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Geografia

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GEOGRAFIA<br />

3


Coordenação editorial: Estúdio Conejo, Zênite.<br />

Preparação de texto: Zênite, Alexandre Anselmo - XANDÃO.<br />

Coordenação de design e projetos visuais: Pedro Yañez.<br />

Revisão: Geisa Teixeira.<br />

Impressão: Gráfica Brasil.<br />

Organizador: Estúdio Conejo<br />

Obra coletiva concebida, desenvolvida<br />

e produzida pelo estúdio Conejo, Zênite.<br />

Editor Executivo:<br />

Pedro Yañez.<br />

Livro do professor:<br />

Alexandre Anselmo - XANDÃO<br />

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Querido estudante, bem vindo ao misterioso e mutável mundo da geografia.<br />

Nas próximas paginas, você terá acesso a uma seleção de textos,<br />

sínteses e análises acerca das diversas áreas pelas quais vagueia o conhecimento<br />

geográfico. Quanto a este trabalho, não tenho o objetivo de<br />

que seja a pioneira e nem a única fonte de estudo. Pelo contrário, este<br />

material pretende ser uma ferramenta de suporte, uma âncora de base<br />

e uma catapulta para estudos mais aprofundados sobre os temas aqui<br />

abordados. Neste caso, há ainda um objetivo em particular: facilitar o<br />

seu estudo para o ENEM e para os diversos vestibulares tradicionais<br />

espalhados pelo Brasil.<br />

Este material, assim, aborda as linhas de conhecimento da geografia<br />

física e da geografia humana, do Brasil e do mundo, em uma ordem geológica(para<br />

a geofísica) e cronológica(para a geografia humana), que<br />

torna fáceis o entendimento e a revisão daqueles conteúdos já vistos<br />

por todos vocês durante o ensino médio.<br />

Por fim, convido a todos a direcionar os seus (e os nossos) esforços a<br />

fim de que nossas metas sejam alcançadas e nossos sonhos renovados,<br />

para que novos desafios sejam arquitetados no imenso canteiro particular<br />

de nossas vidas.<br />

Professor e parceiro de batalha<br />

Alexandre Anselmo - XANDÃO<br />

Bom estudo!<br />

;)<br />

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SUMÁRIO<br />

PAISAGEM NATURAL E ESPAÇO GEOGRAFICO ..............................<br />

CARTOGRAFIA .....................................................................................<br />

COORDENADAS E FUSOS HORÁRIOS ...............................................<br />

CLIMATOLOGIA GERAL ......................................................................<br />

NOÇÕES DE GEOLOGIA ......................................................................<br />

O CICLO DAS ROCHAS .........................................................................<br />

VEGETAÇÃO ..........................................................................................<br />

HIDROGRAFIA ......................................................................................<br />

A INDUSTRIALIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL ...............................<br />

AS MULTINACIONAIS OU TRANSNACIONAIS .................................<br />

PRODUÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL ...............................................<br />

SISTEMA DE TRANSPORTES ...............................................................<br />

POPULAÇÃO .........................................................................................<br />

TEORIA DE GAIA ..................................................................................<br />

BIODIVERSIDADE ................................................................................<br />

ECOLOGIA .............................................................................................<br />

AGENDA 21 ............................................................................................<br />

DÍVIDA EXTERNA DO BRASIL ............................................................<br />

XENOFOBIA ..........................................................................................<br />

RACISMO ...............................................................................................<br />

AS ORIGENS DA CRISE ENERGÉTICA BRASILEIRA .........................<br />

A REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL ....................................................<br />

BIODIESEL NO BRASIL ........................................................................<br />

PROÁLCOOL - PROGRAMA BRASILEIRO DE ÁLCOOL ...................<br />

GLOBALIZAÇÃO ...................................................................................<br />

HISTÓRIA ..............................................................................................<br />

NOVA ORDEM MUNDIAL ....................................................................<br />

BLOCOS ECONÔMICOS E OS MEGABLOCOS ...................................<br />

MERCOSUL ............................................................................................<br />

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PAISAGEM NATURAL e ESPAÇO GEOGRAFICO<br />

Prezado aluno e aluna do mundo Zênite, sabemos<br />

que em todos os ramos científico existe um foco, uma<br />

espécie de fio condutor, algo que, independente da<br />

abordagem a ser feita, este caminho “base” deverá ser<br />

trilhado. No caso da geografia, o conceito individual de<br />

lugar, espaço e paisagem é de extrema importância para a<br />

compreensão de tudo aquilo que esta ciência irá abordar. A<br />

paisagem, por exemplo, de forma alguma poderá ser<br />

resumida naquilo que vemos e apreciamos, mas sim no<br />

somatório de todas as relações que levou à modificação do<br />

meio natural, outrora ali existente, e a construção da<br />

paisagem da qual agora fazemos parte.<br />

diferenciado, pois resulta de um passado histórico, da<br />

densidade demográfica, da organização social e econômica<br />

e dos recursos técnicos dos povos que habitam os<br />

diferentes lugares.<br />

Paisagem: o retrato dos lugares que compõem o<br />

espaço geográfico<br />

Se estivermos viajando de avião, a uma altitude não muito<br />

elevada, teremos ampla visão da porção do<br />

espaço geográfico que estamos sobrevoando. Em uma<br />

região bastante transformada pelo homem, poderemos<br />

perceber, entre outras coisas, campos cultivados,<br />

pastagens, cidades grandes, médias ou pequenas, ligadas<br />

por uma rede de rodovias e ferrovias. Todos essas<br />

realizações humanas ocupam as mais variadas formas de<br />

relevo, cortadas por rios e lagos. Nas paisagens estão<br />

inseridos todos os elementos presentes no espaço<br />

geográfico:<br />

Elementos naturais: relevo, clima, vegetação, rios,<br />

oceanos.<br />

Elementos culturais: plantações, cidades, estradas,<br />

indústrias e outras realizações da sociedade.<br />

geografia-rizzardi.blogspot.com.br<br />

O conceito de lugar, um dos principais da<br />

geografia, está ligado a espaços que nos são familiares e<br />

que fazem parte da nossa vida. Desde muito cedo,<br />

começamos a construir e organizar nosso próprio espaço e<br />

a conhecer o espaço das pessoas com as quais convivemos.<br />

A princípio, nos familiarizamos com a nossa casa para mais<br />

tarde explorar outros ambientes, como a rua onde<br />

moramos, o caminho para a escola, para o centro da cidade,<br />

para cidades próximas ou mais distantes. Dessa maneira<br />

vamos construindo a nossa própria "geografia" ou a nossa<br />

geografia Individual. Durante a nossa vida, podemos<br />

mudar de lugar várias vezes. Cada mudança exige que<br />

passemos por um processo de adaptação, sem, no entanto,<br />

perder nossa identidade, que está ligada ao nosso lugar de<br />

origem. Portanto, o conhecimento geográfico não é<br />

exclusivo de geógrafos e cientistas. Envolve também as<br />

impressões que vamos adquirindo à medida que nos<br />

relacionamos com os lugares que compõem o espaço que<br />

nos rodeia.<br />

O nosso lugar não é uma realidade isolada. Ele faz<br />

parte de um conjunto de lugares, marcados por diferentes<br />

aspectos naturais, que passaram por vários processos<br />

históricos. Esses lugares estão unidos por uma complexa<br />

rede de relações políticas, econômicas e sociais. A esse<br />

conjunto de lugares e suas relações com outros lugares<br />

denominamos espaço geográfico. O espaço geográfico é<br />

TEORIAS E PENSAMENTOS QUE<br />

“NORTEIAM” A GEOGRAFIA<br />

Determinismo geográfico<br />

O determinismo geográfico enxerga e trabalha com a<br />

perspectiva de que os elementos da natureza e do meio em<br />

que vivemos são condições determinantes na formação do<br />

caráter pessoal e consequentemente do meio social que<br />

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estamos inseridos. A máxima de que somos todos somos<br />

frutos da natureza e resultados daquilo que nos<br />

alimentamos, ganhou grande impulso com as ideias do<br />

pensador alemão Frederich Ratzel,<br />

que foram empregadas para a reunificação alemã e inha<br />

que desenvolver-se em um ambiente típico da zona<br />

temperada, ou seja, estava submetido às quatro estações do<br />

ano. As pessoas que consumissem este tipo de alimento<br />

tenderiam a serem fortes e dominadores, pessoas aptas para<br />

o sucesso, o que explicaria facilmente a superioridade dos<br />

povos europeus sobre outras culturas. Já o segundo grupo,<br />

os que se alimentam de forma desiquilibrada, ou seja, cujo<br />

o ciclo de crescimento limita-se à uma única estação (<br />

verão nos trópicos), teria como consequência um povo<br />

também desequilibrado, com vigor físico para o trabalho,<br />

porem sem tirocínio para desenvolver cargos de comando.<br />

Isto ficou claro, para a época, quando se observava a<br />

discrepância entre o desenvolvimento das colônias da<br />

América do norte e América do Sul. A partir disso,<br />

difundiu-se a ideia da indolência entre os povos localizados<br />

na faixa da linha do equador, e usaram-se argumentos<br />

científicos como localização e incidência dos raios solares<br />

na superfície da terra para justificar a dominação.<br />

As teorias criadas entre os séculos XIX e XX procuravam<br />

afirmar que o desenvolvimento das nações e as<br />

características genéticas das diferentes culturas eram<br />

determinados por padrões geográficos. Na época, o<br />

principal argumento utilizado para basear as leis gerais do<br />

determinismo geográfico era a condição climática dos<br />

lugares. No entanto, outros elementos da geografia física<br />

ganharam status científico, tais como a posição e<br />

localização da rede hidrográfica, o desenho dos litorais, a<br />

qualidade do solo e a morfologia do relevo, sendo usados<br />

para esboçar algumas teorias nesse período. Ainda assim<br />

não é possível afirmar que fatores climáticos determinem<br />

se um país será rico ou pobre, pois o que estabelece isso é<br />

o âmbito político e não climático, sendo assim<br />

entendemos que não há uma relação direta entre as<br />

condições geográficas e o tipo de desenvolvimento de uma<br />

nação.<br />

O Possibilismo geográfico<br />

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CARTOGRAFIA<br />

É a ciência que trata da concepção, produção, difusão,<br />

utilização e estudo dos mapas. Na cartografia, as<br />

representações de área podem ser acompanhadas de<br />

diversas informações, como símbolos, cores, entre outros<br />

elementos. A cartografia é essencial para o ensino da<br />

<strong>Geografia</strong> e tornou-se muito importante na educação<br />

contemporânea, tanto para as pessoas atenderem às<br />

necessidades do seu cotidiano quanto para estudarem o<br />

ambiente em que vivem.<br />

A confecção de um mapa normalmente começa a partir da<br />

redução da superfície da Terra em seu tamanho. Em mapas<br />

que figuram a Terra por inteiro em pequena escala, o globo<br />

se apresenta como a única maneira de representação exata.<br />

A transformação de uma superfície esférica em uma<br />

superfície plana recebe a denominação de projeção<br />

cartográfica.<br />

Na pré-história, a Cartografia era usada para delimitar<br />

territórios de caça e pesca. Na Babilônia, os mapas do<br />

mundo eram impressos em madeira, mas foram<br />

Eratosthenes de Cirene e Hiparco (século III a.C.) que<br />

construíram as bases da cartografia moderna, usando um<br />

globo como forma e um sistema de longitudes e latitudes.<br />

Ptolomeu desenhava os mapas em papel com o mundo<br />

dentro de um círculo. Com a era dos descobrimentos, os<br />

dados coletados durante as viagens tornaram os mapas<br />

mais exatos. Após a descoberta do novo mundo, a<br />

cartografia começou a trabalhar com projeções de<br />

superfícies curvas em impressões planas.<br />

O surgimento<br />

Os primeiros mapas foram traçados no século VI a.C. pelos<br />

gregos que, em função de suas expedições militares e de<br />

navegação, criaram o principal centro de conhecimento<br />

geográfico do mundo ocidental. O mais antigo mapa já<br />

encontrado foi confeccionado na Suméria, em uma<br />

pequena tábua de argila, representando um Estado.<br />

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COORDENADAS E FUSOS HORÁRIOS.<br />

Atualmente...<br />

Hoje, a cartografia é feita por meios modernos, como as<br />

fotografias aéreas (realizadas por aviões) e o<br />

sensoriamento remoto por satélite. Além disso, com os<br />

recursos dos computadores, os geógrafos podem obter<br />

maior precisão nos cálculos, criando mapas que chegam a<br />

ter precisão de até 1 metro. As fotografias aéreas são feitas<br />

de maneira que, sobrepondo-se duas imagens do mesmo<br />

lugar, obtém-se a impressão de uma só imagem em relevo.<br />

Assim, representam-se os detalhes da superfície do solo.<br />

Depois, o topógrafo completa o trabalho sobre o terreno,<br />

revelando os detalhes pouco visíveis nas fotografias.<br />

O que é Latitude e Longitude:<br />

Latitude e longitude são descrições da localização, ou<br />

coordenadas geográficas, de um determinado lugar na<br />

Terra. O modo como a latitude é definida depende da<br />

superfície de referência utilizada, e longitude é medido em<br />

graus, de zero a 180 para leste ou para oeste, a partir do<br />

Meridiano de Greenwich, e não há uma posição inicial<br />

natural para marcar a longitude.<br />

Latitude é o ângulo entre o plano do equador à superfície<br />

de referência. A latitude mede-se para norte e para sul do<br />

equador, entre 90º sul, no Polo Sul e 90º norte, no Pólo<br />

Norte. A latitude é a distância ao Equador medida ao longo<br />

do meridiano de Greenwich, esta distância mede-se em<br />

graus, podendo variar entre 0º e 90º para Norte ou para Sul.<br />

sol, choca-se com mais intensidade na zona tropical,<br />

percorrendo assim uma área menor, ele terá uma<br />

capacidade de converter-se em ondas longas com mais<br />

intensidade, gerando mais calor. Conteúdo que<br />

estudaremos com mais afinco no próximo assunto<br />

(climatologia – processo de aquecimento).<br />

Lat. Baixa = temp. alta<br />

Lat. Alta = Temp. baixa<br />

Longitude:<br />

A medição da longitude é importante tanto para a<br />

cartografia como para uma navegação segura no oceano.<br />

Ao longo da história, muitos exploradores lutaram para<br />

encontrar um método de determinar a longitude, como<br />

Américo Vespúcio e Galileu. Porém, o cálculo da longitude<br />

sempre apresentou sérios problemas, principalmente no<br />

alto mar. Determinar a latitude é mais simples, basta medir<br />

o ângulo entre o horizonte e a Estrela Polar com ajuda de<br />

um quadrante, astrolábio ou sextante.<br />

A nossa posição sobre a Terra é referenciada em relação ao<br />

equador e ao meridiano de Greenwich e baseia-se em três<br />

denominações: a latitude, a longitude e a altitude.<br />

Linhas latitudinais<br />

Círculos completos – estas são as únicas linhas a<br />

percorrerem uma volta completa no globo terrestre.<br />

Linha Base – Equador, tem como referencial base a linha<br />

do equador, que assim como qualquer outra linha base,<br />

equivale à 0º.<br />

Variação Padrão – 10º, o autor poderá utilizar qualquer<br />

unidade de medida, porem quando nenhuma vier<br />

especificada, fica subtendido que está usando a distancia<br />

padrão entre meridianos que é 10º de latitude.<br />

Sentido – Norte/Sul, tendo como base a linha do equador,<br />

maior de todos os paralelos, teremos então uma variação<br />

de 90º para norte e de 90º para sul.<br />

Inversamente Proporcional a temperatura – levando em<br />

consideração o processo de aquecimento da atmosfera<br />

terrestre, como a radiação de ondas curtas, proveniente do<br />

Linhas longitudinais<br />

Meridianos – estas linhas não percorrerem uma volta<br />

completa no globo terrestre, simplesmente ligam um polo<br />

à outro.<br />

Linha Base – meridiano do tempo de Greenwich, que assim<br />

como qualquer outra linha base, equivale à 0º.<br />

Variação Padrão – 15º, o autor poderá utilizar qualquer<br />

unidade de medida, porem quando nenhuma vier<br />

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especificada, fica subtendido que está usando a distancia<br />

padrão entre meridianos que é 15º de longitude.<br />

Fuso – distancia entre os meridianos, equivale a 15º ou<br />

correspondem a 1:00h, a mais ou a menos a depender do<br />

sentido do trajeto, leste ou oeste, respectivamente.<br />

Sentido – Leste/Oeste, tendo a linha GMT, meridiano base,<br />

teremos então uma variação de 180º para leste e de 180º<br />

para oeste.<br />

Não interfere na temperatura, porem é vital para o calculo<br />

do tempo cronológico.<br />

Outros significados e conceitos que podem<br />

interessar<br />

• Sentido W/E<br />

• Linha Base Meridiano<br />

• GMT = 0º<br />

• Fuso = Distância em graus que existe entre os<br />

meridianos.<br />

Padrão de fuso horário brasileiro<br />

O território brasileiro, por se encontrar no hemisfério<br />

ocidental, possui o seu horário atrasado em relação ao<br />

meridiano mencionado. Além disso, em razão de o país<br />

possuir uma ampla extensão, sua localização é dividida em<br />

quatro fusos horários, cuja demarcação oficial (a hora<br />

legal) é estabelecida conforme o mapa a seguir:<br />

Mapa com os fusos horários brasileiros. As linhas<br />

representam a hora real, e as cores indicam a hora legal.<br />

As linhas verticais traçadas acima representam o horário<br />

“real” dos fusos, isto é, a hora exata em relação ao<br />

distanciamento de cada um dos fusos horários. No entanto,<br />

se essa divisão fosse adotada à risca, ficaria muito<br />

complicado para certas localidades que estariam<br />

posicionadas em dois fusos diferentes ao mesmo tempo.<br />

Por isso, estabelece-se no Brasil – e também no mundo – a<br />

hora legal, que é adotada oficialmente pelos governos,<br />

representada pelas diferenças de cores no mapa acima.<br />

O primeiro fuso horário brasileiro encontra-se duas horas<br />

atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich e uma<br />

hora adiantado em relação ao horário de Brasília. Esse fuso<br />

abrange apenas algumas ilhas oceânicas pertencentes ao<br />

Brasil, como Fernando de Noronha e Penedos de São Pedro<br />

e São Paulo.<br />

O segundo fuso horário do país encontra-se três horas<br />

atrasado em relação a Greenwich e abrange a maior parte<br />

do território nacional, com a totalidade das regiões<br />

Nordeste, Sudeste e Sul, além dos estados do Pará, Amapá,<br />

Tocantins, Goiás e o Distrito Federal. É o horário oficial de<br />

Brasília.<br />

O terceiro fuso horário encontra-se quatro horas atrasado<br />

em relação a Greenwich e uma hora em relação ao horário<br />

de Brasília. No horário de verão, essa diferença aumenta<br />

para duas horas, pois os estados abrangidos (Mato Grosso,<br />

Mato Grosso do Sul, Roraima, Rondônia e a maior parte do<br />

Amazonas) não fazem parte desse horário especial.<br />

O quarto fuso horário encontra-se cinco horas atrasado<br />

em relação a Greenwich e duas horas em relação ao horário<br />

de Brasília, aumentando para três horas durante o horário<br />

de verão. Abrange somente o estado do Acre e uma<br />

pequena parte oeste do Amazonas. Esse fuso foi extinto no<br />

ano de 2008, onde a área passou a integrar o fuso de -4, no<br />

entanto, em setembro de 2013, essa extinção foi revogada<br />

após aprovação em um referendo promulgado em 2010.<br />

Exercícios<br />

01- O mercado financeiro mundial funciona 24 horas por<br />

dia. As bolsas de valores estão articuladas, mesmo abrindo<br />

e fechando em diferentes horários, como ocorre com as<br />

bolsas de Nova York, Londres, Pequim e São Paulo. Todas<br />

as pessoas que, por exemplo, estão envolvidas com<br />

exportações e importações de mercadorias precisam<br />

conhecer os fusos horários para fazer o melhor uso dessas<br />

informações.<br />

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Considerando que as bolsas de valores começam a<br />

funcionar às 09:00 horas da manhã e que um investidor<br />

mora em Porto Alegre, pode-se afirmar que os horários em<br />

que ele deve consultar as bolsas e a sequência em que as<br />

informações são obtidas estão corretos na alternativa:<br />

a) Pequim (20:00 horas), Nova York (07:00 horas) e<br />

Londres (12:00horas).<br />

b) Nova York (07:00 horas), Londres (12:00 horas) e<br />

Pequim (20:00 horas).<br />

c) Pequim (20:00 horas), Londres (12:00 horas) e Nova<br />

York (07:00 horas).<br />

d) Nova York (07:00 horas), Londres (12:00 horas),<br />

Pequim (20:00 horas).<br />

e) Nova York (07:00 horas), Pequim (20:00 horas),<br />

Londres (12:00 horas).<br />

Rotação: A Terra gira em torno de si mesma O movimento<br />

da terra em torno de si mesma é chamado de rotação, este<br />

período de rotação é de um dia, isto é, 24 horas. Isso quer<br />

dizer que a Terra demora 1 dia para completar uma volta<br />

em torno de si mesma.<br />

O movimento de rotação da Terra explica a existência dos<br />

dias e das noites. De dia, uma parte dos habitantes da Terra<br />

recebe luz solar, porque a parte da superfície da Terra onde<br />

vivem está virada para o Sol, mas os habitantes da Terra<br />

que estão do outro lado não recebem essa luz. Enquanto<br />

estudantes japoneses se preparam para dormir, os<br />

estudantes do Colégio Oficina, em Vitoria da Conquista,<br />

ainda se preparam para um dia de atividades... A Terra vai<br />

girando e, em certos lugares, passa a ser noite quando era<br />

dia e, noutros lugares, do outro lado da Terra, passa a ser<br />

de dia quando era noite. E isto sem nunca parar!<br />

Observe esta imagem:<br />

02 A linguagem cartográfica é essencial à geografia. Neste<br />

âmbito, CONSIDERE as afirmações adiante.<br />

I. O mapa é uma reprodução idêntica da realidade.<br />

II. São elementos que compõem os mapas: escala, projeção<br />

cartográfica, símbolo ou convenção e título.<br />

III. A escala é a relação entre a distância ou comprimento<br />

no mapa e a distância real correspondente à área mapeada.<br />

Considerando as três assertivas, PODE-SE AFIRMAR<br />

CORRETAMENTE que:<br />

a) apenas I é verdadeira<br />

b) apenas II é verdadeira.<br />

c) apenas III é verdadeira.<br />

d) apenas I e III são verdadeiras.<br />

e) apenas II e III são verdadeiras.<br />

Movimentos da Terra<br />

Translação: A Terra gira em torno do Sol<br />

O movimento da Terra em torno do Sol é chamado de<br />

translação.<br />

O tempo que a Terra demora para dar uma volta completa<br />

em volta do Sol é de aproximadamente um ano, mas<br />

precisamente 365 dias e 6 horas, é por isso que de quatro<br />

em quatro anos, existe um ano com um dia a mais no<br />

calendário, sempre o último de Fevereiro. Esses anos são<br />

chamados bissextos.<br />

Observe nesta imagem os movimentos de rotação e<br />

translação da Terra.<br />

15


Astronomicamente isto se dá quando a Terra<br />

atinge uma posição em sua órbita onde o Sol parece estar<br />

situado exatamente na intersecção do círculo do Equador<br />

Celeste com o círculo da Eclíptica; ou seja, instante em que<br />

o Sol no seu movimento anual aparente pela Eclíptica,<br />

corta o Equador Celeste, apresentando declinação de 0º.<br />

O que acontece na Terra no período de translação<br />

Sabemos que os vários meses do ano têm climas diferentes,<br />

devido às estações do ano, Primavera, Verão, Outono e<br />

Inverno.<br />

No Verão, está mais quente e no Inverno mais frio. Mas o<br />

Verão e o Inverno ocorrem em épocas diferentes do ano no<br />

hemisfério Norte e no hemisfério<br />

Sul, pois a Terra mantém sempre a mesma inclinação<br />

enquanto gira em torno do Sol. No hemisfério Norte, o<br />

Verão vai de 21 de Junho a 23 de Setembro e o Inverno de<br />

21 de Dezembro a 21 de Março. Mas, no hemisfério Sul, o<br />

Verão vai de 21 de Dezembro a 21 de Março e o Inverno<br />

de 21 de Junho a 23 de Setembro.<br />

O mesmo acontece com as outras estações, quando é<br />

primavera em um hemisfério, no outro é outono.<br />

O Equinócio Vernal (21/03), assinala a entrada da<br />

primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério<br />

sul. É especialmente considerado pelos Astrólogos, pois<br />

este “Ponto Vernal”, marca o início do Signo de Áries, a<br />

entrada do Sol no Signo de Áries, que marca o início do<br />

Zodíaco. É quando o Sol, no seu movimento aparente,<br />

passa do hemisfério sul para o hemisfério norte.<br />

Na figura abaixo, veja uma representação da insolação<br />

terrestre relativa a este Equinócio. Neste período a Terra<br />

recebe em ambos hemisférios a mesma intensidade de luz<br />

solar.<br />

Observe esta imagem:<br />

O Equinócio Outonal (23/09), marca a entrada do outono<br />

no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul,<br />

chamado também de “Ponto de Libra”; instante em que o<br />

Sol passa do hemisfério norte para o hemisfério sul.<br />

Na figura abaixo, veja uma representação da insolação<br />

terrestre relativa a este Equinócio. Neste período a Terra<br />

recebe em ambos hemisférios a mesma intensidade de luz<br />

solar.<br />

Equinócio é uma palavra que deriva do latim<br />

(aequinoctium), e significa “noite igual”, e refere-se ao<br />

momento do ano em que a duração do dia é igual à da noite<br />

sobre toda a Terra.<br />

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A palavra Solstício, deriva do latim, sol + sistere<br />

(solstitium), que significa parado, imobilizado e está<br />

associada à ideia de que o Sol estaria como que<br />

estacionário.<br />

No quadro abaixo, estão representadas as posições do<br />

nosso planeta em relação ao Sol, nos momentos de<br />

Solstícios e Equinócios, que definem as quatro estações do<br />

ano.<br />

Marca a época do ano em o Sol, no seu movimento<br />

aparente na esfera celeste, atinge o máximo afastamento<br />

angular do Equador.<br />

É considerado Solstício de Verão (22/06) no hemisfério<br />

norte e de inverno no hemisfério sul, quando o Sol ingressa<br />

a 0º do Signo de Câncer, quando o Sol alcança sua máxima<br />

declinação norte,23º27'. Neste momento, o Sol “imobiliza”<br />

seu movimento gradual para o sentido sul e passa a dirigirse<br />

na direção do polo norte.<br />

Na figura abaixo, veja uma representação da insolação<br />

terrestre relativa a este Solstício. Neste período a Terra<br />

recebe maior intensidade de luz solar no hemisfério norte.<br />

No dia do Solstício de Inverno (21/12) no hemisfério norte<br />

e de verão no hemisfério sul, quando marca a entrada do<br />

Sol no Signo de Capricórnio, quando o Sol alcança sua<br />

máxima declinação sul,23º27'. O Sol “imobiliza” seu<br />

movimento para o sentido norte e começa a dirigir-se na<br />

direção do hemisfério sul.<br />

Na figura abaixo, veja uma representação da insolação<br />

terrestre relativa a este Solstício. Neste período a Terra<br />

recebe maior intensidade de luz solar no hemisfério sul.<br />

Vale lembrar que como as estações do ano são opostas nos<br />

dois hemisférios, as denominações s e invertem. E<br />

também, que poderá haver variação de um ou dois dias nas<br />

datas descritas.<br />

Projeções cartográficas<br />

Sabemos que a maneira mais adequada de representar a<br />

Terra como um todo é por meio de um globo. Porém,<br />

precisamos de mapas planos para estudar a superfície do<br />

planeta. Transformar uma esfera em uma área plana do<br />

mapa seria impossível se os cartógrafos não utilizassem<br />

uma técnica matemática chamada projeção. No entanto,<br />

imagine como seria se abríssemos uma esfera e a<br />

achatássemos para a forma de um plano. Com isso, as<br />

partes da esfera original teriam que ser esticadas,<br />

principalmente nas áreas mais próximas aos os pólos,<br />

criando grandes deformações de área. Então, para chegar a<br />

uma representação mais fiel possível, os cartógrafos<br />

desenvolveram vários métodos de projeções cartográficas,<br />

ou seja, maneiras de representar um corpo esférico sobre<br />

uma superfície plana.<br />

Como toda projeção resulta em deformações e incorreções,<br />

às vezes algumas características precisam ser distorcidas<br />

para representarmos corretamente as outras. As<br />

deformações podem acontecer em relação às distâncias, às<br />

áreas ou aos ângulos. Conforme o sistema de projeção<br />

utilizado, as maiores alterações da representação<br />

localizam-se em uma ou outra parte do globo: nas regiões<br />

polares, nas equatoriais ou nas latitudes médias. É o<br />

cartógrafo define qual é a projeção que vai atender aos<br />

objetivos do mapa.<br />

A projeção mais simples e conhecida é a de Mercator<br />

(nome do holandês que a criou). Outras técnicas foram<br />

evoluindo e muitas outras projeções tentaram desfazer as<br />

desigualdades de área perto dos polos com as de perto do<br />

17


equador, como por exemplo a projeção de Gall. Como não<br />

há como evitar as deformações, classifica-se cada tipo de<br />

projeção de acordo com a característica que permanece<br />

correta. Temos então:<br />

• Projeções equidistantes = distâncias corretas<br />

• Projeções conformes = igualdade dos ângulos e das<br />

formas dos continentes<br />

É a projeção do globo terrestre sobre um cone, que<br />

posteriormente é planificado. São mais usadas para<br />

representar as latitudes médias, pois apenas as áreas<br />

próximas ao Equador aparecem retas.<br />

Azimutais:<br />

• Projeções equivalentes = mostram corretamente a<br />

distância e a proporção entre as áreas<br />

Os três principais tipos de projeção são:<br />

Cilíndricas<br />

É a projeção da superfície terrestre sobre um plano a partir<br />

de um determinado ponto (ponto de vista). Também<br />

chamadas planas ou zenitais, essas projeções deformam<br />

áreas distantes desse ponto de vista central. São bastante<br />

usadas para representar as áreas polares.<br />

18<br />

Consistem na projeção dos paralelos e meridianos sobre<br />

um cilindro envolvente, que é posteriormente desenvolvido<br />

(planificado). Uma das projeções cilíndricas mais<br />

utilizadas é a de Mercator, com uma visão do planeta<br />

centrada na Europa.<br />

Cônicas:<br />

Escala Cartográfica<br />

Já sabemos que o mapa representa, de forma reduzida, o<br />

espaço geográfico. Para representar corretamente o que<br />

existe na Terra é necessário a utilização de escala nos<br />

mapas. Tomando-se como base a escala apresentada pelo<br />

mapa, podemos com isso, avaliar distâncias e obter<br />

medidas.<br />

Escala é uma relação matemática existente entre as<br />

dimensões ( tamanho ) verdadeiras de um objeto e sua


epresentação ( mapa ). Essa relação deve ser proporcional<br />

a um valor estabelecido.<br />

A cartografia trabalha somente com uma escala de redução,<br />

ou seja, as dimensões naturais sempre se apresentam nos<br />

mapas de forma reduzida. Você vai encontrar nos mapas<br />

dois tipos de escalas: escala numérica e escala gráfica.<br />

Escala Numérica: é representa da por uma fração, onde o<br />

numerador corresponde à distância no mapa ( 1 cm ) , e o<br />

denominador à distância real, no terreno. Pode ser escrita<br />

das seguintes maneiras:<br />

ex.____1___ /300 000 e 1:300 000<br />

300000<br />

Nos três casos lê-se a escala da seguinte forma: um por<br />

trezentos mil, significando que a distância real sofreu uma<br />

redução de 300 000 vezes, para que coubesse no papel.<br />

No exemploacima de escala numérica, a fração tem o<br />

seguinte significado:<br />

numerador distância medida no mapa ( 1 cm )<br />

denominador distância real ( 300 000 cm )<br />

O aluno sabendo que cada 1 cm medido no mapa,<br />

corresponde a uma medida real ( ex. 300 000 cm ), deverá<br />

agora aprender a converter os 300 000 cm em Quilômetros<br />

( Km ), que é a unidade de medida usual para grandes<br />

distâncias.<br />

Para fazer a transformação de cm ( centímetro ) para km<br />

( quilômetro ) ,devemos utilizar uma tabela com os<br />

submúltiplos e múltiplos do metro:<br />

submúltiplos<br />

metro<br />

mmmilím<br />

etro<br />

cmcentím<br />

etro<br />

do<br />

<br />

dmdecím<br />

etro<br />

met<br />

ro<br />

damdecâm<br />

etro<br />

múltiplos do metro<br />

hmhectôm<br />

etro<br />

kmquilôm<br />

etro<br />

O estudante observando a tabela acima, deverá verificar<br />

que um número que esteja na casa do cm ( centímetro ), e<br />

para ser transformado em km ( quilômetro ), deverá<br />

deslocar-se por 5 ( cinco ) casas.<br />

Retornando a escala do nosso exemplo;<br />

1:300 000 ---> 1 cm no mapa equivale 300 000 cm na<br />

realidade ou ( 3 00000 ) 3(três) km.<br />

1:20 000 000 ---> 1 cm no mapa equivale 20 000 000 cm<br />

na realidade ou ( 200 00 000 ) 200 km.<br />

1:200 000 ---> 1 cm no mapa equivale 200 000 cm naa<br />

realidade ou ( 2 00 000 ) 2 km.<br />

1:154 000 000 ---> 1 cm no mapa equivale a 154 000 000<br />

cm na realidade ou ( 1540 00000 ) 1540 km.<br />

1:100 ---> 1 cm no mapa equivale a 100 cm na realidade<br />

ou ( 0,001 00 ) 0,001 km.<br />

ESCALA GRÁFICA: é representada por uma linha reta<br />

graduada.<br />

0 10 20 30 40 50 60<br />

|____|____|____|____|____|____| ,<br />

( km - quilômetros )<br />

cada intervalo da reta graduada no mapa corresponde a 1<br />

cm, que na realidade , neste exemplo utilizado, representa<br />

no terreno 10 km. A escala gráfica é mais simples que<br />

escala numérica. É que na escala gráfica não há<br />

necessidade de conversão de cm ( centímetro ) para km (<br />

quilômetros ). A escala já demonstra quantos quilômetros<br />

corresponde cada centímetro.<br />

EXERCÍCIOS<br />

03 - O texto a seguir revela como a modernização dos<br />

agronegócios pede por novas tecnologias, tal como o<br />

monitoramento via satélites.<br />

Algumas técnicas de geografia e cartografia vêm sendo<br />

empregadas na análise e gestão agrícola, uma vez que<br />

novos satélites comerciais oferecem imagens cada vez<br />

mais precisas, detalhadas e atualizadas de qualquer<br />

localidade do território nacional brasileiro.<br />

Conhecido como Sensoriamento Remoto, esse conjunto de<br />

técnicas possibilita a obtenção de informações sobre alvos<br />

na superfície terrestre (objetos, áreas, fenômenos), através<br />

do registro da interação da radiação eletromagnética com a<br />

superfície, realizado por sensores distantes, ou remotos.<br />

Geralmente esses sensores estão presentes em plataformas<br />

orbitais ou satélites(...).<br />

SEABRA, Felipe. http://www.digibase.com.br<br />

O texto aponta para aspectos importantes, que podem ser<br />

relacionados à evolução moderna dos agronegócios.<br />

Pode-se afirmar CORRETAMENTE que, nos termos do<br />

texto,<br />

a) as informações obtidas por imagens de satélites não<br />

19


influenciam outras áreas, como as de<br />

abastecimento e distribuição de alimentos.<br />

b) além da agricultura extensiva, os segmentos de meio<br />

ambiente, recursos hídricos e segurança pública estão<br />

sendo beneficiados com a nova geração de satélites.<br />

c) o monitoramento de safras a partir de imagens de<br />

satélites é, atualmente, uma fonte importante de<br />

informações para melhor aproveitamento das áreas das<br />

lavouras modernas.<br />

d) o Sensoriamento Remoto favorece o manejo e o<br />

monitoramento das safras agrícolas, sem promover<br />

interferências na gestão logística da produção.<br />

04 - Observando-se a projeção cartográfica apresentada,<br />

conclui-se que:<br />

Adaptado de O Globo, 08/03/2011<br />

O fenômeno natural descrito acima não afeta os aparelhos<br />

de GPS - em português, Sistema de Posicionamento<br />

Global. Isso se explica pelo fato de esses aparelhos<br />

funcionarem tecnicamente com base na:<br />

a) recepção dos sinais de rádio emitidos por satélites<br />

b) gravação prévia de mapas topográficos na memória<br />

digital<br />

c) programação do sistema com as tabelas da variação do<br />

Polo Norte<br />

d) emissão de ondas captadas pela rede analógica de<br />

telefonia celular<br />

06 -<br />

a) o planeta Terra é uma esfera dividida somente por<br />

paralelos.<br />

Figura I: Globo Terrestre. CARRARO, Fernando. Atividades com mapa.<br />

São Paulo: FTD, 1996.<br />

b) na latitude de 90° N, os meridianos se encontram no polo<br />

norte.<br />

c) as representações latitudinais e longitudinais se<br />

encontram sempre a 0°.<br />

d) há um maior distanciamento entre os paralelos nas<br />

faixas mais setentrionais da Terra.<br />

e) a dimensão territorial dos EUA e do Canadá se deforma<br />

devido aos meridianos e paralelos.<br />

20<br />

05 - Parece improvável, mas é verdade: o Polo Norte<br />

Magnético está se movendo mais depressa do que em<br />

qualquer outra época da história da humanidade,<br />

ameaçando mudar de meios de transporte a rotas<br />

tradicionais de migração de animais. O ritmo atual de<br />

distanciamento do norte magnético da Ilha de Ellesmere,<br />

no Canadá, em direção à Rússia, está fazendo as bússolas<br />

errarem em cerca de um grau a cada cinco anos.<br />

Figura II: Planisfério. CARRARO, Fernando. Atividades com mapa. São<br />

Paulo: FTD, 1996.<br />

Planisférios e globos terrestres são representações da Terra<br />

que permitem conhecê-la em sua totalidade, indicando o<br />

domínio da espécie humana sobre o mundo.<br />

Com base no globo terrestre, no planisfério e nos<br />

conhecimentos cartográficos, considere as afirmativas a<br />

seguir.


I. Pela rede de coordenadas geográficas, com a<br />

identificação de pontos onde se cruzam paralelos e<br />

meridianos, é possível localizar qualquer ponto na<br />

superfície terrestre.<br />

II. A medida angular de longitude varia de 0°, em<br />

Greenwich, a 180°, em posição oposta, o antimeridiano,<br />

onde se localiza a Linha Internacional de Mudança de Data<br />

(LIMD).<br />

III. O Equador é o paralelo principal, traçado a igual<br />

distância dos polos, que divide a Terra horizontalmente em<br />

dois hemisférios: o Setentrional ou Boreal e o Meridional<br />

ou Austral.<br />

IV. A representação da Terra, tanto pelo globo quanto pelo<br />

planisfério, permite visualizar toda a superfície terrestre de<br />

uma só vez, com a distribuição uniforme de superfícies<br />

continentais e oceânicas.<br />

A Digital Globe divulgou em seu site, nesta quinta-feira,<br />

imagens de satélite da região de Abbottabad, Paquistão,<br />

onde Osama Bin Laden estava refugiado. De acordo com a<br />

agência Fox News, uma equipe de 40 soldados Seal da<br />

marinha dos Estados Unidos capturou e matou o terrorista<br />

responsável pela morte de milhares de cidadãos<br />

americanos. A comparação de imagens de satélite de junho<br />

de 2005 e janeiro de 2011, feita pela Digital Globe, revela<br />

a expansão da mansão onde Osama se escondia.<br />

Assinale a alternativa correta.<br />

a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.<br />

b) Somente as afirmativas II e III são corretas.<br />

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.<br />

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.<br />

e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.<br />

Sobre o tipo de imagem de satélite mostrado na reportagem<br />

acima, assinale a alternativa correta.<br />

07 - Às 16h30 em Pequim (capital da China), localizada<br />

nas coordenadas 39°50’N e 116°20’E, em uma reunião de<br />

empresários, foi tomada a decisão de instalar uma filial de<br />

uma indústria em Londrina (Paraná), que tem como<br />

coordenadas 23°18’S e 51°10’O. Duas horas após o<br />

término da reunião, a decisão foi comunicada para o<br />

representante da indústria em Londrina.<br />

A que horas, em Londrina, o representante recebeu o<br />

comunicado? (Apresente o desenvolvimento dos cálculos.)<br />

08 - Leia o texto.<br />

Digital Globe divulga imagens de satélite do local da<br />

captura de Osama Bin Laden<br />

a) É usado para monitorar espaços menores, uma vez que<br />

tem alta resolução espacial.<br />

b) Está disponível apenas para uso militar, por isso não<br />

pode ser comercializado.<br />

c) É obtido através de um sensor transportado por aviões<br />

que voam em baixa altitude.<br />

d) É um produto da tecnologia do Sistema de<br />

Posicionamento Global – GPS.<br />

09 - Localizar-se no espaço geográfico sempre foi uma<br />

necessidade para os seres humanos. Todos eles – e talvez<br />

até alguns animais – possuem os seus mapas mentais, que<br />

são esquemas de orientação.<br />

Fonte: VESENTINI, J. W. <strong>Geografia</strong>: Série Brasil. São Paulo: Ática,<br />

2003.<br />

Considerando o texto e seus conhecimentos sobre<br />

cartografia, assinale a alternativa incorreta.<br />

a) A invenção da bússola pelos ingleses foi um importante<br />

marco para a cartografia, pois permitiu encontrar as<br />

coordenadas geográficas do lugar onde se está.<br />

b) As inovações tecnológicas do final do século XX<br />

permitiram o uso dos mapas digitais, ou seja, o mapa<br />

visualizado em computadores.<br />

21


c) A elaboração de um mapa pressupõe a necessidade de<br />

ter informações sobre a área a ser mapeada e os fenômenos<br />

a representar.<br />

d) O tamanho da escala de um mapa depende do tamanho<br />

da área mapeada e, também, do nível de detalhamento que<br />

se quer alcançar.<br />

10 - Para facilitar a comunicação entre os diversos pontos<br />

do planeta, convencionou-se um sistema de fusos horários,<br />

baseado nos meridianos. Considerando estes fusos horários<br />

mundiais, quando for 14h do dia 25 de dezembro de 2011,<br />

na cidade de Londres, na Inglaterra, será 11h na cidade de<br />

Vitória, no Brasil, e 23h na cidade de Tóquio, no Japão.<br />

Observe o Mapa a seguir:<br />

Disponível em: Acesso em: 15 ago. 2011. [Adaptado]<br />

A diferença de horários entre as cidades mencionadas está<br />

associada aos fusos horários, que foram definidos, entre<br />

outras razões, pelo<br />

a) movimento de translação da Terra, que é executado no<br />

sentido oeste-leste, de modo que os lugares situados a leste<br />

têm horário atrasado em relação aos lugares a oeste.<br />

c) movimento de rotação da Terra, que é executado no<br />

sentido oeste-leste, de modo que os lugares situados a leste<br />

têm horário adiantado em relação aos lugares a oeste.<br />

d) movimento de translação da Terra, que é executado no<br />

sentido Leste-Oeste, de modo que os lugares situados a<br />

oeste têm horário atrasado em relação aos lugares a leste.<br />

b) movimento de rotação da Terra, que é executado no<br />

sentido Leste-Oeste, de modo que os lugares situados a<br />

oeste têm horário adiantado em relação aos lugares a leste.<br />

22


11 - Zonas Climáticas da Terra<br />

c) O Brasil possui três fusos horários, o primeiro é o<br />

oceânico.<br />

d) O segundo fuso horário brasileiro é o que marca a hora<br />

oficial do Brasil.<br />

e) O fuso horário inicial é o de zero grau de longitude, ou<br />

seja, a linha correspondente ao Meridiano de Greenwich.<br />

13- Sobre o movimento de rotação, pode-se afirmar que:<br />

As Regiões ou Zonas Temperadas, em termos climáticos,<br />

são aquelas que estão situadas entre os trópicos e os<br />

círculos polares. Com relação às Zonas Temperadas da<br />

terra, é correto afirmar que:<br />

a) a Zona Temperada do Norte pode ser melhor<br />

caracterizada, porque é constituída, em sua maior parte, de<br />

terras emersas, enquanto, no sul, as terras emersas ocorrem<br />

apenas no extremo sul da África, parte da América do Sul<br />

e Oceania.<br />

b) a Zona Temperada Norte está situada entre o trópico de<br />

Capricórnio e o Círculo Polar Ártico, onde o clima<br />

temperado é caracterizado pela forte ocorrência de neve no<br />

inverno.<br />

c) o clima Temperado Continental, entre as latitudes de 45°<br />

e 55°, aproximadamente, possui verões moderadamente<br />

quentes e os invernos são amenizados pelas correntes<br />

marítimas.<br />

d) a vegetação predominante nos domínios do clima<br />

Temperado são os campos e as florestas intertropicais que,<br />

no inverno, costumam ficar cobertas pela neve.<br />

e) as Zonas Temperadas da Terra possuem a vegetação<br />

original bastante preservada, tendo em vista a fraca<br />

ocupação humana nessas áreas em virtude dos rigores do<br />

clima.<br />

12 - Com relação aos fusos horários, assinale a alternativa<br />

incorreta.<br />

a) Como o movimento de rotação é de oeste para leste, os<br />

lugares localizados a leste estão mais adiantados do que os<br />

lugares localizados a oeste do globo.<br />

b) Fuso horário é o conjunto de 24 graus de longitude.<br />

I. consiste na volta que a terra dá em torno do seu próprio<br />

eixo (de si mesma) e é realizado de oeste para leste;<br />

II. tem duração de aproximadamente 24 horas e é<br />

responsável pela incidência da luz solar por todo o<br />

Equador;<br />

III. é responsável pela alternância entre os dias e as noites.<br />

Assinale a alternativa correta.<br />

a) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.<br />

b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.<br />

c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.<br />

d) Somente a afirmativa II é verdadeira.<br />

e) Todas as afirmativas são verdadeiras.<br />

14 - Observe as figuras a seguir.<br />

Disponível em: . Ilustração esquemática, sem escala. Acesso em:<br />

18 set. 2010. [Adaptado]<br />

Os ângulos de incidência dos raios solares sobre a<br />

superfície da Terra, demonstrados nas figuras, apresentam<br />

duas situações distintas, que caracterizam os solstícios e os<br />

equinócios. Em ambas as figuras, o ponto A representa uma<br />

cidade sobre a linha do equador, ao meio-dia. A Figura 2<br />

mostra a incidência do sol três meses após a situação<br />

ilustrada na Figura 1. A Figura 1 representa o<br />

23


a) equinócio de primavera no hemisfério sul, quando a<br />

incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra<br />

em A.<br />

b) equinócio de primavera no hemisfério sul, quando a<br />

incidência dos raios solares é perpendicular à superfície da<br />

Terra em A.<br />

c) equinócio de outono no hemisfério sul, quando a<br />

incidência dos raios solares é perpendicular à superfície da<br />

Terra em A.<br />

d) solstício de verão no hemisfério norte, quando a<br />

incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra<br />

em A.<br />

e) solstício de inverno no hemisfério sul, quando a<br />

incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra<br />

em A.<br />

16 - Observe atentamente a figura a seguir.<br />

15 - Vários estudantes viajaram para o Hemisfério Norte,<br />

mais especificamente para a Europa Ocidental. Passaram<br />

alguns meses, em grupo, estudando numa determinada<br />

universidade europeia, e constataram que naquela parte do<br />

planeta a duração dos dias e das noites era muito diferente<br />

da que se observava em Alagoas. O que justifica essa<br />

diferença?<br />

a) O Hemisfério Norte recebe sempre mais insolação que<br />

o Hemisfério Sul.<br />

b) O Hemisfério Sul, onde se situa o Estado de Alagoas,<br />

possui mais águas do que continentes.<br />

c) A Europa tem relevo mais elevado do que as terras do<br />

Hemisfério Sul.<br />

d) O movimento de translação da Terra e a inclinação do<br />

eixo terrestre justificam a desigualdade de duração dos dias<br />

e das noites.<br />

e) A desigualdade de duração dos dias e das noites é mais<br />

pronunciada durante os equinócios; o grupo de estudantes<br />

chegou àquele continente numa época equinocial.<br />

As informações contidas na figura acima mostram:<br />

a) o mecanismo de formação dos ventos alísios no<br />

Hemisfério Norte.<br />

b) a profundidade das geoesferas.<br />

c) o desvio de Coriolis.<br />

d) o conceito de latitude<br />

e) a formação das marés.<br />

17 - Observe a imagem e a legenda abaixo:<br />

Veículo equipado com GPS de bordo e um software com<br />

mapas, que indicam a posição do veículo e o caminho a<br />

percorrer até um determinado ponto.<br />

As afirmativas abaixo mantêm relação com a imagem e a<br />

legenda apresentada, EXCETO:<br />

24<br />

a) Essas tecnologias associam-se aos satélites artificiais.<br />

b) As informações sobre a localização do veículo são<br />

transferidas para um mapa digitalizado.<br />

c) O GPS funciona somente no ambiente urbano, devido à<br />

presença de torres de telefonia.


d) Esse sistema de localização tem como princípio o uso<br />

das coordenadas geográficas.<br />

18 - Parte considerável da energia que atinge a Terra é<br />

proveniente do Sol. A distribuição da insolação na<br />

superfície é condicionada, dentre outros fatores, pelo grau<br />

de inclinação da Terra em relação ao Sol.<br />

Observe a figura abaixo.<br />

19 - Analise o mapa dos fusos horários.<br />

(Maria E. M. Simielli. Geoatlas, 2009. Adaptado.)<br />

Você embarcou em Brasília no dia 18 às 22h00 locais. A<br />

rota a ser seguida passa sobre o continente Africano, o que<br />

estabelece 23 horas de viagem.<br />

Que dia e horário você chegará em Melbourne, Austrália?<br />

IBEP. Atlas geográfico escolar. São Paulo, 2008, p. 16.<br />

[Adaptado].<br />

Considerando as informações da Figura e os fatores<br />

“incidência da radiação solar” e “latitude”:<br />

a) justifique por que ocorrem diferenças de temperatura<br />

entre Natal e Murmansk.<br />

b) apresente um exemplo de uma atividade econômica na<br />

Cidade de Natal que é diretamente favorecida pela<br />

incidência de radiação solar. Justifique.<br />

a) Dia 20 às 18h00.<br />

b) Dia 20 às 10h00.<br />

c) Dia 18 às 11h00.<br />

d) Dia 19 às 21h00.<br />

e) Dia 19 às 11h00.<br />

20 - Analise as informações abaixo:<br />

- São linhas imaginárias traçadas paralelamente ao<br />

Equador.<br />

- É a distância medida em graus de qualquer ponto da<br />

superfície terrestre ao Equador.<br />

- São linhas imaginárias que cortam perpendicularmente o<br />

globo e vão de um pólo a outro.<br />

- É a distância medida em graus de qualquer ponto da Terra<br />

ao meridiano de Greenwich.<br />

Assinale a alternativa CORRETA quanto ao tema a que se<br />

referem tais informações.<br />

a) Dizem respeito ao entendimento da cartografia<br />

(projeções, escalas e outros).<br />

b) Dizem respeito ao sistema de localização baseado nas<br />

coordenadas geográficas.<br />

c) Dizem respeito ao sistema de fusos horários.<br />

d) Ajudam a definir diferentes zonas de temperatura do<br />

planeta.<br />

25


21- Cada faixa de latitude apresenta dificuldades próprias<br />

que repercutem na vida das sociedades e na sua forma de<br />

organização do espaço.<br />

Observe a imagem feita por satélite de uma erupção<br />

vulcânica ocorrida em 2004 na Oceania:<br />

Sobre esse tema, avalie as opções abaixo. Em seguida,<br />

marque com V as verdadeiras e com F as falsas.<br />

(___) Nas latitudes equatoriais a variação térmica anual é<br />

pequena; há um ciclo diário bem definido. A partir do<br />

nascer do sol, a temperatura aumenta paulatinamente,<br />

assim, por volta das 15 horas/16 horas, ocorrem<br />

tempestades e aguaceiros. São as chuvas do ‘”fim da tarde”<br />

que servem para regular a rotina diária dos habitantes.<br />

(___) Na faixa em torno dos 30° de latitude, em ambos os<br />

hemisférios, situam-se os desertos quentes, que ocupam<br />

áreas vastíssimas. Suas populações convivem com ventos<br />

destruidores que levantam tempestades de areia,<br />

responsáveis pela aridez sobre as regiões adjacentes,<br />

fenômeno conhecido como desertificação.<br />

(___) Na região tropical, basicamente em torno do oceano<br />

Índico, ocorre o fenômeno das monções, que se caracteriza<br />

por um contraste acentuado entre a estação seca e úmida.<br />

Longas estiagens alternam-se com chuvas intensas e<br />

destruidoras.<br />

(___) Nas altas latitudes, os habitantes estão acostumados<br />

a frequentes mudanças de tipos de tempo, embora<br />

raramente se registrem excessos de calor ou de frio. É a<br />

zona onde se revezam as influências do ar tropical e do ar<br />

polar, com avanços e recuos das frentes durante todo o ano.<br />

É ali que as quatro estações são bem caracterizadas.<br />

(___) Nas médias latitudes, os habitantes estão preparados<br />

para o frio rigoroso. O vento sopra com frequência a mais<br />

de 100 km/hora, varrendo os flocos de neve de maneira a<br />

reduzir a visibilidade a quase zero. As tempestades geladas<br />

representam um dos maiores perigos e ameaças aos<br />

cientistas e aos moradores das regiões Ártica e Antártica.<br />

Assinale a alternativa CORRETA:<br />

a) V – V – F – F – F<br />

b) F – V – F – V – V<br />

c) V – V – V – F – F<br />

d) F – F – F – V – V<br />

e) V – F – F – F – V<br />

22 - A obtenção de imagens aéreas da superfície terrestre<br />

representou um grande impulso para as técnicas de<br />

mapeamento, dando-lhes maior precisão e aplicabilidade.<br />

Essas inovações só se tornaram possíveis no século XX,<br />

com a invenção do avião e, posteriormente, com a<br />

utilização de satélites artificiais.<br />

www.apolo11.com<br />

Considerando o processo de representação cartográfica,<br />

indique duas vantagens da obtenção de imagens da<br />

superfície terrestre por satélites em comparação com as<br />

imagens obtidas por fotografias aéreas. Em seguida, aponte<br />

duas utilizações das imagens de satélite para o estudo da<br />

superfície terrestre.<br />

23 - Ainda é 31 de dezembro no Brasil quando a televisão<br />

noticia a chegada do ano Novo em diferentes países. Entre<br />

os países que comemoram a chegada do Ano Novo antes<br />

do Brasil, encontram-se a Austrália, a Nova Zelândia e o<br />

Japão.<br />

Este fato se deve<br />

a) à inclinação do eixo terrestre.<br />

b) ao movimento de rotação terrestre.<br />

c) ao movimento de translação terrestre.<br />

d) à maior proximidade do sol no verão.<br />

e) a diferença de latitude entre esses países e o Brasil.<br />

24 - Um avião que parte de Tóquio, no Japão, às 18h20min<br />

de uma quarta-feira, aterrissa em São Francisco, costa oeste<br />

26


dos Estados Unidos da América do Norte, às 10h50min do<br />

mesmo dia, após um tempo de vôo de 9 horas e meia.<br />

Sobre essa situação, é correto afirmar que ela<br />

a) não é verdadeira, porque há uma diferença de 24 horas<br />

entre Tóquio e São Francisco.<br />

b) é possível, pois o avião atravessou a Linha Internacional<br />

de Data no sentido de oeste para leste.<br />

c) é verdadeira, e só foi possível porque tanto os Estados<br />

Unidos da América do Norte quanto o Japão estão<br />

localizados no Hemisfério Sul.<br />

d) é verdadeira, e só pode acontecer porque Tóquio está<br />

localizada no hemisfério oriental e São Francisco está no<br />

hemisfério ocidental, e a rota utilizada pela aeronave é a de<br />

menor distância entre os aeroportos, cruzando a Linha<br />

Internacional de Data.<br />

e) não seria possível porque, ao passar pela Linha<br />

Internacional de Data, necessariamente os relógios devem<br />

ser adiantados ou atrasados em um dia, portanto o avião<br />

chegaria somente no dia seguinte a São Francisco.<br />

25 - Observe o gráfico a seguir. Considerando que o eixo<br />

X corresponde à Linha do Equador e o eixo Y corresponde<br />

ao Meridiano de Greenwich, responda as questões a seguir.<br />

Levando em consideração o horário, a posição do sol, a<br />

posição da sombra e a latitude, é possível concluir que o<br />

menino do desenho se encontra no Hemisfério _________,<br />

pois ___________________.<br />

a) Norte – o sol encontra-se ao norte, posição permanente,<br />

nesse horário, nos equinócios<br />

b) Sul – a sombra, nesse horário, está ao sul, local de<br />

entrada de luminosidade em todas as estações do ano<br />

c) Norte – o sol encontra-se ao norte, lugar de entrada da<br />

luminosidade no verão<br />

d) Sul – o sol encontra-se ao norte, lugar de entrada de<br />

maior luminosidade, em todas as estações do ano<br />

e) Norte – a sombra encontra-se ao norte, lugar de entrada<br />

de maior luminosidade em todas as estações do ano<br />

27-Identifique as coordenadas geográficas<br />

correspondentes, respectivamente, aos pontos B e A:<br />

Considerando que no ponto A são 14 horas, calcule o<br />

horário local do Ponto B. Em sua resposta, desconsidere a<br />

possibilidade da existência de horário de verão e de horas<br />

cifradas:<br />

a) 20 horas<br />

b) 18 horas<br />

c) 17 horas<br />

d) 8 horas<br />

26 –<br />

a) 30° de Lat. Sul e 45° de Long. Leste; 90° de Lat. Sul e<br />

60° de Long. Leste<br />

b) 45° de Lat. Norte e 30° de Long. Oeste; 90° de Lat. Sul<br />

e 60° de Long. Leste<br />

27


c) 30° de Lat Norte e 45° de Long. Oeste; 60° de Lat. Sul<br />

e 90° de Long. Leste<br />

d) 30° de Lat. Sul e 45° de Long. Leste; 6o° de Lat. Norte<br />

e 90° de Long. Leste<br />

na cidade de Manaus (60°W) pega um voo, em direção a<br />

Moscou (45°E), às 6 horas. Supondo-se que o tempo de voo<br />

entre as duas cidades é de 18 horas, o passageiro iria<br />

desembarcar no destino final, no horário de Greenwich, às:<br />

28 - Observe o mapa abaixo, contendo os fusos horários<br />

globais. Numa situação hipotética, um indivíduo que reside<br />

a) 04:00h.<br />

b) 24:00h.<br />

c) 18:00h.<br />

d) 06:00h<br />

29 - A novela da Rede Globo “Caminho das Índias”,<br />

mostrou na cena do dia 23 de maio, a seguinte situação:<br />

“Após ganhar alguns presentes e flores de Ramiro, Melissa<br />

fica muito desconfiada da atitude<br />

‘bondosa’ e pega o carro dele para ver no GPS os lugares<br />

que o marido foi – assim, descobre que o presidente da<br />

Cadore estacionou o carro em frente ao prédio de Gaby<br />

tarde da noite”.<br />

http://www.tudoagora.com.br/noticia/19231/Novelas-da-Globo-Caminho-das-<br />

Indias-Melissa-descobre- icao-de-Ramiro-eagride-Gaby.html - Acesso em: 1 set.<br />

2009<br />

Sobre o GPS, leia as assertivas abaixo e assinale somente<br />

as que estão corretas:<br />

I. O GPS é considerado, atualmente, a mais moderna e<br />

precisa ferramenta de determinação da posição de um<br />

ponto da superfície terrestre. É um termo em inglês que<br />

significa Global Positioning System.<br />

II. O GPS permite apenas o monitoramento de<br />

deslocamentos realizados em pequenas distâncias de um<br />

ponto para outro, em linha reta.<br />

III. O GPS é um instrumento de orientação utilizado apenas<br />

em automóveis importados.<br />

IV. O GPS representa uma tecnologia desenvolvida<br />

inicialmente para fins bélicos. Foi durante a Guerra do<br />

Golfo que sua aplicação obteve sucesso.<br />

V. GPS é um sistema que se baseia na utilização de mapas<br />

e cartas milimetricamente representadas em um gráfico de<br />

escalas pequenas.<br />

a) Apenas I e IV são corretas.<br />

b) Apenas II e V são corretas.<br />

c) Apenas I e III são corretas.<br />

28


d) Apenas II e III são corretas.<br />

e) Apenas IV e V são corretas.<br />

33 - A África do Sul está a 2 horas adiantada em relação<br />

ao Meridiano de Greenwich. Sabendo-se que o jogo de<br />

abertura da Copa do Mundo de 2010 foi realizado no dia<br />

11 de junho, às 16 horas (horário sulafricano), que horas<br />

eram na capital alagoana na hora do início do jogo?<br />

mentirinhas. MARK MONMONIER Traduzido de How to<br />

lie with maps. Chicago/London:<br />

www.nationalgeographic.com The University of Chicago<br />

Press, 1996.<br />

a) 11 horas<br />

b) 13 horas<br />

c) 16 horas<br />

d) 18 horas<br />

e) 21 horas<br />

34 - O movimento de translação é a órbita que a Terra<br />

percorre ao redor do Sol. Essa trajetória é realizada em 365<br />

dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos, a uma velocidade<br />

média de 29,9 km/s.<br />

Devido à inclinação do eixo da Terra em relação ao plano<br />

de sua órbita, o planeta é iluminado de maneira diferente<br />

pelo Sol, em determinadas e diferentes épocas do ano, o<br />

que ocasiona as quatro estações do ano.<br />

Com relação ao movimento de translação da Terra, é<br />

correto afirmar que<br />

a) as ocorrências dos solstícios se dão nos momentos em<br />

que o Sol, a partir da Terra, se encontra o mais distante<br />

possível do “Equador celeste”, para norte ou para o sul.<br />

b) os momentos em que a Terra está no periélio coincidem<br />

com o início dos solstícios de inverno e de verão.<br />

c) os momentos em que a Terra está no afélio coincidem<br />

com o início dos equinócios de primavera e do de outono.<br />

d) a incidência da luz do Sol de maneira igual sobre os dois<br />

hemisférios, em determinada época do ano, caracteriza os<br />

solstícios.<br />

e) a maior incidência da luz do Sol em uma época do ano<br />

sobre o hemisfério norte, e em outra sobre o hemisfério sul,<br />

caracteriza os equinócios.<br />

Observe o planisfério acima, considerando as ressalvas<br />

presentes no texto.<br />

Para deslocar-se sequencialmente, sem interrupções, pelos<br />

pontos A, B, C e D, percorrendo a menor distância física<br />

possível em rotas por via aérea, as direções aproximadas a<br />

serem seguidas seriam:<br />

a) Leste – Norte – Oeste<br />

b) Oeste – Norte – Leste<br />

c) Leste – Noroeste – Leste<br />

d) Oeste – Noroeste – Oeste<br />

36 - Quando observamos o céu, temos a impressão de que<br />

nosso planeta está parado e que os outros astros é que se<br />

movem. Entretanto, a Terra realiza diversos movimentos,<br />

que afetam nossas vidas. O movimento de translação e a<br />

inclinação do eixo terrestre, por exemplo, determinam a<br />

desigualdade na distribuição de luminosidade e calor na<br />

Terra, conforme os períodos do ano.<br />

Assinale a alternativa, no quadro abaixo, que apresenta<br />

corretamente os dados do movimento de translação com<br />

relação às estações do ano.<br />

35 - Se uma imagem vale mais do que mil palavras, um<br />

mapa pode valer um milhão – mas cuidado. Todos os<br />

mapas distorcem a realidade. (...) Todos os cartógrafos<br />

procuram retratar o complexo mundo tridimensional em<br />

uma folha de papel ou em uma televisão ou tela de vídeo.<br />

Em resumo, o autor avisa, todos os mapas precisam contar<br />

29


37 - A figura abaixo representa uma rede geográfica de uma<br />

determinada área da superfície terrestre. Quais as<br />

coordenadas geográficas das cidades A e B,<br />

respectivamente?<br />

4. Um observador que esteja situado no ponto A verá o Sol<br />

nascer antes do observador B, que se encontra ao Sul do<br />

Equador geográfico.<br />

Estão corretas apenas:<br />

a) 1 e 4<br />

b) 2 e 3<br />

c) 1 e 2<br />

d) 1 e 3<br />

e) 2, 3 e 4<br />

a) 20° 30’ de longitude leste; 2° 00’ de latitude sul e 22°<br />

00’ de longitude leste; 0° 30’ de latitude sul<br />

b) 20° 30’ de latitude oeste; 2° 00’ de longitude sul e 22°<br />

00’ de latitude oeste; 0° 30’ de longitude sul<br />

c) 20° 30’ de longitude leste; 2° 00’ de latitude norte e 22°<br />

00’ de longitude leste; 0° 30’ de latitude norte<br />

d) 20° 30’ de longitude oeste; 2° 00’ de latitude norte e 22°<br />

00’ de longitude oeste; 0° 30’ de latitude norte<br />

e) 20° 30’ de latitude leste; 2° 00’ de longitude norte e 22°<br />

30’ de latitude leste; 0° 30’ de longitude norte<br />

38 - Observe a figura e as afirmações a seguir.<br />

39 - Sobre o tema Movimentos da Terra, são apresentadas<br />

a seguir cinco afirmações. Uma delas, contudo, é incorreta.<br />

Assinale-a.<br />

a) O afélio é o momento em que a Terra, em sua órbita em<br />

torno do Sol, mais dele se afasta.<br />

b) O desvio dos ventos alísios dos hemisférios Norte e Sul<br />

é uma das consequências do movimento de rotação.<br />

c) As estações do ano, que são bem marcadas na faixa das<br />

latitudes médias, decorrem do movimento de rotação<br />

anual, da inclinação do eixo terrestre e da atração<br />

gravitacional da Lua.<br />

d) A Terra encontra-se no solstício quando o Sol, em seu<br />

movimento aparente anual em torno da Terra, “atinge” o<br />

Trópico de Capricórnio ou de Câncer.<br />

e) As correntes marinhas sofrem, em suas trajetórias,<br />

influências nítidas do movimento de rotação.<br />

1. A inclinação do eixo da Terra não é uma das causas<br />

principais do mecanismo das estações do ano verificadas<br />

nas áreas de latitudes médias.<br />

2. A situação indicada na figura corresponde à época em<br />

que o Hemisfério Boreal se encontra no verão.<br />

3. Na época considerada na figura, o Pólo Sul encontra-se<br />

na Grande Noite Polar, ocasião em que as temperaturas<br />

baixam consideravelmente.<br />

40 - "Nos primeiros dias do outono subitamente entrado,<br />

quando o escurecer toma uma evidência de qualquer coisa<br />

prematura, e parece que tardamos muito no que fazemos de<br />

dia, gozo, mesmo entre o trabalho quotidiano, essa<br />

antecipação de não trabalhar..."(Fernando Pessoa, "Livro<br />

do Desassossego". Campinas: Editora da Unicamp, 1994,<br />

vol. II, p. 55).<br />

a) Compare as características do outono em Portugal (terra<br />

natal de Fernando Pessoa) com o outono da região nordeste<br />

do Brasil.<br />

b) Diferencie "solstício" de "equinócio".<br />

30


porque, nos locais mais ao norte do país, a variação do foto<br />

período (parte do dia iluminado pela luz solar) é pequena<br />

entre as estações.<br />

41 - Durante a translação da Terra e em função da sua<br />

obliquidade e esfericidade, o ângulo de incidência dos raios<br />

solares se modifica durante o ano. Assinale a única<br />

alternativa correta sobre os fenômenos observados quando<br />

ocorrem os equinócios durante o ano.<br />

a) A incidência do Sol é vertical sobre o Equador e mais<br />

oblíqua perto dos polos.<br />

b) A incidência do Sol é perpendicular ao trópico de Câncer<br />

e oblíqua no Equador.<br />

c) A incidência do Sol é perpendicular ao trópico de<br />

Capricórnio e oblíqua na latitude 23ºS.<br />

d) A duração do dia é maior que a duração da noite no<br />

Hemisfério Sul.<br />

e) A duração do dia é menor que a duração da noite no<br />

Hemisfério Sul.<br />

III) Durante a vigência do horário de verão de 2006/2007,<br />

os relógios dos Estados do centro-sul foram adiantados em<br />

1 hora. Logo, se os relógios em Brasília marcassem 14<br />

horas, nessa situação, no Acre seriam 15 horas e, nos<br />

estados da região nordeste, mais ao leste, seriam 12 horas.<br />

IV) O horário de verão apresenta muitos benefícios em<br />

relação a economia no consumo de energia, e por isso é<br />

adotado também em muitos países da Europa e América do<br />

Norte, que encontram-se em latitudes mais elevadas que o<br />

Brasil.<br />

Estão corretas apenas as afirmações:<br />

a) I, II e IV.<br />

b) II e IV.<br />

c) III e IV.<br />

d) I, II e III.<br />

e) I e II.<br />

42 - Por possuir uma grande extensão no sentido Leste-<br />

Oeste, o Brasil abrange três fusos horários, sendo que o<br />

horário de Brasília é adotado como a hora legal do país. A<br />

esse respeito analise as afirmações abaixo:<br />

I) A hora de Brasília encontra-se 3 horas defasada em<br />

relação à hora de Greenwich, sendo que durante o horário<br />

de verão, no Brasil, essa diferença diminui para 2 horas.<br />

II) Geralmente, o horário de verão é adotado apenas nos<br />

estados brasileiros mais distantes da Linha do Equador<br />

43 - O horário de verão é um recurso adotado em vários<br />

países para evitar sobrecarga do sistema de produção e<br />

distribuição de energia elétrica nos períodos de pico. No<br />

Brasil o horário de verão é adotado nos meses de outubro a<br />

fevereiro, quando os relógios são adiantados em uma hora.<br />

Em relação ao horário de verão, é incorreto afirmar:<br />

a) Próximo a linha do Equador o horário de verão não é<br />

adotado, pois a variação de foto período, quando existe, é<br />

muito pequena.<br />

31


) Nos meses iniciais e finais do ano, o dia tende a ser mais<br />

longo do que a noite, principalmente nos estados mais ao<br />

sul do Brasil.<br />

c) A economia de energia total é muito grande, acima de<br />

15%.<br />

d) Além do Distrito Federal, o horário de verão é adotado<br />

nos seguintes estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina,<br />

Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas<br />

Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.<br />

44 - Levando-se em consideração que, no dia em que esta<br />

foto foi tirada, o Sol se pôs exatamente atrás da estátua do<br />

Cristo Redentor, podemos AFIRMAR que:<br />

a) Pará, Mato Grosso e Amapá, que passaram de 2 para 1<br />

hora a menos de diferença em relação a Brasília, em todos<br />

os seus municípios.<br />

b) Amazonas, Mato Grosso e Roraima, que passaram a ter<br />

a mesma hora de Brasília, em todos os seus municípios.<br />

c) Acre, Roraima e Amapá, que passaram para 1 hora a<br />

menos de diferença em relação a Brasília e Pará, estado que<br />

passou a ter a mesma hora da capital do país.<br />

d) Acre, Roraima e Amapá, que passaram de 2 para 1 hora<br />

de diferença em relação a Brasília.<br />

e) Pará, Mato Grosso e Amapá, que passaram de 1 para 2<br />

horas a mais de diferença em relação a Brasília, em todos<br />

os seus municípios.<br />

46 - Observe o mapa do Brasil abaixo.<br />

a) o Pão de Açúcar está situado ao norte da parte frontal da<br />

estátua do Cristo Redentor.<br />

b) o braço direito do Cristo Redentor está apontando para<br />

a direção sul.<br />

c) o leste está na direção da parte de trás da estátua do<br />

Cristo Redentor.<br />

d) a enseada de Botafogo está ao sul da parte frontal da<br />

estátua do Cristo Redentor.<br />

e) o braço esquerdo do Cristo Redentor está apontando para<br />

a direção oeste.<br />

45 - Recentemente, o governo federal reduziu de quatro<br />

para três o número de fusos horários existentes no país.<br />

Com base nos conhecimentos sobre fusos horários no<br />

Brasil, é correto afirmar que os estados atingidos pela<br />

mudança foram:<br />

Sobre as capitais brasileiras representadas nesse mapa, é<br />

CORRETO afirmar que<br />

a) com as mudanças ocorridas este ano no fuso horário<br />

brasileiro, a região norte não possui mais nenhuma capital<br />

que segue o fuso horário de Brasília.<br />

b) todas as capitais do território brasileiro localizam-se no<br />

hemisfério meridional e possuem horas atrasadas em<br />

relação ao Meridiano de Greenwich.<br />

c) as capitais localizadas na porção oriental do nosso<br />

território, como as capitais nordestinas, estão sob a<br />

influência do segundo fuso-horário brasileiro.<br />

d) como a Terra gira de leste para oeste, as capitais<br />

litorâneas são as primeiras a receber a luz do Sol.<br />

32


47 - Observe a figura abaixo.<br />

A partir da análise da figura é CORRETO afirmar que:<br />

a) o hemisfério sul é mais iluminado pelos raios solares;<br />

nesse hemisfério, os dias são maiores e as noites menores.<br />

b) devido ao movimento de translação da Terra, no mesmo<br />

dia, quando amanhece no hemisfério ocidental ainda é<br />

noite no hemisfério oriental.<br />

c) os polos terrestres recebem a mesma quantidade de luz<br />

ao longo do ano, enquanto é dia no polo norte é noite no<br />

polo sul.<br />

d) os raios solares atingem perpendicularmente a linha<br />

imaginária do Trópico de Câncer.<br />

33


CLIMATOLOGIA GERAL<br />

Tipos de Radiação<br />

Aquecimento da terra<br />

Radiação ondas curtas<br />

Fonte Luz<br />

Fonte Energia<br />

Não é Fonte calor<br />

Radiação ondas longas<br />

Fonte Luz<br />

Fonte Energia<br />

Fonte É calor<br />

Fatores climáticos - atuam indiretamente<br />

O processo de radiação e o aquecimento do planeta Terra.<br />

O planeta Terra recebe energia do Sol, são ondas<br />

eletromagnéticas que viajam a velocidade da luz. Ao<br />

chegarem à Terra desencadeiam uma série de fenômenos<br />

que são responsáveis pela existência da vida no planeta. É<br />

o chamado efeito estufa natural, que mantém a temperatura<br />

habitável na Terra.<br />

Quando a energia solar atinge a Terra apenas 50% dela<br />

chega à superfície, o restante é absorvido pelo caminho<br />

percorrido na atmosfera. Desse percentual, 47% é<br />

absorvido pela superfície e 3% é refletido de volta a<br />

atmosfera. Esses 3% é de suma importância para o<br />

aquecimento do planeta, é a chamada contra radiação, ou<br />

efeito estufa.<br />

A parte absorvida pela superfície (47%) emite ondas curtas<br />

e interage com a contra radiação, essa interação resulta<br />

numa quantidade superior de energia àquela que entra no<br />

topo da atmosfera. É a própria atmosfera que permite esse<br />

fenômeno, na ausência desta temperatura do planeta não<br />

proporcionaria a ocorrência de vida.<br />

Todo esse processo de troca de energia resulta num<br />

equilíbrio. A equação envolve energia recebida e energia<br />

dispersada que resulta em zero no final. Porém, as<br />

alterações provocadas pelos seres humanos através de suas<br />

ações repercutem na modificação desse balanço<br />

energético, contribuindo para ocorrência de impactos no<br />

clima.<br />

MENDONÇA, Francisco; OLIVEIRA-DANI, Inês<br />

Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil.<br />

São Paulo: Oficina de Textos, 2007.<br />

1. Altitude - quanto mais alto, mais diminui a temperatura<br />

visto que a irradiação do calor é feita pela superfícies<br />

sólidas e líquidas da Terra e, também, porque os<br />

componentes gasosos da atmosfera se vão dispersando na<br />

medida em que se sobe. Latitude - quanto maior é a<br />

latitude, menor é a temperatura. A cada 1000 m / altitude<br />

ocorre uma redução média de 7º C.<br />

2. Latitude – também é inversamente proporcional, quanto<br />

maior a distancia do equador, menor será á temperatura,<br />

visto que estamos nos aproximando dos polos.<br />

3. Poluição – Quanto maior for a concentração de agentes<br />

poluentes, maior deverá ser a concentração de calor na<br />

atmosfera, quando este ocorre em escala regional será<br />

definido como efeito estufa. Já quando expande-se e ganha<br />

proporções mundiais é taxado de aquecimento global.<br />

O efeito estufa é diretamente proporcional a temperatura e<br />

divide-se em duas categorias:<br />

Efeito estufa Bom<br />

Tem ação pouco duradoura e é formado basicamente por<br />

partículas de vapor d’água, assim que chove, a temperatura<br />

volta a sua normalidade. Aqui no sudoeste da Bahia,<br />

costuma-se chamar de mormaço.<br />

34


Efeito estufa Ruim<br />

Tem sua origem na concentração de diversos agentes<br />

poluentes na atmosfera, elementos estes atmosfera,<br />

elementos estes que nem sempre vem à superfície com a<br />

precipitação, podendo assim gerar um aquecimento mais<br />

duradouro.<br />

Continentalidade<br />

Maritimidade –<br />

Na medida em que distanciamos do litoral a variação de<br />

temperatura aumenta. Em regiões distantes de oceanos e<br />

mares o clima sofre influência da continentalidade. Nesse<br />

caso, a superfície terrestre absorve calor e se aquece<br />

rapidamente, entretanto, o resfriamento é rápido, o que<br />

favorece uma variação de temperatura durante o dia<br />

(amplitude térmica).<br />

Mecanismo dos ventos ou lei do holandês Buys Ballot<br />

Essa influência ocorre de acordo com a proximidade de<br />

uma área do litoral. Em áreas costeiras o clima está sujeito<br />

a uma grande influência das águas marítimas e oceânicas.<br />

Isso ocorre por que as águas possuem a capacidade de reter<br />

calor e liberá-lo de forma lenta. Em áreas sujeitas aos<br />

efeitos da maritimidade, a amplitude térmica é baixa<br />

durante o dia.<br />

Regra: Para cada vento que se movimenta em baixa altitude<br />

(abaixo de 1000 m de altura) sempre irá existir um<br />

contravento que se movimenta em direção oposto ao vento<br />

em altitudes elevadas (acima de 1000 m de altura)<br />

Zona anticiclonal<br />

Temp. = Baixa<br />

P. atm. = Alta<br />

Zona ciclonal<br />

Temp. = Alta<br />

P. atm. = Baixa<br />

35


Ventos Constantes:<br />

Muda a sua direção, graças a um mecanismo particular.<br />

Brisas – vento litorâneo , cuja direção varia de acordo com<br />

o dia e a noite, graças ao processo diferenciado de<br />

aquecimento da superfície liquida e solida. Divide-se em<br />

duas categorias.<br />

Sopram durante todos os meses do ano, embora a sua<br />

velocidade possa sofrer alteração a sua direção sempre<br />

continuará a mesma. Estão diretamente ligados às diversas<br />

zonas de convergência do globo.<br />

Principais Ventos Constantes ou Planetários<br />

Alísios<br />

Zona de convergência<br />

intertropical<br />

Sopram dos trópicos<br />

para o equador, em<br />

baixa altitude<br />

Linha do equador<br />

Contra-alísios Sopram do equador<br />

para os trópicos em<br />

altitudes elevadas<br />

Vento Polar<br />

Zona de convergência<br />

extratropical<br />

Contra polar<br />

Ventos Periódicos / local<br />

Sopram dos polos em<br />

direção aos trópicos,<br />

sempre em baixa<br />

altitude<br />

Proximidade do tropico<br />

de câncer e do tropico<br />

de capricórnio<br />

Migram dos trópicos<br />

para os polos, são os<br />

principais responsáveis<br />

pelo transporte de gases<br />

e partículas de poluição<br />

para a Antártida e para<br />

o Ártico.<br />

Brisas marítimas , ocorre durante o dia, onde o vento se<br />

movimenta do mar para o continente.<br />

Brisa Continental, ocorre durante a noite, onde o vento se<br />

movimenta do continente em direção ao mar.<br />

Monções - As monções no sudeste asiático são brisas<br />

marítimas de grande escala. Variam a sua direção entre as<br />

estações porque as massas de terra são aquecidas ou<br />

arrefecidas mais rapidamente que o mar. Assim como as<br />

brisas, divide-se em duas categorias:<br />

Monções de Verão (junho/setembro) - do oceano indico<br />

em direção ao sudeste da Ásia, onde precipita em forma de<br />

chuvas orográficas, em virtude do choque com a<br />

cordilheira do Himalaia. Neste período (três meses), chove<br />

o equivalente a um ano inteiro na floresta amazônica.<br />

Monções de Inverno (dezembro/março)– o vento migra<br />

do continente frio para o oceano Indico, agora aquecido,<br />

reduzindo assim a quantidade de chuva nesta região do<br />

continente asiático.<br />

Informações importantes<br />

Altitude de cruzeiro<br />

das massas de ar<br />

Quantidade de clima<br />

normal<br />

Regiões do mundo que<br />

mais chove<br />

Floresta Amazônica e<br />

Selva Africana em 12<br />

meses<br />

Sudeste da Ásia, em<br />

apenas três meses<br />

entre 1000 metros /<br />

altitude<br />

Aproximadamente 1000<br />

mm/anual<br />

Quantidade de chuva em<br />

mm/ano<br />

2900<br />

2900<br />

36


Tipos de Nuvens<br />

Através da observação das nuvens podemos observar, ou<br />

identificar, as condições atmosféricas de determinado<br />

local, pois estas refletem em sua quantidade, forma e<br />

estrutura.<br />

topo arredondado; fractocumulus, quando se desmancham<br />

por causa de alguma turbulência.<br />

Congestus<br />

Para que haja a formação de nuvens é necessário que parte<br />

do vapor d’agua contido na atmosfera se condense,<br />

formando pequenas gotículas de água, ou solidifique,<br />

formando minúsculos cristais de gelo. A esta formação, ou<br />

aglomerado de cristais de gelo e gotículas damos o nome<br />

de nebulosidade.<br />

Uma característica que diferencia os variados tipos de<br />

nuvens é a altura em que elas se formam, ou onde se<br />

encontra sua base e seu topo. Mas, é importante lembrar,<br />

que esta altura varia conforme a posição geográfica<br />

(latitudinal) da região considerada. Por exemplo, na região<br />

tropical a altura mínima (estágio baixo) e máxima (estágio<br />

alto) de uma nuvem costuma ser a 2 km e 18 km de altura<br />

da superfície respectivamente, enquanto que nas regiões<br />

polares e temperadas as distâncias são, respectivamente, 2<br />

km e 8 km, e 2 km e 13 km.<br />

Internacionalmente, existem cinco denominações para<br />

tipos de nuvens que se encontram no estágio baixo, a 2 km<br />

da superfície.<br />

Congestus: tem bordas protuberantes no topo e<br />

considerável desenvolvimento vertical, indica profunda<br />

instabilidade e favorecimento por escoamento ciclônico<br />

em altitude.<br />

Cumulonimbus<br />

Cumulus<br />

Cumulus – Cu: nuvens isoladas que apresentam uma base<br />

sensivelmente horizontal, tem contornos bem definidos,<br />

uma cor bem branca quando iluminada pelo sol, provoca<br />

chuvas na forma de pancadas, constituídas principalmente<br />

por gotículas de água, mas podem conter cristais de gelo<br />

no topo. Variações: humilis, quando apresentam<br />

desenvolvimento vertical; mediocris, quando possuem o<br />

Cumulonimbus – Cb: com grande desenvolvimento<br />

vertical apresenta a forma de uma montanha e sua forma só<br />

pode ser vista de longe devido ao seu tamanho. No topo,<br />

geralmente apresenta a forma característica de uma<br />

bigorna. É uma nuvem mais escura formada por grandes<br />

gotas de água e granizo, podendo conter cristais de gelo no<br />

topo. Está associada a tempestades fortes com raios e<br />

trovões.<br />

37


Stratocumulus<br />

Nimbostratus<br />

Stratocumulus – Sc: cinzentas ou esbranquiçadas é<br />

formada por gotículas de água e estão associadas a chuvas<br />

fracas. Variações: cumulusgenitus, vesperalis.<br />

Nimbostratus – Ns: nuvens de grande extensão e base<br />

difusa formadas por gotas de chuva, cristais ou flocos de<br />

gelo com cor bastante escura.<br />

Stratus<br />

Altostratus<br />

Stratus – St: nuvem cinzenta que provoca chuvisco. De cor<br />

cinza forte com base uniforme, costuma encobrir o sol ou<br />

a lua.<br />

A seguir, três denominações para as situadas em estágio<br />

médio, de 2 a 8 km em latitude tropical, 2 a 7 km em região<br />

temperada e de 2 a 4 km na região polar…<br />

Altostratus – As: assemelham-se a um lençol cinzento, às<br />

vezes azulado, sempre tem umas partes finas que permitem<br />

ver o sol. É formada por gotas de chuvas e cristais de gelo.<br />

38


Altocumulus<br />

Cirrocumulus<br />

Altocumulus – Ac: nuvem cinza (às vezes branca) que<br />

apresenta sombras próprias e tem a forma de rolos ou<br />

lâminas fibrosas ou difusas. Raramente contém cristais de<br />

gelo e por entre as nuvens deste tipo é possível enxergar<br />

pedaços do céu claro. Variações: lenticularis, radiatus,<br />

cumulusgenitus, opacus, plocus ou castellatus.<br />

Cirrocumulus – Cc: nuvens braças compostas quase<br />

exclusivamente por cristais de gelo agrupados em grânulos<br />

semitransparentes. Variações: stratiformis, lenticularis,<br />

castellatus.<br />

Cirrostratus<br />

E por fim, três denominações para formações em estágios<br />

altos, de 6 a 18 km na região tropical, 5 a 14 km na região<br />

temperada e 3 a 8 km na região polar.<br />

Cirrus<br />

Cirrostratus – Cs: nuvens parecidas com um véu<br />

transparente que dão ao céu um aspecto leitoso.<br />

Constituída por cristais de gelo. Variações: fibratus,<br />

nebulosos. Fontes http://www.master.iag.usp.br<br />

Tipos de Chuvas<br />

Podemos entender por precipitação como sendo o retorno<br />

do vapor d’água atmosférica no estado líquido ou sólido à<br />

superfície da terra. Formas de precipitação: chuva, neve,<br />

granizo, orvalho e geada. Sendo que os dois últimos<br />

ocorrem por deposição na superfície terrestre.<br />

Cirrus – Ci: nuvens com brilho sedoso, isoladas e<br />

formadas por cristais de gelo parecendo convergir para o<br />

horizonte. Podem se formar da evolução da bigorna da<br />

cumulusnimbus. Variações: filosus ou fibratus, uncinus,<br />

spissatus ou nothus, ou densus.<br />

Existem três principais tipos de chuvas, que estão<br />

relacionados com fatores que a originaram. As chuvas<br />

podem ser orográficas, ciclônicas ou convectivas.<br />

39


Chuvas orográficas<br />

É originada quando uma massa de ar úmido que se desloca,<br />

encontra uma barreira topográfica (serra, montanha, etc), e<br />

é forçada a elevar-se, ocorrendo queda de temperatura<br />

seguida da condensação do vapor d’água e formação de<br />

nuvens. Chuvas orográficas apresentam pequena<br />

intensidade, e longa duração. Veja abaixo um esquema de<br />

como ocorrem:<br />

Chuva ciclônica ou frontal<br />

Chuvas convectivas<br />

São chuvas causadas pelo movimento de massas de ar mais<br />

quentes que sobem e condensam. As chuvas convectivas<br />

ocorrem principalmente, devido à diferença de temperatura<br />

nas em camadas próximas da atmosfera terrestre. São<br />

caracterizadas por serem de curta duração porém de alta<br />

intensidade e abrangem pequenas áreas.<br />

Chuva orográfica<br />

Chuvas ciclônicas ou Frontais<br />

Ocorrem no encontro de massas de ar de características<br />

distintas (ar quente + ar frio). São caracterizadas por, serem<br />

contínuas, apresentarem intensidade baixa a moderada e<br />

abrangem grande área. Abaixo seguem as maneiras com<br />

que as frentes quentes e frentes frias se distribuem,<br />

originando a precipitação (chuva).<br />

Chuva de convecção<br />

Referências bibliográficas: RONDON, Manoel Afonso Costa.<br />

Hidrologia Aplicada. Capítulo 1.<br />

Massas de ar que atuam no brasil<br />

40


3.Massa Tropical Atlântica (mTa)<br />

Origina-se no Oceano Atlântico e atua na faixa litorânea<br />

do Nordeste ao Sul do país. Quente e úmida, provoca as<br />

chuvas frontais de inverno na região Nordeste a partir do<br />

seu encontro com a Massa Polar Atlântica e as chuvas de<br />

relevo nos litorais sul e sudeste, a partir do choque com a<br />

Serra do Mar. Também é formadora dos ventos alísios de<br />

sudeste.<br />

4.Massa Polar Atlântica (mPa)<br />

Forma-se no Oceano Atlântico sul (próximo à Patagônia),<br />

sendo fria e úmida e atuando sobretudo no inverno no<br />

litoral nordestino (causa chuvas frontais), nos estados<br />

sulinos (causa queda de temperatura e geadas) e na<br />

Amazônia Ocidental (causa fenômeno da friagem, queda<br />

brusca na temperatura).<br />

Um dos fatores mais decisivos na caracterização do clima<br />

de uma dada região é a atuação das massas de ar, pois<br />

“emprestam” suas características ao tempo e ao clima dos<br />

lugares por onde circulam. A origem quanto às zonas<br />

climáticas determinará a temperatura das massas, assim,<br />

as que se formarem na zona polar serão frias e as das<br />

zonas tropical e equatorial, serão quentes. Da mesma<br />

forma, a origem oceânica ou continental irá determinar<br />

sua umidade que poderá, entretanto, variar com o<br />

deslocamento da massa por sobre regiões de umidade<br />

distinta.<br />

As zonas climáticas brasileiras são influenciadas pela<br />

atuação de cinco massas de ar:<br />

1.Massa Equatorial Contineltal (mEc)<br />

É uma massa quente e instável originada na Amazônia<br />

Ocidental, que atua sobre todas as regiões do país. Apesar<br />

de continental é uma massa úmida, em razão da presença<br />

de rios caudalosos e da intensa transpiração da massa<br />

vegetal da Amazônia, região em que provoca chuvas<br />

abundantes e quase diárias, principalmente no verão e no<br />

outono. No verão, avança para o interior do país<br />

provocando as “chuvas de verão”.<br />

2.Massa Equatorial Atlântica (mEa)<br />

É quente, úmida e originária do Atlântico Norte (próximo<br />

à Ilha de Açores). Atua nas regiões litorâneas do Norte do<br />

Nordeste, principalmente no verão e na primavera, sendo<br />

também formadoras dos ventos alísios de nordeste.<br />

5.Massa Tropical Continental (mTc)<br />

Originada na Depressão do Chaco, é quente e seca e atua<br />

basicamente em sua área de origem, causando longos<br />

períodos quentes e secos no sul da região Centro-oeste e<br />

no interior das regiões Sul e Sudeste.<br />

Para lembrar: sobre massas de ar no Brasil<br />

mEc = Massa Equatorial Continental<br />

Temperatura alta<br />

Umidade 2900 mm/a<br />

Pressão atmosférica baixa<br />

mEa = Massa Equatorial Atlântica<br />

Temperatura alta<br />

Umidade 2900 mm/a<br />

Pressão atmosférica alta<br />

mTa = Massa Tropical Atlântica<br />

Temperatura alta<br />

Umidade 1500 a 2000 mm/a<br />

Pressão atmosférica alta<br />

mTc = Massa Tropical Continental<br />

41


Temperatura alta<br />

Umidade 900 mm/a<br />

Pressão atmosférica baixa<br />

mPA = Massa Polar Antártida<br />

Temperatura baixa (- 32º C)<br />

Umidade baixa<br />

Pressão atmosférica alta<br />

mPa = Frente Polar Atlântica<br />

Temperatura baixa<br />

Umidade baixa<br />

Pressão atmosférica alta.<br />

Os diversos tipos de climas espalhados pelo mundo<br />

A variação climática na Terra é decorrente da junção de<br />

vários fatores, entre eles: latitude, altitude, circulação de<br />

massas de ar, pressão e correntes marítimas. Abaixo estão<br />

os tipos climáticos do planeta e sua ocorrência:<br />

Subtropical:<br />

Clima quente e frio com estações mais definidas, em que o<br />

verão é quente (média 20-25°C) e o inverno mais rigoroso<br />

(0-10°C). Precipitações médias de 1.000 mm a 1.500 mm<br />

distribuídas ao longo do ano.<br />

Mediterrâneo:<br />

Clima com verões quentes (média 25°C) e invernos<br />

brandos (0-15°C). As chuvas acontecem no inverno e o<br />

verão é quente e seco, com médias variando de 500 a 1.000<br />

mm<br />

Desértico:<br />

Clima muito quente durante o dia, com média de 30°C, e<br />

noites com temperaturas frias, pois a amplitude térmica é<br />

bem alta (15-20°C). As chuvas são raras e podem demorar<br />

anos para acontecer. A umidade do ar é muito baixa,<br />

aproximadamente de 15%.<br />

Semiárido:<br />

42<br />

Clima Tropical, Desértico e Temperado<br />

Equatorial:<br />

Clima quente e úmido durante o ano todo, em regiões<br />

localizadas próximas à linha do Equador, com temperatura<br />

média anual de 25°C e chuvas com médias acima de 2.000<br />

mm anual.<br />

Tropical:<br />

Clima quente com variações de umidade com localização<br />

entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, podendo ser<br />

mais seco (tropical seco) ou mais chuvoso (tropical<br />

úmido). Temperaturas médias de 20°C e precipitações de<br />

1.000 a 2.000 mm bem distribuídas durante o ano, mas com<br />

mais concentração no verão.<br />

Clima quente durante todo o dia, com média de 25°C.<br />

Chuvas escassas com média de 300 mm ao ano. Umidade<br />

do ar baixa, mas mais alta que no clima desértico, cerca de<br />

40%.<br />

Temperado:<br />

Clima com invernos frios (-5°C) e verões amenos (15°C).<br />

Precipitações anuais médias entre 1.000 a 2.000 mm<br />

Frio de montanha ou de altitude:<br />

Frio constante durante todo o ano em razão das altas<br />

altitudes das montanhas, com médias anuais de 0°C e<br />

abaixo de zero, com presença de neve constante em<br />

altitudes mais elevadas. Precipitações anuais médias de<br />

1.500 mm<br />

Polar:<br />

Frio extremo com temperaturas sempre abaixo de 0°C, com<br />

umidade do ar muito alta em face da constante presença de<br />

neve o ano todo.


