 m<br />
b) 15 m<br />
c) 10 m<br />
d) 5 m<br />
e) 4 m<br />
QUESTÕES ARRETADAS DE SALA<br />
1) (BAHIANA) A figura representa o esquema básico do<br />
princípio de funcionamento de um microscópio, que<br />
alicerçou o desenvolvimento de outros dispositivos com<br />
grande variedade de possibilidade de interação com o<br />
mundo nanométrico. Sobre o funcionamento desse<br />
dispositivo, com base nos conhecimentos de <strong>Física</strong>, é<br />
correto afirmar:<br />
422<br />
a) 250 cm<br />
b) 240 cm<br />
c) 10 cm<br />
d) 230 cm<br />
e) 260 cm<br />
12) Por meio de um projetor, obtém-se uma imagem<br />
com aumento linear transversal igual a 20.<br />
A distância do projetor à tela é d = 5,25 m. A<br />
convergência da lente do projetor, em dioptrias, é:<br />
a) 25,0<br />
b) 0,25<br />
c) 4,0<br />
d) 0,0525<br />
e) 1,25<br />
01) O funcionamento do microscópio composto é<br />
equivalente a um sistema óptico constituído por uma<br />
lupa associada a uma lente convergente posicionadas<br />
convenientemente.<br />
02) A imagem real A’B’ conjugada pela lente objetiva é<br />
o objeto virtual em relação à ocular.<br />
03) A lente ocular forma uma imagem real da imagem<br />
formada pela lente objetiva.<br />
04) A lente objetiva tem função de uma lupa no sistema<br />
óptico.<br />
05) A ampliação fornecida pelo microscópio é igual a<br />
y”y’.<br />
2) (BAHIANA) Uma das promessas mais espetaculares –<br />
e humanas – a engenharia genética é a de restituir a visão<br />
a uma pessoa. Uma intervenção à base de engenharia<br />
genética consiste em injetar cópia saudável do gene dos
olhos dos pacientes, usando como “carregador” um vírus<br />
atenuado. A figura representa o esquema da formação da<br />
imagem em um olho reduzido.<br />
03) O filme é colocado além do ponto antiprincipal<br />
objeto da lente.<br />
04) A imagem final, invertida e ampliada, pode<br />
comportar-se como objeto real para várias pessoas.<br />
05) O aumento linear transversal da imagem é positivo<br />
porque o objeto e a imagem têm a mesma natureza.<br />
A análise da figura associada, aos conhecimentos da<br />
óptica geométrica, permite afirmar:<br />
01) A distância focal da lente de um olho é fixa.<br />
02) O cristalino de um olho é constituído por uma lente<br />
bicôncava.<br />
03) As pessoas portadoras de hipermetropia apresentam<br />
o globo ocular mais alongado que o normal, fazendo com<br />
que a imagem se forme antes da retina.<br />
04) A distância focal de uma das lentes dos óculos de<br />
uma pessoa com convergência +2,0di é igual a 5m.<br />
05) A correção da miopia é feita com a utilização de<br />
lentes divergente porque essas lentes fornecem de um<br />
objeto impróprio, uma imagem virtual no ponto remoto<br />
do olho que se comporta como objeto para o cristalino,<br />
produzindo uma imagem final real exatamente sobre a<br />
retina.<br />
4) (UNESP) Uma haste luminosa de 2,5 m de<br />
comprimento está presa verticalmente a uma boia opaca<br />
circular de 2,26 m de raio, que flutua nas águas paradas e<br />
transparentes de uma piscina, como mostra a figura.<br />
Devido à presença da boia e ao fenômeno da reflexão<br />
total da luz, apenas uma parte da haste pode ser vista por<br />
observadores que estejam fora da água.<br />
3) (BAHIANA)<br />
Assistir a um bom filme é uma higiene mental<br />
que promove a qualidade de saúde das pessoas. A análise<br />
da figura que representa o esquema simplificado, em<br />
corte, de um projetor de filme, permite afirmar:<br />
01) A fonte F é colocada no foco do espelho côncavo E.<br />
02) A objetiva do projetor é um sistema divergente de<br />
lentes.<br />
Considere que o índice de refração do ar seja 1,0, o da<br />
água da piscina 4/3, sen 48,6º = 0,75 e tg 48,6º = 1,13.<br />
Um observador que esteja fora da água poderá ver, no<br />
máximo, uma porcentagem do comprimento da haste<br />
igual a:<br />
(A) 70%.<br />
(B) 60%.<br />
(C) 50%.<br />
(D) 20%.<br />
(E) 40%.<br />
5) Um raio de luz monocromática que se propaga no ar,<br />
incide numa esfera de acrílico, sob um ângulo de<br />
incidência alfa igual a 45 0 , penetra na esfera e, em<br />
seguida, retorna ao ar, formando um ângulo beta. Se o<br />
índice de refração do acrílico vale 1,4, determine o<br />
ângulo beta.<br />
423
6) Um raio de luz que se propaga no ar incide sobre a<br />
superfície plana polia de um bloco de cristal de acordo<br />
com a figura abaixo. Determine, em graus, o ângulo<br />
limite para a refração da luz, ao sair desse cristal.<br />
Com base nessas informações, é correto afirmar que, em<br />
valor absoluto, as abscissas focais de L e E valem, em<br />
centímetros, respectivamente:<br />
a) 40 e 20<br />
b) 40 e 40<br />
c) 40 e 80<br />
d) 80 e 80<br />
e) 80 e 120<br />
9) Num olho que tem hipermetropia o ponto próximo<br />
situa-se a 50 cm de distância. Em outras palavras, 50 cm<br />
é a menor distância para qual um olho consegue enxergar<br />
um objeto com nitidez fazendo o máximo esforço de<br />
acomodação visual. Quantos graus deve ser a lente<br />
utilizada por esse olho?<br />
a) 15<br />
b) 30<br />
c) 45<br />
d) 60<br />
e) impossível refletir totalmente.<br />
10) O ponto remoto de uma visão saudável encontra-se<br />
no infinito e a distância entre o cristalino e a retina é de<br />
2cm. Para uma certa pessoa que tem miopia o ponto<br />
remoto não está no infinito, estando a 2m do olho. O<br />
grau adequado para corrigir esse problema de visão será<br />
de quanto?<br />
7) Uma lente convergente e uma outra, divergente, de<br />
distâncias focais respectivamente iguais a +30 cm e – 60<br />
cm são justapostas. Uma vela acesa é posicionada<br />
frontalmente à essa associação de lentes, a uma distância<br />
de 90 cm das lentes, a fim de projetar sua própria<br />
imagem num anteparo. A que distância do conjunto de<br />
lentes deve ser colocado o referido anteparo?<br />
424<br />
8) Um feixe de raios paralelos, representado por I1 e I2,<br />
incide em uma lente bicôncava L para, em seguida,<br />
incidir em um espelho côncavo E, conforme ilustra a<br />
figura abaixo.
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1- (TIPO ENEM) O arco-íris é um dos fenômenos mais<br />
marcantes que ocorre com a luz. Observe os esquemas<br />
sobre a explicação do arco-íris elaborada por Isaac<br />
Newton:<br />
Dados:<br />
sen 24º = 0,4 ; sen 30º = 0,5; sen. 37º = 0,60; sen 44º =<br />
0,7; sen 53º = 0,80;<br />
velocidade da Luz na água = 200.000 km/s<br />
c = 300.000 km/s<br />
Índice de refração do vidro = 2,4<br />
a) 24º<br />
b) 30º<br />
c) 44º<br />
d) 53º<br />
e) Não ocorre a refração.<br />
3- Um raio de luz monocromático refrata do vidro para a<br />
água. Determine o desvio sofrido por este raio de luz.<br />
Os fenômenos ópticos que ocorrem com a luz dentro das<br />
gotículas de água que promovem a ilusão chamada arcoíris<br />
são, na ordem,<br />
a) dispersão, reflexão total e refração.<br />
b) difusão, reflexão total e refração.<br />
c) Refração, polarização e difusão.<br />
d) Reflexão, interferência e difusão.<br />
e) difração, dispersão e interferência.<br />
2- (TIPO ENEM) Um raio de luz monocromático refrata<br />
do vidro para a água. Determine o desvio sofrido por este<br />
raio de luz.<br />
Dados:<br />
sen 24º = 0,4 ; sen 30º = 0,5; sen. 37º = 0,60; sen 44º =<br />
0,7; sen 53º = 0,80;<br />
velocidade da Luz na água = 200.000 km/s<br />
c = 300.000 km/s<br />
Índice de refração do vidro = 2,4<br />
a) 24º<br />
b) 30º<br />
c) 44º<br />
d) 53º<br />
e) Não ocorre a refração.<br />
425
4- (TIPO ENEM) Antes das modernas cirurgias a laser, o<br />
recurso para a correção de problemas da visão era, quase<br />
exclusivamente, o uso de óculos.<br />
Com base nessas informações, pode-se concluir que o<br />
retroprojetor funciona, conforme a descrição anterior, se:<br />
a) os elementos óticos 1 e 2 são espelhos convexos e o<br />
elemento ótico 3 é um espelho plano.<br />
b) os elementos óticos 1 e 2 são lentes divergentes e o<br />
elemento ótico 3 é um espelho côncavo.<br />
c) o elemento ótico 1 é uma lente convergente e o<br />
elemento ótico 2 é uma lente divergente.<br />
d) o elemento ótico 3 é uma lente divergente.<br />
As superfícies das lentes dos óculos são curvas para:<br />
a) dar uma resistência maior ao vidro, protegendo os<br />
olhos em caso de impactos sobre os óculos.<br />
b) alterar o ângulo de incidência da luz para corrigir<br />
distorções anatômicas e/ou funcionais dos olhos.<br />
c) refletir totalmente a luz incidente para corrigir a visão.<br />
d) filtrar, adequadamente, a luz que chega aos olhos,<br />
clareando a visão.<br />
e) aumentar o espalhamento da luz que incidirá no fundo<br />
do olho, aumentando a imagem formada.<br />
6- (TIPO ENEM) Observe as duas receitas de lentes<br />
mostradas abaixo. Elas foram prescritas por um<br />
oftalmologista de nossa cidade, destinadas a dois de seus<br />
pacientes, Andrea e Rafael, que apresentam dois dos<br />
defeitos mais comuns de visão.<br />
5- (TIPO ENEM) Um certo diagrama foi apresentado em<br />
um auditório por meio da projeção em tela, uma<br />
tecnologia semelhante à utilizada nos cinemas. Não<br />
menos importante que o projetor cinematográfico, está o<br />
retroprojetor, também utilizado como dispositivo<br />
tecnológico. A figura a seguir representa as trajetórias<br />
dos raios luminosos emitidos pela lâmpada de um<br />
retroprojetor. Usando esse aparelho, pode-se projetar na<br />
tela T uma imagem ampliada de um objeto desenhado<br />
sobre um filme de plástico transparente F, colocado<br />
sobre o elemento ótico 1. A luz é desviada pelos<br />
elementos óticos 1, 2 e 3.<br />
Considerando que nenhum dos pacientes apresenta<br />
presbiopia, assinale a alternativa correta.<br />
a) Andréa é portadora de miopia e astigmatismo e Rafael<br />
é portador de hipermetropia e astigmatismo.<br />
b) Andréa é portadora de hipermetropia e Rafael é<br />
portador de miopia.<br />
c) A lente utilizada por Rafael é divergente e é a mesma<br />
utilizada por um presbíope.<br />
d) A lente utilizada por Andréa pode ser utilizada para<br />
concentrar a luz do Sol em um determinado ponto.<br />
e) A lente usada no olho direito por Andréa possui<br />
vergência negativa de 2,5 graus.<br />
426
As condições obrigatórias são:<br />
(A) I e II<br />
(B) I e III<br />
(C) II e IV<br />
(D) III e V<br />
(E) II e III<br />
7- (TIPO ENEM) José fez exame de vista e o médico<br />
oftalmologista preencheu a receita abaixo. Pela receita,<br />
conclui-se que o olho:<br />
9- (TIPO ENEM) Um feixe de luz é desviado, devido ao<br />
fenômeno de refração, ao passar da água para o ar. Se o<br />
ângulo de incidência exceder o chamado ―ângulo<br />
crítico‖, o feixe é totalmente refletido e permanece na<br />
água. Uma demonstração interessante da reflexão total<br />
consiste em formar duas camadas de líquidos diferentes.<br />
Para isso, podemos utilizar óleo vegetal e uma mistura de<br />
água e álcool isopropílico. O óleo vegetal, tendo<br />
densidade menor que a da mistura de água e álcool<br />
isopropílico, flutua sobre essa mistura.<br />
a) direito apresenta miopia, astigmatismo e vista cansada<br />
b) direito apresenta apenas miopia e astigmatismo<br />
c) direito apresenta apenas astigmatismo e vista cansada<br />
d) esquerdo apresenta apenas hipermetropia<br />
e) esquerdo apresenta apenas vista cansada<br />
8- (TIPO ENEM) Um raio luminoso proveniente de um<br />
meio transparente incide na superfície que separa de<br />
outro meio igualmente transparente. Curiosamente, ao<br />
invés de o raio refratar-se, ele refletiu-se, voltando para o<br />
meio transparente de origem. São enunciadas a seguir<br />
cinco condições para explicar o fenômeno.<br />
I. o raio dirigiu-se do meio mais denso para o menos<br />
denso;<br />
II. o raio incidiu em angulo superior ao ângulo limite;<br />
III. a superfície de separação é plana;<br />
Para que o fenômeno de reflexão total representado na<br />
figura anterior possa ocorrer, é necessário que o<br />
a) óleo e a mistura água + álcool estejam no estado<br />
sólido.<br />
b) o índice de refração do óleo seja maior que o da<br />
mistura água + álcool.<br />
c) o ângulo de incidência do feixe seja próximo de 90o.<br />
d) o índice de refração do óleo seja menor que o da<br />
mistura água + álcool.<br />
e) o índice de refração do óleo seja igual ao da mistura<br />
água + álcool.<br />
IV. um dos meios tem que ser o vácuo;<br />
V. a incidência tem que ser normal.<br />
427
10- (TIPO ENEM) Observe a tirinha a seguir:<br />
lente refratante, produzindo uma imagem invertida. A<br />
fotografia a seguir mostra um exemplo do que chamamos<br />
de miragem superior, ou seja, uma miragem cuja imagem<br />
se forma acima do objeto.<br />
Urbano está utilizando uma lente para investigar um<br />
produto. Essa lente<br />
a) pode ser usada para projetar um filme.<br />
b) pode ser utiliza como “olho mágico” em uma porta.<br />
c) forma apenas imagens virtuais.<br />
d) pode ser usada para corrigir a miopia.<br />
e) forma apenas imagens reais.<br />
11- (TIPO ENEM) O fenômeno apresentado pela figura<br />
é o mesmo que explica<br />
A figura seguinte mostra a representação esquemática da<br />
miragem superior.<br />
O fenômeno representado nessa figura se deve ao fato<br />
de:<br />
428<br />
a) o funcionamento dos espelhos.<br />
b) o espalhamento da luz na tela dos cinemas.<br />
c) a formação de sombras e de regiões se penumbra.<br />
d) a decomposição da luz branca por um prisma.<br />
e) o funcionamento da fibra óptica e dos faróis “olhos de<br />
gato”.<br />
12- (TIPO ENEM) O efeito de Fada Morgana, do<br />
italiano Fata Morgana, nome que se refere à fictícia<br />
feiticeira meia irmã do Rei Artur que, segundo a lenda,<br />
era uma fada que conseguiu mudar-se de aparência, tratase<br />
de uma ilusão de óptica. No mar, com tempo calmo, a<br />
separação regular entre o ar quente e o ar frio (mais<br />
denso) perto da superfície da água pode atuar como uma<br />
a) o ar quente possuir maior índice de refração que o ar<br />
frio.<br />
b) o ar quente possuir o mesmo índice de refração que o<br />
ar frio.<br />
c) o ar quente possuir menor índice de refração que o ar<br />
frio.<br />
d) a velocidade da luz aumentar à medida que a luz se<br />
aproxima da água.<br />
e) a velocidade da luz permanecer constante à medida<br />
que a luz se aproxima da água.
13- (UFBA/BAHIANA) Assinale V ou F.<br />
(01) “...A luz refletida na superfície do GL581c viaja no<br />
espaço interestelar com velocidade de 300 000km/s e<br />
demora, aproximadamente, duas décadas para atingir a<br />
Terra...” A distância da superfície da Terra à superfície<br />
do planeta GL581c é da ordem de 10 14 km.<br />
(02) Os espelhos planos da caixa conjugam uma<br />
quantidade inumerável de imagens de uma fonte de luz<br />
puntiforme localizada no centro da caixa.<br />
(03) Os lagos profundos se apresentam com coloração<br />
azul-turquesa, porque suas águas absorvem a luz azul<br />
proveniente do Sol.<br />
(04) A ampliação da imagem conjugada de um dente por<br />
um espelho odontológico, de raio de curvatura igual a<br />
4,0cm, colocado a 1,0cm de distância desse dente, é igual<br />
ao dobro do tamanho do dente observado.<br />
(05) A distância da Terra à galáxia de Andrômeda pode<br />
ser medida em anos-luz.<br />
(06) A interseção entre raios de luz provenientes de dois<br />
atratores luminosos ocorre mantendo as direções de<br />
propagação dos raios que se cruzam. (39) As fibras<br />
ópticas utilizadas na medicina apresentam a razão entre o<br />
índice de refração do núcleo e o índice de refração do<br />
revestimento maior que um, o que possibilita o transporte<br />
de informações.<br />
(07) O peixe arqueiro para derrubar um inseto que se<br />
encontra a 33 cm da superfície da água deve disparar um<br />
jato de água que alcance uma altura de aproximadamente<br />
11 cm abaixo da imagem vista pelo inseto, admitindo-se<br />
o índice de refração da água igual a 4/3.<br />
(08) Os médicos utilizavam lentes de borda grossa com o<br />
índice de refração maior que o do ar, de modo a<br />
convergir os raios de Sol diretamente para o olho do<br />
paciente.<br />
(09) A distância da Terra à galáxia de Andrômeda pode<br />
ser medida em anos-luz.<br />
(10) A velocidade de propagação da luz emitida por uma<br />
estrela varia ao penetrar em um lago. (11) Considerandose<br />
a velocidade da propagação da luz no ar igual a 3 x<br />
10 8 m/s, o índice de refração e a densidade do diamante<br />
respectivamente iguais a 2,4 e 3,5 g/cm 3 , é correto<br />
afirmar que a velocidade de propagação da luz, no<br />
diamante, tem módulo igual a 1,5 x 108m/s.<br />
(12) A reflexão total dos raios luminosos que incidem na<br />
superfície de separação diamante-ar contribui para o<br />
aumento do brilho das faces lapidadas.<br />
(13) O índice de refração do diamante independe da cor<br />
do feixe de luz incidente nas faces lapidadas.<br />
(14) A imagem de uma estrela distante obtida por um<br />
telescópio de reflexão, que tem como objetiva um<br />
espelho esférico côncavo, é formada no centro de<br />
curvatura do espelho.<br />
(15) Uma superfície forrada com papel carbono –<br />
material não-reciclável - , sob a lente dos óculos de um<br />
míope, pode concentrar a luz do Sol, aquecendo-se até<br />
entrar em chamas.<br />
(16) A formação da imagem na retina é semelhante<br />
àquela obtida incidindo-se perpendicularmente um feixe<br />
de luz sobre uma lâmina de vidro e faces paralelas, que<br />
possui uma cavidade de ar na forma de lente bicôncava.<br />
(17) A luz vermelha, ao passar do ar para o vidro,<br />
apresenta o maior desvio, determinando para o vidro<br />
índice de refração menor do que aquele obtido com luz<br />
azul, nas mesmas condições.<br />
(18) O laser, guiado e transmitido pela fibra óptica,<br />
atravessa a célula unitária e a lâmina de microscópio –<br />
índices de refração diferentes – com a mesma velocidade<br />
de propagação.<br />
(19) Um feixe de raios laser que se propaga de um meio<br />
para o outro mais refringente pode ser refletido<br />
totalmente, na superfície de separação desses meios.<br />
(20) Isaac Newton, em seus trabalhos sobre óptica,<br />
concluiu que a banda de cores consecutivas que aparece<br />
quando um feixe de luz atravessa um prisma é formada<br />
por ondas eletromagnéticas de frequência distintas.<br />
(21) O índice de refração do núcleo de uma fibra óptica<br />
que conduz os raios laser é maior que o índice de<br />
refração do revestimento.<br />
(22) Os raios de luz que emergissem das pedras de<br />
brilhantes de uma rua, formariam ângulos de incidência<br />
menores que arcsen ( n ar/ n p ), sendo n ar o índice de<br />
refração do ar e n p, o das pedras.<br />
(23) A posição da imagem de um peixe situado a uma<br />
profundidade p, quando vista por um pescador situado<br />
nas proximidades da vertical que passa pelo peixe, é<br />
dada por n ar/ n água p, sendo n ar e n água os índices de<br />
refração dos meios.<br />
(24) A velocidade da luz, no vácuo, é menor do que em<br />
um meio material transparente.<br />
(25) Uma lente bicôncava, feita de material plástico<br />
transparente de soja, pode ser utilizada para correção de<br />
429
miopia, desde que a sua distância focal seja adequada ao<br />
grau de miopia apresentado pelo paciente.<br />
(26) A emissão de diferentes cores por elementos<br />
químicos, em determinadas condições, está associada a<br />
determinados movimentos de elétrons nos átomos.<br />
(27) A propagação de energia luminosa se deve a<br />
variações de pressão no meio em que Lea se propaga.<br />
(28) As cores da aquarela constituída do espectro do<br />
arco-íris podem ser reproduzidas com a incidência de luz<br />
branca sobre a superfície da água contida em um<br />
recipiente com fundo plano espelhado.<br />
(29) O céu, onde há uma linda gaivota a voar, é azul,<br />
porque a radiação do espectro de luz solar que se refrata<br />
na atmosfera terrestre é predominantemente de cor azul.<br />
(30) A correnteza da vazante forma um movimento<br />
ondulatório em que os raios luminosos se incidem<br />
perpendicularmente sobre as cristas e sobre os vales das<br />
ondas formadas resultam, após refratados,<br />
respectivamente, em raios convergentes e raios<br />
divergentes.<br />
(31) A câmara fotográfica usada com visão do robô,<br />
constituída essencialmente de uma câmara escura<br />
provida de uma lente – a objetiva – e do filme, forma<br />
uma imagem real de um objeto sobre o filme.<br />
(32) O aumento do nível de dióxido de carbono no ar<br />
atmosférico permite uma maior quantidade de radiação<br />
infravermelha refratada de atmosfera terrestre para o<br />
espaço.<br />
(33) A ampliação da imagem conjugada de um dente por<br />
um espelho odontológico, de raio de curvatura igual a 4,0<br />
cm, colocado a 1,0 cm de distância desse dente, é igual<br />
ao dobro do tamanho do dente observado.<br />
(38) A dispersão da luz branca em um prisma óptico<br />
deve-se a luzes de diferentes frequências se propagarem<br />
na matéria, com a mesma velocidade.<br />
(39) O módulo do aumento linear transversal produzido<br />
pela lente objetiva de um microscópio composto, de um<br />
objeto colocado a 5,1 mm da objetiva com distância<br />
focal de 5,0 mm, é igual a 50.<br />
(40) A imagem de um inseto que se encontra situado<br />
entre o foco principal objeto ente o centro óptico de uma<br />
lupa é virtual, direita e ampliada.<br />
14- (PITÁGORAS) Em uma fábrica de material<br />
oftalmológico, realizou-se o experimento esquematizado<br />
na Figura I. Nessa figura, tem-se: uma lente oca e<br />
transparente, preenchida com ar, mergulhada em um<br />
aquário cheio de água; uma lâmpada especial, fixada em<br />
uma das paredes laterais do aquário, e um estreito feixe<br />
luminoso, emitido pela lâmpada, o qual incide<br />
perpendicularmente à face plana da lente. O engenheiro<br />
responsável pelo experimento solicita que dois de seus<br />
assistentes desenhem a trajetória do feixe luminoso, após<br />
atravessar a lente. Os assistentes, Eduardo e Mônica,<br />
fizeram os desenhos apresentados nas Figuras II e III,<br />
respectivamente.<br />
Sobre os desenhos de Eduardo e Mônica, do ponto de<br />
vista da <strong>Física</strong>, é correto afirmar que<br />
(34) Os lagos profundos se apresentam com coloração<br />
azul-turquesa, porque suas águas absorvem a luz azul<br />
proveniente do Sol.<br />
(35) Os raios de luz que penetram na copa das árvores, se<br />
propagam do Sol até a superfície terrestre, mantendo a<br />
mesma direção.<br />
(36) Os raios de luz emitidos pela lamparina de óleo do<br />
microscópio composto de Hooke que se propagam<br />
paralelamente ao eixo principal de um espelho côncavo<br />
são refletidos no centro de curvatura do espelho, nas<br />
condições de Gauss.<br />
(37) A imagem de um objeto formada na retina do olho<br />
de uma pessoa é real e invertida.<br />
A) somente a situação descrita no desenho de Eduardo é<br />
possível.<br />
B) as situações descritas nos dois desenhos são<br />
possíveis.<br />
430
C) as situações descritas nos dois desenhos são<br />
impossíveis.<br />
D) somente a situação descrita no desenho de Mônica é<br />
possível.<br />
15- (PITÁGORAS) O orvalho é um fenômeno físico no<br />
qual a umidade do ar precipita por condensação na forma<br />
de gotas, pela diminuição brusca da temperatura ou em<br />
contato com superfícies frias. Logo pela manhã, quando<br />
os raios do sol incidem sobre as gotas na vegetação, é<br />
possível observar o fenômeno de dispersão da luz. A<br />
figura ilustra o fenômeno da dispersão no orvalho onde<br />
parte da luz é refratada para o interior da gota, refletida<br />
em sua superfície interna e novamente refratada para seu<br />
exterior na forma de um arco-íris.<br />
Considerem-se os seguintes dados:<br />
- índice de refração do ar: 1<br />
- vel. da luz no vácuo: 3 x 10 8 m/s<br />
Um feixe de luz solar incide com 30° de inclinação sobre<br />
uma gota de orvalho em cima de uma superfície não<br />
opaca. O índice de refração do ar é menor que o índice<br />
de refração da água (n1
(01) O raio incidente e o raio que emerge da lâmina<br />
possuem direções diferentes.<br />
(02) O ângulo de refração, no interior da lâmina mede<br />
30 0 .<br />
(04) O desvio lateral, d, sofrido pelo raio após atravessar<br />
a lâmina, é igual a 2cm.<br />
Nessas condições, é correto afirmar:<br />
(01) O ângulo de reflexão que o raio a forma com a<br />
normal é diferente do ângulo de incidência.<br />
(02) O raio luminoso a, ao ser refratado passando do<br />
vidro para o ar, afasta-se da normal.<br />
(04) A reflexão interna total pode ocorrer, quando o raio<br />
luminoso incide do ar para o vidro ou do vidro para o ar.<br />
(08) A velocidade de propagação da luz no vidro é igual<br />
a 2 x 10 8 m/s.<br />
(16) O ângulo crítico c, a partir do qual ocorre a<br />
reflexão interna total, é dado por c = arc sen (2/3).<br />
(08) A velocidade de propagação do raio luminoso, no<br />
interior da lâmina, é inversamente proporcional ao índice<br />
de refração do material que a constitui.<br />
(16) O raio refratado não sofrerá desvio, se o raio<br />
luminoso incidir numa direção normal à lâmina.<br />
19- (UFBA) A trajetória de um raio luminoso que se<br />
propaga do ar para um líquido X pode ser visualizada<br />
sobre um disco opaco de raio R, disposto verticalmente,<br />
conforme a figura abaixo. As distâncias d1 e d2 são,<br />
respectivamente, 20cm e 10cm. Determine o índice de<br />
refração do líquido X em relação ao ar.<br />
(32) O fenômeno de difração ocorre quando a luz<br />
atravessa um orifício de dimensões da ordem do seu<br />
comprimento de onda.<br />
18- (UFBA) A figura mostra um raio de luz<br />
monocromática que atravessa uma lâmina de faces<br />
paralelas, de índice de refração igual a 1,7 e espessura<br />
3,4cm.<br />
20- (UESB) A figura mostra um semicilindro de vidro,<br />
imerso no ar, tendo a face plana representada pelo<br />
segmento de reta PQ. Sabe-se que o índice de refração do<br />
vidro é igual a 3∕2, e O é o ponto médio do segmento PQ.<br />
Se um feixe de luz monocromática que se propaga na<br />
direção mostrada na figura incide sobre o semicilindro,<br />
no ponto A, então o ângulo formado entre o raio<br />
refratado na interface vidro-ar e o segmento PQ é igual a<br />
01) arcsen (3∕4)<br />
Sendo o índice de refração do ar igual a 1,<br />
sen 30 0 = cos 60 0 = 0,50<br />
sen 60 0 = cos 30 0 = 0,87 , é correto afirmar:<br />
02) arccos (3∕4)<br />
03) arctg (√3∕4)<br />
04) arcsen (√3∕4)<br />
05) arccos (√3∕4)<br />
432
23- (UESC)<br />
21- (UESB) Um pequeno objeto luminoso situado no<br />
fundo de um depósito de água de 100,0cm de<br />
profundidade emite raios em todas as direções. Os raios<br />
que se refratam formam, na superfície da água, um<br />
círculo luminoso fora do qual os raios se refletem e<br />
retornam à água.<br />
Sabendo-se que o índice de refração da água é n = 4∕3 , é<br />
correto afirmar que o raio desse círculo é igual, em √7∕7<br />
m , a<br />
01) 1<br />
02) 2<br />
03) 3<br />
04) 4<br />
05) 5<br />
22- (UESB) Um feixe de luz, proveniente do vácuo,<br />
incide na superfície plana de um bloco de vidro com<br />
ângulo de incidência de 60 o . Considerando-se que o<br />
ângulo de refração é de 30 o e que a velocidade da luz no<br />
vácuo é c = 3.10 5 km/s, pode-se afirmar que a velocidade<br />
da luz no vidro é aproximadamente igual, em 10 5 km/s, a<br />
01) 1,3<br />
02) 1,7<br />
03) 2,1<br />
04) 2,9<br />
05) 3,2<br />
A figura representa a trajetória de um feixe de luz<br />
monocromática que incide em uma lâmina de vidro, de<br />
índice de refração igual a 1,7, com ângulo de incidência<br />
de 60 o e sofre um deslocamento lateral de 1,0cm.<br />
Considerando-se a lâmina imersa no ar, de índice de<br />
refração igual a 1,0 e √3 = 1,7, pode-se afirmar que a<br />
espessura da lâmina é igual, em cm, a<br />
01) 1,8<br />
02) 1,7<br />
03) 1,6<br />
04) 1,5<br />
05) 1,4<br />
24- (UESB) Um objeto luminoso de altura 6cm situa-se a<br />
80cm de uma lente convergente de<br />
20cm de distância focal. Sendo assim, a altura da<br />
imagem formada é igual, em cm, a<br />
01) 1<br />
02) 2<br />
03) 3<br />
04) 4<br />
05) 5<br />
25- (UESB) Para responder a questão, assinale com V as<br />
afirmativas verdadeiras, e com F, as falsas. Em seguida<br />
marque, na Folha de Respostas, o número<br />
correspondente à alternativa que contém a sequência<br />
correta, de cima para baixo, considerando o seguinte<br />
código:<br />
433
434<br />
01) V V F<br />
02) V F V<br />
03) V F F<br />
04) F V F<br />
05) F V V<br />
Na maior parte dos casos, os problemas associados à<br />
visão referem-se a focalização, isto é, o olho não produz<br />
imagens nítidas dos objetos ou das cenas. Portanto, com<br />
base nos conhecimentos sobre Óptica, é correto afirmar:<br />
( ) Nos espelhos côncavos, os raios de luz que incidem<br />
paralelamente e próximos ao eixo principal são refletidos<br />
passando por uma região sobre o eixo denominada centro<br />
de curvatura.<br />
( ) Tanto a miopia quanto a hipermetropia e a presbiopia<br />
são defeitos de visão corrigidos por uma lente do tipo<br />
esférico.<br />
( ) O fato de uma lente ser convergente ou divergente não<br />
depende do meio onde ela se encontra e sim do seu raio<br />
de curvatura.<br />
26- (FUVEST) O famoso e perspicaz detetive Sherlock<br />
Holmes utiliza sua lupa para observar uma vela acesa<br />
sobre a mesa e nota que a imagem da vela aparece "de<br />
cabeça para baixo".<br />
É correto afirmar que:<br />
a) A lupa é uma lente convergente e a imagem é virtual,<br />
por isso está "de cabeça para baixo".<br />
b) A lupa é uma lente divergente e a imagem é virtual e<br />
invertida em relação ao objeto (a vela).<br />
c) A lupa é uma lente convergente e o objeto (a vela) está<br />
mais afastado da lente, a uma distância maior que a<br />
distância focal, por isso a imagem é real e invertida.<br />
d) A lupa é uma lente divergente e, portanto, a imagem<br />
será sempre invertida independente da posição do objeto<br />
(a vela) em relação à lente.<br />
e) A lupa é uma lente convergente e o objeto (a vela) está<br />
posicionado entre o foco e a lente.<br />
27- (VUNESP) Um objeto de 2 cm de altura é colocado a<br />
certa distância de uma lente convergente. Sabendo-se<br />
que a distância focal da lente é 20cm e que a imagem se<br />
forma a 50 cm da lente, do mesmo lado que o objeto,<br />
pode-se afirmar que o tamanho da imagem, em cm, é<br />
a) 0,07<br />
b) 0,6<br />
c) 7,0<br />
d) 33,3<br />
e) 60,0<br />
28- (FUVEST) Uma pessoa idosa que tem hipermetropia<br />
e presbiopia foi a um oculista que lhe receitou dois pares<br />
de óculos, um para que enxergasse bem os objetos<br />
distantes e outro para que pudesse ler um livro a uma<br />
distância confortável de sua vista.<br />
- Hipermetropia: a imagem de um objeto distante se<br />
forma atrás da retina. - Presbiopia: o cristalino perde, por<br />
envelhecimento, a capacidade de acomodação e objetos<br />
próximos não são vistos com nitidez.<br />
- Dioptria: a convergência de uma lente, medida em<br />
dioptrias, é o inverso da distância focal (em metros) da<br />
lente.<br />
Considerando que receitas fornecidas por oculistas<br />
utilizam o sinal mais (+) para lentes convergentes e<br />
menos (-) para divergentes, a receita do oculista para um<br />
dos olhos dessa pessoa idosa poderia ser,<br />
a) para longe: -1,5 di; para perto: +4,5 dioptrias<br />
b) para longe: -1,5 di; para perto: - 4,5 dioptrias<br />
c) para longe: +4,5 di; para perto: +1,5 dioptrias<br />
d) para longe: +1,5 di; para perto: - 4,5 dioptrias<br />
e) para longe: +1,5 di; para perto: +4,5 dioptrias<br />
29- (UFSCAR) Em uma experiência um professor<br />
entregou a seus alunos um tubo de ensaio contendo água<br />
e óleo, separados por uma borracha de vedação e uma<br />
folha de papel com a inscrição “ÁGUA DE COCO”<br />
(figura 1).<br />
A experiência consistia em colocar o tubo de ensaio<br />
sobre a inscrição, a alguns centímetros acima dela, e<br />
explicar o resultado observado (figura 2). As três<br />
respostas seguintes foram retiradas dos relatórios dos<br />
alunos:
I- “Como o índice de refração da água é maior que o do<br />
óleo, a parte do tubo que contém água funciona como<br />
uma lente convergente e por isso a imagem da palavra<br />
ÁGUA aparece de ponta-cabeça. A parte que contém<br />
óleo funciona como uma lente divergente e, por isso, a<br />
palavra COCO não aparece de ponta-cabeça.”<br />
II- “O tubo de ensaio funciona como uma lente cilíndrica<br />
convergente, tanto na parte que contém água quanto na<br />
que contém óleo. Como a distância do objeto à lente é<br />
maior que a distância focal desta, a imagem da palavra<br />
ÁGUA aparece de ponta-cabeça. A palavra COCO<br />
também está de ponta-cabeça embora pareça estar<br />
correta.”<br />
III- “A palavra ÁGUA aparece de ponta-cabeça porque a<br />
luz branca, refletida pelas letras, sofre refração ao<br />
atravessar o tubo de ensaio o qual funciona como uma<br />
lente cilíndrica. Esse efeito não ocorre com a palavra<br />
COCO porque ela foi escrita com letras pretas, que<br />
absorvem a luz que nelas incide. Assim, como elas não<br />
refletem luz, não ocorre refração e a palavra não aparece<br />
de ponta-cabeça.” Está(ao) correta(s) apenas a(s)<br />
resposta(s):<br />
a) I<br />
b)II<br />
c)III<br />
d)I e III<br />
e)Todas<br />
30- (FUVEST) A figura abaixo mostra, numa mesma<br />
escala, o desenho de um objeto retangular e sua imagem,<br />
formada a 50 cm de uma lente convergente de distância<br />
focal f. O objeto e a imagem estão em planos<br />
perpendiculares ao eixo óptico da lente.<br />
Podemos afirmar que o objeto e a imagem<br />
a) estão do mesmo lado da lente e que f=150cm.<br />
b) estão em lados opostos da lente e que f=150cm.<br />
c) estão do mesmo lado da lente e que f=37,5cm.<br />
d) estão em lados opostos da lente e que f=37,5cm.<br />
e) podem estar tanto do mesmo lado como em lados<br />
opostos da lente e que f = 37,5 cm.<br />
31- (VUNESP) Nas fotos da prova de nado sincronizado,<br />
tiradas com câmaras submersas na piscina, quase sempre<br />
aparece apenas a parte do corpo das nadadoras que está<br />
sob a água; a parte superior dificilmente se vê. Se essas<br />
fotos são tiradas exclusivamente com iluminação natural,<br />
isso acontece porque a luz que.<br />
a) vem da parte submersa do corpo das nadadoras atinge<br />
a câmara, mas a luz que vem de fora da água não<br />
atravessa a água, devido à reflexão total.<br />
b) vem da parte submersa do corpo das nadadoras atinge<br />
a câmara, mas a luz que vem de fora da água é absorvida<br />
pela água.<br />
c) vem da parte do corpo das nadadoras que está fora da<br />
água é desviada ao atravessar a água e não converge para<br />
a câmara, ao contrário da luz que vem da parte submersa.<br />
d) emerge da câmara ilumina a parte submersa do corpo<br />
das nadadoras, mas a parte de fora da água não, devido<br />
ao desvio sofrido pela luz na travessia da superfície.<br />
e) emerge da câmara ilumina a parte submersa do corpo<br />
das nadadoras, mas a parte de fora da água não é<br />
iluminada, devido à reflexão total ocorrida na superfície.<br />
32- (UFRN- TIPO ENEM) A fibra óptica é um filamento<br />
de vidro ou de material polimérico que tem capacidade<br />
435
de transmitir luz. Na atualidade, esse tipo de fibra é<br />
largamente utilizado em diversos ramos das<br />
telecomunicações, substituindo os conhecidos fios de<br />
cobre e melhorando as transmissões de dados na<br />
medicina e na engenharia civil, entre outras áreas. Em<br />
uma transmissão por fibra óptica, um feixe luminoso<br />
incide numa das extremidades da fibra e, devido às<br />
características ópticas desta, esse feixe chega à outra<br />
extremidade. A Figura 1, abaixo, representa a<br />
transmissão de luz através de uma fibra óptica, enquanto<br />
a Figura 2 mostra a secção transversal da mesma fibra,<br />
onde são indicados o núcleo, cujo índice de refração é<br />
nN,e o revestimento, de índice de refração nR.<br />
34- (UFES) Uma lupa é construída com uma lente<br />
convergente de 3,0cm de distância focal. Para que um<br />
observador veja um objeto ampliado de um fator 3, a<br />
distância entre a lupa e o objeto deve ser, em<br />
centímetros:<br />
a) 1,5<br />
b) 2,0<br />
c) 3,0<br />
d) 6,0<br />
e) 25<br />
A transmissão da luz dentro da fibra é possível graças a<br />
uma diferença de índices de refração entre o<br />
revestimento e o núcleo. Isso ocorre devido à<br />
A) refração múltipla, que só ocorre quando nN > nR .<br />
B) reflexão interna total, que só ocorre quando nN < nR .<br />
C) reflexão interna total, que só ocorre quando nN > nR .<br />
D) refração múltipla, que só ocorre quando nN < nR .<br />
33- (PITÁGORAS) Em uma fábrica de instrumentos<br />
ópticos empregados como recursos cirúrgicos auxiliares,<br />
testam-se os efeitos da aberração cromática que as lentes<br />
neles utilizadas podem apresentar. Em um desses testes,<br />
esquematizado na figura ao lado, fabricou-se uma lente<br />
biconvexa delgada, cujas faces apresentam raios de<br />
curvatura iguais a 1,00 m. Essa lente, quando imersa no<br />
ar (cujo índice de refração é igual a 1,00), apresenta os<br />
seguintes índices de refração: 1,50 para a luz vermelha<br />
(Red, na figura) e 1,54 para a luz violeta (Violet, na<br />
figura). Nessas condições, o valor da diferença FR - FV,<br />
dada em cm, está corretamente apresentado na<br />
alternativa:<br />
35- (UEFS) Em uma cuba de ondas, com profundidade<br />
variável, são produzidas ondas que se propagam com<br />
velocidade de 80m/s, e, ao atingir uma região mais<br />
profunda, a frente de onda incide sob o ângulo de 53° e<br />
são refratadas. Após a mudança de profundidade, o<br />
ângulo refratado passa a ser de 30°. Nessas condições,<br />
sabendo-se que sen300 = 0,5 e sen530 = 0,8, a nova<br />
velocidade de propagação dessa onda, em m/s, é igual a<br />
A) 20<br />
B) 50<br />
C) 60<br />
D) 80<br />
E) 100<br />
36- (UNEB) Quando se olha na direção de algum objeto,<br />
a luz refletida atravessa a córnea e chega à íris, que<br />
regula a quantidade de luz recebida por meio da pupila.<br />
Após a pupila, a imagem chega ao cristalino e é focada<br />
sobre a retina. A lente do olho produz uma imagem<br />
invertida e o cérebro a converte para a posição correta.<br />
Inspirado no funcionamento do olho humano o homem<br />
criou a câmera fotográfica.<br />
Assim, considere uma câmera fotográfica que produz<br />
sobre o filme uma imagem cinco vezes menor do que o<br />
objeto real situado a 60,0cm da lente. Nessas condições,<br />
é correto afirmar:<br />
436<br />
A) 9,5<br />
B) 4,8<br />
C) 7,4<br />
D) 2,6<br />
01) O aumento linear transversal da lente é igual a 0,5.<br />
02) A lente da câmera fotográfica é bicôncava de<br />
distância focal igual a 5,0cm.<br />
03) A distância entre o objeto e o filme é igual a 36,0cm.
04) A lente da câmera fotográfica é biconvexa de<br />
distância focal igual a 10,0cm.<br />
05) A distância entre a lente e o filme é igual a 6,0cm.<br />
37- (FUVEST) Dada uma lente de bordas finas, de índice<br />
de refração 1,4, quer se saber qual é o seu<br />
comportamento quando imersa em diferentes meios.<br />
Num experimento especial, a lente é atravessada por dois<br />
feixes (laser) paralelos em duas situações:<br />
I. a lente é imersa num líquido de índice de refração<br />
igual a 1,5.<br />
II. a lente é imersa no ar que tem índice de refração igual<br />
a 1.<br />
Baseado nas informações anteriores pode-se afirmar que<br />
a lente é:<br />
a) convergente nos dois casos;<br />
b) divergente nos dois casos;<br />
c) convergente e divergente, respectivamente;<br />
d) divergente e convergente, respectivamente;<br />
e) convergente no meio ar, e no meio líquido, depende da<br />
posição em que se encontram o objeto e a lente.<br />
437
GABARITO:<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />
A B E B C A A A B A<br />
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20<br />
D C VVVFV VFVFF<br />
FVFFF FVVVF<br />
VVFVF VVFVF<br />
FFVVF VVFVV<br />
A C 25 58 30 02 02<br />
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30<br />
03 02 02 02 04 C C E B D<br />
31 32 33 34 35 36 37<br />
C C C B E 04 D<br />
ANOTAÇÕES:<br />
438<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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______________________________________________
Que problema de visão a charge se refere? Por quê?<br />
AS LENTES NO DIA A DIA... QUE LENTE<br />
CONSEGUE PROJETAR AS IMAGENS NUM<br />
ANTEPARO?<br />
Que provável problema de visão o garoto, com certeza,<br />
não possui?<br />
O PRESO PRECISA ENXERGAR MELHOR OS<br />
OBJETOS SITUADOS AO LONGE... DEVE USAR<br />
QUE TIPO DE LENTE?<br />
439
CAPÍTULO 20 – MHS<br />
1- INTRODUÇÃO<br />
Todo movimento que se repete em intervalos de<br />
tempos iguais é chamado de periódico. Mais<br />
precisamente poderíamos dizer que, no movimento<br />
periódico, o móvel ao ocupar a mesma posição na<br />
trajetória, apresentará sempre a mesma velocidade e<br />
aceleração e que o intervalo de tempo para que ele se<br />
encontre duas vezes nessa posição, é sempre o mesmo.<br />
Deste tipo são:<br />
a) movimento circular uniforme<br />
b) o movimento da Terra em torno do Sol<br />
c) o movimento de um pêndulo<br />
d) o movimento de uma lâmina vibrante<br />
e) o movimento uma massa presa à extremidade de uma<br />
mola, etc.<br />
Como as equações do movimento periódico são<br />
expressas a partir das funções seno e co-seno, ele<br />
também é chamado movimento harmônico.<br />
2- MOVIMENTO OSCILATÓRIO HARMÔNICO<br />
Um movimento é dito oscilatório ou vibratório<br />
quando o móvel se desloca periodicamente sobre uma<br />
mesma trajetória, indo e vindo para um lado e para outro<br />
em relação a uma posição média de equilíbrio. Essa<br />
posição é o ponto sobre a trajetória, para o qual a<br />
resultante das forças que agem sobre o móvel, quando aí<br />
passa, é nula.<br />
Desse tipo são o movimento de um pêndulo, o<br />
movimento de uma lâmina vibrante e o movimento de<br />
um corpo preso a extremidade de uma mola. Vejamos,<br />
para fixar a idéia, o movimento realizado por uma régua<br />
plástica presa à extremidade de uma mesa e posta a<br />
oscilar por ação de uma força externa.<br />
Na figura temos o ponto 0 como sendo a<br />
posição de equilíbrio. Na medida em que tiramos a régua<br />
dessa posição e a aproximamos do ponto A uma força na<br />
régua, de caráter elástico tendendo a conduzi-la de volta<br />
à posição de equilíbrio; quanto mais nos aproximamos de<br />
A, é claro que afastando-nos do 0, essa força - a que<br />
chamamos força restauradora - cresce. Se largarmos a<br />
régua em A, por ação da força restauradora, ela começa a<br />
retornar ao ponto 0. Na medida em que esse retorno<br />
ocorre, a velocidade da régua cresce e ao chegar no<br />
equilíbrio, em função da inércia, ela não pára,<br />
movimentando-se, então, em direção a B. Entretanto, no<br />
momento em que passar de 0 novamente surge a força<br />
restauradora que fará a sua velocidade decrescer até se<br />
anular no ponto B, onde a força será máxima. A partir<br />
desse ponto a régua retorna a 0 com velocidade<br />
crescente. Aí chegando novamente não pára, pela inércia.<br />
E assim a régua continuará oscilando até cessar o<br />
movimento em função do atrito. Aliás, os movimentos<br />
oscilatórios que conhecemos não apresentam a<br />
característica da periodicidade devido ao atrito. As<br />
oscilações que nos são comuns são os que chamamos<br />
movimentos oscilatórios amortecidos. Portanto, para que<br />
possamos estudar esse movimento iremos sempre<br />
desprezar qualquer forma de atrito.<br />
3-PERÍODO E FREQÜÊNCIA<br />
Período (T), de um movimento periódico, é o<br />
tempo decorrido entre duas passagens consecutivas do<br />
móvel por um mesmo ponto da trajetória (apresentando<br />
as mesmas características cinemáticas). Como se trata de<br />
um intervalo de tempo, a unidade de período é o<br />
segundo.<br />
Freqüência (f), de um movimento periódico, é o<br />
inverso do período. Numericamente, a freqüência<br />
representa o número de vezes que o móvel passa por um<br />
mesmo ponto da trajetória, com as mesmas<br />
características cinemáticas, na unidade de tempo. A<br />
unidade de freqüência é o inverso da unidade de tempo<br />
ou seja 1/segundo. Esta unidade é também chamada<br />
"Hertz" (Hz). 1 s -1 = 1 Hz.<br />
440
4-ANÁLISE QUALITATIVA DE UMA OSCILAÇÃO<br />
Façamos, agora, um estudo qualitativo de uma<br />
oscilação completa realizada por um móvel, analisando<br />
velocidade, aceleração e força atuante, em distintos<br />
pontos da trajetória. Para tanto consideremos (figura<br />
acima) um corpo, apoiado em um plano horizontal, preso<br />
à extremidade de uma mola; desprezemos qualquer<br />
forma de atrito. Precisamos, entretanto, primeiramente<br />
caracterizar dois novos termos que utilizaremos daqui<br />
por diante no estudo das oscilações, quais sejam<br />
elongação e amplitude.<br />
Elongação de uma oscilação em um dado<br />
instante é a distância a que o móvel se encontra da<br />
posição de equilíbrio no instante considerado.<br />
Amplitude de um movimento oscilatório é a máxima<br />
elongação, isto é, a maior distância que o móvel alcança<br />
da posição de equilíbrio em sua oscilação. No exemplo<br />
que passaremos a estudar a amplitude é A e uma<br />
elongação é x.<br />
Tomemos um eixo horizontal X onde 0 é<br />
origem e representa a posição de equilíbrio. Suponhamos<br />
o movimento já em desenvolvimento e comecemos a<br />
analisá-lo a partir do momento em que o móvel passa<br />
pela posição de equilíbrio. Após esse instante a mola<br />
passará a exercer sobre o corpo uma força, a já referida<br />
força restauradora (de caráter elástico, no caso), que<br />
procura fazê-lo retornar a 0. Na medida em que m se<br />
afasta do equilíbrio, aumentando as elongações, a força<br />
restauradora cresce, mas nota-se que tem orientação<br />
contrária à do eixo. Da mesma forma, portanto, a<br />
aceleração. A velocidade do móvel decresce até atingir<br />
valor zero quando o móvel chega à posição A, onde a<br />
força restauradora será máxima. Partindo de A o móvel<br />
começa o retorno com velocidade crescente, porém,<br />
conforme diminuam as elongações, a força atuante sobre<br />
ele diminui em intensidade bem como a aceleração.<br />
Observamos que de A para 0, os vetores força,<br />
aceleração e velocidade têm todos a mesma orientação,<br />
contrária à do eixo. Ao atingir o ponto 0 a velocidade do<br />
corpo será máxima e, como aí a força é nula, em função<br />
da inércia o corpo passa dessa posição indo em direção à<br />
-A. De 0 para -A a força restauradora cresce, assim como<br />
a aceleração, sendo máximas em -A. A velocidade, nesse<br />
trajeto, decresce até atingir valor nulo no extremo da<br />
trajetória. De -A para 0 os vetores velocidade, aceleração<br />
e força têm o mesmo sentido do eixo. Porém, enquanto a<br />
força e a aceleração decrescem, o valor da velocidade<br />
cresce, na medida em que o corpo aproxima-se de 0. Se o<br />
móvel oscila em torno de sua posição de equilíbrio por<br />
ação de uma força que seja proporcional às elongações,<br />
então o movimento oscilatório é dito harmônico simples.<br />
Assim sendo o corpo deslocado "x", do equilíbrio, por<br />
ação de uma força restauradora F, essa será dada pela Lei<br />
de Hooke F = -k x onde o sinal (-) indica que a força tem<br />
caráter restaurador, isto é, busca devolver a massa m<br />
às suas condições iniciais de movimento. Observamos<br />
que a força restauradora é tal que é sempre dirigida para<br />
a posição de equilíbrio, sendo por isso, algumas vezes,<br />
chamada força central.<br />
5- POSIÇÃO, VELOCIDADE E ACELERAÇÃO NO<br />
M.H.S.<br />
Para que possamos estabelecer as equações que<br />
nos permitam o cálculo da elongação, velocidade,<br />
aceleração e força atuante em um dado instante de um<br />
MHS iremos considerar o deslocamento de um ponto<br />
material sobre uma trajetória circular de raio R. Isto é,<br />
uma partícula realizando movimento circular uniforme.<br />
Se tomarmos o movimento da projeção P do ponto<br />
material M que realiza MCU sobre um diâmetro da<br />
trajetória, veremos que se trata de um MHS. É evidente<br />
que a projeção P oscilará em relação ao centro da<br />
trajetória com amplitude igual ao raio da mesma. No<br />
caso iremos trabalhar com o diâmetro horizontal.<br />
441
Inicialmente, estabeleçamos a equação da<br />
ELONGAÇÃO do MHS.<br />
O ponto 0 será a posição de equilíbrio e, de acordo com a<br />
figura anterior, a elongação, para a posição em que se<br />
encontra o ponto M, é x. Pelo triângulo 0PM diremos<br />
que x =R cosθ (1)<br />
Mas o raio R é igual à amplitude A do<br />
movimento oscilatório realizado por P. Costumamos<br />
denominar o ângulo θ de fase do movimento. A<br />
cinemática do MCU nos mostra que θ crescerá<br />
linearmente com o tempo e teremos<br />
θ=ωt + φ 0<br />
Onde o ângulo φ0 é a fase do movimento para t<br />
=0 e que chamamos fase inicial e é a pulsação ou<br />
velocidade angular. Podemos afirmar que t é o tempo<br />
para M percorrer o arco que compreende o ângulo θ.<br />
Então, a equação (1) poderá ser escrita:<br />
x =A cos(ωt + φ 0) (2)<br />
A velocidade angular ω poderá também ser dada por<br />
ω =2π / T ou ω = 2πf onde f é a freqüência da oscilação<br />
realizada por P e T é o período do movimento. Logo, a<br />
equação (2) poderá ser escrita:<br />
x =A cos(2πf t + φ 0 ) equação essa que nos permite<br />
calcular a elongação x, em um instante t, de um MHS,<br />
cuja amplitude é A e cuja freqüência é f.<br />
Estabeleçamos, agora, a equação da velocidade<br />
do M. H. S., determinando a velocidade do ponto P.<br />
Procederemos analogamente à determinação da equação<br />
da elongação, trabalhando, porém, com a velocidade<br />
linear do movimento circular.<br />
V=-ωAsen(ωt+ φ 0) (3) ou V=-ωAsen(2πf t+ φ 0)<br />
A aceleração do MHS é dada por a=-ω 2 Acos( t+ φ 0) (4)<br />
ou a= -ω 2 Acos( πf t+ φ 0)<br />
Sabemos pela dinâmica que F=ma e pela lei de Hooke<br />
que F=-kx comparando as duas podemos ter que a<br />
= - k x / m<br />
Comparando as equações (4) e (2) podemos perceber que<br />
a = - 2<br />
x<br />
Relacionando estas duas últimas equações que<br />
representam aceleração:<br />
- k x / m = - 2 x<br />
442<br />
Podemos escrever,<br />
Sendo<br />
teremos<br />
Onde<br />
Essas duas equações nos dão o período e a<br />
freqüência em função de k e m e mostram que, tanto T<br />
como f independem da amplitude do movimento.
6-ENERGIA NO MHS<br />
A energia mecânica total de um sistema<br />
oscilante é dada pela soma da energia potencial com a<br />
energia cinética em um ponto qualquer da trajetória. Em<br />
um ponto de elongação x, para o oscilador harmônico<br />
mostrado anteriormente, ao iniciarmos o presente estudo,<br />
a energia potencial - no caso de caráter elástico - será:<br />
que também nos permitem o cálculo das energias<br />
potencial e cinética num MHS. Como a energia total é<br />
dada por<br />
teremos<br />
onde k é a constante elástica da mola. Logo, a energia<br />
potencial de um sistema oscilante cresce com as<br />
elongações, sendo máxima nos dois pontos extremos da<br />
trajetória (x=A). Evidentemente a energia potencial só<br />
será nula na posição de equilíbrio (x=0).<br />
A energia cinética de um sistema oscilante, em<br />
um ponto trajetória onde a velocidade do corpo seja v,<br />
será dada por:<br />
sabendo que<br />
logo<br />
Portanto, a energia cinética é máxima onde a<br />
velocidade é máxima, isto é na posição de equilíbrio<br />
onde, como já foi dito, a energia potencial é nula. Nos<br />
pontos extremos da trajetória a energia cinética será nula,<br />
pois aí v=0. Assim, a energia cinética cresce dos<br />
extremos da trajetória para a posição de equilíbrio.<br />
Retomemos, agora, as equações da energia potencial<br />
elástica e energia cinética.<br />
7- PÊNDULO SIMPLES<br />
O pêndulo simples é um sistema ideal,<br />
constituído por uma massa presa à extremidade de um fio<br />
inextensível e de peso desprezível, que tem a outra<br />
extremidade associada a um eixo, em torno do qual é<br />
capaz de oscilar. Na figura temos um pêndulo de massa<br />
m e comprimento l.<br />
Sabemos que<br />
Substituindo os valores anteriores nas equações<br />
correspondentes, teremos e<br />
O pêndulo simples realiza movimento<br />
oscilatório e periódico. A amplitude do seu movimento é<br />
igual ao ângulo formado com a vertical quando o<br />
pêndulo está numa posição extrema.<br />
443
Se levarmos o pêndulo até uma posição fora do<br />
equilíbrio, e o soltamos, ele irá oscilar por ação de uma<br />
força restauradora.<br />
Na figura temos um esquema das forças atuantes sobre a<br />
massa m. A componente da força-peso,<br />
é a força restauradora, isto é, a responsável pelo<br />
deslocamento.<br />
A quantidade mg/l é constante e podemos<br />
representá-la por k. Mas vimos que o período de um<br />
movimento harmônico é:<br />
logo, para o pêndulo simples teremos:<br />
Analisando a última equação tiramos as<br />
seguintes conclusões:<br />
1 - O período de um pêndulo simples independe da<br />
amplitude.<br />
2 - O período de um pêndulo simples é independe de sua<br />
massa ou da substância que a constitui. Assim, para dois<br />
pêndulos de mesmo comprimento l, e massa<br />
444<br />
respectivamente m1 e m2, constituídas uma de chumbo e<br />
outra de ferro, sendo m1 e m2, verificamos que eles<br />
apresentam o mesmo período.<br />
3 - O período de um pêndulo simples é diretamente<br />
proporcional à raiz quadrada de seu comprimento.<br />
Observemos que se duplicarmos o comprimento do<br />
pêndulo o seu período não duplicará. Isso só ocorrerá<br />
caso o comprimento quadruplique.<br />
4 - O período de um pêndulo depende do lugar onde o<br />
mesmo se encontre, uma vez que depende da aceleração<br />
da gravidade. Aliás, uma das aplicações dos pêndulos<br />
simples é a determinação da aceleração da gravidade.<br />
Finalizando, salientamos que a análise feita para<br />
o MHS é particularmente válida para o pêndulo simples<br />
no que se refere à velocidade, à aceleração e à energia,<br />
feitas as adaptações para o sistema em questão.<br />
Exemplo:<br />
Determinar o comprimento de um pêndulo cujo<br />
período é 2s em um local onde g = 9,8m/s 2 :<br />
Solução:<br />
O período do pêndulo é dado por:
sendo<br />
A função que mostra a velocidade desse corpo em função<br />
do tempo no Sistema Internacional, é:<br />
a) V= -2,4 (8 )<br />
b) V= -0,3 ( 3,2<br />
V= -7,2 (4<br />
V= 2,7 (4<br />
V= 1,2 (2<br />
MTZ (METODO TREINAMENTO ZENITE)<br />
1) (Unicamp-SP) Numa antena de rádio, cargas elétricas<br />
oscilam sob a ação de ondas eletromagnéticas em uma<br />
dada freqüência. Imagine que essas oscilações tivessem<br />
sua origem em forças mecânicas e não elétricas: cargas<br />
elétricas fixas em uma massa presa a uma mola. A<br />
amplitude do deslocamento dessa ’’antena-mola’’ seria<br />
de 1 mm e a massa de 1 g para um rádio portátil.<br />
Considere um sinal de rádio AM de 1000 kHz.<br />
a) Qual seria a constante de mola dessa ‘’antena-mola’’ ?<br />
A freqüência de oscilação é dada por: f =<br />
, onde k é<br />
a constante da mola e m, a massa presa á mola.<br />
b) Qual seria a força mecânica necessária para deslocar<br />
essa mola de 1 mm?<br />
3) (UFC) Uma partícula é suspensa por um fio, de massa<br />
desprezível, de 1,6 m de comprimento, formando um<br />
pêndulo, como mostra a figura. No ponto P, situado 1,2<br />
m, verticalmente, abaixo do ponto O, há um prego que<br />
impede a passagem do fio. A<br />
partícula é liberada quando<br />
o fio forma um ângulo ,<br />
muito pequeno, com a<br />
vertical. Quando o fio<br />
encontra o prego, a partícula<br />
continua seu movimento até<br />
atingir o ponto mais alto de<br />
seu percurso. Calcule o<br />
tempo que ele leva desde o<br />
ponto inicial até esse ponto final.<br />
Considere g = 10 m/s², a aceleração da gravidade no<br />
local.<br />
2) (Mackenzie) Um corpo de 50 g, preso á extremidade<br />
de uma mola ideal (constante elástica K =3,2 N/m)<br />
comprimida de 30 cm, é abandonado do repouso da<br />
posição A da figura. A partir desse instante, o corpo<br />
inicia um movimento harmônico simples. Despreze os<br />
atritos e adote o eixo x com origem no ponto de<br />
equilíbrio do corpo (ponto O) e sentindo para a direita.<br />
4) (UFSC) Pêndulo simples é um sistema físico<br />
constituído por uma partícula material, presa na<br />
extremidade de um fio ideal capaz de se mover, sem<br />
atrito, em torno<br />
de um eixo que passa pela outra extremidade. Sobre esse<br />
sistema físico, assinale o que for correto.<br />
01. O período de um pêndulo simples é proporcional à<br />
aceleração da gravidade local.<br />
02. Quadruplicando o comprimento de um pêndulo<br />
simples seu período também quadruplica.<br />
445
04. A energia mecânica total de um pêndulo simples é<br />
constante e inversamente proporcional ao quadrado da<br />
amplitude.<br />
08. Quando afastado de sua posição de equilíbrio e<br />
abandonado, o pêndulo simples oscila em um plano<br />
vertical por influência da gravidade.<br />
5). O pêndulo fornece um método muito cômodo para<br />
medir a aceleração da gravidade de um lugar qualquer.<br />
6) (TIPO ENEM) Um náufrago em uma ilha resolve<br />
fazer um cronômetro utilizando um pêndulo simples<br />
oscilando com baixas amplitudes. Considere o módulo<br />
da aceleração da gravidade g = 10 m/s2. Para que esse<br />
pêndulo execute uma oscilação completa a cada segundo,<br />
o náufrago deve construir um pêndulo com um<br />
comprimento de aproximadamente:<br />
a) 10 m<br />
b) 1,0 m<br />
c) 0,25 m<br />
d) 0,5 m<br />
e) 0,8 m<br />
7) (TIPO ENEM) Dois relógios de pêndulos idênticos, A<br />
e B, localizados na linha do Equador e ao nível do mar,<br />
são sincronizados com um relógio atômico altamente<br />
preciso. Suponha que o relógio B seja levado para<br />
diversos locais, listados na tabela abaixo.<br />
Assinale a alternativa CORRETA sobre o funcionamento<br />
do relógio B.<br />
a) No pico do Monte Everest o relógio B se adiantará em<br />
relação ao relógio A.<br />
b) No Polo Norte o relógio B se atrasará em relação ao<br />
relógio A.<br />
446<br />
c) Na Estação Espacial Internacional o relógio B não<br />
funcionará, pois não há atuação da força gravitacional da<br />
Terra.<br />
d) Na Lua o relógio B se adiantará em relação ao relógio<br />
A.<br />
e) Em Júpiter o relógio B se adiantará em relação ao<br />
relógio A.<br />
ATIVIDADES DE SALA<br />
1) Uma caixa conectada a uma mola encontra-se<br />
inicialmente em equilíbrio na posição a quando é<br />
deslocada em uma distancia D até a nova posição b, de<br />
onde é abandonada a partir do repouso. Sabendo que a<br />
caixa demora um tempo para mover-se de b até a o<br />
professor Ivã pede para você determinar a velocidade da<br />
caixa ao passar novamente pelo ponto a:<br />
a) 2 D/ ∆t<br />
b) 4 D / ∆t<br />
c) 6 D / ∆ t<br />
d) D / 2∆ t<br />
e) D / ∆t<br />
2) (UF Uberlândia-MG) Uma partícula oscila ligada a<br />
uma mola leve, executando movimento harmônico<br />
simples de amplitude 2,0 m. O diagrama seguinte<br />
representa a variação da energia potencial elástica Ep<br />
acumulada na mola em função da elongação da partícula<br />
(x).
