Quadro 3.10 – Distribuição da água na Terra (Shiklomanov, 1997).ReservatórioVolume(10³ km³)% do VolumeTotal% do Volume<strong>de</strong> Água DoceOceanos 1338000,0 96,5379 -Subsolo:Água doceÁgua salgada23400,010530,012870,01,68830,75970,9286-30,0607-Umida<strong>de</strong> do solo 16,5 0,0012 0,0471Áreas congeladas:AntártidaGroenlândiaÁrticoMontanhas24064,021600,02340,083,540,61,73621,55850,16880,00600,002968,697161,66296,68020,23840,1159Solos congelados 300,0 0,0216 0,8564Lagos:Água doceÁgua salgada176,491,085,40,01270,00660,0062-0,2598-Pântanos 11,5 0,0008 0,0328Rios 2,1 0,0002 0,0061Biomassa 1,1 0,0001 0,0032Vapor d'água na atmosfera 12,9 0,0009 0,0368Armazenamento total <strong>de</strong> água salgada 1350955,4 97,4726 -Armazenamento total <strong>de</strong> água doce 35029,1 2,5274 100,0Armazenamento total <strong>de</strong> água 1385984,5 100,0 -Água Doce2,5%Outros1,2%Água Salgada97,5%Água Congelada68,7%Água doceno Subsolo30,1%Figura 3.1 – Total <strong>de</strong> água daTerra.Figura 3.2 – Distribuição da águadoce na Terra.Observa-se que, mesmo tendo a Terra um volume total <strong>de</strong> água da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 1.386 milhões <strong>de</strong>km³, o que efetivamente está disponível <strong>ao</strong> uso humano é muito pouco (0,007%).48
As águas da Terra encontram-se em permanente movimento, constituindo o Ciclo Hidrológico.Efetivamente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primórdios dos tempos geológicos, a água (líquida ou sólida) que étransformada em vapor pela energia solar que atinge a superfície da Terra (oceanos, mares,continentes e ilhas) e pela transpiração dos organismos vivos, sobe para a atmosfera, on<strong>de</strong> esfriaprogressivamente, dando origem às nuvens. Essas massas <strong>de</strong> água voltam para a Terra sob a açãoda gravida<strong>de</strong>, principalmente nas formas <strong>de</strong> chuva, neblina e neve.O ciclo hidrológico é responsável pelo movimento <strong>de</strong> enormes quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> água <strong>ao</strong> redor domundo. Parte <strong>de</strong>sse movimento é rápido, pois, em média, uma gota <strong>de</strong> água permaneceaproximadamente 16 dias em um rio e cerca <strong>de</strong> 8 dias na atmosfera (Quadro 3.11). Entretanto, essetempo po<strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r-se por milhares <strong>de</strong> anos para a água que atravessa lentamente um aqüíferoprofundo. Assim, as gotas <strong>de</strong> água reciclam-se continuamente (OMM/UNESCO, 1997).Quadro 3.11 – Período <strong>de</strong> renovação da água em diferentes reservatórios na Terra(Shiklomanov, 1997)ReservatóriosOceanosÁgua subterrâneaUmida<strong>de</strong> do soloÁreas permanentemente congeladasGeleiras em montanhasSolos congeladosLagosPântanosRiosBiomassaVapor d’água na atmosferaPeríodo médio <strong>de</strong> renovação2.500 anos1.400 anos1 ano9.700 anos1.600 anos10.000 anos17 anos5 anos16 diasalgumas horas8 diasO acesso <strong>ao</strong> volume total <strong>de</strong> água estocada nos diferentes reservatórios existentes na Terra nãoé uma tarefa elementar, pois, como se verifica no Quadro 3.11, o ciclo hidrológico ocorre <strong>de</strong> formamuito variável e dinâmica.Para satisfazer à <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> água, a humanida<strong>de</strong> tem modificado o ciclo hidrológico <strong>de</strong>s<strong>de</strong> oinício <strong>de</strong> sua história, mediante a construção <strong>de</strong> poços, barragens, açu<strong>de</strong>s, aquedutos, sistemas <strong>de</strong>abastecimento, sistemas <strong>de</strong> drenagem projetos <strong>de</strong> irrigação e