Por Suelen Alonso. Mestre em <strong>Geografia</strong><br />

Climas do Brasil<br />

O Brasil tem relativa diversidade climática. Isso se deve à<br />

dimensão do território, à extensão de sua faixa litorânea, à<br />

variação de altitude e, principalmente, à presença de<br />

diferentes massas de ar que modificam as condições de<br />

temperatura e umidade das regiões em que atuam.<br />

A posição geográfica da maior parte de suas terras, em uma<br />

zona de baixa latitude, determina o domínio de climas mais<br />

quentes. Cerca de 92% do território está situado na zona<br />

intertropical cujas médias anuais de temperaturas estão<br />

acima de 20ºC.<br />

Não existe uma única classificação para os climas. A<br />

classificação mais utilizada para os tipos de clima do Brasil<br />

é baseada no geógrafo Arthur Strahler, que considera a<br />

circulação das massas de ar como o fator mais importante<br />

para a caracterização climática.<br />

A classificação de Arthur Strahler, adaptada ao Brasil,<br />

reconhece cinco regiões climáticas, definidas pela atuação<br />

de massas de ar equatorial, tropical e polar.<br />

Basicamente, pode-se dizer que o Brasil tem seis domínios<br />

climáticos: Clima Equatorial, tropical, tropical de altitude,<br />

tropical úmido, tropical semiárido e subtropical.<br />

1- Equatorial<br />

Temperatura alta<br />

Umidade 2900 mm/a<br />

Distribuição 12 meses<br />

2 - Tropical, Tropical Continental ou Tropical<br />

tradicional<br />

Temperatura alta<br />

Umidade 900 mm/a<br />

Distribuição 2 períodos<br />

Período úmido – primavera e verão.<br />

Período seco – outono e inverno.<br />

3 – Semiárido (Sertão nordestino)<br />

Temperatura: alta<br />

Umidade: 300 mm/a à 600mm/a<br />

Distribuição: 3 meses úmidos (inverno), 9 meses seco<br />

(demais estações)<br />

4 - Tropical úmido (Região litorânea e Zona da<br />

mata)<br />

Temperatura: alta<br />

Umidade: entre 1500 e 2100 mm/a<br />

Distribuição: 2 períodos<br />

Período úmido (período com umidade acima do normal) –<br />

outono e inverno<br />

Período de umidade normal – primavera e verão<br />

5 - Subtropical (Sul do estado de São Paulo,<br />

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul)<br />

Temperatura: Estações bem definidas<br />

Umidade: 900 mm/a<br />

Distribuição: 3 meses de baixa umidade (Inverno) e 9<br />

meses de umidade normal (demais estações)<br />

43


6 - Tropical de altitude<br />

Temperatura: instável<br />

Umidade: 900 mm/a<br />

Distribuição: 2 períodos<br />

Período úmido – primavera e verão<br />

Desenvolvimento Sustentável<br />

Desenvolvimento sustentável é um conceito sistémico que<br />

se traduz num modelo de desenvolvimento global que<br />

incorpora os aspectos de desenvolvimento ambiental. Foi<br />

usado pela primeira vez em 1987, no Relatório Brundtland,<br />

um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio<br />

Ambiente e Desenvolvimento, criado em 1983<br />

pela Assembleia das Nações Unidas.<br />

A definição mais usada para o desenvolvimento<br />

sustentável é:<br />

"O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades<br />

da geração atual, sem comprometer a capacidade das<br />

gerações futuras de satisfazerem as suas próprias<br />

necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e<br />

no futuro, atinjam um nível satisfatório de<br />

desenvolvimento social e económico e de realização<br />

humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso<br />

razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e<br />

os habitats naturais." Relatório Brundtland<br />

Protocolo de Kyoto<br />

Por ele se propõe um calendário pelo qual os paísesmembros<br />

(principalmente os desenvolvidos) têm a<br />

obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito<br />

estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis<br />

de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado<br />

de primeiro período de compromisso (para muitos países,<br />

como os membros da UE, isso corresponde a 15% abaixo<br />

das emissões esperadas para 2008).<br />

As metas de redução não são homogêneas a todos os<br />

países, colocando níveis diferenciados para os 38 países<br />

que mais emitem gases. Países em franco desenvolvimento<br />

(como Brasil, México, Argentina e Índia) não receberam<br />

metas de redução, pelo menos momentaneamente.<br />

Cumprindo o seu objetivo de propor um modelo de<br />

desenvolvimento comprometido acima de tudo com a<br />

preservação da vida no planeta, a UNCED produziu<br />

importantes documentos. O maior e mais importante deles<br />

foi a Agenda 21 .<br />

Trata-se de um volume composto de 40 capítulos com mais<br />

de 800 páginas, um detalhado programa de ação em<br />

matéria de meio ambiente e desenvolvimento. Nele<br />

constam tratados em muitas áreas que afetam a relação<br />

entre o meio ambiente e a economia, como: atmosfera,<br />

energia, desertos, oceanos, água doce, tecnologia,<br />

comércio internacional, pobreza e população. O<br />

documento está dividido em quatro seções: a) dimensões<br />

sociais e econômicas (trata das políticas internacional que<br />

podem ajudar na viabilização do desenvolvimento<br />

sustentável, das estratégias de combate à pobreza e à<br />

miséria e da necessidade de introduzir mudanças nos<br />

padrões de produção e de consumo); b) conservação e<br />

gestão dos recursos para o desenvolvimento (trata do<br />

manejo dos recursos naturais e dos resíduos e substâncias<br />

tóxicas); c) fortalecimento do papel dos principais grupos<br />

sociais (indica as ações necessárias para promover a<br />

participação, principalmente das ONGs); meios de<br />

implementação (tratando dos mecanismos financeiros e<br />

dos instrumentos jurídicos para a implementação de<br />

projetos e programas com vistas ao desenvolvimento<br />

sustentável).<br />

Meio Ambiente: Os Impactos das Atividades<br />

Humanas<br />

Impacto ambiental é a alteração no meio ambiente ou em<br />

algum de seus componentes por determinada ação ou<br />

atividade humana. Estas alterações precisam ser<br />

quantificadas pois apresentam variações relativas, podendo<br />

ser positivas ou negativas, grandes ou pequenas. O objetivo<br />

de se estudar os impactos ambientais é, principalmente, o<br />

de avaliar as consequências de algumas ações, para que<br />

possa haver a prevenção da qualidade de determinado<br />

ambiente que poderá sofrer a execução de certos projetos<br />

ou ações, ou logo após a implementação dos mesmos.<br />

Consumo e Natureza<br />

“Não consumas mais do que necessitas, respeita a<br />

Natureza!” Ghandi.<br />

44<br />

A Carta da Terra e Agenda 21


Poluição<br />

Águas dos Rios, Mares e Oceanos<br />

Os principais fatores de deterioração dos rios, mares, lagos<br />

e oceanos são: poluição e contaminação por produtos<br />

químicos e esgotos. O homem tem causado, desde a<br />

Revolução Industrial (segunda metade do século<br />

XVIII), todo este prejuízo à natureza, através dos lixos,<br />

esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem<br />

controle.<br />

Em função destes problemas, os governos com consciência<br />

ecológica, tem motivado a exploração racional de aquíferos<br />

(grandes reservas de água doce subterrâneas). Na América<br />

do Sul, temos o Aquífero Guarani, um dos maiores do<br />

mundo e ainda pouco utiliza de grande parte das águas<br />

deste aquífero situa-se em subsolo brasileiro (região sul).<br />

Pesquisas realizadas pela Comissão Mundial de Água e de<br />

outros órgão ambientais internacionais afirmam que cerca<br />

de três bilhões de habitantes em nosso planeta estão<br />

vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias.<br />

Cerca de um milhão não tem acesso à água potável. Em<br />

razão desses graves problemas, espalham-se diversas<br />

epidemias de doenças como diarreia, leptospirose,<br />

esquistossomose, hepatite e febre tifoide, que matam mais<br />

de 5 milhões de pessoas por ano, sendo que um número<br />

maior de doentes sobrecarregam os hospitais e postos de<br />

saúde destes países.<br />

Atmosférica<br />

A poluição atmosférica refere-se a mudanças<br />

da atmosfera susceptíveis de causar impacto a<br />

nível ambiental ou de saúde humana, através<br />

da contaminação por gases, partículas sólidas, liquidas em<br />

suspensão, material biológico ou energia. A adição dos<br />

contaminantes pode provocar danos diretamente na saúde<br />

humana ou no ecossistema, podendo estes danos ser<br />

causados diretamente pelos contaminantes, ou por<br />

elementos resultantes dos contaminantes. Para além de<br />

prejudicar a saúde, pode igualmente reduzir a visibilidade,<br />

diminuir a intensidade da luz ou provocar odores<br />

desagradáveis. Esta poluição causa ainda mais impactes no<br />

campo ambiental, tendo ação direta no aquecimento global,<br />

sendo responsável por degradação de ecossistemas e<br />

potenciada a de chuvas ácidas.<br />

A concentração dos contaminantes reduz-se à medida que<br />

estes são dispersos na atmosfera, o que depende de fatores<br />

climatológicos, como a temperatura, a velocidade do vento,<br />

o movimento de sistemas de alta e baixa pressão e a<br />

interação destes com a topografia local, montanhas e vales<br />

por exemplo. A temperatura normalmente diminui com<br />

a altitude, mas quando uma camada de ar frio fica sob uma<br />

camada de ar quente produzindo uma inversão térmica, a<br />

dispersão ocorre muito lentamente e os contaminantes<br />

acumulam-se perto do solo. Para analisar a dispersão,<br />

recorre-se a modelos de dispersão atmosférica, que são<br />

modelos computorizados onde através de formas<br />

matemáticas complexas são simulados os comportamentos<br />

físico e químicos dos contaminantes, podendo caracterizar<br />

ou prever a ação dos mesmos no meio envolvente.<br />

Poluição Urbana<br />

A poluição nas regiões urbanas, tem aumentado devido à<br />

crescente atividade industrial e ao aumento do número de<br />

veículos motorizados em circulação. A qualidade do ar<br />

urbano tem causado sérios problemas às condições de vida<br />

das pessoas, das plantas e dos animais que vivem nas<br />

cidades e arredores.<br />

Nas plantas, os poluentes prejudicam o processo químico.<br />

Danos na membrana celular, interferência no mecanismo<br />

de abertura e fechamento de estômatos e corrosão da<br />

cutícula das folhas e acículas são alguns dos efeitos dos<br />

poluentes químicos.<br />

A poluição sonora também deve merecer destaque, pois<br />

tornou-se um problema grave para muitos habitantes das<br />

grandes cidades. Construções de edifícios, ruas muito<br />

movimentadas, casas de shows e de eventos, e,<br />

eventualmente, até mesmo o som de cultos religiosos<br />

ultrapassam em muito os limites toleráveis de ruído para os<br />

ouvidos humanos.<br />

Ao se tratar de poluição, dificilmente as pessoas se<br />

recordam da poluição visual. Entende-se como poluição<br />

visual em áreas urbanas a proliferação indiscriminada de<br />

“outdoors”, cartazes, formas diversas de propaganda e<br />

outros fatores que causem prejuízos estéticos à paisagem<br />

urbana local<br />

Chuvas Ácidas<br />

A chuva ácida, ou com mais propriedade deposição ácida,<br />

é a designação dada à chuva, ou qualquer outra forma<br />

de precipitação atmosférica, cuja acidez seja<br />

substancialmente maior do que a resultante da dissociação<br />

do dióxido de carbono (CO 2) atmosférico dissolvido na<br />

água precipitada. A principal causa daquela acidificação é<br />

a presença na atmosfera terrestre de gases e partículas ricos<br />

45


em enxofre e azoto reativo cuja hidrólise no meio<br />

atmosférico produz ácidos fortes. Assumem particular<br />

importância os compostos azotados (NO x) gerados pelas<br />

altas temperaturas de queima dos combustíveis fósseis e os<br />

compostos de enxofre (SO x) produzidos pela oxidação das<br />

impurezas sulfurosas existentes na maior parte<br />

dos carvões e petróleos. Quimicamente, chuva ácida não<br />

seria uma expressão adequada, porque para a Química toda<br />

chuva é ácida devido à presença do ácido<br />

carbônico (H 2CO 3), mas para a <strong>Geografia</strong> toda chuva com<br />

Ph abaixo do N.T (Nível de tolerância(PH igual à<br />

aproximadamente 5,5)) é considerada ácida. Ela também<br />

pode acarretar sérios danos as trutas por exemplo, uma vez<br />

que se cair uma chuva ácida num ambiente lacustre de uma<br />

truta, abaixo ou acima do N.T, a truta morrerá. Os efeitos<br />

ambientais da precipitação ácida levaram à adopção, pela<br />

generalidade dos países, de medidas legais restritivas da<br />

queima de combustíveis ricos em enxofre e obrigando à<br />

adopção de tecnologias de redução das emissões de azoto<br />

reativo para a atmosfera.<br />

Em compensação, a produção de CFC em outros produtos,<br />

que era de 350 mil toneladas em 1978, passou para 540 mil<br />

em 1988, mostrando a necessidade de se utilizar esse gás<br />

em nossa vida quotidiana. É muito difícil encontrar uma<br />

solução para o problema.<br />

Buraco na Camada de Ozônio<br />

Buraco na Camada de Ozônio<br />

O buraco na camada de ozônio vem sendo amplamente<br />

discutido depois dos relatórios sobre o aquecimento global.<br />

A camada de ozônio é uma capa desse gás que envolve a<br />

Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo que a<br />

principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal<br />

causadora de câncer de pele. No último século, devido ao<br />

desenvolvimento industrial, passaram a ser utilizados<br />

produtos que emitem clorofluorcarbono (CFC), um gás que<br />

ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a<br />

formam (O3), causando assim a destruição dessa camada<br />

da atmosfera.<br />

Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas<br />

nocivos à Terra fica sensivelmente maior, aumentando as<br />

chances de contração de câncer.<br />

Nos últimos anos tentou-se evitar ao máximo a utilização<br />

do CFC e, mesmo assim, o buraco na camada de ozônio<br />

continua aumentando, preocupando cada vez mais a<br />

população mundial. As ineficientes tentativas de se<br />

diminuir a produção de CFC, devido à dificuldade de se<br />

substituir esse gás, principalmente nos refrigeradores,<br />

provavelmente vêm fazendo com que o buraco continue<br />

aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade.<br />

Um exemplo do fracasso na tentativa de se eliminar a<br />

produção de CFC foi a dos EUA, o maior produtor desse<br />

gás em todo planeta.<br />

Em 1978 os EUA produziam, em aerosóis, 470 mil<br />

toneladas de CFC, aumentando para 235 mil em 1988.<br />

Efeito Estufa<br />

O efeito estufa é um processo que ocorre quando uma parte<br />

da radiação infravermelha emitida pela superfície terrestre<br />

é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera.<br />

Como consequência disso, o calor fica retido, não sendo<br />

libertado para o espaço. O efeito estufa dentro de uma<br />

determinada faixa é de vital importância pois, sem ele,<br />

a vida como a conhecemos não poderia existir. Serve para<br />

manter o planeta aquecido, e assim, garantir a manutenção<br />

da vida.<br />

Opinião do professor<br />

Na opinião do grupo, o problema ambiental de maior<br />

impacto é o Efeito Estufa. Apesar de ser o que nos mantém<br />

vivo, ele está superaquecimento do planeta.<br />

Uma possível solução seria a diminuição do consumo<br />

exagerado, e uma diminuição na utilização de veículos.<br />

Utilizando transporte coletivo, bicicleta, caminhar, além de<br />

ser saudável faz bem ao meio ambiente.<br />

46


EXERCÍCIOS<br />

49 - Observe a imagem para responder à questão.<br />

48 - As “ilhas de calor” as imagens de satélite constituem<br />

hoje um instrumento essencial ao conhecimento das<br />

mudanças ambientais que ocorrem na superfície da Terra.<br />

As figuras a seguir são da cidade de Atlanta (EUA) e foram<br />

feitas pela NASA em 2000.<br />

(ecourbana.wordpress.com)<br />

A leitura da imagem e os conhecimentos sobre os<br />

problemas ambientais nos centros urbanos revelam que<br />

a) os transportes coletivos são os grandes responsáveis pela<br />

poluição atmosférica dos grandes centros urbanos,<br />

emitindo monóxido de carbono.<br />

b) as grandes aglomerações humanas produzem toneladas<br />

de subprodutos, que não sendo reciclados, vão se<br />

acumulando na atmosfera.<br />

c) a poluição do ar é resultado da destruição da fauna e<br />

causa graves problemas de saúde a milhões de pessoas.<br />

d) os efeitos da poluição atmosférica interferem<br />

diretamente nos ecossistemas agrícolas, atraindo a fauna<br />

para as cidades.<br />

e) entre os principais fatores responsáveis pela poluição<br />

atmosférica, estão os poluentes lançados pelas chaminés<br />

das fábricas.<br />

A partir da observação das figuras, aponte dois fatores<br />

responsáveis pela formação de “ilhas de calor” em áreas<br />

urbanas.<br />

50 - O processo de industrialização e urbanização, nas<br />

grandes aglomerações urbanas, tem contribuído para o<br />

aumento de problemas e impactos ambientais. A respeito<br />

desses impactos, é correto afirmar que:<br />

a) a grande extensão de asfaltos e cimentos em áreas<br />

urbanas, além de reter o calor, regulariza as temperaturas e<br />

minimiza a formação de ilhas de calor.<br />

b) a poluição de resíduos industriais e esgotos, nos<br />

mananciais hídricos, pouco influencia na qualidade e na<br />

quantidade de água para o consumo humano.<br />

c) a presença da poluição atmosférica gerada pelas<br />

indústrias e veículos motorizados é responsável por<br />

inúmeros problemas de saúde como alergias, doenças<br />

respiratórias, entre outros.<br />

d) o aumento da liberação de gás carbônico por indústrias,<br />

veículos e agropecuária é responsável pelo<br />

desaparecimento do fenômeno natural conhecido como<br />

efeito estufa.<br />

47


e) a preservação das geleiras e consequentes reduções do<br />

nível do mar tem contribuído para o aumento de furacões,<br />

inundações e secas em cidades litorâneas industrializadas.<br />

51 –<br />

Compreende-se hoje que os desertos são domínios<br />

morfoclimáticos fundamentais para o equilíbrio ecológico<br />

do planeta.<br />

a) Explique a tendência às altas amplitudes térmicas diárias<br />

nesses ambientes.<br />

b) Justifique como a baixa pluviosidade média nos desertos<br />

impede que os seus solos sejam bem desenvolvidos para a<br />

agricultura.<br />

Em algumas cidades, pode-se observar no horizonte, em<br />

certos dias, a olho nu, uma camada de cor marrom. Essa<br />

condição afeta a saúde, principalmente, de crianças e de<br />

idosos, provocando, entre outras, doenças respiratórias e<br />

cardiovasculares.<br />

http://tempoagora.uol.com.br/noticias. Acessado em 20/06/2009. Adaptado.<br />

As figuras e o texto acima referem-se a um processo de<br />

formação de um fenômeno climático que ocorre, por<br />

exemplo, na cidade de São Paulo. Trata-se de<br />

a) ilha de calor, caracterizada pelo aumento de<br />

temperaturas na periferia da cidade.<br />

b) zona de convergência intertropical, que provoca o<br />

aumento da pressão atmosférica na área urbana.<br />

c) chuva convectiva, caracterizada pela formação de<br />

nuvens de poluentes que provocam danos ambientais.<br />

d) inversão térmica, que provoca concentração de<br />

poluentes na baixa camada da atmosfera.<br />

e) ventos alísios de sudeste, que provocam o súbito<br />

aumento da umidade relativa do ar.<br />

52 - DESERTOS: Domínios que cobrem 2/9 da superfície<br />

continental da Terra<br />

53 - Sobre o clima mundial, os fatores e os processos que<br />

o condicionam, assinale a alternativa INCORRETA.<br />

I. A latitude influencia na distribuição espacial das<br />

temperaturas. Dessa forma, quanto maior for latitude,<br />

menores serão as temperaturas.<br />

II. A pressão atmosférica varia em função da altitude e da<br />

temperatura. Assim, quanto maior for a altitude, menor será<br />

a pressão atmosférica e quanto mais alta a temperatura,<br />

menor será a pressão.<br />

III. O planeta Terra é aquecido uniformemente, tanto ao<br />

longo da sua superfície quanto ao longo do tempo (anos), e<br />

isto condiciona a circulação atmosférica com a produção<br />

de centros de alta e de baixa pressão, que se alteram<br />

continuadamente.<br />

IV. Dependendo das condições locais, a precipitação pode<br />

ocorrer na forma de chuva, granizo ou neve e está<br />

relacionada, principalmente, à umidade atmosférica.<br />

V. A diferença entre as temperaturas máxima e mínima é<br />

maior no interior dos continentes e a continentalidade<br />

exerce grande influência sobre essa amplitude térmica.<br />

48<br />

Fonte: google.imagens.com.br<br />

a) Estão incorretas as afirmativas I, III e V.


) Estão incorretas as afirmativas II, IV.<br />

c) Estão incorretas as alternativas I, IV e V.<br />

d) Apenas a afirmativa III está incorreta.<br />

e) Todas as afirmativas estão incorretas.<br />

54 - Depois de aproximadamente 11 minutos, a energia do<br />

Sol chega à Terra. Já que o Sol é muito maior que a Terra,<br />

os raios chegam praticamente paralelos entre si.<br />

Essa energia emitida pela estrela, importantíssima para a<br />

compreensão dos fenômenos meteorológicos e climáticos,<br />

é também denominada de:<br />

a) radiação de ondas longas.<br />

b) convecção solar.<br />

c) advecção solar.<br />

d) radiação de ondas curtas.<br />

e) irradiação turbulenta.<br />

55 - Observe o mapa abaixo.<br />

Analise as proposições sobre as massas de ar que atuam no<br />

Brasil, representadas no mapa pelos números arábicos.<br />

I. O número 1 representa a Massa Equatorial Atlântica.<br />

II. O número 2 representa a Massa Equatorial Amazônica.<br />

III. O número 3 representa a Massa Tropical Atlântica.<br />

IV. O número 4 representa a Massa Tropical Continental.<br />

V. O número 5 representa a Massa Polar Atlântica.<br />

c) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.<br />

d) Somente as afirmativas IV e V são verdadeiras.<br />

e) Todas as afirmativas são verdadeiras.<br />

56 - Foi da junção de duas palavras gregas, Átmos (vapor)<br />

e Sphaîra (esfera), que surgiu o nome dado a estrutura de<br />

gás que envolve um satélite ou planeta: a Atmosfera. Em<br />

tempos de aquecimento global, passou a ser mais estudada,<br />

mais valorizada no meio acadêmico, pois é nela que<br />

diversos fenômenos relacionados aos distúrbios climáticos<br />

atuais ocorrem. No nosso planeta, ela é formada por<br />

diversas camadas e, em sua porção mais densa, chega a até<br />

800 quilômetros de altitude a partir do nível do mar. É tida<br />

como irrisória, se considerarmos o tamanho do globo<br />

terrestre, que mede aproximadamente 12,8 mil quilômetros<br />

de diâmetro.<br />

A respeito das camadas que compõem a atmosfera<br />

terrestre, considere as afirmações I, II, III e IV.<br />

I. A Troposfera é a camada mais baixa da atmosfera e, é<br />

nela, que os principais fenômenos meteorológicos<br />

ocorrem, tais como tempestades, chuvas, precipitações de<br />

neve ou granizo e formação de geadas.<br />

II. A camada de ozônio (O3) concentra-se na Termosfera.<br />

Formada a cerca de 400 milhões de anos, protege a Terra<br />

dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol, nocivos à vida.<br />

Porém sabemos que, devido à emissão crescente de CO2<br />

pelas sociedades modernas, abriram-se buracos enormes<br />

nessa camada, permitindo a entrada de tais raios.<br />

III. A Mesosfera se estende da Estratosfera a até<br />

aproximadamente 80 quilômetros acima do nível do mar. É<br />

a faixa mais fria, porque nela não há nuvens nem gases<br />

capazes de absorver a energia do Sol. A temperatura varia<br />

de -5°C a -95°C.<br />

IV. O efeito estufa é um fenômeno natural que mantém o<br />

planeta aquecido nos limites de temperatura necessários<br />

para a manutenção da vida. Nos últimos dois séculos, vem<br />

aumentando, na camada atmosférica que recobre a Terra, a<br />

concentração de dióxido de carbono, do metano, do óxido<br />

nitroso e de outros gases. Esse aumento anormal provoca a<br />

aceleração do aquecimento global.<br />

Estão corretas<br />

Assinale a alternativa correta.<br />

a) Somente as afirmativas I, III, IV e V são verdadeiras.<br />

b) Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras.<br />

a) I e II, apenas.<br />

b) I, II e III, apenas.<br />

c) II, III e IV, apenas.<br />

d) I, III e IV, apenas.<br />

49


e) I, II, III e IV.<br />

57 - A poluição nos grandes centros urbanos, como<br />

Curitiba, pode causar determinadas doenças como rinite,<br />

alergias, asma, problemas de pele e cabelo. Pessoas<br />

sensíveis às partículas em suspensão no ar podem<br />

desenvolver tais doenças ao respirar o ar poluído dos<br />

grandes centros.<br />

Durante todo o ano essas doenças podem acontecer, mas é<br />

no inverno que ficam mais acentuadas.<br />

(Adaptado de Jornal do Estado, Curitiba, 01/06/2009.)<br />

Durante o inverno, em Curitiba, é comum a ação da Massa<br />

Polar Atlântica, que facilita a ocorrência de problemas<br />

respiratórios, pois<br />

a) aumenta a umidade relativa do ar e promove a inversão<br />

térmica, o que provoca a concentração de poluentes nas<br />

partes altas da cidade.<br />

b) aumenta a umidade relativa do ar e promove a inversão<br />

térmica, o que provoca a concentração de poluentes<br />

próximo da superfície do solo.<br />

c) reduz a umidade relativa do ar e promove um maior<br />

aquecimento da parte central da cidade, se comparado à<br />

periferia, o que concentra os poluentes.<br />

d) reduz a umidade relativa do ar e promove a inversão<br />

térmica, o que provoca a concentração de poluentes<br />

próximos da superfície do solo.<br />

c) Quando a massa de ar úmido (1) se desloca para o<br />

continente, refira-se ao passar sobre a corrente de<br />

Humboldt, atrasando o processo de precipitação e<br />

chegando ao continente como massa de ar seco (3).<br />

d) Ao chegar ao continente, as massas de ar estão quentes<br />

e úmidas e originam desertos, como o de Atacama (Chile)<br />

e o da Califórnia (Estados Unidos).<br />

e) A corrente do Golfo, por ser quente, impede o<br />

congelamento do Mar do Norte e ameniza os rigores<br />

climáticos do inverno na porção ocidental da Europa. Já a<br />

corrente de Humboldt causa queda da temperatura em áreas<br />

litorâneas, diminuindo o processo de condensação do ar e<br />

de chuvas no oceano.<br />

59 - De acordo com as condições atmosféricas, a<br />

precipitação pode ocorrer de várias formas: chuva, neve e<br />

granizo. Nas regiões de clima tropical ocorrem três tipos<br />

de chuvas: frontal, orográfica e convectiva (ou de verão):<br />

58 - Com base na figura, aponte a alternativa correta:<br />

A chuva demonstrada na figura é do tipo:<br />

MOREIRA, J.C. e SENE, E. <strong>Geografia</strong> Geral e do Brasil: espaço geográfico e<br />

globalização. São Paulo: Scipione, 2007, p.95. (adaptado).<br />

a) A massa de ar úmido (1), deslocando-se em direção ao<br />

continente, aumenta sua temperatura ao passar sobre a<br />

corrente de Humboldt, retardando as chuvas.<br />

b) A corrente fria de Humboldt, no Hemisfério Sul, causa<br />

queda da temperatura nas áreas litorâneas (2). Isso provoca<br />

condensação e precipitação. Ao chegar ao continente, a<br />

massa de ar se torna seca (3).<br />

a) Frontal – esse tipo de chuva resulta do deslocamento<br />

horizontal e eventual choque entre massas de ar com<br />

diferentes características de temperatura e pressão. O<br />

contato entre elas forma uma faixa de instabilidade, onde<br />

ocorrem as chuvas.<br />

b) Orográfica – barreiras no relevo levam as massas de ar<br />

a atingir grandes altitudes, o que causa queda de<br />

temperatura e condensação do vapor. As chuvas costumam<br />

ser localizadas, intermitentes e finas.<br />

c) Convectiva – atingindo altitudes elevadas, a temperatura<br />

aumenta e o vapor se condensa em gotículas que<br />

permanecem em suspensão. O ar fica mais denso, desce<br />

frio e seco para a superfície e inicia novamente o ciclo<br />

convectivo. Após a precipitação, o céu fica claro<br />

novamente.<br />

d) De verão ou convectiva – são causadas pela ascensão ou<br />

pela descida lenta (subsidência) do ar. O ar mais próximo<br />

50


da superfície terrestre se aquece e ascende na atmosfera ao<br />

atingir camadas mais frias da troposfera. O vapor d’água se<br />

condensa, formam-se nuvens e chove. Geralmente são<br />

chuvas torrenciais de curta duração acompanhadas de raios<br />

e trovões.<br />

e) Frontal – geralmente ocorre em zonas de contato entre<br />

duas massas de ar com características semelhantes. Logo,<br />

inicia processo de condensação do vapor e a precipitação<br />

da água na forma de chuva.<br />

61 - As colunas abaixo apresentam elementos climáticos e<br />

fatores climáticos. Associe as duas colunas.<br />

60 - Observe a imagem abaixo:<br />

Assinale a alternativa que apresenta a sequência<br />

CORRETA.<br />

a) 2 – 1 – 1 – 2 – 2<br />

b) 1 – 1 – 2 – 1 – 1<br />

c) 2 – 2 – 1 – 1 – 1<br />

d) 1 – 2 – 1 – 2 – 2<br />

ADAS, Melhem. Panorama geográfico do Brasil: Contradições, impasses e desafios<br />

sócio espaciais. São Paulo: Moderna, 1998, p.332. (adaptado).<br />

Com auxílio da figura, pode-se concluir que:<br />

a) Áreas frias (ou de alta pressão), como as polares e as<br />

subtropicais, são dispersoras de massas de ar e ventos e<br />

recebem o nome de áreas ciclonais.<br />

b) As áreas quentes ou de baixa pressão atmosférica, como<br />

as equatoriais, são receptoras de massas de ar e ventos que<br />

recebem o nome de áreas ciclonais.<br />

c) O ar aquecido das zonas de baixas latitudes próximas ao<br />

equador se expande, torna-se leve e sobe (ascende), criando<br />

uma área de alta pressão ou ciclonal.<br />

d) Os movimentos do ar (massas de ar e ventos) resultam<br />

da distribuição homogênea de energia solar nas zonas de<br />

baixas, médias e altas latitudes.<br />

e) A diferença de temperatura do ar atmosférico exerce uma<br />

função muito importante na formação de áreas de baixa e<br />

alta pressão atmosférica, porém não interfere no<br />

movimento das massas de ar e dos ventos.<br />

62 - No dia 19 de junho de 2010, a cidade do Rio de Janeiro<br />

amanheceu sob a influência de um forte nevoeiro, que<br />

dificultava a visibilidade, interferindo no ritmo das<br />

atividades urbanas. O ar quente permaneceu acima da<br />

camada de ar frio, que ficou retida nas proximidades da<br />

superfície, favorecendo a concentração de poluentes. O que<br />

foi vivenciado nesta cidade é um fenômeno climático que<br />

pode ocorrer em qualquer época do ano, sendo mais<br />

comum no inverno. Nessa época, as chuvas são mais raras,<br />

dificultando, ainda mais, a dispersão dos poluentes, o que<br />

causa um problema ambiental.<br />

O fenômeno climático descrito no texto é conhecido como:<br />

a) efeito estufa.<br />

b) ilhas de calor.<br />

c) inversão térmica.<br />

d) chuva ácida.<br />

63 - A fotografia reproduzida a seguir mostra, com muita<br />

clareza, um importante fenômeno investigado pela<br />

<strong>Geografia</strong> Física. Assinale-o.<br />

51


poluentes que ficam retidos nas camadas baixas da<br />

atmosfera.<br />

( ) É um dos mais importantes sistemas meteorológicos<br />

que atuam nos trópicos. Ela é parte integrante da circulação<br />

geral da atmosfera.<br />

( ) Corresponde ao aumento da produção de calor na área<br />

urbana. É resultante da vegetação escassa, do excesso de<br />

concreto e asfalto.<br />

a) Formação de ciclones tropicais nas Antilhas.<br />

b) Gênese de chuvas frontológicas nas áreas de exceção.<br />

c) Formação de precipitações por imposição orográfica.<br />

d) Avanço de ciclones extratropicais.<br />

e) Desenvolvimento de nuvens estratificadas, decorrentes<br />

de uma ação anticíclica.<br />

64 - A evaporação da água absorve energia térmica, de<br />

forma que. quando a água evapora ou se transforma em<br />

vapor d'agua, as moléculas de água aprisionam uma certa<br />

quantidade dessa energia térmica. Nos ambientes<br />

climaticamente secos, como, por exemplo, o Sertão<br />

nordestino, esse fenômeno é mais intenso.<br />

Assinale a alternativa que denomina corretamente essa<br />

energia aprisionada.<br />

a) Evapotranspiração potencial.<br />

b) Calor latente.<br />

c) Ciclone latente.<br />

d) Frente oclusa.<br />

e) Calor específico do ar.<br />

( ) Produzida por gotas de água carregadas de ácidos,<br />

resultantes dos resíduos poluentes depositados na<br />

atmosfera pelas indústrias, automóveis etc. Esses resíduos<br />

entram em reação química com água formando o ácido<br />

sulfúrico, os quais se precipitam em forma de chuva.<br />

A alternativa que apresenta a sequência correta é:<br />

a) 2 4 1 3<br />

b) 4 2 1 3<br />

c) 1 3 2 4<br />

d) 4 1 2 3<br />

e) 3 1 2 4<br />

66 - Os gráficos apresentados foram elaborados pelo<br />

Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e<br />

representam as diferentes situações climáticas em duas<br />

capitais brasileiras, Belém (PA) e Teresina (PI).<br />

65 - Estabeleça a correlação entre as características dos<br />

conceitos estabelecidos na coluna I.<br />

(1) Ilha de calor<br />

(2) Inversão térmica<br />

(3) Chuva ácida<br />

(4) Zona de convergência intertropical<br />

( ) É um fenômeno meteorológico que provoca grandes<br />

danos à saúde da população urbana, em decorrência dos<br />

52


Coluna 2<br />

( ) Ventos que se deslocam das áreas de alta pressão<br />

localizadas nos trópicos para as zonas de baixa pressão do<br />

Equador. Tais ventos são de nordeste no hemisfério norte e<br />

de sudeste no hemisfério sul; na sua zona de convergência<br />

são responsáveis pelos maiores índices pluviométricos do<br />

planeta.<br />

Considerando o conhecimento a cerca desse assunto e<br />

interpretando as informações apresentadas, indique qual<br />

das alternativas corresponde à análise correta sobre os<br />

gráficos.<br />

a) As cidades de Belém e Teresina encontram-se em<br />

mesma Longitude, portanto não apresentam diferenças<br />

significativas nos valores de temperatura durante o ano.<br />

b) Mesmo localizadas na zona intertropical, as duas<br />

cidades analisadas apresentam comportamento<br />

diferenciado quanto ao regime das chuvas, uma vez que a<br />

estação climática do inverno de Teresina é mais seca que a<br />

de Belém.<br />

c) A altitude é um fator determinante nos valores de<br />

precipitação; isso explica a redução da quantidade de<br />

chuvas entre os meses de junho a outubro nas duas cidades<br />

analisadas, localizadas na região costeira do país.<br />

d) Constata-se no gráfico que a amplitude térmica anual<br />

para Belém e Teresina é grande em virtude da proximidade<br />

ao Equador.<br />

e) Na estação climática do verão, tanto para Belém como<br />

para Teresina, observam-se temperaturas mais elevadas e<br />

baixo nível de precipitação.<br />

( ) Mecanismo global proveniente do aquecimento desigual<br />

da superfície terrestre através do qual o calor é distribuído<br />

pelo planeta e possibilita a formação das grandes zonas<br />

climática.<br />

( ) Ventos secos que perderam umidade e se aqueceram na<br />

zona equatorial, de onde retornam aos trópicos, latitude na<br />

qual contribuem para a formação da maioria dos grandes<br />

desertos do planeta.<br />

( ) Aquecimento das águas do Pacífico Sul, de causas ainda<br />

não conhecidas, com consequências globais ao provocar<br />

seca em algumas regiões do planeta e precipitações<br />

excessivas em outras.<br />

( ) Ventos sazonais que mudam de direção em função da<br />

alternância entre as áreas de alta e de baixa pressão<br />

atmosférica (continental e oceânica) e definem uma<br />

estação seca e outra chuvosa em grandes regiões tropicais<br />

e subtropicais do planeta.<br />

67 - Associe os fenômenos climáticos citados na coluna 1<br />

às suas respectivas características descritas na coluna 2.<br />

A sequência correta da enumeração é:<br />

Coluna 1<br />

(1) El Niño<br />

(2) Circulação geral da atmosfera<br />

(3) Monções<br />

(4) Alísios<br />

(5) Contra-alísios<br />

a) 4 2 5 1 3<br />

b) 3 2 1 5 4<br />

c) 2 1 3 5 4<br />

d) 5 2 4 1 3<br />

e) 1 3 2 4 5<br />

53


68 - Clima corresponde à sequência cíclica das variações<br />

das condições atmosféricas, no decorrer do ano. É essa<br />

sequência que nos permite afirmar o tipo climático de<br />

alguma região. Por influência de alguns fatores, o clima<br />

não é o mesmo em todo o planeta.<br />

70 - Na figura abaixo podem ser observadas médias<br />

térmicas mensais de algumas cidades indicadas no mapamúndi.<br />

Entre as cidades há uma significativa diferença<br />

entre temperaturas máximas e mínimas mensais. É correto<br />

afirmar que:<br />

a) Quais são os elementos que compõem o clima?<br />

b) Quais os principais fatores modificadores do clima?<br />

54<br />

69 - A Lei do Clima, uma lei ambiental municipal de São<br />

Paulo recentemente aprovada, previa, entre outras ações,<br />

que, a cada ano, 10% da frota de ônibus passasse a utilizar<br />

biocombustíveis (etanol ou biodiesel) em substituição aos<br />

movidos a combustíveis fósseis. No entanto, os novos<br />

ônibus adquiridos pela Prefeitura, desde então, continuam<br />

sendo movidos a diesel, (Folha de S. Paulo, 16/06/2010,<br />

p.C1), o que afeta o meio ambiente e a sociedade de<br />

diferentes formas.<br />

Assinale a alternativa que não descreve uma consequência<br />

da queima de combustíveis fósseis.<br />

a) Chuva ácida<br />

b) Efeito estufa<br />

c) Poluição atmosférica<br />

d) Doenças respiratórias<br />

e) Inversão térmica<br />

a) apesar de estarem em latitudes similares, Yakutsk<br />

apresenta uma amplitude térmica muito maior que<br />

Hamburgo, pois em Yakutsk a radiação anual é<br />

significativamente maior que em Hamburgo.<br />

b) a média de temperatura é praticamente constante em<br />

Manaus, porque apesar das grandes variações de insolação<br />

durante inverno e verão, a umidade e a Floresta Amazônica<br />

permitem a maior conservação da energia.<br />

c) Assuan apresenta uma amplitude térmica menor que<br />

Manaus, pois está situada no deserto do Saara (Egito), onde<br />

as temperaturas durante o dia são muito elevadas, mas, à<br />

noite, sofrem quedas bruscas.<br />

d) apesar de estarem em latitudes similares, Yakutsk<br />

apresenta uma amplitude térmica muito maior que<br />

Hamburgo, pois em Yakutsk o efeito da continentalidade é<br />

mais pronunciado que em Hamburgo, onde predomina a<br />

ação da maritimidade.<br />

71 - Segundo a base de dados internacional sobre<br />

desastres, da Universidade Católica de Louvain, Bélgica,<br />

entre 2000 e 2007, mais de 1,5 milhão de pessoas foram<br />

afetadas por algum tipo de desastre natural no Brasil. Os<br />

dados também mostram que, no mesmo período, ocorreram<br />

no país cerca de 36 grandes episódios de desastres naturais,<br />

com prejuízo econômico estimado em mais de US$ 2,5<br />

bilhões.<br />

Adaptado de C.Q.T. Maffra e M. Mazzola,<br />

“Vulnerabilidade Ambiental: Desastres Naturais ou<br />

Fenômenos Induzidos?”. In: Vulnerabilidade Ambiental.<br />

Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2007, p. 10.


É possível considerar que, no território nacional,<br />

a) os desastres naturais estão associados diretamente a<br />

episódios de origem tectônica.<br />

b) apenas a ação climática é o fator que justifica a marcante<br />

ocorrência dos desastres naturais.<br />

c) a concentração das chuvas e os processos tectônicos<br />

associados são responsáveis pelos desastres naturais.<br />

d) os desastres estão associados a fenômenos climáticos<br />

potencializados pela ação antrópica.<br />

72 - Na figura abaixo, está representado um fenômeno<br />

comum em grandes aglomerações urbanas, como a cidade<br />

de Londres.<br />

73 - “Uma das possíveis causas para o desaparecimento do<br />

Airbus A330 da Air France, que saiu do Rio de Janeiro com<br />

destino a Paris, é a condição climática da região onde o<br />

avião teria desaparecido. Trata-se da zona de convergência<br />

intertropical (ZCIT), onde há formação de muitas áreas de<br />

instabilidade, com raios e tempestades”.<br />

(Fonte: O Estado de S. Paulo, 01/06/2009)<br />

Sobre as condições climáticas que envolveram esse<br />

acidente aéreo, é correto afirmar:<br />

01) As tempestades foram provocadas por chuvas frontais,<br />

decorrentes do choque de uma massa de ar polar de alta<br />

intensidade com uma massa de ar equatorial, sob alta<br />

pressão atmosférica na zona intertropical e baixa<br />

temperatura do mar, o que permitiu um acúmulo de<br />

umidade nas mais altas altitudes.<br />

02) As condições climáticas adversas foram ocasionadas<br />

pelo efeito estufa, que provocou o aquecimento rápido das<br />

águas do oceano, associado à convergência dos ventos<br />

alísios que formaram nuvens carregadas na altura do<br />

Equador dissipando-se na altitude do voo do avião.<br />

04) As tempestades formadas foram provocadas por chuvas<br />

convectivas, decorrentes da ascensão vertical da massa de<br />

ar carregada de umidade que, ao atingirem as mais altas<br />

altitudes, se resfriaram, condensaram e precipitaram, sob<br />

forte instabilidade, e foi justamente na altitude de 11.000<br />

m em que o avião estava, que ele cruzou com essas<br />

tempestades.<br />

Explique a ocorrência do fenômeno representado na figura<br />

e cite duas ações do poder público sobre os espaços<br />

urbanos capazes de atenuar esse fenômeno.<br />

08) A convergência dos ventos alísios, que diminuíram a<br />

pressão do ar na região do acidente, favoreceu a formação<br />

de nuvens carregadas na direção do Equador, comparandose<br />

a um ciclone com fortes ventos circulares que se<br />

formaram sobre as águas quentes do oceano Atlântico.<br />

16) As tempestades intertropicais foram formadas pelas<br />

nuvens cúmulos nimbo; quanto mais altas são essas<br />

nuvens, mais forte é a tempestade (tempestade elétrica), e<br />

os ventos podem chegar a até 200 km/h.<br />

Soma ( )<br />

74 - El Niño é um fenômeno oceânico caracterizado pelo<br />

aquecimento incomum das águas superficiais nas porções<br />

central e leste do oceano pacífico, nas proximidades da<br />

América do Sul, mais particularmente na costa do Peru. A<br />

corrente de águas quentes que ali circula, em geral, na<br />

direção sul no início do verão, somente recebe o nome de<br />

El Niño quando a anomalia térmica atinge proporções<br />

elevadas (1ºC) ou muito elevadas (de 4 a 6ºC) acima da<br />

média térmica, que é de 23ºC. Este fenômeno se faz notar<br />

com maior evidência nas costas peruanas, pois as águas<br />

55


provenientes do fundo oceânico (fenômeno conhecido<br />

como ressurgência) e da corrente marinha de Humboldt são<br />

interceptadas por águas quentes oriundas do norte e oeste.<br />

Essa alteração regional assume dimensões continentais e<br />

planetárias à medida que provoca desarranjos de toda a<br />

ordem em vários climas da Terra.<br />

75 -<br />

Mendonça e Danni-Oliveira, 2007)<br />

Ainda sobre a influência do fenômeno El Niño na dinâmica<br />

climática mundial pode-se afirmar que:<br />

I. Afetando a dinâmica climática em escala global, a<br />

ocorrência do fenômeno gera bruscas alterações climáticas<br />

no mundo.<br />

II. Influenciando a dinâmica climática em escala global, o<br />

fenômeno gera impactos generalizados sobre as atividades<br />

humanas causados por inúmeras catástrofes ligadas a<br />

severas secas, inundações e ciclones.<br />

III. Mesmo com maior influência nas costas peruanas, o<br />

fenômeno não interfere na dinâmica climática local e<br />

regional.<br />

IV. Além de atuar na costa pacífica da América do Sul, o El<br />

Niño provoca graves perturbações climáticas (secas<br />

anormais ou, ao contrário, ciclones e chuvas com totais<br />

pluviométricos extremamente elevados em relação às<br />

normais locais e regionais) em regiões isentas de tais<br />

eventos.<br />

V. Apesar de atuar na costa pacífica da América do Sul este<br />

fenômeno não traz mudanças climáticas significativas para<br />

a região.<br />

Com base no texto, as alternativas verdadeiras são:<br />

a) I, II, III e IV<br />

b) I, III, IV e V<br />

c) II, IIII, e IV<br />

d) I, II, e IV<br />

e) II, IV e V<br />

Fonte: Geoatlas, Maria Elena Simielli<br />

Observando o mapa, considere as afirmações I, II e III<br />

abaixo.<br />

I. A corrente de Humboldt, no Hemisfério Sul, é muito fria,<br />

ocasionando queda da temperatura nas áreas litorâneas, o<br />

que favorece o fenômeno da ressurgência e a formação do<br />

deserto de Atacama.<br />

II. A corrente da Califórnia é quente, o que colabora com<br />

as altas temperaturas nas porções litorâneas, onde<br />

aparecem as estepes. É, ainda, responsável também pela<br />

formação do deserto da Califórnia.<br />

III. A corrente do Golfo, por ser quente, impede o<br />

congelamento do Mar do Norte e ameniza os rigores<br />

climáticos do inverno na porção ocidental da Europa.<br />

Dessa forma,<br />

a) apenas I e II estão corretas.<br />

b) apenas II e III estão corretas.<br />

c) apenas I e III estão corretas.<br />

d) apenas I está correta.<br />

e) apenas II está correta.<br />

76 - O mapa representa a amplitude térmica anual (em ºC)<br />

global. Sobre a sua leitura, NÃO se pode afirmar:<br />

56


a) as amplitudes térmicas são maiores no Hemisfério<br />

Norte, porque a concentração de terras nesse hemisfério as<br />

acentua.<br />

b) as amplitudes térmicas são mais baixas no Hemisfério<br />

Sul em função da predominância de oceanos,<br />

condicionando maior retenção de energia pela água.<br />

c) as amplitudes térmicas são iguais sobre oceanos e<br />

continentes.<br />

d) as amplitudes térmicas não são derivadas<br />

diretamente da exposição à insolação.<br />

77 - O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico que<br />

ocorre no oceano Pacífico Tropical, e que pode afetar o<br />

clima regional e global, porque altera padrões de vento em<br />

nível mundial. Desse modo, afeta regimes de chuva em<br />

regiões tropicais e de latitudes médias. Com o auxílio da<br />

figura abaixo, responda às questões:<br />

78 - Sobre os fatores e processos que condicionam o clima,<br />

assinale o que for correto.<br />

01) O principal fator de diferenciação das zonas climáticas<br />

(polar, temperada e tropical) é a variação longitudinal que<br />

condiciona a quantidade de radiação solar recebida pela<br />

superfície.<br />

02) Quanto maior é a altitude, o ar se torna mais rarefeito,<br />

com uma maior concentração de gases, o que gera uma<br />

diminuição da umidade e um aumento da temperatura.<br />

04) A maior concentração de terras emersas ocorre no<br />

hemisfério norte o que reduz, de maneira geral, as<br />

oscilações térmicas, comparando-se com o que ocorre no<br />

hemisfério sul.<br />

08) O planeta Terra não é aquecido uniformemente, tanto<br />

ao longo da sua superfície quanto ao longo do tempo (ano),<br />

e isto condiciona a circulação atmosférica com a produção<br />

de centros de alta e de baixa pressão, que se alteram<br />

continuadamente.<br />

a) O que acontece com a temperatura das águas do Oceano<br />

Pacífico quando ocorre o El Niño? Qual a razão para esse<br />

fenômeno ser denominado El Niño?<br />

b) Nos anos em que esse fenômeno ocorre, qual a<br />

consequência para a atividade pesqueira do Peru? Qual a<br />

alteração do tempo no Nordeste Brasileiro?<br />

16) Os principais tipos de chuva são: frontal, orográfica e<br />

convecção. A chuva orográfica é produzida pelo efeito do<br />

relevo, que obriga a massa de ar a se elevar, quando barrada<br />

por ele. É uma chuva, em geral, localizada, intermitente e<br />

fina.<br />

Soma ( )<br />

79 - O clima das cidades tem recebido atenção nos fóruns<br />

de discussão sobre meio ambiente. Quanto ao clima<br />

urbano, que apresenta característica peculiar decorrente<br />

das atividades da sociedade moderna, é correto afirmar:<br />

57


I. A inversão térmica é um fenômeno que ocorre quando a<br />

camada de ar mais fria se situa sob o ar mais quente, ou<br />

seja, é mais próxima do solo. Nas grandes cidades, essa<br />

situação favorece a concentração de poluentes porque o ar<br />

frio funciona como um tampão que impede a dissipação da<br />

poluição atmosférica.<br />

II. O fenômeno da ilha de calor, que é muito comum em<br />

cidades com elevado grau de urbanização e substituição de<br />

áreas verdes pelas construções, promove elevação da<br />

temperatura.<br />

III. A concentração de poluentes nas grandes cidades<br />

adensa a massa de micropartículas em suspensão e esta<br />

estimula o processo de condensação, proporcionando um<br />

ressecamento da atmosfera. Dessa maneira, as<br />

precipitações nas áreas urbanas costumam registrar índices<br />

menores que os do seu entorno.<br />

Está(ao) correta(s) a(s) seguinte(s) afirmativa(s)<br />

( ) Fenômeno natural, frequente nos meses de inverno,<br />

geralmente ocorre no final da madrugada e no início da<br />

manhã.<br />

( ) Fenômeno antrópico, típico de aglomerações urbanas,<br />

com elevação das temperaturas médias, se comparadas às<br />

das zonas rurais.<br />

Assinale a alternativa que preenche corretamente os<br />

parênteses, de cima para baixo.<br />

a) 3 – 1 – 2<br />

b) 1 – 2 – 3<br />

c) 2 – 1 – 3<br />

d) 3 – 2 – 1<br />

e) 1 – 3 – 2<br />

81 - A figura a seguir está representando um importante<br />

fenômeno climático. Assinale-o.<br />

a) I, II e III<br />

b) I e II<br />

c) I e III<br />

d) II e III<br />

e) apenas I<br />

80 - Entre as maiores causas da poluição atmosférica estão<br />

a queima dos combustíveis fósseis e os resíduos gasosos da<br />

indústria. Isso provoca hoje alguns fenômenos climáticos<br />

que estão sendo acompanhados por cientistas.<br />

Considerando os fenômenos climáticos, listados na Coluna<br />

A, associe-os às características que os identificam,<br />

elencadas na Coluna B<br />

COLUNA A<br />

1. Inversão Térmica<br />

2. Ilhas de Calor<br />

3. Efeito Estufa<br />

a) A formação de ciclones extratropicais.<br />

b) A gênese das chuvas frontais.<br />

c) A origem da Zona de Convergência Intertropical.<br />

d) A dispersão de uma frente fria.<br />

e) A formação de chuvas orogênicas.<br />

COLUNA B<br />

( ) Desequilíbrio da composição atmosférica com elevação<br />

de dióxido de carbono, causada pela queima de<br />

combustíveis fósseis, florestas e outros.<br />

82 - A respeito dos principais fenômenos climáticos<br />

recorrentes nas cidades, é correto afirmar:<br />

a) Friagem é o fenômeno natural mais frequente nos meses<br />

de verão, em períodos de penetração de massas de ar frio,<br />

acontecendo em escala local por apenas algumas horas.<br />

b) Efeito Estufa é um fenômeno natural e fundamental para<br />

a vida, que consiste na retenção de calor irradiado pela<br />

58


superfície terrestre, contribuindo para o equilíbrio térmico<br />

do planeta.<br />

c) Inversão Térmica é um fenômeno climático ocasionado<br />

por elevadas temperaturas, principalmente nas áreas<br />

centrais das cidades, onde existem poucas áreas verdes.<br />

d) El niño é o fenômeno climático resultante de alteração<br />

antropogênica, tais como verticalização, redução de áreas<br />

verdes, impermeabilização do solo, ocasionando a<br />

elevação da temperatura.<br />

e) La niña é o fenômeno natural mais frequente nos meses<br />

de verão, em períodos de penetração de massas de ar<br />

quente, acontecendo em escala local por apenas algumas<br />

semanas.<br />

d) Em maiores altitudes, o ar se torna mais rarefeito, ou<br />

seja, há mais concentração de gases e umidade, o que<br />

aumenta a retenção de calor.<br />

85 - A variação climática na superfície terrestre está<br />

diretamente ligada à localização de cada região nas<br />

diversas latitudes, sendo, portanto, resultante do<br />

comportamento dinâmico da atmosfera, em sua seqüência<br />

habitual, e influenciada pelos fatores geográficos regionais<br />

e locais.<br />

83 - O clima corresponde ao comportamento do tempo<br />

atmosférico durante um longo período. Com relação ao<br />

clima, analise as afirmativas e assinale a opção correta.<br />

I. São fatores climáticos a latitude, a altitude, as massas de<br />

ar, a continentalidade<br />

.II. Ilhas de calor são um fenômeno climático típico de<br />

grandes aglomerações urbanas.<br />

III. A ação diferenciada das massas de ar ao longo do ano é<br />

um dos fatores que explicam a variação do comportamento<br />

do tempo.<br />

IV. A inversão térmica é um fenômeno natural que pode<br />

ocorrer em qualquer parte do planeta e geralmente acontece<br />

no final da madrugada e no início da manhã,<br />

principalmente nos meses de inverno.<br />

a) Apenas I e III estão corretas.<br />

b) Apenas II e III estão corretas.<br />

c) Apenas I, II e III estão corretas.<br />

d) Todas estão corretas.<br />

84 - Pode-se afirmar que o clima corresponde ao<br />

comportamento do tempo atmosférico, ao longo do ano,<br />

num determinado lugar da Terra. O clima tem<br />

comportamento diversificado, que é caracterizado pela<br />

combinação de diferentes fatores. Com relação aos fatores<br />

climáticos, assinale a alternativa incorreta.<br />

a) A latitude é o mais evidente fator climático, e quanto<br />

mais se afastar do Equador, menores serão as temperaturas.<br />

b) As massas de ar influem diretamente nas condições<br />

climáticas.<br />

c) As massas de ar podem ser frias ou quentes, secas ou<br />

úmidas, e, ao se deslocarem, interagem umas com as<br />

outras, trocando e distribuindo calor pela terra.<br />

Com base nas informações do texto, na análise do mapa e<br />

nos conhecimentos sobre os elementos e fatores<br />

geográficos do clima,<br />

a) calcule as amplitudes térmicas anuais das cidades de<br />

Amiens (França), Praga (República Tcheca) e Kiev<br />

(Ucrânia), situadas em latitudes próximas;<br />

b) explique as causas das diferenças de amplitude térmica<br />

existentes entre essas cidades;<br />

c) identifique a zona climática onde as referidas cidades<br />

estão situadas.<br />

59


que el niño ocorre nas proximidades do Peru e la niña na<br />

parte do oceano Pacífico que banha a América Central.<br />

e) el niño é o aquecimento das águas oceânicas nas<br />

proximidades da Oceania, enquando que la niña é o<br />

resfriamento das águas oceânicas nas proximidades do<br />

Peru.<br />

88 - Observe a tabela.<br />

86 - A atmosfera terrestre é formada por diversos gases<br />

importantes para a vida. É na atmosfera que se desenvolve<br />

o clima e o tempo. Sobre o clima é correto afirmar que<br />

60<br />

a) é o estado momentâneo da atmosfera que influencia todo<br />

o Globo.<br />

b) à medida que a altitude aumenta, a temperatura diminui.<br />

c) quando nos afastamos da costa, encontramos amplitudes<br />

térmicas menores.<br />

d) as massas de ar influenciam apenas os climas frios, pois,<br />

nos climas quentes, elas não conseguem penetrar.<br />

e) quanto menor a latitude, menor é a temperatura em<br />

função da baixa umidade.<br />

87 - El niño e la niña são dois fenômenos ligados ao<br />

aquecimento e resfriamento das águas do oceano Pacífico<br />

na sua parte tropical. A respeito deles, é correto afirmar<br />

que:<br />

a) el niño liga-se ao resfriamento das águas oceânicas, ao<br />

passo que la niña diz respeito ao aquecimento dessas águas;<br />

a cada três anos, primeiro ocorre el niño e em seguida<br />

sempre ocorrerá la niña.<br />

b) o fenômeno la niña, de aquecimento das águas<br />

oceânicas, apesar de descoberto depois do el niño, sempre<br />

ocorre antes deste.<br />

c) el niño liga-se ao aquecimento das águas oceânicas e La<br />

niña diz respeito ao esfriamento dessas águas; a cada três<br />

anos, primeiro ocorre el niño e em seguida pode ou não<br />

ocorrer la niña.<br />

d) ambos os fenômenos dizem respeito ao aquecimento e<br />

posterior resfriamento das águas oceânicas; a diferença é<br />

Assinale que contém o nome atribuído ã variação<br />

verificada entre as duas séries de dados e as localidades que<br />

apresentam a maior e a menor variação.<br />

a) Variação climática; Liubliana e Atenas.<br />

b) Amplitude térmica; Kiev e Dublin.<br />

c) Mudança climática; Bucareste e Copenhague.<br />

d) Amplitude térmica; Berlim e Reikjavik.<br />

e) Variação climática; Madri e Atenas.<br />

89 - A dinâmica atmosférica é constituída pela relação<br />

entre os elementos e fatores climáticos. Com base nas 1<br />

informações do quadro abaixo, marque a alternativa<br />

INCORRETA.


d) diminuição da pressão atmosférica.<br />

e) diminuição dos valores de insolação.<br />

a) Como elemento climático, as latitudes interferem<br />

significativamente no clima.<br />

b) Trata-se da demonstração do efeito de um fator<br />

climático no comportamento das temperaturas.<br />

c) Observa-se que quanto maior a latitude, menor a<br />

temperatura.<br />

d) Latitudes menores determinam aumento nas médias de<br />

temperatura.<br />

90 - “Nos espaços altamente urbanizados, é significativa a<br />

diferença de temperatura entre a região central, mais<br />

quente, e a periferia, com menor temperatura. Em alguns<br />

casos, a diferença pode chegar a 9ºC. Isso ocorre porque<br />

nas áreas centrais os automóveis e indústrias lançam<br />

poluentes, que provocam o aumento da temperatura. O<br />

concreto e o asfalto absorvem rapidamente o calor, cuja<br />

dispersão é dificultada pela poluição”.<br />

Qual dos impactos abaixo representados está diretamente<br />

associado aos grandes centros urbanos conforme citado no<br />

texto acima? Assinale-o:<br />

a) Aquecimento Global.<br />

b) Ilhas de Calor.<br />

c) Efeito Estufa.<br />

d) Anticiclones Tropicais.<br />

e) Destruição da Camada de Ozônio.<br />

91 - A altitude é um fator que influencia condições<br />

ambientais e, por isso, é levada em consideração na prática<br />

esportiva. É CORRETO afirmar que o aumento da altitude<br />

causa<br />

a) aumento da longitude.<br />

b) diminuição da latitude.<br />

c) aumento da densidade do ar.<br />

92 - As ilhas de calor, repercussões locais do aquecimento<br />

global, têm sido foco de inúmeras investigações no mundo<br />

inteiro, tendo em vista que as cidades são mais quentes que<br />

seus arredores, com maiores amplitudes após o pôr-do-sol<br />

e no inverno com isotermas ao redor dos centros. Entre as<br />

suas consequências estão: o surgimento de uma circulação<br />

peculiar, maior demanda de material particulado e<br />

alterações na umidade, nebulosidade e precipitações.<br />

Com base no texto é CORRETO afirmar que não são<br />

implicações advindas do aquecimento global:<br />

a) Menor demanda de calefação em áreas mais frias e<br />

maior necessidade de refrigeração em centros urbanos<br />

tropicais.<br />

b) Ocorrência de violentos terremotos e ativação de<br />

vulcões adormecidos.<br />

c) Proliferação de espécies vegetais e animais mais<br />

adaptadas a esse ambiente e alteração no período de<br />

florescimento de várias espécies vegetais.<br />

d) Ocorrência de chuvas ácidas a partir de reações<br />

químicas de alguns poluentes e aumento de doenças<br />

respiratórias.<br />

93 - Existem diferenças entre clima e tempo. O clima é o<br />

conjunto de condições meteorológicas de uma região em<br />

determinado período. Já o tempo é a combinação<br />

passageira dos elementos do clima.<br />

Leia as descrições climáticas abaixo e assinale “T” para<br />

TEMPO e “C” para CLIMA.<br />

( ) A frente fria se afasta, mas parte de sua instabilidade<br />

ainda permanece sobre o centro-leste do Paraná. Nuvens<br />

carregadas provocam chuva desde cedo nestas regiões. Os<br />

demais setores paranaenses terão um dia de sol entre<br />

muitas nuvens com pancadas de chuva, principalmente à<br />

tarde.<br />

( ) Nublado, alguns períodos de melhoria e chuva a<br />

qualquer hora do dia.<br />

( ) Temperado, com verão ameno, chuvas uniformemente<br />

distribuídas, sem estação seca e a temperatura média do<br />

mês mais quente não chega a 22ºC. Precipitação de 1.100<br />

a 2.000 mm Geadas severas e frequentes, num período<br />

médio de ocorrência de dez a 25 dias anualmente.<br />

( ) Com sol forte e poucas nuvens. O ar seco que predomina<br />

no Estado ainda desfavorece a formação de áreas de<br />

instabilidade. Faz calor à tarde.<br />

( ) Está inserida na região de clima temperado de categoria<br />

subquente, com temperatura média oscilando entre 18 e<br />

15ºC no inverno e entre 26 e 24º C no verão. A temperatura<br />

61


média anual é de 20.4ºC. No inverno, a passagem da frente<br />

fria é sucedida por ondas de frio das massas polares, que<br />

baixam consideravelmente as temperaturas. O mesmo<br />

efeito no verão tem ação amenizadora.<br />

a) T, T, C, T, C.<br />

b) C, C, T, C, T.<br />

c) C, T, C, T, C.<br />

d) T, T, T, T, C.<br />

e) C, C, C, T, T.<br />

94 - A maior parte dos fenômenos meteorológicos, como<br />

as chuvas, os ventos e os deslocamentos de massas de ar,<br />

ocorre na:<br />

a) Estratosfera<br />

b) Troposfera<br />

c) Mesosfera<br />

d) Termosfera<br />

95 - Clima é a sucessão habitual dos estados do tempo<br />

meteorológico. A grande variação climática no planeta é<br />

resultante da interação dos fatores climáticos, que são os<br />

responsáveis pela grande heterogeneidade climática da<br />

Terra e estão diretamente relacionados com a geografia de<br />

cada porção da superfície terrestre. Em qual das<br />

alternativas a seguir há APENAS fatores climáticos, isto é,<br />

aqueles que contribuem para determinar as condições<br />

climáticas de uma região do globo?<br />

a) Correntes marítimas, temperatura do ar, umidade<br />

relativa do ar e grau geotérmico.<br />

III. A temperatura em cidades localizadas em áreas de serra<br />

é mais elevada que aquelas de cidades localizadas próximo<br />

ao litoral.<br />

IV. A pressão atmosférica diminui gradativamente ao<br />

escalarmos uma montanha.<br />

V. As queimadas no Brasil não contribuem para o processo<br />

do aquecimento global.<br />

São ERRADAS as afirmativas:<br />

a) I, III,V<br />

b) I, II, III<br />

c) II, III, IV<br />

d) II, IV, V<br />

e) III, IV, V<br />

97 - O El Niño é um fenômeno decorrente de um processo<br />

natural, envolvendo os sistemas atmosférico e oceânico. A<br />

sua ocorrência implica em diferentes tipos e níveis de<br />

impactos em diversas regiões do planeta. Tendo o El Niño<br />

como referência, apresente uma consequência<br />

socioambiental decorrente da influência desse fenômeno<br />

para a população na região Sul do território brasileiro e<br />

explique por que esse fenômeno causa a consequência<br />

apresentada.<br />

b) Temperatura do ar, pressão altitude, hidrografia e massas<br />

de ar.<br />

c) Hidrografia, correntes marítimas, latitude e relevo.<br />

d) Altitude, massas de ar, maritimidade e latitude.<br />

e) Temperatura do ar, umidade relativa do ar, insolação e<br />

grau geotérmico.<br />

96 - Considere as seguintes afirmativas:<br />

I. O crescimento urbano desordenado, comum em países<br />

desenvolvidos, contribui para o processo de aquecimento<br />

global.<br />

62<br />

II. A temperatura diminui do Equador em direção aos<br />

polos.


98 - Sobre o “El Niño” é correto afirmar que:<br />

a) É um grande causador de Tsunamis, juntamente com os<br />

ciclones no continente asiático.<br />

b) É causado pelo resfriamento das águas do Pacífico.<br />

c) É causado pelo aquecimento anormal das águas do<br />

oceano Atlântico norte e sul.<br />

d) É causado pelo aquecimento anormal das águas do<br />

oceano Pacífico central e oriental.<br />

e) É causador de Tsunamis e ciclones extratropicais.<br />

99 - No Brasil, anomalias climáticas, como o aumento<br />

exagerado da incidência pluviométrica combinado à<br />

ausência de precipitação nos meses de setembro e outubro,<br />

ocorrem, respectivamente, nas regiões<br />

a) Sul e Norte do país, devido ao aquecimento do oceano<br />

Pacífico.<br />

b) Sul e Sudeste do país, devido ao resfriamento do oceano<br />

Atlântico.<br />

c) Centro-Oeste e Sudeste do país, devido à penetração da<br />

Massa Polar.<br />

d) Norte e Nordeste do país, devido às emissões de gases<br />

de efeito estufa.<br />

e) Nordeste e Centro-Oeste do país, devido ao recuo da<br />

Massa Tropical Atlântica.<br />

100 - O espaço urbano é resultado de intensiva<br />

interferência social no meio. Modifica-se o solo, as formas<br />

do relevo, o padrão de drenagem e a qualidade das águas<br />

fluviais e, ainda, há mudanças significativas no clima. Nas<br />

metrópoles e polos industriais essas mudanças no clima são<br />

ainda mais perceptíveis.<br />

Relacione as colunas abaixo, associando os fenômenos<br />

climáticos urbanos com as suas devidas explicações:<br />

( ) Redoma climática sobre a cidade, fazendo que as<br />

temperaturas nas áreas centrais e de maior circulação de<br />

veículos, além das áreas industriais, sejam maiores do que<br />

nas áreas mais arborizadas e de menor concentração<br />

demográfica.<br />

( ) Paira como um nevoeiro constante sobre as cidades,<br />

especialmente quando estas estão cercadas por áreas de<br />

relevo mais elevadas, como Los Angeles, Santiago e São<br />

Paulo, causando irritação na vista e intensificando os<br />

problemas respiratórios de suas populações.<br />

( ) Ocorre com mais frequência em áreas de extração e<br />

industrialização de carvão e outros combustíveis fósseis,<br />

cujo processo libera enxofre para a atmosfera,<br />

concentrando-a com compostos sulfurosos, modificando a<br />

qualidade da precipitação pluvial.<br />

( ) Esse fenômeno se dá de forma mais intensa porque a<br />

cidade, sobretudo a sua área central, é uma verdadeira fonte<br />

de calor, devido ao grande consumo de combustíveis<br />

fósseis em aquecedores, automóveis e indústrias, de modo<br />

que as isotermas apresentam valores maiores na medida em<br />

que se aproximam das áreas mais centrais.<br />

A relação correta é:<br />

a) 3-2-4-1-2.<br />

b) 2-4-3-1-3.<br />

c) 2-3-4-3-1.<br />

d) 1-2-3-3-4.<br />

e) 4-3-2-2-1.<br />

101 –<br />

(1) Chuva ácida.<br />

(2) Ilha de calor.<br />

(3) Inversão térmica.<br />

(4) Smog fotoquímico.<br />

( ) Comum no inverno, quando uma camada de ar frio se<br />

situa muito embaixo na atmosfera, bem próximo à<br />

superfície, retendo e concentrando os poluentes sobre a<br />

área urbana, agravando a poluição atmosférica.<br />

LUCCI, Elian A; BRANCO, Anselmo L; MENDONÇA, Cláudio - <strong>Geografia</strong> Geral<br />

do Brasil, Cap. 14 . Espaço e Sociedade, Editora Saraiva.<br />

63


A língua portuguesa possui palavras com mais de um<br />

significado. Assim, é incorreto afirmar que a palavra tempo<br />

no<br />

a) significado de hora, dia, semana, mês, ano, decênio,<br />

século e milênio; dependendo do fato ou acontecimento a<br />

que estamos nos referindo, utiliza-se, por exemplo: Quanto<br />

tempo falta para chegar ao domingo?<br />

b) sentido atmosférico, seja o conjunto de variações ou os<br />

sucessivos estados do ar, registrados em um determinado<br />

lugar, depois de um longo período de observações.<br />

c) sentido de idade, que pode ser compreendido no tempo<br />

do ser humano, ou da história do ser humano, é o período<br />

desde o momento em que ele surgiu até os dias atuais.<br />

d) sentido das condições meteorológicas, seja um conjunto<br />

de valores que caracteriza o estado da atmosfera em um<br />

momento e em um certo lugar.<br />

e) sentido da natureza seja o tempo geológico, que é<br />

medido em milhões e bilhões de anos, e abrange um<br />

período de tempo muito mais longo do que o tempo do ser<br />

humano.<br />

64


NOÇÕES DE GEOLOGIA<br />

Estrutura da Terra<br />

A Terra-laboratório<br />

http://www.ibb.unesp.br/departamentos/Zoologia/material_didatico/prof_marcello/<br />

Geologia/Estrutura_da_Terra_2009.pdf<br />

O sistema químico dinâmico da Terra<br />

Prof. Ian McReath<br />

A Terra sólida que fica ao nosso alcance – as rochas<br />

superficiais e os solos delas derivadas por desgaste físico e<br />

químico – é constituída por minerais, ou seja, compostos<br />

químicos inorgânicos. Os elementos destes compostos já se<br />

achavam presentes à época da formação da Terra, há cerca<br />

de 4,5 bilhões de anos atrás. A composição do interior<br />

terrestre possivelmente é similar na sua parte mais externa<br />

(a crosta e o manto; Figura 1) a algumas das rochas<br />

presentes na superfície, embora os minerais ali presentes<br />

sejam diferentes. Uma parte da contribuição da Química às<br />

Ciências Geológicas está na compreensão da estabilidade<br />

dos minerais, e das reações que podem ocorrer entre eles e<br />

seu meio.<br />

Imagine um edifício com vários laboratórios. No piso<br />

térreo, são realizadas experiências sob condições de<br />

pressão e temperatura compatíveis com aquelas da<br />

superfície terrestre. Investigam-se aqui os efeitos da<br />

atmosfera oxidante, da água da chuva (geralmente,<br />

levemente ácida) e dos organismos sobre os minerais e<br />

rochas que se encontram expostos na superfície da terra.<br />

São enfocados diferentes aspectos em cada caso, em<br />

reposta às seguintes questões: qual o destino dos elementos<br />

químicos, usados como nutrientes pelas plantas, durante a<br />

decomposição das rochas e dois minerais?; ou ainda, os<br />

elementos químicos que poluem o meio-ambiente em<br />

consequência da atividade industrial descontrolada são<br />

fixados em quais produtos formados na superfície?; Em<br />

que ponto do espaço e do tempo estes compostos<br />

superficiais se formam? No primeiro subsolo, em<br />

equipamentos diferentes, porém igualmente especiais,<br />

pesquisa-se o comportamento de óxidos de magnésio,<br />

alumínio, cálcio, sílico, ferro e outros elementos químicos<br />

sob temperaturas de até pouco menor que 2.000°C, e<br />

pressões de até umas centenas de milhares de vezes<br />

superior à pressão atmosférica, que é de 1 kg.cm-2,<br />

aproximadamente. Pesquisa-se, também, o comportamento<br />

de silicatos de magnésio, alumínio, cálcio e ferro.<br />

Novamente, busca-se saber quais os minerais estáveis sob<br />

cada condição de pressão e temperatura, quando teve início<br />

o processo de fusão das misturas de minerais investigadas.<br />

Finalmente, no segundo subsolo, as experiências são<br />

realizadas em equipamentos, sob condições de temperatura<br />

de milhares de graus centígrados e de pressão da ordem de<br />

milhões de vezes superior à da pressão atmosférica.<br />

Estuda-se aqui o comportamento de ligas metálicas, de<br />

ferro e níquel, na presença de pequenas quantidades de<br />

enxofre, oxigênio, e outros elementos químicos. Verificase,<br />

também, as condições de início de fusão das misturas, e<br />

a natureza dos compostos químicos produzidos em cada<br />

65


experiência. Em suma, neste edifício, os cientistas tentam<br />

simular os diferentes sistemas químicos que compõem a<br />

Terra, de acordo com sua estruturação em uma fina crosta<br />

superficial, um manto espesso e núcleo. No piso térreo,<br />

simulam-se as reações movidas predominantemente pela<br />

energia solar. No primeiro subsolo, as experiências<br />

objetivam estudar o manto e a crosta terrestre. No segundo<br />

subsolo, estudam-se os fenômenos que podem estar<br />

acontecendo na camada menos acessível do planeta, o<br />

núcleo. Nestas duas últimas camadas, a energia que<br />

movimenta os processos é fundamentalmente o calor<br />

interno do planeta. Como surgiu a estrutura interna da Terra<br />

Considera-se que o planeta Terra tenha se formado no<br />

interior de uma nebulosa solar quente (composta por gases<br />

e sólidos na forma de poeira) a partir de componentes<br />

químicos mais refratários, que se condensaram em<br />

temperaturas muito altas. Assim, os elementos químicos<br />

mais abundantes do planeta são bastante restritos, a saber:<br />

ferro (que pode existir como metal, como óxido, ou<br />

silicato, ou sulfeto), oxigênio (geralmente, combinado com<br />

outros elementos, especialmente com o silício), silício,<br />

magnésio (geralmente como óxido ou silicato), níquel<br />

(como liga junto ao ferro, silicato junto ao magnésio, ou<br />

sulfeto junto ao ferro), enxofre (nos sulfetos), cálcio (como<br />

óxido ou silicato) e alumínio (como óxido ou silicato).<br />

Estes oito elementos, juntos, compõem cerca de 90% da<br />

massa do nosso planeta. Durante o processo de formação<br />

da Terra, os condensados e as partículas de poeira colidem<br />

e unem-se, umas às outras. As massas dos aglomerados e<br />

as velocidades das colisões crescem rapidamente. Em<br />

contrapartida, o número de corpos presentes decresce.<br />

Surgem primeiro grande número de corpos planetesimais,<br />

muito menores que a Lua. Depois de múltiplas colisões,<br />

surgem os protoplanetas, com dimensões parecidas com a<br />

da Lua. A energia das colisões leva ao aquecimento dos<br />

corpos, e isto promoveu a fusão, pelo menos parcial, dos<br />

componentes de menor ponto de fusão: o ferro metálico e<br />

sulfetos de ferro e níquel líquidos, os quais, por serem mais<br />

densos, acumulam-se no centro do planeta, enquanto os<br />

outros materiais mais leves concentram-se ao redor deste<br />

núcleo, no manto espesso, e na crosta. Esta separação<br />

chama-se de diferenciação primária. Para onde foram os<br />

elementos químicos durante a diferenciação primária? E o<br />

que aconteceu depois?<br />

econômico, como o níquel, ouro e elementos do grupo de<br />

platina, apresentam grande afinidade química com ligas de<br />

ferro ou os sulfetos. Tais elementos podem ter sido<br />

concentrados no núcleo no momento da diferenciação<br />

primária, e desse modo são escassos nas outras camadas.<br />

De outra parte, elementos alcalinos, tais como o sódio e<br />

potássio, concentram-se em minerais silicáticos de maior<br />

facilidade de fusão, e tendem a concentrar-se na crosta<br />

terrestre. Após a diferenciação primária, o material do<br />

manto e da crosta sofre reciclagem e reprocessamento em<br />

decorrência da convecção que, durante o resfriamento,<br />

promove a transferência de calor do interior da Terra para<br />

a superfície. As transferências de calor são acompanhadas<br />

pelo transporte de material em direção à superfície. Em<br />

profundidades moderadas no interior da Terra, ocorrem<br />

processos de fusão parcial. Alguns elementos (tais como<br />

magnésio e níquel) tendem a ficar na parte refratária, não<br />

fundida, enquanto outros elementos tendem a se concentrar<br />

no fundido (a exemplo dos elementos alcalinos, como<br />

sódio e potássio). Os líquidos produzidos (ou seja, os<br />

magmas) migram e consolidam-se como componentes da<br />

crosta terrestre. Como compensação do processo de<br />

ascensão do material quente e menos denso, ocorre descida<br />

de material mais frio e mais denso que retorna ao interior<br />

da Terra parte dos componentes materiais da crosta e do<br />

manto superior raso. Os movimentos tridimensionais de<br />

ascensão e descida de matéria rochosa podem abranger<br />

toda a extensão do manto, como deve ocorrer, por exemplo,<br />

embaixo da ilhas Havaí no meio do Oceano Pacífico, ou<br />

podem envolver apenas a parte do manto raso, como deve<br />

acontecer embaixo do Oceano Atlântico. Os movimentos<br />

de fluxo térmico e materiais verticais são acompanhados<br />

por movimentos laterais que movimentam as placas<br />

litosféricas, que constituem os diversos segmentos da<br />

crosta da Terra (Fig. 2). Esta diferenciação secundária<br />

começou logo após a diferenciação primária da Terra, e<br />

continua até hoje.<br />

Com a estrutura precoce do planeta formou-se o<br />

núcleo metálico e o manto e a crosta silicáticos. O ferro<br />

participa de todas as “camadas”, enquanto magnésio,<br />

silício e oxigênio (por exemplo) participam essencialmente<br />

do manto e da crosta. Elementos de grande interesse<br />

66


Assim, tanto o manto quanto a crosta terrestre representam<br />

sistemas químicos dinâmicos. Por enquanto, não se se o<br />

núcleo pode representar um sistema fechado, que não<br />

interage quimicamente com as outras camadas do planeta,<br />

ou se existe troca de componentes químicos com o manto,<br />

acompanhando aevolução dinâmica da Terra.<br />

Os tipos de rochas<br />

As rochas são agregados minerais formados<br />

“naturalmente” com diferentes densidades e texturas,<br />

sendo divididas em três grandes grupos:<br />

• as magmáticas ou ígneas, que resultam da<br />

solidificação do magma. São, portanto, consideradas<br />

roantes de chegarem à superfície: são as rochas<br />

magmáticas intrusivas (como o granito e o<br />

diabásio).Quando grande resissustentá-culo de formas de<br />

relevo. Encontramos essas rochas quase todo o estado do<br />

RS, no planalto, na serra e no escudo sul rio grandense. As<br />

rochas magmáticas que se solidificam no exterior<br />

superfície (como o basalto), apresentam resfriamento<br />

relativamente rápido. Como o derramamento de magma é<br />

intermitente, vão se formando camadas de estratificação(<br />

em diversos estratos). Essas rochas vulcânicas apresentam<br />

menor resistência aos desgastes erosivos. No Brasil,<br />

principalmente na porção centro-sul do território, a<br />

decomposição formou o solo mais fértil do país, a terra<br />

roxa.<br />

• as rochas sedimentares são consideradas<br />

secundárias por se originarem de outras rochas, por isso<br />

ocorrem em extensas áreas da superfície terrestre. São<br />

geradas por detritos inorgânicos e orgânicos de idades<br />

geológicas diferentes.<br />

A decomposição desses detritos formam bacias<br />

sedimentares, que apresentam em suas bordas camadas<br />

inclinadas horizontalmente, como as costas e os morros<br />

com topos planos e vertentes escarpadas.<br />

• as rochas metamórficas representam o processo de<br />

transformações físicas e químicas de outras rochas, tanto<br />

sedimentares como magmáticas. As alterações decorrem<br />

das elevadas pressões e temperaturas da litosfera. Nas<br />

aglomerações de rochas metamórficas de baixa resistência,<br />

ocorrem as falhas e fraturas geológicas. Nesses locais, os<br />

vales, morros e serras ficam alinhados nas direções<br />

impostas pela acomodação das rochas.<br />

67


68<br />

O CICLO DAS ROCHAS


O ciclo das rochas é o resultado das interações de dois<br />

dentre os três sistemas fundamentais da Terra: o sistema da<br />

tectônica de placas e o sistema do clima. Controlados pelas<br />

interações desses dois sistemas, materiais e energia são<br />

trocados entre o interior da Terra, a superfície terrestre, os<br />

oceanos e a atmosfera. Por exemplo, a fusão de placas<br />

litosféricas em subducção e a formação de magma resultam<br />

de processos operantes dentro do sistema da tectônica de<br />

placas. Quando essas rochas fundidas extravasam, matéria<br />

e energia são transferidas para a superfície terrestre onde o<br />

material (as rochas recém-formadas) é submetido ao<br />

intemperismo pelo sistema do clima. O mesmo processo<br />

injeta cinza vulcânica e o gás dióxido de carbono nas<br />

porções superiores da atmosfera, onde eles podem afetar<br />

todo o clima do planeta. À medida que muda o clima<br />

global, talvez ficando mais quente ou mais frio, também<br />

muda a taxa de intemperismo da rocha, o que, por sua vez,<br />

influencia a taxa com que o material (sedimento) retorna<br />

para o interior da Terra.<br />

A ideia da Terra como um sistema ainda não havia sido<br />

proposta quando o escocês James Hutton descreveu o ciclo<br />

das rochas em uma apresentação oral em 1785, na<br />

Sociedade Real de Edimburgo. Dez anos depois, ele<br />

apresentou o ciclo em maior detalhe em seu livro Teoria da<br />

Terra, com provas e ilustrações.<br />

Como geralmente acontece na história da ciência, outros<br />

cientistas tanto da Inglaterra como do continente europeu<br />

também reconheceram os elementos da natureza cíclica da<br />

mudança geológica. O papel de Hutton foi o de sintetizar<br />

isso: ele apresentou o grande cenário que nos possibilitou<br />

entender o processo.<br />

Daremos atenção aqui a um ciclo em particular,<br />

reconhecendo que esses ciclos variam com o tempo e com<br />

o lugar.<br />

Começaremos com um magma na profundeza da Terra,<br />

onde as temperaturas e as pressões são altas o suficiente<br />

para fundir qualquer tipo de rocha: ígnea, metamórfica ou<br />

sedimentar (Ciclo das rochas I). Hutton chamou a fusão das<br />

rochas na profundeza da crosta de episódio plutônico, em<br />

referência a Plutão, o deus romano do mundo subterrâneo.<br />

Agora, referimos todas as intrusões ígneas como rochas<br />

plutônicas, enquanto as extrusivas são conhecidas como<br />

rochas vulcânicas. Quando uma rocha pré-existente se<br />

funde, todos os seus componentes minerais são destruídos<br />

e seus elementos químicos são homogeneizados,<br />

resultando em um líquido aquecido. À medida que o<br />

magma esfria, cristais de novos minerais crescem e<br />

formam novas rochas ígneas. A fusão e a formação de<br />

rochas ígneas ocorrem preferencialmente ao longo das<br />

bordas colisionais ou divergentes das placas tectônicas,<br />

bem como em plumas mantélicas.<br />

O ciclo começa com a subducção ( lembre-se da formação<br />

da cordilheira dos andes) de uma placa oceânica em uma<br />

placa continental. As rochas ígneas que se formam nas<br />

bordas onde as placas colidem, juntamente com as rochas<br />

sedimentares e metamórficas associadas, são então<br />

soerguidas para formar uma cadeia de montanhas à medida<br />

que uma secção de crosta terrestre dobra-se e deforma-se.<br />

Os geólogos chamam esse processo, o qual inicia com a<br />

colisão de placas e finaliza com a formação de montanhas,<br />

de orogenia. Após o soerguimento, as rochas da crosta que<br />

recobrem as rochas ígneas soerguidas são vagarosamente<br />

meteorizadas. O intemperismo cria um material<br />

desagregado, que, então, a erosão espalha para longe,<br />

expondo a rocha ígnea à superfície.<br />

As rochas ígneas assim expostas sofrem intemperismo e<br />

mudanças químicas ocorrem em alguns minerais. Os<br />

minerais de ferro, por exemplo, podem "enferrujar"( como<br />

na praia da ferrugem em Garopaba - SC) para formar<br />

óxidos. Os minerais de alta temperatura, como os<br />

feldspatos, podem tornar-se minerais argilosos de baixa<br />

temperatura. Os minerais, como o piroxênio, podem<br />

dissolver-se completamente à medida que as chuvas caem<br />

sobre eles. O intemperismo das rochas ígneas produz<br />

novamente vários tamanhos e tipos de detritos de rochas e<br />

material dissolvido, que são carregados pela erosão.<br />

Alguns desses materiais são transportados no terreno pela<br />

água e pelo vento. Muitos dos detritos são transportados<br />

pelos córregos para os rios e, por fim, para o oceano. No<br />

oceano, os detritos são depositados como camadas de areia,<br />

silte e outros sedimentos formados a partir de material<br />

dissolvido, tal como o carbonato de cálcio das conchas.<br />

Os sedimentos depositados no mar, assim como aqueles<br />

depositados no continente pela água e pelo vento, são<br />

soterrados por sucessivas camadas de sedimentos, onde<br />

litificam ( lembre-se do que ocorre com o concreto)<br />

vagarosamente para formar as rochas sedimentares. O<br />

soterramento é acompanhado de subsidência - uma<br />

depressão ou afundamento da crosta terrestre. Enquanto a<br />

subsidência continua, camadas adicionais de sedimentos<br />

vão sendo acumuladas.<br />

Em alguns casos - por exemplo, ao longo das margens<br />

ativas das placas tectônicas, a subducção força as rochas<br />

sedimentares a descerem progressivamente a maiores<br />

profundidades. À medida que a rocha sedimentar litificada<br />

é soterrada a profundidades maiores da crosta, fica mais<br />

quente. Quando a profundidade excede a l0 km e as<br />

temperaturas ficam maiores que 300°C, os minerais da<br />

69


ocha ainda sólida começam a se transformar em novos<br />

minerais, os quais são mais estáveis nas altas temperaturas<br />

e pressões das partes mais profundas da crosta. O processo<br />

que transforma as rochas sedimentares em rochas<br />

metamórficas é o metamorfismo. Com mais calor, as<br />

rochas podem fundir-se e formar um novo magma, a partir<br />

do qual as rochas ígneas irão cristalizar, recomeçando o<br />

ciclo.<br />

Como visto anteriormente, essa série de processos é apenas<br />

uma variação entre muitas que podem ocorrer no ciclo das<br />

rochas. Qualquer rocha - metamórfica, sedimentar ou ígnea<br />

pode ser soerguida durante uma orogênese e meteorizada e<br />

erodida para formar novos sedimentos. Certos estágios<br />

podem ser omitidos, por exemplo: quando uma rocha<br />

sedimentar é soerguida e paulatinamente erodida, o<br />

metamorfismo e a fusão não acontecem. Os estágios<br />

podem, também, estar fora de sequência, como no caso de<br />

uma rocha ígnea formada no interior que é metamorfizada<br />

depois de ser soerguida. Também, como sabemos das<br />

sondagens profundas, certas rochas ígneas, localizadas a<br />

muitos quilômetros de profundidade na crosta, podem<br />

nunca ser soerguidas ou expostas ao intemperismo e à<br />

erosão.<br />

O ciclo das rochas nunca tem fim. Está sempre operando<br />

em diferentes estágios em várias partes do mundo,<br />

formando e erodindo montanhas em um lugar e<br />

depositando e soterrando sedimentos em outro. As rochas<br />

que compõem a Terra sólida são recicladas continuamente,<br />

mas só podemos ver as partes do ciclo que ocorrem na<br />

superfície e, portanto, devemos deduzir a reciclagem da<br />

crosta profunda e do manto por evidências indiretas.<br />

Um processo que os geólogos não percebiam no tempo de<br />

Hutton é o intemperismo do fundo oceânico ou o<br />

metassomatismo, o qual foi reconhecido apenas após a<br />

descoberta da tectônica de placas. Os processos envolvem<br />

mudanças químicas entre a água do mar e o fundo<br />

submarino nas cadeias mesoceânicas. Esse processo<br />

suplementa de forma significativa o retorno de elementos<br />

importantes para o interior da Terra, que é causado pelo<br />

intemperismo comum de superfície. Se o metassomatismo<br />

do fundo submarino não ocorresse, as composições<br />

químicas do oceano e da atmosfera seriam bem diferentes.<br />

O que é relevo?<br />

O relevo consiste nas formas da superfície do planeta,<br />

podendo ser influenciado por agentes internos e externos.<br />

Ou seja, é o conjunto das formas da crosta terrestre,<br />

manifestando-se desde o fundo dos oceanos até as terras<br />

emersas. Entre as principais formas apresentadas pelo<br />

relevo terrestre, os quatro tipos principais são:<br />

* Montanhas<br />

* Planaltos<br />

* Planícies<br />

* Depressões<br />

Os agentes modeladores<br />

Os agentes, também conhecidos como "escultores" do<br />

relevo, são forças que agiram no decorrer de milhões de<br />

anos, formando o relevo terrestre. Clique nos links a seguir<br />

para saber mais sobre cada um dos agentes.<br />

* Tectonismo<br />

* Vulcanismo<br />

* Abalos sísmicos ou terremotos<br />

* Intemperismo<br />

* Enxurradas<br />

* Geleiras<br />

* Abrasão marinha<br />

Agentes Modeladores do Relevo<br />

Tectonismo<br />

O tectonismo, também conhecido por diastrofismo,<br />

consiste em movimentos decorrentes de pressões vindas do<br />

interior da Terra, agindo na crosta terrestre. Quando as<br />

pressões são verticais, os blocos continentais sofrem<br />

levantamentos, abaixamentos ou sofrem fraturas ou falhas.<br />

Quando as pressões são horizontais, são formados<br />

dobramentos ou enrugamentos que dão origem às<br />

montanhas. As consequências do tectonismo podem ser<br />

várias, como por exemplo a formação de bacias oceânicas,<br />

continentes, platôs e cadeias de montanhas.<br />

70


Vulcanismo<br />

É a ação dos vulcões. Chamamos de vulcanismo o conjunto<br />

de processos através dos quais o magma e seus gases<br />

associados ascendem através da crosta e são lançados na<br />

superfície terrestre e na atmosfera. Os materiais expelidos<br />

podem ser sólidos, líquidos ou gasosos, e são acumulados<br />

em um depósito sob o vulcão, até que a pressão faça com<br />

que ocorra a erupção. As lavas escorrem pelo edifício<br />

vulcânico, alterando e criando novas formas na paisagem.<br />

A maioria dos vulcões da Terra está concentrada no Círculo<br />

de Fogo do Pacífico, desde a Cordilheira dos Andes até as<br />

Filipinas.<br />

voçorocas, enormes buracos que destroem trechos de terra<br />

cultiváveis, prejudicando a agricultura.<br />

Geleiras<br />

São extensas massas de gelo que começam a se formar em<br />

locais muito frios, devido ao não-derretimento da neve<br />

durante o verão. O peso das camadas de neve acumuladas<br />

durante invernos seguidos acaba por transformá-la em<br />

gelo. Quando essa massa de gelo se desloca, realiza um<br />

trabalho de erosão nas rochas que as cercam, formando<br />

vales em forma de U.<br />

Abalos sísmicos ou terremotos<br />

Um terremoto ou sismo é um movimento súbito ou tremor<br />

na Terra causado pela liberação abrupta de esforços<br />

acumulados gradativamente. Esse movimento propaga-se<br />

pelas rochas através de ondas sísmicas (que podem ser<br />

detectadas e medidas pelos sismógrafos). O ponto do<br />

interior da Terra onde se inicia o terremoto é o hipocentro<br />

ou foco. O epicentro é o ponto da superfície terrestre onde<br />

ele se manifesta. A intensidade dos terremotos é dada pela<br />

Escala Richter, que mede a quantidade de energia liberada<br />

em cada terremoto.<br />

Intemperismo<br />

O intemperismo, também conhecido como meteorização, é<br />

o conjunto de processos mecânicos, químicos e biológicos<br />

que ocasionam a desintegração e a decomposição das<br />

rochas. A rocha decomposta transforma-se em um material<br />

chamado manto ou regolito. No caso da desintegração<br />

mecânica (ou física), as rochas podem partir-se sem que<br />

sua composição seja alterada. Nos desertos, as variações de<br />

temperatura acabam partindo as rochas, assim como nas<br />

zonas frias, onde a água se infiltra nas rachaduras das<br />

rochas.<br />

Enxurradas<br />

Enxurrada é uma grande quantidade de água que corre com<br />

violência, resultante de chuvas abundantes. Essa violência<br />

das águas tem um grande poder erosivo. Em terrenos<br />

inclinados, sem cobertura vegetal, as enxurradas podem<br />

desenhar desde sulcos superficiais até outros mais<br />

profundos, chamados ravinas. No Brasil, a ação combinada<br />

das enxurradas e das águas subterrâneas causa as<br />

Abrasão marinha<br />

É a erosão provocado pelo mar, devido à ação<br />

contínua das ondas que atacam a base e os paredões<br />

rochosos do litoral. Esse fenômeno acaba causando o<br />

desmoronamento de blocos de rochas e o consequente<br />

afastamento desses paredões. Daí originam-se as costas<br />

altas que são chamadas de falésias, como por exemplo<br />

aquelas existentes no nordeste, formadas por rochas<br />

sedimentares (barreiras).<br />

As classificações do relevo brasileiro - divisões do<br />

território em grandes unidades - baseiam-se em diferentes<br />

critérios, que refletem o estágio de conhecimento à época<br />

de sua elaboração e a orientação metodológica utilizada por<br />

seus autores. A primeira classificação brasileira, que<br />

identifica oito unidades de relevo, é elaborada, nos anos 40,<br />

por Aroldo de Azevedo. Em 1958 é substituída pela<br />

tipologia de Aziz Ab´Sáber, que acrescenta duas novas<br />

unidades de relevo. Uma das classificações mais recentes<br />

(1995), é a de Jurandyr Ross, do Departamento de<br />

<strong>Geografia</strong> da USP. Seu trabalho é baseado no projeto<br />

Radambrasil, um levantamento realizado entre 1970 e 1985<br />

que fotografou o solo brasileiro com um equipamento<br />

especial de radar instalado num avião. Ross considera 28<br />

unidades de relevo, divididas em planaltos, planícies e<br />

depressões.<br />

O relevo brasileiro tem formação antiga e resulta<br />

principalmente da ação das forças internas da Terra e da<br />

sucessão de ciclos climáticos. A alternância de climas<br />

quentes e úmidos com áridos ou semiáridos favoreceu o<br />

processo de erosão.<br />

71


72<br />

O relevo brasileiro apresenta-se em<br />

Região Centro-Oeste<br />

Planalto de topografias suaves. Ponto mais elevado: pico<br />

do Roncador na serra do Sobradinho (1.341 m).<br />

Região Nordeste<br />

Planície litorânea, planalto a N e depressão no centro.<br />

Ponto mais elevado: serra Santa Cruz (844 m).<br />

Região Norte<br />

Depressão na maior parte do território; planície estreita a<br />

N. Ponto mais elevado: serra do Divisor ou de Conta (609<br />

m).]<br />

Região Sudeste<br />

Baixada litorânea (40% do território) e serras (interior).<br />

Ponto mais elevado: pico da Bandeira na serra do Caparaó<br />

(2.889.8 m).<br />

Região Sul<br />

Baixada no litoral, planaltos a L e O, depressão no centro.<br />

Ponto mais elevado: pico Paraná, na serra do Mar (1.922<br />

m).<br />

O território brasileiro, de um modo geral, é constituído de<br />

estruturas geológicas muito antigas, apresentando,<br />

também, bacias de sedimentação recente. Essas bacias<br />

recentes datam do terciário e quaternário (Cenozóico 865<br />

milhões de anos) e correspondem aos terrenos do Pantanal<br />

Mato-grossense, parte da bacia Amazônica e trechos do<br />

litoral nordeste e sul do país. O restante do território tem<br />

idades geológicas que vão do Paleozóico ao Mesozóico (o<br />

que significa entre 570 milhões e 225 milhões de anos),<br />

para as grandes áreas sedimentares, e ao pré-cambriano<br />

(acima de 570 milhões de anos), para os terrenos<br />

cristalinos.<br />

As estruturas e formações rochosas são antigas, mas as<br />

formas de relevo são recentes, decorrentes do desgaste<br />

erosivo. Grande parte das rochas e estruturas do relevo<br />

brasileiro são anteriores à atual configuração do continente<br />

sul-americano, que passou a ter o formato atual depois do<br />

levantamento da cordilheira dos Andes, a partir do<br />

Mesozóico. Podemos identificar três grandes unidades<br />

geomorfológicas que refletem sua gênese: os planaltos, as<br />

depressões e as planícies.<br />

Cataratas do Iguaçu<br />

Patrimônio ecológico da humanidade, o parque nacional de<br />

Iguaçu, um dos últimos sobreviventes das grandes florestas<br />

fluviais subtropicais, no qual pontificam as suntuosas<br />

Cataratas do Iguaçu, é visitado anualmente por cerca de 1,4<br />

milhão de pessoas.<br />

Além da beleza natural proporcionada pela queda de 13<br />

milhões de litros d'água por segundo e de ser refúgio para<br />

mais de 500 espécies de aves, servem como atrativos para<br />

a região os cassinos e o ativo comércio existentes em<br />

Ciudad del Este, do lado paraguaio da fronteira entre Brasil<br />

e Paraguaii, cujo faturamento é de US$ 3 bilhões/ano.<br />

Também exerce grande fascínio sobre o visitante a<br />

hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo, dentro da qual há<br />

um gigantesco lago de1.350 km2 e 2.919 km de contorno.<br />

Para tornar a região ainda mais atraente, o governo do<br />

estado do Paraná começou a promover em 1997 as<br />

Olimpíadas da Natureza, cujas competições são<br />

basicamente dos chamados esportes radicais.<br />

Planaltos<br />

Os planaltos em bacias sedimentares são limitados por<br />

depressões periféricas ou marginais e se caracterizam por<br />

seus relevos escarpados representados por frentes de costas<br />

(borda escarpada e reverso suave). Nessa categoria estão os<br />

planaltos da Amazônia Oriental, os planaltos e chapadas da<br />

bacia do Parnaíba e os planaltos e chapadas da bacia do<br />

Paraná.<br />

Os planaltos em intrusões e coberturas residuais de<br />

plataforma constituem o resultado de ciclos erosivos<br />

variados e se caracterizam por uma série de morros e serras<br />

isolados, relacionados a intrusões graníticas, derrames<br />

vulcânicos antigos e dobramentos pré-cambrianos, a<br />

exceção do planalto e chapada dos Parecis, que é do<br />

Cretáceo (mais de 65 milhões de anos). Nessa categoria,<br />

destacam-se os planaltos residuais norte-amazônicos e os<br />

planaltos residuais sul-amazônicos.<br />

Os planaltos em núcleos cristalinos arqueados são<br />

representadas pelo planalto da Borborema e pelo planalto<br />

sul-rio-grandense. Ambos fazem parte do cinturão<br />

orogênico da faixa Atlântica.<br />

Planaltos em cinturões orogênicos ocorrem nas faixas de<br />

orogenia (movimento geológico de formação de<br />

montanhas) antiga e se constituem de relevos residuais<br />

apoiados em rochas geralmente metamórficas, associadas<br />

a intrusivas. Esses planaltos situam-se em áreas de


estruturas dobradas que abrangem os cinturões Paraguai-<br />

Araguaia, Brasília e Atlântico. Nesses planaltos, localizamse<br />

inúmeras serras, geralmente associadas a resíduos de<br />

estruturas intensamente dobradas e erodidas. Nessa<br />

categoria, destacam-se: os planaltos e serras do Atlântico<br />

Leste-Sudeste, associados ao cinturão do Atlântico,<br />

sobressaindo as serras do Mar, da Mantiqueira e do<br />

Espinhaço, e as fossas tectônicas como o vale do Paraíba<br />

do Sul; os planaltos e serras de Goiás e Minas, que estão<br />

ligados à faixa de dobramento do cinturão de Brasília,<br />

destacando-se as serras da Canastra e Dourada, entre<br />

outras; serras residuais do Alto Paraguai que fazem parte<br />

do chamado cinturão orogênico Paraguai-Araguaia, com<br />

dois setores, um ao sul e outro ao norte do Pantanal Matogrossense,<br />

com as denominações locais de serra da<br />

Bodoquena e Província Serrana, respectivamente.<br />

Depressões<br />

As depressões brasileiras, excetuada a amazônica<br />

ocidental, caracterizam-se por terem sido originadas por<br />

processos erosivos. Essas depressões se caracterizam ainda<br />

por possuir estruturas bastante diferenciadas, consequência<br />

das várias fases erosivas dos períodos geológicos.<br />

Podemos enumerar as várias depressões do<br />

território brasileiro:<br />

a) depressão amazônica ocidental<br />

b) depressões marginais amazônicas<br />

c) depressão marginal norte-amazônica<br />

d) depressão marginal sul-amazônica<br />

e) depressão do Araguaia<br />

f) depressão cuiabana<br />

g) as depressões do Alto Paraguai e Guaporé<br />

h) depressão do Miranda<br />

i) depressão do Tocantins<br />

j) depressão sertaneja do São Francisco<br />

l) depressão da borda leste da bacia do Paraná<br />

m) depressão periférica central ou sul-rio-grandense<br />

Monte Roraima<br />

Uma das formações geológicas mais antigas do mundo, o<br />

monte Roraima é uma grande meseta contornada por<br />

escarpas abruptas e em parte desnudas, que separa o Brasil<br />

da Guiana. Nos contrafortes centrais, estão as águas que<br />

dão origem ao rio Cotingo e a sudeste, brota a nascente do<br />

Surumu. Porém, o que atrai todo tipo de aventureiros para<br />

esta região não são as águas, mas o ouro e especialmente<br />

os diamantes encontrados nos leitos desses rios.<br />

Planícies<br />

Correspondem geneticamente às áreas predominantemente<br />

planas, decorrentes da deposição de sedimentos recentes de<br />

origem fluvial, marinha ou lacustre. Estão geralmente<br />

associadas aos depósitos quaternários, principalmente<br />

holocênicos (de 20 mil anos atrás). Nessa categoria<br />

podemos destacar a planície do rio Amazonas, onde se situa<br />

a ilha de Marajó, a do Araguaia com a ilha de Bananal, a<br />

do Guaporé, a do Pantanal do rio Paraguai ou Matogrossense,<br />

além das planícies das lagoas dos Patos e Mirim<br />

e as várias outras pequenas planícies e tabuleiros ao longo<br />

do litoral brasileiro.<br />

O território brasileiro pode ser dividido em grandes<br />

unidades e classificado a partir de diversos critérios. Uma<br />

das primeiras classificações do relevo brasileiro,<br />

identificou oito unidades e foi elaborada na década de 1940<br />

pelo geógrafo Aroldo de Azevedo.<br />

No ano de 1958, essa classificação tradicional foi<br />

substituída pela tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que<br />

acrescentou duas novas unidades de relevo.<br />

Uma das classificações mais atuais é do ano de 1995, de<br />

autoria do geógrafo e pesquisador Jurandyr Ross, do<br />

Departamento de <strong>Geografia</strong> da USP ( Universidade de São<br />

Paulo).<br />

Seu estudo fundamenta-se no grande projeto Radambrasil,<br />

um levantamento feito entre os anos de 1970 e 1985.<br />

O Radambrasil tirou diversas fotos da superfície do<br />

território brasileiro, através de um sofisticado radar<br />

acoplado em um avião. Jurandyr Ross estabelece 28<br />

unidades de relevo, que podem ser divididas em planaltos,<br />

planícies e depressões.<br />

O relevo do Brasil tem formação muito antiga e resulta<br />

principalmente de atividades internas do planeta Terra e de<br />

vários ciclos climáticos. A erosão, por exemplo, foi<br />

provocada pela mudança constante de climas úmido,<br />

quente, semiárido e árido.<br />

73


VEGETAÇÃO<br />

a dependência da vegetação, através de alimento, abrigo e<br />

remédios.<br />

Classificação<br />

Vegetação é um termo geral para a vida vegetal de uma<br />

região; isso se refere às formas de vida que cobrem<br />

os solos, as estruturas espaciais ou qualquer outra medida<br />

específica ou geográfica que possua<br />

características botânicas. É mais amplo que o termo flora,<br />

que se refere exclusivamente à composição das espécies.<br />

74<br />

É o conjunto de plantas nativa de certo local que se<br />

encontram em qualquer área terrestre, desde que nesta<br />

localidade haja condições para o seu desenvolvimento. Tais<br />

condições são: luz, calor, umidade e solos favoráveis, nos<br />

quais é indispensável a água. Além de possibilitar a<br />

existência da vegetação, esses fatores também<br />

condicionam suas características. A vegetação suporta<br />

funções críticas na biosfera, em todas as possíveis escalas<br />

espaciais. Primeiro, a vegetação regula o fluxo de<br />

numerosos ciclos biogeoquímicos (ver biogeoquímica),<br />

mais criticamente as de água, de carbonoe nitrogênio, além<br />

de ser um fator importante nos balanços energéticos. Esses<br />

ciclos são importantes não somente para os padrões globais<br />

de vegetação, mas também para os de clima. Em segundo<br />

lugar, a vegetação afeta as características do solo, incluindo<br />

seu volume, sua química e textura, por meio da<br />

produtividade e da estrutura da vegetação. Vegetação é<br />

também extremamente importante para a economia<br />

mundial, em especial no uso de combustíveis fósseis como<br />

fonte de energia, mas também na produção mundial de<br />

alimentos, madeira, combustível e outros materiais.<br />

Talvez o mais importante, e muitas vezes esquecido, na<br />

vegetação global (incluindo algas comunidades) tem sido a<br />

principal fonte de oxigênio na atmosfera, permitindo que o<br />

sistema de metabolismo aeróbico evolua e persista.<br />

Finalmente, a vegetação é psicologicamente importante<br />

para o homem, que evoluiu quando em contato direto com<br />

Grande parte do trabalho sobre a classificação vegetativa<br />

provém de ecologistas europeus e norte-americanos, e eles<br />

possuem diferentes abordagens. Na América do Norte, os<br />

tipos de vegetação são baseados em uma combinações dos<br />

seguintes critérios: clima padrão, comportamento do<br />

vegetal, fenologia e/ou formulário do crescimento, e<br />

espécies dominantes. Na Europa, a classificação baseia-se<br />

frequentemente, por vezes inteiramente, na atenção em<br />

relação à composição florística (espécie) sozinha, sem<br />

referência explícita ao clima, ao crescimento de fenologia<br />

ou outras formas. Na forma da América, os níveis<br />

hierárquicos, da forma mais geral à mais específica, são os<br />

seguintes: sistema, classe, subclasse, grupo, formação,<br />

aliança, associação.


