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Cartilha - Feira Limpa.cdr

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<strong>Feira</strong> <strong>Limpa</strong>SocialSérie EcoSolNº 01 - 2009


SISTEMATIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS EM ECONOMIA SOLIDÁRIACaderno 1 da Série “Marista Social”Realização:Instituto Marista de Solidariedade - IMSDiretor: Vicente FalquetoGerência Social – UBEE/UNBECGerente Social: Cláudia Laureth FaquinoteCoordenação da Publicação:Rizoneide Souza AmorimShirlei A. A. SilvaVersão Preliminar:Antônia Alcilene S. NascimentoMaria de Fátima do Nascimento OliveiraMaria Cirleide Maia de Oliveira RochaVângela Maria Lima do NascimentoKennedy Ribeiro AlencarMayra Mariana Bento NogueiraConsultoria para Elaboração Final:Daniel TygelAna Flávia Borges BadueMaria Rita AvanziRevisão:Gabriela ChavesSDS, Bloco F, N.27, Conjunto Baracat, Salas 113/115CEP: 70392-900Fone: (61) 3224.1100 - 3321.4955Fax: (61) 3226.6422ims@marista.edu.brhttp://www.ims.org.brBrasília/DF2009


5ApresentaçãoEsta cartilha foi inspirada na experiência vivida pelos organizadores da III <strong>Feira</strong>Estadual de Economia Solidária do Acre, realizada em 2006. Nesta <strong>Feira</strong>, acomissão organizadora, em especial a comissão de meio ambiente, teve a idéiade realizar uma “feira mais limpa” e idealizou algumas estratégias, de linhaeducativa, no que concerne aos aspectos socioambientais para um evento comoeste.A estratégia desta comissão era de sensibilizar a organização e participantes da<strong>Feira</strong> quanto às questões relacionadas ao meio ambiente. Nesse sentido, foipensada uma agenda ambiental contendo alguns itens que exercitassem naprática os valores para preservação ambiental, tais como o uso de papelreciclado, adoção de canecas, utilização frente e verso do papel, coleta seletivadurante a <strong>Feira</strong>, entre outras iniciativas. Foi pensada, também, em umaidentidade visual específica sobre o tema, sendo adotado como selo em todas aspeças publicitárias do evento. A identidade visual continha a frase: FEIRA LIMPA:Ato de cidadania.As práticas adotadas nesse evento tiveram boa aceitação, tanto pelosorganizadores quanto pelo público participante, surgindo a partir daí, a idéia desistematizar o vivenciado e elaborar um material que pudesse contribuir com aquestão ambiental em outros eventos, em especial de economia solidária.Assim, Antônia Alcilene S. Nascimento, Maria de Fátima do NascimentoOliveira, Maria Cirleide Maia de Oliveira Rocha e Vângela Maria Lima doNascimento elaboraram uma versão preliminar do que poderia ser uma cartilhasobre <strong>Feira</strong> <strong>Limpa</strong>. Receberam colaborações, ainda, de Kennedy Ribeiro Alencare Mayra Mariana Bento Nogueira, todos do Estado do Acre.Esta primeira versão foi de fundamental importância para a construçãocoletiva, pois foi a partir dela que o IMS se colocou no desafio de contribuir com atemática, ampliando a proposta original e buscando novas contribuições, tantode militantes da economia solidária, quanto do movimento ambientalista, umavez que o desafio da feira limpa deveria criar um diálogo entre estes diferentesatores.Sendo assim, o IMS convidou Daniel Tygel, da Secretaria Executiva do FórumBrasileiro de Economia Solidária, que elaborou a cartilha em sua versão atual,com valiosas contribuições de Ana Flávia (Instituto Kairós) e Maria Rita Avanzi(ex-integrante do Ministério do Meio Ambiente na Diretoria de EducaçãoAmbiental).


Esta publicação é fruto, portanto, de um trabalho coletivo e muitos esforçosconjuntos no intuito de contribuir para que a prática de um manejo adequadode resíduos seja viável em eventos de economia solidária.Nesse sentido, é com muita alegria que apresentamos esta cartilha,estruturada em três partes: A primeira aborda o tema “<strong>Feira</strong> <strong>Limpa</strong> - ComoReduzir os Impactos de uma <strong>Feira</strong>” e traz uma série de desafios e sugestões deformas de lidar com diversos aspectos para que a organização da <strong>Feira</strong> possafazer com que ela tenha o mínimo possível de impacto ou que contribua paramelhorar as condições ambientais do local em que será realizada e seu entorno.A segunda parte aborda a educação ambiental: como fazer com que a <strong>Feira</strong>seja um espaço de educação ambiental? São apontadas sugestões para arealização de uma feira educadora sustentável e que contribua de maneira queos visitantes e expositores passem por um processo pedagógico deaprendizados a respeito da importância da dimensão ambiental em suas vidas,ambiente de trabalho e estudo.A terceira parte é um suporte com informações de subsídio (textos,curiosidades, links e bibliografia) para ações e reflexões dos organizadores eintegrantes dos Fóruns de Economia Solidária.Boa leitura a todas(os)!Ir. Vicente FalquetoDiretor do Instituto Marista de Solidariedade (IMS)BOALEITURA.


7Não há naturezacapaz de alimentarum shopping dotamanho do planetaBoaventura de Souza Santos


IntroduçãoVivemos em uma sociedade onde o modo de produção, comercialização econsumo já se mostraram insustentáveis. O planeta demonstra sinais de que nãosuportará tanto desperdício de recursos naturais e o crescente estímulo aoconsumismo.Desperdício insustentávelDesperdício: 80% do lixo das feiras livres poderiam ser reaproveitados. Todosos dias, as feiras livres de São Paulo produzem 1.032 toneladas de lixo. Nemtodos os alimentos estão estragados e com organização seria possívelalimentar famílias menos favorecidas.Fonte: CD-ROM Por Dentro do Município de São Paulo,Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo (Emplasa)citada no Jornal da Tarde, 10 de janeiro de 2001, por Danilea Tófoli)Sabe-se hoje que cada indivíduo ou instituição tem um papel importante namudança do seu padrão de consumo, contribuindo para a sustentabilidade davida no planeta. O que significa isso? Temos que buscar consumir produtos eserviços que atendam às necessidades básicas, que proporcionem uma melhorqualidade de vida e que garantam esta qualidade para futuras gerações, ou seja,que tenham o mínimo de impacto ambiental. Isso pode parecer difícil, mas nãoé. Basta usarmos a criatividade com um olhar sensível, crítico e curioso comrelação à realidade em nossa volta. Isso não pode ser encarado como um fardoou como grande dificuldade, mas como sendo uma oportunidade de evolução ede repensar a supervalorização que nossa sociedade dá às questões materiais.As <strong>Feira</strong>s em geral são espaços importantes para a comercialização de produtos.Para tanto, unem-se diferentes atores com o objetivo de maximizar vendas enegócios, mas poucos se preocupam com o custo decorrente dos benefíciosconquistados. A geração de grandes quantidades de resíduos, o gasto comenergia, as diferentes formas de poluição, dentre outros, são impactosambientais que muitas vezes passam despercebidos pela organização de <strong>Feira</strong>s.A realização de eventos propicia a aglomeração de muitas pessoas com hábitos e