Pode-se afirma que a energia cinética da partícula no<br />
ponto de elongação x =1,0 m, vale:<br />
a)3000 J<br />
b)2000 J<br />
c)1500J<br />
d)1000 J<br />
e)500 J<br />
3) Uma forma de medir a massa m de um objeto em uma<br />
estação espacial com ‘’gravidade zero’’ é usar um<br />
instrumento como mostrado na figura. Em sua ultima<br />
viagem ao planeta Flamengus, o professor Ivã passou por<br />
uma estação espacial e pode executar essa medida. Para<br />
isso, determinou como sendo FO = 3 HZ a freqüência de<br />
oscilação de uma massa mo =4 kg usando uma mola de<br />
constante elástica desconhecida. Em seguida, colou-se a<br />
massa m a ser medida à massa mo e determinou a nova<br />
freqüência de oscilação do sistema F = 2 Hz, usando a<br />
mesma mola. A massa m vale:<br />
a) 3 kg<br />
b) 5 kg<br />
c) 6 kg<br />
d) 9 kg<br />
e) 12 kg<br />
Considerando π = 3 , determine:<br />
a) a freqüência do movimento.<br />
b) a amplitude do movimento.<br />
c) o módulo da velocidade do corpo em t = 1s.<br />
6) (Mackenzie-SP) Uma partícula realiza um M.H.S<br />
(movimento harmônico simples), segundo a equação<br />
x = 0,2 cos<br />
, no S.I.. A partir da posição<br />
de elongação máxima, o menor tempo que esta partícula<br />
gastará para passar pela posição de equilíbrio é:<br />
a) 0,5 s<br />
b) 1 s<br />
c) 2 s<br />
d) 4 s<br />
e) 8 s<br />
4) (UFPB) Um bloco de massa m = 40 g, preso à<br />
extremidade de uma mola de constante k=100N/m, cuja<br />
outra extremidade está fixa na parede, desloca-se, sem<br />
atrito, sobre uma superfície horizontal, de modo que sua<br />
energia total é constante e igual a 0,5J. Determine, em<br />
m/s, o módulo da velocidade do bloco no instante em que<br />
a mola está alongada de 6 cm.<br />
7) (Acafe-SC) O gráfico apresentado mostra a elongação<br />
em função do tempo para um movimento harmônico<br />
simples.<br />
5) (UFPB) Um corpo executa um MHS ao longo do eixo<br />
X, oscilando em torno da posição de equilíbrio x = 0. Ao<br />
lado, está o gráfico de sua aceleração em função do<br />
tempo.<br />
A alternativa que contém a equação horária<br />
correspondente, no SI, é:<br />
a)<br />
c)<br />
447
8) (Mackenzie-SP) Uma partícula descreve um<br />
movimento harmônico simples segundo a equação<br />
, no SI. O módulo da máxima<br />
velocidade atingida por essa partícula é:<br />
a) 0,3 m/s<br />
b) 0,1 m/s<br />
c) 0,6 m/s<br />
d) 0,2 m/s<br />
e) m/s<br />
9) (UNB) A figura mostra um sistema ideal massa-mola<br />
apoiado sobre uma superfície horizontal sem atrito. O<br />
corpo de massa m é deslocado desde a posição de<br />
equilíbrio (posição O) até a posição –A e em seguida<br />
abandonado. Julgue os itens abaixo dando uma resposta á<br />
soma dos números correspondentes ás proposição<br />
corretas.<br />
(01) A energia mecânica do corpo no ponto +A é maior<br />
que a energia no ponto –A.<br />
(02) A energia mecânica do corpo no ponto é 50%<br />
cinética e 50% potencial.<br />
(04) A energia mecânica do corpo, ao passar pela<br />
posição de equilíbrio, é menor que a energia no ponto +A<br />
ou –A.<br />
(08) A energia cinética do corpo no ponto - é menor<br />
que a energia no ponto + .<br />
(16) A energia mecânica do corpo nos pontos +A e –A é<br />
exclusivamente potencial.<br />
(32) A energia mecânica do corpo, ao passar pela<br />
posição de equilíbrio, é exclusivamente cinética.<br />
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1) (ACAFE-SC) Esta questão se refere a uma<br />
experiência com uma bola suspensa por uma mola linear<br />
(e ideal). Partindo da situação da Fig.2, suspende-se<br />
verticalmente a bola, até a posição 20 cm, soltando-se,<br />
em seguida, com velocidade inicial nula.<br />
448<br />
Desprezando a resistência do ar, assinale a opção que<br />
indica corretamente as posições respectivas, em que a<br />
velocidade e a aceleração da bola anular-se-ão pela<br />
primeira vez, no decorrer do movimento subseqüente.<br />
2) A velocidade escalar v de uma partícula varia em<br />
função de sua abscissa x, de acordo com o gráfico. O<br />
período de oscilação desse movimento oscilatório, bem<br />
como a sua amplitude, valem respectivamente:<br />
a)2 s e 2m<br />
b) 4 s e 1m<br />
c) 4 s e 2m<br />
d) 2 s e 1m<br />
e) 1 s e 4m<br />
3) Durante o movimento oscilatório de um sistema massa<br />
mola, num certo instante a velocidade da massa é<br />
mínima. Nesse instante:<br />
a) A sua aceleração será mínima<br />
b) A sua energia potencial será mínima<br />
c) A força resultante será mínima<br />
d) A sua Epot será mínima<br />
e) A sua aceleração máxima<br />
4) Um sistema massa mola encontra-se em equilíbrio<br />
sobre um plano horizontal liso com a massa M na
abscissa X = 0 do eixo. Em seguida essa caixa é<br />
deslocada até a posição X=+ 2m e abandonada a partir<br />
do repouso. O sistema passa a executar um movimento<br />
oscilatório de amplitude A = 2m. Se a caixa tivesse sido<br />
deslocada até a posição X =+ 4m e abandonada do<br />
repouso:<br />
a) X = +- A/2<br />
b) X = +- A/<br />
c) X = +- A/<br />
d) X = +- A/3<br />
e) X = +- A/4<br />
a) O período de oscilação duplicaria;<br />
b) A freqüência de oscilação seria maior que antes;<br />
c) A energia mecânica do sistema quadruplicaria;<br />
d) A energia mecânica do sistema não mudaria;<br />
e) A energia mecânica do sistema dobraria.<br />
7) (UFPE) Uma massa m está presa na extremidade de<br />
uma mola de massa desprezível e constante elástica<br />
conhecida. A massa oscila em torno da sua posição de<br />
equilíbrio X = 0, com amplitude A, sobre uma superfície<br />
horizontal sem atrito. Qual dos gráficos abaixo<br />
representa melhor a energia cinética Ec, em função da<br />
posição X da massa?<br />
5) A figura mostra sistema massa-mola em equilíbrio<br />
sobre um plano horizontal liso. Os cinco pontos A, B, C,<br />
D é E são eqüidistantes e a caixa encontra-se<br />
inicialmente em repouso sobre o ponto C. Deslocando-se<br />
a caixa até o ponto D e abandonando-a partir do repouso,<br />
percebe-se que a mesma leva um tempo T para atingir o<br />
ponto B pela primeira vez. Se, então, a caixa for<br />
deslocada até o ponto E e abandonada a partir do<br />
repouso, gastará quanto tempo pra atingir o ponto C pela<br />
2 vez ?<br />
a) T/2<br />
b) T<br />
c) 3T/2<br />
d)2T<br />
e)4T<br />
6) (ITA-SP) uma partícula de massa m realiza um<br />
movimento harmônico simples de amplitude A, em torno<br />
da posição de equilíbrio X = 0. Considerando nula a<br />
energia potencial para a partícula em X = 0, calcular a<br />
elongação para a qual a energia cinética é igual ao dobro<br />
da energia potencial.<br />
8) (MACK) Um corpo oscila em torno de um ponto com<br />
M.H.S. de amplitude 30cm. O valor absoluto da<br />
elongação do movimento do corpo, no instante em que a<br />
energia cinética é igual a 3/4 da energia mecânica, é:<br />
a) 25 cm<br />
b) 20 cm<br />
c) 18 cm<br />
d) 15 cm<br />
e) 12 cm<br />
449
9) A figura mostrada um relógio de pêndulo composto<br />
por um arame metálico que passa através de uma massa<br />
M cuja posição pode ser ajustada. Sobre esse relógio as<br />
seguintes afirmativas:<br />
l) O relógio de pêndulo tende a atrasar em dias quentes;<br />
ll) O seu período de oscilação pode ser facilmente<br />
aumentado, ajustando a posição da massa M de forma a<br />
fazê-la oscilar numa posição mais baixa;<br />
lll) Se o relógio de pêndulo funcionar pontualmente na<br />
Terra, na lua ele deverá adiantar.<br />
Pode-se afirmar que:<br />
a) Apenas l está correta;<br />
b) Apenas ll está correta;<br />
c)Apenas lll está correta;<br />
d) Apenas ll está errada;<br />
e)Apenas lll está errada;<br />
10) (PUC) Experimentalmente, verifica-se que o período<br />
de oscilação de um pêndulo aumenta com o aumento do<br />
comprimento deste. Considere um relógio de pêndulo,<br />
feito de material de alto coeficiente de dilatação linear ,<br />
calibrado à temperatura de 20 ºC . Esse relógio irá:<br />
a) Atrasar quando estiver em ambiente cuja temperatura<br />
é de 40 ºC.<br />
b) Adianta quando estive em um ambiente cuja<br />
temperatura é de 40 ºC.<br />
c) Funcionar de forma precisa em qualquer temperatura.<br />
d) Atrasa quando estiver em um ambiente cuja<br />
temperatura é de 0 ºC.<br />
e) Atrasa em qualquer temperatura.<br />
450<br />
11) (FM-ABC) Um corpo de massa 2 Kg está preso na<br />
extremidade livre de uma mola helicoidal, segundo uma<br />
direção horizontal. Para elongar a mola em 10 cm, é<br />
necessária uma força de intensidade 5N. O período de<br />
oscilação e a pulsação ão, respectivamente:<br />
a) 0,4 π s ; 5 rad/s<br />
b) 10 π s; 0,2 rad/s<br />
c) 4 π s ; 0,5 rad/s<br />
d) 0,2 s ; 10 π rad/s<br />
e) 4 π s ; 0,5 rad/s<br />
12) (UFBA) A figura abaixo representa uma partícula<br />
ligada a uma mola ideal, que realiza movimento<br />
harmônico simples em torno do ponto x=0, completando<br />
um ciclo a cada 4 segundos. No instante t = 0, o<br />
deslocamento da partícula é x=0,37cm e sua velocidade é<br />
nula.<br />
Desprezando-se as forças dissipativas que atuam no<br />
sistema, é correto afirmar:<br />
(01) O deslocamento da partícula, medido em cm, no<br />
instante arbitrário t, é dado por x(t)=0,37cos(πt).<br />
(02) O módulo da velocidade máxima da partícula é<br />
vmax 0,58cm/s.<br />
(04) O módulo da aceleração máxima da partícula é<br />
amax 0,91cm/s 2 .<br />
(08) A energia mecânica da partícula, em t = 3s, é igual à<br />
sua energia potencial elástica.<br />
(16) A energia cinética da partícula aumenta, quando ela<br />
se desloca de x = 0 até x = – 0,37cm.<br />
(32) Considerando-se o atrito, o fenômeno da<br />
ressonância é verificado, reanimando-se o<br />
movimento com uma força externa de freqüência angular<br />
π rad/s.<br />
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
13) (Unioeste-PR) Um bloco de massa m = 420 g está<br />
preso a uma determinada mola, a qual se deforma de<br />
acordo com a Lei de Hooke, com constante de<br />
elasticidade K = 65N/m. A mola é alongada de<br />
maneira que o bloco se desloca para a posição x =<br />
+8cm a partir da posição de equilíbrio marcada em x = 0,<br />
sobre uma superfície sem atrito. O bloco é então liberado<br />
a partir do repouso no instante t = 0. Isto posto, assinale<br />
a(s) alternativa(s) correta(s):<br />
(01) O sistema pode ser considerado um oscilador<br />
harmônico simples, pois uma partícula de massa m está<br />
sujeita a uma força que é proporcional ao valor do<br />
quadrado do deslocamento.<br />
(02) A força que a mola exerce sobre o bloco,<br />
imediatamente antes de ser solta, quando se encontra em<br />
x = +8 cm, estará acompanhada de um sinal positivo, que<br />
indica a existência de uma força resultante no mesmo<br />
sentido do deslocamento, a partir da posição de<br />
equilíbrio x=0.<br />
(04) A energia mecânica do sistema massa-mola é<br />
conservada porque o sistema é suposto sem atrito. Esta<br />
energia mecânica é sempre igual a zero no ponto de<br />
equilíbrio x=0.<br />
(08) Como o bloco é liberado do repouso a 8 cm de seu<br />
ponto de equilíbrio, sua energia cinética é nula toda vez<br />
que estiver no ponto de deslocamento máximo.<br />
(16) A velocidade máxima é de aproximadamente v =<br />
1m/s e ocorre quando o bloco em oscilação está passando<br />
pelo ponto de equilíbrio x=0.<br />
(32) A aceleração máxima ocorre quando o bloco está<br />
nos extremos de sua trajetória e esta aceleração tem valor<br />
aproximado de a 12,4m/s 2 .<br />
(64) A freqüência angular da oscilação é<br />
aproximadamente igual a 0,4rad/s.<br />
Dê como resposta a soma das alternativas corretas.<br />
14) Um M.H.S é regido pela equação<br />
O módulo da aceleração máxima é:<br />
a) m/s²<br />
b) m/s²<br />
c) m/s²<br />
d) m/s²<br />
e) m/s²<br />
15) No esquema apresentado, a esfera ligada á mola<br />
oscila em condições ideais, executando movimento<br />
harmônico simples.<br />
́ Sabendo-se que os pontos P e P são os pontos de<br />
inversão do movimento, analise as proposições<br />
seguintes.<br />
I- A amplitude do movimento da esfera vale 4,0 m.<br />
II- No ponto 0 , a velocidade da esfera tem módulo<br />
máximo e nos pontos P e P ́, módulo nulo.<br />
III- No ponto 0 , a aceleração da esfera tem módulo<br />
máximo e nos pontos P e P ́, módulo nulo.<br />
IV- No ponto P, a aceleração escalar da esfera é máxima.<br />
Responda mediante o código.<br />
a) Se todas forem erradas<br />
b) Se todas forem corretas<br />
c) Se somente I e III forem corretas<br />
d) Se somente II e IV forem corretas<br />
e) Se somente III for errada.<br />
16) (Mackenzie-SP) Um corpo de 100g, preso a uma<br />
mola ideal de constante elástica 2 N/m, descreve<br />
um MHS de amplitude 20 cm. A velocidade do corpo<br />
quando sua energia cinética é igual á potencial, é:<br />
a) 20 m/s<br />
b) 16 m/s<br />
c) 14 m/s<br />
d) 10 m/s<br />
e) 5 m/s<br />
17) (UFG-GO) Uma mola de constante elástica k=50<br />
N/m e massa desprezível tem uma extremidade fixa no<br />
teto e a outra presa a um corpo de massa m = 0,2 kg. O<br />
451
corpo é mantido inicialmente numa posição em que a<br />
mola está relaxada e na vertical. Ao ser abandonado, ele<br />
passa a realizar um movimento harmônico simples, em<br />
que a amplitude e a energia cinética máxima são<br />
respectivamente:<br />
Dado: g = 10 m/s²<br />
a) 4 cm e 0,04 J<br />
b) 4 cm e 0,08 J<br />
c) 8 cm e 0,04 J<br />
d) 8 cm e 0,08 J<br />
e) 8 cm e 0,16 J<br />
18) (FCMSC) Um bloco é preso a uma mola de massa<br />
desprezível e executa movimento harmônico simples,<br />
sem atrito com o solo horizontal. A energia potencial do<br />
sistema é zero na posição de elongação nula e pode<br />
assumir valor máximo de 60 joules durante o<br />
movimento. Quando a elongação é metade do valor da<br />
amplitude, a energia cinética do bloco, em joules, é:<br />
a) 15<br />
b) 20<br />
c) 30<br />
d) 40<br />
e) 45<br />
19) (UFC) Uma partícula, de massa m, movendo-se num<br />
plano horizontal, sem atrito, é presa a um sistema de<br />
molas de quatro maneiras distintas, mostradas a seguir.<br />
Com relação ás freqüências de oscilação da partícula,<br />
assinale a alternativa correta.<br />
a) As frequências nos casos II e IV são iguais<br />
b) As frequências nos casos III e IV são iguais<br />
c) A maior frequência acontece no caso II<br />
d) A maior frequência acontece no caso I<br />
e) A menor frequência acontece no caso IV.<br />
452<br />
20) (UFC) Considere dois osciladores, um pêndulo<br />
simples é um sistema massa-mola, que na superfície da<br />
Terra têm períodos iguais. Se levados para um planeta<br />
onde a gravidade na superfície é 1/4 da gravidade na<br />
superfície da Terra, podemos dizer que a razão entre o<br />
período do pêndulo e o período do sistema massa-mola,<br />
medida na superfície do tal planeta, é:<br />
a) 1/4<br />
b) 1/2<br />
c) 1<br />
d) 2<br />
e) 4
GABARITO:<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />
E C E C C C A D E A<br />
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20<br />
A 06 57 C D A A E B D<br />
ANOTAÇÕES:<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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453
ATIVIDADES ARRETADAS DE CASA<br />
1) Comenta-se que o célebre físico e matemático Galileu<br />
Galilei, ao observar a oscilação do lampadário da<br />
catedral de Pisa, na Itália, concluiu tratar-se de um<br />
movimento periódico, semelhante ao que hoje<br />
chamaríamos de pêndulo simples. Para tal conclusão,<br />
teria medido o período do movimento, utilizando, como<br />
unidade de medida para o tempo, seu próprio batimento<br />
cardíaco. Se considerarmos um grande pêndulo simples,<br />
de comprimento 10m, oscilando num local onde g = 10<br />
m/s², e que a frequência dos batimentos cardíacos é de 86<br />
batidas, por minuto, o período do movimento desse<br />
pêndulo será de aproximadamente:<br />
a) 3 batidas<br />
b) 6 batidas<br />
c) 9 batidas<br />
d) 12 batidas<br />
e) 15 batidas<br />
2) Um pêndulo simples está oscilando, e os atritos com o<br />
ar e no ponto de fixação reduzem gradualmente a<br />
amplitude de seu movimento. Afirma-se que:<br />
I. A velocidade escalar média do pêndulo está<br />
diminuindo.<br />
II. A aceleração escalar média do pêndulo está<br />
aumentando<br />
III. O período de oscilação e a amplitude diminuem na<br />
mesma proporção.<br />
Analisando as afirmativas acima, deve-se concluir que:<br />
a) Somente I é correta<br />
b) Somente II é correta<br />
c) Somente III é correta<br />
d) I e II são corretas<br />
e) I e III são corretas.<br />
3) (FAAP-SP) Numa noite chuvosa, uma pessoa<br />
tentando dormir percebe o ruído periódico de uma<br />
goteira. Com um recipiente graduado, mede o volume de<br />
10 gotas e encontra 5 cm³. Coloca uma vasilha vazia sob<br />
a goteira á meia-noite e, ás 6 horas da manhã, quando<br />
454<br />
acorda, verifica que a mesma contém 13,5 litros d’água.<br />
Qual seria o comprimento de um pêndulo simples com o<br />
mesmo período da goteira? Considere g = m/s².<br />
4) (FAAP-SP) A força elástica de uma mola é definida,<br />
relativamente á sua elongação x, pelo gráfico da figura,<br />
onde a área hachurada equivale a 0,9 N/m. Se um corpo<br />
de peso 6 N for suspenso por essa mola e o sistema posto<br />
a oscilar verticalmente, ele oscilará igual ao de um<br />
pêndulo simples de comprimento 0,12 m. Calcule o valor<br />
da elongação x₁ indicada no gráfico.<br />
5) (FAAP-SP) No sistema indicado na figura a mola<br />
ideal está com seu comprimento natural. Numa primeira<br />
experiência, o apoio é baixado muito lentamente, até<br />
abandonar o bloco. Numa segunda experiência, o apoio e<br />
subitamente retirado. Qual é a razão entre as distensões<br />
máximas sofridas pela mola nas duas experiências?<br />
6) (Fuvest-SP) Dois corpos, A e B, ligados por um fio,<br />
encontram-se presos á extremidade de uma mola, em<br />
repouso. Parte-se o fio que liga os corpos, e o corpo A<br />
passa a executar um movimento oscilatório, descrito pelo<br />
gráfico. (g = 10 m/s²)
Sendo de 200 g a massa do corpo B, pede-se:<br />
a) A constante elástica da mola;<br />
b) A freqüência de oscilação do corpo A.<br />
7) (IME) Um bloco de peso W é ligado a duas molas<br />
iguais, segundo as disposições mostradas nas figuras (a)<br />
e (b). As molas têm constante elástica K e peso<br />
desprezível. O bloco pode deslocar-se verticalmente sem<br />
atrito. Determine a relação entre as velocidades máximas<br />
que ocorrem em cada caso.<br />
Determine, sendo g a intensidade do campo<br />
gravitacional:<br />
a) O período de oscilação do sistema (T), supondo que o<br />
bloco não se mova em relação ao outro;<br />
b) A expressão do coeficiente de atrito estático (µ) entre<br />
os blocos para garantir que um deles não se mova em<br />
relação ao outro.<br />
8) (ITA) Uma pequena lâmpada L pende de uma mola e<br />
executa oscilação verticais, cuja equação é y = 2,0 cos<br />
4,0 t, sendo y medido em mm e t em segundos. Uma<br />
lente delgada convergente, de distância focal f = 15 cm é<br />
colocada a 20 cm do centro de oscilação da lâmpada e a<br />
imagem é projetada num anteparo. Qual é a equação que<br />
representa o movimento dessa imagem?<br />
10) Na situação esquematizada na figura, as molas A e B<br />
têm massas desprezíveis e constante elástica k = 16<br />
N/m. Um pequeno bloco rígido de massa igual a 4,0 kg é<br />
comprimido contra o aparador da mola A, que sofre uma<br />
deformação de 50 cm. Esse bloco é abandonado do<br />
repouso, passando a oscilar em trajetória retilínea sobre o<br />
plano horizontal. Em cada vaivém, ele realiza duas<br />
colisões contra os aparadores das molas, o que não<br />
acarreta nenhuma dissipação de energia mecânica.<br />
Supondo-se que a distância entre os aparadores<br />
na situação de relaxamento das molas é d = m e<br />
admitindo-se positivo o sentido da esquerda para direita,<br />
pode-se, desprezando atritos e influência do ar:<br />
9) A figura a seguir representa uma mola ideal de<br />
constante elástica K, presa em uma parede P e em um<br />
bloco de massa M em repouso, numa superfície plana<br />
horizontal S. Sobre esse bloco, repousa um outro, de<br />
massa m. Existe atrito entre os blocos, mas se supõe a<br />
ausência de atrito na superfície S. Além disso, as<br />
influências do ar são desprezadas. Afastando o bloco de<br />
massa M da posição de equilíbrio e liberando o sistema,<br />
ele passa oscilar com amplitude A.<br />
a) Calcular a máxima velocidade escalar atingida pelo<br />
bloco;<br />
b) Determinar o período de suas oscilações;<br />
c) Traçar, em uma folha á parte, o gráfico da velocidade<br />
escalar do bloco em função do tempo, abrangendo, pelo<br />
menos, um ciclo das oscilações.<br />
11) (Olimpíada Brasileira de <strong>Física</strong>) Um antigo relógio<br />
tipo carrilhão é acionado pelas oscilações de um pêndulo<br />
de aço (coeficiente de dilatação linear igual a<br />
455
1,0 · 10¯⁵ ⁰C¯¹) que no inverno, realiza uma oscilação<br />
completa em 1,0 s. Sabendo-se que no verão esse relógio<br />
passa a atrasar o equivalente a 2,0 min por mês,<br />
determine a diferença entre as temperaturas médias no<br />
verão e no inverno.<br />
12) Um cilindro de densidade é mantido em repouso<br />
na posição indicada na figura 1. Sob o cilindro, encontrase<br />
uma cuba contendo um líquido de densidade .<br />
Desprezando-se a resistência do ar e a do<br />
líquido, o cilindro, ao ser abandonado, passa a realizar<br />
um movimento harmônico simples vertical. Determine a<br />
razão para que as posições de inversão do<br />
movimento sejam as representadas nas figuras 1 e 2.<br />
456
GABARITO:<br />
1 2 3 4 5 6<br />
C A 16cm 0,06 m 1/2 ou 2 a) 20 N/m<br />
b) 5 Hz<br />
7 8 9 10 11 12<br />
2 Y = 6 cos (4t + ) a) T =<br />
a) m/s b) 3s 9,2 0 C 2<br />
b) µ ˃=<br />
ANOTAÇÕES:<br />
______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
457
CAPÍTULO 21 – ELETROSTÁTICA<br />
nuvem e o solo. Durante a tempestade gotículas de gelo<br />
ficam se movimentado e se chocando dentro das nuvens<br />
causando uma separação das cargas elétricas positivas e<br />
negativas. Quando as diferenças entre essas cargas se<br />
tornam muito grande, um feixe de carga elétrica,<br />
conhecido por condutor, geralmente negativo, deixa as<br />
nuvens em zigue-zague por uns 40 ou 50 metros. Devido<br />
à intensidade do campo elétrico (vamos estudar esse<br />
conceito mais adiante) formado, as cargas positivas do<br />
solo mais próximas do raio condutor, chamadas de<br />
conectantes, saltam até encontrá-lo, fechando assim o<br />
circuito elétrico entre a nuvem e o solo. Só quando as<br />
duas correntes se encontram é que tudo se ilumina e o<br />
raio pode ser observado. Bem menos comum e apenas<br />
em estruturas elevadas, também pode ocorrer o inverso<br />
com a descarga indo do solo para as nuvens.<br />
O REPÓRTER FOTOGRÁFICO DA ANSA<br />
ALESSANDRO DI MEO, RESPONSÁVEL POR<br />
TIRAR A FOTO DO RAIO ATINGINDO A CÚPULA<br />
DA BASÍLICA DE SÃO PEDRO NO DIA DA<br />
RENÚNCIA DO PAPA BENTO XVI, EXPLICOU<br />
NESTA TERÇA, DIA 12, COMO CONSEGUIU A<br />
IMAGEM QUE ESTAMPOU A CAPA DOS<br />
PRINCIPAIS SITES E JORNAIS DO MUNDO.<br />
“ESTAVA CHEGANDO UM TEMPORAL. QUANDO<br />
VI O PRIMEIRO RELÂMPAGO TIVE A IDEIA E<br />
IMEDIATAMENTE ME POSICIONEI EMBAIXO DA<br />
COLUNA. FORAM QUASE 40 MINUTOS LUTANDO<br />
COM A CÂMERA E O TEMPO PARA TIRAR A<br />
FOTO QUE HAVIA PENSADO”, EXPLICOU DI<br />
MEO.<br />
1 – A ELETRICIDADE E A NATUREZA<br />
1.1 – ALGUMAS PERGUNTAS CURIOSAS<br />
SOBRE OS RAIOS<br />
* QUAL A DURAÇÃO DE UM RAIO?<br />
Um raio composto de várias descargas pode<br />
durar até 2 segundos. No entanto, cada descarga que<br />
compõe o raio dura apenas frações de milésimos de<br />
segundo.<br />
* QUAL A SUA VOLTAGEM E CORRENTE?<br />
A voltagem de um raio encontra-se entre 100<br />
milhões a 1 bilhão de Volts. A corrente é da ordem de 30<br />
mil ampères, ou seja, a corrente utilizada por 30 mil<br />
lâmpadas de 100 W juntas. Em alguns raios a corrente<br />
pode chegar a 300 mil ampères!<br />
* QUAL A ENERGIA ENVOLVIDA EM UM RAIO?<br />
Grande parte da energia de um raio é<br />
transformada em calor, luz, som e ondas de rádio.<br />
Apenas uma fração dela é convertida em energia elétrica.<br />
Sabemos que a duração de um raio é extremamente<br />
curta, assim, apesar dos grandes valores de corrente e<br />
voltagem envolvidos a energia elétrica média que um<br />
raio gasta é de 300 kWh, ou seja, aproximadamente igual<br />
à de uma lâmpada de 100 W acesa durante apenas quatro<br />
meses.<br />
Quem nunca durante uma chuva forte parou e<br />
apreciou os relâmpagos, uns observam com fascinação o<br />
belo espetáculo da natureza, já outros olham paralisados<br />
de temor diante de tal visão. Mas o que é e como<br />
acontecem os relâmpagos?<br />
O mais comum ocorre por causa de<br />
uma descarga elétrica entre duas nuvens ou entre uma<br />
* É POSSÍVEL UTILIZAR A ENERGIA DE UM<br />
RAIO?<br />
Para que pudéssemos utilizar essa energia,<br />
necessitaríamos não só capturá-la mas também<br />
armazená-la, o que é ainda impossível. Para capturar<br />
raios seria necessária uma quantidade muito grande de<br />
hastes metálicas para aumentar a chance de que fossem<br />
458
atingidas. No entanto, encontram-se em andamento<br />
pesquisas que tentam drenar as cargas elétricas das<br />
nuvens de tempestade com o auxílio de potentíssimos<br />
raios laser. A ideia é tentar, com o auxílio do laser, guiar<br />
o raio até um local onde fosse possível armazenar a sua<br />
energia.<br />
* QUAL A SUA ESPESSURA E COMPRIMENTO?<br />
O raio pode ter até 100 km de comprimento.<br />
Raios com esse comprimento geralmente envolvem mais<br />
de uma nuvem de tempestade. Apesar de seu grande<br />
comprimento, a espessura do canal de um raio é de<br />
apenas alguns centímetros.<br />
quantidade de carga elétrica encontrada na natureza, até<br />
os dias atuais. Essa quantidade é representada pela letra<br />
e e é chamada de quantidade de carga elétrica elementar.<br />
Em 1909, a quantidade de carga elétrica elementar foi<br />
determinada experimentalmente por Millikan. O valor<br />
obtido foi:<br />
e = 1,6.10 -19 c<br />
* QUAL A TEMPERATURA DE UM RELÂMPAGO?<br />
A temperatura é superior a cinco vezes a<br />
temperatura da superfície solar, ou seja, a 30.000 0 C.<br />
Quando um raio atinge e penetra solos arenosos a sua<br />
alta temperatura derrete a areia, transformando-a em uma<br />
espécie de tubo de vidro chamado fulgurito.<br />
2 - ASPECTOS BÁSICOS<br />
Com o objetivo de compreendermos os<br />
conceitos da Eletricidade que explicam o funcionamento<br />
dos raios bem como entender as tecnologias ligadas a<br />
esse ramo da física, apresentaremos a seguir conceitos<br />
fundamentais que nos permitirão futuramente<br />
dominarmos essa ideias.<br />
2.1 - CARGA ELÉTRICA<br />
Há dois tipos de cargas elétricas: positivas e<br />
negativas.<br />
Desde o século XVIII já se sabia que as cargas de nomes<br />
iguais (mesmo sinal) se repelem e as de nomes distintos<br />
(sinais diferentes) se atraem.<br />
A unidade de carga é denominada coulomb (C)<br />
em homenagem ao físico francês Charles Augustin<br />
Coulomb (1736-1806). Para se ter uma ideia de quão<br />
grande é a unidade coulomb, um relâmpago costuma ter<br />
uma carga em torno de 10 C. Pilhas recarregáveis e<br />
baterias de automóvel costumam usar outra unidade de<br />
carga que não faz parte do Sistema Internacional, o<br />
ampère-hora (Ah), ou seu submúltiplo, miliampère-hora<br />
(mAh). Uma quantidade de carga de 1 Ah equivale a<br />
3600 C. Já o seu submúltiplo vale: 1 mAh = 3,6 C<br />
2.2 - CARREGANDO UM ÁTOMO<br />
Os átomos, em circunstâncias normais, contêm<br />
elétrons, e, frequentemente, os que estão mais afastados<br />
do núcleo se desprendem com muita facilidade. Em<br />
algumas substâncias, como os metais, proliferam-se os<br />
elétrons livres. Dessa maneira, um corpo fica carregado<br />
eletricamente graças à reordenação dos elétrons.<br />
A partícula mais leve que leva carga elétrica é o<br />
elétron, que, assim como a partícula de carga elétrica<br />
inversa à do elétron, o próton, transporta a menor<br />
Um átomo neutro tem quantidades iguais de<br />
carga elétrica positiva e negativa. A quantidade de carga<br />
elétrica transportada por todos os elétrons do átomo, que,<br />
por convenção, é negativa, está equilibrada pela carga<br />
positiva localizada no núcleo. Se um corpo contiver um<br />
excesso de elétrons, ficará carregado negativamente. Ao<br />
contrário, com a ausência de elétrons, um corpo fica<br />
carregado positivamente, devido ao fato de que há mais<br />
cargas elétricas positivas no núcleo.<br />
Bons condutores são, na grande maioria, da<br />
família dos metais: ouro, prata e alumínio, assim como<br />
459
alguns novos materiais, de propriedades físicas alteradas,<br />
que conduzem energia com perda mínima, denominados<br />
supercondutores. Já a porcelana, o plástico, o vidro e a<br />
borracha são bons isolantes. Isolantes são materiais que<br />
não permitem o fluxo da eletricidade.<br />
2.3 - PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DA CARGA<br />
ELÉTRICA<br />
Em um sistema eletricamente isolado, o número<br />
de prótons e elétrons, ou seja, a quantidade de carga<br />
elétrica, permanece constante. Nesse sistema, mesmo<br />
ocorrendo um fenômeno qualquer, por exemplo, uma<br />
reação química ou nuclear, a quantidade de carga elétrica<br />
é a mesma antes e após o fenômeno. É constante a soma<br />
algébrica das cargas positivas e negativas, isto é, o<br />
número total de prótons e elétrons existentes no sistema<br />
não se altera.<br />
2.4- TIPOS DE ELETRIZAÇÃO<br />
Existem três formas de se eletrizar um corpo: atrito,<br />
contato e indução.<br />
A- Eletrização por Atrito<br />
Os antigos gregos já haviam observado que,<br />
atritando corpos de materiais diferentes, eles ficavam<br />
carregados eletricamente. Isto se deve ao fato que, ao se<br />
raspar um material no outro, elétrons são perdidos por<br />
um corpo indo parar no outro. Assim, um corpo fica com<br />
excesso de carga negativa e o outro com falta de carga<br />
negativa, ou seja, positivamente carregado. Por exemplo,<br />
quando nos penteamos, o cabelo remove e adquire cargas<br />
460<br />
negativas do pente. Assim, o pente fica carregado<br />
positivamente e o cabelo negativamente.<br />
FÍSICA CURIOSA<br />
Como fazemos para saber o sinal da carga<br />
de cada um dos corpos que foram<br />
esfregados?<br />
Inicialmente, definia-se como “eletricidade<br />
de resina” aquela que o âmbar adquire ao<br />
ser friccionado com peles de animais; e<br />
também “eletricidade vítrea” àquela que<br />
adquire o vidro ao ser atritado com seda.<br />
Após várias e várias experiências pôde-se<br />
determinar a tendência que cada substância<br />
tem de ficar eletricamente positiva ou<br />
negativa, dependendo do tipo de material<br />
em que foi atritada. Esta tendência está<br />
representada na série triboelétrica, que<br />
exemplificamos abaixo. Se, por exemplo,<br />
atritarmos lã em vidro, a lã ficará carregada<br />
negativamente, enquanto que o vidro ficará<br />
carregado positivamente.<br />
B – Eletrização por contato<br />
Trata-se de um processo de eletrização que<br />
funciona melhor entre materiais condutores, embora<br />
ocorra também entre isolantes.<br />
Considere as esferas condutoras abaixo: uma negativa e a<br />
outra neutra.
Ao encostarmos as esferas entre si, para os<br />
elétrons em excesso, tudo se passa como se houvesse<br />
apenas um único condutor com o formato estranho a<br />
seguir:<br />
II – As cargas elétricas se distribuíram<br />
proporcionalmente aos raios das esferas. A esfera maior<br />
adquiriu o dobro das cargas da esfera menor, por ter o<br />
dobro do raio desta.<br />
Contato entre condutores idênticos<br />
Há um caso particular que merece nossa<br />
atenção: é aquela em que os corpos são esferas metálicas<br />
de mesmo raio. Durante o contato, o excesso de cargas<br />
distribui-se igualmente pelas duas superfícies esféricas.<br />
Assim, após o contato, cada um deles estará com metade<br />
da carga inicial.<br />
As cargas, então, se espalham na superfície<br />
desse “novo” condutor assim formado, buscando<br />
minimizar as repulsões mútuas.<br />
Como o “novo” condutor não tem o formato<br />
esférico, no equilíbrio eletrostático as cargas se<br />
concentram nas regiões mais extremas. Tudo o que foi<br />
descrito acima acontece num piscar de olhos.<br />
Finalmente, separando-se os condutores, cada um<br />
manterá sua carga adquirida após o contato.<br />
De uma forma geral, se as esferas, antes do<br />
contato, tiverem carga inicial Qa e Qb, respectivamente,<br />
cada uma delas, após o contato, apresentará em sua<br />
superfície a metade da carga total do sistema:<br />
Sobre o processo anterior, dois fatos<br />
importantes devem ser enfatizados:<br />
I – houve conservação da carga total do sistema, como<br />
era de se esperar:<br />
carga inicial = -12 = (-8) + (-4) = carga final<br />
461
ATIVIDADES PARA SALA<br />
Perceba que, mais uma vez, houve conservação da carga<br />
total do sistema:<br />
Carga inicial = 8 + 4 = 6 + 6 = Carga final<br />
C – Eletrização por indução<br />
Suponhamos que um corpo carregado<br />
negativamente é aproximado de outro corpo neutro feito<br />
de uma substância condutora. Devido ao princípio da<br />
atração e repulsão, as cargas no condutor neutro tendem<br />
a se redistribuir. As cargas negativas serão repelidas para<br />
a extremidade oposta, deixando para trás cargas positivas<br />
que serão atraídas pelo corpo eletrizado. Esta<br />
redistribuição de cargas é chamada de polarização.<br />
Se conectarmos um fio terra no corpo neutro, as cargas<br />
negativas terão a oportunidade de se distanciarem ainda<br />
mais do corpo carregado, migrando em direção à Terra.<br />
Com isso, o corpo que era inicialmente neutro passará a<br />
ter um excesso de carga positivo.<br />
Ao desconectarmos o fio terra, este corpo continuará<br />
apresentando carga positiva.<br />
Observe que não há contato entre os corpos inicialmente<br />
carregados e induzidos, e que a carga final de cada um<br />
dos corpos tem sinal oposto.<br />
462<br />
1) (TIPO ENEM) O médico e cientista inglês William<br />
Gilbert (1544-1603), retomando as experiências<br />
pioneiras com os fenômenos elétricos, realizadas pelo<br />
filósofo grego Tales de Mileto, no século VI a.C.<br />
(experiências que marcaram o início da Ciência da<br />
Eletricidade, fundamental para o progresso de nossa<br />
civilização) verificou que vários corpos, ao serem<br />
atritados, se comportam como o âmbar e que a atração<br />
exercida por eles se manifestava sobre qualquer outro<br />
corpo, mesmo que este não fosse leve. Hoje, observa-se<br />
que a geração de eletricidade estática por atrito é mais<br />
comum do que se pode imaginar e com várias aplicações.<br />
A respeito dessas experiências, analise as proposições a<br />
seguir.<br />
I. Em regiões de clima seco é relativamente comum um<br />
passageiro sentir um pequeno choque ao descer de um<br />
veículo e tocá-lo. Isto ocorre porque, sendo o ar seco,<br />
bom isolante elétrico, a eletricidade estática adquirida<br />
por atrito não se escoa para o ambiente, e o passageiro,<br />
ao descer, faz a ligação do veículo com o solo.<br />
II. Ao caminharmos sobre um tapete de lã, o atrito dos<br />
sapatos com o tapete pode gerar cargas que se acumulam<br />
em nosso corpo. Se tocarmos a maçaneta de uma porta,<br />
nessas condições, poderá saltar uma faísca, produzindo<br />
um leve choque. Esse processo é conhecido como<br />
eletrização por indução.<br />
III. É muito comum observar-se, em caminhões que<br />
transportam combustíveis, uma corrente pendurada na<br />
carroceria, que é arrastada no chão. Isso é necessário<br />
para garantir a descarga constante da carroceria que, sem<br />
isso, pode, devido ao atrito com o ar durante o<br />
movimento, apresentar diferenças de potencial, em<br />
relação ao solo, suficientemente altas para colocar em<br />
risco a carga inflamável.<br />
IV. Quando penteamos o cabelo num dia seco, podemos<br />
notar que os fios repelem-se uns aos outros. Isso ocorre<br />
porque os fios de cabelo, em atrito com o pente,<br />
eletrizam-se com carga de mesmo sinal.<br />
A partir da análise feita, assinale a alternativa correta.<br />
a) Apenas as proposições I e II são verdadeiras.<br />
b) Apenas as proposições I e III são verdadeiras.
c) Apenas as proposições II e IV são verdadeiras.<br />
d) Apenas as proposições I, III e IV são verdadeiras.<br />
e) Todas as proposições são verdadeiras.<br />
2) (UFRGS) Duas pequenas esferas metálicas idênticas e<br />
eletricamente isoladas, X e Y, estão carregadas com<br />
cargas elétricas +4 C e -8 C, respectivamente. As esferas<br />
X e Y estão separadas por uma distância que é grande em<br />
comparação com seus diâmetros. Uma terceira esfera Z,<br />
idêntica às duas primeiras, isolada e inicialmente<br />
descarregada, é posta em contato, primeiro com a esfera<br />
X e, depois, com a esfera Y. As cargas elétricas finais<br />
nas esferas X, Y, e Z são, respectivamente,<br />
a) +2 C, -3 C e -3 C.<br />
b) +2 C, +4 C e -4 C.<br />
c) +4 C, 0 e -8 C.<br />
d) 0, -2 C e -2 C.<br />
e) 0, 0, e -4 C.<br />
b) positiva e negativa.<br />
c) negativa e positiva.<br />
d) negativa e negativa.<br />
e) negativa e nula.<br />
5) Um condutor x está com falta de 80 elétrons e é posto<br />
em contato com outro condutor y neutro. Após algum<br />
tempo os dois condutores são separados e verifica-se que<br />
o condutor x está com falta de apenas 10 elétrons.<br />
Supondo que durante a operação o sistema constituído<br />
pelas duas esferas está eletricamente isolado, determine<br />
após a separação:<br />
a) o sinal da carga em cada esfera;<br />
b) a quantidade de carga elétrica na esfera y.<br />
NA CARA DO ENEM<br />
ELETROSCÓPIOS<br />
3) (UESB) Dois condutores idênticos, X e Y, estão<br />
eletrizados com cargas elétricas de + 42μC e – 21μC,<br />
respectivamente. Um terceiro condutor Z, idêntico aos<br />
primeiros e eletricamente neutro, é posto em contato com<br />
o condutor X e; a seguir; com o condutor Y. Após esses<br />
contatos, os condutores X, Y e Z ficam eletrizados com<br />
cargas, em μC, respectivamente:<br />
a) 42, 21 e zero.<br />
b) 21, zero e zero.<br />
c) 21, 21 e zero.<br />
d) 21, 21 e 21.<br />
e) 21, 42 e zero.<br />
Para saber se um corpo está eletrizado ou não<br />
eletrizado, sem alterar sua possível carga, usamos um<br />
aparelho chamado eletroscópio. Um dos mais utilizados<br />
é o pêndulo eletrostático. Como utilizá-lo?<br />
PERGUNTA 1 – Como saber se um corpo está eletrizado<br />
ou neutro?<br />
Resposta – Usando o eletroscópio inicialmente neutro e<br />
testando se ocorre ou não a indução eletrostática, e<br />
consequentemente, atração eletrostática devido às cargas<br />
induzidas., veja:<br />
4) (U. F. São Carlos-SP) Atritando vidro com lã, o vidro<br />
se eletriza com carga positiva e a lã com carga negativa.<br />
Atritando algodão com enxofre, o algodão adquire carga<br />
positiva e o enxofre, negativa. Porém, se o algodão for<br />
atritado com lã, o algodão adquire carga elétrica negativa<br />
e a lã positiva. Quando atritado com algodão e quando<br />
atritado com enxofre o vidro adquire, respectivamente,<br />
carga elétrica:<br />
a) positiva e positiva.<br />
463
IV – Se a esfera é atraída quando aproximamos dela um<br />
corpo, podemos concluir que esse corpo está eletrizado<br />
com carga de sinal oposto ao da esfera. Na figura, o<br />
corpo B possui carga elétrica positiva.<br />
3 – A FORÇA ELÉTRICA<br />
O esquema mostra que a aproximação de<br />
qualquer corpo eletrizado à esfera neutra do pêndulo<br />
provocará a atração da mesma, devido ao fenômeno da<br />
indução eletrostática. A esfera do pêndulo será atraída,<br />
independente do sinal da carga do corpo aproximado à<br />
mesma, como pode ser visto na figura.<br />
PERGUNTA 2 – Após notar a presença de cargas no<br />
corpo, como saber o sinal destas cargas?<br />
A sequência mostra o procedimento do uso do<br />
pêndulo eletrostático, para se descobrir o sinal da carga<br />
elétrica de um corpo eletrizado:<br />
I – Eletriza-se a esfera do pêndulo com carga de sinal<br />
conhecido. No exemplo, foi usada a carga negativa.<br />
II – A esfera do pêndulo já está eletrizada.<br />
III – Se a esfera é repelida quando aproximamos dela um<br />
corpo eletrizado, podemos concluir que esse corpo está<br />
eletrizado com carga de sinal igual ao da esfera. Na<br />
figura, o corpo A possui carga elétrica negativa.<br />
464<br />
Em 1785, o físico francês Charles Augustin de<br />
Coulomb, procurou entender do que depende a força de<br />
interação entre cargas elétricas. Para tanto, ele<br />
desenvolveu uma situação experimental que lhe permitiu<br />
chegar a uma conclusão curiosa.<br />
Segundo Coulomb, a força elétrica entre duas partículas<br />
carregadas é dada por<br />
onde q e Q são as cargas elétricas dos dois corpos, d é a<br />
distância entre os corpos e k é uma constante para a<br />
eletricidade . Esta é a chamada lei de Coulomb.<br />
A constante k que aparece na equação é chamada de<br />
constante dielétrica. O valor desta constante é definido<br />
conforme o sistema de unidades utilizado. No Sistema<br />
Internacional, as cargas q e Q são dadas em coulombs, a<br />
distância d é dada em metros, e o valor da constante no<br />
vácuo é:<br />
A constante eletrostática depende do meio. Na<br />
tabela abaixo algumas constantes comuns:
Olhe as duas expressões abaixo:<br />
A da esquerda (como veremos no módulo 3) representa a<br />
interação gravitacional entre dois corpos de massa M e<br />
m. A da direita mostra a interação elétrica entre dois<br />
corpos com cargas q e Q. Rapidamente notamos que<br />
estas equações possuem a mesma forma. No entanto,<br />
existem algumas diferenças fundamentais entre elas:<br />
há somente um tipo de massa enquanto<br />
que existem dois tipos de carga elétrica -<br />
positiva e negativa - que se comportam de<br />
maneiras opostas.<br />
a gravitação é puramente atrativa, mas a<br />
força elétrica pode ser ou atrativa ou<br />
repulsiva – cargas elétricas com o mesmo<br />
sinal se repelem, cargas elétricas com sinais<br />
opostos se atraem.<br />
a constante G é universal, tendo sempre o<br />
mesmo valor em qualquer meio ou em<br />
qualquer ponto do Universo, enquanto que a<br />
constante K, como já dito anteriormente,<br />
depende do meio onde as cargas estão<br />
ATENÇÃO! inseridas.<br />
FORÇA ELÉTRICA ENTRE VÁRIAS CARGAS<br />
Num sistema contendo apenas duas cargas (um<br />
exemplo seria o átomo de hidrogênio), a lei de Coulomb<br />
pode ser aplicada diretamente ao par de cargas para<br />
determinar a força elétrica. No entanto, em sistemas com<br />
um maior número de cargas, devemos resolver o<br />
problema interativamente.<br />
Se houverem várias cargas e todas elas estiverem sobre<br />
uma mesma linha, podemos determinar a força resultante<br />
da seguinte maneira.<br />
Calculamos a força par a par via lei de Coulomb e depois<br />
somamos todas as forças, levando em conta o sinal e a<br />
intensidade de cada uma.<br />
Se as cargas não estiverem todas sobre uma<br />
mesma linha temos que utilizar o cálculo vetorial.<br />
Lembramos que a força, por ser um vetor, além do seu<br />
módulo (intensidade) possui direção e sentido. A força<br />
resultante sobre uma carga, quando na presença de outras<br />
duas cargas, deve ser determinada pela regra do<br />
paralelogramo. O valor da força resultante é dado pela<br />
expressão:<br />
Se houverem mais do que duas cargas<br />
exercendo força sobre uma terceira carga, devemos<br />
sucessivamente somar vetorialmente cada par de forças.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Um corpo está eletrizado com uma quantidade de<br />
carga elétrica Q = -1,6 . 10 -10 C e a quantidade de carga<br />
elementar é igual a 1,6 . 10 -19 C. Nessas condições:<br />
a) Determine se o corpo apresenta excesso ou falta de<br />
elétrons.<br />
b) Qual é o número de elétrons correspondente?<br />
c) Dentre os itens seguintes, qual(is) deles deve(m) ser<br />
realizado(s) para neutralizar a carga elétrica desse corpo?<br />
I. Retirar 1,0 . 10 9 elétrons do corpo.<br />
II. Fornecer 1,0 . 10 9 elétrons ao corpo.<br />
III. Retirar 1,0 . 10 9 prótons do corpo.<br />
2) São dadas três esferas metálicas, A, B e C, idênticas e<br />
um pedaço de pano de seda, todos inicialmente neutros.<br />
Realiza-se a seguinte sequencia de operações:<br />
465
I. atrita-se o pano de seda com a esfera metálica A;<br />
II. em seguida, coloca-se a esfera A em contato com a<br />
esfera metálica B;<br />
III. finalmente, coloca-se a esfera A em contato com a<br />
esfera metálica C.<br />
Sabe-se que o pano de seda adquiriu uma quantidade de<br />
carga elétrica, em módulo, igual a 8 μC.<br />
a) Qual é o sinal da carga elétrica de cada pos após a<br />
sequencia de operações?<br />
b) Qual é a quantidade de carga elétrica de cada corpo<br />
após as três operações?<br />
3) (FEI-SP) Duas cargas elétricas q e 4q estão separadas<br />
por uma distância d. A força de atração entre as cargas é<br />
F. Se quisermos triplicar a força o que devemos fazer?<br />
a) Reduzir a distância para d/1,73.<br />
b) Aumentar a distância para 1,73d.<br />
c) Reduzir a distância para 1/1,30d.<br />
d) Aumentar a distância para 3d.<br />
e) Triplicar o valor das cargas.<br />
4) Duas cargas elétricas puntiformes, Q 1, e Q 2, estão<br />
fixas nos pontos A e B, conforme mostra a figura: Uma<br />
terceira carga elétrica, Q3, é colocada no ponto C e pode<br />
se mover livremente sobre a linha que une as cargas Q 1,<br />
e Q 2.<br />
a) Suponha que as cargas Q 1 e Q 2 sejam ambas positivas<br />
e que a carga Q 3 seja negativa. Represente vetorialmente<br />
na figura as forças elétricas que agem na carga Q 3 e<br />
estabeleça as condições para que ela permaneça em<br />
equilíbrio no ponto C.<br />
b) Considere Q 1 = - 2C, Q 2 = - 4C e Q 3 = + 1C, a= 3cm<br />
e b= 2cm. Sendo k = 9.10 9 (N.m 2 )/C 2 , determine a força<br />
elétrica resultante sobre a carga Q 3.<br />
466<br />
5) Duas cargas positivas de 6 · 10 -10 C estão separadas<br />
por uma distância de 9 cm. Na mesma reta que une as<br />
duas, e a 3 cm de uma delas, existe uma carga negativa<br />
cujo valor é 3·10 -10 C. Qual a força resultante que vai<br />
agir em cada uma das cargas?<br />
6) Assinale V ou F, corrigindo as falsas:<br />
a) Se dobrarmos o valor de uma carga e triplicarmos o<br />
valor de outra carga, a força elétrica entre elas ficará<br />
aumentada de 5 vezes.<br />
b) Se a distância entre 2 cargas for triplicada, a força<br />
elétrica entre elas diminuirá de 3 vezes.<br />
c) A força elétrica entre duas cargas, assim como a força<br />
gravitacional, depende do meio onde ocorre o<br />
experimento.<br />
d) Um corpo eletrizado negativamente apresenta falta de<br />
prótons.<br />
e) Um corpo eletrizado positivamente apresenta excesso<br />
de prótons.<br />
f) Na eletrização por contato os corpos adquirem cargas<br />
de mesmo sinal.<br />
g) Na eletrização por indução, os corpos envolvidos<br />
adquirem cargas de sinais opostos e de mesmo módulo.<br />
h) O contato entre o indutor e o induzido são aspectos<br />
fundamentais na eletrização por indução.<br />
i) A eletrização por contato não depende dos tamanhos<br />
dos corpos envolvidos no processo.<br />
7) (FEI-SP) Duas esferas metálicas idênticas, separadas<br />
pela distância d, estão eletrizadas com cargas elétricas Q<br />
e -5Q. Essas esferas são colocadas em contato e em<br />
seguida são separadas de uma distância 2d. A força de<br />
interação eletrostática entre as esferas, antes do contato,<br />
tem módulo Fl e após o contrato, módulo F2. A relação<br />
Fl / F2 é:<br />
a)1<br />
b)2<br />
c)3<br />
d) 4<br />
e) nda
8) Duas cargas puntiformes estão separadas de uma<br />
distância d e trocam forças de intensidades iguais a F1 e<br />
F2, com indica a figura a seguir:<br />
10) Considere as três cargas pontuais representadas na<br />
figura adiante por +Q, Q e +q. Sabendo que a constante<br />
eletrostática do meio é k, determine o módulo da força<br />
eletrostática resultante que age sobre a carga + q.<br />
Sabendo-se que o corpo colocado no ponto A está fixo e<br />
que o corpo em B é móvel e está apenas sob ação da<br />
força , e ainda que |Q2| = 3 |Q1|, responda:<br />
a) O que se pode dizer a respeito do sinal das cargas dos<br />
corpos?<br />
b) Qual a relação entre F 1 e F 2?<br />
c) Supondo que F1 = 2 x 10 – 4 N e que a massa do corpo<br />
que contém a carga Q2 é m2 = 10 – 4 kg, qual a aceleração<br />
desse corpo no ponto B?<br />
d) Durante o movimento do corpo, a sua aceleração é<br />
constante ou variável? (Suponha que o movimento<br />
ocorra no eixo x).<br />
e) Supondo agora as duas cargas fixas, o que ocorrerá<br />
com a intensidade de se o corpo do ponto B for<br />
substituído por outro com carga 2Q2?<br />
f) O que ocorrerá com a intensidade da força sobre os<br />
corpos que contêm as cargas se elas forem aproximadas<br />
de maneira que a distância entre elas fique reduzida à<br />
metade? E se forem afastadas de forma que a distância<br />
entre elas passe a ser o dobro?<br />
g) O que ocorrerá com as forças se os corpos,<br />
inicialmente no ar e a uma distância fixa, forem<br />
colocados na água?<br />
9) Duas pequenas esferas metálicas iguais são<br />
suspensas de um ponto O por dois fios isolantes de<br />
mesmo comprimento l = 0,5m. As esferas são<br />
igualmente eletrizadas com carga Q = 1,0μC. sabendose<br />
que, na posição de equilíbrio, os fios formam com a<br />
vertical um ângulo de 45º, determine o peso de cada<br />
esfera. O meio é o vácuo, cuja constante eletrostática<br />
vale k o = 9 x 10 9 (SI).<br />
11) No ponto B do plano inclinado abaixo, que se<br />
encontra no vácuo, temos um corpo fixo e eletrizado com<br />
carga Q = 20μC. No ponto A, a 0,3m de B, coloca – se<br />
um corpúsculo de 20g de massa, eletrizado com carga q.<br />
Despreze os atritos e adote g = 10m/s 2 . Para que o corpo<br />
A fique em equilíbrio, qual deve ser a sua carga?<br />
Dado k = 9 x 10 9 (SI)<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) A figura mostra uma placa infinitamente grande<br />
uniformemente eletrizada com carga elétrica positiva,<br />
bem como duas cargas puntiformes positivas + q e + 3q<br />
localizadas no ponto A e B. Se as forças elétricas que B e<br />
a placa exercem em A valem, respectivamente, 30 N e 20<br />
N, a força elétrica resultante na carga B vale:<br />
a) 10 N<br />
b) 50 N<br />
c) 60 N<br />
d) 80 N<br />
e) 90 N<br />
467
4) Duas bolinhas iguais, carregadas negativamente, estão<br />
presas por fios de seda de 3m de comprimento a um<br />
ponto em comum, como mostra a figura. Cada bola tem<br />
massa igual a 80 g. Qual a quantidade de carga das bolas<br />
para que os fios formem um ângulo de 90 0 entre si?<br />
2) Três cargas positivas de valor 6·10 -8 C estão nos<br />
vértices de um triângulo retângulo cujos lados medem,<br />
respectivamente, 3 cm, 4 cm e 5 cm. Qual o valor da<br />
força elétrica que age sobre a carga que está sobre a<br />
aresta do ângulo de 90º?<br />
3) Uma mola de constante elástica 400 N/m tem uma<br />
extremidade presa a um suporte fixo e a outra possui<br />
uma carga elétrica puntiforme, de massa desprezível, de<br />
+ 10 μC. Essa mola encontra-se permanentemente<br />
comprimida devido à presença de uma segunda carga<br />
elétrica q, localizada a uma distância 60 cm da primeira.<br />
Sabendo que a compressão permanente da mola é de 0,5<br />
m, nesse equilíbrio, a carga q de ser de quantos μC?<br />
a) 16<br />
b) 8<br />
c) -12<br />
d) – 36<br />
e) 24<br />
468<br />
a) 4.10 -2 C<br />
b) 4.10 -4 C<br />
c) 4.10 -6 C<br />
d) 4.10 -7 C<br />
e) 4.10 -8 C<br />
5) Uma força elétrica exerce influência no equilíbrio de<br />
uma esfera A, de 0,10kg pendurada por um fio delgado,<br />
sob a qual está uma esfera B, sustentada por um pedestal<br />
de madeira isolante, conforme a figura abaixo:<br />
Determine, em newtons, o módulo da força que tenciona<br />
o fio que sustenta a esfera A.<br />
Dados: g = 10m/s 2 e k = 9 x 10 9 (SI),
6) (UFOP-MG) A figura mostra a configuração de<br />
equilíbrio de uma pequena esfera A e um pêndulo B que<br />
possuem cargas de mesmo módulo.<br />
a) O que pode ser afirmado sobre os sinais das cargas de<br />
A e B?<br />
b) Se tg α = 3/4 e a massa de B é 0,1 kg, determine os<br />
módulos das cargas de A e B.<br />
4 – A IDEIA DE CAMPO<br />
Sejam duas partículas de massas m e M e<br />
separadas por uma distância d. Pela lei da Gravitação<br />
Universal de Newton, as forças da partícula 1 sobre a<br />
partícula 2 e da partícula 2 sobre a partícula 1 atuam na<br />
direção da reta que passa pelas partículas com a mesma<br />
intensidade, dada por:<br />
F = GmM /d 2<br />
onde G é uma constante universal, isto é, tem o mesmo<br />
valor para todos os pares de partículas. Assim, se as<br />
partículas se afastam (ou se aproximam) uma da outra<br />
por qualquer motivo, a intensidade destas forças diminui<br />
(ou aumenta) instantaneamente. Por isso, estritamente<br />
falando, esse ponto de vista não tem sentido físico. De<br />
qualquer forma, dentro desse ponto de vista, que<br />
interpreta a interação entre duas partículas como se uma<br />
exercesse força diretamente sobre a outra, se diz que<br />
existe ação à distância entre as partículas.<br />
O ponto de vista aceito como mais apropriado é<br />
aquele que introduz, como mediador da interação entre<br />
as partículas, o campo gravitacional. Dentro desse ponto<br />
de vista, considera-se que, como uma partícula tem certa<br />
massa, o espaço ao seu redor não está vazio, mas<br />
apresenta uma certa qualidade material, chamada campo<br />
gravitacional, de modo que sobre qualquer outra<br />
partícula com massa, colocada nas suas proximidades,<br />
existe uma força gravitacional. Nesse contexto, é usual<br />
dizer-se que uma partícula com massa cria (ou gera) no<br />
espaço ao seu redor um campo gravitacional e esse<br />
campo, interagindo localmente com uma segunda<br />
partícula com massa, causa o aparecimento de uma força<br />
gravitacional sobre ela. Assim, se a primeira partícula se<br />
desloca em relação à segunda, o seu campo gravitacional<br />
se modifica e essa modificação se propaga até atingir o<br />
ponto do espaço onde se encontra a segunda partícula,<br />
quando, então, a força que atua sobre esta partícula<br />
muda. A interação entre as partículas deixa de ser<br />
instantânea. E como a força aparece pela interação da<br />
partícula com o campo no ponto onde ela se encontra, a<br />
interação tem caráter local e não de ação à distância.<br />
O campo gravitacional é um exemplo de campo<br />
vetorial. O campo elétrico e o campo magnético são,<br />
também, campos vetoriais, e tudo o que se disse acima<br />
vale também para eles. Assim, a interação coulombiana<br />
(eletrostática) entre duas partículas com carga elétrica é<br />
descrita afirmando-se que cada partícula com carga<br />
elétrica gera, no espaço ao seu redor, um campo elétrico,<br />
e esse campo, interagindo localmente com a outra<br />
partícula com carga elétrica, causa o aparecimento de<br />
uma força elétrica sobre ela.<br />
O conceito de campo não tem apenas um caráter<br />
formal, matemático. Muito pelo contrário, o estudo dos<br />
campos elétricos e magnéticos variáveis com o tempo,<br />
por exemplo, demonstra que eles podem existir<br />
independentemente das cargas elétricas que os<br />
originaram (na forma de radiação eletromagnética). Os<br />
campos são entes físicos com a mesma realidade que as<br />
partículas, possuindo propriedades como massa,<br />
quantidade de movimento e energia.<br />
5 – CAMPO ELÉTRICO<br />
Podemos definir o campo elétrico como uma<br />
região de influência em torno de uma ou mais cargas<br />
elétricas. Então, podemos dizer que: um corpo eletrizado<br />
cria ao seu redor um campo elétrico. Cada ponto desse<br />
campo é caracterizado por um vetor campo elétrico,<br />
sendo que qualquer outra carga colocada nesse ponto<br />
ficará submetida a uma força elétrica. O campo deve ser<br />
chamado de vetor porque possui orientação, além de seu<br />
módulo e unidade.<br />
O campo elétrico diminui de intensidade à<br />
medida que nos afastamos da fonte do campo. O<br />
conceito de campo elétrico é tão importante que, quando<br />
um corpo sofre a ação de uma força elétrica, dizemos que<br />
ele está, na verdade, sob a ação de um campo elétrico.<br />
469
Vamos definir o vetor campo elétrico E gerado por uma<br />
partícula carregada como a razão entre a força F e o valor<br />
da sua carga q:<br />
Como Fé dada em newtons, e q é dada em<br />
coulombs, a unidade de campo elétrico é N/C. Um<br />
campo de 1 N/C significa que uma partícula de 1 C<br />
sofrerá uma força de 1 N. Lembremos da definição de<br />
campo gravitacional, cuja unidade é o N/kg.<br />
Para determinar a intensidade e orientação do<br />
campo elétrico gerado por uma carga q lançamos mão de<br />
um artifício que chamamos de carga de prova. Esta carga<br />
possui módulo q0, que é muito menor que a carga q, de<br />
forma a não distorcer o campo gerado por q. Por<br />
convenção, definiu-se que o sinal da carga de prova é<br />
positivo. Assim, quando uma carga de prova for<br />
colocada no campo gerado por uma carga positiva, ela<br />
sofrerá uma força para longe da carga. Já se a carga de<br />
prova for colocada no campo gerado por uma carga<br />
negativa, ela sofrerá uma força na direção da carga. Ao<br />
varrer com q0 toda a vizinhança em torno de q, é<br />
possível mapear para onde aponta a força elétrica em<br />
cada ponto do espaço. Com isto, podemos definir o que<br />
chamamos de linhas de força, que nada mais são que<br />
linhas indicando a direção que apontaria a força se uma<br />
carga elétrica positiva estivesse sujeita àquele campo<br />
elétrico. Esta definição foi proposta pelo físico inglês<br />
Michael Faraday (1791-1867). Abaixo, representamos as<br />
linhas de força de uma carga positiva isolada e de uma<br />
carga negativa isolada.<br />
6 – CAMPO ELÉTRICO CRIADO POR CARGAS<br />
PONTUAIS<br />
A expressão E = F/q nos permite calcular a intensidade<br />
do campo elétrico, quaisquer que sejam as cargas que<br />
criam este campo. Vamos aplicá-la a um caso particular,<br />
no qual a carga que cria o campo é uma carga pontual.<br />
Consideremos, então, uma carga pontual Q, no ar, e um<br />
ponto situado a uma distância r desta carga, como mostra<br />
a figura acima. Se colocarmos uma carga de prova q<br />
neste ponto, ela ficará sujeita a uma força elétrica F, cujo<br />
módulo poderá ser calculado pela lei de Coulumb, isto é,<br />
F = k 0 Qq/r 2<br />
como F = q E, obtemos facilmente<br />
Podemos dizer que as linhas de campo “nascem” nas<br />
cargas positivas e “morrem” nas cargas negativas.<br />
E = k 0 Q/r 2<br />
470
Portanto, esta expressão nos permite calcular a<br />
intensidade do campo em um certo ponto, quando<br />
conhecemos o valor da carga pontual Q que criou este<br />
campo e a distância do ponto a esta carga. Observe,<br />
entretanto, que esta expressão só pode ser usada para este<br />
caso (campo criado por uma carga pontual).<br />
7 – CAMPO ELÉTRICO UNIFORME (CEU)<br />
Se aproximarmos duas grandes placas metálicas,<br />
sendo uma carregada positivamente e outra<br />
negativamente, podemos gerar um campo elétrico<br />
uniforme. Neste tipo de campo, as linhas são todas<br />
paralelas e à mesma distância umas das outras, indicando<br />
que o campo tem sempre o mesmo valor em qualquer<br />
ponto entre as placas.<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) (UEFS) Duas esferas condutoras idênticas com<br />
cargas Q 1 = – 2μC e Q 2 = 4 μC, no vácuo, estão distantes<br />
de 20cm.<br />
Colocando-se as duas cargas em contato e, após o<br />
equilíbrio estático, separá-las a uma distância de 30cm,<br />
pode-se concluir:<br />
a) inicialmente, as cargas se atraem com uma força de<br />
18N.<br />
b) Após o equilíbrio eletrostático, as novas cargas são<br />
iguais e valem 3 μC.<br />
c) A nova força entre as cargas é de repulsão e tem<br />
módulo igual a 10N.<br />
d) O campo elétrico gerado pela nova carga Q 1’, no<br />
ponto médio da linha reta que a separa da nova carga Q 2’<br />
tem intensidade de 9.10 5 NC.<br />
e) O campo elétrico resultante, no ponto médio da linha<br />
reta que une as duas novas cargas, é nulo.<br />
Se colocarmos uma carga de prova positiva<br />
dentro desse CEU, teremos a atuação da força elétrica,<br />
conforme a figura a seguir.<br />
2)(UFBA)Uma partícula de carga 5,0 .10 -4 C e massa<br />
1,6x10 -3 kg é lançada com velocidade de 10 2 m/s<br />
perpendicularmente ao campo elétrico uniforme<br />
produzido por placas paralelas de comprimento igual a<br />
20cm, distanciadas 2cm entre si. A partícula penetra no<br />
campo num ponto eqüidistante das placas, e sai<br />
tangenciando a borda da placa superior, conforme<br />
representado na figura abaixo. Desprezando a ação<br />
gravitacional, determine em 10 3 N/C, a intensidade do<br />
campo elétrico.<br />
3) (UFBA)Entre duas placas metálicas paralelas e<br />
horizontais, separadas por uma distância de 10 mm, é<br />
aplicada uma d.d.p. de 8000 V; uma gota de óleo com<br />
carga cinco vezes a do elétron é mantida em<br />
equilíbrio entre as placas. Sendo e = 1,6. 10 -19 C e g<br />
= 10 N/kg, calcule, em 10 -15 kg a massa da gota de óleo.<br />
471
4) (UFBA) A figura representa uma placa condutora A,<br />
eletricamente carregada, que gera um campo elétrico<br />
uniforme E, de módulo igual a 7. 10 4 N/C. A bolinha B,<br />
de 10 g de massa e carga negativa igual a – 1μC, é<br />
lançada verticalmente para cima, com velocidade de<br />
módulo igual a 6 m/s. Considerando que o módulo da<br />
aceleração da gravidade local vale 10 m/s 2 , que não há<br />
colisão entre a bolinha e a placa e desprezando a<br />
resistência do ar, determine o tempo, em segundos,<br />
necessário para a bolinha retornar ao ponto de<br />
lançamento.<br />
5) Uma partícula de massa 2 x 10 -3 kg e com carga q =<br />
2,0mC foi lançada no interior de um campo elétrico<br />
uniforme de intensidade E = 5,0 x 10 4 N/C, na direção<br />
do campo e em sentido oposto ao mesmo. Se a partícula<br />
pára após percorrer 10cm, determine, em m/s, sua<br />
velocidade de lançamento.<br />
6) (FEI) Uma pequena esfera de massa m, eletrizada com<br />
carga q, está apoiada numa placa isolante, inclinada, com<br />
um ângulo α com o horizonte. Calcule a intensidade do<br />
campo elétrico que mantém a esfera em equilíbrio.<br />
8 – POTENCIAL ELÉTRICO<br />
Em alguns casos, é mais fácil entender os<br />
fenômenos elétricos por meio do conceito de energia<br />
potencial elétrica e potencial elétrico. Quando colocamos<br />
uma carga de prova em um campo elétrico, dotamos o<br />
sistema (carga de prova e campo elétrico) de energia<br />
472<br />
potencial elétrica, ou seja, a força elétrica está em<br />
condições de realizar trabalho. A energia potencial<br />
elétrica é dada pela relação:<br />
Consideremos um condutor elétrico:<br />
O potencial elétrico (V) representa a energia potencial<br />
elétrica por unidade de carga, sendo uma propriedade<br />
associada, exclusivamente, a um determinado ponto.<br />
Em que:<br />
– V é o potencial elétrico do ponto;<br />
– Ep é a energia potencial elétrica de q 0 no ponto;<br />
– q 0 é a quantidade de carga elétrica do portador de<br />
carga, colocado no ponto em questão. No Sistema<br />
Internacional de Unidades (S.I.), temos:<br />
Quando temos uma carga puntiforme Q gerando<br />
o campo elétrico e considerando um ponto P situado a<br />
uma distância d dessa carga, o potencial elétrico é dado<br />
por:<br />
8.1 – TENSÃO ELÉTRICA OU DDP<br />
Chama-se tensão elétrica ou diferença de<br />
potencial (ddp), entre os pontos A e B, a relação:<br />
U AB = V A - V B
em que UAB representa a diferença de potencial elétrico<br />
entre os pontos A e B, medida em volt (V). Em relação<br />
ao movimento dos portadores de carga elétrica, podemos<br />
afirmar que:<br />
Veja as superfícies equipotenciais na figura abaixo:<br />
A - Para que os portadores de carga se movimentem<br />
ordenadamente, é necessário que eles estejam sujeitos a<br />
uma diferença de potencial<br />
B – Os elétrons se movimentam espontaneamente do<br />
menor para o maior potencial.<br />
C - Na Eletricidade é comum adotarmos a Terra como<br />
referência para a energia potencial elétrica.<br />
Assim, o potencial elétrico da Terra é adotado como<br />
zero.<br />
9 – SUPERFÍCIE EQUIPOTENCIAL<br />
Toda superfície cujos pontos apresentam o<br />
mesmo potencial elétrico são chamadas de<br />
equipotenciais. As linhas de força são perpendiculares às<br />
superfícies equipotenciais.<br />
9.1 – CARACTERÍSTICAS DO CAMPO UNIFORME<br />
* As superfícies equipotenciais são planos paralelos entre<br />
si e perpendiculares às linhas de força.<br />
* O trabalho no deslocamento de uma carga q entre os<br />
pontos A e B é dado por:<br />
473
wAB = q.(VA – VB) w = q.E.d<br />
e<br />
Relação:<br />
E.d = VA – VB E.d = U<br />
ou<br />
e) 1 volt é igual a 1 J/C.<br />
b) entre x e y, o campo elétrico se anula.<br />
c) entre x e y, o potencial elétrico se anula.<br />
d) à direita de y, o campo elétrico se anula.<br />
e) direita de y, o potencial elétrico se anula.<br />
474<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Assinale Vou F e corrija as alternativas falsas.<br />
a) Cargas elétricas positivas produzem campo elétrico de<br />
aproximação.<br />
b) O campo elétrico e a força elétrica apresentam mesma<br />
direção e mesmo sentido quando a carga de prova for<br />
positiva.<br />
c) No SI a unidade do campo elétrico é V/m.<br />
d) Os elétrons se movimentam espontaneamente de<br />
pontos de maior potencial para pontos de menor<br />
potencial.<br />
f) Comparando campo gravitacional com campo elétrico,<br />
podemos afirmar que a força elétrica é como se fosse<br />
uma espécie de “peso elétrico”, a carga elétrica uma<br />
espécie de “massa elétrica” e o campo elétrico é como se<br />
fosse uma “gravidade elétrica”.<br />
g) A direção do vetor campo elétrico é sempre a mesma<br />
do vetor força elétrica.<br />
h) O campo elétrico é inversamente proporcional á<br />
distância da carga que o produz aum ponto qualquer.<br />
i) O campo elétrico causado por uma carga elétrica não<br />
age sobre ela mesma. Se isso ocorresse a carga elétrica<br />
exerceria força sobre si mesma e aceleraria por conta<br />
própria, violando a lei da ação e reação de Newton.<br />
2) (UEFS) Considerem-se duas cargas, + q e - q,<br />
colocadas sobre os pontos x e y, respectivamente. Sobre<br />
a reta que une x e y existe um ponto tal que se estiver<br />
a) à esquerda de x, o potencial elétrico se anula.<br />
3) (FUVEST) Sobre uma partícula carregada atuam<br />
exclusivamente as frorças devidas aos campos elétrico e<br />
gravitacional terrestres. Admitindo que os campos sejam<br />
uniformes e que a partícula caia verticalmente, com<br />
velocidade constante, podemos afirmar que:<br />
a) a intensidade do campo elétrico é igual à intensidade<br />
do campo gravitacional.<br />
b) a força devido ao campo elétrico é menor, em módulo,<br />
do que o peso da partícula.<br />
c) a força devido ao campo elétrico é maior, em módulo,<br />
do que o peso da partícula.<br />
d) a força devido ao campo elétrico é igual, em módulo,<br />
ao peso da partícula.<br />
e) a direção do campo elétrico é perpendicular à direção<br />
do campo gravitacional.<br />
4) (UESB) A Eletrostática é a parte da <strong>Física</strong> que estuda<br />
as cargas elétricas em repouso, em relação a um sistema<br />
inercial de referência.<br />
Com base nos conhecimentos da Eletrostática, é correto<br />
afirmar:<br />
01) Um corpo eletrizado pode repelir um corpo neutro.<br />
02) Na eletrização por atrito, os corpos atritados<br />
adquirem cargas de mesmo valor absoluto e mesmo<br />
sinal.<br />
03) Na região onde existe apenas um campo elétrico<br />
uniforme, uma carga negativa desloca-se com velocidade<br />
constante.<br />
04) O trabalho da força elétrica que age sobre uma<br />
partícula eletrizada, que é transportada de um ponto A<br />
até um ponto B de um campo elétrico, depende da<br />
trajetória seguida pela carga.<br />
05) A intensidade da força de ação mútua entre duas<br />
cargas elétricas puntiformes é diretamente proporcional<br />
ao produto dos valores absolutos das duas cargas e<br />
inversamente proporcional ao quadrado da distância<br />
entre elas.<br />
5) (TIPO ENEM) A figura ilustra dois pêndulos elétricos<br />
feitos com esferas condutoras de mesmo raio. Elas foram<br />
eletrizadas por contato com outro corpo eletrizado.
Pode-se afirmar que:<br />
a) a esfera B possui mais cargas elétricas que a esfera A.<br />
b) somente a esfera B foi tocada pelo corpo eletrizado.<br />
c) a massa da esfera A é maior que a da esfera B.<br />
d) a força elétrica sobre a esfera B é maior do que aquela<br />
que atua na esfera A.<br />
e) esta situação somente pode ocorrer no vácuo.<br />
7) Em relação à questão anterior, se o professor Gilvanei<br />
soltar a corda, qual será velocidade da carga negativa, ao<br />
passar pela posição original?<br />
8) A figura mostra as linhas de força do campo elétrico<br />
coulombiano gerado por uma carga positiva Q = +6 μC<br />
no vácuo. As circunferências de raios 3m, 6m e 9m são<br />
superfícies equipotenciais desse campo. O professor ivã<br />
pergunta:<br />
6) Duas cargas elétricas que estão no vácuo, inicialmente<br />
distanciados de 4 m,se atraem com uma força de 500 N.<br />
O professor Gilvanei irá aumentar a distância entre essas<br />
cargas de 4 m até 20 m, puxando a carga negativa com<br />
muito sacrifício, como mostra a figura. A carga positiva<br />
está fixa à parede.<br />
a) Quanto valem os potenciais elétricos dos pontos A e<br />
B?<br />
b) Qual o trabalho total realizado pela força elétrica,<br />
quando uma carga +q é movida no percurso A→C→D?<br />
c) Se uma carga positiva + 4μC fosse abandonada em<br />
repouso no ponto D, quanto seria a sua velocidade a<br />
passar pelo ponto B? Considere a massa como 2.10 -5 kg.<br />
d) E quanto seria a sua velocidade, quando estivesse<br />
infinitamente distanciada da carga fonte?<br />
a) Determine a intensidade da força elétrica entre as<br />
cargas elétricas, quando a distância entre elas for de 20<br />
m.<br />
b) Adotando o referencial no infinito, determine a<br />
energia potencial elétrica do sistema quando as distâncias<br />
que separam as cargas valerem, respectivamente, 4 m e<br />
20 m.<br />
9) O prof Ivã conta que duas enormes placas planas e<br />
paralelas foram conectadas aos terminais de uma bateria,<br />
ficando submetidas a uma diferença de potencial U.<br />
Reduzindo-se a distância entre as placas à metade, sem<br />
desconectar a bateria, pode-se afirmar que:<br />
c) Qual o trabalho realizado pela força elétrica nesse<br />
episódio.<br />
d) Sabendo que a caixa está em repouso no início e no<br />
término desse deslocamento, qual o trabalho realizado<br />
pelo professor Gilvanei?<br />
a) a ddp entre as placas duplica.<br />
b) a ddp entre as placas se reduz à metade.<br />
c) a carga elétrica de cada placa se reduz à metade.<br />
475
d) o campo elétrico entre as placas se reduz à metade.<br />
e) a carga elétrica das placas duplica.<br />
10) O prof Ivã conta que duas enormes placas planas e<br />
paralelas foram conectadas aos terminais de uma bateria,<br />
ficando submetidas a uma diferença de potencial U.<br />
Duplicando-se a distância entre as placas, após ter<br />
desconectado a bateria, pode-se afirmar que:<br />
a) a ddp entre as placas duplica.<br />
b) a ddp entre as placas se reduz à metade.<br />
c) a carga elétrica de cada placa duplica.<br />
d) o campo elétrico entre as placas se reduz à metade.<br />
e) a carga elétrica de cada placa duplica.<br />
11) O prof Ivã conta que duas enormes placas planas e<br />
paralelas foram conectadas aos terminais de uma bateria,<br />
ficando submetidas a uma diferença de potencial U. Para<br />
uma certa distância d entre as placas, o campo elétrico<br />
uniforme presente na região entre elas fez uma pequena<br />
esfera, de massa m e carga q, flutuar em equilíbrio como<br />
mostra a figura. Reduzindo-se a distância entre as placas<br />
a um terço da distância inicial, pode-se afirmar que:<br />
a) a ddp entre as placas triplica.<br />
b) a esfera passa a subir em movimento acelerado com a=g.<br />
c) a esfera passa a subir em movimento acelerado com<br />
a=2g.<br />
d) a esfera passa a descer em movimento acelerado com<br />
a=g.<br />
e) como o campo elétrico é uniforme, a força elétrica que<br />
atua sobre a esfera não se altera.<br />
476<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) (CESGRANRIO) Nos vértices de um quadrado de<br />
lado L, são colocadas quatro cargas pontuais, de mesmo<br />
módulo q, mas duas positivas e duas negativas. O<br />
potencial elétrico devido a essas quatro cargas num<br />
ponto situado no centro do quadrado é: (Dado K =<br />
constante eletrostática do meio.)<br />
a) 0<br />
b) 4Kq / L<br />
c) 2Kq / L<br />
d) Kq/L<br />
e) √2 Kq/L<br />
2) (UEFS) Na figura, tem-se representadas as linhas e as<br />
superfícies equipotenciais de um campo elétrico<br />
uniforme de intensidade E = 10 5 N/C.<br />
Nessas condições, a distância entre os pontos B e C é<br />
igual, em 10 – 4 m,a.<br />
a) 1<br />
b) 2<br />
c) 3<br />
d) 4<br />
e) 5<br />
3) (UNEB) Uma partícula de massa 1,6 . 10 -11 kg e carga<br />
elétrica -2 μC é abandonada em repouso, em um ponto A<br />
de um campo elétrico. Sabendo que o potencial elétrico<br />
do ponto A é igual a 50V, a velocidade da partícula, em<br />
m/s, ao chegar a um ponto B de potencial elétrico 150 V<br />
é igual a:
a) 400.<br />
b) 500.<br />
c) 3000.<br />
d) 4000.<br />
e) 5000<br />
4) (BAHIANA) – A figura representa o esquema<br />
simplificado de um filtro eletrostático que visa reduzir a<br />
emissão de poluentes particulados como uma das<br />
tentativas de preservar a saúde de cidadãos.<br />
10 - CONDUTORES EM EQUILÍBRIO<br />
ELETROSTÁTICO<br />
Um condutor eletrizado ou não está em<br />
equilíbrio eletrostático quando nele não há movimento<br />
ordenado de cargas elétricas.<br />
Para um condutor em equilíbrio eletrostático são<br />
válidas as seguintes propriedades:<br />
* O campo elétrico resultante nos pontos<br />
internos de um condutor em equilíbrio eletrostático é<br />
nulo.<br />
Sabe-se que poluentes particulados, de massa igual a<br />
2,0x10 –8 Kg e eletriza dos com a carga de 8,0x10 –19 C<br />
são lançados horizontalmente para o filtro com<br />
velocidade de módulo igual a 50cm/s, no ponto médio<br />
entre as placas, que estão submetidas a uma ddp de<br />
1,0x10 4 kV e separadas por uma distância igual a 20cm.<br />
Desprezando os efeitos da resistência do ar e da<br />
gravidade, determine a ordem de grandeza do<br />
comprimento mínimo do filtro para manter os poluentes<br />
acumulados em uma das placas.<br />
5) (UEFS) Admita dois pontos, A e B, em uma região<br />
onde existe um campo elétrico, gerado por uma partícula<br />
eletrizada com carga elétrica Q igual a 6μC, fixa no<br />
vácuo. Desprezando-se as ações gravitacionais e<br />
sabendo-se que pontos A e B estão sobre a mesma linha<br />
de força, que distam respectivamente de 60,0 cm e 90,0<br />
cm de Q e que a constante eletrostática do meio, no SI, é<br />
9.10 9 , para que uma partícula q, eletrizada com carga<br />
igual a 10 nC, alcance o ponto A com velocidade nula, a<br />
energia cinética que essa partícula deve possuir no ponto<br />
B é igual, em 10 -4 J, a:<br />
a) 5,0<br />
b) 4,0<br />
c) 3,0<br />
d) 2,0<br />
e) 1,0<br />
* O potencial elétrico em todos os pontos internos e<br />
superficiais de um condutor em equilíbrio eletrostático é<br />
constante.<br />
* As cargas elétricas em excesso num condutor em<br />
equilíbrio eletrostático distribuem-se por sua superfície<br />
externa.x<br />
* A densidade elétrica superficial de cargas é maior nas<br />
regiões pontiagudas.<br />
477
Na região em torno da ponta o campo elétrico é<br />
mais intenso. Quando há escoamento de cargas elétricas<br />
para o ambiente ele ocorre através das pontas. É o poder<br />
das pontas.<br />
* O vetor campo elétrico num ponto da superfície tem<br />
direção perpendicular à superfície.<br />
10.1 – CAMPO ELÉTRICO DE UM CONDUTOR<br />
ESFÉRICO ELETRIZADO COM CARGA Q<br />
Para pontos internos de um condutor esférico em<br />
equilíbrio, temos que:<br />
E em um ponto externo (Pext) qualquer:<br />
Calcula-se o campo num ponto externo como se a carga<br />
elétrica Q fosse puntiforme e estivesse localizada no<br />
centro O da esfera.<br />
Ponto externo e infinitamente próximo da superfície<br />
(Ppróx)<br />
Ponto da superfície (P sup)<br />
478<br />
NA CARA DO ENEM<br />
GAIOLA DE FARADAY<br />
Ocorrido faz pouco mais de dois anos, o terrível<br />
caso da queda do voo AF 447 (Rio - Paris)<br />
levantou muitas perguntas sobre o que poderia ter<br />
provocado a queda do avião. Entre várias das<br />
hipóteses levantadas, a de que um raio poderia<br />
ter atingido o avião e provocado sua queda<br />
deixou muita gente pensativa.<br />
Perceba a violência com que o raio atinge o avião<br />
e, mesmo assim, ele segue tranquilamente sua<br />
rota. Você pode estar se perguntando, como isso<br />
é possível? Vejamos:<br />
A fuselagem do avião, por ser metálica, funciona<br />
como uma Gaiola de Faraday.<br />
Gaiola de Faraday é todo espaço envolvido por<br />
uma "pele" metálica. É importante lembrar que<br />
nos condutores o excesso de carga, após o<br />
equilíbrio eletrostático, se concentra em sua<br />
superfície externa. Graças a essa características<br />
dos condutores, o que está colocado no interior<br />
de uma Gaiola de Faraday não corre risco de ser<br />
eletrocutado.<br />
Um carro, uma caixa metálica, uma gaiola<br />
metálica de passarinhos, um elevador; são<br />
exemplos de Gaiolas de Faraday.<br />
Importante ficar atento ao fato que no interior de<br />
uma gaiola em equilíbrio eletrostático, não há<br />
campo elétrico e, por isso, ondas<br />
eletromagnéticas não se propagam (essas ondas<br />
são compostas por campos elétrico e magnético<br />
oscilantes. Sem campo elétrico não há onda<br />
eletromagnética).<br />
Pensou alguma situação onde isso ocorre em seu<br />
dia a dia?<br />
Pense um pouco ...<br />
Isso mesmo! Dentro de elevadores o sinal de seu<br />
celular fica ruim (ou até mesmo seu celular fica<br />
fora de área dentro deles).<br />
Este fenômeno é denominado Blindagem<br />
Eletrostática. As blindagens eletrostáticas<br />
protegem os aparelhos sensíveis de interferências<br />
elétricas externas.