Os vegetais necessitam de quantidades de água ou umidade<br />

variáveis. Dessa forma, pode se classificar três tipos de<br />

vegetação quanto à umidade:<br />

Vegetação hidrófila:<br />

Vegetação adaptada à grande umidade<br />

das raízes desses vegetais são pequenas e as suas folhas são<br />

grandes para facilitar a evapotranspiração, além de<br />

possuírem caules bastantes desenvolvidos.<br />

Exemplo: Bananeira.<br />

Exemplo: Caatinga.<br />

Vegetação tropófita: Vegetação adaptada à variações de<br />

umidade, segundo a estação, seca ou chuvosa. As plantas<br />

são de características caducifólias (plantas que perdem as<br />

folhas em estações secas ou frias). Exemplo: Cerrados<br />

Estrutura<br />

Vegetação xerófila:<br />

Vegetação adaptada à aridez. Possui raízes compridas,<br />

aprofundando-se bastante no solo para buscar água.<br />

Apresenta folhas pequenas e muitas vezes cobertas de<br />

ceras, para diminuir a evaporação (perda de água).<br />

Possuem também, folhas em forma de espinhos para<br />

diminuir a evaporação.<br />

75


76<br />

Zonas úmidas de mar doce.<br />

A principal característica da vegetação mundial é a sua<br />

estrutura tridimensional, por vezes referida como a sua<br />

fisionomia, ou arquitetura. A maioria das pessoas tem uma<br />

compreensão dessa ideia através da sua familiaridade com<br />

termos como "selva", "mata", "pradaria" ou "várzea"; estes<br />

termos evocam uma imagem mental de como é essa<br />

aparência vegetacional. Então, "prados" são relvadas,<br />

"região tropical" são densas florestas tropicais do mundo,<br />

"regiões altas e escuras", savanas de árvores com paisagem<br />

coberta de ervas, etc.<br />

Obviamente, uma floresta tem uma estrutura muito<br />

diferente da de um deserto ou um quintal gramado. Os<br />

ecologistas possuem uma visão de estrutura em níveis mais<br />

detalhados do que isso, mas o principio é o mesmo. Assim,<br />

uma floresta nunca é completamente igual a outra em<br />

relação á sua estrutura; as florestas tropicais são muito<br />

diferentes das florestas da savana, que diferem das florestas<br />

do alpino. As florestas subtropicais brasileiras, por<br />

exemplo, possui suas diferenças se comparadas às florestas<br />

tropicais, etc.<br />

A estrutura é determinada por uma combinação de<br />

interação em fatores históricos e ambientais, e de<br />

composição de espécies. Entre a formação da estrutura,<br />

conta principalmente a distribuição de vegetais, a altitude<br />

e, algumas vezes o clima .<br />

Vegetação do brasil<br />

A Vegetação do Brasil envolve o conjunto de formações<br />

vegetais distribuídas por todo o território brasileiro.<br />

O Brasil possui diferentes tipos de vegetação. Os<br />

principais são: a Floresta Amazônica no norte, a Mata dos<br />

Cocais no meio-norte, a Mata Atlântica desde o nordeste<br />

até o sul, a Mata das Araucárias no sul, a Caatinga no<br />

nordeste, o Cerrado no centro, o Complexo do Pantanal<br />

no sudoeste, os campos no extremo sul com manchas<br />

esparsas em alguns estados do país e a vegetação litorânea<br />

desde o Amapá até Rio Grande do Sul.<br />

Floresta Amazônica<br />

Também conhecida como Hileia ou floresta latifoliada<br />

equatorial, recobre cerca de 49,29% do território nacional,<br />

estendendo-se pela Amazônia e parte das regiões Centro-<br />

Oeste e Nordeste. Constitui uma das mais extensas áreas<br />

florestais do mundo.<br />

Muito densa e fechada, com grande variedade de espécies,<br />

a Floresta Amazônica caracteriza-se por grande umidade,<br />

altos índices de chuva, elevadas temperaturas e pequena<br />

amplitude térmica . O nome latifoliada deriva do latim<br />

(lati = "largo") e indica a predominância de espécies<br />

vegetais de folhas largas.<br />

Acompanhando essa floresta há uma emaranhada rede de<br />

rios, que correm num relevo onde predominam terras<br />

baixas (planícies e baixos- planaltos). Os solos são, em<br />

geral, pouco férteis.<br />

Apesar de sua aparente uniformidade, a Floresta<br />

Amazônica abriga três tipos de associações, assim<br />

divididas:<br />

• mata de igapó: constantemente inundada, é formada<br />

principalmente por palmeiras e árvores não muito altas,<br />

emaranhadas por cipós e lianas. É bastante rica em espécies<br />

vegetais;<br />

• mata de várzea: mais compacta, sofre inundações<br />

periódicas (cheias). Apresenta árvores maiores,<br />

sobressaindo as seringueiras, por seu valor econômico;<br />

• mata de terra firme: pouco inundada, é a que apresenta<br />

árvores mais altas. Nela são comuns o castanheiro, o<br />

guaraná e o caucho.<br />

As queimadas para a abertura de pastos, instalação de<br />

fazendas para criação de gado e plantações de diversos


produtos agrícolas, os desmatamentos para retirada de<br />

madeira e a mineração são os principais impactos<br />

provocados pela ocupação humana na Amazônia.<br />

A Floresta Amazônica é uma verdadeira farmácia natural<br />

ao ar livre, cujas árvores , cipós e outras espécies fornecem<br />

remédios para todos os males do corpo humano , desde<br />

doenças do coração até diabetes . Por isso tem sido<br />

cobiçada pelos maiores laboratórios do mundo, que têm<br />

extraído dela uma infinidade de medicamentos.<br />

• Carnaúba , cujo produto mais conhecido é a cera . Como<br />

tudo dessa palmeira pode ser aproveitado (folhas, caule,<br />

fibras), nordestino denominou-a "árvore da providência".<br />

Na Mata dos Cocais, as altas temperaturas são constantes.<br />

As pastagens representam o principal impacto ambiental<br />

nesse ecossistema.<br />

Mata Atlântica<br />

Mata dos Cocais<br />

Abrange predominantemente os estados do Maranhão e<br />

Piauí (Meio-Norte), mas distribui-se também pelo Ceará ,<br />

Rio Grande do Norte e Tocantins. Está numa zona de<br />

transição entre os ecossistemas da<br />

Floresta Amazônica e da caatinga .<br />

Mata dos Cocais<br />

Estende-se desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande<br />

do Sul, junto ao litoral, quase sem interrupções.<br />

Predominando em regiões de clima quente e úmido, com<br />

verões brandos, surge nas encostas das serras litorâneas.<br />

Topograficamente, surge em serras elevadas (escarpas<br />

doPlanalto Atlântico) em formas arredondadas, chamadas<br />

"mares de morros". Esta formação vegetal apresenta-se<br />

muito densa, emaranhada e com grande variedade de<br />

vegetais hidrófilos (adaptados a ambientes úmidos) e<br />

perenes.<br />

Devido à sua localização geográfica é a formação vegetal<br />

brasileira que mais devastações sofreu, principalmente em<br />

trechos menos elevados do relevo. Esse impacto ambiental<br />

é uma das consequências da intensa urbanização e<br />

industrialização que ocorreram no Brasil.<br />

Mata Intermediaria<br />

É classificada como uma formação florestal, mas, na<br />

realidade, constitui uma formação vegetal secundária, por<br />

seu acentuado desmatamento. Nesse ecossistema<br />

predominam dois tipos de palmeira muito importantes para<br />

a economia local:<br />

• Babaçu , de cuja amêndoa se extrai o óleo; as folhas são<br />

usadas para a cobertura de casas e o palmito como<br />

alimento para o gado. Um rico artesanato emprega suas<br />

fibras para confeccionar esteiras, cestos e bolsas. Da casca<br />

do coco, podem ser retirados o alcatrão e o acetato.<br />

Ver artigo principal: Mata Atlântica<br />

É a mesma floresta úmida da encosta, mas se desenvolve<br />

nas vertentes das serras, à retaguarda do mar, não<br />

influenciadas diretamente pela umidade marítima. Muito<br />

densa, apresenta espécies bastante altas e de troncos<br />

grossos. No entanto, quando se desenvolve em solos<br />

areníticos, ou de calcário, o aspecto da floresta modifica-se<br />

completamente: ela se torna menos densa, com árvores<br />

mais baixas e de troncos finos. Quase inteiramente<br />

devastada, por possuir solos férteis para a agricultura,<br />

77


estam, de sua formação original, apenas, alguns trechos<br />

esparsos.<br />

O nome latifoliada deriva do latim (lati = "largo") e indica<br />

a predominância de espécies vegetais de folhas<br />

Mata de Araucária<br />

As matas galerias ou ciliares são florestas que se<br />

desenvolvem ao longo dos cursos de água, cuja umidade as<br />

mantém. Praticamente devastadas pela ocupação humana,<br />

restringem-se a trechos do cerrado ou dos campos do Rio<br />

Grande do Sul.<br />

Calcula-se que 5% da área original dos pinheirais esteja<br />

preservada. A retirada da madeira, para a produção de<br />

móveis e papel de jornal, e a agropecuária são os principais<br />

fatores de sua devastação acentuada e complexa.<br />

Formações complexas<br />

Cerrado<br />

Predominando em regiões de clima subtropical e tropical<br />

de altitude, que apresentam regular distribuição das chuvas<br />

por todos meses do ano, estende-se desde o sul de São<br />

Paulo até o norte do Rio Grande do Sul , em trechos mais<br />

íngremes do relevo (Campos do Jordão , por exemplo). É<br />

muito comum no planalto Meridional , nos estados do<br />

Paraná e Santa Catarina.<br />

O nome aciculifoliada vem do latim (aciculi = "pequena<br />

agulha") e indica o predomínio de espécies que apresentam<br />

folhas pontiagudas. Destaca-se a Araucária angustifolia ,<br />

mais conhecida como pinheiro-do-paraná , mas aparecem<br />

ainda outras espécies, como a imbuia , ocedro , o ipê e a<br />

erva-mate.<br />

Os solos em que se desenvolve, em geral de origem<br />

vulcânica, são mais férteis que os das áreas tropicais o que<br />

explica a grande devastação sofrida por essa vegetação<br />

para o aproveitamento agrícola.<br />

Além dessas formações florestais aparecem ainda no<br />

Brasil alguns outros subtipos, merecendo destaque a mata<br />

dos Cocais e asmatas galerias ou ciliares.<br />

A mata dos Cocais é uma formação de transição entre a<br />

Floresta Amazônica e a Caatinga , abrangendo áreas do<br />

Maranhão , Piauí e Tocantins. O babaçu é a espécie<br />

predominante.<br />

Depois da Floresta Amazônica, é a formação vegetal<br />

brasileira que mais se espalhou, predominando no planalto<br />

Central , mas aparecendo também como manchas esparsas<br />

em outros pontos do país (Amazônia , região da caatinga<br />

do Nordeste , São Paulo e Paraná ), recobrindo mais de<br />

20% do território nacional. Predomina em áreas de clima<br />

tropical, com duas estações: verão chuvoso e inverno seco.<br />

Não é uma formação uniforme, o que permite identificar<br />

duas áreas: o cerradão e o cerrado propriamente dito. No<br />

cerradão existem mais árvores que arbustos. No cerrado,<br />

bastante ralo, aparecem poucos arbustos e árvores baixas,<br />

de troncos sinousos e casca espessa, que apresentam galhos<br />

retorcidos, com folhas muito duras; entre as árvores e os<br />

arbustos, espalha-se uma formação contínua de gramíneas<br />

altas.<br />

78


ios, em geralintermitentes. Desenvolvendo-se em solos<br />

quase rasos e salinos, apresenta-se muito heterogênea: em<br />

alguns trechos, predominam árvores esparsamente<br />

distribuídas; em outros, arbustos isolados; e em outros,<br />

ainda, apenas capões de gramíneas altas.<br />

A falta de água impõe múltiplas adaptações aos vegetais<br />

na caatinga , que vão desde a perda das folhas na estação<br />

mais seca até o aparecimento de longas raízes, em busca de<br />

lençois subterrâneos de água . Entre as principais espécies<br />

de árvores, estão o juazeiro , o angico , a barriguda , e, entre<br />

os arbustos, as cactáceas , como o xiquexique e<br />

omandacaru. Atualmente, a Caatinga vem sendo agredida<br />

ao sofrer<br />

o impacto da irrigação, drenagem, criação de pastos,<br />

latifúndios e da desertificação.<br />

O cerrado espalha-se pelos chapadões e por<br />

algumas escarpas acentuadas.<br />

Pantanal<br />

Dentre os fatores que explicam a fisionomia do<br />

cerrado, além da escassez de água , destacam-se a<br />

profundidade do lençol freático e a natureza dos solos,<br />

ácidos e com deficiências minerais.<br />

A expansão agropecuária, os garimpos, a<br />

construção de rodovias e cidades como Brasília e Goiânia,<br />

são os principais aspectos provocados pela ação humana,<br />

que reduziram esse ecossistema a pequenas manchas<br />

distribuídas por alguns estados brasileiros. O cerrado foi<br />

declarado "Sítio do Patrimônio Mundial " pela Unesco em<br />

13 de dezembro de 2001.<br />

Caatinga<br />

Ocupando a planície do Pantanal Mato- Grossense , é uma<br />

formação mista que apresenta espécies vegetais próprias<br />

das florestas, dos campos, dos cerrados e até da caatinga.<br />

Podem-se identificar nessa formação três áreas<br />

diferenciadas: as sempre alagadas, nas quais predominam<br />

as gramíneas; as periodicamente alagadas, nas quais se<br />

destacam diversos tipos de palmeiras (buritis , paratudos e<br />

carandás ); e as que não sofrem inundações e são mais<br />

densas, aparecendo nelas o quebracho e o angico.<br />

Predominando na região de clima semi-árido do Nordeste<br />

é uma formação vegetal tipicamente xerófita , ou seja,<br />

adaptada à escassez de água . É uma vegetação esparsa, que<br />

se espalha pelos maciços e tabuleiros, por onde correm<br />

79


Formações campestres<br />

Manguezais<br />

Campos meridionais<br />

Formações de campo limpo , ou seja, constituídos<br />

predominantemente por gramíneas, aparecem em manchas<br />

esparsas, a partir da latitude de 20ºS. Em São Paulo , no<br />

Paraná e em Santa Catarina recebem a denominação de<br />

campos do planalto; no Rio Grande do Sul , são conhecidos<br />

como campos da Campanha ou Campanha Gaúcha; e em<br />

Mato Grosso do Sul , onde aparecem em trechos esparsos,<br />

são chamados de campos de vacaria.<br />

No sudoeste do Rio Grande do Sul , os campos meridionais<br />

surgem num relevo dominado por colinas suaves e de<br />

vertentes pouco acentuadas conhecidas como coxilhas.<br />

Ocupando a planície do Pantanal Mato-Grossense , é uma<br />

formação mista que apresenta espécies vegetais próprias<br />

das florestas, dos campos, dos cerrados e até da caatinga.<br />

Podem-se identificar nessa formação três áreas<br />

diferenciadas: as sempre alagadas, nas quais<br />

predominam as gramíneas; as periodicamente<br />

alagadas, nas quais se destacam diversos tipos de<br />

palmeiras (buritis , paratudos e carandás ); e as que<br />

não sofrem inundações e são mais densas, aparecendo<br />

nelas o quebracho e o angico.<br />

Ocupam porções mais restritas do litoral, em reentrâncias<br />

da costa, onde as águas são pouco movimentadas, como os<br />

pântanos litorâneos, os alagadiços e as regiões inundadas<br />

pela maré alta. Neles predominam vegetações halófitas<br />

(que se adaptam a ambientes salinos), com raízes aéreas e<br />

respiratórias, dotadas de pneumatóforos que lhes permitem<br />

absorver o oxigênio mesmo em áreas alagadas. Conforme<br />

a topografia e a umidade do solo, é possível distinguir o<br />

mangue-vermelho , nas partes mais baixas, o manguesiriúba,<br />

onde as inundações são menos frequentes; e o<br />

mangue-branco, em solos firmes.<br />

Campos Sujos<br />

Apresentam uma emaranhada mistura de gramíneas e<br />

arbustos , geralmente decorrente da degradação dos<br />

cerrados. Seus limites são bastante indefinidos.<br />

Campos da Hileia<br />

Conhecidos como campos da várzea , caracterizam-se por<br />

serem inundados na época das cheias. Aparecem no baixo<br />

Amazonas e em trechos do estado do Pará ,<br />

principalmente na parte oeste da ilha de Marajó.<br />

Campos Serranos<br />

Surgem em porções mais elevadas do território nacional,<br />

em pontos onde o relevo ultrapassa 1.500 m, como nas<br />

serras da Bocaina e do Itatiaia. Menos densos que as outras<br />

formações campestres, apresentam algumas espécies<br />

vegetais adaptadas à altitude.<br />

Formações dos Litorais Arenosos<br />

As praias e as dunas aparecem em vastas extensões de<br />

nosso litoral e nelas surgem formações herbáceas e<br />

arbustivas. Nas praias, essas formações<br />

são pouco densas, mas, nas dunas , são relativamente<br />

compactas. Geralmente, entre o litoral arenoso e a serra<br />

aparece também o jundu , formação de transição da floresta<br />

ao solo salino, ao alcançar o litoral.<br />

Domínios florestados<br />

A paisagem natural brasileira vem sofrendo sérias<br />

devastações, diminuindo sua extensão territorial e sua<br />

biodiversidade.<br />

A Amazônia, desde muito tempo, sofre com as queimadas,<br />

efetivadas para práticas agrícolas, apesar de seu solo não<br />

ser adequado a tais atividades. Com as queimadas, as<br />

chuvas, constantes na região, terminam por atingir mais<br />

intensamente o solo (antes protegido pelas copas das<br />

árvores), que, consequentemente, sofre lixiviação,<br />

perdendo seu húmus, importante para a fertilidade da<br />

80


vegetação. Intenso desmatamento também é realizado na<br />

região para mineração e para extração de madeira.<br />

Também a Mata Atlântica, imprópria para a agricultura e<br />

para a criação de gado, sofre agressões antrópicas,<br />

principalmente na caça e pesca predatórias, nas queimadas<br />

e na poluição industrial. Em função disso, o governo<br />

federal estabeleceu que a Chapada Diamantina seria uma<br />

área de preservação ambiental. Sofrem ainda o Pantanal, os<br />

manguezais e as araucárias.<br />

Domínio do cerrado<br />

Localizado, em sua maior parte, na porção central do país,<br />

o Cerrado constitui, em geral, uma vegetação caducifólia ,<br />

ou seja, as plantas largam suas folhas sazonalmente para<br />

suportar um período de seca, exatamente porque o clima da<br />

região é o tropical típico, com duas estações bem definidas<br />

(típicas): verão úmido e inverno seco.<br />

A umidade do verão se deve principalmente à atuação da<br />

massa tropical atlântica, úmida, por se formar no<br />

arquipélago dos Açores, e quente, em função da<br />

tropicalidade. Na região encontram-se ainda os escudos<br />

cristalinos do Planalto Central.<br />

Domínio da caatinga<br />

A Caatinga está localizada na região Nordeste,<br />

apresentando depressões e clima semi- árido, caracterizado<br />

pelas altas temperaturas e pela má distribuição de chuvas<br />

durante o ano.<br />

A massa equatorial atlântica, formada no arquipélago dos<br />

Açores, ao chegar ao Nordeste, é barrada no barlavento do<br />

Planalto Nordestino (notadamente Borborema, Apodi e<br />

Araripe), onde ganha altitude e precipita (chuvas<br />

orográficas), chegando praticamente seca à Caatinga.<br />

Apesar de sua aparência, a vegetação da Caatinga é muito<br />

rica, variando a maioria delas conforme a época de chuvas<br />

e conforme a localização. Muitas espécies ainda não foram<br />

catalogadas. As<br />

bromélias e os cactos são as duas principais famílias da<br />

região, destacando-se os mandacarus, os caroás, os xiquexiques,<br />

as macambiras e outras mais.<br />

Domínio dos mares de morros<br />

Localizado em grande parte da porção leste, o domínio dos<br />

mares de morros é assim chamado por causa de sua forma,<br />

oriunda da erosão, gerada principalmente pela ação das<br />

chuvas.<br />

Encontram-se na região a floresta tropical, Mata Atlântica<br />

ou mata de encosta, caracterizada pela presença de uma<br />

grande variedade de espécies, a planície litorânea,<br />

largamente devastada, onde ainda se destacam as dunas, os<br />

mangues e as praias, e serras elevadas, como a Serra do<br />

Mar , a Serra do Espinhaço e a Serra da Mantiqueira.<br />

No litoral do Nordeste, encontra-se o solo de massapê,<br />

excelente para a prática agrícola, sendo historicamente<br />

ligado à monocultura latifundiária da cana-de-açúcar.<br />

Apresenta clima tropical típico e tropical litorâneo,<br />

caracterizado pela atuação da massa tropical atlântica,<br />

formada no arquipélago de Santa Helena.<br />

Domínio das Araucárias<br />

As araucárias se estendiam a grandes porções do Planalto<br />

Meridional , mas, por causa da intensa devastação gerada<br />

para o desenvolvimento da agropecuária e do extrativismo,<br />

hoje só são encontradas em áreas reflorestadas e áreas de<br />

preservação.<br />

Abrange planaltos e chapadas, constituindo uma vegetação<br />

aciculifoliada (folhas em forma de agulha), aberta e rica em<br />

madeira mole, utilizada na fabricação de papel e papelão.<br />

Destaca-se ainda na região o solo de terra roxa, localizado<br />

em praticamente toda porção ocidental da região sul,<br />

sudoeste de São Paulo e Sul do Mato Grosso do Sul.<br />

Altamente fértil e oriundo da decomposição de rochas<br />

basálticas, o solo de terra roxa, foi largamente utilizado no<br />

cultivo do café.<br />

Apresenta clima subtropical, caracterizado por chuvas<br />

bem distribuídas durante todo o ano, por verões quentes e<br />

pela atuação da massa polar atlântica, responsável pelos<br />

invernos frios, marcados pelo congelamento do orvalho<br />

(geada ).<br />

Domínio das pradarias<br />

Localizado no extremo sul do Brasil, também apresenta<br />

clima subtropical, sendo portanto marcado pela atuação da<br />

massa polar atlântica.<br />

Abrange os pampas , Campanha Gaúcha ou Campos<br />

Limpos, marcados pela presença do solo de brunizens,<br />

81


oriundo da decomposição de rochas sedimentares e ígneas,<br />

o que possibilita o desenvolvimento da agricultura e<br />

principalmente da pecuária bovina semiextensiva.<br />

É notável também a presença de coxilhas (colinas<br />

arredondadas e ricas em herbáceas e gramíneas) e das<br />

matas-galerias nas margens dos rios.<br />

82


QUESTÕES DE VESTIBULARES SOBRE<br />

VEGETAÇÃO<br />

103 - Observe a imagem e o mapa abaixo para responder<br />

a questão.<br />

102<br />

-<br />

LUCCI, E. A.; MENDONÇA, C; BRANCO, A. L. <strong>Geografia</strong> Geral e do Brasil -<br />

ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2005. p.326.<br />

Observando o mapa, é correto afirmar que o fenômeno<br />

apresentado pela foto corresponde:<br />

Em relação ao perfil da vegetação mostrado na figura, é<br />

correto afirmar que caracteriza o bioma de formação<br />

vegetal do tipo:<br />

a) Floresta Equatorial com dossel superior formado por<br />

árvores de grande porte e, no nível médio, por espécies<br />

arbóreas de médio porte e epífitas;<br />

b) Tundra com cobertura vegetal de pequeno porte,<br />

constituída de musgos, liquens e gramíneas de ciclo<br />

vegetativo curto;<br />

c) Floresta Boreal, caracterizada por uma vegetação de<br />

grande porte, relativamente homogênea, representada pela<br />

Taiga;<br />

d) Savana, composta por dois extratos, o arbóreoarbustivo,<br />

de caráter lenhoso, e o herbáceo-subarbustivo,<br />

formado pelas gramíneas e outras ervas.<br />

a) Ao processo de desmatamento para a expansão da<br />

agropecuária, sobretudo a soja e a criação de bovinos, que<br />

ocorre na Amazônia Legal, identificado pelo mapa 1;<br />

b) À uma das consequências que se pode notar com o<br />

desmatamento da Floresta de Araucárias para a produção<br />

de papel, identificado no mapa pelo número 5;<br />

c) Aos deslizamentos ou escorregamentos de solos,<br />

decorrentes de formas inadequadas de ocupação,<br />

frequentemente observados na região identificada pelo<br />

número 4;<br />

d) Ao processo de devastação do Cerrado em função da<br />

expansão de cultivos mecanizados de grãos para<br />

exportação, verificados na região identificada pelo número<br />

3.<br />

83


104 -<br />

Com relação a esse domínio, é correto afirmar que ele:<br />

a) Surge dominantemente em climas subtropicais secos,<br />

particularmente no Nordeste brasileiro;<br />

b) Apresenta uma vegetação tipicamente hidrófila,<br />

especialmente no Sertão;<br />

c) Possui solos bem desenvolvidos, sobretudo nas encostas<br />

e inselbergues, mas com pobreza de recurso nutrientes;<br />

d) Tem formações vegetais consideradas xerófilas,<br />

adaptadas, portanto, ao déficit hídrico.<br />

A imagem apresenta vegetação típica do cerrado brasileiro<br />

e, ao fundo, uma das formações características do seu<br />

relevo.<br />

Com base nessa informação, assinale a alternativa correta:<br />

a) O domínio do Cerrado corresponde, em geral, ao clima<br />

semiárido e à vegetação assemelhada ao deserto africano,<br />

e sua ocorrência corresponde ao Planalto Meridional com<br />

seus típicos "Mares de Morros";<br />

b) No domínio do Cerrado geralmente predomina o clima<br />

semiúmido, com presença de vegetação semelhante à<br />

savana africana, e sua ocorrência corresponde ao Planalto<br />

Central, com suas típicas "chapadas e chapadões";<br />

c) No domínio do Cerrado, geralmente predominam<br />

estações úmidas prolongadas (5 a 7 meses) e vegetação<br />

assemelhada à das estepes africanas e sua ocorrência<br />

corresponde ao Planalto das Guianas, com suas típicas<br />

"cuestas";<br />

d) O domínio do Cerrado corresponde em geral, à região<br />

de convergência dos alísios, com vegetação rasteira<br />

assemelhada à das pradarias africanas, e sua ocorrência<br />

corresponde ao Planalto Atlântico, com suas típicas<br />

"coxilhas".<br />

105 - O desenho a seguir retrata um importante domínio<br />

morfoclimático brasileiro.<br />

106 - Os lixões são o pior tipo de disposição final dos<br />

resíduos sólidos de uma cidade, representando um grave<br />

problema ambiental e de saúde pública. Nesses locais, o<br />

lixo é jogado diretamente no solo a céu aberto, sem<br />

nenhuma norma de controle, o que causa, entre outros<br />

problemas, a contaminação do solo e das águas pelo<br />

chorume (líquido escuro com alta carga poluidora,<br />

proveniente da decomposição da matéria orgânica<br />

presente no lixo).<br />

RICARDO, B.; CANPANILLI, M. Almanaque Brasil Socioambiental, 2008. São<br />

Paulo, Instituto Socioambiental, 2007.<br />

Considere um município que deposita os resíduos sólidos<br />

produzidos por sua população em um lixão. Esse<br />

procedimento é considerado um problema de saúde pública<br />

porque os lixões:<br />

a) Causam problemas respiratórios, devido ao mau cheiro<br />

que provém da decomposição;<br />

b) São locais propícios a proliferação de vetores de<br />

doenças, além de contaminarem o solo e as águas;<br />

c) Provocam o fenômeno da chuva ácida, devido aos gases<br />

oriundos da decomposição da matéria orgânica;<br />

d) São responsáveis pelo desaparecimento das nascentes na<br />

região onde são instalados, o que leva à escassez de água.<br />

84


107 - Observe a imagem para responder a questão.<br />

TEIXEIRA, W. et.al. (Orgs). Decifrando a Terra. São Paulo:<br />

Companhia Editora Nacional, 2009.<br />

O esquema representa um processo de erosão em encosta.<br />

Que prática realizada por um agricultor pode resultar em<br />

aceleração desse processo?<br />

a) Associação de culturas;<br />

b) Implantação de curvas de nível;<br />

c) Terraceamento na propriedade;<br />

d) Aração do solo, do topo ao vale.<br />

108 - Coube aos Xavante e aos Timbira, povos indígenas<br />

do Cerrado, um recente e marcante gesto simbólico: a<br />

realização de sua tradicional corrida de toras (de buriti)<br />

em plena Avenida Paulista (SP), para denunciar o cerco de<br />

suas terras e a degradação de seus entornos pelo avanço<br />

do agronegócio.<br />

RICARDO, B.; RICARDO, F. Povos indígenas do Brasil: 2001-2005. São Paulo:<br />

Instituto Socioambiental, 2006 (adaptado).<br />

A questão indígena contemporânea no Brasil evidencia a<br />

relação dos usos socioculturais da terra com os atuais<br />

problemas socioambientais, caracterizados pelas tensões<br />

entre:<br />

a) A expansão territorial do agronegócio, em especial nas<br />

regiões Centro-Oeste e Norte, e as leis de proteção indígena<br />

e ambiental;<br />

b) Os grileiros articuladores do agronegócio e os povos<br />

indígenas pouco organizados no Cerrado;<br />

c) As leis mais brandas sobre o uso tradicional do meio<br />

ambiente e as severas leis sobre o uso capitalista do meio<br />

ambiente;<br />

d) Os povos indígenas do Cerrado e os polos econômicos<br />

representados pelas elites industriais paulistas.<br />

109 - A poluição e outras ofensas ambientais ainda não<br />

tinha esse nome, mas já eram largamente notadas no<br />

século XIX, nas grandes cidades inglesas e continentais. E<br />

a própria chegada ao campo das estradas de ferro suscitou<br />

protestos. A reação antimaquinista, protagonizada pelos<br />

diversos luddismos, antecipa a batalha atual dos<br />

ambientalistas. Esse era, então, o combate social contra os<br />

miasmas urbanos.<br />

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão<br />

e emoção. São Paulo: EDUSP, 2002 (adaptado).<br />

O crescente desenvolvimento técnico-produtivo impõe<br />

modificações na paisagem e nos objetos culturais<br />

vivenciados pelas sociedades. De acordo com o texto,<br />

pode-se dizer que tais movimentos sociais emergiram e se<br />

expressaram por meio:<br />

a) Das ideologias conservacionistas, com milhares de<br />

adeptos no meio urbano;<br />

b) Das políticas governamentais de preservação dos<br />

objetos naturais e culturais;<br />

c) Da contestação à degradação do trabalho, das tradições<br />

e da natureza;<br />

d) Dos boicotes aos produtos das empresas exploradoras e<br />

poluentes.<br />

110 - O despejo de dejetos de esgotos domésticos e<br />

industriais vem causando sérios problemas aos rios<br />

brasileiros. Esses poluentes são ricos em substâncias que<br />

contribuem para a eutrofização de ecossistemas, que é o<br />

enriquecimento da água por nutrientes, o que provoca um<br />

grande crescimento bacteriano e, por fim, pode promover<br />

escassez de oxigênio. Uma maneira de evitar a diminuição<br />

da concentração de oxigênio no ambiente é:<br />

a) Aquecer as águas dos rios para aumentar a velocidade<br />

de decomposição dos dejetos;<br />

b) Retirar do esgoto os materiais ricos em nutrientes para<br />

diminuir a sua concentração nos rios;<br />

c) Adicionar bactérias anaeróbicas às águas dos rios para<br />

que elas sobrevivam mesmo sem oxigênio;<br />

d) Aumentar a solubilidade dos dejetos no esgoto para que<br />

os nutrientes fiquem mais acessíveis às bactérias.<br />

111 - As cidades industrializadas produzem grandes<br />

proporções de gases como o CO², o principal gás causador<br />

do efeito estufa. Isso ocorre por causa da quantidade de<br />

combustíveis fósseis queimados, principalmente no<br />

transporte, mas também em caldeiras industriais. Além<br />

disso, nessas cidades concentram-se as maiores áreas com<br />

85


solos asfaltados e concretados, o que aumenta a retenção<br />

de calor, formando o que se conhece por "ilhas de calor".<br />

Tal fenômeno ocorre porque esses materiais absorvem o<br />

calor e devolvem para o ar sob a forma de radiação térmica.<br />

Em áreas urbanas, devido à atuação conjunta do efeito<br />

estufa e das "ilhas de calor", espera-se que o consumo de<br />

energia elétrica:<br />

a) Diminua devido à utilização de caldeiras por indústrias<br />

metalúrgicas;<br />

b) Aumente, devido ao bloqueio da luz do sol pelos gases<br />

do efeito estufa;<br />

c) Diminua devido à não necessidade de aquecer a água<br />

utilizada em indústrias;<br />

d) Aumente, devido à necessidade de maior refrigeração de<br />

indústrias e residências.<br />

112- Observe a imagem abaixo:<br />

ZIEGLER, M. F. Energia Sustentável. Revista IstoÉ. 28 abr. 2010.<br />

A fonte de energia representada na figura, considerada uma das mais limpas e sustentáveis do mundo, é extraída pelo calor<br />

gerado:<br />

a) Pela circulação do magma no subsolo;<br />

b) Pelo sol que aquece as águas com radiação ultravioleta;<br />

c) Pela queima do carvão e combustíveis fósseis;<br />

d) Pelos detritos e cinzas vulcânicas.<br />

86


HIDROGRAFIA<br />

A densidade de rios de uma bacia está relacionada ao clima<br />

da região. Na Amazônia, que apresenta altos índices<br />

pluviométricos, existem muitos rios perenes e caudalosos.<br />

Em áreas de clima árido ou semi-árido, os rios secam no<br />

período em que não chove.<br />

As bacias brasileiras são divididas em dois tipos: Bacia de<br />

Planície, utilizada para navegação, e Bacia Planáltica, que<br />

permite aproveitamento hidrelétrico.<br />

A Hidrografia brasileira apresenta os seguintes aspectos:<br />

A Hidrografia é um elemento natural marcante na<br />

paisagem brasileira.<br />

Bacias Hidrográficas são regiões geográficas formadas por<br />

rios que deságuam num curso principal de água. Os rios<br />

possuem aproveitamento econômico diversificado,<br />

irrigando terras agrícolas, abastecendo reservatórios de<br />

água urbanos, fornecendo alimentos e produzindo energia<br />

elétrica.<br />

Os rios geralmente têm origem em regiões não muito<br />

elevadas, com exceção do rio Amazonas e alguns de seus<br />

afluentes que nascem na cordilheira dos Andes.<br />

O Brasil possui a rede hidrográfica mais extensa do Globo,<br />

com 55.457km2. Muitos de seus rios destacam-se pela<br />

profundidade, largura e extensão, o que constitui um<br />

importante recurso natural. Em decorrência da natureza do<br />

relevo, predominam os rios de planalto. A energia<br />

hidráulica é a fonte primária de geração de eletricidade<br />

mais importante do Brasil.<br />

Não possui lagos tectônicos, devido à transformação das<br />

depressões em bacias sedimentares. No território brasileiro<br />

só existem lagos de várzea e lagoas costeiras, como a dos<br />

Patos (RS) e a Rodrigo de Freitas (RJ), formadas por<br />

restingas.<br />

Com exceção do Amazonas, todos os rios brasileiros<br />

possuem regime fluvial. Uma quantidade de água do rio<br />

Amazonas é proveniente do derretimento de neve da<br />

cordilheira dos Andes, o que caracteriza um regime misto<br />

(pluvial e nival).<br />

Todos os rios são exorréicos, ou seja, têm como destino<br />

final o oceano.<br />

Só existem rios temporários no Sertão nordestino, que<br />

apresenta clima semiárido. No restante do país, os rios são<br />

perenes.<br />

Os rios de planalto predominam em áreas de elevado índice<br />

pluviométrico. A existência de desníveis no terreno e o<br />

grande volume de água contribuem para a produção de<br />

hidroeletricidade.<br />

Bacias hidrográficas brasileiras<br />

As principais bacias hidrográficas brasileiras são: Bacia<br />

Amazônica, Bacia do Araguaia/Tocantins, Bacia Platina,<br />

Bacia do São Francisco e Bacia do Atlântico Sul.<br />

87


88<br />

Bacia Amazônica<br />

Seus principais rios são:<br />

1. Rio Amazonas<br />

2. Rio Solimões<br />

3.Rio Negro<br />

4. Rio Xingu<br />

5. Rio Tapajós<br />

6. Rio Jurema<br />

7. Rio Madeira<br />

8. Rio Purus<br />

9. Rio Branco<br />

10. Rio Juruá<br />

11. Rio Trombetas<br />

12. Rio Uatumã<br />

13. Rio Mamoré<br />

Maior bacia hidrográfica do planeta<br />

É a maior bacia hidrográfica do planeta, com cerca de<br />

7.000.000 km2, dos quais aproximadamente 4.000.000<br />

km2 estão situados em território brasileiro, e o restante<br />

distribuído por oito países sul-americanos: Guiana<br />

Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru,<br />

Equador, Bolívia.<br />

Tem a sua vertente delimitada pelos divisores de água da<br />

cordilheira dos Andes, pelo Planalto das Guianas e pelo<br />

Planalto Central.<br />

Seu principal rio nasce no Peru, com o nome de Vilcanota,<br />

e depois recebe as denominações de Ucaiali, Urubamba e<br />

Marañon. Ao entrar no Brasil, passa a se chamar Solimões,<br />

até o encontro com o Rio Negro, passando a ser chamado<br />

a partir daí de Rio Amazonas.<br />

É o rio mais extenso do planeta, com 6.868 km de<br />

comprimento, e de maior volume de água, com drenagem<br />

superior a 5,8 milhões de km2.<br />

Sua largura média é de 5 km, chegando a mais de 50 km<br />

em alguns trechos. Possui cerca de 7 mil afluentes. Possui<br />

ainda, grande número de cursos de águas menores e canais<br />

fluviais criados pelos processos de cheia e vazante.<br />

A maioria de seus afluentes nasce nos escudos dos<br />

Planaltos das Guianas e Brasileiro na Venezuela,<br />

Colômbia, Peru e Bolívia. Possui o maior potencial<br />

hidrelétrico do país, mas a baixa declividade do seu terreno<br />

dificulta a instalação de Usinas Hidrelétricas.<br />

Na época das cheias, ocorre o fenômeno conhecido como<br />

"Pororoca", provocado pelo encontro de suas águas com o<br />

mar. Enormes ondas se formam, invadindo o continente.<br />

Localizada numa região de planície,a Bacia Amazônica<br />

possui cerca de 23 mil km de rios navegáveis,<br />

possibilitando o desenvolvimento do transporte<br />

hidroviário. O Rio Amazonas é totalmente navegável.<br />

A Bacia Amazônica abrange os estados do Amazonas,<br />

Pará, Amapá, Acre, Roraima, Rondônia e Mato Grosso.<br />

O Rio Amazonas é atravessado pela linha do Equador,<br />

portanto possui afluentes nos dois hemisférios. Os<br />

principais afluentes da margem esquerda são o Japurá, o<br />

Negro e o Trombetas e da margem direita o Juruá, o Purus,<br />

o Madeira, o Xingu e o Tapajós.<br />

Bacia do Tocantins-Araguaia<br />

Seus principais rios são:<br />

1. Rio Araguaia<br />

2. Rio Tocantins<br />

É a maior bacia localizada inteiramente em terri 10.0pt;<br />

font-family: Verdana;"> Dentre os principais afluentes da<br />

bacia Tocantins-Araguaia, estão os rios do Sono, Palma e


Melo Alves, todos situados na margem direita do rio<br />

Araguaia.<br />

Seu rio principal, o Tocantins nasce na confluência dos rios<br />

Maranhão e Paraná, em Goiás, percorrendo 2.640 km até<br />

desembocar na foz do Amazonas.<br />

Durante o período de cheias, seu trecho navegável é de<br />

1.900 km, entre as cidades de Belém (PA) e Peixe (GO).<br />

Em seu curso inferior situa-se a Hidrelétrica de Tucuruí, a<br />

segunda maior do país, que abastece os projetos de<br />

mineração da Serra do Carajás e da Albrás.<br />

O rio Araguaia nasce na serra das Araras, no Mato Grosso,<br />

na fronteira com Goiás. Tem cerca de 2.600 km de<br />

extensão. Desemboca no rio Tocantins em São João do<br />

Araguaia, logo antes de Marabá.<br />

No extremo Nordeste de Mato Grosso, o rio divide-se em<br />

dois braços, pela margem esquerda o rio Araguaia e pela<br />

margem direita o rio Javaés, por aproximadamente 320 km,<br />

formando a ilha de Bananal, maior ilha fluvial do mundo.<br />

O rio é navegável por cerca de 1.100 km, entre São João do<br />

Araguaia e Beleza, porém, não possui nenhum centro<br />

urbano de destaque ao longo desse trecho.<br />

O regime hidrológico da bacia é bem definido. No<br />

Tocantins, a época de cheia estende-se de outubro a abril,<br />

com pico em fevereiro, no curso superior, e março, nos<br />

cursos médio e inferior.<br />

No Araguaia, as cheias são maiores e um mês atrasadas em<br />

decorrência do extravasamento da planície do Bananal. Os<br />

dois rios secam entre maio e setembro, com picos de seca<br />

em setembro.<br />

A construção da hidrovia Araguaia-Tocantins tem sido<br />

questionado por ONGs que criticam os impactos<br />

ambientais que poderão ser causados. Por exemplo, a<br />

hidrovia cortaria 10 áreas de conservação ambiental e 35<br />

áreas indígenas, afetando cerca de 10 mil índios.<br />

Bacia do São Francisco<br />

Divide-se em quatro regiões: Alto São Francisco, das<br />

nascentes até Pirapora-MG; Médio São Francisco, entre<br />

Pirapora e Remanso – BA; Submédio São Francisco, de<br />

Remanso até a Cachoeira de Paulo Afonso, e, Baixo São<br />

Francisco, de Paulo Afonso até a foz no oceano Atlântico.<br />

Possui área de aproximadamente 645.000 km2 e é<br />

responsável pela drenagem de 7,5% do território nacional.<br />

É a terceira bacia hidrográfica do Brasil, ocupando 8% do<br />

território nacional. É a segunda maior bacia localizada<br />

inteiramente em território nacional.<br />

A bacia encontra-se no estados da Bahia, Minas Gerais,<br />

Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Goiás e no Distrito<br />

Federal. Situa-se quase inteiramente em áreas de planalto.<br />

O rio São Francisco nasce em Minas Gerais, na serra da<br />

Canastra e atravessa o sertão semi-árido mineiro e baiano,<br />

o que possibilita a sobrevivência da população ribeirinha<br />

de baixa renda, a irrigação de pequenas propriedades e a<br />

criação de gado. Possui grande aproveitamento<br />

hidrelétrico, abastecendo não só a região Nordeste, como<br />

também parte da região Sudeste.<br />

Até a sua foz, na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe,<br />

o São Francisco percorre 3.160 km. Seus principais<br />

afluentes são os rios Paracatu, Carinhanha e Grande na<br />

margem esquerda e os rios Salitre, das Velhas e Verde<br />

Grande na margem direita.<br />

Embora atravesse um longo trecho em clima semiárido, é<br />

um rio perene e navegável por cerca de 1.800 km, desde<br />

Pirapora (MG) até a cachoeira de Paulo Afonso.<br />

Apresenta fortes quedas em alguns trechos, e tem seu<br />

potencial hidrelétrico aproveitado através das Usinas de<br />

Paulo Afonso, Sobradinho, Três Marias e Moxotó, entre<br />

outras. O rio São Francisco liga as duas regiões mais<br />

populosas e de mais antigo povoamento: Sudeste e<br />

Nordeste.<br />

Bacia Platina<br />

É constituída pelas sub-bacias dos rios Paraná, Paraguai<br />

e Uruguai.<br />

Seus principais rios são:<br />

1. Rio Uruguai<br />

2. Rio Paraguai<br />

3. Rio Iguaçu<br />

4. Rio Paraná<br />

5. Rio Tietê<br />

6. Rio Paranapanema<br />

7. Rio Grande<br />

8. Rio Parnaíba<br />

9. Rio Taquari<br />

10. Rio Sepotuba<br />

89


90<br />

É a segunda maior bacia hidrográfica do planeta, com<br />

1.397.905 km2. Se estende por Brasil, Uruguai, Bolívia,<br />

Paraguai e Argentina. Possui cerca de 60,9% das<br />

hidrelétricas em operação ou construção do Brasil.<br />

O rio da Prata se origina do encontro dos três principais<br />

rios desta bacia: Paraná, Paraguai e Uruguai. Eles se<br />

encontram na fronteira entre a Argentina e o Uruguai.<br />

A bacia do Paraná possui localização geográfica<br />

privilegiada, situada na parte central do Planalto<br />

Meridional brasileiro.<br />

O rio Paraná possui cerca de 4.900 km de extensão e é o<br />

segundo em extensão na América. É formado pela junção<br />

dos rios Grande e Parnaíba. Apresenta o maior<br />

aproveitamento hidrelétrico do Brasil, abrigando a Usina<br />

de Itaipu, entre outras. Os afluentes do Paraná, como o<br />

Tietê e o Paranapanema, também apresentam grande<br />

potencial hidrelétrico. Sua navegabilidade e a de seus<br />

afluentes vem sendo aumentada pela construção da<br />

hidrovia Tietê-Paraná.<br />

A hidrovia serve para o transporte de cargas, pessoas e<br />

veículos, tornando-se uma importante ligação com os<br />

países do Mercosul. São 2.400 km de percurso navegável<br />

ligando as localidades de Anhembi e Foz do Iguaçu. Em<br />

função de suas diversas quedas, o rio Paraná possui<br />

navegação de porte até a cidade argentina de Rosário. O rio<br />

Paraná é o quarto do mundo em drenagem, drenando todo<br />

o centro-sul da América do Sul, desde as encostas dos<br />

Andes até a Serra do Mar.<br />

A bacia do Paraguai é típica de planície e sua área é de<br />

345.000 km2. Atravessa a Planície do Pantanal e é muito<br />

utilizada na navegação.<br />

O rio Paraguai possui cerca de 2.550 km de extensão ao<br />

longo dos territórios brasileiro e paraguaio. Tem sua<br />

origem na serra de Araporé, a 100 km de Cuiabá (MT).<br />

Seus principais afluentes são os rios Miranda, Taquari, Apa<br />

e São Lourenço. Antes de se juntar ao rio Paraná para<br />

formarem o rio da Prata, o rio Paraguai banha o Paraguai e<br />

a Argentina. O rio Paraguai drena áreas de importância,<br />

como o Pantanal mato-grossense.<br />

A bacia do Uruguai tem um trecho planáltico, com<br />

potencial hidrelétrico, e outro de planície, entre São Borja<br />

e Uruguaiana (RS).<br />

O rio Uruguai nasce pela fusão dos rios Canoas (SC) e<br />

Pelotas (RS), servindo de divisa entre Rio Grande do Sul e<br />

Santa Catarina, Brasil e Argentina, e mais ao sul, entre<br />

Uruguai e Argentina. Possui uma extensão de<br />

aproximadamente 1.500 km e deságua no Estuário do<br />

Prata.<br />

Seu curso superior é planáltico e possui expressivo<br />

potencial hidrelétrico. Os cursos médio e inferior são de<br />

planície e oferecem condições favoráveis para a<br />

navegação. É navegável desde sua foz até a cidade de Salto.<br />

Fazem parte de sua bacia os rios Peixe, Chapecó,<br />

Peperiguaçu, Ibicuí, Turvo, Ijuí e Piratini.<br />

O aproveitamento econômico da bacia do Uruguai é pouco<br />

expressivo quer seja em termos de navegação, quer seja em<br />

termos de produção hidrelétrica.<br />

Bacia do Atlântico Sul<br />

O Brasil possui ao longo de seu litoral três conjuntos de<br />

bacias secundárias denominadas bacias do Atlântico Sul,<br />

divididas em três trechos: Norte-Nordeste, Leste e Sudeste.<br />

Estes trechos não possuem ligação entre si, foram<br />

agrupados por possuírem rios que correm próximo ao<br />

litoral e deságuam no Oceano Atlântico.<br />

Seus principais rios são:<br />

1. Oiapoque<br />

2. Gurupi<br />

3. Parnaíba<br />

4. Jequitinhonha<br />

5. Doce<br />

O trecho Norte-Nordeste é formado por rios perenes que<br />

correm ao norte da bacia Amazônica e entre as fozes dos<br />

rios Tocantins e São Francisco. Entre seus rios, destacamse:<br />

Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capibaribe, Una,<br />

Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru; Mearim e<br />

Parnaíba. São cinco braços principais, cobrindo uma área<br />

de 2.700 km2.<br />

O principal rio é o Parnaíba, com 970 km de extensão. Sua<br />

foz, localizada entre Piauí e Maranhão, forma o único Delta<br />

Oceânico da América. O rio Parnaíba é também uma<br />

importante hidrovia utilizada no transporte dos produtos<br />

agrícolas da região.<br />

O trecho Leste é formado pelas bacias dos rios que correm<br />

entre a foz do São Francisco e a divisa entre os estados do<br />

Rio de Janeiro e São Paulo. Seus rios de maior destaque<br />

são: Pardo, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Vaza-Barris,<br />

Itapicuru, das Contas e Paraguaçu.


Seu rio mais importante é o Paraíba do Sul, localizado entre<br />

os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.<br />

Possui, ao longo de seu curso, grande aproveitamento<br />

hidrelétrico, bem como indústrias importantes como a<br />

Companhia Siderúrgica Nacional.<br />

O trecho Sudeste é formado pelas bacias dos rios que estão<br />

ao sul da divisa dos estados do Rio de Janeiro e de São<br />

Paulo. Entre eles, destacam-se: Jacuí, Itajaí e Ribeira do<br />

Iguape. Eles possuem importância regional pela<br />

participação em atividades como transporte hidroviário,<br />

abastecimento de água e geração de energia elétrica.<br />

113 - A figura adiante representa um perfil esquemático do<br />

Planalto Nordestino Brasileiro.<br />

Assinale a alternativa que expressa as características e o<br />

nome da unidade geográfica indicada com o número 3.<br />

a) Superfícies pouco elevadas, clima semi-árido, vegetação<br />

de caatinga, cultivo do cacau e cana-de-açúcar em grandes<br />

propriedades, denominada Agreste.<br />

b) Planície litorânea, presença de mangues, clima tropical<br />

úmido, resquícios de mata tropical, cultivo de cana-deaçúcar<br />

e cacau em grandes propriedades, denominada Zona<br />

da Mata.<br />

c) Área de transição, relevo de chapadas relativamente<br />

elevadas, presença de inúmeros rios, cultivo de produtos<br />

alimentares e criação de gado leiteiro em pequenas<br />

propriedades, denominada Agreste.<br />

d) Superfícies elevadas, densa hidrografia, clima tropical,<br />

resquícios de mata tropical, intensa atividade agrícola,<br />

denominada Sertão.<br />

a) um lago.<br />

b) altitudes acima de 800m.<br />

c) altitudes abaixo de 500m.<br />

d) rebaixamento do relevo e desaguadouro de rios.<br />

e) maiores altitudes e nascentes dos rios.<br />

115 -Considere as frases:<br />

I - Relevo de terras baixas, com predomínio de áreas de<br />

deposição sedimentar<br />

II - Clima marcado por duas estações, com verão chuvoso<br />

e inverno seco<br />

III - Hidrografia rica em rios, devido às condições naturais<br />

da região<br />

Sobre a Região Norte, são verdadeiras:<br />

a) I, II, III<br />

b) I, II<br />

c) I, III<br />

d) II, III<br />

e) nenhuma das frases<br />

116 - A divisão do Brasil apresentada no mapa a seguir<br />

relaciona-se com:<br />

e) Área deprimida, vastas planuras, clima semiárido,<br />

presença de "brejos", vegetação de caatinga, criação de<br />

gado em grandes propriedades, denominada Sertão.<br />

114 - Analisando a representação das diferentes altitudes<br />

e da hidrografia da área mapeada, podemos inferir que, no<br />

local assinalado pela letra A, temos:<br />

a) clima.<br />

b) relevo.<br />

c) hidrografia.<br />

d) regiões geográficas.<br />

e) vegetação.<br />

91


117 - A paisagem brasileira está dividida em domínios<br />

morfoclimáticos.<br />

a) Cite os estados brasileiros nos quais está presente o<br />

domínio das araucárias.<br />

b) Descreva as características desse domínio, considerando<br />

os elementos: clima, relevo, solo, vegetação e hidrografia.<br />

decorrência da predominância de climas secos, mesmo<br />

apresentando rios como o Nilo e o Congo, que estão entre<br />

os maiores do mundo.<br />

e) Apesar de apresentar um relevo com predomínio de<br />

terrenos de formação geológica antiga, aparecem alguns<br />

trechos mais elevados de origem recente, onde se<br />

encontram alguns vulcões.<br />

119 - Segundo José William Vesentini, "os seis domínios<br />

morfoclimáticos brasileiros têm por base a superposição do<br />

clima, relevo, solo, vegetação e hidrografia, ou seja, um<br />

certo "ar de família" em extensas áreas, onde o visual da<br />

paisagem é normalmente fornecido pela vegetação."<br />

Com base no texto anterior, é CORRETO afirmar que:<br />

(01) no domínio da Araucária, predomina o clima<br />

subtropical e o relevo é marcado pela presença do planalto<br />

Meridional.<br />

(02) o domínio da Pradaria localiza-se no sul do Brasil e<br />

trata-se do prolongamento dos campos (vegetação<br />

herbácea e típica de climas temperados e subtropicais) do<br />

Uruguai e da Argentina.]<br />

(04) o domínio da Caatinga caracteriza-se por um solo<br />

fraco em quantidade de minerais e muito profundo, o que,<br />

associado à falta de chuvas, ocasiona uma vegetação<br />

florestal de grande porte.<br />

(08) o domínio Amazônico, predomina a floresta<br />

latifoliada equatorial que aí encontra boas condições de<br />

crescimento, devido ao clima quente e à grande quantidade<br />

de chuvas.<br />

(16) o domínio do Cerrado localiza-se no Planalto Central<br />

do Brasil, onde predomina o clima tropical típico ou<br />

semiúmido.<br />

Soma ( )<br />

92<br />

118 - Em relação ao continente africano, todas as opções a<br />

seguir estão corretas, EXCETO uma. Assinale-a.<br />

a) Se, por um lado, o relevo predominantemente planáltico<br />

do continente torna seus rios pouco navegáveis, por outro,<br />

favorece seu potencial hidrelétrico, que é bastante grande.<br />

b) Seu litoral bastante extenso, porém pouco recortado,<br />

dificulta seu aproveitamento para a instalação de portos.<br />

c) Em toda a porção central o clima seco favorece o<br />

domínio de formações vegetais desérticas, sendo que<br />

apenas ao norte encontramos a mancha de floresta<br />

equatorial refletindo a maior umidade desta região.<br />

d) Em geral apresenta uma hidrografia pobre, em<br />

Explique por que o relevo é o elemento determinante da<br />

hidrografia.


c) na vegetação do Pantanal.<br />

d) na vegetação da região Centro-Oeste.<br />

e) no clima do Nordeste.<br />

123 - Quais as principais características da hidrografia<br />

brasileira?<br />

120 - É incorreto afirmar sobre a hidrografia brasileira que:<br />

a) o São Francisco é totalmente navegável e seu principal<br />

porto é Marabá.<br />

b) os rios brasileiros são quase todos de regime pluvial.<br />

c) o rio Doce banha importante região que abrange as<br />

"cidades do aço".<br />

d) os rios temporários do Nordeste são aproveitados para<br />

açudagem.<br />

e) a navegação fluvial é importante para o país, pois<br />

possuímos 45.000km de rios navegáveis.<br />

124 - Por que o Centro-Oeste é um grande divisor de águas<br />

da hidrografia brasileira?<br />

121 - O fato de ser o clima da região Sul do tipo subtropical<br />

é explicado:<br />

a) pelo relevo.<br />

b) pelo movimento de rotação da terra.<br />

c) pelas formações vegetais.<br />

d) pela posição geográfica<br />

e) pela hidrografia<br />

122 - O planalto da Borborema interfere:<br />

a) na hidrografia da região Sul.<br />

b) na hidrografia da Sudeste.<br />

93


125-<br />

127 - Sobre a HIDROGRAFIA da América do Sul, numere<br />

a coluna 2, de acordo com a coluna 1 (rios) e marque a<br />

alternativa que apresenta a numeração CORRETA.<br />

Coluna 1<br />

1 – Orenoco<br />

2 – Amazonas<br />

3 – Negro<br />

4 – Paraná<br />

5 – Paraguai<br />

Todas as alternativas apresentam características da área em<br />

destaque nesse mapa, EXCETO<br />

a) Presença de temperaturas médias anuais elevadas,<br />

pequena amplitude térmica, forte umidade relativa do ar e<br />

intensa nebulosidade.<br />

b) Presença de terras firmes ou baixos planaltos, os quais<br />

apresentam uma topografia monótona caracterizada por<br />

amplos interflúvios e colinas tabulares.<br />

c) Presença de tipos diferenciados de formações florestais<br />

perenifólias em função de variações climáticas,<br />

topográficas e variações de solo e de hidrografia.<br />

d) Presença de uma paisagem fluvial modelada em função<br />

de canais caracterizados, por trechos encachoeirados e<br />

corredeiras, onde a água escoa em alta velocidade.<br />

Coluna 2<br />

( ) Nasce no peru (Andes), onde é chamado de Marañon.<br />

( ) Na Venezuela drena uma extensa área dominada por<br />

planícies, sendo navegável até por navios de grande<br />

tonelagem.<br />

( ) Nasce no Brasil e deságua no Atlântico, formando um<br />

imenso estuário, o rio da Prata, entre a Argentina e o<br />

Uruguai.<br />

( ) Em sua confluência com o rio Solimões dá origem ao<br />

nome Amazonas para designar o maior rio do mundo em<br />

volume de água.<br />

( ) Sendo navegável, é de grande importância para o seu<br />

país que não dispõe de saída para o mar<br />

126 - Quanto à hidrografia brasileira, julgue os itens a<br />

seguir:<br />

I. Em sua maior parte, os rios brasileiros são perenes, com<br />

exceção de alguns rios da região semiárida do Nordeste,<br />

que podem desaparecer durante uma parte do ano.<br />

II. Por percorrer uma região de planalto, a maior parte da<br />

bacia do Paraguai apresenta-se encachoeirada, permitindo<br />

intenso aproveitamento hidroelétrico.<br />

III. Em função da característica climática da Região Sul,<br />

com chuvas concentradas numa determinada época do ano,<br />

seus rios apresentam uma vazante acentuada.<br />

Assinale:<br />

a) se for correta apenas a afirmativa I.<br />

b) se forem corretas apenas as afirmativas I e II.<br />

c) se forem corretas apenas as afirmativas I e III.<br />

d) se forem corretas apenas as afirmativas II e III.<br />

e) se forem corretas as afirmativas I, II e III.<br />

a) 5, 1, 4, 3, 2<br />

b) 4, 1, 2, 3, 5<br />

c) 3, 2, 1, 4, 5<br />

d) 2, 1, 4, 3, 5<br />

e) 1, 2, 4, 3, 5<br />

128 - Assinale a alternativa correta sobre a hidrografia da<br />

Europa.<br />

a) O rio Ródano escoa a produção agrícola do Norte da<br />

França.<br />

b) O rio Danúbio permite a ligação da Europa Central com<br />

o Atlântico.<br />

c) O rio Reno escoa a produção do Vale do Ruhr.<br />

d) O rio Pó permite a irrigação das áreas áridas do Sul da<br />

Itália.<br />

e) O rio Elba liga o interior da Alemanha ao Mar Negro.<br />

94


129 - Considere as seguintes afirmações sobre a<br />

hidrografia<br />

brasileira:<br />

I. Apresenta lagos tectônicos, formados pela ocupação das<br />

depressões pelo mar, como a lagoa dos Patos (RS) e a<br />

Rodrigo de Freitas (RJ).<br />

II. A ocorrência de rios temporários é predominante no<br />

sertão nordestino, onde o clima é semi-árido.<br />

III. Predominam rios de planície, facilitando o<br />

aproveitamento do potencial hidrelétrico.<br />

IV. Todos os rios brasileiros, com exceção do Amazonas,<br />

possuem regime pluvial.<br />

Estão corretas SOMENTE<br />

a) I e II<br />

b) I e III<br />

c) II e III<br />

d) II e IV<br />

e) III e IV<br />

baseados nas características dos ecossistemas europeus.<br />

(02) uma das primeiras respostas à escassez de água, nos<br />

desertos, é a ausência de vegetação.<br />

(04) a variedade botânica brasileira é resultado da expansão<br />

e retração das florestas, cerrados e caatingas, provocada<br />

pela alternância de climas úmidos e secos nas regiões<br />

tropicais, durante os períodos glaciais do Quaternário.<br />

(08) o aproveitamento econômico da Floresta Amazônica<br />

pela indústria madeireira é dificultado pela<br />

heterogeneidade e dispersão das espécies arbóreas.<br />

(16) a vegetação natural depende principalmente do clima<br />

e, em grau menor do solo, da hidrografia e do relevo.<br />

(32) as florestas espinhosas tropicais e subtropicais<br />

ocorrem em regiões de baixa pluviosidade das altas<br />

latitudes.<br />

(64) a madeira e a erva-mate da Floresta Subtropical<br />

pluvial passaram a ser exploradas, a partir do século XIX,<br />

no Oeste do Paraná, sendo exportadas para a Argentina e<br />

para a Europa, através do Rio Paraná.<br />

Soma ( )<br />

130 - NÃO se refere ao quadro econômico e ambiental da<br />

Amazônia:<br />

a) A Serra dos Carajás, rica em recursos minerais, atraiu<br />

grandes investimentos para sua exploração.<br />

b) A ação predatória dos garimpos provoca grave poluição,<br />

por mercúrio, nos leitos fluviais.<br />

c) A associação do clima, hidrografia e relevo é<br />

determinante na formação da sua cobertura vegetal natural.<br />

d) A formação de pastagens condiciona o intenso<br />

desmatamento de imensas áreas florestais.<br />

e) O extrativismo vegetal, principal atividade regional, é a<br />

base da economia amazônica.<br />

131 - "Dependemos das florestas para cada passo de nossas<br />

vidas." (ROSS, J.L.S. "<strong>Geografia</strong> do Brasil". São Paulo:<br />

Edusp, 1995, p.143)<br />

Além das inúmeras utilidades das florestas, é correto<br />

afirmar que<br />

(01) as áreas de florestas tropicais têm demonstrado que<br />

seus solos são impróprios para métodos de cultivo<br />

95


A INDUSTRIALIZAÇÃO DO ESPAÇO<br />

MUNDIAL<br />

As origens do processo de industrialização remontam ao<br />

século XVlll, quando na sua segunda metade, emergem na<br />

Inglaterra, grande potência daquele período, uma série de<br />

transformações de ordem econômica, política, social e<br />

técnica, que convencionou-se chamar de Revolução<br />

Industrial.<br />

Hoje esse processo já é conhecido como 1ª Revolução<br />

Industrial, pois nos séculos XlX, e no XX, novas<br />

transformações geraram a emergência das 2ª e 3ª<br />

Revoluções Industriais.<br />

As transformações de ordem espacial a partir da indústria<br />

foram enormes, podemos citar como exemplo as próprias<br />

mudanças ocorridas na Inglaterra do século XlX, onde a<br />

indústria associada a modernização do campo, gerou a<br />

expulsam de milhares de camponeses em direção das<br />

cidades, o que gerou a constituição de cidades industriais<br />

que nesse mesmo século ficaram conhecidas como cidades<br />

negras, em decorrência da poluição atmosférica gerada<br />

pelas indústrias. Além disso, ocorreu uma grande mudança<br />

nas relações sociais, as classes sociais do capitalismo<br />

ficaram mais claras, de um lado os donos dos meios de<br />

produção ( burguesia), que objetivavam em primeiro lugar<br />

lucros cada vez maiores, através da exploração da mão de<br />

obra dos trabalhadores que ganhavam salários miseráveis,<br />

e trabalhavam em condições precárias, esses por sua vez<br />

constituindo o chamado proletariado, (classe que vende sua<br />

força de trabalho em troca de um salário), que só vieram<br />

conseguir melhorias a partir do século XX, e isso fruto de<br />

muitas lutas, através de greves que forçaram os patrões e<br />

Estados a concederem benefícios a essa camada da<br />

sociedade.<br />

O avanço da indústria, especialmente a partir do século<br />

XlX, deu-se em direção de outros países europeus como a<br />

França, a Bélgica, a Holanda, a Alemanha, a Itália, e de<br />

países fora da Europa, como os EUA na América e o Japão<br />

na Ásia, a grosso modo esses países viriam a ser no século<br />

vindouro, as potências que iriam dominar o mundo, em<br />

especial os EUA, que hoje sem sombra de dúvidas são a<br />

maior potência não apenas econômica, industrial, mas<br />

também militar do planeta.<br />

A partir do século XX, especialmente após a 2ª Guerra<br />

Mundial, países do chamado terceiro mundo, também<br />

passaram por processos de industrialização, como é o caso<br />

do Brasil. Nesses países foi muito marcante a presença do<br />

Estado nacional no processo de industrialização, e das<br />

empresas multinacionais (empresas estrangeiras), que<br />

impulsionaram esse processo, e fizeram que alguns países<br />

da periferia do mundo hoje sejam potências industriais. Só<br />

que diferentemente do que ocorreu nos países do mundo<br />

desenvolvido, a industrialização não resultou<br />

necessariamente na melhoria de vida das populações, ou no<br />

desenvolvimento do país, pois esse processo nos países<br />

subdesenvolvidos se deu de forma dependente de capitais<br />

internacionais, o que gerou um aprofundamento da<br />

dependência externa, como o que é expresso através das<br />

dívidas externas, além do que, as indústrias que para cá<br />

vieram por já serem relativamente modernas não geraram<br />

o número de empregos necessários para absorver a mão de<br />

obra cada vez mais numerosa que vinha do campo para as<br />

cidades, isso fez com que ocorresse um processo de<br />

metropolização acelerado, que não foi acompanhado de<br />

implantação de infra- estrutura e da geração de empregos,<br />

o que gerou um dos maiores problemas dos países<br />

subdesenvolvidos hoje o inchaço das grandes cidades, com<br />

os problemas decorrentes do mesmo.<br />

A industrialização brasileira<br />

Pensar na origem da indústria no Brasil, tem que se incluir<br />

necessariamente, a economia cafeeira desenvolvida no pais<br />

durante o século XlX e boa parte do XX, pois ela foi quem<br />

96


deu as bases para o surgimento da indústria no país, que<br />

começou a ocorrer ainda na Segunda metade do século<br />

XlX. Dentre as contribuições da economia cafeeira para a<br />

industrialização, podemos mencionar:<br />

a) Acumulação de capital necessário para o processo;<br />

b) Criação de infraestrutura;<br />

c) Formação de mercado de consumo;<br />

d) Mão de obra utilizada, especialmente os migrantes<br />

europeus não portugueses, como os italianos.<br />

No início do século XX, a industrialização brasileira ainda<br />

era incipiente, era mais vantajoso investir no café, por<br />

exemplo, do que na indústria. Com a crise de 1929, o rumo<br />

da economia brasileira muda. Com a subida ao poder de<br />

Vargas, emerge o pensamento urbano industrial, na<br />

chamada era Vargas, o processo de industrialização é<br />

impulsionado, com base nas políticas de caráter<br />

keynesiano. O intervencionismo estatal na economia é cada<br />

vez maior, criam-se empresas estatais como CVRD,<br />

Petrobrás, Eletrobrás, etc., com o objetivo de industrializar<br />

o país.<br />

No governo de JK, se dá a abertura ao capital internacional,<br />

representado pelas empresas multinacionais e pelos<br />

enormes empréstimos para o estabelecimento de infra<br />

estrutura e de grandes obras como a construção da capital<br />

federal no centro do país, no planalto central, Brasília.<br />

Durante a ditadura militar, o Plano de metas de JK é<br />

continuado, grandes projetos são estabelecidos, a<br />

economia do país chega a tornar-se a oitava do mundo.<br />

Durante o chamado milagre brasileiro(1968-1973), a<br />

economia brasileira passa a ser uma das que mais cresce,<br />

essa festa toda só é parada em decorrência da Crise do<br />

petróleo, que se dá a partir de 1973.<br />

A grande contradição desse crescimento se deve ao fato<br />

que, por um lado ele foi gerado pelo grande endividamento<br />

externo, e por outro através de grande repressão ( vide o AI<br />

5), e arrocho salarial , sobre a classe trabalhadora brasileira,<br />

confirmando a tendência de Modernização conservadora<br />

da economia nacional.<br />

A partir da década de 90, e da emergência das idéias<br />

neoliberais, o processo de industrialização do país toma<br />

novo rumo, com a privatização de grande parte das estatais<br />

e da abertura cada vez maior da economia do país ao capital<br />

internacional, além da retirada de direitos trabalhistas<br />

históricos.<br />

Mudanças espaciais também são verificadas na<br />

distribuição atual das indústrias no país, pois desde o início<br />

da industrialização, a tendência foi de concentração<br />

espacial no Centro-sul, especialmente em São Paulo, isso<br />

fez com que esse estado se torna-se o grande centro da<br />

economia nacional e em decorrência disso recebesse os<br />

maiores fluxos migratórios, mas o que se verifica<br />

atualmente é que a tendência mundial atual de<br />

desconcentração industrial também tem se abalado sobre o<br />

Brasil, pois localidades do interior de São Paulo, do Sul do<br />

país e até mesmo estados nordestinos começam a receber<br />

plantas industriais que em outros tempos se dirigiriam sem<br />

sombra de dúvidas para a capital paulista. Esse processo se<br />

deve em especial a globalização da economia que tem<br />

acirrado a competição entre as empresas, que com isso<br />

buscam a redução dos custos de produção buscando<br />

produzir onde é mais barato. Esse processo todo tende a<br />

redesenhar não apenas o espaço industrial brasileiro, mas<br />

de várias áreas do mundo. O mais interessante no caso<br />

brasileiro, é que ele não tem enfraquecido o papel de São<br />

Paulo como cidade comandante da economia nacional, mas<br />

pelo contrário fortalece, pois o que se desconcentra é a<br />

produção e não a decisão.<br />

97


Classificação das indústrias<br />

3-Tecnologia empregada:<br />

a) Indústrias tradicionais;<br />

b) Indústrias dinâmicas.<br />

Os fatores locacionais<br />

Fatores locacionais devem ser entendidos como as<br />

vantagens que um determinado local pode oferecer para a<br />

instalação de uma indústria.<br />

As indústrias podem ser classificadas com bases em vários<br />

critérios, em geral o mais utilizado é o que leva em<br />

consideração o tipo e destino do bem produzido:<br />

a) Indústrias de base: são aquelas que produzem bens que<br />

dão a base para o funcionamento de outras indústrias, ou<br />

seja, as chamadas matérias primas industrias ou insumos<br />

industriais, como o aço.<br />

b) Indústrias de bens de capital ou intermediárias: são<br />

aquelas que produzem equipamentos necessários para o<br />

funcionamento de outras indústrias, como as de máquinas.<br />

c) Indústrias de bens de consumo: são aquelas que<br />

produzem bens para o consumidor final, a população<br />

comum, elas subdividem-se em:<br />

Podem ser eles:<br />

- Matéria prima abundante e barata;<br />

- Mão de obra abundante e barata;<br />

- Energia abundante e barata;<br />

- Mercados consumidores;<br />

- Infra estrutura;<br />

- Vias de transporte e comunicações;<br />

- Incentivos fiscais;<br />

- Legislações fiscais, tributárias e ambientais amenas.<br />

c.1) Bens duráveis: as que produzem bens para consumo a<br />

longo prazo, como automóveis.<br />

c.2) Bens não duráveis: as que produzem bens para<br />

consumo em geral imediato, como as de alimentos.<br />

Se levarmos em consideração outros critérios como por<br />

exemplo:<br />

1-Maneira de produzir:<br />

a) Indústrias extrativas;<br />

b) Indústrias de processamento ou beneficiamento;<br />

98<br />

c) Indústria de construção;<br />

d) Indústria de transformação ou manufatureira.<br />

2-Quantidade de matéria prima e energia<br />

utilizada:<br />

a) Indústrias leves;<br />

b) Indústrias pesadas.<br />

Durante a 1ª Revolução industrial as indústrias inglesas se<br />

concentraram nas proximidades das bacias carboníferas, o<br />

que fez com que ali surgissem importantes cidades<br />

industriais, que ganharam o apelido de cidades negras, isso<br />

se deu em decorrência do pequeno desenvolvimento em<br />

especial dos meios de transporte. Na 2ª Revolução<br />

Industrial do final do século XlX, com o desenvolvimento<br />

de novos meios de transporte ( ferrovia) e a utilização de


novas fontes de energia ( eletricidade, petróleo, etc.) houve<br />

uma maior liberdade na implantação de indústrias que fez<br />

com que surgissem novas áreas industriais.<br />

No século XX as metrópoles urbano industriais passaram a<br />

concentrar as maiores e mais importantes indústrias, o que<br />

as tornou o centro da economia de vários países do planeta,<br />

como é o caso da região metropolitana de São Paulo no<br />

Brasil, ou do Manufacturing Belt nos EUA. Atualmente a<br />

tendência é a da desconcentração industrial, onde as<br />

indústrias buscam novos locais onde os custos de produção<br />

sejam menores, como ocorre com o chamado Sun Belt nos<br />

EUA, ou na relocalização produtiva que estamos<br />

verificando no Brasil, isso gera uma mudança significativa<br />

dos fluxos migratórios, cidades como São Paulo ou Rio de<br />

Janeiro, deixam de ser as maiores captadoras de pessoas,<br />

cedendo esse posto para cidades do interior de São Paulo<br />

dentre outras localidades.<br />

Na década de 1970, a crise do petróleo fez com que<br />

emergisse para o mundo algo que já vinha sendo gerado no<br />

decorrer do século XX, a 3ª Revolução Industrial, também<br />

chamada de Revolução tecnocientífica informacional.<br />

Esta por sua vez correspondia aos avanços tecnológicos em<br />

especial da informação e dos transportes, representado por<br />

invenções como por exemplo Internet, e os aviões<br />

supersônicos. Os avanços nesses setores tornaram o mundo<br />

menor, encurtaram as distâncias e em alguns casos<br />

aniquilaram o espaço em relação ao tempo, como o que<br />

vemos com a telefonia, dentre tantos outros exemplos.<br />

Tudo isso gerou e tem gerado transformações colossais no<br />

espaço geográfico mundial, as indústrias buscam a<br />

inovação, investem em novas tecnologias, em especial<br />

naquelas que poupem mão de obra como a robótica, o<br />

desemprego estrutural se expande. Antigas regiões<br />

industriais entram em decadência com o processo de<br />

desconcentração industrial, surgem novas regiões<br />

industriais. Surge a fábrica global, que se constitui na<br />

estratégia utilizada pelas grandes empresas internacionais<br />

de produzir se utilizando das vantagens comparativas que<br />

oferecem os variados países do mundo. A terceirização,<br />

também torna-se algo comum, como o que ocorre com<br />

empresas de calçados como a NIKE, que não tem um único<br />

operário em linhas de produção, pois não produz apenas<br />

compra de empresas menores.<br />

Fruto também da revolução tecnocientífica informacional,<br />

surgem os chamados Técnopolos, locais, que podem ser<br />

cidades ou até mesmo bairros onde se instalam empresas<br />

de alta tecnologia como uma Microsoft, em geral<br />

associadas a instituições de pesquisa como universidades.<br />

É o caso do Vale do Silício nos EUA, Tsukuba no Japão, e<br />

cidades como Campinas e São Carlos no Brasil.<br />

A terceira revolução industrial<br />

99


AS MULTINACIONAIS OU<br />

TRANSNACIONAIS<br />

drenagem de capitais que saem do país através das<br />

remessas de lucros.<br />

Modelos produtivos<br />

( Da Segunda revolução industrial à revolução Técnicocientífica).<br />

TAYLORISMO<br />

- Separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos.<br />

- Racionalização da produção.<br />

- Controle do tempo.<br />

- Estabelecimento de níveis mínimos de produtividade.<br />

A partir do final do século XlX, começam a surgir os<br />

primeiros trustes (modalidade de concentração e<br />

centralização do capital), os quais dão origem a empresas<br />

multinacionais, que correspondem aquelas que se<br />

expandem para além das fronteiras onde surgiram, algumas<br />

tornando-se verdadeiras empresas globais, como é o caso<br />

da Coca-Cola.<br />

A grande arrancada das multinacionais em direção dos<br />

países subdesenvolvidos se deu a partir do pós 2ª Guerra<br />

mundial, quando várias empresas dos EUA, Europa e<br />

Japão, passaram a se aproveitar das vantagens locacionais<br />

oferecidas por esses países.<br />

Hoje a presença de multinacionais já faz parte do cotidiano<br />

de milhões de pessoas no mundo todo, elas comandam os<br />

fluxos internacionais, e em alguns casos chegam a<br />

administrar receitas muito superiores a de vários países do<br />

mundo.<br />

As maiores multinacionais do mundo são dos EUA,<br />

seguidas de japonesas e europeias. Empresas desse tipo<br />

surgidas em países do mundo subdesenvolvido ainda são<br />

poucas, e não tão poderosas como dos primeiros.<br />

No Brasil, a chegada delas se deu, principalmente a partir<br />

do governo de JK, que abriu a economia nacional ao capital<br />

internacional proporcionando grande internacionalização<br />

da economia, por outro lado também beneficiou<br />

multinacionais como por exemplo na opção pela via<br />

rodoviárias de transportes para o Brasil, que naquele<br />

momento atraiu várias multinacionais produtoras de<br />

automóveis, mas que condenou os brasileiros a pagarem os<br />

custos mais elevados desse tipo de transporte.<br />

FORDISMO<br />

- Produção e consumo em massa.<br />

- Extrema especialização do trabalho.<br />

- Rígida padronização da produção.<br />

- Linha de montagem.<br />

PÓS-FORDISMO<br />

- Estratégias de produção e consumo em escala planetária.<br />

- Valorização da pesquisa científica.<br />

- Desenvolvimento de novas tecnologias.<br />

- Flexibilização dos contratos de trabalho.<br />

A Industrialização no Brasil<br />

História da industrialização brasileira, momentos mais<br />

importantes do desenvolvimento industrial do Brasil, a<br />

indústria brasileira atualmente.<br />

Hoje a presença delas no Brasil é muito intensa e<br />

numerosa, elas sendo responsáveis por grande parte da<br />

100


Introdução<br />

Enquanto o Brasil foi colônia de Portugal (1500 a 1822)<br />

não houve desenvolvimento industrial em nosso país. A<br />

metrópole proibia o estabelecimento de fábricas em nosso<br />

território, para que os brasileiros consumissem os produtos<br />

manufaturados portugueses. Mesmo com a chegada da<br />

família real (1808) e a Abertura dos Portos às Nações<br />

Amigas, o Brasil continuou dependente do exterior, porém,<br />

a partir deste momento, dos produtos ingleses.<br />

Começo da industrialização<br />

Foi somente no final do século XIX que começou o<br />

desenvolvimento industrial no Brasil. Muitos cafeicultores<br />

passaram a investir parte dos lucros, obtidos com a<br />

exportação do café, no estabelecimento de indústrias,<br />

principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Eram<br />

fábricas de tecidos, calçados e outros produtos de<br />

fabricação mais simples. A mão-de-obra usadas nestas<br />

fábricas eram, na maioria, formada por imigrantes<br />

italianos.<br />

Porém, este desenvolvimento continuou restrito aos<br />

grandes centros urbanos da região sudeste, provocando<br />

uma grande disparidade regional.<br />

Durante este período, a indústria também se beneficiou<br />

com o final da Segunda Guerra Mundial (1939-45), pois,<br />

os países europeus, estavam com suas indústrias arrasadas,<br />

necessitando importar produtos industrializados de outros<br />

países, entre eles o Brasil.<br />

Com a criação da Petrobrás (1953), ocorreu um grande<br />

desenvolvimento das indústrias ligadas à produção de<br />

gêneros derivados do petróleo (borracha sintética, tintas,<br />

plásticos, fertilizantes, etc).<br />

Período JK<br />

Era Vargas e desenvolvimento industrial<br />

Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960) o<br />

desenvolvimento industrial brasileiro ganhou novos rumos<br />

e feições. JK abriu a economia para o capital internacional,<br />

atraindo indústrias multinacionais. Foi durante este período<br />

que ocorreu a instalação de montadoras de veículos<br />

internacionais (Ford, General Motors, Volkswagen e<br />

Willys) em território brasileiro.<br />

Foi durante o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-<br />

1945) que a indústria brasileira ganhou um grande impulso.<br />

Vargas teve como objetivo principal efetivar a<br />

industrialização do país, privilegiando as indústrias<br />

nacionais, para não deixar o Brasil cair na dependência<br />

externa. Com leis voltadas para a regulamentação do<br />

mercado de trabalho, medidas protecionistas e<br />

investimentos em infra-estrutura, a indústria nacional<br />

cresceu significativamente nas décadas de 1930-40.<br />

Últimas décadas do século XX<br />

Nas décadas 70, 80 e 90, a industrialização do Brasil<br />

continuou a crescer, embora, em alguns momentos de crise<br />

econômica, ela tenha estagnado. Atualmente o Brasil<br />

possui uma boa base industrial, produzindo diversos<br />

produtos como, por exemplo, automóveis, máquinas,<br />

roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios<br />

industrializados, eletrodomésticos, etc. Apesar disso, a<br />

101


indústria nacional ainda é dependente, em alguns setores,<br />

(informática, por exemplo) de tecnologia externa.<br />

Getúlio Vargas e a Era Vargas<br />

Vida de Getúlio Vargas, Revolução de 1930, Estado Novo,<br />

Era Vargas, história do Brasil República, nacionalismo,<br />

desenvolvimento econômico, "o petróleo é nosso", direitos<br />

trabalhistas, industrialização, desenvolvimento industrial<br />

brasileiro, suicídio de Vargas<br />

Getúlio Vargas<br />

DIP ( Departamento de Imprensa e Propaganda ) para<br />

controlar e censurar manifestações contrárias ao seu<br />

governo.<br />

Perseguiu opositores políticos, principalmente partidários<br />

do comunismo. Enviou Olga Benário , esposa do líder<br />

comunista Luis Carlos Prestes, para o governo nazista.<br />

Realizações<br />

Vargas criou a Justiça do Trabalho (1939), instituiu o<br />

salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho,<br />

também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas<br />

também são frutos de seu governo: carteira profissional,<br />

semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas.<br />

GV investiu muito na área de infra-estrutura, criando a<br />

Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio<br />

Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco<br />

(1945). Em 1938, criou o IBGE ( Instituto brasileiro de<br />

<strong>Geografia</strong> e estatística). Saiu do governo em 1945, após um<br />

golpe militar.<br />

O Segundo Mandato<br />

Vargas: uma das figuras políticas mais importantes da<br />

História do Brasil<br />

Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições<br />

democráticas. Neste governo continuou com uma política<br />

nacionalista. Criou a campanha do " Petróleo é Nosso" que<br />

resultaria na criação da Petrobrás.<br />

Biografia<br />

Getúlio Dornelles Vargas (19/4/1882 - 24/8/1954) foi o<br />

presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois<br />

mandatos. De origem gaúcha (nasceu na cidade de São<br />

Borja), Vargas foi presidente do Brasil entre os anos de<br />

1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e 1945 instalou<br />

a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.<br />

Revolução de 1930 e entrada no poder<br />

Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar<br />

a Revolução de 1930, que derrubou o governo de<br />

Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes,<br />

caracterizaram-se pelo nacionalismo e populismo. Sob seu<br />

governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fecha o<br />

Congresso Nacional em 1937, instala o Estado Novo e<br />

passa a governar com poderes ditatoriais. Sua forma de<br />

governo passa a ser centralizadora e controladora. Criou o<br />

O suicídio de Vargas<br />

Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do<br />

Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento<br />

com uma frase que entrou para a história : "Deixo a vida<br />

para entrar na História." Até hoje o suicídio de Vargas gera<br />

polêmicas. O que sabemos é que seus últimos dias de<br />

governo foram marcados por forte pressão política por<br />

parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do<br />

país não era positiva o que gerava muito descontentamento<br />

entre a população.<br />

Conclusão<br />

Embora tenha sido um ditador e governado com medidas<br />

controladoras e populistas, Vargas foi um presidente<br />

marcado pelo investimento no Brasil. Além de criar obras<br />

de infra-estrutura e desenvolver o parque industrial<br />

brasileiro, tomou medidas favoráveis aos trabalhadores.<br />

102


Foi na área do trabalho que deixou sua marca registrada.<br />

Sua política econômica gerou empregos no Brasil e suas<br />

medidas na área do trabalho favoreceram os trabalhadores<br />

brasileiros.<br />

Senado, Nereu Ramos, que se encarregou de transmitir os<br />

cargos a Juscelino Kubitschek e João Goulart, a 31 de<br />

janeiro de 1956. A intervenção militar assegurou, portanto,<br />

as condições para posse dos eleitos.<br />

O Plano de Metas<br />

Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961)<br />

"Anos dourados" e Brasília<br />

O governo de Juscelino Kubitschek entrou para história do<br />

país como a gestão presidencial na qual se registrou o mais<br />

expressivo crescimento da economia brasileira. Na área<br />

econômica, o lema do governo foi "Cinquenta anos de<br />

progresso em cinco anos de governo".<br />

Para cumprir com esse objetivo, o governo federal<br />

elaborou o Plano de Metas, que previa um acelerado<br />

crescimento econômico a partir da expansão do setor<br />

industrial, com investimentos na produção de aço,<br />

alumínio, metais não-ferrosos, cimento, álcalis, papel e<br />

celulose, borracha, construção naval, maquinaria pesada e<br />

equipamento elétrico.<br />

O Plano de Metas teve pleno êxito, pois no transcurso da<br />

gestão governamental a economia brasileira registrou taxas<br />

de crescimento da produção industrial (principalmente na<br />

área de bens de capital) em torno de 80%.<br />

Na eleição presidencial de 1955, o Partido Social<br />

Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro<br />

(PTB) se aliaram, lançando como candidato Juscelino<br />

Kubitschek para presidente e João Goulart para vicepresidente.<br />

A União Democrática Nacional (UDN) e o<br />

Partido Democráta Cristão (PDC) disputaram o pleito com<br />

Juarez Távora.<br />

Também concorreram os candidatos Adhemar de Barros e<br />

Plínio Salgado. Juscelino Kubitschek venceu as eleições. O<br />

vice-presidente Café Filho havia substituído Getúlio<br />

Vargas na presidência da República.<br />

Porém, antes de terminar o mandato, problemas de saúde<br />

provocaram o afastamento de Café Filho. Quem assumiu o<br />

cargo foi o presidente da Camara dos Deputados, Carlos<br />

Luz.<br />

A ameaça de golpe<br />

Rumores de um suposto golpe, tramado pelo presidente em<br />

exercício Carlos Luz, por políticos e militares pertencentes<br />

a UDN contra a posse de Juscelino Kubitschek fizeram<br />

com que o ministro da Guerra, general Henrique Teixeira<br />

Lott, mobilizasse tropas militares que ocuparam<br />

importantes prédios públicos, estações de rádio e jornais.<br />

O presidente em exercício Carlos Luz foi deposto. Foi<br />

empossado provisoriamente no governo o presidente do<br />

Desenvolvimento e dependência externa<br />

A prioridade dada pelo governo ao crescimento e<br />

desenvolvimento econômico do país recebeu apoio de<br />

importantes setores da sociedade, incluindo os militares, os<br />

empresários e sindicatos trabalhistas. O acelerado processo<br />

de industrialização registrado no período, porém, não<br />

deixou de acarretar uma série de problemas de longo prazo<br />

para a econômica brasileira.<br />

O governo realizava investimentos no setor industrial a<br />

partir da emissão monetária e da abertura da economia ao<br />

capital estrangeiro. A emissão monetária (ou emissão de<br />

papel moeda) ocasionou um agravamento do processo<br />

inflacionário, enquanto que a abertura da economia ao<br />

capital estrangeiro gerou uma progressiva<br />

desnacionalização econômica, porque as empresas<br />

estrangeiras (as chamadas multinacionais) passaram a<br />

controlar setores industriais estratégicos da economia<br />

nacional.<br />

O controle estrangeiro sobre a economia brasileira era<br />

preponderante nas indústrias automobilísticas, de cigarros,<br />

farmacêutica e mecânica. Em pouco tempo, as<br />

multinacionais começaram a remeter grandes remessas de<br />

lucros (muitas vezes superiores aos investimentos por elas<br />

realizados) para seus países de origem. Esse tipo de<br />

103


104<br />

procedimento era ilegal, mas as multinacionais burlavam<br />

as próprias leis locais.<br />

Portanto, se por um lado o Plano de Metas alcançou os<br />

resultados esperados, por outro, foi responsável pela<br />

consolidação de um capitalismo extremamente dependente<br />

que sofreu muitas críticas e acirrou o debate em torno da<br />

política desenvolvimentista.<br />

O programa de obras públicas e a construção de<br />

Brasília<br />

A gestão de Juscelino Kubitschek também foi marcada pela<br />

implementação de um ambicioso programa de obras<br />

públicas com destaque para construção da nova capital<br />

federal, Brasília. Em 1956, já estava à disposição do<br />

governo a lei nº 2874 que autorizada o Executivo Federal a<br />

começar as obras de construção da futura capital federal.<br />

Em razão de seu arrojado projeto arquitetônico, a<br />

construção da cidade de Brasília tornou-se o mais<br />

importante ícone do processo de modernização e<br />

industrialização do Brasil daquele período histórico. A<br />

nova cidade e capital federal foi o símbolo máximo do<br />

progresso nacional e foi considerada Patrimônio Cultural<br />

da Humanidade.<br />

O responsável pelo projeto arquitetônico de Brasília foi<br />

Oscar Niemeyer, que criou as mais importantes edificações<br />

da cidade, enquanto que o projeto urbanístico ficou a cargo<br />

de Lúcio Costa. Por conta disso, destacam-se essas duas<br />

personalidades, mas é preciso ressaltar que<br />

administradores ligados ao presidente Juscelino<br />

Kubitschek, como Israel Pinheiro, Bernardo Saião e<br />

Ernesto Silva também foram figuras importantes no<br />

projeto. As obras de construção de Brasília duraram três<br />

anos e dez meses. A cidade foi inaugurada pelo presidente,<br />

a 21 de abril de 1960.<br />

Denúncias da oposição<br />

A gestão de Juscelino Kubitschek, popularmente chamado<br />

de JK, em particular a construção da cidade de Brasília, não<br />

esteve a salvo de críticas dos setores oposicionistas. No<br />

Congresso Nacional, a oposição política ao governo de JK<br />

vinha da União Democrática Nacional (UDN).<br />

A oposição ganhou maior força no momento em que as<br />

crescentes dificuldades financeiras e inflacionárias<br />

(decorrentes principalmente dos gastos com a construção<br />

de Brasília) fragilizaram o governo federal. A UDN fazia<br />

um tipo de oposição ao governo baseada na denúncia de<br />

escândalos de corrupção e uso indevido do dinheiro<br />

público. A construção de Brasília foi o principal alvo das<br />

críticas da oposição. No entanto, a ação de setores<br />

oposicionistas não prejudicou seriamente a estabilidade<br />

governamental na gestão de JK.<br />

Governabilidade e sucessão presidencial<br />

Em comparação com os governos democráticos que<br />

antecederam e sucederam a gestão de JK na presidência da<br />

República, o mandato presidencial de Juscelino apresenta<br />

o melhor desempenho no que se refere à estabilidade<br />

política. A aliança entre o PSD e o PTB garantiu ao<br />

Executivo Federal uma base parlamentar de sustentação e<br />

apoio político que explica os êxitos da aprovação de<br />

programas e projetos governamentais.<br />

O PSD era a força dominante no Congresso Nacional, pois<br />

possuía o maior número de parlamentares e o maior<br />

número de ministros no governo. O PSD era considerado<br />

um partido conservador, porque representava interesses de<br />

setores agrários (latifundiários), da burocracia estatal e da<br />

burguesia comercial e industrial.<br />

O PTB, ao contrário, reunia lideranças sindicais<br />

representantes dos trabalhadores urbanos mais organizados<br />

e setores da burguesia industrial. O êxito da aliança entre<br />

os dois partidos deveu-se ao fato de que ambos evitaram<br />

radicalizar suas respectivas posições políticas, ou seja,<br />

conservadorismo e reformismo radicais foram<br />

abandonados.<br />

Na sucessão presidencial de 1960, o quadro eleitoral<br />

apresentou a seguinte configuração: a UDN lançou Jânio<br />

Quadros como candidato; o PTB com o apoio do PSB<br />

apresentou como candidato o marechal Henrique Teixeira<br />

Lott; e o PSP concorreu com Adhemar de Barros.<br />

A vitória coube a Jânio Quadros, que obteve expressiva<br />

votação. Naquela época, as eleições para presidente e vicepresidente<br />

ocorriam separadamente, ou seja, as<br />

candidaturas eram independentes. Assim, o candidato da<br />

UDN a vice-presidente era Milton Campos, mas quem<br />

venceu foi o candidato do PTB, João Goulart. Desse modo,<br />

João Goulart iniciou seu segundo mandato como vicepresidente.