9costumes diferentes. A comercialização de produtos com embalagens diversas eas inúmeras propagandas podem gerar uma grande quantidade de resíduos, quepor sua vez vão parar nos aterros sanitários ou lixões. Será que esta é umarealidade inevitável? Não!Um exemplo foi a iniciativa dos organizadores da 3ª <strong>Feira</strong> Estadual deEconomia Solidária do Acre, realizada em dezembro de 2006, na cidade de RioBranco/AC, que tiveram a idéia de realizar uma “<strong>Feira</strong> <strong>Limpa</strong>”.No início, era apenas um princípio a ser adotado, mas ele resultou como parteintegrante do evento durante sua organização e realização.O objetivo foi sensibilizar a organização e os participantes da <strong>Feira</strong> quanto aquestões relacionadas ao meio ambiente, promovendo a mudança de atitudes ecomportamentos pela educação ambiental.Neste sentido, foi pensada uma agenda ambiental contendoalguns itens que fossem de fácil aceitação e baixo custo como ouso de papel reciclado, adoção de canecas, uso frente e verso dopapel, material de divulgação em papel reciclado, oficinas derecicláveis e a criação do selo da “<strong>Feira</strong> <strong>Limpa</strong>”, criado para dar odiferencial da <strong>Feira</strong> e fortalecer a identidade da economiasolidária no que concerne aos aspectos socioambientais e deconsumo ético.Um impacto positivo foi que a 3ª <strong>Feira</strong> de Economia Solidária doAcre atingiu diretamente 10.000 pessoas com uma abordagemeducativa.Sabemos que a economia solidária é baseada em fortesprincípios, valores e práticas e, portanto, é natural que elasdevam estar também presentes em nossas <strong>Feira</strong>s de EconomiaSolidária.APRENDENDODe fato, há uma preocupação dos organizadores de nossas <strong>Feira</strong>s com aquestão ambiental, mas normalmente não sabemos muito bem como fazer paratratar o assunto.É por isso que produzimos esta cartilha, para orientar e dar sugestões de comorepensar o atual modelo de <strong>Feira</strong> que conjugue as dimensões econômica, social,cultural e ambiental de forma harmônica, e com isso sejam mais coerentes com


os princípios e valores da economia solidária.Cada produto e serviço oferecido na <strong>Feira</strong> - atividade, show, oficina, praça dealimentação, decisão sobre infra-estrutura, local, banheiros, disposição dosestandes - gera um impacto. O importante é determinar o tipo de impacto ecomo buscar minimizá-lo ao máximo.As possibilidades e formas de reduzir o impacto ambiental de cada uma destasatividades são infinitas e dependem exclusivamente de sua criatividade eimaginação. Esta cartilha traz algumas sugestões que podem ajudar a tomarestas medidas e fazer da <strong>Feira</strong> um evento exemplar, ou seja, uma “<strong>Feira</strong> <strong>Limpa</strong>”.É importante ressaltar, no entanto, que muitas vezes os desperdícios geradosem uma <strong>Feira</strong> decorrem da forma como pensamos o nosso produto ou serviço.Ou seja, ela e outros pontos de comercialização fazem parte de uma cadeia quevai desde a produção até o consumo. Para entendermos o que se chama ciclo devida de um produto o esquema ao lado traz algumas perguntas que podemosfazer em cada uma dessas etapas. Esperamos que as reflexões desta cartilhaajudem, também, a pensar estes outros processos!


11Ciclo de vida do produtoPRODUÇÃODe onde vem as matérias-primas dos produtos?Como é produzido nosso produto?Como embalamos nosso produto?Como divulgamos nosso produto? etc.DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃODistribuição:Como é transportado o produto que vamos comercializar?Comercialização (por exemplo, em uma feira):Como são vendidos os produtos e quais os impactos queeste sistema de comercialização gera desde o seuplanejamento até o pós-feira? etc.CONSUMOComo o consumidor consome o produto e como eleo descarta - o que não utilizou, embalagens etc.Que impacto o descarte causa no meio ambiente?Como este impacto afeta a qualidade de vida no planetae depois como afeta a produção de matérias-primas,para que o ciclo de vida do produto possa continuarde forma sustentável? etc.Desafio: como tornar este ciclo sustentável?


“<strong>Feira</strong> <strong>Limpa</strong>”: como reduzir o impacto ambiental de uma feira?DIAGNÓSTICO:Quais os possíveis impactos ambientais da feira?Durante os primeiros momentos de planejamento da <strong>Feira</strong>, é fundamental queseja feito um diagnóstico sobre os possíveis impactos ambientais de cada eventoque está sendo planejado. Isso significa que a questão ambiental não pode serconsiderada como uma dimensão separada do planejamento, mas sim, deveperpassar todo o processo de construção da <strong>Feira</strong>, desde a escolha do local até adefinição das atividades, espaços, distribuição de estandes e soluções sanitárias.Apresentamos a seguir algumas perguntas que podem ser realizadas para cadaatividade ou estrutura que esteja sendo pensada, de modo a orientar essediagnóstico. É muito interessante notar que o simples fato de se fazer umdiagnóstico já estimula a comissão organizadora e as equipes a pensaremsoluções para que a <strong>Feira</strong> seja mais limpa. É importante que estas perguntassejam feitas para cada etapa, ou seja, preparação (antes), utilização (durante), edesmonte/arrumação (depois):a) Será gerado lixo? De que tipo?b) Será consumida energia elétrica? Quanto?c) Será consumida água? Quanto?d) Esta atividade ou estrutura afeta a paisagem? Tem impacto visual? Como?e) Poderá haver proliferação de organismos vivos?f) Serão usados produtos químicos (limpeza, manutenção, pintura)? Quais?g) Haverá impacto sonoro?h) Haverá poluição do ar?Estas perguntas são um bom começo para imaginarmos como reduzir osimpactos ambientais de cada atividade ou estrutura da <strong>Feira</strong>. A tabela 1 mostraum exemplo de instrumento para organizar estas perguntas de maneira fácil devisualizar.Como a <strong>Feira</strong> é normalmente organizada em equipes responsáveis pordiferentes atividades e espaços, cada uma pode montar uma tabela para a suaresponsabilidade, que servirá como um guia para o restante desta seção da