10.2 – POTENCIAL ELÉTRICO DE UM CONDUTOR<br />
ESFÉRICO ELETRIZADO COM CARGA Q<br />
11 – CAPACITÂNCIA ELETROSTÁTICA DE UM<br />
CONDUTOR ISOLADO<br />
O potencial elétrico para pontos internos e<br />
superficiais será dado pela expressão:<br />
Em um ponto externo qualquer:<br />
Ao eletrizarmos um condutor com carga elétrica<br />
Q, ele adquire potencial elétrico V. Alterando-se a carga<br />
elétrica Q, o potencial elétrico V do condutor se altera na<br />
mesma proporção. Isto significa que Q e V são grandezas<br />
diretamente proporcionais. Portanto o quociente Q/V é<br />
constante e recebe o nome de capacitância C do<br />
condutor.<br />
Podemos definir os gráficos E x d e V x d :<br />
Capacitância eletrostática de um condutor esférico de<br />
raio R<br />
O potencial elétrico de qualquer ponto de um condutor<br />
esférico é dado por<br />
V = k0.Q/R.<br />
Substituindo-se em C = Q/V, resulta:<br />
12 – LIGAÇÃO ENTRE DOIS CONDUTORES<br />
ESFÉRICOS<br />
Vamos estabelecer um contato direto, ou através<br />
de um fio, entre dois condutores esféricos de raios R 1 e<br />
R 2, eletrizados com cargas elétricas Q 1 e Q 2 e potenciais<br />
elétricos V 1 e V 2 (V 1 ≠ V 2), respectivamente. Despreze a<br />
indução eletrostática de um condutor sobre o outro.<br />
479
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
Após o estabelecimento do equilíbrio<br />
eletrostático os condutores adquirem o mesmo potencial<br />
V e passam a ter novas cargas Q' 1 e Q' 2. Vamos<br />
determinar Q' 1 e Q' 2:<br />
Q 1 + Q 2 = Q' 1 + Q' 2<br />
Q 1 + Q 2 = C 1.V + C 2.V<br />
V = (Q 1 + Q 2)/(C 1 + C 2) Este potencial elétrico V é<br />
conhecido como potencial elétrico de equilíbrio<br />
Assim, Q'1 fica:<br />
Q' 1 = C 1.V =><br />
Q' 1 = C 1.(Q 1 + Q 2)/(C 1 + C 2) =><br />
Assim, Q' 2 fica:<br />
Q' 2 = C 2.V =><br />
Q' 2 = C 2.(Q1 + Q 2)/(C 1 + C 2) =><br />
Resumindo:<br />
480<br />
1) (ENEM) Duas irmãs dividem o mesmo quarto de<br />
estudos e combinaram de comprar duas caixas com<br />
tampas para guardarem seus pertences dentro de suas<br />
caixas, evitando, assim, a bagunça sobre a mesa de<br />
estudos. Uma delas comprou uma metálica, e a outra,<br />
uma caixa de madeira de área e espessura lateral<br />
diferentes, para facilitar a identificação. Um dia as<br />
meninas foram estudar para a prova de <strong>Física</strong> e, ao se<br />
acomodarem na mesa de estudos, guardaram seus<br />
celulares ligados dentro de suas caixas. Ao longo desse<br />
dia, uma delas recebeu ligações telefônicas, enquanto os<br />
amigos da outra tentavam ligar e recebiam a mensagem<br />
de que o celular estava fora da área de cobertura ou<br />
desligado. Para explicar essa situação, um físico deveria<br />
afirmar que o material da caixa, cujo telefone não<br />
recebeu as ligações é de:<br />
a) madeira, e o telefone não funcionava porque a madeira<br />
não é um bom condutor de eletricidade.<br />
b) metal, e o telefone não funcionava devido à blindagem<br />
eletrostática que o metal proporcionava.<br />
c) metal, e o telefone não funcionava porque o metal<br />
refletia todo tipo de radiação que nele incidia.<br />
d) metal, e o telefone não funcionava porque a área<br />
lateral da caixa de metal era maior.<br />
e) madeira, e o telefone não funcionava porque a<br />
espessura desta caixa era maior que a espessura da caixa<br />
de metal.<br />
2) Seja uma esfera condutora em equilíbrio eletrostático.<br />
Se o potencial elétrico a 10 cm, 20 cm e 100 cm do<br />
centro da esfera 40 V, 40 V e 10 V, respetivamente, o<br />
prof. Ivã pede para você determinar:<br />
a) o raio dessa esfera.<br />
b) a intensidade do campo elétrico e do potencial elétrico<br />
a 20 cm do centro da esfera.<br />
c) a intensidade do campo elétrico e do potencial elétrico<br />
a 2 m do centro da esfera.<br />
3) Assinale V ou F e corrija as falsas:<br />
a) Em uma esfera de raio 20 cm, o campo elétrico na<br />
casca tem intensidade E. Em um ponto, a 10 cm do
centro da esfera o campo elétrico tem intensidade E/2.<br />
b) Em uma esfera de raio 20 cm, o potencial elétrico na<br />
casca tem intensidade V. Em um ponto, a 10 cm do<br />
centro da esfera o campo elétrico tem intensidade V/2.<br />
c) No interior de uma esfera eletrizada o campo elétrico<br />
tem intensidade constante e não-nula.<br />
d) No interior de uma esfera o campo elétrico é<br />
inversamente proporcional ao quadrado da distância de<br />
um ponto qualquer ao centro dessa esfera.<br />
e) No interior de uma esfera eletrizada o potencial<br />
elétrico tem intensidade constante e não-nula.<br />
f) No interior de uma esfera o potencial elétrico é<br />
inversamente proporcional a distância de um ponto<br />
qualquer ao centro dessa esfera.<br />
g) A capacitância de um condutor é dada em<br />
coulomb.volt.<br />
h) Um condutor de 1 m de raio apresentará, no vácuo,<br />
capacitância de 9.10 -9 F.<br />
i) Um condutor de 2m de raio e carga 2μC é colocado em<br />
contato com um condutor de 4m de raio e carga 8μC.<br />
Após o contato ambos ficarão com cargas iguais a 5μC.<br />
j) O gráfico da carga em função do potencial elétrico<br />
apresentará coeficiente angular igual à capacitância do<br />
condutor.<br />
k) Um condutor de 2 m de raio e carga igual a 2μC,<br />
apresentará, a 1 m da casca, campo elétrico de<br />
intensidade1,8.10 4 N/C e potencial elétrico de<br />
intensidade 6.10 3 Volts.<br />
4) Uma esfera metálica de raio R= 40cm está em<br />
equilíbrio eletrostático no vácuo, eletrizada com carga<br />
Q= 8μC. Calcule a intensidade do vetor campo elétrico:<br />
a) nos pontos internos da esfera;<br />
b) num ponto externo e extremamente próximo da<br />
superfície;<br />
c) nos pontos da superfície da esfera;<br />
d) num ponto situado a 5m do centro da esfera;<br />
5) (UEPI) Assinale a alternativa correta acerca da<br />
capacitância de um capacitor de placas paralelas:<br />
a) é diretamente proporcional à área de cada placa e à<br />
distância entre elas<br />
b) é inversamente proporcional à área de cada placa e à<br />
distância entre elas<br />
c) é inversamente proporcional à área de cada placa e<br />
diretamente proporcional à distância entre elas<br />
d) é diretamente proporcional à área de cada placa e<br />
inversamente proporcional à distância entre elas<br />
e) independe do isolante entre as placas do capacitor<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) Tem-se uma esfera condutora eletrizada<br />
negativamente com carga elétrica Q. Considere os pontos<br />
O, A, B e C. Seja R o raio da esfera e k0 a constante<br />
eletrostática do meio. Podemos afirmar que:<br />
a) As cargas elétricas em excesso distribuem-se ao longo<br />
do volume da esfera.<br />
b) A intensidade do campo elétrico no ponto O é nula e<br />
no ponto A é dada por k0.Q/(R/2) 2 .<br />
c) Os potenciais elétricos em A e B são respectivamente<br />
iguais a k0.Q/R/2 e k0.Q/R.<br />
d) A intensidade do campo elétrico e o potencial elétrico<br />
no ponto externo C são calculados como se a carga Q<br />
fosse puntiforme e estivesse concentrada no centro O da<br />
esfera.<br />
e) A diferença de potencial entre os pontos O e A é igual<br />
a k0.Q/R.<br />
2) O gráfico abaixo representa a variação do potencial<br />
elétrico ao longo da semi-reta Ox, com origem no centro<br />
O da esfera metálica eletrizada com carga elétrica Q.<br />
481
Se sua carga for modificada para 4 . 10 -6 C, seu novo<br />
potencial, em kV, será<br />
a) 5<br />
b) 8<br />
c) 10<br />
d) 15<br />
e) 20<br />
Sendo k0 = 9.10 9 N.m 2 /C 2 , determine:<br />
a) O valor da carga elétrica Q.<br />
b) O potencial elétrico no ponto A situado a 10 cm da<br />
superfície da esfera.<br />
3) Tem – se dois condutores esféricos de mesmo raio<br />
(R1 = R2 = R). O primeiro está eletrizado com carga<br />
elétrica Q1 = 6,0 μC e o segundo está neutro (Q2 = 0).<br />
Os condutores são colocados em contato. Determine as<br />
novas cargas elétricas dos condutores (Q’ 1 e Q’ 2), após o<br />
estabelecimento do equilíbrio eletrostático entre eles.<br />
4) Dois condutores esféricos, A e B, de raios 10 cm e 30<br />
cm estão eletrizados com cargas elétricas iguais a 7,0 μC<br />
e 5,0 μC, respectivamente. É dado k0 = 9.10 9 N.m 2 /C 2<br />
a) Quais os potenciais elétricos dos condutores?<br />
b) Coloca-se os condutores em contato. Quais são as<br />
novas cargas elétricas dos condutores, após o<br />
estabelecimento do equilíbrio eletrostático entre eles.<br />
c) Nas condições do item b, calcule o potencial elétrico<br />
comum aos condutores.<br />
5) Uma superfície esférica condutora, de raio R = 2m, no<br />
vácuo, é suposta isolada de outros corpos. Em um ponto<br />
P à distância d = 8m do centro da superfície, o campo<br />
elétrico por ela estabelecido tem intensidade E = 8 . 10 -2<br />
V/m. Determine o potencial elétrico V o e a intensidade<br />
do campo elétrico E o no centro da esfera. Considere<br />
positiva a carga da superfície esférica.<br />
6) (UNEB) Um capacitor isolado possui carga elétrica de<br />
2 . 10 -6 C e potencial elétrico de 10 4 V.<br />
482<br />
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1) (FUVEST) Um campo elétrico uniforme, de módulo<br />
E, criado entre duas grandes placas paralelas carregadas,<br />
P1 e P2, é utilizado para estimar a carga presente em<br />
pequenas esferas. As esferas são fixadas na extremidade<br />
de uma haste isolante, rígida e muito leve, que pode girar<br />
em torno do ponto O. Quando uma pequena esfera A, de<br />
massa M = 0,015 kg e carga Q, é fixada na haste, e sendo<br />
E igual a 500 kV/m, a esfera assume uma posição de<br />
equilíbrio tal que a haste forma com a vertical um ângulo<br />
de 45 0 .<br />
Para essa situação:<br />
a) represente a força gravitacional P e a força elétrica Fe<br />
que atuam na esfera A, quando ela está em equilíbrio sob<br />
ação do campo elétrico. Determine os módulos dessas<br />
forças, em newtons.<br />
b) estime a carga Q, em coulombs, presente na esfera.<br />
2) (UEPA) É comum em supermercados, na seção de<br />
frutas, a presença de sacos plásticos em rolos dos quais<br />
são destacados. É comum também que, ao se aproximar<br />
de um desses rolos, os pelos do braço de uma pessoa<br />
sejam atraídos para o plástico e fiquem eriçados. A
espeito desse fenômeno, considere as afirmativas a<br />
seguir.<br />
I. Os pelos se eriçam devido à presença de corrente<br />
elétrica no plástico, produzida pelo atrito.<br />
II. O campo magnético próximo do plástico atrai os<br />
pelos.<br />
III. As cargas elétricas no rolo atraem as cargas de sinais<br />
contrários nos pelos.<br />
De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta<br />
é:<br />
4) (PUC – RJ) Duas esferas idênticas, carregadas com<br />
cargas Q = 30 µC, estão suspensas a partir de um mesmo<br />
ponto por dois fios isolantes de mesmo comprimento,<br />
como mostra a figura. Em equilíbrio, o ângulo, formado<br />
pelos dois fios isolantes com a vertical, é 45 0 .<br />
θ<br />
θ<br />
a) I.<br />
b) II.<br />
c) III.<br />
d) I e III.<br />
e) II e III.<br />
3) (UFPE) Na região entre as longas placas<br />
uniformemente carregadas, mostradas na figura, existe<br />
um campo elétrico uniforme, de módulo E = 100 N/C e<br />
sentido vertical para cima. A aceleração da gravidade<br />
local vale 10 m/s 2 .<br />
Sabendo que a massa de cada esfera é de 1 kg, que a<br />
constante de Coulomb é k= 9 · 10 9 Nm 2 /C 2 e que a<br />
aceleração da gravidade é g = 10 m/s 2 , determine a<br />
distância entre as duas esferas quando em equilíbrio.<br />
a) 1,0 m<br />
b) 0,9 m<br />
c) 0,8 m<br />
d) 0,7 m<br />
e) 0,6 m<br />
5) (Unemat-MT) Na figura a seguir, as cargas elétricas Q<br />
e q isoladas e alinhadas horizontalmente são<br />
respectivamente carga principal (fonte) e carga de prova.<br />
Nessa situação pode-se afirmar:<br />
Uma partícula de massa 1 g e carga negativa -10 -4 C<br />
colocada nessa região sofre uma força resultante:<br />
a) de módulo 0,02 N e sentido vertical para baixo.<br />
b) de módulo 0,01 N e sentido vertical para baixo.<br />
c) nula.<br />
d) de módulo 0,01 N e sentido vertical para cima.<br />
e) de módulo 0,02 N e sentido vertical para cima.<br />
a) Q < 0 e q < 0.<br />
b) Q > 0 e q < 0.<br />
c) Q < 0 e q neutra.<br />
d) Q > 0 e q > 0.<br />
e) Q < 0 e q > 0.<br />
6) (UFRR) Duas esferas condutoras idênticas,<br />
eletricamente isoladas, estão separadas por uma distância<br />
D. Uma esfera tem carga positiva + Q, enquanto a outra<br />
483
está eletricamente neutra. Por um momento, as esferas<br />
são conectadas por meio de um fio condutor. Após o fio<br />
ser removido, qual é a intensidade da força eletrostática<br />
entre as esferas?<br />
a) F = 0<br />
b)<br />
7) (Unifor-CE) Duas cargas elétricas separadas por 10<br />
cm repelem-se com uma força F. Se a distância entre elas<br />
fosse de 1 cm, essa força de repulsão seria:<br />
a) 100 vezes maior.<br />
b) 10 vezes maior.<br />
c) a mesma.<br />
d) 10 vezes menor.<br />
e) 100 vezes menor.<br />
8) (Mackenzie) Nos vértices de um triângulo equilátero<br />
de altura 45 cm, estão fixas as cargas puntiformes QA,<br />
QB e QC, conforme a ilustração a seguir. As cargas QB e<br />
QC são idênticas e valem - 2,0 µC cada uma. Em um<br />
dado instante, foi abandonada do repouso, no baricentro<br />
desse triângulo, uma partícula de massa 1,0 g, eletrizada<br />
com carga Q = + 1,0 µC e, nesse instante, sofreu uma<br />
aceleração de módulo 5,0 ∙ 10 2 m/s 2 , segundo a direção<br />
da altura h1, no sentido de A para M.<br />
Nesse caso, a carga fixada no vértice A é:<br />
a) QA = + 3,0 µC.<br />
b) QA = - 3,0 µC.<br />
c) QA = + 1,0 µC.<br />
d) QA = + 5,0 µC.<br />
e) QA = - 3,0 µC.<br />
484<br />
9)(UFPE) Três cargas elétricas, são mantidas fixas no<br />
vácuo e alinhadas, como mostrado na figura. A distância<br />
d = 1 cm. Calcule o módulo do campo elétrico produzido<br />
na posição da carga q 2, em V/m.<br />
10) (UEFS) No campo elétrico criado por uma esfera<br />
eletrizada com carga Q, o potencial varia com a distância<br />
ao centro dessa esfera, conforme o gráfico.<br />
Considerando-se a constante eletrostática do meio igual a<br />
1,0.10 10 N.m 2 /C 2 , a carga elétrica, em Coulomb, existente<br />
na esfera é igual a<br />
a) 6,0.10 4<br />
b) 6,0.10 −5
c) 6,0.10 −6<br />
d) 6,7.10 −9<br />
e) 6,7.10 −16<br />
11) (UEFS) O campo elétrico entre as placas mostradas<br />
na figura é E = 2,0.10 4 N/C e a distância entre elas é d =<br />
7,0mm. Considere que um elétron seja liberado, a partir<br />
do repouso, nas proximidades da placa negativa, a carga<br />
do elétron em módulo igual a 1,6.10 −19 C e a sua massa<br />
igual 9,1.10 −31 kg. Nessas condições, o módulo da<br />
velocidade do elétron, em m/s, ao chegar à placa<br />
positiva, é de<br />
a) 3,6.10 3<br />
b) 3,6.10 6<br />
c) 5,0.10 6<br />
d) 7,0.10 6<br />
e) 12,6.10 −6<br />
átomo de hidrogênio, é menor que a força de atração<br />
elétrica um número de vezes da ordem de<br />
a) 10 19<br />
b) 10 23<br />
c) 10 39<br />
d) 10 41<br />
e) 10 44<br />
13) (UEFS) Quatro esferas condutoras iguais têm,<br />
respectivamente, cargas elétricas Y, Q, Q/2e 2Q.<br />
Colocando-se todas em contato e, depois, separando-as,<br />
cada uma ficou com uma carga elétrica igual a 5Q/4.<br />
Sabendo-se que as esferas trocaram cargas elétricas<br />
apenas entre si, é correto afirmar que a carga elétrica Y,<br />
da primeira carga elétrica, era igual a<br />
a) Q/2<br />
b) Q<br />
c) 3Q/2<br />
d) 2Q<br />
e) 5Q/2<br />
12) (UEFS) O objetivo primordial da <strong>Física</strong> é entender a<br />
natureza de forma unificada. Tem-se algumas ideias<br />
sobre como unificar as interações fortes com as fracas e<br />
eletromagnéticas — a chamada Grande Unificação —,<br />
mas isso só pode ocorrer se a gravidade for incluída na<br />
equação, o que traz grandes dificuldades. Sabendo-se que<br />
a ordem de grandeza da constante de gravitação<br />
universal é 10 −10 N.m 2 /kg 2 , da constante eletrostática é<br />
10 10 N.m 2 /C 2 , da massa do elétron é 10 −30 kg, da massa do<br />
próton é 10 −27 kg, da carga elétrica elementar é 10 −19 C, do<br />
raio do átomo de hidrogênio é 10 −10 m, a intensidade da<br />
atração gravitacional entre um elétron e um próton, no<br />
14) (UEFS) O átomo de hidrogênio tem um próton em<br />
seu núcleo e um elétron em sua órbita. Cada uma dessas<br />
partículas possui carga de módulo q = 1,6.10 −19 C e o<br />
elétron tem uma massa m = 9.10 −31 kg. Sabendo-se que a<br />
constante eletrostática do meio é igual a 9.10 9 Nm 2 /C 2 , a<br />
órbita do elétron é circular e que a distância entre as<br />
partículas d = 9,0.10 −10 m, é correto afirmar que a<br />
velocidade linear do elétron, em 10 6 m/s, é,<br />
aproximadamente, igual a<br />
a) 0,27<br />
b) 0,38<br />
c) 0,49<br />
d) 0,53<br />
e) 0,61<br />
15) (UEFS) Duas esferas condutoras, isoladas e em<br />
equilíbrio eletrostático, tem cargas Q 1 = 4,0μC e Q 2 =<br />
−2,0μC e raios R 1 = 4,0cm e R 2 = 5,0cm. Sabendo-se que<br />
as esferas são postas em contato através de um fio<br />
485
condutor, é correto afirmar que o potencial de equilíbrio,<br />
em 105 V, é igual a<br />
a) 1,0<br />
b) 1,5<br />
c) 2,0<br />
d) 2,5<br />
e) 3,0<br />
16) (UEFS) Dois capacitores, C 1 e C 2 de capacitâncias<br />
respectivamente iguais a 6μF e 4μF, são ligados em<br />
paralelo e submetidas a uma diferença de potencial de<br />
6,0V.<br />
Nessas condições, é correto afirmar que a energia<br />
potencial armazenada no sistema, em 10 −4 J, é igual a<br />
a) 2,0<br />
b) 1,8<br />
c) 1,6<br />
d) 1,4<br />
e) 1,2<br />
17) (UESB) Enquanto, há exatamente um século, não<br />
existia mais do que umas poucas lâmpadas elétricas,<br />
atualmente, a humanidade está extremamente dependente<br />
da eletricidade em sua vida cotidiana. Os ancestrais<br />
gregos, observando os fenômenos elétricos, notaram que,<br />
atritando o âmbar, pequenos objetos eram atraídos. Com<br />
base nos conhecimentos sobre Eletricidade, é correto<br />
afirmar:<br />
01) O campo elétrico pode ser representado pelas linhas<br />
de campo elétrico que se originam nas cargas negativas e<br />
terminam nas cargas positivas.<br />
02) Uma carga positiva livre, para mover-se em um<br />
campo elétrico, acelera na direção perpendicular ao<br />
campo.<br />
03) O campo elétrico, no interior de um condutor, em<br />
equilíbrio eletrostático, é constante e diferente de zero.<br />
04) A superfície de um condutor, em equilíbrio<br />
eletrostático, é uma superfície equipotencial.<br />
05) Um dielétrico colocado entre as placas de um<br />
capacitor diminui sua capacitância.<br />
486<br />
18) (UESB) A figura mostra duas placas planas<br />
paralelas.<br />
O campo elétrico entre as placas é E = 2,0.10 5 N/C e a<br />
distância entre elas é d = 10,0mm. Supondo-se que um<br />
elétron seja liberado, a partir do repouso, nas<br />
proximidades da placa negativa e considerando-se o<br />
módulo da carga do elétron e = 1,6.10 -19 C, sua massa m<br />
= 9,1.10 -31 kg e desprezíveis as forças gravitacionais, é<br />
correto afirmar que a<br />
01) força elétrica que atua no elétron tem módulo igual a<br />
1,8.10 -20 N.<br />
02) partícula realizará, inicialmente, um movimento<br />
retilíneo uniforme.<br />
03) partícula levará um tempo de 2,0.10 -12 s para se<br />
deslocar da placa negativa até a placa positiva.<br />
04) diferença de potencial entre as placas é igual a<br />
2,0kV.<br />
05) partícula descreve um MHS de amplitude d/2.<br />
19) (UNEB) Pesquisadores desenvolveram um filtro<br />
projetado para purificar a água que permite a passagem<br />
de bactérias, as quais são mortas ao atravessarem o<br />
filtro...<br />
...Em teste de laboratório, mais de 98 por cento das<br />
bactérias Escherichia coli presentes na água foram<br />
mortas ao passarem por uma camada de tecido de<br />
algodão nanorrevestido de 6,3cm de espessura,<br />
submetido a uma tensão de 30 volts. [...] A corrente<br />
elétrica que mata as bactérias é de apenas alguns<br />
miliampéres — apenas o suficiente para causar uma<br />
sensação de formigamento em uma pessoa e facilmente<br />
fornecida por um pequeno painel solar ou por um par de<br />
baterias de automóvel de 12 volts.<br />
(FILTRO ..., 2010)
Com base nas informações do texto, pode-se concluir<br />
que o campo elétrico estabelecido na camada de tecido<br />
de algodão nanorrevestido tem intensidade, expressa no<br />
Sistema Internacional de Medidas, aproximadamente<br />
igual a<br />
01) 476,2<br />
02) 47,6<br />
03) 4,8<br />
04) 0,4<br />
05) 0,5<br />
20) (UNEB) Sobre a descarga elétrica que desencadeia<br />
reações químicas entre poluentes lançados por diversas<br />
fontes na atmosfera terrestre, formando compostos<br />
ácidos que caem em forma de chuva ácida, é correto<br />
afirmar:<br />
Desprezando-se as ações gravitacionais e sabendo-se que<br />
o comprimento de cada placa e igual a 8,0m, a distância<br />
entre elas mede 10,0cm, a razão entre a carga e a massa<br />
da partícula é<br />
1,0.10 -10 C/kg, e que a ddp entre as placas é igual a<br />
2,0.10 10 V, pode-se afirmar que o módulo da velocidade<br />
máxima da partícula, no instante em que penetra no<br />
campo eletrostático, para que ocorra a precipitação sobre<br />
a placa impedindo sua dispersão para o meio ambiente, é<br />
igual, em m/s, a:<br />
01) 80,0<br />
02) 70,0<br />
03) 60,0<br />
04) 40,0<br />
05) 20,0<br />
01) Os raios caem preferencialmente sobre objetos<br />
pontiagudos porque, nas vizinhanças desses objetos,<br />
existem campos elétricos intensos que ionizam o ar<br />
dessas regiões.<br />
02) A descarga elétrica que ocorre entre partes de uma<br />
mesma nuvem resulta da movimentação das cargas<br />
elétricas dos pontos de maior potencial para os de menor<br />
potencial.<br />
03) Os raios, formados por cargas elétricas em<br />
movimento ordenado, produzem ondas mecânicas que<br />
podem ser ouvidas por observadores que se encontram<br />
em repouso no solo.<br />
04) A descarga elétrica entre as nuvens ocorre quando se<br />
estabelece, nessa região, um campo elétrico uniforme de<br />
intensidade menor do que a rigidez dielétrica do ar.<br />
22) (UFSC) Uma bolinha, carregada negativamente, é<br />
pendurada em um dinamômetro e colocada entre duas<br />
placas paralelas, carregadas com cargas de mesmo<br />
módulo, de acordo com a figura a seguir. O orifício por<br />
onde passa o fio que sustenta a bolinha não altera o<br />
campo elétrico entre as placas, cujo módulo é 4 x 10 6<br />
N/C. O peso da bolinha é 2 N, mas o dinamômetro<br />
registra 3 N, quando a bolinha alcança o equilíbrio.<br />
05) O trovão, resultante do efeito térmico das correntes, é<br />
uma onda transversal que apresenta o fenômeno de<br />
polarização.<br />
21) (UNEB) A figura representa um precipitador<br />
eletrostático, dispositivo que pode reduzir<br />
substancialmente a emissão de materiais particulados<br />
pelas chaminés. Seu funcionamento pode ser entendido<br />
considerando-se um par de placas planas e paralelas,<br />
eletrizadas com cargas opostas, em que a partícula<br />
ionizada é desviada pela ação do campo elétrico.<br />
Analise as seguintes afirmações:<br />
487
01) A placa A tem carga positiva e a B, negativa.<br />
02) A placa A tem carga negativa e a B, positiva.<br />
04) Ambas as placas têm carga positiva.<br />
08) O módulo da carga da bolinha é de 0,25 x 10 -6 C.<br />
16) O módulo da carga da bolinha é de 4,0 x 10 -6 C.<br />
32) A bolinha permaneceria em equilíbrio, na mesma<br />
posição do caso anterior, se sua carga fosse positiva e de<br />
mesmo módulo.<br />
Dê como resposta a SOMA dos números associados às<br />
afirmações corretas.<br />
23) Um próton vindo do infinito com velocidade inicial<br />
de 1,6x10⁷ m/s dirige - se perpendicularmente contra um<br />
núcleo de ouro. O núcleo do átomo contém 79 prótons.<br />
Supondo que seja válida a Lei de Coulomb, calcule a<br />
distância mínima de aproximação entre o próton e o<br />
núcleo de ouro. Admita que o núcleo esteja em repouso.<br />
Dados: massa do próton = 2x10 −27 kg ;<br />
carga do próton = 1,6x10 -19<br />
constante eletrostática = 9x10⁹ Nm²/C²<br />
24) (UNICAMP) A fumaça liberada no fogão durante a<br />
preparação de alimentos apresenta gotículas de óleo com<br />
diâmetros entre 0.05 μm e 1 μm. Uma das técnicas<br />
possíveis para reter estas gotículas de óleo é utilizar uma<br />
coifa eletrostática, cujo funcionamento é apresentado no<br />
esquema abaixo: a fumaça é aspirada por uma ventoinha,<br />
forçando sua passagem através de um estágio de<br />
ionização, onde as gotículas de óleo adquirem carga<br />
elétrica. Estas gotículas carregadas são conduzidas para<br />
um conjunto de coletores formados por placas paralelas,<br />
com um campo elétrico entre elas, e precipitam-se nos<br />
coletores.<br />
488<br />
a) Qual a massa das maiores gotículas de óleo?<br />
Considere a gota esférica, a densidade do óleo ρóleo =<br />
9,0 x 10 2 kg/m 3 e π=3.<br />
b) Quanto tempo a gotícula leva para atravessar o<br />
coletor? Considere a velocidade do ar arrastado pela<br />
ventoinha como sendo 0,6 m/s e o comprimento do<br />
coletor igual a 0,30 m.<br />
c) Uma das gotículas de maior diâmetro tem uma carga<br />
de 8 x 10 –19 C (equivalente à carga de apenas 5 elétrons!).<br />
Essa gotícula fica retida no coletor para o caso ilustrado<br />
na figura? A diferença de potencial entre as placas é de<br />
50 V, e a distância entre as placas do coletor é de 1 cm.<br />
Despreze os efeitos do atrito e da gravidade.<br />
25) (UFMG) Em um experimento, o Professor Ladeira<br />
observa o movimento de uma gota de óleo, eletricamente<br />
carregada, entre duas placas metálicas paralelas,<br />
posicionadas horizontalmente.<br />
A placa superior tem carga positiva e a inferior, negativa,<br />
como representado nesta figura:<br />
Considere que o campo elétrico entre as placas é<br />
uniforme e que a gota está apenas sob a ação desse<br />
campo e da gravidade. Para um certo valor do campo<br />
elétrico, o Professor Ladeira observa que a gota cai com<br />
velocidade constante. Com base nessa situação, é<br />
CORRETO afirmar que a carga da gota é<br />
a) negativa e a resultante das forças sobre a gota não é<br />
nula.<br />
b) positiva e a resultante das forças sobre a gota é nula.<br />
c) negativa e a resultante das forças sobre a gota é nula.<br />
d) positiva e a resultante das forças sobre a gota não é<br />
nula.
26) (UFMG) Duas pequenas esferas isolantes – I e II –,<br />
eletricamente carregadas com cargas de sinais contrários,<br />
estão fixas nas posições representadas nesta figura:<br />
28) (FUVEST) A energia potencial elétrica U de duas<br />
partículas em função da distância r que as separa está<br />
representada no gráfico da figura abaixo.<br />
A carga da esfera I é positiva e seu módulo é maior que o<br />
da esfera II. Guilherme posiciona uma carga pontual<br />
positiva, de peso desprezível, ao longo da linha que une<br />
essas duas esferas, de forma que ela fique em equilíbrio.<br />
Considerando-se essas informações, é CORRETO<br />
afirmar que o ponto que melhor representa a posição de<br />
equilíbrio da carga pontual, na situação descrita, é o<br />
a) R.<br />
b) P.<br />
c) S.<br />
d) Q.<br />
27) (UFMG) Na figura, um elétron desloca-se na direção<br />
x, com velocidade inicial V0 . Entre os pontos x1 e x2 ,<br />
existe um campo elétrico uniforme, cujas linhas de força<br />
também estão representadas na figura.<br />
Uma das partículas está fixa em uma posição, enquanto a<br />
outra se move apenas devido à força elétrica de interação<br />
entre elas. Quando a distância entre as partículas varia de<br />
ri = 3 x 10 -10 m a rf = 9 x 10 -10 m, a energia cinética da<br />
partícula em movimento<br />
a) diminui 1 x 10 -18 J.<br />
b) aumenta 1 x 10 -18 J.<br />
c) diminui 2 x 10 -18 J.<br />
d) aumenta 2 x 10 -18 J.<br />
e) não se altera.<br />
29 – (FUVEST) A lei de conservação da carga elétrica<br />
pode ser enunciada como segue:<br />
a) A soma algébrica dos valores das cargas positivas e<br />
negativas em um sistema isolado é constante.<br />
b) Um objeto eletrizado positivamente ganha elétrons ao<br />
ser aterrado.<br />
Despreze o peso do elétron nessa situação. Considerando<br />
a situação descrita, assinale a alternativa cujo gráfico<br />
melhor descreve o módulo da velocidade do elétron em<br />
função de sua posição x.<br />
c) A carga elétrica de um corpo eletrizado é igual a um<br />
número inteiro multiplicado pela carga do elétron.<br />
d) O número de átomos existentes no universo é<br />
constante.<br />
e) As cargas elétricas do próton e do elétron são, em<br />
módulo, iguais.<br />
489
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
a) ambas são iguais a 0,15 N<br />
C A B B E A<br />
b) 3.10 -7 C<br />
8 9 10 11 12 13 14 15<br />
B ZERO C D C C D C<br />
16 17 18 19 20 21 22 23<br />
B 4 4 1 1 1 10 23 7,1.10 -4 m S/G<br />
24 25 26 27 28 29<br />
a) 4,5.10-16 kg<br />
b) 0,5 s<br />
C C A D A<br />
c) sim, a gotícula é retida no coletor<br />
ANOTAÇÕES:<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
490
APROFUNDAMENTO<br />
1) (Cesgranrio) Um pedaço de cobre eletricamente<br />
isolado contém 2.10 22 elétrons livres, sendo a carga de<br />
cada um igual a – 1,6.10 -19 C. Para que o metal adquira<br />
uma carga de 3,2 .10 -9 C, será preciso remover um em<br />
cada quantos elétrons livres?<br />
2) (ITA) Duas esferas condutoras, de massa m, bem<br />
pequenas, estão igualmente carregadas. Elas estão<br />
suspensas num mesmo ponto por dois longos fios de seda<br />
de massas desprezíveis e de comprimentos iguais a L. As<br />
cargas das esferas são tais que elas estarão em equilíbrio<br />
quando a distância entre elas for igual a a (a
GABARITO<br />
1 1 em cada 10 12 elétrons livres 6 9.10 -4 J<br />
2 b = 7 281 V<br />
a) q 1 = q 2 = 2µC<br />
a) 5,8.10-9 J<br />
3<br />
8<br />
b) k = 72 N/m<br />
b) 1,2.10-18 J<br />
4 10µC 9 2.10 4 V<br />
5 a) 0,25 m b) 10<br />
14 km/s<br />
ANOTAÇÕES:<br />
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___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
492
CAPÍTULO 22- ELETRODINÂMICA<br />
1- Corrente Eletrica<br />
Dizemos que existe uma corrente elétrica<br />
quando portadores de cargas elétricas (positivos e/ou<br />
negativos) se movimentam numa direção preferencial em<br />
relação às demais.<br />
– Metais: portadores de cargas elétricas elétrons.<br />
– Soluções Eletrolíticas: portadores de cargas elétricas<br />
íons positivos e negativos.<br />
– Gases: portadores de cargas elétricas íons e elétrons.<br />
2- INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA<br />
No estudo da corrente elétrica, dizemos que sua<br />
direção é a mesma da dos portadores de cargas elétricas,<br />
sejam positivos ou negativos. Com relação ao sentido,<br />
adotamos o sentido convencional: o sentido da corrente<br />
elétrica é o mesmo do movimento dos portadores de<br />
cargas elétricas positivas ou, por outro lado, sentido<br />
contrário ao do movimento dos portadores de cargas<br />
elétricas negativas.<br />
Indicando por ΔQ a carga total, em valor<br />
absoluto, que atravessa a superfície (S) do condutor, no<br />
intervalo de tempo Δt, definimos intensidade média de<br />
corrente elétrica (im), nesse intervalo de tempo, pela<br />
relação:<br />
493
numericamente, pela área sob a curva entre os instantes t1 e<br />
t2, conforme mostrado na figura a seguir.<br />
A intensidade de corrente elétrica (i) é uma<br />
grandeza escalar que fornece o fluxo de portadores de<br />
cargas elétricas, através de uma superfície, por unidade<br />
de tempo.<br />
A unidade de intensidade de corrente elétrica no<br />
Sistema Internacional é o ampère (A).<br />
É muito freqüente a utilização de submúltiplos<br />
do ampère (A):<br />
2.1 - GRÁFICO DE i X t<br />
494<br />
Quando a intensidade de corrente elétrica (i) varia com<br />
o tempo, é costume apresentarmos o seu comportamento<br />
através de um diagrama horário: i x t.<br />
Intensidade de corrente variável com o tempo Nesses casos,<br />
para obtermos a intensidade média de corrente elétrica (im),<br />
devemos, inicialmente, determinar a carga elétrica total<br />
(ΔQ) correspondente ao intervalo de tempo de nosso<br />
interesse. A carga elétrica total (ΔQ) é dada,<br />
3- POTÊNCIA E ENERGIA ELÉTRICA<br />
Uma bateria é ligada a uma lâmpada ou a um<br />
motor elétrico. Cada uma das situações representa um<br />
circuito elétrico, isto é, um conjunto de aparelhos com os<br />
quais pode-se estabelecer uma corrente elétrica.<br />
Seja Eel a energia elétrica consumida pela<br />
lâmpada ou pelo motor elétrico, durante um certo<br />
intervalo de tempo Δt.<br />
A potência elétrica P consumida pela lâmpada ou pelo<br />
motor elétrico é, por definição, dada por:<br />
P =
No Sistema internacional, a unidade de energia<br />
Eel é o joule (J) e a de intervalo de tempo Δt é o segundo<br />
(s). Assim, a unidade de potência P é o joule/segundo<br />
(J/s) que recebe o nome de watt (W).<br />
Portanto, 1 3 W = 1 J/s<br />
Múltiplos: 1 kW = 10 3 W (k: quilo);<br />
1 MW = 10 6 W (M: mega)<br />
De P = Eel/Δt, vem:<br />
Eel = P.Δt<br />
Uma unidade de energia muito usada em<br />
Eletricidade é o quilowatt-hora (kWh). Para obtermos a<br />
energia em kWh, devemos expressar a potência em kW e<br />
o tempo em h.<br />
contendo vários itens do interesse do consumidor, para<br />
auxiliá-lo na escolha do aparelho. A etiqueta a seguir é<br />
um exemplo modificado, na qual a letra A sobre a faixa<br />
superior corresponde a um produto que consome pouca<br />
energia e a letra G sobre a faixa inferior corresponde a<br />
um produto que consome muita energia. Nesse caso,<br />
trata-se de uma etiqueta para ser fixada em um<br />
refrigerador. Suponha agora que, no lugar onde está<br />
impresso XY,Z na etiqueta, esteja impresso o valor 41,6.<br />
Considere que o custo do KWh seja igual a R$ 0,25.<br />
Com base nessas informações, assinale a alternativa que<br />
fornece o custo total do consumo dessa geladeira,<br />
considerando que ela funcione ininterruptamente ao<br />
longo de um ano.<br />
Resumindo:<br />
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Eel = P.Δt<br />
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx J = W.s<br />
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx kWh = kW.h<br />
3.1 - OUTRA EXPRESSÃO PARA A POTÊNCIA<br />
Vamos considerar a corrente elétrica no sentido<br />
convencional: no gerador entra pelo pólo negativo (B) e<br />
sai pelo pólo positivo (A). Seja i a intensidade da<br />
corrente e U a diferença de potencial (ddp) entre os pólos<br />
A (positivo) e B (negativo). Seja Δq a carga elétrica<br />
que atravessa a lâmpada ou o motor elétrico no intervalo<br />
de tempo Δt. A energia elétrica que estes elementos<br />
consomem, que é a energia elétrica fornecida pelo<br />
gerador, é dada pelo trabalho da força elétrica no<br />
deslocamento de A até B:<br />
Eel = W AB = Δq.(VA - VB) = Δq.U<br />
De P = Eel/Δt, vem: P = (Δq.U)/Δt. Mas sendo Δq/Δt = i,<br />
resulta:<br />
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxP = U.i<br />
P => watt (W)<br />
U => volt (V)<br />
i => ampère (A)<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (TIPO ENEM) Atualmente, os aparelhos<br />
eletrodomésticos devem trazer uma etiqueta bem visível<br />
(Desconsidere o fato de que esse custo poderá sofrer<br />
alterações dependendo do número de vezes que ela é<br />
aberta, do tempo em que permanece aberta e da<br />
temperatura dos alimentos colocados em seu interior.)<br />
a) R$ 124,8<br />
b) R$ 499,2<br />
c) R$ 41,6<br />
d) R$ 416,0<br />
495
2) (TIPO ENEM) No circuito elétrico residencial a<br />
seguir esquematizado, estão indicadas as potencias<br />
dissipadas pelos diversos equipamentos. O circuito esta<br />
protegido por um fusível F, que se funde quando a<br />
intensidade da corrente elétrica que o atravessa<br />
ultrapassa 30A.<br />
Que outros equipamentos podem estar ligados (no<br />
máximo) simultaneamente com o chuveiro elétrico sem<br />
queimar o fusível?<br />
a) Geladeira, lâmpada e TV<br />
b) Geladeira e TV<br />
c) Geladeira e lâmpada<br />
d) Geladeira<br />
e) TV e lâmpada<br />
3) (TIPO ENEM) O consumo mensal de energia elétrica<br />
é medido por um aparelho chamado usualmente de<br />
“relógio de luz”. Um dos modelos de medidores de<br />
consumo possui um disco horizontal de alumínio que<br />
gira sob a ação de uma força magnética devido ao campo<br />
magnético gerado pela corrente elétrica que circula pela<br />
residência. Periodicamente a companhia fornecedora de<br />
energia elétrica realiza a medição do consumo, gerando a<br />
conta mensal.<br />
496<br />
e) R$ 83,2<br />
Observe, na conta de luz acima, que o preço do kWh é de<br />
R$ 0,44 e que o total pago foi de R$ 101,64 para o<br />
período de 29 dias, compreendido entre 26/04 e 25/05.<br />
Considere que o consumo de energia elétrica diário de<br />
um secador de cabelo tenha sido 400 Wh, e que esse<br />
secador tenha funcionado 30 minutos por dia.<br />
Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto<br />
afirmar que a potência do secador de cabelos e seu custo<br />
de energia elétrica para o referido período foram,<br />
respectivamente,<br />
a) 800 W e R$ 5,10.<br />
b) 400 W e R$ 26,36.<br />
c) 200 W e R$ 2,55.<br />
d) 800 W e R$ 23,20.<br />
e) 400 W e R$ 5,10.<br />
4) (ENEM) Lâmpadas incandescentes são normalmente<br />
projetadas para trabalhar com a tensão da rede elétrica<br />
em que serão ligadas. Em 1997, contudo, lâmpadas<br />
projetadas para funcionar com 127V foram retiradas do<br />
mercado e, em seu lugar, colocaram-se lâmpadas<br />
concebidas para uma tensão de 120V. Segundo dados<br />
recentes, essa substituição representou uma mudança<br />
significativa no consumo de energia elétrica para cerca<br />
de 80 milhões de brasileiros que residem nas regiões em<br />
que a tensão da rede é de 127V. A tabela abaixo<br />
apresenta algumas características de duas lâmpadas de<br />
60W, projetadas respectivamente para 127V (antiga) e<br />
120V (nova), quando ambas encontram-se ligadas numa<br />
rede de 127V.
foi reduzido para 300 kWh. Se essa residência obedece à<br />
distribuição dada no gráfico, e se nela há um único<br />
chuveiro de 5000 W, pode-se concluir que o banho diário<br />
de cada morador passou a ter uma duração média, em<br />
minutos,de _____Que alternativa melhor preenche as 2<br />
lacunas acima?<br />
Acender uma lâmpada de 60W e 120V em um local<br />
onde a tensão na tomada é de 127V, comparativamente a<br />
uma lâmpada de 60W e 127V no mesmo local tem como<br />
resultado:<br />
a) mesma potência, maior intensidade de luz e maior<br />
durabilidade.<br />
b) mesma potência, maior intensidade de luz e menor<br />
durabilidade.<br />
c) maior potência, maior intensidade de luz e maior<br />
durabilidade.<br />
d) maior potência, maior intensidade de luz e menor<br />
durabilidade.<br />
e) menor potência, menor intensidade de luz e menor<br />
durabilidade.<br />
5) (ENEM) A distribuição média, por tipo de<br />
equipamento, do consumo de energia elétrica nas<br />
residências no Brasil é apresentada no gráfico.<br />
Em associação com os dados do gráfico, considere as<br />
variáveis:<br />
I. Potência do equipamento.<br />
II. Horas de funcionamento.<br />
III. Número de equipamentos.<br />
O valor das frações percentuais do consumo de energia<br />
depende de_________.<br />
a) I, II, III ;2,5.<br />
b) I e II ;5,0.<br />
c) I, II, III ;7,5.<br />
d) I e II ;10,0.<br />
e) II e III ;12,0.<br />
6) (ENEM) O alumínio se funde a 666 o C e é obtido à<br />
custa de energia elétrica, por eletrólise – transformação<br />
realizada a partir do óxido de alumínio a cerca de 1<br />
000 o C.<br />
A produção brasileira de alumínio, no ano de 1985, foi<br />
da ordem de 550 000 toneladas, tendo sido consumidos<br />
cerca de 20kWh de energia elétrica por quilograma do<br />
metal. Nesse mesmo ano, estimou-se a produção de<br />
resíduos sólidos urbanos brasileiros formados por metais<br />
ferrosos e não-ferrosos em 3 700 t/dia, das quais 1,5%<br />
estima-se corresponder ao alumínio.<br />
([Dados adaptados de] FIGUEIREDO, P. J. M. A sociedade do lixo: resíduos, a<br />
questão energética e a crise ambiental. Piracicaba: UNIMEP, 1994)<br />
Suponha que uma residência tenha objetos de alumínio<br />
em uso cuja massa total seja de 10 kg (panelas, janelas,<br />
latas etc.). O consumo de energia elétrica mensal dessa<br />
residência é de 100kWh. Sendo assim, na produção<br />
desses objetos utilizou-se uma quantidade de energia<br />
elétrica que poderia abastecer essa residência por um<br />
período de<br />
a) 1 mês<br />
b) 2 meses<br />
c) 3 meses<br />
d) 4 meses<br />
e) 5 meses<br />
Como medida de economia, em uma residência com 4<br />
moradores, o consumo mensal médio de energia elétrica<br />
7) (ENEM) Os números e cifras envolvidos, quando<br />
lidamos com dados sobre produção e consumo de<br />
energia em nosso país, são sempre muito grandes.<br />
Apenas no setor residencial, em um único dia, o<br />
497
consumo de energia elétrica é da ordem de 200 mil<br />
MWh. Para avaliar esse consumo, imagine uma situação<br />
em que o Brasil não dispusesse de hidrelétricas e tivesse<br />
de depender somente de termoelétricas, onde cada kg de<br />
carvão, ao ser queimado, permite obter uma quantidade<br />
de energia da ordem de 10 kWh. Considerando que um<br />
caminhão transporta, em média, 10 toneladas de carvão,<br />
a quantidade de caminhões de carvão necessária para<br />
abastecer as termoelétricas, a cada dia, seria da ordem de<br />
a) 20<br />
b) 200<br />
c) 1.000<br />
d) 2.000<br />
e) 10.000<br />
8) (ENEM) Podemos estimar o consumo de energia<br />
elétrica de uma casa considerando as principais fontes<br />
desse consumo. Pense na situação em que apenas os<br />
aparelhos que constam da tabela abaixo fossem<br />
utilizados diariamente da mesma forma.<br />
Tabela: A tabela fornece a potência e o tempo efetivo de<br />
uso diário de cada aparelho doméstico. Supondo que o<br />
mês tenha 30 dias e que o custo de 1 KWh é de R$ 0,40,<br />
o consumo de energia elétrica mensal dessa casa, é de<br />
aproximadamente<br />
a) R$ 135<br />
b) R$ 165<br />
c) R$ 190<br />
d) R$ 210<br />
e) R$ 230<br />
9) (ENEM) Na avaliação da eficiência de usinas quanto à<br />
produção e aos impactos ambientais, utilizam-se vários<br />
critérios, tais como: razão entre produção efetiva anual<br />
de energia elétrica e potência instalada ou razão entre<br />
potência instalada e área inundada pelo reservatório. No<br />
quadro seguinte, esses parâmetros são aplicados às duas<br />
maiores hidrelétricas do mundo: Itaipu, no Brasil, e Três<br />
498<br />
Gargantas, na China. Com base nessas informações,<br />
avalie as afirmativas que se seguem.<br />
I - A energia elétrica gerada anualmente e a capacidade<br />
nominal máxima de geração da hidrelétrica de Itaipu são<br />
maiores que as da hidrelétrica de Três Gargantas.<br />
II- Itaipu é mais eficiente que Três Gargantas no uso da<br />
potência instalada na produção de energia elétrica.<br />
III- A razão entre potencia instalada e área inundada<br />
pelo reservatório e mais favorável na hidrelétrica Três<br />
Gargantas do que em Itaipu.<br />
E correto apenas o que se afirma em<br />
a) I<br />
b) II<br />
c) III<br />
d) I e III<br />
e) II e III<br />
ANOTAÇÕES:<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________
10) (ENEM)<br />
A racionalização do uso da eletricidade faz parte dos<br />
programas oficiais do governo brasileiro desde 1980. No<br />
entanto, houve um período crítico, conhecido como<br />
“apagão”, que exigiu mudanças de hábitos da população<br />
brasileira e resultou na maior, mais rápida e significativa<br />
economia de energia. De acordo com o gráfico, concluise<br />
que o “apagão” ocorreu no biênio<br />
a) 1998-1999<br />
As figuras acima apresentam dados referentes aos<br />
consumos de energia elétrica e de água relativos a cinco<br />
máquinas industriais de lavar roupa comercializadas no<br />
Brasil. A máquina ideal, quanto a rendimento econômico<br />
e ambiental, é aquela que gasta, simultaneamente, menos<br />
energia e água. Com base nessas informações, conclui-se<br />
que, no conjunto pesquisado,<br />
a) quanto mais uma máquina de lavar roupa economiza<br />
água, mais ela consome energia elétrica.<br />
b) a quantidade de energia elétrica consumida por uma<br />
máquina de lavar roupa é inversamente<br />
c) proporcional à quantidade de água consumida por<br />
ela.<br />
d) a máquina I é ideal, de acordo com a definição<br />
apresentada.<br />
e) a máquina que menos consome energia elétrica não<br />
é a que consome menos água.<br />
f) a máquina que mais consome energia elétrica não é<br />
a que consome mais água.<br />
11) (ENEM) O gráfico a seguir ilustra a evolução do<br />
consumo de eletricidade no Brasil, em GWh, em quatro<br />
setores de consumo, no período de 1975 a 2005.<br />
b) 1999-2000<br />
c) 2000-2001<br />
d) 2001-2002<br />
e) 2002-2003.<br />
12) (ENEM) Observa-se que, de 1975 a 2005, houve<br />
aumento quase linear do consumo de energia elétrica. Se<br />
essa mesma tendência se mantiver até 2035, o setor<br />
energético brasileiro deverá preparar-se para suprir uma<br />
demanda total aproximada de<br />
a) 405 GWh<br />
b) 445 GWh<br />
c) 680 GWh<br />
d) 750 GWh<br />
e) 775 GWh<br />
13) (ENEM) Uma fonte de energia que não agride o<br />
ambiente, é totalmente segura e usa um tipo de matériaprima<br />
infinita é a energia eólica, que gera eletricidade a<br />
partir da força dos ventos. O Brasil é um país<br />
privilegiado por ter o tipo de ventilação necessária para<br />
produzi-la. Todavia, ela é a menos usada na matriz<br />
499
energética brasileira. O Ministério de Minas e Energia<br />
estima que as turbinas eólicas produzam apenas 0,25%<br />
da energia consumida no país. Isso ocorre porque ela<br />
compete com uma usina mais barata e eficiente: a<br />
hidrelétrica, que responde por 80% da energia do Brasil.<br />
O investimento para se construir uma hidrelétrica é de<br />
aproximadamente US$ 100 por quilowatt. Os parques<br />
eólicos exigem investimento de cerca de US$ 2 mil por<br />
quilowatt e a construção de uma usina nuclear, de<br />
aproximadamente US$ 6 mil por quilowatt. Instalados os<br />
parques, a energia dos ventos é bastante competitiva,<br />
custando R$ 200,00 por megawatt-hora frente a R$<br />
150,00 por megawatt-hora das hidrelétricas e a R$<br />
600,00 por megawatt-hora das termelétricas.<br />
Época. 21/4/2008 (com adaptações).<br />
De acordo com o texto, entre as razões que contribuem<br />
para a menor participação da energia eólica na matriz<br />
energética brasileira, inclui-se o fato de<br />
a) haver, no país, baixa disponibilidade de ventos que<br />
podem gerar energia elétrica.<br />
b) o investimento por quilowatt exigido para a<br />
construção de parques eólicos ser de<br />
aproximadamente 20 vezes o necessário para a<br />
construção de hidrelétricas.<br />
c) o investimento por quilowatt exigido para a<br />
construção de parques eólicos ser igual a 1/3 do<br />
d) necessário para a construção de usinas nucleares.<br />
e) o custo médio por megawatt-hora de energia obtida<br />
após instalação de parques eólicos ser igual a 1,2<br />
multiplicado pelo custo médio do megawatt-hora<br />
obtido das hidrelétricas.<br />
f) o custo médio por megawatt-hora de energia obtida<br />
após instalação de parques eólicos ser igual a 1/3 do<br />
custo médio do megawatt-hora obtido das<br />
termelétricas.<br />
14) (ENEM) Os motores elétricos são dispositivos com<br />
diversas aplicações, dentre elas, destacam-se aquelas que<br />
proporcionam conforto e praticidade para as pessoas. É<br />
inegável a preferência pelo uso de elevadores quando o<br />
objetivo é o transporte de pessoas pelos andares de<br />
prédios elevados. Nesse caso, um dimensionamento<br />
preciso da potência dos motores utilizados nos<br />
elevadores é muito importante e deve levar em<br />
consideração fatores como economia de energia e<br />
500<br />
segurança. Considere que um elevador de 800 kg,<br />
quando lotado com oito pessoas ou 600 kg, precisa ser<br />
projetado. Para tanto, alguns parâmetros deverão ser<br />
dimensionados. O motor será ligado à rede elétrica que<br />
fornece 220 volts de tensão. O elevador deve subir 10<br />
andares, em torno de 30 metros, a uma velocidade<br />
constante de 4 metros por segundo. Para fazer uma<br />
estimativa simples da potência necessária e da corrente<br />
que deve ser fornecida ao motor do elevador para ele<br />
operar com lotação máxima, considere que a tensão seja<br />
contínua, que a aceleração da gravidade vale 10 m/s 2 e<br />
que o atrito pode ser desprezado. Nesse caso, para um<br />
elevador lotado, a potência média de saída do motor do<br />
elevador e a corrente elétrica máxima que passa no motor<br />
serão respectivamente de<br />
a) 24 kW e 109 A.<br />
b) 32 kW e 145 A.<br />
c) 56 kW e 255 A.<br />
d) 180 kW e 818 A.<br />
e) 240 kW e 1090 A.<br />
15) (ENEM) Considere a ação de se ligar uma bomba<br />
hidráulica elétrica para captar água de um poço e<br />
armazená-la em uma caixa d'água localizada alguns<br />
metros acima do solo. As etapas seguidas pela energia<br />
entre a usina hidroelétrica e a residência do usuário<br />
podem ser divididas da seguinte forma:<br />
I - na usina: água flui da represa até a turbina, que aciona<br />
o gerador para produzir energia elétrica;<br />
II- na transmissão: no caminho entre a usina e a<br />
residência do usuário a energia elétrica flui por<br />
condutores elétricos;<br />
III - na residência: a energia elétrica aciona um motor<br />
cujo eixo está acoplado ao de uma da bomba hidráulica<br />
e, ao girar, cumpre a tarefa de transferir água do poço<br />
para a caixa.<br />
As etapas l, II e III acima mostram, de forma resumida e<br />
simplificada, a cadeia de transformações de energia que<br />
se processam desde a fonte de energia primária até o seu<br />
uso final. A opção que detalha o que ocorre em cada<br />
etapa é:<br />
a) Na etapa l, energia potencial gravitacional da água<br />
armazenada na represa transforma-se em energia<br />
potencial da água em movimento na tubulação, a
qual, lançada na turbina, causa a rotação do eixo do<br />
gerador elétrico e a correspondente energia cinética,<br />
dá lugar ao surgimento de corrente elétrica.<br />
b) Na etapa l, parte do calor gerado na usina se<br />
transforma em energia potencial na tubulação, no<br />
eixo da turbina e dentro do gerador; e também por<br />
efeito Joule no circuito interno do gerador.<br />
c) Na etapa II, elétrons movem-se nos condutores que<br />
formam o circuito entre o gerador e a residência;<br />
nessa etapa, parte da energia elétrica transforma-se<br />
em energia térmica por efeito Joule nos condutores e<br />
parte se transforma em energia potencial<br />
gravitacional.<br />
d) Na etapa III, a corrente elétrica é convertida em<br />
energia térmica, necessária ao acionamento do eixo<br />
da bomba hidráulica, que faz a conversão em<br />
energia cinética ao fazer a água fluir do poço até a<br />
caixa, com ganho de energia potencial gravitacional<br />
pela água,<br />
e) Na etapa III, parte da energia se transforma em calor<br />
devido a forças dissipativas (atrito) na tubulação; e<br />
também por efeito Joule no circuito interno do<br />
motor; outra parte é transformada em energia<br />
cinética da água na tubulação e potencial<br />
gravitacional da água na caixa d'água.<br />
16) (ENEM) Uma estudante que ingressou na<br />
universidade e, pela primeira vez, está morando longe da<br />
sua família, recebe a sua primeira conta de luz:<br />
c) R$13,00<br />
d) R$13,50<br />
e) R$14,00<br />
17) (ENEM) A instalação elétrica de uma casa envolve<br />
várias etapas, desde a alocação dos dispositivos,<br />
instrumentos e aparelhos elétricos, até a escolha dos<br />
materiais que a compõem, passando pelo<br />
dimensionamento da potência requerida, da fiação<br />
necessária, dos eletrodutos*, entre outras. Para cada<br />
aparelho elétrico existe um valor de potência associado.<br />
Valores típicos de potências para alguns aparelhos<br />
elétricos são apresentados no quadro seguinte:<br />
A escolha das lâmpadas é essencial para<br />
obtenção de uma boa iluminação. A potência da lâmpada<br />
deverá estar de acordo com o tamanho do cômodo a ser<br />
iluminado. O quadro a seguir mostra a relação entre as<br />
áreas dos cômodos (em m 2 ) e as potências das lâmpadas<br />
(em W), e foi utilizado como referência para o primeiro<br />
pavimento de uma residência.<br />
Se essa estudante comprar um secador de cabelos que<br />
consome 1000 W de potência e considerando que ela e<br />
suas 3 amigas utilizem esse aparelho por 15 minutos<br />
cada uma durante 20 dias no mês, o acréscimo em reais<br />
na sua conta mensal será de<br />
a) R$10,00<br />
b) R$12,50<br />
501
19) (ENEM) A energia elétrica consumida nas<br />
residências e medida, em quilowatt-hora, por meio de um<br />
relógio medidor de consumo. Nesse relógio, da direita<br />
para a esquerda, tem-se o ponteiro da unidade, da<br />
dezena, da centena e do milhar. Se um ponteiro estiver<br />
entre dois números, considera-se o último número<br />
ultrapassado pelo ponteiro. Suponha que as medidas<br />
indicadas nos esquemas seguintes tenham sido feitas em<br />
uma cidade em que o preço do quilowatt-hora fosse de<br />
R$ 0,20.<br />
Considerando a planta baixa fornecida, com todos os<br />
aparelhos em funcionamento, a potência total, em watts,<br />
será de<br />
a) 4.070<br />
b) 4.270<br />
c) 4.320<br />
d) 4.390<br />
e) 4.470<br />
18) (ENEM) Considere a seguinte situação hipotética: ao<br />
preparar o palco para a apresentação de uma peça de<br />
teatro, o iluminador deveria colocar três atores sob luzes<br />
que tinham igual brilho e os demais, sob luzes de menor<br />
brilho. O iluminador determinou, então, aos técnicos, que<br />
instalassem no palco oito lâmpadas incandescentes com a<br />
mesma especificação (L1 a L8), interligadas em um<br />
circuito com uma bateria, conforme mostra a figura.<br />
Nessa situação, quais são as três lâmpadas que acendem<br />
com o mesmo brilho por apresentarem igual valor de<br />
corrente fluindo nelas, sob as quais devem se posicionar<br />
os três atores?<br />
a) L1, L2 e L3.<br />
b) L2, L3 e L4.<br />
c) L2, L5 e L7.<br />
d) L4, L5 e L6.<br />
e) L4, L7 e L8.<br />
502<br />
O valor a ser pago pelo consumo de energia elétrica<br />
registrado seria de:<br />
a) R$ 41,80<br />
b) R$ 42,00<br />
c) R$ 43,00<br />
d) R$ 43,80<br />
e) R$ 44,00<br />
GABARITO<br />
1- a 2- e 3- a 4- d 5- c 6- b 7- d 8 –e 9- e<br />
10- d 11- e 12- c 13- b 14- c 15- e 16- b<br />
17- d 18- b 19- e
4- RESISTORES E RESISTÊNCIA ELÉTRICA<br />
Assim, podemos classificar:<br />
Resistor é todo dispositivo elétrico que<br />
transforma exclusivamente energia elétrica em energia<br />
térmica.<br />
1. Condutor ideal - Os portadores de carga existentes no<br />
condutor não encontram nenhuma oposição ao seu<br />
movimento. Dizemos que a resistência elétrica do<br />
condutor é nula, o que significa dizer que existe uma alta<br />
mobilidade de portadores de carga.<br />
2. Isolante ideal - Os portadores de carga existentes estão<br />
praticamente fixos, sem nenhuma mobilidade. Dizemos,<br />
neste caso, que a resistência elétrica é infinita.<br />
Consideremos um condutor submetido a uma diferença<br />
de potencial (ddp), no qual se estabelece uma corrente<br />
elétrica.<br />
Simbolicamente é representado por:<br />
Seja U a diferença de potencial aplicada e i a intensidade<br />
de corrente elétrica por meio do condutor.<br />
Alguns dispositivos elétricos classificados como<br />
resistores são: ferro de passar roupa, ferro de soldar,<br />
chuveiro elétrico, lâmpada incandescente, etc.<br />
Definimos:<br />
Resistência elétrica (R) é a relação entre a ddp aplicada<br />
(U) e a correspondente intensidade de corrente elétrica<br />
(i). Assim R =<br />
Unidade de resistência elétrica no S.I.<br />
= ohm<br />
A resistência elétrica (R) é uma medida da<br />
oposição ao movimento dos portadores de carga, ou seja,<br />
a resistência elétrica representa a dificuldade que os<br />
portadores de carga encontram para se movimentarem<br />
através do condutor. Quanto maior a mobilidade dos<br />
portadores de carga, menor a resistência elétrica do<br />
condutor.<br />
A resistência elétrica é uma característica do condutor,<br />
portanto, depende do material de que é feito o mesmo, de<br />
sua forma e dimensões e também da temperatura a que<br />
está submetido o condutor. Posteriormente, esses itens<br />
serão analisados mais detalhadamente.<br />
Um resistor, submetido a diferentes tensões, apresenta<br />
correntes elétricas com diferentes intensidades.<br />
503
Dizemos que um condutor obedece à primeira<br />
lei de Ohm quando ele apresenta uma resistência elétrica<br />
constante, quaisquer que sejam U e i.<br />
R = = =...=<br />
PARA VOCÊ REFLETIR<br />
01) A tabela abaixo apresenta os resultados obtidos com<br />
medidas de intensidade de corrente elétrica e ddp em<br />
dois condutores diferentes.<br />
Nessas condições, o condutor recebe o nome de<br />
condutor ôhmico.<br />
Nos condutores ôhmicos, a intensidade de<br />
corrente elétrica é diretamente proporcional à ddp<br />
aplicada. Assim, a curva característica de um condutor<br />
ôhmico é uma reta inclinada em relação aos eixos U e i;<br />
passando pela origem.<br />
Com base na tabela, verifique se os condutores são ou<br />
não ôhmicos.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
Por outro lado, os condutores, para os quais a<br />
relação U/i não é constante, são chamados de condutores<br />
não-ôhmicos. A relação entre a intensidade de corrente<br />
elétrica e a ddp não obedece a nenhuma relação<br />
específica, e sua representação gráfica pode ser qualquer<br />
tipo de curva, exceto uma reta.<br />
Para verificarmos se os condutores são ou não<br />
ôhmicos, devemos determinar a relação R= em todos os<br />
pontos. Assim, temos:<br />
Portanto, o condutor 1 é ôhmico para o intervalo<br />
de intensidade de corrente elétrica de 0 a 4 A, enquanto o<br />
condutor 2 não é ôhmico.<br />
Seus respectivos gráficos estão representados<br />
nas figuras abaixo:<br />
504
A FÍSICA NOSSA DE CADA DIA<br />
TIPOS DE RESISTORES<br />
Na prática, são muito comuns os resistores de carvão e os<br />
de fio.<br />
ALUNO DIGIMON, NÃO ESQUEÇA!<br />
Enquanto os resistores de fio são constituídos<br />
por um fio metálico enrolado sobre um suporte isolante,<br />
os resistores de carvão são constituídos basicamente de<br />
grafite comprimida, revestida por uma camada isolante<br />
de cerâmica. O seu valor nominal é apresentado por<br />
faixas coloridas (código de cores), que obedecem ao<br />
seguinte critério: partindo da extremidade, as duas<br />
primeiras cores formam um número com dois<br />
algarismos; a terceira cor corresponde ao expoente da<br />
potência de 10 que multiplica o número inicial; a quarta<br />
cor corresponde à tolerância que mostra,<br />
percentualmente, a faixa de valores em que pode variar a<br />
resistência do resistor. Assim, temos:<br />
Código de Cores<br />
Preto - 0 Verde – 5<br />
Marrom–1 Azul – 6<br />
Vermelho – 2 Violeta – 7<br />
Laranja – 3 Cinza – 8<br />
Amarelo – 4 Branco – 9<br />
505
Tolerância<br />
Prata – 10% Ouro – 5% Sem faixa – 20%<br />
PARA VOCÊ REFLETIR<br />
1) Consideremos um resistor de carvão com as seguintes<br />
faixas coloridas:<br />
Determine o valor da resistência elétrica desse<br />
resistor, utilizando o código de cores dado no item<br />
acima.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
As duas primeiras cores: vermelho (2) e preto<br />
(0) formam o número 20. A terceira cor laranja (3)<br />
corresponde ao expoente da potência de dez: 103; a<br />
quarta cor prata (10%) indica a tolerância. Assim, a<br />
resistência elétrica do resistor vale:<br />
R = (20 · 103 ± 10%) ohms ou R = (20 000 ± 2 000) ,<br />
ou seja, o valor da resistência elétrica do resistor está<br />
compreendido dentro do intervalo de 18 000 a 22 000<br />
ohms.<br />
5- 2ªLEI DE OHM<br />
Para condutores em forma de fios, verificamos,<br />
experimentalmente, que a resistência elétrica do condutor<br />
depende do comprimento do fio ( , da área de sua<br />
secção transversal ( A ) e do tipo de material que<br />
constitui o condutor(P) .<br />
506<br />
Analisando, separadamente, cada uma dessas<br />
dependências, temos:<br />
1) a resistência elétrica R é diretamente proporcional ao<br />
comprimento L do fio;<br />
2) a resistência elétrica é inversamente proporcional à<br />
área da secção transversal do fio.<br />
Com base nas análises acima, podemos escrever que:<br />
R = p.<br />
Onde (lê-se rô) é o fator de proporcionalidade (uma<br />
grandeza característica do material com que é feito o<br />
condutor, denominada resistividade, que só depende da<br />
temperatura, não dependendo da forma ou dimensão<br />
do condutor).<br />
No S.I., temos as seguintes unidades:
) Potenciômetro Circular<br />
Como o cursor C pode variar ao longo do<br />
resistor de A até B, ao ligarmos o circuito nos pontos A e<br />
C, obtemos uma resistência variável com o comprimento<br />
do resistor.<br />
6- APLICAÇÃO DE RESISTORES<br />
6.1- REOSTATOS<br />
VARIAÇÃO DESCONTÍNUA<br />
O reostato de variação descontínua somente<br />
pode assumir determinados valores decorrentes do fato<br />
de sua construção ser feita a partir de um conjunto de<br />
resistores com resistências bem determinadas.<br />
Por definição, reostatos são dispositivos tais que<br />
podemos variar a sua forma ou as suas dimensões, de<br />
modo a obter uma resistência variável. Os reostatos<br />
podem ser divididos em duas classes.<br />
Exemplo<br />
VARIAÇÃO CONTÍNUA<br />
O reostato de variação contínua, comumente<br />
denominado potenciômetro, apresenta uma resistência<br />
que pode assumir qualquer valor entre zero e um, dado o<br />
valor máximo específico. Este tipo de reostato é<br />
constituído basicamente por um condutor de um<br />
determinado comprimento e um cursor que se move ao<br />
longo do condutor. Nestas condições, variando-se a<br />
posição do cursor, variamos o comprimento do condutor<br />
e, portanto, a sua resistência elétrica.<br />
Exemplos<br />
A variação se dá em função da mudança do número de<br />
resistores associados ao circuito. Nos circuitos elétricos,<br />
os reostatos são representados conforme as figuras<br />
abaixo:<br />
a) Potenciômetro Linear<br />
507
6.2 – LÂMPADAS INCANDESCENTES<br />
As lâmpadas de incandescência são as lâmpadas<br />
de filamento, criadas no século passado pelo americano<br />
Thomas Edison.<br />
; 10 A ; 30 A, etc. Em circuitos elétricos, os fusíveis são<br />
representados pelo símbolo a seguir:<br />
Os filamentos destas lâmpadas são geralmente<br />
de tungstênio, o qual permite um aquecimento até<br />
temperaturas muito altas, da ordem de 2500 °C, sem<br />
atingir o ponto de fusão. Portanto, nessas lâmpadas,<br />
temos o efeito Joule (transformação de energia elétrica<br />
em energia térmica) e, quando a temperatura ultrapassa<br />
500 °C, aproximadamente, o filamento da lâmpada<br />
começa a irradiar luz. Normalmente, nos circuitos<br />
elétricos, as lâmpadas são representadas pelo símbolo<br />
indicado na figura abaixo:<br />
6.3 – FUSÍVEIS ELÉTRICOS<br />
7- PRINCIPAIS LIGAÇÕES EM UM CIRCUITO<br />
O fusível elétrico é um elemento utilizado nos<br />
circuitos elétricos como segurança. Trata-se de um<br />
condutor (resistor) que age como um elemento de<br />
proteção aos demais elementos de um circuito. Para isto,<br />
o fusível suporta, no máximo, um determinado valor de<br />
corrente elétrica; acima deste valor, o calor produzido<br />
por efeito Joule é tal que funde (derrete) o fusível.<br />
O material empregado nos fusíveis tem, em<br />
geral, baixa temperatura de fusão. Alguns materiais<br />
utilizados são: o chumbo, que apresenta temperatura de<br />
fusão da ordem de 327 °C; o estanho, com temperatura<br />
de fusão da ordem de 232 °C; ou ligas desses metais. O<br />
fio de metal é montado em um cartucho ou em uma peça<br />
de porcelana.<br />
O fusível é construído de maneira a suportar a<br />
corrente máxima exigida por um circuito para o seu<br />
funcionamento. Assim, podemos ter fusíveis de 1 A ; 2 A<br />
Os diferentes modos que podemos utilizar para<br />
interligar os elementos elétricos, formando um circuito<br />
elétrico, são chamados de associações. Podemos ter<br />
associação em série, em paralelo ou mista.<br />
7.1 - ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE<br />
Neste tipo de associação, os elementos são<br />
ligados em seqüência, estabelecendo um único caminho<br />
de percurso para a corrente elétrica. Na associação em<br />
série, o funcionamento dos aparelhos elétricos ligados ao<br />
gerador ficam dependentes entre si: ou todos funcionam<br />
ou nenhum funciona. Observemos que o gerador obriga<br />
os portadores de carga a se movimentarem através dos<br />
fios condutores, fornecendo a eles energia elétrica, e a<br />
passarem através de todos os elementos do circuito. Em<br />
508
cada elemento, os portadores de carga perdem energia<br />
elétrica, que será transformada em outra modalidade de<br />
energia. Assim, numa associação em série, temos:<br />
1) correntes elétricas iguais em todos os elementos do<br />
circuito;<br />
respectivo aparelho elétrico. Portanto, numa associação<br />
em paralelo, temos:<br />
1) correntes elétricas diferentes para cada aparelho<br />
elétrico, sendo: i T = i1 + i2.<br />
2) U AB = U AC + U CB<br />
2) ddp’s iguais em todos os aparelhos elétricos:<br />
U AB = U CD = U EF .<br />
8- ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES<br />
7.2 - ASSOCIAÇÃO EM PARALELO<br />
Neste tipo de associação, os aparelhos elétricos<br />
são ligados ao gerador independentemente um do outro.<br />
Podem todos funcionar simultânea ou individualmente.<br />
Em trabalhos práticos, é freqüente<br />
necessitarmos de um resistor de cujo valor de resistência<br />
elétrica não dispomos no momento, ou que não seja<br />
fabricado pelas firmas especializadas. Nestes casos, a<br />
solução do problema é obtida através da associação de<br />
outros resistores com o objetivo de se obter o resistor<br />
desejado. Podemos associar resistores das mais variadas<br />
formas, porém daremos um destaque especial, neste<br />
capítulo, às associações em série, paralelo e mista.<br />
É importante observarmos que, qualquer que<br />
seja a associação efetuada, estaremos sempre<br />
interessados em obter o resistor equivalente, ou seja,<br />
obter um resistor único que, colocado entre os mesmos<br />
pontos A e B de uma associação, fique sujeito à mesma<br />
ddp e seja percorrido por uma corrente de intensidade<br />
igual à da associação.<br />
Observamos, nesta forma de associação, que<br />
existe uma corrente elétrica para cada aparelho elétrico,<br />
possibilitando o seu funcionamento independentemente<br />
de qualquer outro. Os portadores de carga, forçados pelo<br />
gerador a se movimentarem através dos fios condutores,<br />
dividem-se em dois ou mais grupos; sendo que cada<br />
grupo perde sua energia elétrica ao atravessar o<br />
Em circuitos elétricos utiliza-se o conceito de<br />
nó, que é a junção de três ou mais ramos de circuito.<br />
509
Exemplos :<br />
• São nós:<br />
510<br />
• Não são nós:<br />
Tal conceito é muito importante no estudo das<br />
associações em série e paralelo de elementos de um<br />
circuito elétrico.<br />
8.1- ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE<br />
Um conjunto de resistores quaisquer é dito<br />
associado em série quando todos os resistores forem<br />
percorridos pela mesma corrente elétrica. Para que<br />
tenhamos uma associação em série, é necessário que os<br />
resistores sejam ligados um em seguida ao outro, ou seja,<br />
não pode haver nó entre os resistores. A figura abaixo<br />
ilustra uma associação em série de n resistores.<br />
Para determinarmos o resistor equivalente a uma<br />
associação em série de n resistores, devemos lembrar que<br />
a corrente elétrica é a mesma, tanto para o resistor<br />
equivalente quanto para os resistores associados, e que a<br />
ddp no resistor equivalente é a soma das ddps em cada<br />
resistor associado.<br />
Resistor Equivalente<br />
Sendo:<br />
UAB = U1 + U2 + ... + Un<br />
e sendo U = R i<br />
temos: RE . i = R1 . i + R2 . i + ... + Rn . i<br />
ou seja: R E = R 1 = R 2+...R n<br />
O resistor equivalente a uma associação em<br />
série possui uma resistência elétrica igual à soma das<br />
resistências elétricas dos resistores associados e,<br />
conseqüentemente, esse valor é maior que o maior dos<br />
resistores que compõem a associação.<br />
8.2- ASSOCIAÇÃO EM PARALELO<br />
Um conjunto de resistores quaisquer é dito<br />
associado em paralelo quando todos os resistores<br />
estiverem submetidos à mesma diferença de potencial.<br />
Para que isso aconteça, todos os resistores devem ser<br />
ligados aos mesmos nós A e B, conforme a figura<br />
abaixo.