Questões para treinamento<br />

132 - As proposições abaixo tratam da dinâmica espacial<br />

da indústria brasileira. Analise-as e escreva F ou V<br />

conforme sejam Falsas ou Verdadeiras.<br />

( ) Inicialmente o crescimento industrial e os investimentos<br />

em infraestrutura concentraram-se no Sudeste do país. Esse<br />

fenômeno reforçou a tendência de concentração espacial da<br />

indústria e acentuou as desigualdades regionais.<br />

( ) Até a década de 1960 o Sul e o Nordeste eram regiões<br />

industriais periféricas e no Norte e no Centro-Oeste havia<br />

apenas núcleos locais isolados, os chamados enclaves<br />

industriais.<br />

( ) A partir da década de 1940, a fim de impulsionar o<br />

crescimento econômico regional, o governo federal iniciou<br />

a implantação de medidas para descentralizar os<br />

investimentos públicos e privados, entre os quais, com<br />

destaque, os investimentos fiscais.<br />

( ) A partir de 1990, intensificou-se o processo de<br />

desconcentração industrial. Muitas indústrias deixaram<br />

áreas tradicionais e instalaram unidades fabris em novos<br />

espaços geográficos, na busca de vantagens econômicas,<br />

incentivos fiscais, menores custos de produção, mão-deobra<br />

barata, mercado consumidor significativo e atuação<br />

sindical pouco expressiva.<br />

134 - Comparando-se dois momentos do processo de<br />

industrialização brasileira, a década de 1930 e a década de<br />

1950, responda:<br />

a) Quais são as diferenças, com relação ao mercado<br />

externo, entre esses dois momentos?<br />

b) Quais transformações a industrialização trouxe para a<br />

organização espacial brasileira?<br />

A alternativa que apresenta a sequência correta é:<br />

a) V V F F<br />

b) V V V F<br />

c) F F F V<br />

d) V V F V<br />

e) F F V V<br />

133 - Nos últimos 20 anos, os estados nordestinos<br />

ofereceram boas oportunidades para investimentos<br />

nacionais e estrangeiros, resultantes de políticas de isenção<br />

de impostos, subsídios e empréstimos especiais. Os três<br />

estados nordestinos que apresentaram o maior crescimento<br />

no período indicado foram:<br />

a) Sergipe, Piauí e Ceará.<br />

b) Alagoas, Piauí e Sergipe.<br />

c) Bahia, Maranhão e Pernambuco.<br />

d) Ceará, Pernambuco e Bahia.<br />

135 - Sobre o processo industrial brasileiro, são feitas as<br />

seguintes afirmações:<br />

I. A concentração de capitais proporcionada pela economia<br />

cafeeira, favoreceu o desenvolvimento industrial paulista.<br />

II. A ocorrência de combustíveis fósseis, em especial o<br />

carvão, foi um dos motivos que levou à concentração<br />

industrial no Sudeste.<br />

III. A designada “guerra fiscal” e a organização sindical,<br />

contribuíram para a desconcentração verificada a partir do<br />

último quartel do século XX.<br />

IV. O desenvolvimento desigual brasileiro reflete-se na<br />

disparidade da espacialização industrial do país.<br />

V. Responsável pela maior fatia do parque industrial<br />

brasileiro, igualmente, a maior concentração siderúrgica do<br />

país localiza-se no estado de São Paulo.<br />

105


São corretas:<br />

a) I, II e III<br />

b) I, III e IV<br />

c) I, III e V<br />

d) II, III e V<br />

e) III, IV e V<br />

136 –<br />

As Revoluções Industriais constituem uma das bases<br />

fundamentais para todo tipo de construção moderna, tais<br />

como prédios, estradas, viadutos, estádios e sistemas de<br />

esgoto. Tornam-se, assim, uma alavanca para a<br />

urbanização e a produção dos espaços nacionais.<br />

Enquanto a industrialização moderna, na Europa, teve<br />

início por volta de 1750, o primeiro surto industrial no<br />

Brasil data aproximadamente de 1880. Nesse primeiro<br />

momento, predominava no Brasil a indústria de bens<br />

.......(I)......., tais como a de produtos têxteis e alimentícios.<br />

Numa segunda etapa, entre 1930-1954, a industrialização<br />

brasileira toma impulso por meio de um processo<br />

conhecido como .......(II)......., através do qual mercadorias<br />

estrangeiras eram estimuladas a serem produzidas<br />

internamente, por meio de políticas comerciais favoráveis<br />

ao nosso país.<br />

Nesta etapa, foi implantada uma parte da chamada<br />

indústria de bens .......(III)......., importantíssima para a<br />

urbanização e para a continuação da industrialização.<br />

Na próxima etapa, entre 1955-1980, há uma forte entrada<br />

de capital estrangeiro através de indústrias da Segunda<br />

Revolução Industrial, tais como as dos setores<br />

........(IV)........<br />

A figura representa uma política desenvolvimentista do<br />

governo Juscelino Kubitschek, vivenciada pelos brasileiros<br />

entre 1956-1961.<br />

A leitura da figura e do texto permite concluir que a política<br />

desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek é:<br />

106<br />

a) modernizadora, mas não é nacionalista e, por isso,<br />

desvaloriza o capital estrangeiro.<br />

b) desnacionalizadora, pois representa um momento de<br />

entrada significativa de multinacionais no Brasil.<br />

c) modernizadora, pois incrementa as indústrias nacionais<br />

com capitais oriundos das multinacionais norteamericanas.<br />

d) desnacionalizadora, já que conquista o mercado externo,<br />

no mundo globalizado.<br />

e) modernizadora e, ao mesmo tempo, desnacionalizadora,<br />

por não ter sido implantada por nacionalistas e por ter<br />

provocado um aumento da tecnologia nas empresas<br />

nacionais.<br />

137 - Leia o texto e complete as lacunas com as palavras<br />

adequadas.<br />

A construção do espaço e as etapas da<br />

industrialização brasileira<br />

138 - A ocorrência da Primeira Guerra Mundial trouxe para<br />

o Brasil uma importante consequência econômica.<br />

Assinale-a:<br />

a) a introdução de novas culturas, como a da borracha, para<br />

atender aos interesses do mercado externo;<br />

b) a assinatura do Convênio de Taubaté, como forma de<br />

estabilizar o preço do café;<br />

c) o desenvolvimento de um surto de substituição de<br />

importações, resultado das dificuldades geradas no<br />

comércio internacional;<br />

d) a busca de mercados consumidores alternativos no<br />

Oriente, em função das dificuldades para a execução do<br />

comércio com os europeus e norte-americanos;<br />

e) um forte intervencionismo estatal, como forma de<br />

superar as dificuldades do empresariado nacional para a


ealização de investimentos no setor produtivo.<br />

139 - A chegada ao poder de Juscelino Kubitschek, em<br />

1956, possibilitou uma mudança significativa em relação à<br />

economia brasileira, tomando como parâmetro os governos<br />

anteriores. Leia as seguintes afirmativas:<br />

I – Foram concedidas amplas facilidades para o ingresso<br />

em nosso país de investimentos estrangeiros;<br />

II – O Estado passou a não mais intervir em nenhum setor<br />

econômico;<br />

III – Importantes setores da economia foram<br />

desnacionalizados, como o de transportes e o energético;<br />

IV – Coube ao Estado, apenas, o controle sobre o setor de<br />

bens de produção, ficando com os investidores estrangeiros<br />

a produção de bens de consumo duráveis.<br />

Assinale:<br />

b) caracterize o parque industrial da região Sudeste.<br />

a) se as afirmativas I e II forem corretas;<br />

b) se as afirmativas II e III forem corretas;<br />

c) se as afirmativas I e IV forem corretas;<br />

d) se as afirmativas II e IV forem corretas;<br />

e) se as afirmativas I e III forem corretas.<br />

140 -<br />

141 - Após a Segunda Guerra Mundial, a maioria i dos<br />

países latino-americanos implementou políticas de<br />

industrialização por substituição de importações que<br />

tiveram resultados diversos.<br />

Considere as seguintes afirmações sobre os efeitos que a<br />

implementação dessas políticas:<br />

I -Ela acelerou a migração campo-cidade.<br />

II - Ela favoreceu a industrialização nas regiões Sudeste e<br />

Sul.<br />

III - Ela reforçou o papel do Estado brasileiro nas políticas<br />

territoriais.<br />

Quais estão corretas?<br />

Com base no mapa acima e em seus conhecimentos,<br />

a) identifique o tipo de indústria predominante na região<br />

Nordeste, considerando sua capacidade geradora de<br />

emprego.<br />

a) Apenas I.<br />

b) Apenas II.<br />

c) Apenas III.<br />

d) Apenas II e III.<br />

e) I. II e III.<br />

142 - É possível afirmar através de uma visão de síntese<br />

do processo histórico da industrialização no Brasil entre<br />

107


1880 a 1980, que esta foi retardatária cerca de 100 anos em<br />

relação aos centros mundiais do capitalismo. Podemos<br />

identificar cinco fases que definem o panorama brasileiro<br />

de seu desenvolvimento industrial: 1880 a 1930, 1930 a<br />

1955, 1956 a 1961, 1962 a 1964 e 1964 a 1980.<br />

Leia com atenção as afirmações a seguir, identificando-as<br />

com a sua fase de desenvolvimento industrial.<br />

“O fenômeno da desconcentração industrial está<br />

modificando o perfil da economia da Região Sudeste.<br />

Durante boa parte do Século XX, de cada quatro indústrias,<br />

três ficavam no Sudeste. Hoje, embora ainda exista forte<br />

concentração de empresas, a realidade é outra. As<br />

indústrias estão se espalhando pelo país.”<br />

Almanaque Abril 2009<br />

I. Modelo de desenvolvimento associado ao capital<br />

estrangeiro, sem descentralizar a indústria do Sudeste de<br />

forma significativa em direção a outras regiões brasileiras;<br />

corresponde ao período de Juscelino Kubitschek, com<br />

incremento da indústria de bens de consumo duráveis e de<br />

setores básicos.<br />

108<br />

II. Modelo de política nacionalista da Era Vargas, com o<br />

desenvolvimento autônomo da base industrial<br />

demonstrado através da construção da Companhia<br />

Siderúrgica Nacional (CSN). Ressalta-se que, neste<br />

período, a Segunda Guerra Mundial impulsionou a<br />

industrialização.<br />

III. Período de desaceleração da economia e do processo<br />

industrial motivados pela instabilidade e tensão política no<br />

Brasil.<br />

IV. Implantação dos principais setores da indústria de bens<br />

de consumo não duráveis ou indústria leve, mantendo-se a<br />

dependência brasileira em relação aos países mais<br />

industrializados. O Brasil não possuía indústrias de bens de<br />

capital ou de produção.<br />

V. Período em que o Brasil esteve submetido a<br />

constrangimentos econômicos, financeiros e sociais devido<br />

a seu endividamento no exterior com o objetivo de atingir<br />

o crescimento econômico de 10% ao ano. Mesmo assim,<br />

não houve muitos avanços na área social. Modernização<br />

conservadora com o Governo Militar.<br />

(Secretaria da Educação. <strong>Geografia</strong>, Ensino Médio. São<br />

Paulo, 2008. Adaptado.)<br />

A sequência das fases do desenvolvimento industrial<br />

brasileiro descritas nas afirmações é:<br />

a) IV, II, I, III, V.<br />

b) I, II, V, IV, III.<br />

c) III, IV, V, I, II.<br />

d) I, III, II, V, IV.<br />

e) III, IV, II, V, I.<br />

143 - A desconcentração industrial muda o Sudeste<br />

Brasileiro<br />

Fonte: Cadastro Central de Empresas 2006/IBGE<br />

Em relação à desconcentração industrial brasileira nos<br />

últimos anos, considere I, II e III a seguir.<br />

I. Os governos estaduais oferecem vantagens, como<br />

isenção de impostos e mais infraestrutura, às empresas que<br />

se instalem em seu território. A competição é chamada de<br />

“Guerra Fiscal”.<br />

II. Os mercados das regiões norte e nordeste tornaram-se<br />

mais exigentes nas últimas décadas, buscando maior<br />

qualidade e diversidade comercial. Assim sendo, as<br />

empresas se mobilizam com vistas a rendimentos<br />

regionais.<br />

III. Os estados da Região Sul e o Mato Grosso do Sul, no<br />

Centro – Oeste, ficam mais próximos dos integrantes do<br />

bloco Argentina, Uruguai e Paraguai, o que facilita o<br />

transporte de mercadorias, ampliando as relações<br />

comerciais com o Mercosul.<br />

Dessa forma,<br />

a) apenas I está correta.<br />

b) apenas I e II estão corretas.<br />

c) apenas II e III estão corretas.<br />

d) apenas I e III estão corretas.<br />

e) I, II e III estão corretas.


144 - Uma das características da economia brasileira<br />

posterior aos anos 1950 foi a consolidação da chamada<br />

sociedade de consumo, acompanhada pelo<br />

desenvolvimento da propaganda. Apesar de a crise<br />

econômica ter marcado o período 1962-1967, o aumento<br />

do consumo de eletrodomésticos nos domicílios de<br />

trabalhadores de baixa renda mostrou-se constante, até,<br />

pelo menos, a crise do “milagre” brasileiro, na década de<br />

1970.<br />

Uma das explicações para esse aumento do consumo<br />

envolveu:<br />

a) o favorecimento, pelo então Ministro Roberto Campos,<br />

das empresas industriais estatais, que puderam baratear o<br />

custo dos bens de consumo duráveis que produziam.<br />

b) o aumento do salário real das classes trabalhadoras,<br />

beneficiadas pela nova política salarial do governo Castelo<br />

Branco, voltada para a desconcentração da renda no país.<br />

b) A partir dos anos 70, observa-se um processo de<br />

desconcentração industrial no Brasil, com uma redução do<br />

poder relativo da indústria paulista sobre a produção total<br />

brasileira.<br />

c) Mesmo que haja um processo de desconcentração<br />

industrial em curso no Brasil, ainda predomina, na<br />

atualidade, uma forte concentração no sudeste brasileiro,<br />

com mais de 50% da produção industrial total.<br />

d) Nas regiões Sul e Nordeste, verifica-se uma estabilidade<br />

na distribuição da produção industrial, mantendo-se em<br />

posições de absoluto destaque a indústria gaúcha e a<br />

pernambucana.<br />

1 46 -<br />

c) o fortalecimento das pequenas e médias empresas<br />

industriais nacionais, as maiores produtoras de bens de<br />

consumo duráveis, favorecidas pela criação do Imposto<br />

sobre a Produção Industrial, nos anos 1960.<br />

d) as facilidades do crédito concedidas ao consumidor,<br />

após 1964, de modo a preservar a rentabilidade das<br />

indústrias produtoras de bens de consumo duráveis, alvos<br />

da política econômica, então inaugurada.<br />

e) os constrangimentos tributários impostos pelo governo<br />

às multinacionais produtoras de bens de consumo duráveis,<br />

que perderam a concorrência para as estatais desse mesmo<br />

setor.<br />

145 - Analise o quadro abaixo, relativo à distribuição da<br />

produção industrial no Brasil e, em seguida, marque a<br />

afirmativa INCORRETA:<br />

Gráfico elaborado a partir de dados do IBGE, Anuário Estatístico do Brasil, jan.<br />

2001. (Adaptado)<br />

Com base no gráfico acima, Brasil: Valor da produção<br />

industrial, pode-se afirmar CORRETAMENTE que:<br />

01. os estados da Região Sudeste participam com o maior<br />

valor gerado pela atividade industrial no Brasil.<br />

02. a baixa participação da Região Sul no valor total da<br />

produção industrial brasileira deve-se sobretudo à forte<br />

presença de indústrias transnacionais.<br />

04. os estados mais industrializados do Brasil estão<br />

concentrados no Complexo Regional do Centro-Sul.<br />

08. as condições climáticas, a falta de mão de obra<br />

qualificada e a carência de matérias-primas justificam a<br />

baixa participação do estado do Amazonas no valor total da<br />

produção industrial brasileira.<br />

16. Bahia e Pernambuco, na Região Nordeste, contribuem<br />

mais do que os estados do Sul para o valor da produção<br />

industrial do Brasil.<br />

a) Até os anos 70, observa-se um forte processo de<br />

concentração industrial em São Paulo, Rio de Janeiro e<br />

Minas Gerais, que respondiam por cerca de 80% de toda a<br />

produção industrial brasileira.<br />

Soma ( )<br />

109


147 - Durante o Estado Novo (1937-1945), foram criadas<br />

as bases necessárias para o desenvolvimento industrial<br />

brasileiro a partir dos anos 50. O Estado tornou-se o grande<br />

investidor na indústria de base, criando empresas que<br />

foram fundamentais para o surto industrial posterior. Entre<br />

essas empresas, destacamos o (a):<br />

a) Eletrobrás<br />

b) Banco Central<br />

c) Companhia Siderúrgica Nacional<br />

d) Banco do Brasil<br />

e) Petrobras<br />

148 - O desenvolvimento industrial brasileiro, que teve<br />

início no final do século XIX, ocorreu de forma desigual<br />

nas diferentes regiões do Brasil, pois houve uma<br />

concentração da atividade industrial, particularmente, nos<br />

Municípios de São Paulo e Rio de Janeiro. Dentre outras<br />

razões, explicam esse fato:<br />

a) a formação de um mercado externo na região Sudeste e<br />

a criação de casas de importação por emigrantes<br />

estrangeiros.<br />

b) o domínio da cafeicultura no Sudeste, a consequente<br />

acumulação de capital e a imigração estrangeira que se<br />

erigiu para essa região.<br />

c) o domínio da mineração em São Paulo e a fundação de<br />

casas de exportação que tinham como objetivo abastecer o<br />

mercado brasileiro de produtos nacionais.<br />

d) o desenvolvimento de empresas de extração mineral em<br />

São Paulo, que permitiu a acumulação de capital, e o<br />

consequente fluxo de emigrantes que para lá se dirigiu.<br />

e) a abolição da escravidão e a concentração da população<br />

na região Sudeste, fato que estimulou a criação de casas de<br />

importação.<br />

149 - Juscelino Kubitschek assumiu a presidência do<br />

Brasil em 31 de janeiro de 1956. Seu governo foi marcado<br />

pela ênfase na necessidade de promover o<br />

desenvolvimento econômico sem criar o risco de perturbar<br />

a ordem social, embalado pelo otimismo do lema<br />

“cinquenta anos em cinco”. A política econômica do<br />

governo JK, voltada para os transportes, a educação, a<br />

produção de alimentos, o desenvolvimento da indústria de<br />

base e a construção de Brasília, foi definida em um<br />

documento que sintetizava 31 objetivos.<br />

Marque a opção que contém o nome desse plano.<br />

a) Plano de Metas<br />

b) Plano Collor<br />

c) Plano Cruzado<br />

150 - Por todos os continentes e países do mundo<br />

encontramos inúmeros produtos oriundos da indústria.<br />

Mas, não precisamos viajar para conhecê-los. Em cada<br />

espaço de nossa casa temos esses exemplos: a cama, a<br />

roupa, o som e a TV estão entre eles. Todos esses produtos<br />

são o resultado da transformação de matérias-primas, com<br />

suprimento de energia, em produtos industrializados. Até<br />

consolidar esse processo, a indústria passou por vários<br />

estágios de produção.<br />

(ALMEIDA; RIGOLIN, 2005, p. 123).<br />

Com base na análise do texto e nos conhecimentos sobre a<br />

evolução, os tipos e a localização das indústrias no Brasil e<br />

no Mundo, pode-se afirmar:<br />

(01) A Primeira Revolução Industrial foi marcada pela<br />

hegemonia alemã, pelo uso do carvão vegetal, como<br />

principal fonte de energia, e pela grande dispersão da<br />

atividade industrial em termos do espaço mundial.<br />

(02) A Segunda Revolução Industrial começou no final do<br />

século XIX com o surgimento das indústrias de vanguarda<br />

como a metalúrgica, a siderúrgica, a automobilística e a<br />

petroquímica, sendo o petróleo a sua principal fonte de<br />

energia.<br />

(04) O avanço da Revolução Técnico-Científica-<br />

Informacional já é marcante no Japão, na Alemanha, nos<br />

Estados Unidos e em outros países, embora ainda haja a<br />

permanência de inúmeros traços da Segunda Revolução<br />

Industrial.<br />

(08) A indústria de bens de produção utiliza grande<br />

quantidade de matéria-prima e alto consumo de energia,<br />

visando abastecer outros tipos de indústrias, como as<br />

siderúrgicas.<br />

(16) O vale do Silício brasileiro localiza-se em Pirapora, no<br />

interior de Minas Gerais e, assim como o original norteamericano,<br />

concentra, atualmente, indústrias consideradas<br />

de tecnologia de ponta, especialmente de informática,<br />

eletrônica e de telecomunicações.<br />

(32) O Sudeste afirmou-se como polo da industrialização<br />

brasileira, sobretudo graças à infraestrutura urbana e de<br />

transportes desenvolvida em função da cafeicultura, devido<br />

à chegada do imigrante e pela concentração de<br />

consumidores urbanos.<br />

(64) As usinas termonucleares Angra I, Angra II e Angra<br />

III fornecem a maior parte da energia consumida no sudeste<br />

do Brasil, utilizam tecnologia americana e,<br />

consequentemente, geram pequena quantidade de resíduos<br />

radioativos.<br />

Soma ( )<br />

110


VESTIBULAR 2008<br />

152 - A questão está relacionada aos mapas e às afirmações<br />

a seguir.<br />

151 - Observe o quadro abaixo.<br />

(Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello. Atlas do Brasil. São Paulo: Edusp, 2005.p.<br />

159)<br />

Quadro Operários, de Tarsila do Amaral, 1933. Óleo sobre<br />

tela 150 X 205 cm. Acervo Artístico-Cultural dos Palácios<br />

do Governo do Estado de São Paulo Coleção Governo do<br />

Estado de São Paulo.<br />

Tarsila do Amaral (1886-1973) é considerada a primeiradama<br />

do modernismo brasileiro e uma das responsáveis<br />

pela arte genuinamente nacional. Os temas que mais a<br />

interessavam eram os sociais e entre toda a sua obra, se<br />

destaca a tela Operários.<br />

A respeito do processo da industrialização brasileira, é<br />

correto afirmar que<br />

I. Ocorreu de forma tardia, tendo por base o processo de<br />

Substituição de Importações.<br />

II. Seu maior polo, a partir dos anos 1920, foi São Paulo<br />

devido à infraestrutura advinda da economia cafeeira.<br />

III. O primeiro e principal meio de transporte industrial foi<br />

o automotor, favorecido por eficiente malha rodoviária,<br />

que dinamizou a circulação dos mercados desde o início da<br />

economia cafeeira.<br />

IV. Através dele, o êxodo rural foi intenso, transformando<br />

cidades, como São Paulo, em grandes centros<br />

metropolitanos.<br />

Estão corretas,<br />

a) apenas, I, II e III.<br />

b) apenas, II, III e IV.<br />

c) apenas, I e IV.<br />

d) apenas, I, II e IV.<br />

e) I, II, III e IV.<br />

I. As novas unidades produtivas implantadas fora do<br />

Sudeste não conseguiram diminuir as diferenças regionais<br />

de industrialização.<br />

II. Com a redistribuição das indústrias automobilísticas,<br />

São Paulo perdeu a liderança nacional no quesito pessoal<br />

empregado na indústria.<br />

III. Há uma verdadeira guerra fiscal entre os estados e<br />

inúmeras empresas são atraídas para outras regiões do país.<br />

IV. Vários tecnopólos foram implantados no Nordeste,<br />

associados à indústria automobilística.<br />

A leitura dos mapas e os conhecimentos sobre a dinâmica<br />

industrial brasileira permitem afirmar que estão corretos<br />

SOMENTE<br />

a) I e II.<br />

b) I e III.<br />

c) I e IV.<br />

d) II e III.<br />

e) III e IV.<br />

153 - Leia o texto e responda:<br />

A grande guerra de 1914-1918 dará grande impulso à<br />

indústria brasileira. No primeiro grande censo posterior à<br />

guerra realizado em 1920, os estabelecimentos industriais<br />

arrolados somarão 13.336, com 1.815.156 contos de capital<br />

e 275.512 operários. Destes estabelecimentos, 5.936<br />

tinham sido fundados no quinqüênio 1915-1919, o que<br />

revela claramente a influência da guerra.<br />

(Caio Prado Jr. História Econômica do Brasil)<br />

Sobre a relação entre o Brasil e a Primeira Guerra Mundial<br />

é correto afirmar que:<br />

a) A guerra desenrolada na Europa produziu pobreza e<br />

miséria generalizada nos países da América Latina.<br />

111


) Os países latino-americanos, o Brasil entre eles,<br />

tornaram-se exportadores de armamentos para os países<br />

envolvidos no conflito.<br />

c) Durante a Primeira Guerra Mundial, o Brasil conseguiu<br />

manter a neutralidade até o final do conflito, obtendo com<br />

tal postura grandes vantagens ao vender manufaturas para<br />

os dois blocos em conflito.<br />

d) A guerra levou o Brasil a diminuir as exportações e a<br />

aumentar as importações de novos fornecedores, como os<br />

Estados Unidos, o que impediu nossa industrialização.<br />

e) A guerra levou o Brasil a diminuir as importações e a<br />

aumentar as exportações, tendo crescido bastante no eixo<br />

Rio-São Paulo o número de estabelecimentos industriais.<br />

154 - Sobre o processo de industrialização no Brasil,<br />

analise as afirmações a seguir:<br />

I. Até a década de 1930, não se desenvolveu uma política<br />

de industrialização, pois as atenções estavam voltadas para<br />

o setor agrário-exportador.<br />

II. Um período importante para o desenvolvimento<br />

industrial ocorreu após 1945, com o início da crise da<br />

cafeicultura brasileira.<br />

III. Após 1950, o desenvolvimento se fez com grande<br />

participação de capitais estrangeiros, iniciando-se a<br />

internacionalização da economia do país.<br />

IV. Os governantes militares, após 1964, interromperam o<br />

processo de internacionalização, principalmente pela<br />

abertura política e democratização do país.<br />

Está correto o que se afirma em:<br />

a) I e II<br />

b) I e III<br />

c) II e IV<br />

d) I, II e III<br />

e) II, III e IV<br />

155 - Desempenho Industrial Estadual – Taxas anuais reais<br />

de crescimento<br />

representado,<br />

a) a região Sul mostra sensível decréscimo das taxas de<br />

produção industrial, fato que provoca êxodo da população<br />

em busca de emprego nas atividades agrárias.<br />

b) a região Sul apresenta taxas altas e baixas de<br />

crescimento, devido ao esgotamento do modelo baseado<br />

em indústrias alimentícias.<br />

c) os estados selecionados do Nordeste revelam tendência<br />

à estagnação da produção industrial e à retração das<br />

atividades agrárias.<br />

d) os dados apontam para o fenômeno da desconcentração<br />

industrial no Sudeste, em razão da liderança assumida pelo<br />

agronegócio nessa região.<br />

e) a região Sudeste ainda apresenta concentração industrial<br />

expressiva, apesar da diminuição das taxas de crescimento<br />

de parte de seus estados.<br />

156 - No contexto industrial brasileiro, a região Nordeste<br />

do Brasil ocupa a terceira posição. Sobre a atividade<br />

industrial da Região afirma-se:<br />

I. Recentemente, a participação do Estado foi decisiva para<br />

a instalação de uma grande siderúrgica em Pernambuco.<br />

II. O processo de industrialização é antigo e data da<br />

segunda metade do século XIX.<br />

III. Dois estados são responsáveis pela produção industrial<br />

na região: Bahia e Pernambuco.<br />

IV. No estado da Bahia destacam-se as indústrias<br />

petroquímicas que utilizam o petróleo extraído do<br />

Recôncavo Baiano.<br />

Está correto o que se afirma SOMENTE em<br />

a) I e II.<br />

b) I e III.<br />

c) I e IV.<br />

d) II e III.<br />

e) III e IV.<br />

112<br />

Com o auxílio do gráfico e considerando seus<br />

conhecimentos, é possível afirmar que, no período


157 - Leia as seguintes proposições e analise o mapa a<br />

seguir:<br />

c) cassação do Partido Comunista; implantação de uma<br />

política econômica liberal; rompimento das relações<br />

diplomáticas com a União Soviética;<br />

d) definição de uma política denominada Plano de Metas;<br />

incentivo à industrialização.<br />

e) proibição do lança-perfume, do biquíni e das brigas de<br />

galos; implantação de um plano de desvalorização cambial<br />

e contenção de gastos públicos; diminuição de subsídios<br />

para os setores agrícolas.<br />

159 - Durante o governo Médici, o Brasil assistiu a um<br />

vigoroso desenvolvimento que as manifestações ufanistas<br />

patrocinadas pelo governo batizaram de “milagre<br />

econômico”. A esse respeito, pode-se afirmar que:<br />

I. Devido ao seu rico subsolo em minérios, instalaram na<br />

região empresas de extração mineral e siderúrgicas.<br />

II. Nessa região formou-se uma importante zona<br />

siderúrgica e metalúrgica no alto Vale do Rio Doce.<br />

III. Essa região é também um polo industrial, pois abriga<br />

indústrias têxteis, de confecções, de produtos alimentícios<br />

e sedia a Refinaria Gabriel Passos, da Petrobrás.<br />

Adaptado de Panorama Geográfico do Brasil. Melhem<br />

Adas. Ed Moderna, 2004. págs 87 a 89.<br />

As proposições indicam a região assinalada no mapa pela<br />

letra<br />

a) A<br />

b) B<br />

c) C<br />

d) D<br />

158 - São características do governo de Juscelino<br />

Kubitschek:<br />

a) fortalecimento das Forças Armadas; outorga de uma<br />

nova Constituição; repressão do Partido Comunista.<br />

b) modernização por meio de uma política autoritária;<br />

implantação da Usina de Volta Redonda; estabelecimento<br />

do salário mínimo.<br />

a) O sucesso das cifras econômicas deveu-se à criação do<br />

Plano de Metas, idealizado pelo então ministro Antônio<br />

Delfim Neto.<br />

b) Enquanto o PIB subia a taxas em torno de 10% ao ano,<br />

ocorreu, paradoxalmente, um aumento da concentração de<br />

renda e da pobreza.<br />

c) O “milagre” foi decorrência direta da transformação da<br />

economia brasileira, que então abandonava suas bases<br />

rurais e passava a se concentrar na produção urbano<br />

industrial.<br />

d) A arrancada econômica foi fruto do abandono da<br />

indústria de base e da adoção de uma política de<br />

substituição de importações que tornou o Brasil menos<br />

dependente do mercado mundial.<br />

e) Favorecido pela política de recuperação salarial da<br />

classe média posta em prática nos anos sessenta, o<br />

“milagre” chega ao fim com o arrocho salarial imposto<br />

pelo governo Geisel.<br />

160 - Os maiores centros industriais da região Nordeste<br />

são:<br />

a) Recife, Maceió e São Luís.<br />

b) João Pessoa, Maceió e Salvador.<br />

c) São Luís, Natal e Teresina.<br />

d) Fortaleza, Salvador e Recife.<br />

e) Salvador, Fortaleza e João Pessoa.<br />

161 - A maior parte do capital aplicado na industrialização<br />

brasileira, a partir de 1930, teve origem nos lucros obtidos<br />

com a exportação de:<br />

a) soja<br />

b) açúcar<br />

c) café<br />

d) petróleo<br />

e) carvão<br />

113


162 - O setor de leite e derivados, de longa tradição em<br />

Minas, é responsável por mais de 30% da produção<br />

brasileira. A Itambé (Cooperativa Central dos Produtores<br />

Rurais de Minas Gerais), maior empresa do ramo, em<br />

meados de 2000, anunciou que estudava a transferência de<br />

sua produção para Goiás, onde mantém duas fábricas.<br />

Alegava que o governo de Minas cobra 7% de ICMS sobre<br />

o leite longa-vida, ao passo que o estado de Goiás oferece<br />

isenção de 80% para o mesmo produto.<br />

Fonte: Adaptado de http://www.scielo.br/scielo<br />

Este processo envolvendo diferentes interesses de<br />

agricultores e empresas, cuja atribuição é de<br />

responsabilidade dos governos estaduais, recebe o nome<br />

de:<br />

a) guerra fiscal.<br />

b) tarifa aduaneira.<br />

c) isenção de imposto de renda.<br />

d) taxa de câmbio.<br />

e) guerra fria.<br />

a) Garibaldi, Londrina e Maringá.<br />

b) Porto Alegre, Brusque e Garibaldi.<br />

c) Bento Gonçalves, Garibaldi e Caxias do Sul.<br />

d) Joinville, Garibaldi e Blumenau.<br />

e) Bento Gonçalves, Garibaldi e Joinville.<br />

165 - O período comumente denominado de “anos<br />

dourados” marcaram uma etapa da recente história<br />

brasileira associada ao desenvolvimentismo (abertura de<br />

rodovias, expansão da rede hidrelétrica, implantação da<br />

indústria automobilística, descentralização da capital) e à<br />

atmosfera cultural marcada pelo surgimento da Bossa<br />

Nova. A que governo tal período está associado:<br />

a) Juscelino Kubistchek<br />

b) João Goulart<br />

c) Getúlio Vargas<br />

d) Eurico Gaspar Dutra<br />

e) Jânio da Silva Quadros<br />

163 - O Brasil é considerado por muitos estudiosos como<br />

um país de industrialização tardia ou país subdesenvolvido<br />

industrializado. Denominações à parte, é certo que o Brasil<br />

tem aumentado a participação dos produtos industriais na<br />

pauta das exportações. Analise as afirmações sobre o<br />

processo de industrialização brasileiro.<br />

166<br />

-<br />

( ) Apesar de vir perdendo indústrias nas últimas duas<br />

décadas, a região Sudeste ainda mantém a liderança<br />

nacional tanto no que se refere ao valor de produção como<br />

quanto ao número de empregados no setor industrial.<br />

( ) Um novo modelo de industrialização tem sido instalado<br />

no Brasil. Trata-se da criação de Zonas Especiais de<br />

Exportação em áreas densamente povoadas como o litoral<br />

da região Norte e na área central da região Sul.<br />

( ) Até a década de 1990, a metrópole de São Paulo<br />

concentrava ¾ da produção nacional de veículos. Na última<br />

década, as transnacionais automobilísticas optaram pela<br />

descentralização e surgiram unidades produtivas em outras<br />

regiões como o Sul e o Nordeste.<br />

( ) Permanece em vigor o modelo de substituição de<br />

importações da década de 1950; apesar das políticas<br />

neoliberais e do processo de globalização, a produção<br />

nacional continua protegida das importações de bens<br />

industriais concorrentes aos nacionais.<br />

( ) A internacionalização do processo de industrialização<br />

ocorreu em fases sucessivas: uma delas foi no período JK<br />

quando se instalaram no País indústrias de bens de<br />

consumo duráveis; a mais recente está associada às<br />

privatizações das estatais na década de 1990.<br />

www.cpdoc.fgv.br/nav_jk/htm/album<br />

O governo do presidente Juscelino Kubitschek (1956-<br />

1961) costuma ser lembrado como o dos “anos dourados”.<br />

As classes médias urbanas viviam em clima de grande<br />

otimismo, marcado especialmente pelo acesso a bens de<br />

consumo que transformavam seu estilo de vida. Contudo,<br />

a política desenvolvimentista que caracterizou o período<br />

também causou indesejáveis modificações na economia do<br />

país.<br />

Indique duas consequências negativas da adoção dessa<br />

política para a economia brasileira da época.<br />

114<br />

164 - As indústrias de bebidas na região Sul do Brasil estão<br />

estabelecidas no interior das áreas de pequenos e médios<br />

produtores de uva. As cidades que apresentam a maior<br />

concentração de indústrias de bebidas do Brasil são:


167 - As considerações a seguir dizem respeito à cidade<br />

localizada no mapa.<br />

Está correto o que se afirma em:<br />

a) apenas I e II.<br />

b) apenas II e III.<br />

c) apenas I e III.<br />

d) apenas III.<br />

e) I, II e III.<br />

169 - Estado de SP fica com peso menor no setor<br />

A Pesquisa Industrial Anual do IBGE confirma a<br />

continuidade do processo de desconcentração regional da<br />

indústria no Brasil. O peso da indústria paulista caiu de<br />

46,4% em 2000 para 42,5% em 2003. São Paulo, porém,<br />

ainda está bem à frente do segundo colocado – Minas<br />

Gerais, com 10%.<br />

Em contrapartida ao desempenho de São Paulo, ganharam<br />

espaço, na estrutura industrial do país, Rio de Janeiro (por<br />

causa do petróleo), Paraná, Bahia, Amazonas, Goiás e Pará.<br />

I. Seu pólo industrial é fruto de um Decreto-lei da época do<br />

regime militar, portanto, imposto à sociedade brasileira.<br />

II. Suas empresas realizam operações básicas de montagem<br />

incorporando, gradativamente, componentes de fabricação<br />

nacional.<br />

III. A produção industrial é altamente subsidiada.<br />

IV. O regime tributário estabelece concorrência desleal<br />

com os produtores de outras regiões do país.<br />

Assinale a alternativa correta.<br />

a) Polo Têxtil de Belém.<br />

b) Distrito Industrial de Santarém.<br />

c) Zona Franca de Manaus.<br />

d) Polo Siderúrgico de Porto Velho.<br />

e) Zona Petroquímica de Palmas.<br />

168 - Entre as causas que explicam a relativa diminuição<br />

de concentração industrial na área metropolitana de São<br />

Paulo podemos considerar.<br />

I. A deseconomia de escala na região, em face dos baixos<br />

custos de produção.<br />

II. Um sindicalismo forte e atuante na Grande São Paulo e<br />

nos arredores.<br />

III. Incentivos Fiscais oferecidos por outras regiões.<br />

Fonte: Adaptado de Folha de S. Paulo, 22/06/2005.<br />

a) Cite e explique dois motivos do processo de<br />

desconcentração mencionado no texto.<br />

b) Identifique e explique um fenômeno geográfico<br />

decorrente da desconcentração industrial.<br />

Resposta:<br />

a) O processo de desconcentração industrial se dá em<br />

função, principalmente, da guerra fiscal (isenção e<br />

facilidades fiscais) e da busca da diminuição do custo da<br />

produção (menor carga tributária, mão-de-obra mais barata<br />

e infra-estrutura menos saturada, etc.). Acrescenta-se,<br />

ainda, o desenvolvimento das telecomunicações.<br />

b) Um fenômeno geográfico decorrente da<br />

desconcentração industrial é a maior distribuição da<br />

riqueza e da população ao longo do território nacional, a<br />

partir da expansão da estrutura e do dinamismo do setor<br />

industrial em direção a outras regiões do país.<br />

170 - A conseqüência geral do desemprego na Europa e<br />

nos Estados Unidos foi uma drástica redução no comércio<br />

internacional, que regrediu ao nível de 1913. Não havia<br />

compradores para o café do Brasil, o trigo da Argentina, a<br />

lã da Austrália e a seda do Japão. Assim, a crise espalhavase<br />

pelo mundo, com seu trágico cortejo de falências,<br />

desemprego e fome. Apenas a União Soviética não foi<br />

atingida, uma vez que estava isolada do mercado<br />

internacional pelo boicote dos países capitalistas.<br />

(Mariana Martins, (ed.). Grandes Fatos do Século XX.<br />

Adaptado)<br />

Tanto no Brasil, sob a presidência de Getúlio Vargas,<br />

115


quanto nos Estados Unidos, sob a presidência de<br />

Roosevelt, foram tomadas medidas, até certo ponto<br />

semelhantes, para se combaterem os efeitos da Crise de 29.<br />

Sobre tais medidas, pode-se dizer que foram baseadas<br />

a) no liberalismo econômico, ou seja, na total ausência do<br />

Estado na organização econômica dos países, pois se<br />

acreditava na tese desenvolvida por Adan Smith de que o<br />

Estado não deve interferir na economia.<br />

b) no intervencionismo estatal, a partir da criação de uma<br />

legislação trabalhista e da injeção de dinheiro público na<br />

economia, com a realização de grandes obras nos Estados<br />

Unidos e com a compra e queima de estoques de café no<br />

Brasil.<br />

c) em processos de privatizações que, ao mesmo tempo em<br />

que capitalizaram o Estado e permitiram ao governo<br />

desenvolver programas de combate à miséria, tornaram as<br />

empresas mais competitivas.<br />

d) no incentivo às atividades agrícolas que visavam tornar<br />

o país auto-suficiente e, por consequência, menos<br />

dependente das relações comerciais com os demais países,<br />

seriamente atingidos pela crise.<br />

e) na busca, por parte do Brasil, de uma balança comercial<br />

favorável que gerasse superávit para o governo pagar, aos<br />

Estados Unidos, a dívida acumulada desde o término da 1.a<br />

Guerra Mundial.<br />

brasileiras estimulava a indústria nacional, mas, ao mesmo<br />

tempo, tornava mais cara a importação de máquinas de que<br />

o parque industrial dependia.<br />

c) O setor cafeeiro estimulou a industrialização ao<br />

promover a imigração e os empregos urbanos vinculados<br />

ao complexo cafeeiro, criando um mercado para os<br />

produtos manufaturados. Assim, o principal ramo<br />

industrial era o da indústria de base (ferro), seguido das<br />

indústrias alimentícias.<br />

d) As máquinas utilizadas nas indústrias eram produzidas<br />

no Brasil, e os principais industriais eram brasileiros,<br />

marcando o caráter nacional da industrialização. A política<br />

do Estado, no sentido de favorecer a queda da taxa de<br />

câmbio, estimulava a indústria nacional.<br />

e) No início do século XX, no censo de 1907, São Paulo<br />

surgia na frente dos estados com 35% da produção<br />

industrial, seguido do Distrito Federal com 16,6% e do Rio<br />

Grande do Sul com 14,9%.<br />

172 - Considere o mapa apresentado.<br />

116<br />

171 - “O Armazém Progresso de São Paulo começou com<br />

uma porta no lado par da Rua da Abolição. Agora tinha<br />

quatro no lado ímpar. Também o Natale não despregava do<br />

balcão de madrugada a madrugada.<br />

Trabalhava como um danado. E dona Bianca suando firma<br />

na cozinha e no bocce.<br />

- Se não é essa cousa de imposto, puxa vida!<br />

Mas a caderneta da Banca Francese ed Italiana per<br />

L’America Del Sud ria dessa cousa de imposto.”<br />

MACHADO, Antônio de Alcântara. Brás, Bexiga e Barra<br />

Funda. São Paulo: Klick, 1997, p.65.<br />

Sobre a industrialização em São Paulo, na Primeira<br />

República, é correto afirmar:<br />

a) O crescimento industrial resultou da abolição da<br />

escravatura. O declínio do setor agrário e da exportação de<br />

café e a oferta abundante de mão-de-obra estimularam o<br />

surto industrial paulista.<br />

b) O crescimento industrial originou-se pelo menos de duas<br />

fontes inter-relacionadas: o setor cafeeiro e os imigrantes.<br />

A desvalorização da moeda praticada pelas finanças<br />

Assinale a alternativa que interpreta corretamente as<br />

informações expressas.<br />

a) Os eixos rodoviários pouco interferiram como fatores<br />

locacionais das indústrias, já que as ferrovias sempre foram<br />

o principal meio de circulação no Estado desde o ciclo do<br />

café.<br />

b) A hidrovia do Tietê é um fator importante para a<br />

localização dos parques industriais, principalmente no<br />

escoamento da produção automobilística, visando às<br />

exportações do Mercosul.


c) O sistema Anchieta-Imigrantes liga a metrópole de São<br />

Paulo à aglomeração industrial da Baixada Santista,<br />

passando pelo ABCD, a maior aglomeração industrial da<br />

América Latina.<br />

d) Na direção do Rio de Janeiro, o eixo da Via Dutra<br />

apresenta uma importante aglomeração no município de<br />

Guarulhos, interligando os polos industriais de alta<br />

tecnologia no Vale do Ribeira Paulista.<br />

e) Entre as cidades de Osasco e Carapicuíba, na Grande<br />

São Paulo, estrutura-se um importante corredor industrial,<br />

atravessado pelo sistema rodoviário Bandeirantes-<br />

Anhanguera.<br />

Introdução – Fontes de Energia<br />

Em nosso planeta encontramos diversos tipos de fontes de<br />

energia. Elas podem ser renováveis ou esgotáveis. Por<br />

exemplo, a energia solar e a eólica (obtida através dos<br />

ventos) fazem parte das fontes de energia inesgotáveis. Por<br />

outro lado, os combustíveis fosseis (derivados do petróleo<br />

e do carvão mineral) possuem uma quantidade limitada em<br />

nosso planeta, podendo acabar caso não haja um consumo<br />

racional.<br />

Principais fontes de Energia<br />

· Energia hidráulica – é a mais utilizada no Brasil em<br />

função da grande quantidade de rios em nosso país. A agua<br />

possui um potencial energético e quando represada ele<br />

aumenta. Numa usina hidrelétrica existem turbinas que, na<br />

queda d`água, fazem funcionar um gerador elétrico,<br />

produzindo energia. Embora a implantação de uma usina<br />

provoque impactos ambientais, na fase de construção da<br />

represa, esta é uma fonte considerada limpa.<br />

· Energia fóssil – formada a milhões de anos a partir do<br />

acúmulo de materiais orgânicos no subsolo. A geração de<br />

energia a partir destas fontes costuma provocar poluição, e<br />

esta, contribui com o aumento do efeito estufa e<br />

aquecimento global. Isto ocorre principalmente nos casos<br />

dos derivados de petróleo (diesel e gasolina) e do carvão<br />

mineral. Já no caso do gás natural, o nível de poluentes é<br />

bem menor.<br />

· Energia de biomassa – é a energia gerada a partir<br />

da decomposição, em curto prazo, de materiais orgânicos<br />

(esterco, restos de alimentos, resíduos agrícolas).<br />

O gás metano produzido é usado para gerar energia.<br />

· Energia eólica – gerada a partir do vento. Grandes<br />

hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que, os<br />

movimentos delas geram energia elétrica. È uma fonte<br />

limpa e inesgotável, porém, ainda pouco utilizada.<br />

· Energia nuclear – o urânio é um elemento químico que<br />

possui muita energia. Quando o núcleo é desintegrado, uma<br />

enorme quantidade de energia é liberada. As usinas<br />

nucleares aproveitam esta energia para gerar eletricidade.<br />

Embora não produza poluentes, a quantidade de lixo<br />

nuclear é um ponto negativo.Os acidentes em usinas<br />

nucleares, embora raros, representam um grande perigo.<br />

· Energia geotérmica – nas camadas profundas da crosta<br />

terrestre existe um alto nível de calor. Em algumas regiões,<br />

a temperatura pode superar 5.000°C. As usinas podem<br />

utilizar este calor para acionar turbinas elétricas e gerar<br />

energia. Ainda é pouco utilizada.<br />

· Energia gravitacional – gerada a partir do movimento<br />

das águas oceânicas nas marés. Possui um custo elevado de<br />

implantação e, por isso, é pouco utilizada. Especialistas em<br />

energia afirmam que, no futuro, esta, será uma das<br />

principais fontes de energia do planeta.<br />

· Energia solar – ainda pouco explorada no mundo, em<br />

função do custo elevado de implantação, é uma fonte<br />

limpa, ou seja, não gera poluição nem impactos ambientais.<br />

A radiação solar é captada e transformada para gerar calor<br />

ou eletricidade.<br />

117


118<br />

PRODUÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL<br />

Resumo: neste tutorial será mostrado o desenvolvimento<br />

do Brasil nas várias formas de obtenção de energia, como<br />

foi beneficiado por ter potencial hidrelétrico, e qual o<br />

beneficio e objetivo da criação do programa Proálcool.<br />

Consumo de energia<br />

A estrutura geológica do Brasil é privilegiada em<br />

comparação com outros países. O potencial hidrelétrico<br />

brasileiro é elevado, as possibilidades de obtenção de<br />

energia usando a biomassa como parte primária são<br />

enormes e a produção do petróleo e gás natural vem<br />

aumentando gradualmente. O que falta para atingir a<br />

autossuficiência energética é a política energética com<br />

planejamento e execução bem intencionados. No setor<br />

petrolífero o Brasil já é autossuficiente.<br />

Petróleo<br />

Em 1938, foi perfurado o primeiro poço de petróleo em<br />

território nacional. Foi no município de Lobato, na bacia<br />

do Recôncavo Baiano, que a cidade de Salvador. Com a<br />

criação do CNP (Conselho de Petróleo) o governo passou<br />

a planejar, organizar e finalizar o setor petrolífero.<br />

Em 1953, Getúlio Vargas criou a Petrobrás e instituiu o<br />

monopólio estatal na extração, transporte e refino de<br />

petróleo no Brasil; monopólio exercido em 1995. Com a<br />

crise do petróleo, em 1973, houve a necessidade de se<br />

aumentar a produção interna para diminuir o petróleo<br />

importado, mas a Petrobrás não tinha capacidade de<br />

investimento.<br />

O governo brasileiro, diante dessa realidade, autorizou a<br />

extração por parte de grupos privados, através da lei dos<br />

contratos de risco. Se uma empresa encontrasse petróleo,<br />

os investimentos feitos seriam reembolsados e ela se<br />

tornaria sócia da Petrobrás naquela área. Caso a procura<br />

resultasse em nada, a empresa arcaria sozinha com os<br />

prejuízos da prospecção, por isso o nome contratado de<br />

risco.<br />

Foram feitos dez contratos com empresas nacionais e<br />

estrangeiras, mas nenhuma achou petróleo. Desde 1988,<br />

com promulgação da última Constituição, esses contratos<br />

estão proibidos, o que significa a volta do monopólio de<br />

extração da Petrobrás.<br />

Em 1995, foi quebrado o monopólio da Petrobrás na<br />

extração, transporte, refino e importação de petróleo e seus<br />

derivados. O estado pode contratar empresas privadas ou<br />

estatais que queriam atuar no setor.<br />

Possuindo treze refinarias, onze delas pertencendo a União,<br />

o Brasil é autossuficiente no setor, precisando importar<br />

pequenas quantidades que não são produzidas<br />

internamente. O petróleo sempre é refinado junto aos<br />

centros, ou seja, próximo aos grandes centros<br />

consumidores, isso ajuda a diminuir os gastos com<br />

transportes.<br />

O consumo interno vem diminuindo desde 1979, com o<br />

segundo choque mundial. O governo passou a incentivar<br />

industrias que substituíssem esse combustível por energia<br />

elétrica.<br />

Em 1973, o Brasil produzia apenas 14% do petróleo que<br />

consumia, o que nos colocava nessa posição bastante frágil<br />

e tornava a nossa economia muito suscetível as oscilações<br />

externas no preço do barril do petróleo. Já em 1999, o país<br />

produzia aproximadamente 62% das necessidades<br />

nacionais de consumo.<br />

Essa diminuição da dependência externa, relaciona-se a<br />

descoberta de uma importante bacia petrolífera em altomar,<br />

na plataforma continental de Campos, litoral norte do<br />

estado do Rio de janeiro. Essa bacia é responsável por mais<br />

de 65% da população nacional de petróleo.<br />

Ainda na plataforma continental, destaca-se nos estados de<br />

Alagoas, Sergipe e Bahia, que juntos são responsáveis por<br />

cerca de 14% da produção do petróleo bruto. No continente<br />

a área mais importante é Massoró, seguida do Recôncavo<br />

baiano.<br />

Mais da metade do petróleo consumido no Brasil é gasto<br />

no setor de transporte, cujo modelo de desenvolvimento é<br />

o rodoviário. Essa opção é a que mais consome energia no<br />

transporte de mercadorias e pessoas pelo território. Por isso<br />

há uma necessidade de o país investir nos transportes<br />

ferroviários e hidroviários para diminuir custos e o<br />

consumo de uma fonte não-renovável de energia.<br />

Energia Elétrica<br />

Em 1994, estimava-se que o país possuía potencial<br />

hidrelétrico em mais de 260 mil MW e a capacidade<br />

nominal instalada de produção encontrava-se na casa dos<br />

60 mil MW de energia elétrica. Desse total, 90% era obtido<br />

em usinas hidrelétricas e 10% em termelétricas.<br />

O Rio Grande do Sul e Santa Catarina, possuem usinas<br />

termelétricas devido a disponibilidade de carvão mineral,<br />

tornando básicos os gastos com transportes. Há usinas


termelétricas também, em São Paulo, por apresentar duas<br />

vantagens: o custo de instalação de uma usina termelétrica<br />

é bem menor do que de uma hidrelétrica, e a localização de<br />

uma usina hidrelétrica é determinada pela topografia do<br />

terreno, enquanto uma termelétrica pode ser instalada em<br />

locais mais convenientes.<br />

Atualmente, no estado de São Paulo, muitas usinas de<br />

açúcar e álcool estão usando a queima de bagaço da canade-açúcar<br />

como fonte primaria para a produção de energia<br />

e tornaram-se autossuficientes.<br />

O maior potencial hidrelétrico instalado no Brasil<br />

encontra-se na bacia do rio Paraná. Essa bacia drena a<br />

região onde se iniciou efetivamente o processo de<br />

industrialização brasileiro e que por isso conseguiu receber<br />

mais recursos investidos em infraestrutura. Mas, o maior<br />

potencial disponível do país está nos afluente do rio<br />

Amazonas, na região norte, onde a básico adensamento de<br />

ocupação humana e econômica não atraiu investimentos.<br />

Durante a década de 70 e inicio da década de 80, foi dão<br />

grande impulso ao setor. A partir dos dois choques do<br />

petróleo de 1973 e 1979, a produção de energia elétrica<br />

passou a receber grandes investimentos, por se tratar de<br />

fonte alternativa ao petróleo. Apolítica governamental<br />

estabeleceu como prioridade a construção de grandes<br />

usinas.<br />

Quando analisamos seus aspectos técnicos essas obras são<br />

polemicas e questionáveis. Usinas com grande potencial<br />

exigem a construção de uma enorme represa, que causa<br />

sérios danos ambientais, além de exigir a instalação de uma<br />

extensa, sofisticada e caríssima rede de transmissão de<br />

energia, que chega a estender-se por um raio de mais de 2<br />

mil quilômetros.<br />

A construção de pequenas e medias usinas ao longo da área<br />

atendida pelos grandes projetos de extensão mineral e<br />

siderúrgicas causaria um impacto ambiental menor e<br />

diminuiriam as perdas na transmissão da energia.<br />

O Álcool<br />

O álcool é uma fonte renovável de energia e sua queima em<br />

motores a explosão é menos poluentes, se comparada com<br />

a queima dos derivados do petróleo.<br />

Em 1975, o Brasil criou o Programa Nacional do Álcool<br />

(Proálcool), com a intenção de substituir o petróleo por<br />

outras fontes de energia. Tratou-se de um programa bem<br />

custoso aos cofres públicos, que só se estruturou e continua<br />

existindo a custa de enormes subsídios. A partir de 1989,<br />

quando o governo diminuiu os subsídios para a produção e<br />

consumo do álcool, o setor entrou em crise e o país passou<br />

a importar o combustível da Europa.<br />

No interesse de enfrentar a crise do petróleo, foram dados<br />

empréstimos a juros subsidiados aos maiores produtoras de<br />

cana-de-açúcar, para que construíssem usinas de grande<br />

porte para a produção de álcool<br />

Em função do Proálcool, as alterações ocorridas no campo<br />

para que alguns cidadãos circulassem com carros a álcool<br />

foram desastrosas. Por não estabelecer preço mínimo para<br />

a tonelada cana-de-açúcar até 1989, o governo<br />

praticamente abandonou os pequenos e médios produtores<br />

as mãos da ganância dos grandes usineiros. O governo não<br />

compra cana apenas álcool produzido nas usinas. Os donos<br />

das usinas costumavam pagar um preço muito baixo pela<br />

cana-de-açúcar, levando milhares de pequenos e médios<br />

proprietários a falência, obrigando-os a vender suas terras.<br />

Essa dinâmica provocou o aumento do mínimo de<br />

trabalhadores diaristas, incentivo maior a monocultura e<br />

êxodo rural.<br />

O programa foi implantado, em escala nacional, em uma<br />

época em que sua produção e consumo apresentam custos<br />

maiores que os verificados pela gasolina, por isso a<br />

necessidade de subsídios. Atualmente, após o<br />

desenvolvimento tecnológico obtido no setor, o álcool<br />

tornou-se economicamente viável, pelo menos se for<br />

consumida próxima a região produtora. Mas, seu consumo<br />

está espalhado por todo o Brasil, e seu transporte é feito em<br />

caminhões movidos a diesel, analisar a sua totalidade,<br />

causa enormes prejuízos aos cofres públicos.<br />

119


EXERCÍCIO<br />

173 - Que outra fonte de energia vem substituindo o<br />

petróleo? E porque?<br />

----------------------------------------------------------------------<br />

----------------------------------------------------------------------<br />

-----------------------------------------------------------<br />

174 - Onde se encontra o maior potencial hidrelétrico no<br />

Brasil, e porque?<br />

---------------------------------------------------------------------<br />

----------------------------------------------------------------------<br />

-----------------------------------------------------------<br />

175 - Com que objetivo foi criado o Proálcool, e o que<br />

custou ao governo?<br />

---------------------------------------------------------------------<br />

----------------------------------------------------------------------<br />

-----------------------------------------------------------<br />

120


SISTEMA DE TRANSPORTES<br />

Síntese<br />

Nos últimos anos a economia mundial e a economia<br />

brasileira têm sofrido mudanças importantes, apresentando<br />

nos últimos 10 anos taxas de expansão de 46 %, enquanto<br />

o Brasil acumulou no mesmo período uma taxa de 25 %. O<br />

presente trabalho denominado Análise dos entraves do<br />

setor de transportes às exportações do Brasil, tem como<br />

objetivo evidenciar a importância da infraestrutura de<br />

transportes para o desenvolvimento do país. A pesquisa<br />

realizada foi de caráter exploratório através de estudos já<br />

realizados, pesquisas em sites da internet, revistas, livros e<br />

artigos. Esta dissertação mostra uma visão ampla dos<br />

entraves às exportações brasileiras tendo focado<br />

principalmente na infraestrutura de transportes, que<br />

atualmente apresenta uma matriz totalmente distorcida do<br />

que é recomendado, predominando o transporte rodoviário<br />

com cerca de 60% de tudo que é transportado no Brasil,<br />

acarretando no custo país, tornando o menos competitivo<br />

no mercado internacional que Com o estudo realizado<br />

chegou-se a conclusão de que é extremamente necessário<br />

maiores investimento no sistema de transportes,<br />

proporcionando manutenção as rodovias, restaurando as<br />

ferrovias e principalmente investimento na criação de vias<br />

navegáveis. Desta maneira adequando melhor a matriz de<br />

transportes brasileira, melhorando a qualidade de<br />

escoamento da produção e assim, torna-se mais<br />

competitivo no mercado mundial.<br />

Palavras-chave: Brasil, ferroviário, infraestrutura,<br />

rodoviário<br />

Introdução<br />

As facilidades de comunicação, tecnológicas e de<br />

transporte, impulsionaram a globalização. Hoje é possível<br />

ter informações do mercado mundial com a mesma<br />

facilidade do que do comércio doméstico, possibilitando<br />

um conhecimento profundo de um mercado em potencial,<br />

que antes era difícil atender.<br />

O Brasil é a décima economia mundial, analisado através<br />

dos critérios do Produto Interno Bruto e, atualmente, está<br />

entre os 20 maiores exportadores mundiais, segundos<br />

dados do Instituto de Matemática e Estatística da USP<br />

(2006). O crescimento econômico brasileiro depende das<br />

exportações, uma vez que esta atividade remete divisas em<br />

moeda estrangeira equilibrando as contas públicas.<br />

O crescimento econômico brasileiro, se comparado com a<br />

média mundial, está muito aquém das suas potencialidades.<br />

Enquanto o mundo acumulou uma taxa de expansão de<br />

46%, nos últimos 10 anos, o país registrou nos mesmo<br />

período somente 25%. Recentemente, o país alcançou a<br />

meta de 100 bilhões de dólares exportados, porém está<br />

marca tem pouca representatividade quando se traça um<br />

comparativo com a situação mundial. O Brasil, mesmo<br />

estando entre os 20 maiores exportadores e tendo<br />

121


apresentado recordes de exportação possui uma<br />

participação de 1% do fluxo mundial.<br />

As dificuldades encontradas para o maior crescimento<br />

estão ligadas diretamente a entraves internos, que há<br />

muitos governos se repetem sem solução, entre elas estão<br />

a burocracia excessiva, a falta de tecnologia, a carência de<br />

educação e principalmente a infraestrutura inadequada e<br />

insuficiente.<br />

A falta de infraestrutura para quem trabalha diariamente<br />

com o comércio exterior é o maior problema,<br />

principalmente no que se refere à infraestrutura de<br />

transportes. Faltam linhas aéreas, contêineres, há excessivo<br />

gasto no deslocamento da produção, há perdas ocorridas<br />

por avarias no transporte, além de existir a distorção da<br />

matriz de transportes, havendo uma sobrecarga do modal<br />

rodoviário.<br />

A área de transporte brasileiro acarreta grandes limitações<br />

para o crescimento e expansão da economia brasileira. Essa<br />

deterioração está fundamentada nos investimentos<br />

insuficientes em infraestrutura, pelo menos nas duas<br />

últimas décadas. Hoje, são necessárias providências<br />

imediatas, pois com o bom desempenho do mercado de<br />

cargas pesadas que país vem tendo, é notória a necessidade<br />

urgente de se investir no transporte aéreo, nas rodovias,<br />

ferrovias e hidrovias.<br />

Portanto, o objetivo deste trabalho é evidenciar a<br />

importância da infraestrutura de transportes, mostrando<br />

que sua melhoria poderá auxiliar a reduzir os custos,<br />

inserindo os produtos no mercado mundial com maior<br />

competitividade.<br />

O trabalho foi baseado em uma pesquisa descritiva com<br />

fundamento teórico. A coleta de informações sobre a<br />

situação brasileira e os modais de transporte foi realizada<br />

através de sites da internet, revistas e artigos, sendo<br />

estruturado através de conteúdos teóricos dos livros de<br />

comércio exterior, logística e transportes.<br />

O apontamento de possíveis soluções foi fundamentado em<br />

estudos já realizados por órgãos de renome no país como<br />

MDIC, Fiesp, CNT, FIRJAN entre outros e tendo como<br />

base os conhecimentos adquiridos ao longo dos semestres<br />

do curso de Administração Habilitação Comércio Exterior.<br />

O quadro atual da estrutura de transportes de cargas<br />

brasileiro tem apresentado importantes limitações à<br />

expansão e ao crescimento econômico do País. Esse<br />

cenário é uma realidade reconhecida pelas autoridades, no<br />

entanto, principalmente, o setor produtivo brasileiro, que<br />

depende da infraestrutura presente em todo o Brasil.<br />

Essa situação não é um problema atual, há vários anos o<br />

transporte de cargas brasileiro vem apresentando sintomas<br />

que apontam para graves problemas de deterioração,<br />

decorrentes da falta de investimentos, pelo menos nas duas<br />

últimas décadas. Os problemas estruturais comprometem a<br />

eficiência operacional, tornando-se um entrave ao<br />

desenvolvimento econômico e social do país.<br />

Com os problemas de transportes existentes, o Brasil acaba<br />

desperdiçando bilhões de reais, devido aos acidentes, aos<br />

roubos de carga, á ineficiências operacionais e energéticas.<br />

Como pilares do caos, no setor de transporte, estão as<br />

enormes deficiências de regulação, as políticas<br />

governamentais de investimento e, também, a distorção da<br />

matriz de transporte, acarretando em significativa perda<br />

econômica e de competitividade e consequente reflexo no<br />

custo Brasil.<br />

O uso inadequado dos modais gerou uma enorme<br />

dependência do modal rodoviário, que acaba suprindo<br />

lacunas dos demais modais, porém apresenta um frota<br />

ultrapassada e as rodovias em condições precárias. A malha<br />

ferroviária existente, em boa parte construída no início do<br />

século passado, sofre resquícios de falhas no processo da<br />

recente privatização que a impede de impulsos maiores. A<br />

participação dos modais hidroviário e aéreo é praticamente<br />

inexistente.<br />

O sistema de transporte é essencial para a movimentação<br />

da economia de um país. Sem este sistema os produtos não<br />

chegariam até seus consumidores, as indústrias não teriam<br />

acesso as matérias-primas e nem teriam condições de<br />

escoar sua produção. É um setor totalmente<br />

horizontalizado viabilizando todos os outros setores da<br />

economia.<br />

A situação brasileira atual da matriz de transportes de<br />

cargas acarreta perda de competitividade para as empresas<br />

nacionais, uma vez que a ineficiência dos modais gera um<br />

elevado Custo País, se tornando um fator limitante para o<br />

desenvolvimento regional e internacional do Brasil.<br />

A falta de um planejamento e de investimentos do setor de<br />

transporte nacional, implica numa incapacidade de<br />

acompanhar a demanda nacional podendo gerar um<br />

colapso deste sistema. Alguns fatores deste risco já podem<br />

ser percebidos como uma frota de caminhões e locomotivas<br />

antigas tendo uma idade média, respectivamente, de 19 e<br />

25 anos, a grande maioria das rodovias em condições<br />

péssima, pouca disponibilidade de infraestrutura<br />

ferroviária e o sistema aéreo e hidroviário tendo baixa<br />

participação.<br />

122


Uma das principais causas da ineficiência da matriz de<br />

transportes de carga brasileira está baseada no uso<br />

inadequado dos modais. Existe uma sobrecarga no<br />

transporte rodoviário, figura abaixo, em função dos baixos<br />

preços de frete, o que acaba servindo como uma barreira ao<br />

uso dos demais modais.<br />

1970/1980 1981/ 1990 1991/2000 2001/2003 200<br />

4<br />

1,2% 0,6% 0,3% 0,25%<br />

0,1<br />

%<br />

Com o cenário atual do sistema de transportes é necessário<br />

ser implantado diversas melhorias nos modais, de maneira<br />

que haja uma igual disponibilidade e qualidade dos meios<br />

de transportes, garantindo um desenvolvimento adequado<br />

de todo o sistema de transportes.<br />

O poder púbico precisa dirigir mais ações para a melhoria<br />

da infraestrutura de transportes, englobando investimentos<br />

nos diferente modais, viabilizando o aumento da eficiência<br />

e proporcionando a intermodalidade.<br />

É importante ressaltar que os recursos para estes<br />

investimentos já são gerados através da CIDE<br />

(Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico),<br />

porém é preciso que haja uma adequação dos investimentos<br />

para a melhoria e modernização da infraestrutura de<br />

transportes, pois os investimentos nesta área estão muito<br />

baixos, como analisado na tabela abaixo:<br />

TABELA 3: PORCENTAGEM DO PIB INVESTIDO EM<br />

INFRAESTRUTURA<br />

123


124<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

A abertura econômica dos países já se tornou uma<br />

realidade, porém para ser vantajoso o Brasil precisa ter uma<br />

economia nacional eficiente, uma infraestrutura adequada<br />

e ter processos menos burocráticos, assim dando<br />

capacidade de competição no setor privado.<br />

O desenvolvimento do setor de infraestrutura é primordial<br />

para a integração do país. Com uma infraestrutura<br />

adequada, a produção brasileira se fortalece, conseguindo<br />

diminuir custos, proporcionando preços mais competitivos<br />

aos produtos, gerando um maior desenvolvimento<br />

econômico.<br />

Para que haja a melhoria das condições transportes de fato,<br />

é necessário um maior comprometimento do governo em<br />

definir políticas e planejamentos mais claros, melhores<br />

definidos e específico para cada modal, priorizando<br />

parcerias público-privado.<br />

A problema das rodovias se dá, principalmente, nas<br />

estradas não concessionadas, as quais estão em péssimo<br />

estado e não recebem investimentos em proporções<br />

adequadas. No que diz respeito as concessionadas as<br />

condições encontram-se em melhores estados, porém o<br />

custo que se agrega ao valor final por usufruir destas vias é<br />

grande.<br />

No Brasil a malha férrea é pequena e atinge pontos isolados<br />

do território nacional, os investimentos provem na grande<br />

maioria apenas do setor privado e com interesse próprio. O<br />

modal ferroviário deveria ter maior atenção por parte do<br />

Governo, pois é o que possui um dos menores custos para<br />

o transporte de mercadorias e poderia aumentar o nível de<br />

competitividade do Brasil.<br />

A importância do modal ferroviário é evidenciada quando<br />

se traça um comparativo entre a malha ferroviária brasileira<br />

e a malha de um país desenvolvido, como os Estados<br />

Unidos, onde se percebe a melhor distribuição, a qual<br />

atinge todo o país.<br />

O modal aquaviário, principalmente o transporte<br />

hidroviário requer maiores cuidados. A capacidade de<br />

transportar grandes volumes faz com que este seja a<br />

modalidade adequada para o escoamento de produtos<br />

agrícolas, porém há alguns empecilhos de cunho ambiental<br />

que acarretam no lento desenvolvimento do setor. Portanto,<br />

é preciso maior atenção do governo para a viabilização de<br />

projetos, de maneira que este não traga prejuízos para o<br />

meio ambiente.<br />

O modal aéreo quase não é utilizado no Brasil, vários<br />

fatores implicam para isto ocorra, principalmente o fato das<br />

tarifas serem muito altas, diferente de países de primeiro<br />

mundo que tem uma política de tarifação adequada. Porém<br />

é preciso que haja crescimento deste modal na matriz de<br />

transportes do Brasil, pois ele tem a vantagem de atingir<br />

altas velocidades, podendo efetuar a entrega quase<br />

imediata.<br />

Para que o Brasil apresente índices mais<br />

consideráveis no mercado mundial é preciso uma<br />

reavaliação de vários setores da economia. A infraestrutura<br />

de transporte é um setor crucial e precisar ter investimentos<br />

urgentes para que o país possa diminuir seus custos e assim<br />

poder competir igualmente com outros países.<br />

Meios de transporte e telecomunicações<br />

Meios de transporte<br />

Venda de carros sobe, Brasil mira novo recorde e<br />

consumidor abandona carro 1.0<br />

O mercado brasileiro de automóveis fechou o primeiro<br />

semestre do ano com números consideráveis, revelou,<br />

nesta segunda-feira (1o), a Fenabrave (entidade que<br />

representa os revendedores), a ponto de esses números<br />

forçarem a revisão para cima do aumento total previsto<br />

para 2011. Isso quer dizer que, de janeiro a julho deste ano,<br />

foram emplacadas 1.926.020 unidades de carros de passeio<br />

e veículos comerciais leves, que, juntos, formam o<br />

principal filão automotivo, representando alta de 8,15% em<br />

relação ao primeiro semestre de 2010 (1.780.924<br />

unidades). Ao final de dezembro, segundo prevê a<br />

entidade, o Brasil terá vendido 5,5% a mais do que no<br />

último ano (pouco mais de 3,5 milhões de unidades contra<br />

3,2 milhões de 2010) e o setor estará comemorando um<br />

novo recorde histórico.<br />

(Disponível em:. Acesso em: 5 ago.<br />

2011. Adaptado)<br />

Resolução:<br />

O aumento do consumo de automóveis afeta a circulação e<br />

o modo de vida nas cidades de inúmeras formas. Podemos<br />

destacar algumas delas, tais como: engarrafamentos e o<br />

aumento do tempo de deslocamento nas cidades, além da<br />

piora na qualidade de vida por causa da poluição, tanto<br />

sonora quanto do ar, contribuindo, por exemplo, para o<br />

desencadeamento de doenças como o estresse e doenças<br />

respiratórias.


176<br />

-<br />

b) Cite um impacto ambiental provocado pelo aumento do<br />

transporte individual motorizado no Brasil.<br />

Adaptado de BOMENY, Helena e outros. Tempos modernos,<br />

tempos de sociologia. São Paulo: Editora do Brasil, 2010.<br />

178 - Denomina-se intermodalidade a estratégia de<br />

integração entre diferentes meios de transporte, como nos<br />

exemplos abaixo:<br />

As invenções apresentadas no quadro afetaram o mundo<br />

contemporâneo, em especial, no que se refere à circulação<br />

de ideias, pessoas e mercadorias. Em conjunto, essas<br />

invenções tiveram efeito principalmente sobre a ampliação<br />

da:<br />

a) intervenção estatal<br />

b) integração territorial<br />

c) distribuição da riqueza<br />

d) mobilidade ocupacional<br />

177 - Vinte e sete dias por ano preso em um<br />

congestionamento? Pois esta é a média de dias que a<br />

população da cidade de São Paulo perde por ano em<br />

congestionamentos diários de 2 horas e 42 minutos. O tema<br />

não sai dos noticiários, nem das rodas de conversas entre<br />

paulistanos. E, assim, constitui-se uma espécie de<br />

percepção pública da crise de mobilidade na cidade como<br />

“problema de trânsito”. Será?<br />

a) Por que prevalece a ampliação física e modernização da<br />

gestão do sistema viário, em detrimento da ampliação e<br />

modernização dos transportes coletivos?<br />

adaptado de Atlas do Meio Ambiente Le Monde Diplomatique. São paulo: Instituto<br />

pólis, 2009.<br />

Cite quatro consequências da intermodalidade para a<br />

organização da produção industrial em escala global.<br />

125


179 - Analise os gráficos sobre meios de transporte no<br />

Brasil.<br />

(http://exame.abril.com.br/arquivos/img_958/grandesnumeros1.jpg)<br />

Comparando os gráficos, pode-se concluir que:<br />

(A) sob o aspecto de custo do frete, a diferença entre a<br />

matriz I e a II é mínima.<br />

(B) a matriz II favorece a economia dos fretes e é menos<br />

poluidora que a matriz I.<br />

(C) a matriz I emite menos gases poluidores do que a II,<br />

que, por sua vez, é mais econômica.<br />

(D) ambas oferecem vantagens: a matriz I é mais<br />

expandida, e a II garante economia de combustível.<br />

(E) ambas têm pontos positivos: a matriz I, maior<br />

capacidade de expansão, e a II permite maiores<br />

velocidades.<br />

180- As estradas de ferro brasileiras nunca constituíram<br />

uma rede nacional. Mesmo durante seu tempo de<br />

(modesto) esplendor, resumiam-se a uma coleção de linhas<br />

de exportação de minerais e produtos agrícolas, que<br />

raramente tomavam a forma de uma rede regional, exceto,<br />

parcialmente, no Nordeste ou no Estado de São Paulo.<br />

(Adaptado de Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello, Atlas do Brasil: disparidades<br />

e dinâmicas do território. São Paulo: EDUSP/Imprensa Oficial, 2005, p. 204 e 205.)<br />

A malha ferroviária no Brasil nunca constituiu uma rede<br />

nacional porque<br />

a) possui uma malha com diferentes bitolas e interliga<br />

especialmente áreas do interior do país, visando a<br />

integração regional.<br />

b) apesar de apresentar grande integração das malhas, liga<br />

preferencialmente o interior aos portos, visando a<br />

exportação.<br />

c) possui uma malha com diferentes bitolas e interliga<br />

especialmente áreas do interior aos portos, visando a<br />

exportação.<br />

d) apesar de apresentar grande integração das malhas, liga<br />

preferencialmente as regiões interiores do país.<br />

181 - Sobre a matriz de transportes brasileira, afirma-se:<br />

I - Há uma concentração de ferrovias na região Centro-<br />

Oeste devido à ampliação dos investimentos<br />

internacionais.<br />

II - O incremento estatal na infra-estrutura aérea<br />

possibilitará um escoamento significativo da exportação<br />

dos produtos agrícolas.<br />

III - A preferência pelas ferrovias em detrimento da<br />

navegação de cabotagem, deve-se à sua maior capacidade<br />

de carga.<br />

IV - A modalidade rodoviária apresenta um percentual de<br />

utilização superior às demais tipologias.<br />

126


V - A expansão da rede duto viária, a partir do final do<br />

século XX, efetivou-se em consonância com o processo de<br />

diversificação da matriz energética brasileira.<br />

Estão corretas apenas as afirmativas<br />

a) I e II.<br />

b) I e III.<br />

c) II e IV.<br />

d) III e V.<br />

e) IV e V.<br />

184 –<br />

b) descreva os circuitos produtivos de cada um desses<br />

portos.<br />

- de Tubarão – ligado às jazidas de Minas Gerais, pela<br />

Estrada de Ferro Vitória-Minas, ferrovia especializada e de<br />

uso privativo da CVRD;<br />

- de Itaqui – ligado às jazidas de ferro de Carajás pela<br />

Estrada de Ferro Carajás, ferrovia especializada e de uso<br />

privativo da CVRD.<br />

182-<br />

Fonte: MAGNOLI, Demetrio - <strong>Geografia</strong>: a construção do<br />

mundo: <strong>Geografia</strong> geral e do Brasil. São<br />

185 - A maior integração da Amazônia Legal à economia<br />

brasileira está baseada na estruturação de um sistema de<br />

circulação, envolvendo, principalmente, hidrovias e<br />

rodovias, conforme esquema abaixo.<br />

183-<br />

a) identifique os dois maiores portos brasileiros em<br />

movimentação de cargas e aponte as especializações de<br />

cada um;<br />

Fonte: Huertas, D. M., Da fachada atlântica à imensidão amazônica, 2009.<br />

Adaptado.<br />

127


Com base nesse esquema e em seus conhecimentos,<br />

identifique o eixo<br />

a) hidroviário A e analise sua relação com os mercados<br />

interno e externo.<br />

c) O conhecimento científico e a tecnologia sísmica foram<br />

capazes de prever a atividade vulcânica com bastante<br />

antecedência. Assim foi possível evacuar a população das<br />

áreas de risco, fator que causou o congestionamento dos<br />

principais aeroportos da Europa.<br />

d) O verdadeiro caos no transporte aéreo decorreu do<br />

intenso movimento de passageiros nos aeroportos da<br />

Europa, pois o derrame das lavas vulcânicas comprometeu<br />

a estrutura das principais rodovias do continente e fechou<br />

as estações de trens.<br />

e) Nenhuma das alternativas anteriores é correta.<br />

187 - Analise os dados das tabelas a seguir.<br />

b) rodoviário B e analise a polêmica em torno da<br />

pavimentação dessa rodovia, considerando um impacto<br />

ambiental e um social.<br />

Fonte: Ministério dos Transportes, 2007.<br />

Tendo em vista essas informações e as características da<br />

infraestrutura de circulação do Brasil, pode-se afirmar que<br />

186 - Em abril de 2010 um vulcão entrou em erupção na<br />

Islândia. Apesar da sua localização geográfica, as fumaças<br />

lançadas na atmosfera levaram ao fechamento de vários<br />

aeroportos da Europa, provocando atrasos e cancelamentos<br />

de viagens em escala mundial. Essa situação demonstra<br />

que:<br />

a) No mundo globalizado a dependência dos transportes<br />

aéreos e a necessidade da rapidez nos deslocamentos de<br />

pessoas e no transporte de cargas são tamanhas, que mesmo<br />

os trens de alta velocidade, existentes em vários países<br />

europeus, não conseguem suportar o volume a ser<br />

transportado, o que pode causar um verdadeiro “caos<br />

aéreo”.<br />

b) Os aeroportos do norte da Europa foram fechados para<br />

servir de alojamento à população que precisou ser<br />

evacuada das áreas de risco nas imediações do vulcão,<br />

afetando, dessa forma, o transporte aéreo mundial.<br />

a) houve, no período 1985-2006, investimentos<br />

significativos na infraestrutura do transporte ferroviário, o<br />

que explica o crescimento do percentual de cargas<br />

transportado por esse modal.<br />

b) o transporte hidroviário é pouco utilizado no Brasil em<br />

virtude de seu custo ser superior ao do transporte<br />

rodoviário.<br />

c) o transporte rodoviário caracteriza-se pelo baixo custo e<br />

rapidez nos deslocamentos, o que explica o predomínio<br />

deste na dinâmica de transportes no Brasil.<br />

d) o predomínio do modal rodoviário na dinâmica de<br />

transportes no Brasil relaciona-se às políticas implantadas<br />

a partir da segunda metade do século XX, que<br />

concentraram recursos neste setor.<br />

e) o modal rodoviário é o mais adequado para o transporte<br />

de grãos (maior quantidade transportada com menor custo),<br />

daí seu predomínio em relação aos demais modais no<br />

Brasil.<br />

128


188 - Observe o gráfico a seguir.<br />

189 - DE VOLTA AOS TRILHOS<br />

“Os chineses repetem hoje os maciços investimentos que<br />

os Estados Unidos e países europeus fizeram em ferrovias<br />

no século XIX e dos quais até hoje se beneficiam.<br />

Mostram, com isso, que ter perdido o trem no passado não<br />

implica ficar acomodado no atraso - uma lição para a qual<br />

o Brasil deve prestar atenção, considerando que as<br />

ferrovias, ainda, são a principal solução para o<br />

deslocamento em massa de cargas e de pessoas em países<br />

de grande dimensão.”<br />

A ilustração, a seguir, mostra a distribuição da malha<br />

ferroviária em alguns países.<br />

a) Analise a matriz brasileira dos transportes, em 2005,<br />

considerando aspectos históricos e políticos.<br />

Revista Exame – 05/03/2009<br />

b) Explique a previsão da matriz brasileira dos transportes,<br />

para o ano de 2025, considerando aspectos ambientais<br />

implícitos.<br />

Com base nas informações obtidas no texto e nos desenhos,<br />

acima, só é CORRETO afirmar que<br />

a) as ferrovias representam uma das mais eficientes opções<br />

de transporte de carga, em países com dimensões<br />

continentais.<br />

b) a metade da malha ferroviária russa está concentrada na<br />

porção oriental do país, nas áreas de maior movimentação<br />

de cargas.<br />

c) o uso das ferrovias nos diversos países ajuda a<br />

descongestionar as principais rodovias, liberando espaço<br />

para o transporte de passageiros e de cargas mais pesadas.<br />

d) a utilização das ferrovias promove distúrbios ambientais<br />

atmosféricos, pois os trens consomem menos combustível<br />

que os caminhões.<br />

129


190 - Considerando-se as redes que compõem as<br />

diferentes modalidades de transporte no Brasil, é<br />

INCORRETO afirmar que:<br />

a) as ferrovias são, em sua grande extensão, utilizadas<br />

sobretudo para o escoamento da produção mineral e<br />

subutilizadas no transporte interurbano e inter-regional de<br />

passageiros.<br />

b) as hidrovias tornariam o preço do produto agrícola<br />

brasileiro mais competitivo no mercado internacional, mas<br />

têm sua implementação dificultada pelo custo e pelos<br />

impactos ambientais decorrentes de seus projetos.<br />

c) as rodovias, principal modalidade de transporte do País,<br />

assumem, com alto custo, elevada tonelagem no<br />

deslocamento de mercadorias diversas e maior percentual<br />

de tráfego de passageiros.<br />

d) o transporte aéreo registra um uso mais intenso nas<br />

regiões do País onde há grandes distâncias entre os<br />

principais centros urbanos e fraca densidade das redes<br />

rodoviária e ferroviária<br />

.<br />

191 -<br />

130


UM DOMÍNIO DA AMAZÔNIA LEGAL<br />

“É o domínio da lavoura tecnificada. Trata-se de uma<br />

porção onde predominam os cerrados, e não as florestas, e<br />

onde foi mais patente o progresso técnico na agricultura<br />

brasileira, tendo em vista a expansão do cultivo da soja<br />

com alta produtividade.”<br />

BECKER, Bertha. Amazônia. Geopolítica na virada do III<br />

milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2004, p. 82.<br />

É possível associar o transporte de grãos de soja<br />

provenientes da porção amazônica, descrita acima, a uma<br />

das três estradas apresentadas no mapa.<br />

O trecho de estrada que torna essa associação possível é<br />

a) Mato Grosso – Pará, BR–163.<br />

b) Maranhão – Pará, BR–230.<br />

c) Tocantins – Pará, BR–230.<br />

d) Pará – Amazonas, BR–230.<br />

e) Rondônia – Amazonas, BR–319.<br />

192 - Leia abaixo o trecho da música Tropicália, de<br />

Caetano Veloso (1968). A seguir responda às questões:<br />

“Sobre a cabeça os aviões<br />

Sob os meus pés os caminhões<br />

Aponta contra os chapadões<br />

Meu nariz.<br />

Eu organizo o movimento<br />

Eu oriento o carnaval<br />

Eu inauguro o monumento no planalto central do país.”<br />

O movimento tropicalista, do qual Caetano Veloso foi um<br />

representante, traça um retrato “cantado” do<br />

Brasil. Segundo algumas interpretações, na música<br />

Tropicália o autor contesta a ideologia que dominava o<br />

pensamento político do Brasil, principalmente entre as<br />

décadas de 1930 e 1960, mostrando as contradições da<br />

modernização subdesenvolvida do Brasil. A que fatos se<br />

referem os versos segundo e sétimo do trecho da música<br />

Tropicália acima reproduzida?<br />

193 - Sobre os blocos econômicos é correto afirmar,<br />

exceto:<br />

a) As Zonas de Livre Comércio são acordos comerciais que<br />

visam a redução ou eliminação de tarifas aduaneiras entre<br />

os países membros do bloco, como é o caso do NAFTA.<br />

b) O Acordo de Livre Comércio da América do Norte<br />

(NAFTA) é uma associação de expressão mundial reduzida<br />

e se caracteriza pela livre circulação de mercadorias,<br />

pessoas, serviços e capitais.<br />

c) Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, países integrantes<br />

do MERCOSUL, compõem um bloco econômico que<br />

estabelece as mesmas tarifas de exportação e importação<br />

para o comércio internacional fora do bloco.<br />

d) O bloco econômico com maior nível de avanço e de<br />

integração econômica é a União Europeia, pois, além de<br />

participar dos acordos do mercado comum, encontra-se na<br />

etapa da união econômica e monetária.<br />

194 - Observe a matéria:<br />

Mesmo que o TAV (trem de alta velocidade) nacional saísse<br />

por US$ 21 bilhões, o que especialistas consideram<br />

improvável, o valor bastaria para construir 170 km de<br />

metrô. Parece óbvio que é mais urgente completar as redes<br />

de metrópoles mal servidas de transporte público como<br />

São Paulo e Rio.<br />

(Folha de São Paulo, 19/08/09)<br />

A matéria aborda o projeto de construção do “trem-bala”<br />

ligando Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Sobre o<br />

assunto e a realidade do sistema de transporte nacional, é<br />

correto afirmar que:<br />

a) a construção do trem-bala vem suprir uma lacuna no<br />

setor ferroviário brasileiro e a viabilidade no trecho<br />

escolhido justifica-se pela ausência de barreiras<br />

topográficas e a suavidade do relevo.<br />

b) Além da necessária linha em construção, o projeto<br />

consolidaria a supremacia das ferrovias no sistema de<br />

transporte brasileiro, seguindo a tendência internacional.<br />

c) o Brasil é um raríssimo caso de grandes nações que<br />

optaram pelo transporte rodoviário como modelo principal<br />

e especialistas apontam a necessidade de rever essa<br />

realidade.<br />

d) ao seguir a sugestão da matéria em se transferir para o<br />

metrô o investimento do TAV, o Brasil superaria as<br />

principais cidades do mundo em quilômetros construídos.<br />

e) o TAV se enquadra dentro do PAC do atual governo,<br />

cujas obras já eliminaram as precárias condições das<br />

estradas brasileiras.<br />

195 - Os problemas com a infraestrutura de transportes são<br />

apontados como um dos principais responsáveis pelo<br />

131


elevado custo das mercadorias fabricadas no Brasil, com<br />

participação diferenciada de acordo com o meio de<br />

transporte utilizado (quadro abaixo).<br />

Para a Agência Nacional de Transporte Terrestre, a<br />

utilização do transporte multimodal de cargas (duas ou<br />

mais modalidades de transporte, do recebimento da carga<br />

na origem até seu destino final) é uma solução para esses<br />

problemas.<br />

a) Com base na composição da matriz de transportes no<br />

Brasil, explique uma razão política para a elevada<br />

participação dos transportes no custo final dos produtos.<br />

a) as ferrovias são, em sua grande extensão, utilizadas<br />

sobretudo para o escoamento da produção mineral e<br />

subutilizadas no transporte interurbano e inter-regional de<br />

passageiros.<br />

b) as hidrovias tornariam o preço do produto agrícola<br />

brasileiro mais competitivo no mercado internacional, mas<br />

têm sua implementação dificultada pelo custo e pelos<br />

impactos ambientais decorrentes de seus projetos.<br />

c) as rodovias, principal modalidade de transporte do País,<br />

assumem, com alto custo, elevada tonelagem no<br />

deslocamento de mercadorias diversas e maior percentual<br />

de tráfego de passageiros.<br />

d) o transporte aéreo registra um uso mais intenso nas<br />

regiões do País onde há grandes distâncias entre os<br />

principais centros urbanos e fraca densidade das redes<br />

rodoviária e ferroviária.<br />

197 - No passado, a Bacia do Prata foi uma das principais<br />

rotas de escoamento dos metais preciosos da região andina.<br />

Apresente um fator que explique a importância da Bacia do<br />

Prata para a integração da América do Sul aos mercados<br />

internacionais, na atualidade.<br />

b) Apresente uma vantagem do transporte rodoviário sobre<br />

o ferroviário que justificaria a opção pela<br />

multimodalidade.<br />

196 - Considerando-se as redes que compõem as diferentes<br />

modalidades de transporte no Brasil, é INCORRETO<br />

afirmar que<br />

198 - Leia o fragmento de texto a seguir.<br />

“A Hidrovia Tietê-Paraná compreende uma via de<br />

navegação que liga a região sul, sudeste e centro-oeste do<br />

país. Nessa hidrovia ocorre o transporte de cargas e<br />

pessoas, esse fluxo é desenvolvido ao longo dos rios Paraná<br />

e Tietê. Nos locais que apresentam desníveis foram<br />

construídas represas para nivelar as águas. Essa hidrovia é<br />

de extrema importância para o escoamento de grãos dos<br />

Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e<br />

parte de Rondônia, Tocantins e Minas Gerais.”<br />

Fonte:http://www.brasilescola.com/brasil/hidrovia-tieteparana.htm.<br />

15/01/2009.<br />

Acesso<br />

A hidrovia Tietê-Paraná escoa mercadorias, produtos<br />

agrícolas e pessoas até os países vizinhos do<br />

Brasil. Portanto, essa hidrovia integra os países<br />

132


a) da Alca.<br />

b) da Apasul.<br />

c) do Mercosul.<br />

d) do Nafta.<br />

e) do Unisul.<br />

199 - Uma das características atuais do processo de<br />

globalização é a exigência, cada vez maior, de fluidez de<br />

informações e mercadorias, ou, em essência, do próprio<br />

capital. Tal exigência tem conduzido os países à<br />

reestruturação de seus sistemas de circulação. Nesse<br />

sentido, no Estado brasileiro, nos últimos anos,<br />

a) priorizou-se o transporte público urbano, com a<br />

ampliação do número de linhas do Metropolitano em todas<br />

as capitais dos Estados.<br />

b) houve uma ampla recuperação da malha ferroviária,<br />

com a construção de novos trechos, a exemplo da<br />

Transnordestina.<br />

c) privilegiou-se o sistema de cabotagem, valorizando-se o<br />

transporte de passageiros pelo território nacional e<br />

interligando as áreas costeiras do país.<br />

d) priorizou-se o transporte hidroviário, voltado à<br />

exportação de grãos, conforme atestam as hidrovias Tietê-<br />

Paraná e do Rio São Francisco.<br />

e) intensificou-se a modernização do sistema portuário,<br />

incluindo a construção de portos como os de Sepetiba (RJ)<br />

e Pecém (CE).<br />

b) O sistema aquaviário ocupa a terceira colocação no<br />

deslocamento de cargas, devido à profundidade dos portos<br />

e à facilidade na ancoragem das embarcações.<br />

c) A malha ferroviária está sendo modernizada para<br />

deslocar, preferencialmente, passageiros.<br />

d) O plano da CNT deverá ser concentrado no transporte<br />

fluvial, devido à predominância de rios de planície, no país.<br />

e) O transporte aéreo, apesar da crise em que vive o setor,<br />

compete com o transporte rodoviário, por ser mais<br />

eficiente, mais econômico, devido à redução de preços das<br />

tarifas, e possui uma capacidade maior de transportar<br />

cargas em relação ao transporte rodoviário e o ferroviário.<br />

201 - O aquecimento da economia já provoca gargalos no<br />

setor de transporte e logística do país. Há aumentos<br />

superiores a 20% nos custos de fretes rodoviários, filas de<br />

meses nas montadoras para a compra de caminhões novos<br />

e perda de negócios por falhas na entrega de mercadorias<br />

no prazo.<br />

(CANZIAN, 2007, p. B3).<br />

200 - O Plano de Logística para o Brasil, lançado pela<br />

Confederação Nacional do Transporte (CNT), no dia 5 de<br />

setembro, prevê 496 projetos e estima investimentos de R$<br />

223,8 bilhões ao longo dos próximos anos. “O Plano<br />

contempla a integração logística do Brasil. Ou seja, a<br />

integração da ferrovia com a rodovia, com o setor aéreo,<br />

com os portos, colocando o Brasil mais eficiente e criando<br />

as condições para que o Brasil possa crescer”, destacou o<br />

presidente da CNT, Clésio Andrade, nolançamento do<br />

Plano.<br />

CNT PROPÕE Plano de Logística para o Brasil com 496 projetos. Disponível em:<br />

http://www.cnt.org.br/ . Acesso em: 01/10/2007.<br />

Com base no texto, na análise do gráfico e nos<br />

conhecimentos sobre o sistema de transportes, no Brasil, é<br />

correto afirmar:<br />

a) O investimento do governo, a partir do governo de<br />

Juscelino Kubitschek, priorizou a rodovia em detrimento<br />

da ferrovia.<br />

202 - Considerando-se o texto, a análise do gráfico e os<br />

conhecimentos sobre a precária infra-estrutura dos<br />

transportes, da logística e das redes informacionais no<br />

Brasil, pode-se concluir:<br />

(01) O crescimento da economia traz à tona problemas<br />

graves do país, como deficiência da rede de transportes e<br />

logística, demonstrando a sua precária infraestrutura, o que<br />

resulta em perda de competitividade.<br />

133


(02) A maioria das indústrias brasileiras, em particular as<br />

que produzem bens de consumo, utiliza as rodovias como<br />

meios de transporte principais.<br />

(04) A malha rodoviária brasileira se encontra em estado<br />

deficiente de conservação, devido ao baixo padrão<br />

tecnológico de sua construção associado ao desgaste<br />

ocasionado pelos caminhões com excesso de cargas.<br />

(08) O declínio das ferrovias, no Brasil, se deu a partir do<br />

fim do ciclo da cana-de-açúcar e, atualmente, as ferrovias<br />

mais importantes estão ligadas às zonas de destaque da<br />

agricultura.<br />

(16) As redes informacionais — satélites, sistemas de<br />

transmissão, antenas, dentre outras — e as de meios de<br />

transporte de cargas e de pessoas — rodoviário, aeroviário,<br />

hidroviário, etc. — são sustentáculos nas relações sociais e<br />

econômicas do país.<br />

(32) A falta de investimentos, de manutenção e de<br />

expansão da infraestrutura brasileira revela um sistema<br />

sucateado em relação às rodovias, ferrovias e aerovias.<br />

(64) Os grandes espaços bem povoados do Norte e do<br />

Centro-Oeste foram integrados, nas últimas décadas, pelas<br />

hidrovias e ferrovias, mas esse modelo está se tornando<br />

insustentável pelo alto custo dos combustíveis.<br />

Soma ( )<br />

203 - Observe o gráfico abaixo e leia as afirmativas a<br />

seguir.<br />

integração com outros meios de transporte e das péssimas<br />

condições para o tráfego de veículos.<br />

II −Percebe-se que as diferenças entre os países são<br />

gritantes: o Brasil é o campeão no uso da modalidade<br />

rodoviária para a transferência de cargas dificultando a<br />

competitividade de muitos produtos nacionais,<br />

principalmente pelo custo excessivo na relação<br />

combustível – tonelada – tempo.<br />

III −Os EUA utilizam mais o modal hidroviário se<br />

comparados aos outros países. Isto se deve, em grande<br />

parte, às suas políticas públicas para o setor e à<br />

proximidade das suas áreas produtivas de rios/canais<br />

navegáveis.<br />

IV −Constata-se que a intermodalidade de transporte está<br />

mais avançada na Austrália, Canadá, Rússia e EUA.<br />

Assinale a opção que apresenta as afirmativas corretas.<br />

a) II e III<br />

b) II e IV<br />

c) III e IV<br />

d) I e II<br />

e) I e IV<br />

204 - A política de transportes no Brasil se caracteriza por:<br />

I. Concentrar grandes investimentos nos transportes<br />

ferroviários gerando um encarecimento dos produtos<br />

transportados.<br />

II. Consumir excessivamente os derivados do petróleo<br />

arcando assim com o ônus da importação e uma<br />

consequente queima de divisas.<br />

III. Manter uma ineficiente rede de transportes,<br />

provocando o encarecimento dos preços dos produtos<br />

transportados.<br />

Assinale a alternativa correta:<br />

a) As afirmativas I e II estão corretas.<br />

b) As afirmativas II e III estão corretas.<br />

c) As afirmativas I, II e III estão corretas.<br />

d) Apenas a afirmativa II está correta.<br />

e) As afirmativas I e III estão corretas.<br />

I −Dos países selecionados, somente o Brasil possui a mais<br />

extensa rede de rodovias, apesar da falta de<br />

134


205 - Observe atentamente as informações a seguir:<br />

UM RETROCESSO INEXPLICÁVEL*<br />

“A involução da malha ferroviária ilustra com perfeição a<br />

situação da infra -estrutura brasileira. O ideal seria que ela<br />

tivesse, pelo menos, 55.000 quilômetros de extensão.”<br />

d) Direcionadas quase sempre no sentido interior ― litoral,<br />

as ferrovias não integravam as diversas regiões do país.<br />

e) Não houve investimentos para sanar problemas<br />

apresentados pelas ferrovias, como, por exemplo, os<br />

diferentes tipos de bitolas (espaço entre os trilhos) ― não<br />

permitindo a integração das ferrovias.<br />

206 - A respeito do tema comunicações e transportes no<br />

mundo atual, assinale o que for correto.<br />

BAIXA CAPACIDADE<br />

“Maquinas e linhas obsoletas limitam o total de carga<br />

transportada pelas ferrovias existentes. No Brasil, o índice<br />

é semelhante ao dos Estados Unidos – na decada de 1930.”<br />

* Informações extraídas da “Revista Sala de Aula – a revista do<br />

Ensino Médio”, ano 2, n°13, setembro de 2007.<br />

A decadência do transporte ferroviário está associada a<br />

problemas inerentes de seu próprio desempenho e,<br />

especialmente, da concorrência do ramo rodoviário.<br />

Contribuem para compreendermos a atual situação do<br />

sistema ferroviário, exceto:<br />

a) O sistema ferroviário é mais caro quando comparado<br />

com o rodoviário, além do segundo ser ideal para atuar no<br />

deslocamento de grandes distâncias e carregamento de<br />

quantidades mais expressivas de cargas.<br />

b) Forte pressão por parte da presença das montadoras de<br />

veículos (carros, caminhões e ônibus), a partir da década<br />

de 1950, para aumentar os investimentos públicos em<br />

rodovias.<br />

c) As ferrovias não foram estruturadas para atender com<br />

rapidez e eficiência à nova realidade do país, pois a partir<br />

da década de 1930, a economia nacional começava a se<br />

transformar de agroexportadora para predominantemente<br />

industrial, alterando significativamente os tipos de carga.<br />

(01) Os telefones celulares, hoje, utilizam tecnologias que<br />

permitem a comunicação entre esses aparelhos e<br />

computadores. A tecnologia digital alterou a transmissão<br />

de áudio, vídeo e textos, e as conexões de internet de<br />

"banda larga" surgiram quando os volumes de dados<br />

transmitidos pelas linhas e comunicação internacionais<br />

começaram a exceder os das chamadas telefônicas.<br />

(02) Os trens de alta velocidade, que chegam a velocidades<br />

acima de 300 km/h, são utilizados em países como Japão,<br />

França, Alemanha e Espanha. No Brasil, um trem de alta<br />

velocidade entre São Paulo e Rio de Janeiro aliviaria o<br />

transporte da ponte aérea entre essas duas grandes cidades.<br />

(04) Os transportes aéreos procuram utilizar-se da rota<br />

antártica, passando sobre o continente da Antártida, porque<br />

ali existem instalações diversas para pousos emergenciais<br />

e missões de salvamento, além de não haver necessidade<br />

de se evitar a poluição do meio ambiente local.<br />

(08) O transporte coletivo mais eficiente nas cidades de<br />

hoje, tendo em conta os constantes congestionamentos pelo<br />

crescente número de carros, é o metrô. Algumas cidades<br />

adotam o metrô de superfície e, no caso de Sydney, na<br />

Austrália, o monotrilho, com trens que correm sobre um<br />

único trilho.<br />

(16) As transmissões analógicas de TV e rádio substituirão<br />

as transmissões digitais. O Brasil implantará o sistema<br />

analógico japonês nas suas transmissões de televisão.<br />

Soma ( )<br />

207 - A caixa que encolheu a Terra<br />

Convencionou-se dizer que o avião, as telecomunicações<br />

e a Internet viabilizaram a globalização ao derrubar<br />

fronteiras e encurtar distâncias. Do ponto de vista do<br />

comércio mundial, no entanto, nenhuma invenção teve<br />

mais impacto que o contêiner - aquela grande caixa<br />

metálica com tamanho padronizado internacionalmente<br />

que pode transportar, por trens, navios e caminhões,<br />

produtos tão distintos como grãos de café e iPods. Os<br />

135


contêineres são uma espécie de herói esquecido da<br />

globalização (...).<br />

("Veja", 04/04/2007)<br />

b) Indique dois problemas ambientais agravados pela<br />

adoção do modelo de transporte evidenciado pelos dados<br />

da tabela.<br />

Aponte uma consequência do uso de contêineres para o<br />

transporte marítimo mundial e explique por que a sua<br />

utilização levou várias áreas portuárias à decadência.<br />

208 - Observe as informações.<br />

209 - Programa de Integração Nacional (PIN), implantado<br />

pelo Governo Federal a partir de 1971, previa abertura de<br />

grandes rodovias e desenvolver um programa de<br />

colonização dirigida na Amazônia. Ao longo das rodovias,<br />

principalmente nos trechos Marabá-Altamira e Altamira-<br />

Itaituba deveriam ser implantadas propriedades individuais<br />

(100 ha) destinadas aos colonos assentados para atividade<br />

agrícola. Esse conjunto de lotes recebeu a denominação<br />

de:<br />

a) minifúndio<br />

b) agrópolis<br />

c) agrovila<br />

d) assentamento<br />

e) Rurópolis<br />

(Vitale & Oliveira. Correio Brasiliense, 22.05.2002. Apud Lucci, Branco &<br />

Mendonça. <strong>Geografia</strong> Geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 277.)<br />

a) Quais problemas no sistema de transporte, sobretudo das<br />

grandes metrópoles, explicam a ocorrência de tantos<br />

congestionamentos?<br />

210 - O período comumente denominado de “anos<br />

dourados” marcaram uma etapa da recente história<br />

brasileira associada ao desenvolvimentismo (abertura de<br />

rodovias, expansão da rede hidrelétrica, implantação da<br />

indústria automobilística, descentralização da capital) e à<br />

atmosfera cultural marcada pelo surgimento da Bossa<br />

Nova. A que governo tal período está associado:<br />

a) Juscelino Kubistchek<br />

b) João Goulart<br />

c) Getúlio Vargas<br />

d) Eurico Gaspar Dutra<br />

e) Jânio da Silva Quadros<br />

136


211 - O mapa a seguir ilustra o movimento de exportação<br />

e importação dos principais portos brasileiros em 2000.<br />

a) Apresente a razão do predomínio quase absoluto de<br />

movimento de exportação nos portos de Itaqui e Tubarão.<br />

212 - O transporte rodoviário é o principal sistema de<br />

transporte no Brasil. Por ele passam aproximadamente<br />

56% das cargas movimentadas no País, contra 21% por<br />

ferrovia e 18% por hidrovia, conforme dados do Ministério<br />

dos Transportes. Analisando o sistema de transporte<br />

rodoviário no Brasil:<br />

a) pode-se afirmar que, durante a década de 1950, houve<br />

grandes investimentos no setor.<br />

b) não é possível concluir que o Estado diminuiu sua<br />

participação no setor após o processo de concessões à<br />

iniciativa privada nas últimas duas décadas.<br />

c) conclui-se que, devido aos baixos investimentos<br />

privados, passou por um processo de estatização durante a<br />

década de 1990.<br />

d) é correto dizer que o país tem uma distribuição<br />

equitativa entre rodovias e hidrovias, dado o seu reduzido<br />

potencial hidroviário.<br />

e) é incorreto afirmar que seu potencial está esgotado, já<br />

que não existem novos investimentos na área desde os<br />

governos militares.<br />

213 - Observe os dados da tabela a seguir:<br />

b) Explique por que, no porto de Santos, o volume<br />

exportado não difere muito do volume importado.<br />

De acordo com a tabela e seus conhecimentos, assinale a<br />

alternativa que encerra corretamente a correspondência dos<br />

países:<br />

a) I Japão – II Rússia<br />

b) II Austrália – V Alemanha<br />

c) III Brasil – IV Estados Unidos<br />

d) I Suécia – II Suíça<br />

e) II Japão – V Brasil<br />

137


TELECOMUNICAÇÕES<br />

214 - Espaço, território e rede geográfica são palavraschaves<br />

na <strong>Geografia</strong>. A rede geográfica tem o poder de<br />

ultrapassar as fronteiras nacionais através da internet.<br />

Analise o mapa com os usuários da internet no mundo.<br />

(www.wellmedicated.com/inspiration. Adaptado.)<br />

No contexto da matéria publicitária, pode-se afirmar que<br />

A partir dessa análise, pode-se afirmar que<br />

a) os EUA, o Reino Unido e a Índia lideram os índices de<br />

usuários da internet.<br />

b) o Brasil e o Canadá apresentam número semelhante de<br />

internautas.<br />

c) a África Subsaariana tem o número total de internautas<br />

superior ao da América Latina.<br />

d) a China, a Coreia do Sul e o Japão têm o mesmo número<br />

de internautas.<br />

e) o número de usuários da internet da Austrália supera o<br />

do Mercosul.<br />

a) os valores e os comportamentos sociais foram, ao longo<br />

da história da humanidade, afetados pelos meios de<br />

comunicação de massa.<br />

b) o controle social exercido sobre a técnica impede que<br />

esta altere a nossa percepção do mundo.<br />

c) as sociedades industrializadas contemporâneas<br />

libertaram-se da dependência da tecnologia e de seus<br />

produtos.<br />

d) as inovações no campo da comunicação aceleraram-se a<br />

ponto de alterar a nossa relação com o tempo e o espaço.<br />

e) graças aos programas sociais, foi possível assegurar um<br />

patamar tecnológico mínimo a todos os seres humanos.<br />

216 –<br />

215 - Na década de 1960, a empresa Sony lançou o seu<br />

televisor portátil. Uma das primeiras propagandas deste<br />

produto, difundidas nos EUA, é reproduzida abaixo. Nela<br />

afirmava-se: Segure o futuro em suas mãos com Sony.<br />

138


Com base nas informações e em seus conhecimentos,<br />

escolha a alternativa que melhor explica a afirmativa<br />

apresentada.<br />

As reportagens ilustram uma importante característica do<br />

mundo atual apresentada na opção:<br />

a) Ampliação da inclusão social, consequência do<br />

desinteresse das classes mais pobres pelas novas<br />

tecnologias da informação.<br />

b) Redução das desigualdades sociais, possibilitada pelo<br />

acesso irrestrito às novas tecnologias de comunicação em<br />

todas as partes do mundo.<br />

c) Expansão dos fluxos materiais, resultado da<br />

consolidação das redes mundiais de produção que<br />

garantem o acesso às redes globais de informação.<br />

d) Consolidação de velhas redes sociais, acessíveis a todos<br />

e plenamente no mundo graças à rapidez na troca de<br />

informações em escala planetária.<br />

e) Aumento das possibilidades de interatividade com o<br />

mundo, resultado da facilitação do acesso à informação e<br />

da intensificação dos fluxos imateriais.<br />

VESTIBULAR 2009<br />

217 - Uma malha digital que cresce em velocidade<br />

vertiginosa está cobrindo nosso planeta: é a internet, a rede<br />

mundial de computadores. Considerando essa importante<br />

inovação tecnológica contemporânea, analise a<br />

informação:<br />

A integração econômica global é facilitada pelo uso das<br />

mesmas técnicas, contudo, integrar não significa incluir a<br />

todos.<br />

a) A era da informação e da revolução científica prioriza a<br />

qualificação da mão de obra e a incorporação de novas<br />

habilidades, reconhecendo a diferença existente entre ricos<br />

e pobres.<br />

b) A velocidade da informação é o benefício apresentado<br />

pela internet para a globalização, pois reduz o espaço<br />

mundial a um espaço virtual, sem a necessidade de integrar<br />

a todos os internautas.<br />

c) A internacionalização da rede e a incorporação de<br />

centenas de milhões de usuários por todo o planeta<br />

excluem as diferenças culturais e econômicas devido à<br />

mundialização dos padrões de consumo.<br />

d) A internet dinamizou e tornou imediatas transações e<br />

negociações em escala mundial, evitando a exclusão digital<br />

pelas parcerias com empresas e investimentos em<br />

inovações tecnológicas.<br />

e) Ao mesmo tempo em que a internet facilita o processo<br />

de integração econômica global, é também responsável<br />

pela chamada exclusão digital, pois acentua a distância<br />

entre os usuários e aqueles que já viviam em situação de<br />

marginalidade econômica e social.<br />

218 - Com base nos seus conhecimentos e com o auxílio<br />

do texto apresentado na questão anterior, assinale com V<br />

ou com F as proposições, conforme sejam respectivamente<br />

verdadeiras ou falsas em relação à atual globalização do<br />

capitalismo.<br />

( ) O progresso técnico e o acesso indiscriminado de todos<br />

os povos e classes sociais aos computadores e à Internet<br />

fazem com que o mundo se apresente sem fronteiras entre<br />

povos e nações, havendo hoje uma só realidade para todos.<br />

( ) A cultura é um elemento diferenciador entre os povos,<br />

o que não permite a completa homogeneização do espaço<br />

num mundo globalizado pela informação instantânea e<br />

planetária.<br />

( ) A relação tempo cronológico/ distância é<br />

redimensionada com o meio técnico-científicoinformacional,<br />

já que pessoas, objetos e informações<br />

circulam com uma rapidez até então inimagináveis.<br />

( ) Os modernos sistemas de comunicações tornaram<br />

possível a instantaneidade da informação e com isso o<br />

conhecimento dos eventos longínquos, o que faz com que<br />

todos os lugares se tornem espaços da globalização.<br />

A sequência correta das assertivas é<br />

139


a) V V V V<br />

b) F F V F<br />

c) F V V V<br />

d) V F V V<br />

e) V V V F<br />

[...] Que leve meu e-mail até Calcutá<br />

Depois de um hot-link<br />

Juntar via Internet<br />

Num site de Helsinque [...]<br />

Eu quero entrar na rede<br />

Promover um debate [...]<br />

219 - O esboço esquemático, apresentado a seguir, é<br />

característico das sociedades:<br />

[...] Um haker mafioso acaba de soltar<br />

Um vírus pra atacar programas no Japão<br />

Eu quero entrar na rede pra conectar<br />

Os lares do Nepal, os bares do Gabão<br />

Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular<br />

Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar<br />

(grifos nossos)<br />

( 1 Oriki palavra da língua Yorùbá, que tem vários<br />

significados, um deles pode-se traduzir como literatura ou<br />

textos para a língua portuguesa.<br />

(http://pt.wikipedia.org))<br />

a) socialistas.<br />

b) fordistas.<br />

c) informacionais.<br />

d) comunistas.<br />

e) monárquicas.<br />

220 - Pela Internet (Gilberto Gil)<br />

In: CD Quanta. Gilberto Gil. Warner Music Brasil Ltda,<br />

1997, faixa 11. CD 1.<br />

Criar meu web sit<br />

Fazer minha home-page<br />

Com quantos gigabytes<br />

Um barco que veleje<br />

Que veleje nesse informar<br />

Que aproveite a vazante da infomaré<br />

Que leve um oriki 1 do meu velho orixá<br />

Ao porto de um disquete de um micro em Taipe<br />

A partir dos fragmentos da letra da música, é possível<br />

perceber as transformações que o meio técnico-científicoinformacional<br />

introduz na sociedade contemporânea, tais<br />

como:<br />

I - A necessidade do domínio de um vocabulário específico<br />

e universal para se ter acesso ao sistema informacional e<br />

dele poder participar.<br />

II - A permanente necessidade de atualização a partir da<br />

rapidez das transformações e da constante obsolescência<br />

dos objetos que são lançados no mercado.<br />

III - O surgimento dos crimes virtuais e de novas formas de<br />

arbitrariedades só possíveis com o advento dessas novas<br />

tecnologias.<br />

IV - O conhecimento do mundo ocorrendo em tempo real<br />

e simultâneo, o que permite não só a globalização<br />

econômica mais também cultural.<br />

Estão corretas as proposições<br />

a) I, II, III e IV.<br />

b) I e III, apenas.<br />

c) I, II e III, apenas.<br />

d) II, III e IV, apenas.<br />

e) I, II e IV, apenas.<br />

140


VESTIBULARES ANTERIORES<br />

221 -<br />

na transmissão de sinais de TV e em telefonia a grandes<br />

distâncias.<br />

e) As tecnologias da informação e da comunicação<br />

possibilitam a implantação de um capitalismo global, em<br />

que é possível produzir e distribuir informações e produtos<br />

para diferentes pontos do planeta em tempo real.<br />

O mapa acima representa as áreas de cobertura dos satélites<br />

utilizados pela CNN, uma das principais redes mundiais de<br />

comunicação. Com auxílio do mapa, é possível afirmar que<br />

as grandes redes de comunicação<br />

a) têm como principal meta a divulgação das diferentes<br />

perspectivas de compreensão acerca de distintos problemas<br />

mundiais.<br />

b) mantêm independência entre o conteúdo da informação<br />

e os interesses geopolíticos dos principais governos do<br />

mundo.<br />

c) contribuem para a criação de uma cultura mundial,<br />

desenvolvendo padronização da percepção de conjunturas<br />

internacionais.<br />

d) favorecem a criação de um mercado mundial,<br />

permitindo intercâmbio paritário entre culturas.<br />

e) foram implantadas para se obter livre acesso à<br />

informação, resolvendo o problema do isolamento<br />

cultural.<br />

222 - Sobre as comunicações e sobre o fluxo de<br />

informações no espaço geográfico mundial, assinale-a<br />

alternativa incorreta.<br />

a) Na atualidade, os fluxos de comunicação e de<br />

informação se dão em rede e atingem, independentemente<br />

da infraestrutura existente, todos os lugares do mundo.<br />

b) Quando se assiste a um programa "via satélite", o sinal<br />

é emitido da estação geradora, por meio de uma antena<br />

parabólica, em direção ao satélite, de onde é retransmitido<br />

de volta à Terra, sendo recebido por outra antena.<br />

c) Embora o lançamento de satélites artificiais utilizados<br />

nas comunicações seja uma conquista<br />

da tecnologia moderna, as ideias básicas da física<br />

referentes a esse problema já tinham sido analisadas por<br />

Newton (1642-1727).<br />

d) Os satélites geoestacionários, uma das muitas<br />

tecnologias da informação, são hoje amplamente utilizados<br />

223 - “A penetração intensa da televisão no Brasil está<br />

inscrita na paisagem urbana e rural, nas páginas de revista,<br />

na profusão de aparelhos nos interiores das casas, nas<br />

mansões de alto luxo, nos barracos das favelas das cidades<br />

grandes, nas casas modestas e nas praças públicas de<br />

cidades pequenas. Os recordes nas vendas de televisores se<br />

explicam pela presença de diversos aparelhos por<br />

domicílio, cuidadosamente dispostos em vários cômodos<br />

das residências, às vezes em meio a altares domésticos. ”<br />

(HAMBURGER, Esther. Diluindo fronteiras: a televisão e as novelas no cotidiano.<br />