outras estruturas. Os governos eentida<strong>de</strong>s públicas gastam gran<strong>de</strong>s importâncias <strong>de</strong> dinheiro para implementar e manter essasinstalações. No entanto, apesar <strong>de</strong>ssas iniciativas, em 1995, aproximadamente 20% dos 5,7 bilhões <strong>de</strong>habitantes da Terra sofriam com a falta <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> abastecimento confiável <strong>de</strong> água e, alémdisso, mais <strong>de</strong> 50% da população não dispunha <strong>de</strong> um sistema a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> instalações sanitárias(OMM/UNESCO, 1997).Devido <strong>ao</strong> acesso mais fácil, as formas mais importantes <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> água doce par<strong>ao</strong> uso da humanida<strong>de</strong> e dos ecossistemas são rios, reservatórios e lagos, que representam apenas0,27% do volume total <strong>de</strong> água doce da Terra, 93.100 km³ (Quadro 3.10). Entretanto, a contribuição <strong>de</strong>um único componente do ciclo hidrológico para a circulação global <strong>de</strong> água não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> apenas dovolume estocado, mas, em gran<strong>de</strong> parte, do seu período <strong>de</strong> renovação. Com base nos dados doQuadro 3.11, verifica-se que o período para a renovação da água em <strong>de</strong>terminados meios variaconsi<strong>de</strong>ravelmente e, como a água dos rios tem um tempo <strong>de</strong> permanência muito curto em relação <strong>ao</strong>soutros reservatórios, ela favorece substancialmente a elevação da taxa <strong>de</strong> renovação da água atravésdo ciclo hidrológico.49
- Page 3 and 4: ORGANIZAÇÃO METEOROLÓGICA MUNDIA
- Page 5 and 6: Manifesto do Chefe SeattleEm 1855,
- Page 8 and 9: 8. Aspectos operacionais do gerenci
- Page 10: O trabalho foi baseado em extensa p
- Page 13 and 14: A existência dessas cadeias de pro
- Page 18 and 19: O governo deve dar condições para
- Page 20 and 21: O projeto de aproveitamento do Rio
- Page 22 and 23: Figura 2.3 - Região do sistema do
- Page 24 and 25: Atividades econômicasA bacia do Ri
- Page 26 and 27: Por outro lado, a exploração mine
- Page 28 and 29: ) Aspectos sociaisA área compreend
- Page 30 and 31: 3. RECURSOS HÍDRICOSNeste capítul
- Page 32 and 33: Quadro 3.1 - Usos da água (adaptad
- Page 34 and 35: a) Componentes Inorgânicos que Afe
- Page 36 and 37: Doenças controladas pelalimpeza co
- Page 38 and 39: É importante salientar que o monta
- Page 40 and 41: Não foi possível uma estimativa p
- Page 42 and 43: Quadro 3.8 - Principais poluentes d
- Page 44 and 45: A água é dos elementos mais impor
- Page 46 and 47: Alguns princípios fundamentais que
- Page 50 and 51: O mesmo ocorre com o armazenamento
- Page 52 and 53: Quadro 3.12 - Disponibilidade hídr
- Page 54 and 55: Para o acompanhamento, análise e g
- Page 56 and 57: Como demonstra a figura acima atrav
- Page 58 and 59: Líbano, Egito e Arábia Saudita. O
- Page 60 and 61: d) O reconhecimento do valor econô
- Page 62 and 63: Sta.Catarina 62.0 4,875,244 51.38 1
- Page 64 and 65: Estima-se que os solos aptos à irr
- Page 66 and 67: pessoas residentes nessas áreas ut
- Page 71 and 72: Diversos tipos de necessidade dever
- Page 73 and 74: Em conjunto com esses conflitos oco
- Page 75 and 76: A relação de causa e efeito, comu
- Page 77 and 78: interdisciplinares para a execuçã
- Page 79 and 80: ecurso ambiental raramente ocorre d
- Page 81 and 82: denominado Código de Águas. Nele,
- Page 83 and 84: acia hidrográfica. São reconhecid
- Page 85 and 86: demanda para então procurar atend
- Page 87 and 88: - Rateio de custo das obras de inte
- Page 89 and 90: Dessa necessidade surge o gerenciam