Para determinarmos o resistor equivalente a uma<br />
associação de n resistores em paralelo, devemos nos<br />
lembrar de que todos os resistores estão submetidos à<br />
mesma ddp e que a corrente elétrica total da associação é<br />
a soma das correntes elétricas em cada resistor.<br />
Casos Particulares:<br />
1. No caso dos n resistores apresentarem a mesma<br />
resistência, ou seja, R 1 = R 2 = ... = R n = R, o resistor<br />
equivalente terá uma resistência dada por:<br />
R E =<br />
2. Se a associação é composta por apenas dois resistores<br />
R1 e R2 , o resistor equivalente é dado por:<br />
= + = +<br />
ou<br />
R E =<br />
Sendo:<br />
it = i1 + i2+... i =<br />
temos:<br />
ou seja:<br />
= + +...+<br />
= + +...+<br />
ou, de modo geral:<br />
=<br />
O resistor equivalente apresenta uma resistência<br />
elétrica cujo inverso é igual à soma dos inversos das<br />
resistências dos resistores que compõem a associação e,<br />
conseqüentemente, a resistência do resistor equivalente é<br />
menor que a menor das resistências associadas.<br />
ou seja, a resistência equivalente é dada pelo produto<br />
dividido pela soma das resistências dos resistores<br />
associados.<br />
Portanto, uma associação em paralelo apresenta as<br />
seguintes propriedades:<br />
1. a ddp (voltagens) é a mesma para todos os<br />
resistores;<br />
2. a corrente elétrica total da associação é a soma das<br />
correntes elétricas em cada resistor; 3. o inverso da<br />
resistência equivalente é igual à soma dos inversos<br />
das resistências associadas;<br />
4. a corrente elétrica é inversamente proporcional à<br />
resistência elétrica, ou seja, na maior resistência<br />
passa a menor corrente elétrica;<br />
5. a potência elétrica é inversamente proporcional à<br />
resistência elétrica, portanto, no maior resistor temos<br />
a menor dissipação de energia;<br />
6. a potência total consumida é a soma das potências<br />
consumidas em cada resistor.<br />
511
PARA VOCÊ REFLETIR<br />
01) Utilizando-se um “benjamim” ligam-se numa<br />
mesma tomada de 110 V:<br />
• uma lâmpada de 22<br />
• um aquecedor de 1 100 W<br />
• um ferro elétrico de 1 650 W<br />
Determine:<br />
a) a corrente elétrica em cada elemento;<br />
b) a corrente elétrica no pino X do benjamim; c) o tipo<br />
de associação formada pelos elementos e a resistência<br />
equivalente da associação.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
512<br />
a) i 1 = i 1 = i 1=5ª<br />
P 2=U AB.i 2 i 2= =<br />
I 2=10A<br />
P 3=U AB.i 3 i 3= =<br />
I 3=15A<br />
b) A corrente no pino X é a corrente que entra por A e<br />
sai por B:<br />
i = i 1 + i 2 + i 3 i = 5 + 10 + 15<br />
i=30A<br />
c) Por estarem todas ligadas aos mesmos nós A e B e,<br />
portanto, sujeitos à mesma ddp U AB de 110 V, eles estão<br />
associados em paralelo. No resistor equivalente temos:<br />
U AB =110V e i =30 A logo, a resistência equivalente da<br />
associação é:<br />
R E = = RE
8.3- ASSOCIAÇÃO MISTA<br />
Denominamos associação mista de resistores<br />
toda associação que pode ser reduzida à associação em<br />
série e em paralelo.<br />
2. Lançamos numa mesma reta: os terminais da<br />
associação, que ocuparão os extremos, e os nós<br />
encontrados, que ficarão entre estes.<br />
Para calcularmos o resistor equivalente a uma<br />
associação mista, devemos resolver as associações<br />
singulares (série ou paralelo) que estão evidentes e, a<br />
seguir, simplificar o circuito até uma única ligação<br />
singular.<br />
Cálculo da Resistência Equivalente numa Associação<br />
Mista<br />
3. Redesenhamos os resistores nessa reta, já substituindo<br />
aqueles em série ou em paralelo pelos respectivos<br />
resistores equivalentes, tomando cuidado para fazê-lo<br />
nos terminais (letras) corretos.<br />
Consideremos a associação:<br />
Para resolvermos esta associação, devemos<br />
proceder do seguinte modo:<br />
1. Identificamos e nomeamos todos os nós da associação,<br />
tomando o cuidado para denominar com a mesma letra<br />
aqueles nós que estiverem ligados por um fio sem<br />
resistência elétrica, pois representam pontos que estão ao<br />
mesmo potencial elétrico. Dessa forma já percebemos os<br />
resistores em série ou em paralelo.<br />
4. Prosseguimos dessa forma até chegar a um único<br />
resistor, que é o resistor equivalente da associação.<br />
9- CURTO CIRCUITO<br />
Dizemos que um elemento de um circuito está em curtocircuito<br />
quando ele está sujeito a uma diferença de<br />
potencial nula.<br />
Exemplo<br />
513
No circuito acima, a lâmpada L 2 está em curto-circuito,<br />
pois ela está ligada nos terminais A e B, que apresentam<br />
ddp nula devido estarem ligados por um fio ideal.<br />
Portanto, a lâmpada L 2 está apagada, por não passar<br />
corrente elétrica através dela. A corrente elétrica, ao<br />
chegar ao ponto A, passa totalmente pelo fio ideal (sem<br />
resistência elétrica).<br />
Nessas condições, o circuito dado pode ser<br />
representado pela figura a seguir.<br />
Vamos ver se você aprendeu?<br />
Determine a resistência equivalente da associação<br />
abaixo.<br />
Confira se você já pode ser considerado um monstro da<br />
<strong>Física</strong>!<br />
Determinemos os nós.<br />
514<br />
EXERCICIOS DE SALA DE AULA<br />
1) (ENEM) Seguem abaixo alguns trechos de uma<br />
matéria da revista “Superinteressante”, que descreve<br />
hábitos de um morador de Barcelona (Espanha),<br />
relacionando-os com o consumo de energia e efeitos<br />
sobre o ambiente.<br />
I. “Apenas no banho matinal, por exemplo, um cidadão<br />
utiliza cerca de 50 litros de água, que<br />
depois terá que ser tratada. Além disso, a água é<br />
aquecida consumindo 1,5 quilowatt-hora<br />
(cerca de 1,3 milhões de calorias), e para gerar essa<br />
energia foi preciso perturbar o ambiente<br />
de alguma maneira....”<br />
II. “Na hora de ir para o trabalho, o percurso médio dos<br />
moradores de Barcelona mostra que o carro libera 90<br />
gramas do venenoso monóxido de carbono e 25 gramas<br />
de óxidos de<br />
nitrogênio... Ao mesmo tempo, o carro consome<br />
combustível equivalente a 8,9 kwh.”<br />
III. “Na hora de recolher o lixo doméstico... quase 1 kg<br />
por dia. Em cada quilo há<br />
aproximadamente 240 gramas de papel, papelão e<br />
embalagens; 80 gramas de plástico; 55<br />
gramas de metal; 40 gramas de material biodegradável e<br />
80 gramas de vidro.”<br />
(Também) com relação ao trecho I, supondo a existência<br />
de um chuveiro elétrico, pode-se<br />
afirmar que:
a) a energia usada para aquecer o chuveiro é de origem<br />
química, transformando-se em energia elétrica.<br />
b) a energia elétrica é transformada no chuveiro em<br />
energia mecânica e, posteriormente, em energia<br />
térmica.<br />
c) o aquecimento da água deve-se à resistência do<br />
chuveiro, onde a energia elétrica é transformada em<br />
energia térmica.<br />
d) a energia térmica consumida nesse banho é<br />
posteriormente transformada em energia elétrica.<br />
e) como a geração da energia perturba o ambiente,<br />
pode-se concluir que sua fonte é algum derivado do<br />
petróleo.<br />
2) (ENEM) Entre as inúmeras recomendações dadas para<br />
a economia de energia elétrica em uma residência,<br />
destacamos as seguintes:<br />
● Substitua lâmpadas incandescentes por fluorescentes<br />
compactas.<br />
● Evite usar o chuveiro elétrico com a chave na posição<br />
“inverno” ou “quente”.<br />
● Acumule uma quantidade de roupa para ser passada a<br />
ferro elétrico de uma só vez.<br />
● Evite o uso de tomadas múltiplas para ligar vários<br />
aparelhos simultaneamente.<br />
● Utilize, na instalação elétrica, fios de diâmetros<br />
recomendados às suas finalidades.<br />
A característica comum a todas essas recomendações é a<br />
proposta de economizar energia através da tentativa de,<br />
no dia-a-dia, reduzir<br />
a) a potência dos aparelhos e dispositivos elétricos.<br />
b) o tempo de utilização dos aparelhos e dispositivos.<br />
c) o consumo de energia elétrica convertida em energia<br />
térmica.<br />
d) o consumo de energia térmica convertida em energia<br />
elétrica.<br />
e) o consumo de energia elétrica através de correntes<br />
de fuga.<br />
3) (ENEM) Quando ocorre um curto-circuito em uma<br />
instalação elétrica, como na figura a resistência elétrica<br />
total do circuito diminui muito, estabelecendo-se nele<br />
uma corrente muito elevada.<br />
O superaquecimento da fiação, devido a esse<br />
aumento da corrente elétrica, pode ocasionar incêndios,<br />
que seriam evitados instalando-se fusíveis e disjuntores<br />
que interrompem essa corrente, quando a mesma atinge<br />
um valor acima do especificado nesses dispositivos de<br />
proteção. Suponha que um chuveiro instalado em uma<br />
rede elétrica de 110 V, em uma residência, possua três<br />
posições de regulagem da temperatura da água. Na<br />
posição verão utiliza 2 100 W, na posição primavera, 2<br />
400 W, e na posição inverno 3200 W.<br />
Deseja-se que o chuveiro funcione em qualquer uma das<br />
três posições de regulagem de temperatura, sem que haja<br />
riscos de incêndio. Qual deve ser o valor mínimo<br />
adequado do disjuntor a ser utilizado?<br />
a) 40 A<br />
b) 30 A<br />
c) 25 A<br />
d) 23 A<br />
e) 20 A<br />
4) (ENEM) A eficiência de um processo de conversão de<br />
energia é definida como a razão entre a produção de<br />
energia ou trabalho útil e o total de entrada de energia no<br />
processo. A figura mostra um processo com diversas<br />
etapas. Nesse caso, a eficiência geral será igual ao<br />
produto das eficiências das etapas individuais. A entrada<br />
de energia que não se transforma em trabalho útil é<br />
perdida sob formas não utilizáveis (como resíduos de<br />
calor).<br />
HINRICHS, R. A. Energia e Meio Ambiente. São Paulo: Pioneira Thomson<br />
Learning, 2003 (adaptado).<br />
Aumentar a eficiência dos processos de conversão de<br />
energia implica economizar recursos e combustíveis. Das<br />
515
propostas seguintes, qual resultará em maior aumento da<br />
eficiência geral do processo?<br />
a) Aumentar a quantidade de combustível para queima<br />
na usina de força.<br />
b) Utilizar lâmpadas incandescentes, que geram pouco<br />
calor e muita luminosidade.<br />
c) Manter o menor número possível de aparelhos<br />
elétricos em funcionamento nas moradias.<br />
d) Utilizar cabos com menor diâmetro nas linhas de<br />
transmissão a fim de economizar o material<br />
condutor.<br />
e) Utilizar materiais com melhores propriedades<br />
condutoras nas linhas de transmissão e lâmpadas<br />
fluorescentes nas moradias.<br />
5) (ENEM) O manual de instruções de um aparelho de ar<br />
condicionado apresenta a seguinte tabela, com dados<br />
técnicos para diversos modelos:<br />
Disponível em: http://www.institucional.brastemp.com.br. Acesso em: 13 jul.<br />
2009 (adaptado).<br />
Considere-se que um auditório possua<br />
capacidade para 40 pessoas, cada uma produzindo uma<br />
quantidade média de calor, e que praticamente todo o<br />
calor que flui para fora do auditório o faz por meio dos<br />
aparelhos de ar condicionado. Nessa situação, entre as<br />
informações listadas, aquelas essenciais para se<br />
determinar quantos e/ou quais aparelhos de arcondicionado<br />
são precisos para manter, com lotação<br />
máxima, a temperatura interna do auditório agradável e<br />
constante, bem como determinar a espessura da fiação do<br />
circuito elétrico para a ligação desses aparelhos, são<br />
a) vazão de ar e potência.<br />
b) vazão de ar e corrente elétrica - ciclo frio.<br />
c) eficiência energética e potência.<br />
516<br />
d) capacidade de refrigeração e frequência.<br />
e) capacidade de refrigeração e corrente elétrica – ciclo<br />
6) (ENEM) É possível, com 1 litro de gasolina, usando<br />
todo o calor produzido por sua combustão direta, aquecer<br />
200 litros de água de 20 °C a 55 °C. Pode-se efetuar esse<br />
mesmo aquecimento por um gerador de eletricidade, que<br />
consome 1 litro de gasolina por hora e fornece 110 V a<br />
um resistor de 11 Ω, imerso na água, durante um certo<br />
intervalo de tempo. Todo o calor liberado pelo resistor é<br />
transferido à água. Considerando que o calor específico<br />
da água é igual a 4,19 J g -1 °C -1 , aproximadamente qual a<br />
quantidade de gasolina consumida para o aquecimento de<br />
água obtido pelo gerador, quando comparado ao obtido a<br />
partir da combustão?<br />
a) A quantidade de gasolina consumida é igual para os<br />
dois casos.<br />
b) A quantidade de gasolina consumida pelo gerador é<br />
duas vezes maior que a consumida na combustão.<br />
c) A quantidade de gasolina consumida pelo gerador é<br />
duas vezes menor que a consumida na combustão.<br />
d) A quantidade de gasolina consumida pelo gerador é<br />
sete vezes maior que a consumida na combustão.<br />
e) A quantidade de gasolina consumida pelo gerador é<br />
sete vezes menor que a consumida na combustão.<br />
7) (ENEM) Todo carro possui uma caixa de fusíveis, que<br />
são utilizados para proteção dos circuitos elétricos. Os<br />
fusíveis são constituídos de um material de baixo ponto<br />
de fusão, como o estanho, por exemplo, e se fundem<br />
quando percorridos por uma corrente elétrica igual ou<br />
maior do que aquela que são capazes de suportar. O<br />
quadro a seguir mostra uma série de fusíveis e os valores<br />
de corrente por eles suportados.<br />
Um farol usa uma lâmpada de gás halogênio de<br />
55 W de potência que opera com 36 V. Os dois faróis são<br />
ligados, separadamente, com um fusível para cada um,<br />
mas, apos um mau funcionamento, o motorista passou a
conectá-los em paralelo, usando apenas um fusível.<br />
Dessa forma, admitindo-se que a fiação suporte a carga<br />
dos dois faróis, o menor valor de fusível adequado para<br />
proteção desse novo circuito e o:<br />
a) azul<br />
b) preto<br />
9) (ENEM) Em um manual de um chuveiro elétrico são<br />
encontradas informações sobre algumas características<br />
técnicas, ilustradas no quadro, como a tensão de<br />
alimentação, a potência dissipada, o dimensionamento do<br />
disjuntor ou fusível, e a área da secção transversal dos<br />
condutores utilizados.<br />
c) laranja<br />
d) amarelo<br />
e) vermelho<br />
8) (ENEM) Observe a tabela seguinte. Ela traz<br />
especificações técnicas constantes no manual de<br />
instruções fornecido pelo fabricante de uma torneira<br />
elétrica.<br />
Uma pessoa adquiriu um chuveiro do modelo A<br />
e, ao ler o manual, verificou que precisava ligá-lo a um<br />
disjuntor de 50 amperes. No entanto, intrigou-se com o<br />
fato de que o disjuntor a ser utilizado para uma correta<br />
instalação de um chuveiro do modelo B devia possuir<br />
amperagem 40% menor. Considerando-se os chuveiros<br />
de modelos A e B, funcionando a mesma potencia de<br />
4.400 W, a razão entre as suas respectivas resistências<br />
elétricas, RA e RB, que justifica a diferença de<br />
dimensionamento dos disjuntores, e mais próxima de:<br />
a) 0,3.<br />
b) 0,6.<br />
c) 0,8.<br />
Considerando que o modelo de maior potencia<br />
da versão 220 V da torneira Suprema foi<br />
inadvertidamente<br />
conectado a uma rede com tensão nominal de 127 V, e<br />
que o aparelho esta configurado para trabalhar em sua<br />
máxima potencia, qual o valor aproximado da potencia<br />
ao ligar a torneira?<br />
a) 1.830 W<br />
b) 2.800 W<br />
c) 3.200 W<br />
d) 4.030 W<br />
e) 5.500 W<br />
d) 1,7.<br />
e) 3,0.<br />
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />
C C B E E E C A A<br />
517
FÍSICA NOSSA DE CADA DIA<br />
CHUVEIROS ELÉTRICOS<br />
As informações contidas nas chapinhas<br />
geralmente se referem a grandezas físicas que indicam as<br />
condições de funcionamento desses aparelhos.<br />
Vamos descobrir qual é a relação entre estas<br />
grandezas e os aparelhos elétricos presentes em nosso<br />
dia-a-dia.<br />
Qual a transformação de energia realizada pelo chuveiro?<br />
Onde ela é realizada?<br />
Quando a água esquenta menos? Dá choque em algum<br />
lugar quando você toma banho?<br />
Quando fizemos a classificação dos aparelhos e<br />
componentes eletrônicos, o grupo dos resistivos, cuja<br />
função é produzir aquecimento, foi colocado em<br />
primeiro lugar. A razão desta escolha é que,<br />
normalmente, os resistivos são os aparelhos mais<br />
simples. Desse grupo vamos destacar chuveiros,<br />
lâmpadas incandescentes e fusíveis para serem<br />
observados e comparados.<br />
A maioria dos chuveiros funciona sob tensão<br />
elétrica de 220V e com duas possibilidades de<br />
aquecimento: inverno e verão. Cada uma delas está<br />
associada a uma potência. Na posição verão, o<br />
aquecimento da água é menor, e corresponde à menor<br />
potência do chuveiro. Na posição inverno, o aquecimento<br />
é maior, e corresponde à maior potência.<br />
As ligações inverno-verão correspondem para<br />
uma mesma tensão, a diferentes potências. A espessura<br />
do fio enrolado - o resistor - comumente chamado de<br />
"resistência" é a mesma. O circuito elétrico do chuveiro é<br />
518<br />
fechado somente quando o registro de água é aberto. A<br />
pressão da água liga os contatos elétricos através de um<br />
diafragma. Assim, a corrente elétrica produz o<br />
aquecimento no resistor. Ele é feito de uma liga de níquel<br />
e cromo (em geral com 60% de níquel e 40% de cromo).<br />
Observe que o resistor tem três pontos de<br />
contato, sendo que um deles permanece sempre ligado ao<br />
circuito. As ligações inverno-verão são obtidas usando-se<br />
comprimentos diferentes do resistor.<br />
Na ligação verão usa-se um pedaço maior deste<br />
mesmo fio, enquanto a ligação inverno é feita usando-se<br />
um pequeno trecho do fio, na posição verão é utilizado<br />
um trecho maior<br />
Na ligação inverno, a corrente no resistor deverá<br />
ser maior do que na posição verão, permitindo assim que<br />
a potência e, portanto, o aquecimento, sejam maiores.<br />
Quando a tensão, o material e a espessura são<br />
mantidas constantes, podemos fazer a seguinte relação,<br />
conforme a tabela a seguir.<br />
Verão<br />
Inverno<br />
Aquecimento menor maior<br />
Potencia menor maior<br />
Corrente menor maior<br />
Comprimento do resistor maior menor
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
2) Complete a tabela abaixo usando adequadamente as<br />
palavras menor e maior:<br />
1) Leia o texto e observe a figura.<br />
Os chuveiros elétricos têm uma chave para você regular<br />
a temperatura de aquecimento da água, de acordo com<br />
suas necessidades: na posição verão, o aquecimento é<br />
mais brando, e na posição inverno, o chuveiro funciona<br />
com toda sua potência. Mas, se for necessário, você<br />
poderá regular a temperatura da água, abrindo mais ou<br />
fechando o registro da água: quanto menos água, mais<br />
aumenta o aquecimento.<br />
Aquecimento<br />
Potencia<br />
Corrente<br />
Comprimento do resistor<br />
Verão<br />
Inverno<br />
10- GERADORES ELÉTRICOS<br />
Denominamos gerador elétrico todo dispositivo<br />
capaz de transformar energia não elétrica em energia<br />
elétrica.<br />
Responda as seguintes questões:<br />
a) Qual é a tensão do chuveiro?<br />
b) Qual é a potência que corresponde a posição verão?<br />
c) Em qual das duas posições o resistor tem maior<br />
comprimento?<br />
d) Em qual posição a corrente é maior?<br />
e) Em qual posição o comprimento do resistor é maior?<br />
f) O que acontece se ligarmos esse chuveiro na tensão<br />
110V? Explique.<br />
g) Indique no esquema as ligações inverno e verão.<br />
Conforme o tipo de energia não elétrica a ser<br />
transformada em elétrica, podemos classificar os<br />
geradores em:<br />
– mecânicos (usinas hidrelétricas)<br />
– térmicos (usinas térmicas)<br />
– nucleares (usinas nucleares)<br />
– químicos (pilhas e baterias)<br />
– foto-voltaicos (bateria solar)<br />
– eólicos (energia dos ventos)<br />
h) De acordo com suas observações, você diria que o<br />
aumento no comprimento do filamento dificulta ou<br />
favorece a passagem de corrente elétrica? Explique.<br />
É importante salientar que o gerador não gera<br />
carga elétrica, mas somente fornece a essas cargas a<br />
energia elétrica obtida a partir de outras formas de<br />
energia.<br />
519
E T = energia elétrica ou total,<br />
E U = energia elétrica ou útil,<br />
E D = energia dissipada, pelo princípio da conservação de<br />
energia, temos:<br />
520<br />
Sendo<br />
= U+ D<br />
Como P= onde é o intervalo de tempo em que o<br />
gerador transformou energia, podemos escrever, em<br />
termos de potência:<br />
P T = P U +P D<br />
10.1 - FORÇA ELETROMOTRIZ (FEM) DE UM<br />
GERADOR<br />
Para os geradores usuais, a potência total (PT)<br />
ou não elétrica é diretamente proporcional à corrente<br />
elétrica que o atravessa, assim: = constante .<br />
A essa constante dá-se o nome de força eletromotriz (E)<br />
do gerador.<br />
E= P T = E-i<br />
Observe que a unidade de força eletromotriz é o<br />
volt (V), pois 1V= Quando lemos numa pilha o<br />
valor 1,5 V, devemos interpretar que, para cada unidade<br />
de carga elétrica (1 C) que a atravessa, 1,5 J de energia<br />
química (não elétrica) são transformados em energia<br />
elétrica e em energia dissipada.<br />
10.2- RESISTÊNCIA INTERNA DO GERADOR<br />
Quando um gerador está ligado num circuito, as<br />
cargas elétricas que o atravessam deslocam-se para o<br />
pólo (terminal) onde chegarão com maior energia elétrica<br />
do que possuíam no pólo (terminal) de entrada. Acontece<br />
que, durante essa travessia, as cargas chocam-se com<br />
partículas existentes no gerador, perdendo parte dessa<br />
energia sob a forma de calor, por efeito Joule, como num<br />
resistor. A essa resistência à passagem das cargas pelo<br />
gerador damos o nome de “resistência interna (r)” do<br />
gerador.<br />
10.3- REPRESENTAÇÃO DE UM GERADOR<br />
10.4- EQUAÇÃO CARACTERÍSTICA DO GERADOR<br />
Um bipolo qualquer que estivesse ligado aos<br />
terminais A e B do gerador (pólos negativo e positivo,<br />
respectivamente) estaria submetido à ddp U e percorrido<br />
pela corrente elétrica i. A potência elétrica (útil) que<br />
estaria utilizando seria:<br />
Pu = U.i<br />
Na resistência interna do gerador, a potência<br />
dissipada seria: P D = r · i 2<br />
Como P T = P U + P D, então E · i = U · i + r · i 2<br />
Logo U=E-r.i<br />
Equação característica do gerador.<br />
PARA VOCÊ REFLETIR<br />
01) O bipolo da figura desenvolve uma potência elétrica<br />
de 40 W, quando fechamos a chave Ch do circuito.<br />
Sabendo que nessa situação a ddp nos seus terminais é<br />
10 V, determine:
10.5- RENDIMENTO DO GERADOR<br />
O rendimento elétrico de um gerador é o<br />
quociente entre a potência elétrica (útil) P U e a potência<br />
não elétrica (total) P T.<br />
a) a corrente elétrica no gerador;<br />
= ou =<br />
b) a potência dissipada em sua resistência interna;<br />
c) a força eletromotriz do gerador.<br />
em que 0<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
Em porcentagem fica: =·100%<br />
Fechando a chave Ch<br />
10.6- CURVA CARACTERÍSTICA DE UM<br />
GERADOR<br />
Da equação do gerador: U = E – r · i<br />
O gráfico U = f (i) para o gerador, fica:<br />
a) PU = U · i<br />
40 = 10 · i<br />
i=4A<br />
b) PD = r · i 2 no gerador, logo P D = 0,5 · 4 2<br />
P D=8W<br />
Note que<br />
c) Sendo U = E – r · i<br />
10 = E – 0,5 · 4<br />
E =12V<br />
t r para escalas iguais nos eixos.<br />
O ponto A do gráfico representa a situação de circuito<br />
aberto para o gerador.<br />
521
Nesse caso:<br />
i = 0 U = E – r.(0) U=E<br />
ponto B representa a situação em que o gerador foi<br />
colocado em curto-circuito (liga-se um fio de resistência<br />
elétrica desprezível aos seus terminais).<br />
Nesse caso:<br />
U=0 0=E=r.i cc r.i cc = E<br />
i cc= denominada corrente de curto-circuito.<br />
Observação — Não se define rendimento para um<br />
gerador em circuito aberto, pois não está havendo<br />
transformação de energia. No caso do gerador em curtocircuito:<br />
522<br />
10.7- POTÊNCIA ELÉTRICA<br />
Estudo da potência elétrica (útil) lançada por um<br />
gerador num circuito Sendo P T = P U + P D P U = P T –<br />
P D , ou seja, construímos o gráfico:<br />
A máxima potência lançada ocorre quando<br />
Nessa condição, temos:<br />
a) U=E-r( ) U=<br />
I= =<br />
= = 0,5 ou % = 50%<br />
b) P umax. = U .i = . Pu max. =<br />
PARA VOCÊ REFLETIR<br />
1) O gráfico representa um gerador que, quando ligado a<br />
um circuito, tem rendimento de 80%. Para essa situação,<br />
determine:
a) a f.e.m. do gerador.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
b) sua resistência interna.<br />
c) a ddp nos seus terminais.<br />
d) a corrente elétrica que o atravessa.<br />
Do gráfico, temos:<br />
i = 10 E = 10r e:<br />
PU = U · i 45 = U · 1<br />
mas U = E – r · i 45 = 10 r – r · 1<br />
45 = 9r r = 5 e E=50V<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
a) a)Do gráfico, temos E = 20V<br />
b) b)sendo i cc= e como i cc=10ª, então = 10<br />
r=2<br />
03) Dado o gráfico abaixo, demonstre que o rendimento<br />
do gerador é maior quando atravessado pela corrente i1<br />
do que quando atravessado por i2.<br />
c) c) = 0,8 = U = 16V<br />
d) d)U=E-r.i 16 = 20 – 2.i 2.i=4 i = 2A<br />
02)Dado o gráfico Pu x i, representativo da potência<br />
elétrica lançada por um gerador, em função da corrente<br />
que o atravessa, determine seu rendimento quando i =<br />
1A.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
PU = U · i, assim PU = U1 · i1 = U2 · i2.<br />
Como i1 < i2, então U1 > U2.<br />
Sendo = =<br />
Logo<br />
523
10.8- POTÊNCIA ELÉTRICA EM UM GERADOR<br />
IDEAL<br />
Imaginemos um gerador que transformasse toda<br />
energia não elétrica em energia elétrica, sem perdas.<br />
Nesse caso, teríamos:<br />
PU = PT , pois PD = 0 pois, apesar de estar sendo<br />
atravessado por corrente elétrica, não ocorreria o efeito<br />
Joule.<br />
Para tal, ele teria que ter uma resistência interna nula<br />
(r=0), o que na prática é impossível. Seu rendimento<br />
seria de 100% (P U = P T) e os gráficos U x i e P U x i<br />
seriam:<br />
10.9 - CIRCUITOS SIMPLES (GERADOR RESISTOR)<br />
Um circuito elétrico constituído por um único gerador e<br />
um único resistor, a ele ligado, é denominado circuito<br />
simples.<br />
524<br />
Nesse caso, como não há nó, ambos estão em<br />
série e a corrente elétrica i que atravessa o gerador é a<br />
mesma que atravessa o resistor de resistência elétrica R.<br />
Sendo,<br />
– no gerador: UAB = E – r · i<br />
– no resistor: UAB = R · i Igualando, temos:<br />
R · i = E – r · i<br />
(R + r) · i = E i =<br />
R · i + r · i = E<br />
expressão esta conhecida como lei de Ohm-Pouillett.<br />
Se fizermos um balanço energético, podemos<br />
chegar à mesma expressão, pois toda energia não elétrica<br />
está sendo dissipada na resistência interna do gerador e<br />
na resistência elétrica do resistor.<br />
Assim,<br />
E = (R+r) · i<br />
PT = E · i (não elétrica)<br />
PD = r · i 2 (dissipada internamente no gerador)<br />
P'D = R · i 2 (dissipada no resistor)<br />
e como PT = P'D + PD E · i = R · i 2 + r · i 2<br />
Aluno Digimon, olha a observação!<br />
No caso do gerador ser considerado ideal (r= 0),<br />
expressão de Ohm-Pouillett fica:<br />
i=<br />
a
Sendo:<br />
PT = E · i PT = 100 · 4 PT = 400W<br />
Mas PT = 400 =<br />
Da expressão de Ohm-Pouillett, percebemos<br />
que, para um dado gerador, a corrente elétrica i que o<br />
atravessa é função exclusiva da resistência elétrica R do<br />
circuito simples ao qual está ligado.<br />
PARA VOCÊ REFLETIR<br />
T= 8000J T= 8.10 3 J é a energia não elétrica<br />
transformada durante 20 s.<br />
2) Um reostato (resistor de resistência arbitrariamente<br />
variável) é conectado a um gerador, constituindo um<br />
circuito simples. Variou-se o valor da resistência elétrica<br />
do reostato e mediu-se a corrente elétrica que o<br />
atravessou, obtendo-se a tabela abaixo.<br />
1) Qual a energia não elétrica que o gerador do circuito<br />
está transformando, a cada 20 s?<br />
Determine a fem. ( E ) do gerador e sua resistência<br />
elétrica ( r ).<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
Determinemos a corrente no circuito:<br />
Por tratar-se de circuito simples, podemos<br />
aplicar a lei de Ohm-Pouillett utilizando os dados da<br />
tabela, de modo a obtermos duas equações, pois temos<br />
duas incógnitas<br />
(E e r).<br />
i =<br />
· (R + r) = E, da tabela:<br />
i =<br />
i= i= 4 A<br />
525
Igualando I e II.<br />
6 + 12r = 8 + 8r 4r = 2 r=0,5 que substituindo em I<br />
fica:<br />
6 + 12 · 0,5 = E = 12V<br />
3) Um circuito simples é constituído por um gerador e<br />
um resistor, cujas curvas características estão<br />
representadas no gráfico abaixo. Determine os valores de<br />
i e U no gráfico.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
No circuito simples:<br />
A ddp U e a corrente i são as mesmas para o gerador e<br />
para o resistor, correspondendo, no gráfico, à intersecção<br />
das duas retas, ou seja, os valores solicitados. Para o<br />
resistor, temos:<br />
526<br />
R= =<br />
R= 24<br />
Para o gerador, temos:<br />
i<br />
10= r= 6<br />
Aplicando a expressão de Ohm-Pouillett:<br />
i= i=
Assim, podemos escrever:<br />
e como U = R · i (no resistor) U = 24 ·2<br />
10.10- POTÊNCIA ÚTIL MÁXIMA LANÇADA<br />
Quando, num circuito simples, um gerador<br />
estiver lançando PU máxima, a corrente que o atravessa<br />
é i= , ou seja i=<br />
i =<br />
PARA VOCÊ REFLETIR<br />
pela lei de Ohm – Pouillett i=<br />
assim temos i= =<br />
1) Dado o circuito, determine a corrente elétrica através<br />
do gerador.<br />
logo, R + r = 2r<br />
Tal situação, à primeira vista, parece ser<br />
interessante pelo fato de o gerador estar lançando a<br />
máxima potência útil. Ocorre que em termos de<br />
rendimento ela é desfavorável, pois, para fazê-lo, o<br />
gerador está consumindo, internamente, metade da<br />
energia que ele transforma, já que seu rendimento é de<br />
50%.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
Transformemos o circuito num circuito simples.<br />
10.11- CIRCUITOS NÃO SIMPLES<br />
Na maioria das vezes os circuitos apresentam<br />
mais de um resistor e um único gerador, tornando-se um<br />
circuito “não simples”. Para utilizarmos a lei de Ohm-<br />
Pouillett devemos transformá-lo num circuito simples,<br />
substituindoos resistores (que nesse caso constituem uma<br />
associação) pelo resistor equivalente R E.<br />
i=<br />
i= 4A<br />
527
2) Sabendo-se que o gerador do circuito está lançando a<br />
máxima potência útil, determine o valor de R.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
Achemos o resistor equivalente RE da associação para<br />
transformar o circuito num circuito simples.<br />
Redesenhado o circuito<br />
Resolvendo a associação em paralelo do circuito acima ,<br />
temos:<br />
Como lança PUmáx. , então R E = r<br />
= 0,5 R = 2<br />
528<br />
10.12- GERADORES EM SÉRIE<br />
Dois ou mais geradores estão associados em<br />
série quando são percorridos pela mesma corrente<br />
elétrica e para que isso aconteça:<br />
– não pode haver nó entre eles;<br />
– o pólo positivo de um deve estar ligado ao pólo<br />
negativo do outro.<br />
O gerador equivalente (E eq, r eq) gerará a mesma<br />
ddp U que a associação, quando percorrido pela mesma<br />
intensidade de corrente i da associação.<br />
Como U = U 1 + U 2 + U 3 + U 4, então<br />
U = E 1 – r 1 · i + E 2 – r 2 · i + E 3 – r 3 · i + E 4 – r 4 · i<br />
U = E 1 + E 2 + E 3 + E 4 – (r 1 + r 2 + r 3 + r 4) · i (I)<br />
Para o gerador equivalente, temos:<br />
U = E eq – r eq · i (II)<br />
De (I) e (II) concluímos:<br />
E eg = E 1+E 2+E 3+E 4 =<br />
r eg = r 1+r 2+r 3+r 4 =
10.13- GERADORES EM PARALELO<br />
Podemos generalizar para n geradores idênticos (E, r):<br />
Devemos tomar cuidado ao associar geradores<br />
em paralelo, devendo fazê-lo somente com geradores de<br />
mesma fem E e mesma resistência interna r, caso<br />
contrário, dependendo dos valores das fem, alguns<br />
geradores podem funcionar como receptores de energia,<br />
ao invés de fornecê-la. Vamos considerar somente<br />
geradores idênticos (E, r) para manter a associação e,<br />
nesse caso:<br />
– devemos ligar pólo positivo com pólo positivo e pólo<br />
negativo com pólo negativo.<br />
– seus terminais estarão ligados aos mesmos nós.<br />
E eq =E E e r eq =<br />
(paralelo) e (paralelo)<br />
Importante<br />
A vantagem de associarmos geradores em paralelo<br />
é que, reduzindo a corrente elétrica em cada gerador<br />
da associação, estamos aumentando o seu<br />
rendimento, pois há uma diminuição da potência<br />
dissipada internamente.<br />
10.14- ASSOCIAÇÃO MISTA DE GERADORES<br />
Combinando geradores em série e em paralelo,<br />
obtemos uma associação mista. O gerador equivalente<br />
será obtido calculando-se, passo a passo, as fem e<br />
resistências internas das associações em série e em<br />
paralelo e transformando-se a associação até obtermos<br />
um único gerador, que é o equivalente da associação.<br />
Como, em cada gerador, temos: U=E –r.<br />
U=E –r. (I)<br />
No gerador equivalente, temos:<br />
U = E eq – r eq · i (II)<br />
ou, aina,<br />
PARA VOCÊ REFLETIR<br />
1) (UMC-SP) O diagrama representa, esquematicamente,<br />
o circuito de uma lanterna: três pilhas idênticas ligadas<br />
em série, uma lâmpada e uma chave interruptora. Com a<br />
chave Ch aberta, a diferença de potencial elétrico entre<br />
os pontos A e B é 4,5 V. Quando se fecha a chave Ch, a<br />
lâmpada, de resistência RL = 10 , acende-se e a<br />
diferença de potencial entre A e B cai para 4,0 V.<br />
Resolva:<br />
a) Qual é a força eletromotriz de cada pilha?<br />
b) Qual a corrente que se estabelece no circuito quando<br />
se fecha Ch?<br />
c) Qual é a resistência interna de cada pilha?<br />
de (I) e (II), concluímos:<br />
E eq =E e E e r eq =<br />
(paralelo)<br />
(paralelo)<br />
529
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
a) Substituímos os geradores em série da associação<br />
pelo gerador equivalente.<br />
Com a chave Ch aberta: U = E eq = 4,5 V<br />
Como E eq = n · E (n = 3 geradores) 4,5 = 3 ·<br />
E, então E=1,5V em cada gerador.<br />
b) Fechando a chave Ch, na lâmpada, temos<br />
U = RL · i<br />
4,0 = 10 · i, então i=0,4A<br />
c) No gerador equivalente: U = E eq – r eq · i<br />
4,0 = 4,5 – r eq 0,4 r eq · 0,4 = 0,5<br />
r eq = 1,25<br />
mas r eq = n · r 1,25 = 3 · r r=0,42<br />
2) Todos os geradores mostrados na figura abaixo são<br />
idênticos, possuem fem de 1,5 V e resistência<br />
interna de 0,3 . Determine o gerador equivalente da<br />
associação.<br />
3)<br />
530<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
1 o passo: Inicialmente determinamos o gerador<br />
equivalente das associações em série de cada ramo que<br />
liga os nós A e B.<br />
Em cada ramo:<br />
Eeq = 2·E = 2·1,5 V<br />
Eeq = 3,0 V<br />
req = 2 · r = 2 · 0,3<br />
req = 0,6<br />
2 o passo: Determinando o gerador equivalente<br />
da associação paralela obtida.<br />
E eq = E<br />
(assoc.)<br />
r eq= r eq =<br />
(assoc.)<br />
r eq==0,2<br />
(associação)<br />
E eq=3,0V<br />
(associ.)<br />
(assoc.)
Portanto, o gerador equivalente tem:<br />
– fem de 3,0 V<br />
– resistência interna de 0,2<br />
11 - RECEPTORES ELÉTRICOS<br />
Qualquer elemento de circuito que transforme energia<br />
elétrica em outra forma de energia que não a elétrica, é<br />
denominado receptor.<br />
11.1- CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES<br />
Como o processo de transformação de energia do<br />
esquema anterior ocorre simultaneamente, podemos<br />
escrever, baseado no princípio de conservação de<br />
energia, que:<br />
P T = P U + Pd<br />
em que:<br />
P T (potência total): quantidade de energia elétrica<br />
fornecida ao receptor por unidade de tempo.<br />
P u (potência útil): quantidade de energia não elétrica<br />
obtida do receptor por unidade de tempo.<br />
P d (potência dissipada): quantidade de energia elétrica<br />
dissipada na forma de calor, por efeito Joule, por unidade<br />
de tempo.<br />
Podemos classificar os receptores em:<br />
11.2- FORÇA CONTRA-ELETROMOTRIZ (FCEM)<br />
• Passivos: transformam integralmente energia elétrica<br />
em energia exclusivamente térmica (calor). É o caso dos<br />
resistores, já estudados.<br />
Nos receptores, a potência útil P u é diretamente<br />
proporcional à intensidade da corrente elétrica que o<br />
atravessa.<br />
• Ativos: transformam a energia elétrica em outra forma<br />
de energia que não seja exclusivamente térmica. É o caso<br />
dos motores elétricos que transformam parte da energia<br />
elétrica em energia cinética de rotação (energia<br />
mecânica), por exemplo.: Nos receptores ativos (motores<br />
elétricos), ocorrem perdas de energia nos fios de suas<br />
bobinas internas e que, assim, podemos representar<br />
esquematicamente:<br />
= E’ = constante P U=E’.i<br />
À constante de proporcionalidade E’ denominamos força<br />
contra-eletromotriz (fcem), característica do receptor.<br />
Apesar de receber o nome de “força”, tal constante não é<br />
uma força, e pode-se chegar a essa conclusão analisando<br />
sua unidade no Sistema Internacional (SI).<br />
531
como = 1V (volt)<br />
assim sua unidade é o volt(V).<br />
Por exemplo, se um motor elétrico tem uma fcem<br />
E’= 200 V, significa que, para cada 1C de carga elétrica<br />
que o atravessa, dele se obtém 200 J de energia<br />
mecânica, pois:<br />
200V = 200 = =<br />
11.3- RESISTÊNCIA INTERNA DO RECEPTOR<br />
Durante a passagem da corrente elétrica pelo<br />
receptor, parte da energia elétrica das cargas elétricas é<br />
dissipada sob a forma de calor (efeito Joule) nos fios<br />
internos que apresentam resistência elétrica, denominada<br />
resistência interna r’ do receptor.<br />
A potência dissipada internamente pode ser<br />
calculada por:<br />
Pd = R’.i 2<br />
11.4 - Representação do Receptor<br />
Nesta representação, o traço maior representa o<br />
pólo de maior potencial elétrico (positivo) e, o traço<br />
menor, o de menor potencial elétrico (negativo).<br />
A corrente elétrica circula, no receptor, do<br />
maior (+) para o menor (–) potencial. Lembrando que se<br />
trata de um bipolo, a erna de 0,2 potência elétrica total<br />
pode ser calculada por:<br />
P t = U.i<br />
532<br />
11.5- EQUAÇÃO CARACTERÍSTICA DO<br />
RECEPTOR<br />
Sendo P T = P U + P d , então:<br />
U · i = E' · i + r' ·i 2<br />
U = E’+r’.i<br />
11.6 - RENDIMENTO DO RECEPTOR<br />
Da definição de rendimento, temos:<br />
0<br />
=<br />
= ou em porcentagem<br />
%= .100%<br />
11.7- CURVA CARACTERÍSTICA DO RECEPTOR<br />
Corresponde ao gráfico da ddp (U) nos<br />
terminais do receptor, em função da corrente (i) que o<br />
atravessa.<br />
Como U = E’ + r’· i é uma função do 1 o grau, então,
tg com ambos os eixos na<br />
mesma escala<br />
resolvendo o sistema:<br />
PARA VOCÊ REFLETIR<br />
1) (Mackenzie-SP) A tensão nos terminais de um<br />
receptor varia com a corrente, conforme o gráfico<br />
abaixo.<br />
que substituindo em 22 = E’ + r’ · 2,0 fica:<br />
22 = E’ + 1,0 · 2,0 E = 20V<br />
2) Um motor elétrico de fcem 100 V e resistência interna<br />
0,25 está operando com um rendimento de 80%.<br />
Determinar:<br />
a) a ddp a que está submetido;<br />
b) a corrente elétrica que o atravessa;<br />
A fcem e a resistência interna deste receptor são,<br />
respectivamente:<br />
c) as potências: total, útil e dissipada nessa situação.<br />
a) 11 V e 1,0<br />
b) 12,5 V e 2,5<br />
c) 20 V e 1,0<br />
d) 22 V e 2,0<br />
e) 25 V e 5,0<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
a) Sendo 0,8 = U =<br />
U=125V<br />
b) U = E’ + r’ . i 125 = 100 + 0,25 .i<br />
Sendo a equação característica do receptor:<br />
U = E’ + r’· i , do gráfico extraímos os valores de U e i e<br />
montamos o sistema:<br />
25 = 0,25 .i i = 100A<br />
C) P T = U .i P T = 125 . 100 P T=12 500W<br />
P U = E’ .i<br />
P U = 10 000W<br />
533
P d = r’ . i 2<br />
P d = 2 500W<br />
Ou Pd = PT – PU = 12 000 – 10 000<br />
Pd = 2 500W<br />
12- CIRCUITO GERADOR – RESISTOR –<br />
RECEPTOR<br />
Então: E – r · i = E’ + r’ · i + R · i<br />
E – E’ = R · i + r · i + r’ · i<br />
E – E’ = (R + r + r’) · i<br />
i=<br />
Consideremos um circuito constituído somente por um<br />
gerador, um resistor e um receptor.<br />
Importante<br />
• Como todos os elementos estão em série, esse é<br />
o valor da corrente em cada um.<br />
• Sendo i > 0 e R + r + r’ > 0, então E – E’ > 0 ou<br />
seja E > E’<br />
• Tal fato é significativo na determinação do<br />
sentido da corrente elétrica que:<br />
– no gerador (E) vai do (–) para o (+)<br />
– no receptor (E’) vai do (+) para o<br />
(–)<br />
Toda potência elétrica fornecida pelo gerador será<br />
consumida pelo receptor e pelo resistor. Assim:<br />
Podemos generalizar para um número qualquer<br />
de geradores, receptores e resistores, ligados de modo<br />
que a corrente elétrica tenha um único caminho a seguir,<br />
ou seja, ligados em série.<br />
P u = P' u + P"<br />
(gerador) (recptor) (resistor)<br />
U AB · i = U AC · i + U CB · i<br />
U AB = U AC + U CB<br />
e como:<br />
i=<br />
– no gerador: U AB = E – r · i<br />
– no receptor: U AC = E’ + r’ · i<br />
– no resistor: U CB = R · i<br />
534
PARA VOCÊ REFLETIR<br />
1) Dado o circuito, determine o sentido e a intensidade<br />
da corrente elétrica em cada elemento do circuito.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
A corrente elétrica é no sentido horário, pois o elemento<br />
de maior fem (100 V) é o gerador.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
Como : i=<br />
Importante<br />
i= i=5A<br />
Após determinados o sentido e a intensidade da<br />
corrente elétrica, podem-se determinar quaisquer outras<br />
grandezas, tais como: potências, ddps e rendimentos.<br />
Os elementos de 50 V e 100 V são da mesma<br />
espécie (ou geradores, ou receptores) e estão em série<br />
(positivo de um ligado ao negativo do outro), assim o<br />
elemento equivalente de ambos tem fem ou fcem de 150<br />
V, valor este maior que 120 V do terceiro elemento.<br />
Dessa forma, podemos concluir que ambos são<br />
geradores; que o outro elemento é receptor e que o<br />
sentido da corrente elétrica é horário.<br />
c) A intensidade da corrente elétrica é:<br />
2) Dado o circuito, determinar:<br />
a) o sentido da corrente elétrica;<br />
i=<br />
b) a intensidade da corrente elétrica;<br />
c) qual gerador está apresentando maior rendimento?<br />
i= =<br />
535
C) Para calcular os r endimentos de cada gerador,<br />
determinamos a ddp em seus terminais.<br />
– gerador de fem E = 50 V:<br />
U = E – ri U = 50 – 2 · 2 U = 46 V<br />
= = 0,92 ou 92%<br />
-no gerador de fem E = 100 V:<br />
U = 100 – 5 · 2<br />
536<br />
i=2A<br />
U = 90 V<br />
= = 0,9 ou 90%<br />
Logo, o gerador de E = 50 V apresenta maior<br />
rendimento.<br />
13- MEDIDORES ELÉTRICOS<br />
13.1- GALVANÔMETRO<br />
O galvanômetro é o instrumento de medidas<br />
elétricas básico para a construção e funcionamento dos<br />
amperímetros e voltímetros, tendo seu funcionamento<br />
baseado no efeito magnético da corrente elétrica (efeito<br />
Oersted). Possui um ponteiro que se desloca sobre uma<br />
escala, proporcionalmente à intensidade de corrente<br />
elétrica que atravessa o galvanômetro e que, por sua<br />
extrema sensibilidade, pode detectar correntes elétricas<br />
de intensidades muito baixas. Nos circuitos elétricos em<br />
que aparece, comporta-se como um resistor com as<br />
seguintes características:<br />
– resistência elétrica interna: r g<br />
– máxima intensidade de corrente suportada: i g ,<br />
denominada corrente de fundo de escala.<br />
– pela lei de Ohm, a ddp nos seus terminais é<br />
proporcional à corrente elétrica que o atravessa:<br />
U g = r g · i<br />
Representação:<br />
Graduando-se a escala em unidades de corrente<br />
elétrica, temos um medidor de corrente elétrica<br />
(amperímetro) e sendo a ddp proporcional à corrente,<br />
graduando-se a escala em unidades de ddp, temos um<br />
medidor de voltagem (voltímetro).<br />
13.2- AMPERÍMETRO<br />
Ao utilizarmos um galvanômetro em um<br />
circuito, para medirmos intensidade de corrente elétrica,<br />
devemos levar em conta que:<br />
– por possuir uma alta resistência elétrica<br />
interna r g ele dever ser ligado em série no ramo no qual<br />
se quer medir a corrente, estará influenciando o valor da<br />
corrente a ser medido;<br />
– a intensidade i da corrente elétrica a ser<br />
medida, em geral, tem valor maior que a ndo maior<br />
rendimento corrente de fundo de escala i g do<br />
galvanômetro.<br />
Solucionamos ambos os problemas associando,<br />
em paralelo ao galvanômetro, um resistor de baixíssima<br />
resistência elétrica Rs, denominado shunt. Ao conjunto
“galvanômetro com shunt” denominamos amperímetro<br />
propriamente dito.<br />
Representação:<br />
13. 3- VOLTÍMETRO<br />
Sendo i = i g + i s<br />
então, i s = i – i g e, pela lei de Ohm,<br />
temos:<br />
UAB = r g · i g e U AB = r s · i s ou<br />
UAB = r s · (i – i g)<br />
Assim, r g · i g = r s · (i – i g)<br />
r g · i g = r s · i – r s · i g<br />
r s · i g + r g · i g = r s · i<br />
(r s + r g) · i g = r s · i<br />
e i=i g.<br />
A ddp a ser medida por um galvanômetro,<br />
utilizando a escala em unidades de ddp, é:<br />
U = r g · i<br />
Ocorre que a ddp a ser medida no circuito deve<br />
ser a mesma no galvanômetro e, por isso, deve ser ligado<br />
em paralelo, não devendo influenciar o valor a ser<br />
medido.<br />
Apesar de ser alta a resistência interna r g do<br />
galvanômetro, ele desviará uma parte da corrente que<br />
atravessa o elemento, nos terminais do qual quer se<br />
medir a ddp.<br />
chamando<br />
= F s de fator multiplicador<br />
(F s) do galvanômetro, temos i=i g.F s<br />
i<br />
i g<br />
onde i valor real da corrente a ser medida<br />
valor lido na escala do galvanômetro<br />
F s fator de multiplicação<br />
Como a resistência interna r A do amperímetro é a<br />
resistência equivalente do conjunto, podemos escrever:<br />
rA=<br />
Quanto menor o valor de r s, menor será a resistência<br />
interna r A do amperímetro e maior sua corrente de fundo<br />
de escala.<br />
Como i’ < i, pois parte (i g) desvia para o<br />
galvanômetro, então U' AB < U AB e o galvanômetro estará<br />
medindo um valor menor (U' AB)que o real (U AB).<br />
537
Para se evitar o problema, associamos, em série<br />
com o galvanômetro, um resistor de elevadíssima<br />
resistência elétrica (R m), denominada resistência<br />
multiplicadora.<br />
Ao conjunto “galvanômetro com<br />
multiplicadora’”denominamos voltímetro.<br />
Representação:<br />
Sendo i g= e i g= , então =<br />
U AB=U g.<br />
Chamando o termo<br />
= F m de fator<br />
multiplicador(F m), temos U AB=U g.F m onde<br />
U AB ddp real a ser medida<br />
U g ddp lida na escala do galvanômetro<br />
F m fator de multiplicação<br />
Como a resistência interna r v do voltímetro é a<br />
resistência equivalente do conjunto, podemos escrever:<br />
r v = R m + r g<br />
Quanto maior o valor da multiplicadora R m, maior será a<br />
resistência interna r v do voltímetro e maior o valor da<br />
ddp de fundo de escala.<br />
Para se medir a intensidade da corrente elétrica i<br />
e a ddp U nos terminais do resistor R do circuito abaixo,<br />
utilizando-se um amperímetro e um voltímetro:<br />
onde<br />
– o amperímetro, em série com R, mede a mesma<br />
corrente que o atravessa.<br />
– o voltímetro, em paralelo com R, mede a mesma ddp<br />
nos seus terminais.<br />
13.4- MEDIDORES IDEAIS<br />
Seriam aqueles elementos que, ao serem<br />
instalados num circuito, jamais alterariam as medidas a<br />
serem feitas.<br />
Apesar da elevada precisão dos aparelhos<br />
medidores de hoje, na prática, não existem medidores<br />
ideais.<br />
Um amperímetro ideal deveria ter resistência<br />
interna nula (r A = 0), enquanto que um voltímetro ideal<br />
deveria ter resistência interna infinita (r v )
1) Um galvanômetro de fundo de escala 5 mA e<br />
resistência interna 100 deve ser transformado em<br />
amperímetro de fundo de escala 20 A. Como devemos<br />
proceder?<br />
Sendo F m= 2000=<br />
R m + 100=200 000 R m = 199 900<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
Para tanto, devemos associar em paralelo um shunt de<br />
resistência r s.<br />
3) Quais as leituras nos medidores ideais do circuito<br />
abaixo?<br />
Cálculo de r s:<br />
i máx.= i . F s 20=5.10- 3 F s<br />
F s= F s=4.10 3<br />
Como Fs= 4.10 3 =<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
4.10 3 r s = r S+100 (4.10 3 -1).rs=100<br />
Como os medidores são ideais, eles não alteram<br />
os valores de intensidade de corrente e ddp no circuito;<br />
assim<br />
r S= rs=0,25<br />
02) Qual deve ser o fator multiplicador e aresistência<br />
multiplicadora de um voltímetro de fundo de escala 200<br />
V montado com um galvanômetro de fundo de escala 10 –<br />
1<br />
V e resistência interna 100 ?<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
i= i= i=2A leitura no amperímetro<br />
Como U = U g · F m<br />
200 = 10 –1 · F m<br />
No resistor de 15 :<br />
F m= F m = 2000<br />
U Xy=R.i U xy=15.2 U xy = 30V leitura do<br />
voltímetro<br />
539
U AC =U AD R 1 . i 1 = R 2 . i 2 (I)<br />
13.5- PONTE DE WHEATSTONE<br />
Podemos medir a resistência elétrica R de um<br />
resistor, medindo a corrente elétrica i e a ddp U nos seus<br />
terminais.<br />
Pela lei de Ohm:<br />
R=<br />
Ocorre que os valores de i e U , medidos com<br />
amperímetro e voltímetro não ideais, não são precisos,<br />
gerando, dessa forma, imprecisão no cálculo da<br />
resistência elétrica R . Uma maneira bastante precisa de<br />
se medir o valor de R é montando o circuito abaixo,<br />
denominado ponte de Wheatstone, constituído de um<br />
gerador, um galvanômetro, um reostato (resistor de<br />
resistência arbitrariamente variável) e dois outros<br />
resistores de resistências elétricas conhecidas.<br />
Variando-se o valor da resistência R 1 do<br />
reostato, varia-se o valor da corrente i g no galvanômetro.<br />
Quando a corrente elétrica no galvanômetro se<br />
anula (i g = 0), dizemos que a ponte está em equilíbrio e,<br />
nesse caso, U CD = 0.<br />
Assim:<br />
540<br />
U BC = U BD R 4 . i 1 = R 3 .i 2 (II)<br />
Como i 1 = i' 2 e i 2 = i' 2 pois i g = 0, dividindo membro a<br />
membro as igualdades (I) e (II), temos:<br />
=<br />
ou seja, ou seja, R 4.R 2=R 1.R 3 e, dessa forma, temos<br />
medido o valor de R = R 4 .<br />
PARA VOCÊ REFLETIR<br />
1) Abrindo-se ou fechando-se a chave Ch do circuito,<br />
não ocorre alteração na leitura do amperímetro ideal.<br />
Determine o valor da resistência x.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
O fato de a posição da chave Ch não interferir<br />
na leitura do amperímetro indica que no resistor R não<br />
passa corrente, e o circuito constitui uma ponte de<br />
Wheatstone equilibrada.<br />
Assim:
proporcionais. Logo, a relação Q/U é constante para um<br />
dado capacitor. Esta relação é indicada por C e recebe o<br />
nome de capacitância eletrostática do capacitor, como<br />
vimos anteriormente:<br />
C = Q/U<br />
x<br />
Do equilíbrio:<br />
(x + 1) · 8 = 3 · 16<br />
x + 1 = 6<br />
x=5<br />
14- CAPACITORES<br />
Os capacitores seriam um sistema constituído de<br />
dois condutores, denominados armaduras, entre os quais<br />
existe um isolante. A função de um capacitor é<br />
armazenar carga elétrica e energia potencial elétrica.<br />
Ao ser submetido a uma tensão elétrica U o<br />
capacitor se carrega. Uma armadura se eletriza com<br />
carga elétrica +Q e a outra –Q. Na figura representamos<br />
o símbolo de um capacitor: dois traços paralelos e de<br />
mesmo comprimento. Destacamos também o gerador a<br />
ele ligado e as cargas elétricas que suas armaduras<br />
armazenam.<br />
No sistema Internacional de unidades (SI) a<br />
unidade de capacitância é o coulomb/volt que é chamado<br />
farad<br />
(F).<br />
A energia potencial elétrica armazenada por um<br />
capacitor é dada por:<br />
E pot = (Q.U)/2<br />
x<br />
14.1 - CAPACITOR NUM CIRCUITO ELÉTRICO<br />
Quando inserimos um capacitor num circuito ele<br />
se carrega. Normalmente, desprezamos o intervalo de<br />
tempo que o capacitor leva para se carregar, isto é, já o<br />
consideramos carregado e no trecho de circuito onde ele<br />
se situa não passa corrente elétrica contínua. Assim, uma<br />
das utilidades do capacitor é bloquear corrente contínua.<br />
Entretanto, o capacitor deixa passar corrente alternada de<br />
alta frequência e bloqueia corrente alternada de baixa<br />
frequência. Daí seu uso como seletor de frequência.<br />
No circuito abaixo, a leitura do amperímetro<br />
ideal A 1 é i = E/(r+R), de acordo com a lei de Pouillet.<br />
A leitura do amperímetro ideal A 2 é zero,<br />
considerando o capacitor plenamente carregado. A<br />
leitura do voltímetro ideal V é a tensão U no capacitor<br />
que é a mesma no resistor, com quem está ligado em<br />
paralelo.<br />
A carga elétrica Q da armadura positiva, que em<br />
módulo é igual à carga elétrica da armadura negativa é<br />
chamada carga elétrica do capacitor.<br />
Mudando-se a tensão U aplicada ao capacitor,<br />
sua carga elétrica Q muda na mesma proporção. Isto<br />
dignifica que Q e U são grandezas diretamente<br />
541
ATENÇÃO!<br />
CAPACITORES EM SÉRIE<br />
CAPACITORES EM PARALELO<br />
C = C1 + C2 + C3<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (UEFS) Considere duas esferas condutoras isoladas,<br />
uma M, eletrizada com uma carga Q e raio R, e outra N,<br />
neutra e raio 2R, ambas imersas no vácuo de constante<br />
eletrostática k. Interligando-se essas esferas por um fio<br />
condutor de capacitância desprezível e sabendo-se que o<br />
intervalo de tempo de migração das cargas elétricas é de<br />
Δ,t, a intensidade da corrente elétrica transitória é dada<br />
por<br />
a) 2Q / 3Δt<br />
b) Q / 3Δt<br />
c) 3Q / Δt<br />
d) 2Q / Δt<br />
e) 0<br />
542<br />
2) (UNISANTOS-SP) Submetem-se dois fios A e B,<br />
feitos de um mesmo metal, à mesma tensão elétrica. O<br />
comprimento do fio A é o dobro do comprimento do fio<br />
B e a área de secção reta de A é igual à metade da secção<br />
reta de B. Qual a razão entre as intensidades da correntes<br />
em A e B?<br />
a) 4<br />
b) 2<br />
c) 1<br />
d)1/2<br />
e) ¼<br />
3) Um fio cilíndrico de comprimento e raio de seção reta<br />
r apresenta resistência R. Um outro fio, cuja resistividade<br />
é o dobro da primeira, o comprimento é o triplo, e o raio<br />
r/3, terá resistência igual a:<br />
a) R/54<br />
b) 2R<br />
c) 6R<br />
d) 18R<br />
e) 54R<br />
4) Uma cidade consome 1,0.108W de potência e é<br />
alimentada por uma linha de transmissão de 1.000 km de<br />
extensão, cuja voltagem, na entrada da cidade, é 100.000<br />
volts. Esta linha é constituída de cabos de alumínio cuja<br />
área da seção reta total vale<br />
A = 5,26.10 -3 m 2 A resistividade do alumínio é<br />
2,63.10 -18 Ωm.<br />
a) Qual a resistência dessa linha de transmissão?<br />
b) Qual a corrente total que passa pela linha de<br />
transmissão?<br />
c) Que potência é dissipada na linha?<br />
5) (UFBA) Um aquecedor, operando à ddp de 100V,<br />
eleva a temperatura de 5L de água de 20°C para 70°C,<br />
em um intervalo de 20 minutos. Admitindo-se que toda<br />
energia elétrica é transformada em energia térmica e<br />
considerando-se que a água tem densidade de 1g/cm 3 e<br />
calor específico de 4J/g°C, determine, em ohms, a<br />
resistência elétrica do aquecedor.
6) (UEFS) Sabendo-se que um resistor de resistência<br />
invariável, quando ligado sob ddp de 220 V, dissipa 80W<br />
dpp potência, pode-se afirmar que, quando ligado sob<br />
ddp de 110 V, a potência elétrica nele dissipada é igual,<br />
em W, a<br />
a) 10<br />
b) 15<br />
c) 20<br />
d) 25<br />
e) 30<br />
7) (UEFS) Em uma aula de laboratório de <strong>Física</strong>,<br />
mantém-se ligados, por 2 horas, 20 resistores de 500<br />
percorridos por uma corrente de 0,1A, 10 lâmpadas de<br />
10W e 4 aquecedores elétricos de 100W. O consumo de<br />
energia elétrica, em kWh durante a aula vale<br />
01) 0,2<br />
02) 0,4<br />
03) 0,8<br />
04) 1,0<br />
05) 1,2<br />
QUESTÕES 8, 9 e 10<br />
8) (UESB) Suponha que uma árvore de natal é iluminada<br />
por 40 lâmpadas de resistência elétrica linear de 5, cada<br />
uma, associadas em série, estando o conjunto alimentado<br />
por uma diferença de potencial de 120V.<br />
Com base nessa informação, pode-se afirmar que a<br />
corrente elétrica, em miliampéres, e a potência dissipada,<br />
em watts, em cada uma das lâmpadas, são iguais,<br />
respectivamente, a<br />
01) 1200 e 1,2<br />
02) 600 e 1,8<br />
03) 300 e 9,0<br />
04) 120 e 3,6<br />
05) 30 e 0,9<br />
9) (UESB) Se uma das lâmpadas queima, então<br />
01) as demais continuarão acesas e apresentarão o<br />
mesmo brilho.<br />
02) as demais continuarão acesas e apresentarão menor<br />
brilho. 03)as demais continuarão acesas e apresentarão<br />
maior brilho.<br />
04) 20 continuarão acesas e 19 se apagarão.<br />
05) as demais se apagarão.<br />
10) (UESB) Caso as lâmpadas fossem associadas em<br />
paralelo, considerando-se que todas elas se manteriam<br />
acesas, a corrente elétrica, em ampères, e a potência<br />
dissipada, em watts, em cada uma delas, seriam iguais,<br />
respectivamente, a<br />
a) 6 e 72<br />
b) 9 e 144<br />
c) 12 e 720<br />
d) 24 e 2880<br />
e) 36 e 1440<br />
11) (UFBA) Considere-se uma associação de três<br />
resistores, cujas resistências elétricas são R1 < R2 < R3,<br />
submetida a uma diferença de potencial U.<br />
Assim sendo, é correto afirmar:<br />
(01) Os três resistores podem ser substituídos por um<br />
único, de resistência R1 + R2 + R3, caso a associação<br />
seja em série.<br />
(02) A diferença de potencial, no resistor de resistência<br />
R1, é igual a U, caso a associação seja em paralelo.<br />
(04) A intensidade de corrente, no resistor de resistência<br />
R2, é dada por U/R2, caso a associação seja em série.<br />
(08) A intensidade de corrente, no resistor de resistência<br />
R3, será sempre menor que nos demais, qualquer que<br />
seja o tipo da associação entre eles.<br />
(16) A potência dissipada pelo resistor de resistência R1<br />
será sempre maior que a dissipada pelos demais,<br />
qualquer que seja o tipo da associação entre eles.<br />
(32) Caso a associação seja em paralelo, retirando-se um<br />
dos resistores, a intensidade de corrente nos demais não<br />
se altera.<br />
543
12) (UFBA) O circuito esquematizado abaixo, percorrido<br />
pela corrente i, compõe-se de uma fonte de tensão U,<br />
uma chave disjuntora CH, um voltímetro V, três<br />
amperímetros. A1, A2 e A3, e quatro lâmpadas L1, L2,<br />
L3 e L4 cada uma delas com resistência elétrica ôhmica<br />
igual a R. Admite-se que a resistência elétrica dos fios de<br />
ligação é desprezível e que os medidores são ideais.<br />
Sendo assim, conclui-se:<br />
(01) A queda de tensão provocada pelo conjunto das<br />
quatro lâmpadas equivale à provocada por uma única<br />
lâmpada de resistência igual a 5R /3.<br />
(02) A leitura de A1 é igual à soma das leituras de A2 e<br />
A 3.<br />
(04) A resistência interna do voltímetro é infinitamente<br />
pequena.<br />
(08) A leitura de A2 é a mesma de A3.<br />
(16) A potência dissipada pela lambada L1 é igual a Ri2.<br />
(32) Abrindo-se a chave CH, a intensidade luminosa de<br />
L3 diminui.<br />
13) (UNEB) No circuito, os resistores ôhmicos R1 e R2<br />
têm resistência elétrica igual a 12 cada.<br />
Nessas condições, confederando-se desprezível<br />
a resistência elétrica dos fios de ligação e sabendo-se que<br />
a intensidade de corrente total do circuito é igual a 1A,<br />
pode-se afirmar:<br />
544<br />
01) A resistência equivalente ao circuito é igual a 24.<br />
02) A intensidade de corrente em R1 é igual a 0,2A.<br />
03) A diferença de potencial em R2 é igual a 24V.<br />
04) A diferença de potencial fornecida pela pilha é igual<br />
a 6,0V.<br />
05) A potência dissipada por efeito joule, no circuito, é<br />
igual a 2W.<br />
14) (UNICAMP) Nos esquemas, todos os resistores são<br />
idênticos. Pelo esquema (I), a corrente tem intensidade i1<br />
= 1A. Pelo esquema (II), a corrente i2 terá intensidade<br />
igual a<br />
a) 0,5A<br />
b) 1 A<br />
c) 1,5A<br />
d) 6A<br />
e) 4ª<br />
a) 12 b) 8,0 c) 4,0 d) 2,0 e) 1,0<br />
15) (UCSal) O circuito esquematizado abaixo<br />
compreende um gerador, três lâmpadas iguais L1, L2 e<br />
L3 e uma chave interruptor Ch.<br />
Com a chave Ch aberta, as lâmpadas L1, eL2 ficam<br />
acesas apresentando brilhos normais. Ao fechar a chave,<br />
observa-se que<br />
a) os brilhos de L1 e L2 aumentam.<br />
b) os brilhos de L1 e L2 diminuem.
c) os brilhos de L1, L2 e L3 apresentam-se normais.<br />
d) o brilho de L1 aumenta e o de L2 diminui.<br />
e) o brilho de L2 aumenta e o de L1 diminui.<br />
18) Dado o circuito da figura, calcule o valor da<br />
resistência variável Rx, para o qual o galvanômetro G<br />
indica zero.<br />
16) (UESB) No circuito da figura, a ddp entre os pontos<br />
A e B é igual 27V, os resistores ôhmicos R1, R2, R3 e<br />
R4 são idênticos, e os fios de ligação são ideais.<br />
Sabendo-se que a resistência equivalente entre os pontos<br />
A e B é igual a 4,5, a potência dissipada pelo resistor R2,<br />
em watts, é igual a<br />
19) Considere o circuito a seguir, onde todos os<br />
resistores são ideais com<br />
R= 2,0 Ω.<br />
a) 4,5<br />
b) 6,0<br />
c) 13,5<br />
d) 24,2<br />
e) 32,6<br />
17) (UFBA) No circuito representado abaixo, os fios de<br />
ligação são ideais, a diferença de potencial fornecida<br />
pelo gerador G é igual a 20 V, e as resistências elétricas<br />
dos resistores ôhmicos R1, R2 e R3 são,<br />
respectivamente, 2Ω , 1Ω e 14Ω.<br />
O gerador e o oamperímetro são ideais. Se o resistor<br />
indicado pela seta queimar, a indicação do<br />
oamperímetro:<br />
a) continuará a mesma.<br />
b) aumentará de 2,0 A.<br />
c) diminuirá de 2,0 A.<br />
d) aumentará de 1,0 A.<br />
e) diminuirá de 1,0 A.<br />
20) (UFPE) No circuito abaixo é nula a corrente no fio<br />
de resistência R. Qual é o valor, em , na resistência X?<br />
Determine o número de resistores de 2Ω que devem ser<br />
associados em série, entre os pontos A e B, para que o<br />
resistor R1 dissipe uma potência igual a 18W.<br />
545
a)3<br />
b)4<br />
c)5<br />
d)6<br />
e)7<br />
21) (MACK) na associação abaixo, quando o reostato é<br />
fixado em 50, o voltímetro ideal V maracá zero e o<br />
amperímetro A, também ideal, maracá 5,0 A. Se o<br />
reostato for fixado em 85, o voltímetro e o amperímetro<br />
marcarão, respectivamente:<br />
a) zero e 2,0 A<br />
b) zero e 4,0 A<br />
c) 10 V e 2,0 A<br />
d) 20 V e 4,0 A<br />
e) 20 V e 5,0 A<br />
EXERCÍCIOS DE SALA DE AULA<br />
1) Na associação da figura a ddp entre os terminais A e B<br />
é 78 V. As intensidades de corrente nos resistores de 5,0,<br />
6,0, e 24 são, respectivamente:<br />
a) zero, zero e zero<br />
b) 2,0 A, 2,0 A e 2,0 A<br />
c) 2,0 A, zero e 6,0 A<br />
546<br />
d) 6,0 A, 6,0 A e 6,0 A<br />
e) 6,0A, zero e 2,0 A<br />
2) O gráfico mostra a potência lançada por um gerador<br />
num circuito elétrico. Dentre as alternativas existe uma<br />
que não é verdadeira. O prof Ivã pede para você assinalala:<br />
a) a força eletromotriz do gerador é 20 V.<br />
b) a corrente curto-circuito do gerador é 10 A.<br />
c) a resistência interna do gerador vale 2.<br />
d) o gerador pode estar ligado a um circuito constituído<br />
por resistores cuja resistência equivalente vale 2.<br />
e) quando a corrente varia de 5A para 10A, o rendimento<br />
do gerador aumenta.<br />
3) (UESC) Considere que cada uma das pilhas que<br />
compõem uma bateria tem resistência interna igual a 1Ω<br />
e força eletromotriz 1,5V.<br />
De acordo com essas informações, sobre essa bateria, é<br />
correto afirmar:<br />
01) É um gerador ideal.<br />
02) É constituída de pilhas interligadas em paralelo.<br />
03) Tem resistência interna igual a 1Ω.<br />
04) Tem força eletromotriz igual a 1,5V.<br />
05) Oferecerá uma diferença de potencial de 2,5V, se for<br />
ligada a um resistor ôhmico de resistência interna 10 Ω.<br />
4) (UEFS) Duas resistências de 12Ω e 5Ω estão<br />
associadas em série, e o conjunto está alimentado com<br />
uma bateria de força eletromotriz de 18V e resistência<br />
interna de 1Ω, como mostra o diagrama.
toma-se 11V e a resistência, interna da bateria será igual<br />
a<br />
a) 0,3<br />
b) 0,5<br />
a) 18 V<br />
b) 17 V<br />
c) 16 V<br />
d) 15 V<br />
e) 14 V<br />
5) (UEFS) Um gerador de força eletromotriz e<br />
resistência interna r fornece energia a uma lâmpada L. Se<br />
a ddp, nos terminais do gerador, é 120 V e a corrente que<br />
o atravessa é igual a 2 A, sendo o rendimento desse<br />
gerador igual a 60%, então o valor da sua resistência<br />
interna é igual, em Ω , a<br />
a) 10<br />
c) 0,7<br />
d) 0.9<br />
e) 1,0<br />
8) (UFMG) Nessa figura, são indicadas as potências<br />
fornecidas ao motor e às duas lâmpadas, todos ligados a<br />
uma mesma bateria, bem como a leitura do amperímetro<br />
introduzido no circuito. Sabe-se que a força eletromotriz<br />
da bateria é 12V e que o voltímetro e o amperímetro são<br />
ideais.<br />
b) 20<br />
c) 30<br />
d) 40<br />
e) 50<br />
6) Um gerador tem fem Ee resistência interna r Sabe-se<br />
que, quando a tensão nos terminais do gerador é igual a<br />
16V, a corrente que o atravessa tem intensidade igual a<br />
2A. Se a intensidade da corrente de curto circuito é igual<br />
a 10A, então os valores de E , em volts, e de r, em Ω,<br />
são, respectivamente, iguais a<br />
a) 15 e 4<br />
b) 4 e 20<br />
c) 20 e 2<br />
d) 2 e 15<br />
e) 5 e 30<br />
A resistência interna r, em Ω, da bateria e a leitura do<br />
voltímetro, em V valem:<br />
a) r= 0 e U= 12<br />
b) r= 0 e U= 80<br />
c) r= 0,4 e U= 8<br />
d) r= 0,8 e U= 12<br />
e) r= 10 e U= 80<br />
9) (UNEB) Na figura, E1= 20V, E2= 40V, r1= 2Ω, r2 =<br />
3Ω e R = 5Ω. A corrente que circula no circuito é igual a<br />
7) (UEFS) A diferença de potencial entre os terminais de<br />
uma bateria é de 8,5 V, quando existe nela uma corrente<br />
de 3A dirigida do terminal negativo para o positivo e<br />
quando a corrente for de 2A, no sentido inverso, a ddp<br />
547
01) 8A<br />
02) 6A<br />
03) 4A<br />
04) 2A<br />
05) 1A<br />
a) 28,0<br />
b) 30,5<br />
c) 50,0<br />
d) 110,0<br />
e) 128,0<br />
a) 17<br />
b) 15<br />
c) 13<br />
d) 12<br />
e ) 08<br />
548<br />
10) (UEFS) Considere-se um circuito elétrico constituído<br />
por dois fios e dois resistores associados em série,<br />
conforme a figura. Desprezando-se a resistência elétrica<br />
dos fios de ligação e sabendo-se que a leitura de um<br />
voltímetro ideal colocado entre os pontos M e N indica<br />
1,8V, pode-se afirmar que a resistência elétrica do<br />
resistor A é igual. em ohms, a<br />
11) (UEFS) Considere-se duas pilhas associadas em<br />
paralelo, conforme a figura,<br />
A diferença de potencial elétrico entre os pontos, A e B,<br />
em volts. é<br />
12) (UEFS) A figura representa as curvas características<br />
dos componentes de um circuito elétrico associados em<br />
série.<br />
Nessas condições, é correto afirmar:<br />
a) A força eletromotriz do circuito é igual a 30,0V.<br />
b) A resistência interna do gerador elétrico é igual a 10,0<br />
Ω.<br />
c) A potência elétrica dissipada pelo resistor ôhmico é<br />
igual a 12,5W.<br />
d) A intensidade de corrente elétrica que percorre o<br />
circuito é igual a 6,0A.<br />
e) O receptor elétrico está submetido a uma diferença de<br />
potencial elétrico de 10,0V.<br />
EXERCÍCIOS PROPOSTOS<br />
1) (TIPO ENEM) A figura abaixo representa uma<br />
operação de manutenção<br />
em cabos de alta tensão sem desligamento (manutenção<br />
em “linha viva”). O operador trabalha suspenso por um<br />
cabo ligado a um helicóptero sem contato com o solo.<br />
Sobre essa situação, e correto afirmar que:<br />
a) o operador não sofrera choque elétrico somente se<br />
estiver usando luvas isolantes.<br />
b) nada acontecera ao operador se ele tocar dois fios<br />
diferentes simultaneamente.<br />
c) a ddp entre dois pontos do mesmo fio e nula e,<br />
consequentemente, o corpo do operador não será<br />
percorrido por corrente se ele estiver em contato com um<br />
único fio.<br />
d) o cabo que sustenta o operador deve ser<br />
necessariamente isolante para evitar o choque elétrico no<br />
piloto do helicóptero.<br />
e) para que o operador não morra eletrocutado, seu corpo<br />
deve estar aterrado.
2) (TIPO ENEM) Um modelo de chuveiro elétrico<br />
apresenta os valores nominais 6.000 W / 120 V. O<br />
projeto desse chuveiro, esquematizado no circuito<br />
abaixo, consta de uma chave seletora AB com as<br />
indicações morno/quente. Os valores da resistência R e<br />
da potencia do chuveiro na posição morno são,<br />
respectivamente:<br />
a) Se o motor não estiver com os terminais em curto--<br />
circuito, a lâmpada acenderá com seu brilho normal.<br />
b) Se o motor estiver com os terminais em curto-circuito,<br />
a lâmpada acenderá com brilho inferior ao normal.<br />
c) Se o motor não estiver com os terminais em curto--<br />
circuito, a lâmpada acenderá com brilho inferior ao<br />
normal.<br />
d) Se o motor estiver com os terminais em curto-circuito,<br />
a lâmpada irá queimar.<br />
e) Se o motor estiver com os terminais em curto-circuito,<br />
a lâmpada não acenderá.<br />
a) 3,2 C e 6.000 W.<br />
b) 2,4 C e 4.500 W.<br />
c) 3,2 C e 4.500 W.<br />
d) 2,4 C e 6.000 W.<br />
e) 2,4 C e 3.000 W.<br />
3) (TIPO ENEM) Você possui um liquidificador elétrico<br />
com valores nominais 127 V / 400 W e suspeita que o<br />
motor esteja com seus terminais em curto-circuito.<br />
Segundo a opinião de um eletricista, é aconselhável que<br />
você faça uma associação<br />
em série com uma lâmpada elétrica de 127 V/200 W para<br />
verificar a existência ou não do curto. Você esquematiza<br />
a seguinte associação:<br />
4) (TIPO ENEM) Uma prática adotada por algumas<br />
pessoas, com o objetivo de guardar as pilhas nos próprios<br />
aparelhos em que serão utilizadas, é a de inverter a<br />
posição de uma das pilhas, para que assim elas possam<br />
ficar no próprio aparelho sem o perigo de estragar ou<br />
descarregar.<br />
Essas pessoas acreditam que o fato de a pilha ser<br />
invertida (ter sua polaridade invertida, em relação ao<br />
posicionamento considerado correto) faz com que o<br />
circuito fique aberto e, com isso, não haja corrente, ou<br />
seja, que a pilha não se descarregue, e ainda não se<br />
deteriore com o tempo, pois está em um ambiente<br />
adequado ao seu armazenamento.<br />
Para provar seu raciocínio, um dos adeptos de tal prática<br />
mostra que, ao inverter uma das três pilhas de uma<br />
lanterna, sua lâmpada não se acende mesmo que o<br />
interruptor seja acionado. Prova contundente, segundo<br />
ele, de que o circuito foi interrompido e a pilha não se<br />
descarregará.<br />
Em relação ao exposto, pode-se afirmar:<br />
a) que a prática é um procedimento adequado, pois real<br />
mente mantém o circuito aberto e impede que as pilhas<br />
se descarreguem mesmo que haja o acionamento<br />
acidental do interruptor.<br />
b) que a prática, apesar de realmente interromper o<br />
circuito, não impede o descarregamento rápido da pilha,<br />
pois isso acontece por ela ter sido retirada de sua<br />
embalagem, o que faz com que a reação química que<br />
produz a ddp da pilha seja iniciada, ou seja, sendo<br />
utilizada ou não, ela se descarregará, independentemente<br />
de como será armazenada. Portanto, esse procedimento é<br />
ineficaz.<br />
549
c) que a prática é um procedimento adequado, entretanto<br />
a explicação para que a lâmpada não se acenda com o<br />
acionamento do interruptor está incorreta, pois o que<br />
realmente ocorre é que a pilha só se comporta como um<br />
gerador quando sua polaridade<br />
está colocada corretamente; como ela foi invertida, passa<br />
a ser apenas um fio condutor.<br />
Como o número de pilhas é insuficiente, não há potência<br />
necessária para que a lâmpada acenda.<br />
d) que a prática é um procedimento inadequado, pois o<br />
que realmente ocorre é que a pilha, ao ser invertida,<br />
passa a se comportar como um receptor. Se houver o<br />
acionamento acidental do interruptor, as pilhas irão se<br />
descarregar mais rapidamente do que se funcionassem<br />
normalmente.<br />
e) que a prática é um procedimento inadequado, pois não<br />
importa a sequência da polaridade em que as pilhas são<br />
alinhadas; elas continuarão a se comportar como<br />
geradores, e o circuito não ficará aberto. A lâmpada não<br />
acenderá pelo fato de parte da corrente percorrer o<br />
circuito no sentido contrário, fazendo com que a potência<br />
total do circuito diminua.<br />
5) (ENEM) A eficiência de um processo de conversão de<br />
energia é definida como a razão entre a produção de<br />
energia ou trabalho útil e o total de entrada de energia no<br />
processo. A figura mostra um processo com diversas<br />
etapas. Nesse caso, a eficiência geral será igual ao<br />
produto das eficiências das etapas individuais. A entrada<br />
de energia que não se transforma em trabalho útil é<br />
perdida sob formas não utilizáveis (como resíduos de<br />
calor).<br />
Aumentar a eficiência dos processos de conversão de<br />
energia implica economizar recursos e combustíveis. Das<br />
550<br />
propostas seguintes, qual resultará em maior aumento da<br />
eficiência geral do processo?<br />
a) Aumentar a quantidade de combustível para queima<br />
na usina de força.<br />
b) Utilizar lâmpadas incandescentes, que geram pouco<br />
calor e muita luminosidade.<br />
c) Manter o menor número possível de aparelhos<br />
elétricos em funcionamento nas moradias.<br />
d) Utilizar cabos com menor diâmetro nas linhas de<br />
transmissão a fim de economizar o material condutor.<br />
e) Utilizar materiais com melhores propriedades<br />
condutoras nas linhas de transmissão e lâmpadas<br />
fluorescentes nas moradias<br />
6) (ENEM) Não é nova a ideia de se extrair energia dos<br />
oceanos aproveitando-se a diferença das marés alta e<br />
baixa. Em 1967, os franceses instalaram a primeira usina<br />
“maré-motriz”, construindo uma barragem equipada de<br />
24 turbinas, aproveitando-se a potência máxima instalada<br />
de 240 MW, suficiente para a demanda de uma cidade<br />
com 200 mil habitantes. Aproximadamente 10% da<br />
potência total instalada são demandados pelo consumo<br />
residencial. Nessa cidade francesa, aos domingos,<br />
quando parcela dos setores industrial e comercial para, a<br />
demanda diminui 40%. Assim, a produção de energia<br />
correspondente à demanda aos domingos será atingida<br />
mantendo-se<br />
I- todas as turbinas em funcionamento, com 60% da<br />
capacidade máxima de produção de cada uma delas.<br />
II - a metade das turbinas funcionando em capacidade<br />
máxima e o restante, com 20% da capacidade máxima.<br />
III quatorze turbinas funcionando em capacidade<br />
máxima, uma com 40% da capacidade máxima e as<br />
demais desligadas.<br />
Está correta a situação descrita<br />
a) apenas em I.<br />
b) apenas em II.<br />
c) apenas em I e III.<br />
d) apenas em II e III.<br />
e) em I, II e III.<br />
7) (UERJ) No circuito abaixo, o voltímetro V e o<br />
amperímetro A indicam, respectivamente, 18 V e 4,5 A.
) Somente a proposição II.<br />
c) Somente as proposições I e II.<br />
d) Somente as proposições I e III.<br />
e) Somente a proposição III.<br />
Considerando ideais os elementos do circuito, determine<br />
a força eletromotriz E da bateria.<br />
8) (UERN) No circuito a seguir, E=5 12 V e r = 0,5 Ω.<br />
Para que valor de R a potência dissipada pelo conjunto<br />
dos 4 resistores externos é máxima?<br />
10) (UFC-CE) Dois capacitores desconhecidos são<br />
ligados em série a uma bateria de força eletromotriz E,<br />
de modo que a carga final de cada capacitor é q. Quando<br />
os mesmos capacitores são ligados em paralelo à mesma<br />
bateria, a carga total da associação é 4q. Determine as<br />
capacitâncias dos capacitores desconhecidos.<br />
11) (UECE) Uma pilha de fem igual a 3,6 V tem uma<br />
carga inicial de 600 mAh. Supondo que a diferença de<br />
potencial entre os polos da pilha permaneça constante até<br />
que a pilha esteja completamente descarregada, o tempo<br />
(em horas) que ela poderá fornecer energia à taxa<br />
constante de 1,8 W, é de:<br />
a) 1,5 C<br />
b) 2,0 C<br />
c) 2,5 C<br />
d) 3,0 C<br />
9) (IFG-GO) Considere o circuito constituído por um<br />
gerador, um resistor ôhmico e três capacitores, como<br />
mostra o esquema abaixo.<br />
a) 2,4.<br />
b) 1,2.<br />
c) 3,6.<br />
d) 7,2.<br />
12) (UFSC) Um técnico eletricista, para obter as<br />
características de um determinado resistor, submete-o a<br />
vários valores de diferença de potencial, obtendo as<br />
intensidades de corrente elétrica correspondentes. Com<br />
os valores obtidos, o técnico constrói o gráfico V × i<br />
mostrado a seguir, concluindo que o gráfico caracteriza a<br />
maioria dos resistores reais.<br />
De acordo com o esquema e os valores nele indicados,<br />
analise as proposições a seguir:<br />
I. A capacidade do capacitor equivalente é 6 µF.<br />
II. A intensidade de corrente no resistor R 5 4 C é igual a<br />
3 A.<br />
III. A ddp nos terminais do capacitor C3 é igual a 8 V.<br />
Assinale a alternativa correta:<br />
a) Somente a proposição I.<br />
551
d) o chuveiro queimará instantaneamente se ligado em<br />
110V, pois P 220P 110.<br />
b) o chuveiro funcionará se ligao em 110 V e P 220< P 110<br />
c) o chuveiro queimará instantaneamente se ligado em<br />
110V, pois P 220>P 110<br />
552<br />
14) (ITA) Um fio condutor e derretido quando o calor<br />
gerado pela corrente que passa por ele se mantem maior<br />
que o calor perdido pela superficie do fio (desprezando a<br />
condução de calor pelos contatos). Dado que uma<br />
corrente de 1 A e a minima necessaria para derreter um<br />
fio de secao transversal circular de 1 mm de raio e 1 cm<br />
de comprimento, determine a corrente minima necessária<br />
para derreter um outro fio da mesma substancia com<br />
secao transversal circular de 4 mm de raio e 4 cm de<br />
comprimento.<br />
a) 1/8 A<br />
b) 1/4 A<br />
c) 1 A<br />
d) 4 A<br />
e) 8 A<br />
15) (UERN) Numa bateria (12 V) de automóvel lê-se a<br />
especificação “60 Ah”, que significa que esta e capaz de<br />
fornecer, se solicitada, 60 amperes durante uma hora ou<br />
30 amperes durante duas horas, e assim por diante. No<br />
circuito apresentado, F e uma fonte com as<br />
características descritas anteriormente; L1, L2 e L3 são<br />
lâmpadas incandescentes de resistências 6 Ω, 3 Ω e 4 Ω,<br />
respectivamente.<br />
Considerando desprezível a resistência interna da fonte<br />
F, durante quanto tempo (horas) as três lâmpadas<br />
permanecerão acesas?<br />
a) 60<br />
b) 50
c) 40<br />
d) 30<br />
16) (UFSC) Um aquecedor elétrico tem uma resistência<br />
elétrica de 60 Ω. Qual a quantidade aproximada de<br />
energia dissipada em forma de calor pela resistência<br />
quando percorrida por uma corrente elétrica de 20,0 A,<br />
durante 20 minutos? Dado: 1 cal = 4,2 J.<br />
a) 4,05 . 10 5 cal<br />
b) 5,02 . 10 5 cal<br />
c) 6,86 . 10 6 cal<br />
d) 8,22 . 10 6 cal<br />
e) 1,14 10 5 cal<br />
17) (UEG-GO) Considere um circuito formado por 100<br />
(cem) resistores ôhmicos associados em serie e ligados a<br />
uma tensão U de 100 volts. Sabe-se que o valor da<br />
resistência de cada resistor, a partir do segundo, e igual a<br />
do anterior adicionado a um número fixo.<br />
ampère, que passam nessa linha de transmissão são,<br />
respectivamente, de<br />
a) 2,0 e 1,0.10 5<br />
b) 2,0 e 1,0.10 6<br />
c) 5,0 e 5,0.10 6<br />
d) 5,0 e 5,0.10 2<br />
e) 5,0 e 1,0.10 3<br />
19) (UEFS) Por um chuveiro elétrico circula uma<br />
corrente de 20,0A quando ele é ligado a uma tensão de<br />
220V. Considerando-se que pelo chuveiro passa água<br />
com uma vazão de 50 gramas de água por segundo, que<br />
o calor específico da água é igual 4,0J/g o C, e que ela<br />
absorve toda a energia dissipada, a elevação de<br />
temperatura da água, em grau Celsius, é de<br />
a) 11<br />
b) 20<br />
c) 22<br />
d) 55<br />
e) 80<br />
Se a resistência do primeiro resistor e R 5 10 mC, qual a<br />
intensidade de corrente elétrica no circuito?<br />
a) 0,10 A<br />
b) 1,0 A<br />
c) 10 A<br />
d) 100 A<br />
18) (UEFS) Um determinado município do Estado da<br />
Bahia consome 1,0.10 8 W de potência e é alimentado por<br />
uma linha de transmissão de 1.000km de extensão, cuja<br />
voltagem de entrada no município é de 100.000 volts.<br />
Essa linha é construída de cabos de alumínio cuja área da<br />
seção transversal é igual a 5,26.10 3 mm 2 . Sabendo-se que<br />
a resistividade elétrica do alumínio é igual 2,6.10 −8 Ω.m,<br />
a resistência, em ohm, e a corrente elétrica total, em<br />
20) (UEFS) Em nossas residências, tem-se, muitas vezes,<br />
necessidade de aumentar ou diminuir a voltagem que é<br />
fornecida pelas companhias de energia elétrica. O<br />
dispositivo que nos permite resolver esse problema é<br />
denominado transformador. Considere que um<br />
transformador foi construído com um primário<br />
constituído por uma bobina de 400 espiras e um<br />
secundário com 2000 espiras. Ao se aplicar no primário<br />
uma voltagem de 120 volts, surge no primário uma<br />
corrente de 1,5 Ampères.<br />
Assim, a corrente em Ampères que aparece no<br />
secundário é de<br />
a) 0,3<br />
b) 0,5<br />
c) 1,5<br />
d) 2,4<br />
e) 4,5<br />
553
21) (UEFS) O capacitor é o elemento do circuito<br />
eletrônico que tem a função de acumular cargas elétricas.<br />
Um técnico em eletrônica precisa de um capacitor de<br />
2,5μF, mas só dispõe de capacitores de 1,0μF. Uma<br />
associação para que ele consiga esse valor terá, no<br />
mínimo, um número de capacitores igual a<br />
a) um.<br />
b) dois.<br />
c) três.<br />
d) quatro.<br />
e) cinco.<br />
22) (UEFS) Um automóvel possui uma bateria de força<br />
eletromotriz igual a 12,0 V e resistência interna de 0,5Ω.<br />
A intensidade máxima da corrente elétrica que se pode<br />
obter com essa bateria é igual, em A, a<br />
a) 6,0<br />
b) 10,0<br />
c) 12,0<br />
d) 18,0<br />
e) 24,0<br />
23) (UEFS)<br />
A figura representa uma associação de resistor ôhmico.<br />
Desprezando-se a resistência elétrica dos fios de ligação,<br />
a intensidade da corrente elétrica que percorre o circuito<br />
é igual, em A, a<br />
a) 5,0<br />
b) 3,0<br />
c) 2,0<br />
d) 1,0<br />
554<br />
e) 0,5<br />
24) (UEFS) A resistência elétrica do filamento de uma<br />
lâmpada de 100,0 W de potência ligada em uma tomada<br />
de 220,0 V é igual, em Ω, a<br />
a) 84,0<br />
b) 184,0<br />
c) 284,0<br />
d) 384,0<br />
e) 484,0<br />
25) (UEFS) No circuito elétrico esquematizado na figura,<br />
o amperímetro indica uma corrente elétrica de<br />
intensidade 1,0A. Desprezando-se a resistência elétrica<br />
dos fios de ligação e as variações das resistências com a<br />
temperatura, a potência dissipada no resistor de 10Ω, em<br />
watts, é igual a<br />
a) 1,6<br />
b) 2,2<br />
c) 3,6<br />
d) 4,5<br />
e) 5,2<br />
26) (UEFS) Em uma árvore de Natal, trinta pequenas<br />
lâmpadas de resistência elétrica 2,0Ω, cada uma, são<br />
associadas, em série. Essas lâmpadas fazem parte da<br />
instalação de uma casa, estando associadas, em paralelo,<br />
com um chuveiro elétrico de resistência 20,0Ω e um<br />
ferro elétrico de resistência de 60,0Ω.<br />
Considerando-se que a ddp, nessa rede domiciliar, é de<br />
120,0V, é correto afirmar que a<br />
a) resistência elétrica da associação das lâmpadas de<br />
Natal é 50,0Ω.