In: SCHAWRCZ, Lilia Moritz (Org.) História da vida privada no Brasil: contrastes<br />

da intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 440.)<br />

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação da<br />

televisão com a sociedade moderna,<br />

Considere as afirmativas a seguir.<br />

I. A penetração intensa da televisão no Brasil rompeu as<br />

fronteiras das diferenças sociais e gerou uma sociedade<br />

livre da exclusão social.<br />

II. O ato alienado de assistir à televisão promove uma falsa<br />

ideia de inclusão social e de equidade entre as etnias.<br />

III. A difusão do sistema de TV por assinatura é expressão<br />

do apartheid social, pois permite a poucos o acesso a<br />

informações sobre outras culturas.<br />

IV. Nas sociedades capitalistas, a televisão incita ao<br />

consumismo devido a sua forma de atração e seu poder de<br />

penetração junto às diversas classes sociais.<br />

Estão corretas apenas as afirmativas:<br />

a) I e II.<br />

b) I e IV.<br />

c) II e III.<br />

d) I, III e IV.<br />

e) II, III e IV.<br />

141


224 - “A penetração intensa da televisão no Brasil está<br />

inscrita na paisagem urbana e rural, nas páginas de revista,<br />

na profusão de aparelhos nos interiores das casas, nas<br />

mansões de alto luxo, nos barracos das favelas das cidades<br />

grandes, nas casas modestas e nas praças públicas de<br />

cidades pequenas. Os recordes nas vendas de televisores se<br />

explicam pela presença de diversos aparelhos por<br />

domicílio, cuidadosamente dispostos em vários cômodos<br />

das residências, às vezes em meio a altares domésticos. ”<br />

225 - Observe o quadro a seguir:<br />

(HAMBURGER, Esther. Diluindo fronteiras: a televisão e as novelas no cotidiano.<br />

In: SCHAWRCZ, Lilia Moritz (Org.) História da vida privada no Brasil: contrastes<br />

da intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 440.)<br />

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação da<br />

televisão com a sociedade moderna, considere as<br />

afirmativas a seguir.<br />

I. A penetração intensa da televisão no Brasil rompeu as<br />

fronteiras das diferenças sociais e gerou uma sociedade<br />

livre da exclusão social.<br />

II. O ato alienado de assistir à televisão promove uma falsa<br />

ideia de inclusão social e de equidade entre as etnias.<br />

III. A difusão do sistema de TV por assinatura é expressão<br />

do apartheid social, pois permite a poucos o acesso a<br />

informações sobre outras culturas.<br />

IV. Nas sociedades capitalistas, a televisão incita ao<br />

consumismo devido a sua forma de atração e seu poder de<br />

penetração junto às diversas classes sociais.<br />

Estão corretas apenas as afirmativas:<br />

a) I e II.<br />

b) I e IV.<br />

c) II e III.<br />

d) I, III e IV.<br />

e) II, III e IV.<br />

Fonte: "Internacional Communications Union" (conforme Magnoli, D e outros<br />

Visões do Mundo 2 - Moderna, São Paulo, 2002.)<br />

O avanço tecnológico e do papel representado pelas<br />

telecomunicações são marcas significativas da "Era da<br />

Globalização". A respeito dessa relação, confira as<br />

seguintes afirmações:<br />

I. O mundo globalizado, sobretudo após 1990, tem<br />

diminuído as diferenças entre países desenvolvidos e<br />

países subdesenvolvidos, no que se refere a sua<br />

importância econômica, ao desenvolvimento das pesquisas<br />

e da tecnologia de ponta e a qualidade de vida de suas<br />

populações.<br />

II. Muitas das grandes empresas de telefonia cresceram<br />

ainda mais nesse período da globalização (após 1990),<br />

devido aos processos de privatização que ocorreram na<br />

América Latina e em outras regiões do mundo, bem como<br />

pelas fusões de empresas e de seus capitais.<br />

III. As maiores empresas globais do setor de telefonia têm<br />

a sua origem nos países desenvolvidos e integrantes do G8<br />

- o grupo dos oito mais ricos países do mundo.<br />

IV. A velocidade com que circulam as informações, as<br />

conexões e dependências entre as bolsas de valores e o<br />

acirramento da concorrência entre as empresas, algumas<br />

das características da globalização, estão diretamente<br />

relacionadas à revolução dos meios de comunicação.<br />

Estão corretas:<br />

a) I, II e IV<br />

b) I e III<br />

c) apenas I e II<br />

d) II, III e IV<br />

e) apenas II e IV<br />

142


POPULAÇÃO<br />

população absoluta, que corresponde ao número total de<br />

habitantes de um determinado lugar (município, estado,<br />

país, continente ou no mundo); e população relativa, que<br />

corresponde à densidade demográfica, que é resultado do<br />

total de habitantes dividido pela área territorial.<br />

Exemplo: O Japão possui uma área de 372.812 Km2 e uma<br />

população de 127,9 milhões de habitantes.<br />

D= nº de habitantes área D= 127,9 milhões de<br />

habitantes 372.812 km2<br />

D= 341 habitantes por cada quilômetro quadrado.<br />

Países com elevado número de população absoluta são<br />

considerados populosos, no entanto, se analisarmos o<br />

número de habitantes por quilômetro quadrado e se esse<br />

resultar em números baixos, o país é denominado de<br />

restritamente ou intensamente povoado.<br />

Outro fator analisado no estudo da população é quanto às<br />

taxas de natalidade ou percentual de nascimentos.<br />

CRESCIMENTO POPULACIONAL AO<br />

LONGO DA HISTORIA<br />

1 DC 250 milhões de habitantes<br />

1650 500 milhões de habitantes<br />

1850 1 bilhão de habitantes<br />

1950 2,5 bilhões de habitantes<br />

2000 6,4 bilhões de habitantes<br />

2015 7,1 bilhões de habitantes<br />

A população pode ser classificada em:<br />

Populosos: número de habitantes, população absoluta;<br />

Povoado: número de habitantes, densidade, população<br />

relativa.<br />

Crescimento Vegetativo: nascimentos - mortalidades.<br />

Conceitos demográficos são importantes no estudo da<br />

população.<br />

Entender a configuração de uma população é algo<br />

necessário em virtude de diversos aspectos, por isso ao<br />

realizar estudos sobre esse tema é preciso considerar os<br />

conceitos demográficos que são informações temáticas que<br />

servem para observar as carências em determinados<br />

seguimentos sociais. Desse modo, a população pode ser:<br />

- A Taxa de natalidade é calculada através da divisão entre<br />

o número de nascidos vivos pelo número da população<br />

absoluta ou total.<br />

Exemplo: Taxa de natalidade = número de nascidos vivos<br />

população absoluta.<br />

- Taxa de mortalidade é resultado da divisão entre o número<br />

de óbitos e a população absoluta.<br />

Exemplo: Taxa de mortalidade = número de óbitos<br />

população absoluta<br />

- Taxa de fecundidade corresponde às estimativas em<br />

relação ao número de filhos que uma mulher pode ter ao<br />

longo do período de fertilidade, entre as idades de 15 e 49<br />

anos. Esse processo é interessante para saber a quantidade<br />

de filhos ou média do mesmo para cada mulher.<br />

Crescimento populacional representa o crescimento<br />

vegetativo que é calculado a partir da subtração entre o<br />

número de nascidos em um ano pelo número de óbitos no<br />

mesmo período. Desse modo, se uma cidade possui 1.000<br />

habitantes e em um ano houver 30 nascimentos e 13<br />

falecimentos, o cálculo é feito da seguinte forma:<br />

Crescimento vegetativo = 30 nascidos<br />

13 mortos<br />

Crescimento vegetativo = 17<br />

A partir desse resultado fica claro que houve crescimento,<br />

pois esse foi positivo.<br />

O crescimento populacional não se baseia somente no<br />

número de nascimentos e de falecimentos, é preciso levar<br />

143


em consideração a taxa de migração, pois há um grande<br />

fluxo migratório (pessoas saem do país enquanto outras<br />

entram), essa variação corresponde à taxa citada a cima, ou<br />

seja, a diferença entre imigrantes e emigrantes.<br />

Por Eduardo de Freitas Graduado em <strong>Geografia</strong> - Equipe<br />

Brasil Escola<br />

Teorias Demográficas<br />

o índice de crescimento populacional tenderia a seguir um<br />

ritmo de progressão geométrica, a produção de alimentos<br />

cresceria segundo uma progressão aritmética. Assim, a<br />

população tenderia a crescer além dos limites de sua<br />

sobrevivência, e disso resultaria a fome e a miséria.<br />

Diante dessa constatação e para evitar uma catástrofe,<br />

Malthus propôs uma “restrição moral” aos nascimentos, o<br />

que significaria: proibir o casamento entre pessoas muitos<br />

jovens; limitar o número de filhos entre as populações mais<br />

pobres; elevar o preço das mercadorias e reduzir os<br />

salários, a fim de pressionar os mais pobres; elevar o preço<br />

das mercadorias e reduzir os salários, a fim de pressionar<br />

os mais humildes a ter uma prole numerosa.<br />

Ao lançar suas ideias, Malthus desconsiderou as<br />

possibilidades de aumento da produção agrícola como o<br />

avanço tecnológico. Aos poucos esta teoria foi caindo em<br />

descrédito de desmentida pela própria realidade.<br />

Teoria Malthusiana<br />

Bases da Teoria de Malthus:<br />

- O individuo só deveria casar se para isso não tivesse que<br />

diminuir seu padrão de vida; - O individuo só deveria ter o<br />

número de filhos que pudesse sustentar sem o auxilio do<br />

Estado; - Após conceber os filhos sustentáveis deveria<br />

praticar abstinência; - Malthus era pastor protestante e<br />

defendia o princípio bíblico da não utilização de<br />

anticonceptivos.<br />

Neomalthusianos (a partir de 1950. Explosão<br />

demográfica - planejamento familiar).<br />

A segunda aceleração do crescimento populacional<br />

ocorreu a partir de 1950, particularmente nos países<br />

subdesenvolvidos.<br />

144<br />

Malthus afirmava que população cresceria em progressão<br />

geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64...) enquanto a produção<br />

de os alimentos em progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6,<br />

7...).<br />

Para Malthus a pobreza era gerada a partir do crescimento<br />

demográfico.<br />

Nos países que se industrializaram, a produção de<br />

alimentos aumentou e a população que migrava do campo<br />

encontrava na cidade uma situação socioeconômica e<br />

sanitária muito melhor. Assim, a mortalidade se reduziu e


Esse período, imediatamente posterior à Segunda Guerra<br />

Mundial, foi marcado pelo surgimento de novos países<br />

independentes africanos e asiáticos e por grandes<br />

conquistas na área da saúde, como a produção de<br />

antibióticos e de vacinas contra uma série de doenças. Os<br />

remédios se tornaram mais acessíveis e baratos. Esse<br />

processo denominado revolução médico sanitária, inclui<br />

também a ampliação dos serviços médicos, as campanhas<br />

de vacinação, a implantação de postos de saúde publica em<br />

zonas urbanas e rurais e a ampliação das condições de<br />

higiene social. Estes fatores resultariam num grande<br />

crescimento demográfico, que atingiu seu apogeu na<br />

década de 1960 e ficou conhecido como explosão<br />

demográfica.<br />

Para os Neomalthusianos, uma população numerosa seria<br />

um obstáculo ao desenvolvimento e levaria ao esgotamento<br />

dos recursos naturais, ao desemprego e à pobreza. Enfim<br />

ao caos social. A desordem social poderia levar os países<br />

subdesenvolvidos a se alinhar com os países socialistas,<br />

que se expandiam naquele momento. Para evitar o risco<br />

propunham a adoção de políticas de controle de natalidade,<br />

que se popularizavam com a denominação de planejamento<br />

familiar.<br />

Teoria reformista ou marxista<br />

Sobrevivência do capitalismo exige um excesso relativo<br />

de população.<br />

como a principal causa do acelerado crescimento<br />

populacional. Assim defendem a necessidade de reformas<br />

sócioeconômicas que permitam a melhoria do padrão de<br />

vida da população mais pobre.<br />

Marxistas ou reformistas – A questão está na má<br />

distribuição de renda.<br />

A transição demográfica Em oposição às teorias descritas<br />

anteriormente, para as quais o mundo vive um processo de<br />

explosão demográfica, tem sido cada vez mais aceita a<br />

teoria da transição demográfica. Formulada em 1929,<br />

defende que o crescimento populacional tende a se<br />

equilibrar no mundo, com a diminuição das taxas de<br />

natalidade e mortalidade.<br />

Esse processo se daria em três distintas fases:<br />

- Primeira Fase ou Pré-Industrial: Caracterizada pelo<br />

equilíbrio demográfico e por baixos índices de crescimento<br />

vegetativo, apoiados em elevadas taxas de natalidade e<br />

mortalidade. Nascem muitos, mas morrem muitos. A<br />

elevada mortalidade era decorrente principalmente das<br />

precárias condições higiênico- sanitárias, das epidemias,<br />

das guerras, fome, etc. - Segunda Fase ou transicional:<br />

Num primeiro momento a redução da mortalidade com o<br />

fim das epidemias e os avanços médicos (decorrentes da<br />

Revolução Industrial), porém a natalidade ainda sem<br />

mantém elevada, ocasionando um grande crescimento<br />

populacional; num segundo momento, a natalidade começa<br />

a cair, reduzindo-se então o crescimento populacional. -<br />

Terceira Fase ou Evoluída: A transição demográfica se<br />

completa, com a retomada do equilíbrio demográfico,<br />

agora apoiado em baixas taxas de natalidade e mortalidade.<br />

Atualmente estão nessa fase os paises desenvolvidos, a<br />

maior parte dos quais apresenta taxas de crescimento<br />

inferiores a 1% e até negativa. Paises cujo crescimento<br />

vegetativo se encontra estagnado.<br />

Seguidores do filósofo socialista Karl Marx, os teóricos<br />

desse pensamento afirmam que a causa da superpopulação<br />

é o modo de produção capitalista e que a sobrevivência do<br />

capitalismo, como sistema, exige um excesso relativo da<br />

população. Em outras palavras, ao contrario dos<br />

neomalthusianos, os reformistas consideram a miséria<br />

145


146<br />

MIGRAÇÕES POPULACIONAIS<br />

As migrações populacionais remontam aos tempos pré –<br />

históricos. O homem parece estar constantemente à procura<br />

de novos horizontes. No passado, milhões e milhões de<br />

europeus e asiáticos migraram para todas as partes do<br />

mundo, conquistando e povoando continentes como a<br />

América, a Oceania e a África.<br />

Ultimamente, tem–se verificado a migração espontânea de<br />

milhões de pessoas de quase todas as partes do mundo em<br />

direção à Europa e até mesmo à Ásia, entre as quais<br />

grandes números de descendentes aos países de origem dos<br />

seus antepassados.<br />

Milhares de brasileiros argentinos migraram nos últimos<br />

anos, em decorrência da crise econômica que seus países<br />

atravessam, sobretudo em direção à Europa e à América do<br />

Norte.<br />

As razões que explicam as migrações são inúmeras<br />

(político – ideológicas, étnico – raciais, profissionais,<br />

econômicos, catástrofes naturais etc.), embora razões<br />

econômicas sejam predominantes. A grande maioria das<br />

pessoas migra em busca de melhores condições de vida.<br />

Todo ato migratório apresenta causas repulsivas(o<br />

indivíduo é forçado a migrar) e/ou atrativas ( o indivíduo é<br />

atraído por determinado lugar ou país).<br />

Até antes da Segunda Guerra Mundial, as principais áreas<br />

de repulsão populacional eram a Europa e a Ásia (fome,<br />

guerra, epidemias, perseguições políticas e religiosas), e as<br />

principais de atração eram a América e a Oceania<br />

(colonização, crescimento econômico, possibilidade de<br />

enriquecimento etc.).<br />

Entretanto, devido à enorme prosperidade do Japão e da<br />

Europa no período pós – Guerra , essas áreas tornam – se<br />

importantes focos de atração populacional, além, é claro,<br />

dos EUA, que sempre foram e continuam sendo um pólo<br />

atrativo.<br />

Além das migrações externas que implicam a<br />

movimentação de milhões de pessoas anualmente, há<br />

também as não menos importantes migrações internas,<br />

movimentos populacionais de variados tipos que se<br />

processam no interior dos diferentes países de todo o<br />

mundo.<br />

Dentre as diversas migrações internas, temos:<br />

Êxodo rural: Deslocamento de pessoas do meio rural para<br />

o meio urbano. Ocorre principalmente nos países<br />

subdesenvolvidos e sobretudo naqueles que experimentam<br />

um processo rápido de industrialização.<br />

Transumância: Migração periódica (sazonal) e reversível<br />

(ida e volta) determinada pelo clima.<br />

Migração Interna – Deslocamento feito dentro de um<br />

mesmo país. O indivíduo que realiza este movimento é<br />

conhecido como migrante. Migração Externa –<br />

Deslocamento feito entre os países. Ao sair o indivíduo é<br />

conhecido como emigrante, ao entrar ele será conhecido<br />

como imigrante. Migração diversas: Entre zonas rurais,<br />

entre áreas urbanas, migrações em direção às áreas de<br />

descobertas de minerais, migração de fim de semana e<br />

outras mais.<br />

Movimentos populacionais<br />

Causas: políticas (perseguições), sociais (questões raciais<br />

e étnicas), religiosas (perseguições), naturais e econômicas<br />

Tipos: Internas (quando ocorrem em um mesmo país) e<br />

Externas ou Internacionais (quando ocorrem de um país<br />

para outro)<br />

Migrações Internas<br />

Diárias ou perpendiculares à migração diária feita da<br />

periferia para o centro das metrópoles Transumância à<br />

Migração sazonal, na Europa, Ásia e África pode ser<br />

representado pelos pastores que se mudam no inverno para<br />

as planícies e no verão para as montanhas. No Brasil é<br />

representado pelos nordestinos que fogem do Agreste para<br />

a zona da Mata<br />

O grande Êxodo rural acarretou o crescimento caótico da<br />

cidade, desemprego, subemprego, favelas e etc.<br />

Migrações Externas<br />

Imigração à do séc. XVI ao XIX, predominou a imigração<br />

de negros (escravos), logo após, predomina a imigração<br />

branca europeia, e início do século XX, a imigração de<br />

Japoneses.<br />

Localização:<br />

Alemães à Vale do Itajaí (SC) e Canela, Gramado, Novo<br />

Hamburgo e São Leopoldo (RS) Eslavosà Ponta Grossa<br />

(PR) Italianos à (1ª fase) encosta do planalto gaúcho<br />

(Garibaldi, Farroupilha, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, e<br />

Flores da Cunha) e o Vale do Tubarão (SC) (2ª fase) São<br />

Paulo Japoneses à São Paulo, norte do Paraná e Amazônia


A crise econômica brasileira levou mais de 1000000 de<br />

brasileiros a migrar para os EUA, Japão e Europa, outros<br />

atravessaram as fronteiras próximas: Paraguai, Uruguai,<br />

Bolívia, Peru, Guiana Francesa e Venezuela<br />

Urbanização<br />

Nos países desenvolvidos:<br />

Com o desemprego, poluição, criminalidade,<br />

deterioração dos centros históricos, tensões sociais,<br />

conflitos raciais e os grandes congestionamentos, as<br />

pessoas acabaram se mudando para os subúrbios, onde<br />

encontram mais moradias e mais tranqüilidade.<br />

Movimentos da População Brasileira<br />

Brasileiros em fuga A via mexicana tem sido a alternativa<br />

dos imigrantes que desistiram de obter o visto americano<br />

ou não tiveram coragem de recorrer a falsificações. Para<br />

chegar lá, o viajante pode contratar os serviços dos<br />

traficantes de gente ainda no Brasil ou ir por conta própria.<br />

Somando-se gastos com passagem aérea, transporte até a<br />

fronteira, hospedagem e alimentação, os custos da aventura<br />

podem chegar aos 10 mil reais.<br />

Quem está indo embora<br />

Até o fim da década de 1970, os movimentos populacionais<br />

no Brasil se caracterizaram pela grande mobilidade<br />

populacional dentro do próprio país e pelo recebimento de<br />

imigrantes europeus e asiáticos nos séculos XIX e XX.<br />

No início da década de 1980, conhecida como "década<br />

perdida", o baixo crescimento econômico fez o Brasil<br />

conhecer um processo novo em sua dinâmica populacional<br />

- a emigração de brasileiros, principalmente para os<br />

Estados Unidos, Japão, Europa e América Latina. Antes<br />

disso, o país tinha conhecido as "migrações forçadas", por<br />

motivos políticos, principalmente nas ditaduras de Getúlio<br />

Vargas (1930-1945) e do regime militar (1964-1985). Na<br />

"década perdida", as altas taxas de inflação, de desemprego<br />

e a busca de melhores perspectivas de vida foram os<br />

principais motivos que levaram a uma evasão de brasileiros<br />

para outras partes do mundo.<br />

Depois de alguns anos de estabilidade do plano real, essas<br />

saídas diminuíram um pouco, mas foram retomadas após a<br />

desvalorização da moeda em 1999. Infelizmente, esses<br />

movimentos envolvem aspectos preocupantes, como o<br />

tráfico de imigrantes (veja a notícia acima) e o tráfico de<br />

mulheres, que, seduzidas com promessas de altos salários,<br />

acabam envolvidas em redes de prostituição.<br />

As estatísticas sobre brasileiros no exterior são que<br />

trabalham e vivem irregularmente em outros países.<br />

Estima-se que aproximadamente 2 milhões de brasileiros<br />

vivam no exterior.<br />

Nos estados da Flórida, Nova York e Massachusetts<br />

(Estados Unidos) e nas cidades de Nagoya, Shizuoka e<br />

Guma (Japão), há milhares de brasileiros trabalhando,<br />

estudando ou mesmo residindo em caráter definitivo.<br />

Quem veio para ficar<br />

O Brasil foi o quarto país a receber pessoas de outros países<br />

na América, ficando atrás dos Estados Unidos, da<br />

Argentina e do Canadá. O marco do início da imigração em<br />

nosso país foi o decreto assinado em 1808 por Dom João<br />

VI, que permitia a posse de terras por estrangeiros. A partir<br />

daí, grandes contingentes de portugueses, italianos,<br />

alemães, espanhóis, eslavos e japoneses, entre outros,<br />

procuraram o Brasil como nova pátria.<br />

O fim da escravidão, o apogeu da economia cafeeira e a<br />

imigração estrangeira.<br />

Foi durante a segunda metade do século XIX e o início do<br />

século XX (1850-1930) que o Brasil recebeu o maior<br />

número de imigrantes. A Inglaterra proibira o tráfico<br />

negreiro em 1850, e o Brasil era uma nação essencialmente<br />

agrícola, totalmente dependente de mão-de-obra escrava.<br />

Isso ocorreu exatamente quando a cultura cafeeira já fizera<br />

a riqueza do Vale do Paraíba (Rio de Janeiro e São<br />

Paulo).Após a Abolição da Escravatura, decretada cm 13<br />

de maio de 1888, fazendeiros que iniciavam a expansão<br />

dessa cultura em outras regiões no estado de São Paulo<br />

estimularam a vinda de imigrantes, principalmente colonos<br />

italianos, para substituir a mão-de-obra escrava.<br />

Outros fatores, como as crises econômicas na Europa,<br />

nessa mesma época, e a possibilidade de ascensão social na<br />

América, também motivaram essas grandes correntes<br />

migratórias ao Brasil.<br />

Podemos traçar um perfil geral desses imigrantes. Eram em<br />

sua maioria jovens, pobres, do sexo masculino, em idade<br />

produtiva e com habilidades técnicas e manuais que<br />

desenvolveram ao trabalhar nas lavouras de seus<br />

respectivos países. Alguns traziam também a mentalidade<br />

empresarial, uma vez que vinham de potências<br />

147


148<br />

industrializadas, o que foi fundamental, alguns anos<br />

depois, para as primeiras experiências realizadas nesse<br />

setor em nosso país.<br />

Quem veio para o Sul<br />

Após a iniciativa pioneira, em 1824, em São Leopoldo<br />

(RS), muitos outros imigrantes alemães dirigiram-se para a<br />

Região Sul. Em 1850 e 1851 fundaram importantes<br />

colônias no estado de Santa Catarina, como a que deu<br />

origem a Blumenau, hoje importante centro industrial e<br />

comercial. A outra foi a colônia D. Francisca, a atua!<br />

progressista cidade de Joinville.<br />

Erechim e Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, e<br />

Brusque, em Santa Catarina, também surgiram da<br />

colonização alemã. Os italianos se estabeleceram na região<br />

de Garibaidi, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, no<br />

Rio Grande do Sul, onde se dedicaram ao cultivo da uva e<br />

à fabricação do vinho. Também se estabeleceram em Santa<br />

Catarina, nas cidades de Orleans, Nova Veneza, Urussanga<br />

e Criciúma.<br />

O Paraná recebeu, principalmente, povos eslavos (russos,<br />

ucranianos e poloneses), que se fixaram em Rio Negro, Ivaí<br />

e arredores de Curitiba.<br />

A colonização estrangeira no Sul fundamentou-se na<br />

pequena propriedade, na policultura e na mão-de-obra<br />

familiar.<br />

Quem veio para o Sudeste<br />

Sem dúvida, a lavoura cafeeira carente de mão-de-obra foi<br />

a maior responsável pela vinda de imigrantes estrangeiros<br />

para a região. Entretanto atividades urbanas, como o<br />

comércio e outros cultivos agrícolas, foram implantadas<br />

por esses grupos, nos estados do Sudeste. Podemos dizer<br />

que cada nacionalidade teve uma característica diferente<br />

quanto à ocupação escolhida.<br />

Os italianos, nos primeiros anos, dedicaram-se às lavouras<br />

cafeeiras do estado de São Paulo, que recebeu o maior<br />

número deles. Cidades como Tietê, Orlândia, Ribeirão<br />

Preto, Araraquara guardam até hoje, em sua população,<br />

descendentes de imigrantes italianos. No Espírito Santo,<br />

fixaram-se na região da cidade de Colatina.<br />

Os espanhóis, sírio-libaneses e portugueses exerceram<br />

atividades tipicamente urbanas, como o comércio.<br />

No período 1890 a 1930, os portugueses formaram o grupo<br />

mais numeroso de imigrantes que chegaram ao Brasil, pois<br />

não sofreram as restrições impostas aos demais grupos. Os<br />

estados de São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente,<br />

receberam o maior número deles, que também se<br />

encontram espalhados por todo o Brasil.<br />

Belém, Florianópolis, entre outras, têm importantes<br />

comunidades portuguesas.<br />

A chegada dos japoneses<br />

A partir de 1908, vieram os japoneses que se fixaram nos<br />

estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Pará.<br />

Em São Paulo, dedicaram-se a variadas atividades<br />

agrícolas, em regiões diferentes;<br />

- Vale do Paraíba: cultivo do arroz.<br />

-Vale do Rio Ribeira do Iguape: cultivo do chá e da banana.<br />

- Alta Paulista e Alta Sorocabana: criação do bicho da seda<br />

e avicultura.<br />

- Cinturões verdes (Grande São Paulo e arredores):<br />

atividades hortifrutigranjeiras. Também estabeleceram-se<br />

em outros estados:<br />

- Paraná: agricultura (café, soja) e criação do bicho-daseda.<br />

- Mato Grosso: agricultura.<br />

- Pará: cultivo de pimenta-do-reino e juta. Na década de<br />

1930, a vinda de imigrantes para o Brasil começou a<br />

diminuir sensivelmente. Isso foi causado por um conjunto<br />

de fatores, dentre os quais podemos citar:<br />

- O não cumprimento das promessas feitas pelos<br />

agenciadores desses imigrantes que não encontravam aqui<br />

o que lhes era prometido, como terra própria para cultivar.<br />

- A queda da Bolsa de Valores de Nova York em 1929, que<br />

causou instabilidade econômica mundial c a queda do<br />

preço do café, principal fonte de divisas para o Brasil.<br />

- A instabilidade política motivada pela Revolução de<br />

1930, quando Vargas tomou o poder.<br />

- A Lei de Cotas da Imigração, instituída em 1934 no<br />

governo Vargas. Ficou estabelecido pelas Constituições de<br />

1934 e reiterado na Constituição de 1937 um limite de 2%<br />

do total de novos imigrantes que poderiam vir para o Brasil<br />

a cada ano, segundo a nacionalidade. Esses 2% eram<br />

calculados sobre o total de imigrantes que haviam<br />

entrado nos últimos cinquenta anos.<br />

Os portugueses eram a única exceção à Lei de Cotas da<br />

Imigração. Outras restrições juntaram-se à Lei de Cotas,


como a de obrigar que 80% dos novos imigrantes fossem<br />

agricultores.<br />

- Durante e após a Segunda Guerra Mundial (1939 -1945),<br />

a emigração diminuiu. Com a reestruturação econômica do<br />

pós-guerra, as migrações europeias passaram a ser<br />

predominantemente internas (dos países mais pobres para<br />

os países mais ricos e industrializados) e menos<br />

intercontinentais (da Europa para a América, por exemplo).<br />

- O golpe militar de 1964, período de instabilidade política<br />

e social no país.<br />

- O aumento da dívida externa e a repressão política, que<br />

desestimularam as migrações internacionais.<br />

Quem mudou de estado ou região<br />

A mobilidade interna do povo brasileiro sempre esteve<br />

ligada ao processo de povoamento do nosso enorme<br />

território, A própria sucessão dos ciclos ou períodos da<br />

economia brasileira, sempre ligados a um determinado<br />

produto ou atividade, favoreceu essa mobilidade, pois as<br />

pessoas são sempre atraídas por fatores, como emprego,<br />

facilidade de obtenção de terras ou enriquecimento rápido.<br />

Décadas de 1960 e 1970 - Salda de nordestinos que<br />

continuaram migrando para o Sudeste, o Centro-Oeste<br />

(Mato Grosso) e o Sul (Paraná). A partir de 1967, com a<br />

criação da Zona Franca de Manaus, ocorreu intensa<br />

migração de nordestinos rumo à Amazônia (principalmente<br />

Manaus). Em grande parte foi uma migração orientada pelo<br />

Governo<br />

Federal.<br />

Décadas de 1970 a 1990 - Migrações de sulistas rumo ao<br />

Centro-Oeste (agropecuária) e de nordestinos rumo à<br />

Amazônia (agropecuária e garimpes). Em consequência, o<br />

Nordeste e o Centro-Oeste foram, respectivamente as<br />

regiões que apresentaram o maior crescimento<br />

populacional do Brasil, nas últimas décadas.<br />

Os movimentos internos da população brasileira<br />

Os números anteriores são impressionantes: éramos 146,8<br />

milhões de habitantes e 53,3 milhões de migrantes em<br />

1991, isto é, quase 40% do total da população. Essa grande<br />

migração interna ou grande mobilidade espacial<br />

populacional é um dos traços marcantes da população<br />

brasileira. As migrações internas no Brasil caracterizam-se<br />

por dois tipos principais; a inter-regional e a inter-regional.<br />

Por esse motivo, podemos verificar que sempre houve uma<br />

coincidência entre os grandes surtos migratórios<br />

internos, a evolução da economia e o processo de<br />

urbanização no Brasil.<br />

Breve histórico das migrações internas no brasil<br />

XVI e XVI l-Saída de nordestinos da Zona da Mata rumo<br />

ao Sertão atraídos pela expansão da pecuária.<br />

XVIII-Saída de nordestinos e paulistas rumo à região<br />

mineradora (Minas Gerais).<br />

XIX-Saída de mineiros rumo ao interior paulista atraídos<br />

pela expansão do café.<br />

XIX-Saída de nordestinos rumo à Amazônia para trabalhar<br />

na extração da borracha.<br />

XX-Década de 1950 - Saída de nordestinos rumo ao<br />

Centro-Oeste (Goiás) para trabalhar na construção de<br />

Brasília, Esse período ficou conhecido como a "Marcha<br />

para o Oeste", e os migrantes foram chamados de<br />

"candangos".<br />

Décadas de 1950 e 1960 - Saída de nordestinos<br />

(principalmente) rumo ao Sudeste, motivada pela<br />

industrialização. As cidades de São Paulo e do Rio de<br />

Janeiro receberam o maior fluxo de imigrantes.<br />

A migração inter-regional<br />

Significa a migração de pessoas dentro de uma mesma<br />

região. Destacamos dois exemplos reiterados pelos<br />

resultados preliminares do Censo 2000:<br />

- A saída de pessoas das pequenas cidades nordestinas<br />

rumo às suas respectivas capitais, onde a possibilidade de<br />

novas oportunidades é maior do que em suas cidades de<br />

origem.<br />

- A saída de pessoas das metrópoles nacionais localizadas<br />

no Sudeste, isto é, São Paulo e Rio de Janeiro, rumo às<br />

cidades médias do próprio Sudeste, em busca de melhor<br />

qualidade de vida (menos violência, áreas de lazer, menor<br />

custo de vida, menor trânsito, ar mais puro, etc.). Novos<br />

polos de desenvolvimento, como Ribeirão Preto,<br />

Campinas, São José dos Campos, São Carlos, São José do<br />

Rio Preto, Uberlândia, Juiz de Fora, Belo Horizonte, têm<br />

atraído esses migrantes. Em outras regiões brasileiras<br />

também ocorre crescimento migratório em direção aos<br />

novos pólios de desenvolvimento, como Londrina e<br />

Curitiba (Paraná), Fortaleza (Ceará), Recife (Pernambuco)<br />

149


150<br />

e Salvador (Bahia).<br />

Um tipo muito comum de migração inter-regional é a<br />

transumância, ou seja, o deslocamento periódico ou<br />

temporário da população motivado por mudanças<br />

climáticas (sazonal) ou econômicas. As pessoas retornam<br />

ao local de origem quando as condições<br />

que motivaram sua saída temporária são resolvidas.<br />

Um exemplo desse tipo de migração ocorre entre os<br />

trabalhadores sem qualificação profissional que residem<br />

entre o Agreste e o Sertão nordestino (os corumbás) e se<br />

deslocam para a Zona da Mata (faixa litorânea) para<br />

realizar o corte da cana. Após a safra, geralmente depois de<br />

alguns meses, retomam aos seus locais de origem.<br />

A migração inter-regional<br />

A migração de pessoas entre as regiões brasileiras foi e<br />

continua sendo a mais típica e a quantitativamente mais<br />

expressiva dentre as transferências populacionais no<br />

interior do nosso país.<br />

Durante meio século de história, a região Nordeste que<br />

nunca recuperou a importância econômica após o declínio<br />

da economia açucareira (nos séculos XVI e XVII),<br />

caracterizou-se como região de expulsão populacional.<br />

Primeiro, para a região Sudeste; depois, para as novas<br />

"fronteiras agrícolas" das regiões Norte e Centro-Oeste. A<br />

região Sudeste, ao contrário, viveu dois momentos<br />

fundamentais para a economia brasileira - a economia<br />

cafeeira e a industrialização - além da descoberta do ouro,<br />

em tempos coloniais. Por esses fatores e por ter abrigado a<br />

capital federal (a cidade do Rio de Janeiro) até o início da<br />

década de 1960, o Sudeste tornou-se o "coração econômico<br />

do país" e, em consequência, a maior região de atração<br />

populacional do Brasil, principalmente até a década de<br />

1980.<br />

Porque sair do campo e ir para as cidades<br />

A saída da população das zonas rurais para as zonas<br />

urbanas - êxodo rural - é o principal movimento<br />

populacional interno brasileiro.<br />

As péssimas condições dos moradores das áreas rurais,<br />

como a alimentação insuficiente, super-exploração da<br />

mão-de-obra, poucas oportunidades de trabalho para os<br />

jovens, secas prolongadas, baixos salários, mecanização de<br />

algumas lavouras e, principalmente, a industrialização que<br />

se acentuou após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945)<br />

constituem as principais causas do intenso êxodo rural<br />

brasileiro.<br />

A vez do Norte e do Centro-Oeste<br />

A partir da década de 1960 ocorreram grandes fluxos<br />

migratórios rumo às regiões Norte e Centro Oeste, que se<br />

refletiram nos expressivos crescimentos populacionais.<br />

Esses significativos crescimentos demográficos tiveram<br />

nas migrações sua causa mais importante. Os principais<br />

contextos históricos que envolveram essas migrações para<br />

as duas regiões anteriormente destacadas foram: a partir da<br />

década de 1970, as migrações internas para o Norte e o<br />

Centro-Oeste foram provocadas pelo Governo Federal. Era<br />

o período militar (1964-1984), quando a ênfase nas grandes<br />

obras ocultava a repressão política interna. Entre essas<br />

grandes obras estavam as construções das rodovias<br />

Transamazônica (região Norte) e Cuiabá-Santarém<br />

(regiões Centro-Oeste e Norte, respectivamente) e um<br />

projeto de colonização que fixaria os novos migrantes em<br />

uma faixa de 10 km ao longo dessas rodovias. Era inclusive<br />

uma maneira de desviar o fluxo migratório do Sudeste, que<br />

já apresentava sinais de saturação.<br />

Posteriormente, projetos agropecuários, de mineração,<br />

tanto do governo brasileiro quanto estrangeiros, e a<br />

possibilidade de enriquecimento através de garimpes,<br />

atraíram milhares de nordestinos e sulistas,<br />

respectivamente, para essas regiões.<br />

Esses intensos fluxos migratórios para essas áreas, que<br />

ficaram conhecidas como novas fronteiras agrícolas, foram<br />

os responsáveis por torná-las as de maior crescimento<br />

populacional no Brasil.<br />

As migrações internas no século XXI<br />

Mais recentemente, a partir das décadas de 1980 e 1990,<br />

novas tendências passaram a contradizer o que antes<br />

parecia imutável, isto é:<br />

- diminuição da migração interna rumo ao Sudeste, como<br />

reflexo do aumento das migrações inter-regionais;<br />

- diminuição da migração interna rumo às duas metrópoles<br />

nacionais: São Paulo e Rio de Janeiro. Verifica-se essa<br />

tendência a partir de uma comparação com outras capitais.<br />

As cidades que apresentaram maior crescimento foram as<br />

que receberam, entre outros fatores, maior fluxo<br />

migratório, como Boa Vista, Curitiba, Porto Velho e outras.<br />

A volta de nordestinos aos seus estados de origem também<br />

foi significativa, e principalmente a busca das capitais da<br />

região, como Fortaleza, Salvador e Recife, começa a mudar<br />

o seu perfil de área de expulsão populacional, embora<br />

paradoxalmente isso não signifique diminuição da pobreza<br />

de sua população.


Exercícios sobre População<br />

226 - Analise o gráfico<br />

A partir dos índices apontados no gráfico e de<br />

conhecimentos sobre os países mais populosos do mundo,<br />

as letras A, B, C, D e E correspondem, respectivamente, a<br />

:<br />

a) Estados Unidos, China, Índia, Indonésia e Brasil.<br />

b) China, Índia, Estados Unidos, Indonésia e Brasil.<br />

c) Brasil, Índia, Estados Unidos, China e Indonésia.<br />

d) China, Índia, Indonésia, Brasil e Estados Unidos.<br />

e) Estados Unidos, Brasil, Índia, China e Indonésia.<br />

227 - Sobre a População Brasileira é correto afirmar.<br />

a) Apresenta alto grau de movimentação interna, sendo o<br />

Centro-Oeste a região de maior repulsão populacional.<br />

b) A taxa de fecundidade da população brasileira vem<br />

aumentando significativamente no país.<br />

c) A maioria da população brasileira está concentrada na<br />

faixa oeste do país, em que podem ser encontradas áreas<br />

com densidades superiores a 100 hab./km2. Já a porção<br />

leste do país é bem menos povoada, com predomínio de<br />

densidades inferiores a 10 hab./km 2 .<br />

d) A partir de meados da década de 1960, a população<br />

urbana passa a ser mais numerosa que a população rural,<br />

em razão da industrialização que se acentua desde o final<br />

da década de 1950, provocando migrações do campo para<br />

a cidade.<br />

e) A população absoluta do Brasil e sua grande extensão<br />

territorial permitem-nos classificar o país como muito<br />

povoado, porém pouco populoso.<br />

228 - Os gráficos abaixo apresentam as expectativas de<br />

vida de homens e de mulheres nascidos nos anos de 1920 a<br />

2000 no Brasil e de 1830 a 1990, na França.<br />

A partir desses gráficos, podemos concluir que a diferença<br />

verificada na expectativa de vida entre os gêneros, na<br />

segunda metade do século XX,<br />

a) foi uma característica dos países mais industrializados,<br />

como a França.<br />

b) diminuiu quando os países se industrializaram, uma vez<br />

que as mulheres passaram a ter mais direitos e<br />

oportunidades.<br />

c) ocorreu apenas em países com altas taxas de<br />

criminalidade entre jovens adultos do sexo masculino,<br />

como o Brasil) aumentou quando a expectativa de vida<br />

alcançou níveis mais altos.<br />

229 - O Brasil em 2020<br />

Será, é claro, um Brasil diferente sob vários aspectos. A<br />

maior parte deles, imprevisível. Uma década é um período<br />

longo o suficiente para derrubar certezas absolutas<br />

(ninguém prediz uma Revolução Francesa, uma queda do<br />

Muro de Berlim ou um ataque às torres gêmeas de Nova<br />

York). Mas é também um período de maturação dos<br />

grandes fenômenos incipientes — dez anos antes da<br />

popularização da internet já era possível imaginar como ela<br />

mudaria o mundo. Da mesma forma, fenômenos<br />

151


detectáveis hoje terão seus efeitos mais fortes a partir de<br />

2020.<br />

David Cohen, Revista Época, 25/05/2009<br />

Com base no enunciado, observe as afirmações abaixo,<br />

assinalando V (verdadeiro) ou F (falso).<br />

( ) A diminuição da fecundidade no Brasil deve-se às<br />

transformações econômicas e sociais que se acentuaram na<br />

primeira metade do século XX devido à intensa<br />

necessidade de mão de obra no campo, inclusive de<br />

mulheres, fato este que elevou o país ao patamar de<br />

agrário-exportador.<br />

( ) Devido à mudança do papel social da mulher do século<br />

XX, ela deixa de viver, exclusivamente, no núcleo familiar,<br />

ingressando no mercado de trabalho e passando a ter acesso<br />

ao planejamento familiar e a métodos contraceptivos. Esses<br />

aspectos, conjugados, explicam a diminuição vertiginosa<br />

das taxas de fecundidade no Brasil.<br />

( ) As quedas nas taxas de natalidade de um país levam, ao<br />

longo do tempo, ao envelhecimento da população<br />

(realidade da maioria dos países desenvolvidos). Neste<br />

sentido, verifica-se uma forte tendência a um mercado de<br />

trabalho menos competitivo e exigente, demandando<br />

menos custos do Estado com os aspectos sociais.<br />

Dessa forma, a sequência correta, de cima para baixo é<br />

Com base nos conhecimentos sobre a dinâmica do<br />

crescimento vegetativo da população no Brasil, ao longo<br />

desses 40 anos, assinale a alternativa correta.<br />

a) A taxa de crescimento anual da população brasileira foi<br />

maior na primeira década do século XXI que nos anos<br />

1970, apesar da estabilização da taxa bruta de mortalidade.<br />

b) A contínua redução da taxa de fecundidade explica a<br />

queda na taxa de crescimento anual da população, apesar<br />

de o número total de habitantes ter mais que dobrado.<br />

c) Nas duas últimas décadas, apesar do aumento das taxas<br />

brutas de natalidade, as taxas anuais de crescimento<br />

vegetativo da população brasileira se estabilizaram devido<br />

ao comportamento do saldo migratório.<br />

d) O crescimento absoluto de aproximadamente 100<br />

milhões de habitantes foi proporcionado pela elevação das<br />

taxas de fecundidade no Brasil ao longo do período.<br />

e) O fato de a população absoluta ter mais que dobrado no<br />

período se deve ao saldo migratório positivo ocasionado<br />

pela absorção de centenas de milhares de imigrantes<br />

italianos e japoneses.<br />

231- Observe os gráficos abaixo:<br />

a) VVV.<br />

b) FVV.<br />

c) VVF.<br />

d) FVF.<br />

e) VFV.<br />

230 - Da Copa de 1970 à Copa de 2010, a população<br />

brasileira passou de 93.139.037 para uma população<br />

estimada em 193.114.840 habitantes (IBGE – Popclock em<br />

23 jun. 2010).<br />

Os gráficos acima dizem respeito às pirâmides etárias<br />

brasileiras organizadas de acordo com os dados divulgados<br />

152


nos censos de 1980 e 2000 realizados pelo IBGE. Na<br />

comparação, observa-se que a base da pirâmide etária da<br />

população brasileira está se tornando cada vez mais estreita<br />

e o ápice mais largo. Verifica-se também que o corpo está<br />

cada vez maior, o que reflete a diminuição das taxas de<br />

crescimento vegetativo, o que provocou uma mudança no<br />

perfil da pirâmide etária brasileira nessa comparação entre<br />

1980 e 2000. A respeito da análise das pirâmides etárias<br />

apresentadas acima, é CORRETO afirmar que<br />

a) a analise das pirâmides etárias permite verificar a<br />

composição etária de uma população e seu reflexo na<br />

estrutura da População Economicamente Ativa (PEA), a<br />

qual é formada por pessoas que exercem atividades<br />

remuneradas.<br />

b) a análise das pirâmides etárias servem como subsídios<br />

para a elaboração de políticas previdenciárias e influencia<br />

diretamente em questões que dizem respeito à concessão<br />

de benefícios, na medida em que diminui o numero de<br />

pessoas aposentadas.<br />

c) a análise das pirâmides etárias subsidia o Estado na<br />

elaboração de políticas públicas nas áreas de educação,<br />

saúde, saneamento e cultura, de modo que possam ser<br />

elaboradas ações que atendam às expectativas de uma<br />

população cada vez mais jovem.<br />

d) a análise das pirâmides etárias permite verificar a<br />

composição da população feminina brasileira e serve como<br />

subsídio para a elaboração de políticas públicas de gênero<br />

para uma população feminina cada vez mais jovem.<br />

e) a análise das pirâmides etárias auxilia o Estado na<br />

elaboração de programas sociais que objetivam a inclusão<br />

social e a distribuição de renda na intenção de corrigir as<br />

distorções do crescimento desigual entre a população<br />

brasileira.<br />

232-<br />

Assinale a interpretação correta para o cartograma acima.<br />

a) As taxas de mortalidade infantil no continente africano<br />

são elevadíssimas.<br />

b) O continente africano é o que possui a menor<br />

expectativa de vida do mundo.<br />

c) A África é um continente com baixa presença de mão de<br />

obra infanto-juvenil.<br />

d) O fluxo migratório interno do continente africano é<br />

limitado à sua faixa central.<br />

e) A natalidade nos extremos sul e norte da África é menor<br />

do que a da sua região central.<br />

233 - Leia o fragmento de texto a seguir.<br />

Retrocedendo no tempo, verifica-se que para os homens, já<br />

em 1940, a média de idade no ato do casamento legal era<br />

de 27,1 anos, a qual se manteve quase inalterada até nossos<br />

dias [1998]. Com as mulheres não ocorreu o mesmo. Em<br />

1940, elas se casavam no civil mais cedo, em média aos<br />

153


21,7 anos, idade que veio crescendo sistematicamente e<br />

passou a 23,3 anos em 1950, 23,8 em 1960 e 24 em 1970.<br />

235-<br />

BERQUÓ, Elza. Arranjos familiares no Brasil: uma visão demográfica. In:<br />

SCHWARCZ, Lilia M. História da vida privada no Brasil. Contrastes da intimidade<br />

contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. v. 4. p. 416-417.<br />

[Adaptado]<br />

O texto retrata diferenças na idade média das mulheres, em<br />

relação à dos homens, no que se refere ao casamento civil.<br />

No Brasil, o aumento progressivo da idade de casamento<br />

das mulheres entre as décadas de 1940 e 1970 se deve,<br />

sobretudo, à<br />

a) instituição do divórcio, que deu aos divorciados o direito<br />

de contrair novo matrimônio.<br />

b) aprovação do código eleitoral, que garantiu a<br />

participação política das mulheres.<br />

c) elevação da escolaridade, que possibilitou maior<br />

inclusão das mulheres no mercado de trabalho.<br />

d) ampliação da longevidade feminina, que influenciou na<br />

nupcialidade e nas parturições.<br />

e) implementação de políticas de saúde pública, que<br />

permitiu o acesso à contracepção e à esterilização.<br />

234 - Atente para o quadro abaixo:<br />

Fonte: Censo Demográfico 2000 e Contagem da População 2007.<br />

As alternativas abaixo expressam análises possíveis para os<br />

dados apresentados no quadro, EXCETO:<br />

a) O uso de anticoncepcionais e a legalização do aborto nas<br />

regiões mais povoadas contribuíram, significativamente,<br />

para a redução da taxa de natalidade.<br />

b) A melhoria nas condições sanitárias e higiênicas<br />

promoveu a queda da taxa de mortalidade.<br />

c) O aumento da idade média para o casamento reduziu o<br />

período de fertilidade em um matrimônio, afetando a taxa<br />

de fertilidade.<br />

d) A redução das doenças infecciosas, parasitárias, do<br />

sistema respiratório e digestivo promoveu a queda da taxa<br />

de mortalidade.<br />

A estrutura etária da população tem reflexos importantes<br />

na economia de um país. Logo, a tendência dos grupos<br />

etários representados no gráfico nos leva à reflexão de<br />

que:<br />

I – Em 1980, 38% da população tinham entre 0 a 14 anos<br />

de idade, em 2000 esse percentual cai para 29%, e, de<br />

acordo com as projeções do IBGE, em 2020 as crianças e<br />

jovens menores de 14 anos serão apenas 23% da população<br />

do país.<br />

II – A participação relativa de idosos na população total<br />

vem aumentando significativamente. Em 1980, as pessoas<br />

com mais de 60 anos de idade representavam apenas 6%;<br />

em 2000 já perfaziam 7% e em 2020 totalizarão 13%.<br />

III – As estatísticas oficiais afirmam que em 2006, 97% das<br />

população entre 7 a 14 anos frequentavam a escola. Como<br />

a população, nessa faixa etária, tende a diminuir em termos<br />

relativos e a permanecer estável em termos absolutos, não<br />

será necessário ampliar o número de vagas já existentes nas<br />

escolas fundamentais e sim melhorar a universalização do<br />

ensino médio e a qualidade das escolas, em todos os níveis.<br />

IV – A projeção nos mostra que nas próximas décadas<br />

haverá um acelerado crescimento da população de idosos,<br />

resultante do aumento da expectativa de vida. Essas<br />

alterações no padrão demográfico brasileiro agravam a<br />

crise estrutural do sistema de previdência social no Brasil,<br />

mas, por outro lado, aumentam de maneira significativa a<br />

importância dos idosos no mercado de consumo (casas de<br />

repouso, atividades recreativas, educação continuada na<br />

área de informática, ensino de línguas estrangeiras e uma<br />

boa pedida para a indústria do turismo.<br />

Estão corretas:<br />

a) Apenas as proposições II e III<br />

b) Apenas as proposições I e II<br />

c) Todas as proposições<br />

d) Apenas as proposições II e IV<br />

e) Apenas as proposições I e IV<br />

154


236 - O mapa da distribuição da população mundial mostra<br />

a irregularidade de ocupação humana pelo espaço, que de<br />

um modo geral está associada a três fatores principais:<br />

físico ou natural, histórico e econômico. Identifique as<br />

áreas assinaladas pelos numerais de 1 a 5 com os seus<br />

respectivos fatores favoráveis ou não à ocupação humana.<br />

237 - Observe e compare o mapa da questão anterior com<br />

o gráfico e o quadro, e, com base na observação destes,<br />

assinale a leitura plausível a partir das referidas figuras e<br />

dados.<br />

( ) Norte do Canadá, que deve sua baixa densidade<br />

demográfica ao fator climático de influência polar.<br />

( ) Nordeste dos Estados Unidos e Região dos Grandes<br />

Lagos, que devem sua intensa densidade demografia à<br />

presença da maior concentração industrial norteamericana.<br />

( ) Leste da China, tem na história muito antiga da sua<br />

ocupação um dos motivos para apresentar uma alta<br />

densidade demográfica.<br />

( ) Bangladesh, c u j a localização no delta dos rios Ganges,<br />

Brahmaputra e Meghna, deve a esses rios as terras de<br />

aluvião muito férteis que atraíram uma das maiores<br />

concentrações populacionais do mundo.<br />

( ) Planalto do Tibete na Ásia Central, cuja grande altitude<br />

e consequente associação de baixa temperatura e pressão<br />

atmosférica dificultam a ocupação humana.<br />

A sequência correta da numeração é:<br />

a) 5 3 1 4 2<br />

b) 4 3 2 4 5<br />

c) 3 2 5 1 4<br />

d) 3 4 1 5 2<br />

e) 4 3 2 1 5<br />

I – O século XX apresentou o mais rápido processo d e<br />

urbanização conhecido pela humanidade, fazendo com que<br />

ao final deste período a população mundial já fosse<br />

majoritariamente urbana.<br />

II – As megacidades com mais de dez milhões de habitantes<br />

se concentram majoritariamente nos países onde o<br />

processo de industrialização clássica favoreceu a<br />

urbanização acelerada e uma rede urbana macrocefálica.<br />

III – Os países subdesenvolvidos, em grande parte agrários,<br />

apresentam um crescimento mais acelerado das suas<br />

metrópoles que os países centrais mais urbanizados,<br />

motivo pelo qual o maior número de megacidades tende a<br />

se intensificar nesse grupo de países.<br />

IV – O crescimento explosivo das cidades no terceiro<br />

mundo transfere a pobreza presente no campo para suas<br />

metrópoles, cujo crescimento é concomitante com a falta<br />

de infraestrutura, desemprego ou subemprego, aumento da<br />

violência, surgimento de favelas e outros tantos problemas<br />

geralmente denominados de urbanos.<br />

Estão corretas apenas as proposições:<br />

a) I, III e IV<br />

b) II, III e IV<br />

c) I, II e IV<br />

d) II e III<br />

e) I e III<br />

155


238 - Em 01 de agosto de 2010, teve início o 12º Censo<br />

Demográfico brasileiro. O Censo 2010 envolve o trabalho<br />

direto de aproximadamente 230 mil pessoas, e seus<br />

resultados vão subsidiar o planejamento de políticas<br />

públicas e privadas pelos próximos dez anos. A alternativa<br />

que descreve uma mudança introduzida nesta edição do<br />

Censo é:<br />

a) Investigação sobre arranjos familiares formados por<br />

cônjuges do mesmo sexo.<br />

b) Investigação sobre os grupos étnicos e sua distribuição<br />

pelo território nacional.<br />

c) Investigação sobre as comunidades religiosas e sua<br />

distribuição pelo território nacional.<br />

d) Investigação sobre os padrões de mortalidade e<br />

fecundidade vigentes no país.<br />

e) Investigação sobre os níveis de renda e de consumo das<br />

famílias brasileiras.<br />

mão-de-obra jovem enquanto que a pirâmide 3 indica que<br />

o país enfrenta altos gastos com aposentadorias, assistência<br />

social e carência de mão-de-obra nativa.<br />

A sequência correta das assertivas é<br />

a) F V F V<br />

b) V F V F<br />

c) V V V V<br />

d) F F F F<br />

e) F F V V<br />

240 - Observe a figura a seguir.<br />

239 - Considerando que as pirâmides são gráficos que<br />

representam a estrutura de uma população distribuída por<br />

faixa de idade e sexos, observe as pirâmides 1, 2 e 3 e<br />

assinale com V ou com F as proposições, conforme sejam<br />

respectivamente Verdadeiras ou Falsas em relação à<br />

interpretação das mesmas.<br />

156<br />

( ) A base larga da pirâmide 1 indica uma alta expectativa<br />

de vida, que corresponde no geral aos países<br />

subdesenvolvidos, era a pirâmide típica do Brasil até o<br />

censo de 1980.<br />

( ) A pirâmide 2 indica que o país apresenta uma elevação<br />

da expectativa de vida e que a população passa por um<br />

processo de envelhecimento. Assemelha-se à pirâmide que<br />

o Brasil começa a esboçar a partir dos anos 1990.<br />

( ) A pirâmide 3 indica que o país apresenta uma baixa taxa<br />

de natalidade ao lado de uma baixa expectativa de vida, é<br />

a pirâmide típica dos países de economia emergente, a<br />

exemplo do Brasil e da Índia.<br />

( ) A pirâmide 1 indica que o país necessita fazer altos<br />

investimentos em educação e saúde para qualificar sua<br />

O IBGE (Instituto Brasileiro de <strong>Geografia</strong> e Estatística)<br />

está realizando o Censo da população brasileira em 2010.<br />

Com 80% da população brasileira já recenseada, os dados<br />

preliminares do Censo 2010 indicam que a pirâmide etária<br />

brasileira se alterou na última década. Em 2000, as crianças<br />

de até 4 anos de idade representavam 9,64% da população<br />

brasileira; hoje, são 7,17%. As de 5 a 9 eram 9,74%,<br />

percentual que caiu para 7,79%. A população com até 24<br />

anos somava 49,68% dos brasileiros há 10 anos; hoje,<br />

constituem 41,95%.<br />

Sobre os dados do Censo 2010, é correto afirmar que:<br />

a) os resultados apontam para um aumento da base da<br />

pirâmide etária, uma vez que a população jovem diminuiu.<br />

b) a queda da taxa de fecundidade aliada a uma maior<br />

expectativa de vida são fatores que podem explicar as<br />

mudanças ocorridas na estrutura da população brasileira.<br />

c) a diminuição da população jovem no Brasil é decorrente<br />

do aumento da taxa de mortalidade verificada no país em


função das diversas epidemias que ocorreram na década<br />

analisada, tais como a“gripe suína” ou H1N1.<br />

d) o envelhecimento da população brasileira era totalmente<br />

inesperado neste Censo, haja vista os grandes<br />

investimentos sociais que foram feitos para a melhoria de<br />

vida da população jovem.<br />

e) a diminuição da base da pirâmide etária brasileira é ruim,<br />

pois evidencia que o número de mortos na juventude está<br />

influenciando diretamente a estrutura da população.<br />

241 - O IBGE (Instituto Brasileiro de <strong>Geografia</strong> e<br />

Estatística) divulgou em setembro de 2010 os resultados da<br />

PNAD (Pesquisa Nacional sobre Amostra Domiciliar)<br />

referente às taxas de fecundidade nos últimos dez anos no<br />

Brasil. Os dados sobre o número de filhos por mulher são<br />

os seguintes:<br />

Com base nesses dados, assinale a alternativa CORRETA:<br />

E se era do batente ou era da folia<br />

Os versos da canção permitem pensar em dois indicadores<br />

demográficos passíveis de serem obtidos a partir das<br />

informações buscadas pelo recenseador. Esses indicadores<br />

referem-se especificamente<br />

a) à taxa de urbanização e à esperança média de vida.<br />

b) à taxa de mortalidade infantil e à taxa de matrimônios<br />

estáveis.<br />

c) ao índice de Gini e à taxa de alfabetização de adultos.<br />

d) ao saldo migratório e à renda per capita urbana.<br />

e) à taxa de fecundidade e à população economicamente<br />

ativa.<br />

243 –<br />

a) O aumento das taxas em 2009 evidencia que o Brasil é<br />

um país que tem explosão demográfica.<br />

b) Os indicadores demonstram que as taxas de mortalidade<br />

são superiores às taxas de natalidade, evidenciando<br />

redução demográfica.<br />

c) O índice de 2009 indica ligeiro aumento na taxa de<br />

fecundidade não caracterizando crescimento demográfico<br />

explosivo.<br />

d) Esses números indicam que o Brasil é um país com taxas<br />

negativas de crescimento demográfico, demonstrando a<br />

política estatal de um filho único.<br />

e) Caso essas taxas de fecundidade sejam mantidas, o<br />

Brasil, em uma década, ultrapassará o total da população<br />

da Índia.<br />

242 - Os versos abaixo, do compositor Assis Valente,<br />

procuram retratar o encontro de uma dona de casa com um<br />

recenseador do IBGE.<br />

Recenseamento<br />

Em 1940 Lá no morro começaram o recenseamento<br />

E o agente recenseador esmiuçou a minha vida<br />

foi um horror<br />

E quando viu a minha mão sem aliança encarou criança<br />

que no chão dormia E perguntou se meu moreno era<br />

decente<br />

Fonte: Ministério da Integração Nacional, 2006. Adaptado.<br />

157


a) Correlacione as informações contidas nos mapas acima.<br />

e) houve um efeito combinado da redução dos níveis da<br />

fecundidade e da mortalidade e do aumento da expectativa<br />

de vida.<br />

245 - A diminuição do ritmo de crescimento da população<br />

brasileira, a partir dos anos de 1980, teve como causa<br />

fundamental a<br />

b) Identifique e explique dois fatores responsáveis por<br />

mudanças no padrão espacial de distribuição da população<br />

brasileira, ocorridas entre 1991 e 2000.<br />

a) disseminação da prática do aborto, em conformidade<br />

com a legislação vigente.<br />

b) esterilização de grandes efetivos demográficos, a partir<br />

da laqueadura e da vasectomia.<br />

c) redução das taxas de natalidade, associadas aos<br />

processos de urbanização.<br />

d) considerável emigração para os países localizados na<br />

zona temperada do globo.<br />

244 - Em 2010, o IBGE realiza o Censo Demográfico<br />

brasileiro, cuja aferição total só será concluída em 2012.<br />

Contudo, a realização dos últimos PNADs permitem<br />

afirmar sobre a população brasileira que nas últimas<br />

décadas:<br />

a) as taxas de natalidade e mortalidade caíram e,<br />

consequentemente, a de crescimento vegetativo aumentou.<br />

b) houve um aumento da taxa de mortalidade devido ao<br />

envelhecimento precoce da população brasileira.<br />

c) estão em curso os estreitamentos do meio e da base da<br />

pirâmide etária e o alargamento do topo.<br />

d) há uma encruzilhada demográfica motivada pela<br />

significativa redução do ingresso ao mercado de trabalho<br />

dos jovens entre as décadas de 2010 e 2030.<br />

158


TEORIA DE GAIA<br />

Saiba o que é, planeta Terra, tese da teoria, meio<br />

ambiente, ecologia<br />

O que é Teoria de Gaia, também conhecida como Hipótese<br />

de Gaia, é uma tese que afirma que o planeta Terra é um<br />

ser vivo. De acordo com esta teoria, nosso planeta possui a<br />

capacidade de auto sustentação, ou seja é capaz de gerar,<br />

manter e alterar suas condições ambientais.<br />

Teoria de Gaia foi criada pelo cientista e ambientalista<br />

inglês James Ephraim Lovelock, no ano de 1969. Contou<br />

com os estudos da bióloga norte-americana Lynn Margulis.<br />

O nome da teoria é uma homenagem a deusa Gaia,<br />

divindade que representava a Terra na mitologia grega.<br />

Quando foi lançada, esta teoria não conseguiu agradar a<br />

comunidade de cientistas tradicionais. Foi, primeiramente,<br />

aceita por ambientalistas e defensores da ecologia. Porém,<br />

atualmente, com o problema do aquecimento global, esta<br />

teoria está sendo revista e muitos cientistas tradicionais já<br />

aceitam algumas ideias da Teoria de Gaia.<br />

Poluição da agua e poluição ambiental, poluição industrial,<br />

poluição das águas, poluição dos rios, contaminação da<br />

água, Aquífero Guarani<br />

Introdução<br />

A água é um bem precioso e cada vez mais tema de debates<br />

no mundo todo. O uso irracional e a poluição de fontes<br />

importantes (rios e lagos), podem ocasionar a falta de água<br />

doce muito em breve, caso nenhuma providência seja<br />

tomada.<br />

Falta de água<br />

Este milênio que está começando, apresenta o grande<br />

desafio de evitar a falta de água. Um estudo recente da<br />

revista Science (julho de 2000) mostrou que<br />

aproximadamente 2 bilhões de habitantes enfrentam a falta<br />

de água no mundo. Em breve poderá faltar água para<br />

irrigação em diversos países, principalmente nos mais<br />

pobres. Os continentes mais atingidos pela falta de água<br />

são: África, Ásia Central e o Oriente Médio. Entre os anos<br />

de 1990 e 1995, a necessidade por água doce aumentou<br />

cerca de duas vezes mais que a população mundial. Isso<br />

ocorreu provocado pelo alto consumo de água em<br />

atividades industriais e zonas agrícolas. Infelizmente,<br />

apenas 2,5% da água do planeta Terra são de água doce,<br />

sendo que apenas 0,08% está em regiões acessíveis ao ser<br />

humano.<br />

Causas da poluição das águas do planeta<br />

As principais causas de deterioração dos rios, lagos e dos<br />

oceanos são: poluição e contaminação por poluentes e<br />

esgotos. O ser humano tem causado todo este prejuízo à<br />

natureza, através dos lixos, esgotos,<br />

dejetos químicos industriais e mineração sem controle.<br />

Em função destes problemas, os governos preocupados,<br />

tem incentivado a exploração de aquíferos (grandes<br />

reservas de água doce subterrâneas). Na América do Sul,<br />

temos o aquífero guarani, um dos maiores do mundo e<br />

ainda pouco utilizado. Grande parte das águas deste<br />

aquífero situa-se em subsolo brasileiro.<br />

Problemas gerados pela poluição das águas<br />

Estudos da Comissão Mundial de Água e de outros<br />

organismos internacionais demonstram que cerca de 3<br />

bilhões de habitantes em nosso planeta estão vivendo sem<br />

o mínimo necessário de condições sanitárias. Um milhão<br />

não tem acesso à agua potável. Em virtude desses graves<br />

problemas, espalham-se diversas doenças como<br />

diarreia, hepatite e febre tifoide, que matam mais de 5<br />

milhões de seres humanos por ano, sendo que um número<br />

maior de doentes sobrecarregam os precários sistemas de<br />

saúde destes países.<br />

Soluções<br />

Com o objetivo de buscar soluções para os problemas dos<br />

recursos hídricos da Terra, foi realizado no Japão, em<br />

março de 2003, o III Fórum Mundial de Água. Políticos,<br />

estudiosos e autoridades do mundo todo aprovaram<br />

medidas e mecanismos de preservação dos recursos<br />

hídricos. Estes documentos reafirmam que a água doce é<br />

extremamente importante para a vida e saúde das pessoas<br />

e defende que, para que ela não falte no século XXI, alguns<br />

desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento<br />

das necessidades básicas da população, a garantia do<br />

abastecimento de alimentos, a proteção dos ecossistemas e<br />

mananciais, a administração de riscos, a valorização da<br />

água, a divisão dos recursos hídricos e a eficiente<br />

administração dos recursos hídricos.<br />

159


Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas<br />

governamentais e em congressos mundiais, no cotidiano<br />

todos podem colaborar para que a água doce não falte. A<br />

economia e o uso racional da água deve estar presente nas<br />

atitudes diárias de cada cidadão. A pessoa consciente deve<br />

economizar, pois o desperdício de água doce pode trazer<br />

drásticas consequências num futuro pouco distante.<br />

Dicas de economia de água: Feche bem as torneiras, regule<br />

a descarga do banheiro, tome banhos curtos, não gaste água<br />

lavando carro ou calçadas, reutilize a água para diversas<br />

atividades, não jogue lixo em rios e lagos, respeite as<br />

regiões de mananciais.<br />

Poluição do ar<br />

Fontes de poluição, efeito estufa, chuva ácida,<br />

combustíveis fósseis, consequências da poluição,<br />

combustíveis não poluentes, poluição ambiental e poluição<br />

atmosférica<br />

Introdução<br />

A partir de meados do século XVIII, com a revolução<br />

industrial, aumentou muito a poluição do ar. A queima<br />

do carvão mineral despejava na atmosfera das cidades<br />

industriais europeias, toneladas de poluentes. A partir deste<br />

momento, o ser humano teve que conviver com o ar<br />

poluído e com todas os prejuízos advindos deste<br />

"progresso". Atualmente, quase todas as grandes cidades<br />

do mundo sofrem os efeitos daninhos da poluição do ar.<br />

Cidades como São Paulo, Tóquio, Nova Iorque e Cidade<br />

do México estão na lista das mais poluídas do mundo.<br />

Geração da poluição<br />

A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado,<br />

principalmente, da queima de combustíveis fosseis como,<br />

por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo<br />

Problemas gerados pela poluição<br />

Esta poluição tem gerado diversos problemas nos grandes<br />

centros urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo, é a<br />

mais afetada com a poluição. Doenças respiratórias, levam<br />

milhares de pessoas aos hospitais todos os anos. A poluição<br />

também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio<br />

histórico e cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva<br />

ácida mata plantas, animais e vai corroendo, com o<br />

tempo, monumentos históricos. Recentemente, a Acrópole<br />

de Atenas teve que passar por um processo de restauração,<br />

pois a milenar construção estava sofrendo com a poluição<br />

da capital grega.<br />

O clima também é afetado pela poluição do ar. O fenômeno<br />

do efeito estufa está aumentando a temperatura em nosso<br />

planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases poluentes<br />

formam uma camada de poluição na atmosfera,<br />

bloqueando a dissipação do calor. Desta forma, o calor fica<br />

concentrado na atmosfera, provocando mudanças<br />

climáticas. Futuramente, pesquisadores afirmam que<br />

poderemos ter a elevação do nível de água dos oceanos,<br />

provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas.<br />

Muitas espécies animais poderão ser extintas e tufões e<br />

maremotos poderão ocorrer com mais frequência.<br />

Soluções e desafios<br />

Apesar das notícias negativas, o homem tem procurado<br />

soluções para estes problemas. A tecnologia tem avançado<br />

no sentido de gerar máquinas e combustíveis menos<br />

poluentes ou que não gerem poluição. Muitos automóveis<br />

já estão utilizando gás natural como combustível. No<br />

Brasil, por exemplo, temos milhões de carros movidos a<br />

álcool, combustível não fóssil, que poluí pouco. Testes com<br />

hidrogênio tem mostrado que num futuro bem próximo,<br />

os carros poderão andar com um tipo de combustível que<br />

lança, na atmosfera, apenas vapor de água.<br />

( gasolina e diesel ). A queima destes produtos tem lançado<br />

uma grande quantidade de gás carbônico na atmosfera.<br />

Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de<br />

energia que alimenta os setores industrial, elétrico e de<br />

transportes de grande parte das economias do mundo. Por<br />

isso, deixá-los de lado atualmente é extremamente difícil.<br />

160


BIODIVERSIDADE<br />

O que é biodiversidade, origem do termo, conceito,<br />

exemplos, tipos de biodiversidade, ecologia, Floresta<br />

Amazônica, ecossistemas do meio ambiente<br />

Floresta Amazônica: riqueza da biodiversidade brasileira<br />

O que é biodiversidade (conceito)<br />

A palavra biodiversidade é um neologismo construído a<br />

partir das palavras biologia (bio=vida) e diversidade<br />

(grande variedade). Ela significa a diversidade do mundo<br />

vivo na natureza, ou seja a grande quantidade de espécies<br />

em nosso planeta.<br />

O termo em inglês biological diversity (diversidade<br />

biológica) foi criado por Thomas Lovejoy no ano de 1980,<br />

enquanto o termo biodiversity (biodiversidade) foi<br />

inventado por W.G. Rosen em 1985. Desde este momento,<br />

o termo e o conceito são muito utilizados entre os biólogos,<br />

ambientalistas e ecologistas do mundo todo.<br />

Exemplos<br />

Se prestarmos atenção na natureza, poderemos entender<br />

melhor este conceito. Existe uma grande variedade de<br />

espécies dentro de cada comunidade, habitat e ecossistema.<br />

Entre as árvores, por exemplo, existe uma grande<br />

diversidade de espécies. O mesmo acontece entre os<br />

virus, fungos, as bacterias, as aves etc. Se pegarmos como<br />

exemplo o ecossistema da Amazônia: quantas espécies<br />

animais e vegetais vivendo em um perfeito equilíbrio.<br />

Portanto, podemos afirmar que existe uma diversidade<br />

neste ecossistema, ou seja, podemos usar o termo “ a<br />

biodiversidade da Floresta Amazônica”.<br />

O surgimento deste termo está relacionado diretamente<br />

com o aumento da consciência ecológica no final do século<br />

XX, principalmente a respeito da extinção de espécies<br />

animais e vegetais. Em seu sentido mais amplo,<br />

biodiversidade significa “vida sobre a Terra”.<br />

A biodiversidade pode ser subdividida em três níveis:<br />

3) diversidade ecossistêmica: que corresponde à<br />

diversidade dos ecossistemas presentes em nosso planeta.<br />

Você sabia?<br />

- Que 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade? Em<br />

função disto, ocorrerão diversos eventos no mundo todo<br />

com o objetivo de divulgar a importância da biodiversidade<br />

para o nosso planeta. Ocorrerão também eventos voltados<br />

para a preservação da diversidade de espécies em nosso<br />

planeta.<br />

Sugestões de leitura sobre biodiversidade:<br />

- Árvore da Vida - A Inacreditável Biodiversidade da Vida<br />

na Terra<br />

Autor: Strauss, Rochelle<br />

Editora: Melhoramentos<br />

- Biodiversidade Brasileira - Síntese do Estado Atual do<br />

Conhecimento Autor: Lewinsohn, Thomas M.; Prado,<br />

Paulo Inácio Editora: Contexto<br />

- Biodiversidade - A Hora Decisiva - Série<br />

Pesquisa Autor: Pádua, Maria Tereza Jorge; Dourojeanni,<br />

Marc Jean Editora: Universidade Federal do Paraná<br />

1) diversidade genetica: que corresponde a diversidade dos<br />

genes numa espécie (diversidade intra-específica);<br />

2) diversidade específica: é a diversidade das espécies<br />

animais e vegetais;<br />

161


ECOLOGIA<br />

Saiba o que é, definição, importância dos estudos, seres<br />

vivos e o meio ambiente, conceito<br />

Ecologia: estudo dos seres vivos e o meio ambiente<br />

Definição<br />

Ecologia é uma ciência (ramo da Biologia) que estuda os<br />

seres vivos e suas interações com o meio ambiente onde<br />

vivem. É uma palavra que deriva do grego, onde “oikos”<br />

significa casa e “logos” significa estudo.<br />

A Ecologia também se encarrega de estudar a abundância<br />

e distribuição dos seres vivos no planeta Terra.<br />

Esta ciência é de extrema importância, pois os resultados<br />

de seus estudos fornecem dados que revelam se os animais<br />

e os ecossistemas estão em perfeita harmonia. Numa época<br />

em que o desmatamento e a extinção de várias espécies<br />

estão em andamento, o trabalho dos ecologistas é de<br />

extrema importância.<br />

reações em cadeia e repercutir diretamente no<br />

funcionamento do ecossistema.<br />

Causas<br />

A ação do homem é a principal causa de desequilíbrio<br />

ecológico na atualidade. Entre estas ações, podemos citar o<br />

desmatamento, a caça e a pesca sem controle e a<br />

urbanização em áreas de matas e florestas.<br />

Exemplo e consequências<br />

Homens começam a caçar cobras numa determinada área<br />

ecologicamente equilibrada. Com a diminuição no número<br />

de cobras aumenta consideravelmente o número de sapos<br />

(alimento destas cobras). Com isso, a quantidade de insetos<br />

começa a reduzir significativamente, podendo faltar para<br />

outras espécies que também se alimentam de insetos. Isso<br />

pode até provocar a extinção de certas espécies, caso elas<br />

sejam encontradas apenas naquela área. Com a diminuição<br />

das cobras, pode também aumentar o número de roedores<br />

(ratos, por exemplo) que podem invadir áreas residenciais<br />

próximas em busca de alimentos.<br />

Através das informações geradas pelos estudos da<br />

Ecologia, o homem pode planejar ações que evitem a<br />

destruição da natureza, possibilitando um futuro melhor<br />

para a humanidade.<br />

Você sabia?<br />

- Comemora-se em 5 de unho o Dia Mundial do Meio<br />

Ambiente e da Ecologia.<br />

Desequilíbrio Ecológico<br />

O que é, problemas causados ao meio ambiente, exemplo,<br />

causas, ecossistema<br />

Desflorestamento: uma das principais causas de<br />

desequilíbrio ecológico<br />

O que é o Desequilíbrio Ecológico<br />

A natureza demorou milhões de anos para equilibrar os<br />

ecossistemas. Porém, uma pequena mudança pode<br />

provocar o desequilíbrio ecológico. O desequilíbrio<br />

ecológico ocorre quando algum elemento (animal ou<br />

vegetal) de um ecossistema é reduzido em quantidade,<br />

adicionado ou subtraído. Esta mudança pode originar<br />

162


AGENDA 21<br />

O que é a Agenda 21, objetivos, Eco-92, informações sobre<br />

a Agenda 21, temas, Rio-92<br />

Agenda 21: importantes medidas rumo ao<br />

desenvolvimento sustentável<br />

O que é a Agenda 21<br />

Agenda 21 é um conjunto de resoluções tomadas na<br />

conferência internacional Eco-92, realizada na cidade do<br />

Rio de Janeiro entre 3 e 4 de junho de 1992. Organizada<br />

pela ONU (Organização das Nações Unidas) contou com a<br />

participação de 179 países e resultou em medidas para<br />

conciliar crescimento econômico e social com a<br />

preservação do meio ambiente. Na Agenda 21 cada país<br />

definiu as bases para a preservação do meio ambiente em<br />

seu território, possibilitando o desenvolvimento<br />

sustentável.<br />

Principais temas tratados na Agenda 21<br />

- Combate à pobreza.<br />

- Cooperação entre as nações para chegar ao<br />

desenvolvimento sustentável.<br />

- Sustentabilidade e crescimento demográfico.<br />

- Proteção da atmosfera.<br />

- Planejamento e ordenação no uso dos recursos da terra.<br />

- Combate ao desmatamento das matas e florestas no<br />

mundo.<br />

- Combate à desertificação e seca.<br />

- Preservação dos diversos ecossistemas do planeta com<br />

atenção especial aos ecossistemas frágeis.<br />

- Desenvolvimento rural com sustentabilidade.<br />

- Preservação dos recursos hídricos, principalmente das<br />

fontes de água doce do planeta.<br />

- Conservação da biodiversidade no planeta.<br />

- Tratamento e destinação responsável dos diversos tipos<br />

de resíduos (sólidos, orgânicos, hospitalares, tóxicos,<br />

radioativos).<br />

- Fortalecimento das ONGs na busca do desenvolvimento<br />

sustentável.<br />

Educação como forma de conscientização para as questões<br />

de proteção ao meio ambiente.<br />

163


164<br />

DÍVIDA EXTERNA DO BRASIL<br />

A dívida externa do Brasil corresponde à soma dos débitos<br />

externos do Brasil. A dívida externa total estimada para<br />

julho de 2007 atingiu US$195,4 bilhões. Para efeito de<br />

comparação, esse valor era de US$ 214,93 bilhões no ano<br />

de 2003. Em janeiro de 2008, a dívida externa do Brasil<br />

estava em exatos 196,207 bilhões de dólares. (Fonte: Jornal<br />

do Comercio, 26 de fevereiro de 2008).<br />

História da dívida externa do Brasil<br />

O primeiro empréstimo externo do Brasil foi obtido em<br />

1824, no valor de 225 milhões de libras esterlinas e ficou<br />

conhecido como "empréstimo português", destinado a<br />

cobrir dívidas do período colonial e que na prática<br />

significava um pagamento a Portugal pelo reconhecimento<br />

da independência. Depois disso o Brasil, independente,<br />

passou a ter mais e mais dividas como em 1906, no valor<br />

de 12 milhões de libras, com o “Convênio de Taubaté”, um<br />

acordo feito com os governadores de MG, RJ e SP, que, a<br />

partir de empréstimos tomados no exterior, comprariam e<br />

estocariam o excedente da produção de café.<br />

A continuidade do pagamento da dívida externa é muito<br />

questionada no Brasil por alguns grupos e estudiosos,<br />

alegando que os encargos governamentais com<br />

pagamentos de dívidas comprometem o orçamento das<br />

áreas sociais.<br />

Em 21 de fevereiro de 2008 o Banco Central do Brasil<br />

informou que o Brasil possui recursos suficientes para<br />

quitar a sua dívida externa. Pois o país registrou reservas<br />

superiores à sua dívida externa do setor público e do setor<br />

privado. Foi a primeira vez na história do País que o Brasil<br />

deixou de ser devedor líquido. Com o aumento mais forte<br />

dos ativos externos do País, a posição credora do Brasil no<br />

exterior ficou em 6,983 bilhões de dólares em janeiro de<br />

2008 [2].<br />

A dívida externa para junho de 2010, somou US$225<br />

bilhões, elevando-se US$6,8 bilhões em relação à posição<br />

estimada para o mês anterior<br />

A dívida externa brasileira<br />

Introdução<br />

Durante a última semana a imprensa emudeceu frente a<br />

organização do plebiscito em relação à dívida externa. O<br />

pouco espaço dedicado à questão foi ocupado por<br />

entrevistas do ministro Pedro Malan, para defender a<br />

posição neoliberal do governo ou por editoriais que<br />

iniciam-se chamando a idéia de "calote".<br />

O Jornal Opinião da década de 70<br />

Uma Questão de Cidadania<br />

Em momento algum a grande imprensa e aqueles que são<br />

contrários ao "calote" se preocuparam em falar sobre todos<br />

os calotes que foram dados na sociedade brasileira, quando,<br />

ao longo de mais de um século, o endividamento serviu<br />

para sustentar uma elite parasitária e criar uma economia<br />

subserviente ao capital internacional e ao F.M.I.<br />

Em momento algum a imprensa e os governantes<br />

preocuparam-se em defender a realização de um grande<br />

debate nacional, para que a sociedade que paga os<br />

empréstimos tenha consciência de sua origem e dos<br />

"benefícios" que trouxe à ela; percebem que qualquer<br />

movimento de discussão desse assunto representa um<br />

questionamento à política em andamento, assim como<br />

também percebem que qualquer discussão que possa<br />

envolver a sociedade como um todo, não interessa a essa<br />

minoria.<br />

A proposta da realização do plebiscito representa um<br />

grande avanço, exatamente por que pode envolver toda a<br />

sociedade num grande debate, que na verdade é muito<br />

maior do que a discussão da Dívida Externa, trata-se de<br />

discutir a cidadania. Independentemente da importância do<br />

tema, a participação da sociedade é que está em jogo e<br />

nesse sentido fica patente o que as elites pensam da<br />

cidadania: a ação do homem no sentido de respeitar as leis<br />

do Estado e em hipótese alguma participar, discutir, opinar.<br />

Ninguém é ingênuo em acreditar que o Plebiscito que<br />

ocorre nesse momento vá definir o encaminhamento da<br />

questão da dívida, porém cria um debate em toda a<br />

sociedade<br />

Origem da Dívida<br />

A Dívida Externa adquiriu proporções astronômicas<br />

durante o regime militar (1964-85), no entanto sua origem<br />

remonta à Independência do país, no século XIX.<br />

O primeiro empréstimo externo do Brasil foi obtido em<br />

1824, no valor de 3 milhões de libras esterlinas e ficou<br />

conhecido como "empréstimo português", destinado a<br />

cobrir dívidas do período colonial e que na prática<br />

significava um pagamento à Portugal pelo reconhecimento<br />

de nossa independência. A independência não alterou as


estruturas sócio econômicas e restringiu-se a um<br />

movimento político muito limitado, mantendo o regime<br />

monárquico e o herdeiro português no trono, aliado aos<br />

latifundiários conservadores sob o comando de José<br />

Bonifácio. A aceitação do pagamento da indenização está<br />

ligada aos vínculos mantidos com Portugal e ao mesmo<br />

tempo aos interesses ingleses, que somente reconheceu<br />

nossa soberania após o acordo com Portugal.<br />

Em 1829 foi realizado novo empréstimo que passou para a<br />

história como "o ruinoso" e serviu para cobrir parcelas não<br />

pagas do empréstimo anterior. Do total tomado<br />

emprestado, o Brasil recebeu apenas 52%, pois o restante<br />

serviu para cobrir os juros da dívida anterior.<br />

Dois novos empréstimos importantes foram realizados<br />

durante o Império -- em 1843 e 1852 -- utilizados ainda<br />

para pagar débitos relativos ao primeiro empréstimo, que<br />

somente foi saldado em 1890.<br />

Durante esse período o Brasil ainda endividou-se ainda<br />

mais com a Guerra contra o Paraguai. A Inglaterra forneceu<br />

os navios e empréstimos ao Brasil para o conflito que<br />

também interessava à ela.<br />

A Primeira República<br />

Durante a república do "café com leite" o endividamento<br />

aumentou ainda mais, porém a idéia central ainda era a<br />

mesma, garantir os privilégios da elite. O presidente<br />

Campos Salles, eleito em 1898, viajou à Inglaterra antes<br />

mesmo da posse, para renegociar a dívida com os<br />

banqueiros Rotshild, e firmou um acordo que ficou<br />

conhecido como "Funding Loan", que suspendia o<br />

pagamento por um período de 13 anos, sendo que o<br />

pagamento dos juros seria realizado em 3 anos, em títulos<br />

da dívida pública e obtinha um novo empréstimo. Como<br />

garantia do cumprimento do acordo, as rendas das<br />

alfândegas brasileiras ficaram hipotecadas aos credores<br />

ingleses.<br />

Novo endividamento surgiu em 1906, representando o<br />

início da "Política de Valorização do Café". Neste ano, foi<br />

assinado o Convênio de Taubaté, entre os governadores de<br />

São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que, a partir de<br />

empréstimos tomados no exterior, comprariam e<br />

estocariam o excedente da produção de café. A valorização,<br />

como outras políticas protecionistas, resolvia o problema<br />

imediato da burguesia paulista e mantinha o nível de<br />

emprego nos setores da economia vinculados ao café,<br />

porém prejudicava a maioria da sociedade, na medida em<br />

que setores essenciais eram relegados a segundo plano em<br />

termos de investimento, além de promover a<br />

desvalorização da moeda, originando um processo que<br />

ficou conhecido como "socialização das perdas", quer<br />

dizer, a maioria da sociedade pagava pela política que<br />

beneficiava a minoria.<br />

Os governos do período continuaram a realizar<br />

empréstimos que beneficiavam a elite cafeeira,<br />

contrastando com a situação de crise nas exportações<br />

durante a Primeira Guerra Mundial e posteriormente, na<br />

metade da década de 20.<br />

Com a crise iniciada nos EUA afetando a economia do país,<br />

o pagamento da dívida foi suspenso em 1931 por decisão<br />

unilateral do Brasil. Em 1934 a Assembleia Nacional<br />

Constituinte passou a investigar o endividamento<br />

brasileiro, que chegava a 237 milhões de libras esterlinas e<br />

já estava documentado de forma detalhada pelo ministro<br />

Oswaldo Aranha. O ministro não era um crítico dos<br />

empréstimos do exterior, nem defendia o não-pagamento<br />

da dívida. Depois de viver por alguns anos nos EUA,<br />

defendia um estreitamento das relações do Brasil com<br />

aquele país, em detrimento dos interesses ingleses, então<br />

nossos maiores credores. Condenava apenas a forma pela<br />

qual os empréstimos tinham sido aproveitados -- não em<br />

obras públicas, como achava que deveria Ter ocorrido.<br />

Pensava ainda que o país deveria parar de tomar<br />

emprestado para pagar empréstimos e deveria pagar com<br />

seus próprios recursos. O ministro destacava a<br />

característica básica do endividamento: "foram feitos uns<br />

para pagar os outros, em parte ou no todo, refundindo-se<br />

em novos empréstimos".<br />

As Últimas Décadas<br />

Apesar da ausência de empréstimos externos e das<br />

condições desfavoráveis do comércio exterior, nos anos 30<br />

a economia brasileira se expandiu em ritmo maior que na<br />

década de 20, "época de maciço ingresso de capital<br />

externo.<br />

No período posterior ao golpe militar os empréstimos<br />

voltam a aumentar substancialmente, devido a política<br />

econômica desenvolvida então, particularmente no período<br />

que ficou conhecido como "milagre econômico", quando a<br />

indústria brasileira cresceu a taxas elevadíssimas graças ao<br />

ingresso maciço de capitais estrangeiros, fazendo com que<br />

a dívida saltasse de 4 para 12 bilhões de dólares.<br />

O endividamento pós 64 tem dois estágios. O primeiro é o<br />

dos governos Costa e Silva e Médici, nos anos 68-73,<br />

do "milagre econômico". Nesse período, os empréstimos<br />

foram usados para, ao cabo de tudo, realizar ar operações<br />

de crédito na compra de geladeiras, secadores de cabelo,<br />

165


automóveis e outros bens supérfluos e também para<br />

financiar ar grandes obras urbanas e serviços que<br />

viabilizaram a existência dos automóveis e das geladeiras,<br />

tais como estradar, viadutos e redes de energia elétrica.<br />

No final de 1983, em depoimento na CPI da Dívida<br />

Externa, Celso Furtado, economista que fora ministro do<br />

Planejamento antes do golpe, mostrou como o Brasil pòs-<br />

64, graças a mudanças de política financeira e cambial -<br />

nas regras de conversão do dólar em cruzeiros -, acabou na<br />

prática pagando, através do Banco Central, para os capitais<br />

estrangeiros, parte do preço de automóveis c secadores de<br />

cabelo, comprados a crédito obtido por dólares<br />

emprestados.<br />

A Segunda fase do endividamento começa no governo do<br />

general Ernesto Geisel (1974-79). A partir de 74, a<br />

indústria de bens de consumo duráveis, com a produção de<br />

automóveis à frente, começa a encalhar, em grande parte<br />

devido a crise mundial do petróleo, que repercute na<br />

elevação nas taxas de juros, que somadas aos gastos dos<br />

grandes projetos de geração de energia.<br />

diversos, o aumento da competitividade dos produtos do<br />

agronegócio e a possibilidade de implantação de novos<br />

polos agroindustriais e de exploração de minérios,<br />

aproveitando sua conexão com a malha ferroviária<br />

nacional.<br />

Por outro lado, a ferrovia promoverá a dinamização das<br />

economias locais, alavancando novos empreendimentos na<br />

região, com aumento da arrecadação de impostos, além de<br />

geração de cerca de 30 mil empregos diretos. A ferrovia<br />

deve fomentar ainda mais o desenvolvimento agrícola da<br />

região oeste do estado, cuja previsão é de uma produção de<br />

6,7 milhões de toneladas em 2015. Os principais produtos<br />

a ser transportados são soja, farelo de soja e milho, além de<br />

fertilizantes, combustíveis e minério de ferro.<br />

Em 1982 temos o ano da falência declarada do modelo<br />

brasileiro de desenvolvimento e o país recorre ao FMI e ao<br />

final do governo Figueiredo, que encerra a ditadura militar,<br />

a dívida externa chegava a casa de 100 bilhões de dólares.<br />

A Dívida atual alcança a casa dos 231 bilhões de dólares.<br />

Ferrovia de Integração Oeste-Leste<br />

A Ferrovia de Integração Oeste-Leste dinamizará o<br />

escoamento da produção do estado da Bahia e servirá de<br />

ligação dessa região com outros polos do país, por<br />

intermédio de conexão com a Ferrovia Norte-Sul. Incluída<br />

entre as prioridades do Programa de Aceleração do<br />

Crescimento (PAC), a Ferrovia de Integração Oeste-Leste<br />

terá 1.490km de extensão e envolverá investimentos<br />

estimados em R$6 bilhões até 2012.<br />

166<br />

A ferrovia ligará as cidades de Ilhéus, Caetité e Barreiras –<br />

no estado da Bahia – a Figueirópolis, no estado do<br />

Tocantins, formando um corredor de transporte que<br />

otimizará a operação do Porto de Ponta da Tulha e ainda<br />

abrirá nova alternativa de logística para portos no norte do<br />

país atendidos pela Ferrovia Norte-Sul e Estrada de Ferro<br />

Carajás.<br />

Entre as vantagens previstas com a construção da Ferrovia<br />

de Integração Oeste-Leste para o estado da Bahia estão a<br />

redução de custos do transporte de insumos e produtos


PERGUNTAS FREQUENTES<br />

O que é a Ferrovia de Integração Oeste-Leste?<br />

Trata-se de uma ferrovia a ser construída pelo governo<br />

federal ligando Ilhéus (BA) a Figueiropólis, no estado do<br />

Tocantins, cortando toda a Bahia no sentido Leste-Oeste. A<br />

ferrovia vai percorrer, ao todo, 1.500 quilômetros, tendo<br />

como zona de influência 49 municípios baianos num trecho<br />

de 1.100 quilômetros. A nova linha férrea interligará o<br />

Porto Sul, a ser construído na Ponta de Tulha (ao norte de<br />

Ilhéus) ao Brasil Central, podendo, futuramente, interligarse<br />

com uma rede que chegará ao Oceano Pacífico,<br />

promovendo uma maior integração da América do Sul.<br />

Quando surgiu a ideia de construir a ferrovia?<br />

A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) foi idealizada<br />

na década de 50 do século passado, pelo professor da<br />

Universidade Federal da Bahia (UFBA) e deputado federal<br />

por quatro mandatos consecutivos (1970-1986), Vasco<br />

Neto, que faleceu em 01 de outubro de 2010.<br />

Quem irá construir a ferrovia e qual a origem dos recursos?<br />

A responsável pela construção é a Valec - Engenharia,<br />

Construções e Ferrovias S.A, uma empresa do governo<br />

federal, e os recursos são oriundos do Programa de<br />

Aceleração do Crescimento (PAC).<br />

Qual a previsão de investimento?<br />

A estimativa é de R$ 6 bilhões (valor global) e de<br />

aproximadamente R$ 4,2 bilhões no trecho baiano.<br />

Qual será a área de influência da ferrovia?<br />

Trecho na Bahia = 1.100 km<br />

Municípios: Barreiras, Correntina, Jaborandi, Luís<br />

Eduardo Magalhães, São Desiderio, Bom Jesus da Lapa,<br />

Carinhanha, Coribe, Guanambi, Malhada, Palmas de<br />

Monte Alto, Riacho de Santana, Santa Maria da Vitória,<br />

Santana, São Félix do Coribe, Serra do Ramalho, Aracatu,<br />

Brumado, Caetité, Dom Basílio, Ibiassucê, Ituaçu, Lagoa<br />

Real, Livramento de Nossa Senhora, Pindaí, Rio do<br />

Antônio, Barra da Estiva, Contendas do Sincorá, Iramaia,<br />

Jequié, Manoel Vitorino, Maracás, Mirante, Tanhaçu,<br />

Aiquara, Aurelino Leal, Barra do Rocha, Gongogi,<br />

Ibirapitanga, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna, Itacaré, Itagi, Itagiba,<br />