cartilha. Vamos, agora, refletir sobre cada um desses aspectos e identificaralguns desafios e sugestões, tomando como exemplo a Praça de Alimentação, noquadro ao lado:Atividade ou estrutura: praça de alimentaçãoPergunta ANTES DURANTE DEPOISa) Geraçãode lixo?b) Consumo deenergia elétrica?c) Consumode água?d) Impacto visualna paisagem?e) Proliferação deorganismos vivos?f) Uso de produtosquímicos?h) Poluição do ar?Material deconstruçãoEmbalagensfuradeira, iluminaçãoda obralimpeza do espaço dafeira, banheirosvazamentos em pias,vasos sanitários etorneiras em geraltapumes damontagemfalta de limpezaadequada deambientescera para prateleiras,produtos de limpeza,pinturas e inseticidasg) Impacto sonoro? construção do espaçotransporte para amontagem, fuligem epoeira da montagem,uso de materiais delimpeza e cigarrocopos, pratos, talheres, sacolas,restos de comida, folderes,guardanapos, lixo e banheiroiluminação da praça e barracas,microondas e outrosinstrumentos elétricos decozinha nas barracas,refrigeradores e geladeirase banheiroslimpeza de louças e panelas,água para cozinhar ou sucos,pias para público lavar mãos,vasos sanitários, vazamentoem pias, vasos sanitáriose torneirasbanneres, cartazes, outdoorinternos e externos, tabelasde preços e cardápios nasbarracas, produção e mádestinação de lixo, panfletagemexcessiva e sem orientaçãofalta de limpeza adequada dosambientes, de cuidadosadequados com os alimentosdetergentes, produtos delimpeza em geral, pinturas einseticidasbarulho das pessoas/visitantes,expositores, shows,apresentações diversas,atividades artísticas e culturaisveiculadas com som acima dosdecibéis permitidostransporte dos expositores evisitantes, uso de materiais delimpeza e cigarrosembalagens, materialdas barracas, banneres,faixas, folderesiluminação do desmonteda feira e banheiroslimpeza do espaço da feira,banheiros, vazamentos empias, vasos sanitários etorneiras em geralsujeira, sinalização e lixodeixados pelos visitantese expositoresfalta de limpeza adequadade ambientes, de cuidadosadequados com alimentosprodutos de limpeza,pinturas e inseticidasbarulho dos equipamentospara desmontetransporte paradesmontagem, fuligem epoeira da desmontagem,queima de produtos, usode materiais de limpeza ecigarroFigura 1: Exemplo de tabela para visualizar aspectos e potenciais impactos ambientais de cada espaço,atividade ou estrutura da <strong>Feira</strong> ( o exemplo acima aborda a praça de alimentação de um feira fictícia).13


Desafios e sugestões para evitar desperdícios“Consumo responsável é a capacidade de cada pessoa ou instituição, públicaou privada, escolher serviços e produtos que contribuam,de forma ética e de fato, para a melhoria de vida de cada um,da sociedade e do ambiente.”Instituto KairósA partir do levantamento dos aspectos e possíveis impactos ambientais da<strong>Feira</strong> apontados anteriormente, vem o momento de encontrar soluções paraminimizar cada um deles. As sugestões abaixo servem para contribuir nestabusca, dando apenas um estímulo com idéias iniciais. O fundamental é a suacriatividade! Dividimos as sugestões em oito partes, de acordo com as perguntassugeridas na seção anterior.A - GERAÇÃO DE LIXOÉ comum quando se fala em lixo e meio ambiente, de sepensar somente na reciclagem. Entretanto, ela deve ser a últimaalternativa! Antes disso, devemos pensar em como minimizarao máximo a geração do lixo (reduzir), como reaproveitar o lixona própria <strong>Feira</strong> (reutilizar) e só então devemos achar umasolução adequada para o seu descarte. Portanto, devemos terclaro que a reciclagem não é uma solução mágica para todos osproblemas relacionados ao lixo. Pelo contrário, os processos dereciclagem demandam energia e nem todos os materiaispodem ser aproveitados. Seguem algumas sugestões paralidarmos com o lixo em uma <strong>Feira</strong>:REDUZIR: Precisamos gerar tudo isso?A redução da geração de lixo é muito importante, pois ataca o mal pela raiz.Portanto, ao fazermos o diagnóstico do lixo que será gerado com cada atividade,


15espaço ou estrutura da <strong>Feira</strong>, devemos olhar e ver se é possível evitar que ele sejagerado! Um exemplo é evitar o uso de materiais descartáveis de qualquerespécie, tais como copinhos, pratinhos e talheres plásticos, quentinhas dealumínio e sacolas plásticas de compras.Há várias maneiras criativas de fazer isso. Por exemplo, cadaparticipante pode adquirir uma caneca com a logomarca da <strong>Feira</strong>(e da economia solidária) por um preço de custo e se quiser, podelevar para casa ou devolver. Se a pessoa devolver, recebe odinheiro de volta. Se levar pra casa, terá uma lembrança bonita desua participação no evento!O mesmo pode ser feito para pratos, sacolas e talheres, pratosde cerâmica ou de acrílico e sacolas de tecidos podem servircomo lembrança ou serem devolvidos e o dinheiro voltar para oparticipante.Pode-se, também, usar como embalagem para os produtos, jornal, caixas esacos feitos em papel de revista. Além disso, outra dica é evitar a panfletagemexcessiva, colocação de banneres, cartazes e outdoors, que não possam serreaproveitados.Antes de produzir o material gráfico de divulgação, devemos perguntar: Qual éa quantidade realmente necessária? Que tipo de papel e tinta serão usados? Háalguma maneira de reaproveitarmos o material posteriormente? (Apenas paracitar um exemplo: gerar cartazes, banners ou outdoors com espaço em brancopara colar o local e a data da<strong>Feira</strong>, de modo que o mesmo material pode serusado na próxima, precisando apenas colar outra data e local).REUTILIZAR: Como aproveitar o lixo gerado?Antes de pensar em levar o lixo para a reciclagem, pode haver materiais quesejam reutilizados por entidades parceiras na construção da <strong>Feira</strong>, ou porempreendimentos solidários. Por exemplo, as garrafas de vinho, as compotas devidro de doces, ou o papel de anotações, podem ser importantes paraempreendimentos de produção de vinho, doces e fabricação de arte em papelmachê, respectivamente.