) resistência elétrica correspondente a todos os<br />
elementos citados é igual a 15,0Ω.<br />
c) corrente em cada lâmpada da árvore de Natal tem<br />
intensidade igual a 1,5A.<br />
d) potência total dissipada na associação descrita é<br />
1,2kW.<br />
e) potência dissipada pelo chuveiro elétrico é igual a<br />
7,2kW.<br />
27) (UEFS) O gerador elétrico é um dispositivo que<br />
fornece energia às cargas elétricas elementares, para que<br />
essas se mantenham circulando. Considerando-se um<br />
gerador elétrico que possui fem ε = 40,0V e resistência<br />
interna r = 5,0Ω, é correto afirmar que<br />
a) a intensidade da corrente elétrica de curto circuito é<br />
igual a 10,0A.<br />
b) a leitura de um voltímetro ideal ligado entre os<br />
terminais do gerador é igual a 35,0V.<br />
c) a tensão nos seus terminais, quando atravessado por<br />
uma corrente elétrica de intensidade i = 2,0A, é U =<br />
20,0V.<br />
d) a intensidade da corrente elétrica que o atravessa é de<br />
5,6A, quando a tensão em seus<br />
terminais é de 12,0V.<br />
e) ele apresenta um rendimento de 45%, quando<br />
atravessado por uma corrente elétrica de intensidade i =<br />
3,0A.<br />
c) 5,0<br />
d) 6,0<br />
e) 9,0<br />
29) (UEA-AM) A figura mostra um circuito simples,<br />
formado por quatro resistores idênticos, um amperímetro<br />
e um voltímetro ideais, todos ligados entre dois pontos,<br />
X e Z, e submetidos a uma diferença de potencial entre<br />
os extremos da associação.<br />
Sabendo-se que o amperímetro indica 1,0 A e o<br />
voltímetro 12 V, o valor da resistência equivalente entre<br />
os extremos X e Z e de:<br />
a) 12 Ω.<br />
b) 8,0 Ω.<br />
c) 10 Ω.<br />
d) 6,0 Ω<br />
e) 15 Ω.<br />
.<br />
30) (UECE) Considere a figura a seguir.<br />
28) (UEFS)<br />
A figura representa a curva característica de um gerador<br />
que alimenta um resistor de resistência elétrica R. Nessas<br />
condições, é correto afirmar que a potência máxima<br />
transferida para o resistor é igual, em W, a<br />
a) 1,0<br />
b) 3,0<br />
Sabendo que na figura anterior a diferença de potencial<br />
sobre o resistor de 8 C é de 24 V, as diferenças de<br />
potencial, em V, sobre os resistores de 14 C, 9 C e entre<br />
os pontos a e b são, respectivamente:<br />
a) 45, 9 e 78.<br />
b) 45, 45 e 114.<br />
c) 35, 45 e 104.<br />
d) 35, 70 e 129.<br />
555
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />
C C C D E E 60 B E iguais<br />
a<br />
2q/E<br />
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20<br />
B 19 A E D C B E C A<br />
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30<br />
D E B E C D D B E C<br />
ANOTAÇÕES:<br />
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556<br />
GABARITO<br />
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CAPÍTULO 23 – O MAGNETISMO E OS TRENS BALAS<br />
Os estudos de transporte ferroviário empregando<br />
levitação remontam mais de meio século.<br />
A PROPOSTA DA CHARGE É POSSÍVEL<br />
FISICAMENTE?<br />
As técnicas de levitação magnética, devido à intensidade<br />
da força que produzem, podem ser empregadas em<br />
sistema de transporte de alta e média velocidade e podem<br />
ser subdivididos em três grupos, descritos abaixo:<br />
• LEVITAÇÃO ELETRODINÂMICA<br />
• LEVITAÇÃO ELETROMAGNÉTICA<br />
• LEVITAÇÃO MAGNÉTICA SUPERCONDUTORA<br />
Como funciona a levitação eletromagnética?<br />
Trata-se do sistema mais antigo de levitação magnética,<br />
baseada em eletroímãs instalados no veículo, exigindo<br />
um sofisticado sistema de controle, pois se trata de um<br />
sistema instável. O projeto iniciou-se na década de 70 na<br />
Alemanha, sendo concluída em 1976 a primeira linha de<br />
teste de 1,3 km. O fundamento físico básico, nesta<br />
aplicação, explora a força de atração que existe entre um<br />
eletroimã e um material ferromagnético. A estabilização,<br />
neste caso, só é possível com uma malha de<br />
realimentação e regulador devidamente sintonizado. Por<br />
algum tempo, esta tecnologia ficou restrita às pesquisas,<br />
devido à concorrência dos trens de alta velocidade, que<br />
são uma evolução da tecnologia do século XIX, até que o<br />
primeiro ministro chinês decidiu pela implantação deste<br />
sistema na linha em Xangai, ligando o centro da cidade<br />
ao aeroporto internacional, ao custo de 1 bilhão de<br />
dólares<br />
2 – A DESCOBERTA REVOLUCIONÁRIA DE 1820<br />
O fenômeno do Magnetismo foi descoberto pelo<br />
menos há tanto tempo quanto a Eletricidade Estática. As<br />
forças magnéticas exercidas por materiais que são<br />
permanentes magnetizados sobre outros tipos de<br />
materiais, eram conhecidas pelos gregos antigos, e os<br />
chineses usaram bússola magnéticas por volta de 1000<br />
A.D.<br />
Porém, somente em 1820, que o cientista<br />
dinamarquês Hans Christian Oersted, demonstrou a<br />
profunda relação entre os fenômenos magnéticos e<br />
elétricos, que culminou com um período de rápido<br />
desenvolvimento em nosso conhecimento do<br />
Magnetismo e deu seu relacionamento com a<br />
Eletricidade. Um fio condutor é colocado próximo da<br />
agulha magnética de uma bússola. Ao passar corrente<br />
elétrica pelo condutor a agulha sofre uma deflexão, como<br />
se aproximássemos um ímã da agulha. Sabemos que um<br />
ímã cria no espaço que o envolve um campo magnético.<br />
Podemos, então, estender este conceito e concluir que:<br />
toda corrente elétrica origina no espaço que a envolve<br />
um campo magnético. Este é o primeiro fenômeno<br />
eletromagnético.<br />
Analisemos a figura acima:<br />
com a chave aberta a agulha magnética da<br />
bússola alinha-se com o campo magnético terrestre,<br />
apontando aproximadamente para o norte geográfico.<br />
557
Analisando a figura anterior:<br />
Com a chave fechada o fio sobre a bússola é percorrido<br />
por uma corrente elétrica que cria um campo magnético<br />
em sua volta, mudando a orientação da agulha magnética<br />
da bússola.<br />
3 – CAMPO MAGNÉTICO GERADO POR UM<br />
CONDUTOR RETILÍNEO<br />
Vamos analisar as características do campo<br />
magnético gerado por uma corrente que percorre um<br />
condutor retilíneo. A ação do campo magnético em cada<br />
ponto não é a mesma. Nos pontos próximos ao condutor<br />
o campo é mais intenso do que em pontos mais<br />
afastados. Para medir a ação do campo magnético<br />
associa-se a cada ponto uma grandeza vetorial, que se<br />
indica por B e que recebe o nome de vetor indução<br />
magnética ou vetor campo magnético.<br />
Características do vetor B num ponto P, situado<br />
a uma distância r do condutor:<br />
Direção: da reta perpendicular ao plano definido pelo<br />
ponto P e pelo condutor.<br />
Sentido: determinado pela regra da mão direita número<br />
1. Disponha a mão direita espalmada com os quatro<br />
dedos lado a lado e o polegar levantado. Coloque o<br />
polegar no sentido da corrente elétrica i e os demais<br />
dedos no sentido do condutor para o ponto P. O sentido<br />
de B em P seria aquele para o qual a mão daria um<br />
empurrão.<br />
558<br />
Intensidade: a intensidade de B depende da distância r do<br />
ponto P ao condutor, da intensidade da corrente i e do<br />
meio onde o condutor se encontra. O meio (no caso, o<br />
vácuo) é caracterizado pela grandeza<br />
denominada permeabilidade magnética do vácuo e<br />
indicada por μ0. A intensidade de B é diretamente<br />
proporcional a i e inversamente proporcional a r, sendo<br />
dada por:
Unidades no Sistema Internacional:<br />
Uma pequena agulha magnética colocada num ponto P<br />
do campo se orienta na direção do vetor indução<br />
magnética B existente em P e com o polo norte no<br />
sentido de B.<br />
A permeabilidade magnética do vácuo é igual a:<br />
Nos pontos situados à mesma distância do<br />
condutor o vetor campo magnético tem a mesma<br />
intensidade. Assim, os pontos situados a uma distância<br />
r 1 têm a mesma intensidade B 1. Os pontos situados à<br />
distância r 2 > r 1 têm intensidade B 2 < B 1. A linha que<br />
tangencia os vetores B recebe o nome de linha de<br />
indução. As linhas de indução são orientadas no sentido<br />
do vetor campo magnético. No caso do campo gerado<br />
por uma corrente que percorre um fio reto as linhas de<br />
indução são circunferências concêntricas com o<br />
condutor.<br />
As linhas de indução podem ser visualizadas<br />
com limalha de ferro. Cada partícula de ferro funciona<br />
como uma pequena agulha magnética e se orienta na<br />
direção do vetor campo magnético do ponto onde foi<br />
colocada.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Aplicando-se a regra da mão direita número<br />
1, represente no ponto P o vetor campo magnético B nos<br />
casos indicados abaixo:<br />
559
2) Os fios retilíneos são percorridos por correntes<br />
elétricas i 1 e i 2. Em que quadrante o vetor campo<br />
magnético resultante B tem o sentido ⊗?<br />
3) Pequenas agulhas magnéticas são colocadas nos<br />
pontos P 1, P 2, P 3 e P 4, do campo magnético originado<br />
pela corrente elétrica i. Despreze a ação do campo<br />
magnético terrestre. Como as pequenas agulhas se<br />
dispõem?<br />
4) Um fio condutor CD e uma agulha magnética situamse<br />
num mesmo plano vertical, conforme indica a figura.<br />
Ao passar uma corrente elétrica pelo fio, no sentido de C<br />
para D, a agulha magnética girará. Em que sentido ocorre<br />
o giro, em relação ao observador O? Horário ou antihorário?<br />
560<br />
5) O vetor campo magnético no ponto P, situado a uma<br />
distância r de um condutor retilíneo percorrido por<br />
corrente elétrica i, tem intensidade B. Qual é, em função<br />
de B, a intensidade do vetor campo magnético nos<br />
pontos P 1 e P 2 situados à distância r/2 e 2r do condutor?<br />
6) Três condutores 1, 2 e 3, percorridos por corrente<br />
elétrica de mesma intensidade i, estão dispostos<br />
conforme mostra a figura. O condutor 2 origina em P um<br />
campo magnético de intensidade B. Qual é, em função de<br />
B, a intensidade do vetor campo magnético resultante em<br />
P?<br />
7) No campo magnético gerado pelas correntes elétricas<br />
de intensidades i 1 e i 2, sabe-se que vetor indução<br />
magnética resultante no ponto P é nulo. Qual é a relação<br />
i 1/i 2?<br />
GABARITO<br />
1 2 3<br />
4 5<br />
Quadrant<br />
e III<br />
Horário 2B; B/2<br />
6 7<br />
3B/2 1/3
Direção: do eixo do solenoide<br />
Sentido: dado pela regra da mão direita número 1<br />
Intensidade:<br />
N/L é a densidade de espiras, isto é, é o número N de<br />
espiras existentes num comprimento L de solenoide.<br />
4 – CAMPO MAGNÉTICO NO CENTRO DE UMA<br />
ESPIRA CIRCULAR DE RAIO R PERCORRIDA POR<br />
CORRENTE ELÉTRICA DE INTENSIDADE i<br />
Em qualquer outro ponto interno, o vetor campo<br />
magnético B tem as mesmas características. Isto significa<br />
que o campo magnético no interior do solenoide é<br />
uniforme.<br />
RELEMBRANDO<br />
Vista de frente e em perspectiva. Espira circular é um<br />
fio condutor dobrado segundo uma circunferência.<br />
O campo magnético em O tem as seguintes<br />
características:<br />
Direção: da reta perpendicular ao plano da espira.<br />
Sentido: dado pela regra da mão direita número 1.<br />
Intensidade:<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
5 – CAMPO MAGNÉTICO NO INTERIOR DE UM<br />
SOLENÓIDE PERCORRIDO POR CORRENTE<br />
ELÉTRICA DE INTENSIDADE i<br />
1)Responda:<br />
a) Represente o vetor campo magnético B no centro O da<br />
espira circular de raio R, vista de frente, conforme a<br />
figura.<br />
x<br />
Solenoide ou bobina longa: fio condutor enrolado<br />
segundo espiras iguais, uma ao lado da outra, igualmente<br />
espaçadas.<br />
Seja P um ponto interno ao solenoide. O campo<br />
magnético em P tem as seguintes características:<br />
561
) Dobrando-se a intensidade da corrente elétrica que<br />
percorre a espira, o que ocorre com a intensidade de B<br />
2) Uma espira circular de raio R e centro O e um fio<br />
retilíneo são percorridos por correntes elétricas de<br />
intensidades i e I, respectivamente. A espira e o fio<br />
encontram-se no mesmo plano conforme se indica na<br />
figura.<br />
Sabendo-se que o campo magnético resultante em O é<br />
nulo, determine:<br />
a) o sentido de I;<br />
b) a relação i/I.<br />
3) Duas espiras concêntricas de raios R 1 e R 2 são<br />
percorridas por correntes elétricas de intensidades i 1 e i 2,<br />
conforme mostra a figura.<br />
Sabe-se que: i 1 = i 2 = 5A; R 2 = 2.R 1 = 10cm<br />
e μ 0 = 4.π.10 -7 T.m/A<br />
562<br />
Determine a intensidade do vetor campo magnético<br />
resultante no centro comum O.<br />
4) Considere o solenoide esquematizado na figura.<br />
a) Qual é a direção e o sentido de B no ponto P, interno<br />
ao<br />
solenoide?<br />
b) A face X é Norte ou Sul?<br />
c) Represente as linhas de indução no interior do<br />
solenoide<br />
d) Qual é a intensidade da corrente elétrica i que percorre<br />
o solenóide sabendo-se que o campo magnético no<br />
interior tem intensidade B = 4.π.10 -3 T<br />
Dados: μ 0 = 4.π.10 -7 T.m/A; densidade de espiras: 1000<br />
espiras/metro
GABARITO<br />
1<br />
a intensidade de B dobra<br />
2<br />
a) Sentido da corrente no condutor retilíneo: ↓ i b) i/I = 1/2.π<br />
3<br />
3.π.10 -7 T<br />
4<br />
a) Direção horizontal. Sentido: para a esquerda. b) Sul<br />
c) d) i = 10 A<br />
ANOTAÇÕES:<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
563
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) Com base nos princípios do magnetismo, Coloque V<br />
(verdadeiro) ou F (falso)<br />
( ) Nos pontos internos de um longo solenoide,<br />
percorrido por uma corrente elétrica contínua, as linhas<br />
de indução do campo magnético são circunferências<br />
concêntricas.<br />
( ) Toda corrente elétrica gera, no espaço que a envolve,<br />
um campo magnético.<br />
( ) A intensidade do vetor campo magnético, em um<br />
ponto P, em tomo de um condutor, depende da corrente<br />
elétrica que o atravessa, da distância do ponto P ao<br />
condutor e da natureza do meio.<br />
2) Dois condutores retilíneos e paralelos com corrente<br />
elétrica no mesmo sentido, conforme a figura abaixo,<br />
geram um campo magnético.<br />
Esse campo magnético pode ser nulo nos pontos:<br />
a) P1, e P2<br />
b) P1, e P3<br />
c) P2, e P3<br />
d) P3, e P4<br />
e) P4, e P1<br />
3) Considere dois fios condutores retos, muito longos e<br />
paralelos, percorridos por correntes i e 2i,<br />
respectivamente, como mostra a figura.<br />
Se a intensidade do vetor indução magnética no ponto P<br />
da figura, devido à corrente i, é B, a intensidade do vetor<br />
indução magnética resultante em P, devido às correntes i<br />
e 2i, é<br />
a) zero<br />
b) B<br />
c) 28<br />
564<br />
d) 3B<br />
e) 5B<br />
4) (F. OBJETIVO) Na figura, estão representados um fio<br />
muito longo percorrido por uma corrente i, e uma espira<br />
circular de raio R percorrida pela corrente i2, ambos num<br />
mesmo plano e um tangenciando o outro. Qual é o valor<br />
da razão i1/i2 para que o campo magnético resultante no<br />
centro C da espira seja nulo?<br />
a) 1/2<br />
b) 1/<br />
c) 2<br />
d)<br />
e) p/2<br />
5) (UCCSAL) Dois ímãs idênticos em forma de barra são<br />
colocados equidistantes de um ponto P como mostra a<br />
figura.<br />
Se uma bússola for colocada em P, ela se orientará como<br />
está indicado na alternativa<br />
6) A figura representa as seções transversais de dois<br />
condutores retos A e B, paralelos e extensos, percorridos<br />
por correntes de intensidades i e 2i, respectivamente. O
vetor indução magnética originado em P pela corrente i<br />
tem intensidade 2 . 10 -6 T.<br />
10. (UEFS) No diagrama, estão representadas as seções<br />
transversais de dois condutores retos A e B, paralelos e<br />
extensos. Cada condutor é percorrido por uma corrente<br />
de 5 A no sentido indicado.<br />
Determine a intensidade do vetor indução magnética<br />
resultante que i e 2i originam em P.<br />
7) (UFBA) Duas espiras circulares, concêntricas e<br />
coplanares, de raios R1 e R2 sendo R1= 2R2/5, são<br />
percorridas respectivamente pelas correntes I1, e I2,<br />
respectivamente; o campo magnético resultante no centro<br />
da espira é nulo. A razão entre as correntes I1 e I2, é<br />
igual a:<br />
a) 0,4<br />
b) 1,0<br />
c) 2,0<br />
d) 2,5<br />
e) 4,0<br />
Considerando μ = 4 .10 -7 T.m/A, pode-se afirmar que a<br />
intensidade do vetor indução magnética resultante no<br />
ponto P, em 10 -6 T, é igual a<br />
a) 5<br />
b) 10<br />
c) 15<br />
d) 20<br />
e) 25<br />
1) (UNEB)<br />
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
8) (OSEC-SP) Uma bobina chata é formada de 40 espira<br />
circulares, de raio 8,0 cm. A intensidade da corrente que<br />
percorre a bobina, quando a intensidade do vetor campo<br />
magnético no centro da bobina é 6,0 . 10 -4 tesla, é de (μ =<br />
4 . 10 -7 Tm/A):<br />
a) 1,9 A<br />
b) 1,0 A<br />
c) 3,8 A<br />
d) 5,0 A<br />
e) n.d.a.<br />
9) (UFBA) Com a justaposição de 6 espiras idênticas de<br />
raio r=4cm, um aluno construiu uma bobina. Quando por<br />
ela circula uma corrente elétrica, o vetor indução B<br />
atinge, no seu centro, o valor 3x10 -6 T. Estabeleça, em<br />
10 -1 A, a corrente que circula na bobina.<br />
Considere μ = 4 x 10 -7 A T.m<br />
Um microfone de indução é constituído por um<br />
imã permanente fixo, uma bobina móvel envolvendo o<br />
imã e uma membrana protegida por uma tela, conforme a<br />
figura. Com base nessas informações e nos<br />
conhecimentos sobre eletromagnetismo pode-se afirmar:<br />
01) As ondas de pressão são ondas transversais.<br />
02) A movimentação da bonina no interior do campo<br />
magnético criado pelo imã é produzida pela ação da<br />
força magnética.<br />
565
03) A quantidade de carga induzida na bobina, de área A,<br />
constituída por um fio de resistividade elétrica ρ, de área<br />
de seção transversal S e de comprimento L, durante a<br />
vibração da membrana no intervalo de tempo ∆t, no<br />
campo magnético e módulo B, é igual a<br />
04) A intensidade do sinal elétrico induzido na bobina,<br />
de área A, imersa no campo magnético de módulo S,<br />
durante a vibração da membrana, com frequência f, é<br />
dada pela expressão BA/f.<br />
05) A vibração da membrana que produz a<br />
movimentação da bobina, no interior do campo<br />
magnético criado pelo imã, faz surgir nela uma corrente<br />
elétrica induzida, alternada e de intensidade variável.<br />
2) (UEFS) Considere uma barra condutora de<br />
comprimento L, deslizando com velocidade constante de<br />
módulo v sobre trilhos condutores interligados por um<br />
resistor de resistência elétrica R, conforme a figura.<br />
Sabendo-se que o conjunto está imerso na região do<br />
campo de indução magnética uniforme B e desprezandose<br />
as forças dissipativas e a resistência elétrica dos trilhos<br />
e da barra, pode-se afirmar que a energia dissipada no<br />
resistor, durante o intervalo de tempo em que a barra<br />
percorre uma distância d, é dada pela expressão:<br />
Sabendo-se que o conjunto está imerso na região do<br />
campo de indução magnética uniforme B e desprezandose<br />
as forças dissipativas e a resistência elétrica dos trilhos<br />
e da barra, pode-se afirmar que a energia dissipada no<br />
resistor, durante o intervalo de tempo em que a barra<br />
percorre uma distância d, é dada pela expressão:<br />
a)<br />
b)<br />
c)<br />
d)<br />
566<br />
e)<br />
3) (UESB) Os vencedores do Prêmio Nobel de <strong>Física</strong> de<br />
2007 descobriram a magnetorresistência gigante, que<br />
permite armazenar mais dados em discos rígidos<br />
menores, o que possibilitou o surgimento de celulares<br />
com memória magnética. As propriedades magnéticas de<br />
um material podem ser determinadas pelo movimento de<br />
alguns de seus elétrons em torno do núcleo de<br />
determinados átomos. Assim, o movimento do elétron<br />
pode ser associado a uma espira circular de raio R,<br />
percorrida por uma corrente elétrica de intensidade i.<br />
Considerando o valor da permeabilidade magnética do<br />
meio, 1,2.10 -6 T.m/A, o módulo do campo magnético no<br />
centro de uma espira com 6,0cm de raio, percorrida por<br />
uma corrente elétrica de intensidade 1,0A, no SI, é da<br />
ordem de:<br />
01) 10 -5<br />
02) 10 -6<br />
03) 10 -7<br />
04) 10 -8<br />
05) 10 -9<br />
4) (UEFS) Duas espiras circulares, concêntricas e<br />
coplanares, apresentam o vetor campo magnético nulo no<br />
centro comum. Considerando-se que a espira maior tem<br />
raio R e é atravessada por uma corrente de intensidade 1,<br />
pode-se afirmar que a espira menor, que é atravessada<br />
por uma corrente I/5, tem raio igual a:<br />
a) R/2<br />
b) R/3<br />
c) R/4<br />
d) R/5<br />
e) 2R/3<br />
5) (UESB) Considere as proposições:<br />
I. O campo magnético gerado por um ímã em forma de<br />
barra não é uniforme
II. Uma espira na qual flui uma corrente elétrica gera um<br />
campo magnético cujas linhas de força são paralelas ao<br />
plano da espira.<br />
III. Nos pontos internos de um longo solenoide<br />
percorrido por uma corrente elétrica continua, as linhas<br />
de força do campo magnético são hélices cilíndricas.<br />
Dentre as proposições apresentadas, pode-se afirmar:<br />
01) Somente I é correta.<br />
02) Somente II é correta.<br />
03) Somente III é correta.<br />
04) I e II são corretas.<br />
05) II e III são corretas.<br />
6) (UEFS) Quando se descobriu que a corrente elétrica<br />
podia gerar magnetismo, percebeu-se que a eletricidade e<br />
o magnetismo eram fenômenos que tinham uma origem<br />
comum. Com base nos conhecimentos sobre<br />
Eletromagnetismo, pode-se afirmar:<br />
7) (UERN) Em sua famosa experiência (1820), o físico<br />
dinamarquês Hans Cristian Oersted verificou que um fio<br />
condutor percorrido por uma corrente elétrica cria, ao seu<br />
redor, um campo magnético. Tal fato, unindo a<br />
eletricidade ao magnetismo, foi o marco inicial do<br />
eletromagnetismo. Portanto, pode-se afirmar que “o<br />
vetor campo magnético, devido a uma corrente elétrica<br />
tem...”<br />
a) direção paralela ao fio e mesmo sentido da corrente.<br />
b) módulo, cujo valor independe do meio.<br />
c) módulo, cujo valor depende do meio.<br />
d) a mesma direção do fio e sentido oposto ao da<br />
corrente.<br />
8) (UFSCar) Dois pequenos ímãs idênticos têm a forma<br />
de paralelepípedos de base quadrada. Ao seu redor, cada<br />
um produz um campo magnético cujas linhas se<br />
assemelham ao desenho esquematizado.<br />
( ) As linhas de indução do campo magnético de um<br />
condutorreto, percorrido por corrente, são linhas retas<br />
paralelas ao condutor.<br />
( ) A lei de Ampêre afirma que a circulação do veto r<br />
indução magnética em um percurso fechado é<br />
proporcional à soma algébrica das correntes enlaçadas no<br />
percurso.<br />
( ) No interior de um solenoide, o campo magnético é<br />
praticamente nulo e, externamente, o campo é<br />
praticamente uniforme, tendo direção perpendicular ao<br />
seu eixo magnético.<br />
Suficientemente distantes um do outro, os ímãs são<br />
cortados de modo diferente. As partes obtidas são então<br />
afastadas para que não haja nenhuma influência mútua e<br />
ajeitadas, conforme indica a figura seguinte.<br />
A sequência correta, de cima para baixo, é:<br />
A) V V F<br />
B) V F V<br />
C) V F F<br />
D) F V V<br />
E) F V F<br />
Se as partes do ímã 1 e do ímã 2 forem<br />
aproximadas novamente na região em que foram<br />
567
cortadas, mantendo-se as posições originais de cada<br />
pedaço, deve-se esperar que:<br />
a) as partes correspondentes de cada ímã atraiam-se<br />
mutuamente, reconstituindo a forma de ambos os ímãs.<br />
b) apenas as partes correspondentes do ímã 2 se unam,<br />
reconstituindo a forma original desse ímã.<br />
c) apenas as partes correspondentes do ímã 1 se unam,<br />
reconstituindo a forma original desse ímã.<br />
d) as partes correspondentes de cada ímã repilam-se<br />
mutua mente, impedindo a reconstituição de ambos os<br />
ímãs.<br />
e) devido ao corte, o magnetismo cesse por causa da<br />
separação dos polos magnéticos de cada um dos ímãs.<br />
9) (UFMA) Dois fios condutores, longos e retilíneos,<br />
estão dispostos perpendicularmente à folha de papel e<br />
têm intensidades e sentidos de correntes indicados na<br />
figura a seguir.<br />
Sabendo-se que o meio é o vácuo, determine a<br />
intensidade do campo magnético no ponto P.<br />
10) (IFG-GO) No vácuo há um fio retilíneo muito longo<br />
pelo qual passa uma corrente elétrica contínua de 2,5 A<br />
de intensidade, como mostra a figura.<br />
Essa corrente gera no ponto A um campo magnético de<br />
intensidade 5. 10 -6 T.<br />
568<br />
Analise as proposições a seguir.<br />
I. O vetor campo magnético no ponto A tem direção<br />
perpendicular ao plano da folha penetrando nela.<br />
II. O vetor indução magnética no ponto A tem direção<br />
paralela ao fio e mesmo sentido da corrente elétrica.<br />
III. A distância que separa o ponto A do fio vale 10 cm.<br />
Assinale a alternativa correta.<br />
a) Somente a proposição I<br />
b) Somente a proposição II<br />
c) Somente a proposição III<br />
d) Somente as proposições I e III<br />
e) Somente as proposições I e II<br />
11) (UEM-PR) Com relação ao campo magnético<br />
terrestre e à orientação geográfica, analise as alternativas<br />
a seguir e assinale o que for correto.<br />
01) O polo sul magnético terrestre situa-se na região do<br />
polo norte geográfico terrestre.<br />
02) As linhas de campo magnético do campo magnético<br />
terrestre emergem do polo, na região do polo sul<br />
geográfico.<br />
04) O magma, presente na litosfera terrestre, e a<br />
revolução da Terra em torno do Sol são as fontes do<br />
campo magnético terrestre.<br />
08) Os fenômenos atmosféricos das auroras Boreal e<br />
Austral são observados em função da existência do<br />
campo magnético terrestre.<br />
16) Na Groenlândia, situada entre as latitudes 60° e 80°<br />
norte, o fluxo magnético associado ao campo magnético<br />
terrestre é menor do que o fluxo magnético existente no<br />
Brasil, que está situado entre as latitudes 20° e 50° sul.<br />
12) (TIPO ENEM) O funcionamento de um alto-falante<br />
pode ser resumidamente explicado pela interação de um<br />
campo magnético permanente, gerado por um ímã, com<br />
um campo magnético variável, gerado por uma bobina<br />
móvel (solenoide). Esta última está imersa no campo<br />
magnético do ímã permanente e, à medida que se aplica
uma corrente variável em seus terminais, move-se para a<br />
frente ou para trás ao longo de seu eixo de simetria.<br />
Dependendo do sentido e da intensidade da corrente, o<br />
movimento da bobina que é solidária ao cone faz que<br />
este desloque o ar, produzindo ondas sonoras.<br />
Um circuito formado por uma fonte de tensão contínua<br />
(uma pilha de 1,5 V) ligada aos terminais da bobina do<br />
alto-falante é esquematizado ao lado. Ao se fechar a<br />
chave, nota-se que o cone desloca-se para a frente.<br />
Com base nessas informações, assinale a opção correta.<br />
a) Enquanto a chave estiver fechada, o alto- falante<br />
estará produzindo som continuamente.<br />
b) No instante em que a chave é fechada há um ruído no<br />
alto-falante, mas posteriormente nenhum som é<br />
produzido, mantendo-se o circuito fechado.<br />
c) Nenhum ruído ou som é produzido em momento<br />
algum.<br />
d) Invertendo a polaridade da pilha e fechando a chave, o<br />
cone se desloca para a frente.<br />
e) Se o circuito já estiver fechado e subitamente for<br />
aberto, não haverá produção de som ou ruído.<br />
d) não existem, por causa do isolamento elétrico do cabo.<br />
e) não existem, pois cada um dos condutores,<br />
separadamente, gera o mesmo campo magnético em<br />
sentidos opostos.<br />
14) (TIPO ENEM) O sobrevivente de um naufrágio está<br />
há dias à deriva em uma jangada improvisada quando<br />
consegue aportar em uma pequena ilha deserta em um<br />
ponto de coordenadas geográficas desconhecidas. Ele<br />
não dispõe de qualquer aparelho eletrônico que o auxilie<br />
em sua localização, mas possui entre seus pertences,<br />
salvos em uma mochila, uma bússola magnética.<br />
Infelizmente o náufrago não sabe se guiar pelas estrelas<br />
nem pelo Sol, e a bússola é a única referência para<br />
orientação. Inicialmente, ele a posiciona em um plano<br />
horizontal, encontrando aproximadamente o norte<br />
geográfico. Em seguida, ele gira a bússola em torno do<br />
eixo imaginário que passa pela agulha, de modo que seu<br />
mostrador fique em um plano vertical, e verifica que a<br />
agulha tem seu polo norte apontado para o chão, com<br />
ângulo de aproximadamente 35° em relação à horizontal.<br />
13) (TIPO ENEM) Um tipo de cabo condutor utilizado<br />
em várias aplicações, tais como ligações de áudio, redes<br />
de computadores, radiofrequência, entre outras, é o cabo<br />
coaxial. Esse dispositivo apresenta simetria cilíndrica e é<br />
constituído de dois tipos de condutores (separados por<br />
isolantes), um maciço (interno) e outro, uma malha<br />
metálica concêntrica com o primeiro. A corrente elétrica,<br />
em um dado instante, percorre seus condutores sempre<br />
em sentido oposto e com a mesma intensidade.<br />
Admitindo um trecho longo e retilíneo desse cabo, podese<br />
afirmar que as linhas de indução magnética (linhas do<br />
campo magnético) geradas nos pontos ao redor do cabo,<br />
nesse caso:<br />
Com essas informações, o náufrago conclui que está:<br />
a) no hemisfério norte.<br />
b) no hemisfério sul.<br />
c) próximo à linha do Equador.<br />
d) no hemisfério ocidental.<br />
e) no hemisfério oriental.<br />
a) são circunferências concêntricas com o fio.<br />
b) são linhas radiais saindo do fio.<br />
c) são elipses.<br />
15) (TIPO ENEM) O galvanômetro de tangente é um<br />
instrumento que mede a intensidade da corrente através<br />
do campo magnético produzido por esta em uma bobina<br />
chata, no centro da qual há uma bússola horizontal.<br />
569
Deve-se alinhar a bobina, ainda sem a passagem<br />
da corrente, de forma que a agulha da bússola esteja<br />
disposta diametralmente ao longo da bobina (figura 1).<br />
Fazendo passar pela bobina uma corrente de 2 A,<br />
observa-se que a agulha da bússola fica defletida em 45°<br />
(figura 2). Se o instrumento fosse percorrido por uma<br />
corrente de 4 A, a nova posição da agulha seria mais<br />
próxima da figura:<br />
16) (TIPO ENEM) Dois fios condutores subterrâneos<br />
retilíneos, perpendiculares entre si, são percorridos por<br />
correntes elétricas de alta intensidade. Os fios estão<br />
ligeiramente abaixo do nível de um piso plano horizontal<br />
no qual circulam pedestres (veja esquema abaixo). A<br />
pessoa que está na posição indicada na figura utiliza um<br />
aparelho cardíaco cujo funcionamento é afetado pela<br />
presença de campos magnéticos.<br />
Certamente, no ponto onde a pessoa está, não haverá<br />
campo magnético se:<br />
a) i 1 > i 2.<br />
b) i 1 < i 2.<br />
c) i 1 = i 2.<br />
d) somente o sentido de i 1 for invertido em relação ao da<br />
figura.<br />
e) somente o sentido de i 2 for invertido em relação ao da<br />
figura.<br />
17) (enem) O manual de funcionamento de um captador<br />
de guitarra elétrica apresenta o seguinte texto:<br />
Esse captador comum consiste de uma bobina, fios<br />
condutores enrolados em torno de um ímã permanente. O<br />
campo magnético do ímã induz o ordenamento dos polos<br />
magnéticos na corda da guitarra, que está próxima a ele.<br />
Assim, quando a corda é tocada, as oscilações produzem<br />
variações, com o mesmo padrão, no fluxo magnético que<br />
atravessa a bobina. Isso induz uma corrente elétrica na<br />
bobina, que é transmitida até o amplificador e, daí, para o<br />
alto-falante.<br />
Um guitarrista trocou as cordas originais de sua guitarra,<br />
que eram feitas de aço, por outras feitas de náilon. Com<br />
o uso dessas cordas, o amplificador ligado ao<br />
instrumento não emitia mais som, porque a corda de<br />
náilon<br />
a) isola a passagem de corrente elétrica da bobina para o<br />
altofalante.<br />
b) varia seu comprimento mais intensamente do que<br />
ocorre com o aço.<br />
c) apresenta uma magnetização desprezível sob a ação do<br />
ímã permanente.<br />
d) induz correntes elétricas na bobina mais intensas que a<br />
capacidade do captador.<br />
e) oscila com uma frequência menor do que a que pode<br />
ser percebida pelo captador.<br />
19) (ENEM) Há vários tipos de tratamentos de<br />
doenças cerebrais que requerem a estimulação de partes<br />
do cérebro por correntes elétricas. Os eletrodos são<br />
introduzidos no cérebro para gerar pequenas correntes<br />
em áreas específicas. Para se eliminar a necessidade de<br />
introduzir eletrodos no cérebro, uma alternativa é usar<br />
bobinas que, colocadas fora da cabeça, sejam capazes de<br />
induzir correntes elétricas no tecidos cerebral.<br />
Para que o tratamento de patologias cerebrais com<br />
bobinas seja realizado satisfatoriamente, é necessário que<br />
a) haja um grande número de espiras nas bobinas, o<br />
que diminui a voltagem induzida.<br />
b) o campo magnético criado pelas bobinas seja<br />
constante, de forma a haver indução letromagnética.<br />
c) se observe que a intensidade das correntes induzidas<br />
depende da intensidade da corrente nas bobinas.<br />
d) a corrente nas bobinas seja contínua, para que o<br />
campo magnético possa ser de grande intensidade.<br />
e) o campo magnético dirija a corrente elétrica das<br />
bobinas para dentro do cérebro do paciente.<br />
570
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18<br />
05 A 01 D 01 E D C 5,6.10 -6 T D 11 B E A A C C C<br />
ANOTAÇÕES:<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
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______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
571
CAPÍTULO 24 – FORÇA MAGNÉTICA<br />
1 – DEFINIÇÃO<br />
Todo condutor percorrido por corrente elétrica e<br />
imerso num campo magnético fica, em geral, sujeito a<br />
uma força F m, denominada força magnética.<br />
Vamos dar as características da força<br />
magnética F m que age num condutor retilíneo, de<br />
comprimento L, percorrido por uma corrente elétrica de<br />
intensidade i e imerso num campo magnético<br />
uniforme B. Seja θ o ângulo entre B e o condutor,<br />
orientado no sentido da corrente elétrica i.<br />
dedos lado a lado e o polegar levantado. Coloque o<br />
polegar no sentido da corrente elétrica i e os demais<br />
dedos no sentido do vetor B. O sentido da força<br />
magnética F m seria aquele para o qual a mão daria um<br />
empurrão.<br />
Campo magnético uniforme (B) é o mesmo em<br />
todos os pontos. As linhas de indução são retas paralelas<br />
igualmente espaçadas e igualmente orientadas.<br />
Observação: O sentido da força magnética pode também<br />
ser determinado pela regra da mão esquerda. Os dedos da<br />
mão esquerda são dispostos conforme a figura abaixo: o<br />
dedo indicador é colocado no sentido de B, o dedo médio<br />
no sentido de i. O dedo polegar fornece o sentido de F m.<br />
Força magnética F m que age num condutor reto<br />
de comprimento L, percorrido por corrente elétrica de<br />
intensidade i e imerso num campo magnético<br />
uniforme B.<br />
Características da F m:<br />
Direção: da reta perpendicular a B e ao condutor.<br />
Sentido: determinado pela regra da mão direita número<br />
2. Disponha a mão direita espalmada com os quatro<br />
Intensidade: a intensidade da força<br />
magnética F m depende da intensidade do vetor campo<br />
magnético B, da intensidade da corrente elétrica i, do<br />
comprimento L do condutor e do ângulo θ entre B e i. É<br />
dada por:<br />
F m = B . i . L . sen θ<br />
Observe que no caso em que o condutor é<br />
disposto paralelamente às linhas de indução, isto é, θ = 0<br />
ou θ = 180º, a força magnética é nula.<br />
572
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Aplicando a regra da mão direita número 2, represente<br />
a força magnética que age no condutor percorrido por<br />
corrente elétrica, nos casos indicados abaixo:<br />
4) Um condutor reto, de massa m e comprimento L,<br />
encontra-se em equilíbrio sob ação do campo magnético<br />
uniforme de intensidade B e da gravidade. Seja g a<br />
aceleração gravitacional.<br />
a) Represente as forças que agem no condutor e indique<br />
o sentido da corrente elétrica i, que percorre o condutor.<br />
b) Determine o valor de m em função de B, i, L e g.<br />
2) Uma espira retangular é colocada perpendicularmente<br />
as faces norte e sul entre as quais existe um campo<br />
magnético uniforme. As linhas de indução do campo<br />
partem da face norte e chegam à face sul. Considere o<br />
sentido da corrente indicado na figura. Represente as<br />
forças magnéticas que agem nos lados AB e CD da<br />
espira. Em relação ao observador O qual é o sentido<br />
inicial de giro da espira? Horário ou anti-horário?<br />
5) A barra homogênea de peso 2 N e de centro de<br />
gravidade CG, está apoiada em A. A espira quadrada<br />
CDGH, de peso desprezível e de lado 50 cm, está<br />
parcialmente imersa num campo magnético uniforme de<br />
intensidade B = 4. 10 -1 T.<br />
Quando pela espira circula uma corrente elétrica de<br />
intensidade 4 A a barra fica em equilíbrio na posição<br />
indicada. Nestas condições, qual deve ser o peso do<br />
bloco J?<br />
3) Um condutor retilíneo de comprimento 30 cm está<br />
imerso num campo magnético uniforme de intensidade B<br />
= 2.10 -3 T. Seja i = 5 A a intensidade da corrente elétrica<br />
que percorre o condutor. Determine a intensidade da<br />
força magnética que age no condutor nos casos indicados<br />
abaixo:<br />
573
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
574<br />
Aplicando a regra da<br />
mão direita número 2<br />
ou a regra da mão<br />
esquerda,<br />
determinamos os<br />
sentidos das forças<br />
que agem nos condutores AB e CD.<br />
Em relação ao observador o sentido inicial de<br />
giro da espira é horário.<br />
a) 3.10-3 N; b) 1,5.10-3 N<br />
4,4 N<br />
2 – NOVOS ASPECTOS DA FORÇA MAGNÉTICA<br />
Sendo a corrente elétrica um movimento<br />
ordenado de partículas eletrizadas, concluímos que uma<br />
partícula eletrizada em movimento num campo<br />
magnético fica, em geral, sob ação de uma força<br />
magnética.<br />
Vamos dar as características da força<br />
magnética F m que age numa partícula eletrizada com<br />
carga elétrica q, lançada com velocidade v num campo<br />
magnético uniforme B. Seja θ o ângulo entre B e a<br />
velocidade v.<br />
Força magnética que age numa partícula eletrizada<br />
com carga elétrica q lançada com velocidade num<br />
campo magnético .<br />
a) q > 0<br />
b) q < 0<br />
Características da força magnética F m:<br />
Direção: da reta perpendicular a B e a v<br />
Sentido: determinado pela regra da mão direita número<br />
2. Disponha a mão direita espalmada com os quatro<br />
dedos lado a lado e o polegar levantado. Coloque o<br />
polegar no sentido da velocidade v e os demais dedos no<br />
sentido do vetor B. O sentido da força<br />
magnética F m seria, para q>0, aquele para o qual a mão<br />
daria um empurrão. Para q0. Para q
3. Partícula eletrizada lançada perpendicularmente às<br />
linhas de indução de um campo magnético uniforme<br />
(v perpendicular a B).<br />
Neste caso, θ = 90º e sendo sen 90º = 1, resulta:<br />
Intensidade: a intensidade da força<br />
magnética F m depende do valor q da carga elétrica da<br />
partícula, do módulo v da velocidade com que a partícula<br />
é lançada, da intensidade do vetor campo magnético B e<br />
do ângulo θ entre B e v. É dada por:<br />
A força magnética é sempre perpendicular à<br />
velocidade v. Ela altera a direção da velocidade e não seu<br />
módulo. Sendo q, v e B constantes, concluímos que o<br />
módulo da força magnética F m é constante. Logo, a<br />
partícula está sob ação de uma força de módulo constante<br />
e que em cada instante é perpendicular à velocidade.<br />
CASOS PARTICULARES IMPORTANTES<br />
1. Se v = 0 (partícula abandonada em repouso),<br />
resulta F m = 0.<br />
Portanto, partículas eletrizadas abandonadas em repouso<br />
não sofrem ação do campo magnético.<br />
2. Partícula eletrizada lançada paralelamente às linhas de<br />
indução de um campo magnético uniforme (v paralelo<br />
a B)<br />
Neste caso, θ = 0 ou θ = 180º e sendo sen 0 = 0 e sen<br />
180º = 0, concluímos que a força magnética é nula.<br />
Portanto, a partícula realiza movimento circular uniforme<br />
(MCU).<br />
2.1 – CÁLCULO DO RAIO DA TRAJETÓRIA<br />
Seja m a massa da partícula e R o raio da<br />
trajetória. Observando que a força magnética é uma<br />
resultante centrípeta, vem:<br />
Portanto, a partícula desloca-se livre da ação de forças,<br />
realizando um movimento retilíneo e uniforme (MRU).<br />
2.2 – PARTÍCULA LANÇADA OBLIQUAMENTE ÀS<br />
LINHAS DE INDUÇÃO<br />
Neste caso, decompomos a velocidade de<br />
lançamento v nas componentes: v 1 (paralela a B)<br />
e v 2(perpendicular a B). Devido a v 1 a partícula descreve<br />
MRU e devido a v 2, MCU. A composição de um MRU<br />
575
com um MCU é um movimento denominado helicoidal.<br />
Ele é uniforme.<br />
3 – CONDUTORES PARALELOS<br />
Vamos considerar a ação entre condutores<br />
paralelos percorridos por correntes elétricas de mesmo<br />
sentido. Cada corrente elétrica origina um campo<br />
magnético que age sobre a outra. Assim,<br />
i 1 origina B 1 (regra da mão direita número 1), nos pontos<br />
onde está i 2. B 1 exerce num comprimento L do segundo<br />
condutor uma força magnética F m (regra da mão direita<br />
número 2 ou regra da mão esquerda).<br />
Reciprocamente i 2 origina B 2 (regra da mão direita<br />
número 1), nos pontos onde estái 1. B 2 exerce, num<br />
comprimento L do condutor percorrido por corrente i 1,<br />
uma força magnética -F m (regra da mão direita número 2<br />
ou regra da mão esquerda).<br />
576<br />
Observe que: correntes elétricas de mesmo<br />
sentido atraem-se.<br />
Vamos calcular a intensidade da força magnética de<br />
atração que o condutor longo (percorrido por corrente i 1)<br />
exerce num comprimento L do condutor percorrido por<br />
corrente i 2, e também a intensidade da força magnética<br />
de atração que o condutor longo (percorrido por<br />
corrente i 2) exerce num comprimento L do condutor<br />
percorrido por corrente i 1:<br />
Assim, vem:<br />
Vamos agora considerar a ação entre condutores<br />
paralelos e longos percorridos por correntes elétricas<br />
de sentidos opostos. Cada corrente elétrica origina um<br />
campo magnético que age sobre a outra.<br />
Assim, i 1 origina B 1 (regra da mão direita número 1), nos<br />
pontos onde está i 2. B 1 exerce num comprimento L do<br />
segundo condutor uma força magnética F m (regra da mão<br />
direita número 2 ou regra da mão esquerda).<br />
Reciprocamente i 2 origina B 2 (regra da mão direita<br />
número 1), nos pontos onde estái 1. B 2 exerce, num<br />
comprimento L do condutor percorrido por corrente i 1,<br />
uma força magnética -F m (regra da mão direita número 2<br />
ou regra da mão esquerda).<br />
Observe que: correntes elétricas de sentidos<br />
opostos repelem-se.
Vamos calcular a intensidade da força<br />
magnética de repulsão que o condutor longo (percorrido<br />
por corrente i 1) exerce num comprimento L do condutor<br />
percorrido por corrente i 2, e também a intensidade da<br />
força magnética de repulsão que o condutor longo<br />
(percorrido por corrente i 2) exerce num comprimento L<br />
do condutor percorrido por corrente i 1:<br />
01) retilínea.<br />
02) parabólica.<br />
03) helicoidal.<br />
04) circular.<br />
05) elíptica.<br />
Assim, vem:<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (UEFS) Uma partícula de massa 8,0 . 10 -31 kg é<br />
lançada com velocidade igual a 2,5 . 10 8 m/s,<br />
perpendicularmente a um campo de indução magnética<br />
de 2,0 . 10 -2 teslas, descrevendo um círculo de raio 25,0 .<br />
10 -2 m. A carga da partícula é:<br />
01) (UEFS) Em uma experiência para determinar o valor<br />
de um campo magnético uniforme, utilizou-se um fio<br />
condutor de 50 cm de comprimento disposto<br />
perpendicularmente às linhas de indução. Com os dados<br />
obtidos, construí-se o gráfico abaixo, que apresenta os<br />
valores da força que atua sobre o fio para cada valor de<br />
corrente que o percorre.<br />
a) 8.10 -22 C<br />
b) 2 . 10 -20 C<br />
c) 4 . 10 -20 C<br />
d) 5 . 10 -12 C<br />
e) 10 -11 C<br />
2) (UEFS) Um fio longo e retilíneo conduz uma corrente<br />
de 1,5A. Uma partícula com carga<br />
move-se<br />
com uma velocidade de 5 . 10 -6 m/s paralelamente ao fio,<br />
a 10cm desse e no mesmo sentido da corrente. Nessas<br />
condições, sendo μo = 4 . 10 -7 T.m/A, a intensidade da<br />
força magnética exercida sobre a partícula. em 10 -6 N, é<br />
igual a<br />
a) 18<br />
b) 24<br />
c) 32<br />
d) 45<br />
e) 53<br />
3) (UEFS) Uma partícula de carga q e peso desprezível<br />
se move com velocidade v, perpendicular às linhas de<br />
indução de um campo magnético B. A trajetória da<br />
partícula no interior do campo B é<br />
Com base nas informações fornecidas no gráfico, podese<br />
afirmar que a intensidade do vetor campo magnético,<br />
em 10 -2 T, é igual a<br />
a) 8<br />
b) 10<br />
c) 12<br />
d) 14<br />
e) 16<br />
2) (UNEB) Uma carga pontual de 10μC é lançada com<br />
velocidade de 10 5 m/s, perpendicularmente, a um campo<br />
magnético uniforme de intensidade 2T. O módulo da<br />
força magnética, em N, que atua sobre a carga é<br />
01) 1<br />
02) 2<br />
03) 3<br />
577
04) 4<br />
05) 5<br />
força máxima que ele poderá sofrer, sendo me- =<br />
9,00.10 -31 kg e lel= 1,60 .10 -19 C. é:<br />
3) (UNEB) Uma partícula eletrizada com carga elétrica q<br />
= 2 . 10 -6 C é lançada com velocidade v = 5 . 10 +4 m/s em<br />
uma região onde existe um campo magnético uniforme<br />
de intensidade 8T. Sabendo-se que o ângulo entre a<br />
velocidade e o campo magnético é de 30°, pode-se<br />
afirmar que a intensidade, em N, da força magnética<br />
sofrida pela partícula é<br />
01) 0,2<br />
02) 0,4<br />
03) 0,6<br />
04) 0,8<br />
05) 1,0<br />
a) 1,6 . 10 -12 N<br />
b) 3,8 . 10 -12 N<br />
c) 8,0 . 10 -12 N<br />
d) 9,6 . 10 -12 N<br />
e) 1.4 . 10 -12 N<br />
6) Um condutor reto e horizontal de comprimento L =<br />
0,20 m e massa m = 60g, percorrido por uma corrente de<br />
intensidade i = 15 A, encontra-se em equilíbrio sob as<br />
ações de um campo magnético de indução B e do campo<br />
gravitacional g, conforme a figura.<br />
4) (MACK-SP) Um íon de massa 8,0.10 -27 Kg e carga +<br />
1,6 . 10 -19 C "entra" na câmara de um espectrômetro de<br />
massa com uma energia cinética de 1,6.10 -16 J, após ter<br />
sido acelerado por uma ddp.<br />
Determine a intensidade de B e o sentido de i.<br />
7) (UESC) Uma partícula de massa 2.10 -6 kg e carga de<br />
2μC é lançada perpendicularmente a um campo<br />
magnético uniforme de intensidade 0,5T. O número de<br />
voltas que a partícula completa em um tempo igual a<br />
segundos é de<br />
Após descrever a trajetória ilustrada na figura, o íon<br />
atinge o ponto C de uma chapa fotográfica, distante de<br />
A:<br />
a) 0,10 cm<br />
b) 1,0 cm<br />
c) 2,0 cm<br />
d) 10 cm<br />
e) 20 cm<br />
5) (UF UBERLÂNDIA-MG) Um elétron penetra em<br />
uma região do espaço onde só existe um campo<br />
magnético de módulo 2,00.10 -2 T. Se a energia cinética<br />
do elétron, ao penetrar no campo, vale 4,05.10 -12 joules, a<br />
a) 5<br />
b) 10<br />
c) 15<br />
d) 20<br />
e) 25<br />
8) (UESB) A intensidade tia corrente elétrica que<br />
mantém em repouso um condutor de peso igual a 10N e<br />
comprimento igual a 1m na região do campo de indução<br />
magnética uniforme de intensidade 1T é igual a<br />
01) 1A<br />
02) 5A<br />
03) 8A<br />
578
04) 10A<br />
05) 5A<br />
9) (UFBA) A figura abaixo esquematiza o experimento<br />
realizado por J.J.Thomson para determinar a razão<br />
carga/massa do elétron. Nesse experimento, os elétrons,<br />
de massa m e carga q, são emitidos pela fonte F, a partir<br />
do repouso, e acelerados pela ddp U da fonte, penetrando<br />
na região do campo de indução magnética uniforme B,<br />
através do orifício O existente na placa e incidindo no<br />
ponto P.<br />
b) 2<br />
c) 5<br />
d) 10<br />
e) 15<br />
11) (ENEM)<br />
Desprezando-se as ações gravitacionais, é correto afirmar<br />
(01) As linhas de indução magnética são perpendiculares<br />
ao plano da figura, orientada para fora desse plano.<br />
(02) A força magnética que atua nos elétrons tem sentido<br />
da direita para a esquerda.<br />
(04) Na região de B , a variação da energia cinética é<br />
zero<br />
(08) A medida do segmento O OP é mv/qB.<br />
(16) O tempo de permanência dos elétrons na região de<br />
B é m/qB.<br />
10) Uma partícula com massa igual a 5,0mg com carga<br />
inicial a 2,0μC penetra com velocidade de módulo igual<br />
a 4,0.10 6 m/s em uma região onde existe um campo<br />
magnético uniforme de módulo igual a 0,5T conforme a<br />
figura.<br />
Nessas condições, o intervalo de tempo decorrido entre a<br />
entrada e a colisão da partícula com o anteparo será<br />
igual, em segundos, a<br />
a) <br />
Desenvolve-se um dispositivo para abrir<br />
automaticamente uma porta no qual um botão, quando<br />
acionado, faz com que uma corrente elétricai = 6 A<br />
percorra uma barra condutora de comprimento L = 5 cm,<br />
cujo ponto médio está preso a uma mola de constante<br />
elástica k = 5 ×10² N/cm. O sistema mola condutor está<br />
imerso em um campo magnético uniforme perpendicular<br />
ao plano. Quando acionado o botão, a barra sai da<br />
posição de equilíbrio a uma velocidade média de 5 m/s e<br />
atingirá a catraca em 6 milissegundos abrindo a porta.<br />
Desenvolve-se um dispositivo para abrir<br />
automaticamente uma porta no qual um botão, quando<br />
acionado, faz com que uma corrente elétricai = 6 A<br />
percorra uma barra condutora de comprimento L = 5 cm,<br />
cujo ponto médio está preso a uma mola de constante<br />
elástica k = 5 × 102N/cm. O sistema mola condutor está<br />
imerso em um campo magnético uniforme perpendicular<br />
ao plano. Quando acionado o botão, a barra sai da<br />
posição de equilíbrio a uma velocidade média de 5 m/s e<br />
atingirá a catraca em 6 milissegundos abrindo a porta. A<br />
intensidade do campo magnético para que o dispositivo<br />
funcione corretamente, é de<br />
a)5 × 10-1T.<br />
b)5 × 10-2T.<br />
c)5 × 101T.<br />
d)2 × 10-2T.<br />
e)2 × 100 T<br />
579
CAPÍTULO 25 – INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA<br />
1 – FLUXO MAGNÉTICO DE UM CAMPO<br />
UNIFORME ATRAVÉS DE UMA ESPIRA PLANA<br />
O fluxo magnético mede o número de linhas de indução<br />
que atravessa a área A de uma espira imersa no campo<br />
magnético.<br />
Aproximando-se ou afastando-se o imã, varia o fluxo<br />
magnético através da espira e o amperímetro A indica a<br />
passagem de corrente elétrica.<br />
Quando o fluxo magnético varia na superfície de uma<br />
espira, surge na espira uma corrente elétrica<br />
denominada corrente elétrica induzida.<br />
É por definição a grandeza escalar:<br />
Φ = B . A . cos θ<br />
x<br />
em que θ é o ângulo entre o vetor B e a normal n à área<br />
da espira.<br />
Unidades no Sistema Internacional<br />
* Maneiras de se variar o fluxo magnético<br />
• Variando-se B. Por exemplo, aproximando-se ou<br />
afastando-se o ímã da espira.<br />
• Variando-se A. Por exemplo, deformando a espira<br />
• Variando-se o ângulo θ: girando-se a espira<br />
3 – LEI DE LENZ<br />
O sentido da corrente induzida é tal que, por seus efeitos,<br />
opõe-se á causa que lhe deu origem.<br />
2 – INTERPRETAÇÃO FÍSICA<br />
Ao aproximarmos da espira o pólo norte do ímã<br />
surge na face da espira, voltada ao ímã, um pólo que se<br />
580
opõe à aproximação. Trata-se, portanto, de um pólo<br />
norte. Isto significa que o campo gerado pela corrente<br />
induzida está saindo desta face. Pela regra da mão direita<br />
número 1 concluímos que a corrente induzida tem<br />
sentido anti-horário, vista pelo observador O.<br />
Ao afastarmos da espira o pólo norte do ímã<br />
surge na face da espira, voltada ao ímã, um pólo que se<br />
opõe ao afastamento. Trata-se, portanto, de um pólo sul.<br />
Isto significa que o campo gerado pela corrente induzida<br />
está chegando a esta face. Pela regra da mão direita<br />
número 1 concluímos que a corrente induzida tem<br />
sentido horário, vista pelo observador O.<br />
Face norte => sentido anti-horário<br />
Face sul => sentido horário<br />
Ao analisarmos a indução eletromagnética<br />
vimos que quando o fluxo magnético varia na superfície<br />
de uma espira, surge na espira uma corrente elétrica<br />
denominada corrente elétrica induzida. Estudamos<br />
também a Lei de Lenz que permite determinar o sentido<br />
da corrente elétrica induzida: o sentido da corrente<br />
induzida é tal que, por seus efeitos, opõe-se à causa que<br />
lhe deu origem.<br />
número 1 concluímos que a corrente induzida tem<br />
sentido horário, vista pelo observador O.<br />
Vamos apresentar a Lei de Lenz de outro modo. Para<br />
isso, observe a situação indicada na figura onde uma<br />
espira está imersa num campo magnético B, cuja<br />
intensidade varia no decurso do tempo.<br />
A intensidade de B varia no decurso do tempo<br />
O campo magnético B gera um fluxo magnético<br />
φ denominado fluxo indutor. A corrente elétrica induzida<br />
i gera um fluxo magnético φ' denominado fluxo<br />
induzido. A Lei de Lenz pode também ser assim<br />
enunciada: o sentido da corrente induzida é tal que<br />
origina um fluxo induzido φ' que se opõe à variação do<br />
fluxo magnético indutor φ. Deste modo,<br />
se φ cresce φ' surge em sentido contrário para se opor ao<br />
crescimento de φ.<br />
Se φ decresce φ' surge no mesmo sentido para se opor à<br />
diminuição de φ. As duas situações estão exemplificadas<br />
abaixo:<br />
Ao aproximarmos da espira o pólo norte do ímã<br />
surge na face da espira, voltada ao ímã, um pólo que se<br />
opõe à aproximação. Trata-se, portanto, de um polo<br />
norte. Isto significa que o campo gerado pela corrente<br />
induzida está saindo desta face. Pela regra da mão direita<br />
número 1 concluímos que a corrente induzida tem<br />
sentido anti-horário, vista pelo observador O.<br />
Se B aumenta, φ aumenta e φ' surge em sentido<br />
oposto. Pela regra da mão direita número 1, concluímos<br />
que a corrente induzida i tem sentido anti-horário.<br />
Ao afastarmos da espira o pólo norte do ímã<br />
surge na face da espira, voltada ao ímã, um pólo que se<br />
opõe ao afastamento. Trata-se, portanto, de um pólo sul.<br />
Isto significa que o campo gerado pela corrente induzida<br />
está chegando a esta face. Pela regra da mão direita<br />
581
Se B diminui, φ diminui e φ' surge no mesmo<br />
sentido. Pela regra da mão direita número 1, concluímos<br />
que a corrente induzida i tem sentido horário.<br />
4 – LEI DE FARADAY – NEUMANN<br />
Suponha estabelecido um fluxo de indução<br />
através de um condutor a força eletromotriz média<br />
induzida nesse condutor, em determinado intervalo de<br />
tempo ∆t, é dada pela expressão, que traduz a lei de<br />
Faraday – Neumann<br />
Onde ∆O é a variação do fluxo indutor<br />
A expressão acima mostra que femi é tano mais intenso<br />
quanto mais rápida for a variação do fluxo indutor<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Nas figuras o condutor AC, apoiado num condutor<br />
dobrado formando a letra C, desloca-se com<br />
velocidade v. O conjunto está imerso num campo<br />
magnético uniforme B. Nestas condições, a área da<br />
espira varia e portanto varia o fluxo magnético φ.<br />
Determine o sentido da corrente elétrica induzida em<br />
cada uma das situações<br />
582<br />
2) Uma espira retangular atravessa uma região na qual<br />
existe um campo magnético uniforme B. Determine o<br />
sentido da corrente elétrica induzida nos casos:<br />
a) A espira está entrando no campo.<br />
b) A espira desloca-se totalmente imersa no campo.<br />
c) A espira está saindo do campo.<br />
3) Um condutor retilíneo e uma espira circular situam-se<br />
num mesmo plano. O condutor retilíneo é percorrido por<br />
uma corrente elétrica de intensidade I. Determine o<br />
sentido da corrente elétrica i induzida na espira nos<br />
casos:<br />
a) I cresce com o decorrer do tempo<br />
b) I decresce com o decorrer do tempo.<br />
4) Uma bateria, uma bobina e uma espira circular, cujo<br />
eixo coincide com o da bobina, estão dispostos conforme<br />
mostra a figura. Determine o sentido da corrente elétrica<br />
induzida no instante em que a chave ch é fechada e no<br />
instante em que é aberta. Permanecendo a chave fechada,<br />
há corrente induzida na espira?
GABARITO<br />
1<br />
a) anti-horário; b) horário<br />
2<br />
a) anti-horário; b) nula; c) horário<br />
3<br />
a) anti-horário; b) horário<br />
4<br />
Em relação a um observador situado do lado da<br />
bobina:<br />
• Instante em que a chave é fechada: horário<br />
• Instante em que a chave é aberta: anti-horário<br />
• No intervalo de tempo em que a chave permanece<br />
fechada: não há corrente induzida, pois o fluxo<br />
magnético não varia.<br />
ATIVIDADES PARA SALA<br />
1) (UFPA) A figura a seguir mostra uma barra metálica<br />
que faz contato com um circuito aberto, fechando-o. A<br />
área do circuito é perpendicular a um campo magnético<br />
constante B =0,15 T A resistência total do circuito é de<br />
3,0 Ω . Qual é a intensidade da força necessária para<br />
mover a barra; como indicado na figura, com uma<br />
velocidade constante igual a 2,0 m/s?<br />
a) 5,5 . 10 -1 N<br />
b) 2,50 . 10 -2 N<br />
c) 3,75 . 10 -3 N<br />
d) 2,25 . 10 -3 N<br />
e) 5,50 . 10 -4 N<br />
2) A figura mostra o lado de uma espira metálica sendo<br />
deslocada para a direita com a velocidade v = 20 m/s em<br />
um campo magnético uniforme de intensidade 0,10T,<br />
perpendicular ao plano da figura. A fem induzida na<br />
espira vale:<br />
a) 1,2 V<br />
b) 120V<br />
c) 24V<br />
d) 3V<br />
e) 0<br />
3) Se a resistência R for igual a 0,8 no teste anterior,<br />
enquanto existir fem induzida teremos uma corrente<br />
induzida valendo:<br />
a) 1,5A<br />
b) 0,15 A<br />
c) 30 mA<br />
d) 0<br />
e) indeterminada<br />
4) (UFBA) A figura abaixo representa uma barra<br />
condutora, AB, de resistência elétrica desprezível e<br />
comprimento de 5x10 -1 m, que se desloca<br />
horizontalmente, com movimento uniforme, sem atrito,<br />
em contato com os trilhos condutores AC<br />
e BD, sob a ação da força F , de intensidade 10 -1 N. O<br />
resistor interligado ao circuito tem resistência de 16Ω , e<br />
todo o conjunto se encontra imerso num campo de<br />
indução magnética B , de intensidade 2 x 10 -1 T.<br />
Considere-se cos = ½ e despreze-se a resistência interna<br />
dos condutores AC e BD. Determine, em volts, a ddp<br />
estabelecida entre os pontos A e B.<br />
583
5) (UESC) No estudo da indução eletromagnética,<br />
utiliza-se a grandeza fluxo magnético que, no caso de um<br />
campo magnético uniforme, é máximo quando as linhas<br />
de indução incidem sobre uma superfície plana de área<br />
A,<br />
01) perpendicularmente à superfície.<br />
02) paralelamente à superfície.<br />
03) sob ângulo de 30º em relação à superfície.<br />
04) sob ângulo de 45º em relação à superfície.<br />
05) sob ângulo de 60º em relação à superfície.<br />
6) Uma barra condutora AB, de resistência desprezível,<br />
está em contato com as guias metálicas CA e DB,<br />
também de resistências nulas. A resistência R vale 0,6Ω<br />
e o circuito encontra-se em um campo magnético<br />
uniforme B= 1,5 T perpendicular ao plano da figura.<br />
Quando a barra se desloca para a direita, com velocidade<br />
v = 2 m/s constante, calcule:<br />
a) a fem induzida;<br />
b) a intensidade de corrente elétrica que se estabelece no<br />
circuito e o seu sentido.<br />
7) (UESB) A figura representa um condutor metálico<br />
retilíneo, de comprimento igual a 1m, deslocando-se com<br />
velocidade constante, de módulo igual a 10m/s, às linhas<br />
de indução de um campo magnético uniforme B, de<br />
intensidade igual a 2T.<br />
584<br />
Com base nessas informações, pode-se afirmar que a<br />
diferença de potencial elétrico induzido, entre as<br />
extremidades da barra, é igual, em volts, a<br />
01) 10<br />
02) 20<br />
03) 30<br />
04) 40<br />
05) 50<br />
8) (UESC) Considere-se uma barra condutora de<br />
comprimento L, que se move sobre um trilho metálico<br />
com velocidade constante de módulo v, em uma região<br />
onde existe um campo de indução magnética uniforme<br />
constante B, conforme a figura.<br />
Sabendo-se que a resistência elétrica total do circuito é R<br />
e que os vetores, B e v, estão situados em um mesmo<br />
plano vertical, pode-se afirmar que a intensidade da<br />
corrente elétrica induzida que percorre o circuito é dada<br />
pela expressão<br />
01) BvL /R<br />
02) BvLsen /R<br />
03) BvLcos /R<br />
04) BvLtg /R<br />
05) BvLcotg /R<br />
9) (UESB) Uma espira quadrada de lado 10cm e<br />
resistência elétrica de 5 Ω está disposta<br />
perpendicularmente às linhas de indução de um campo<br />
magnético uniforme de indução B= 6T. Após um certo<br />
intervalo de tempo, o campo é reduzido à metade. Com<br />
base nas informações, a quantidade de carga elétrica<br />
induzida que atravessa a espira, nesse intervalo de<br />
tempo, é igual, em mC, a<br />
01) 2
02) 4<br />
03) 6<br />
04) 8<br />
05) 10<br />
10) (UESB) Um fio de 1m de comprimento está se<br />
movendo com velocidade de 2m/s, perpendicularmente a<br />
um campo magnético de 5Wb/m 2 , e suas extremidades<br />
estão ligadas por um circuito de resistência total de 2Ω.<br />
Nessas condições, a potência necessária para manter o<br />
fio em movimento, com velocidade constante, é igual,<br />
em W, a,<br />
01) 20<br />
02) 30<br />
03) 40<br />
04) 50<br />
05) 60<br />
11) (UESC) A figura representa o esquema simplificado<br />
de um dispositivo elétrico denominado transformador.<br />
( ) Quando a bobina primária é percorrida por uma cor<br />
rente contínua e constante, a bobina secundária será<br />
percorrida por uma corrente elétrica induzida contínua.<br />
A alternativa que indica a seqüencia correta, de cima<br />
para o baixo, é a<br />
01) VVFF<br />
02) FFVV<br />
03) VFVF<br />
04) FVFV<br />
05) FVVV<br />
ATIVIDADES PROPOSTAS<br />
1) (UFRR) Um campo magnético uniforme, com<br />
intensidade de 1,0 mT, está dirigido verticalmente para<br />
cima (saindo do papel). Um próton, com uma energia<br />
cinética de 7,2 .10 -13 J, entra na região do campo<br />
magnético, movendo-se horizontalmente do sul para o<br />
norte. Na região de campo magnético, qual é a força de<br />
deflexão magnética que atua sobre o próton? Considere<br />
1,6.10 -27 kg e 1,6.10 -19 C a massa e a carga do próton,<br />
respectivamente.<br />
a) 4,8.10 -15 N, na direção horizontal, de oeste para leste.<br />
Analise as afirmativas, assinalando V para as verdadeiras<br />
e F, para as falsas.<br />
( ) Nos transformadores reais, existem "perdas" de<br />
energia causadas pelo efeito Joule nos enrolamentos e<br />
pelas correntes de Foucault induzidas no núcleo do<br />
transformador.<br />
( ) Se a bobina primária tiver maior número de espiras<br />
do que na bobina secundária, então a potência dissipada<br />
na bobina primária será maior que a da bobina<br />
secundária, considerando o aparelho ideal.<br />
( ) Só existirá corrente elétrica induzida no secundário se<br />
a bobina do primário for percorrida por uma corrente<br />
alternada.<br />
b) 4,4.10 -14 N, na direção horizontal, de oeste para leste.<br />
c) 4,0.10 -13 N, na direção vertical, entrando no papel.<br />
d) 4,4.10 -14 N, na direção horizontal, de leste para oeste.<br />
e) 4,8.10 -15 N, na direção horizontal, de leste para oeste.<br />
2) (UFRPE) Uma corrente constante de valor i = 1 A<br />
percorre um fio retilíneo, delgado, infinito e horizontal<br />
(ver figura). Uma partícula de carga 10 -19 C e peso 10 -30<br />
N move-se no vácuo horizontalmente, com velocidade<br />
constante de módulo 10 -5 m/s.<br />
585
Sabendo que a permeabilidade magnética no vácuo vale<br />
4.10 -7 T.m/A, qual a distância D, em metros, da<br />
partícula ao fio?<br />
a) 0,1<br />
b) 0,2<br />
c) 0,3<br />
d) 0,4<br />
e) 0,5<br />
3) (UFMT) Em uma região de alto vácuo, em que existe<br />
um campo magnético B = 4. 10 -4 T, são lançados um<br />
próton e um elétron com a mesma velocidade,<br />
perpendicularmente às linhas de campo magnético. A<br />
razão entre os raios do próton e do elétron é,<br />
aproximadamente:<br />
Dados:<br />
Carga do próton = 1,6.10 -19 C<br />
Carga do elétron = - 1,6.10 -19 C<br />
Massa do elétron = 9,11.10 -31 kg<br />
Massa do próton = 1,67.10 -27 kg<br />
a) 5,45.10 -4 .<br />
b) 1,52.10 -57 .<br />
c) 1,67.10 -27 .<br />
d) 1,83.10 +3 .<br />
e) 1,67.10 +27 .<br />
4) (Cefet-GO) Um próton e um elétron, ambos com a<br />
mesma velocidade, seguindo uma direção horizontal,<br />
penetram numa câmara contendo um campo magnético<br />
uniforme (entram na folha de papel) e vácuo no seu<br />
interior.<br />
Entre as opções da figura, o próton e o elétron<br />
descreverão, respectivamente, as seguintes trajetórias<br />
com relação<br />
à direção de penetração:<br />
a) arco menor acima / arco menor abaixo.<br />
b) arco maior abaixo / arco menor abaixo.<br />
c) arco menor abaixo / arco maior acima.<br />
586<br />
d) arco maior abaixo / arco menor acima.<br />
e) arco maior acima / arco menor acima.<br />
5) (Ufal) Uma carga puntiforme, inicialmente em<br />
movimento retilíneo, ingressa numa região de campo<br />
magnético uniforme com a mesma direção da sua<br />
velocidade inicial, porém com sentido oposto ao desta.<br />
Considerando apenas a ação do campo magnético sobre<br />
tal carga, pode-se afirmar que a velocidade da carga:<br />
a) não mudará nem o módulo, nem a direção, nem o<br />
sentido.<br />
b) não mudará nem a direção, nem o sentido, mas<br />
aumentará o módulo.<br />
c) não mudará nem a direção, nem o sentido, mas<br />
diminuirá o módulo.<br />
d) não mudará nem o módulo, nem o sentido, mas<br />
modificará a direção.<br />
e) não mudará o módulo, mas modificará a direção e o<br />
sentido.<br />
6) (UEMG) Uma carga elétrica é abandonada numa<br />
região do espaço onde atua apenas um campo magnético.<br />
Nessas condições, é correto afirmar que:<br />
a) a carga elétrica permanecerá em repouso.<br />
b) a carga elétrica passa a se mover em linha reta, com<br />
aceleração constante.<br />
c) a carga elétrica passa a se mover em movimento<br />
circular uniforme.<br />
d) a força magnética que atua na carga é perpendicular à<br />
sua velocidade.<br />
7) (UFMT) Em um acelerador cíclotron de raio R 5 0,5<br />
m, o campo magnético uniforme de 1 T é aplicado sobre<br />
um dêuteron, que, ao ser acelerado por um campo<br />
elétrico variável de frequência de 13 MHz, terá como<br />
energia cinética :<br />
a) 6,25 MeV.<br />
b) 12,5 MeV.<br />
c) 1 peV.<br />
d) 6,25 μeV.<br />
e) 12,5 μeV.