Jitaúna, Ubaitaba, Ubatã e Uruçuca.<br />

Trecho no Tocantins = 400 km<br />

Municípios: Alvorada, Arraias, Aurora do Tocantins,<br />

Combinado, Conceição do Tocantins, Figueirópolis,<br />

Gurupi, Lavandeira, Novo Alegre, Paraná, Peixe, Ponte<br />

Alta do Bom Jesus, Sucupira, Taguatinga e Taipas do<br />

Tocantins, além de Campos Belos (GO).<br />

Quais as vantagens da construção da Fiol para o Estado da<br />

Bahia?<br />

Entre as vantagens previstas estão a redução de custos do<br />

transporte de insumos e produtos diversos, o aumento da<br />

competitividade dos produtos do agronegócio e a<br />

possibilidade de implantação de novos polos<br />

agroindustriais e de exploração de minérios, aproveitando<br />

sua conexão com a malha ferroviária nacional.<br />

Por outro lado, a ferrovia promoverá a dinamização das<br />

economias locais, alavancando novos empreendimentos na<br />

região, com aumento da arrecadação de impostos, além de<br />

geração empregos. A ferrovia deve fomentar ainda mais o<br />

desenvolvimento agrícola do oeste da Bahia.<br />

Quais os tipos de carga devem ser transportadas pela<br />

ferrovia e qual a capacidade de movimentação inicial?<br />

A Fiol facilitará o escoamento de grãos, minérios e<br />

biocombustíveis produzidos no oeste, sudoeste e sul da<br />

Bahia, além de se consolidar como uma alternativa ao<br />

escoamento da produção agroindustrial do Centro-Oeste<br />

brasileiro. Quanto à importação, a ferrovia transportará<br />

fertilizantes, derivados de petróleo do litoral para o oeste<br />

baiano e outros insumos. A capacidade de movimentação<br />

inicial é de 40 milhões de toneladas por ano.<br />

Com a ferrovia em funcionamento, há perspectivas de<br />

redução no custo de transporte de mercadorias e insumos?<br />

Sim. O custo médio no transporte das mercadorias é 30%<br />

menor que o transporte rodoviário, com a vantagem de ser<br />

mais regular, seguro e até mais rápido, uma vez que requer<br />

uma logística de transbordo moderna e eficiente, com<br />

benefícios para os produtores, para a indústria, o<br />

comércio e os consumidores em geral.<br />

Quantos empregos devem ser gerados?<br />

Cerca de 30 mil empregos diretos.<br />

Qual o prazo de conclusão?<br />

A previsão da Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias<br />

S.A é 2012.<br />

Já ocorreram audiências públicas?<br />

Sim. Elas ocorreram nas seguintes datas:<br />

24 de fevereiro de 2010 em Conceição do Tocantins (TO)<br />

25 e fevereiro de 2010 em Brumado (BA)<br />

167


27 de fevereiro de 2010 em Ilhéus (BA)<br />

De acordo com informações da Valec, a legislação não<br />

obriga novas audiências públicas, entretanto, caso haja o<br />

interesse das entidades de classe, ONGs, prefeituras ou<br />

quaisquer movimentos sociais, novos encontros poderão<br />

ser realizados para o esclarecimento de dúvidas sobre o<br />

projeto de construção da Ferrovia de Integração Oeste-<br />

Leste. O contato deve ser realizado com a Assessoria de<br />

Comunicação da empresa no Rio de Janeiro.<br />

Onde estão disponíveis as informações sobre os Editais?<br />

Na medida que forem autorizados, eles ficarão disponíveis<br />

no site da Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.<br />

Até o momento estão disponíveis os itens abaixo:<br />

Abertura das Propostas 03/08/2010<br />

Concorrência para Contratação de empresa especializada<br />

na criação, confecção e instalação de placas publicitárias a<br />

serem fixadas em locais estratégicos ao longo do percurso<br />

onde será construída a extensão sul, no trecho Ouro<br />

Verde/GO – Estrela do Oeste/SP e a Ferrovia de Integração<br />

Oeste Leste, no trecho Ilhéus – Barreiras na Bahia.<br />

23/08/2010<br />

Concorrência para Contratação de empresa para execução<br />

das Obras e Serviços de engenharia para implantação do<br />

sub- recho da Ferrovia de Integração Oeste Leste – FIOL,<br />

compreendido entre Ilhéus/BA e Barreiras/BA.<br />

09/09/2010<br />

Concorrência para Contratação de empresa de engenharia<br />

consultiva para realização de serviços técnicos<br />

especializados de gerenciamento e assessoria técnica do<br />

projeto de implantação da EF-334 – Ferrovia de Integração<br />

Oeste-Leste. 13/09/2010<br />

Concorrência para Contratação de empresa para execução<br />

dos serviços técnicos profissionais especializados para<br />

supervisão das obras de Implantação do sub-trecho da<br />

Ferrovia de Integração Oeste Leste – FIOL, compreendido<br />

entre Ilhéus/BA e Barreiras/BA. 04/11/2010<br />

Contratação de empresa para execução das obras e serviços<br />

de engenharia para construção de ponte sobre o Rio São<br />

Francisco a ser implantada entre o km 825 + 230 e o km<br />

828 + 130 do sub-trecho da Ferrovia de Integração Oeste<br />

Leste – FIOL, compreendido entre Ilhéus/BA e<br />

Barreiras/BA<br />

Qual o resultado dos sete lotes licitados pela Valec?<br />

Foi publicado no dia 22 de setembro de 2010, no Diário<br />

Oficial da União (DOU), o resultado final da licitação de<br />

três lotes da Fiol. A soma total dos três lotes é de R$<br />

1.964.790.988,59.<br />

LOTE 01: CONSÓRCIO SPA / DELTA / CONVAP, com<br />

o valor global de R$ 574.497.646,72 Trecho do Rio da<br />

Preguiça (km 1401+710) até o Terminal de Ilhéus (km<br />

1526+700)<br />

LOTE 02: CONSÓRCIO GALVÃO / OAS, com o valor<br />

global de R$ 650.414.035,89<br />

Trecho do Riacho Jacaré (km 1283+310) até o Rio da<br />

Preguiça (km 1402+710)<br />

LOTE 04: CONSÓRCIO ANDRADE GUTIERREZ /<br />

BARBOSA MELLO / SERVENG, com o valor global de<br />

R$ 739.879.305,98 Trecho do Riacho da Barroca (km 990<br />

+170) até o Rio de Contas (km 1168+450)<br />

Foi publicado no dia 01 de outubro de 2010, no Diário<br />

Oficial da União (DOU), o resultado final da licitação de<br />

quatro lotes da Fiol. A soma total dos quatro lotes é de R$<br />

2.234.193.145,27.<br />

LOTE 03: CONSÓRCIO TORC/ IVAI/ CAVAN, com<br />

o valor global de R$ 403.269.812,83 Trecho do Rio de<br />

Contas (km 1168+450) até o Riacho Jacaré (km 1283+310)<br />

LOTE 05: CONSÓRCIO MENDES JUNIOR/<br />

SANCHES TRIPOLONI / FIDENS, com o valor global de<br />

R$ 720.083.377,91 Trecho do fim da Ponte sobre o Rio São<br />

Francisco (km 828+130) até o Riacho da Barroca (km<br />

990+170)<br />

LOTE 06: CONSÓRCIO CONSTRAN/ EGESA/<br />

PEDRASUL/ ESTACON/ CMT, com valor global de R$<br />

575.110.771,42 Trecho da estrada vicinal de acesso à BR-<br />

135 (km 665+920) até o início da Ponte sobre o Rio São<br />

Francisco (825+230)<br />

LOTE 07: CONSÓRCIO OESTE-LESTE<br />

BARREIRAS: TIISA/ COWAN/ ALMEIDA COSTA/<br />

TRIER/ PELICANO, com valor global de R$<br />

535.729.183,11<br />

Trecho do Rio das Fêmeas (km 504+800) até a estrada<br />

vicinal de acesso à BR-135 (km 665+920) A soma dos sete<br />

lo<br />

168


XENOFOBIA<br />

A xenofobia é um dos fenômenos mais presentes na<br />

história e também um dos mais característicos de nossa<br />

sociedade. Em uma definição mais geral, pode-se dizer que<br />

é uma aversão pelo que é diferente, pelo outro, que<br />

geralmente nos assusta com sua alteridade. Mas é também<br />

um termo usado para denominar um transtorno psiquiátrico<br />

que gera um medo excessivo, sem controle algum, ao que<br />

é desconhecido – objetos ou pessoas. Este conceito<br />

também se estende, de forma um tanto polêmica, a<br />

qualquer discriminação de ordem racial, grupal – em<br />

referência a grupos minoritários – ou cultural. Esta acepção<br />

causa uma certa ausência de clareza, pois é assim<br />

confundida com preconceitos, e nem todos eles são<br />

considerados fobias.<br />

O repúdio a culturas diferentes geralmente traz em sua<br />

essência o ódio, a animosidade, o preconceito, embora este<br />

possa provir também de outras raízes, como opiniões<br />

preconcebidas sobre determinados grupos ou<br />

coletividades, por pura falta de informação sobre eles;<br />

conflitos ideológicos que envolvem crenças em atrito,<br />

causados por um choque conceitual; motivações políticas e<br />

outros tantos fatores. É polêmico, porém, em alguns casos,<br />

definir se há preconceito ou xenofobia, como no episódio<br />

do Nazismo. Este fato histórico envolveu grupos e culturas<br />

diferentes, violência desenfreada, crimes hediondos,<br />

desencadeados por um grupo que se encontrava no poder<br />

na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, contra<br />

pessoas que eles julgavam diferentes e inferiores. Estes<br />

indivíduos não foram apenas mortos, mas torturados,<br />

manipulados geneticamente, utilizados como cobaias em<br />

experiências terríveis, o que descarta a presença apenas de<br />

fatores político-sociais, e dão a este acontecimento um<br />

caráter doentio.<br />

Hoje, nos Estados Unidos e na Europa, há um retorno da<br />

intolerância, principalmente contra os estrangeiros, e um<br />

certo avanço de um movimento que se denomina de<br />

neofascismo, com a eleição de partidos de extrema direita.<br />

Também se ouve falar, inclusive no Brasil, na constituição<br />

de novos grupos que se auto intitulam neonazistas. A esses<br />

fenômenos os pesquisadores sociais costumam chamar de<br />

xenofobia, no seu sentido mais amplo. Mas não é<br />

complicado perceber nestes fenômenos fatores mais<br />

sociais, políticos, econômicos, do que psíquicos, embora<br />

não seja difícil atribuir aos mecanismos sociais mais<br />

recentes um componente de certa forma patológico.<br />

Em seu sentido mais restrito, a xenofobia tem como<br />

principal sintoma um medo descomedido e desequilibrado<br />

do desconhecido. Exclui-se assim o temor em seu aspecto<br />

natural. Deste ponto de vista, ela é considerada uma<br />

doença, causada por uma ansiedade de teor significativo,<br />

desencadeada após um período de exposição a um contexto<br />

ou a um objeto desconhecido e, por isso mesmo,<br />

assustador. As pessoas que apresentam traços tenazes de<br />

terror irracional e passam a evitar situações que consideram<br />

arriscadas, podem inclusive ser suscetíveis a uma crise de<br />

pânico. Com estes sintomas, o indivíduo tem sua rotina<br />

alterada e até mesmo prejudicada.<br />

O tratamento da xenofobia envolve geralmente o uso de<br />

uma terapia comportamental. O paciente é exposto à<br />

situação traumática, neste caso ao contexto de<br />

estranhamento que lhe provoca terror. Aos poucos, a<br />

pessoa se conscientizará de que essas circunstâncias não<br />

representam o perigo e a ameaça que ela supunha. Esta<br />

técnica é chamada de dessensibilizarão sistemática,<br />

elaborada por Joseph Wolpe, entre 1952 e 1958. Esta<br />

terapia tem sido considerada a mais eficaz nestes casos de<br />

fobia.<br />

169


RACISMO<br />

O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de<br />

pensar em que se dá grande importância à noção da<br />

existência de raças humanas distintas e superiores umas às<br />

outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e<br />

sua relação entre características físicas hereditárias, e<br />

determinados traços de carácter e inteligência ou<br />

manifestações culturais, são superiores a outros.<br />

O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto<br />

de opiniões pré concebidas onde a principal função é<br />

valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos,<br />

em que alguns acreditam ser superiores aos outros de<br />

acordo com sua matriz racial. A crença da existência de<br />

raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para<br />

justificar a escravidão, o domínio de determinados povos<br />

por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a<br />

história da humanidade.<br />

Os racistas definem uma raça como sendo um grupo de<br />

pessoas que têm a mesma ascendência. Diferenciam as<br />

raças com base em características físicas como a cor de<br />

pele e o aspecto do cabelo. Investigações recentes provam<br />

que a “raça” é um conceito inventado. A noção de “raça”<br />

não possui qualquer fundamento biológico. A palavra<br />

“racismo” é igualmente usada para descrever um<br />

comportamento abusivo ou agressivo para com os<br />

membros de uma “raça inferior”.<br />

O racismo reveste-se de várias formas nos diversos países,<br />

consoante a sua história, cultura e outros fatores sociais.<br />

Uma forma relativamente recente de racismo, por vezes<br />

denominada “diferenciação étnica ou cultural”, defende<br />

que todas as raças e culturas são iguais, mas não se deviam<br />

misturar, de maneira a conservar a sua originalidade. Não<br />

há nenhuma prova científica da existência de raças<br />

diferentes. A biologia só identificou uma raça: a raça<br />

humana.<br />

A importância que o homem dá à cor da pele do seu<br />

semelhante, é deveras preocupante. Na realidade, em<br />

muitos casos a diferença da cor da pele é uma barreira<br />

muito mais determinante para a comunicação entre as<br />

pessoas do que a própria diferença linguística, isto pode ser<br />

considerado um fenómeno antinatural, uma vez que não<br />

vemos na natureza os animais minimamente preocupados<br />

com as diferenças de pelagem ou penas.<br />

A diferença de cor entre as pessoas tem uma explicação<br />

científica para a qual o homem não contribui<br />

minimamente: a maior ou menor concentração de melanina<br />

da pele, que torna a pele da pessoa mais o menos escura.<br />

"O racismo começa quando a diferença, real ou<br />

imaginária, é usada para justificar uma agressão. Uma<br />

agressão que assenta na incapacidade para compreender<br />

o outro, para aceitar as diferenças e para se empenhar no<br />

diálogo".<br />

Mário Soares, antigo presidente de Portugal<br />

Xenofobia<br />

Xenofobia quer dizer aversão a outras raças e culturas.<br />

Muitas vezes é característica de um nacionalismo<br />

excessivo. A xenofobia é um medo intensivo,<br />

descontrolado e desmedido em relação a pessoas ou grupos<br />

diferentes, com as quais nós habitualmente não<br />

contatamos.<br />

«A criatividade só pode ter origem na diferença.»<br />

Yehudi Menuhin, violinista e defensor dos direitos do<br />

Homem<br />

Discriminação racial<br />

Entende-se por discriminação racial qualquer distinção,<br />

exclusão, restrição ou preferência em função da raça,<br />

origem, cor ou etnia, que tenha por objetivo ou produza<br />

como resultado a anulação ou restrição do reconhecimento,<br />

fruição ou exercício, em condições de igualdade, de<br />

direitos, liberdades e garantias ou de direitos económicos,<br />

sociais e culturais.<br />

Uma das formas de descriminação racial é:<br />

>> A intolerância - é a falta de respeito pelas práticas e<br />

convicções do outro. Aparece quando alguém se recusa a<br />

deixar outras pessoas agirem de maneira diferente e terem<br />

opiniões diferentes. A intolerância pode conduzir ao<br />

tratamento injusto de certas pessoas em relação ás suas<br />

convicções religiosas, sexualidade ou mesmo à sua<br />

maneira de vestir. Está na base do racismo, do<br />

antissemitismo, da xenofobia e da discriminação em geral.<br />

Frequentemente, pode conduzir à violência. A intolerância<br />

não aceita.<br />

Contudo, existem formas de combate à discriminação<br />

racial.<br />

Meios jurídicos de combate ao racismo e a<br />

xenofobia<br />

Legislação que proíbe as descriminações no exercício de<br />

direitos, por motivos baseados na raça, cor nacionalidade<br />

170


ou origem étnica: Lei nº 134/99, de 28 de Agosto; Decreto-<br />

Lei nº 111/2000, de 4 de Julho.<br />

- A igualdade é a característica do que é igual. O que<br />

significa que nenhuma pessoa é mais importante que outra,<br />

quaisquer que sejam os seus pais e a sua condição social.<br />

Naturalmente, as pessoas não têm os mesmos interesses e<br />

as mesmas capacidades, nem estilos de vida idênticos.<br />

Consequentemente, a igualdade entre as pessoas significa<br />

que todos têm os mesmos direitos e as mesmas<br />

oportunidades. No domínio da educação e do trabalho,<br />

devem dispor de oportunidades iguais, apenas dependentes<br />

dos seus esforços. A igualdade só se tornará uma realidade<br />

quando todos tiverem, em termos idênticos, acesso ao<br />

alojamento, à segurança social, aos direitos cívicos e à<br />

cidadania.<br />

- O interculturalismo consiste em pensar que nós<br />

enriquecemos através do conhecimento de outras culturas<br />

e dos contactos que temos com elas e que desenvolvemos<br />

a nossa personalidade ao encontrá-las. As pessoas<br />

diferentes deveriam poder viver juntas apesar da sua<br />

diferença cultural. O interculturalismo é a aceitação e o<br />

respeito pelas diferenças.<br />

«Crer no interculturalismo é crer que se pode aprender e<br />

enriquecer através do encontro com outras culturas.»<br />

UNIDOS para uma ação intercultural<br />

O racismo e a xenofobia na Europa<br />

A Europa, tal como os restantes continentes, vive sob o<br />

impacte da globalização, de uma maior mobilidade<br />

internacional e do incremento dos fluxos migratórios. O<br />

aumento da intolerância política, religiosa e étnica bem<br />

como o desencadear de vários conflitos armados, dentro e<br />

fora do espaço europeu, provocaram a saída de inúmeros<br />

contingentes populacionais das suas terras, refugiados nem<br />

sempre bem acolhidos em ambientes que lhes são pouco<br />

familiares. Carências económicas, a par de problemas<br />

sociais vividos pelos cidadãos de determinado Estado, têm<br />

contribuído para o surgimento de tensões evidenciadas sob<br />

formas de racismo "flagrante" e "subtil" contra<br />

determinados grupos, entre os quais comunidades<br />

migrantes e minorias étnicas ou religiosas (por exemplo, os<br />

ciganos, os judeus, os muçulmanos). Tais ressentimentos<br />

têm sido agravados pelo fomento de doutrinas xenófobas<br />

por parte de partidos políticos, designadamente os de<br />

extrema-direita, que não só deles se aproveitam para<br />

justificar períodos de maior vulnerabilidade económicosocial<br />

no seu próprio país, como ainda, através dos<br />

nacionalismos exacerbados patentes nos seus discursos,<br />

adicionam às ideologias já enraizadas novas ondas de<br />

intolerância. Embora tendo presentes os maus exemplos do<br />

passado (Holocausto, apartheid, etc.), a verdade é que<br />

sentimentos desta natureza persistem na Europa, em<br />

prejuízo de indivíduos ou coletivos segregados,<br />

independentemente do seu nível económico e da partilha<br />

ou não dos valores, princípios e matrizes fundamentais da<br />

sociedade de acolhimento. Em todo o caso, os níveis e<br />

expressões de racismo variam muito de país para país,<br />

espelhando não só diferentes posturas e modos de lidar<br />

com a presença de imigrantes, minorias étnica e<br />

estrangeiros, como também políticas mais ou menos<br />

consistentes de combate à discriminação (saliente-se a<br />

atenção depositada pela Holanda e Reino Unido a estas<br />

questões).<br />

«A Europa é uma sociedade multicultural e multinacional<br />

que se enriquece com esta variedade. No entanto, a<br />

constante presença do racismo na nossa sociedade não<br />

pode ser ignorada. O racismo toca toda a gente. Degrada<br />

as nossas comunidades e gera insegurança e medo.»<br />

Pádraig Flynn, Comissário Europeu<br />

É preciso...<br />

A atitude perante o "outro" depende em larga medida de<br />

uma sobreposição, por vezes contraditória, de identidades,<br />

influências e lealdades, cuja interação resulta numa<br />

disposição particular para a cooperação transnacional. De<br />

forma a podermos combater os impulsos conflituosos que<br />

derivam de todo este contexto, é preciso encontrar o que<br />

Talcot Parsons chama de "core system of shared meaning".<br />

É preciso, nacional e internacionalmente, promover um<br />

relacionamento institucional, económico, político, social e<br />

interpessoal coerente.<br />

Esta coerência passa pelo reforço da<br />

interculturalidade. E esta assenta no conhecimento do<br />

"outro", daí a sua importância fundamental no combate ao<br />

racismo e à xenofobia, que assentam em preconceitos<br />

resultantes do desconhecimento ou conhecimento<br />

deturpado.<br />

A interculturalidade é uma batalha a ganhar gradualmente<br />

e vários são os campos onde podem ser levadas a cabo<br />

ações decisivas. A Educação é, sem dúvida, uma das áreas<br />

onde numerosas vitórias podem ser conseguidas. Não é, na<br />

verdade, uma tarefa fácil mas é certamente uma das vias a<br />

seguir dada a sua influência estrutural na preparação dos<br />

cidadãos de amanhã.<br />

171


Organizações de apoio às vítimas de racismo e<br />

xenofobia<br />

O SOS RACISMO foi criado em 10 de Dezembro de 1990.<br />

A sua criação partiu da iniciativa de um grupo de pessoas<br />

que, assim, se propôs lutar contra o Racismo e a Xenofobia<br />

em Portugal, contribuindo para a formação de uma<br />

sociedade em que todos tenham os mesmos direitos.<br />

O SOS RACISMO constitui uma associação sem fins<br />

lucrativos, tendo-lhe sido atribuído o estatuto de utilidade<br />

pública em 1996. Desde da data da sua criação, o SOS<br />

RACISMO tem vindo a desenvolver atividades<br />

diversificadas, que abrangem cada vez mais áreas de<br />

intervenção, de forma a tornar possível uma ação conjunta<br />

nos vários sectores da sociedade portuguesa.<br />

Há igualmente um esforço no sentido de colaborar com<br />

outras associações anti racistas e de imigrantes a nível<br />

nacional. O SOS RACISMO desenvolve, igualmente,<br />

atividades e ações em conjunto com outras associações de<br />

países europeus, estando atualmente ativamente envolvido<br />

na criação de uma rede anti racista europeia, em conjunto<br />

com vários países da Europa. A associação tem vindo a<br />

crescer e, apesar de a maioria do trabalho realizado seja<br />

efetuado por voluntários, dispõe já, de um número<br />

significativo de núcleos espalhados por diversos pontos do<br />

país.<br />

Principais objetivos:<br />

O SOS RACISMO propõe-se trabalhar no sentido de<br />

contribuir para a criação de uma sociedade justa, igualitária<br />

e multicultural, sem racismo e xenofobia. Para alcançar, ou<br />

pelo menos, aproximar-se desse ideal, existem variados<br />

objetivos específicos a concretizar<br />

Criação de infra–estruturas de apoio às populações<br />

imigrantes e das minorias étnicas;<br />

A criação de uma política concreta de inserção das<br />

minorias étnicas na sociedade portuguesa;<br />

Concepção de um quadro jurídico – legal susceptível de<br />

punir eficazmente comportamentos racistas e xenófobos;<br />

Consciencialização e responsabilização das autoridades e<br />

população portuguesa face à problemática da<br />

discriminação racial e xenófoba;<br />

Estabelecimento de uma ação consertada, entre a<br />

diversas associações de direitos humanos, de imigrantes<br />

e anti – racistas; Motivação e mobilização dos imigrantes<br />

e minorias étnicas no sentido de fazer valer os seus direitos;<br />

A AI foi criada pelo advogado britânico Peter Benenson em<br />

1961. Ele ficou chocado ao ler a notícia de um jornal sobre<br />

o caso de dois estudantes portugueses que tinham sido<br />

condenados a sete anos de prisão por terem feito um brinde<br />

à "liberdade" num restaurante em Portugal. Benenson<br />

começou a pensar nas formas de convencer o governo<br />

português bem como outros governos autoritários a libertar<br />

vítimas de injustiça. Com o objetivo de conseguir a<br />

liberdade de prisioneiros políticos, Benenson e outros<br />

ativistas lançaram uma campanha designada por "Apelo a<br />

favor de uma Amnistia em 1961" que se prolongou por um<br />

ano. A campanha foi divulgada internacionalmente a 28 de<br />

Maio de 1961 através de um artigo num jornal sob o título<br />

"Prisioneiros Esquecidos".<br />

A AI é independente de qualquer governo, partido político<br />

ou credo religioso. Depende de contribuições individuais e<br />

de donativos dos seus membros e simpatizantes espalhados<br />

pelo mundo inteiro. Para proteger a independência da<br />

organização, todas as contribuições são estritamente<br />

controladas por diretrizes emitidas pelo Conselho<br />

Internacional. A AI tem estatuto consultivo nas Nações<br />

Unidas (ECOSOC), na Unesco e no Conselho da Europa.<br />

Tem relações de cooperação com a Comissão<br />

Interamericana de Direitos Humanos, a Organização dos<br />

Estados Americanos (OAU) e a Organização de Estados<br />

Americanos (OEA).<br />

É membro da Comissão para o Realojamento e Educação<br />

de Refugiados Africanos, da Organização da Unidade<br />

Africana.<br />

Em 1977 recebeu o Prémio Nobel da Paz.<br />

A Organização das Nações Unidas nasceu oficialmente a<br />

24 de Outubro de 1945, data em que a sua Carta foi<br />

ratificada pela maioria dos 51 Estados Membros<br />

fundadores. O dia é agora anualmente celebrado em todo o<br />

mundo como Dia das Nações Unidas.<br />

O objetivo da ONU é unir todas as nações do mundo em<br />

prol da paz e do desenvolvimento, com base nos princípios<br />

de justiça, dignidade humana e bem-estar de todos. Dá aos<br />

países a oportunidade de tomar em consideração a<br />

interdependência mundial e os interesses nacionais na<br />

busca de soluções para os problemas internacionais.<br />

Atualmente a Organização das Nações Unidas é composta<br />

por 191 Estados Membros. Reúnem-se na Assembleia<br />

Geral, que é a coisa mais parecida com um parlamento<br />

mundial. Cada país, grande ou pequeno, rico ou pobre, tem<br />

um único voto; contudo, as decisões tomadas pela<br />

Assembleia não são vinculativas. No<br />

172


entanto, as decisões da Assembleia tornam-se resoluções,<br />

que têm o peso da opinião da comunidade internacional.<br />

A sede das Nações Unidas fica em Nova Iorque, nos<br />

Estados Unidos, mas o terreno e os edifícios são território<br />

internacional. A ONU tem a sua própria bandeira, correios<br />

e selos postais. São utilizadas seis línguas oficiais: Árabe,<br />

Chinês, Espanhol, Russo, Francês e Inglês – as duas<br />

últimas são consideradas línguas de trabalho. A sede das<br />

Nações Unidas na Europa fica em Genebra, Suíça. Têm<br />

escritórios em Viena, Áustria, e Comissões Regionais na<br />

Etiópia, Líbano, Tailândia e Chile.<br />

O Secretariado das Nações Unidas é chefiado pelo<br />

Secretário-Geral. O logótipo da ONU representa o mundo<br />

rodeado por ramos de oliveira, símbolo da paz.<br />

Os objetivos das Nações Unidas:<br />

- Manter a paz em todo o mundo.<br />

- Fomentar relações amigáveis entre nações.<br />

- Trabalhar em conjunto para ajudar as pessoas a viverem<br />

melhor, eliminar a pobreza, a doença e o analfabetismo no<br />

mundo, acabar com a destruição do ambiente e incentivar<br />

o respeito pelos direitos e liberdades dos outros.<br />

Ser um centro capaz de ajudar as nações a alcançarem estes<br />

objetivos.<br />

Líbano, Palestina e Israel<br />

Os jornais escritos e a TV têm relatado quotidianamente o<br />

violento conflito no Líbano envolvendo Israel e o grupo<br />

Hezbollah, possível sequestrador de soldados israelenses.<br />

Por vezes, a grande opinião pública não tem clareza das<br />

origens deste conflito e dos diversos enfrentamentos que<br />

ocorrem na região.<br />

É importante perceber que as batalhas do Líbano fazem<br />

parte de um contexto maior e este conflito não surge ao<br />

acaso, ao mesmo tempo em que não é fruto exclusivo de<br />

diferenças religiosas ou étnicas. A disputa no Oriente<br />

Médio é uma disputa entre várias nacionalidades pelo<br />

direito a um território digno para seus povos.<br />

A grande diferença entre Israel e seus vizinhos é a<br />

reivindicação do mesmo espaço geográfico. Nesta luta, os<br />

israelenses contam com um auxílio nada desprezível dos<br />

EUA e de outras potências da atualidade que dão a este<br />

pequeno país um dos mais completos exércitos do mundo.<br />

Israel é um dos países que mais recebe investimentos norte<br />

americanos em armamentos.<br />

Do outro lado, temos os povos libaneses, palestinos, entre<br />

outros. São povos excluídos por este arsenal bélico desde<br />

o distante 1948, quando a ONU autorizou a instalação de<br />

um Estado judeu nas terras pertencentes naquele momento<br />

aos povos palestinos. Foi uma grande vitória do chamado<br />

Movimento Sionista, que desde 1897 junto às suas<br />

concepções conservadoras, trabalhou no sentido da<br />

colonização da palestina dizendo ser uma forma de ajuda<br />

aos irmãos judeus mais pobres, o que na verdade é uma<br />

retórica que escondeu o verdadeiro projeto sionista que<br />

pretendia salvaguardar as riquezas judias do crescente<br />

antissemitismo na Europa entre 1930 e 1940.<br />

Para eles, era melhor enviar boa parte dos descendentes<br />

judeus para um lugar como o Oriente Médio cumprindo<br />

vários propósitos, inclusive indo além da mística e da<br />

religião: há a necessidade de um Estado tampão obediente<br />

naquela região islâmica, conflituosa com os interesses<br />

norte-americanos pelas concepções histórias do Alcorão.<br />

Apesar das vantagens materiais desde sua fundação, os<br />

exércitos israelenses enfrentam dificuldades para combater<br />

grupos armados e a ação popular daqueles que são movidos<br />

pela necessidade de conquistar terra e justiça nas suas<br />

vidas.<br />

Especificamente neste conflito atual, Israel reage de<br />

maneira desproporcional afetando a vida de centenas de<br />

civis de diversas nacionalidades. Agem por cima das<br />

deliberações da ONU, entidade enfraquecida ante as ações<br />

das grandes potências e de seus aliados. A ação do<br />

Hezbollah se insere num contexto de enfrentamento militar<br />

e assim deveria ser enfrentado, sem ameaça para civis.<br />

A agressão israelense no território libanês merece o repúdio<br />

internacional e de todos que acreditam na justiça e nos<br />

direitos mínimos do cidadão. Israel precisa resolver seus<br />

problemas sem colocar em risco a vida de inocentes em<br />

todas as faixas etárias. Nada justifica o terrorismo oficial<br />

do Estado israelense, nem o combate ao terrorismo não<br />

oficial do Hezbollah.<br />

De qualquer maneira, são mínimas as chances de paz<br />

enquanto houver o Estado israelense historicamente<br />

invasor e agressor das nacionalidades daquela região.<br />

Independente da origem semita comum entre israelenses e<br />

seus vizinhos (desde os antigos hebreus e filisteus), nem a<br />

diáspora judaica nem o holocausto da Segunda Guerra<br />

justificam o massacre e o terrorismo estatal perpetrado há<br />

décadas pelo Estado judeu. A luta pela paz exige justiça e<br />

também é uma luta contra o Estado de Israel, por um<br />

Estado multiétnico palestino na região e pelo fim dos<br />

cemitérios libaneses e palestinos oriundos destes conflitos.<br />

173


O Conflito entre Israelenses e Palestinos no Oriente Médio<br />

e as Consequências no Mundo do Petróleo Keyla Sarges<br />

Marruaz<br />

Descoberto no início do século XX, o petróleo se tornou<br />

um dos mais importantes elementos da economia mundial.<br />

Além de usado como combustível, vários outros derivados<br />

colocam o petróleo como base da economia de muitos<br />

países, sendo alvo de cobiça e sinal de riqueza para quem<br />

detém as jazidas.<br />

O Oriente Médio, logo após a Primeira Guerra Mundial, já<br />

era o maior produtor petrolífero do mundo e, por isso,<br />

despertava o interesse das grandes potências.<br />

Assim, os países europeus, interessados no petróleo e na<br />

posição estratégica da região, passaram a dominar a área.<br />

Houve, então, uma partilha dos países do Oriente Médio<br />

entre França e Inglaterra, que passaram a dominar as<br />

empresas de exploração de petróleo. Para citar um<br />

exemplo, em 1926, a Irak Petroleum Company foi repartida<br />

entre Inglaterra, que detinha 52,5% das ações; França, com<br />

21,25% e EUA, com 21,25%; restando ao Iraque somente<br />

5%. Cerca de 90% da produção mundial passou para o<br />

controle de um cartel constituído por uma oligarquia<br />

de sete companhias petroleiras internacionais, conhecidas<br />

como as "Sete Irmãs", das quais cinco eram norteamericanas.<br />

São elas: Standard Oil of New Jersey, agora<br />

conhecida por Exxon; Standard Oil of California, agora<br />

Chevron; Gulf, agora parte da Chevron; Mobil e Texaco;<br />

uma britânica, British Petroleum e uma anglo-holandesa<br />

(Royal Dutch-Shell). Após a Primeira Grande Guerra<br />

Mundial, as "sete" formaram joint ventures para a<br />

exploração de campos petrolíferos estrangeiros.¹<br />

a maioria dos petrodólares eram investidos nos grandes<br />

centros dos países ricos (EUA, Canadá, Japão, Grã-<br />

Bretanha, Alemanha, França e Itália), restando 7% de<br />

investimentos aos 22 países árabes.<br />

Com a qualidade de vida da população baixando, um forte<br />

sentimento de independência surgiu nos países árabes. Os<br />

produtores de petróleo passaram a pressionar as "Sete<br />

Irmãs" estabelecendo uma divisão de lucro de meio a meio<br />

e, em 1960, criaram a Opep (Organização dos Países<br />

Exportadores de Petróleo), cujos países membros são:<br />

Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Catar,<br />

Kuwait, Iraque, Líbia, Indonésia, Nigéria, Venezuela e<br />

Argélia, para organizar e fortalecer essa política de<br />

independência frente às grandes potências. Assim, a Opep<br />

conseguiu diminuir o poder das companhias petrolíferas<br />

internacionais e estabelecer total domínio sobre a produção<br />

e comercialização de seus produtos.²<br />

A Primeira Guerra Mundial veio demonstrar que o petróleo<br />

era imprescindível e estratégico para todas as nações que<br />

buscavam o progresso. As empresas europeias<br />

intensificaram as pesquisas em todo o Oriente Médio. Elas<br />

comprovaram que 70% das reservas mundiais de petróleo<br />

estavam no Oriente Médio e provocaram uma reviravolta<br />

na exploração do produto. Um tempo depois, países como<br />

Iraque, Irã e Arábia Saudita ganharam alto poder no jogo<br />

da produção petrolífera.<br />

E foi nesse contexto de domínio das reservas que<br />

aconteceram as três grandes crises do petróleo.³ A primeira<br />

foi em 1973, quando o mundo vivia uma época de<br />

crescimento industrial. As máquinas eram completamente<br />

dependentes do petróleo para funcionar. Se aproveitando<br />

dessa situação, os árabes, maiores produtores, entraram em<br />

conflito com Israel, país que contava com o apoio dos EUA<br />

(país que menos sofreu, porque tinha uma grande reserva<br />

de petróleo e porque os petrodólares eram investidos no<br />

mercado americano) e Europa. Como represália, os árabes<br />

decidiram boicotar o Ocidente, cortando a extração de<br />

petróleo em 25%. O preço do barril saltou de U$ 2,00 para<br />

U$ 12,00.<br />

174<br />

Como consequência desse imperialismo, houve um grande<br />

êxodo rural na região, o abandono do “campo” em busca<br />

das grandes centros econômicos, principalmente do Egito<br />

para os países do Golfo Pérsico (Arábia Saudita, Emirados<br />

Árabes Unidos, Kuwait, Barém, Omã e Qatar), provocando<br />

desequilíbrios populacionais e econômicos. Apenas uma<br />

pequena classe de privilegiados tinha acesso ao dinheiro e


Na segunda crise, em 1979, além dos donos dos poços de<br />

petróleo (os árabes) mais uma vez reduzirem sua<br />

produção, conjunturas políticas externas fizeram com que<br />

o preço subisse violentamente, saltando para a casa dos U$<br />

40,00, provocando desespero nos países importadores de<br />

petróleo. Para sair dessa dependência, os países<br />

importadores passaram a desenvolver formas alternativas<br />

de combustíveis como o álcool, a energia nuclear e o<br />

carvão mineral. A exploração de jazidas de petróleo<br />

também se intensificou em muitos países. No Brasil, o<br />

projeto Proálcool e o aperfeiçoamento da Petrobras foram<br />

as maneiras encontradas para contornar o problema da alta<br />

do preço.<br />

Na terceira crise, houve então, a Guerra do Golfo em 1991,<br />

quando o Iraque invadiu e anexou o Kuwait, o que gerou<br />

um forte conflito. O motivo foi o baixo preço do petróleo<br />

no mercado mundial no início da década de 90, além do<br />

Iraque sintetizar uma dívida externa de US$ 80 bilhões. Foi<br />

então que Saddam Hussein bombardeou os poços de<br />

petróleo kuwaitianos antes da retirada, acusando o país<br />

(Kuwait) de causar baixa no preço do petróleo, vendendo<br />

mais que a cota estabelecida pela OPEP. Toda essa história<br />

gerou uma grande especulação que fez com que os preços<br />

oscilassem, intensamente.<br />

A incursão do Oriente Médio na dominação de suas<br />

produções de petróleo, principalmente a partir de 1973,<br />

trouxe junto muitas guerras, concentração de renda e<br />

aumento das desigualdades sociais. Os conflitos religiosos<br />

e territoriais, que sempre marcaram a região, se<br />

intensificaram com a questão do petróleo.<br />

Apesar do grande salto registrado na produção nacional, a<br />

Petrobras não pode produzir combustíveis usando apenas o<br />

petróleo brasileiro. É muito pesado. A empresa utiliza o<br />

petróleo iraquiano do tipo "basra light", um óleo de alta<br />

qualidade que é usado principalmente para produção de<br />

óleos lubrificantes pela Refinaria Duque de Caxias<br />

(Reduc), no Rio de Janeiro. Essa refinaria foi construída<br />

para processar dois tipos de petróleo leve que a Petrobras<br />

importa do Oriente Médio: além do iraquiano "basra", ela<br />

usa o tipo "arabian light", produzido pela Arábia Saudita. 5<br />

Com todo esse dinamismo do mercado, a Petrobras busca<br />

rentabilidade, mas acredito que se faz necessário que ela<br />

adote uma política que gere lucro sem prejudicar a<br />

qualidade de vida da população brasileira, a estabilidade de<br />

sua economia e a nossa competitividade internacional.<br />

Um fato que agravou toda essa discussão foi Saddan<br />

Hussein ter passado a vincular a retirada de suas tropas do<br />

Kuwait com a criação de um Estado Palestino, fazendo<br />

crescer os conflitos entre judeus e palestinos em Israel. Os<br />

Estados Unidos se aliaram a Israel, para dominarem as<br />

fontes petrolíferas e avançarem no seu projeto de<br />

hegemonia mundial. Para isso, enviam, anualmente, mais<br />

de 4 bilhões de dólares para o país, além de transferirem<br />

armamentos e tecnologia militar e prestarem apoio político<br />

àquele Estado em todos os fóruns internacionais.³<br />

Desde então, o Oriente Médio se tornou palco de conflitos.<br />

O motivo da guerra está muito além das diferenças<br />

religiosas, passa pelo controle de fronteiras, de terras e pelo<br />

domínio de regiões petrolíferas.³ E este aumento do<br />

petróleo internacional, não afetará o abastecimento do<br />

produto ao Brasil, mas influenciará no preço (volatilidade),<br />

que é o que já está acontecendo quando a Petrobras<br />

anunciou um reajuste interno do combustível a uma<br />

variação de 5% nos preços internacionais a cada 15 dias. 4<br />

175


176<br />

AS ORIGENS DA CRISE ENERGÉTICA<br />

BRASILEIRA<br />

Mauricio Tolmasquim<br />

O ano de 2001 certamente vai ficar marcado na memória<br />

dos brasileiros não apenas pelo impacto econômico que o<br />

racionamento de energia causará, tais como a redução do<br />

crescimento econômico, aumento do desemprego, aumento<br />

do déficit da balança comercial, perda de arrecadação de<br />

impostos e efeito inflacionário, mas também, pelos grandes<br />

incômodos que a privação de energia causará à população.<br />

Se por um lado, é infrutífero ficar procurando culpados<br />

para a crise atual, por outro é fundamental ter claro quais<br />

as suas verdadeiras causas. Primeiro por respeito a<br />

população, que merece conhecer as verdadeiras causas da<br />

privação a que será submetida e segundo pelo risco do setor<br />

elétrico continuar àa deriva na ausência de um diagnóstico<br />

correto das origens da crise que o Brasil vive. Este será o<br />

objetivo principal deste artigo.<br />

Ao contrário do que o governo brasileiro quer dar a<br />

entender, esta crise não é uma fatalidade, fruto de um<br />

capricho da natureza. Os reservatórios brasileiros são<br />

projetados para enfrentar momentos de seca como o que o<br />

Brasil vive hoje. Em função da aleatoriedade das chuvas,<br />

os reservatórios de acumulação de águas são concebidos<br />

para atender a vários anos. É fundamental operá-los<br />

portanto de forma cuidadosa, utilizando uma lógica de<br />

operação de longo prazo. Ou seja, o ritmo de uso das águas<br />

do reservatório em um dado ano terá consequência nos<br />

anos seguintes. Para se evitar a escassez de energia no ano<br />

seco, guarda-se água durante o período chuvoso. Assim, no<br />

ano chuvoso tem-se a falsa impressão de que existe<br />

capacidade ociosa de geração. Na realidade não há sobras<br />

de energia, pois os recursos hídricos represados nos<br />

reservatórios serão transformados em energia no futuro.<br />

Entre 1990 e 2000 o consumo cresceu 49% enquanto a<br />

capacidade instalada foi expandida em apenas 35%. Se o<br />

Brasil tivesse um sistema termelétrico, este descompasso<br />

entre o crescimento da demanda e o crescimento da oferta<br />

já teria feito o país racionar há muito tempo. Se o Brasil<br />

não teve de racionar antes, foi porque utilizou no passado<br />

recente água guardada para ser consumida hoje. Com o uso<br />

das reservas os riscos de déficit de energia foram<br />

aumentando.<br />

A visão da gravidade da situação fez com que no<br />

documento elaborado por Luiz Pinguelli Rosa, Roberto<br />

Araújo, Mauricio Tiomno Tolmasquim e Sebastião Soares<br />

em agosto do ano passado alertassem:<br />

"O acréscimo da capacidade de geração nos últimos 3 anos<br />

ultrapassou a média de 2000 MW anuais. Fosse o Brasil<br />

atendido por usinas termelétricas, observadas estes déficit<br />

de novas unidades, já estaríamos sob racionamento. Se não<br />

estamos é porque estamos consumindo hoje a energia<br />

guardada nos reservatórios para ser consumida em 2001.<br />

Essa maleabilidade, só um sistema hídrico como o<br />

brasileiro proporciona. Essa vantagem, entretanto, pode ser<br />

utilizada para esconder da sociedade a real situação de<br />

deterioração das reservas e da confiabilidade do sistema. O<br />

atual governo está se utilizando dessa situação para<br />

camuflar o desabastecimento que se torna cada dia mais<br />

provável. Essa política de utilização desses recursos é<br />

predatório e atende as necessidades do presente<br />

comprometendo o futuro”. O futuro chegou e como foi<br />

previsto a água está fazendo falta.<br />

A depleção dos reservatórios ocorreu em um período<br />

relativamente curto de tempo. Ao final de 1997, os<br />

reservatórios terminaram o período seco com 66% de água<br />

armazenada. Já no final do ano passado, no final do período<br />

seco, o nível dos reservatórios estava em apenas 28%, fato<br />

este que foi até comemorado pelo governo, já que em 1999<br />

no final do período seco tinha-se chegado a dramática<br />

marca de 18%. Naquele momento ficou nítido que tinha-se<br />

abandonado a gestão plurianual dos reservatórios,<br />

passando-se a depender a cada início de período chuvosos,<br />

da boa vontade de São Pedro.<br />

Os responsáveis pela gestão da energia no Brasil vivem<br />

dizendo que bastaria chover 85% da média histórica (média<br />

dos últimos 20 anos), para não haver problemas. Ou seja,<br />

que o Brasil está sofrendo hoje a consequência de um<br />

fenômeno raro. É importante dizer que nos últimos 70<br />

anos, o Brasil teve 23 anos com níveis de chuvas abaixo<br />

dos 85% da média de longo prazo, e nem por isso<br />

houveram 23 anos de racionamento. Isto porque sempre foi<br />

respeitada a gestão plurianual das reservas.<br />

O abandono da gestão plurianual e a depleção das reservas<br />

é consequência inevitável do descompasso entre o<br />

crescimento do consumo de energia e da capacidade<br />

instalada. Assim, para ser justo e evitar mal entendidos é<br />

importante deixar claro que a culpa da situação atual não<br />

pode ser atribuída a uma má operação do sistema, e sim à<br />

pequena expansão do sistema elétrico.<br />

Além da lógica de operação de longo prazo, o sistema<br />

elétrico brasileiro se caracteriza por uma gestão integrada<br />

das usinas. Como o Brasil é um país de dimensões<br />

continentais, algumas bacias hidrográficas estão sob<br />

regimes pluviométricos diferentes. A gestão integrada das<br />

usinas permite obter uma maior disponibilidade de energia,


através de um sistema cooperativo, onde as regiões que<br />

tenham em um determinado período do ano excesso de<br />

água fornecem energia para as regiões onde haja falta de<br />

água. Esta estratégia evita vertimentos desnecessários.<br />

Assim as usinas hidráulicas brasileiras, quanto mais<br />

conectadas, mais energia oferecem. Um bom exemplo é a<br />

linha Norte-Sul, cuja construção acrescentou uma<br />

disponibilidade de energia garantida de cerca de 600<br />

MWmédios, o equivalente à Usina Nuclear Angra I, como<br />

acréscimo da capacidade de geração.<br />

Esta gestão integrada, aliás, é uma característica bem<br />

brasileira que quase o Brasil perdeu no início da Reforma<br />

do Setor Elétrico. A consultora inglesa, Coopers e Lybrand,<br />

contratada pelo governo brasileiro para introduzir um<br />

modelo competitivo no setor, em seu primeiro relatório,<br />

propõe a introdução de uma cópia exata do modelo inglês<br />

no Brasil, esquecendo que no Brasil a geração de origem<br />

hídrica supera 90% da capacidade instalada de geração,<br />

enquanto a Inglaterra é um país majoritariamente<br />

termelétrico.<br />

Felizmente, os técnicos brasileiros, os quais tinham sido<br />

inicialmente afastados do processo, tiveram em certo<br />

momento acesso ao relatório e puderam alertar que o<br />

Brasil, ao abrir mão da gestão interligada de suas usinas,<br />

estaria perdendo o equivalente a 22% da energia<br />

disponível. Caso o Brasil tivesse adotado o modelo<br />

inicialmente proposto pelos consultores ingleses, estaria<br />

abrindo mão do equivalente a geração de uma Itaipu.<br />

A gestão integrada das usinas foi preservada, substituindose<br />

apenas o GCOI (Grupo Coordenador da Operação<br />

Interligado) pelo NOS (Operador Nacional do Sistema).<br />

Contudo, para que o país possa tirar proveito deste sistema<br />

interligado, é necessário que o sistema de transmissão<br />

acompanhe o crescimento da capacidade instalada. E,<br />

infelizmente, faltaram investimentos importantes na<br />

ampliação da transmissão.<br />

Em 1995, o governo decretou que a expansão da rede de<br />

transmissão, que era feita pelas estatais, deveriam ser feitas<br />

através de licitações. Contudo, a primeira licitação só veio<br />

a ocorrer ao final de 1999, sendo que só no 2º semestre de<br />

2000 foi licitada a linha Ibiuna-Batéas, ligando São Paulo<br />

à Curitiba. Esta licitação foi ganha por Furnas, que teria<br />

condições de ter construído, antes, este empreendimento<br />

muito importantes para o sistema elétrico.<br />

A ausência desta linha fez o Brasil perder, apenas em 2000,<br />

o equivalente a cerca de 4% da energia consumida no país,<br />

já que as usinas do sul do país estavam vertendo água,<br />

enquanto o sudeste estava necessitando de energia.<br />

Chegou-se ao absurdo de em certo momento, apesar do<br />

Brasil ter um contrato de 1000MW com a Argentina, não<br />

poder absorver esta energia já que o sul estava vertendo<br />

água.<br />

Assim, a origem da crise energética é de falta de<br />

investimentos em geração e em transmissão. Mas, porquê<br />

os investimentos não foram realizados? Será que o Estado<br />

não tinha condições de investir?<br />

Pois é bom deixar claro que as empresas estatais tinham<br />

condições de investir. Contudo, a área econômica do<br />

governo não permitiu que elas realizassem os<br />

investimentos necessários.<br />

Os investimentos das empresas estatais são contabilizados<br />

como despesa do governo nas contas públicas. Assim,<br />

mesmo sendo estes investimentos rentáveis, eles não são<br />

autorizados tendo em vista a meta de reduzir o déficit<br />

público.<br />

A estimativa é de que as estatais federais deixaram de<br />

investir cerca de 17 bilhões de reais desde outubro de 1998<br />

por conta das metas de corte dos gastos, para conseguir um<br />

superávit nas contas públicas, e de uma metodologia pela<br />

qual são considerados como despesas não apenas os gastos<br />

do governo com todos os recursos despendidos pelos<br />

governos federal, estadual e municipal, mas também pelas<br />

empresas controladas por eles.<br />

Furnas é um bom exemplo disto. Furnas é uma empresa<br />

rentável. Entre 1997 e 1999 ela teve um lucro médio anual<br />

de R$ 400 milhões. Em 2000 ela lucrou R$ 540 milhões.<br />

Nos últimos 6 anos ela distribuiu R$ 2 bilhões de<br />

dividendos, que poderiam ter sido investidos no setor.<br />

Mas, talvez o mais extraordinário, é que devido as<br />

restrições impostas pela área econômica, cerca de 80% dos<br />

seus investimentos tem sido realizados com recursos<br />

próprios.<br />

É normal que empresas financiem, com recursos captados<br />

entre os parceiros, até 70% dos investimentos. Os cortes<br />

nos investimentos feito pelas estatais fazem com que<br />

Furnas tenha um nível de endividamento muito baixo. A<br />

relação dívida/patrimônio liquido é de cerca de 10%.<br />

Enquanto empresas similares norte-americanas trabalham<br />

com nível de endividamento de até 60%.<br />

Os lucros atuais de Furnas são impressionantes visto que a<br />

tarifa de geração e transmissão estão achatadas. Qual o<br />

segredo de Furnas? De onde vem a sua capacidade de<br />

geração de caixa?<br />

A resposta está nas suas usinas amortizadas, com custo de<br />

geração muito baixo, tais como: as usinas hidrelétricas de<br />

177


Marimbondo, Furnas, Luís Carlos Barreto e Mascarenhas<br />

de Morais, que geram energia a custo que varia entre 4 e 6<br />

R$/MWh. Enquanto que vende uma energia a cerca de 40<br />

R$/MWh, valor este aliás muito inferior ao da termelétrica<br />

a gás natural, que vai entrar gerando a um custo de pelo<br />

menos 70 R$/MWh.<br />

Portanto, atribuir a falta de investimentos em geração e<br />

transmissão à falta de recursos e capacidade do Estado é<br />

uma falácia. A geração de caixa própria de empresas como<br />

Furnas permitiam e ainda permitem alavancar grandes<br />

volumes de investimento.<br />

Como prova disso é que Furnas tem preparado um plano<br />

de expansão de R$ 15,6 bilhões para os próximos seis anos,<br />

a começar de 2001, sendo que R$ 6,388 bilhões sairiam do<br />

caixa da empresa e R$ 9,163 bilhões da iniciativa privada<br />

que entraria com parceira nos novos empreendimentos da<br />

empresa.<br />

Este poderia ter sido inclusive um caminho para o aumento<br />

da participação do capital privado no setor. A Petrobrás<br />

vem fazendo parcerias com sucesso a anos. Aliás, o próprio<br />

setor elétrico tem vários exemplos de parceria entre as<br />

Estatais e o setor privado, como as usinas de Serra da Mesa,<br />

Machadinho, Itá, Igarapava, entre outras.<br />

Se por um lado o governo não deixou as estatais<br />

investirem, por outro o capital privado também não<br />

investiu.<br />

Desde 1995, o setor de geração está aberto à iniciativa<br />

privada. Qualquer investidor, sob a condição de produtor<br />

independente, poderia construir novas usinas.<br />

A expectativa governamental era de que o capital privado<br />

construísse termelétricas usando o gás natural importado<br />

da Bolívia.<br />

Contudo, as perspectivas de comprar usinas prontas através<br />

da privatização das geradoras e as incertezas do marco<br />

regulatório desestimularam a iniciativa privada. A<br />

desvalorização cambial do início de 1999 enterrou<br />

qualquer perspectiva de investimento privado, já que o gás<br />

importado da Bolívia e os equipamentos (setenta por cento<br />

importado no caso das termelétricas) praticamente<br />

duplicaram de preços.<br />

concessão de benefícios estatais para construção de 49<br />

termelétricas. Estes benefícios incluíam um mix entre o<br />

preço do gás natural nacional e o importado, subsídios do<br />

BNDES para compra de equipamentos e garantia de<br />

compra de toda a energia produzida. Mas mesmo assim, o<br />

capital privado se mostrou reticente quanto à fazer os<br />

investimentos e, vendo o desespero governamental,<br />

colocou o governo "contra a parede" exigindo alguma<br />

forma de atrelamento da tarifa ao dólar de forma a reduzir<br />

o risco cambial.<br />

Hoje a solução virá através da Petrobrás, que bancará o<br />

risco cambial através de um mecanismo semelhante ao<br />

utilizado para os derivados de petróleo.<br />

Aliás é bom dizer que, graças à Petrobrás, o PPT não é um<br />

fracasso ainda maior. Não apenas por vir a bancar o risco<br />

cambial, mas principalmente pelos investimentos em<br />

termelétricas que tem realizado, alavancando o<br />

investimento privado.<br />

Segundo os anúncios vistos na imprensa, das 49<br />

termelétricas previstas no PPT 33 estão em construção<br />

sendo que, destas, 29 têm participação da Petrobrás.<br />

Não deixa de ser irônico que, em nome de um modelo<br />

competitivo, o governo se veja hoje fazendo justamente o<br />

oposto, utilizando uma empresa estatal e benefícios<br />

governamentais para viabilizar os investimentos.<br />

Hoje a viabilização das termelétricas é crucial para o país.<br />

Devemos ter contudo claro que elas sairão muito caro para<br />

a sociedade, não apenas pelo custo do MWh mais caro do<br />

que vários aproveitamentos hídricos ainda não utilizados<br />

mas, principalmente, pelas vantagens que o Estado está<br />

concedendo para viabilizá-las.<br />

Gostaria de finalizar dizendo, portanto, que é chegada hora<br />

de repensar o modelo competitivo que é proposto para o<br />

setor elétrico, sob pena de, ao não fazê-lo, perpetuar a crise<br />

que o Brasil vive hoje.<br />

178<br />

O governo brasileiro levou algum tempo até perceber que<br />

o país estava num verdadeiro vácuo, onde Estado e<br />

iniciativa privada investiam muito menos do que o<br />

necessário.<br />

Apesar de sempre desmentir qualquer risco de déficit, o<br />

governo começa a mostrar preocupação, lançando então o<br />

Plano Prioritário de termelétricas, o qual consiste na


A REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL<br />

1. Introdução<br />

O Estatuto da Terra (Lei n.º 4.504/1964), que é o Código<br />

Agrário brasileiro, examina em muitos artigos o problema<br />

da reforma agrária e da política fundiária, adotando o<br />

método liberal e democrático de solução da matéria.<br />

Considera como reforma agrária o conjunto de medidas<br />

que visem a promover a melhor distribuição da terra,<br />

mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim<br />

de atender aos princípios de justiça social e ao aumento de<br />

produtividade (Estatuto da Terra, art. 1º, § 1º).<br />

Não se deve confundir reforma agrária com política<br />

fundiária, entendida esta como um conjunto de<br />

providências de amparo à propriedade da terra que se<br />

destinem a orientar, no interesse da economia rural, as<br />

atividades agropecuárias, seja no sentido de garantir-lhes o<br />

pleno emprego, seja no de harmonizá-las com o processo<br />

de industrialização e desenvolvimento do país.<br />

A Lei n. 8.629/1993 regulamenta e disciplina as<br />

disposições relativas à reforma agrária, previstas no<br />

Capítulo III, Título VII, da Constituição Federal de 1988<br />

(arts. 184 a 191).<br />

2. Conceito de reforma Agrária<br />

Etimologicamente, reforma vem das palavras e formas.<br />

Reforma significa mudar uma estrutura anterior, para<br />

modificá-la em determinado sentido. O prefixo significa a<br />

ideia de renovação, enquanto formar é a maneira de<br />

existência de um sentido ou de uma coisa. Reforma<br />

agrária é, pois, na acepção etimológica, a mudança do<br />

estado agrário vigente, procurando-se mudar o estado atual<br />

da situação agrária. E esse estado que se procura modificar<br />

é o do feudalismo agrário (que influenciou o surgimento<br />

das sesmarias e capitanias hereditárias no Brasil colonial)<br />

e o da grande concentração agrária (latifúndios) em<br />

benefício das massas trabalhadoras do campo. Por<br />

consequência, as leis de reforma agrária se opõem a um<br />

estado anterior de estrutura agrária privada que se procura<br />

modificar para uma estrutura de propriedade com sua<br />

função social.<br />

"Reforma agrária é a revisão, por diversos processos de<br />

execução, das relações jurídicas e econômicas dos que<br />

detêm e trabalham a propriedade rural, com o objetivo de<br />

modificar determinada situação atual do domínio e posse<br />

da terra e a distribuição da renda agrícola " (Nestor Duarte,<br />

Reforma agrária, RJ, 1953).<br />

"Reforma agrária é a revisão e o reajustamento das normas<br />

jurídico-sociais e econômico-financeiras que regem a<br />

estrutura agrária do País, visando à valorização do<br />

trabalhador do campo e ao incremento da produção,<br />

mediante a distribuição, utilização, exploração sociais e<br />

racionais da propriedade agrícola e ao melhoramento das<br />

condições de vida da população rural" (Coutinho<br />

Cavalcanti, Reforma agrária no Brasil, SP, 1961).<br />

Vale mencionar a maneira como a sociologia marxista<br />

encara o problema da reforma agrária. Esta é reputada<br />

como o confisco das terras dos grandes senhores rurais,<br />

para favorecer as massas campesinas (proletariado). A terra<br />

é nacionalizada e passa ao controle do Estado, que a<br />

arrenda a título perpétuo ao campesinato, por meio das<br />

fazendas coletivas, como na extinta União Soviética, ou<br />

passa ao controle dos novos proprietários campesinos,<br />

como na China Socialista, sem prejuízo da apropriação<br />

futura do Estado.<br />

A Constituição Federal de 1988 estabelece a distinção<br />

entre reforma agrária, política agrária e política fundiária.<br />

Reforma agrária é uma revisão e novo regramento das<br />

normas disciplinando a estrutura agrária do País, tendo em<br />

vista a valorização humana do trabalhador e o aumento da<br />

produção, mediante a utilização racional da propriedade<br />

agrícola e de técnica apropriada ao melhoramento da<br />

condição humana da população rural.<br />

Ela deve combater simultaneamente formas menos<br />

adequadas de produção, sobretudo o latifúndio e o<br />

minifúndio. Mesmo a pequena propriedade familiar,<br />

também não apresenta grande grau de produtividade sem<br />

as técnicas do crédito e do melhor assentamento do homem<br />

à terra.<br />

A reforma agrária não se confunde com a política agrária,<br />

também prevista na Carta magna. A política agrária é o<br />

conjunto de princípios fundamentais e de regras<br />

disciplinadoras do desenvolvimento do setor agrícola.<br />

A política fundiária, por sua vez, difere da política agrícola;<br />

sendo um capítulo, uma parte especial desta, tendo em<br />

vista, o disciplinamento da posse da terra e de uso<br />

adequado (função social da propriedade). A política<br />

fundiária deve visar e promover o acesso à terra daqueles<br />

que saibam produzir, dentro de uma sistemática moderna,<br />

especializada e profissionalizada.<br />

E, nesse contexto, a terra tem uma função social, que é<br />

justamente a produção agrícola para alimentar a população<br />

179


humana e a sociedade urbanizada. E a redistribuição das<br />

terras é normalmente um dos principais objetivos de<br />

qualquer programa de reforma agrária.<br />

3. O problema agrário na CF/88 e na Lei 8.629/93<br />

A Constituição brasileira de 1988 apresenta-se progressista<br />

no plano agrário, porém com traços conservadores devido<br />

à herança cultural privada do país. Os institutos básicos de<br />

direito agrário (o direito de propriedade e a posse da terra<br />

rural) são disciplinados e o direito de propriedade é<br />

garantido como direito fundamental, previsto no art. 5º,<br />

XXII, da atual Lei Magna. A CF/88 procura compatibilizar<br />

a propriedade com a função social, para melhor promover<br />

a justiça comunitária. O texto da Lei Maior permite à União<br />

desapropriar por interesse social o imóvel rural que não<br />

esteja cumprindo a função social prevista no art. 9º da Lei<br />

nº 8.629/93, mediante prévia e justa indenização em títulos<br />

da dívida agrária, com cláusula de preservação de seu valor<br />

real, resgatáveis no prazo de 20 anos, a partir do segundo<br />

ano de sua emissão, em percentual proporcional ao prazo,<br />

de acordo com os critérios estabelecidos nos incisos I a V,<br />

§ 3º, do art. 5º da Lei nº 29/93. Entretanto, as benfeitorias<br />

úteis e necessárias serão indenizáveis em dinheiro.<br />

O Decreto que declarar o imóvel rural como de interesse<br />

social, para efeito de reforma agrária, autoriza a União a<br />

propor a ação de desapropriação. As operações de<br />

transferência de imóveis desapropriados para fins de<br />

reforma agrária bem como a transferência ao beneficiário<br />

do programa, serão isentas (imunes) de impostos federais,<br />

estaduais e municipais (art. 26, Lei n. 8.629/93).<br />

Determinados tipos de propriedade formam um núcleo<br />

inacessível à reforma agrária, sendo portanto, insuscetíveis<br />

de desapropriação, a saber:<br />

I) a pequena e média propriedade rural (imóvel rural de<br />

área entre 1 a 4 módulos fiscais e imóvel rural de área<br />

superior a 4 até 15 módulos fiscais, respectivamente),<br />

desde que o proprietário não possua outra;<br />

II) a propriedade produtiva (que é a explorada econômica<br />

e racionalmente, atingindo, simultaneamente, graus de<br />

utilização da terra e de eficiência na exploração, segundo<br />

índices fixados pelo órgão Federal competente).<br />

Os requisitos exigidos, para que a função social da<br />

propriedade rural seja cumprida são: I- aproveitamento<br />

racional e adequado; II- utilização adequada dos recursos<br />

naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; IIIobservância<br />

das disposições que regulam as relações de<br />

trabalho; IV- exploração que favoraça o bem-estar dos<br />

proprietários e trabalhadores.<br />

Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela<br />

reforma agrária receberão o título de propriedade ou de<br />

concessão de uso, que são inegociáveis pelo prazo de 10<br />

anos, podendo tais títulos serem objeto de conferência ao<br />

homem ou a mulher.<br />

O orçamento da União fixará, anualmente (Plano<br />

Plurianual), o volume de títulos de dívida agrária e dos<br />

recursos destinados, no exercício, ao atendimento do<br />

Programa de Reforma Agrária; devendo constar estes<br />

recursos do orçamento do ministério responsável por sua<br />

implementação e do órgão executor da política de<br />

colonização e reforma agrária (INCRA).<br />

4. Conclusão<br />

Por tudo isso, a importância da reforma agrária é decisiva<br />

porque permite e consolida a estabilidade econômicofinanceira<br />

de um país. Nenhuma nação poderá ser próspera<br />

enquanto seu campesinato estiver na miséria socialeconômica.<br />

Daí a necessidade premente da "libertação" dos<br />

camponeses, numa base econômica de aliança harmônica<br />

entre o proprietário e os trabalhadores rurais. Como<br />

afirmou o nobre Deputado Federal Pernambucano<br />

Oswaldo Lima Filho, em memorável discurso pronunciado<br />

na Câmara dos Deputados, em 02/09/1985, sobre a questão<br />

agrária e o 1º Plano Nacional de Reforma Agrária: "Não é<br />

justo que milhões de trabalhadores brasileiros continuem<br />

em condições de pobreza absoluta, enquanto grandes<br />

proprietários detenham hoje a propriedade de centenas de<br />

milhares de hectares em grande parte improdutivos".<br />

Por consequência disto, a reforma agrária não é contra a<br />

propriedade privada no campo. Ao contrário,<br />

descentraliza-a democraticamente, favorecendo as massas<br />

e beneficiando o conjunto da nacionalidade. É um<br />

imperativo da realidade social atual, devendo atender a<br />

função social da propriedade, evitando-se assim, as tensões<br />

sociais e conflitos no campo. Uma reforma agrária no País,<br />

moderada e sábia, será uma das causas principais do<br />

progresso nacional.<br />

180


BIBLIOGRAFIA:<br />

1. PINTO FERREIRA, Luís. Curso de Direito Agrário: de acordo com a Lei n.º<br />

8.629/93. 2ª ed., São Paulo: Saraiva, 1995.<br />

2. BORGES, Paulo Torminn. Institutos básicos do direito agrário. 6ª ed. São Paulo,<br />

Saraiva, 1991.<br />

3. COUTINHO CAVALCANTI. Reforma Agrária no Brasil. São Paulo, Ed. Autores<br />

Reunidos, 1961.<br />

4. DUARTE, Nestor. Reforma Agrária. Rio de Janeiro, MEC/SD, 1953.<br />

5. LIMA FILHO, Oswaldo. A Questão Agrária. Centro de Documentação e<br />

Informação - Coordenação de Publicações/Câmara dos Deputados, Brasília, 1985.<br />

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. 20ª<br />

edição, atualizada e ampliada. Ed. Saraiva, São Paulo,1998.<br />

181


BIODIESEL NO BRASIL<br />

O país tem em sua geografia grandes vantagens<br />

agrônomas, por se situar em uma região tropical, com altas<br />

taxas de luminosidade e temperaturas médias anuais.<br />

Associada a disponibilidade hídrica e regularidade de<br />

chuvas, torna-se o país com maior potencial para produção<br />

de energia renovável.<br />

O Brasil explora menos de um terço de sua área<br />

agricultável, o que constitui a maior fronteira para<br />

expansão agrícola do mundo. O potencial é de cerca de 150<br />

milhões de hectares, sendo 90 milhões referentes à novas<br />

fronteiras, e outros 60 referentes a terras de pastagens que<br />

podem ser convertidas em exploração agrícola a curto<br />

prazo. O Programa Biodiesel visa a utilização apenas de<br />

terras inadequadas para o plantio de gêneros alimentícios.<br />

Há também a grande diversidade de opções para produção<br />

de biodiesel, tais como a palma e o babaçu no norte, a soja,<br />

o girassol e o amendoim nas regiões sul, sudeste e centrooeste,<br />

e a mamona, que além de ser a melhor opção do<br />

semiárido nordestino, apresenta-se também como<br />

alternativa às demais regiões do país.<br />

A sinergia entre o complexo oleaginoso e o setor de álcool<br />

combustível traz a necessidade do aumento na produção de<br />

álcool. A produção de biodiesel consome álcool etílico,<br />

através da transesterificação por rota etílica, o que gera<br />

incremento da demanda pelo produto. Consequentemente,<br />

o projeto de biodiesel estimula também o desenvolvimento<br />

do setor sucroalcooleiro, gerando novos investimentos,<br />

emprego e renda.<br />

A ANP estima que a atual produção brasileira de biodiesel<br />

seja da ordem de 176 milhões de litros anuais.<br />

O atual nível de produção constitui um grande desafio para<br />

o cumprimento das metas estabelecidas no âmbito do<br />

Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, que<br />

necessitará de, aproximadamente, 750 ML em sua fase<br />

inicial. Ou seja, a capacidade produtiva atual supre<br />

somente 17% da demanda, considerando a mistura B2.<br />

Porém, com a aprovação das usinas cuja solicitação tramita<br />

na ANP, a capacidade de produção coincide com a<br />

demanda prevista para 2006. Esta capacidade terá que ser<br />

triplicada até 2012, com a necessidade de adição de 5% de<br />

biodiesel ao petrodiesel.<br />

A fim de conferir uma dimensão à perspectiva de expansão<br />

da produção de biodiesel no Brasil, foram efetuadas<br />

projeções para o período 2005 – 2035. Foram considerados<br />

os seguintes parâmetros básicos para efetuar a projeção:<br />

a. Taxa geométrica de crescimento do consumo de óleo<br />

diesel ou sucedâneos de 3,5% a.a.;<br />

b. Mistura de biodiesel ao óleo diesel iniciando em 2% e<br />

finalizando em 40%;<br />

c. Produtividade de óleo iniciando em 600 kg/ha e<br />

finalizando em 5.000kg.ha-1;<br />

d. Considerou-se grande usina aquela que processa acima<br />

de 100 kt.ano-1;<br />

e. Parcela da produção alocada a grandes usinas de 80 %;<br />

f. Craqueadores instalados em pequenas comunidades ou<br />

propriedades rurais atingindo 100.000 no final do período,<br />

com produção média de 250 L.dia-1;<br />

O Brasil poderá produzir, apenas para o mercado interno,<br />

um volume aproximado de 50 GL, sendo a maior parcela<br />

produzida por transesterificação (80%) e o restante por<br />

craqueamento. A produção por transesterificação atenderá<br />

o grande mercado atacadista, direcionado à mistura com<br />

petrodiesel, o abastecimento de frotistas ou de<br />

consumidores interessados em aumentar a proporção de<br />

biodiesel no petrodiesel.<br />

Estima-se que a produção de biodiesel para os mercados<br />

externos e internos, no final do período, será equivalente<br />

(Figura 02). Entretanto, nos primeiros 10 anos, o mercado<br />

interno absorverá a totalidade da produção. No conjunto do<br />

mercado interno e externo, a rota de transesterificação<br />

etanólica responderá por 90% do total do biodiesel<br />

produzido. Nesse cenário, no final do período, haverá uma<br />

demanda de 6 GL de etanol e uma produção 4Mt de<br />

glicerol, evidenciando o potencial de integração de cadeias<br />

com a produção de biodiesel.<br />

Mercado automotivo e estações estacionárias<br />

O uso do biodiesel pode atender a diferentes demanda de<br />

mercado, significando uma opção singular para diversas<br />

características regionais existentes ao longo do território<br />

nacional.<br />

Conceitualmente o biodiesel pode substituir o diesel de<br />

origem fóssil em qualquer das suas aplicações. No entanto,<br />

a inserção deste combustível na matriz energética brasileira<br />

deverá ocorrer de forma gradual e focada em mercados<br />

específicos, que garantam a irreversibilidade do processo.<br />

A utilização do biodiesel pode ser dividida em dois<br />

mercados distintos, mercado automotivo e usos em<br />

estações estacionárias. Cada um destes mercados possui<br />

características próprias e podem ser subdivididos em sub<br />

mercados.<br />

182


O mercado de estações estacionárias caracteriza-se<br />

basicamente por instalações de geração de energia elétrica,<br />

e representam casos específicos e regionalizados.<br />

Tipicamente, pode-se considerar a geração de energia nas<br />

localidades não supridas pelo sistema regular nas regiões<br />

remotas do País, que em termos dos volumes envolvidos<br />

não são significativos, mas podem representar reduções<br />

significativas com os custos de transporte e,<br />

principalmente, a inclusão social e o resgate da cidadania<br />

dessas comunidades.<br />

Outros nichos de mercado para utilização do biodiesel para<br />

geração de energia podem ser encontrados na pequena<br />

indústria e no comércio, como forma de redução do<br />

consumo de energia no horário de ponta, aliado aos<br />

aspectos propaganda e marketing.<br />

O mercado automotivo pode ser subdividido em dois<br />

grupos, sendo um composto por grandes consumidores<br />

com circulação geograficamente restrita, tais como<br />

empresas de transportes urbanos, de prestação de serviços<br />

municipais, transporte ferroviário e hidroviário entre<br />

outras.<br />

metropolitano, com 0,20% de enxofre, que responde por<br />

cerca de 30% do mercado.<br />

A geração de energia elétrica nos sistemas isolados da<br />

região amazônica consumiu 530 mil metros cúbicos de<br />

diesel, distribuídos na geração de 2.079 GWh, no<br />

Amazonas (30%), Rondônia (20%), Amapá (16%), Mato<br />

Grosso (11%), Pará (11%), Acre (6%), Roraima (3%), além<br />

de outros pequenos sistemas em outros estados. Estes<br />

números se referem à demanda do serviço público. Existem<br />

grandes consumidores privados de diesel para geração de<br />

energia elétrica, como as empresas de mineração<br />

localizadas na região Norte.<br />

Como um exercício e sem considerar eventuais<br />

dificuldades de logística ou de produção, podem ser<br />

inicialmente considerados os seguintes mercados:<br />

1. uso de B5 no diesel metropolitano: 0,45 Mm 3<br />

2. uso de B5 no diesel consumido no setor agropecuário:<br />

0,31 Mm 3<br />

3. uso de B5 para geração nos sistemas isolados: 0,10<br />

A segunda parcela do mercado automotivo caracteriza-se<br />

pelo consumo a varejo, com a venda do combustível nos<br />

postos de revenda tradicionais. Neste grupo estão incluídos<br />

os transportes interestaduais de cargas e passageiros,<br />

veículos leves e consumidores em geral.<br />

Demanda Brasileira<br />

Como um sucedâneo do óleo diesel, o mercado potencial<br />

para o biodiesel é determinado pelo mercado do derivado<br />

de petróleo. A demanda total de óleo diesel no Brasil em<br />

2002 foi da ordem de 39,2 milhões de metros cúbicos, dos<br />

quais 76% foram consumidos no setor de transporte, 16%<br />

no setor agropecuário e 5% para geração de energia elétrica<br />

nos sistemas isolados.<br />

A importação de diesel, em 2002, correspondeu a 16,3% do<br />

mercado e significou nos últimos anos um dispêndio anual<br />

da ordem de US$ 1,2 bilhão, sem considerar o diesel<br />

produzido com petróleo importado, cerca de 8% do total de<br />

diesel consumido.<br />

No setor de transporte, 97% da demanda ocorre no modal<br />

rodoviário, ou seja caminhões, ônibus e utilitários, já que<br />

no Brasil estão proibidos os veículos leves a diesel. Em<br />

termos regionais, o consumo de diesel ocorre<br />

principalmente na região Sudeste (44%), vindo a seguir o<br />

Sul (20%), Nordeste (15%), Centro-Oeste (12%) e Norte<br />

(9%). O diesel para consumo veicular no Brasil pode ser o<br />

diesel interior, com teor de enxofre de 0,35% ou o diesel<br />

183


184<br />

PROÁLCOOL - PROGRAMA<br />

BRASILEIRO DE ÁLCOOL<br />

O PROÁLCOOL foi um programa bem-sucedido de<br />

substituição em larga escala dos derivados de petróleo. Foi<br />

desenvolvido para evitar o aumento da dependência<br />

externa de divisas quando dos choques de preço de<br />

petróleo. De 1975 a 2000, foram produzidos cerca de 5,6<br />

milhões de veículos a álcool hidratado. Acrescido a isso, o<br />

Programa substituiu por uma fração de álcool anidro (entre<br />

1,1% a 25%) um volume de gasolina pura consumida por<br />

uma frota superior a 10 milhões de veículos a gasolina,<br />

evitando, assim, nesse período, emissões de gás carbônico<br />

da ordem de 110 milhões de toneladas de carbono (contido<br />

no CO2), a importação de aproximadamente 550 milhões<br />

de barris de petróleo e, ainda, proporcionando uma<br />

economia de divisas da ordem de 11,5 bilhões de dólares.<br />

Evolução do programa nacional do álcool -<br />

Proálcool<br />

O Programa Nacional do Álcool ou Proálcool foi criado em<br />

14 de novembro de 1975 pelo decreto n° 76.593, com o<br />

objetivo de estimular a produção do álcool, visando o<br />

atendimento das necessidades do mercado interno e<br />

externo e da política de combustíveis automotivos. De<br />

acordo com o decreto, a produção do álcool oriundo da<br />

cana-de-açúcar, da mandioca ou de qualquer outro insumo<br />

deveria ser incentivada por meio da expansão da oferta de<br />

matérias-primas, com especial ênfase no aumento da<br />

produção agrícola, da modernização e ampliação das<br />

destilarias existentes e da instalação de novas unidades<br />

produtoras, anexas a usinas ou autônomas, e de unidades<br />

armazenadoras.<br />

A cana-de-açúcar tem o mais alto retorno para os<br />

agricultores por hectare plantado. O custo de produção do<br />

açúcar no país é baixo (inferior a US$ 200/toneladas6),<br />

podendo dessa maneira competir no mercado<br />

internacional. Tal mercado é, entretanto, volátil e apresenta<br />

grandes oscilações de preços.<br />

A produção mundial de açúcar em 2000 foi de 131 milhões<br />

de toneladas, sendo de cerca de 13% a participação do<br />

Brasil. As etapas na produção do açúcar e do álcool diferem<br />

apenas a partir da obtenção do suco, que poderá ser<br />

fermentado para a produção de álcool ou tratado para o<br />

açúcar. Caso a produção de açúcar se torne menos atrativa<br />

devido às reduções de preços internacionais o que<br />

frequentemente ocorre poderá ser mais vantajoso a<br />

mudança na produção para álcool.<br />

A decisão de produção de etanol a partir de cana-de-açúcar,<br />

além do preço do açúcar, é política e econômica,<br />

envolvendo investimentos adicionais. Tal decisão foi<br />

tomada em 1975, quando o governo federal decidiu<br />

encorajar a produção do álcool em substituição à gasolina<br />

pura, com o objetivo de reduzir as importações de petróleo,<br />

então com um grande peso na balança comercial externa.<br />

Nessa época, o preço do açúcar no mercado internacional<br />

vinha decaindo rapidamente, o que tornou conveniente a<br />

mudança de produção de açúcar para álcool.<br />

No programa Brasileiro do Álcool, Proálcool, destacam-se<br />

cinco fases distintas:<br />

1 a . 1975 a 1979 - Fase Inicial<br />

o esforço foi dirigido sobretudo para a produção de álcool<br />

anidro para a mistura com gasolina. Nessa fase, o esforço<br />

principal coube às destilarias anexas. A produção<br />

alcooleira cresceu de 600 milhões de l/ano (1975-76) para<br />

3,4 bilhões de l/ano (1979-80).<br />

Os primeiros carros movidos exclusivamente a álcool<br />

surgiram em 1978.<br />

2 a . 1980 a 1986 - Fase de Afirmação<br />

o segundo choque do petróleo (1979-80) triplicou o preço<br />

do barril de petróleo e as compras desse produto passaram<br />

a representar 46% da pauta de importações brasileiras em<br />

1980. O governo, então, resolve adotar medidas para plena<br />

implementação do Proálcool. São criados organismos<br />

como o Conselho Nacional do Álcool - CNAL e a<br />

Comissão Executiva Nacional do Álcool - CENAL para<br />

agilizar o programa. A produção alcooleira atingiu um pico<br />

de 12,3 bilhões de litros em 1986-87 (gráfico 1), superando<br />

em 15% a meta inicial do governo de 10,7 bilhões de l/ano<br />

para o fim do período. A proporção de carros a álcool no<br />

total de automóveis de ciclo Otto (passageiros e de uso<br />

misto) produzidos no país aumentou de 0,46% em 1979<br />

para 26,8% em 1980, atingindo um teto de 76,1% em 1986<br />

(gráfico 2).<br />

3 a . 1986 a 1995 - Fase de Estagnação<br />

a partir de 1986, o cenário internacional do mercado<br />

petrolífero é alterado. Os preços do barril de óleo bruto<br />

caíram de um patamar de US$ 30 a 40 para um nível de<br />

US$ 12 a 20. Esse novo período, denominado<br />

“contrachoque do petróleo”, colocou em xeque os<br />

programas de substituição de hidrocarbonetos fósseis e de


uso eficiente da energia em todo o mundo. Na política<br />

energética brasileira, seus efeitos foram sentidos a partir de<br />

1988, coincidindo com um período de escassez de recursos<br />

públicos para subsidiar os programas de estímulo aos<br />

energéticos alternativos, resultando num sensível<br />

decréscimo no volume de investimentos nos projetos de<br />

produção interna de energia.<br />

A oferta de álcool não pôde acompanhar o crescimento<br />

descompassado da demanda, com as vendas de carro a<br />

álcool atingindo níveis superiores a 95,8% das vendas<br />

totais de veículos de ciclo Otto para o mercado interno em<br />

1985.<br />

Os baixos preços pagos aos produtores de álcool a partir da<br />

abrupta queda dos preços internacionais do petróleo (que<br />

se iniciou ao final de 1985) impediram a elevação da<br />

produção interna do produto. Por outro lado, a demanda<br />

pelo etanol, por parte dos consumidores, continuou sendo<br />

estimulada por meio da manutenção de preço relativamente<br />

atrativo ao da gasolina e da manutenção de menores<br />

impostos nos veículos a álcool comparados aos à gasolina.<br />

Essa combinação de desestímulo à produção de álcool e de<br />

estímulo à sua demanda, pelos fatores de mercado e<br />

intervenção governamental assinalados, gerou a crise de<br />

abastecimento da entressafra 1989-90. Vale ressaltar que,<br />

no período anterior à crise de abastecimento houve<br />

desestímulo tanto à produção de álcool, conforme citado,<br />

quanto à produção e exportação de açúcar, que àquela<br />

época tinham seus preços fixados pelo governo.<br />

A produção de álcool manteve-se em níveis praticamente<br />

constantes, atingindo 11,8 bilhões de litros na safra 1985-<br />

86; 10,5 bilhões em 1986-87; 11,5 bilhões em 1987-88;<br />

11,7 bilhões em 1988-89 e 11,9 bilhões em 1989-90. As<br />

produções brasileiras de açúcar no período foram de 7,8<br />

milhões de toneladas na safra 1985-86; 8,2 milhões em<br />

1986-87; 7,9 milhões em 1987-88; 8,1 milhões em 1988-<br />

89 e 7,3 milhões de toneladas em 1989-90. As exportações<br />

de açúcar, por sua vez, reduziram-se nesse período,<br />

passando de 1,9 milhões de toneladas na safra 1985-86 para<br />

1,1 milhão de toneladas na safra 1989-90.<br />

Apesar de seu caráter efêmero, a crise de abastecimento de<br />

álcool do fim dos anos 1980 afetou a credibilidade do<br />

Proálcool, que, juntamente com a redução de estímulos ao<br />

seu uso, provocou, nos anos seguintes, um significativo<br />

decréscimo da demanda e, consequentemente, das vendas<br />

de automóveis movidos por esse combustível.<br />

Deve-se acrescentar ainda outros motivos determinantes<br />

que, associados, também contribuíram para a redução da<br />

produção dos veículos a álcool. No final da década de 1980<br />

e início da década de 1990, o cenário internacional dos<br />

preços do petróleo sofreu fortes alterações, tendo o preço<br />

do barril diminuído sensivelmente. Tal realidade, que se<br />

manteve praticamente como a tônica dos dez anos<br />

seguintes, somou-se à tendência, cada vez mais forte, da<br />

indústria automobilística de optar pela fabricação de<br />

modelos e motores padronizados mundialmente (na versão<br />

à gasolina). No início da década de 1990, houve também a<br />

liberação, no Brasil, das importações de veículos<br />

automotivos (produzidos, na sua origem exclusivamente na<br />

versão gasolina e diesel) e, ainda, a introdução da política<br />

de incentivos para o “carro popular” – de até 1000<br />

cilindradas – desenvolvido para ser movido a gasolina.<br />

A crise de abastecimento de álcool somente foi superada<br />

com a introdução no mercado do que se convencionou<br />

chamar de mistura MEG, que substituía, com igual<br />

desempenho, o álcool hidratado. Essa mistura (60% de<br />

etanol hidratado, 34% de metanol e 6% de gasolina)<br />

obrigaria o país a realizar importações de etanol e metanol<br />

(que no período entre 1989-95 superou a 1 bilhão de litros)<br />

para garantir o abastecimento do mercado ao longo da<br />

década de 1990. A mistura atendeu as necessidades do<br />

mercado e não foram constatados problemas sérios de<br />

contaminação e de saúde pública.<br />

4 a . 1995 a 2000 - Fase de Redefinição<br />

Os mercados de álcool combustível, tanto anidro quanto<br />

hidratado, encontram-se liberados em todas as suas fases<br />

de produção, distribuição e revenda sendo os seus preços<br />

determinados pelas condições de oferta e procura. De cerca<br />

de 1,1 milhão de toneladas de açúcar que o país exportava<br />

em 1990 passou-se à exportação de até 10 milhões de<br />

toneladas por ano (dominando o mercado internacional e<br />

barateando o preço do produto). Se questionou como o<br />

Brasil, sem a presença da gestão governamental no setor,<br />

encontrará mecanismos de regulação para os seus produtos<br />

(altamente competitivos): açúcar para o mercado interno,<br />

açúcar para o mercado externo, etanol para o mercado<br />

interno e etanol para o mercado externo. Dadas as<br />

externalidades positivas do álcool e com o intuito de<br />

direcionar políticas para o setor sucroalcooleiro, foi criado,<br />

por meio do decreto de 21 de agosto de 1997, o Conselho<br />

Interministerial do Açúcar e do Álcool - CIMA.<br />

Segundo os dados da Associação Nacional de Fabricantes<br />

de Veículos Automotores – ANFAVEA, de 1998 a 2000, a<br />

produção de veículos a álcool manteve-se em níveis de<br />

cerca de 1%. A constituição da chamada “frota verde”, ou<br />

seja, o estímulo e a determinação do uso do álcool<br />

hidratado em determinadas classes de veículos leves, como<br />

os carros oficiais e táxis, tem provocado um debate entre<br />

especialistas da área econômica, contrários aos incentivos,<br />

e os especialistas da área ambiental, favoráveis aos<br />

185


186<br />

incentivos ao etanol. Em 28 de maio de 1998, a medida<br />

provisória nº 1.662 dispôs que o Poder Executivo elevará o<br />

percentual de adição de álcool etílico anidro combustível à<br />

gasolina obrigatório em 22% em todo o território nacional<br />

até o limite de 24%. Os produtores e centros de pesquisa<br />

testaram a mistura de álcool e óleo diesel.<br />

Para a implementação do Proálcool, foi estabelecido, em<br />

um primeiro instante, um processo de transferência de<br />

recursos arrecadados a partir de parcelas dos preços da<br />

gasolina, diesel e lubrificantes para compensar os custos de<br />

produção do álcool, de modo a viabilizá-lo como<br />

combustível. Assim, foi estabelecida uma relação de<br />

paridade de preços entre o álcool e o açúcar para o produtor<br />

e incentivos de financiamento para as fases agrícola e<br />

industrial de produção do combustível. Com o advento do<br />

veículo a álcool hidratado, a partir de 1979, adotou-se<br />

políticas de preços relativos entre o álcool hidratado<br />

combustível e a gasolina, nos postos de revenda, de forma<br />

a estimular o uso do combustível renovável.<br />

5 a . Fase Atual<br />

Trinta anos depois do início do Proálcool, o Brasil vive<br />

agora uma nova expansão dos canaviais com o objetivo de<br />

oferecer, em grande escala, o combustível alternativo. O<br />

plantio avança além das áreas tradicionais, do interior<br />

paulista e do Nordeste, e espalha-se pelos cerrados. A nova<br />

escalada não é um movimento comandado pelo governo,<br />

como a ocorrida no final da década de 70, quando o Brasil<br />

encontrou no álcool a solução para enfrentar o aumento<br />

abrupto dos preços do petróleo que importava. A corrida<br />

para ampliar unidades e construir novas usinas é movida<br />

por decisões da iniciativa privada, convicta de que o álcool<br />

terá, a partir de agora, um papel cada vez mais importante<br />

como combustível, no Brasil e no mundo.<br />

A tecnologia dos motores flex fuel veio dar novo fôlego ao<br />

consumo interno de álcool. O carro que pode ser movido<br />

a gasolina, álcool ou uma mistura dos dois combustíveis<br />

foi introduzido no País em março de 2003 e conquistou<br />

rapidamente o consumidor. Hoje a opção já é oferecida<br />

para quase todos os modelos das indústrias e, os<br />

automóveis bicombustíveis ultrapassaram pela primeira<br />

vez os movidos a gasolina na corrida do mercado interno.<br />

Diante do nível elevado das cotações de petróleo no<br />

mercado internacional, a expectativa da indústria é que<br />

essa participação se amplie ainda mais. A relação atual de<br />

preços faz com que o usuário dos modelos bicombustíveis<br />

dê preferência ao álcool.<br />

A velocidade de aceitação pelos consumidores dos carros<br />

bicombustíveis, ou flex fuel, foi muito mais rápida do que<br />

a indústria automobilística esperava. As vendas desses<br />

veículos já superaram as dos automóveis movidos a<br />

gasolina. Os bicombustíveis representaram 49,5% do total<br />

de automóveis e comerciais leves vendidos no mês,<br />

enquanto a participação dos movidos a gasolina ficou em<br />

43,3%, segundo a Anfavea – Associação Nacional dos<br />

Fabricantes de Veículos Automotores. A preferência do<br />

mercado levou a Câmara Setorial de Açúcar e do Álcool,<br />

órgão ligado ao governo, a rever suas projeções e indicar<br />

que a participação da nova tecnologia deverá atingir 75%<br />

dos carros vendidos em 2006.<br />

Perspectivas para o Pro-Álcool<br />

Como na época das crises do petróleo dos anos 70, o<br />

mundo está empenhado em encontrar uma solução<br />

duradoura para seu problema energético. A preocupação<br />

ambiental se somou à redução dos estoques e à alta dos<br />

preços dos combustíveis fósseis para valorizar as fontes<br />

renováveis e menos poluentes de energia.<br />

O setor energético no Brasil vem sofrendo diversas<br />

mudanças, como a tentativa de se retomar projetos que<br />

levem em conta o meio ambiente e o mercado de trabalho.<br />

Tendo-se como referência a Convenção-Quadro das<br />

Nações Unidas sobre Mudança do Clima, o governo<br />

brasileiro tem mostrado interesse em manter e reativar o<br />

Proálcool, dado que o álcool combustível exerce um<br />

importante papel na estratégia energética para um<br />

desenvolvimento sustentado.<br />

O surgimento, em todo o mundo, de novos tipos de<br />

veículos e tecnologias de motores (como é o caso dos<br />

motores de pilhas a combustível e dos veículos “flexfuel”)<br />

tem provocado mudanças importantes na tradicional<br />

postura da indústria automobilística e de outros agentes<br />

atuantes no mercado. As perspectivas de elevação do<br />

consumo do álcool se somam a um momento favorável<br />

para o aumento das exportações do açúcar, e o resultado é<br />

o início de uma onda de crescimento sem precedentes para<br />

o setor sucroalcooleiro.<br />

Um estudo da Única aponta que o setor terá que atender até<br />

2010 uma demanda adicional de 10 bilhões de litros de<br />

álcool, além de 7 milhões de toneladas de açúcar. A<br />

produção desta safra, iniciada em abril, deve ser de 17<br />

bilhões de litros de álcool e 26 milhões de toneladas de<br />

açúcar. Para incrementar a produção, será preciso levar<br />

mais 180 milhões de toneladas de cana para a moagem,<br />

com uma expansão dos canaviais estimada em 2,5 milhões<br />

de hectares até 2010. Esses investimentos deverão criar<br />

360 mil novos empregos diretos e 900 mil indiretos.


