Figura 3. Abundância de Bacillus thuringiensis em relação aos distintos tratamentos fitossanitários e período de irrigaçãodo arroz no RS; (C) área controle, (H) área somente com herbicidas, (H+I) área com herbicidas e inseticida, (H+F)área com herbicidas e fungicidacillus, entre as quais foram identificadas26,6% como B. thuringiensis; 4,2%como B. sphaericus e 69,2% foramagrupadas como outras espécies deBacillus.Silva et al. (2002) reforçam a predominânciade B. thuringiensis (9,1%)em solos de todas as regiões brasileirasse comparado a B. sphaericus(5,1%), com exceção da região Sul dopaís que B. sphaericus (10,1%) foimais freqüente que B. thuringiensis(4,6%). No entanto, em solos agrícolasde diferentes áreas da Argentina afreqüência de B. sphaericus foi maior(2,1%) em relação à de B. thuringiensis(1,6%) conforme os dados deDias et al. (1999).Como foi verificada nas diversaspesquisas, a freqüência de B. thuringiensisem vários locais e as diferençasencontradas podem ser atribuídasa inúmeros fatores, incluindo variaçõesgeográficas, climáticas, atividadeagrícola, tipo de solo e método deisolamento. Contudo, Martin (1984)discute que B. thuringiensis não possuium habitat natural bem definido,pois esse entomopatógeno é caracterizadocomo um microrganismo saprofítico,sem exigências nutricionaisrestritas, podendo adaptar-se a diferentescondições ambientais.Diante disso, ainda que os entomopatógenosapresentados possuamsemelhanças quanto à biologia emodo de ação, eles diferem entre sipor características particulares de cadaespécie. Estudos ecológicos facilitama compreensão dessas bactérias noambiente, suas relações patógeno/hospedeiro e a estrutura de populações,permitindo conhecer o comportamentode microrganismos naturaise novos isolados, sejam eles modificadosgeneticamente ou introduzidosatravés de programa de controle microbiano(Sosa-Gómez et al., 1998).Ainda assim, as bactérias entomopatogênicasdo gênero Bacillus sãomatéria-prima à industrialização deinseticidas bacterianos. Seus efeitossobre as larvas são tão pronunciadosque as indústrias de inseticidas convencionaisbuscam ampliar suas utilizaçõescom o objetivo de controlaras pragas da agricultura e vetores deagentes etiológicos de doenças humanase vegetais.1.2 Bacillus spp. em amostrasde solos de agroecossistemasO crescente aumento de áreas agrícolasvem causando diversos efeitosambientais, como a mudança microbianado solo que é mediada por diversosprocessos e funções (Motavalliet al., 2004). Em agroecossistemas, asmudanças significativas e perceptíveisna comunidade microbiana do soloestão relacionadas com as condiçõesambientais, sendo conseqüência principalmentedo uso das práticas demanejo desse ambiente (Atlas et al.,1991). Práticas agrícolas, tais comotipo de manejo do solo, rotação deculturas, aplicação de agrotóxicos euso de maquinários interferem namicrobiota terrestre, afetando a qualidadedo solo, modificando as propriedadesfísicas, químicas e biológicas(Valarini et al., 2002; Andréa &Hollweg, 2004). Dessa forma, ocorremvariações no número de indivíduosou na dinâmica bioquímica naturalda comunidade de microrganismos.Porém, pouco é conhecido sobrea distribuição desses microrganismosterrestres e a maneira com queeles respondem as mudanças de manejona terra (Buckley & Schmidt,2003).Diversas populações de bactériasformadoras de endósporos ocorremem áreas agrícolas e podem contribuirdiretamente ou indiretamente naprodutividade das culturas (Gardener,2004). As bactérias gram-positivas formamuma parte importante da microbiotade solo, o qual constitui o principalambiente natural que abrigabactérias do gênero Bacillus (Ibarraet al., 2003; Mohamed et al., 2007).Muitas espécies desse gênero são consideradasde importância prática (Caccamoet al., 2001), já que espécies deBacillus são utilizadas para a síntesede uma grande variedade de produtosmédicos, agrícolas, farmacêuticosentre outros (Mohamed et al., 2007).No entanto, as transformações microbianasocorrem devido às diferentespopulações que habitam o solo, eas suas distintas reações químicas podemser alteradas sempre que o ecossistemasofrer algum tipo de interfe-16 <strong>Biotecnologia</strong> Ciência & <strong>Desenvolvimento</strong> - nº <strong>38</strong>
Figura 4. Freqüencia de Bacillus spp. em amostras de água do Canal deIrrigação das 5 regiões produtoras de arroz do RS: Litoral Norte-LN, Campanha-CA,Fronteira Oeste-FO, Depressão Central- DC e Litoral Sul- LSrência. Assim, na aplicação de diversostipos de manejo, podem existirdiferentes disponibilidades de substratosque determinarão o favorecimentoou a inibição do estabelecimentodos diferentes grupos microbianos(Castro & Prado, 1993).Fritz (2007) analisou a abundânciade bactérias entomopatogênicaspertencentes ao gênero Bacillus obtidasde 36 amostras de solo coletadasde diferentes sistemas de cultivode arroz irrigado: sistema de cultivoconvencional (SCC), sistema de cultivopré-germinado (SCG) e sistema decultivo direto (SCD) e de uma áreade pousio (sem cultivo) por aproximadamente12 anos (C). Foram selecionadas336 colônias pertencentes aogênero Bacillus spp., onde foramidentificadas, 35,42% como B. thuringiensis,16,96% como B. cereus, 9,52%como B. sphaericus e <strong>38</strong>,10% comoBacillus sp. Todavia, não houve diferençasignificativa na freqüênciade Bacillus spp. entre os sistemasde plantio (p>0,05), embora as fasesda cultura tenham influenciadoa abundância das espécies(P
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