8) (UFLA-MG) Um feixe de partículas eletrizadas P1 e<br />
P2, de mesma massa, penetra em um campo magnético B<br />
com mesma velocidade v. Observa-se que o feixe, ao<br />
penetrar no campo magnético, divide-se em dois,<br />
percorrendo trajetórias circulares de raios R1 = 2R2,<br />
conforme figura abaixo.<br />
10) (UFU-MG) Considere um fio condutor suspenso por<br />
uma mola de plástico na presença de um campo<br />
magnético uniforme que sai da página, como mostrado<br />
na figura abaixo. O módulo do campo magnético é B = 3<br />
T. O fio pesa 180 g e seu comprimento é 20 cm.<br />
É correto afirmar:<br />
a) A força magnética que atua nas partículas eletrizadas<br />
P1 é maior que a força magnética que atua nas partículas<br />
eletrizadas P2, e por isso descrevem uma trajetória de<br />
raio R1 maior que R2.<br />
b) A força magnética que atua nas partículas eletrizadas<br />
P2 é maior que a força magnética que atua nas partículas<br />
eletrizadas P1, e por isso descrevem uma trajetória de<br />
raio R2 menor que R1.<br />
c) As cargas elétricas das partículas P1 e P2 são de<br />
mesmo sinal, sendo a carga da partícula P1 maior que a<br />
da partícula P2.<br />
d) As cargas elétricas das partículas P1 e P2 são de sinais<br />
contrários, sendo a carga da partícula P2 menor que a da<br />
partícula P1.<br />
Considerando g = 10 m/s 2 , o valor e o sentido da corrente<br />
que deve passar pelo fio para remover a tensão da mola<br />
é:<br />
a) 3 A da direita para a esquerda.<br />
b) 7 A da direita para a esquerda.<br />
c) 0,5 A da esquerda para a direita.<br />
d) 2,5 A da esquerda para a direita.<br />
11) (UCPel-RS) Considere as afirmativas abaixo e as<br />
analise como verdadeiras (V) ou falsas (F).<br />
9) (UEA-AM) Dois fios condutores retilíneos e de<br />
comprimento muito longo estão dispostos paralelamente<br />
e separados por uma distância d. Os fios são percorridos<br />
por correntes elétricas.<br />
Assinale a alternativa correta sobre a força magnética de<br />
interação entre eles.<br />
a) A força magnética é de atração quando as correntes<br />
têm sentidos opostos, e seu módulo é inversamente<br />
proporcional a d.<br />
b) A força magnética entre os condutores é sempre<br />
repulsiva, qualquer que seja o sentido das correntes.<br />
c) A força magnética entre os condutores não depende da<br />
distância entre os fios.<br />
d) A força magnética é repulsiva quando as correntes têm<br />
sentidos opostos, e sua intensidade é inversamente<br />
proporcional a d.<br />
e) A força magnética é de repulsão quando os fios são<br />
percorridos por correntes de mesmo sentido.<br />
I. Um condutor retilíneo, percorrido por uma corrente i,<br />
colocado em um campo magnético uniforme, paralelo à<br />
direção desse campo, fica sujeito a uma força na mesma<br />
direção do campo.<br />
II. Um condutor retilíneo, percorrido por uma corrente de<br />
intensidade constante, colocado em um campo<br />
magnético, não sofrerá nenhuma influência se o campo<br />
for constante.<br />
III. Num ímã, o polo que atrai a limalha de ferro é<br />
somente o norte.<br />
IV. As linhas de um campo magnético, dependendo do<br />
que origina o campo magnético, podem estar abertas ou<br />
fechadas.<br />
V. Cargas elétricas criam sempre campos elétricos e<br />
magnéticos. A opção correta é:<br />
a) V – F – F – F – V.<br />
b) V – V – F – V – F.<br />
c) F – F – F – F – F.<br />
587
d) F – F – V – V – V.<br />
e) V – V – V – V – V.<br />
12) (TIPO ENEM) A respeito da força magnética,<br />
assinale a afirmativa falsa.<br />
a) As auroras boreal e austral são ocasionadas pela<br />
interação do oxigênio da atmosfera com as partículas<br />
eletrizadas do vento solar. Tais partículas, ao encontrar o<br />
campo magnético da Terra, na magnetosfera, são<br />
desviadas e aceleradas para as regiões polares e lá<br />
encontram o oxigênio que absorve sua energia mediante<br />
as colisões. Depois, a energia é liberada em forma de luz.<br />
Pode-se afirmar então que, nesse fenômeno, a força<br />
magnética é fator importante.<br />
b) O campo magnético da Terra é importante para manter<br />
a atmosfera, pois a colisão das partículas ionizadas do<br />
vento estelar com a atmosfera de um planeta, sem a<br />
presença de um campo magnético, é capaz de erodir a<br />
atmosfera rapidamente.<br />
c) Uma partícula carregada que entra perpendicularmente<br />
em um campo magnético uniforme tem maior energia<br />
cinética quanto menor for o raio da trajetória circular que<br />
ela descreve.<br />
d) Uma partícula que penetra perpendicularmente, em<br />
um campo magnético uniforme, terá o vetor impulso<br />
voltado para o centro da trajetória e perpendicular ao<br />
plano formado pelo vetor velocidade e a força magnética.<br />
e) As longas linhas de transmissão de energia elétrica,<br />
formadas por vários fios paralelos, sofrem a ação de<br />
forças magnéticas ocasionadas pela proximidade entre os<br />
fios, mesmo que as correntes que circulam por essas<br />
linhas sejam alternadas.<br />
13) (TIPO ENEM) Leia o texto a seguir para resolver a<br />
questão.<br />
Foguete de magnetoplasma de impulso específico<br />
variável Um dos grandes desafios das viagens de<br />
exploração espacial é o fato de, até o momento, não<br />
existirem tecnologias capazes de diminuir o enorme<br />
volume de combustível necessário para as longas viagens<br />
interplanetárias.<br />
Uma das tentativas de superar esse obstáculo é a criação<br />
do propulsor VASIMR (Variable Specific Impulse<br />
Magnetoplasma Rocket), que se baseia no mesmo<br />
princípio de um foguete convencional, mas utiliza fonte<br />
de impulso diferente da queima de combustível.<br />
O VASIMR é capaz de produzir um forte jato de plasma<br />
superaquecido e, daí, tirar sua força de propulsão.<br />
O plasma, que nada mais é do que um gás ionizado<br />
constituído de elétrons livres, íons e átomos neutros, é<br />
produzido, superaquecido e expelido pelo foguete em<br />
três etapas:<br />
1ª etapa<br />
No início, dentro de uma célula – denominada<br />
frontal –, um gás propelente, normalmente o hidrogênio,<br />
é injetado e ionizado para criar plasma. A presença de<br />
um número não desprezível de portadores de carga (íons<br />
e elétrons livres) torna o plasma eletricamente condutor,<br />
o que faz com que ele responda fortemente a campos<br />
eletromagnéticos.<br />
2ª etapa<br />
O plasma, sob a ação de um campo magnético,<br />
que tem como uma de suas funções contê-lo nas<br />
câmaras, é pressionado e se desloca para uma segunda<br />
célula – chamada central. Nela, o plasma é<br />
superaquecido por ondas eletromagnéticas. Também são<br />
utilizadas ondas de rádio para adicionar energia ao<br />
plasma, de maneira semelhante ao modo como funciona<br />
um forno de micro-ondas.<br />
3ª etapa<br />
Após o superaquecimento, o plasma, sob alta<br />
pressão, é deslocado para a terceira e última célula –<br />
denominada posterior. Um bocal magnético acelera o<br />
plasma, que, ao ser liberado para o espaço, se constitui<br />
em um fluxo de matéria em altíssima velocidade.<br />
O anel magnético no final da última célula permite que o<br />
fluxo seja direcionado de tal forma que o plasma não<br />
toque na estrutura do motor nem da nave e seja expelido<br />
na direção necessária para o deslocamento dela. Se o<br />
plasma tocar qualquer parte da nave, provavelmente ela<br />
será destruída, pois a temperatura dele, ao ser expelido, é<br />
de até 100 milhões de graus Celsius (25 mil vezes mais<br />
quente do que os gases expelidos pelo ônibus espacial).<br />
Veja a seguir o esquema ilustrativo dessa estrutura.<br />
588
livre do plasma) rumo ao espaço. Pelo princípio da<br />
conservação da quantidade de movimento, esse fluxo de<br />
plasma acelera a nave no sentido inverso.<br />
d) A ejeção do plasma deve ser capaz de acelerar a nave<br />
até velocidades próximas a 300 km/s no vácuo;<br />
entretanto, o impulso obtido pelo motor VASIMR não é<br />
suficiente para vencer a força gravitacional terrestre,<br />
impedindo que o motor seja utilizado para o lançamento<br />
da nave.<br />
Em uma missão de longa distância, as versões<br />
atuais do motor VASIMR seriam capazes de acelerar a<br />
nave, de forma contínua, até velocidades próximas a 300<br />
km/s no vácuo. Motores como esses também poderiam<br />
ser usados para reposicionar satélites na órbita da Terra<br />
com grande economia de espaço, pois a natureza do<br />
combustível utilizado não necessita de grandes volumes,<br />
como no caso dos combustíveis atuais.<br />
Outra grande vantagem dessa tecnologia é a<br />
versatilidade, pois é possível controlar tanto o fluxo de<br />
plasma quanto o impulso imposto ao foguete. Isso<br />
proporciona a otimização das trajetórias, uma vez que<br />
permite aumentar o impulso para escapar das órbitas<br />
planetárias e diminuí-lo na situação de cruzeiro<br />
interplanetário, quando não há necessidade de impulso<br />
complementar para escapar de campos gravitacionais.<br />
Porém, essa tecnologia não pode ser usada para<br />
acelerar a nave a partir da Terra, pois o impulso obtido é<br />
de pequena intensidade, insuficiente para que o foguete<br />
consiga escapar da gravidade terrestre.<br />
Com base nas informações do texto e em seus<br />
conhecimentos sobre <strong>Física</strong>, assinale a afirmativa falsa.<br />
a) Durante todo o processo, após seu aquecimento, o<br />
plasma deve ser confinado e direcionado através de<br />
campos magnéticos, de tal maneira que não haja contato<br />
direto entre ele e a nave. Esse confinamento só é possível<br />
por se tratar de uma massa ionizada, sujeita à ação das<br />
forças magnéticas.<br />
b) Um dos processos de energização e aumento de<br />
temperatura do plasma é semelhante ao utilizado pelos<br />
fornos de micro-ondas encontrados em residências, ou<br />
seja, transfere energia por meio da ressonância<br />
magnética.<br />
c) A aceleração do plasma se dá pela ação da força<br />
magnética, desviando os portadores de carga (a matéria<br />
e) Como o impulso deve ser contínuo, a aceleração que<br />
ele provê à nave será metade da viagem acelerando e a<br />
outra metade retardando, para que, assim, chegue ao<br />
destino em condições de manobras de pouso.<br />
14) (UCPel-RS) Considere as afirmativas abaixo e as<br />
analise como verdadeiras (V) ou ou falsas (F).<br />
I. Se uma partícula carregada se desloca em linha reta em<br />
alguma região do espaço, concluímos que o campo<br />
magnético, nessa região, é nulo.<br />
II. A força elétrica realiza trabalho para deslocar uma<br />
partícula carregada, enquanto a força magnética<br />
associada a um campo magnético permanente não realiza<br />
trabalho, quando uma partícula carregada é deslocada.<br />
III. Na queda de um raio, a carga negativa desloca-se<br />
rapidamente de uma nuvem para o solo; devido ao<br />
campo magnético da Terra, o raio é desviado para oeste.<br />
IV. A força, que um fio condutor percorrido por uma<br />
corrente elétrica exerce sobre um elétron, que se desloca<br />
paralelamente ao fio com uma velocidade de mesmo<br />
sentido da corrente que atravessa o condutor, é de<br />
atração.<br />
V. Um elétron e um próton são lançados com<br />
velocidades de mesmo módulo e perpendiculares a um<br />
campo de indução magnético B. Então, os raios de suas<br />
trajetórias serão iguais.<br />
A sequência correta para as afirmações anteriores é:<br />
a) F – F – F – F – F.<br />
b) F – F – V – V – F.<br />
c) F – V – V – V – F.<br />
d) F – V – V – F – F.<br />
e) V – V – V – V – V.<br />
589
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14<br />
A B D B A A A B D A C C E D<br />
ANOTAÇÕES:<br />
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______________________________________________ ______________________________________________<br />
590
ATIVIDADES ARRETADAS DE CASA<br />
1) (IFG-GO) Um forno de micro-ondas opera na<br />
voltagemde 120 V e corrente de 5 A. Colocam-se nesse<br />
forno 200 cm 3 de água a temperatura de 25 °C. Admita<br />
que toda a energia do forno e utilizada para aquecer a<br />
água.<br />
Para simplificar, adote 1 cal igual a 4 J, calor especifico<br />
da água igual a 1 cal/g °C e a densidade da água igual a<br />
1 kg/litro. O intervalo de tempo gasto para a água atingir<br />
a temperatura de 100 °C e de:<br />
a) 25 segundos.<br />
b) 100 segundos.<br />
c) 50 segundos.<br />
d) 75 segundos.<br />
e) 90 segundos.<br />
2) (ITA) Um fio condutor e derretido quando o calor<br />
gerado pela corrente que passa por ele se mantém maior<br />
que o calor perdido pela superfície do fio (desprezando<br />
a condução de calor pelos contatos). Dado que uma<br />
corrente de 1 A e a mínima necessária para derreter um<br />
fio de seção transversal circular de 1 mm de raio e 1 cm<br />
de comprimento, determine a corrente mínima necessária<br />
para derreter um outro fio da mesma substancia<br />
comseção transversal circular de 4 mm de raio e 4 cm de<br />
comprimento.<br />
a) 1/8 A<br />
b) 1/4 A<br />
c) 1 A<br />
d) 4 A<br />
e) 8 A<br />
3) Tem-se funcionando uma torneira elétrica, cujos<br />
valores nominais são:<br />
1100W – 110V. Calcule:<br />
a) o número de elétrons que passam, em 4 minutos, por<br />
uma secção transversal de sua resistência (condutor);<br />
b) a velocidade media dos elétrons, sabendo que o<br />
condutor possui área de secção transversal igual a 0,8<br />
mm² e que em 1 cm³ do mesmo existem 5.10²³ elétrons<br />
livres. Considere o valor da carga elementar e =<br />
1,6. C e admita contínua a corrente.<br />
4) (EEM-SP) A Terra recebe do sol radiante, a razão de<br />
2,0 cal/cm².min. Pode-se transformar essa energia em<br />
elétrica, com rendimento de ordem de 3%. Pergunta-se:<br />
a) Que potência, expressa em KW, poderia fornecer uma<br />
instalação que aproveitasse a energia radiante do Sol que<br />
incide numa superfície de 1,0 km² ?<br />
b) Que corrente forneceria esta usina se a tensão que<br />
mantivesse entre os pólos fosse U = 200V?<br />
c) Qual seria a receita bruta desta usina, em 8 horas de<br />
trabalho, se o quilowatt-hora fosse vendido por R$ 0,10?<br />
5) (ITA) Um aquecedor de imersão, ligado a uma fonte<br />
de tensão contínua de 1,00.10²V, aquece 1,0 kg de água,<br />
de 15°C a 85°C, em 836 s. Calcular a resistência elétrica<br />
do aquecedor, supondo que 70% da potência elétrica<br />
dissipada no resistor seja aproveitada para o aquecimento<br />
da água. Calor específico da água: c = 4,18.10³ J/k,g.K.<br />
6) São dados dois resistores que, à mesma temperatura,<br />
têm a mesma resistência R. Associam-se dois resistores,<br />
inicialmente em séria e depois em paralelo.<br />
a) Calcule as resistências equivalentes às associações<br />
feitas.<br />
b) Modificam-se, agora, as temperaturas dos resistores,<br />
de modo que um deles tenha sua resistência diminuída<br />
em 10% e a outra aumentada em 10%. Calcule as<br />
resistências equivalentes das associações em série e em<br />
paralelo feitas nestas condições.<br />
7) (UFRJ) Um amperímetro tem uma resistência de 39,8<br />
Ω e sua agulha desvia-se de uma divisão quando ele é<br />
atravessado por uma corrente de 1mA. Dispõe-se de duas<br />
resistências, R1 = 0,2 Ω e R2 = 60,2 Ω. Associando-se<br />
adequadamente e separadamente estas duas resistências<br />
ao amperímetro, transformamo-lo em um voltímetro que<br />
registra x divisões por volt ou em outro amperímetro que<br />
registra y divisões por ampère. Calcule os valores de x e<br />
y.<br />
8) (EPUSP) Mede-se a resistência elétrica R, de um<br />
resistor com a ponte de Wheatstone, de fio, em que este<br />
591
tem 1 m de comprimento. A resistência de comparação é<br />
de 50 Ω e o equilíbrio da ponte se dá estando o cursor de<br />
80 cm da extremidade do fio, que fica ao lado do resistor.<br />
Determine:<br />
a) o esquema desta ponte, indicando o amperímetro e o<br />
gerador de alimentação;<br />
b) a nova posição de equilíbrio do cursor , se, por<br />
aquecimento, a resistência do resistor aumentar em 25%.<br />
9 ) (MAPOFEI) Quando um gerador é ligado a um<br />
resistor de resistência elétrica R1= 900 Ω, observa-se<br />
que a tensão em seus terminais é U1 = 90 V, enquanto<br />
pelo resistor circula a corrente elétrica de intensidade i1<br />
= 100 mA. Substituindo o resistor por outro de<br />
resistência elétrica R2 = 100 Ω, a intensidade da corrente<br />
elétrica se altera para i2 = 500 mA e a tensão nos<br />
terminais do gerador passa a ser U2 = 50 V. Calcule:<br />
a) a fem do gerador;<br />
b) a resistência elétrica do mesmo.<br />
10) (EFEI) Têm-se vinte pilhas iguais de fem 2 V e<br />
resistência interna 1 Ω, cada uma. Deseja-se construir<br />
com estas pilhas uma associação mista regular de modo a<br />
dissipar a máxima potência possível em um resistor de 5<br />
Ω.<br />
a) Quantas pilhas devem ser ligadas em série e quantas<br />
em paralelo, para se obter o efeito desejado?<br />
b) Qual a energia dissipada em 1 min no resistor?<br />
11) (FEI) Um gerador de rendimento de 90% recebe, de<br />
uma turbina, uma potência P = 20 KW. Esse gerador<br />
alimentar um motor elétrico de rendimento 80%. Qual a<br />
potência P´ disponível do eixo desse motor?<br />
592
GABARITO<br />
1 2 3 4 5<br />
B E a) 1,5.1022 b) 0,156<br />
mm<br />
a) 4,2.104 kW<br />
b) 2,1.105 A<br />
c) R$33600,00<br />
20Ω<br />
6 7 8 9 10<br />
a) série = 2R,<br />
paralelo = R/2<br />
b) série = 2R,<br />
paralelo = 0,99 R/2<br />
x=10 e y=5 a) vide explicação do<br />
professor<br />
b) l4=83,3 cm<br />
a) 100 V b) 100 Ω 14,4 KW<br />
ANOTAÇÕES:<br />
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593
CAPÍTULO 26 - A POESIA NOS ENSINANDO FISICA<br />
ESTUDO DAS ONDAS<br />
registrar informações e fazer comunicação nesses anos<br />
dourados. Você saberia dizer a partir de que época esses<br />
aparelhos começaram a ser amplamente usados?<br />
Parece que dizes -te amo,<br />
Maria, na fotografia estamos felizes Te ligo afobada e<br />
deixo confissões no gravador, Vai ser engraçado se<br />
tens um novo amor.<br />
Anos Dourados (Tom Jobim e Chico Buarque)<br />
Tom Jobim nos faz falta, que pena! Mas<br />
tivemos a felicidade de herdar sua música. Seu talento e<br />
criação podem ser desfrutados por todos os que apreciam<br />
música com sensibilidade e poesia. Basta pegarmos um<br />
bom e velho disco de vinil do Tom. Ah, verdade, não se<br />
usa mais este tipo de disco (seus pais e avós certamente<br />
se lembrarão desses discos com saudosismo). Minha avó<br />
Lerinha adorava ouvir. Podemos, então, ouvir uma fita<br />
cassete! Também está em desuso? Agora é o compact<br />
disc laser, conhecido por -CD-, nosso mais recente meio<br />
de armazenamento de informações. Ou ainda, os MPs do<br />
cotidiano.<br />
Se você não tem nada disso, seguramente tem à sua<br />
disposição algum telefone. Com ele, você pode ligar para<br />
as emissoras de rádio, pedindo para tocarem as músicas<br />
do Tom!<br />
O trecho acima é de uma música que fala de<br />
fotografia, telefone e gravador, aparelhos utilizados para<br />
Vivemos uma Revolução Tecnológica, que é<br />
uma das grandes características de nossa época. Ela se<br />
baseia na informática, nas telecomunicações e na<br />
robótica. Esta Revolução Tecnológica, também chamada<br />
de Terceira Revolução Industrial, está associada às<br />
grandes transformações da história moderna. A partir de<br />
1760, ocorreram grandes mudanças econômicas e<br />
sociais, no mundo com o advento das máquinas a vapor<br />
(Primeira Revolução Industrial – estudada anteriormente<br />
no capítulo sobre CALOR E OS FENÔMENOS<br />
TÉRMICOS) e, no século seguinte, das máquinas<br />
elétricas (Segunda Revolução Industrial).<br />
Se, no século XVIII, a utilização das primeiras<br />
máquinas representou uma profunda transformação na<br />
produção de bens manufaturados em relação às técnicas<br />
artesanais da Idade Média, hoje em dia, o valor maior<br />
está na informação, no conhecimento e na capacidade de<br />
transformá-los em objetos para consumo. Isso é tão forte<br />
que o momento pelo qual passamos atualmente é<br />
conhecido como Era da Informação. A utilização de<br />
robôs nas linhas de montagem das indústrias, por<br />
exemplo, aumentou espantosamente a produtividade,<br />
atendendo ao rápido aumento do consumo que temos<br />
hoje. Mas sem o desenvolvimento da informática, a<br />
robótica pouco avançaria, visto que tanto os movimentos<br />
dos robôs como o projeto para desenvolvê-los são<br />
realizados por sistemas de informática especializados.<br />
Com o aprimoramento das telecomunicações, o<br />
fluxo de informações necessárias para o processamento e<br />
tomada de decisões aumentou vertiginosamente e, além<br />
de transmitir a fala das pessoas, as linhas telefônicas de<br />
hoje – com a tecnologia da fibra óptica e dos satélites –<br />
transmitem também dados, imagens, músicas, textos etc.<br />
É do que se vale a rede mundial de computadores, a<br />
internet. Através dela, de casa ou do trabalho, podem-se<br />
movimentar contas bancárias, acessar informações em<br />
594
computadores do outro lado do planeta ou conversar com<br />
diversas pessoas ao mesmo tempo.<br />
Uma simples visita a um caixa eletrônico pode<br />
nos dar uma boa ideia dos impactos sociais e econômicos<br />
desse avanço tecnológico. Hoje em dia, basta um cartão<br />
magnético e uma senha de segurança para realizarmos<br />
muitas operações bancárias que, antes, só eram<br />
realizadas com a ajuda de funcionários que atendiam nos<br />
caixas. Muitas vezes, aguardando por horas em filas<br />
intermináveis. Se houve ganho em agilidade, houve<br />
perda em empregabilidade: diversas funções bancárias<br />
foram substituídas por computadores, causando<br />
demissões em massa. De fato, a quantidade de empregos<br />
que exigem ações mecânicas e repetitivas diminui e o<br />
mercado começa a requisitar profissionais mais bem<br />
qualificados para operar os equipamentos modernos. Daí<br />
a necessidade de constante atualização profissional. Mas<br />
ainda assim, a oferta de empregos é menor que a<br />
quantidade de pessoas desempregadas. Trata-se de um<br />
dos grandes desafios de nossa época. Entretanto, esse<br />
não é o maior dos desafios. Outros surgem, igualmente<br />
importantes, como a preservação do meio ambiente e da<br />
qualidade de vida das pessoas. Com o aumento da<br />
produção e do consumo, aumentou também a quantidade<br />
de lixo urbano, industrial, hospitalar, tóxico etc, além dos<br />
impactos na atmosfera, nos rios e mares. Veremos, mais<br />
adiante, como as diversas formas de poluição e<br />
degradação ambiental representam desafios sérios diante<br />
desse desenvolvimento tecnológico.<br />
Mas todo esse avanço tecnológico não seria possível sem<br />
uma base de conhecimentos que as Ciências Naturais<br />
fornecem, apresentando um terreno sobre o qual as<br />
tecnologias – aparelhos e equipamentos – são<br />
desenvolvidas. Este capítulo tem, portanto, o objetivo de<br />
apresentar o importante papel das tecnologias associadas<br />
às Ciências Naturais nos processos de produção e no<br />
desenvolvimento econômico e social dos dias de hoje.<br />
mais conveniente! Ao pensarmos no rádio, teremos dois<br />
tipos de ondas: as que chegam à antena do rádio e o<br />
fazem funcionar e as ondas que chegam ao nosso ouvido.<br />
Essas ondas se dividem da seguinte maneira: As<br />
primeiras são conhecidas como ondas eletromagnéticas.<br />
Ops, mas o que são ondas eletromagnéticas?<br />
Em sua lista, devem ter aparecido palavras<br />
como calor, temperatura, freqüência, intensidade<br />
luminosa, potência, força, fluxo, volume etc.<br />
Todos esses são conceitos utilizados no mundo das<br />
ciências e exportados para essas aplicações tecnológicas.<br />
Nós os utilizamos tranqüilamente, muitas vezes, sem nos<br />
darmos conta do que realmente eles querem dizer.<br />
Conhecer o significado desses e de outros conceitos pode<br />
nos ajudar a exercer melhor nossa cidadania, garantindo<br />
um uso racional destas tecnologias. Podemos começar<br />
pela sua própria lista. Se nela apareceu um rádio, nada<br />
595
As ondas, quanto à natureza, podem apresentar<br />
a seguinte classificação:<br />
Ondas Eletromagnéticas – são ondas que se<br />
propagam pelas sucessivas oscilações do seu campo<br />
eletromagnético no espaço. Assim não necessitam de<br />
matéria para poderem se deslocar. Como exemplos<br />
temos as microondas, os raios x, a luz visível e as citadas<br />
ondas de rádio.<br />
As ondas que saem do rádio e chegam ao nosso ouvido<br />
são ondas sonoras chamadas de mecânicas.<br />
Ondas Mecânicas – são aquelas que se<br />
propagam através de sucessivas oscilações das moléculas<br />
de um meio material qualquer.<br />
Dessa forma, portanto, precisam da existência de matéria<br />
para poderem se deslocar. As ondas mecânicas<br />
transportam uma energia mecânica de vibração que se<br />
apresenta ora na forma de energia potencial, ora na<br />
forma de energia cinética. Alguns exemplos mais<br />
comuns são as ondas em uma corda, ondas no mar e as<br />
citadas ondas sonoras.<br />
596<br />
1 - A NATUREZA DAS ONDAS<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1- Explique por que um pequeno barco de papel<br />
flutuando na água apenas sobe e desce quando atingido<br />
por ondas que se propagam na superfície do líquido.<br />
2- "Durante a propagação da onda não há transporte de<br />
matéria, apenas transporte de energia". Dê exemplos que<br />
comprovem essa afirmação.<br />
3- Ondas não transportam matéria?! Como os surfistas<br />
então são transportados? Uma garrafa jogada numa ilha<br />
chega às praias do litoral. Como isto acontece?<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 3<br />
Bem, comecemos pela garrafa jogada da ilha. Ela é<br />
transportada pelas correntes marítimas, não pelas ondas.<br />
As correntes são fluxos de água nos oceanos e<br />
transportam grande quantidade de matéria, como os rios.<br />
As ondas do mar quando chegam à praia se deformam e<br />
arrebentam por causa da mudança de profundidade, que<br />
se aproxima de zero. Isso provoca uma inclinação da<br />
crista para a frente e um objeto sobre a superfície da água<br />
é lançado para a frente. Se surfista estiver em águas mais<br />
profundas a onda não empurrará a prancha: ela apenas<br />
subirá e descerá. Qualquer onda provoca o movimento de<br />
objetos em pequena escala: o pano das caixas acústicas<br />
vai para a frente e para trás com a vibração. Isso é<br />
transportar matéria? Se você fosse uma formiga sobre o<br />
pano talvez dissesse que a onda sonora estava<br />
transportando matéria. Isso tudo mostra que a melhor<br />
forma de apresentar as ondas é definindo-as como uma<br />
perturbação periódica que se propaga e não negando o<br />
transporte de matéria. Só para confundir um pouco mais:<br />
a luz é matéria? Só para completar, no caso do surfista<br />
em águas profundas o movimento não é realmente<br />
vertical - para cima e para baixo - mas circular. Os<br />
pontos da superfície da água se movem em círculos em<br />
uma onda no mar.
3- FREQUÊNCIA<br />
A partir de agora, faremos uma viagem pelas<br />
ondas radiofônicas. Aperte seu cinto e aumente o<br />
volume. Se você curte rock nacional dos anos 80 (seus<br />
pais certamente curtem, como eu curto, pois vivenciamos<br />
esta época), deve-se lembrar desta!<br />
Navegando num oceano de ondas eletromagnéticas<br />
Toquem o meu coração, façam a revolução Que está<br />
no ar, nas ondas do rádio No submundo repousa<br />
repúdio, e deve despertar Disputar em cada frequência<br />
um espaço nosso nessa decadência Canções de guerra,<br />
quem sabe canções do mar Canções de amor ao que<br />
vai vingar<br />
------------------------------------------------------------<br />
Rádio Pirata (Paulo Ricardo e Luiz Schiavon)<br />
Todas as pessoas possuem sua emissora de rádio<br />
preferida e a ouvem ao volante do carro, passando<br />
roupas, cozinhando ou fazendo outras tarefas.<br />
Normalmente, dizemos o nome da rádio, mas se<br />
quisermos sintonizá-la fica mais fácil saber sua<br />
frequência de transmissão. O número que vemos no<br />
mostrador do rádio, quando a sintonizamos, indica a<br />
freqüência da onda transmitida pela emissora, que a<br />
identifica. A frequência (f) é uma grandeza física<br />
aplicável em diversas situações. Sempre que algo ocorre<br />
repetitivamente num intervalo de tempo, podemos falar<br />
que ocorre com uma certa frequência. Matematicamente<br />
podemos dizer:<br />
f = N / Δt , onde N é o número de vezes que um<br />
fenômeno ocorre em um determinado intervalo de tempo<br />
Δt.<br />
No Sistema Internacional de Unidades (SI) a unidade de<br />
frequência é o Hertz (Hz) ou rotações por segundo (rps).<br />
Quem já dançou ao som desta música do grupo<br />
RPM (Revoluções Por Minuto) do cantor Paulo Ricardo,<br />
viveu um pouco do sentimento de rebeldia e de liberdade<br />
que eram típicas em suas letras.<br />
A música Rádio Pirata faz uma forte crítica à<br />
centralização de poder dos grandes meios de<br />
comunicação social, no caso, das emissoras de rádio,<br />
assunto muito debatido nos dias de hoje, com a questão<br />
das rádios livres e comunitárias. Na letra da música, os<br />
navios piratas, temidos pelas grandes embarcações que<br />
navegavam em altos mares, são usados como metáfora<br />
para as proezas das pequenas emissoras de rádio que<br />
disputam as ondas de transmissão e, com isso, o público<br />
consumidor das grandes emissoras. A idéia de um<br />
conflito fica evidente principalmente na frase - Disputar<br />
em cada freqüência, um espaço nosso nessa decadência.<br />
Mas que espaço é este que está sendo disputado? O que<br />
se ganharia com esta disputa? Afinal, o que tem a ver a<br />
freqüência com as ondas do rádio?<br />
É muito comum ouvirmos o narrador falar:<br />
Rádio Cidade, FM 93,7 megahertz, a rádio que encanta a<br />
Bahia.<br />
Prefixos assim são ouvidos em todas as emissoras.<br />
Mas o que significam?<br />
Como exemplo temos:<br />
* frequência cardíaca média de um adulto - 60 a 70<br />
batidas por minuto;<br />
* frequência de rotação de um certo motor de automóvel<br />
- 1.000 rotações por minuto (conhecido como 1.000<br />
rpm);<br />
* batida das asas de um beija-flor - 60 vezes por<br />
segundo;<br />
* frequência da corrente elétrica alternada no Brasil - 60<br />
ciclos por segundo.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Dos 4 exemplos citados acima, quais encontram-se no<br />
SI?<br />
2) Qual é a frequência da batida de asas do beija-flor, em<br />
hertz?<br />
597
3) Sabendo que, após uma corrida, a frequência cardíaca<br />
pode chegar a 120 batidas por minuto, quanto é esta<br />
frequência em hertz?<br />
4)- Quanto é a frequência de um motor de 1200 rpm, em<br />
hertz?<br />
Quando dizemos que nosso aparelho de rádio<br />
está sintonizado na frequência 93,7 megahertz (MHz),<br />
significa que ele está captando as ondas da estação<br />
emissora de FM (Frequência Modulada), que oscilam<br />
93.700.000 vezes em um segundo (1 MHz = 1.000.000<br />
Hz). Quando mudamos o botão de banda de frequência<br />
para AM (Amplitude Modulada), captamos ondas na<br />
faixa de frequência de quilohertz (1KHz = 1.000 Hz).<br />
Pense novamente em um rádio.<br />
Neste exato instante, diversas emissoras de<br />
rádio estão transmitindo suas ondas ao mesmo tempo.<br />
Mas cada emissora é autorizada pelo Governo Federal a<br />
transmitir sua programação numa única frequência<br />
determinada. O mesmo ocorre com as ondas de televisão.<br />
Mas como é possível que nossos aparelhos de rádio e de<br />
televisão captem uma emissora de cada vez?<br />
598<br />
Quando mexemos no botão de sintonia em<br />
nosso receptor de rádio, estamos selecionando as ondas<br />
com a freqüência indicada, desprezando as demais.<br />
Podemos resumir o processo de produção,<br />
transmissão e captação dessas ondas da seguinte forma:<br />
nos estúdios, a luz e o som são captados por câmeras e<br />
microfones, sendo convertidos em correntes elétricas<br />
que, nos aparelhos da emissora, são transformadas em<br />
sinais que são “carregados” pelas ondas eletromagnéticas<br />
na sua frequência característica. Essas ondas,<br />
transmitidas em todas as direções, são captadas pelas<br />
antenas dos aparelhos receptores de rádio ou de<br />
televisão, que separam os sinais e os convertem em<br />
correntes elétricas novamente. Ao percorrerem os<br />
circuitos internos dos receptores, essas correntes elétricas<br />
são amplificadas e produzem os sons e as imagens<br />
transmitidas pela emissora. Tudo isso ocorre muito<br />
rapidamente.<br />
Diferentes faixas de frequências das ondas<br />
eletromagnéticas possuem diferentes aplicações<br />
tecnológicas. O conjunto de todas as frequências das<br />
ondas eletromagnéticas chamamos de espectro da<br />
radiação eletromagnética, que podemos ver a seguir:
igual a 1 período. É como se fosse a impressão digital de<br />
uma onda. Na figura abaixo podemos perceber o<br />
comprimento de onda como sendo a distância entre duas<br />
cristas ou dois vales consecutivos.<br />
QUADRO DETALHADO SOBRE ONDAS<br />
ELETROMAGNÉTICAS<br />
Como a onda se desloca em Movimento<br />
Uniforme, a expressão que poderemos usar para definir<br />
seu movimento será: S = v x t<br />
Dependendo de sua frequência, uma onda<br />
eletromagnética pode ou não excitar nossos olhos.<br />
Quando esta excitação ocorre dizemos que a luz é<br />
visível. A faixa visível de freqüência para o ser humano<br />
varia de 4,5 x 10 14 Hz (cor vermelha) até<br />
aproximadamente 7,5 x 10 14 Hz (cor violeta). Se a<br />
frequência da luz estiver abaixo deste intervalo, temos o<br />
infravermelho, e se estiver acima, temos o ultravioleta.<br />
O quadro acima mostra que cada onda<br />
eletromagnética possui uma determinada frequência e<br />
um determinado comprimento de onda. Curiosamente, à<br />
medida que a frequência vai diminuindo o comprimento<br />
de onda vai aumentando. Mas afinal o que é o<br />
comprimento de onda?<br />
Como S é a distância percorrida num<br />
determinado intervalo de tempo t, a expressão pode ser<br />
reescrita da seguinte forma:<br />
(1)<br />
onde T é o período da onda, ou seja, o tempo gasto para<br />
percorrer uma distância equivalente a um comprimento<br />
T = 1 / f<br />
A equação (1) fica:<br />
4- ESTUDO MATEMÁTICO DAS ONDAS<br />
Uma corda, ao ser balançada, pode adquirir este<br />
formato.<br />
A figura acima pode nos ajudar a entender<br />
alguns elementos fundamentais em nossos estudos de<br />
ondas.<br />
Comprimento de onda ( ) é a distância<br />
percorrida por uma perturbação no intervalo de tempo<br />
599
5- ENTENDENDO MELHOR A LUZ<br />
Ondas eletromagnéticas de frequências mais<br />
baixas são aplicadas na transmissão via satélite de TV e<br />
telefone, além de radares de estradas e aeroportos. Elas<br />
são chamadas de ondas de rádio e TV.<br />
Outra faixa de frequência bastante íntima de<br />
nossos olhos é a da luz visível. O Sol é nossa maior fonte<br />
de energia, emitindo radiações eletromagnéticas de todas<br />
as frequências. Da energia solar que chega até o chão,<br />
5% é composta de radiação ultravioleta, 40% de radiação<br />
visível e 55% de infravermelha. Cada cor corresponde a<br />
uma frequência na faixa da radiação visível, como se vê<br />
na tabela abaixo.<br />
Fora da faixa de frequência da luz visível,<br />
nossos olhos não conseguem ver qualquer radiação<br />
eletromagnética. Mas há uma faixa que nosso corpo<br />
consegue sentir, devido às suas propriedades térmicas: a<br />
faixa da radiação infravermelha. Tudo o que é aquecido<br />
emite radiação infravermelha, desde nosso próprio corpo<br />
até um aquecedor de ambientes. Lâmpadas de<br />
infravermelho são usadas em tratamentos de sinusites,<br />
dores reumáticas e traumáticas. Sensores infravermelhos<br />
são usados em sistemas de alarmes e emissores de<br />
infravermelho são usados nos controles remotos.<br />
Profissionais mais sujeitos a exposições intensas à<br />
radiação infravermelha, como trabalhadores que usam<br />
soldas elétricas, em fábrica de vidros ou metalúrgicas,<br />
correm maiores riscos de sofrer queimaduras na pele e<br />
indução à catarata, além de danos na retina ou na córnea<br />
(síndrome do olho seco). Recomenda-se que estes<br />
profissionais utilizem equipamento de proteção<br />
individual, como máscaras, óculos e vestimenta<br />
adequada. O vidro blinda a radiação infravermelha,<br />
refletindo-a para onde veio.<br />
600<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1- Olhando para a tabela anterior, você saberia dizer por<br />
que a radiação infravermelha recebe este nome?<br />
2- Sabendo que a radiação infravermelha é associada ao<br />
calor emitido por corpos ou superfícies quentes, qual das<br />
cores, da faixa da luz visível, transmite mais calor?<br />
6- DECOMPOSIÇÃO DA LUZ BRANCA<br />
A luz branca que provém do Sol é, na verdade, a<br />
junção de todas as cores do arco-íris. Quando um facho<br />
dessa luz atravessa um prisma ou um aquário com água,<br />
trocando de meio de propagação, percebemos sua<br />
decomposição nas cores do arco-íris. A luz vermelha,<br />
que possui frequência menor, é a que sofre menor desvio,<br />
enquanto que a violeta, de maior frequência, é a que<br />
desvia mais no espectro luminoso.<br />
Lembre-se:<br />
Quanto maior a frequência da cor da luz, maior<br />
será o desvio, pois menor será a velocidade dessa cor<br />
Vejamos o quadro abaixo:<br />
frequência da luz violeta > frequência da luz vermelha<br />
desvio da luz violeta > desvio da luz vermelha<br />
velocidade da luz violeta < velocidade da luz vermelha<br />
Mas a luz não é capaz de atravessar paredes ou<br />
anteparos opacos. O espelho, por exemplo, é uma<br />
película de prata sobre uma chapa de vidro que lhe dá
suporte. A onda de luz que incide sobre o espelho<br />
atravessa o vidro, mas quando atinge a prata é totalmente<br />
refletida. Se, contudo, a luz branca incidir sobre uma<br />
parede pintada de azul, todas as ondas de frequências<br />
diferentes da azul serão absorvidas. Apenas a luz com a<br />
frequência da cor azul será refletida. Assim percebemos<br />
as cores.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Por que, no trânsito, o sinal vermelho representa<br />
PARE, o amarelo representa ATENÇÃO e o verde,<br />
AVANCE? A escolha dessas cores para indicar essas<br />
ações teria algo a ver com suas características físicas e<br />
com as sensações que cada uma nos causa?<br />
2) (ENEM) Para que uma substancia seja colorida ela<br />
deve absorver luz na região do visível. Quando uma<br />
amostra absorve luz visível, a cor que percebemos é a<br />
soma das cores restantes que são transmitidas ou<br />
refletidas pelo objeto. A Figura 1 mostra o espectro de<br />
absorção para uma substancia e é possível observar que<br />
há um comprimento de onda em que a intensidade de<br />
absorção é máxima. O gráfico da figura 1 é a intensidade<br />
da luz absorvida pelo comprimento de onda (em nm).<br />
Um observador pode prever a cor dessa substancia pelo<br />
uso da roda de cores (Figura 2): o comprimento de onda<br />
correspondente a cor do objeto é encontrado no lado<br />
oposto ao comprimento de onda da absorção máxima.<br />
Qual a cor da substancia que deu origem ao espectro da<br />
Figura 1?<br />
(A) Azul<br />
(B) Verde<br />
(C) Violeta<br />
(D) Laranja<br />
(E) Vermelho<br />
7- AS MICROONDAS<br />
Vejamos um equipamento bastante conhecido,<br />
hoje em dia, nas cozinhas, que utiliza outra faixa de<br />
frequência: o forno de microondas. Comecemos com<br />
uma perguntinha.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) O gráfico abaixo representa o aumento de temperatura<br />
de um copo com água e de um pedaço de pão seco,<br />
ambos colocados num forno de microondas, em potência<br />
máxima. Por que ambos aquecem de formas diferentes?<br />
Como age a microonda nos alimentos?<br />
Para entender a resposta a essa questão, vejamos o texto<br />
abaixo.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO<br />
Observando o gráfico abaixo, podemos perceber<br />
que, no início (tempo = 0s), tanto o pão quanto a água<br />
601
estão à temperatura de 20 o C. Ao ligar o forno de microondas,<br />
ambos começam a ser aquecidos, mas a água<br />
demonstra ser mais sensível às micro-ondas, pois ela<br />
aquece mais rapidamente, conforme mostra o gráfico.<br />
Repare que, no tempo 60s, a temperatura do pão é de<br />
26 o C, enquanto da água é de 44 o C. A microonda do forno<br />
é uma onda com frequência padrão de 2.450 kHz,<br />
produzida num tubo chamado magnetron. Essa onda faz<br />
com que as moléculas de água contidas nos alimentos se<br />
agitem. Essa agitação é transferida para as demais<br />
partículas que compõem os alimentos, aumentando sua<br />
temperatura globalmente.<br />
As micro-ondas são refletidas por metais, logo,<br />
não atravessam as paredes do forno, mas elas podem<br />
atravessar o vidro, a porcelana e o papel. A micro-onda<br />
não atravessa a porta de vidro do forno, pois esta possui,<br />
em sua parte interna, uma rede metálica que reflete a<br />
micro-onda. As micro-ondas penetram 2,5cm nos<br />
alimentos, aproximadamente. Sendo assim, a parte<br />
interna de alimentos grossos, como carnes, é cozida<br />
602<br />
através do calor gerado nas partes mais externas, pelo<br />
processo de condução de calor.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Por que alguns fabricantes de forno de micro-ondas<br />
recomendam que, em caso de cozimento de alimentos<br />
mais duros, se protejam as pequenas extremidades destes<br />
alimentos envolvendo-os com pequenos pedaços de<br />
papel alumínio?<br />
2) O que ocorre se o pedaço de papel alumínio for muito<br />
grande?<br />
3) Por que se recomenda usar assadeiras redondas para<br />
assar bolos nestes fornos?<br />
4) (ENEM) Explosões solares emitem radiações<br />
eletromagnéticas muito intensas e ejetam, para o espaço,<br />
partículas carregadas de alta energia, o que provoca<br />
efeitos danosos na Terra. O gráfico abaixo mostra o<br />
tempo transcorrido desde a primeira detecção de uma<br />
explosão solar até a chegada dos diferentes tipos de<br />
perturbação e seus respectivos efeitos na Terra.<br />
Considerando-se o gráfico, é correto afirmar que<br />
a perturbação por ondas de rádio geradas em<br />
uma explosão solar<br />
(A) dura mais que uma tempestade magnética.<br />
(B) chega à Terra dez dias antes do plasma solar.
(C) chega à Terra depois da perturbação por raios X.<br />
(D) tem duração maior que a da perturbação por raios X.<br />
(E) tem duração semelhante à da chegada à Terra de<br />
partículas de alta energia.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 4<br />
Embora se relacione à <strong>Física</strong>, esta é uma típica<br />
questão de análise de gráficos. Para muitos alunos,<br />
ansiedade e nervosismo geram falta de atenção e aí...<br />
O grande detalhe do gráfico é que o tempo não está em<br />
escala linear: assim não podemos associar diretamente<br />
tamanho com duração, no eixo X. É preciso olhar, com<br />
atenção, sempre. Aliás, eu mesmo costumo dizer aos<br />
alunos: ”a primeiríssima coisa que se olha em um gráfico<br />
é do que ele trata e sua escala”.<br />
Perturbações por ondas de rádio não duram mais que<br />
tempestades magnéticas, mas como veio logo na opção<br />
inicial muita gente vai marcar e mal olhar o resto... Eis a<br />
lerdeza!<br />
O plasma chega pouco mais de um dia depois<br />
delas e elas chegam junto com os raios X. Após a<br />
chegada de partículas de alta energia ainda ocorrem<br />
perturbações por ondas de rádio.<br />
Mas, elas claramente duram mais que os raios X.<br />
8- RAIOS ULTRAVIOLETAS<br />
A radiação ultravioleta é a responsável pela<br />
chamada luz negra, usada em casas de espetáculo, que,<br />
ao incidir sobre superfícies brancas, apresenta um tom<br />
violeta fosforescente. É também usada em máquinas de<br />
bronzeamento artificial e em laboratórios para<br />
esterilização, devido às suas propriedades bactericidas. O<br />
Sol é a maior fonte dessa radiação e uma exposição<br />
excessiva pode causar câncer de pele. Médicos<br />
recomendam que se evitem banhos de sol entre 10 e 16<br />
horas, período do dia de maior incidência dessa radiação.<br />
Filtros solares são recomendados para bloquear a<br />
absorção desta radiação pela pele. Um protetor solar com<br />
fator de proteção 4, por exemplo, deixa sua pele exposta<br />
a 1/4 da radiação que receberia sem sua utilização. Mas o<br />
suor e os mergulhos no mar ou na piscina removem o<br />
protetor solar, deixando a pele exposta novamente.<br />
Algumas lentes de óculos escuros apresentam a<br />
propriedade de blindar a radiação ultravioleta,<br />
bloqueando sua incidência e protegendo os olhos de<br />
efeitos danosos, como a conjuntivite e a catarata. O<br />
ozônio é o filtro natural dessa radiação. Daí a<br />
permanente preocupação com a extensão do buraco na<br />
camada de ozônio nos pólos do planeta. Mas essa<br />
radiação também tem efeitos biológicos benéficos<br />
fundamentais, como na produção de vitamina D pelo<br />
organismo, importante para a boa formação dos ossos.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Um filtro solar com fator de proteção 15 oferece que<br />
proteção ao banhista?<br />
2) Essa proteção é maior ou menor que um fator de<br />
proteção 20?<br />
3) Apenas uma única aplicação de filtro solar é suficiente<br />
para garantir proteção durante todo o tempo em que o<br />
banhista estiver na praia?<br />
4) Como funciona a luz negra das boates?<br />
9- RAIOS X E RAIOS GAMA<br />
Mas, à medida em que a frequência da onda<br />
eletromagnética aumenta (o comprimento de onda<br />
diminui), sua energia e capacidade de penetração na<br />
matéria também aumentam. A faixa de radiação logo<br />
acima da ultravioleta é a dos enigmáticos raios X. Os<br />
raios X atravessam com facilidade materiais de baixa<br />
densidade, como a carne, mas são mais absorvidos por<br />
materiais de maior densidade, como os ossos do corpo.<br />
Depois de passarem pelo corpo, esses raios<br />
impressionam uma chapa fotográfica, que depois é<br />
revelada. Uma exposição excessiva aos raios X pode<br />
causar danos à saúde, como o câncer. Isso ocorre porque<br />
esta radiação consegue alterar o código genético das<br />
603
células do corpo. Logo, a quantidade de radiografias<br />
tiradas por uma pessoa, durante o ano, deve ser a mínima<br />
possível, restringindo-se aos casos de real necessidade,<br />
onde outros tipos de exames não sejam possíveis ou<br />
convenientes. Porisso mesmo, mulheres grávidas devem<br />
evitar o uso de radiografias, substituindo-as por exames<br />
de ultra-som, para acompanhar suas gestações. Além das<br />
radiografias, seu poder de penetração é muito útil na<br />
verificação da qualidade e localização de defeitos em<br />
peças e materiais fabricados nas indústrias. Inspetores de<br />
alfândega usam os raios X para examinar embrulhos.<br />
Graças a essa capacidade de alterar o código genético das<br />
células, os raios X, devidamente dosados e orientados,<br />
são também usados para eliminar células cancerígenas. O<br />
exame de tomografia computadorizada permite visões<br />
tridimensionais dos órgãos do corpo. Devido a graves<br />
riscos biológicos, profissionais como operadores de<br />
aparelhos de raios X, dentistas e veterinários, ao tirarem<br />
radiografias de seus pacientes, devem-se proteger com<br />
coletes e luvas de chumbo, que possuem a capacidade de<br />
blindar, bloquear a penetração desta radiação.<br />
Os raios gama, emitidos por núcleos de átomos<br />
radioativos, finalizam o conjunto das ondas<br />
eletromagnéticas, como as ondas com maiores<br />
frequências e maiores energias. Assim como os raios X,<br />
os raios gama possuem um alto poder de penetração na<br />
matéria, servindo para radiografar peças de aço. Mas<br />
materiais como chumbo, concreto e ferro espessos<br />
podem ser usados como blindagem, atenuando sua<br />
penetração. Quanto mais espessa a blindagem, maior a<br />
proteção. A radiação gama é empregada também na<br />
esterilização de alimentos, sem riscos para a saúde, visto<br />
que o processo de irradiação não contamina os alimentos<br />
com radioatividade. A contaminação ocorre quando os<br />
átomos radioativos entram em contato direto com as<br />
pessoas ou com alimentos que, após serem consumidos,<br />
passam a irradiar no interior do organismo. Assim como<br />
uma exposição excessiva e desordenada à radiação gama<br />
pode causar câncer, ela pode ser usada, justamente, para<br />
a cura do câncer, quando direcionada às células<br />
cancerígenas no tratamento de radioterapia. Precauções<br />
semelhantes às tomadas com a utilização dos raios X<br />
devem ser adotadas ao se lidar com esta radiação.<br />
604<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Que partes do corpo estão sendo representadas as<br />
regiões claras e escuras na radiografia abaixo?<br />
2) Em que regiões a chapa foi impressionada pelos raios<br />
X?<br />
3) Já vimos essa questão no capítulo sobre ENERGIA,<br />
mas diante da importância do assunto, vamos revê-la?<br />
(ENEM) Considere os seguintes acontecimentos<br />
ocorridos no Brasil:<br />
— Goiás, 1987 – Um equipamento contendo césio<br />
radioativo, utilizado em medicina<br />
nuclear, foi encontrado em um depósito de sucatas e<br />
aberto por pessoa que desconhecia seu conteúdo.<br />
Resultado: mortes e consequências ambientais sentidas<br />
até hoje;
— Distrito Federal, 1999 – Cilindros contendo cloro, gás<br />
bactericida utilizado em tratamento de água, encontrados<br />
em um depósito de sucatas, foram abertos por pessoa que<br />
desconhecia seu conteúdo. Resultado: mortes,<br />
intoxicação e consequências ambientais sentidas por<br />
várias horas.<br />
Para evitar que novos acontecimentos dessa<br />
natureza venham a ocorrer, foram feitas as seguintes<br />
propostas para a atuação do Estado:<br />
(B) acumular-se em quantidades bem maiores do que o<br />
lixo industrial convencional, faltando assim locais para<br />
reunir tanto material.<br />
(C) ser constituído de materiais orgânicos que podem<br />
contaminar muitas espécies vivas, incluindo os próprios<br />
seres humanos.<br />
(D) exalar continuamente gases venenosos, que<br />
tornariam o ar irrespirável por milhares de anos.<br />
(E) emitir radiações e gases que podem destruir a camada<br />
de ozônio e agravar o efeito estufa.<br />
1) Proibir o uso de materiais radioativos e gases tóxicos.<br />
2) Controlar rigorosamente a compra, o uso e o destino<br />
dos materiais radioativos e de recipientes contendo gases<br />
tóxicos.<br />
3) Instruir os usuários sobre a utilização e descarte desses<br />
materiais.<br />
4) Realizar campanhas de esclarecimento à população<br />
sobre os riscos da radiação e da toxicidade de<br />
determinadas substâncias. Dessas propostas, são<br />
adequadas apenas:<br />
a) 1 e 2<br />
5) (ENEM) Considere um equipamento capaz de emitir<br />
radiação eletromagnética com comprimento de onda bem<br />
menor que a radiação ultravioleta. Suponha que a<br />
radiação emitida por esse equipamento foi apontada para<br />
um tipo específico de filme fotográfico e entre o<br />
equipamento e o filme foi posicionado o pescoço de um<br />
indivíduo. Quanto mais exposto à radiação, mais escuro<br />
se torna o filme após a revelação. Após acionar o<br />
equipamento e revelar o filme, evidenciou-se a imagem<br />
mostrada na figura ao lado.<br />
b) 1 e 3<br />
c) 2 e 3<br />
d) 1, 3 e 4<br />
e) 2, 3 e 4<br />
4) (ENEM) Um problema ainda não resolvido da geração<br />
nuclear de eletricidade é a destinação dos rejeitos<br />
radiativos, o chamado lixo atômico. Os rejeitos mais<br />
ativos ficam por um período em piscinas de aço<br />
inoxidável nas próprias usinas antes de ser, como os<br />
demais rejeitos, acondicionados em tambores que são<br />
dispostos em áreas cercadas ou encerrados em depósitos<br />
subterrâneos secos, como antigas minas de sal. A<br />
complexidade do problema do lixo atômico,<br />
comparativamente a outros lixos com substâncias<br />
tóxicas, se deve ao fato de<br />
(A) emitir radiações nocivas, por milhares de anos, em<br />
um processo que não tem como ser interrompido<br />
artificialmente.<br />
Dentre os fenômenos decorrentes da interação<br />
entre a radiação e os átomos do indivíduo que permitem<br />
a obtenção desta imagem inclui-se a<br />
(A) absorção da radiação eletromagnética e a<br />
consequente ionização dos átomos de cálcio, que se<br />
transformam em átomos de fósforo.<br />
(B) maior absorção da radiação eletromagnética pelos<br />
átomos de cálcio que por outros tipos de átomos.<br />
(C) maior absorção da radiação eletromagnética pelos<br />
átomos de carbono que por átomos de cálcio.<br />
605
(D) maior refração ao atravessar os átomos de carbono<br />
que os átomos de cálcio.<br />
(E) maior ionização de moléculas de água que de átomos<br />
de carbono.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 3<br />
Ambos os acontecimentos citados na questão 1<br />
tiveram como fator comum o desconhecimento do perigo<br />
que corriam as pessoas, ao violarem as embalagens.<br />
Logo, campanhas de esclarecimentos e treinamentos para<br />
utilização adequada desses produtos são mais que<br />
necessários e, devido ao grave perigo que correm as<br />
pessoas em caso de mau uso, um forte controle sobre a<br />
compra, uso e destino do material deve ser feito por<br />
órgãos competentes. O que não podemos fazer é abrir<br />
mão dos benefícios que as tecnologias que usam destes<br />
materiais nos trouxeram, como a cura do câncer e o<br />
tratamento da água.<br />
SIMBOLO INDICANDO RISCO DE<br />
CONTAMINAÇÃO RADIOATIVA<br />
10- ENTENDENDO MELHOR O SOM<br />
Como dissemos no início desse capítulo,<br />
estamos imersos num oceano de ondas eletromagnéticas.<br />
Navegamos nesse oceano de ondas calmas e turbulentas<br />
com navios tecnológicos construídos com os<br />
conhecimentos científicos. Cada oceano, cada tipo de<br />
onda, é navegado por um tipo de navio apropriado, uma<br />
tecnologia<br />
apropriada.<br />
O grande poeta português, Fernando Pessoa, escreveu a<br />
famosa frase “navegar é preciso, viver não é preciso”,<br />
fazendo um trocadilho entre a necessária exatidão na arte<br />
de navegar e a impossibilidade de se determinar, predizer<br />
os rumos de nossa vida. Pensando em nosso “oceano de<br />
606<br />
ondas eletromagnéticas”, percebemos que a frase de<br />
Pessoa continua mais verdadeira do que nunca.<br />
Anteriormente citamos que uma mulher grávida<br />
deve substituir exames com raios X por ultrassons.<br />
Vamos entender um pouco mais a esse respeito.<br />
10.1- SOM E LUZ SEGUNDO UM ALUNO DIGIMON<br />
O final de semana tão esperado chegou. O<br />
Digimon pode acordar tarde, passear no parque, visitar<br />
os amigos, fazer compras, ler um bom livro e ouvir<br />
música. Em seu aparelho toca CD. Como de costume,<br />
volume alto tocando a música “Pela luz dos olhos teus”,<br />
de Vinícius de Morais:<br />
Quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus<br />
resolvem se encontrar<br />
Ai que bom que isso é, meu Deus, que frio que me dá o<br />
encontro desse olhar<br />
Mas se a luz dos olhos teus resiste aos olhos meus só pra<br />
me provocar<br />
Meu amor, juro por Deus, me sinto incendiar.<br />
Meu amor, juro por Deus, que a luz dos olhos<br />
meus já não pode esperar<br />
Quero a luz dos olhos meus na luz dos olhos teus...<br />
TATATATATATATATATATATATATATATA<br />
Que susto! Que barulho é este? Um operador de<br />
britadeira, protegido apenas por um capacete e luvas,<br />
abrindo um buraco na rua! Um som tão intenso que mal<br />
se ouve a voz sutil do Vinícius a cantar. Mesmo<br />
fechando a janela, continua a incomodar. Como se já não<br />
bastasse o barulho do trânsito, durante toda a semana,<br />
nesta rua. Como será que D. Cacilda consegue suportar<br />
em sua banca de frutas na calçada, exposta todos os dias<br />
a esse barulho? Contrariado, o aluno Digimon decide<br />
navegar pela internet, buscando opções de lazer na<br />
cidade. Por curiosidade entra no site<br />
www.fisicadivertida.com.br, para ler uma reportagem<br />
referindo-se à poluição sonora nos centros urbanos.<br />
Alguns trechos lhe chamaram a atenção:
POLUIÇÃO SONORA PIORA O AMBIENTE<br />
URBANO<br />
Todo ruído que causa incômodo pode ser considerado<br />
poluição sonora. A noção do que é barulho pode variar<br />
de pessoa para pessoa, mas o organismo tem limites<br />
físicos para suportá-lo. Barulho em excesso pode<br />
provocar surdez e desencadear outras doenças, como<br />
pressão alta, disfunções do aparelho digestivo e<br />
insônia. Distúrbios psicológicos também podem ter<br />
origem no excesso de ruído. As cidades brasileiras<br />
têm o respaldo de leis federais para impedir a poluição<br />
sonora, mas preferem o progresso à saúde de seus<br />
habitantes. O progresso implica aumento da produção<br />
do ruído: os principais vilões da poluição sonora em<br />
cidades são o tráfego e a construção civil. O aumento<br />
do número de carros e de construções está ligado ao<br />
crescimento das populações urbanas, que precisam de<br />
transporte e habitação. A instalação de comércio e<br />
indústria em áreas, antes estritamente residenciais,<br />
aumenta a incidência do problema. (...)<br />
Na cidade de Curitiba, a poluição sonora é controlada<br />
pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que<br />
atende a reclamações de moradores e fiscaliza os<br />
locais críticos na cidade. Um estudo feito pelo<br />
professor Paulo Henrique T. Zannin, do Laboratório<br />
de Acústica Ambiental do Centro Politécnico da<br />
Universidade Federal do Paraná, comparou os níveis<br />
de ruído na cidade em 1992 e 2000 e constatou que ele<br />
diminuiu 9,4%, graças à fiscalização do trânsito. Com<br />
a instalação de radares e redução do limite de<br />
velocidade nas áreas centrais e residenciais, o barulho<br />
caiu para menos de 65 decibéis.<br />
O aluno Digimon percebe que passava pelo<br />
dilema da poluição sonora bem na porta de sua casa,<br />
justamente por conta dos dois maiores vilões, conforme a<br />
reportagem. Mas, lendo a reportagem, ele não entendeu<br />
muito bem o que eram os tais decibéis. Qual era o limite<br />
físico para a saúde auditiva? Seria por causa disto que D.<br />
Cacilda vivia mal-humorada? Afinal de contas, o que é<br />
mesmo o som? Vamos entender mais detalhadamente.<br />
Todos os sons são produzidos por corpos que vibram. Os<br />
sons podem ser gerados por vibrações de cordas, como<br />
num violão. É o que acontece também num piano:<br />
quando pressionamos uma tecla, um pequeno martelo<br />
percute uma corda esticada, e esta começa a oscilar. Num<br />
tambor, a vibração é de uma membrana; nos<br />
instrumentos de sopro (corneta, flauta, etc.), o que vibra<br />
é uma coluna de ar, colocada em movimento pelo sopro<br />
do instrumentista. Nossa voz também é resultado de uma<br />
vibração. Quando falamos ou cantamos, o ar que sai dos<br />
pulmões põe em movimento as cordas vocais, que são<br />
pequenas membranas localizadas no interior da laringe.<br />
Ao vibrar, a fonte sonora (ou seja, o corpo que emite<br />
som) comprime e rarefaz o ar que se encontra em sua<br />
vizinhança. Formam-se, desse modo, ondas (as ondas<br />
sonoras) que se propagam no espaço. Ao penetrar no<br />
ouvido elas fazem a membrana do tímpano vibrar, e esse<br />
sinal é então transmitido ao cérebro, que o interpreta<br />
como som. Entretanto, o aparelho de audição do ser<br />
humano é sensível para uma certa faixa de frequência de<br />
ondas sonoras compreendida entre 20 Hz e 20000 Hz,<br />
aproximadamente. Se a frequência da onda sonora é<br />
superior a 20000 Hz, a onda é chamada de ultrassom e se<br />
for inferior a 20 Hz é chamada de infrassom. Os animais<br />
geralmente apresentam uma faixa de frequência audível<br />
diferente do ser humano: Elefante: 20 Hz a 10000 Hz<br />
Gato: 30 Hz a 45000 Hz Cão: 20 Hz a 30000 Hz Baleia:<br />
40 Hz a 80000 Hz Morcego: 20 Hz a 160000 Hz<br />
O infrassom pode ser produzido pelo vento,<br />
quando este sopra de forma conveniente, ou ainda<br />
quando da ocorrência de um abalo sísmico. Já o<br />
ultrassom é produzido por alguns animais como, por<br />
exemplo, os golfinhos e os morcegos, para locomoção,<br />
caçam e proteção contra inimigos naturais. O ultrassom é<br />
usado largamente na Medicina, em exames de ecografia,<br />
para diagnóstico de gravidez ou de problemas de saúde.<br />
607
c) a quantidade de pulsos emitidos pelo aparelho a cada<br />
segundo e a frequência dos sons emitidos pelo aparelho.<br />
d) a velocidade do som no interior dos tecidos e o tempo<br />
entre os ecos produzidos pelas superfícies dos órgãos.<br />
e) o tempo entre os ecos produzidos pelos órgãos e a<br />
quantidade de pulsos emitidos a cada segundo pelo<br />
aparelho.<br />
Como as ondas sonoras são ondas mecânicas e<br />
precisam de um meio material para se propagar, isso<br />
significa que quanto mais próximas estiverem as<br />
moléculas do meio por onde o som passa, maior será a<br />
velocidade do som. Portanto, nos meios sólidos, o som<br />
apresenta velocidade maior, enquanto nos gases, a<br />
velocidade do som é menor.<br />
Vsólidos > Vlíquidos > Vgases<br />
Exemplos de velocidade do som: Ar= 340 m/s Água=<br />
1500 m/s Ferro= 4500 m/s<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (ENEM) A ultrassonografia, também chamada de<br />
ecografia, é uma técnica de geração de imagens muito<br />
utilizada em medicina. Ela se baseia na reflexão que<br />
ocorre quando um pulso de ultrassom, emitido pelo<br />
aparelho colocado em contato com a pele, atravessa a<br />
superfície que separa um órgão do outro, produzindo<br />
ecos que podem ser captados de volta pelo aparelho. Para<br />
a observação de detalhes no interior do corpo, os pulsos<br />
sonoros emitidos têm frequências altíssimas, de até 30<br />
MHz, ou seja, 30 milhões de oscilações a cada segundo.<br />
A determinação de distâncias entre órgãos do corpo<br />
humano feita com esse aparelho fundamenta-se em duas<br />
variáveis imprescindíveis:<br />
a) a intensidade do som produzido pelo aparelho e a<br />
frequência desses sons.<br />
b) a quantidade de luz usada para gerar as imagens no<br />
aparelho e a velocidade do som nos tecidos.<br />
608<br />
2) (ENEM) Uma equipe de cientistas lançará uma<br />
expedição ao Titanic para criar um detalhado mapa 3D<br />
que vai tirar, virtualmente, o Titanic do fundo do mar<br />
para o publico.<br />
A expedição ao local, a 4 quilômetros de profundidade<br />
no Oceano Atlântico, está sendo apresentada como a<br />
mais sofisticada expedição científica ao Titanic. Ela<br />
utilizará tecnologias de imagem e sonar que nunca<br />
tinham sido aplicadas ao navio, para obter o mais<br />
completo inventário de seu conteúdo. Esta<br />
complementação e necessária em razão das condições do<br />
navio, naufragado há um século.<br />
O Estado de São Paulo.<br />
Disponivel em: http://www.estadao.com.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado).<br />
No problema apresentado para gerar imagens<br />
através de camadas de sedimentos depositados no navio,<br />
o sonar é mais adequado, pois<br />
(A) propagação da luz na água ocorre a uma velocidade<br />
maior que a do som neste meio.<br />
(B) absorção da luz ao longo de uma camada de água é<br />
facilitada enquanto a absorção do som não.<br />
(C) refração da luz a uma grande profundidade acontece<br />
com uma intensidade menor que a do som.<br />
(D) atenuação da luz nos materiais analisados e distinta<br />
da atenuação de som nestes mesmos materiais.<br />
(E) reflexão da luz nas camadas de sedimentos é menos<br />
intensa do que a reflexão do som neste material.
10.2- QUALIDADES FISIOLÓGICAS DO SOM<br />
CURIOSIDADE<br />
ALTURA<br />
É a qualidade fisiológica que permite a um<br />
observador diferenciar um som grave de um som agudo.<br />
Ela só depende da frequência da onda sonora. Quanto<br />
menor a frequência de uma onda sonora mais grave será<br />
o som. A voz masculina, como a do autor, é um exemplo<br />
disso, pois a frequência varia entre 100 e 200 Hz. Se<br />
aumentarmos a frequência da onda sonora, mais agudo se<br />
tornará o som. A voz feminina, que chega a até 400 Hz<br />
pode ser um bom exemplo.<br />
Por uma baleia azul, foi o som de maior potência<br />
emitido por um ser vivo, registrado por W.C.<br />
Cummings e P.O.Thompsom em 1970 nas costas do<br />
Chile. Estes sons foram emitidos com duração da<br />
ordem de 0,5 minuto e cobrindo uma faixa de baixas<br />
frequências, entre 12 e 200 Hz. Não se sabe o objetivo<br />
de tamanha potência mas suspeita-se que o som possa<br />
ser usado para comunicação a longa distância.<br />
NÃO ES ESQUEÇA!<br />
INTENSIDADE<br />
É o fluxo de energia por unidade de área.<br />
Refere-se ao produto da pressão pela velocidade das<br />
partículas em um meio fluido, o que é equivalente à<br />
potência recebida por unidade de área.<br />
Esta qualidade permite um observador<br />
diferenciar um som forte de um som fraco. Quando<br />
mexemos no botão do volume do som de nossa casa,<br />
estamos modificando a intensidade do som por ele<br />
emitido (e não a altura!!!). Esta intensidade depende da<br />
amplitude da onda sonora, ou seja, da energia que a onda<br />
transporta. Um som forte transporta muita energia,<br />
enquanto um som fraco transporta pouca energia de um<br />
ponto a outro.<br />
A potência medida em watt (W) e a área medida em m 2 ,<br />
nos fornece a unidade da intensidade no SI: W/m 2 .<br />
A máxima intensidade física (limiar da dor) que os<br />
nossos ouvidos podem suportar é de: 1 W/m 2 . A mínima<br />
intensidade física (limiar da audibilidade) que os nossos<br />
ouvidos podem captar é de: 10-12 W/m 2 .<br />
Nível Sonoro O nível sonoro se mede com aparelhos<br />
chamados sonómetros. A unidade de nível sonoro é o<br />
bel, símbolo B, em honra a Graham Bell, cientista<br />
americano e um dos inventores do telefone.<br />
609
seja, do conjunto de frequências naturais que acompanha<br />
o som.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) Se o aluno Digimon aumentasse o volume de seu<br />
aparelho para ouvir melhor o som, o que aconteceria com<br />
o nível de decibéis?<br />
2) Que conseqüências para sua saúde isso poderia<br />
acarretar?<br />
Como 1 bel é um valor muito grande usa-se<br />
habitualmente o submúltiplo decibel, dB, para exprimir o<br />
nível sonoro. Na escala de decibéis o valor 0 dB<br />
corresponde ao nível sonoro mínimo detectado pelo<br />
ouvido humano (constitui o limiar da audição) e o valor<br />
120 dB corresponde ao nível sonoro máximo suportável<br />
pelo nosso ouvido (constitui o limiar da dor). A<br />
expressão abaixo nos permite calcular o nível sonoro, em<br />
função de uma determinada intensidade.<br />
Ns = 10 log10 (l/l 0), onde l0 é o limiar da audibilidade.<br />
Abaixo temos uma tabela com alguns valores de<br />
nivel sonoro em nosso cotidiano.<br />
TIMBRE<br />
Quando alguém toca uma flauta ao lado de outra<br />
pessoa que toca um tambor, você consegue identificar os<br />
sons, mesmo estando de costas. A propriedade dos sons<br />
que permite esta diferenciação é chamada de timbre. O<br />
timbre de um som depende da forma da onda emitida<br />
pela fonte sonora e da composição harmônica do som, ou<br />
610<br />
3) Que atitudes poderiam ser tomadas pelo operador da<br />
britadeira, pelo aluno Digimon e por D. Cacilda, para<br />
minimizar os impactos da poluição sonora em suas<br />
respectivas situações?<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 2<br />
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o limite<br />
tolerável ao ouvido humano é de 65 dB. Acima disso, o<br />
nosso organismo sofre estresse, aumentando o risco de<br />
doenças. Com ruídos acima de 85 dB, aumenta o risco de<br />
comprometimento auditivo. Sons com intensidades<br />
acima de 130 dB provocam sensação dolorosa e acima de<br />
160 dB podem romper o tímpano e causar surdez. Sabese<br />
também que, quanto maior o tempo de exposição a<br />
sons intensos, maior o risco de danos físicos.<br />
COMENTANDO A QUESTÃO 3<br />
Na área trabalhista, uma das principais causas<br />
da incapacidade funcional tem sido a perda da audição<br />
pela ocorrência do excesso de barulho no ambiente de<br />
trabalho, ou seja, pela poluição sonora a que se expõe o<br />
trabalhador. O uso de protetores de ouvido diminui 20%<br />
a intensidade dos ruídos sonoros, daí seu uso extensivo<br />
por guardas e operadores de trânsito, entre outros.
10.3- RESSONÂNCIA<br />
O aluno Digimon em suas leituras ouviu falar<br />
que um som poderia quebrar uma taça de cristal. Ele<br />
ficou encantado. Será isso realmente possível?<br />
Qualquer objeto material tem uma ou mais<br />
freqüências nas quais "gosta" de vibrar: são as<br />
freqüências naturais de vibração do objeto. Quando o<br />
objeto é "excitado" por algum agente externo em uma de<br />
suas freqüências naturais dá-se a ressonância: o objeto<br />
vibra nessa freqüência com amplitude máxima, só<br />
limitada pelos inevitáveis amortecimentos. Ou seja, a<br />
ressonância ocorre quando:<br />
fnatural = fexterna<br />
ONDE OCORRE A RESSONÂNCIA?<br />
Uma criança em um balanço nunca ouviu falar<br />
em ressonância, mas sabe como usá-la. Num instantinho<br />
ela descobre qual é o momento certo de dobrar o corpo<br />
para aumentar a amplitude do movimento. O corpo de<br />
um instrumento musical, um violão, por exemplo, é uma<br />
caixa de ressonância. As vibrações da corda entram em<br />
ressonância com a estrutura da caixa de madeira que<br />
"amplifica" o som e acrescenta vários harmônicos, dando<br />
o timbre característico do instrumento. Sem o corpo, o<br />
som da corda seria fraco e insosso. Em uma guitarra a<br />
ressonância é substituída, parcialmente, por efeitos<br />
eletrônicos. Cada onda de rádio e TV que viaja pelo<br />
espaço tem uma freqüência característica de vibração. E<br />
a onda de cada emissora tem uma frequência própria,<br />
diferente da frequência das demais emissoras. Os rádios<br />
antigos tinham um botão - o dial - para "sintonizar" as<br />
emissoras. Hoje, com tudo virando digital, os botões não<br />
são de girar - são de apertar. Sintonizar uma emissora<br />
significa fazer seu receptor de rádio ou TV entrar em<br />
ressonância com a onda da emissora. Girando, ou<br />
apertando, o botão você modifica, de algum modo, a<br />
frequência natural de vibração do circuito eletrônico de<br />
seu receptor. Essa vibração não é mecânica, como nas<br />
molas e cordas, mas uma rápida variação nas correntes<br />
elétricas que percorrem o circuito. Na ressonância, o<br />
receptor "capta" energia da onda de rádio ou TV com<br />
eficiência máxima e o sinal da emissora é reproduzido<br />
pelo receptor. As ondas das outras emissoras, com<br />
frequências diferentes, não estão em ressonância com o<br />
receptor e passam batidas, sem interagir com ele. Às<br />
vezes, a ressonância pode ter consequências<br />
desagradáveis. Dizem que algumas pessoas sentem enjoo<br />
ao viajar de carro por causa da ressonância entre as<br />
vibrações de baixa frequência do carro e seus órgãos<br />
digestivos, estômago e intestinos. Se isso for verdade, o<br />
remédio para essas pessoas é encher a barriga de água ou<br />
comida. Isso fará mudar a frequência natural desses<br />
órgãos internos e quebrará a ressonância. Conta a lenda<br />
que um regimento de Napoleão entrou marchando em<br />
uma ponte e a frequência do compasso da marcha, por<br />
azar, coincidiu com a frequência natural de vibração da<br />
ponte. Deu-se a ressonância, a ponte passou a oscilar<br />
com grande amplitude e desabou. A partir desse desastre<br />
os soldados passaram a quebrar o passo sempre que<br />
atravessam alguma ponte. Esse caso pode ser só lenda,<br />
mas, uma ponte nos Estados Unidos desabou quando<br />
entrou em ressonância com o vento. A ponte sobre o<br />
Estreito de Tacoma, logo após ser liberada ao tráfego,<br />
começou a balançar sempre que o vento soprava um<br />
pouco mais forte. No dia 7 de Novembro de 1940<br />
aconteceu a ressonância. Inicialmente, a ponte começou<br />
a vibrar em modos longitudinais, isto é, ao longo de seu<br />
comprimento. Até aí, tudo bem. Mas, logo apareceram os<br />
chamados "modos torsionais", nos quais a ponte<br />
balançava para os lados, se torcendo toda. Na<br />
ressonância, a amplitude desses modos torsionais<br />
aumentou de tal forma que a ponte desabou.<br />
Ponte de Tacoma vibrando no modo torsional.<br />
Um estádio de futebol deve ser construído<br />
levando em conta a “vibração” das torcidas. Se todo<br />
mundo começar a pular e bater os pés pode surgir uma<br />
ressonância com as estruturas das arquibancadas e<br />
acontecer uma tragédia. Quando você for ao estádio,<br />
611
assistir a um jogo de futebol, lembre-se disso. Se notar<br />
que a estrutura está balançando anormalmente mande a<br />
turma toda parar de vibrar imediatamente. A galera,<br />
sabendo que você é um entendido em matéria de<br />
ressonância, logo atenderá o seu aviso. Se não, dê o fora<br />
de mansinho.<br />
V: valor absoluto da velocidade das ondas em relação a<br />
um referencial no solo.<br />
Sempre ficamos curiosos quando passamos pela<br />
rua e ouvimos o som agudo da sirene de uma<br />
ambulância. O que muitas vezes desconhecemos é que<br />
existe uma explicação física para essa percepção do som<br />
ser mais agudo do que realmente é. Conhecemos como<br />
Efeito Doppler. Vamos entender melhor esse fenômeno?<br />
10.4- EFEITO DOPPLER<br />
Denomina-se efeito Doppler a alteração da<br />
frequência notada pelo observador em virtude do<br />
movimento relativo de aproximação ou afastamento<br />
entre uma fonte de ondas e o observador. Embora se trate<br />
de um fenômeno característico de qualquer propagação<br />
ondulatória, o efeito Doppler sonoro é mais comum em<br />
nosso cotidiano. Quando um automóvel aproxima-se de<br />
nós buzinando, percebemos o som da buzina mais agudo<br />
(maior frequência) do que perceberíamos se o veículo<br />
estivesse em repouso. Por outro lado, quando o<br />
automóvel afasta-se buzinando, percebemos um som<br />
mais grave (menor frequência) do que perceberíamos se<br />
o veículo estivesse em repouso. Analisando as frentes de<br />
onda, percebe-se que quem está à direita da fonte recebe,<br />
num certo tempo, um número maior de ondas. Nesse<br />
caso, a frequência do som se torna maior, isto é, produz<br />
um som mais agudo. Para quem está à esquerda o<br />
número de ondas diminui, o que diminui a frequência é<br />
torna o som mais grave. A equação que determina o<br />
Efeito Doppler é:<br />
Aproximação: freqüência observada maior<br />
Vê-se mais violeta<br />
Ouve-se mais agudo<br />
Afastamento: freqüência observada menor<br />
Vê-se mais vermelho<br />
Ouve-se mais grave<br />
CURIOSIDADE<br />
O EFEITO DOPPLER E O BIG BANG<br />
É possível observar o efeito Doppler não apenas<br />
com o som, mas com qualquer outro tipo de onda,<br />
mesmo com a luz.. Em observações astronômicas o<br />
efeito Doppler permitiu verificar que as galáxias<br />
estão se afastando umas das outras com velocidades<br />
muito grandes, o que levou a conclusão de que o<br />
Universo está em expansão e nasceu a partir de uma<br />
grande explosão (BIG BANG).<br />
Sejam:<br />
F p: freqüencia real emitida por uma fonte de ondas;<br />
F 0: freqüencia aparente captada por um observador;<br />
V f: valor absoluto da velocidade da fonte de ondas;<br />
Vo: valor absoluto da velocidade do observador;<br />
612
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (ENEM) Os radares comuns transmitem microondas<br />
que refletem na água, gelo e outras partículas na<br />
atmosfera. Podem, assim, indicar apenas o tamanho e a<br />
distância das partículas, tais como gotas de chuva. O<br />
radar Doppler, além disso, é capaz de registrar a<br />
velocidade e a direção na qual as partículas se<br />
movimentam, fornecendo um quadro do fluxo de ventos<br />
em diferentes elevações. Nos Estado Unidos, a Nexrad,<br />
uma rede de 158 radares Doppler, montada na década de<br />
1990 pela Diretoria Nacional Oceânica e Atmosférica<br />
(NOAA), permite que o Serviço Meteorológico Nacional<br />
(NWS) emita alertas sobre situações do tempo<br />
potencialmente perigosas com um grau de certeza muito<br />
maior. O pulso da onda do radar ao atingir uma gota de<br />
chuva, devolve uma pequena parte de sua energia numa<br />
onda de retorno, que chega ao disco do radar antes que<br />
ele emita a onda seguinte. Os radares da Nexrad<br />
transmitem entre 860 e 1300 pulsos por segundo, na<br />
frequência de 3000 MHz.<br />
FISCHETTI, M., Radar Meteorológico: Sinta o Vento. Scientific American<br />
Brasil, n. 08, São Paulo, jan. 2003.<br />
No radar Doppler, a diferença entre as<br />
frequências emitidas e recebidas pelo radar é dada por Δf<br />
= (2ur /c)f0 onde ur é a velocidade relativa entre a fonte<br />
e o receptor, c = 3,0x10 8 m/s é a velocidade da onda<br />
eletromagnética, e f0 é a frequência emitida pela fonte.<br />
Qual é a velocidade, em km/h, de uma chuva, para a qual<br />
se registra no radar Doppler uma diferença de frequência<br />
de 300 Hz?<br />
(A) 1,5 km/h<br />
(B) 15 km/h<br />
(C) 108 km/h<br />
(D) 5,4 km/h<br />
(E) 54 km/h<br />
2) FERIDOS NA PONTE QUE PARTIU- Estados<br />
Unidos, urgente. Uma ponte desabou causando mortes,<br />
feridos e uma onda de boatos que anunciam o fim do<br />
mundo para antes da próxima desvalorização do real.<br />
Testemunhas afirmam que ouviram pessoas estranhas,<br />
usando capacetes coloridos, dizerem que na hora do<br />
desastre deve ter havido uma grande “vibração”. Após<br />
examinarem os destroços, os seres diferentes falaram que<br />
a responsabilidade pela queda da ponte poderia ser<br />
atribuída a tal de “Ressonância”, pessoa desconhecida<br />
dos moradores da região. Cientistas de todo o mundo<br />
discutem a ponte que partiu. Até o vento pode ser o<br />
culpado, já que a queda foi precedida de ventania. Um<br />
professor de física, considerado meio maluco desde<br />
criancinha, comparou a queda da ponte ao<br />
funcionamento de um microondas. Alguns acreditam que<br />
o fenômeno poderá acontecer outra vez, provavelmente<br />
com a ponte Rio Niterói. Qual sua explicação para o<br />
ocorrido?<br />
3) Você está em um cruzeiro e a pessoa ao seu lado na<br />
plataforma cai ao mar. Durante todo o tempo da queda, a<br />
pessoa grita a uma frequência constante. Como a<br />
frequência aparente do som do grito muda em função do<br />
tempo?<br />
4) Uma banda está tocando em um caminhão em<br />
movimento. A banda toca a nota C (dó) média (262 Hz),<br />
mas esta é ouvida por espectadores à frente do caminhão<br />
como sendo C# (dó sustenido) (277 Hz). Qual a<br />
velocidade do caminhão?<br />
5) Por que é importante fazer silêncio em um território<br />
de avalanches? No filme 007: A serviço Secreto de Sua<br />
Magestade (United Artists, 1969), os vilões tentam parar<br />
James Bond, que foge usando esquis, atirando com uma<br />
arma e provocando uma avalanche. Por que isso<br />
aconteceu?<br />
6) Pessoas em uma longa fila estão esperando para<br />
comprar ingressos para uma sessão de cinema. Quando a<br />
primeira pessoa deixa a fila, um pulso de movimento<br />
ocorre enquanto as outras dão um passo adiante para<br />
preencher a vaga. À medida que cada pessoa caminha<br />
adiante, a vaga move-se pela fila. A propagação da vaga<br />
é transversal ou longitudinal?<br />
7) Considere a ola em um jogo de futebol: as pessoas se<br />
levantam e gritam à medida que a onda chega as suas<br />
posições e este pulso se desloca em torno do estádio.<br />
Esta onda é transversal ou longitudinal?<br />
613
COMENTANDO A QUESTÃO 5<br />
A essência de uma onda é a propagação de uma<br />
perturbação através de um meio. Um som impulsivo,<br />
como o tiro no filme de James Bond, pode causar uma<br />
perturbação acústica que se propaga através do ar e pode<br />
causar impacto em um acúmulo instável de neve que está<br />
pronto para deslizar e começar uma avalanche. Um<br />
evento tão desastroso como esse ocorreu em 1916<br />
durante a Primeira Guerra Mundial, quando soldados<br />
austríacos nos Alpes foram soterrados por uma avalanche<br />
causada pelos disparos de canhões.<br />
10.5- TOCANDO VIOLÃO<br />
O som produzido pelas cordas do violão<br />
encantam gerações e sempre ficamos encantados com a<br />
harmonia entre as notas musicais. Para entendermos<br />
melhor a relação do violão com a física vamos<br />
compreender alguns aspectos básicos.<br />
VELOCIDADE DA ONDA EM UMA CORDA – LEI<br />
DE TAYLOR<br />
As cordas vibrantes do violão são fios flexíveis<br />
e tracionados nos seus extremos. Além do violão são<br />
utilizadas nos instrumentos musicais de corda como a<br />
guitarra, o violino e o piano.<br />
A área de secção transversal da corda.<br />
m massa da corda.<br />
l comprimento na corda.<br />
T tração na corda.<br />
A velocidade com que um pulso se movimenta<br />
na corda foi determinada por Brook Taylor (1683-1731)<br />
e ficou conhecida como equação de Taylor.<br />
614<br />
μ = m/l<br />
densidade linear de massa<br />
AS CORDAS SONORAS<br />
1- PRIMEIRO HARMÔNICO OU HARMÔNICO<br />
FUNDAMENTAL<br />
Formam-se, na corda, um fuso com 2 nós.
2 – SEGUNDO HARMÔNICO<br />
Formam-se, na corda, dois fusos com 3 nós.<br />
Para o enésimo harmônico:<br />
Comparando com o 1º harmônico:<br />
f = 1 . v/ 2l<br />
Substituindo a velocidade pela lei de Taylor, temos que:<br />
3 – TERCEIRO HARMÔNICO<br />
f =<br />
/ 2l<br />
Formam-se, na corda, três fusos com 4 nós.<br />
Essa expressão final nos mostra as<br />
características do som produzido pelas cordas do violão.<br />
* quanto maior o comprimento da corda, maior será a<br />
frequência e o som será mais agudo.<br />
* quanto mais grossa for a corda (maior densidade<br />
linear), menor será a frequência e o som será mais grave.<br />
* quanto maior a força de tração, maior será a frequência<br />
e o som será mais agudo<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
As cordas sonoras emitem todos os harmônicos<br />
do som fundamental tanto os de ordem par como os de<br />
ordem ímpar.<br />
Generalizando para qualquer harmônico:<br />
1- Na mecânica é adotado frequentemente um modelo de<br />
simplificação de cordas sem massa. Por que esse não é<br />
um bom modelo quando estamos discutindo ondas em<br />
cordas?<br />
2- Por que fator você teria de aumentar a tensão em uma<br />
corda esticada a fim de dobrar a velocidade da onda?<br />
615
3- Quando se deslocando em uma corda esticada, um<br />
pulso de onda sempre se inverte na reflexão? Explique.<br />
4- Que acontece ao comprimento de onda de uma onda<br />
em uma corda quando a freqüência é dobrada? Suponha<br />
que a tensão na corda permanece a mesma.<br />
5- Quando todas as cordas de um violão são submetidas<br />
à mesma tensão, a velocidade de uma corda ao longo das<br />
cordas graves (de maior massa) será maior ou menor do<br />
que a velocidade de uma onda nas cordas mais leves?<br />
Existem alguns fenômenos que determinam o<br />
comportamento ondulatório do som e da luz. A partir de<br />
agora começaremos a discuti-los.<br />
10.6- TUBOS SONOROS<br />
Assim como as cordas ou molas, o ar ou gás<br />
contido dentro de um tubo pode vibrar com frequências<br />
sonoras. Este é o princípio que constitui instrumentos<br />
musicais como a flauta, corneta, clarinete, etc. que são<br />
construídos basicamente por tubos sonoros.<br />
Nestes instrumentos, uma coluna de ar é posta a<br />
vibrar ao soprar-se uma das extremidades do tubo,<br />
chamada abertura, que possui os dispositivos vibrantes<br />
apropriados.<br />
Os tubos são classificados como ABERTOS e<br />
FECHADOS, sendo os tubos abertos aqueles que têm as<br />
duas extremidades abertas (sendo uma delas próxima à<br />
abertura) e os tubos fechados que são os que têm uma<br />
extremidade aberta (próxima à abertura) e outra fechada.<br />
616<br />
As vibrações das colunas gasosas podem ser<br />
estudadas como ondas estacionárias resultantes da<br />
interferência do som enviado na abertura com o som<br />
refletido na outra extremidade do tubo.<br />
Em uma extremidade aberta o som reflete-se em fase,<br />
formando um ventre (interferência construtiva) e em uma<br />
extremidade fechada ocorre reflexão com inversão de<br />
fase, formando-se um nó de deslocamento (interferência<br />
destrutiva). Vamos estudar detalhadamente:<br />
Tubos abertos<br />
Considerando um tubo sonoro de<br />
comprimento l, cujas ondas se propagam a uma<br />
velocidade v.<br />
Assim as possíveis configurações de ondas estacionárias<br />
são:<br />
As maneiras de vibrar podem, partindo destes<br />
exemplos, ser generalizadas como:<br />
E a freqüência dos harmônicos será dada por:
E a frequência dos harmônicos será dada por:<br />
Em um tubo fechado, obtêm-se apenas<br />
frequências naturais dos harmônicos ímpares.<br />
Como n não tem restrições, no tubo aberto,<br />
obtêm-se freqüências naturais de todos os harmônicos.<br />
Tubos fechados<br />
Considerando um tubo sonoro de<br />
comprimento l, cujas ondas se propagam a uma<br />
velocidade v.<br />
Assim as possíveis configurações de ondas estacionárias<br />
são:<br />
As maneiras de vibrar podem, partindo destes exemplos,<br />
ser generalizadas como:<br />
11- REFLEXÃO DE ONDAS<br />
Ondas podem refletir em obstáculos. Na figura<br />
abaixo vemos uma onda (UNIDIMENSIONAL) em uma<br />
corda incidindo sobre uma parede, onde possui uma<br />
extremidade presa. A corda na parte da onda que chega à<br />
parede exerce uma força para cima sobre a mesma. Pela<br />
terceira<br />
lei de Newton, a parede exerce uma força igual<br />
e para baixo sobre a corda, invertendo a amplitude da<br />
onda, e enviando para trás um pulso igual e invertido.<br />
Se a corda não estiver presa à parede o pulso<br />
retorna a partir do extremo aberto, mas não há inversão<br />
do mesmo, pois não existe força exercida neste extremo.<br />
Veja a figura abaixo.<br />
617
SITUAÇÂO 1<br />
Dessa forma, na reflexão das ondas ocorre o<br />
seguinte:<br />
1- PARA OBSTÁCULOS FIXOS OCORRE A<br />
INVERSÃO DE FASE.<br />
2- PARA OBSTÁCULOS MÓVEIS NÃO OCORRE A<br />
INVERSÃO DE FASE.<br />
A propriedade básica para as reflexões consiste<br />
no fato de que a frequência, o comprimento de onda e a<br />
velocidade não variam.<br />
Esta propriedade determina que se um pulso se<br />
propaga ao longo de uma corda e tem, antes de incidir<br />
numa parede, por exemplo, os valores v, e f, após a<br />
reflexão continuará com os mesmos valores.<br />
12- REFRAÇÃO DE ONDAS<br />
Este fenômeno ocorre quando uma onda passa<br />
de um meio para outro (de índices de refração diferentes<br />
– veremos esse conceito mais adiante), com alteração na<br />
sua velocidade de propagação. Como a frequência<br />
continua constante, pela equação v = x f, a velocidade<br />
é diretamente proporcional ao comprimento de onda.<br />
Imaginando a onda se propagando numa corda, fica<br />
visível o fenômeno da refração.<br />
618<br />
Quando o pulso passa da corda menos densa<br />
para a mais densa, uma parte se refrata (mantendo a<br />
mesma fase) e outra parte se reflete de forma invertida.<br />
SITUAÇÃO 2<br />
Quando o pulso sai da corda mais densa para a<br />
menos densa, parte se refrata (mantendo a fase) e parte é<br />
refletida. O pulso que retorna também mantém a<br />
mesma fase.<br />
A experiência mostra que a freqüência não<br />
se modifica<br />
quando um pulso passa de um meio para<br />
outro numa<br />
refração qualquer.<br />
ONDAS NA ÁGUA (ONDAS BIDIMENSIONAIS)<br />
A refração ocorre, numa superfície líquida, quando passa<br />
de um meio para outro, ou seja, de uma região de maior<br />
profundidade para outra de menor profundidade (ou viceversa).<br />
Aqui, também, trabalha-se com raios de onda,<br />
obedecendo à lei de Snell-Descartes.