Cerca de 40 novas usinas estão em projeto ou em fase de<br />

implantação, com um total de investimentos calculado em<br />

3 bilhões de dólares. A maior parte delas concentra-se no<br />

oeste do Estado de São Paulo, ocupando espaço aberto pelo<br />

deslocamento da pecuária. Há 21 novas usinas em<br />

instalação na região, informa Luiz Guilherme Zancaner,<br />

presidente da Udop – Usinas e Destilarias do Oeste<br />

Paulista, associação fundada em 1985 para agrupar as<br />

destilarias ali implantadas no embalo do Proálcool. O oeste<br />

de São Paulo, segundo Zancaner, oferece custos menores<br />

de arrendamento em relação às regiões tradicionais do<br />

Estado e condições naturais de clima, solo e topografia<br />

adequadas para os canaviais. “Temos a vantagem de uma<br />

cana mais rica em açúcar que a da região de Ribeirão Preto,<br />

por causa do clima menos úmido”, diz ele.<br />

187


GLOBALIZAÇÃO<br />

A globalização é um dos processos de aprofundamento da<br />

integração econômica, social, cultural, política, com o<br />

barateamento dos meios de transporte e comunicação dos<br />

países do mundo no final do século XX e inicio do século<br />

XXI. É um fenômeno observado na necessidade de formar<br />

uma Aldeia Global que permita maiores ganhos para os<br />

mercados internos já saturados.<br />

A rigor, as sociedades do mundo estão em processo<br />

de globalização desde o início da História. Mas o processo<br />

histórico a que se denomina Globalização é bem mais<br />

recente, datando (dependendo da conceituação e da<br />

interpretação) do colapso do bloco socialista e o<br />

consequente fim da Guerra Fria (entre 1989 e 1991), do<br />

refluxo capitalista com a estagnação econômica da URSS<br />

(a partir de 1975) ou ainda do próprio fim da Segunda<br />

Guerra Mundial.<br />

As principais características da globalização são a<br />

homogeneização dos centros urbanos, a expansão das<br />

corporações para regiões fora de seus núcleos geopolíticos,<br />

a revolução tecnológica nas comunicações e na eletrônica,<br />

a reorganização geopolítica do mundo em blocos<br />

comerciais regionais (não mais ideológicos), a hibridização<br />

entre culturas populares locais e uma cultura de massa<br />

universal, entre outros.<br />

188


HISTÓRIA<br />

A globalização é um fenômeno capitalista e complexo que<br />

começou na época dos descobrimentos e que se<br />

desenvolveu a partir da Revolução Industrial. Mas o seu<br />

conteúdo passou despercebido por muito tempo, e hoje<br />

muitos economistas analisam a globalização como<br />

resultado do pós Segunda Guerra Mundial, ou como<br />

resultado da Revolução Tecnológica.<br />

Sua origem pode ser traçada do período mercantilista<br />

iniciado aproximadamente século XV e durando até o<br />

século XVIII, com a queda dos custos de transporte<br />

marítimo, e aumento da complexidade das relações<br />

políticas europeias durante o período. Este período viu<br />

grande aumento no fluxo de força de trabalho entre os<br />

países e continentes, particularmente nas novas colônias<br />

europeias.<br />

É tido como inicio da globalização moderna o fim da<br />

Segunda Guerra mundial, e a vontade de impedir que uma<br />

monstruosidade como esta guerra ocorresse novamente no<br />

futuro, sendo que as nações vitoriosas da guerra e as<br />

devastadas potências do eixo chegaram a conclusão que era<br />

de suma importância para o futuro da humanidade a criação<br />

de mecanismos diplomáticos e comerciais para aproximar<br />

cada vez mais as nações uma das outras. Deste consenso<br />

nasceu as Nações Unidas, e começou a surgir o conceito de<br />

bloco econômico um pouco após isso com a fundação da<br />

CECA.<br />

A necessidade de expandir seus mercados levou as nações<br />

aos poucos começarem a se abrir para produtos de outros<br />

países, marcando o crescimento da ideologia econômica do<br />

liberalismo.<br />

Atualmente os grandes beneficiários da globalização são os<br />

grandes países emergentes, especialmente o BRIC, com<br />

grandes economias de exportação, grande mercado interno<br />

e cada vez maior presença mundial. Antes do BRIC,<br />

outros países fizeram uso da globalização e economias<br />

voltadas a exportação para obter rápido crescimento e<br />

chegar ao primeiro mundo, como os tigres asiáticos na<br />

década de 1980 e Japão na década de 1970.<br />

Enquanto Paul Singer vê a expansão comercial e marítima<br />

europeia como um caminho pelo qual o capitalismo se<br />

desenvolveu assim como a globalização, Maria da<br />

Conceição Tavares aposta o seu surgimento na acentuação<br />

do mercado financeiro, com o surgimento de novos<br />

produtos financeiros.<br />

189


NOVA ORDEM MUNDIAL<br />

Você sabe o que é a Nova Ordem Mundial? Vivemos num<br />

mundo cada vez mais interconectado em termos culturais e<br />

econômicos, unificado financeiramente dirigido por<br />

inúmeras organizações transnacionais. O chamado "mundo<br />

globalizado" é o assunto de hoje.<br />

Na década de 80, com o fim da corrida tecnológica e<br />

armamentista entre as superpotências, a chamada Guerra<br />

Fria, os Estados Unidos "grandes vencedores", se tornam<br />

as grandes nações hegemônicas inaugurando a Nova<br />

Ordem Mundial. Nesse novo mundo, o poder estar com<br />

quem tem o domínio da tecnologia. A disputa continua,<br />

mas o mercado é o novo campo de batalha.<br />

O mundo anteriormente bi polarizado, marcado pela<br />

disputa entre o Bloco Socialista e o Bloco Capitalista, passa<br />

a ser um mundo multipolarizado. Os países se organizam<br />

em blocos para garantir mercado, complementar sua<br />

economia e se fortalecer. São três os Megablocos: o<br />

NAFTA, Acordo de Livre Comércio da América do Norte,<br />

é formado pelos Estados Unidos, Canadá e México. É a<br />

área de influência direta dos americanos, de onde tiram<br />

vantagens como a mão-de-obra barata mexicana, as<br />

riquezas minerais e o mercado de alto poder aquisitivo do<br />

Canadá. "A chamada União Europeia, é formada por 15<br />

países e é mais que um Bloco Econômico é uma<br />

Organização Supra Nacional, em que os países não têm<br />

fronteiras e são altamente integrados, inclusive<br />

militarmente. O passo definitivo para a estabilidade dessa<br />

união foi a adoção de uma moeda única: o EURO!"<br />

Europa: através da história, foram as guerras que moveram<br />

este continente. A fragmentação europeia sempre foi o<br />

motor de seu desenvolvimento, ninguém queria ficar para<br />

trás na competição bélico-tecnológica. Depois da última e<br />

mais terrível guerra, líderes visionários tiveram a ideia<br />

genial: forjar a estabilidade política através da<br />

interdependência econômica. Pela primeira vez a Europa<br />

rimou paz com prosperidade! No primeiro dia de 93, a<br />

Europa tornava-se um mercado único, com 320 milhões de<br />

consumidores e um PIB de 6 trilhões e meio de dólares.<br />

Tão unidos e tão diferentes!<br />

O Bloco formado pelos países da Bacia do Pacífico<br />

liderados pelo Japão, não se baseia em acordos<br />

diplomáticos como o NAFTA, ou a União Europeia, sendo<br />

na verdade uma zona de integração comercial bastante<br />

dinâmica que mantém um ritmo acelerado de crescimento<br />

econômico, onde se destacam os chamados Tigres<br />

Asiáticos, a China e a Austrália.<br />

A Política dos Megablocos quer a abertura de mercado,<br />

mas na medida que cada bloco se une e se fortalece cria<br />

mecanismos protecionistas, fechando-se em sua própria<br />

região. A Globalização permite que o mundo inteiro seja<br />

alcançado pelos mais modernos meios de comunicação,<br />

assim como pelo o capital, mas está formando ao mesmo<br />

tempo uma geração de pessoas e nações excluídas.<br />

Os países Centrais também chamados de países do Norte<br />

são os que organizam seus interesses buscando nos países<br />

Periféricos, ou países do Sul, as vantagens comparativas<br />

para diminuir custos e aumentar os lucros na economia-<br />

Mundo. Podemos conferir isso a cada reunião do chamado<br />

Grupo dos 7.<br />

Alguns países Periféricos também estão se unindo para<br />

garantir o seu espaço na economia mundial e não apenas<br />

sofrerem o lado negativo da Globalização.<br />

Você viu o que os países têm feito para proteger suas<br />

economias no mundo globalizado. Conheceu a Nova<br />

Ordem Mundial e a política dos Megablocos.<br />

Economia-mundo: conjunto de economias de vários<br />

lugares diferentes, mas que se inter-relacionam.<br />

Livros:<br />

· Panorama do mundo, 1,2,3 de Demétrio Magnoli, José<br />

Arbex e Nelson Babic.<br />

· O mundo pós-guerra de Jaime Brener.<br />

"Globalização não é um conceito sério. Nós, americanos, o<br />

inventamos para dissimular nossa política de entrada<br />

econômica nos outros países" John Kenneth Galbraith, um<br />

dos maiores economistas do século<br />

190


XX-BLOCOS ECONÔMICOS E OS<br />

MEGABLOCOS-<br />

De uns anos pra cá, a chamada Nova Ordem<br />

Mundial, vem dividindo e integrando nosso planeta em<br />

Blocos econômicos.<br />

"Um dia desses, fui comprar um rádio relógio. Escolhi um<br />

modelo de uma marca tradicional &#8211; marca<br />

americana &#8211; quando dei uma olhada no manual de<br />

instruções, percebi que o rádio relógio só é americano na<br />

marca. O projeto é de uma fábrica francesa, os<br />

componentes eletrônicos são coreanos e o aparelho foi<br />

montado no México".<br />

Num simples eletrodoméstico, uma amostra do tempo em<br />

que vivemos hoje! Tempo de Globalização!<br />

"A globalização é o resultado de fatos históricos e políticos<br />

que vem acontecendo há séculos. Podemos dizer que ela<br />

começou, com as Grandes Descobertas dos Navegantes<br />

Espanhóis e Portugueses... continuou pela sofisticação dos<br />

Meios de Transportes e Comunicação, mas se firmou<br />

mesmo com o domínio do capital financeiro e a verdadeira<br />

revolução nas comunicações e da informática no final do<br />

século XX. O mundo foi ficando pequeno e hoje uma crise<br />

na bolsa de valores de um único país da Ásia abala a<br />

economia do mundo inteiro"!<br />

Junto com a Globalização, acontece uma importante<br />

tendência: países de mesma região se organizam em<br />

blocos, derrubam fronteiras econômicas para negociar seus<br />

produtos e Serviços entre si com liberdade quase total.<br />

Com isso, esses países fortalecem seus mercados regionais.<br />

Como você sabe, o maior desses blocos, é liderada pelos<br />

Estados Unidos, a maior potência do século XX.<br />

"O NAFTA (North American-Frre-Trade Agreement),<br />

Acordo Norte Americano de Livre Comércio, formado<br />

pelos Estados Unidos, Canadá e México. É a área de<br />

influência direta dos americanos, onde tiram vantagens<br />

como a mão-de-obra barata mexicana, as riquezas minerais<br />

e o mercado de alto poder aquisitivo do Canadá."<br />

O NAFTA é o mais importante dos blocos, mas não é o<br />

único formado por países ricos. Em busca do poder<br />

perdido, a Europa Também se uniu. "A chamada União<br />

Europeia, é formada por 15 países e é mais que um Bloco<br />

Econômico é uma Organização Supra Nacional, em que os<br />

países não têm fronteiras e são altamente integrados,<br />

inclusive militarmente. O passo definitivo para a<br />

estabilidade dessa união foi a adoção de uma moeda única:<br />

o EURO!"<br />

"Com potencial para rivalizar com o dólar americano no<br />

mercado mundial, a moeda única nasceu a partir da<br />

formação da União Europeia, uma coalizão entre 15 nações<br />

da Europa. O objetivo da União é promover o progresso<br />

econômico e social, e a identidade europeia no cenário<br />

internacional. No primeiro momento, só 11 dos 15 países<br />

da União adotaram o EURO. O resultado já foi espantoso:<br />

uma economia ligeiramente menor do que a dos Estados<br />

Unidos, 18% do mercado mundial."<br />

Eduardo Callado &#8211; Pres. Cons. Reg. Economia/RJ:<br />

"Nem sempre foi o dólar a moeda de troca no mercado<br />

mundial &#8211; aceita internacionalmente &#8211; antes<br />

do dólar nós tínhamos a Libra que por 100 anos reinou, até<br />

porque a Inglaterra era a economia mais importante do<br />

mundo... ela se enfraquece após Primeira Guerra<br />

Mundial."<br />

Toda essa movimentação para essa formação de Blocos<br />

Econômicos é recente, mas a União Europeia não é tão<br />

novinha assim.<br />

Há cerca de quantos anos se formou a União Europeia?<br />

Cem anos?<br />

Quarenta anos?<br />

Ou vinte anos?<br />

Acertou quem ficou com o meio termo. Quarenta anos, é a<br />

resposta certa. "Quando a 2a Guerra Mundial acabou e<br />

Hitler foi derrotado, outros líderes europeus acharam que<br />

seria preciso criar uma espécie de elo entre as economias<br />

dos países da Europa. Com a queda do Muro de Berlim em<br />

89, ressurgiu o medo de que a Alemanha pudesse retomar<br />

sua tendência expansionista. Se de alguma forma o país<br />

estivesse ligado a outro a outros países esse risco<br />

diminuiria, foi por isso que nas últimas décadas, os líderes<br />

da União Europeia estabeleceram uma espécie de vinculo<br />

entre as diferentes moedas e sugeriram a criação de uma<br />

moeda única para a Europa."<br />

Esses grandes blocos formados ou liderados por países<br />

Centrais, já estão sendo denominados de Megablocos. O<br />

terceiro deles está agitando o outro lado da Terra no Leste<br />

da Ásia. Ainda não é um bloco formal como o NAFTA, e a<br />

União Europeia, mas integra economicamente os países do<br />

Leste Asiático como os Tigres da Ásia sob a liderança do<br />

Japão. "Esse bloco da Bacia do Pacífico, não se baseia em<br />

acordos diplomáticos como o NAFTA ou a União<br />

Europeia, sendo na verdade uma zona de integração<br />

comercial bastante dinâmica que mantêm um ritmo<br />

acelerado de crescimento econômico, onde se destacam os<br />

chamados Tigres Asiáticos, a China e a Austrália.<br />

191


192<br />

A organização de Blocos Econômicos não é exclusividade<br />

de países Ricos, países Periféricos também se juntam com<br />

os mesmos propósitos, não formam Megablocos, mas sim<br />

pequenos blocos que fortalecem mercados secundários e<br />

fazem surgir lideranças regionais: o Brasil é o integrante<br />

mais forte do bloco que integra países do Cone Sul. "O<br />

Tratado de Assunção que criou o Mercosul selou uma<br />

tentativa de aproximação entre os países membros que<br />

vinha desde o início dos anos 80. Naquela década foi criada<br />

uma Associação Latino Americana de Integração, a<br />

ALADI que substituiu a ALALC, Associação Latino<br />

Americana de Livre Comércio. A ALAC tinha uma<br />

clausula que obrigava todos os países da América Latina a<br />

estender a redução de tarifas de importação acertadas entre<br />

dois ou mais países. Essa clausula acabava impedindo o<br />

fechamento de acordos em bloco. Com a criação da<br />

ALADI, isso foi eliminado. O Mercosul começou com a<br />

integração Brasil-Argentina firmada pela declaração de<br />

Iguaçu e assinada pelos presidentes, na época, José Sarney<br />

e Raul Alfonsim em julho de 85, em julho de 90 os dois<br />

países assinaram a Ata de Buenos Aires, fixando a data de<br />

31 de dezembro de 94 para a formação do mercado<br />

definitivo. Na ocasião convidaram também o Paraguai e o<br />

Uruguai para aderirem, Chile e Bolívia tem apenas um<br />

acordo de complementação Econômica com o Mercosul, o<br />

que significa que eles não participam dos benefícios<br />

tarifários que vigoram entre os países integrantes do<br />

bloco."<br />

"O Mercosul é um Bloco Econômico que reúne a<br />

Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai. Veja um<br />

exemplo para entender como esse bloco funciona: - antes<br />

do Mercosul, uma garrafa de vinho argentino; uma peça de<br />

couro paraguaio e um quilo de carne uruguaio chegavam<br />

ao Brasil com preços mais altos. Isso acontecia porque<br />

quando esses produtos cruzavam nossas fronteiras e o<br />

governo brasileiro cobrava Taxas de Importação, o mesmo<br />

acontecia quando produtos brasileiros iam para esses<br />

países. Mas desde que o Mercosul entrou em vigor em<br />

janeiro de 91os quatro países membros deixaram de cobrar<br />

impostos de importação sobre a maioria dos produtos. O<br />

consumidor sentiu isso no bolso, os preços dos importados<br />

desses países caíram. Outro Bloco Econômico que existe<br />

no continente americano é o NAFTA. NAFTA é uma sigla<br />

inglesa que em português significa Acordo de Livre<br />

Comércio da América do Norte. Os países membros são<br />

Canadá, Estados Unidos e o México. O NAFTA entrou em<br />

vigorem 1 de janeiro de 94. Ele também acabou com os<br />

impostos cobrados sobre os produtos importados dos<br />

países membros. (...) Mas agora existe a possibilidade de<br />

os 34 países do continente americano formarem um bloco<br />

único, a ALCA. ALCA significa Área de Livre Comércio<br />

das Américas e se ela for criada vai integrar todos os países<br />

da América com exceção de Cuba. Isso só deve acontecer<br />

a partir do ano de 2005."<br />

Os principais blocos da América, NAFTA e Mercosul,<br />

podem estar com seus dias contados. Os Estados Unidos<br />

estão propondo a realização de um outro bloco integrando<br />

todo o continente. Mas o que pode estar por trás dessa<br />

proposta?<br />

OBS: A ALCA é uma forma de os Estados Unidos<br />

manterem a liderança econômica na região.<br />

PENSE NISSO:<br />

1. Ao mesmo tempo em que a economia mundial se<br />

globaliza, os países se organizam em Blocos Econômicos<br />

regionais. Fica a dúvida: essa regionalização em Blocos<br />

Econômicos contraria, ou melhor, contradiz o processo de<br />

Globalização pelo qual estamos passando?<br />

2. Esses Blocos Econômicos que fortalecem os mercados<br />

regionais são uma forma de resistência a Globalização ou<br />

servem apenas para fortalecer os países Centrais?<br />

A União Europeia<br />

A Europa agora quer ser um só país. Fronteiras milenares<br />

foram abolidas.<br />

Irlanda, Grã-Bretanha, Luxemburgo, Dinamarca, Suécia,<br />

Finlândia, Grécia, Itália, Áustria, Alemanha, Holanda,<br />

Bélgica, França, Espanha, Portugal... São mais de 15 países<br />

juntos, 370 milhões de habitantes, 17 moedas, 21 idiomas,<br />

um PIB (Produto Interno Bruto) de mais de 8 trilhões de<br />

dólares.<br />

O objetivo é criar uma potência econômica capaz de<br />

enfrentar a competição internacional. É a corrida do "Velho<br />

Continente" para o futuro. De todos os blocos que estão se<br />

constituindo atualmente, a União Europeia adotou a forma<br />

considerada a mais avançada. Os países não têm mais<br />

fronteiras propriamente dita, apenas formam um bloco<br />

supranacional. Teoricamente, seus habitantes não são mais<br />

franceses, ingleses, suecos ou portugueses, são cidadãos<br />

europeus.<br />

A primeira etapa dessa união se deu com a criação do<br />

Benelux, que estabelecia o livre comércio entre os países<br />

baixos (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) tornando-os uma<br />

unidade econômica. Em 1957, pelo Tratado de Roma, foi<br />

criado o Mercado Comum Europeu. De lá pra cá foram<br />

muitas as mudanças. A Comunidade Europeia cresceu,


passou de 6 para 15 países, de um grande mercado virou<br />

União Europeia.<br />

Vivendo a necessidade de novos investimentos, de<br />

encontrar novas forças para enfrentar a acirrada<br />

competição com o Japão, o Sudeste Asiático e os Estados<br />

Unidos, a agora chamada Comunidade Econômica<br />

Europeia aceita a entrada da Grécia, em 1981, e mais tarde<br />

a de Portugal e Espanha, em 1986. A pesar da economia<br />

desses países ser muito menos avançadas que a dos outros<br />

membros, eles representavam alternativas de mercados.<br />

Em 1991, é assinado o Tratado de Maastricht que<br />

estabelece políticas externas de defesa comuns, além de<br />

uma moeda única, o Euro. "Em 62 páginas o Tratado de<br />

Maastricht lança as bases dos &#8216;Estados Unidos da<br />

Europa&#8217;. Com isso você tem uma moeda única para<br />

toda a Europa, e um só embaixador e um só comando<br />

militar para os países da comunidade".<br />

Além da unidade econômica o tratado quer estabelecer uma<br />

unidade política e diplomática. Mas nem todos os países<br />

estão preparados para a moeda única, por exemplo.<br />

Algumas metas difíceis têm que ser cumpridas para que<br />

isso ocorra.<br />

Veja o que é preciso para cada países adotar o Euro:<br />

· Manter baixa a inflação;<br />

· Reduzir as taxas de juros;<br />

· Controlar o déficit público, não pode ultrapassar 3% do<br />

PIB;<br />

· Segurar a dívida pública tem de ficar abaixo 60% do PIB.<br />

As reformas e ajustes na economia avançam em todo vapor<br />

para que os países da União Europeia garantam a<br />

competitividade, ganhem novos mercados e se fortaleçam<br />

diante dos americanos e japoneses. A adoção da nova<br />

moeda é facultativa, mas em todos os idiomas parece que<br />

o Euro é o único caminho!<br />

Cumprir as metas da unificação pode gerar medidas de<br />

recessão e desemprego. Hoje a Europa tem 18 milhões de<br />

desempregados, em cada grupo de 10 pessoas em idade<br />

para trabalhar, uma está sem emprego. A cada mês a fila<br />

em busca de emprego cresce em toda a Europa. Países<br />

como a Alemanha e a França batem recordes de<br />

desemprego. Na França, 25% dos jovens com menos de 27<br />

anos não conseguem entrar no mercado de trabalho. A<br />

Espanha é recordista, o índice de desemprego chega a<br />

quase 20%, e em todas as pesquisas o desemprego aparece<br />

como a principal preocupação do cidadão europeu. O<br />

governo paga caro a conta do desemprego. Quem está fora<br />

do mercado de trabalho deixa de pagar impostos, mas,<br />

recebe um salário desemprego e tem assistência social<br />

garantida. A cada novo recorde de desemprego, a conta do<br />

estado aumenta mais. Na pressa para ajustar as economias,<br />

e lançar o Euro, os países adotaram políticas fiscais ainda<br />

mais firmes, o que acabou aumentando o número de<br />

desempregados.<br />

Em 1995 a Comunidade Econômica Europeia passa a se<br />

chamar União Europeia. Áustria, Finlândia e Suécia se<br />

unem ao grupo, formando a então chamada a Europa dos<br />

15. Mas a euforia com a livre circulação de mercadorias,<br />

capitais e cidadãos provoca também sérios problemas. Por<br />

sua força econômica essa Nova Europa tem sido um foco<br />

de atração para muitos migrantes que buscam empregos no<br />

continente. Esses imigrantes vêm principalmente dos<br />

países do Leste Europeu que estão sofrendo grandes<br />

transformações, passando de uma economia socialista para<br />

uma economia de mercado. Jovens desempregados<br />

imigram dos países Periféricos, principalmente do norte da<br />

África e do Oriente Médio em busca de melhores<br />

oportunidades, fazendo do rico mundo europeu uma<br />

verdadeira Meca dos Pobres. A competição pelo mercado<br />

de trabalho entre os estrangeiros e os cidadãos europeus<br />

provocou um fortalecimento dos movimentos Neonazistas,<br />

aumentando a xenofobia da população.<br />

Numa época de intensa Globalização, em que o mercado é<br />

mundial e ultrapassa as fronteiras nacionais, explodem<br />

conflitos nacionalistas envolvendo minorias. Na Irlanda do<br />

Norte existe o conflito entre a minoria católica que quer seu<br />

país independente do Reino Unido e a maioria protestante<br />

que não quer viver numa grande Irlanda unificada, onde<br />

seria minoria. Na Espanha o país Basco, região autônoma<br />

ao norte, quer formar um estado independente que tomaria<br />

até parte do território francês. Assim como na Irlanda há<br />

organizações terroristas envolvidas, o que trás<br />

instabilidade e insegurança a Europa Unificada.<br />

Vimos que a unificação política e econômica da Europa<br />

não livrará o velho continente de seus problemas. Vimos<br />

como é difícil construir um paraíso econômico num mundo<br />

com tão graves contradições.<br />

193


DICAS: UNIÃO EUROPÉIA:<br />

O aprofundamento das relações entre os países europeus<br />

reduz a necessidade de importação no continente, mas a EU<br />

e o Brasil já assinaram vários acordos de cooperação, e o<br />

Brasil exporta inúmeros produtos para os países do grupo<br />

com tarifas reduzidas. Os maiores compradores são a<br />

Alemanha, os Países Baixos, a Itália, França, Reino Unido<br />

e a Bélgica.<br />

Xenofobia: horror a tudo que é estrangeiro.<br />

Livros:<br />

· <strong>Geografia</strong> dos continentes &#8211; Europa de Hélio<br />

Carlos Garcia e Tito Márcio Garavello.<br />

· O mundo contemporâneo &#8211; Relações<br />

internacionais de1945 a 2000 de Demétrio Magnoli.<br />

"Globalização não é um conceito sério. Nós, americanos, o<br />

inventamos para dissimular nossa política de entrada<br />

econômica nos outros países." John Kenneth Galbraith, um<br />

dos maiores economistas do século XX.<br />

194


MERCOSUL-Criação<br />

O Mercado Comum do Sul ( Mercosul ) foi criado em<br />

26/03/1991 com a assinatura do Tratado de Assunção no<br />

Paraguai. Os membros deste importante bloco<br />

econômico do América são os seguintes países<br />

: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A aprovação da<br />

entrada da Venezuela está na dependência de aprovação do<br />

Congresso Nacional do Paraguai, pois os congressos<br />

nacionais do Brasil, Argentina e Uruguai já aprovaram a<br />

entrada da Venezuela no Mercosul.<br />

Embora tenha sido criado apenas em 1991, os<br />

esboços deste acordo datam da década de 1980, quando<br />

Brasil e Argentina assinaram vários acordos comerciais<br />

com o objetivo de integração. Chile, Equador colômbia,<br />

Peru e Bolívia poderão entrar neste bloco econômico, pois<br />

assinaram tratados comerciais e já estão organizando suas<br />

economias para tanto. Participam até o momento como<br />

países associados ao Mercosul.<br />

Na área agrícola também ocorrem dificuldades de<br />

integração, pois os argentinos alegam que o governo<br />

brasileiro oferece subsídios aos produtores de açúcar. Desta<br />

forma, o produto chegaria ao mercado argentino a um<br />

preço muito competitivo, prejudicando o produtor e o<br />

comércio argentino.<br />

Em 1999, o Brasil recorreu à OMC<br />

( Organização Mundial do Comércio ), pois a Argentina<br />

estabeleceu barreiras aos tecidos de algodão e lã<br />

produzidos no Brasil. No mesmo ano, a Argentina começa<br />

a exigir selo de qualidade nos calçados vindos do Brasil.<br />

Esta medida visava prejudicar a entrada de calçados<br />

brasileiros no mercado argentino.<br />

Estas dificuldades estão sendo discutidas e os<br />

governos estão caminhando e negociando no sentido de<br />

superar barreiras e fazer com que o bloco econômico<br />

funcione plenamente.<br />

Bandeira do Mercosul<br />

Etapas e avanços<br />

No ano de 1995, foi instalada a zona de livre comércio<br />

entre os países membros. A partir deste ano, cerca de 90%<br />

das mercadorias produzidas nos países membros podem ser<br />

comercializadas sem tarifas comerciais. Alguns produtos<br />

não entraram neste acordo e possuem tarifação especial por<br />

serem considerados estratégicos ou por aguardarem<br />

legislação comercial específica.<br />

Em julho de 1999, um importante passo foi dado no sentido<br />

de integração econômica entre os países membros.<br />

Estabelece-se um plano de uniformização de taxas de juros,<br />

índice de déficit e taxas de inflação. Futuramente, há<br />

planos para a adoção de uma moeda única, a exemplo do<br />

fez o Mercado Comum Europeu.<br />

Atualmente, os países do Mercosul juntos concentram uma<br />

população estimada em 311 milhões de habitantes e<br />

um PIB (Produto Interno Bruto) de aproximadamente 2<br />

trilhões de dólares.<br />

Os conflitos comerciais entre Brasil e Argentina<br />

As duas maiores economias do Mercosul enfrentam<br />

algumas dificuldades nas relações comerciais. A Argentina<br />

está impondo algumas barreiras no setor automobilístico e<br />

da linha branca ( geladeiras, micro-ondas, fogões ), pois a<br />

livre entrada dos produtos brasileiros está dificultando o<br />

crescimento destes setores na Argentina.<br />

Conclusão<br />

Espera-se que o Mercosul supere suas dificuldades e<br />

comece a funcionar plenamente e possibilite a entrada de<br />

novos parceiros da América do Sul. Esta integração<br />

econômica, bem sucedida, aumentaria o desenvolvimento<br />

econômico nos países membros, além de facilitar as<br />

relações comerciais entre o Mercosul e outros blocos<br />

econômicos, como o NAFTA e a União Europeia.<br />

Economistas renomados afirmam que, muito em breve,<br />

dentro desta economia globalizada as relações comerciais<br />

não mais acontecerão entre países, mas sim entre blocos<br />

econômicos. Participar de um bloco econômico forte será<br />

de extrema importância para o Brasil.<br />

195


EXERCÍCIOS<br />

1) As formas dos continentes e dos países se encontram<br />

modificadas devido às deformações dos ângulos das<br />

coordenadas.<br />

2) As massas continentais e oceânicas são representadas<br />

em escala uniforme, conservando as proporções entre as<br />

distâncias.<br />

3) As áreas de um país ou de um continente assumem o<br />

tamanho proporcional ao dado que se quer representar.<br />

4) As áreas da Terra conservam o tamanho<br />

proporcionalmente correto, valorizando o mundo<br />

subdesenvolvido.<br />

5) As distorções na forma, na superfície ou na distância dos<br />

elementos apresentados são pequenas, possibilitando a<br />

representação total da Terra.<br />

246 - Com base na análise do mapa e dos conhecimentos 248 -<br />

sobre localização e fusos horários, pode-se afirmar:<br />

01) O Brasil localiza-se totalmente na zona tropical do<br />

globo e limita-se com todos os países da América do Sul.<br />

02) A Indonésia se situa em baixas longitudes, daí a<br />

ocorrência de clima com elevada pluviosidade e baixa<br />

temperatura.<br />

03) As horas se apresentam com acréscimo de Salvador<br />

para Rio Branco, em virtude da rotação Terra ser<br />

realizada no sentido anti-horário.<br />

04) As áreas localizadas ao longo um mesmo meridiano<br />

possuem a mesma longitude e a mesma hora.<br />

05) O de verão é uma prática realizada por locais<br />

que enfrentam crises energéticas, por isso os relógios<br />

devem ser atrasados em uma hora, em relação à hora local<br />

vigente na localidade.<br />

O gráfico apresenta a descarga fluvial de um rio brasileiro.<br />

A partir de sua análise e dos conhecimentos sobre a relação<br />

entre hidrografia, relevo e clima, no Brasil, é correto<br />

247-<br />

afirmar que esse rio<br />

01) é perene, o que dificulta a instalação de hidrelétricas.<br />

02) apresenta foz em delta, por percorrer áreas de relevo<br />

elevado e acidentado.<br />

03) tem regime intermitente, devido à estiagem que se<br />

verifica no meio do ano.<br />

04) possui drenagem exorréica, permitindo o transporte<br />

fluvial e fornecendo a piscicultura.<br />

05) possui regime pluvial tropical, com cheia no verão e<br />

vazante no inverno.<br />

Sobre o tipo de mapa apresentado, é correto afirmar:<br />

249 -<br />

01) A floresta de conífera, por se tratar de uma formação<br />

homogênea e de difícil reflorestamento, constitui área de<br />

preservação permanente.<br />

02) Os manguezais, áreas situadas em regiões tropicais<br />

alagadas pelas marés, têm sido alvo de degradação, e a<br />

vida encontra-se comprometida pelo aumento das<br />

atividades humanas.<br />

03) As matas várzeas estão totalmente devastadas, em<br />

consequência da exploração predatória dos minérios,<br />

abundantes nesses espaços.<br />

04) A tundra, situada ao redor dos polos norte e sul, não<br />

conta com presença humana, permanecendo, até os dias<br />

atuais, intocável e seu ambiente inalterado.<br />

05) A caatinga, ambiente de clima árido, vem sofrendo<br />

degradação, decorrente da exploração mineral em larga<br />

escala.<br />

A observação do mapa e os conhecimentos sobre as<br />

regiões desérticas e as áreas em risco de desertificação do<br />

globo permitem afirmar:<br />

01) A corrente marítima de Humboldt é um dos fatores<br />

responsáveis pela formação do deserto de Atacama.<br />

02) Os desertos, de modo geral, apresentam pequena<br />

amplitude térmica diária e anual, devido aos baixos índices<br />

pluviométricos registrados.<br />

03) Os solos dos desertos, geralmente, são pobres em sais<br />

minerais, o que intensifica a desertificação nas áreas<br />

circunvizinhas.<br />

04) O Deserto de Gobi é frio, razão pela qual as chuvas são<br />

mais duradouras e a vegetação, aciculifoliada.<br />

05) As dunas, paisagem dominante do relevo nos desertos<br />

quentes, resultam do trabalho permanente de erosão eólica.<br />

Fontes: Manual global de ecologia. São Paulo, Augustus, 1993. p. 78; e Os caminhos<br />

da Terra. São Paulo, Azul, ano 4, n. 3, set. 1996. p. 42 e 43.<br />

251 -<br />

Com base na análise dos perfis de solo, característicos de<br />

alguns domínios morfoclimáticos brasileiros, e nos<br />

conhecimentos a respeito das inter-relações entre solo,<br />

clima, relevo e vegetação, é correto afirmar:<br />

196<br />

250 - Ecossistema é o conjunto de seres vivos e de fatores<br />

ambientais de determinada área que interagem em<br />

equilíbrio, realizando trocas de<br />

energia e de matéria. As florestas, a caatinga, a tundra, os<br />

cerrados, os rios, os oceanos, os lagos e até um tronco de<br />

árvore podre são<br />

exemplos de ecossistemas. A soma de todos os<br />

ecossistemas existentes na Terra forma a biosfera.<br />

(AMORIM; Terra, 2004, p. 163)<br />

Sobre os ecossistemas, sua destruição e preservação, podese<br />

afirmar:<br />

01) O perfil A é característico das chapadas recobertas por<br />

cerrados e são solos ácidos e laterizados, devido à<br />

alternância entre a estação chuvosa e seca.<br />

02) O perfil B corresponde ao latossolo amazônico, que é<br />

raso, argiloso e sujeito à erosão laminar, em consequência<br />

da elevada pluviosidade.<br />

03) O perfil C pertence ao domínio da caatinga, cujo solo<br />

aluvial foi originado do intemperismo físico resultante das<br />

variações térmicas.<br />

04) Os perfis B e C correspondem aos solos vulcânicos dos<br />

domínios morfoclimáticos subtropicais, são férteis e não<br />

apresentam o horizonte B.<br />

05) Os perfis A, B e C ocorrem nas faixas de transição,<br />

onde o relevo inclinado propicia uma vegetação complexa<br />

e exuberante.


252 - A sua importância mundial faz com que<br />

frequentemente surjam propostas de se limitar a soberania<br />

do Brasil e de países vizinhos sobre a região, com o<br />

argumento de que os governos locais não conseguem<br />

preservá-la. (RIQUEZA... 2007, p. 122).<br />

O texto se refere<br />

01) ao complexo do Pantanal, que ocorre em região de<br />

clima úmido e enfrenta problemas, como desmatamento,<br />

em decorrência do avanço horizontal das cidades.<br />

02) à Mata dos Cocais, típica de clima semiárido, que vem<br />

sendo destruída, apesar de ser considerada um dos<br />

santuários ecológicos mais ricos do planeta.<br />

03) à Mata Atlântica, vegetação de clima tropical típico,<br />

que sofre influência da massa tropical continental durante<br />

todo o ano, o que facilita o desenvolvimento de uma<br />

vegetação hidrófila e exuberante.<br />

04) à Floresta Amazônica, formação vegetal higrófila e<br />

latifoliada, típica de clima equatorial, que vem sofrendo,<br />

nas últimas décadas, intenso processo de degradação<br />

ambiental, em virtude, dentre outros fatores, da atividade<br />

madeireira e da implantação de projetos agrícolas e<br />

minerais.<br />

05) à Mata de Araucária, encontrada em região de clima<br />

subtropical semiúmido, que é homogênea e muito<br />

devastada, economicamente, pelas indústrias<br />

farmacêuticas do mundo.<br />

253 –<br />

Com base nas duas pirâmides etárias sobrepostas<br />

e nos conhecimentos sobre a estrutura e o crescimento da<br />

população brasileira, é correto afirmar:<br />

01) A expectativa média de vida é a mesma em todas as<br />

macrorregiões brasileiras.<br />

02) O crescimento vegetativo tende a diminuir, à medida<br />

que a mortalidade decresce.<br />

03) A proporção de idosos cresce, em decorrência da queda<br />

da fecundidade e da mortalidade infantil.<br />

04) A política demográfica populacionista, adotada<br />

recentemente, deverá ser responsável pelo estreitamento da<br />

base da pirâmide etária de 2040.<br />

05) A expectativa de vida do homem é menor que a das<br />

mulheres, pois eles são mais sujeitos a doenças e mais<br />

atingidos pela violência.<br />

254 -<br />

A partir da análise do quadro, aliada aos conhecimentos<br />

acerca da distribuição e dos movimentos migratórios da<br />

população brasileira, é correto afirmar:<br />

01) A região Nordeste apresenta a mais baixa densidade<br />

demográfica do país, em razão dos constantes fluxos<br />

migratórios para outras regiões.<br />

02) A região Norte, embora possua a maior área territorial,<br />

é a menos populosa, em virtude da fraca imigração.<br />

03) O Sudeste, além de ser a região mais populosa e<br />

povoada, ainda se mantém como principal destino dos<br />

movimentos migratórios do país.<br />

04) A intensificação da transumância no Centro-Oeste é<br />

responsável pela última colocação da região, em<br />

contingente total de habitantes.<br />

05) O Sul foi a região que apresentou as maiores taxas de<br />

crescimento populacional nas últimas décadas, em<br />

consequência do fraco êxodo rural.<br />

255 - Nas últimas décadas do século XX, ao mesmo tempo<br />

em que se intensificava o processo de globalização,<br />

197


ampliavam-se os conflitos étnico- nacionalistas, muitos<br />

deles relacionados a movimentos separatistas. A ampliação<br />

desses conflitos revela uma situação aparentemente<br />

contraditória, pois, ao mesmo tempo em que a reprodução<br />

da modernidade, em nível global, ende a homogeneizar<br />

hábitos por meio de consumo e da indústria cultural, e<br />

integrar mercados por meio das organizações<br />

supranacionais, diversos povos lutam por sua autonomia,<br />

fragmentando o mundo num número cada vez maior de<br />

países. (LUCCI, 2003, p. 229)<br />

Sobre os conflitos mundiais, é correto afirmar:<br />

01) Os conflitos entre judeus e palestinos começaram a<br />

partir da Segunda Guerra Mundial, quando a ONU criou o<br />

Estado de Israel.<br />

02) Os conflitos armados promovidos pelo ETA se<br />

intensificaram com os atentados terroristas em Madri.<br />

03) Os conflitos internos no continente africano são sempre<br />

motivados por rivalidades políticas e religiosas.<br />

04) A Chechênia obteve sua independência da Federação<br />

Russa, motivo pelo qual cessaram os conflitos na região.<br />

05) O IRA abandonou a luta armada e destruiu todo o seu<br />

arsenal, mas mantém sua luta por meios políticos.<br />

256 - Sobre o processo de urbanização mundial, é correto<br />

afirmar:<br />

01) A violência e a criminalidade são problemas exclusivos<br />

das grandes cidades dos países subdesenvolvidos e as<br />

favelas estão presentes nas paisagens de todos os países.<br />

02) O fenômeno da urbanização se expandiu por todo o<br />

globo, não havendo mais países com predomínio de<br />

população rural.<br />

03) O processo de conurbação resulta da fusão de dois ou<br />

mais bairros vizinhos, formando um só conjunto urbano.<br />

04) Os países subdesenvolvidos abrigam mais da metade<br />

das maiores aglomerações urbanas do Planeta, com mais<br />

de 10 milhões de habitantes.<br />

05) A estrutura fundiária é o fator responsável pela lenta<br />

urbanização dos países subdesenvolvidos.<br />

257 - Apesar da força do agronegócio, o setor enfrenta<br />

dificuldades. O primeiro semestre de 2006 foi marcado por<br />

protestos de agricultores, que bloquearam rodovias em<br />

várias partes do país.<br />

Em junho, no meio da crise, o ministro da agricultura,<br />

Roberto Rodrigues, pediu demissão. (ATUALIDADES<br />

VESTIBULAR, 2007, p. 140)<br />

Sobre o agronegócio, no Brasil, é correto afirmar:<br />

01) O agronegócio inclui, apenas, a agricultura de grãos e<br />

a pecuária leiteira.<br />

02) A soja e o algodão são as duas culturas legalmente<br />

transgênicas, sendo que o Rio Grande do Sul domina a<br />

produção e a exportação da soja transgênica.<br />

03) A legislação brasileira não permite o cultivo de<br />

transgênicos no Nordeste, em virtude das condições<br />

climáticas desfavoráveis.<br />

04) O trigo, principal produto agrícola na pauta de<br />

exportação, tem tido sua área de cultivo substituída por<br />

culturas menos rentáveis.<br />

05) O país perdeu liderança na produção e na exportação<br />

do café, devido ao protecionismo dado pelo governo norteamericano<br />

aos seus produtores.<br />

258 - Sobre o processo de industrialização, no Brasil e no<br />

mundo, pode-se afirmar:<br />

01) A implantação do Mercosul contribuiu para a<br />

descentralização industrial no Brasil, com a instalação de<br />

indústrias nos estados da Região Sul e no Mato Grosso do<br />

Sul.<br />

02) Os tecnopólos surgiram na Itália, localizam-se próximo<br />

ao litoral e contam com o apoio financeiro de empresas<br />

privadas.<br />

03) O PIB industrial brasileiro vem crescendo rapidamente<br />

nos últimos anos, graças ao alto valor agregado dos<br />

manufaturados exportados pelo país.<br />

04) A mobilidade espacial das indústrias de bens de<br />

consumo, no mundo atual, está condicionada à<br />

proximidade das matérias-primas<br />

05) A costa oeste norte-americana, voltada para o Pacífico,<br />

é a maior, a mais diversificada e a mais antiga área<br />

industrial dos EUA.<br />

259 - Os conhecimentos sobre fontes de energia, no Brasil<br />

e no mundo, permitem afirmar:<br />

198


01) As termelétricas convencionais são responsáveis pela<br />

produção da maior parte da eletricidade utilizada no Brasil.<br />

02) A vantagem do uso das fontes de energia alternativas<br />

deve-se ao fato de elas serem abundantes em todos os<br />

continentes.<br />

03) A hidrelétrica é a forma mais econômica e limpa para<br />

produzir eletricidade, razão pela qual é a fonte de energia<br />

mais utilizada no mundo atual.<br />

04) A biomassa, apesar de ser considerada uma fonte de<br />

energia alternativa e barata, resulta na emissão, em grande<br />

escala, de gás carbônico e metano.<br />

05) O Brasil continua dependente da importação de<br />

derivados do petróleo, pois ainda não é capaz de refinar<br />

todo o óleo que produz.<br />

05) Os esquemas protecionistas são comuns no comércio<br />

globalizado, razão pela qual as megacorporações privadas<br />

perdem força para os estados-nações.<br />

261 - Na atual fase do capitalismo, as características<br />

correspondentes à prática econômica, ao papel do Estado e<br />

à organização do trabalho são, respectivamente,<br />

01) liberalismo econômico, intervenção econômica e<br />

taylorismo.<br />

02) neoliberalismo, desregulamentação e taylorismo.<br />

03) imperialismo, livre iniciativa e fordismo.<br />

04) neocolonialismo, defesa da propriedade e produção<br />

padronizada.<br />

05) mercantilismo, regulação da economia e artesanal.<br />

260 –<br />

262 –<br />

Os conhecimentos sobre a União Europeia permitem<br />

afirmar:<br />

O gráfico reúne eixo com referências diferentes. Os dados<br />

do mercado mundial relacionam-se ao eixo da esquerda e,<br />

os do Brasil, valores relativos ao eixo da direita.<br />

A análise do gráfico e os conhecimentos sobre o comércio<br />

mundial e brasileiro permitem afirmar:<br />

01) A participação do Brasil, no comércio internacional,<br />

continua muito reduzida, apesar das exportações de<br />

manufaturados.<br />

02) A Argentina, por fazer parte do Mercosul, é o principal<br />

parceiro comercial do Brasil, o que torna a balança<br />

comercial brasileira muito dependente daquele mercado.<br />

03) Os países em desenvolvimento concentram as receitas<br />

de suas exportações em manufaturados de alta tecnologia e<br />

de muito valor agregado.<br />

04) Os produtos agrícolas representam mais da metade das<br />

mercadorias comercializadas no mundo.<br />

01) Os países-membros da União Europeia apresentam os<br />

mais elevados índices de desenvolvimento humano e os<br />

mais baixos níveis de desemprego estrutural do Globo.<br />

02) A Alemanha, a França e a Itália não adotaram o Euro e,<br />

por isso, apresentam menor desempenho econômico que o<br />

Reino Unido. 03) Os únicos países-membros da União<br />

Europeia que fazem parte da zona do Euro são a Suécia, a<br />

Dinamarca e a Inglaterra.<br />

04) O PIB, por habitantes, dos países ex-comunistas que<br />

ingressaram nesse bloco, está abaixo da média da União<br />

Europeia.<br />

05) A União Europeia é uma zona de livre comércio que<br />

visa, exclusivamente, à redução de tarifas aduaneiras entre<br />

os países-membros do Bloco.<br />

263 - O anúncio de que o país domina a tecnologia de<br />

enriquecimento do urânio faz crescer a preocupação dos<br />

EUA e da União Europeia quanto ao programa nuclear. O<br />

199


governo garante que o objetivo do programa é pacífico e<br />

visa à geração de energia, mas o temor é que haja planos<br />

de fabricar bombas atômicas. A ONU deu prazo até 28 de<br />

abril de 2006 para que o país suspendesse suas atividades<br />

de enriquecimento de urânio, mas isso não foi aceito. Em<br />

1 de junho, as principais potências fecharam proposta de<br />

ajuda ao governo em troca da interrupção do programa<br />

nuclear. (ATUALIDADES VESTIBULAR, 2007, p. 43)<br />

O texto acima se refere<br />

01) à Coréia do Sul.<br />

02) ao Paquistão.<br />

03) ao Irã.<br />

04) à Índia.<br />

05) a Israel.<br />

03) A queima de combustíveis fósseis pelas indústrias e<br />

pelos veículos poluem e aquecem a atmosfera, provocando<br />

o fenômeno da inversão térmica, responsável pelas doenças<br />

alérgicas do aparelho respiratório.<br />

04) As atividades mineradoras comprometem<br />

ecossistemas terrestres e aquáticos e poluem o ar, além de<br />

desestruturarem a economia baseada no extrativismo.<br />

05) Os desmatamentos das zonas periféricas da mancha<br />

urbana contribuem para a formação das ilhas de calor, pois<br />

a temperatura aumenta nessas áreas desmatadas.<br />

266 –<br />

264 - O anúncio de que o país domina a tecnologia de<br />

enriquecimento do urânio faz crescer a preocupação dos<br />

EUA e da União Européia quanto ao programa nuclear. O<br />

governo garante que o objetivo do programa é pacífico e<br />

visa à geração de energia, mas o temor é que haja planos<br />

de fabricar bombas atômicas. A ONU deu prazo até 28 de<br />

abril de 2006 para que o país suspendesse suas atividades<br />

de enriquecimento de urânio, mas isso não foi aceito. Em<br />

1 de junho, as principais potências fecharam proposta de<br />

ajuda ao governo em troca da interrupção do programa<br />

nuclear. (ATUALIDADES VESTIBULAR, 2007, p. 43)<br />

O texto acima se refere<br />

200<br />

01) à Coréia do Sul.<br />

02) ao Paquistão.<br />

03) ao Irã.<br />

04) à Índia.<br />

05) a Israel.<br />

265 - Com o capitalismo industrial, o consumo e a<br />

exploração dos recursos naturais aumentaram muito, o que<br />

vem ocasionando alterações no espaço geográfico.<br />

Sobre o assunto, pode-se afirmar:<br />

01) O assoreamento do leito dos rios é o único impacto<br />

decorrente da construção de hidrovias, em rios navegáveis.<br />

02) A prática contínua da queimada produz a cinza, que<br />

neutraliza a acidez do solo, deixando-o fértil e as partículas<br />

de pó e o vapor d’água contribuem para a formação da<br />

chuva ácida.<br />

Com base no mapa e nos conhecimentos sobre a Região<br />

Nordeste, pode-se afirmar:<br />

01) O Sertão nordestino ocupa uma extensa área de clima<br />

semiárido, onde o rio São Francisco é o mais importante<br />

curso de água permanente.<br />

02) O Agreste se caracteriza pela predominância da<br />

agricultura de plantation e da pecuária de corte, ambas<br />

voltadas para o abastecimento da Zona da Mata.<br />

03) A Zona da Mata é a porção do Nordeste que apresenta<br />

a melhor distribuição de renda, as menores taxas de<br />

desemprego e o menor número de favelas.<br />

04) O Meio-Norte, formado pelos estados de mais altos<br />

índices de desenvolvimento humano, constitui uma área de<br />

transição entre o Sertão e a Zona da Mata.<br />

05) As sub-regiões nordestinas se apresentam uniformes,<br />

tanto do ponto de vista natural quanto socioeconômico.


Em 1967, o mundo estava dividido entre capitalistas e<br />

socialistas e, atrás de suas muralhas milenares, a China era<br />

uma das mais atrasadas e fechadas economias do mundo.<br />

Em 1967, o homem ainda se preparava para pisar pela<br />

primeira vez na Lua. Ao chegar lá, dois anos depois, a<br />

Apolo 11 tinha capacidade de armazenamento de<br />

informações equivalente a um chip usado em cartões de<br />

crédito. Em 1967,a Índia era só um país exótico com seus<br />

gurus e uma espiritualidade que começa a encantar o<br />

Ocidente. Em 1967, como era possível! O Google não<br />

existia! (EM 1967..., 2007, p. 40).<br />

267 - A divisão do mundo em países socialistas e<br />

capitalistas, referida no texto, caracterizou um período<br />

denominado de<br />

01) Pax Americana.<br />

02) Era Marshall.<br />

03) Cortina de Ferro.<br />

04) Guerra Fria.<br />

05) Era da globalização.<br />

268 - Em 2007, quarenta anos depois da época citada no<br />

texto, a China é considerada a quarta economia do planeta,<br />

ficando atrás, apenas, dos Estados Unidos, do Japão e da<br />

Alemanha. Hoje, o país é um dos maiores exportadores do<br />

globo e interfere nos preços das economias mundiais.<br />

O salto da economia chinesa deve-se, dentre de outros<br />

fatores, à<br />

01) rápida passagem da economia rural para uma economia<br />

urbana.<br />

02) concentração de mão-de-obra com alto índice de<br />

qualificação.<br />

03) criação das Zonas Econômicas Especiais.<br />

04) adoção da democracia e de uma economia mercado.<br />

05) grande oferta de energia e abundância de matéria-prima<br />

agrícola.<br />

03) as inversões térmicas.<br />

04) as monções asiáticas.<br />

05) o efeito estufa e a desertificação.<br />

270 - Ao ser lançada no espaço, a nave Apolo 11 teve<br />

contato com a primeira camada da atmosfera, rica em<br />

nitrogênio, oxigênio, gás carbônico e outros gases.<br />

A essa camada dá-se o nome de<br />

01) Ionosfera.<br />

02) Exosfera.<br />

03) Mesosfera.<br />

04) Estratosfera.<br />

05) Troposfera.<br />

O rio da integração nacional é também o rio da<br />

discórdia, quando o assunto é transposição do rio São<br />

Francisco. Numa das margens, o governo afirma que a<br />

decisão política que foi tomada é irreversível e que as obras<br />

vão prosseguir. Na margem oposta, estão representantes de<br />

movimentos da sociedade civil, que cobram alternativas<br />

para levar água ao sertão do Nordeste. (RIO SÃO..., 2007,<br />

p. 8).<br />

271 - Sobre o rio São Francisco, as suas particularidades<br />

e o polêmico projeto de sua transposição, pode-se afirmar:<br />

01) A transposição irá beneficiar a população que vive a<br />

meridional do rio.<br />

02) Os eixos Leste e Norte, os dois grandes canais<br />

captadores, situam-se a setentrional do rio.<br />

03) Apesar de ser um dos estados beneficiados, a Bahia faz<br />

parte da oposição ao projeto.<br />

04) As cheias do rio são Francisco se concentram no<br />

inverno, devido à influência da Amazônia.<br />

05) A polêmica em torno da transposição deve-se ao fato<br />

de o rio São Francisco ser intermitente, em todo o seu<br />

curso.<br />

269 - A Índia sofre uma influência marcante de<br />

fenômenos climáticos típicos do Sudoeste da Ásia.<br />

Esses fenômenos, que interferem na economia indiana e<br />

provocam danos periódicos na região, são<br />

01) os tsunamis.<br />

02) as brisas oceânicas.<br />

272 - O rio São Francisco e o rio Nilo apresentam<br />

semelhanças, entre elas, o fato de<br />

01) serem rios de formação mista, nival e pluvial.<br />

02) nascerem no norte e rumarem para o sul.<br />

03) serem rios de planaltos, desde a nascente até à foz.<br />

04) possuírem uma foz do tipo endorréica.<br />

201


05) serem perenes em todo o seu curso, apesar de cruzar<br />

diversos ambientes climáticos.<br />

273 - A Terra não é só capital. A Terra é também a Terramãe.<br />

Camponeses e camponesas vêem nela seu espaço de<br />

trabalho e vivência, o solo para fazer os filhos e ser felizes.<br />

(A TERRA..., 2007, p. 16).<br />

Sobre a questão fundiária brasileira, é correto afirmar:<br />

01) A Lei de Terras, criada em 1850, restringiu ainda mais<br />

o acesso à terra e aumentou, consequentemente, a sua<br />

concentração.<br />

02) O Estatuto da Terra, de 1964, implantou uma reforma<br />

agrária distributiva, acabando com a grande concentração<br />

de terras no campo.<br />

03) Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores<br />

Rurais Sem Terra (MST) são denominados de grileiros,<br />

devido ao seu apego à terra.<br />

04) Os posseiros são integrantes da União Democrática<br />

Ruralista (UDR) e defendem a manutenção dos grandes<br />

latifúndios.<br />

05) Os grandes latifundiários, devido à grande<br />

concentração de suas terras, são os que mais ofertam<br />

trabalho no campo.<br />

274 - A atual fase da globalização não beneficia apenas<br />

as grandes organizações. Abre também oportunidades às<br />

pequenas, que dificilmente teriam chances de existir sem<br />

acesso aos mercados internacionais. (A ATUAL..., 2007, p.<br />

43).<br />

Sobre a globalização e os seus impactos na economia e na<br />

sociedade, é correto afirmar que ela<br />

01) fortaleceu o poder do Estado e reduziu a influência das<br />

transnacionais.<br />

02) aumentou a concorrência dos mercados, o que resultou<br />

em um maior controle inflacionário.<br />

03) manteve, sem alterar, os costumes dos povos, pois a<br />

cultura está imune às interferências externas.<br />

04) permitiu que países em desenvolvimento se<br />

especializassem na produção de bens de alta tecnologia, o<br />

que explica o seu rápido crescimento econômico.<br />

05) não modificou a antiga Divisão Internacional do<br />

Trabalho.<br />

Mart [proprietário do supermercado Bom Preço], com<br />

vendas de US$ 348 bilhões de dólares, teria o 23o PIB do<br />

planeta, posto hoje ocupado pela Arábia Saudita. (SE AS<br />

COMPANHIAS..., 2007, p. 45).<br />

Sobre as concentrações financeiras do capital e suas<br />

implicações, é correto afirmar:<br />

01) O grupo Wall Mart é especialista na venda de bens de<br />

consumo intermediários.<br />

02) As empresas estabelecem, ao se associarem e<br />

combinarem preços, uma prática denominada de cartel.<br />

03) Ao dominar uma fatia expressiva de determinado<br />

mercado, uma empresa passa a ser denominada de holding.<br />

04) A prática da fusão, que tem se disseminado pelas<br />

empresas no mundo inteiro, tem como principal objetivo<br />

aumentar a concorrência.<br />

05) O dumping é uma forma salutar de disputa de mercado,<br />

que normalmente é incentivada pelos governos, para<br />

aumentar a concorrência.<br />

276 - Esqueça os países, o poder está com as cidades. Uma<br />

nova geografia impera no planeta.<br />

Agora, são as principais cidades metrópoles que se firmam<br />

como os grandes centros de decisão e de articulação do<br />

sistema capitalista. (ESQUEÇA..., 2007, p. 57).<br />

Sobre o processo de formação das cidades e a sua evolução,<br />

é correto afirmar:<br />

01) A megalópole formada pelo Rio de Janeiro e por São<br />

Paulo é resultante da primazia da primeira em relação à<br />

segunda.<br />

02) A industrialização das metrópoles dos países<br />

emergentes é acompanhada por um ritmo igual de<br />

humanização.<br />

03) As cidades globais são caracterizadas como áreas de<br />

conurbação de metrópoles.<br />

04) A economia, nas áreas urbanizadas, gira em torno dos<br />

setores primário e secundário.<br />

05) A urbanização nos países desenvolvidos se deu de<br />

forma lenta e gradual.<br />

202<br />

275- Se as companhias fossem comparáveis a países, das<br />

cem maiores economias do mundo, cinquenta e duas<br />

seriam empresas e quarenta e oito seriam países. O Wall


277 -<br />

04) As famílias da Região Norte do país são as mais<br />

prejudicadas, em função da programação ser sempre<br />

exibida adiantada, em relação à Brasília.<br />

05) Devido à inclinação dos raios solares, que incidem todo<br />

o ano sobre grande parte do território brasileiro, apenas as<br />

regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste adotam o horário de<br />

verão.<br />

278 - A Petrobras entrou no seleto rol das petrolíferas com<br />

produção de óleo superior a 2 milhões de barris por dia. A<br />

marca foi alcançada na terça-feira, dia 25 deste mês<br />

[dezembro], quando foram extraídos 2.000.238 barris de<br />

A Portaria, 264/07, publicada pelo Ministério da Justiça<br />

(MJ), regula a classificação indicativa de programas,<br />

filmes ou qualquer obra de audiovisual, exibidos pelas<br />

emissoras de televisão. Ela substitui a Portaria 796/00 e<br />

traz como principais novidades o uso de símbolos para<br />

indicar as faixas etárias e a exigência de adequar a<br />

programação ao fuso horário local. Segundo o ministério,<br />

o horário livre será das 6 às 20 horas, e o de proteção à<br />

criança e ao adolescente, das 20 às 23 horas.<br />

Com base em critérios de sexo e violência, as obras<br />

ganharão símbolos (selos) coloridos que trazem as<br />

seguintes classificações: ER (especialmente<br />

recomendado), livre e faixas etárias de 10, 12, 14, 16 e 18<br />

anos. (A PORTARIA..., 2008).<br />

As empresas de televisão têm reclamado da nova portaria,<br />

pois vai obrigá-las a adequar os horários de acordo com o<br />

fuso de cada região, o que significa que,<br />

atualmente, programas que são classificados para maiores<br />

de quatorze anos só podem ser exibidos a partir das 21:00h,<br />

quando, em determinado local, eles são exibidos as 19:00h.<br />

E, com o horário de verão, essa situação se agrava.<br />

Com base no texto, no mapa, nas informações e nos<br />

conhecimentos sobre fusos horários, é correto afirmar:<br />

01) As localidades situadas a leste do fuso de Brasília<br />

estarão, sempre, com horas mais atrasadas.<br />

02) As horas crescem latitudinalmente, quando se percorre<br />

no sentido Oeste do meridiano.<br />

03) O Brasil apresenta problemas com o fuso horário,<br />

devido<br />

ao fato de grande parte do seu território se situar em uma<br />

região extratropical.<br />

petróleo em campos nacionais. Se, por um lado, a estatal<br />

comemorou o feito, se distanciou, por outro, da meta<br />

traçada para este ano, de produzir, em média, 1,9 milhão de<br />

barris por dia. (SOARES, 2007, p. 5).<br />

Sobre o petróleo e sua produção, no Brasil, é correto<br />

afirmar:<br />

01) A maior parcela é produzida na plataforma continental<br />

da Bacia de Campos.<br />

02) É um combustível fóssil, encontrado nos escudos<br />

cristalinos.<br />

03) A produção continua bastante concentrada em terra,<br />

sendo o Estado da Bahia o segundo produtor nacional.<br />

04) A privatização da Petrobras, durante o governo de<br />

Fernando Henrique Cardoso, foi responsável pelos<br />

recordes alcançados na produção.<br />

05) Os recordes de produção permitiram que o país se<br />

tornasse membro da Organização dos Países Exportadores<br />

de Petróleo (OPEP).<br />

279 - IBGE encontra 11,4 mil pessoas com 100 anos ou<br />

mais de idade, nos municípios em que fez contagem.<br />

A contagem da população, realizada em 5.435 municípios,<br />

revelou que o número de idosos com 100 anos ou mais<br />

chega a 11.422 pessoas. Deste total, 7.950 são mulheres e<br />

3.472 são homens. Entre os 20 municípios contados pelo<br />

IBGE, que concentraram a maior quantidade de idosos com<br />

mais de um século de vida, os destaques foram as capitais<br />

de São Luís (144), seguida de Natal (118), Maceió (93) e<br />

Manaus (89). (IBGE..., 2008).<br />

A partir da análise dos dados do censo demográfico,<br />

indicados no texto, e dos conhecimentos sobre população<br />

mundial e brasileira, é correto afirmar:<br />

01) No Brasil, ainda predomina uma forte migração do<br />

campo para a cidade.<br />

203


02) O envelhecimento de uma população resulta em uma<br />

pirâmide com a base larga e o ápice estreito.<br />

03) O crescimento vegetativo acontece quando a taxa de<br />

imigração é maior do que a de emigração.<br />

04) O processo de urbanização implicou uma diminuição<br />

da fecundidade da mulher brasileira.<br />

05) Devido à elevada expectativa de vida, o Brasil possui<br />

um dos maiores IDH da América Latina, só ficando atrás<br />

do Chile e da Argentina.<br />

280 - Em 2000, o físico Luiz Pinguelli Rosa enviou carta<br />

ao então presidente Fernando Henrique Cardoso, na qual<br />

alertava sobre o risco de uma crise de suprimento [de<br />

energia]. No ano seguinte, o país teve de conviver com o<br />

apagão de 2001. Agora, o diretor da Coordenação dos<br />

Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe), da<br />

UFRJ, e ex-presidente da Eletrobrás na gestão Lula, entre<br />

2003 e 2004, faz o mesmo alerta: se nada for feito, vai faltar<br />

energia, o que pode ocorrer ainda neste ano. (SOARES,<br />

2008, p. 6).<br />

A justificativa para a crise energética, adotada pelo governo<br />

de Fernando Henrique Cardoso, no período anterior à<br />

época do racionamento, e que, segundo os especialistas, é<br />

também utilizada pelo governo atual, é a de que<br />

01) houve um forte crescimento da economia e a demanda<br />

por energia foi maior do que a oferta.<br />

02) o preço do barril de petróleo sofreu uma grande<br />

elevação e o país, por não ser autossuficiente, paga esse<br />

preço mais elevado.<br />

03) se verificou uma forte escassez de chuvas no país, o<br />

que resultou em uma diminuição da oferta de energia.<br />

04) a crise do fornecimento de gás com a Bolívia obrigou<br />

o governo brasileiro a adotar o racionamento.<br />

05) a falta de investimento no setor de energia nuclear e o<br />

baixo volume de recursos para a manutenção das usinas em<br />

operação provocaram esse cenário.<br />

281 - O governo brasileiro tem adotado salvaguardas para<br />

proteger a indústria nacional contra o mercado chinês.<br />

Essas medidas protecionistas estão previstas nos acordos<br />

da Organização Mundial do Comércio (OMC), e já foram<br />

aplicadas por vários países da Europa e da América Latina<br />

e pelos Estados Unidos.<br />

O governo brasileiro, ao tomar essa medida, tenta coibir<br />

01) a prática de dumping.<br />

02) a formação de cartel.<br />

03) a criação de truste.<br />

04) a instituição de oligopólios.<br />

05) o surgimento de holdings.<br />

282 - Não são poucos os obstáculos para a implementação<br />

de uma reforma urbana. Um deles é o próprio fato de que,<br />

diferentemente da reforma agrária, a urbana é, ainda [...]<br />

muito pouco conhecida. (LOPES, 2005, p. 133).<br />

Sobre as alterações nos espaços urbanos e suas<br />

implicações, é correto afirmar:<br />

01) O sítio urbano, devido ao seu aspecto histórico, não<br />

interfere na expansão da cidade.<br />

02) A macrocefalia é um fenômeno comum nas cidades de<br />

países desenvolvidos, devido ao forte processo imigratório.<br />

03) A hierarquia urbana está relacionada à importância de<br />

um bairro, em relação aos demais, e ela interfere no<br />

planejamento de uma cidade.<br />

04) O zoneamento da cidade disciplina a forma como ela<br />

deve ser ocupada e cabe ao Legislativo a elaboração das<br />

leis sobre as cidades.<br />

05) A rede urbana está diretamente vinculada aos meios de<br />

transportes e o transporte individual, historicamente,<br />

sempre recebeu mais investimentos do que o coletivo.<br />

283 - A produção de telefones celulares no país deve<br />

atingir 78 milhões de unidades em 2008, o que representa<br />

um crescimento de 18% em relação a 2007, de acordo com<br />

a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e<br />

Eletrônica). No entanto, apesar do aumento na produção,<br />

os preços não devem cair. [...] De acordo com o presidente<br />

da Anatel, Ronaldo Sardenberg, até 2014, todos os<br />

brasileiros deverão ter um aparelho celular. A estimativa é<br />

que o Brasil tenha 200 milhões de celulares em serviço, até<br />

2014. O número representa uma teledensidade (número de<br />

aparelhos em cada 100 habitantes) de 100%. Atualmente,<br />

há no país cerca de 116,3 milhões de celulares, o que<br />

significa uma densidade de 61,2 aparelhos para cada 100<br />

habitantes. (A PRODUÇÂO..., 2008).<br />

Sobre o mercado de telefonia celular, é correto afirmar:<br />

01) Apesar do crescimento do mercado de telefonia, ele<br />

ainda é fortemente cartelizado.<br />

02) O sistema de telefonia celular vem substituindo a<br />

telefonia convencional, apesar dos seus custos serem muito<br />

mais elevados, notadamente o de manutenção.<br />

204


03) A Anatel é um órgão vinculado ao Governo Federal e<br />

o sua criação está relacionada à onda de privatizações<br />

iniciada no governo Collor.<br />

04) A população de baixa renda, que na sua grande maioria,<br />

nunca teve acesso ao telefone celular, passou a desfrutar<br />

desse benefício devido ao forte subsídio dado pelo<br />

Governo nas tarifas.<br />

05) As operadoras de telefonia, apesar de concorrerem<br />

entre si, praticam preços semelhantes, criando, assim, um<br />

conglomerado.<br />

285 –<br />

284 -<br />

A estimativa do Governo Federal para a agricultura, em<br />

2008, é de uma safra recorde. Essa safra deverá diminuir a<br />

pressão inflacionária causada pelos alimentos, no último<br />

trimestre de 2007.<br />

A análise do gráfico e os conhecimentos sobre a agricultura<br />

brasileira permitem afirmar:<br />

01) O crescimento da safra é resultante do aumento do<br />

poder aquisitivo da população, pois as culturas voltadas<br />

para o mercado interno são as que mais evoluíram, nas<br />

últimas safras.<br />

02) As tecnologias empregadas no campo comprovam,<br />

cada vez mais, que os elementos naturais não interferem na<br />

produção agrícola.<br />

03) Apesar da importância dos pequenos agricultores na<br />

safra brasileira, eles são os que menos ofertam trabalho no<br />

campo.<br />

04) O aumento da produção sempre esteve relacionado ao<br />

aumento da área cultivada.<br />

05) O crescimento do agronegócio e o investimento em<br />

tecnologia justificam a previsão para 2008, apesar da<br />

diminuição da área plantada.<br />

A análise do mapa e da tabela, aliada aos conhecimentos<br />

sobre a produção cafeeira, no Brasil, possibilitam afirmar:<br />

01) A migração do café para Minas Gerais deveu-se,<br />

principalmente, à transferência dos produtores de São<br />

Paulo para esse Estado, em função da crise da Bolsa de<br />

Valores de 1929.<br />

02) A produção de café sempre teve em Minas Gerais o seu<br />

maior representante, devido à fertilidade do solo de terra<br />

roxa.<br />

03) A posição ocupada pela Bahia no cenário nacional<br />

deve-se ao clima favorável e à disponibilidade de terras.<br />

04) Os estados de Minas Gerais e Espírito Santo possuem<br />

os mesmos regimes climáticos, o que justifica o destaque<br />

alcançado por esses dois estados.<br />

05) A produção de café tem crescido no território brasileiro,<br />

devido ao incentivo fornecido pelo programa de agricultura<br />

familiar, pois os pequenos agricultores são os maiores<br />

produtores.<br />

286 - Graças ao progresso da ciência e da técnica, e à<br />

circulação acelerada de informações, geram-se as<br />

condições materiais e imateriais para aumentar a<br />

especialização do trabalho nos lugares. Cada ponto do<br />

território modernizado é chamado a oferecer aptidões<br />

específicas à produção. É uma nova divisão territorial,<br />

fundada na ocupação de áreas até então periféricas e na<br />

remodelação das regiões já ocupadas. (SANTOS;<br />

SILVEIRA, 2001, p.105).<br />

A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre<br />

regionalização brasileira, é correto afirmar:<br />

01) A partir dos anos 70 do século passado, impôs-se um<br />

movimento de concentração industrial.<br />

02) A divisão territorial tornou-se mais densa e essa<br />

densidade se aprofunda, ainda mais, nas áreas já portadoras<br />

de densidades técnicas.<br />

205


03) As regiões aumentam o seu poder perante o capital,<br />

impondo os seus interesses sobre ele.<br />

04) A Região Centro-Oeste passou a ter um papel na cadeia<br />

produtiva, devido à agroindústria voltada para a produção<br />

da vinicultura.<br />

05) A Região Nordeste, devido aos fortes incentivos<br />

oferecidos pelo Governo, desbancou o Sul do país, em<br />

relação ao total da produção industrial<br />

287 - A partir dos conhecimentos sobre mapas, escalas e<br />

projeções, pode-se afirmar:<br />

01) Os mapas físicos, por representarem, sobretudo, o<br />

relevo, são os mais precisos e, portanto, Os mais utilizados<br />

pelos cartógrafos.<br />

02) A escala gráfica trabalha, exclusivamente, com a<br />

redução dos espaços representados e as escalas numéricas,<br />

corn a ampliação desses espaços.<br />

03) As projeções cônicas são utilizadas apenas para<br />

representar países localizados em baixas latitudes, devido<br />

as suas peculiaridades.<br />

04) A projeção de Peters é a única que não apresenta<br />

deformações, pois mantém as proporções da área e não<br />

deforma as medidas de ângulo.<br />

05)A projeção azimutal é adequada para representar as<br />

zonas polares, mas a projeção mais utilizada para<br />

representar as navegações aérea e marítima é a de<br />

Mercator.<br />

estrutura geológica, relevo e informações dos perfis, é<br />

correto afirmar:<br />

01) As únicas chapadas do Brasil que se apresentam como<br />

formas residuais, devido a fragilidade das rochas que as<br />

compõem, estão concentradas no perfil I.<br />

02) As bacias sedimentares cobrem urna pequena parte do<br />

território e são estruturas importantes por nelas se<br />

encontrarem jazidas de minerais metálicos.<br />

03) A estrutura assinalada por II, no relevo nordestino,<br />

corresponde a urna depressão Inter planáltica, a Depressão<br />

Sertaneja.<br />

04) A estrutura geológica e majoritariamente constituída<br />

por escudos cristalinos.<br />

05) As depressões marginais e a mais extensa planície do<br />

país estão destacadas no perfil III.<br />

289<br />

-<br />

Os dados da tabela permitem afirmar que a cidade<br />

288 –<br />

01) I está localizada no Hemisfério Norte e II, no<br />

Hemisfério Sul.<br />

02) I possui clima com temperaturas elevadas, sem estação<br />

seca e com chuvas de convecção.<br />

03) II possui clima equatorial e apresenta a menor<br />

amplitude térmica.<br />

04) III está localizada na Região Norte do Brasil, cujo<br />

clima é tropical úmido.<br />

05) possuidora de major amplitude térmica, entre as<br />

destacadas, é a que apresenta o mais alto Índice<br />

pluviométrico anual<br />

206<br />

O relevo brasileiro apresenta grande variedade<br />

morfológica. Considerando-se Os conhecimentos sobre<br />

290 - Evoluímos em direção a um mundo urbano. Já na<br />

década de 70. [século XX], Os geógrafos prognosticaram<br />

que, num futuro não muito distante, toda a superfície das<br />

terras emersas estaria urbanizada e, nesse caso, a redução<br />

drástica das áreas agrícolas e de criação obrigaria a


humanidade a explorar Os recursos do oceano para obter<br />

alimentos e matéria-prima.<br />

291 -<br />

Embora estejamos ainda distantes desse cenário assustador,<br />

é inquestionável que cada vez mais as áreas construídas<br />

ocupam os espaços existentes e desencadeiam profundas<br />

mudanças ambientais, corno desmatamento, desmonte de<br />

morros, impermeabilização do solo, distúrbios no<br />

escoamento das águas e no comportamento do clima, em<br />

escala local. (CONTI, 1998, p. 42).<br />

Com base nas informações contidas no texto, aliadas aos<br />

conhecimentos sobre clima e suas implicações e sobre<br />

urbanização, identifique as afirmativas verdadeiras.<br />

I. 0 mecanismo do clima urbano pode ser entendido se a<br />

cidade for considerada um sistema aberto por onde<br />

circulam fluxos de energia, sofrendo processos de<br />

absorção, difusão e reflexão.<br />

lI. A incidência de radiação solar é alterada pela<br />

concentração de poluentes e de micro partículas em<br />

suspensão.<br />

III. Substituição da vegetação por áreas construídas eleva<br />

o índice de albedo e, consequentemente, a superfície do<br />

solo passa reter menor quantidade de calor.<br />

IV. Quanto menor for o volume de energia armazenada no<br />

solo maior será o equilíbrio térmico da cidade..<br />

V. As enchentes do ano em curso, registradas nas regiões<br />

Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil ocorreram, unicamente,<br />

nessas áreas devido a concentração de poluentes, que<br />

estimulam a instabilidade atmosférica..<br />

A alternativa que indica todas as afirmativas verdadeiras<br />

é a :<br />

A análise da ilustração, aliada aos conhecimentos sobre a<br />

exploração e o uso dos recursos naturais e suas<br />

consequências, permite afirmar:<br />

Os oceanos estão se tornando mais quentes e os animais<br />

estão mudando suas rotas migratórias.<br />

02) Os níveis de dióxido de carbono na atmosfera, nos<br />

países centrais, apresentaram reduções expressivas, devido<br />

a atuação das ONGs internacionais.<br />

03) A explosão demográfica é a principal causa da<br />

degradação do meio ambiente.<br />

04) A água potável existente na Terra está se esgotando, e,<br />

segundo dados científicos comprovados, no próximo<br />

século, ela existirá apenas nas regiões com baixas latitudes.<br />

05) Os solos de todos os continentes estão sendo<br />

contaminados e, em urn futuro próximo, segundo os<br />

cientistas, nâo mais produção alimentos.<br />

292 –<br />

01) II e IV.<br />

02) I, II e III.<br />

03) I, IV e V<br />

04) I, Ill e IV.<br />

05) II, III e V.<br />

207


A análise do gráfico e os conhecimentos sobre a dinâmica<br />

populacional permitem concluir:<br />

01) 0 gráfico reafirma a teoria de Malthus de que a fome<br />

será inevitável no planeta, no próximo século.<br />

02) 0 crescimento da população mundial está relacionado,<br />

sobretudo, ao processo de urbanização, que intensificou o<br />

crescimento vegetativo da população.<br />

03) 0 major crescimento natural da história da humanidade<br />

se verificou na ültima década do século passado.<br />

04) 0 baixo crescimento demográfico, no século XIX, está<br />

relacionado, entre outros fatores, ao saneamento básico<br />

precário e As doenças epidêmicas e endêmicas.<br />

05) A solução para a explosão demográfica que ocorre em<br />

todos Os continentes é a implantação de um rígido controle<br />

de natalidade, já em prática no node da África.<br />

293 - Sobre o povoamento do Brasil e suas relações corn<br />

as atividades econômicas, pode-se afirmar:<br />

01) A exploração do pau-brasil foi responsável pelo<br />

"povoamento do interior do país, devido ao fato de esse<br />

vegetal ser encontrado em abundância na porção ocidental<br />

do Nordeste.<br />

02) 0 povoamento da Região Sul sempre esteve<br />

relacionado a agricultura de grãos, pois a estrutura<br />

necessária para o desenvolvimento dessa atividade exige<br />

mão de obra abundante e solos de origem vulcânica.<br />

03) Durante o período da exploração da mineração,<br />

observou-se urna intensa atividade intelectual, o<br />

crescimento da classe média e a transferência do eixo<br />

econômico do Nordeste para d Sudeste.<br />

04) A pecuária favoreceu a ocupação do litoral oriental do<br />

país. e possibilitou o desenvolvimento da Região Norte.<br />

05) 0 povoamento da Região Centro-Oeste só foi<br />

consolidado em meados do século XX, com a expansão dos<br />

cafezais.<br />

294 - Em ritmo vagaroso, os assentamentos da reforma<br />

agrária estão se processando. Devido a esse fato, a ma<br />

distribuição da terra, no Brasil, se perpetua.<br />

Um dos fatores responsáveis por essa situação está r<br />

acionado<br />

01) aos bons resultados econômicos do agronegócio.<br />

02) ao desinteresse dos 'sem-terra" em ocupar terras<br />

devolutas.<br />

03) à atuação desastrosa do MST que, ao invadir fazendas<br />

estatais, impede a democratização da posse da terra:<br />

04) ao abandono dos assentamentos, devido a distância dos<br />

centros consumidores capazes de absorver a sua produção.<br />

05) a rígida legislação fundiária, que só permite a<br />

distribuição de 'terras públicas com vocação para a<br />

produção agropecuária.<br />

295 - Sobre as atividades agrarias e os sistemas agrícolas,<br />

pode-se afirmar:<br />

01) As atividades agrárias são praticadas em todo 0 espaço<br />

geográfico mundial e são as únicas atividades<br />

invulneráveis, às oscilações do mercado.<br />

02) 0 sistema de plantation faz grande uso da biotecnologia<br />

e ocupa pouca terra e mão de obra.<br />

03) 0 sistema de jardinagem, amplamente difundido na<br />

Ásia, de monções, caracteriza-se pela utilização de pouco<br />

espaço e de mão de obra abundante. .<br />

04) A agricultura é a atividade econômica que mais<br />

emprega a PEA, nos países centrais.<br />

296 - Entre as consequências da urbanização brasileira,<br />

destaca-se o que está indicado em:<br />

01) Hipertrofia do setor secundário, devido ao aumento da<br />

mão de obra qualificada.<br />

02) Construção de grandes hidrovias, que facilitam o<br />

escoamento da produção industrial.<br />

03) Mecanização excessiva do setor primário e a ampliação<br />

do processo de metropolização.<br />

04) Ampliação da economia subterrânea e a subordinação<br />

do campo a cidade.<br />

05) Melhoria considerável da distribuição da renda e a<br />

eliminação das doenças endêmicas.<br />

297 - A Amazônia ocupa urna área tão vasta que somente a<br />

sua parte brasileira e sete vezes maior que a area da França<br />

e só a ilha de Marajó, que se encontra encaixada dentro da<br />

enorme embocadura do rio, e maior que alguns países,<br />

como a Suíça, a Holanda ou a Bélgica. (BRANCO, 1995,<br />

p. 15).<br />

208


299 –<br />

Sobre a Região Amazônica, destacada no mapa e no texto,<br />

é correto afirmar:<br />

01) 0 relevo é constituído exclusivamente por planícies<br />

formadas pela abrasão marinha, no Período Cenozoicos.<br />

02) A vegetação, na várzea, varia, desde as formações<br />

características dos manguezais ate Os igapós, que são<br />

matas peculiares a região.<br />

03) A abundância da vegetação rasteira é uma<br />

peculiaridade da Amazônica, cujo solo se assemelha a urn<br />

tapete<br />

04) A fauna é mais rica em animais herbívoros do que em<br />

devido a abundância de alimentos.<br />

05) 0 clima é o tropical típico, sujeito a atuação da MTC<br />

durante todo o ano.<br />

298 - Considerando-se os conhecimentos sobre a<br />

geopolítica é correto afirmar que,<br />

01) no Brasil, se restringe a garantir a posse da Amazônia.<br />

02) no México, o objetivo e garantir suas fronteiras na<br />

porção meridional.<br />

03) no Paraguai, consiste em povoar a fronteira com o<br />

Brasil, visando assegurar a soberania do pais.<br />

04) na Venezuela, visa promover a integração dos países<br />

andinos.<br />

05) em Cuba, e isolacionista.<br />

Estamos aquecendo e devorando a Terra. Água, carne e<br />

peixes já são consumidos em maior quantidade do que ela<br />

pode oferecer. No entanto as diversas tentativas de solução<br />

para o problema do aquecimento global e da degradação do<br />

melo ambiente tem enfrentado sérios obstáculos.<br />

Sobre essas tentativas, é correto afirmar:<br />

01) A ECO 92, realizada em São Paulo, questionou o alto<br />

consumo dos países periféricos.<br />

02) A Conferência Mundial de Copenhague apresentou 0<br />

conceito de compatibilizar crescimento econômico com<br />

equilíbrio ambiental.<br />

03) 0 Protocolo de Kyoto estabeleceu responsabilidades<br />

comuns, porém diferenciadas, entre as nações, sendo que<br />

somente os países do anexo I teriam metas de redução de<br />

emissões de poluentes a cumprir.,<br />

04) A CPO 6, realizada em Montreal, visou impedir o<br />

desmatamento da Amazônia.<br />

05) A COP 11, reunida em Bali, teve como finalidade<br />

maior impedir a exploração de petróleo nos oceanos.<br />

300 - A análise da afirmação, 'Mesmo com a distensão<br />

promovida por Barack Obama, os países da America Latina<br />

continuam divididos em relação aos Estados Unidos<br />

(NOVAS...,2010, p. 58)", aliada aos conhecimentos sobre<br />

a America Latina, permite afirmar:<br />

01) Apesar do desenvolvimento econômico da América<br />

Latina ser homogêneo, as diferenças ideológicas são<br />

gritantes.<br />

02) 0 confronta mento da América Latina com os Estados<br />

Unidos está relacionado, exclusivamente, a atuação<br />

209


predatória das multinacionais norte-americanas que atuam<br />

nessa região.<br />

03) ideologicamente, uma "onda vermelha" se estabeleceu<br />

em certas áreas do subcontinente, desde a ascensão de<br />

Hugo Chávez ao poder, na Venezuela.<br />

04) Um dos fatores da união dos governantes dos países<br />

platinos contra os Estados Unidos é a opção pela<br />

estatização das empresas privadas que operam nessa<br />

região.<br />

05) O grande contraponto latino-americano dos<br />

governantes "de esquerda" é o governo boliviano, que<br />

autorizou a construção de bases militares norte-americanas<br />

no pals.<br />

02) na Etiópia, a ação de grupos rebeldes visa a ocupação<br />

do delta do Niger.<br />

03) na Nigéria, a disputa por terras, a diversidade de etnias<br />

e o desemprego acirram as rivalidades internas.<br />

04) Chade, os conflitos são puramente de ordem<br />

ideológica.<br />

05) na Somália, a origem das disputas está na exploração<br />

de diamantes e na luta pela implantação do animismo no<br />

pals.<br />

303 –<br />

301 - Os economistas, que adoram brincar com siglas,<br />

criaram mais uma no início de 2010: Piigs. 0 termo - que<br />

remete a pigs (porcos, em inglês) — refere-se as iniciais de<br />

Portugal, Irlanda, ltália, Grécia e Espanha (Spain, em<br />

inglês). E o grupo das economias europeias mais<br />

seriamente fragilizado pela crise mundial. (0 MUNDO...,<br />

2010, p. 114).<br />

Com base nas informações contidas no texto e nos<br />

conhecimentos sobre a LIE e a crise mundial, pode-se<br />

afirmar:<br />

01) Os países destacados enfrentam os efeitos da crise com<br />

mais dificuldade que os demais, porque não fazem parte da<br />

Zona do Euro.<br />

02) A economia agrária dos Piig.s e seu isolamento<br />

comercial explicam a sua vulnerabilidade em face a crise<br />

recente.<br />

03) Os demais países-membros da UE são os Únicos do<br />

planeta que, devido a sua autossuficiência, estão saindo<br />

ilesos da crise global.<br />

04) A origem da recente crise econômica rnundial está<br />

relacionada, sobretudo, a hiperinflação nos Estados Unidos<br />

e a escassez de matéria-prima no mundo globalizado.<br />

05) A crise econômica não afetou todos os países do mesmo<br />

modo, tendo, alguns, entrado em recessão, e outros, corno<br />

os componentes do BRIC, sofrido apenas um recuo nas<br />

atividades econômicas.<br />

302 - O continente africano tem enfrentado instabilidade<br />

política e social, ao longo de sua historia. Sobre as atuais<br />

crises, conflitos e tensões que o desestabilizam, e correto<br />

afirmar que<br />

01) na província de Darfur, a origem dos conflitos está<br />

relacionada a disputa pela exploração do petróleo,<br />

abundante na região.<br />

A leitura do mapa e os conhecimentos relacionados a<br />

localização geográfica e astronômica do Brasil permitem<br />

concluir:<br />

01) 0 Estado da Bahia está localizado ao sul do Trópico de<br />

Câncer e, devido a essa localização, as chuvas são bem<br />

distribuídas na porção ocidental, as médias térmicas são<br />

mais altas na porção oriental, e mais baixas na porção<br />

setentrional.<br />

02) 0 país é banhado a leste pelo oceano Atlântico e a oeste<br />

faz fronteira com todos os países andinos.<br />

03) A localização astronômica do país. explica por que ele<br />

possui cinco fusos horários, todos localizados a leste do<br />

GMT.<br />

04) A posição geográfica do Nordeste foi responsável pela<br />

instalação de bases militares norte-americanas na região,<br />

durante a Segunda Guerra Mundial.<br />

05) 0 Brasil, por ser o Único país da América do Sul<br />

cortado pelo paralelo 00, possui as mais altas amplitudes<br />

térmica e os mais expressivos contrastes fitogeográficos do<br />

planeta<br />

304 - Considerando-se os conhecimentos sobre a<br />

agropecuária baiana, pode-se afirmar:<br />

1) Os solos bálanos são predominante mente aluviais,<br />

favoráveis a cultivos permanentes, corno o da soja.<br />

210


2) A cana-de-açúcar e um cultivo historicamente<br />

importante para a Bahia e, além de seu núcleo original, ela<br />

é cultivada no norte, no sudeste e no extremo sul do Estado.<br />

3) A produção da mandioca aumentou consideravelmente<br />

nas Ultimas décadas, devido aos elevados preços<br />

alcançados nos mercados europeus.<br />

4) A criação de bovinos apresenta uma distribuição<br />

geográfica em todo Estado, todavia a região onde ela mais<br />

se desenvolveu, de forma extensiva, foi na Chapada<br />

Diamantina.<br />

5) A criação de caprinos, em função das condições<br />

climáticas, está limitada ao Agreste.<br />

305 - Ate meados do século passado, a atividade industrial<br />

da Bahia tinha pouca importância no cenário nacional.<br />

a situação começou a se modificar<br />

01) quando a economia nacional foi integrada e a<br />

exploração e o refino do petróleo se consolidaram no<br />

Recôncavo.<br />

02) devido a desconcentração industrial que ocorreu no<br />

país, a partir da década de 30 do século passado.<br />

03) quando o Polo Petroquímico de Carnaçari, foi<br />

implantado, utilizando-se exclusivamente, o capital<br />

privado do Estado.<br />

04) a partir da criação do Centro Industrial de Aratu, na<br />

década de 50 do século passado, que tornou a Bahia<br />

autossuficiente em relação aos bens de consumo duráveis.<br />

05) desde o inicio do aproveitamento da mão de obra<br />

qualificada, abundante na região metropolitana do Estado.<br />

306 - O conhecimento sobre o Estado da Bahia e a<br />

mesorregião destacada no mapa permite afirmar:<br />

01) 0 território baiano é constituído, exclusivamente, por<br />

rochas magmáticas, o que explica a diversidade de<br />

minerais não metálicos encontrada no Estado.<br />

02) Os rios Paraguaçu, Contas e São Francisco tem seus<br />

cursos em direção a oeste, atravessam todas as zonas<br />

térmicas do Estado e possuem drenagem arreica.<br />

03) Os solos da mesorregião em destaque são podzólicos,<br />

altamente férteis e jovens, com horizontes definidos.<br />

04) Os mais baixos Índices pluviométricos são registrados<br />

na mesorregião destacada, bem como as mais altas<br />

temperaturas.<br />

05) 0 município da mesorregião ilustrada que mais se<br />

destaca em função da economia diversificada e de uma<br />

melhor infra- estrutura é Vitoria da Conquista.<br />

Três mapas da Mesorregião Centro Sul Baiano foram<br />

construídos, utilizando-se as seguintes escalas:<br />

Mapa I – 1 : 20.000<br />

Mapa II – 1 : 80.000<br />

Mapa III – 1 : 800.000<br />

307 - Com base nas informações contidas no quadro e nos<br />

conhecimentos sobre escalas e mapas, pode-se afirmar:<br />

01) O mapa I apresenta mais riquezas de detalhes que os<br />

mapas II e III.<br />

02) O mapa III utiliza a maior escala e, por isso, é mais<br />

preciso.<br />

03) As escalas utilizadas na confecção dos mapas I, II e III<br />

foram escalas gráficas.<br />

04) Os mapas I, II e III possuem as mesmas dimensões.<br />

05) As escalas utilizadas permitem o fornecimento das<br />

mesmas informações, nos três mapas.<br />

308 - Os conhecimentos sobre a estrutura geológica e o<br />

relevo brasileiro permitem afirmar:<br />

01) Os processos de erosão nas planícies de origem<br />

fluviomarinha se sobrepõem aos da sedimentação.<br />

02) As estruturas geológicas recentes são inexistentes, o<br />

que explica a elevada altimetria do relevo na porção<br />

setentrional.<br />

03) A variedade morfológica está relacionada,<br />

principalmente, à ação de agentes exógenos sobre a<br />

estrutura geológica de diferentes naturezas.<br />

211


04) Os escudos cristalinos são predominantes na estrutura<br />

geológica brasileira, o que explica a existência de uma<br />

grande variedade de minerais metálicos.<br />

05) As formações serranas, como a serra da Mantiqueira e<br />

a serra do Mar, originaram-se de dobramentos antigos<br />

construídos nos períodos Terciário e Quaternário.<br />

309 - A partir dos conhecimentos sobre solo, perfil e suas<br />

características, é correto afirmar:<br />

01) Os solos com os horizontes definidos são os mais<br />

jovens, sazonais e de tipo aluvial.<br />

02) O horizonte A dos solos se encontra bastante<br />

intemperizado e é pouco afetado pela erosão natural ou<br />

pela ação antrópica.<br />

03) Os solos interzonais têm como principal elemento de<br />

sua formação o clima, sendo solos maduros, característicos<br />

de climas áridos.<br />

04) Os solos orgânicos são de cor avermelhada, que indica<br />

forte presença de óxido de ferro, são agriculturáveis, com<br />

grande fertilidade natural.<br />

05) A aceleração no ritmo de erosão dos solos é provocada,<br />

sobretudo, por fatores antrópicos que, em geral, são<br />

responsáveis pela lixiviação, pela compactação e pelo<br />

surgimento de voçorocas.<br />

310 -<br />

03) estão localizadas em países subdesenvolvidos, com o<br />

mesmo estágio de industrialização, o que explica sua<br />

degradação.<br />

04) têm uma vegetação predominantemente hidrófila,<br />

aciculifoliada, perene e estratificada.<br />

05) possuem uma vegetação que estoca, nos troncos, nas<br />

folhas e nas raízes, grandes quantidades de carbono, que é<br />

lançado na atmosfera, quando essa vegetação é derrubada<br />

ou queimada.<br />

311 - Sobre fontes de energia e sua exploração, é correto<br />

afirmar que a<br />

01) fonte alternativa de energia mais segura é a solar,<br />

porque ela é renovável, limpa, barata e pode ser utilizada<br />

em larga escala por todos os países, durante todo o ano.<br />

02) importância do petróleo na economia mundial está<br />

relacionada às suas múltiplas utilizações em vários setores<br />

industriais, além de ser uma importante fonte de energia.<br />

03) exploração do petróleo, no Brasil, começou na década<br />

de 20 do século passado, em terras imersas do Nordeste.<br />

04) energia alternativa mais utilizada no Brasil é a atômica,<br />

devido à abundância de urânio no seu subsolo.<br />

05) exploração do petróleo na camada pré-sal deverá se<br />

processar na Plataforma Continental, região mais profunda<br />

do relevo oceânico.<br />

312 -<br />

A análise do mapa possibilita afirmar que as florestas<br />

tropicais<br />

01) são desmatadas devido, exclusivamente, à pobreza da<br />

população que vive nessas áreas.<br />

02) são encontradas, apenas, em altas latitudes, possuem<br />

elevadas temperaturas e o alto índice pluviométrico.<br />

A análise da ilustração, aliada aos conhecimentos sobre o<br />

ciclo da água, permite afirmar:<br />

01) A distribuição da energia proveniente do Sol se<br />

processa de forma homogênea em todo o planeta.<br />

02) O escoamento superficial da água é responsável pela<br />

sedimentação do solo e pelo abastecimento dos rios.<br />

212


03) A quantidade de água absorvida pelo solo depende de<br />

fatores diversos, como a declividade e a permeabilidade da<br />

superfície.<br />

04) O ciclo da água não está intimamente relacionado ao<br />

ciclo energético da Terra, uma vez que independe da<br />

distribuição de calor na superfície do planeta.<br />

05) A presença da vegetação diminui a permeabilidade do<br />

solo porque o húmus existente, que é derivado da<br />

decomposição das folhas, provoca sua compactação.<br />

313 - Os conhecimentos sobre população, crescimento,<br />

distribuição e estrutura etária do Brasil e do mundo<br />

permitem afirmar:<br />

01) A concentração populacional na porção ocidental do<br />

Brasil está relacionada, somente, a fatores históricos.<br />

02) A Revolução Sanitária, ocorrida mundialmente a partir<br />

da década de 50 do século passado, constitui-se a única<br />

responsável pelo aumento da natalidade e pela diminuição<br />

da mortalidade, no Terceiro Mundo.<br />

03) O fato de uma área ser densamente povoada significa<br />

que ela é superpovoada.<br />

04) A distribuição da população no espaço geográfico está<br />

relacionada a fatores físicos, históricos e socioeconômicos.<br />

05) O perfil demográfico brasileiro se modificou na última<br />

década e, atualmente, a pirâmide etária do país é igual à dos<br />

países europeus.<br />

314 - Sobre as migrações ocorridas no Brasil, ao longo de<br />

sua história, é correto afirmar:<br />

01) A região que, atualmente, apresenta o mais forte<br />

movimento de evasão populacional é a Centro-Oeste, em<br />

função da estagnação econômica e da precariedade da<br />

estrutura viária.<br />

02) A migração de retorno é um movimento de população<br />

relativamente novo e, no Nordeste, ela se acentuou na<br />

última década.<br />

03) Os movimentos migratórios têm provocado a inchação<br />

das pequenas e médias cidades, e a explosão demográfica<br />

é uma realidade.<br />

04) Os estados do Pará, Acre e Roraima, na Região Norte,<br />

apresentam saldo migratório negativo, pois o esgotamento<br />

das reservas minerais fez desses estados áreas de repulsão<br />

populacional.<br />

05) O desenvolvimento da agricultura nordestina, a partir<br />

das culturas irrigadas, foi responsável pelo declínio do<br />

êxodo rural, porque a PEA passou a ser totalmente<br />

absorvida por essa atividade.<br />

315 - As cidades se caracterizam por ser uma forma<br />

particular de organização do espaço. Suas origens estão<br />

relacionadas a vários fatores, como a fortificação de<br />

núcleos de colonização e o desenvolvimento de atividades<br />

econômicas, entre outros.<br />

Sobre as características da urbanização, pode-se afirmar:<br />

01) O termo situação urbana se refere à posição das cidades<br />

em relação às regiões, às vias de comunicação que se<br />

estabelecem e à fixação das relações necessárias à<br />

realização de suas funções.<br />

02) As cidades devem ser estruturadas para atender,<br />

satisfatoriamente, a todas as necessidades da população,<br />

mas, no Brasil, apenas Brasília se encaixa nesse perfil.<br />

03) A rede urbana é restrita à distribuição espacial das<br />

cidades e ela só acontece quando as cidades nascem<br />

espontaneamente.<br />

04) A inexistência de megalópoles no Brasil explica a<br />

ausência da conurbação e da hierarquia.<br />

05) A urbanização brasileira teve início na década de 60 do<br />

século passado, acentuou-se na década de 80 do mesmo<br />

século e, atualmente, o Brasil é o país mais urbanizado do<br />

continente americano.<br />

316- A agricultura foi uma atividade de expressão, no<br />

Brasil, desde o Período Colonial. Nas últimas décadas, ela<br />

foi, sem dúvida, o setor da economia que mais cresceu.<br />

Sobre a agricultura e o agronegócio brasileiros, é correto<br />

afirmar:<br />

01) O bom resultado do agronegócio está relacionado,<br />

exclusivamente, aos altos preços das commodities.<br />

02) A produção recorde de alimentos, ocorrida nos últimos<br />

anos, forçou a queda de preços no mercado interno,<br />

favorecendo a população de baixa renda.<br />

03) O crescimento do agronegócio é uma realidade,<br />

gerando uma melhor distribuição de renda e diminuindo,<br />

significativamente, as desigualdades regionais no país.<br />

04) A safra agrícola, na última década, dobrou de tamanho,<br />

e o país, atualmente, é um dos principais mercados de<br />

aviões pulverizadores de lavoura de todo planeta.<br />

05) O mercado interno, em função do baixo poder<br />

aquisitivo da população, é insignificante, se comparado ao<br />

mercado externo e, por isso, o último é priorizado pelos<br />

empresários do agronegócio.<br />

317 - A ação antrópica tem provocado impactos no meio<br />

ambiente, causando, muitas vezes, graves danos. Devido a<br />

esse fato, tem-se procurado soluções alternativas, que<br />

213


214<br />

permitam ao homem controlar suas ações e conservar o<br />

meio ambiente para as futuras gerações.<br />

Em relação à questão ambiental, identifique as afirmativas<br />

verdadeiras.<br />

I. A Carta da Terra é uma declaração de princípios que têm<br />

por finalidade nortear o comportamento econômico e<br />

ecológico dos povos e das nações em relação ao meio<br />

ambiente.<br />

II. A questão da degradação x preservação ambiental é,<br />

eminentemente, política e econômica.<br />

III. A ECO-92 (Conferência das Nações Unidas para o<br />

Meio Ambiente e o Desenvolvimento), da qual<br />

participaram todos os países centrais e organismos<br />

internacionais, inclusive o FMI (Fundo Monetário<br />

Internacional), foi responsável pela modificação do padrão<br />

de consumo, pela redução do desmatamento nas regiões<br />

tropicais e pela normatização da exploração e do consumo<br />

dos recursos hídricos.<br />

IV. A Conferência das Nações Unidas na África do Sul, em<br />

2002, criou um Plano de Metas, cujo objetivo foi de<br />

fornecer empréstimos e assistência às nações, para que<br />

essas preservassem a biodiversidade.<br />

V. A degradação ambiental é maior na África do que nos<br />

outros continentes, devido à maior utilização da energia<br />

primária e da miséria pessoal.<br />

A alternativa que indica todas as afirmativas verdadeiras é<br />

a<br />

01) I e II<br />

02) II e III<br />

03) III e V<br />

04) II, III e IV<br />

05) I, IV e V<br />

318 -<br />

A partir da análise do gráfico e dos conhecimentos<br />

sobre as relações comerciais brasileiras, é possível<br />

concluir:<br />

01) Os déficits registrados na balança comercial brasileira,<br />

nas últimas décadas do século passado, estão relacionados<br />

à valorização do dólar em relação ao real e à crise<br />

econômica ocorrida na União Europeia.<br />

02) A exportação de tecnologia e de produtos<br />

industrializados, a partir de 2001, possibilitaram<br />

expressivos superávits.<br />

03) A valorização do real e a desvalorização do dólar, nos<br />

períodos destacados no gráfico, ameaçaram o equilíbrio da<br />

balança comercial, observando-se uma redução das<br />

exportações e um significativo aumento das importações.<br />

04) O Brasil é o país emergente que tem a maior<br />

participação no mercado externo, em decorrência da<br />

qualidade e da diversidade dos seus produtos.<br />

05) No “sobe-e-desce” da balança comercial, quanto mais<br />

alto o valor do real, maior é a quantidade das exportações<br />

e, consequentemente, maior desenvolvimento econômico<br />

do país.<br />

319- A política de imigração dos Estados Unidos tem<br />

sofrido alterações, desde o 11 de Setembro.<br />

Coparticipantes do Nafta (Tratado Norte-americano de<br />

Livre Comércio), juntamente com o Canadá, o México e os<br />

Estados Unidos, continuam enfrentando problemas em<br />

relação à política de imigração.<br />

Sobre o Nafta e as relações México x Estados Unidos,<br />

atualmente, pode-se afirmar que a<br />

01) fronteira seca entre o México e os Estados Unidos visa,<br />

sobretudo, impedir a entrada de cidadãos mexicanos no<br />

território norte-americano, porque esses imigrantes são<br />

responsáveis pela maioria dos delitos que ocorrem no país,<br />

tornando-se uma ameaça à segurança nacional.<br />

02) construção do Muro da Segregação na fronteira do<br />

México com os Estados Unidos aconteceu após o 11 de<br />

Setembro, depois das modificações ocorridas na política de<br />

imigração norte-americana.<br />

03) entrada do México no Nafta aqueceu a economia do<br />

país, possibilitou o pagamento das dívidas externa e<br />

interna, graças ao equilíbrio alcançado pela balança<br />

comercial.<br />

04) participação do México no Nafta não conseguiu<br />

diminuir a concentração de renda nem eliminar a<br />

excludência social do país.<br />

05) característica que difere o Nafta do Mercosul é o fato<br />

de o primeiro ser formado por países que se encontram no<br />

mesmo estágio de desenvolvimento, enquanto o último<br />

agrega países ricos, emergentes e pobres.