Se todos os produtores, por exemplo, levarem sacos plásticos para embalarseus produtos que por si só já possuem uma embalagem própria, o impacto delixo gerado será muito maior do que se for pensado um sistema único de sacolade tecido (reutilizável), cujo valor seja cotizado pelos feirantes, cobrando-se dovisitante o preço de custo e eliminando, assim, uma embalagem supérflua edescartável que é o plástico.Em nossas <strong>Feira</strong>s de economia solidária temos as trocas solidárias. Éinteressante estimular essa atividade também para trocas de produtos usadosdos visitantes e feirantes que não querem mais, prolongando, assim, a vida útildos produtos de maneira rica e gostosa! Há uma cartilha específica para aorganização das trocas solidárias nas <strong>Feira</strong>s.RECICLAR: Como garantir que o lixo não-reaproveitado seja descartado damelhor maneira possível?SEPARAÇÃO DO LIXO - A separação de lixo e o seu corretoencaminhamento são fundamentais para o processo da reciclagem. Denada adianta fazer a separação do lixo se não tiver alguém que o recolhapara dar a destinação correta, como veremos a seguir.Uma das maneiras mais simples de separação é termos dois coletores (tipos delatas de lixo, com as cores bem definidas): um para lixo reciclável e outro para lixonão-reciclável. Contudo, a forma de separação depende totalmente dassoluções pensadas para o lixo. Por exemplo, se houver compostagem, devehaver um terceiro tipo de coletor: o lixo para restos de comida e cascas de frutas.Se houver coleta por tipo de material, deve haver mais tipos de coletores. Aoinvés de um coletor de lixo reciclável, deve haver um coletor para cada tipo dematerial.E ainda: se houver alguma iniciativa de reaproveitamento de lixo para a própria<strong>Feira</strong> como, por exemplo, o uso do papel descartado para rascunho ou de latasvazias de vidro, deve haver espaços específicos para isso também. Ou seja: só sedeve pensar em como será a separação do lixo (os espaços para o público eexpositores jogarem seu lixo fora) depois de ter definido todas as soluções.Isso é fundamental, pois o pior desestímulo que existe é ver o material ser todo


17misturado de novo por causa de falta de planejamento das soluções para cadatipo de coletor criado na <strong>Feira</strong>.COLETA SELETIVA - A coleta seletiva de lixo é a coleta dos materiaisrecicláveis separados do restante que não é reciclável. Os principaisprodutos são papéis, vidros, plásticos e metais.Esse processo começa no local de geração e descarte do lixo onde se devemseparar adequadamente os materiais recicláveis para ser devidamenteencaminhado. Para se implantar a coleta seletiva em qualquer ambiente devehaver um planejamento prévio que estude desde o levantamento do tipo de lixogerado, o conhecimento das características locais e as possibilidades dedestinação local do lixo, até o planejamento da parte operacional e as ações decomunicação, conscientização e dos usuários (¹).A implantação da coleta seletiva deverá ser realizada preferencialmenteatravés de empreendimentos solidários de coleta de materiais recicláveis.Recomenda-se a aquisição e distribuição de vários coletores seletivosdevidamente identificados e espalhados criteriosamente no espaço da <strong>Feira</strong> e,ainda, a elaboração de uma escala de trabalho para os catadores. Além disso,indica-se a sensibilização dos expositores e participantes da <strong>Feira</strong> por meio dereuniões, palestras, vinhetas e placas educativas, quanto à importância da coletaseletiva para o meio ambiente e para o sucesso da <strong>Feira</strong> <strong>Limpa</strong>, ressaltando opapel de cada cidadão nesse processo.COMPOSTAGEM - A compostagem é um processo biológico de transformaçãonatural da matéria orgânica animal e vegetal em um composto orgânico queserve de nutriente para outras plantas. Esta é a forma mais natural e sustentávelpara a destinação de resíduos orgânicos (restos de comida, folhas de varrição,cascas de ovo, palha, cinzas, terra, ossos picados, folhas de chá, restos de culturaagrícolas, etc.) que, quando colocados em composteiras, produzirão o adubo.Uma sugestão interessante e estimulante é que a <strong>Feira</strong> seguinte distribua paraos participantes o adubo gerado com o lixo orgânico da anterior! Assim, cadapessoa sentirá que a <strong>Feira</strong> passada gerou substrato para nova vida!(1) Para saber mais sobre este processo, conheçaas orientações do Instituto GEA (www.institutogea.org.br)


Durante a realização do Fórum Social Mundial em Porto Alegre (2005),construíram-se estruturas de bioconstrução no acampamento, projetadas peloAteliê do FSM e executados sob a orientação do Instituto de Permacultura eEcovilas da Pampa(²). Nele, foram construídos banheiros secos com duascâmaras de compostagem e utilização de serragem, não havendo, assim,desperdício de água.B - CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICACOMO ECONOMIZAR? - Um dos aspectos que pouco se nota em uma <strong>Feira</strong> é odesperdício de energia elétrica, pois a tomada está lá, a fiação está armada etudo acontece de maneira invisível. Entretanto, os impactos do desperdício deenergia elétrica são muito grandes no país.Por causa do alto consumo, são construídas novas hidrelétricas,termoelétricas ou até mesmo usinas nucleares! Há várias maneiras de se reduziro consumo de energia elétrica.O primeiro passo é identificar com instrumentos, como o da figura 1, o que vaigerar consumo de energia elétrica para, então, se pensar em como reduzir oumesmo eliminar este consumo.Um gasto importante de energia costuma estar relacionado à iluminação, aoaquecimento (aquecedores elétricos) ou ao resfriamento (ar-condicionado,ventiladores) dos espaços da <strong>Feira</strong>. Se esta questão for pensada desde o iníciode sua preparação, é possível pensar soluções que aproveitem a luz do sol e osventos do local.Basta observar a rota do sol durante o dia, para pensar os espaços abertos quepermitam a entrada da luminosidade e buscar, também, deixar vãos em locaisem que o vento costuma passar para manter todos os espaços ventilados ou pelomenos arejados. Além disso, é possível colocar objetos brilhantes em locaisestratégicos para substituir lâmpadas elétricas, pois refletem a luz do sol eaumentam a luminosidade interna de locais fechados. Um exemplo é o uso de(2) IPEP (www.ipep.org.br)