A figura 1 do esquema mostra um trem de ondas<br />
passando do meio 1 (de maior profundidade ou menor<br />
índice) para o meio 2 (de menor profundidade ou maior<br />
índice). A figura 2 mostra o perfil dessa superfície<br />
líquida.<br />
Num tanque de ondas, podemos alterar a<br />
velocidade de propagação da onda, mudando a<br />
profundidade do tanque. Verifica-se que na parte<br />
mais profunda a velocidade é maior, enquanto na<br />
parte mais rasa a velocidade é menor.<br />
Assim, a velocidade de propagação da onda é<br />
maior nas regiões profundas que nas regiões rasas, como<br />
se observa na onda do mar ao atingir a praia.<br />
Observação: O procedimento descrito para<br />
ondas retas também é válido para um trem de ondas<br />
circulares.<br />
13- DIFRAÇÃO<br />
Consideremos que uma onda, propagando-se na<br />
superfície da água, encontre um obstáculo dotado de<br />
estreita abertura, como mostra a figura ao lado.<br />
Observamos que a parte da onda que não foi<br />
interrompida não se mantém em linha reta. Ao passar<br />
pela abertura a onda se espalha em todas as direções.<br />
Quando isto acontece, dizemos que houve difração da<br />
onda.<br />
Note-se que o comprimento de onda λ1, no meio<br />
profundo, é maior que o comprimento de onda λ2, no<br />
meio mais raso. Como na refração a frequência se<br />
mantém constante, tem-se:<br />
O fenômeno da difração somente é nítido<br />
quando as dimensões da abertura ou do obstáculo forem<br />
da ordem de grandeza do comprimento de onda da onda<br />
incidente. A difração ocorre com qualquer tipo de onda.<br />
Nas ondas sonoras, por exemplo, permite que escutemos<br />
a voz de uma pessoa que nos chama, mesmo que esta<br />
pessoa esteja atrás de um obstáculo.<br />
619
característico, que denominamos figura de interferência.<br />
Ao longo de certas linhas as duas perturbações se<br />
reforçam, ou seja, interferem de modo construtivo. Ao<br />
longo de outras linhas, as duas perturbações se anulam,<br />
ou seja, interferem de modo destrutivo.<br />
No exemplo acima fica claro que o som se<br />
difrata mais facilmente que a luz. Com a luz também<br />
ocorre a difração, porém é mais difícil percebermos a<br />
difração de ondas luminosas, porque os obstáculos e<br />
aberturas em que a luz incide são normalmente bastante<br />
grandes em relação ao seu comprimento de onda, que é<br />
da ordem de 5 x 10- 7 m. Entretanto, se fizermos a luz<br />
passar por orifícios cada vez menores, como o orifício<br />
feito pela ponta de um alfinete em um cartão,<br />
observaremos que a luz sofrerá difração ao passar por<br />
esse orifício. A difração é explicada pelo Princípio de<br />
Huygens: quando os pontos de uma abertura ou de um<br />
obstáculo são atingidos pela frente de onda eles tornamse<br />
fontes de ondas secundárias que mudam a direção de<br />
propagação da onda principal, contornando o obstáculo.<br />
14- INTERFERÊNCIA<br />
A interferência é um fenômeno típico das ondas.<br />
Podemos observá-la, por exemplo, num tanque de água<br />
em que se produzem ondas por meio de duas pontas que<br />
tocam periodicamente e sincronizadas a superfície da<br />
água. Como resultado, forma-se na superfície um padrão<br />
620<br />
Também podemos obter figuras de interferência<br />
com a luz. Para isso, fazemos um feixe de luz passar<br />
através de duas fendas vizinhas muito estreitas. Das duas<br />
fendas emergem dois feixes difratados, que interferem<br />
entre si e são interceptados por uma tela. Se o feixe de<br />
luz é de uma só cor, formam-se sobre a tela regiões<br />
claras e escuras, alternadas. As regiões claras são aquelas<br />
atingidas pelas duplas cristas e duplos vales, ou seja,<br />
regiões onde as ondas luminosas interferem<br />
construtivamente. As regiões escuras correspondem a<br />
regiões atingidas por uma crista e um vale, ou seja,<br />
regiões onde as ondas luminosas se interferem<br />
destrutivamente.<br />
O padrão de faixas de faixas de luz projetado na tela é<br />
chamado franjas de interferência. A interferência da luz<br />
foi inicialmente demonstrada por Thomas Young, em<br />
1806.<br />
INTERFERÊNCIA UNIDIMENSIONAL<br />
A interferência pode ser melhor observada numa<br />
corda. Se duas ondas com amplitudes iguais se somam<br />
em fase, isto é, se os máximos se encontram, então
observamos uma onda com amplitude igual à soma das<br />
amplitudes das ondas originais. Teremos uma<br />
interferência construtiva.<br />
encontram com os mínimos, as duas ondas tendem a se<br />
cancelar. Teremos uma interferência destrutiva.<br />
Se as duas ondas superpostas estiverem, no<br />
entanto, totalmente fora de fase, isto é, se os máximos se<br />
621
INTERFERÊNCIA BIDIMENSIONAL<br />
- Determinação do tipo de interferência<br />
Seja P o ponto onde se quer estudar o tipo de<br />
interferência sofrida.<br />
Dada a diferença entre os caminhos:<br />
∆d = |d1 – d2| = N λ/2<br />
Considerando que as fontes estejam vibrando<br />
em fase (fases coerentes): Se N for par, a interferência<br />
em P é construtiva. Se N for ímpar, a interferência em P<br />
é destrutiva.<br />
Considerando que as fontes estejam vibrando<br />
em oposição de fase: Se N for par, a interferência em P é<br />
destrutiva. Se N for ímpar, a interferência em P é<br />
construtiva.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE) –<br />
ESPECÍFICO PARA MEDICINA<br />
1) Duas fontes pontuais, F1 e F2, coerentes e em fase,<br />
emitem ondas de frequência 10 Hz que se propagam com<br />
velocidades de 1 m/s na superfície da água, conforme<br />
ilustra a figura. Se os pontos P e Q representam pequenos<br />
objetos flutuantes, verifique se os mesmos estão ou não<br />
em repouso.<br />
622<br />
2) (UFBA) Na experiência de Thomas Young, a luz<br />
monocromática difratada pelas fendas F1 e F2 se<br />
superpõe na região limitada pelos anteparos A2 e A3,<br />
produzindo o padrão de interferência mostrado na figura.<br />
Sabendo que a luz utilizada tem frequência igual a<br />
6.1014 Hz e se propaga com velocidade de 3.108 m/s,<br />
determine em unidades no SI, a diferença entre os<br />
percursos ópticos, a e b, dos raios que partem de F1 e F2<br />
e atingem o ponto P.<br />
3) Uma estação E de rádio AM, transmitindo na<br />
frequência 750 KHz, está sendo sintonizada por um<br />
receptor (R), localizado a 3 Km de distância. A recepção<br />
é, momentaneamente, interrompida devido a uma<br />
interferência destrutiva entre a onda que chega direto da<br />
estação e a que sofre reflexão no avião (A), que voa a<br />
uma altura h, a meio do caminho entre a estação e o<br />
receptor (veja figura). Determine o menor valor possível<br />
de h. Considere velocidade da luz como 3.10 8 m/s.<br />
Considere que a onda refletida sofre inversão de fase.
4) A figura mostra a montagem da experiência de Young<br />
sobre o fenômeno da interferência da luz. Um feixe de<br />
luz monocromático incide perpendicularmente sobre a<br />
parede opaca da esquerda, que tem duas fendas F1 e F2,<br />
próximas entre si. A luz, após passar pelas fendas, forma<br />
uma figura de interferência no anteparo da direita. O<br />
ponto C é a posição da primeira franja escura, contada a<br />
partir da franja clara central. A diferença de percurso<br />
entre as luzes provenientes das fendas é 2,4 · 10 -7 m.<br />
6) Nas figuras a seguir F1 e F2 são fontes de ondas<br />
circulares de mesma frequência que se propagam na<br />
superfície da água. Supondo que na primeira figura as<br />
fontes estejam em concordância de fase e que na segunda<br />
estejam em oposição, determine o tipo de interferência<br />
que ocorre nos pontos A, B, C e D. As ondas propagamse<br />
com comprimentos de onda iguais a 2 cm.<br />
De acordo com a tabela dada, identifique qual é a cor da<br />
luz do experimento.<br />
a) vermelha<br />
b) amarela<br />
c) verde<br />
d) azul<br />
e) violeta<br />
7) O desenho a seguir representa o experimento de<br />
Young.<br />
5) Em uma cuba de ondas de profundidade constante,<br />
dois estiletes funcionam como fontes de ondas circulares,<br />
vibrando em fase com frequência de 5 Hz. Sabendo que<br />
a velocidade dessas ondas na superfície da água é de 10<br />
cm/s, determine o tipo de interferência que ocorre nos<br />
pontos P e Q da figura.<br />
623
A luz monocromática é difratada nas fendas F0 (anteparo<br />
A1), F1 e F2 (anteparo A2), havendo a superposição no<br />
anteparo A3 quando ocorre o padrão de interferência<br />
observado. Sabendo que a luz utilizada tem frequência<br />
igual a 6.10 14 Hz e se propaga com velocidade igual a<br />
3.108 m/s, determine, em unidades do SI, a diferença<br />
entre os percursos ópticos a e b dos raios que partem de<br />
F1 e F2 e atingem o ponto P.<br />
15- POLARIZAÇÃO<br />
A polarização é uma propriedade das ondas<br />
eletromagnéticas (APENAS AS ONDAS<br />
TRANSVERSAIS SE POLARIAZAM!!!), inclusive da<br />
luz , que confina a onda a um único plano de vibração. A<br />
luz natural não está polarizada, o que significa que se<br />
pudéssemos olhar de frente um raio de luz veríamos o<br />
vetor elétrico vibrando igualmente em todas as direções<br />
perpendiculares ao raio.<br />
No caso da luz esse comportamento pode ser<br />
percebido com o uso de materiais polarizadores. Dois<br />
polarizadores no mesmo plano, estando um em rotação,<br />
podem produzir escuridão em determinados ângulos. O<br />
primeiro polarizador que a luz encontra permite a<br />
passagem apenas da radiação que vibra em uma direção<br />
particular. Se o segundo polarizador é colocado de forma<br />
a permitir a passagem apenas da luz que vibra na direção<br />
perpendicular àquela direção particular, então nenhuma<br />
luz transmitida pelo primeiro polarizador será capaz de<br />
passar pelo segundo.<br />
624<br />
CURIOSIDADE<br />
O QUE SÃO POLARÓIDES?<br />
Os polaroides basicamente são constituídos de uma<br />
camada de pequenos cristais de iodo sulfato de<br />
quinina dispostos entre duas capas de plástico. Os<br />
mencionados cristais têm forma alongada, e todos<br />
estão orientados previamente na mesma direção com<br />
ajuda de um intenso campo elétrico. Por esse motivo o<br />
polaroide só deixa passar luz num plano. Os<br />
polaroides são utilizados em instrumentos de<br />
laboratório, e também para evitar o ofuscamento<br />
produzido pela incidência da luz solar nos vidros dos<br />
carros. Na praia, a utilização de lentes polarizadoras<br />
nos óculos de sol permite que parte da luz incidente<br />
sobre a lente seja absorvida, diminuindo o excesso de<br />
iluminação.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) (ENEM) As ondas eletromagnéticas, como a luz<br />
visível e as ondas de rádio, viajam em linha reta em um<br />
meio homogêneo. Então, as ondas de rádio emitidas na<br />
região litorânea do Brasil não alcançariam a região<br />
amazônica do Brasil por causa da curvatura da Terra.<br />
Entretanto sabemos que é possível transmitir ondas de<br />
rádio entre localidades devido a ionosfera.
Com a ajuda da ionosfera, a transmissão de ondas planas<br />
entre o litoral do Brasil e a região amazônica é possível<br />
por meio da:<br />
a) reflexão<br />
b) refração<br />
c) difração<br />
d) polarização<br />
e) interferência<br />
2- (ENEM) Ao diminuir o tamanho de um orifício<br />
atravessado por um feixe de luz, passa menos luz por<br />
intervalo de tempo, e próximo da situação de completo<br />
fechamento do orifício, verifica-se que a luz apresenta<br />
um comportamento como o ilustrado nas figuras. Sabe-se<br />
que o som, dentro de suas particularidades, também pode<br />
se comportar dessa forma.<br />
(A) Ao se esconder atrás de um muro, um menino ouve a<br />
conversa de seus colegas.<br />
(B) Ao gritar diante de um despenhadeiro, uma pessoa<br />
ouve a repetição do seu próprio grito.<br />
(C) Ao encostar o ouvido no chão, um homem percebe o<br />
som de uma locomotiva antes de ouvi-lo pelo ar.<br />
(D) Ao ouvir uma ambulância se aproximando, uma<br />
pessoa percebe o som mais agudo do que quando aquela<br />
se afasta.<br />
(E) Ao emitir uma nota musical muito aguda, uma<br />
cantora de opera faz com que uma taca de cristal se<br />
despedace.<br />
3) No filme Guerra nas estrelas, as batalhas travadas<br />
entre as naves são acompanhadas pelo ruído<br />
característico das armas disparadas e dos veículos<br />
explodindo. Fisicamente, isso realmente poderia ocorrer?<br />
Por quê?<br />
4) Em um filme americano de faroeste, um índio colou<br />
seu ouvido ao chão para verificar se a cavalaria estava se<br />
aproximando. Há uma justificativa física para esse<br />
procedimento? Explique.<br />
5) De que forma dois astronautas podem conversar na<br />
superfície da Lua?<br />
6) Se você observar a distância alguém cortando lenha,<br />
primeiro verá o machado batendo na madeira e só depois<br />
ouvirá o barulho. O mesmo fenômeno acontece com os<br />
raios, em dia de tempestade: primeiro vemos o clarão e<br />
depois ouvimos o trovão. Por que isso acontece?<br />
7) Em que princípio se baseia o funcionamento do radar?<br />
8) E o do sonar?<br />
Em qual das situações a seguir está representado o<br />
fenômeno descrito no texto?<br />
9) A afirmação abaixo está errada. Comente o erro e<br />
corrija a frase: "Quando você fala, as partículas de ar se<br />
movem da sua boca até o ouvido de quem escuta".<br />
625
10) Os morcegos têm uma visão extremamente<br />
deficiente, orientando-se, em seus vôos, pelas vibrações<br />
ultra-sônicas. Explique como isso é possível.<br />
b) o comprimento de onda;<br />
c) a frequência com que ele agitava a mão.<br />
11) As ondas luminosas também podem sofrer difração,<br />
como as ondas sonoras. Explique por que é mais fácil<br />
perceber a difração sonora do que a difração luminosa.<br />
12) Dois colegas amarraram dois pedaços de corda<br />
diferentes, uma fina e uma grossa, como mostra a figura<br />
a seguir. Então, produziram pulsos, movimentando a<br />
mão para cima e para baixo duas vezes a cada segundo.<br />
Os pulsos eram produzidos num pedaço da corda e<br />
transmitidos ao outro. Eles anotaram na tabela abaixo os<br />
valores para as velocidades de propagação.<br />
14) A figura abaixo mostra uma corda num dado<br />
momento. Sabe-se que ela se desloca com uma<br />
velocidade de 4cm/s. Com a ajuda da figura, sabendo que<br />
o lado de cada quadrado corresponde a 1 cm, determine:<br />
a) a amplitude e o comprimento da onda;<br />
b) seu período e frequência.<br />
15) Qual é a diferença fundamental entre ondas<br />
longitudinais e ondas transversais? O que elas têm em<br />
comum?<br />
16) Imagine que um violão tenha emitido um som. O<br />
som emitido foi um lá, cuja freqüência é 440Hz.<br />
Considerando que a velocidade do som no ar é 340 m/s,<br />
determine o comprimento de onda do som emitido.<br />
Lembre-se de que a freqüência dos pulsos é a mesma da<br />
fonte.<br />
Responda:<br />
a) qual o período da fonte (e dos pulsos na corda);<br />
b) qual o comprimento de onda quando ela se propaga no<br />
meio mais fino e no meio mais grosso.<br />
c) Escreva suas conclusões a partir dos resultados que<br />
você obteve.<br />
17) Um passageiro esperava o trem na estação para poder<br />
ir ao estádio ver mais uma vitória de seu time, o<br />
Flamengo. Ouviu o som do apito e, nesse instante,<br />
começou a contar quanto tempo, depois do apito, o trem<br />
demorou a chegar. Resultado: 170 segundos! Ele soube<br />
do maquinista que a velocidade o trem era de 20 m/s.<br />
13) O colega da questão anterior fez uma experiência<br />
num laguinho perto de sua casa. Agitando a mão na água<br />
ele produziu uma série de pulsos, isto é, uma onda<br />
periódica.<br />
Verificou que elas percorriam 200 cm em 4 segundos e<br />
que a distância entre duas cristas sucessivas era de 10<br />
cm. Determine:<br />
Com essas informações, descubra:<br />
a) a que distância o trem se encontrava da estação<br />
quando apitou;<br />
b) em quanto tempo o som do apito foi ouvido na estação<br />
(considere que a velocidade do som no ar é 340 m/s)<br />
a) a velocidade de propagação da onda;<br />
626
18) A luz vermelha tem um comprimento de onda maior<br />
do que o da luz violeta. Qual delas possui maior<br />
frequência? Explique.<br />
22) As ondas sonoras (υ = 343 m/s) de uma apresentação<br />
musical são codificadas em ondas de rádio para<br />
transmissão do estúdio de rádio para seu receptor em<br />
casa. Uma onda de rádio que se propaga à velocidade c =<br />
3,00 × 10 8 m/s [o símbolo c, que utilizamos para a<br />
velocidade da luz, também é utilizado para a velocidade<br />
de todas as ondas eletromagnéticas que se deslocam no<br />
vácuo] com um comprimento de onda de 3,00 m carrega<br />
uma onda sonora que tem um comprimento de onda de<br />
3,00 m no ar. Qual onda tem a frequência mais elevada, a<br />
onda de rádio ou a onda sonora?<br />
19) Qual é a distância aproximada de uma tempestade<br />
com trovoadas, se você detecta um atraso de 3s entre o<br />
brilho do relâmpago e o som do trovão?<br />
20) Um gato consegue escutar frequências acima de<br />
70000Hz. Morcegos emitem e recebem guinchos de alta<br />
frequência acima de 120000Hz. Qual deles escuta som<br />
com comprimento de onda mais curto? Explique.<br />
21) As pranchas de madeira A e B estão apoiadas entre<br />
dois trilhos paralelos, formando uma pequena marimba<br />
ou xilofone.<br />
A GRANDE BATALHA DO SÉC XVII: NEWTON X<br />
HUYGHENS<br />
Compreender o que é a luz foi um dos maiores<br />
desafios da humanidade ao longo de vários séculos.<br />
Vamos começar uma viagem pelo passado para tentar<br />
responder a uma questão intrigante:<br />
16- O QUE REALMENTE É A LUZ?<br />
Golpeando as pranchas com o martelete obtemos sons.<br />
Comparando os sons obtidos, podemos afirmar:<br />
a) O som de A é mais agudo que o som de B.<br />
b) O som de A é mais grave que o som de B.<br />
c) O som de A tem a mesma tonalidade que o som de B.<br />
d) Não se pode afirmar, pois não sabemos as distâncias<br />
entre os trilhos.<br />
Durante o século XVII, Christian Huygens<br />
(1625-1695), um contemporâneo de Newton, observou<br />
que dois feixes de luz, ao se cruzar, não sofriam qualquer<br />
desvio: ―Porque as partículas de luz não colidem umas<br />
com as outras?‘‘ – pensava Huygens. Para explicar o fato<br />
de os feixes não colidirem ao se cruzar, Huygens supôs<br />
que a luz não seria composta por elementos materiais,<br />
mas sim se constituiria de perturbações do meio entre a<br />
fonte e o observador. A luz seria, nessa concepção, uma<br />
onda. Huygens foi um dos maiores defensores da teoria<br />
da luz como onda. Sua teoria foi elaborada a partir do<br />
estudo de ondas na água. No interessante livro A<br />
evolução da <strong>Física</strong>, Einstein e Infeld apresentam um<br />
debate entre as idéias de Newton e Huygens por meio de<br />
627
um diálogo entre dois homens: o senhor N, defensor das<br />
idéias de Newton (teoria corpuscular) e o senhor H,<br />
crente nas idéias de Huygens (teoria ondulatória).<br />
Acompanhe atentamente o diálogo entre estes dois<br />
personagens:<br />
Senhor N: Na teoria corpuscular, a velocidade<br />
da luz tem um significado bem definido. É a velocidade<br />
com a qual os corpúsculos caminham no espaço vazio.<br />
Que significado terá ela na teoria ondulatória?<br />
Senhor H: Significa a velocidade da onda da<br />
luz, está claro. Toda onda que se conhece se espalha com<br />
alguma velocidade definida, o mesmo devendo fazer a<br />
onda de luz.<br />
Senhor N: Isso não é tão simples como parece.<br />
As ondas sonoras se espalham no ar, as ondas do oceano<br />
na água. Toda onda tem de ter um material no qual<br />
caminhe. Mas a luz atravessa o vácuo, o mesmo não se<br />
dando com o som. Supor-se uma onda no espaço vazio<br />
não é, na realidade, supor-se onda alguma.<br />
Senhor H: Sim, trata-se de uma dificuldade,<br />
embora não seja nova para mim. O meu mestre<br />
(Huygens) pensou nisso cuidadosamente e decidiu que a<br />
única saída é admitir-se a existência de uma substância<br />
hipotética, o éter, um meio transparente que permeia<br />
todo o universo. O universo está, por assim dizer, imerso<br />
no éter. Uma vez que tenhamos a coragem de introduzir<br />
esse novo conceito, tudo o mais se torna claro e<br />
convincente.<br />
Senhor N: Mas faço objeção a tal suposição. Em<br />
primeiro ligar, ela introduz uma nova substância<br />
hipotética, e já temos substâncias em demasia em física.<br />
Há ainda outra razão contra ela. Por certo você não<br />
duvida de que temos de explicar tudo em termos de<br />
mecânica. Quer dizer do éter, nesse sentido? Estará você<br />
capacitado a responder a questão sobre como o éter é<br />
formado por partículas elementares e como ele se revela<br />
em outros fenômenos?<br />
Senhor H: Sua primeira objeção é certamente<br />
justificada. Mas, introduzindo o éter destituído de peso e<br />
algo artificial, livramo-nos dos corpúsculos de luz, muito<br />
mais artificiais. Temos apenas uma substância<br />
misteriosa, em vez de um número infinito delas,<br />
correspondentes ao grande número de cores do espectro.<br />
Não acha que isso seja de fato um progresso? Pelo<br />
menos todas as dificuldades são concentradas em um só<br />
ponto. Não mais necessitamos da suposição fictícia de<br />
que as partículas pertencentes a cores diferentes<br />
628<br />
caminhem com a mesma velocidade no espaço vazio. O<br />
seu segundo argumento também é verdadeiro. Não<br />
podemos dar uma explicação mecânica do éter. Mas não<br />
há dúvida alguma quanto a que o estudo futuro dos<br />
fenômenos óticos e talvez de outros revelará a sua<br />
estrutura. No momento, devemos aguardar outras<br />
experiências e conclusões, mas finalmente estaremos,<br />
confio, capacitados a esclarecer o problema da estrutura<br />
mecânica do éter.<br />
Senhor N: Deixemos a questão de lado por<br />
enquanto, pois não pode ser solucionada. Eu gostaria de<br />
ver como a sua teoris explica, mesmo que desatendamos<br />
às dificuldades, os fenômenos que são claros e<br />
compreensíveis à teoria corpuscular. Tomemos, por<br />
exemplo, o fato de os raios de luz caminharem em linha<br />
reta (ou aproximadamente para pequenas distâncias in<br />
vácuo (no espaço vazio) ou no ar. Um pedaço de papel<br />
colocado diante de uma vela produz uma sombra distinta<br />
e precisamente esboçada na parede. As sombras nítidas<br />
não seriam possíveis se a teoria ondulatória da luz fosse<br />
correta, pois as ondas se curvariam ao redor das bordas<br />
do papel e, assim, borrariam a sombra. Uma pequena<br />
embarcação não é um obstáculo para as ondas do mar,<br />
como você sabe, elas simplesmente se curvam ao redor<br />
da mesma, não projetando uma sombra.<br />
Senhor H: Esse argumento não é convincente.<br />
Consideremos ondas curtas em um rio chocando-se com<br />
o lado de uma embarcação grande. As ondas que se<br />
originam em um dos lados da embarcação não serão<br />
vistas do outro lado. Se as ondas forem suficientemente<br />
pequenas e a embarcação suficientemente grande,<br />
aparece uma sombra muito distinta. É bem provavél que<br />
a luz parece caminhar em linha reta somente pelo fato de<br />
seu comprimento de onda ser muito pequeno em<br />
comparação ao tamanho dos obstáculos comuns e das<br />
aberturas usadas nas experiências. Possivelmente não<br />
ocorreria sombra se pudéssemos criar uma obstrução de<br />
aparato que mostraria se a luz é capaz de se curvar. Não<br />
obstante, se tal experiência pudesse ser realizada seria<br />
entre a teoria ondulatória e a teoria crucial da luz.<br />
Senhor N: A teoria ondulatória poderá conduzir<br />
a novos fatos no futuro, mas não sei de quaisquer dados<br />
experimentais que a confirmem convincentemente. Não<br />
vejo razão para não acreditar na teoria enquanto não for<br />
definitivamente provado pela experiência que a luz pode<br />
ser curvada, pois aquela teoria me parece mais simples e,<br />
portanto, melhor do que a teoria ondulatória.
Assim como o som necessita de um meio<br />
material para se propagar, também a luz, na concepção<br />
de Huygens, precisaria de um meio material. Esse<br />
hipotético meio de propagação da luz foi chamada de<br />
éter. Afinal, a luz é uma partícula ou uma onda? O<br />
enigma está ficando cada vez mais complicado! Na<br />
época de Newton e Huygens, os cientistas não<br />
dispunham de aparelhos apropriados para verificar se<br />
aluz sofre ou não desvio ao passar por um obstáculo<br />
muito pequeno, o que possibilitaria decidir entre a visão<br />
corpuscular e a ondulatória. Além de ter modificado a<br />
forma do homem compreender a natureza, lançando as<br />
base da Mecânica Clássica, Isaac Newton também<br />
trouxe, sem dúvida nenhuma, importantes contribuições<br />
no campo da Óptica, tentando compreender a verdadeira<br />
natureza da luz. Para Newton (como vimos), a luz seria<br />
formada de partículas (corpúsculos) e dessa forma,<br />
deveriam se propagar em linha reta. Este modelo<br />
proposto por Newton é perfeito para explicar a formação<br />
das sombras (dos eclipses), a reflexão e também a<br />
refração. Embora, em relação à refração, Newton tenha<br />
proposto inicialmente que a velocidade da luz na água é<br />
maior que a velocidade da luz no ar! Não se esqueça que<br />
essa maneira de entender a luz seria conhecida<br />
historicamente como Modelo Corpuscular da Luz.<br />
Entretanto, no mesmo séc XVII o holandês<br />
Cristhian Huyghens, propõe uma nova maneira de<br />
compreender a luz: o Modelo Ondulatório, onde a luz<br />
não seria partículas e sim ondas. Dessa forma, ela não<br />
iria se propagar em linha reta. Ela faria curvas!!!<br />
Segundo o holandês a luz poderia sofrer difração.<br />
Fenômeno este, tipicamente ondulatório. Ele não<br />
encontrou muitos adeptos desta nova idéia. Um dos<br />
poucos que acreditariam neste modelo foi o inglês<br />
Thomas Young.<br />
Em 1801, concordando com as idéias do Modelo<br />
Ondulatório, Young propõe um experimento conhecido<br />
com Dupla Fenda. Seria mais uma comprovação<br />
experimental de que o modelo newtoniano era um<br />
equívoco. Mas, todos continuavam olhando com<br />
desconfiança para o novo modelo apresentado por<br />
Huyghens e Young.<br />
Experimento de Young: Uma fonte de luz ilumina o anteparo A, contendo duas<br />
fendas. No anteparo B, aparecem franjas claras e escuras. A distância entre as<br />
duas fendas no anteparo A é da ordem de décimo de milímetro.<br />
Franjas de interferência obtidas em um experimento como o de Young, em que<br />
como fonte luminosa foi utilizado um laser de Hélio-Neônio. A distância entre<br />
pontos sucessivos é da ordem de alguns milímetros.<br />
Franjas claras e escuras no anteparo B podem<br />
ser entendidas como resultado da interferência de ondas,<br />
analogamente ao que ocorreria com ondas de água na<br />
superfície de uma piscina, produzidas por duas hastes<br />
que oscilam verticalmente, situadas nas posições dos<br />
orifícios do anteparo A, e presas a um suporte comum.<br />
Você pode assistir a um vídeo em desenho animado sobre o<br />
experimento da Dupla Fenda no site: www.fisicadivertida.com.br<br />
629
O FIM DAS IDÉIAS DE NEWTON?<br />
O golpe de misericórdia no Modelo Corpuscular<br />
viria em 1850, quando os franceses Fizeau e Foulcaut<br />
descobririam o valor da velocidade da luz (no vácuo – 3<br />
x 108 m/s) e comprovam que a velocidade da luz no ar é<br />
maior que a velocidade da luz na água. Recordemos que<br />
um dos alicerces do modelo newtoniano previa o<br />
contrário. A partir daí, o Modelo Ondulatório passa a ser<br />
aceito para explicar a verdadeira natureza da luz. A luz,<br />
então, seria uma onda!<br />
A HISTÓRIA CONTINUA...<br />
CUIDADO!!!!!<br />
Esconda todos os metais de sua casa... elétrons<br />
loucos estão fugindo quando veem luz!!! Você já<br />
imaginou abrir um jornal e dar de cara com uma notícia<br />
dessas? Não fique achando que isso não vai acontecer<br />
com você... Se você fosse físico, você poderia, com<br />
alguns equipamentos ver que isso realmente acontece!<br />
Essa loucura toda começou no final do século XIX, em<br />
1887, quando Hertz desenvolvia suas pesquisas para a<br />
geração e detecção de ondas eletromagnéticas, percebeu<br />
que o brilho das faíscas do transmissor, um efeito<br />
secundário no seu experimento, tornava o detector mais<br />
sensível. Pesquisando o fenômeno, Hertz concluiu que<br />
ele era provocado pelas radiações ultravioleta emitida<br />
por essas faíscas e se acentuava quando a radiação<br />
incidia no terminal negativo de bronze polido do<br />
detector. Diante desses fenômenos alguns impasses<br />
acabaram surgindo (mas esta é uma outra história, para<br />
uma outra apostila... ainda bem não?). Hertz abriu o<br />
problema para a comunidade científica. Em 1905,<br />
Einstein propôs a solução para os questionamentos. De<br />
acordo com Einstein, a energia da luz, assim como de<br />
qualquer radiação eletromagnética, não se distribui<br />
uniformemente pelo espaço como sugere a teoria<br />
ondulatória. Ela se concentra em pequenos quanta de<br />
energia. Einstein propunha que a luz seria formada de<br />
corpúsculos ou quanta de luz, mais tarde denominados<br />
fótons.<br />
Ops!!! Péra... Péra... O que Einstein está dizendo? Que a<br />
luz seria formada de corpúsculos? Newton deve ter dado<br />
pulos no túmulo!<br />
630<br />
As idéias einsteinianas (nominho complicado, heim?)<br />
para o Efeito Fotoelétrico podem assim ser resumidas:<br />
Fazendo-se uma radiação eletromagnética (por<br />
exemplo, luz) incidir sobre uma superfície metálica<br />
elétrons podem ser retirados dessa superfície.<br />
EMISSÃO DE FOTOELÉTRONS POR UMA<br />
SUPERFÍCIE METÁLICA<br />
Os elétrons retirados são denominados<br />
Fotoelétrons.<br />
Agora, as minhas idéias (minhas de quem? Ora<br />
bolas, claro que do Einstein!) sobre o efeito fotoelétrico.<br />
* Cada fóton da radiação incidente, ao atingir a<br />
superfície do metal, é completamente absorvido por um<br />
único elétron, cedendo-lhe uma energia E=hf , onde f é a<br />
frequência da radiação incidente e h é a constante de<br />
Planck = 6,62 x 10 -34 J.s
A constante de Planck é uma das constantes<br />
fundamentais da física moderna e nas próprias palavras<br />
do flamenguista Max Planck:<br />
“ O elétron absorve ou emite um quantum E=hf, ou<br />
nada absorve ou emite.”<br />
Na física quântica é comum usarmos a unidade<br />
elétron-volt para medir energia. 1eV = 1,6 x 10 -19 J<br />
ESSA ENERGIA É SUFICIENTE PARA<br />
ATRIBUIR AO ELÉTRON UMA ENERGIA<br />
CINÉTICA<br />
Desse modo,<br />
hf=<br />
+ ½ mv 2 max<br />
Para Einstein, essa interação fóton e elétron ocorre<br />
instantaneamente, semelhante a colisão de partículas.<br />
* Para os elétrons escaparem do metal, os fótons<br />
incidentes devem apresentar uma energia mínima<br />
necessária, para que esses elétrons vençam os choques<br />
com átomos vizinhos e a atração dos núcleos desses<br />
superfície metálica é denominada função de trabalho do<br />
metal.<br />
* Quando um elétron recebe a energia adicional hf do<br />
fóton incidente, essa deve ser suficiente para superar a<br />
função de trabalho( )do metal, permitindo então que o<br />
elétron escape. A energia excedente é conservada pelo<br />
elétron na forma de energia cinética (é óbvio que a<br />
energia tem sempre que se conservar, não é?).<br />
Essa equação é denominada equação fotoelétrica de<br />
Einstein.<br />
E COMO FICARIA ENTÃO A HISTÓRIA? AFINAL,<br />
O QUE REALMENTE É A LUZ?<br />
As experiências e as discussões mostradas até<br />
agora demonstram claramente que a luz é constituída por<br />
partículas perfeitamente identificadas - os fótons. No<br />
decorrer do longo e histórico debate entre o Modelo<br />
Corpuscular de Isaac Newton com os fenômenos da<br />
reflexão e refração e o Modelo Ondulatório de Huyghens<br />
e Young com os fenômenos da difração, da interferência<br />
e da polarização, (já estudaram isto em Óptica e Ondas,<br />
não foi???) iniciado no século XVII, atualmente seria, de<br />
novo, a vez de admitir o modelo corpuscular. Mas não é<br />
bem assim. Embora haja evidências incontestáveis da<br />
natureza corpuscular da luz, há também fenômenos<br />
luminosos que só se explicam adequadamente com a<br />
teoria ondulatória. Por isso, há quem diga ainda hoje que<br />
a luz tem um caráter dualístico – ora se comporta como<br />
partícula, ora como onda, afirmação tão estranha que<br />
chegou a produzir ironias famosas entre os físicos:<br />
631
A luz seria ondas às segundas, quartas e sextas e<br />
partícula às terças, quintas e sábados. No domingo<br />
(ninguém é de ferro), folgaria para reflexão...<br />
Na verdade, essa afirmação não é correta,essa<br />
dualidade alternativa, uma coisa ou outra, homem ou<br />
mulher, FLAMENGO ou vasco, NÃO EXISTE!!!<br />
Para a física atual, não há dúvida de que um<br />
feixe de luz é um feixe de partículas, isto é, um feixe de<br />
fótons. A dualidade surge em relação ao comportamento<br />
coletivo desse feixe, que é ondulatório. É como uma<br />
torcida organizada (mengo,ô, ô,ô, é campeão!). Ela se<br />
compõe de indivíduos perfeitamente identificados como<br />
partículas. Mas, durante o jogo, esses indivíduos<br />
comportam-se coletivamente de acordo com<br />
determinadas regras, seguindo uma espécie de<br />
coreografia, como ondas.<br />
O que importa é conhecer as regras que regem a<br />
passagem do caráter individual da luz, corpuscular, para<br />
o caráter coletivo, ondulatório.<br />
Olha que legal!!!<br />
Quando a luz atravessa buracos (fendas fica mais bonito,<br />
não é?) grandes ela se comporta como partículas (caráter<br />
individual) e quando atravessa buracos, ops..., fendas<br />
pequenas (da ordem do seu comprimento de onda) ela se<br />
comporta como ondas(caráter coletivo).<br />
FISICA NOSSA DE CADA DIA<br />
CDS X FITAS CASSETES<br />
O aluno Digimon atinou para o fato de que a<br />
música que ouvia era produzida pelos alto-falantes de<br />
seu aparelho, mas as informações da música estavam<br />
gravadas em um disco laser (CD). O aparelho fazia a<br />
632<br />
leitura dessas informações com luz laser. Luz produzindo<br />
som! Como podia? Lembrou-se, então, do velho toca<br />
discos de vinil de seu antigo aparelho 3 em 1, de onde<br />
fazia gravações em fitas cassetes para ouvir no rádio<br />
toca-fitas do carro de seu pai. Várias tecnologias para<br />
registrar e armazenar sons, hoje em desuso.<br />
A fina agulha que arranhava o disco de vinil, a<br />
fita magnética do cassete que deslizava sobre o cabeçote<br />
de leitura e agora a luz laser emitida sobre o CD e por ele<br />
refletida, todos tendo, como resultado final, a reprodução<br />
do som. As diversas formas de leitura desses meios de<br />
armazenamento de informação (chamadas mídias) geram<br />
as correntes elétricas que circulam pelo amplificador<br />
para, finalmente, fazerem vibrar os alto-falantes,<br />
produzindo as ondas sonoras.<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1) O super Professor Ivã está voando com uma incrível<br />
velocidade de36 km/h em direção a uma fonte sonora<br />
que se move em sentido contrário com velocidade de 144<br />
km/h. Se a freqüência original emitida pela fonte vale<br />
3000 Hz e a velocidade do som no ar é de 340 m/s, a<br />
frequência aparente percebida pelo herói rubro negro<br />
será de quanto?<br />
2) Complete as lacunas abaixo com um dos termos entre<br />
parênteses.<br />
a) No vácuo, todas as ondas eletromagnéticas possuem a<br />
mesma _____________ (velocidade/frequência).
) Uma onda ___________ (longitudinal/transversal)<br />
possui direção de propagação paralela à direção de<br />
propagação. Um exemplo que temos é o (a) __________<br />
(som/luz).<br />
c) A luz ultravioleta possui _________ (maior/menor)<br />
comprimento de onda e ________<br />
(maior/menor) freqüência que os raios infravermelhos.<br />
d) Os raios X apresentam maior _________<br />
(frequência/comprimento de onda) que as micro-ondas.<br />
e) A ressonância ocorre quando a frequência externa se<br />
tornar ________ (maior que/igual a) frequência natural<br />
de vibração de um corpo qualquer.<br />
f) Um som grave apresenta menor ________<br />
(frequência/intensidade) que um som agudo.<br />
g) Um som alto é um som ______ (agudo/forte). h) A<br />
freqüência está relacionada com a ____________<br />
(altura/intensidade) de uma onda sonora.<br />
i) Um som ________ (forte/alto) apresenta uma<br />
amplitude ___________ (maior/menor) que um som<br />
________ (fraco/baixo).<br />
j) Quanto _______ (maior/menor) a ________<br />
(altura/intensidade) de uma onda, maior será a<br />
quantidade de energia transportada e ________<br />
(maior/menor) será a amplitude da onda.<br />
k) À medida que uma fonte se<br />
_________(aproxima/afasta) de um observador podemos<br />
afirmar que a frequência aparente __________<br />
(aumenta/diminui).<br />
l) Quanto mais distante uma fonte estiver de um<br />
observador, menor será a frequência aparente percebida<br />
pelo observador. Essa afirmação é _______<br />
(certa/errada).<br />
m) Quanto mais próxima uma fonte estiver de um<br />
observador, maior será a frequência aparente percebida<br />
pelo observador. Essa afirmação é _______<br />
(certa/errada).<br />
n) A intensidade de uma onda está relacionada com a sua<br />
__________ (freqüência/amplitude).<br />
o) Quanto maior a densidade linear de uma corda,<br />
_________ (maior/menor) será a velocidade de um pulso<br />
nessa corda.<br />
p) Podemos afirmar que, para um pulso se propagar em<br />
uma corda qualquer, a sua velocidade é inversamente<br />
proporcional à densidade linear da corda. Essa afirmação<br />
está ________ (certa/errada).<br />
q) Podemos afirmar que, para um pulso se propagar em<br />
uma corda qualquer, a sua velocidade é diretamente<br />
proporcional à tração da corda. Essa afirmação está<br />
________ (certa/errada).<br />
r) Quanto maior a tração em uma corda, mais<br />
__________(grave/agudo) será o som.<br />
s) Quanto mais grossa for uma corda, mais _________<br />
(grave/agudo) será o som. t) Quanto menor a tração em<br />
uma corda, mais ________(grave/agudo) será o som.<br />
u) Quanto mais fina for uma corda, mais _______<br />
(grave/agudo) será o som.<br />
v) Na _________ (reflexão/refração) o comprimento de<br />
onda, a velocidade e a freqüência são constantes.<br />
x) Na ___________(reflexão/refração) apenas a<br />
frequência é constante.<br />
z) O primeiro harmônico em uma corda sonora de 0,5 m<br />
apresenta frequência de 2 Hz se a velocidade for de 2<br />
________ (m/s, cm/s).<br />
3) (ITA) Uma onda de comprimento de onda igual a 0,5<br />
m e frequência 4 Hz, propaga-se numa superfície líquida.<br />
Estabelece-se um eixo x ao longo do sentido de<br />
propagação. No instante t=0 observa-se uma partícula na<br />
origem do sistema de coordenadas. Qual vai ser a<br />
coordenada x dessa partícula decorridos 10 s?<br />
a) 0 m<br />
b) 20 m<br />
c) 0,125 m<br />
d) 8 m<br />
e) nda<br />
4) Após cair na pegadinha da questão anterior, utilize<br />
seus conhecimentos teóricos sobre as Ondas, leia<br />
atentamente o texto abaixo e selecione a opção fornecida<br />
entre parêntese que completa corretamente cada<br />
sentença.<br />
a) A figura abaixo mostra uma onda sofrendo uma<br />
sequencia e duas refrações ar-vidro e vidro-ar.<br />
633
Por uma questão de conveniência, as ondas refletidas não<br />
foram representadas.<br />
Observando-se o comportamento da figura acima,<br />
percebemos que trata-se de (som/luz), visto que a sua<br />
velocidade de propagação (aumenta / diminui<br />
/permanece constante) ao passar do ar para o vidro, ao<br />
passo que seu comprimento de onda<br />
(aumenta/diminui/permanece constante).<br />
A frequência da onda, nesse caso, certamente<br />
(aumenta/diminui/permanece constante).<br />
b) Entretanto, observando-se o comportamento dessa<br />
outra onda mostrada na figura acima, percebemos que<br />
trata-se de (som/luz), visto que a sua velocidade de<br />
propagação (aumenta/diminui/permanece constante), ao<br />
passar do ar para o vidro, ao passo que seu comprimento<br />
de onda (aumenta/diminui/permanece constante). A<br />
frequência de onda, nesse caso, certamente<br />
(aumenta/diminui/permanece constante).<br />
c) A luz o som tem comportamentos opostos, no que se<br />
refere ao fenômeno ondulatório demonstrado acima.<br />
Entretanto, esse fato não é de se estranhar, haja vista que<br />
o som é uma onda (mecânica / eletromagnética )<br />
(transversal/longitudinal), ao passo que a luz é uma<br />
onda(mecânica / eletromagnética)<br />
(transversal/longitudinal).<br />
634<br />
5) Um feixe de luz, de comprimento de onda0 e<br />
freqüência f0, que se propaga no vácuo com velocidade<br />
c, penetra em uma região de largura S e, à medida que<br />
avança, seu comprimento de onda varia como mostrado<br />
na figura 1. Assinale a opção que melhor representa os<br />
comportamentos da freqüência f e da velocidade v do<br />
feixe de luz ao longo do percurso S.
6) (TIPO ENEM) Quando uma pessoa fala, o que de fato<br />
ouvimos é o som resultante da superposição de vários<br />
sons de frequências diferentes. Porém, a frequência do<br />
som percebido é igual à do som de menor frequência<br />
emitido. Em 1984, uma pesquisa realizada com uma<br />
população de 90 pessoas, na cidade de São Paulo,<br />
apresentou os seguintes valores médios para as<br />
frequências mais baixas da voz falada: 100 Hz para<br />
homens, 200 Hz para mulheres e 240 Hz para crianças.<br />
(TAFNER, Malcon Anderson. "Reconhecimento de<br />
palavras faladas isoladas usando redes neurais<br />
artificiais". Dissertação de Mestrado, Universidade<br />
Federal de Santa Catarina.)<br />
Para produzir sons mais agudos ou mais graves,<br />
o violonista dispõe de duas alternativas:<br />
aumentar ou diminuir a tensão sobre a corda; e reduzir<br />
ou aumentar seu comprimento efetivo ao pressioná-la em<br />
determinados pontos ao longo do braço do instrumento.<br />
Para uma dada tensão , F, e um dado comprimento, L, a<br />
frequência de vibração, ʄ, de uma corda de densidade<br />
linear µ é determinada pela expressão<br />
Segundo a teoria ondulatória, a intensidade I de uma<br />
onda mecânica se propagando num meio elástico é<br />
diretamente proporcional ao quadrado de sua frequência<br />
para uma mesma amplitude. Portanto, a razão IF / IM<br />
entre a intensidade da voz feminina e a intensidade da<br />
voz masculina é:<br />
Levando em consideração as características<br />
descritas acima, para tocar uma determinada corda de<br />
violão visando produzir um som mais agudo, o violonista<br />
deverá<br />
a)4,00<br />
b) 0,50<br />
c) 2,00<br />
d) 0,25<br />
e) 1,50<br />
ATIVIDADES DE SALA<br />
A) diminuir o comprimento efetivo da corda, ou<br />
aumentar sua tensão.<br />
B) aumentar o comprimento efetivo da corda, ou<br />
diminuir sua tensão.<br />
C) diminuir o comprimento efetivo da corda, ou diminuir<br />
sua tensão.<br />
D) aumentar o comprimento efetivo da corda, ou<br />
aumentar sua tensão.<br />
1) (UFRN 2013 – TIPO ENEM) O violão, instrumento<br />
musical bastante popular, possui seis cordas com<br />
espessuras e massas diferentes, resultando em diferentes<br />
densidades lineares. As extremidades de cada corda são<br />
fixadas como mostra a figura abaixo.<br />
2) (UFRN 2013 – TIPO ENEM) O Diodo Emissor de<br />
Luz (LED) é um dispositivo eletrônico capaz de emitir<br />
luz visível e tem sido utilizado nas mais variadas<br />
aplicações. A mais recente é sua utilização na iluminação<br />
de ambientes devido ao seu baixo consumo de energia e<br />
à sua grande durabilidade. Atualmente, dispomos de<br />
tecnologia capaz de produzir tais dispositivos para<br />
635
emissão de luz em diversas cores, como, por exemplo, a<br />
cor vermelha de comprimento de onda, λV, igual a 629<br />
nm, e a cor azul, de comprimento de onda, λA, igual a<br />
469 nm. A energia, , dos fótons emitidos por cada um<br />
dos LEDs é determinada a partir da equação de Einstein<br />
E=hʄ onde h é a constante de Planck, e ʄ é a frequência<br />
do fóton emitido. Sabendo ainda que c= λʄ, onde c é a<br />
velocidade da luz no vácuo e λ, o comprimento de onda<br />
do fóton, é correto afirmar que<br />
A) o fóton correspondente à cor vermelha tem menos<br />
energia que o fóton correspondente à cor azul, pois sua<br />
frequência é menor que a do fóton de cor azul.<br />
B) o fóton correspondente à cor vermelha tem mais<br />
energia que o fóton correspondente à cor azul, pois sua<br />
frequência é maior que a do fóton de cor azul.<br />
C) o fóton correspondente à cor azul tem menos energia<br />
que o fóton correspondente à cor vermelha, pois seu<br />
comprimento de onda é maior que o do fóton de cor<br />
vermelha.<br />
D) o fóton correspondente à cor vermelha tem mais<br />
energia que o fóton correspondente à cor azul, pois seu<br />
comprimento de onda é menor que a do fóton de cor<br />
azul.<br />
3) (UESB) Considere-se um pulso transversal<br />
propagando-se com velocidade de módulo igual a<br />
100,0m∕s em uma corda tracionada. Sabendo-se que a<br />
área da seção transversal e a densidade absoluta do<br />
material da corda são, respectivamente, iguais a 2,0mm 2<br />
e 6,0g∕cm 3 , o módulo da força de tração a que essa corda<br />
está submetida é igual, em N, a<br />
׃ 01)50,0<br />
02)75,0<br />
03)105,0<br />
04)120,0<br />
05)210,0<br />
4) (UESB) Uma fonte sonora pontual emite um som com<br />
potência constante de 12,56W, que se propaga<br />
uniformemente em todas as direções. Considerando-se o<br />
limiar da audição — nível sonoro que pode danificar o<br />
ouvido humano — igual a 120dB, a distância mínima<br />
com que uma pessoa pode se aproximar da fonte, com<br />
segurança, deve estar em torno de<br />
636<br />
01) 100cm<br />
02) 90cm<br />
03) 80cm<br />
04) 70cm<br />
05) 60cm<br />
5) (ITA) Um pesquisador percebe que a frequência de<br />
uma nota emitida pela buzina de um automóvel parece<br />
cair de 284 Hz para 266 Hz à medida que o automóvel<br />
passa por ele. Sabendo que a velocidade do som no ar é<br />
330 m/s, qual das alternativas melhor representa a<br />
velocidade do automóvel?<br />
a) 10,8<br />
b) 21,6<br />
c) 5,4<br />
d) 16,2<br />
e) 8,6<br />
6) A figura mostra uma corda fixa pela extremidade A e<br />
passando por uma polia em B. Na outra extremidade está<br />
suspenso um bloco de peso 1000 N e volume 0,075 m 3 .<br />
A densidade linear da corda é igual a 0,1 kg/m e o<br />
comprimento do trecho horizontal é 1 m. Tangendo a<br />
corda no ponto médio entre A e B, ela vibra no modo<br />
fundamental.<br />
O professor Ivã pede para você determinar:<br />
a) a frequência fundamental de vibração do trecho AB.<br />
b) a nova frequência fundamental de vibração do trecho<br />
AB, se o bloco estiver totalmente imerso num tanque de<br />
água.
7) Uma fonte sonora emite ondas uniformemente em<br />
todas as direções. Supondo que a energia das ondas<br />
sonoras seja conservada e lembrando que a potência P da<br />
fonte é a razão entre a energia emitida e o tempo, definese<br />
a intensidade sonora da fonte como a razão entre a sua<br />
potência e a área 4r 2 de uma esfera de raio r centrada na<br />
fonte. Então,<br />
I = P/ 4r 2<br />
Nessas condições, considere que à distância r de uma<br />
sirene, a intensidade do som seja de 0,36 W/m 2 .<br />
Pode-se concluir que, à distância 3r da sirene, a<br />
intensidade sonora será, em W/m 2 , de:<br />
a) 0,36<br />
b) 0,12<br />
c) 0,09<br />
d) 0,06<br />
e) 0,04<br />
8) (UNESP 2013) A imagem, obtida em um laboratório<br />
didático, representa ondas circulares produzidas na<br />
superfície da água em uma cuba de ondas e, em<br />
destaque, três cristas dessas ondas. O centro gerador das<br />
ondas é o ponto P, perturbado periodicamente por uma<br />
haste vibratória.<br />
água é 13,5 cm/s, é correto afirmar que o número de<br />
vezes que a haste toca a superfície da água, a cada<br />
segundo, é igual a<br />
(A) 4,5.<br />
(B) 3,0.<br />
(C) 1,5.<br />
(D) 9,0.<br />
(E) 13,5.<br />
9) (UFBA - adaptada) A ilustração mostra uma corda<br />
composta de duas partes de densidades lineares de massa<br />
distintas, 1 e 2, ligada por uma das extremidades a um<br />
sistema massa-mola e, na extremidade oposta a um peso<br />
P. Uma onda é produzida na corda, deslocando, ao longo<br />
da guia, a massa M de sua posição de equilíbrio e<br />
soltando-a. Considerando as quantidades características<br />
da propagação ondulatória - velocidade, comprimento<br />
de onda, frequência e fase - descreva, qualitativa e<br />
quantitativamente, a propagação da onda nas duas partes<br />
da corda, sabendo que 2 1=ì 2 = 0,4 kg/m, P=10N, a<br />
constante elástica da mola k é igual a 400N/m, e a massa<br />
da mola M é igual a 100kg. Tome que a frequência<br />
produzida pelo sistema massa mola foi de Hz.<br />
10) (UESB 2014) Considere uma corda de um violão,<br />
com densidade linear de 0,5 g/m, fixada entre o cavalete<br />
e o extremo do braço, que estão separados por uma<br />
distância de 50,0 cm. Sabendo-se que a corda é posta a<br />
vibrar no modo fundamental com frequência de 300,0 Hz<br />
, é correto afirmar que a tração na corda, em N, é igual a<br />
Considerando as informações da figura e sabendo que a<br />
velocidade de propagação dessas ondas na superfície da<br />
01) 68,0<br />
02) 60,0<br />
03) 55,0<br />
637
04) 45,0<br />
05) 20,0<br />
638<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
1- (TIPO ENEM) A estrutura do aparelho auditivo<br />
humano<br />
O aparelho auditivo humano está dividido em<br />
três partes: orelha externa, orelha média e orelha interna.<br />
A orelha externa é constituída pelo pavilhão auditivo<br />
(antigamente denominado orelha), o canal auditivo e o<br />
tímpano que é uma membrana flexível situada no fim do<br />
canal auditivo. Assim, o canal auditivo funciona como<br />
um tubo sonoro fechado. A orelha média comunica-se<br />
com a orelha externa pela membrana do tímpano e com a<br />
orelha interna por uma parede óssea onde há dois<br />
orifícios: janela oval e janela redonda. Três minúsculos<br />
ossos: martelo, bigorna e estribo ligam o tímpano à<br />
janela oval. A cavidade da orelha média comunica-se<br />
com a faringe através da tuba auditiva, também<br />
conhecida como trompa de Eustáquio. É ela que permite<br />
o equilíbrio entre a pressão atmosférica e a pressão do ar<br />
dentro da orelha média. A orelha interna, também<br />
chamada labirinto é um sistema complexo composto de<br />
três partes: o vestíbulo que é uma cavidade que se<br />
comunica com a orelha média pela janela oval, os canais<br />
semicirculares e a cóclea que se assemelha à concha de<br />
um caracol. Dentro da orelha interna, acompanhando sua<br />
forma, há uma estrutura membranosa cheia de um<br />
líquido chamado endolinfa. As ondas sonoras que<br />
incidem em nosso pavilhão propagam-se pelo canal<br />
auditivo até ao tingir o tímpano, que passa a vibra com a<br />
mesma frequência da onda sonora incidente. Este<br />
movimento de vibração é transmitido aos três pequenos<br />
ossos da orelha média que, funcionado como alavancas,<br />
ampliam e transmitem as vibrações. Estas chegam, pela<br />
janela oval, à orelha interna, atingindo a endolinfa que<br />
passa a vibrar. As vibrações deste líquido são percebidas<br />
por células nervosas (semelhantes a pêlos), localizadas<br />
principalmente na cóclea, sendo transformados em<br />
impulsos elétricos que são enviados ao cérebro, através<br />
do nervo auditivo.<br />
(Fonte: Ciências. O corpo Humano. Ayrton Cesar Marcondes)<br />
Analise as proposições abaixo e indique as corretas:<br />
I) O ouvido é um órgão dos sentidos que cumpre duas<br />
funções: permite ouvir e manter o equilíbrio corporal;<br />
II) O canal auditivo funciona como um tubo sonoro<br />
aberto<br />
III) Os três minúsculos ossos, martelo, bigorna e estribo,<br />
funcionam como alavancas, que ampliam e transmitem<br />
as vibrações.<br />
IV) As ondas sonoras (ondas eletromagnéticas)<br />
produzem no final do processo impulsos elétricos que<br />
são enviados ao cérebro.<br />
Tem-se:<br />
a) Somente I) e II) estão corretas<br />
b) Somente III) e IV) estão corretas<br />
c) Somente I), II) e IV) estão corretas<br />
d) Somente I), III) e IV) estão corretas<br />
e) Somente I) e III) são corretas.<br />
2- (TIPO ENEM) Uma das mais importantes façanhas<br />
experimentais realizadas pela ciência foi chamada de<br />
experiência de dupla fenda de Young. Nela, em 1801,<br />
Young provou a natureza ondulatória da luz. Observe o<br />
esquema desta experiência abaixo:
a) dispersão<br />
b) interferência<br />
c) polarização<br />
d) difusão<br />
e) reflexão total<br />
Os fenômenos luminosos mostrados no esquema<br />
relativo a essa experiência, nos anteparo A, anteparo B e<br />
anteparo C, são, respectivamente:<br />
a) difusão, refração e polarização.<br />
b) refração, difração e interferência.<br />
c) difusão, refração e interferência.<br />
d) polarização, dispersão e refração.<br />
e) difração, difração e interferência.<br />
3- (TIPO ENEM) Nos filmes 3D, duas câmeras filmam a<br />
mesma cena um pouco distantes uma da outra simulando<br />
a pequena diferença entre as posições dos nossos olhos.<br />
No momento da projeção deste filme, são projetados ao<br />
mesmo tempo dois filmes. Entretanto, a luz de cada filme<br />
tem propriedades diferentes que, após refletir na tela,<br />
seguem para as pessoas.<br />
4- (TIPO ENEM) A intensidade da luz solar que chega<br />
na Terra mede 100 W/m 2 . Sabendo que a distância da<br />
Terra ao Sol mede 150 milhões de quilômetros determine<br />
a ordem de grandeza da potência luminosa emitida pelo<br />
Sol.<br />
a) 1021 W<br />
b) 1023 W<br />
c) 1025 W<br />
d) 1027 W<br />
e) 1029 W<br />
5- (TIPO ENEM) O pulso sonoro A de frequência igual a<br />
170 Hz refrata da água (1020m/s) para o ar sob ângulo de<br />
incidência de 37º (sen 37º = 0,6). O ângulo de refração<br />
foi de 11,5º (sen 11,5º =0,2). Determine os<br />
comprimentos de onda do pulso refratado.<br />
Cada óculo dos óculos 3D só deixa passar um tipo dessas<br />
luzes. Assim, cada olho recebe informações da mesma<br />
cena com uma pequena diferença como se estivesse<br />
vendo em 3D a cena Qual o fenômeno que permite a<br />
seleção desses tipos de luzes?<br />
639
a) 2 m<br />
b) 3 m<br />
c) 4 m<br />
d) 5 m<br />
e) 6 m<br />
6- (ENEM) A passagem de uma quantidade adequada de<br />
corrente elétrica pelo filamento de uma lâmpada deixa-o<br />
incandescente, produzindo luz. O gráfico abaixo mostra<br />
como a intensidade da luz emitida pela lâmpada está<br />
distribuída no espectro eletromagnético, estendendo-se<br />
desde a região do ultravioleta (UV) até a região do<br />
infravermelho.<br />
A eficiência luminosa de uma lâmpada pode ser<br />
definida como a razão entre a quantidade de energia<br />
emitida na forma de luz visível e a quantidade total de<br />
energia gasta para o seu funcionamento.<br />
Admitindo-se que essas duas quantidades<br />
possam ser estimadas, respectivamente, pela área abaixo<br />
da parte da curva correspondente à faixa de luz visível e<br />
pela área abaixo de toda a curva, a eficiência luminosa<br />
dessa lâmpada seria de aproximadamente.<br />
A) 10%<br />
B) 15%<br />
C) 25%<br />
D) 50%<br />
E) 75%<br />
640<br />
7- (TIPO ENEM) Em algumas circunstâncias, não é<br />
possível eliminar os resíduos radioativos do ambiente.<br />
Um exemplo ocorreu em 1987, em Goiânia, onde foi<br />
abandonada uma cápsula contendo pó de Césio-137 e<br />
que foi aberta por pessoas desavisadas, que sofreram<br />
graves danos em conseqüência desse ato.<br />
Para tais consequências, deram-se as seguintes<br />
explicações:<br />
I - As emissões radioativas introduziram energia nas<br />
células.<br />
II - A energia provocou alterações nos compostos<br />
químicos das células.<br />
III - As células reagiram e, sob a forma de calor,<br />
devolveram essa energia para o ambiente.<br />
IV - As células humanas estão adaptadas a receber<br />
energia com os comprimentos de onda do Césio-137.<br />
Dessas explicações, estão corretas SOMENTE<br />
a) I e II<br />
b) I e III<br />
c) II e IV<br />
d) I, II e III<br />
e) II, III e IV<br />
8-(TIPO ENEM) O ruído é um som desagradável. O<br />
ruído proveniente de uma fonte sonora propaga-se, de<br />
forma mais ou menos idêntica, em todas as direções e<br />
diminui à medida que aumenta a distância em relação à<br />
fonte sonora. A unidade de medida do nível sonoro é o<br />
decibel (dB).
Sempre que a distância duplica, o nível sonoro<br />
diminui 6dB.<br />
(Imagem adaptada do folheto “O ruído e a cidade” –<br />
Instituto do Ambiente.)<br />
elásticas de materiais, ensaios não destrutivos de<br />
materiais e diagnoses medicas. Suponha que tenha sido<br />
realizada uma varredura com ultrassom para se deter<br />
minar o diâmetro da carótida, na altura do pescoço de um<br />
paciente. Se o intervalo de tempo decorrido entre a<br />
recepção dos ecos provenientes das paredes anterior e<br />
–6<br />
s) e a<br />
velocidade do ultrassom nesse meio tem modulo de 1500<br />
m/s, o diâmetro da carótida do paciente, nessa região, era<br />
de aproximadamente:<br />
a) 0,5 cm<br />
b) 1,1 cm<br />
c) 2,2 cm<br />
d) 2,5 cm<br />
e) 3,0 cm<br />
10- (TIPO ENEM) Pela análise das figuras, que ilustram<br />
o espectro da radiação solar e interações da luz com o<br />
sistema biológico, e com base nos conhecimentos das<br />
Ciências Naturais, é correto afirmar:<br />
Num local onde se utiliza um martelo<br />
pneumático, a conversa entre duas pessoas é<br />
praticamente impossível. A 3 m de distância, o nível<br />
sonoro do som produzido pelo martelo pneumático<br />
corresponde a cerca de 100 dB. Das distâncias ao local<br />
de utilização do martelo pneumático, citadas a seguir,<br />
assinale a mínima que permite uma conversa num tom de<br />
voz normal:<br />
a) 96 m<br />
b) 192 m<br />
c) 384 m<br />
d) 768 m<br />
e) 1536 m<br />
9- (TIPO ENEM) O ultrassom de baixa intensidade e<br />
muito utilizado com o propósito de transmitir energia<br />
através de um meio e, com isso, obter informações desse<br />
meio. Aplicações típicas são: medidas das propriedades<br />
a) A absorção do fóton incidente pela clorofila é o<br />
prenúncio da conversão de energia mecânica em energia<br />
química.<br />
b) A radiação eletromagnética com frequência de 5,0<br />
⋅10 14 Hz que se propaga no ar, cujo índice de refração é<br />
igual a 1, pode ser percebida pelos seus efeitos sobre a<br />
retina, o que resulta na sensação de visão.<br />
641
c) A intensidade dos raios X que incidem em uma chapa<br />
fotográfica é diretamente proporcional à área da chapa.<br />
d) A taxa da fotossíntese é menor quando a frequência da<br />
luz for de aproximadamente 560Hz.<br />
e) Os raios ultravioletas apresentam menor frequência<br />
que os raios infravermelhos.<br />
11- (TIPO ENEM) Muitas aplicações práticas fazem uso<br />
da propagação de ondas eletromagnéticas. Dependendo<br />
do tipo de aplicação, cada transmissor gera ondas de<br />
frequências diferentes. Podemos citar três exemplos<br />
comuns: - Uma rádio AM, que transmite em 100kHz; -<br />
Uma rádio FM, que transmite em 100MHz e - Um<br />
transmissor do sistema de posicionamento global GPS,<br />
que transmite em 1575,42 MHz. Sobre as ondas geradas<br />
pelos transmissores das aplicações citadas, considere as<br />
seguintes<br />
afirmativas:<br />
I – O comprimento da onda gerada pelo transmissor da<br />
rádio AM é o maior dos três;<br />
II – Quando se propagam no vácuo, as ondas geradas<br />
pelos três transmissores tem a mesma velocidade.<br />
III – As duas primeiras são ondas transversais, apenas a<br />
terceira é uma onda longitudinal.<br />
Estão CORRETAS as afirmativas<br />
a) I e II<br />
b) I e III<br />
c) II e III<br />
d) I, II e III<br />
e) Somente II<br />
12- (TIPO ENEM) Os morcegos, mesmo no escuro,<br />
podem voar sem colidir com os objetos a sua frente. Isto<br />
porque esses animais têm a capacidade de emitir ondas<br />
sonoras com frequências elevadas, da ordem de 120.000<br />
Hz, usando o eco para se guiar a caçar. Por exemplo, a<br />
onda sonora emitida por um morcego, após ser refletida<br />
por um Inseto, volta para ele, possibilitando-lhe a<br />
localização do mesmo.<br />
642<br />
Sobre a propagação de ondas sonoras, pode-se<br />
afirmar que:<br />
a) o som á uma onda mecânica do tipo transversal que<br />
necessita de um meio material para se propagar.<br />
b) o som também pode se propagar no vácuo, da mesma<br />
forma que as ondas eletromagnéticas.<br />
c) a velocidade de propagação do som nos materiais<br />
sólidos em geral é menor do que a velocidade de<br />
propagação do som nos gases.<br />
d) a velocidade de propagação do som nos gases<br />
independe da temperatura destes.<br />
e) o som é uma onda mecânica do tipo longitudinal que<br />
necessita de um meio material para se propagar.<br />
13- (TIPO ENEM) O italiano Bartolomeo Crisiofori<br />
criou a primeira versão do piano em 1709. O piano é um<br />
instrumento musical de corda percutida, ou seja, é um<br />
instrumento de percussão, porque o som é produzido<br />
quando os martelos, ativados através de um teclado,<br />
tocam nas cordas esticadas que estão presas numa<br />
estrutura rígida de madeira ou metal. No piano, ao<br />
tocarmos as teclas que estão à direita, os martelos estarão<br />
percutindo cordas cada vez menores.
Em relação ao piano e suas cordas, assinale a<br />
alternativa correta:<br />
a) As teclas da direita, por tangerem cordas menores,<br />
produzem sons baixos (graves).<br />
b) As teclas da direita, por tangerem cordas menores,<br />
produzem sons baixos (agudos)<br />
c) As teclas da direita, por tangerem cordas menores,<br />
produzem sons altos (agudos).<br />
d) As teclas da direita, por tangerem cordas menores,<br />
produzem sons altos (graves).<br />
e) As teclas da esquerda, por tangerem cordas maiores,<br />
produzem sons fortes.<br />
14- (TIPO ENEM) A genciana que cresce no Cabo da<br />
Boa Esperança, na África do Sul, produz pólen<br />
comestível. Os estames oferecem este pólen amarelo no<br />
interior de tubos ocos que a maioria dos insetos não<br />
consegue alcançar. Um certo tipo de abelha, no entanto,<br />
ganhou o nome de “ordenhadeira” porque, ao fazer suas<br />
asas vibrarem mais lentamente que o normal, provocam a<br />
emissão do pólen em jatos através de um orifício no topo<br />
dos tubos. O mesmo efeito se obtém usando um diapasão<br />
que vibre com freqüência idêntica a das asas da abelha.<br />
O fenômeno físico relacionado com o fato descrito é:<br />
a) Efeito Doppler<br />
b) Ressonância<br />
c) Refração<br />
d) Reverberação<br />
e) Batimento<br />
Assinale a alternativa que apresenta essas faixas do<br />
espectro eletromagnético em ordem crescente de<br />
frequências.<br />
a) micro-ondas, ondas de rádio, luz visível<br />
b) ondas de rádio, luz visível, micro-ondas<br />
c) luz visível, ondas de rádio, micro-ondas<br />
d) ondas de rádio, micro-ondas, luz visível<br />
e) luz visível, micro-ondas, ondas de rádio<br />
16- (TIPO ENEM) Na antena de uma estação de rádio,<br />
elétrons livres são movimentados e oscilam com a<br />
frequência da onda que será emitida.<br />
15- (TIPO ENEM) A transmissão, pela TV, de um<br />
evento a longa distância, via satélite, envolve a<br />
propagação de ondas eletromagnéticas em diferentes<br />
frequências. A câmera recebe LUZ VISÍVEL e gera um<br />
sinal eletrônico que é transmitido ao satélite na faixa de<br />
MICROONDAS; estas são retransmitidas para uma<br />
estação receptora, que por sua vez transmite para os<br />
aparelhos de TV, em sua região, um sinal na faixa<br />
conhecida por ONDAS DE RÁDIO.<br />
Na antena de uma rádio AM, que transmite<br />
ondas de 300m, os elétrons livres oscilam<br />
a) dez vezes por segundo<br />
b) cem vezes por segundo<br />
c) mil vezes por segundo<br />
d) um milhão de vezes por segundo<br />
e) um trilhão de vezes por segundo<br />
643
17- (TIPO ENEM) O som de um apito é analisado com o<br />
uso de um medidor que, em sua tela, visualiza o padrão<br />
apresentado na figura a seguir. O gráfico representa a<br />
variação da pressão que a onda sonora exerce sobre o<br />
medidor, em função do tempo, em s. Lembre-se que 1<br />
s = 10 -6 s. Analisando a tabela de intervalos de<br />
frequências audíveis, por diferentes seres vivos, concluise<br />
que esse apito pode ser ouvido apenas por<br />
a) seres humanos e cachorros<br />
b) seres humanos e sapos<br />
c) sapos, gatos e morcegos<br />
d) gatos e morcegos<br />
e) morcegos<br />
18-(TIPO ENEM) Considere o texto e as afirmações a<br />
seguir. Após inúmeras sugestões e debates, o ano 2005<br />
foi declarado pela ONU o “Ano Mundial da <strong>Física</strong>”. Um<br />
dos objetivos dessa designação é comemorar o<br />
centenário da publicação dos trabalhos de Albert<br />
Einstein, que o projetaram como físico no cenário<br />
internacional da época e, posteriormente, trouxeram-lhe<br />
fama e reconhecimento. Um dos artigos de Einstein<br />
publicado em 1905 era sobre o efeito fotoelétrico, que foi<br />
o principal motivo da sua conquista do Prêmio Nobel em<br />
1921. A descrição de Einstein para o efeito fotoelétrico<br />
tem origem na quantização da energia proposta por<br />
Planck em 1900, o qual considerou a energia<br />
eletromagnética irradiada por um corpo negro de forma<br />
descontínua, em porções que foram chamadas quanta de<br />
energia ou fótons. Einstein deu o passo seguinte<br />
admitindo que a energia eletromagnética também se<br />
propaga de forma descontínua e usou esta hipótese para<br />
descrever o efeito fotoelétrico.<br />
644<br />
Em relação ao efeito fotoelétrico numa lâmina<br />
metálica, pode-se afirmar que:<br />
I. A energia dos elétrons removidos da lâmina metálica<br />
pelos fótons não depende do tempo de exposição à luz<br />
incidente.<br />
II. A energia dos elétrons removidos aumenta com o<br />
aumento do comprimento de onda da luz incidente.<br />
III. Os fótons incidentes na lâmina metálica, para que<br />
removam elétrons da mesma, devem ter uma energia<br />
mínima. IV.<br />
A energia de cada elétron removido da lâmina metálica é<br />
igual à energia do fóton que o removeu. Analisando as<br />
afirmativas, conclui-se que somente:<br />
a) está correta a afirmativa I<br />
b) está correta a afirmativa IV<br />
c) estão corretas as afirmativas I e III<br />
d) estão corretas as afirmativas II e IV<br />
e) estão corretas as afirmativas III e IV<br />
19- (ENEM) O progresso da tecnologia introduziu<br />
diversos artefatos geradores de campos eletromagnéticos.<br />
Uma das mais empregadas invenções nessa área são os<br />
telefones celulares e smartphones. As tecnologias de<br />
transmissão de celular atualmente em uso no Brasil<br />
contemplam dois sistemas. O primeiro deles é operado<br />
entre as frequências de 800MHz e 900MHz e constitui os<br />
chamados sistemas TDMA/CDMA. Já a tecnologia<br />
GSM, ocupa a frequência de 1.800MHz. Considerando<br />
que a intensidade de transmissão e o nível de recepção<br />
“celular” sejam os mesmos para as tecnologias de<br />
transmissão<br />
TDMA/CDMA ou GSM, se um engenheiro tiver de<br />
escolher entre as duas tecnologias para obter a mesma<br />
cobertura, levando em consideração apenas o número de<br />
antenas em uma região, ele deverá escolher:<br />
A) a tecnologia GSM, pois é a que opera com ondas de<br />
maior comprimento de onda.<br />
B) a tecnologia TDMA/CDMA, pois é a que apresenta<br />
Efeito Doppler mais pronunciado.
C) a tecnologia GSM, pois é a que utiliza ondas que se<br />
propagam com maior velocidade.<br />
D) qualquer uma das duas, pois as diferenças nas<br />
freqüências são compensadas pelas diferenças nos<br />
comprimentos de onda.<br />
E) qualquer uma das duas, pois nesse caso as<br />
intensidades decaem igualmente da mesma forma,<br />
independentemente da frequência.<br />
20- (TIPO ENEM)<br />
O radar (Radio Detection and Ranging) é<br />
empregado de várias formas. Ora está presente, por<br />
exemplo, em complexas redes de defesa aérea, destinado<br />
ao controle de disparo de armas, ora é usado como<br />
altímetro. Seu princípio de funcionamento baseia-se na<br />
emissão de ondas eletromagnéticas, na reflexão pelo<br />
objeto a ser detectado e na posterior recepção da onda<br />
emitida. Sobre o radar no solo, mostrado na figura, é<br />
correto afirmar:<br />
a) A frequência da onda refletida pelos aviões que voam<br />
de Israel para o Iraque é maior que a frequência da onda<br />
emitida pelo radar, pois esses aviões, ao refletirem as<br />
ondas, são fontes que se afastam do radar.<br />
b) A frequência da onda refletida pelos aviões que voam<br />
de Israel para o Iraque é menor que a frequência da onda<br />
emitida pelo radar, pois esses aviões, ao refletirem as<br />
ondas, são fontes que se afastam do radar.<br />
c) O radar identifica os aviões que saem do Iraque para<br />
atacar Israel porque a frequência da onda refletida por<br />
eles é menor que a emitida pelo radar que os detectou.<br />
d) O radar não detecta o míssil Scud, pois este é lançado<br />
com velocidade maior que a faixa de frequência em que<br />
aquele opera.<br />
e) A frequência de operação do radar tem que estar<br />
ajustada à velocidade de lançamento do míssil; por isso o<br />
radar opera na faixa de Mach 8 - 10.<br />
21- (TIPO ENEM) O efeito fotoelétrico é a ejeção de<br />
elétrons de um corpo, geralmente metálico, por efeito da<br />
incidência de radiação eletromagnética, por exemplo, a<br />
ultravioleta. A descoberta do efeito fotoelétrico teve<br />
grande importância para a compreensão mais profunda<br />
da natureza da luz.<br />
A invenção de aparelhos especiais, chamados<br />
células fotoelétricas, em que a energia da luz controla a<br />
energia da corrente elétrica ou se transforma em corrente<br />
elétrica é responsável por inúmeros fenômenos<br />
cotidianos, como o acender e o apagar das lâmpadas de<br />
iluminação pública, o controle de abertura e fechamentos<br />
automático de portas, a produção de dispositivos com<br />
sensores de presença, a criação de imagens animadas<br />
(televisão), entre outros.<br />
As características do efeito fotoelétrico são as seguintes:<br />
• O número de elétrons arrancados é diretamente<br />
proporcional à intensidade da radiação eletromagnética<br />
incidente.<br />
• O potencial de corte (a frequência capaz de promover o<br />
efeito fotoelétrico em um material) é o mesmo,<br />
independentemente da intensidade da radiação<br />
eletromagnética incidente.<br />
• A energia dos elétrons arrancados depende da<br />
frequência e não da intensidade da radiação<br />
eletromagnética incidente.<br />
Considerando essas informações, o metal que melhor<br />
exibe o efeito fotoelétrico, para uma determinada<br />
frequência de luz incidente, é o<br />
a) lítio ( Z= 3)<br />
b) sódio (Z = 11)<br />
c) cálcio (Z = 20)<br />
645
d) ferro (Z = 26)<br />
e) césio (Z = 55)<br />
22- (TIPO ENEM) As ondas de rádio são ondas<br />
eletromagnéticas com uma faixa de frequência menor<br />
que a da luz visível. Elas e propagam em linha reta e,<br />
devido à curvatura da Terra, se afastam do ponto que<br />
foram emitidas em direção ao espaço. Mas, chegando a<br />
uma das camadas mais altas da atmosfera – a ionosfera,<br />
que recebe radiação direta do Sol e, por isso, fica<br />
ionizada - , as ondas de rádio mudam de direção. A<br />
figura a seguir mostra uma antena emitindo ondas de<br />
rádio que se propagam nas camadas da atmosfera.<br />
Como pode ser observado na figura, as ondas<br />
emitidas pela antena são refletidas pelas camadas mais<br />
altas da atmosfera. Isso se deve ao fato de:<br />
a) O índice de refração da camada F1 ser igual ao de F2.<br />
b) O índice de refração da camada F1 ser maior que o de<br />
F2.<br />
c) O índice de refração da camada F2 ser nulo.<br />
d) A velocidade de propagação da onda diminuir com a<br />
altura.<br />
e) A frequência da onda diminuir com a altura.<br />
23- (TIPO ENEM) Johm Le Conte descobriu, em 1858,<br />
que as chamas eram sensíveis ao som. Em 1862,<br />
Rudolph Koenig mostrou que a altura e a intensidade das<br />
chamas podiam ser afetadas pela transmissão de som<br />
através do gás em combustão. Mais tarde, nesse mesmo<br />
século, Behn mostrou que pequenas chamas podiam ser<br />
indicadoras de pressão. Finalmente em 1904, Heinrich<br />
Reuben (1865-1922), usando essas descobertas,<br />
construiu o tubo de Reuben, demonstrando<br />
646<br />
experimentalmente o que havia sido descoberto até<br />
então. Veja a seguir como funciona o tubo de Reuben.<br />
Ressonância em cavidades<br />
Ondas estacionárias em um tubo de gás – Tubo de<br />
Reuben Um tubo metálico de 1m de comprimento tem<br />
uma série de furos ao longo do topo. Uma das<br />
extremidades é fechada por um tampão e a outra por um<br />
alto-falante. Introduz-se gás de cozinha no tubo,<br />
acendendo-o nos furos. Ajusta-se a freqüência do<br />
gerador de sinais para produzir ondas estacionárias no<br />
tubo: nas regiões de rarefação, as chamas serão baixas e,<br />
nas de compressão, elas serão altas.<br />
O primeiro e o segundo modo de vibração no tubo de<br />
Reuben podem ser representados como mostra a figura a<br />
seguir.