320 - A geografia mundial tomou novos contornos<br />

políticos, econômicos e territoriais durante a Guerra Fria.<br />

Em relação a esse contexto, é correto afirmar:<br />

01) Os Estados Unidos ampliaram sua influência na<br />

América Latina, apoiando ditaduras militares, e<br />

consolidaram seu poder bélico.<br />

02) A Europa Oriental obteve o mais expressivo<br />

desenvolvimento econômico e os melhores indicadores<br />

sociais do continente.<br />

03) Cuba se destacou como uma grande potência da<br />

América Latina, apoiada pela URSS, graças à exploração<br />

de suas reservas de petróleo e de minerais metálicos.<br />

04) A economia brasileira, vulnerável às crises do mercado<br />

externo, registrou a mais grave depressão econômica de<br />

sua história.<br />

05) A Europa Ocidental, apoiada pelos norte-americanos,<br />

eliminou a miséria pessoal e os conflitos étnicos e alcançou<br />

um desenvolvimento caracterizado pela homogeneidade.<br />

321 –<br />

03) A atual flexibilização do mercado mundial e o<br />

neoliberalismo, adotado pelos países capitalistas,<br />

apresentam-se como fatores decisivos para a retomada do<br />

crescimento econômico norte-americano e para evitar uma<br />

crise mundial.<br />

04) A economia globalizada contribuiu para a redução da<br />

pobreza no mundo periférico, fortaleceu o capital<br />

produtivo, normatizou o uso do capital especulativo e foi<br />

responsável por uma sensível diminuição das diferenças<br />

sociais, na última década.<br />

05) A crise econômica vivenciada pelos Estados Unidos<br />

evidencia o fato de que, na economia globalizada, os lucros<br />

são privatizados e os prejuízos, socializados.<br />

322 - Os conhecimentos sobre a divisão regional do Brasil<br />

e seus objetivos permitem afirmar:<br />

01) A primeira divisão regional ocorreu na década de 50 do<br />

século passado, quando se considerou, exclusivamente, os<br />

aspectos geomorfológicos.<br />

02) A segunda divisão regional se baseou no conceito de<br />

regiões homogêneas, objetivando a eliminação da<br />

economia de arquipélago, então existente no país.<br />

03) A terceira divisão regional alterou as fronteiras<br />

políticas e priorizou os aspectos culturais.<br />

04) O governo federal, na década de 30 do século passado,<br />

impulsionado pela política de integração e de<br />

industrialização, criou o IBGE (Instituto Brasileiro de<br />

<strong>Geografia</strong> e Estatística), cuja função era a de fornecer<br />

dados do potencial do país, a fim de nortear o governo nas<br />

suas ações.<br />

05) A mais nova divisão regional foi criada pelo IBGE<br />

(Instituto Brasileiro de <strong>Geografia</strong> e Estatística) é<br />

geoeconômica, não tendo respeitado as fronteiras naturais<br />

e criado quatro novos estados, utilizando-se das<br />

informações da terceira divisão regional.<br />

Analisando-se as informações contidas na ilustração,<br />

aliadas aos conhecimentos sobre globalização, pode-se<br />

concluir:<br />

01) A ilustração destaca a interdependência dos países na<br />

economia globalizada, que aboliu o protecionismo.<br />

02) O abalo econômico ora verificado nos Estados Unidos<br />

não deverá afetar o Brasil, porque as altas reservas<br />

cambiais e de petróleo e a parceira do país com os outros<br />

participantes do Mercosul o tornaram imune a crises<br />

externas.<br />

323 - Sobre o Agreste nordestino, pode-se afirmar:<br />

01) É a única área de transição do Brasil e a maior subregião<br />

do Nordeste.<br />

02) Apresenta um desenvolvimento industrial expressivo,<br />

com destaque para as indústrias de base.<br />

03) Caracteriza-se pela produção agrícola diversificada e<br />

pelo predomínio das pequenas e médias propriedades.<br />

04) É a região mais úmida do Nordeste, as temperaturas<br />

são elevadas durante todo o ano e a vegetação é<br />

predominantemente aciculifoliada.<br />

215


05) Trata-se de uma estreita faixa de terra que se estende<br />

do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia, o clima é<br />

tropical úmido, o solo é de massapé e a agricultura é<br />

predominantemente monocultora.<br />

324 –<br />

II. A área situada entre as cidades de Brumado e de Vitória<br />

da Conquista, na mesorregião Centro Sul-Baiano, possui<br />

rochas das mais antigas da América do Sul.<br />

III. As rochas sedimentares, com arenitos, siltitos e<br />

argilitos, ocorrem na porção central do Estado, nos<br />

municípios que compõem a Chapada Diamantina e que<br />

foram formados pelos rios, ventos e até geleiras, que<br />

existiam na região.<br />

IV. A Bahia é o estado brasileiro que possui as maiores<br />

reservas de minerais não metálicos, todavia em relação aos<br />

minerais metálicos, suas potencialidades são inexpressivas.<br />

A alternativa que indica todas as afirmativas verdadeiras é<br />

a<br />

01) I e II<br />

02) I e III<br />

03) II e III<br />

04) II e IV<br />

05) III e IV<br />

A partir da análise do mapa e dos conhecimentos sobre as<br />

bacias hidrográficas da Bahia, é correto afirmar:<br />

326 –<br />

01) Os rios que formam as principais bacias hidrográficas<br />

da Bahia possuem drenagem arreica, regime misto e são<br />

todos de planície.<br />

02) As bacias do rio de Contas, Paraguaçu e Itapicuru<br />

possuem um percurso em direção oeste e desembocam na<br />

baía de Todos os Santos.<br />

03) O rio Paraguaçu atravessa apenas uma zona climática<br />

do Estado e, no seu curso médio, corre por uma grande<br />

planície.<br />

04) O rio Real, divisa geográfica natural entre a Bahia e<br />

Sergipe, corta terras de clima tropical úmido, que lhe<br />

confere um regime perene, e possibilitou a construção do<br />

maior açude existente na Bahia.<br />

05) O rio São Francisco, na Bahia, atravessa áreas de clima<br />

semiárido ,favorece a agricultura, é tipicamente de planalto<br />

e tem um alto poder hidrelétrico.<br />

216<br />

325 - A Bahia possui uma geologia bastante diversificada.<br />

Em seu território, afloram rochas formadas ao longo de<br />

praticamente toda a escala de tempo geológico. Sobre a<br />

geologia da Bahia, identifique as afirmativas verdadeiras.<br />

I. As rochas do complexo cristalino não são<br />

metamorfoseadas e deformadas, e são predominantes no<br />

oeste da Bahia.<br />

A análise do mapa e os conhecimentos sobre a<br />

microrregião II, em destaque, permitem afirmar que ela<br />

01) apresenta uma estrutura geológica constituída por<br />

rochas magnéticas intensivas, formada no Quaternário,<br />

fato que justifica o predomínio dos dobramentos modernos<br />

na região.<br />

02) é constituída por solos do tipo cambissolos, que são<br />

solos jovens, com horizontes definidos e elevada<br />

fertilidade.


03) possui um relevo que apresenta exclusivamente formas<br />

dissecadas, falhadas, constituídas por depressões.<br />

04) apresenta um clima do tipo tropical chuvoso, as chuvas<br />

são distribuídas durante todo os meses do ano, com índices<br />

pluviométricos, em geral, superiores a 1400mm anuais.<br />

05) caracteriza-se por possuir uma vegetação primária<br />

aciculifoliada, que já foi totalmente eliminada, devido ao<br />

uso do sistema de mata cabruca, utilizada pela lavoura<br />

cacaueira<br />

327 - Cortadores de cana têm vida útil de escravo em SP<br />

Pressionado a produzir mais, trabalhador atua cerca de 12<br />

anos, corno na época da escravidão. A conclusão é de uma<br />

pesquisadora da UNESP. Os usineiros dizem que estão<br />

mudando o sistema de contratação e que vão melhorar<br />

condições.<br />

(ZAFALON,2007,p. 8).<br />

A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre o<br />

trabalho nas plantações de cana-de-açúcar e as suas<br />

implicações no meio ambiente, e correto afirmar:<br />

01) Os cortadores de cana se enquadram em um tipo de<br />

imigração interna chamada de pendular.<br />

02).A Lei de Terras de 1850 fortaleceu esse cenário, ao<br />

excluir os trabalhadores do campo do acesso a terra.<br />

03) As relações de trabalho abordadas no texto são<br />

incomuns no trabalho sazonal, porque, nesse tipo de<br />

relação, todos os direitos dos trabalhadores são respeitados.<br />

04) Os cortadores de cana tem sido flagrados,<br />

frequentemente, em condições de escravidão por divida,<br />

que se caracteriza pela terceirização forçada do trabalho.<br />

05) A agricultura de cana-de-açúcar ernprega, atualmente,<br />

uma pequena parcela da população rural, devido ao<br />

trabalho altamente mecanizado adotado em todas as<br />

regiões do país que exploram esse produto.<br />

328 - O debate internacional desenvolvido especialmente<br />

durante os últimos dez anos estabeleceu importantes<br />

relações entre o consumo de energia fóssil e suas<br />

contribuições para acelerar processos de mudanças<br />

climáticas. E crescente a percepção entre cientistas e<br />

governantes de alguns países que o processo de decisão<br />

sobre desenvolvimento social, e política energética em<br />

particular, deve lidar com novas incertezas e riscos de<br />

alterações irreversíveis, com consequências ambientais e<br />

econômicas de difícil predição.<br />

A partir do texto e dos conhecimentos sobre o consumo de<br />

energia, no Brasil e no mundo, é correto afirmar:<br />

1) Uma grande parte da frota de automóveis brasileira, na<br />

ultima década do século passado, passou a substituir o<br />

álcool pelo Gás Natural Veicular (GNV), quo não polui o<br />

meio ambiente.<br />

2) A bioenergia favorece os países desenvolvidos, pois<br />

estes já a utilizam desde antes da Revolução Industrial.<br />

3) 0 Brasil possui uma matriz energética baseada no<br />

petróleo, embora a major parte da geração de eletricidade<br />

seja hídrica.<br />

4) A energia nuclear não tem uma larga utilização devido<br />

ao processo de poluição que se verifica na geração de<br />

energia.<br />

5) A Inglaterra é o maior consumidor mundial de petróleo<br />

e, juntamente com a OPEP, regula o preço do barril no<br />

mercado internacional.<br />

(CASTELLON, 2007, p. 81).<br />

329 - A construção do chamado complexo hidrelétrico do<br />

Madeira, projetado pelo consórcio Furnas/ Odebrecht, está<br />

orçada em 20 bilhões de reais e pretende gerar 6.450<br />

megawatts, pouco mais da metade da potência da usina<br />

hidrelétrica de Itaipu, a major do mundo em operação. As<br />

usinas foram planejadas para aproveitar a força das<br />

corredeiras naturais de Santo Antonio e Jirau, distantes de<br />

Porto Velho a seis e 150 quilômetros, respectivamente.<br />

Uma área de 217 quilômetros quadrados será inundada.<br />

(RIOS..., 2007).<br />

A partir do texto e dos conhecimentos sobre os recursos<br />

hídricos brasileiros, pode-se afirmar:<br />

01) A Bacia Amazônica possui o maior potencial<br />

disponível para geração de energia do pais.<br />

02) A usina hidrelétrica de Itaipu é fruto de um consórcio<br />

entre o Brasil e o Uruguai.<br />

03) A construção da hidrelétrica no rio Madeira faz parte<br />

do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e<br />

deverá ser vital para a expansão da produção de energia na<br />

Região Norte, que hoje é suprida, apenas, por usinas<br />

termoelétricas.<br />

4) 0 rio Amazonas 6 maior rio do mundo e a sua nascente,<br />

nos Andes, é tipicamente pluvial.<br />

5) 0 rio São Francisco, por ser um rio de planície, favorece<br />

a exploração do seu potencial hidrelétrico, razão pela qual<br />

a major usina hidrelétrica do país foi construída na sua<br />

bacia.<br />

(JANNUZZI, 2007).<br />

217


330 - Após o fim do isolamento do Leste Europeu, com a<br />

queda do Muro de Berlim, a Rússia emergiu no cenário<br />

mundial disposta a mexer corn o tabuleiro de xadrez da<br />

geopolítica mundial.<br />

No novo panorama que se formou, ela vem se destacando<br />

devido ao fato de ter<br />

1) reestruturado o Pacto de Varsóvia, para fazer frente aos<br />

interesses americanos, via Organização do Tratado do<br />

Atlântico Norte (OTAN).<br />

2) se tornado um importante fornecedor de gás para a<br />

Europa Ocidental, criando uma dependência extremamente<br />

perigosa.<br />

3) reativado o programa "Guerra nas Estrelas" sem o aval,<br />

do governo norte-americano.<br />

4) concluído uma aliança militar com os países da zona da<br />

União Europeia e assim assegurado a sua influência em<br />

urna área antes dominada pelos Estados Unidos.<br />

5) desenvolvido e testado uma bomba de nêutrons com um<br />

poder de destruição infinitamente major, quando<br />

comparada a uma bomba nuclear.<br />

I.<br />

No mês de maio, o Governo Federal define o reajuste para<br />

o salário mínimo. A discussão em torno do valor para esse<br />

piso unificado legal é muito importante, ja que parcela<br />

significativa dos trabalhadores brasileiros recebe<br />

rendimentos iguais on próximos a ele. Além disso, o salário<br />

mínimo é uma importante referenda para a evolução dos<br />

demais salários.<br />

(SALARIO..., 2007).<br />

II.<br />

2) o congelamento dos preços e salários nos governos de<br />

José Sarney e de Fernando Collor de Mello, instrumento<br />

eficaz no combate a inflação.<br />

3) o Regime Militar, que estabeleceu uma política recessiva<br />

a partir do Milagre Econômico, arrochando o salário da<br />

classe trabalhadora.<br />

4) o populismo, que, objetivando agradar os trabalhadores,<br />

estabeleceu constantes aumentos salariais corn recursos da<br />

aposentadoria.<br />

5) a política de Getúlio Vargas, que, ao estabelecer o salário<br />

mínimo para o operariado urbano, no estendeu esses<br />

direitos ao trabalhador rural.<br />

332 - A análise dos textos I e II, aliada aos conhecimentos<br />

sobre a situação do mercado de trabalho e do salário<br />

mínimo, no Brasil, permitem afirmar que a<br />

1) maior parte dos trabalhadores recebe salários próximos<br />

a o salário mínimo, graças a atual política econômica do<br />

governo.<br />

2) grande defasagem existente entre o salário pago a<br />

mulher em relação ao do homem não causa impacto no<br />

mercado de trabalho.<br />

3) PEA é composta por todas as pessoas com idade acima<br />

dos dezoito anos.<br />

4) major parte da PEA se concentra no setor secundário.<br />

5) pesada carga tributária é um dos fatores responsáveis<br />

pelo grande número de trabalhadores informais.<br />

333-334<br />

I. A causa principal do progresso nas capacidades<br />

produtivas do trabalho, assim como na maior parte da arte,<br />

habilidade e inteligência com as quais ele é desempenhado<br />

e dirigido, parece ter sido a divisão do trabalho.<br />

Adam Smitn<br />

II. O estudo e ate a invenção são uma distração mental, um<br />

enorme prazer, e não um trabalho.<br />

Frederick Taylor<br />

331 - A mensagem transmitida pela charge pode ser<br />

corretamente relacionada com<br />

1) a política de contenção salarial dos funcionários<br />

públicos e dos aposentados, empreendida pelos Últimos<br />

governos, seguindo determinações do Fundo Monetário<br />

Internacional.<br />

III. Quando trabalhamos, devemos trabalhar. Quando<br />

jogamos, devemos jogar. De nada serve misturar as duas<br />

coisas. O único objetivo deve ser desempenhar o trabalho<br />

e ser pago por tê-lo feito. Quando o trabalho acaba, ai sim,<br />

pode vir o jogo, a brincadeira, mas não antes.<br />

Henry Ford (DEMASI,2003,p.239)<br />

218


333 - De acordo com a análise dos textos e dos<br />

conhecimentos sobre o trabalho, d correto afirmar:<br />

01) I reflete o pensamento do maior representante do<br />

Estado interventor, que pregou uma forte divisão do<br />

trabalho.<br />

02) I aborda a divisão do trabalho artesanal, que investia<br />

no saber do trabalhador.<br />

03) II Ilustra as ideias de um cientista da Primeira<br />

Revolução Industrial que considerava o estudo prejudicial<br />

ao processo produtivo.<br />

04) III reflete o pensamento do responsável pelo<br />

desenvolvimento da linha de montagem nas fábricas, que<br />

resultou em urn grande aumento da produtividade.<br />

05) I, II e III se complementam, pois fazem parte do mesmo<br />

período da Revolução Industrial.<br />

334 - A partir da análise dos textos e dos conhecimentos<br />

sobre a evolução do trabalho no decorrer da História, podese<br />

afirmar:<br />

01) I, II e.1.11 defendem a adoção do Estado de Bem-Estar<br />

Social como mecanismo de amenização do árduo trabalho<br />

nas fábricas e da busca de urna major eficiência produtiva,<br />

a partir da melhoria da qualidade de vida dos operários.<br />

02) O processo de globalização contribuiu para a conquista<br />

de avanços sociais e melhoria na qualidade de vida da<br />

população, que obteve mais tempo livre para o lazer, como<br />

se afirma em II e III.<br />

03) A capacidade inventiva dos ingleses e sua grande<br />

inteligência, referidas em II, foram os principais fatores<br />

para o pioneirismo britânico na Revolução Industrial.<br />

04) O autor, do texto I, contemporâneo da Primeira<br />

Revolução Industrial, afirmava que a melhoria nas<br />

condições de produção das fábricas no era resultante do<br />

altruísmo dos patrões, mas do seu interesse em melhorar a<br />

produtividade e, consequentemente, o lucro.<br />

05) As Corporações de Ofício medievais possibilitaram o<br />

surgimento de um mercado em escala mundial,<br />

consequência da alta produtividade das manufaturas,<br />

seguido ias dos princípios estabelecidos em III<br />

335-336<br />

O crescimento triunfal do petróleo; fortemente estimulado<br />

pela política do cartel, trazia consigo contradições<br />

profundas que preparavam a reviravolta da década de 1970.<br />

(DELEAGE; HEMEY; DEBIER, 1993, p. 212).<br />

335- O texto se refere a formação de cartel, que significa<br />

a:<br />

1) fusão de empresas concorrentes entre si, com o objetivo<br />

de dividirem uma fatia do mercado, garantindo, assim,, a<br />

sua sobrevivência.<br />

2) dominação, por uma empresa, de todas as etapas da<br />

elaboração de um produto.<br />

3) diversificação do capital de uma empresa, que passa,<br />

então, a participar de vários setores da economia.<br />

4) associação de empresas, corn o objetivo de controlar a<br />

concorrência, estabelecendo quotas de produção e de<br />

preços.<br />

5) prática desleal de comércio, com o objetivo de anular a<br />

concorrência.<br />

336 - O controle das fontes de energia foi fundamental para<br />

o desenvolvimento das sociedades humanas e a causa de<br />

conflitos e movimentos sociais entre povos.<br />

Entre os acontecimentos históricos, no Brasil, que estão<br />

relacionados com a questão do controle de fontes de<br />

energia, destaca-se<br />

1) a falência do Plano Cruzado.<br />

2) a crise do Milagre Brasileiro.<br />

3) o Movimento Conselheirista.<br />

4) a Guerra do Paraguai.<br />

337 -338<br />

Apenas 5% da riqueza no globo são geradas pelas<br />

atividades agropecuárias, segundo o Banco Mundial. O<br />

setor, porém, é de vital importância para alguns países em<br />

desenvolvimento, por absorver a maior parte da forca de<br />

trabalho e chega a compor ate 20% do Produto Interno<br />

Bruto.<br />

(APENAS..., 2005, p. 29)<br />

337 - Sobre a importância da agricultura, no mundo atua, é<br />

correto afirmar:<br />

1) Os países desenvolvidos, devido a grande mecanização<br />

do ramo industrial, passaram a empregar uma grande<br />

parcela de população no setor primário.<br />

2) 0 protecionismo alfandegário de produtos agrícolas,<br />

adotado pelos países periféricos, distorcem o mercado e<br />

prejudicam os países centrais, que não adotam esse<br />

sistema.<br />

3) Os países em desenvolvimento culpam aqueles<br />

desenvolvidos pela pratica de subsídios agrícolas, que<br />

distorcem os mercados mundiais.<br />

219


4) A agricultura só pode ser definida corno tal quando ela<br />

não altera o comportamento dos animais e dos vegetais.<br />

5) Os preços agrícolas, por serem commodities, não estão<br />

sujeitos as osci1aces dos mercados mundiais.<br />

Um capitulo importante da globalização é a criação de<br />

Blocos Econômicos Regionais, como a União Europeia, o<br />

Nafta, Asean, o MERCOSUL e a União Africana.<br />

(UM CAP!TULO.,.,2005, p. 30)<br />

338 - O surgimento de blocos econômicos, através da<br />

adoção de políticas internacionais, não se restringe a época<br />

da globalização atual.<br />

A própria União Europeia é uma consequência do processo<br />

de recuperação econômica pós-Segunda Guerra Mundial, e<br />

sua origem remonta.<br />

01) à Política do Big Stick.<br />

02) a Doutrina Monroe.<br />

03) à Liga das Nações.<br />

04) a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).<br />

05) ao Mercado Comum Europeu.<br />

339 - A criação dos "Blocos Econômicos" atuais representa<br />

uma etapa do processo de globalização e consiste em uma<br />

nova regionalização do mundo.<br />

Sobre os blocos econômicos, é correto afirmar:<br />

01) 0 Nafta difere do MERCOSUL, pois naquele é<br />

permitida a livre circulação de mercadorias e de pessoas,<br />

enquanto neste existem inúmeras barreiras.<br />

02) A União Europeia é um bloco econômico que apresenta<br />

uma organização espacial bastante peculiar porque, a veto<br />

e a voto.<br />

03) 0 Chile e o Suriname são os mais novos componentes<br />

do MERCOSUL, sendo, contudo, observadores, sem<br />

direito<br />

04) A Tarifa Externa Comum (TEC) constitui-se um<br />

mecanismo criado com o objetivo de proteger as<br />

economias dos participantes de um determinado bloco.<br />

05) Os países que fazem parte da União Europeia adotam<br />

uma constituição única, ratificada por todos os países que<br />

a compõem.<br />

340 - [...] definimos a cultura como o sistema integrado de<br />

padrões de comportamento aprendidos, que são<br />

característicos dos membros de uma sociedade e que não<br />

são o resultado de herança biológica. Faz parte da essência<br />

do conceito de cultura excluir os instintos, os reflexos<br />

inatos e quaisquer outras formas de comportamento<br />

biologicamente predeterminadas. A cultura é, portanto, um<br />

comportamento adquirido. Mas é uma parte do universo<br />

do mesmo modo que as estrelas do céu, porque é um<br />

produto natural das atividades humanas, e o ser humano é<br />

parte da natureza. (HOEBEL; FROST, 2008, p. 16).<br />

A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre o<br />

conceito de cultura, pode-se afirmar:<br />

(01) O conceito de cultura, do ponto de vista das relações<br />

coletivas, refere-se às técnicas de cultivo de produtos<br />

agrícolas.<br />

(02) Os componentes da cultura — no que diz respeito a<br />

hábitos, valores e tradições — são transmitidos de geração<br />

a geração, através da herança genética.<br />

(04) A produção de elementos da cultura ocorre na<br />

sociedade a partir das relações que se estabelecem<br />

coletivamente, resultando na afirmativa de que “cultura” é<br />

um fenômeno coletivo.<br />

(08) As diversas experiências sociais produzem diferentes<br />

componentes culturais, diversidade essa que pode ser<br />

observada na pluralidade linguística existente na história<br />

das sociedades.<br />

(16) Os componentes culturais que identificam<br />

determinadas sociedades têm, nos sistemas educativos,<br />

dentre outros recursos, importantes instrumentos de<br />

transmissão às gerações futuras.<br />

(32) Movimentos regionalistas no Leste Europeu, na<br />

década de 90 do século XX, demonstram, entre outros<br />

fatores, a luta de grupos étnicos pela preservação de traços<br />

culturais particulares, a exemplo da religião muçulmana<br />

cultuada pela Bósnia.<br />

Soma ( )<br />

341- Considerada por uns um direito inviolável do ser<br />

humano e, por outros, um patrimônio que deve ser utilizado<br />

produtivamente pelas diversas gerações, a ideia da<br />

propriedade privada da terra segue sendo interpretada<br />

como conquista adquirida, seja ela política ou econômica.<br />

(ANDRIOLI, 2004).<br />

A partir das informações do texto e com base nos<br />

conhecimentos sobre propriedade privada, pode-se<br />

afirmar:<br />

(01) A propriedade privada é uma decorrência natural do<br />

fortalecimento e da expansão do comunismo primitivo,<br />

respaldado no princípio do direito inviolável do ser<br />

humano.<br />

220


(02) O poder administrativo e jurídico sobre as terras<br />

doadas pela Coroa portuguesa, no Brasil Colonial, foi<br />

reservado aos denominados “homens bons”.<br />

(04) Os grandes proprietários de terras e escravos<br />

constituíram obstáculos à concretização da independência<br />

da Bahia, conduzida, no Brasil, por D. Pedro I.<br />

(08) As oligarquias estaduais, na República Velha,<br />

constituíam expressões do poder da classe proprietária<br />

rural e urbana no Brasil.<br />

(16) O direito à propriedade privada, praticado na<br />

sociedade industrial capitalista, aprofundou as<br />

desigualdades sociais.<br />

(32) O conceito de propriedade privada foi mantido pelo<br />

socialismo científico e aplicado na Rússia, após a<br />

Revolução de 1917.<br />

(64) A permanência da concentração da propriedade da<br />

terra e a expansão do agronegócio, no Brasil dos dias<br />

atuais, contribuem para aprofundar os conflitos sociais em<br />

torno da política de assentamentos.<br />

Soma ( )<br />

(64) O Movimento dos Sem-Teto, organizado para atuar<br />

em áreas restritas da zona rural, tem registrado crescente<br />

decadência, devido a conflitos e divergências com o<br />

Movimento dos Sem-Terra.<br />

Soma ( )<br />

343-<br />

342 - Em referência ao fenômeno conhecido como<br />

movimentos sociais, pode-se afirmar:<br />

(01) A ocorrência de movimentos sociais em sociedades<br />

ocidentais, entre os séculos XV e XX, está associada à<br />

resistência da burguesia empresarial aos dogmas da Igreja,<br />

que condenavam o lucro, o enriquecimento e a<br />

concorrência econômica.<br />

(02) Os quilombos organizados no Brasil, entre os séculos<br />

XVII e XIX, constituíam movimentos sociais de<br />

resistência à negação da liberdade e à exploração da força<br />

de trabalho e de manutenção das identidades culturais.<br />

(04) As revoltas escravas que marcaram a história da Bahia<br />

e do Brasil, no século XIX, foram extremamente<br />

enfraquecidas após o decreto de extinção do tráfico de<br />

africanos escravizados, assinado por D. João VI durante<br />

sua permanência no Brasil.<br />

(08) O movimento conhecido como “Mata Maroto”<br />

expressa o grau de ressentimento que atingia portugueses e<br />

brasileiros após o período de luta armada que marcou a<br />

independência do Brasil na Bahia.<br />

(16) Os movimentos de Canudos e do Contestado<br />

destacam-se como movimentos sociais de conteúdo<br />

messiânico, registrados em áreas rurais do país.<br />

(32) A Marcha da Família com Deus pela Liberdade<br />

(1964), organizada por setores conservadores da Igreja e do<br />

empresariado, caracterizou-se como um movimento social<br />

de protesto ao governo de João Goulart e suas propostas de<br />

Reformas de Base.<br />

A Amazônia brasileira abrange mais da metade do<br />

território nacional. Segundo alguns autores, ela é definida<br />

pelo domínio da floresta latifoliada equatorial, juntamente<br />

com o clima equatorial; segundo outros, pelo domínio da<br />

mais densa bacia hidrográfica do globo — a bacia<br />

Amazônica. Trata-se de uma parte da Amazônia sulamericana.<br />

A natureza ainda domina nessa área, mas o<br />

processo de ocupação e povoamento tem sido intenso nas<br />

últimas décadas. O extrativismo vegetal que era a atividade<br />

econômica mais importante, até por volta de 1970, hoje é<br />

uma atividade de importância cada vez menor, diante do<br />

crescimento da agropecuária, da mineração e da<br />

industrialização. A Amazônia brasileira deixou de ser a<br />

“floresta impenetrável”, descrita nos romances e relatos de<br />

viagens, para se tornar um enorme problema ambiental e<br />

social que atrai a atenção de todo o mundo. (VESENTINI,<br />

2005, p. 305-307).<br />

Com base na análise do mapa, na leitura do texto e nos<br />

conhecimentos sobre a Amazônia brasileira e sulamericana,<br />

pode-se afirmar:<br />

(01) A Amazônia corresponde a uma imensa região sulamericana,<br />

que abrange dois hemisférios, envolvendo parte<br />

221


da América Andina, o Brasil, além da Guiana, do Suriname<br />

e da Guiana Francesa (Departamento de Ultramar Francês).<br />

(02) A Região Norte, uma das cinco da atual divisão<br />

regional do Brasil elaborada pelo IBGE, corresponde à<br />

mesma porção territorial da Amazônia Brasileira e da<br />

Amazônia Legal.<br />

(04) Os elementos naturais da Amazônia são<br />

interdependentes, sendo que a exuberante vegetação<br />

desempenha papel essencial nesse ecossistema, protegendo<br />

e nutrindo o solo e mantendo elevada umidade atmosférica,<br />

na sua maior parte.<br />

(08) A Amazônia tradicional caracterizava-se pela presença<br />

de alguns tipos humanos, como posseiros, grileiros,<br />

jagunços, peões e arrozeiros, enquanto, na Amazônia atual,<br />

há predominância de seringueiros, seringalistas e grupos<br />

indígenas.<br />

(16) O crescimento econômico da Amazônia Brasileira<br />

ocorre à custa do aumento da pecuária extensiva, do avanço<br />

da agricultura, das ações ilegais dos madeireiros e de<br />

pressões urbanas para a realização de obras de<br />

infraestrutura, atividades de grande impacto ecológico.<br />

(32) As planícies e os baixos platôs — predominantemente<br />

cristalinos —, situados ao longo das margens do rio<br />

Amazonas, formam o principal aspecto geomorfológico da<br />

região e explicam o grande aproveitamento hidrelétrico.<br />

(64) O projeto Grande Carajás, no Pará, possui importantes<br />

jazidas de ferro e outros minerais e envolveu a construção<br />

de uma ferrovia entre a zona mineradora e o porto de Itaqui,<br />

no Maranhão, para exportar esses produtos.<br />

Soma ( )<br />

344-345<br />

344 - A partir da análise do mapa e dos conhecimentos<br />

sobre a história econômica, política e sociocultural da<br />

Bahia, pode-se afirmar:<br />

(01) As diretrizes políticas e administrativas coloniais e as<br />

bases da economia agroexportador e escravista que<br />

predominou no Brasil Colonial do século XVI ao XVIII<br />

foram estabelecidas a partir da atual Região Metropolitana<br />

de Salvador e do Recôncavo.<br />

(02) A exclusão socioeconômica de grandes contingentes<br />

da população sertaneja, na Região Nordeste da Bahia,<br />

produziu, durante o século XIX, a eclosão de movimentos<br />

religiosos milenaristas, dentre os quais se destaca o<br />

dirigido por Antônio Conselheiro, pela sua abrangência e<br />

tragédia.<br />

(04) O fortalecimento da política coronelística na<br />

República Velha — na área designada pelas regiões de<br />

Piemonte da Diamantina, Chapada Diamantina e<br />

Paraguaçu — resultou no confronto de interesses entre os<br />

chefes políticos locais e o Governo do Estado, nos anos 20<br />

do século passado, provocando o episódio conhecido como<br />

“Revolta Sertaneja”, através do qual o governo do Estado<br />

foi pressionado a negociar a paz com os revoltosos.<br />

(08) O cultivo do feijão, na região de Irecê, afirmou-se<br />

como predominante desde o início da colonização<br />

portuguesa, ocasião em que escravos indígenas e<br />

imigrantes europeus assalariados foram utilizados como<br />

mão-de-obra.<br />

(16) O processo de desmatamento iniciado no século XVI,<br />

no sudoeste da Bahia, com a exploração do pau-brasil,<br />

aprofundou-se, nos dias atuais, com o controle da região<br />

por empresas multinacionais, que desenvolvem projetos<br />

petroquímicos e siderúrgicos<br />

(32) O enriquecimento dos proprietários de roças de cacau<br />

nas regiões Litoral Sul e Extremo Sul, entre o fim do século<br />

XIX e metade do século XX, elevou a influência política<br />

na região, fazendo emergir propostas de divisão territorial<br />

para a criação de um estado autônomo: o Estado de Santa<br />

Cruz.<br />

Soma ( )<br />

222


345 –<br />

(64) As mudanças recentes na economia baiana<br />

privilegiam a atividade turística como o setor mais<br />

produtivo do Estado, principalmente pelos investimentos<br />

públicos destinados ao turismo rural, que tem na região do<br />

Litoral Norte sua maior expressividade.<br />

Soma ( )<br />

346 - Por todos os continentes e países do mundo<br />

encontramos inúmeros produtos oriundos da indústria.<br />

Mas, não precisamos viajar para conhecê-los. Em cada<br />

espaço de nossa casa temos esses exemplos: a cama, a<br />

roupa, o som e a TV estão entre eles. Todos esses produtos<br />

são o resultado da transformação de matérias-primas, com<br />

suprimento de energia, em produtos industrializados. Até<br />

consolidar esse processo, a indústria passou por vários<br />

estágios de produção. (ALMEIDA; RIGOLIN, 2005, p.<br />

123).<br />

A partir da análise dos mapas e dos conhecimentos sobre a<br />

diversidade regional e geoambiental do Estado da Bahia,<br />

pode-se afirmar:<br />

(01) A Região Metropolitana de Salvador e seu entorno e<br />

as regiões periféricas dinâmicas do Extremo Sul, Oeste e<br />

Baixo Médio São Francisco desempenham, na atualidade,<br />

um papel relevante no crescimento econômico do estado da<br />

Bahia.<br />

(02) O Semiárido baiano ocupa, aproximadamente, a maior<br />

parte do território estadual, excetuando apenas o litoral e a<br />

porção setentrional, que são beneficiados pelas chuvas<br />

regulares ao longo do ano.<br />

(04) A Região Nordeste do Estado, drenada pelo rio São<br />

Francisco e seus afluentes da margem esquerda, localizada<br />

numa área de clima semiúmido, tem, na irrigação, um<br />

sustentáculo do agronegócio, destacando-se o cultivo do<br />

arroz, no baixo curso, como base da segurança alimentar<br />

regional.<br />

(08) Os rios Itapicuru, Paraguaçu e Contas, embora<br />

apresentem características distintas, têm suas nascentes na<br />

Chapada Diamantina — principal centro dispersor e/ou<br />

divisor de águas do Estado.<br />

(16) A bacia do São Francisco, na Bahia, possui rios de<br />

fluxos perene e temporário, sendo que os da margem<br />

esquerda são alimentados pelas chuvas orográficas que se<br />

formam nas áreas de barlavento da Chapada Diamantina.<br />

(32) A produção de grãos no estado da Bahia vem<br />

alcançando grande crescimento a partir dos anos 90 do<br />

século XX, sobretudo as culturas de soja e de milho na<br />

Região Oeste, onde a alta produtividade é resultado de<br />

práticas agrícolas modernas e empresariais.<br />

Com base na análise do texto e nos conhecimentos sobre a<br />

evolução, os tipos e a localização das indústrias no Brasil e<br />

no Mundo, pode-se afirmar:<br />

(01) A Primeira Revolução Industrial foi marcada pela<br />

hegemonia alemã, pelo uso do carvão vegetal, como<br />

principal fonte de energia, e pela grande dispersão da<br />

atividade industrial em termos do espaço mundial.<br />

(02) A Segunda Revolução Industrial começou no final do<br />

século XIX com o surgimento das indústrias de vanguarda<br />

como a metalúrgica, a siderúrgica, a automobilística e a<br />

petroquímica, sendo o petróleo a sua principal fonte de<br />

energia.<br />

(04) O avanço da Revolução Técnico-Científica-<br />

Informacional já é marcante no Japão, na Alemanha, nos<br />

Estados Unidos e em outros países, embora ainda haja a<br />

permanência de inúmeros traços da Segunda Revolução<br />

Industrial.<br />

(08) A indústria de bens de produção utiliza grande<br />

quantidade de matéria-prima e alto consumo de energia,<br />

visando abastecer outros tipos de indústrias, como as<br />

siderúrgicas.<br />

(16) O vale do Silício brasileiro localiza-se em Pirapora, no<br />

interior de Minas Gerais e, assim como o original norteamericano,<br />

concentra, atualmente, indústrias consideradas<br />

de tecnologia de ponta, especialmente de informática,<br />

eletrônica e de telecomunicações.<br />

(32) O Sudeste afirmou-se como polo da industrialização<br />

brasileira, sobretudo graças à infraestrutura urbana e de<br />

transportes desenvolvida em função da cafeicultura, devido<br />

à chegada do imigrante e pela concentração de<br />

consumidores urbanos.<br />

(64) As usinas termonucleares Angra I, Angra II e Angra<br />

III fornecem a maior parte da energia consumida no sudeste<br />

do Brasil, utilizam tecnologia americana e,<br />

223


consequentemente, geram pequena quantidade de resíduos<br />

radioativos.<br />

Soma ( )<br />

347 - Os deslocamentos populacionais fazem parte da<br />

história da humanidade, tendo sido responsáveis pela<br />

formação dos diversos povos e, em certa medida, dos<br />

próprios elementos culturais que os caracterizam. Os<br />

grupos étnicos existentes só podem ser entendidos a partir<br />

da análise das migrações, considerando-se os choques e as<br />

assimilações culturais dos povos ao longo da história.<br />

ocorre na Europa e nos Estados Unidos, entretanto o Brasil,<br />

na contramão dessa tendência, tem sido condescendente<br />

com os trabalhadores bolivianos e paraguaios.<br />

(64) Os trabalhadores japoneses, nisseis, chegaram ao<br />

Brasil em migrações sucessivas a partir da segunda década<br />

do século passado e, atualmente, representam a maior<br />

comunidade de estrangeiros do país.<br />

Soma ( )<br />

348 –<br />

224<br />

Com os deslocamentos populacionais, extensas regiões da<br />

Terra foram sendo ocupadas e colonizadas. O continente<br />

americano é um bom exemplo desse processo. Atualmente,<br />

as migrações internacionais tornaram-se um fenômeno<br />

nunca antes registrado em qualquer outra etapa da evolução<br />

humana. Milhares de pessoas cruzam as fronteiras entre os<br />

países todos os anos em busca de emprego, melhores<br />

salários, oportunidades de estudo, ou fugindo da violência<br />

de guerras e perseguições políticas e religiosas.<br />

(LUCCI; BRANCO; MENDONÇA, 2006, p. 351).<br />

A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre<br />

globalização e migrações, pode-se afirmar:<br />

(01) As migrações internacionais, na atualidade, ocorrem,<br />

sobretudo, partindo dos países do Sul subdesenvolvidos<br />

para os do Norte desenvolvidos ou de países do Terceiro<br />

Mundo mais pobres para outros vizinhos com economias<br />

mais dinâmicas.<br />

(02) O período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial<br />

registra grandes fluxos migratórios, preferencialmente das<br />

áreas então consideradas superpovoadas — Europa e Ásia<br />

— para as regiões consideradas como vazios demográficos<br />

— Estados Unidos, Canadá, Argentina, Brasil e outros.<br />

(04) A França recebe todos os anos uma legião de norteafricanos<br />

oriundos, principalmente, da Líbia e do Egito,<br />

fugitivos das secas da África Subsaariana, e trabalhadores<br />

de outros países, como paquistaneses, indianos e<br />

jamaicanos.<br />

(08) O fluxo migratório para a União Européia (UE) e os<br />

Estados Unidos deverá diminuir nas próximas décadas, em<br />

razão do aumento das taxas de natalidade e do<br />

rejuvenescimento das populações dos países<br />

industrializados.<br />

(16) O crescimento das migrações Sul/Sul se deve<br />

principalmente à criação, pela economia globalizada, de<br />

ilhas de prosperidade em regiões subdesenvolvidas, a<br />

exemplo da política migratória bem sucedida das<br />

monarquias petrolíferas do Golfo Pérsico.<br />

(32) Os imigrantes muitas vezes enfrentam a rejeição da<br />

população e a repressão das autoridades, a exemplo do que


pela deficiência dos sistemas de drenagem, são<br />

responsáveis pelas inundações nas grandes cidades,<br />

durante os episódios de chuvas intensas.<br />

(08) A urbanização brasileira é marcada por desigualdades<br />

socioeconômicas, sendo visível a carência de moradia, que<br />

traz como consequências os assentamentos irregulares, os<br />

loteamentos clandestinos e a ocupação das áreas de risco e<br />

dos espaços públicos.<br />

(16) Os hábitos modernos de consumo e o aumento do<br />

nível de escolaridade e de percepção dos problemas<br />

ambientais têm provocado a redução do volume de<br />

resíduos sólidos produzidos na maioria das sociedades<br />

urbano-industriais.<br />

(32) As recentes intervenções governamentais nas regiões<br />

metropolitanas das capitais nordestinas resolveram antigos<br />

problemas de saneamento básico, minimizando a<br />

degradação dos rios urbanos e possibilitando excelentes<br />

condições de balneabilidade das praias.<br />

(64) Os depósitos de lixo nas grandes cidades do mundo<br />

subdesenvolvido, inclusive no Brasil, representam uma<br />

fonte de renda para uma pequena parcela da população,<br />

que se mistura com materiais em decomposição em busca<br />

de sua sobrevivência.<br />

Soma ( )<br />

349 -<br />

A partir da análise das ilustrações e dos conhecimentos<br />

sobre o meio ambiente urbano e sua problemática, pode-se<br />

afirmar:<br />

(01) A atividade industrial e a circulação de veículos<br />

favorecem a concentração de micropartículas em<br />

suspensão na atmosfera, estimulando a condensação e<br />

contribuindo para o aumento gradativo das precipitações<br />

pluviométricas nas áreas urbanas.<br />

(02) A inversão térmica, resultante da camada de ar mais<br />

quente junto ao solo, é um problema ambiental transitório,<br />

que intensifica a poluição nas grandes metrópoles,<br />

sobretudo no verão.<br />

(04) A expansão dos espaços construídos e da<br />

pavimentação, acentuada pelo lançamento de detritos e<br />

A partir das ilustrações e dos conhecimentos sobre a<br />

exploração do espaço agropecuário no Brasil e no mundo e<br />

levando em consideração o mercado de produtos primários<br />

e de biocombustíveis, os conflitos no campo e as<br />

implicações em relação a mudanças nos hábitos<br />

alimentares, pode-se afirmar:<br />

(01) A inflação dos produtos primários no primeiro<br />

semestre do ano em curso chegou até a China e a outros<br />

países da Ásia, tendo reflexos em produtos intermediários<br />

importantes, como fertilizantes, aço e resinas, devido ao<br />

aumento dos preços das commodities.<br />

(02) O mercado de alimentos passou por forte desequilíbrio<br />

entre produção e consumo na primeira metade de 2008,<br />

225


226<br />

situação que ofereceu grandes oportunidades para o Brasil,<br />

embora o país necessite aprimorar estratégias de produção<br />

e comercialização.<br />

(04) A elevação acelerada do nível de vida nos países<br />

asiáticos e norte-africanos provocou um enriquecimento<br />

dos hábitos alimentares, popularizando o consumo de carne<br />

bovina e suína na Índia e nos países islâmicos.<br />

(08) Os biocombustíveis norte-americanos à base do milho<br />

produziram a escassez do produto no mercado e elevaram<br />

o preço da tortilha (iguaria mexicana à base de milho),<br />

entretanto, no Brasil, o etanol, oriundo basicamente da<br />

cana-de-açúcar, não prejudica a produção de grãos.<br />

(16) O agronegócio vem crescendo no país, mas o setor<br />

atravessa uma crise que preocupa os produtores, face aos<br />

juros altos, às oscilações do dólar em relação ao real e à<br />

falta de infraestrutura, dentre outros motivos.<br />

(32) O Brasil, além de ser autossuficiente em trigo,<br />

constitui referência internacional no processo de produção<br />

agrícola. devido aos baixos custos e ao alto poder<br />

financeiro dos produtores.<br />

(64) Os municípios que mais desmatam na Amazônia<br />

Legal são também os que mais registram trabalho escravo<br />

e violência no campo, assim como o avanço da pecuária na<br />

região acompanha o ritmo da derrubada das árvores.<br />

Soma ( )<br />

350 - A diversidade climática da Terra se traduz em uma<br />

ampla gama de tipos de solos e de paisagens vegetais, de<br />

aspecto geral contínuo, assinalando as áreas de abrangência<br />

dos biomas. [...] As temperaturas médias e a amplitude<br />

térmica, a pluviosidade média e a distribuição das chuvas<br />

definem limites naturais à expansão das espécies e,<br />

portanto, são elementos fundamentais à compreensão dos<br />

grandes domínios fitogeográficos do planeta. (MAGNOLI;<br />

ARAÚJO, 2000. p. 63).<br />

A leitura do texto, a análise da ilustração e os<br />

conhecimentos sobre as inter-relações entre o clima e a<br />

vegetação e a distribuição das grandes paisagens vegetais<br />

do planeta permitem afirmar:<br />

(01) A disposição dos grandes domínios climáticos e suas<br />

repercussões sobre a vegetação expressam o efeito da<br />

zonalidade na distribuição geográfica das espécies do<br />

planeta.<br />

(02) Temperaturas superiores a 24ºC e precipitações anuais<br />

acima de 2000mm caracterizam os ambientes quentes e<br />

superúmidos nas baixas latitudes, onde predominam as<br />

formações arbóreas do tipo latifoliada.<br />

(04) O ambiente desértico e as formações vegetais do tipo<br />

“tundra” compartilham níveis baixos de chuvas, mas<br />

distinguem-se completamente em relação às médias<br />

térmicas e à posição zonal.<br />

(08) As formações vegetais do tipo “decíduas” localizamse<br />

nas áreas de transição entre os domínios temperado e<br />

polar, sendo a sua principal característica a perenização de<br />

suas folhas, face aos altos índices térmicos e pluviais.<br />

(16) A floresta boreal de coníferas — ou taiga — é<br />

encontrada principalmente no Hemisfério Sul devido à<br />

posição longitudinal dos continentes, onde apresentam<br />

maior continuidade espacial na faixa de transição entre os<br />

climas polar e tropical.<br />

Soma ( )<br />

351 - A Segunda Guerra Mundial intensificou o processo<br />

de descolonização e independência dos países asiáticos e<br />

africanos e muitos deles tornaram-se socialistas. Os aliados<br />

também dividiram a Alemanha em zonas de ocupação<br />

soviética, francesa, inglesa e americana. Mais tarde, a zona<br />

soviética transformou-se na República Democrática<br />

Alemã, também socialista. (CÁCERES, 1997, p. 400).<br />

A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre o<br />

segundo pós-guerra, pode-se afirmar:<br />

(01) A referida descolonização no continente africano<br />

propiciou a integração dos novos países como parceiros no<br />

processo de expansão do capitalismo internacional.<br />

(02) O processo de descolonização, nos países asiáticos,<br />

assumiu o caráter de não-violência e desobediência<br />

pacífica, preconizado por Mahatma Ghandi.<br />

(04) A presença da URSS na partilha do território alemão<br />

decorreu do fato de os soviéticos terem participado, como<br />

aliados, da vitória das democracias contra o Eixo, formado<br />

pela Alemanha, Itália e seus aliados.<br />

(08) A construção do muro de Berlim (1961) decorreu do<br />

aprofundamento dos confrontos de interesses entre Estados<br />

Unidos juntamente com a Europa versus URSS, no<br />

contexto da Guerra Fria.


(16) A política da Perestroika e do Glasnost, instalada na<br />

URSS durante o governo de Mikhail Gorbachev, relacionase<br />

com o esfacelamento do sistema socialista no Leste<br />

Europeu.<br />

(32) O desmembramento da antiga União Soviética<br />

propiciou o surgimento de movimentos nacionalistas nas<br />

repúblicas do Leste Europeu, resultando no reordenamento<br />

das fronteiras políticas naquela região.<br />

Soma ( )<br />

352 - 353<br />

Desde que foi acesa, [em março], na Grécia, a chama<br />

olímpica vem sendo caçada por grupos de ativistas. Nem o<br />

pelotão de guarda-costas enviado pela China para proteger<br />

a tocha conseguiu mantê-la totalmente a salvo. Na capital<br />

inglesa, um manifestante passou pela barreira policial e<br />

quase a tirou da mão da celebridade que a levava. Vários<br />

outros tentaram extinguir a chama com o uso de um<br />

extintor de incêndio. Em sete horas, 37 pessoas foram<br />

presas. Em Paris, dois símbolos da cidade — a Torre Eiffel<br />

e a Catedral de Notre Dame — foram decorados com<br />

bandeiras nas quais algemas substituíam as tradicionais<br />

argolas olímpicas. Cada novo protesto aumenta a pressão<br />

sobre os líderes mundiais pelo boicote aos Jogos de Pequim<br />

— ou, pelo menos, para que se manifestem sobre a forma<br />

bruta com que o Partido Comunista Chinês lida com vozes<br />

dissidentes. (FAVARO, 2008. p. 87).<br />

mercado mundial até a atual presença na economia<br />

internacional, figurando como a terceira grande economia<br />

do planeta.<br />

(16) O caráter autoritário da estrutura do governo chinês, a<br />

exemplo da antiga União Soviética, explica “a forma bruta<br />

com que o Partido Comunista Chinês lida com vozes<br />

dissidentes”.<br />

(32) A circulação da tocha olímpica por diversos países do<br />

Ocidente e do Oriente representa, no mundo atual, a<br />

tentativa de superação das diferenças e dos conflitos que<br />

distanciam muitos dos países participantes do evento.<br />

(64) A caça à chama olímpica por grupos ativistas — como<br />

referida no texto — resultou do aprofundamento do<br />

fenômeno da Guerra Fria neste início de século XXI.<br />

Soma ( )<br />

353 - CAMINHOS PERCORRIDOS PELA TOCHA<br />

OLÍMPICA<br />

352 - Com base na análise do texto e nos conhecimentos<br />

sobre a cultura dos jogos olímpicos e a diversidade<br />

histórica nas relações internacionais, pode-se afirmar:<br />

(01) Os Jogos Olímpicos, na Antiga Grécia, expressavam a<br />

concepção ateniense da superioridade do corpo sobre a<br />

mente, resultando na valorização da cultura material em<br />

prejuízo da ciência e da filosofia.<br />

(02) A dominação imperialista da China Comunista sobre<br />

países vizinhos — a exemplo do Tibete — tem sido<br />

tolerada pelos órgãos internacionais, dentre outras razões,<br />

em virtude dos princípios de respeito à autonomia das<br />

nações.<br />

(04) Os países asiáticos — a exemplo do Japão, da China,<br />

da Índia e da Indonésia — dominados igualmente pelos<br />

países europeus imperialistas, aliaram-se, nos dois últimos<br />

séculos, em políticas de ajuda mútua de caráter militar e<br />

estratégico, para vencer o inimigo comum, superando suas<br />

divergências culturais e territoriais.<br />

(08) A China, a partir da dominação do Partido Comunista,<br />

em 1949, estabeleceu diferentes políticas de orientação<br />

econômica, evoluindo de um afastamento ostensivo do<br />

Considerando-se as informações do texto, a análise da<br />

ilustração e os conhecimentos sobre os continentes, os<br />

países e as regiões relacionadas com a trajetória percorrida<br />

pela Tocha Olímpica em 2008, pode-se afirmar:<br />

(01) A Grécia — onde nasceram os jogos olímpicos e onde<br />

foi acesa a tocha em Olímpia, 2008 — está situada no<br />

extremo norte dos Bálcãs, no sudoeste da Europa,<br />

abrangendo a planície do Peloponeso e as ilhas dos mares<br />

Cáspio e Mármara.<br />

(02) A Europa, parte do percurso da Tocha Olímpica,<br />

permanece como polo de desenvolvimento e prosperidade,<br />

porém não ostenta mais o título de maior centro de poder,<br />

além de ter reduzido boa parte de sua influência comercial.<br />

(04) A China organizou-se para os Jogos Olímpicos<br />

planejando e executando construções futuristas, porém,<br />

com uma economia em crescimento e uma matriz<br />

energética baseada no carvão, o País já é considerado um<br />

dos maiores emissores de gases poluentes que contribuem<br />

para o aquecimento global.<br />

(08) O roteiro da Tocha Olímpica incluiu as capitais dos<br />

cinco países mais populosos da América, privilegiou<br />

227


228<br />

centros religiosos, como Meca e Roma, esteve em todos os<br />

continentes e concluiu o percurso em Pequim.<br />

(16) O território democrático de Hong-Kong está situado<br />

no sudoeste da China e, após mais de 150 anos de domínio<br />

francês, possui status de região autônoma.<br />

(32) O Tibete, sob o domínio chinês há mais de 50 anos,<br />

está localizado no centro-leste da Ásia, ocupa uma região<br />

montanhosa conhecida como “Teto do Mundo”, cercada<br />

por grandes dobramentos terciários representados pelo<br />

Himalaia, que detém os picos mais elevados do planeta.<br />

Soma ( )<br />

354 - A ONU — ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES<br />

UNIDAS — tem como objetivos manter a paz, defender os<br />

direitos humanos e as liberdades fundamentais e promover<br />

o desenvolvimento dos países em escala mundial. [...] A<br />

ONU é constituída por várias instâncias, que giram em<br />

torno do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral. A<br />

organização atua em diversos conflitos por meio de suas<br />

forças internacionais de paz.<br />

(A ONU — Organização ..., 2008, p. 75).<br />

A globalização é o fenômeno mais recente da economia<br />

capitalista mundial. É resultado da evolução da técnica e<br />

da ciência, da eficiência dos meios de transportes e<br />

comunicações e da construção de instituições<br />

supranacionais que lhe dão sustentação, como a<br />

Organização Mundial do Comércio (OMC) e os diversos<br />

blocos econômicos regionais que, há pouco mais de uma<br />

década, estão em processo de consolidação. Caracteriza-se<br />

pela liberdade de circulação de mercadorias, capitais e<br />

serviços entre os países. (LUCCI; BRANCO;<br />

MENDONÇA, 2006, p. 120).<br />

Considerando-se as informações dos textos e com base nos<br />

conhecimentos sobre a Organização das Nações Unidas<br />

(ONU) e sua estrutura, a globalização e suas instituições<br />

supranacionais, pode-se afirmar:<br />

(01) A Organização das Nações Unidas (ONU), criada logo<br />

após a Segunda Guerra Mundial, busca um novo papel no<br />

conflituoso mundo globalizado, transformando-se num<br />

respeitado fórum de discussão e de encaminhamento dos<br />

problemas mundiais.<br />

(02) O Conselho de Segurança da ONU concentra um<br />

grande poder, sobretudo através dos membros permanentes<br />

— Estados Unidos, Reino Unido, França, Federação Russa<br />

e China — que possuem poder de veto, e por ser o órgão<br />

que aprova missões de paz, embargos e ações armadas.<br />

(04) O Mercado Comum do Sul (Mercosul) surgiu no<br />

começo da década de 70 do século passado, com objetivo<br />

de unificar tarifas entre países da América do Sul —<br />

inicialmente Brasil, Bolívia, Chile e Uruguai — e adotar<br />

políticas comuns.<br />

(08) O termo “globalização” passou a ser usado para<br />

descrever uma nova fase, marcada pela crescente<br />

interdependência entre governos, empresas e movimentos<br />

sociais, porém sua dinâmica não trouxe maior igualdade<br />

entre os povos.<br />

(16) A Organização Mundial do Comércio (OMC) — cujo<br />

objetivo é resolver as disputas comerciais entre países ricos<br />

e pobres — envolve 20 membros, representa países<br />

desenvolvidos e subdesenvolvidos, tendo começado a<br />

funcionar no início deste século, com a rodada de Doha.<br />

(32) O BRIC é uma sigla criada por analistas financeiros<br />

para designar os quatro principais países emergentes do<br />

mundo — Brasil, Rússia, Índia e China — visando<br />

demonstrar o impacto que o grupo tem e terá, cada vez<br />

mais, na economia mundial.<br />

Soma ( )<br />

355 - A sociedade política é como um cabo composto de<br />

muitos fios: o fato de se acharem esses diferentes fios<br />

torcidos e enrolados uns sobre os outros aumenta não<br />

somente a força do cabo, mas também sua flexibilidade.<br />

Existem fios de interesses econômicos, fios de sentimento<br />

nacional e doméstico, fios de crença religiosa, fios<br />

de diferentes graus de experiência e educação. O próprio<br />

cabo é complexo por natureza, e mais complexo o fazem<br />

ainda os nós representados pelas dificuldades políticas que<br />

clamam solução; para uma política sã impõe-se, porém,<br />

uma condição, a saber: que não se deve recorrer ao<br />

exemplo de Alexandre, de desembainhar a espada para<br />

cortar o nó górdio. Qualquer imbecil poderá resolver os<br />

problemas do poder político pela lei marcial; mas ninguém,<br />

a não ser um imbecil, tomaria por governo semelhante<br />

processo. (MUMFORD, s/d, p. 199).<br />

A análise do texto e os conhecimentos sobre a organização<br />

das sociedades modernas possibilitam afirmar:<br />

(01) A estrutura da sociedade política, na transição da Idade<br />

Média para a Idade Moderna, caracterizou-se pelo<br />

entrelaçamento de fios fortemente amarrados ao<br />

pensamento teocêntrico cristão.<br />

(02) A economia mercantil e os governos dos “príncipes”,<br />

nas cidades italianas do período renascentista, confirmam<br />

a complexidade, a força e a flexibilidade da sociedade<br />

política de sua época.<br />

(04) “Fios de sentimento nacional” estiveram ausentes no<br />

processo político de unificação da Alemanha, ao longo do<br />

século XVIII.<br />

(08) “Fios de crença religiosa”, aliados a fatores étnicos e<br />

territoriais, têm dificultado a construção e o


econhecimento de uma sociedade política de governo<br />

palestino no Oriente Médio.<br />

(16) O uso da força para a manutenção da ordem pública,<br />

de forma temporária ou permanente, em sociedades<br />

democráticas ou não, constitui sempre um indicador de<br />

falência da sociedade política.<br />

(32) Sociedades políticas organizadas em Estados<br />

Totalitários lançam mão, com frequência, da solução do<br />

“nó górdio” para enfrentar dificuldades de ordem política.<br />

(64) As cidades-estados representaram, ao longo da<br />

história, a incapacidade de diferentes povos para se<br />

organizarem em sociedades políticas compostas por “fios”<br />

múltiplos e complexos.<br />

Soma ( )<br />

356 –<br />

Os problemas referentes à questão agrária estão<br />

relacionados, essencialmente, à propriedade da terra,<br />

consequentemente à concentração da estrutura fundiária,<br />

aos processos de expropriação, expulsão e exclusão dos<br />

trabalhadores rurais: camponeses e assalariados; à luta pela<br />

terra, pela reforma agrária e pela resistência na terra; à<br />

violência extrema contra os trabalhadores, à produção,<br />

abastecimento e segurança alimentar; aos modelos de<br />

desenvolvimento da agropecuária e seus padrões<br />

tecnológicos, às políticas agrícolas e ao mercado, ao campo<br />

e à cidade, à qualidade de vida e dignidade humana. Por<br />

tudo isso, a questão agrária compreende as dimensões<br />

econômica, social e política. (FERNANDES, 2001, p. 23-<br />

24).<br />

Com base na ilustração, no texto e nos conhecimentos<br />

sobre o espaço agrário, pode-se afirmar:<br />

(01) A desigual distribuição das terras, herança do modelo<br />

econômico que se implantou recentemente no país, trouxe<br />

como consequência os atuais conflitos sociais no campo e<br />

a fixação, cada vez maior, do homem nas áreas rurais em<br />

função da chegada da modernização agrícola.<br />

(02) O movimento das “Ligas Camponesas”, originado no<br />

início do século passado, deve ser entendido como uma<br />

manifestação local dos produtores rurais do agreste<br />

pernambucano contra a alta dos impostos.<br />

(04) A luta por terra é uma importante dimensão da questão<br />

agrária e os movimentos sociais dela resultantes se<br />

configuram em ações dos trabalhadores, que envolvem<br />

processos de expropriação, expulsão e exclusão social.<br />

(08) A modernização da agricultura e da pecuária é<br />

bastante equilibrada nas diversas regiões do país,<br />

originando grande produtividade de alimentos com farta<br />

dieta alimentar da população.<br />

(16) O modelo de reforma agrária vigente no país vem<br />

assegurando o acesso à terra, proporcionando recursos<br />

229


necessários para ela produzir e atingindo grande número de<br />

trabalhadores rurais.<br />

(32) O MST representa diferentes expressões de<br />

contestação, seja contra a desapropriação de terras pelo<br />

Estado, a exemplo da região de Itaipu, seja contra a<br />

permanência de latifúndios improdutivos, como áreas no<br />

interior do Norte e do Nordeste.<br />

Soma ( )<br />

358 –<br />

230<br />

357 - Por volta de 1830, a maioria dos países da América<br />

já tinha proclamado a independência. Entretanto as<br />

diferenças entre eles eram bastante claras. Os Estados<br />

Unidos da América (EUA) começavam a se tornar o país<br />

mais industrializado do planeta. A América Latina<br />

continuava presa às pesadas heranças coloniais:<br />

predominavam as economias exportadoras de produtos<br />

primários, governos de latifundiários que olhavam com ar<br />

de superioridade para a multidão de governados de pele<br />

mais escura, grandes comerciantes que enriqueciam<br />

importando montanhas de produtos, de qualidade ou<br />

quinquilharias das fábricas inglesas, ausência de direitos<br />

para a maioria da população. (SCHIMIDT, 2005, p. 427).<br />

Com base na análise do texto, associada aos<br />

conhecimentos sobre o Imperialismo, pode-se afirmar:<br />

(01) O imperialismo europeu do século XIX, em direção à<br />

América Latina, foi possível após estabelecer com os<br />

Estados Unidos acordos de limites de áreas a serem<br />

recolonizadas.<br />

(02) As pesadas heranças coloniais referidas no texto<br />

explicam o limitado número de imigrantes europeus<br />

direcionados à Argentina e ao Brasil, no período de 1820 a<br />

1880.<br />

(04) Os Estados Unidos, ao se tornarem o país mais<br />

industrializado do planeta, reuniram condições econômicas<br />

e políticas para concretizar seu projeto imperialista, no<br />

século XX, em direção à América Latina.<br />

(08) O olhar de superioridade dos governos de<br />

latifundiários em relação à multidão de governados de pele<br />

mais escura revela o fortalecimento dos desequilíbrios<br />

sociais, ampliados no contexto da dominação imperialista<br />

dos Estados Unidos<br />

(16) O número de imigrantes europeus com destino aos<br />

Estados Unidos se intensificou durante a Primeira Grande<br />

Guerra, devido à ruralização da economia europeia.<br />

(32) O fortalecimento econômico do Brasil, nas três<br />

primeiras décadas do século XX, motivado pela política de<br />

substituição das importações, impediu a presença<br />

imperialista norte-americana no país, durante o período da<br />

Guerra Fria.<br />

Soma ( )<br />

A partir da análise do gráfico e dos conhecimentos sobre a<br />

representação piramidal das sociedades, pode-se afirmar:<br />

(01) A concepção piramidal da sociedade, como<br />

representada no gráfico, é característica da sociedade de<br />

classes, na qual o nível de renda é indicador primordial<br />

para a classificação social.<br />

(02) As hierarquias sociais fundamentadas no<br />

nascimento/parentesco, no prestígio, na etnia ou mesmo<br />

em fatores culturais modelam representações da sociedade<br />

de forma piramidal, a exemplo do que acontece em<br />

sociedades capitalistas.<br />

(04) A distribuição das classes na sociedade brasileira, do<br />

modo como está expressa no gráfico, é um fenômeno<br />

recente, passível de ser alterado pela pressão de crises<br />

econômicas que atinjam o mercado de trabalho,<br />

provocando desemprego e carestia de gêneros de primeira<br />

necessidade.<br />

(08) A existência efetiva da classe média brasileira pode<br />

ser reconhecida após a queda da República Velha, quando<br />

o fenômeno da<br />

urbanização se estendeu pelas principais cidades litorâneas<br />

e o setor de serviços públicos e privados ampliou o<br />

mercado de trabalho.<br />

(16) A prosperidade econômica que alcança as classes D e<br />

E através de programas assistenciais oficiais tem ampliado<br />

consideravelmente o acesso de seus componentes a<br />

serviços de boa qualidade nas áreas de saúde, educação,<br />

saneamento básico e habitação.<br />

(32) A forma de representação da sociedade brasileira,<br />

mostrada no gráfico, sinaliza a progressiva superação dos<br />

desequilíbrios sociais, embora não faça desaparecer o


distanciamento entre os privilegiados das classes A e B e<br />

os carentes das classes D e E.<br />

Soma ( )<br />

359 -<br />

recuperação econômica das classes D e E da sociedade<br />

brasileira.<br />

(32) Os países que produzem maiores quantidades de<br />

riquezas são, necessariamente, aqueles nos quais a<br />

população vive em melhores condições, sobretudo quando<br />

impera a concentração derenda.<br />

Soma ( )<br />

Com base nas representações gráficas dos países do globo,<br />

proporcionais aos temas relacionados em I e II, e nos<br />

conhecimentos sobre o estudo da população mundial,<br />

pode-se afirmar:<br />

(01) Em I, a maioria dos países em destaque possui uma<br />

irregular distribuição espacial da população, níveis de<br />

desenvolvimento heterogêneos e integra blocos<br />

econômicos distintos, mas grande parte deles não apresenta<br />

elevadas densidades demográficas.<br />

(02) Em II, estão representados alguns países considerados<br />

desenvolvidos, que se localizam no Hemisfério Norte e não<br />

detêm altas taxas de natalidade e baixas expectativas<br />

médias de vida.<br />

(04) Em II, a diminuta representatividade do continente<br />

africano advém das reais condições políticas e<br />

socioeconômicas, às quais os países que nele se encontram<br />

estão submetidos há muitos anos.<br />

(08) Os gráficos I e II permitem constatar que os países de<br />

maior representatividade absoluta da população são<br />

também os que têm maior destaque quanto ao Produto<br />

Nacional Bruto (PNB).<br />

(16) A expressiva disparidade representada pelo Brasil, em<br />

I e II, relaciona-se diretamente com a inexistência do<br />

desemprego estrutural e com a capacidade de rápida<br />

360 - O espaço é uma categoria fundamental no discurso<br />

geográfico: é no espaço que se constrói o imaginário<br />

territorial, que se definem as fronteiras nacionais, que se<br />

desenha o “corpo da pátria”. É nele que se concretizam as<br />

identidades, que se manifestam as culturas, que se<br />

estabelecem os hábitos, que se consolidam os costumes,<br />

que circulam os valores ideológicos. É nele, ou por ele, que<br />

se deflagram os conflitos entre as nações, que os homens<br />

se odeiam e aniquilam uns aos outros. É no espaço que as<br />

indústrias se estabelecem, que as transações comerciais se<br />

realizam, que os indivíduos trabalham. É no espaço que os<br />

sujeitos exploram e são explorados, que transgridam<br />

normas ou se submetem a elas. É nele que os climas se<br />

materializam, que as catástrofes naturais ocorrem, que os<br />

rios correm, que as vegetações se desenvolvem, que o<br />

relevo ganha relevo. Na <strong>Geografia</strong>, o espaço é físico, é<br />

econômico, é político. Não há, pois, como pensar o homem<br />

abstraindo essa categoria. Em outros termos, não há como<br />

pensá-lo senão em razão do lugar que o constitui como<br />

sujeito: o homem não dá um passo fora do espaço. O ser<br />

humano, assim, é o espaço que ele habita: sem o espaço, o<br />

homem é uma categoria abstrata; sem o homem, o espaço<br />

é vazio. (CARVALHO, 2005, p. 50).<br />

Com base no texto e nos conhecimentos sobre as diversas<br />

maneiras de conceber e refletir sobre o espaço geográfico,<br />

é correto afirmar:<br />

(01) O espaço é, na realidade, um produto da história, um<br />

ato de sujeitos, sendo sua matéria-prima a relação<br />

sociedade-natureza e, a partir desse intercâmbio, o homem<br />

cria condições de sobrevivência.<br />

(02) A produção do espaço geográfico, sob as relações<br />

capitalistas de produção, tem originado espaços<br />

heterogêneos e inter-relacionados, decorrentes,<br />

principalmente, da ação do Estado e do capital, que criam<br />

áreas diferenciadas de desenvolvimento.<br />

(04) A natureza é mera integrante do espaço geográfico,<br />

apesar de ser uma condição abstrata de sua produção social,<br />

sendo a mesosfera o elo entre as demais esferas do sistema<br />

Terra.<br />

(08) O relevo, em particular, representa um dos elementos<br />

que possui relações de causa e efeito com vários<br />

componentes do espaço geográfico, seja influenciando as<br />

231


atividades econômicas, seja interferindo na estrutura da<br />

rede viária ou na distribuição populacional.<br />

(16) As mudanças que o homem imprime no espaço<br />

geográfico alteram os padrões sociais, políticos e<br />

ambientais, entretanto aqueles relacionados com o avanço<br />

tecnológico, na maioria das vezes, trazem progresso e<br />

benefícios para a sociedade.<br />

(32) Espaço e território são conceitos semelhantes no<br />

estudo geográfico, uma vez que ambos possuem limites<br />

espaciais idênticos, que podem ser dinâmicos e, ao mesmo<br />

tempo, cartografados sob diferentes escalas.<br />

Soma ( )<br />

361 -<br />

soja e geograficamente beneficiada pela proximidade de<br />

mercados consumidores.<br />

(16) A rota percorrida integralmente pelos participantes<br />

engloba seis grandes setores inter-regionais, com paisagens<br />

e atividades econômicas distintas: a Chapada dos<br />

Guimarães, o Meio Norte, a Chapada Diamantina, o Sertão,<br />

o baixo curso do rio São Francisco e a Zona da Mata.<br />

(32) As unidades da federação que foram incluídas no<br />

percurso possuem enormes desigualdades nos planos<br />

sociais e de extensão territorial, o que motivou o<br />

desmembramento de um dos estados, justificado por<br />

questões de ordem essencialmente política e<br />

socioeconômica.<br />

(64) A maior parte da área que envolve a competição é<br />

caracterizada pelas baixas densidades demográficas,<br />

economia baseada no extrativismo mineral e vegetal —<br />

látex, açaí, carnaúba e madeira —, agropecuária do tipo<br />

intensiva, praticada em latifúndios cuja produção visa à<br />

exportação.<br />

Soma ( )<br />

362 -<br />

Com base na ilustração e nos conhecimentos sobre as<br />

regiões brasileiras, é correto afirmar:<br />

232<br />

(01) A rota estabelecida para a competição abrangeu duas<br />

regiões do país, passando por ambientes tropicais com a<br />

presença de formações vegetais do tipo cerrados,<br />

araucárias, pradarias inundáveis, restingas e pequenas<br />

áreas de formações xerófitas.<br />

(02) A competição aconteceu, em toda sua extensão, em<br />

áreas onde é possível identificar e seguir as trilhas outrora<br />

percorridas pelos colonizadores europeus que buscavam<br />

minerais e pedras preciosas.<br />

(04) A área percorrida pelos participantes no setor oeste e<br />

no vale do São Francisco tem sofrido uma significativa<br />

redução da biodiversidade, provocada pela remoção da<br />

cobertura natural, pela contaminação dos recursos hídricos<br />

e consequente erosão acelerada do solo.<br />

(08) O trecho do percurso inserido no semiárido oferece<br />

grandes possibilidades de investimentos econômicos,<br />

sobretudo porque é uma região tradicional da cultura da<br />

Com base na ilustração, no quadro e nos conhecimentos<br />

sobre o estudo da dinâmica da natureza e a presença do<br />

homem no espaço geográfico, é correto afirmar:<br />

(01) I e II representam importantes regiões do continente<br />

americano onde ocorreu um intenso processo de


conurbação de várias metrópoles com características<br />

distintas, sendo essas regiões beneficiadas,<br />

respectivamente, pelas influências de correntes marinhas<br />

frias e quentes.<br />

(02) III e IV são correntes marinhas impulsionadas por<br />

efeitos eólicos da Zona de Convergência Intertropical e se<br />

deslocam para as altas latitudes, favorecendo a existência<br />

dos maiores bancos pesqueiros das Américas.<br />

(04) V representa uma região de extrema aridez, com a<br />

ocorrência de oueds, paisagem extremamente monótona,<br />

dominada permanentemente por processos eólicos e de<br />

ocupação humana representada pela baixa densidade<br />

demográfica.<br />

(08) A Zona de Convergência Intertropical é caracterizada<br />

pela ocorrência de grandes tempestades e chuvas<br />

torrenciais, decorrentes das condições anticíclicas que<br />

forçam o ar a se deslocar em direção à superfície, devido<br />

ao intenso calor.<br />

(16) Um voo em sentido contrário àquele indicado no mapa<br />

descreve uma trajetória de nordeste para sudoeste, das<br />

latitudes médias para o ocidente e, no seu destino, os<br />

relógios devem retroceder em função do movimento de<br />

rotação da Terra de oeste para leste.<br />

(32) A entrada dos solstícios em 21/12, conjugada aos<br />

efeitos produzidos pela latitude nos hemisférios,<br />

proporciona a existência de dias mais longos ou mais<br />

curtos, conforme pode ser constatado que, no Rio de<br />

Janeiro, o dia dura 13h 37’ e, em Paris, 8h 12’.<br />

Soma ( )<br />

363 - O aumento da demanda prevista para as próximas<br />

décadas e a urgente necessidade de agregar fontes limpas<br />

de energia à matriz energética mundial, além da eventual<br />

substituição das fontes emissoras de gases de efeito estufa,<br />

estão inseridos na perspectiva da revitalização da economia<br />

com base em grandes investimentos em pesquisa e<br />

desenvolvimento tecnológico no setor de energia<br />

renovável.<br />

A partir das informações e dos conhecimentos sobre a crise<br />

energética e as possíveis alternativas para substituição do<br />

combustível fóssil, pode-se afirmar:<br />

(01) A demanda por energia pode continuar crescendo nas<br />

próximas décadas e tal tendência deverá aumentar ainda<br />

mais a temperatura global do planeta.<br />

(02) O carvão, o petróleo e o gás natural são responsáveis<br />

pela maior parte das necessidades energéticas da Terra,<br />

contudo emitem grande parte do dióxido de carbono e<br />

outros gases associados ao efeito estufa.<br />

(04) As energias solar, eólica, hidráulica e do mar são<br />

fontes alternativas renováveis e limpas, sendo a maior parte<br />

desses recursos relacionados aos efeitos da radiação solar.<br />

(08) As correntes de maré são de baixa importância e<br />

magnitude, não sendo apropriadas para a exploração de<br />

energia, especialmente nas desembocaduras em forma de<br />

estuários.<br />

(16) A China e a Índia, mesmo possuindo um quinto da<br />

população do planeta, não devem alterar a matriz<br />

energética mundial, em razão da baixa produtividade de<br />

extensas áreas de seus imensos territórios.<br />

(32) O Brasil, um dos poucos países a controlar todo o<br />

processo de produção de combustível para usinas<br />

nucleares, domina o processo de enriquecimento e possui<br />

grandes reservas confirmadas de urânio.<br />

Soma ( )<br />

364 - Na atual época, da globalização, há uma interligação<br />

entre as economias de todas as nações, os capitais se<br />

movem em grande velocidade, bancos e empresas se<br />

associam e se fundem em diferentes países e continentes, e<br />

uma crise iniciada nos Estados Unidos, a economia mais<br />

poderosa do planeta — responsável por cerca de um quarto<br />

de tudo que é produzido no mundo —, afeta todos os<br />

mercados em questão de horas. (ZOCCHI; JONES, 2009, p.<br />

100).<br />

A partir dessas informações e dos conhecimentos sobre a<br />

crise econômica mundial e suas consequências, pode-se<br />

afirmar:<br />

(01) O fluxo intenso de produtos e serviços, a<br />

interdependência das economias dos países, a formação de<br />

blocos econômicos, como o MERCOSUL, são<br />

características da globalização.<br />

(02) A crise financeira do subprime — devedores com<br />

histórico de inadimplência ou dificuldade de comprovação<br />

de renda —, nos Estados Unidos, em meados de 2007,<br />

levou ao “estouro da bolha imobiliária”, que tomou<br />

dimensão internacional.<br />

(04) O baixo nível dos estoques mundiais de alimentos, o<br />

acesso reduzido aos créditos e a possível ocorrência de<br />

elevação da temperatura do planeta em mais dois graus, nos<br />

próximos anos, poderão provocar a diminuição mundial de<br />

alimentos, particularmente na África, na Ásia e na América<br />

Latina.<br />

(08) Os países emergentes, como a China, a Índia e a<br />

Federação Russa, ficaram à margem da tormenta,<br />

mantendo seus mercados internos e externos em equilíbrio<br />

e suas economias em crescimento.<br />

(16) A economia brasileira ainda sofre os reflexos da crise,<br />

mesmo depois de vários meses de seu início, mas é<br />

consenso de que o Brasil foi um dos países menos afetado,<br />

de acordo com pareceres de organizações, como o Fundo<br />

Monetário Internacional, o Banco Mundial e de alguns<br />

economistas do país.<br />

233


(32) A fase mais aguda da crise levou o Brasil a gastar as<br />

suas reservas em moeda forte, restringir o mercado externo,<br />

diminuindo significativamente o número de compradores,<br />

e estagnar o crescimento do PIB do país.<br />

(64) A crise econômico-financeira de 1929 e a eclodida em<br />

2008 apresentam como semelhança o processo de<br />

especulação e como diferença, a rapidez de propagação<br />

entre os mercados, fenômeno específico da sociedade<br />

globalizada.<br />

Soma ( )<br />

(16) Em V, a incessante luta ideológica entre muçulmanos<br />

e hindus — que, no final de 2008, alvejou Mumbai — é um<br />

dos conflitos que envolvem seu território, além da<br />

conturbada relação com os países vizinhos.<br />

(32) Em VI, o uso estratégico das riquezas minerais<br />

permite à República Democrática do Congo acabar com os<br />

conflitos, reconstruir seu território e, consequentemente,<br />

ter mais poder de decisão em questões geopolíticas.<br />

366 -<br />

365 -<br />

A análise dos dados da tabela e os conhecimentos sobre a<br />

política nuclear do mundo pós-Segunda Guerra Mundial<br />

permitem afirmar:<br />

234<br />

Com base nas ilustrações, nos mapas e nos conhecimentos<br />

sobre conflitos, nacionalismo e internacionalismo, pode-se<br />

concluir:<br />

(01) Em I, a maior potência do mundo, ao declarar —<br />

através do seu ex-presidente George W. Bush — guerra ao<br />

terror, apresentava alvos determinados e estabelecia regras<br />

bem definidas, respeitando o direito internacional.<br />

(02) Em II, o governo de direita, que dirige o país desde o<br />

início deste século, é grande aliado dos Estados Unidos e<br />

afirma conduzir uma revolução no país, favorecendo à<br />

classe empresarial.<br />

(04) III representa a área atacada militarmente por Israel ao<br />

final de 2008, território libanês no litoral do mar<br />

Mediterrâneo, numa reação aos frequentes ataques de<br />

grupos Fatah, apoiados por seu principal aliado, o Hamas.<br />

(08) Em IV, os conflitos já duram três décadas, envolvendo<br />

grupos étnicos e inúmeros clãs que lutaram contra os<br />

soviéticos em defesa de seus territórios, sendo que,<br />

atualmente, os Estados Unidos e seus aliados da Otan<br />

encontram-se nesse país visando conter os ataques do<br />

Taliban.<br />

(01) O número de ogivas nucleares registrado na Rússia,<br />

apoiado numa forte economia estatizada, confere àquele<br />

país, nos dias atuais, hegemonia política e o papel de maior<br />

potência nuclear do planeta.<br />

(02) O número de ogivas e os gastos militares apresentados<br />

pela Coreia do Norte, comparados com os mesmos dados<br />

da China, indicam que os norte-coreanos são menos<br />

ameaçadores para a paz mundial que os chineses.<br />

(04) O Tratado de Não Proliferação Nuclear, assinado em<br />

1968, constituiu um dos parâmetros políticos e militares<br />

que evitariam confrontos entre nações nucleares rivais,<br />

mesmo durante o período conhecido como Guerra Fria.<br />

(08) Os gastos militares, comparados com o número de<br />

ogivas disponíveis pelos Estados Unidos, sugerem que<br />

outros armamentos, que não os atômicos, ocupam as<br />

estratégias militares desse país na sua participação em<br />

conflitos políticos de diversas regiões do planeta.<br />

(16) Signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear e<br />

não dispondo ainda de nenhuma ogiva, o Irã, por questões<br />

políticas e ideológicas, torna-se uma ameaça para o<br />

equilíbrio nuclear mundial.<br />

(32) Índia e Paquistão, embora dispondo conjuntamente de<br />

um número menor de ogivas e de menor volume de gastos<br />

militares, por questões políticas e culturais, tornam-se mais<br />

vulneráveis a um conflito armado atômico que países<br />

europeus, outros países asiáticos e os Estados Unidos,<br />

como está demonstrado na tabela.


Soma ( )<br />

Questões abertas<br />

367 - A variação climática na superfície terrestre está<br />

diretamente ligada à localização de cada região nas<br />

diversas latitudes, sendo, portanto, resultante do<br />

comportamento dinâmico da atmosfera, em sua seqüência<br />

habitual, e influenciada pelos fatores geográficos regionais<br />

e locais.<br />

368 - Durante a guerra fria, os laboratórios do Pentágono<br />

chegaram a cogitar da produção de um engenho, a bomba<br />

de nêutrons, capaz de aniquilar a vida humana em uma<br />

dada área, mas preservando todas as construções. O<br />

Presidente Kennedy afinal renunciou a levar a cabo esse<br />

projeto. Senão, o que na véspera seria ainda o espaço, após<br />

a temida explosão seria apenas paisagem. Não temos<br />

melhor imagem para mostrar a diferença entre esses dois<br />

conceitos. (SANTOS, 1996, p. 85).<br />

Com base nas informações do texto, na análise do mapa e<br />

nos conhecimentos sobre os elementos e fatores<br />

geográficos do clima,<br />

• calcule as amplitudes térmicas anuais das cidades de<br />

Amiens (França), Praga (República Tcheca) e Kiev<br />

(Ucrânia), situadas em latitudes próximas;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

_______________________________________<br />

___________________________________________<br />

• explique as causas das diferenças de amplitude térmica<br />

existentes entre essas cidades;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________<br />

• identifique a zona climática onde as referidas cidades<br />

estão situadas.<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

_____________________________________<br />

Com base na leitura do texto e na observação das<br />

ilustrações, conceitue<br />

• paisagem;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

_______________________________________<br />

___________________________________________<br />

• espaço geográfico;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

_______________________________________<br />

___________________________________________<br />

235


• tempo histórico;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

_____________________________________<br />

• tempo geológico.<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

_____________________________________<br />

369 - A bacia hidrográfica considerada, na atualidade,<br />

como uma unidade de planejamento, corresponde à área<br />

drenada por uma rede hidrográfica organizada,<br />

hierarquicamente, em rio principal, afluentes e<br />

subafluentes. [...]. Como a grande maioria da rede<br />

hidrográfica brasileira é constituída de extensos rios de<br />

planalto, o potencial hidrelétrico, apesar da sua<br />

importância, não está totalmente aproveitado, bem como<br />

não está distribuído de maneira uniforme entre as bacias<br />

hidrográficas existentes no país. (ALMEIDA; RIGOLIN,<br />

2004, p. 127-128).<br />

______________________________________________<br />

______________________________________<br />

• cite a bacia hidrográfica de maior aproveitamento<br />

hidrelétrico;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

_____________________________________<br />

• explique a razão do grande potencial hidrelétrico da bacia<br />

Amazônica;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________<br />

• mencione duas conseqüências ambientais que motivam as<br />

discussões sobre a utilização do potencial hidrelétrico<br />

dessa bacia.<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________<br />

370 - [Em 2007], 45,8% da energia usada pelos brasileiros<br />

veio de fontes renováveis, e o restante, de fontes não<br />

renováveis.<br />

Temos a matriz mais equilibrada entre as grandes nações e<br />

muitas vias para expandir nossa geração, com energia<br />

hidrelétrica, petróleo e biomassa. (BRASIL... 2009, p. 49).<br />

A partir das informações do texto e do mapa e com base<br />

nos conhecimentos sobre a hidrografia e o relevo do Brasil<br />

e seu aproveitamento energético,<br />

236<br />

• indique os tipos de regime dos rios brasileiros;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

A partir das informações do texto, da análise da ilustração<br />

e dos conhecimentos sobre questões energéticas,


• conceitue energia renovável e não-renovável, citando um<br />

exemplo de cada tipo;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

_____________________________________<br />

• situe, geograficamente, o novo megacampo de petróleo,<br />

no Brasil.<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________<br />

371 - As diferenças regionais, no tocante ao<br />

desenvolvimento socioeconômico, foram aprofundadas a<br />

partir do início da industrialização do país. Desde esse<br />

marco, grandes contingentes populacionais das regiões<br />

estagnadas economicamente encontraram na emigração<br />

para as mais ricas e ativas a melhor oportunidade de<br />

sobrevivência. De fato, a maior possibilidade de obter<br />

renda e trabalho nos estados mais industrializados ou com<br />

extensas áreas de terras ainda inexploradas desencadeou<br />

grandes fluxos migratórios no interior do território<br />

brasileiro. (TAMDJIAN; MENDES, 2004, p. 122).<br />

• destaque a região que atualmente recebe mais imigrantes;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________<br />

• explique as razões dessa recente atração regional.<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

________________________________________<br />

372 - Entre as regiões econômicas do Estado da Bahia, está<br />

a Região Oeste, também conhecida como Além São<br />

Francisco, que possui áreas limítrofes com os estados de<br />

Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Piauí. Além de situar-se<br />

longe do litoral e dos maiores centros urbanos da Bahia, a<br />

região apresenta uma característica marcante: a recente<br />

expansão da agricultura moderna e da agroindústria em<br />

suas terras, com grande crescimento econômico.<br />

Com base na análise dessas informações e nos<br />

conhecimentos sobre as áreas cultivadas do Oeste Baiano,<br />

• indique dois fatores que dificultam o crescimento<br />

econômico da região;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________<br />

• explique a falta de equilíbrio de sua matriz de transporte;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

_____________________________________<br />

Com base no texto, na análise da tabela e nos<br />

conhecimentos sobre as migrações internas no Brasil, •<br />

indique a região que historicamente mantém-se como a<br />

principal origem dos emigrantes;<br />

______________________________________________<br />

__________________________________________<br />

______________________________________________<br />

__________________________________________<br />

duas alternativas às rodovias da região.<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

_____________________________________<br />

237


373 -<br />

374 -<br />

O processo [...] de industrialização impulsionado [nas<br />

últimas décadas] não foi capaz de criar empregos<br />

suficientes para absorver a população economicamente<br />

ativa (PEA) [...] que passou a viver nas cidades. Na<br />

realidade, a automação do processo produtivo industrial em<br />

andamento nas últimas décadas, com a introdução de<br />

robôs, máquinas digitais e informatizadas e técnicas<br />

toyotistas de produção, tem desencadeado a dispensa de<br />

um grande contingente de operários [...]. (BOLIGIAN;<br />

ALVES, 2004, p. 409).<br />

Com base na ilustração, no texto e nos conhecimentos<br />

sobre o momento atual no contexto da sociedade<br />

contemporânea, em particular, no relacionamento do<br />

homem com a máquina,<br />

• cite uma consequência da atual automação tecnológica no<br />

plano da oferta de trabalho no Brasil;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________<br />

A partir da análise da ilustração e com base nos<br />

conhecimentos sobre desigualdades socioeconômicas<br />

regionais, associadas aos problemas de exclusão social no<br />

Brasil,<br />

• relacione dois fatores que explicam as desigualdades<br />

socioeconômicas existentes entre as regiões brasileiras;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________<br />

• apresente uma justificativa para a origem e a<br />

disseminação da intensa segregação socioespacial ocorrida<br />

nas grandes e médias cidades;<br />

238<br />

• indique uma mudança nas relações de trabalho resultante<br />

da Revolução Tecnológica;<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________<br />

• informe onde teve início o Toyotismo e cite uma das<br />

principais características desse processo de produção.<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________________<br />

______________________________________<br />

• mencione dois fatores que contribuíram para a recente<br />

elevação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no<br />

território brasileiro.<br />

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375 -<br />

as chuvas são abundantes e tornam o solo mais pesado. Há,<br />

entretanto, um grande número de deslizamentos<br />

provocados pela ação humana. Geralmente, estão<br />

associados à questão [da apropriação] e ao peso acumulado<br />

sobre o solo. Esses desastres ganham grandes destaques na<br />

imprensa. Nas grandes cidades e regiões metropolitanas, é<br />

comum a ocupação de encostas de morros para moradia de<br />

população de baixa renda, a mais prejudicada pelos<br />

deslizamentos. (MOREIRA; SENE, 2005, p. 124).<br />

Com base no texto apresentado e nos conhecimentos<br />

sobre as regiões tropicais,<br />

Logo após o final da Segunda Guerra Mundial (1945),<br />

o grande império soviético estava dividido<br />

administrativamente em 15 repúblicas federadas unidas<br />

por um governo central (Moscou). Essa organização se<br />

manteve até agosto de 1991, quando, após meio século de<br />

crescimento, o império soviético se desmantelou e a<br />

situação se modificou na transição para o capitalismo,<br />

deixando várias sequelas. (ADAS, 2001, p. 35).<br />

Fundamentado no mapa, no texto e nos conhecimentos<br />

sobre a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas<br />

(URSS) e sua desintegração,<br />

• mencione como se organizou o espaço da União Soviética<br />

quando foi desintegrado politicamente, em 1991;<br />

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______________________________________<br />

• cite dois efeitos negativos ocorridos na Federação Russa,<br />

após o fim da União Soviética.<br />

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____________________________________<br />

• mencione duas características geográficas relativas a<br />

aspectos ambientais dessas regiões;<br />

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______________________________________________<br />

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______________________________________<br />

• relacione duas situações em que a ação antrópica<br />

contribui para a ocorrência dos deslizamentos nas encostas,<br />

por ocasião das chuvas de grande intensidade;<br />

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• identifique o tipo de chuva mais frequente nos meses de<br />

verão.<br />

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______________________________________________<br />

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376 - [Nas regiões tropicais] e no Brasil, em particular, os<br />

movimentos de solos nas encostas são muito frequentes,<br />

principalmente no verão, [no Sudeste brasileiro], quando<br />

239


377 -<br />

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• estabeleça um contraste entre as sub-regiões I e IV.<br />

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378 -<br />

Com base no mapa, no perfil e nos conhecimentos<br />

sobre o Nordeste brasileiro,<br />

240<br />

• identifique, no perfil longitudinal A-B, as quatro grandes<br />

sub-regiões;<br />

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______________________________________<br />

• cite duas características da sub-região II, em relação à<br />

exploração agrícola;<br />

Com base no mapa, nas informações contidas no<br />

quadro e nos conhecimentos sobre as regiões desérticas<br />

destacadas,<br />

• indique um aspecto comum, quanto à localização<br />

geográfica, existente entre os desertos africanos e o sulamericano<br />

referidos;<br />

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• identifique o tipo de erosão predominante nos ambientes<br />

desérticos;<br />

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• cite uma razão da importância estratégica da península<br />

arábica no cenário mundial.<br />

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241


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244<br />

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