19garrafas PET cheias de água³.Para os eventos noturnos é possível otimizar o uso de lâmpadas se as barracasnão tiverem teto, ou seja, se a cobertura for da <strong>Feira</strong> (ex: toldo), de modo queuma mesma lâmpada mais forte possa ser usada para iluminar 2 a 4 barracas aomesmo tempo. Além disso, para economizar com a iluminação de espaçoscomuns, basta evitar que haja excesso de divisórias e corredores nos pátiosinternos, para garantir que cada ponto de luz possa se espalhar o máximopossível.Outras fontes muito grandes de consumo de energia elétricaem uma <strong>Feira</strong> são os refrigeradores e geladeiras utilizadas paraprodutos que devem ser conservados resfriados. O estímulopara que empreendimentos solidários usem refrigeradorescomuns é uma sugestão, pois é melhor um refrigerador degrande porte do que vários pequenos. Além disso, ao contrataros serviços de aluguel, deve-se buscar optar por aparelhospotentes de refrigeração e, se possível, que possuam o selo doPROCEL, que demonstra o uso mais eficiente de energia.Uma dica é verificar o estado do motor e das borrachas devedação das portas de cada máquina. Se isso é pensado antes dacontratação do serviço, é possível colocar como condição para aescolha do fornecedor (não há problemas com licitações: bastaespecificar as razões ambientais para inserir este critério noedital).Ainda quanto aos refrigeradores, um ponto importante é a sensibilização dequem for usá-lo, para que evite manter a porta aberta muito tempo e quebusque tirar o que deseja rapidamente. Pouca gente sabe, mas cada segundoque uma porta de refrigerador está aberta implica em grande aquecimento dointerior. Outro aspecto importante é determinar a temperatura ideal para cadatipo de produto. Nem todos precisam ser refrigerados ao máximo. Algunspodem ficar apenas esfriados e não congelados.(3) Como fazer: Pegue uma garrafa pet transparente, coloque água limpa e duastampinhas de água sanitária e feche a garrafa e proteja a tampa com um tubode filme fotográfico. Coloque no telhado ou na cobertura da barraca, metadepra cima da cobertura em contato com o sol, metade para baixo, daí a luzdo sol bate na parte de cima da garrafa, e na parte de baixo reflete a luzno ambiente.


A economia ao regular a potência desejada pode ser muito grande. Quanto aoutros aparelhos eletrônicos, tais como TVs e aparelhos de som, uma dica é nãodeixá-los no modo de espera (stand-by). É melhor desligar os aparelhos no botãoou, caso não seja possível, desligá-los na tomada ou instalar uma extensão cominterruptor.OUTRAS FONTES DE ENERGIA - Sempre que possível, vale a pena buscar autilização de outras fontes de energia elétrica, tais como placas solares para ailuminação ou mesmo cataventos para energia do vento (eólica). Esse tipo deenergia ainda é bastante cara para ser implementada, portanto é adequada casoa <strong>Feira</strong> ocorra sempre num mesmo lugar.Nesse sentido, um pequeno projeto de geração limpa de energia pode garantira construção da estrutura, que poderá ser usada em todos os eventos sem maisnenhum gasto adicional nas próximas! Esse tipo de solução é para os que temvisão de futuro e querem que a <strong>Feira</strong> se torne a cada ano mais auto-suficiente emtermos de geração de energia elétrica, exigindo, assim, uma maior organização ecaptação de recursos. A energia solar pode ser utilizada, também, paraaquecimento de água. Existem orientações para a construção de sistemas debaixo custo até mesmo com uso de garrafas PET e embalagens Longa Vida.C - CONSUMO DE ÁGUAECONOMIA NO USO DE ÁGUA - Costuma-se pensar que a água é inesgotável.Não é. Muito pelo contrário, uma crise de água pode ocorrer a qualquermomento se continuarmos explorando as fontes como temos feito atéhoje.Numa <strong>Feira</strong>, a economia de água é um grande desafio, pois envolve umaconscientização de cada empreendimento solidário expositor e dosparticipantes no evento. A redução do consumo requer cuidados como fechar atorneira enquanto se escova os dentes, ensaboa as mãos, faz a barba e ensaboa alouça, usar a vassoura sempre que possível para limpar ambientes em vez delavá-los e não deixar ocorrer vazamentos.Em caso de construção de espaço para as <strong>Feira</strong>s, existem equipamentosdisponíveis no mercado que são mais econômicos como, por exemplo, o vaso


21com caixa acoplada ou válvula de descarga econômica, torneiras com sensoresautomáticos, arejadores para torneiras, chuveiros dispersantes, entre outros.REAPROVEITAMENTO DE ÁGUA - Há outra possibilidade de se evitardesperdício de água no seu reaproveitamento, utilizada de uma atividade paraoutra. Água com qualidade não-potável pode ser reutilizada diretamente emaplicações específicas. Por exemplo, a água utilizada para lavar as mãos ou naspias das barracas pode ser aproveitada para dar descarga do vaso sanitário,lavagem de pisos, rega de jardins e combate a incêndios.Já em aplicações que possuam diferentes exigências de qualidade da água épreciso fazer o tratamento e o controle indicado antes de sua reutilização.Também o aproveitamento de água de chuva possibilita realizar diversas açõesde limpeza e lavagem.D - IMPACTO VISUAL E NA PAISAGEMUm dos grandes impactos causados na realização de <strong>Feira</strong>s, em especialdurante a sua realização, é a poluição visual causada, por exemplo, pelaprodução e má destinação do lixo, panfletagem excessiva e sem orientação,banners, cartazes, outdoors, etc.Sugere-se a racionalização do uso de panfletos, somente distribuindo aosvisitantes que buscam informações dos produtos, demonstram interesse pelomaterial de divulgação e procuram fazer a reutilização de materiais dedivulgação como banners, cartazes, folders, etc.E - PROLIFERAÇÃO DE ORGANISMOS VIVOSO lixo mal acondicionado pode contribuir para a proliferação de ratos, baratas,moscas e mosquitos, que disseminam várias doenças como dengue,leptospirose, verminoses, hepatite A e doenças de pele. Ao manter o ambientelimpo, acondicionar e destinar o lixo adequadamente pode-se evitar este tipo deproblema. Também se deve evitar a entrada de animais nos ambientes das<strong>Feira</strong>s, em especial em locais com alimentos, e ter uma atenção maior com alimpeza para que não se acumule dejetos de animais no local.


Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC):“inúmeras pesquisas realizadas por órgãos públicos, universidades, peloIDEC e pelo Inmetro (Instituto de Metrologia) têm mostrado altos níveis decontaminação química e microbiana dos produtos alimentícios(...) Demodo geral, os alimentos que mais causam doenças agudas são aquelesque estragam mais rapidamente, os perecíveis, como carnes, leite ederivados e os pescados, além das preparações como maionese e bolos”.(p.19 e 20).“Por exemplo: das 15 marcas de amendoim testadas pelo Inmetro, em2000, seis estavam contaminadas com aflotoxina, um tipo de toxina quecausa sérios danos à saúde, tanto em seres humanos (Câncer primário defígado entre outros) como em animais”.(IDEC e INMETRO, 2002).Quanto à preparação e consumo de alimentos, seguem as dez regras de ouropropostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS):1. Evitar alimentos clandestinos.2. Cozinhar bem os alimentos.3. Consumir imediatamente os alimentos cozidos.4. Conservar adequadamente os alimentos guardados.5. Aquecer bem os alimentos já cozidos.6. Evitar contato entre alimentos crus e cozidos.7. Lavar as mãos antes de cozinhar.8. Manter a cozinha (ambiente de trabalho) limpa e organizada.9. Proteger os alimentos de insetos e animais.10. Utilizar água pura. (p. 22, IDEC e INMETRO, 2002)ACONDICIONAMENTO DO LIXO - Além das sugestões anteriores, é importanteobservar algumas boas práticas para o acondicionamento do lixo:Acondicionar o lixo em sacos plásticos ou depósitos fechados, evitando amultiplicação de ratos, baratas e moscas;


Colocar lixo nas caixas coletoras evitando que ele se espalhe pelas ruas;Não queimar o lixo, pois polui o meio ambiente e faz mal à saúde.F - USO DE PRODUTOS QUÍMICOSDiversos produtos químicos como pesticidas, detergentes e produtos delimpeza em geral, podem provocar efeitos colaterais que afetam a saúde dosindivíduos e causam impactos negativos no meio ambiente. Deve-se evitar aomáximo produtos que contenham cloro e os que tenham derivados complexosdo petróleo e outros produtos químicos. Há várias alternativas que substituem4perfeitamente diversos produtos químicos complexos ( ). Por exemplo, avarrição associada a métodos como o uso da água quente com sabão, vinagre e5bicarbonato de sódio ( ).Materiais como o Guia Ecológico Doméstico (Ed. Contexto), o site da CONPET6( ), por exemplo, trazem diversas receitas de como preparar produtos de higienee limpeza com ingredientes simples, menos impactantes para o meio ambiente ea para saúde das pessoas. Além disso, existem hoje produtos de limpeza no7mercado que são totalmente biodegradáveis e orgânicos( ). Quanto à eliminaçãode insetos indesejáveis, a melhor alternativa aos pesticidas (produtos químicos),por exemplo, é manter o ambiente limpo e arejado, permanentemente.G - IMPACTO SONOROA poluição sonora nos espaços das <strong>Feira</strong>s é provocada, em grande parte, pelasconversas de muitas pessoas aglomeradas e pelas atividades artísticas eculturais veiculadas com som acima dos decibéis permitidos.Para tanto, pode-se criar algumas regras que minimizem os impactos sem quese deixe de realizar as manifestações culturais. Estabelecer limites de altura dosaparelhos de som, evitar concentração de vários eventos culturais ao mesmo(4) Uma solução de uma colher de vinagre em um litro de água é útil na limpeza servindode desengordurante, removendo manchas e odores fortes, e limpando azulejos e panelas.(5) O bicarbonato de sódio, dissolvido em água, substitui os produtos de limpeza do banheiroe também limpa panelas manchadas.(6) CONPEP (www.conpet.gov.br) é um programa do Ministério das Minas e Energia.(7) Exemplo é a linha de produtos da empresa Cassiopéia, tais como produtos Biowash(www.biowash.com.br). Torcemos para que cada vez existam empreendimentos solidáriosproduzindo este tipo de produto para podermos também apoiar a economia solidária!23


tempo e em locais demasiadamente próximos, planejar espaços de oficinas eatividades de formação para que fiquem em locais isolados do ruído da <strong>Feira</strong>, sãoexemplos de regras que podem ser estabelecidas.Uma sugestão interessante é pensar em alguns “espaços do silêncio” na <strong>Feira</strong>,para que pessoas cansadas ou que estejam passando mal de tanto barulho eagito possam relaxar: espaços ao ar livre, debaixo de árvores, em redes; ou locaisfrescos com pouca luminosidade e arranjo de esteiras de táboa e almofadas.H - POLUIÇÃO DO ARA qualidade do ar depende da quantidade de poluentes emitidos (qualquersubstância que por sua concentração torne o ar impróprio à saúde) e acapacidade da atmosfera de dispersá-los. Entre as maiores fontes poluidoras doar estão os veículos e as indústrias.Contudo, em ambientes de aglomeração humana, também há outros tipos depoluentes que impactam a saúde das pessoas, como materiais de limpeza,cigarro, poeira e fuligem, queima de produtos, entre outros. Portanto, algumasmedidas podem contribuir para diminuir os impactos na qualidade do ar:Racionalizar o transporte dos produtos de uma <strong>Feira</strong> na fase de montagem edesmontagem;Realizar as <strong>Feira</strong>s em local de fácil acesso para o transporte público (ounegociar com a Prefeitura uma linha especial de ônibus para o local);Utilizar materiais de limpeza menos nocivos à poluição do ar;Proibir ou restringir o uso do cigarro em ambientes fechados (por exemplo,a criação de um fumódromo);Manter o ambiente sempre limpo e bem arejado.


25“<strong>Feira</strong> Educadora Sustentável” - um espaço de educação ambientalO que leva um espaço (ou estrutura) - no nosso caso uma feira - a assumiro papel de educador(a)?Se colhermos opiniões sobre esta questão, ainda que apareçam diversospontos de vista entre as respostas, poderemos notar algo em comum que une asdiferentes visões e que nos permite dizer que aquele espaço se caracteriza comoeducador: a intencionalidade de contribuir na formação daqueles que por lápassam e dele participam.Dito de outra forma, podemos transformar uma <strong>Feira</strong> em um espaço deeducação ambiental se programarmos atividades com o intuito de que seusparticipantes tenham acesso a informações sobre práticas sustentáveis.Essas atividades terão maior impacto se a partir delas conseguirmos estimularque as pessoas reflitam sobre as ações que desenvolvem em seu dia-a-dia equeiram transformá-las. Seria, então, a aplicação dessas informações em suacasa, trabalho, bairro, município, ou seja, nos espaços coletivos do qual faz parte,visando o bem comum.E se pretendemos ir um pouco além com o intuito educativo da<strong>Feira</strong>, devemos pensar caminhos que estimulem participantes abuscarem sempre novas informações e alternativas ao longo desua vida, refletindo sobre sua prática e buscando atransformação de si próprio, da sua ação e de seu meio.É isso que chamamos de formação permanente: a postura desempre buscar aprender. Quando, ao longo de toda nossatrajetória de vida, estivermos frente a situações que nos exijamnovas respostas, a troca com as pessoas, a participação emeventos, o contato com uma prática, um texto que lemos, umfilme que assistimos podem nos ajudar a construir asalternativas que buscamos.Ao convivermos com os outros e com o mundo, ao participarmos de uma <strong>Feira</strong>,estamos estabelecendo trocas de significados, valores, idéias e de técnicas, ouseja, estamos ensinando e aprendendo.