Em relação à situação mostrada, assinale a alternativa em<br />
que se fez uma observação<br />
INCORRETA.<br />
A) A figura mostra 4 ciclos produzidos na corda.<br />
B) O comprimento de onda da onda produzida vale 5,0<br />
m.<br />
C) A onda na corda é transversal.<br />
D) A parte mais alta da onda produzida é chamada de<br />
crista da onda<br />
29) (UEMG 2007 – TIPO ENEM) Dois raios de luz, um<br />
vermelho e o outro azul, são lançados paralelos um ao<br />
outro, mas obliquamente em relação à superfície da<br />
água, como na figura abaixo. Sabe-se que a freqüência<br />
da luz vermelha é menor que a freqüência da luz azul.<br />
Em relação à essa situação, assinale a alternativa que traz<br />
APENAS AFIRMAÇÕES<br />
CORRETAS.<br />
A) As velocidades das luzes vermelha e azul na água têm<br />
o mesmo valor.<br />
B) A freqüência da luz vermelha na água é diferente da<br />
freqüência da luz vermelha no ar.<br />
C) Um fóton de luz vermelha tem menor energia que um<br />
fóton de luz azul.<br />
D) As freqüências das luzes azul e vermelha na água são<br />
iguais.<br />
30) (UFRN 2012 – TIPO ENEM) Recentemente, tem-se<br />
falado muito sobre os possíveis danos que o uso contínuo<br />
de aparelhos celulares pode trazer ao ser humano. Por<br />
sua vez, muitas pessoas que já utilizaram o celular<br />
encostado à orelha, por um tempo suficientemente longo,<br />
perceberam que a região em torno esta se aqueceu. Isso<br />
se explica pelo fato de que<br />
A) o celular absorve ondas eletromagnéticas, que são<br />
transformadas em radiação ultravioleta e aquecem os<br />
tecidos da região da orelha.<br />
B) o celular emite ondas sonoras, as quais são absorvidas<br />
pelos tecidos da região da orelha, aquecendo-a.<br />
C) o celular emite ondas eletromagnéticas, as quais são<br />
absorvidas pelos tecidos da região da orelha, aquecendoa.<br />
D) o celular absorve ondas sonoras, que são<br />
transformadas em radiação infravermelha que aquecem<br />
os tecidos da região da orelha.<br />
31) (UFRN 2012 – TIPO ENEM) Duas pessoas, que<br />
estão em um ponto de ônibus, observam uma ambulância<br />
que delas se aproxima com a sirene de advertência<br />
ligada. Percebem que, ao passar por elas, o som emitido<br />
pela sirene se torna diferente daquele percebido durante a<br />
aproximação. Por outro lado, comentando esse fato, elas<br />
concordam que o som mudou de uma tonalidade aguda<br />
para uma mais grave à medida que a ambulância se<br />
distanciava. Tal mudança é explicada pelo efeito<br />
Doppler, segundo o qual, para essa situação,a<br />
A) amplitude do som diminuiu.<br />
B) frequência do som diminuiu.<br />
C) frequência do som aumentou.<br />
D) amplitude do som aumentou.<br />
32) (UFRN 2011 – TIPO ENEM) Uma das tecnologias<br />
modernas que mais se difunde na sociedade é a dos<br />
aparelhos celulares. Com eles pode-se falar com<br />
qualquer pessoa em, praticamente, todas as regiões do<br />
Planeta. Ao usar-se o celular para conversar com alguém,<br />
o aparelho emite ondas que são captadas através das<br />
antenas receptoras e depois retransmitidas até chegar à<br />
antena do celular do interlocutor. Pode-se afirmar que,<br />
durante a conversa, as ondas emitidas e captadas entre os<br />
celulares se propagam<br />
A) apenas na direção da antena receptora e são de<br />
natureza sonora.<br />
B) em todas as direções e são de natureza<br />
eletromagnética.<br />
647
A frequência de vibração do alto-falante mostrado na<br />
figura do tubo de Reuben corresponde ao:<br />
a) terceiro modo de vibração<br />
b) quarto modo de vibração<br />
c) quinto modo de vibração<br />
d) sexto modo de vibração<br />
e) sétimo modo de vibração<br />
24) (UEMG 2013 – TIPO ENEM) Jonas estava na sala<br />
de sua casa, que ficava perto de uma escola. Ao ouvir<br />
sons vindos da escola, ele concluiu que as ondas sonoras<br />
que vinham pelo ar, atingindo e atravessando o vidro,<br />
propagavam-se novamente pelo ar até atingir os seus<br />
tímpanos.Na passagem do ar para o vidro e do vidro para<br />
o ar, as ondas sonoras vindas da escola certamente<br />
não sofreram alteração de<br />
A) frequência.<br />
B) velocidade.<br />
C) comprimento de onda.<br />
D) amplitude.<br />
25) (UNESP 2011 –TIPO ENEM) Um aluno, com o<br />
intuito de produzir um equipamento para a feira de<br />
ciências de sua escola, selecionou 3 tubos de PVC de<br />
cores e comprimentos diferentes, para a confecção de<br />
tubos sonoros. Ao bater com a mão espalmada em uma<br />
das extremidades de cada um dos tubos, são produzidas<br />
ondas sonoras de diferentes frequências. A tabela a<br />
seguir associa a cor do tubo com a frequência sonora<br />
emitida por ele:<br />
Podemos afirmar corretamente que, os comprimentos dos<br />
tubos vermelho (Lvermelho), azul (Lazul) e roxo<br />
(Lroxo), guardam a seguinte relação entre si:<br />
(A) Lvermelho < Lazul > Lroxo.<br />
(B) Lvermelho = Lazul = Lroxo.<br />
(C) Lvermelho > Lazul = Lroxo.<br />
(D) Lvermelho > Lazul > Lroxo.<br />
(E) Lvermelho < Lazul < Lroxo.<br />
26) (UEMG 2013 – TIPO ENEM) Estamos envolvidos<br />
por ondas eletromagnéticas. A sala onde você está agora<br />
é percorrida por ondas de luzes visíveis, infravermelho,<br />
ultravioleta, de rádio e televisão, além de outras. Uma<br />
difere da outra pela frequência, mas elas têm em comum<br />
A) o comprimento de onda.<br />
B) a velocidade quando se movem no vácuo.<br />
C) a velocidade quando se propagam num meio material.<br />
D) o fato de só se propagarem em linha reta.<br />
27) (UEMG 2012 – TIPO ENEM) Um raio de luz verde<br />
cruza o espaço. O laser verde tem um alcance de vários<br />
quilômetros.<br />
Três alunos, vendo esse raio de luz, fizeram as seguintes<br />
afirmações:<br />
Toninho: A velocidade da luz é muito grande, logo, o<br />
comprimento de onda da luz verde é muito grande.<br />
Ubirajara: A frequência de onda da luz verde é maior que<br />
a da onda sonora da minha própria voz.<br />
Felipe: A luz não sofre difração. Um exemplo está diante<br />
de mim, pois a luz propaga-se em linha reta.<br />
Fizeram afirmações CORRETAS<br />
A) Toninho e Ubirajara.<br />
B) Felipe e Toninho.<br />
C) apenas Ubirajara.<br />
D) apenas Felipe.<br />
28) (UEMG 2008 – TIPO ENEM) Uma pessoa prendeu<br />
uma corda a uma árvore e passou a produzir movimentos<br />
repetitivos nessa corda, como mostra a figura, abaixo.<br />
648
C) apenas na direção da antena receptora e são de<br />
natureza eletromagnética.<br />
D) em todas as direções e são de natureza sonora.<br />
33) (UFRN 2010 – TIPO ENEM) A coloração das folhas<br />
das plantas é determinada, principalmente, pelas<br />
clorofilas a e b – nelas presentes –, que são dois dos<br />
principais pigmentos responsáveis pela absorção da luz<br />
necessária para a realização da fotossíntese. O gráfico<br />
abaixo mostra o espectro conjunto de absorção das<br />
clorofilas a e b em função do comprimento de onda da<br />
radiação solar visível.<br />
B) as ondas de rádio não são visíveis ao olho humano e<br />
possuem velocidade baixa quando comparada à<br />
velocidade da luz visível.<br />
C) os raios gama são invisíveis ao olho humano,<br />
possuem pequeno comprimento de onda e alta<br />
frequência, com alta capacidade de penetração em<br />
objetos sólidos.<br />
D) as micro-ondas são uma forma de radiação com<br />
comprimento de onda e frequência maiores que a luz<br />
visível<br />
35) (UNESP 2013 – TIPO ENEM)<br />
Cor da chama depende do elemento queimado<br />
Por que a cor do fogo varia de um material para outro?<br />
Com base nessas informações, é correto afirmar que,<br />
para realizar a fotossíntese, as clorofilas absorvem,<br />
predominantemente,<br />
A) o violeta, o azul e o vermelho, e refletem o verde.<br />
B) o verde, e refletem o violeta, o azul e o vermelho.<br />
C) o azul, o verde e o vermelho, e refletem o violeta.<br />
D) o violeta, e refletem o verde, o vermelho e o azul.<br />
34) (UFU 2011 –TIPO ENEM) A figura abaixo<br />
representa um espectro eletromagnético que apresenta<br />
ondas de diferentes comprimentos. A compreensão de<br />
um espectro eletromagnético permite ao homem explorar<br />
diversos tipos de ondas, nas mais diferentes formas: nas<br />
transferências de informações, na saúde etc.<br />
A partir do espectro eletromagnético, é correto afirmar<br />
que<br />
A cor depende basicamente do elemento químico em<br />
maior abundância no material que está sendo queimado.<br />
A mais comum, vista em incêndios e em simples velas, é<br />
a chama amarelada, resultado da combustão do sódio,<br />
que emite luz amarela quando aquecido a altas<br />
temperaturas. Quando, durante a combustão, são<br />
liberados átomos de cobre ou bário, como em incêndio<br />
de fiação elétrica, a cor da chama fica esverdeada.<br />
(Superinteressante, março de 1996. Adaptado.)<br />
A luz é uma onda eletromagnética. Dependendo<br />
da frequência dessa onda, ela terá uma coloração<br />
diferente. O valor do comprimento de onda da luz é<br />
relacionado com a sua frequência e com a energia que<br />
ela transporta: quanto mais energia, menor é o<br />
comprimento de onda e mais quente é a chama que emite<br />
a luz. Luz com coloração azulada tem menor<br />
comprimento de onda do que luz com coloração<br />
alaranjada<br />
A) o infravermelho, visível ao olho humano, só é<br />
percebido no escuro, por possuir tons avermelhados.<br />
649
Baseando-se nas informações e analisando a imagem, é<br />
correto afirmar que, na região I, em relação à região II<br />
(A) a luz emitida pela chama se propaga pelo ar com<br />
maior velocidade.<br />
(B) a chama emite mais energia.<br />
(C) a chama é mais fria.<br />
(D) a luz emitida pela chama tem maior frequência.<br />
(E) a luz emitida pela chama tem menor comprimento de<br />
onda.<br />
36) (UNESP 2012 – TIPO ENEM) A luz visível é uma<br />
onda eletromagnética, que na natureza pode ser<br />
produzida de diversas maneiras. Uma delas é a<br />
bioluminescência , um fenômeno químico que ocorre no<br />
organismo de alguns seres vivos, como algumas espécies<br />
de peixes e alguns insetos, onde um pigmento chamado<br />
luciferina, em contato com o oxigênio e com uma enzima<br />
chamada luciferase, produz luzes de várias cores, como<br />
verde, amarela e vermelha. Isso é o que permite ao vagalume<br />
macho avisar, para a fêmea, que está chegando, e à<br />
fêmea indicar onde está, além de servir de instrumento<br />
de defesa ou de atração para presas.<br />
As luzes verde, amarela e vermelha são consideradas<br />
ondas eletromagnéticas que, no vácuo, têm<br />
(A) os mesmos comprimentos de onda, diferentes<br />
frequências e diferentes velocidades de propagação.<br />
(B) diferentes comprimentos de onda, diferentes<br />
frequências e diferentes velocidades de propagação.<br />
(C) diferentes comprimentos de onda, diferentes<br />
frequências e iguais velocidades de propagação.<br />
650<br />
(D) os mesmos comprimentos de onda, as mesmas<br />
frequências s e iguais velocidades de propagação.<br />
(E) diferentes comprimentos de onda, as mesmas<br />
frequências e diferentes velocidades de propagação.<br />
ATIVIDADES DE CASA<br />
1- (UNEB) A energia do Sol que atinge a Terra viaja<br />
cerca de 150 milhões de quilômetros através do espaço<br />
interplanetário que é praticamente desprovido de matéria.<br />
Ali o calor – radiação infravermelha – se propaga, à<br />
velocidade da luz, 3 x 10 8 m/s. De acordo com as<br />
informações, a radiação infravermelha, de frequência<br />
10 12 Hz, enviada pelo Sol à Terra,<br />
a) corresponde a ondas mecânicas periódicas.<br />
b) viaja cerca de 1,5 x 10 12 m através do espaço<br />
interplanetário.<br />
c) percorre o espaço interplanetário em 4,5 10 3 s.<br />
d)<br />
-4<br />
m, ao percorrer o espaço<br />
interplanetário.<br />
e) propaga-se em qualquer meio material com velocidade<br />
igual a 3 x 10 8 m/s.<br />
2- (UESB) Uma corda, com 2m de comprimento e 400g<br />
de massa, é esticada com uma força de tração de 20N.<br />
Com base nessa informação, pode-se afirmar que a<br />
velocidade de propagação de um pulso transversal nessa<br />
corda é igual, em m/s, a<br />
01) 4<br />
02) 6<br />
03) 8<br />
04) 10<br />
05) 12<br />
3- (UESB) Um automóvel se aproxima a uma velocidade<br />
de 30,0m/s de uma sirene de fábrica que tem uma<br />
frequência de 510,0Hz. Sabendo-se que a velocidade do<br />
som no ar é de 340,0m/s, pode-se afirmar que o<br />
motorista do veículo ouve, aparentemente, uma<br />
frequência igual, em Hz, a
01)603<br />
02) 555<br />
03) 526<br />
04) 497<br />
05) 436<br />
4- (UESC) Experiências mostraram que a intensidade de<br />
radiação, I, emitida por uma lâmpada variou com a<br />
distância, d, medida em relação à lâmpada, de acordo<br />
com a tabela<br />
d(cm)<br />
I(W∕cm 2 )<br />
5,0<br />
40,00<br />
10,0<br />
10,00<br />
20,0<br />
2,50<br />
25,0<br />
1,60<br />
50,0<br />
0,40<br />
a) a frequência da onda I é menor do que a da onda II, e<br />
o comprimento de onda de I é maior que o de II.<br />
b) as duas ondas têm a mesma amplitude, mas a<br />
frequência de I é menor do que a de II.<br />
c) as duas ondas têm a mesma frequência, e o<br />
comprimento de onda é maior na onda I do que na onda<br />
II.<br />
d) os valores da amplitude e do comprimento de onda<br />
são maiores na onda I do que na onda II.<br />
e) os valores da frequência e do comprimento de onda<br />
são maiores na onda I do que na onda II.<br />
6- (UFMG) Numa aula no Laboratório de <strong>Física</strong>, o<br />
professor faz, para seus alunos, a experiência que se<br />
descreve a seguir. Inicialmente, ele enche de água um<br />
recipiente retangular, em que há duas regiões I e II, de<br />
profundidades diferentes. Esse recipiente, visto de cima,<br />
está representado nesta figura:<br />
Nas condições da experiência, a intensidade de<br />
radiação a 1,0m da lâmpada, em W∕cm 2 , seria igual a<br />
A)0,05<br />
B)0,20<br />
C) 0,10<br />
D)0,30<br />
E)0,15<br />
5- (UFMG) A figura a seguir mostra parte de duas ondas,<br />
I e II, que se propagam na superfície da água de dois<br />
reservatórios idênticos. Com base nessa figura, pode-se<br />
afirmar que<br />
No lado esquerdo da região I, o professor coloca<br />
uma régua a oscilar verticalmente, com frequência<br />
constante, de modo a produzir um trem de ondas. As<br />
ondas atravessam a região I e propagam-se pela região II,<br />
até atingirem o lado direito do recipiente. Na figura, as<br />
linhas representam as cristas de onda dessas ondas. Dois<br />
dos alunos que assistem ao experimento fazem, então,<br />
estas observações: Bernardo: “A frequência das ondas na<br />
região I é menor que na região II.” Rodrigo: “A<br />
velocidade das ondas na região I é maior que na região<br />
II.”<br />
651
D) apenas a afirmativa de Joana está certa.<br />
Considerando-se essas informações, é CORRETO<br />
afirmar que<br />
A) apenas a observação do Bernardo está certa.<br />
B) apenas a observação do Rodrigo está certa.<br />
C) ambas as observações estão certas.<br />
D) nenhuma das duas observações está certa.<br />
7- (UFMG) Nos diodos emissores de luz, conhecidos<br />
como LEDs, a emissão de luz ocorre quando elétrons<br />
passam de um nível de maior energia para um outro de<br />
menor energia. Dois tipos comuns de LEDs são o que<br />
emite luz vermelha e o que emite luz verde. Sabe-se que<br />
a frequência da luz vermelha é menor que a da luz verde.<br />
Sejam λverde o comprimento de onda da luz emitida<br />
pelo LED verde e E verde a diferença de energia entre os<br />
níveis desse mesmo LED. Para o LED vermelho, essas<br />
grandezas são, respectivamente, λvermelho e E vermelho.<br />
Considerando-se essas informações, é CORRETO<br />
afirmar que<br />
8- (UFMG) Rafael e Joana observam que, após<br />
atravessar um aquário cheio de água, um feixe de luz do<br />
Sol se decompõe em várias cores, que são vistas num<br />
anteparo que intercepta o feixe. Tentando explicar esse<br />
fenômeno, cada um deles faz uma afirmativa:<br />
. Rafael: Isso acontece porque, ao atravessar o aquário, a<br />
frequência da luz é alterada..<br />
. Joana: Isso acontece porque, na água, a velocidade da<br />
luz depende da frequência..<br />
Considerando-se essas informações, é CORRETO<br />
afirmar que<br />
A) ambas as afirmativas estão certas.<br />
B) apenas a afirmativa de Rafael está certa.<br />
C) ambas as afirmativas estão erradas.<br />
652<br />
9- (UFSCAR) Dois pulsos, A e B, são produzidos em<br />
uma corda esticada, que tem uma extremidade fixada<br />
numa parede, conforme mostra a figura.<br />
Quando os dois pulsos se superpuserem, após o pulso A<br />
ter sofrido reflexão na parede, ocorrerá interferência.<br />
a) construtiva e, em seguida, os dois pulsos seguirão<br />
juntos no sentido do pulso de maior energia.<br />
b) construtiva e, em seguida, cada pulso seguirá seu<br />
caminho, mantendo suas características originais.<br />
c) destrutiva e, em seguida, os pulsos deixarão de existir,<br />
devido à absorção da energia durante a interação.<br />
d) destrutiva e, em seguida, os dois pulsos seguirão<br />
juntos no sentido do pulso de maior energia.<br />
e) destrutiva e, em seguida, cada pulso seguirá seu<br />
caminho, mantendo suas características originais.<br />
10- O professor Ivã lê o seu jornal (vendo mais uma<br />
vitória do Mengão sobre o vasquinho) sentado no banco<br />
de uma praça e, atento às ondas sonoras, analisa três<br />
eventos.<br />
I. O alarme de um carro dispara quando o proprietário<br />
abre a tampa do porta-malas.<br />
II. Uma ambulância se aproxima da praça com a sirene<br />
ligada.<br />
III. Um mau motorista, impaciente, após passar pela<br />
praça, afasta-se com a buzina permanentemente ligada. O<br />
professor Ivã percebe o Efeito Doppler apenas<br />
a) no evento I, com frequência sonora invariável<br />
b) nos eventos I e II, com diminuição da frequência.<br />
c) nos eventos I e III, com aumento da frequência.<br />
d) nos eventos II e III, com diminuição da frequência em<br />
II e aumento em III.
e) o nos eventos II e III, com aumento da frequência em<br />
II e diminuição em III.<br />
11- (UFRN) Do alto do prédio onde mora, Anita<br />
observou que o caminhão tanque, que irriga canteiros em<br />
algumas avenidas em Natal, deixava no asfalto, enquanto<br />
se deslocava, um rastro de água, conforme representado<br />
na figura abaixo. Tal rastro era devido ao vazamento de<br />
uma mangueira que oscilava pendurada na parte traseira<br />
do caminhão.<br />
O princípio físico que fundamenta essa<br />
determinação de velocidade é a) o efeito Doppler da luz,<br />
que mostra que a Enterprise está se aproximando de<br />
Vega. b) o efeito de dispersão da luz, que mostra que a<br />
Enterprise está se afastando de Vega. c) o efeito Doppler<br />
da luz, que mostra que a Enterprise está se afastando de<br />
Vega. d) o efeito de dispersão da luz, que mostra que a<br />
Enterprise está se aproximando de Vega.<br />
Considerando-se que a frequência dessa oscilação é<br />
constante no trecho mostrado na figura acima, pode-se<br />
afirmar que a velocidade do caminhão.<br />
a) permanece constante e o “comprimento de onda”<br />
resultante da oscilação da mangueira está aumentando.<br />
b) está aumentando e o período de oscilação da<br />
mangueira permanece constante.<br />
c) permanece constante e o “comprimento de onda”<br />
resultante da oscilação da mangueira está diminuindo.<br />
d) está diminuindo e o período de oscilação da<br />
mangueira permanece constante.<br />
13- (UECE) Através de franjas de interferência, é<br />
possível determinar características da radiação luminosa,<br />
como, por exemplo, o comprimento de onda. Considere<br />
uma figura de interferência devida a duas fendas<br />
separadas de d = 0,1 mm. O anteparo onde as franjas são<br />
projetadas fica a D = 50 cm das fendas. Admitindo-se<br />
que as franjas são igualmente espaçadas e que a distância<br />
entre duas franjas claras consecutivas vale 4 mm, o<br />
comprimento de onda da luz incidente, em nm, é igual<br />
a:<br />
a) 200<br />
b) 400<br />
c) 800<br />
d) 600<br />
12- (UFRN) Enquanto a nave Enterprise viajava pelo<br />
espaço interestelar, foi danificado o sistema de<br />
determinação automática da sua velocidade. O capitão<br />
Picard decidiu estimar tal velocidade em relação à estrela<br />
Vega, da constelação de Lira, através de medidas do<br />
espectro do hidrogênio emitido pela estrela. Abaixo,<br />
estão reproduzidas duas séries de frequências registradas<br />
pelo espectrômetro da nave: as emitidas por átomos de<br />
hidrogênio no laboratório da nave e aquelas emitidas<br />
pelas mesmas transições atômicas do hidrogênio na<br />
superfície da estrela.<br />
14- (UFPA) Uma fonte puntiforme produz a 50 m<br />
distância um som cujo nível de intensidade vale 50 dB.<br />
Em watt a potência fonte vale:<br />
a) . 10 -1<br />
653
) .10 -3<br />
c) 2 .10 -2<br />
d) 4 .10 -3<br />
e) 5 .10 -2<br />
15- (UECE) Uma corda de violão tem 90 cm de<br />
comprimento. Os três maiores comprimentos de ondas<br />
estacionárias que se pode estabelecer nessa corda, em<br />
centímetros, são:<br />
a) 90, 60 e 30<br />
b) 180, 90 e 60<br />
c) 120, 60 e 30<br />
d) 120, 60 e 30<br />
16- Uma corda sonora emite o sexto harmônico de<br />
frequência 1500 Hz. Sendo o comprimento da corda 80<br />
cm, a velocidade de propagação da onda na corda é de:<br />
a) 300 m/s<br />
b) 340 m/s<br />
c) 400 m/s<br />
d) 450 m/s<br />
e) 500 m/s<br />
17- A primeira hipótese cientificamente válida para<br />
explicar a natureza da luz:<br />
a) Data do antigo Egito, tendo sido elaborada pelo faraó<br />
Amenóphis IV em homenagem a Aton.<br />
b) Foi criada no ano de 1500 por Robert Hooke.<br />
c) Foi elaborada em conjunto por Newton e Huyghens,<br />
no final do século XVII.<br />
d) Supunha a existência de partículas materiais<br />
denominadas fótons.<br />
e) nda.<br />
18- ( UNIV FED. PARANÁ) O modelo de partículas<br />
para a luz não explica facilmente:<br />
654<br />
a) A propagação retilínea da luz.<br />
b) A reflexão da luz.<br />
c) A refração da luz.<br />
d) A formação das sombras.<br />
e) O espalhamento (reflexão difusa) da luz.<br />
19- (UFRN) Amanda, apaixonada por História da<br />
Ciência, ficou surpresa ao ouvir de um colega de turma o<br />
seguinte relato: J.J. Thomson recebeu o prêmio Nobel<br />
de <strong>Física</strong>, em 1906, pela descoberta da partícula elétron.<br />
Curiosamente, seu filho, G.P. Thomson, recebeu o<br />
prêmio Nobel de <strong>Física</strong>, em 1937, por seu importante<br />
trabalho experimental sobre difração de elétrons por<br />
cristais. Ou seja, enquanto um verificou aspectos de<br />
partícula para o elétron, o outro percebeu a natureza<br />
ondulatória do elétron. Nesse relato, de conteúdo<br />
incomum para a maioria das pessoas, Amanda teve a<br />
lucidez de perceber que o aspecto ondulatório do elétron<br />
era uma comprovação experimental da teoria das ondas<br />
de matéria proposta por Louis de Broglie, em 1924.<br />
Ou seja, o relato do colega de Amanda estava<br />
apoiado num fato bem estabelecido em <strong>Física</strong>, que é o<br />
seguinte:<br />
a) O princípio da superposição, bastante usado em toda a<br />
física, diz que aspectos de onda e de partícula se<br />
complementam um ao outro e podem se superpor num<br />
mesmo experimento.<br />
b) O princípio da incerteza de Heinseberg afirma que<br />
uma entidade física exibe ao mesmo tempo suas<br />
características de onda e de partícula.<br />
c) A teoria da relatividade de Einstein afirma ser tudo<br />
relativo; assim, dependendo da situação, características<br />
de onda e de partícula podem ser exibidas<br />
simultaneamente.<br />
d) Aspectos de onda e de partícula se complementam um<br />
ao outro, mas não podem ser observados<br />
simultaneamente num mesmo experimento.
20- (UNIV FED.VIÇOSA-MG) Acerca da dualidade<br />
onda-partícula da luz são verdadeiras as afirmativas<br />
abaixo, exceto:<br />
a) A teoria ondulatória de Huyghens supunha que a luz<br />
se propagava como ondas esféricas.<br />
b) A teoria corpuscular de Newton explicava os<br />
fenômenos da reflexão e absorção da luz.<br />
c) A medida da velocidade da luz na água, efetuada em<br />
1850 por Foucault, fortaleceu a teoria corpuscular de<br />
Newton.<br />
d) O fenômeno de interferência é tipicamente<br />
ondulatório.<br />
e) A propagação retilínea da luz constitui-se num<br />
agrupamento a favor da teoria corpuscular.<br />
21- (FUVEST) A energia de um fóton de frequência f é<br />
dada por E=hf, onde h é a constante de Planck. Qual a<br />
frequência e a energia de um fóton de luz, cujo<br />
comprimento de onda é igual a 5000 A o ?<br />
Dados: h= 6,6 x 10 -34 J.s. ; c=3 x 10 8 m/s e 1 A o =1<br />
ângstrom=10 -10 m<br />
23- (FUND. CARLOS CHAGAS) A figura mostra uma<br />
placa de vidro que é atravessada perpendicularmente por<br />
um raio de luz, propagando-se na direção X, da esquerda<br />
para a direita. A placa está imersa no vácuo.<br />
De acordo com o Modelo Corpuscular da Luz,<br />
proposto por Newton, qual dos seguintes gráficos melhor<br />
representa a velocidade da luz (v) dentro e fora do vidro?<br />
No eixo horizontal, os pontos A e B dos gráficos<br />
correspondem aos pontos A e B da figura:<br />
a) 6 x 10 14 hz e 4,0 x 10 -19 J<br />
b) 0 hz e 0 J<br />
c) 6 hz e 4,0 J<br />
d) 60 hz e 40 J<br />
e) 60 hz e 0,4 J<br />
22- (PUC-MG) O efeito fotoelétrico consiste:<br />
a) Na existência de elétrons em uma onda<br />
eletromagnética que se propaga em um meio uniforme e<br />
contínuo.<br />
b) Na possibilidade de se obter uma foto do campo<br />
elétrico quando esse campo interage com a matéria.<br />
c) Na emissão de elétrons quando uma onda<br />
eletromagnética incide em certas superfícies.<br />
d) No fato de que a corrente elétrica em determinados<br />
metais é formada por fótons de determinada energia.<br />
e) Na ideia de que a matéria é uma forma de energia,<br />
podendo transformar-se em fótons ou em calor.<br />
24- (UFRN) Pedro está trabalhando na base de um<br />
barranco e pede uma ferramenta a Paulo, que está na<br />
parte de cima. Além do barranco, não existe, nas<br />
proximidades, nenhum outro obstáculo. Do local onde<br />
Paulo está não vê Pedro, mas escuta-o muito bem<br />
porque, ao passarem pela quina do barranco, as ondas<br />
sonoras sofrem:<br />
655
a) convecção<br />
b) reflexão<br />
c) polarização<br />
d) difração<br />
Em= hf – Wo<br />
656<br />
25- (UFRN) Quando a luz incide sobre a superfície de<br />
uma placa metálica, é possível que elétrons sejam<br />
arrancados dessa placa, processo conhecido como efeito<br />
fotoelétrico. Para que um elétron escape da superfície do<br />
metal, devido a esse efeito, a energia do fóton incidente<br />
deve ser, pelo menos, igual a uma energia mínima,<br />
chamada função trabalho (Wo), uma grandeza<br />
característica de cada material. A energia de cada fóton<br />
da luz incidente é igual ao produto hf, onde h é a cte de<br />
Planck e f é a freqüência da luz incidente. Quando a<br />
energia do fóton incidente é maior que Wo, a energia<br />
restante é transformada em energia cinética do elétron.<br />
Dessa forma, a energia cinética máxima (Em) do elétron<br />
arrancado é dada por:<br />
Considere o experimento no qual um feixe de luz que<br />
contém fótons com energias associadas a um grande<br />
intervalo de frequências incide sobre duas placas, P1 e<br />
P2, constituídas de materiais diferentes. Para esse<br />
experimento pode-se afirmar que o gráfico representando<br />
a energia cinética máxima dos elétrons emitidos, em<br />
função das frequências que compõem a luz incidente, é:<br />
26- (UNEB) Nas radiações visíveis de cores vermelha,<br />
verde e azul podem ser obtidas por meio de luz branca<br />
solar que incide obliquamente na fronteira de um dioptro<br />
ar-vidro. Admitindo-se que a velocidade de propagação<br />
da luz no ar é igual a 3,0.10 8 m/s, uma análise da<br />
dispersão luminosa permite afirmar:<br />
01) Os diferentes componentes da luz branca propagamse<br />
em um meio homogêneo com velocidade de mesmo<br />
módulo.<br />
02) O comprimento de onda da luz verde, de frequência<br />
igual a 5,6.10 14 Hz, que se propaga no vidro, de índice de<br />
refração igual a 1,52, é, aproximadamente, igual a<br />
0,6μm.<br />
03) O desvio da luz azul é maior do que o da luz<br />
vermelha, consequentemente a velocidade da luz azul, no<br />
vidro, é maior do que a da luz vermelha.<br />
04) A velocidade de propagação da luz vermelha no<br />
vidro é igual a 3,0.10 5 km/s.<br />
05) O desvio da luz vermelha em relação ao feixe de luz<br />
branca que incide na fronteira ar-vidro, com o ângulo de<br />
incidência de 45 o , é igual a 15 o , sendo o índice de<br />
refração do vidro para a luz vermelha igual a 1,51 e<br />
sen28 o igual a 0,47.
27- (UNEB) Tratando-se de fenômenos ondulatórios que<br />
fundamentam a cor azul da Terra, referido no texto, é<br />
correto afirmar:<br />
01) A luz solar, ao se refratar do espaço para a atmosfera<br />
terrestre, passa pelo processo de filtragem e apenas a<br />
radiação de cor azul consegue se propagar nessa<br />
atmosfera.<br />
02) Os átomos de nitrogênio e de oxigênio, dentre outros<br />
existentes na atmosfera terrestre, absorvem,<br />
predominantemente, a radiação de cor azul e refletem as<br />
demais radiações visíveis.<br />
03) A luz solar, ao incidir sobre os átomos de nitrogênio<br />
e de oxigênio existentes na atmosfera terrestre, sofre<br />
difração e a cor azul é espalhada de maneira muito mais<br />
eficiente do que as demais radiações visíveis.<br />
04) Os átomos de nitrogênio e de oxigênio existentes,<br />
predominantemente na atmosfera terrestre, possuem<br />
diâmetros maiores do que o comprimento de onda da<br />
radiação de cor azul.<br />
05) A luz solar, ao incidir sobre os átomos de nitrogênio<br />
e de oxigênio existentes na atmosfera terrestre, exibe o<br />
fenômeno de interferência destrutiva.<br />
28- (Bahiana) Assinale V ou F:<br />
(01) Mediante o processo de ressonância, as microondas<br />
emitidas em um forno são absorvidas pelas moléculas de<br />
água existentes nos alimentos aumentando sua energia de<br />
vibração.<br />
(02) As micro-ondas são ondas eletromagnéticas, de alta<br />
frequência e pequeno comprimento de onda, em<br />
comparação com as ondas de rádio.<br />
(03) Com o aumento de temperatura do alimento em um<br />
forno de micro-ondas, este passa a emitir parte da<br />
energia que recebeu das microondas, na faixa do<br />
infravermelho, em frequências maiores do que as microondas.<br />
(04) Elétrons em movimento vibratório podem fazer<br />
surgir ondas de rádio e ondas de luz.<br />
(05) A imagem do corpo de uma pessoa em uma chapa<br />
de raios X representa um processo em que parte da<br />
radiação é absorvida pelo corpo, e os claros e escuros da<br />
imagem representam, respectivamente, os tecidos mais e<br />
menos absorvedores de radiação.<br />
(06) Thomas Young confirmou a teoria ondulatória da<br />
luz de Huygens, verificando que a luz ao passar por duas<br />
fendas extremamente finas, combina-se, formando<br />
regiões claras e escuras.<br />
(07) Após uma longa controvérsia científica sobre a<br />
questão da natureza da luz, iniciada por volta do ano 500<br />
a.C., apenas no século XIX conseguiu-se a compreensão<br />
total da questão, através da confirmação da natureza<br />
ondulatória da luz.<br />
(08) Alguns sistemas admitem uma única freqüência<br />
natural de vibração.<br />
(09) Todo sistema físico capaz de vibrar, se for excitado,<br />
vibrará numa frequência que lhe é característica, que lhe<br />
é natural.<br />
(10) Numa corda de comprimento de 120 cm, as ondas se<br />
propagam a 90 m/s. A freqüência para vibração do<br />
segundo harmônico que se estabelece nessa corda é de 75<br />
Hz.<br />
29- (UFRN 2012 – TIPO ENEM) Estudantes<br />
interessados em analisar a natureza dual da luz<br />
preparavam uma apresentação para uma Feira de<br />
Ciências com três experimentos, conforme mostrados nas<br />
figuras abaixo.<br />
657
* o 1º experimento mostra a difração da luz ao passar por<br />
uma fenda estreita;<br />
* o 2º experimento mostra o efeito fotoelétrico<br />
caracterizado pela geração de corrente elétrica a partir da<br />
incidência de luz sobre uma célula fotoelétrica; e<br />
* o 3º experimento mostra o efeito da polarização da luz<br />
ao fazê-la incidir sobre filtros<br />
polarizadores.<br />
A partir desses experimentos, é correto afirmar que<br />
A) o efeito fotoelétrico e a polarização evidenciam a<br />
natureza ondulatória da luz, enquanto a difração<br />
evidencia a natureza corpuscular da luz.<br />
B) a polarização e a difração evidenciam a natureza<br />
corpuscular da luz, enquanto o efeito fotoelétrico<br />
evidencia a natureza ondulatória da luz.<br />
C) a difração e a polarização evidenciam a natureza<br />
ondulatória da luz, enquanto o efeito fotoelétrico<br />
evidencia a natureza corpuscular da luz.<br />
D) o efeito fotoelétrico e a difração evidenciam a<br />
natureza ondulatória da luz, enquanto a polarização<br />
evidencia a natureza corpuscular da luz.<br />
30) (BAHIANA/UNEB) Assinale V ou F para os itens<br />
abaixo.<br />
(1) A radiação solar, mantenedora da vida na Terra, é<br />
uma onda transversal que exibe fenômenos de<br />
interferência, difração e polarização.<br />
(2) Maxwell demonstrou matematicamente que a<br />
perturbação eletromagnética, que se propaga pelo espaço<br />
devido à mútua e sucessiva produção dos campos<br />
elétrico e magnético, compartilha com as ondas<br />
mecânicas algumas características, como ser refletida,<br />
refratada e sofrer interferência.<br />
(3) O gás carbônico liberado na atmosfera pelas<br />
queimadas forma um escudo gasoso que promove<br />
difração das radiações infravermelhas.<br />
(4) A luz emitida por uma estrela é vista por um<br />
observador na Terra com frequência maior, se ocorrer<br />
aproximação, e com frequência menor, se ocorrer<br />
afastamento entre ambos.<br />
(5) A radiação eletromagnética com frequência de<br />
5,0.10 14 Hz que se propaga no ar, cujo índice de refração<br />
é igual a 1, pode ser percebida através de seus efeitos<br />
sobre a retina, o que resulta na sensação de visão.<br />
(6) A intensidade dos raios X que incidem em uma chapa<br />
fotográfica é diretamente proporcional à área da chapa.<br />
(7) O som emitido pela vibração de uma corda exibe<br />
fenômenos de interferência, difração, refração e reflexão.<br />
(8) A frequência da vibração de uma corda depende de<br />
sua densidade linear, de seu<br />
comprimento e da tensão aplicada nessa corda.<br />
(9) O som que se propaga a 200,0m/s, em um tubo aberto<br />
de 60,0cm de comprimento, contendo um gás, emite o<br />
som fundamental com frequência de 120,0Hz.<br />
(10) A correnteza da vazante forma um movimento<br />
ondulatório em que os raios luminosos que incidem<br />
perpendicularmente sobre as cristas e sobre os vales das<br />
ondas formadas resultam, após refratados,<br />
respectivamente, em raios convergentes e raios<br />
divergentes.<br />
(11) Um aparelho celular, ao receber uma ligação de um<br />
robô — que se encontra a uma distância d — por meio<br />
de ondas esféricas, capta ondas de intensidade igual a<br />
P∕πd 2 sendo P a potência da fonte geradora dessas ondas.<br />
(12) A frequência de uma onda contínua emitida por um<br />
aparelho de ultra-som é “percebida” por algumas células<br />
vermelhas do sangue, à medida que se afastam da fonte<br />
emissora, como sendo maior do que a emitida pela fonte.<br />
(13) As fachadas de prédios constituídas de vidro duplo,<br />
mantido a vácuo, reduzem perdas térmicas, mas<br />
permitem a propagação do som.<br />
(14) As ondas infravermelhas que têm frequências<br />
menores do que as da luz visível são responsáveis pelo<br />
transporte de calor na transmissão por irradiação.<br />
(15) Os raios catódicos produzidos no tubo do monitor<br />
de um computador têm massa superior à dos raios X e<br />
são desviados por um campo magnético.<br />
(16) Os sinais emitidos do computador que controla o<br />
cérebro do tubarão constituem oscilações formadas pelos<br />
campos elétrico e magnético, ambos variáveis, que se<br />
propagam em fases e são perpendiculares entre si.<br />
(17) A detecção de ondas solares de intensidade 1,4.10-<br />
2 W/m 2 , na superfície da Terra, a uma distância de<br />
1,5.10 11 m do Sol, possibilita a determinação da potência<br />
dissipada pelo Sol de 2,1.10 13 W.<br />
658
(18) A propagação da energia luminosa se deve a<br />
variações de pressão no meio em que ela se propaga<br />
(19) A intensidade de um feixe cilíndrico de raios laser<br />
com potência de 1,0W e raio da ordem de 10 –4 cm,<br />
incidindo perpendicularmente em uma superfície, é igual<br />
a 10 4 W/m 2 , aproximadamente.<br />
(20) O comprimento de onda dos raios T, de frequência<br />
1,0.10 11 hertz, é da ordem de 10 –3 m.<br />
(21) A perturbação produzida pela queda de uma gota na<br />
superfície da água se propaga em regiões de diferentes<br />
profundidades, com comprimento de onda constante.<br />
(22) O som produzido pelas explosões que ocorrem na<br />
superfície de uma estrela pode ser ouvido aqui na Terra,<br />
após um determinado intervalo de tempo.<br />
(23) A radiação visível emitida por uma estrela que se<br />
afasta da Terra, medida por um observador terrestre,<br />
apresenta frequência menor que a frequência real emitida<br />
pela estrela.<br />
(24) ...Em cada um desses grupos, as estrelas podem<br />
ainda ser classificadas em azuis, amarelas e vermelhas.<br />
Aquelas mais quentes apresentam cores azuis; as de<br />
temperaturas intermediárias são amarelas; as mais frias<br />
têm tons avermelhados... As estrelas mais quentes<br />
emitem luz de frequência maior do que a da luz emitida<br />
pelas estrelas mais frias.<br />
(25) A tomografia computadorizada, que auxilia no<br />
diagnóstico de tumores, utiliza raios X de comprimento<br />
de onda inferior ao da radiação gama.<br />
(26) As ondas produzidas em um tanque de simulação<br />
das condições do mar refratam mantendo a mesma<br />
frequência da fonte geradora da perturbação.<br />
(27) Um pulso transversal produzido em uma corda feita<br />
de garrafas plásticas recicladas, com densidade linear de<br />
1,0g/cm, tracionada com uma força de 10,0N, propaga-se<br />
com velocidade de módulo igual a 10,0m/s.<br />
(28) A ultrassonografia, desenvolvida a partir do estudo<br />
de ecolocalização de morcegos e golfinhos, utiliza os<br />
fenômenos de difração e interferência do ultrassom para<br />
geração de imagens médicas.<br />
(29) A perturbação produzida pela vibração da corda do<br />
violino se propaga ao longo dessa corda e sofre reflexão<br />
na extremidade fixa, retornando invertida em relação à<br />
onda incidente.<br />
(30) O aumento da força tensora da corda do violino<br />
produz aumento na frequência fundamental do som, que<br />
soa mais agudo.<br />
(31) As ondas primárias P, sendo ondas longitudinais<br />
utilizadas para o mapeamento tridimensional do subsolo,<br />
propagam-se nas camadas de rochas com diferentes<br />
composições, mantendo a frequência constante.<br />
(32) O tratamento radioterápico de câncer por raios gama<br />
emprega radiação de comprimento de onda menor que a<br />
dos raios X<br />
(33) O aumento do nível de dióxido de carbono no ar<br />
atmosférico permite uma maior quantidade de radiação<br />
infravermelha refratada de atmosfera terrestre para o<br />
espaço.<br />
(34) O experimento de Thomas Young possibilitou a<br />
comprovação do comportamento ondulatório da luz,<br />
porque determinou experimentalmente o comprimento de<br />
onda da luz emitida pela fonte.<br />
(35) A dispersão da luz branca em um prisma óptico<br />
deve-se a luzes de diferentes frequências se propagarem<br />
na matéria, com a mesma velocidade.<br />
(36) O fenômeno ondulatório da difração possibilita que<br />
o contorno de uma imagem de um micro-organismo, com<br />
dimensões da ordem de grandeza do comprimento da<br />
onda da luz, seja observado.<br />
(37) A radiação não ionizante emitida pelos aparelhos de<br />
telefone celular, situada no espectro eletromagnético<br />
entre as faixas de radiação infravermelha e as ondas de<br />
rádio, tem frequência maior do que a frequência da luz<br />
visível.<br />
(38) A energia transportada pelas ondas de telefone<br />
móvel é diretamente proporcional ao comprimento de<br />
onda da radiação eletromagnética não ionizante.<br />
(39) As ondas eletromagnéticas de 0,01 MHz, emitidas<br />
por um aparelho de telefone celular, oscilam dez mil<br />
vezes a cada segundo.<br />
(40) A conversão do som em ondas eletromagnéticas<br />
envolve transformações de ondas mecânicas<br />
longitudinais em ondas transversais.<br />
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______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
____________________________________________<br />
660<br />
GABARITO<br />
BRINCADEIRINNHA... LÁ VAI O GABARITO<br />
CORRETO<br />
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />
E 0<br />
4<br />
1<br />
1<br />
1<br />
2<br />
0<br />
2<br />
1<br />
3<br />
C A A B D E E<br />
1<br />
4<br />
1<br />
5<br />
1<br />
6<br />
1<br />
7<br />
18 1<br />
9<br />
D A C B B C D C D C<br />
2<br />
1<br />
2<br />
2<br />
2<br />
3<br />
2<br />
4<br />
2<br />
5<br />
2<br />
6<br />
A C E D A 0<br />
3<br />
2<br />
7<br />
0<br />
3<br />
28 2<br />
9<br />
VVVVVVF<br />
FVV<br />
C<br />
20<br />
30<br />
VVFVVFV<br />
VFV<br />
FFFVVVF<br />
FFV<br />
FFVVFVV<br />
FVV<br />
VVFVFVF<br />
FVV
A FISICA NOSSA DE CADA DIA<br />
1- RADIAÇÃO INFRAVERMELHA<br />
A natureza composta da luz branca foi<br />
demonstrada pela primeira vez por Newton, em 1664,<br />
quando decompôs a luz solar por meio de um prisma,<br />
projetando-a numa tela. A imagem alongada e colorida<br />
do Sol foi chamada por ele de espectro. Em 1880, o<br />
astrônomo inglês William Herschel (1738 - 1822) repetiu<br />
a experiência de Newton, com a finalidade de descobrir<br />
qual das cores do arco-íris daria mais resultado no<br />
aquecimento do bulbo de um termômetro. Percebeu que<br />
o termômetro era aquecido pelo violeta, pelo azul e pelo<br />
vermelho.<br />
No entanto, o aquecimento era mais eficaz com<br />
o alaranjado e com o vermelho. Finalmente, percebeu<br />
que o bulbo do termômetro se aquecia ainda mais se<br />
fosse colocado na região escura que se estende além do<br />
extremo vermelho do espectro. Assim foi descoberta a<br />
radiação infravermelha.<br />
A radiação eletromagnética infravermelha tem<br />
comprimento de onda entre 1 micrômetros e 1000<br />
micrômetros. Ligeiramente mais longa que a luz visível,<br />
situa-se no espectro entre a luz vermelha e as microondas.<br />
Por ser uma onda eletromagnética não necessita<br />
de um meio para se propagar, pode se deslocar no vácuo<br />
com a velocidade da luz. É assim que o calor viaja do Sol<br />
a Terra.<br />
Na faixa de radiações do infravermelho<br />
distinguem-se três regiões: Infravermelho próximo,<br />
médio e longínquo. A subdivisão, não muito precisa,<br />
baseia-se na facilidade em produzir e observar essas três<br />
modalidades do infravermelho, o que depende de seu<br />
comprimento de onda. Todavia pode-se estabelecer que o<br />
infravermelho próximo vai de 0,7 a 1,5; o infravermelho<br />
médio, de 1,5 a 10; e o infravermelho longínquo, de 10 a<br />
1000 micrômetros. O infravermelho próximo possui as<br />
mesmas propriedades da luz visível, com a diferença de<br />
que não é percebido pela vista. Pode ser produzido por<br />
qualquer fonte luminosa e ser estudado com os mesmos<br />
detectores (chapa fotográficas, fotocélulas, etc). Já o<br />
infravermelho intermediário requer, para ser produzido,<br />
técnicas mais refinadas. Finalmente, o infravermelho<br />
longínquo necessita de instrumentos especiais. Embora<br />
invisível, a radiação infravermelha pode ser percebida<br />
por suas propriedades de aquecimento. Quando um<br />
aquecedor elétrico é ligado, sente-se seu calor irradiado<br />
antes mesmo que a resistência comece a avermelhar-se.<br />
Se o olho humano fosse sensível a radiação de 10<br />
micrômetros (a faixa de emissão mais comum de corpos<br />
à temperatura ambiente), não haveria necessidade de<br />
iluminação artificial, pois tudo seria brilhante durante o<br />
dia ou à noite. Os seres vivos se destacariam com nitidez<br />
por serem mais quentes e, portanto, mais brilhante que o<br />
ambiente. Apenas os objetos frios ficariam negros.<br />
Assim, sem o emprego de luz artificial, seria difícil<br />
descobrir qualquer coisa que estivesse no interior dos<br />
refrigeradores. Alguns animais, como as cobras, possuem<br />
uma "visão" de 10 micrômetros que lhe permite apanhar<br />
suas presas à noite. Esta habilidade de perceber objetos<br />
quentes no escuro apresenta um evidente valor militar e<br />
seu controle tem impulsionado muitas pesquisas sobre<br />
sistemas de detecção. A radiação infravermelha encontra<br />
aplicações práticas muito importantes. É utilizada, por<br />
exemplo, para aquecer ambientes, cozinhar alimentos e<br />
661
secar tintas e vernizes. Em medicina, tem amplo uso<br />
terapêutico, sendo empregada no tratamento de sinusite,<br />
dores reumáticas e traumáticas. A radiação infravermelha<br />
penetra na pele, onde sua energia é absorvida pelos<br />
tecidos e espalhada pela circulação do sangue. Existem<br />
aparelhos especiais que permitem ver um objeto pela<br />
detecção das radiações infravermelhas que ele emite. Um<br />
exemplo prático é dado pelo sistema de alarme<br />
infravermelho: qualquer interrupção de um feixe dessas<br />
radiações ocasiona a criação de um impulso elétrico no<br />
detector de controle, ligando o alarme. Esse sistema é<br />
usado, também nas portas de elevadores, para evitar que<br />
elas se fechem sobre as pessoas.<br />
A fotografia é uma das atividades mais<br />
beneficiadas com a aplicação da radiação infravermelha.<br />
Algumas emulsões fotográficas podem se tornar<br />
sensíveis a uma luz de comprimento de onda de até 1,1<br />
micrômetro - o infravermelho próximo da luz visível.<br />
Utilizando um certo tipo de filme infravermelho<br />
colorido, as cores dos objetos apresentam-se deslocadas<br />
de suas posições no espectro - a luz azul não aparece, os<br />
objetos verdes ficam azuis, os vermelhos mostram-se<br />
verdes e os infravermelhos colorem-se de vermelho.<br />
662<br />
2- O ECO<br />
Você já ouviu sua voz voltar de um penhasco,<br />
de um edifício ou de uma montanha, formando um eco?<br />
Ouve-se o eco porque o som bate e volta como acontece<br />
a uma bola de borracha que volta de uma parede.<br />
O eco também é semelhante a um raio de luz<br />
refletido num espelho. Um eco é um som refletido. Só<br />
ouvimos os ecos como sons isolados quando eles nos<br />
atingem 1/10 de segundo ou mais depois do som<br />
original. Esse é o tempo necessário para o ouvido<br />
humano separar um som do outro. Se você quiser ouvir o<br />
seu eco deverá ficar pelo menos a 17 metros de distância<br />
da parede refletora. Se você gritar diante de um penhasco<br />
a 17 metros, o som caminhará 17 metros até o penhasco<br />
e mais 17 de volta para você, numa distância total de 34<br />
metros. Como o som tem a velocidade de 340 metros por<br />
segundo, deverá percorrer essa distância em 1/10<br />
segundo. O eco chegará a seu ouvido 1/10 de segundo<br />
depois de você ouvir sua voz original. Você poderá,<br />
portanto, distinguir o eco.<br />
Se, por outro lado, a parede refletora estiver<br />
apenas a 3,40 metros de distância, como seria na sala de<br />
estar, o som voltaria depressa demais levando 1/50 de<br />
segundo de viagem. Nesse caso a reflexão do som apenas<br />
prolonga o som original; que não é percebido como<br />
eco.Um eco pode provocar também séria interferência na
audição, principalmente num ginásio grande ou em um<br />
auditório. Os ecos cobrem as palavras de quem fala,<br />
causando confusão. Pode-se superar esse problema<br />
usando material amortecedor de som para as paredes,<br />
tetos e chão. Material macio como lonas, cortinas,<br />
madeiras e tapetes absorvem as ondas sonoras e quase<br />
não refletem o som. Por isso as paredes dos auditórios<br />
são geralmente cobertas de madeira.<br />
Concentrando o som<br />
As ondas sonoras podem refletir-se em<br />
superfícies curvas concentrando-se de maneira a<br />
tornaram-se mais audíveis. Os grandes auditórios têm<br />
palcos em concha acústica como o refletor do farol do<br />
automóvel. As ondas sonoras batem na superfície e se<br />
refletem para a platéia, tornando-se mais audíveis. Os<br />
médicos usam o estetoscópio para captar os batimentos<br />
cardíacos e outros sons internos que informam sobre as<br />
condições do organismo. A parte terminal do<br />
instrumento que é colocada junto ao corpo do paciente<br />
contém um diafragma muito maior do que o tímpano<br />
humano e que consequentemente capta mais energia<br />
sonora. O tubo do estetoscópio conduz o som para os<br />
ouvidos do médico, quase sem perda.<br />
O sonar<br />
Reverberação<br />
Se, em recinto fechado, for acionada uma fonte<br />
sonora, as primeiras ondas geradas propagam-se até as<br />
paredes, sendo refletidas. Percorrem um caminho em<br />
ziguezague por todas as direções. Nesse intervalo de<br />
tempo, a fonte emitiu novas ondas que se combinam com<br />
as anteriores. As vibrações sonoras aumentam, portanto,<br />
progressivamente de intensidade até alcançar um valor<br />
estacionário. A reverberação ocorre quando a diferença<br />
entre os instantes de recebimento dos dois sons é inferior<br />
a 0,1 s. Não se percebe um novo som, mas há uma<br />
continuação do som inicial. A reverberação pode ajudar a<br />
compreender o que está sendo dito por um orador num<br />
auditório. No entanto, o excesso de reverberação pode<br />
atrapalhar o entendimento.<br />
COM BASE NOS TEXTOS ACIMA, RESPONDA ÀS<br />
QUESTÕES ABAIXO.<br />
Uma das aplicações do eco é o sonar dos navios.<br />
Os navios emitem ondas sonoras que vão ao fundo e<br />
retornam gastando determinado tempo. Conhecendo-se<br />
as características das ondas, como velocidade, freqüência<br />
e o tempo gasto para a onda ir e voltar, pôde-se calcular a<br />
profundidade de um cardume, a forma dos fundos<br />
oceânicos ou localizar embarcações. Um vibrador, preso<br />
na parte imersa do casco do navio, emite ondas sonoras<br />
que se propagam pela água. Estas batem no fundo e<br />
voltam ao navio. Anota-se o tempo decorrido entre a<br />
emissão do som e sua recepção como eco e se calcula a<br />
profundidade . Se, por exemplo, o tempo for de um<br />
segundo o som percorreu 1500 metros ( A velocidade do<br />
som na água é cerca de quatro vezes maior do que no<br />
ar).A profundidade do local é portanto de 750 metros.<br />
1) Assinale V ou F e corrija as alternativas consideradas<br />
falsas.<br />
( ) A natureza da luz branca foi proposta pela primeira<br />
vez pelo astrônomo inglês William Herschel.<br />
( ) Um termômetro apresentaria maior aquecimento se<br />
fosse colocado em contato com a região visível do<br />
espectro eletromagnético.<br />
( ) O comprimento de onda da radiação infravermelha é<br />
menor que o comprimento de onda da luz visível.<br />
( ) As cobras, possuem uma "visão" de 10 x 10 -9 m que<br />
lhe permite apanhar suas presas à noite.<br />
( ) Assim como a luz, o som também pode se refletir.<br />
( ) Para ouvir o eco de sua voz, você deverá ficar pelo<br />
menos a 34 metros de distância de uma parede refletora.<br />
663
2) Um sonar, no fundo de um navio emite uma onda<br />
sonora e esta gasta um tempo de 2s para retornar ao<br />
navio, depois de ter sido refletida no fundo do mar. Se a<br />
velocidade do som na água é de 1500 m/s, ache a<br />
profundidade do mar nesta região.<br />
3) Com suas palavras, explique o que é o eco e em que<br />
condições ele ocorre.<br />
4) O que é a radiação infravermelha?<br />
MTZ (MÉTODO TREINAMENTO ZÊNITE)<br />
COM BASE NO ESTUDO DESTE CAPÍTULO,<br />
RESPONDA ÀS QUESTÕES ABAIXO,<br />
REFORÇANDO ALGUMAS COMPETÊNCIAS E<br />
HABILIDADES QUE VOCÊ PRECISARÁ PARA SE<br />
DAR BEM NA PROVA DO ENEM.<br />
1) Assinale V ou F e corrija as alternativas consideradas<br />
falsas.<br />
(a) Só ocorrerá efeito Doppler se existir movimento<br />
relativo entre uma fonte e um observador.<br />
(b) Se uma estrela estiver se aproximando do Planeta<br />
Terra, perceberemos sua cor caindo do laranja para o<br />
vermelho.<br />
(c) Se um raio de luz vermelha sai do ar e entra na água,<br />
sua cor sofre uma pequena alteração.<br />
(d) Quando um pulso incide sobre um obstáculo fixo,<br />
sofre reflexão, mudando a fase e a frequência, mantendo<br />
constante a velocidade e o comprimento de onda.<br />
(e) Uma onda sofre difração com mais facilidade se<br />
atravessar uma fenda com tamanho muito maior que o<br />
seu comprimento de onda.<br />
(f) A luz e o som sofrem reflexão, refração, difração,<br />
interferência e polarização.<br />
(g) O som, por ser uma onda longitudinal, se propaga<br />
mais rápido no sólido que no líquido.<br />
(h) Um som forte é um som de elevada frequência.<br />
(i) Quanto mais aguda for uma onda sonora, mais intenso<br />
ela será.<br />
(j) Qualquer onda sonora entre 20Hz e 20000Hz é<br />
audível para o ser humano.<br />
664<br />
(k) Quanto mais intenso for uma onda sonora, mais<br />
energia ela transporta e maior será a sua amplitude.<br />
(l) A intensidade de uma onda sonora é inversamente<br />
proporcional à distância da fonte e do observador.<br />
(m) Uma onda se desloca em um meio A com 20cm/s<br />
tendo um comprimento de onda de 10cm. Ao passar para<br />
um meio B, onde o comprimento de onda é 40cm, sua<br />
velocidade passa a ser de 40cm/s.<br />
(n) O efeito fotoelétrico é uma manifestação do caráter<br />
ondulatório da luz.<br />
(o) A ocorrência do efeito fotoelétrico se dá à medida<br />
que a intensidade da onda luminosa aumentar.<br />
(p) A velocidade de um pulso ao longo de uma corda é<br />
inversamente proporcional à força de tração que a<br />
prende.<br />
2) Faça um resumo acercar das ideias de Newton e<br />
Huyghens sobre a natureza da luz e mostre ao seu<br />
professor.<br />
3) Recentemente, o físico Marcos Pontes se tornou o<br />
primeiro astronauta brasileiro a ultrapassar a atmosfera<br />
terrestre. Diariamente, existiam contatos entre Marcos e<br />
a base, e alguns deles eram transmitidos através dos<br />
meios de comunicação. Com base no texto e em seus<br />
conhecimentos, é correto afirmar que conseguíamos<br />
“ouvir” e “falar” com Marcos porque, para essa<br />
conversa, estavam envolvidas:<br />
a) apenas ondas mecânicas – transversais – já que estas<br />
se propagam, tanto no vácuo como no ar.<br />
b) apenas ondas eletromagnéticas – longitudinais – já<br />
que estas se propagam, tanto no vácuo como no ar.<br />
c) ondas eletromagnéticas – transversais – que<br />
apresentam as mesmas frequências, velocidade e<br />
comprimento de onda, ao passar de um meio para outro.<br />
d) ondas mecânicas – transversais – que apresentam as<br />
mesmas frequências, velocidade e comprimento de onda,<br />
ao passar de um meio para outro.<br />
e) tanto ondas eletromagnéticas – transversais – que se<br />
propagam no vácuo, como ondas mecânicas –<br />
longitudinais – que necessitam de um meio material para<br />
a sua propagação.
4) Ondas ultrassônicas são emitidas por uma fonte em<br />
repouso em relação ao paciente, com uma frequência<br />
determinada. Essas ondas são refletidas por células do<br />
sangue que se ___________ de um detector de<br />
frequências em repouso, em relação ao mesmo paciente.<br />
Ao analisar essas ondas refletidas, o detector medirá<br />
frequências _____________ que as emitidas pela fonte.<br />
Esse fenômeno é conhecido como _____________.<br />
Selecione a alternativa que preenche corretamente as<br />
lacunas.<br />
a) afastam – menores – efeito Joule<br />
b) afastam – maiores – efeito Doppler<br />
c) aproximam – maiores – efeito Joule<br />
d) afastam – menores – efeito Doppler<br />
e) aproximam – menores – efeito Tyndal<br />
Ciências da Natureza e suas Tecnologias<br />
5) O maior tubo do órgão de uma catedral tem<br />
comprimento de 10 m; o tubo menor tem comprimento<br />
de 2 cm. Os tubos são abertos, a velocidade do som no ar<br />
é 340 m/s. Quais são os valores extremos de freqüências<br />
sonoras que o órgão pode emitir, sabendo-se que os<br />
tubos ressoam no fundamental?<br />
a) 17Hz/8,5 · 10 3 Hz<br />
b) 14Hz/6,8 · 10 3 Hz<br />
c) 17Hz/3,4 · 10 3 Hz<br />
d) 14Hz/3,4 · 10 3 Hz<br />
e) 2,0Hz/8,5 · 10 3 Hz<br />
ATIVIDADES ARRETADAS DE SALA<br />
1) (BAHIANA- 2012.1) Os raios ultravioleta do tipo B –<br />
UVB -, ao penetrarem na pele, passam por várias<br />
transformações químicas e dão origem à vitamina D, que<br />
está envolvida em diversas funções corporais, como<br />
atividade imunológica, fortalecimento de ossos,<br />
desenvolvimento embrionário, inibidor de câncer, entre<br />
outras.<br />
Sobre os raios ultravioleta, é correto afirmar:<br />
01) O produto do comprimento de onda pela frequência<br />
dos raios ultravioleta que se propagam na atmosfera,<br />
de índice de refração igual a 1, é aproximadamente<br />
igual a 3,0.10 8 m/s.<br />
02) A radiação ultravioleta que incide sobre a pele<br />
penetra profundamente na epiderme porque ocorrem<br />
a difração e a interferência na região da incidência.<br />
03) Os raios ultravioleta, emitidos pelo Sol, refratam-se<br />
integralmente na camada de ozônio e incidem na<br />
superfície terrestre perpendicularmente.<br />
04) As plantas, quando expostas à radiação ultravioleta,<br />
intensificam o processo de fotossíntese.<br />
05) Os comprimentos de onda dos raios ultravioleta são<br />
maiores de câncer, entre outras.<br />
2) (BAHIANA - 2012.1)<br />
O estetoscópio, um dos aparelhos indispensáveis para<br />
médicos, é utilizado para auscultar os sons produzidos<br />
por certos órgãos do corpo humano, como coração,<br />
pulmões, intestino, artérias e veias.<br />
Sobre as propriedades físicas do som que se propaga pelo<br />
aparelho, é correto afirmar:<br />
01) O som de escoamento do sangue que se aproxima e<br />
que se afasta do auscultador é percebido como sendo<br />
de mesma frequência.<br />
02) O som audível de frequência de 20Hz é considerado<br />
o som agudo e o 20000Hz, o som grave.<br />
03) O som do batimento de um coração captado pelo<br />
estetoscópio é auscultado com a mesma frequência<br />
do batimento.<br />
04) O som captado pelo auscultador se propaga por<br />
tubos de condução e hastes metálicas, feitos de<br />
materiais diferentes, com velocidades constantes e<br />
iguais.<br />
05) Os sons produzidos por órgãos do corpo humano,<br />
como coração, pulmões, intestinos, artérias,<br />
possuem a mesma intensidade.<br />
3) (BAHIANA - 2012.2)<br />
As ondas mecânicas com frequências compreendidas<br />
entre 20Hz e 20000Hz são audíveis, e o princípio de<br />
funcionamento de um telefone celular é o mesmo de um<br />
rádio.<br />
Sobre os fenômenos físicos envolvidos na conversão de<br />
ondas e na propagação de onda eletromagnética utilizada<br />
em aparelhos de telefone celular, é correto afirmar:<br />
665
01) A onda de rádio de frequência de 10’Hz que incidem<br />
sobre obstáculos, como árvore e edifícios de 30m,<br />
sofre, predominantemente, o fenômeno de reflexão.<br />
02) Um microfone transforma ondas sonoras em<br />
correntes alternadas com frequência na faixa de<br />
20Hz a 20000Hz.<br />
03) As ondas sonoras emitidas nas proximidades de um<br />
microfone são polarizadas para ser transformadas<br />
em ondas eletromagnéticas.<br />
04) As ondas de rádio incidentes e as refletidas pelas<br />
camadas da atmosfera superior não obedecem às leis<br />
da reflexão.<br />
05) A velocidades linear do satélite estacionário que<br />
transmite ondas de rádio é necessariamente igual à<br />
da Terra.<br />
4) (BAHIANA - 2012.2)<br />
Sobre conceitos e princípios da física envolvidos na<br />
utilização do ultrassom para diagnósticos de imagens –<br />
sabendo-se que as frequências utilizadas para<br />
diagnósticos por ultrassom variam entre 1MHz e 10MHz<br />
e que a velocidade de propagação dessas ondas nos<br />
tecidos humanos é, em torno, de 1540 m̸̸s -, é correto<br />
afirmar:<br />
01) O uso de frequências na faixa audível do som, entre<br />
20Hz e 20kHz, aumenta a resolução para distinguir<br />
diferentes imagens de órgãos menores que 10mm do<br />
corpo humano.<br />
02) O tamanho mínimo das estruturas que podem ser<br />
detectadas por ultrassom de 1MHz é, aproximadamente<br />
de 1,5mm.<br />
03) O comportamento da onda ultrassom independe da<br />
variação de pressão, densidade e de temperatura do meio<br />
no qual se propaga.<br />
04) Uma das vantagens do uso da técnica de<br />
ultrassonografia é a utilização da radiação ionizante para<br />
aquisição de imagens em tempo real.<br />
05) O fenômeno ondulatório de interferências<br />
construtivas e destrutiva permite a distinção entre um<br />
tecido macio e um osso do corpo humano.<br />
666<br />
5) (BAHIANA - 2014.1 Fase 2)<br />
A figura representa duas fontes, F1 e F2, que emitem<br />
ondas de radiofrequência.<br />
Considerando a velocidade de propagação da radiação<br />
eletromagnética no ar igual a 3,0.10 5 km/s, as fontes<br />
coerentes e a unidade de comprimento u igual a 1km,<br />
determine a frequência da onda para que ela seja captada,<br />
no ponto P, com intensidade máxima.<br />
6) (BAHIANA - 2014.1)<br />
O Bluetooth é uma forma de transmissão de dados de<br />
dados sem fio que possibilita a comunicação entre<br />
dispositivos eletrônicos como telefones celulares,<br />
notebooks, computadores, impressoras, câmeras digitais<br />
e consoles de videogames digitais e consoles de<br />
videogames digitais através de uma frequência de radio<br />
de curto alcance, globalmente licenciada, que está dentro<br />
do raio de alcance.<br />
Considerando-se a velocidade de propagação da onda<br />
eletromagnética no ar igual a 3.0.10’m/s, a frequência de<br />
ondas de rádio utilizada igual a 2,5GHz e a potência da<br />
fonte emissora, 600mW, uma abordagem do ponto de<br />
vista da mecânica newtoniana permite afirmar:<br />
1) Os aparelhos em funcionamento consomem 6.0J de<br />
energia elétrica, a cada segundo.<br />
2) O comprimento de onda utilizada na transmissão de<br />
dados via Bluetooth é igual a 12,0mm.<br />
3) A intensidade da radiofrequência captada por um<br />
aparelho emissor é aproximadamente igual a<br />
2,0W/m2.<br />
4) O tempo que leva para transmitir informações de um<br />
aparelho emissor para o receptor que se encontra a<br />
1km de distância é de, aproximadamente, 3us.
5)<br />
A intensidade de ondas de radiofrequência captada<br />
por um aparelho receptor é igual a 7,5.10 -2 rd -2, no SI,<br />
sendo d a distância entre dois aparelhos.<br />
7) (BAHIANA - 2014.1)<br />
Um observador, em um ponto fixo na Terra, contempla<br />
uma estrela no firmamento à noite.<br />
Com base nos conhecimentos sobre fenômenos<br />
ondulatórios e princípios da óptica geométrica, é correto<br />
afirmar:<br />
1) A cor do espectro da luz emitida por uma estrela que<br />
se aproxima da Terra é percebida por um observador<br />
com desvio para o vermelho.<br />
2) A natureza da imagem de uma estreia vista por um<br />
observador na Terra é real porque a atmosfera se<br />
comporta como uma lente bicôncava.<br />
3) Um observador, ao contemplar uma estreia no<br />
firmamento, vê a imagem virtual dessa estreia com a<br />
posição aparente mais elevada do que a real.<br />
4) A distancia aparente de uma estreia D é igual a d.nar,<br />
o índice de refração do a, considerando-se a<br />
densidade do ar constante no campo gravitacional.<br />
5) Se um observador fixo na Terra percebesse a cor do<br />
espectro da luz emitida por uma estrela com desvio<br />
para o violeta, então, teria a constatação de que o<br />
universo estaria em expansão.<br />
8) (BAHIANA - 2013.2)<br />
Sobre radiações ionizantes como os raios X e os raios y<br />
que favorecem a produção de radicais livres no<br />
organismo, é correto afirmar:<br />
1) O feixe de raios X que penetra perpendicularmente<br />
na região de um campo magnético uniforme<br />
permanece nesse campo, descrevendo movimento<br />
circular uniforme.<br />
2) Os raios X são produzidos sempre que elétrons a<br />
altas velocidades são atirados contra uma lavo<br />
metálico ou pela oscilação dos elétrons das camadas<br />
mais internas dos átomos.<br />
3) Os raios y são utilizados na indústria para detectar<br />
pequenas falhas em equipamentos de metal pesado.<br />
4) Os raios y e os raios X apresentam as mesmas<br />
propriedades físicas porque são originados dos<br />
processos nucleares de fissão, fusão ou decaimento<br />
radioativo.<br />
5) Os raios y são utilizados na tomografia<br />
computadorizada porque possuem menor<br />
comprimento de onda e maior poder de penetração<br />
sem causar danos ao corpo do paciente.<br />
ATIVIDADES ARRETADAS DE CASA<br />
1- (UFBA) O fundo do mar é completamente escuro.<br />
Uma maneira de “olhar” em volta é utilizando-se um<br />
aparelho chamado Sonar, que emite um pulso sonoro e<br />
“ouve” o eco refletido em um objeto distante. Considere<br />
que um Sonar localizado em um submarino em repouso,<br />
no fundo do mar, emite pulsos com frequência de<br />
20.000Hz, e que esses pulsos atingem objetos, A e B,<br />
retornando ao submarino, 12 s e 16 s, respectivamente,<br />
após serem emitidos. Os pulsos que retornam de B têm<br />
frequência suavemente alterada para 19.980 Hz,<br />
enquanto os que vêm de A mantêm a mesma frequência<br />
inicial. Sabe-se que a velocidade do som, na água, é de<br />
1.500 m/s e que a água está parada em relação ao fundo<br />
do mar. Nessas condições, calcule a distância de cada<br />
objeto, A e B, ao submarino, no instante em que é<br />
atingido pelo pulso, e a velocidade de cada um deles,<br />
identificando o fenômeno físico associado à variação de<br />
frequência.<br />
2) (UNIT 2014 – CONSULTEC) Sabe-se que, para o<br />
ouvido humano, a mínima intensidade sonora perceptível<br />
é de 10 –16 W/cm 2 e a máxima intensidade suportável, sem<br />
dor, é de 10 –4 W/cm 2 . Uma pessoa afastada de uma fonte<br />
sonora que produz sons que se propagam uniformemente<br />
em todas as direções do espaço, começa a perceber o<br />
som de intensidade mínima quando se encontra a uma<br />
distância de 500,0m. Nessas condições, a menor<br />
distância da fonte a que a pessoa pode aproximar-se, sem<br />
sentir dor, é igual, em mm, a<br />
A) 0,5<br />
B) 1,5<br />
C) 2,0<br />
D) 6,0<br />
E) 8,5<br />
667
3) (UNIT 2014 – CONSULTEC) O uso do ultrassom<br />
para diagnóstico na medicina é a mais complicada e<br />
interessante das aplicações de princípios físicos. Um<br />
pulso de alta frequência é direcionado através do corpo e<br />
suas reflexões nas fronteiras de separação entre órgãos, e<br />
outras estruturas ou lesões do corpo são detectados. As<br />
frequências utilizadas para o diagnóstico por ultrassom<br />
variam de 1,0MHz a 10.0MHz. As ondas com<br />
frequências mais elevadas são mais absorvidas pelo<br />
corpo e as reflexões em tecidos mais profundos do corpo<br />
são perdidas.<br />
(PENTEADO, 2010, p. 434).<br />
Com base nessas informações e sabendo-se que<br />
a velocidade das ondas de ultrassom nos tecidos<br />
humanos é da ordem de 1540m/s, analise as afirmativas e<br />
marque com V as verdadeiras e com F, as falsas.<br />
( ) A técnica de ultrassom utilizada na geração de<br />
imagens médicas é semelhante àquela utilizada em um<br />
sonar.<br />
( ) A realização do diagnóstico por imagem tem como<br />
base os fenômenos de reflexão<br />
e refração de ondas longitudinais.<br />
( ) O exame por ultrassom com frequência de 1,0MHz<br />
detecta estruturas de dimensões da ordem de 10 −3 m.<br />
( ) O exame por ultrassom com frequência de 10,0MHz<br />
permite visualização mais precisa dos detalhes de órgãos<br />
ou estruturas que se encontram nas partes mais profunda<br />
do corpo humano.<br />
A alternativa que indica a sequência correta, de cima<br />
para baixo, é a<br />
A) V V F V<br />
B) V F V F<br />
C) V V V F<br />
D) F V V F<br />
E) F F V V<br />
4) (PITÁGORAS 2014) Nas células visuais dos<br />
humanos, uma proteína denominada rodopsina absorve a<br />
luz verde com maior eficiência do que outras cores do<br />
espectro eletromagnético. A velocidade da luz é 3 x 10 8<br />
m/s.<br />
668<br />
Espectro do comprimento de onda da absorção da<br />
rodopsina<br />
DURAN, José E. Rodas. Biofísica: Conceitos e Aplicações. São Paulo: Pearson,<br />
2011.<br />
É correto afirmar que a frequência do espectro que<br />
sensibiliza a rodopsina com maior eficiência é:<br />
A) 12 x 10 14 Hz<br />
B) 7,5 x 10 14 Hz<br />
C) 5 x 10 14 Hz<br />
D) 6 x 10 14 Hz<br />
5) (PITÁGORAS 2012.1) Várias Informações<br />
diagnósticas sobre a estrutura do corpo<br />
humano podem ser obtidas pela ultrassonografia. Um<br />
pulso de ultrassom é emitido por um transdutor através<br />
do corpo, e é medido o intervalo de tempo entre o<br />
instante da emissão desse pulso e o da recepção dos<br />
pulsos refletidos pelas interfaces dos órgãos internos. A<br />
figura abaixo representa um exame de ultrassonografia,<br />
no qual o transdutor, colocado na altura do pescoço de<br />
um paciente cujo diâmetro da artéria carótida se deseja<br />
medir, emite pulsos com velocidade de 1,5 x 10 5 cm/s.<br />
Mostram-se, também, os tempos em que os pulsos<br />
refletidos pela pele do paciente e pelas paredes anterior e<br />
posterior de sua carótida foram detectados.<br />
DETERMINE o diâmetro da carótida do paciente na<br />
altura do pescoço.
D) 34 cm<br />
A) 3,2 cm<br />
B) 3,0 cm<br />
C) 1,9 cm<br />
D) 1,5 cm<br />
6) (PITÁGORAS 2010) As vuvuzelas estão sendo uma<br />
das vedetes (“barulhentas, certamente”) da Copa de<br />
2010. Observe as figuras seguintes.<br />
Ao ser adequadamente soprada, a vuvuzela<br />
produz uma onda sonora de elevada intensidade. Essa<br />
onda provoca deslocamentos periódicos nas moléculas<br />
de ar a partir de suas posições de equilíbrio. O gráfico<br />
apresentado na figura acima mostra o deslocamento<br />
médio d das moléculas, em nm (10 -9 m), devido ao<br />
tempo t, em ms (10 -3 s). Considere v = 340 m/s a<br />
velocidade do som no instante em que uma dessas<br />
cornetas é soprada. Nessas condições, a alternativa que<br />
apresenta o valor correto do comprimento de onda da<br />
onda sonora gerada pelo instrumento naquele instante é:<br />
A) 68 cm<br />
B) 102 cm<br />
C) 20 cm<br />
7) (PITÁGORAS 2010) Um dos pratos típicos da África<br />
do Sul, muito apreciado por Nelson Mandela, é o<br />
bobotie, um cozido de carne moída, pão, leite, cebola,<br />
castanhas, passas, damascos, e curry. Atualmente, em um<br />
fastfood típico de Pretória, pode-se preparar essa iguaria<br />
em um forno de microondas. Nesse tipo de forno, a<br />
radiação eletromagnética é produzida por um dispositivo<br />
em que elétrons descrevem um movimento circular em<br />
um campo magnético. Suponha que, nesse caso, a<br />
frequência da radiação produzida vale fo e é igual à<br />
frequência de rotação dos elétrons. Duplicando-se a<br />
velocidade dos elétrons, a frequência da radiação<br />
produzida vale f. Nessas condições, a alternativa que<br />
apresenta a relação correta entre os valores f e fo é:<br />
A) f = 2 fo.<br />
B) f = fo.<br />
C) f = 4 fo.<br />
D) f = (1/2) fo.<br />
8) (UPE 2014) Um gerador que produz energia a partir<br />
das ondas do mar consiste essencialmente em uma boia<br />
que sobe e desce com o movimento das ondas, fazendo<br />
um motor girar e produzir eletricidade. Com o objetivo<br />
de verificar a disponibilidade e eficiência dessa forma de<br />
geração de energia na costa pernambucana, um grupo de<br />
pesquisadores instalou uma boia no mar. Um trecho do<br />
gráfico da altura da boia y em função do tempo t é<br />
mostrado a seguir:<br />
A altua foi medida em relação ao nível da água do mar<br />
sem ondas. Com base nessas informações, a equação que<br />
descreve, da melhor forma, o gráfico mostrado é:<br />
a) y(t) = (0,3m)sen(πt)<br />
b) y(t) = (0,3m)cos(πt)<br />
669
c) y(t) = (0,3m)sen(0,5πt)<br />
d) y(t) = (0,3m)sen(1,5πt)<br />
e) y(t) = (0,3m)cos(1,5πt)<br />
9) (UNIMONTES 2007) A figura abaixo representa<br />
algumas frentes de onda de uma onda que passa do meio<br />
A para o meio B.<br />
Sabendo-se que o comprimento de onda, no meio B, é<br />
λ B = 5,0 cm, o comprimento de onda, no meio A, λ A,<br />
vale<br />
A) 10 cm.<br />
B) 15 cm.<br />
C) 20 cm.<br />
D) 5 cm.<br />
10) (UFRN 2011 – 2ª FASE) Os médicos<br />
oftalmologistas costumam, muito acertadamente,<br />
aconselhar que não se deve olhar diretamente para o Sol,<br />
em razão dos possíveis danos causados aos olhos, devido<br />
à alta intensidade da radiação solar, que é da ordem de<br />
1,0 kW/m 2 no entanto, é comum observarem-se crianças<br />
e adolescentes brincando com canetas laser, apontando<br />
inclusive para os olhos dos colegas. Tal tipo de canetas,<br />
utilizadas como apontador, quando submetida a tensão<br />
de uma pequena bateria, em geral, emite cerca de 6,0 x<br />
10 18 fótons por segundo, na faixa do vermelho,<br />
correspondente a um comprimento de onda de 6,0 x 10 -<br />
7<br />
m.<br />
Considerando que a área iluminada pelo feixe do laser é<br />
de aproximadamente 10 -4 m 2 , calcule:<br />
A) a energia de um fóton emitido por esse laser.<br />
670<br />
B) a intensidade da radiação emitida pelo laser e<br />
verifique se esta é, ou não, mais perigosa para os nossos<br />
olhos que a radiação solar. Justifique sua resposta.<br />
11) (UNIMONTES 2008) Um trem aproxima-se de uma<br />
estação com a velocidade de 20 m/s, soando seu apito<br />
com uma frequência de 500Hz, medida pelo maquinista.<br />
Sabendo-se que a velocidade do som no ar vale 340 m/s,<br />
o comprimento de onda do som do apito, medido por um<br />
observador situado na estação, é igual a<br />
A) 0,64 m.<br />
B) 0,60 m.<br />
C) 0,46 m.<br />
D) 0,40 m.<br />
12) (UNESP 2011) Na geração da voz humana, a<br />
garganta e a cavidade oral agem como um tubo, com<br />
uma extremidade aproximadamente fechada na base da<br />
laringe, onde estão as cordas vocais, e uma extremidade<br />
aberta na boca. Nessas condições, sons são emitidos com<br />
maior intensidade nas frequências e comprimentos de<br />
ondas para as quais há um nó (N) na extremidade<br />
fechada e um ventre (V) na extremidade aberta, como<br />
ilustra a figura. As frequências geradas são chamadas<br />
harmônicos ou modos normais<br />
de vibração. Em um adulto, este tubo do trato vocal tem<br />
aproximadamente 17 cm. A voz normal de um adulto<br />
ocorre em frequências situadas aproximadamente entre o<br />
primeiro e o terceiro harmônicos.<br />
Considerando que a velocidade do som no ar é 340 m/s,<br />
os valores aproximados, em hertz, das frequências dos<br />
três primeiros harmônicos da voz normal de um adulto<br />
são<br />
(A) 50, 150, 250.<br />
(B) 100, 300, 500.<br />
(C) 170, 510, 850.<br />
(D) 340, 1 020, 1 700.<br />
(E) 500, 1 500, 2 500.
GABARITO<br />
1 2 3 4 5 6<br />
da = 9 km<br />
db = 12 km<br />
Va= 0<br />
A C D D D<br />
Vb= 1,5 m/s<br />
Efeito Doppler<br />
7 8 9 10 11 12<br />
B A B a) 3.10 -19 J<br />
b) é 18 vezes mais<br />
perigosa<br />
A<br />
D<br />
ANOTAÇÕES:<br />
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