- Page 91 and 92: - integração do sistema de gerenc
- Page 93 and 94: Não obstante os referidos condicio
- Page 95 and 96: 6. PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL DA GE
- Page 97 and 98: No que diz respeito à economia, o
- Page 99 and 100:
Projeto ExecutivoObra ouequipamento
- Page 101 and 102:
Quadro 6.4 - Elementos componentes
- Page 103 and 104:
Trata-se de uma lei atual, avançad
- Page 105 and 106:
ESTADOPARANÁPERNAMBUCOPIAUÍRIO DE
- Page 107 and 108:
c) Comitês de bacias dos rios dos
- Page 109 and 110:
7.2.2 Agências de águaa) A experi
- Page 111 and 112:
composição dos comitês existente
- Page 113 and 114:
A evolução histórica das adminis
- Page 115 and 116:
n o 7.735, de 22/02/1989.1990 - Edi
- Page 117 and 118:
d) Ministério de Minas e Energia:-
- Page 119 and 120:
I - supervisionar, controlar e aval
- Page 121 and 122:
7.5 Exemplos de organização insti
- Page 123 and 124:
Em 1972, reforçando as medidas ant
- Page 125 and 126:
O Comitê de Bacia é o organismo d
- Page 127 and 128:
Cabe assinalar que a coordenação
- Page 129 and 130:
esponsável pela elaboração de pl
- Page 131 and 132:
No cumprimento dessas etapas pode-s
- Page 133 and 134:
A primeira etapa, que é concretiza
- Page 135 and 136:
A metodologia de planejamento dos r
- Page 137 and 138:
No planejamento a longo prazo, tend
- Page 139 and 140:
- avaliar as políticas tarifárias
- Page 141 and 142:
cursos de água são cada vez mais
- Page 143 and 144:
- considerar as doenças de origem
- Page 145 and 146:
As necessidades de água para o con
- Page 147 and 148:
ealidade, nesses casos, são sobret
- Page 149 and 150:
funcionais entre os vários element
- Page 151 and 152:
- estabelecer a estrutura administr
- Page 153 and 154:
de dados de base com utilização r
- Page 155 and 156:
- promovam a normalização do equi
- Page 157 and 158:
esta entidade ser uma autarquia loc
- Page 159 and 160:
A emissão de títulos de crédito
- Page 161 and 162:
- melhorar as condições de trabal
- Page 163 and 164:
outrem, mas é indispensável que r
- Page 165 and 166:
- no plano da informação especial
- Page 167 and 168:
Na realidade, a defesa da qualidade
- Page 169 and 170:
No passado, a assistência técnica
- Page 171 and 172:
- definam, após criterioso estudo,
- Page 173 and 174:
9.2 A Conferência Mundial de Meio
- Page 175 and 176:
a) a água doce é um recurso finit
- Page 177 and 178:
Merecem destaque os princípios da
- Page 179 and 180:
10. CIDADANIA E GERENCIAMENTO DE RE
- Page 181 and 182:
Cabe ressaltar que a questão do me
- Page 183 and 184:
os legislativos, além da função
- Page 185 and 186:
imprescindíveis não as fornecem,
- Page 187 and 188:
BIBLIOGRAFIAAGUIAR, R.A.R., Direito
- Page 189 and 190:
CAESB, Plano Diretor de Água, Esgo
- Page 191 and 192:
ANEXO 1LEI N o 9.433, DE 8 DE JANEI
- Page 193 and 194:
I - a gestão sistemática dos recu
- Page 195 and 196:
§ 1º O Poder Executivo Federal po
- Page 197 and 198:
I - tomar as providências necessá
- Page 199 and 200:
III - grupo de bacias ou sub-bacias
- Page 201 and 202:
Art. 45. A Secretaria Executiva do
- Page 203 and 204:
§ 4º A cota destinada à Secretar
- Page 205 and 206:
LEI N o 9.984, DE 17 DE JULHO DE 20
- Page 207 and 208:
Art. 5 o Nas outorgas de direito de
- Page 209 and 210:
§ 2 o As decisões relacionadas co
- Page 211 and 212:
III - os recursos provenientes de c
- Page 213 and 214:
compensação financeira devida aos
- Page 215 and 216:
ANEXO 3DECRETO Nº 3.692, DE 19 DE
- Page 217 and 218:
II - disciplinar, em caráter norma
- Page 219 and 220:
§ 2 o A vedação de que trata o c
- Page 221 and 222:
CAPÍTULO IVDO CONTRATO DE GESTÃOA
- Page 223 and 224:
IV - as doações, legados, subven
- Page 225 and 226:
Art. 24. A ANA estabelecerá prazos