E se pretendemos ir um pouco além com o intuito educativo da <strong>Feira</strong>, devemospensar caminhos que estimulem os participantes a buscarem sempre novasinformações e alternativas ao longo de sua vida, refletindo sobre sua prática ebuscando a transformação de si próprio, da sua ação e de seu meio.É isso que chamamos de formação permanente, essa postura de semprebuscar aprender. Quando, ao longo de toda nossa trajetória de vida, estivermosfrente a situações que nos exijam novas respostas, a troca com as pessoas, aparticipação em eventos, o contato com uma prática, um texto que lemos, umfilme que assistimos podem nos ajudar a construir as alternativas que buscamos.Ao convivermos com os outros e com o mundo, ao participarmos de uma <strong>Feira</strong>,estamos estabelecendo trocas de significados, valores, idéias e de técnicas, ouseja, estamos ensinando e aprendendo.Público internoUm momento importante de uma atividade educadora é o seu planejamento.Este é o passo em que devemos perguntar o que pretendemos com o nossoprojeto educativo. Que tipo de sociedade e quais sujeitos pretendemos formarcom a prática? A <strong>Feira</strong> educadora representa uma etapa desse projeto desociedade: qual objetivo ela deve cumprir?O passo seguinte é desenhar as estratégias e ações a serem desenvolvidas.Para construirmos essas estratégias e ações podemos começar a responder aseguinte questão: o que é preciso para chegar onde desejamos ou pelo menosnos aproximarmos daquilo que desejamos?Assim, é importante que organizadores(as), expositores(as) e, se possível,todos os que trabalham para a realização da <strong>Feira</strong> conversem sobre sua intençãoeducativa. Exponham sugestões, idéias, possíveis atividades a seremdesenvolvidas, instrumentos comunicativos que serão utilizados, etc.O processo de sensibilização e mobilização poderá ser realizado durantereuniões e palestras com as comissões organizadoras e empreendimentossolidários expositores do evento, visando os conceitos, princípios, instrumentose estratégias necessárias para a realização de uma <strong>Feira</strong> mais limpa.


27Possibilitar que todos participem com sugestões e criatividade para acharemsoluções que impactem menos o meio ambiente promove o envolvimento, acooperação e a legitimidade do processo. Dessa forma, uma atitude de aberturaàs opiniões do outro facilita a construção de uma proposta da qual todos sesintam autores(as).Público externoAlgumas ações educativas e de comunicação podem ser realizadas na <strong>Feira</strong><strong>Limpa</strong> através de atividades de orientação aos visitantes, placas educativas,vinhetas, dicas ambientais e atividades lúdicas e interativas.INFORMAÇÃOAs placas educativas com orientação e informação de cuidadosambientais são fixadas nas dependências da <strong>Feira</strong>, contendofrases curtas, objetivas e com letras legíveis. As vinhetas, dicasambientais e curiosidades que dizem respeito à conservação domeio ambiente dentro e fora da <strong>Feira</strong>, direitos e deveres docidadão, devem ser escritas de forma objetiva e linguagemacessível a culturas diversificadas. Incluir em todo material dedivulgação e apresentação artística orientações sobre o cuidadocom o lixo produzido na <strong>Feira</strong> e outros impactos ambientais.INTERAÇÃOAs atividades lúdicas podem ser realizadas através de apresentações teatraisde curta duração ou musicais (com enfoque voltado para as questõesambientais), palestras, debates, rodas de conversa etc. A orientação tambémpoderá ser feita por meio de distribuição de equipes de educadores ambientaisque circulam por todos os espaços da <strong>Feira</strong>, caracterizados de “sombraseducadores” utilizando-se de apresentação artística para orientar os visitantesquanto à destinação adequada do lixo e uso sustentável dos diversos recursosutilizados na <strong>Feira</strong>.


Subsídios complementaresEconomia Solidária e Educação Ambiental:convergências e complementaridadesTrecho de artigo “Economia Solidária e Educação Ambiental”,Daniel Tygel (novembro de 2007)No Brasil, pouco se tem explorado a articulação da educação ambiental e daeconomia solidária, apesar de ambas terem muito em comum ou seremcomplementares. Há, ainda, uma necessidade de criação de sinergia earticulação entre os dois movimentos. Apresento aqui alguns elementos quejulgo serem elos fundamentais de convergência:A) Olhar o processo por trás de um produto ou serviçoSalta aos olhos que tanto a educação ambiental quanto a economia solidáriaconclamam à(ao) cidadã(o) observar, quando olhar um produto, todo o processoque fez com que ele chegasse à sua atual forma. Assim, produtos aparentementeiguais são diferenciados por suas histórias e seus processos de produção.No âmbito ambiental, trata-se de observar os impactos ambientais gerados(“pegada ecológica”), e na economia solidária, de observar toda a cadeia decompras de insumos realizada até se chegar ao produto final.Ao comprar um produto da economia solidária, estamos investindo em umproduto em que há distribuição do faturamento daquela venda de maneirademocrática entre os(as) trabalhadores(as) que o produziram enquanto que, nocaso de um produto oriundo da economia capitalista, estaremos investindo emuma forma de produção baseada no trabalho subordinado e no acúmulo decapital pelo dono da empresa.Portanto, tanto a educação ambiental quanto a economia solidária destacamque é o processo – a história – e não o produto ou o serviço em si, que indica emque estamos investindo na sua compra ou contratação


29B) Fechar Ciclos: ambientalmente sustentáveis e economicamente solidáriosOutro ponto de contato, que segue quase como conseqüência do itemanterior, é a lógica do fechamento de ciclos. Na educação ambiental, falamos naimportância de buscar fechar ciclos de energia, de água e de matéria (matériaprimae resíduos), entre outros, evitando o “vazamento”, descarte oudesperdício de elementos em um dado sistema (como exemplos de sistema,podemos pensar em ciclo produtivo, bairro, cidade, loja, escola etc.). Parailustrar o fechamento de ciclos do ponto de vista ambiental, seguem trêsexemplos:FECHAMENTO DO CICLO DA ÁGUA: podemos citar o processo deprodução de papel, que necessita de grande quantidade de água paradispersar as fibras e estas possam se alinhar de modo a se tornarem umafolha de papel: se conseguirmos fazer com que a água utilizada retorne eseja indefinidamente reutilizada, estamos evitando o consumo de águapura, fazendo o tratamento da água utilizada para voltar ao início doprocesso e evitando o descarte de volta aos rios ou esgotos;FECHAMENTO DO CICLO DE ENERGIA: digamos que um determinadoempreendimento produz doces em compota, e para isso precisa manteraquecido um fogão bastante tempo para “dar o ponto” do doce. Seaproveitarmos o calor gerado para rodar um dínamo que gera energia elétricautilizada pelas lâmpadas do local de produção, estamos aproveitando a energiadescartada pelo fogão e convertendo-a em luz, fechando um ciclo de energia;FECHAMENTO DO CICLO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS: no momento emque aproveitamos os resíduos orgânicos (tanto de cozinha quanto dobanheiro) de uma casa, comunidade ou bairro para gerar composto (eutilizá-lo para adubação), gerar metanol por meio de um biodigestor (eaproveitá-lo como gás de cozinha), purificar a água tornando-a apta aser reutilizada ou lançada nos rios, estamos fechando um cicloambiental complexo de matéria orgânica, minimizando enormementeos impactos ambientais conhecidos por causa dos eflúvios domésticos.


Podem ser citados outros exemplos de possibilidades de fechamentos deciclos nesta perspectiva de minimização de impactos ambientais. Na economiasolidária, busca-se o fechamento de ciclos econômicos solidários, ou seja, evitaro escape de frutos econômicos do trabalho realizado no ciclo produtivo.Em um processo de produção em que se fecha o ciclo, os fluxos econômicoscircularão entre os empreendimentos solidários, sem a saída dos mesmos parase concentrarem nas mãos de algumas pessoas donas de grandes empresas(normalmente em São Paulo, EUA, Europa ou Japão).Como cada empreendimento solidário não tem como fim a acumulação decapital ou o lucro, como toda cadeia produtiva se dá entre empreendimentossolidários, os recursos circulam entre seus trabalhadores e suas trabalhadoras,minimizando o escape para fora ou o acúmulo em determinado ponto da cadeia,o que enforca todo o sistema, exigindo a injeção de novos recursos econômicos(moeda) para reativá-lo.Em muitas cidades pequenas percebem-se os efeitos do vazamento de fluxoseconômicos: a cidade costuma entrar em grande efervescência no momento dopagamento da aposentadoria, que abastece as famílias com dinheiro para ascompras, que imediatamente são realizadas nos mercadinhos.Como muitos dos produtos adquiridos são produzidos por empresascapitalistas (normalmente de fora da cidadezinha), tais como Nestlé, Omo,Parmalat etc., em alguns dias a atividade econômica da cidade volta a estagnar,pois não circula mais dinheiro, já que grande parte vai embora da cidade nomomento da compra dos produtos.Mas a questão não é apenas o vazamento para fora: mesmo quando há, nacidadezinha, uma grande empresa de leite local, grande parte dos frutos daprodução e venda do leite desta empresa fica estagnada e se acumula nas mãosdo proprietário da empresa, de maneira que eles não promovem um arejamentoda economia local.Por outro lado, se há empreendimentos solidários produzindo os mesmosprodutos, os frutos são distribuídos entre os trabalhadores que, por sua vez, secomprarem de outros empreendimentos solidários estarão estimulando aatividade econômica solidária, tanto local como externa (no caso de cadeiassolidárias mais amplas).


31Política do cotidianoA economia solidária e a educação ambiental nos chamam a pensar em nossaspráticas no dia-a-dia, sejam elas individuais, coletivas ou institucionais. Elastocam, portanto, na “política do cotidiano”, pois mexem com a cultura, o modode ser, a forma de ver o consumo e a produção e de lidar com a própriaorganização da vida.Nesse sentido, elas não apenas reconhecem a necessidade de mudançamacroestrutural (ou seja, de que o atual sistema é inviável social eambientalmente), como também a importância das práticas cotidianas, noambiente doméstico, escolar, de trabalho e individual. O dia-a-dia é visto,portanto, como espaço de ação política e uma possibilidade de praticar aeducação ambiental e a economia solidária.Esta política do cotidiano se manifesta em DUAS DIMENSÕES:1) Nas atitudes, na escolha e consumo de produtos e serviçosno âmbito doméstico (ex: não uso de sacos descartáveis emmercados; privilegiar compra em feiras e mercadinhos locais),institucional (ex: evitar uso de descartáveis em eventos) ouprodutivo (ex: escolha dos insumos e matéria-prima);2) Nas relações com os vários ambientes em que vivemos(desde o doméstico até os de convívio suprafamiliar e detrabalho), ou seja, que sejam baseados na radicalização dademocracia e da autogestão nas tomadas de decisão eadministração destes espaços.Economiasósolidária!REPENSAR DESENVOLVIMENTO, PROGRESSO, RIQUEZA, FELICIDADE...Educação ambiental e economia solidária ambos tocam em assuntosessenciais sobre o mundo em que vivemos, em conceitos básicos que movem anossa vida em sociedade.A centralidade no PIB, ou no crescimento econômico, como principal indicadordo desenvolvimento, não satisfaz, não corresponde ao que a educaçãoambiental e economia solidária trazem em si.


Na educação ambiental fala-se da necessidade de uma sociedade sustentável,de um desenvolvimento sustentável, em que a satisfação das necessidadeshumanas não comprometa gerações futuras nem as condições de vida de outrosseres. Do mesmo jeito, na economia solidária afirmamos que o processo desatisfação de necessidades humanas não pode gerar ou ampliar a desigualdadesocial, ou seja, o acúmulo de poder econômico nas mãos de poucas pessoas,nações ou corporações. Esse olhar atento ao conceito de desenvolvimento sedesdobra em muitas dimensões:Um MODO DE PRODUÇÃO calcado no trabalho subordinado, na distinçãoentre quem possui o capital e quem é trabalhador, centrado no lucro comomotor da atividade econômica e da vida da sociedade, tendo o mercadocomo único regulador das relações econômicas, não nos serve;Um MARCO JURÍDICO que não reconhece propriedade coletiva, economiasolidária, trabalho autogestionário, e não favorece a organização detrabalhadores na forma de autogestão em detrimento da organizaçãoempresarial, não nos serve;Um SISTEMA FINANCEIRO E DE CRÉDITO centrado em investidores e nosseus ganho, independente da atividade econômica apoiada, e hoje atémesmo prescindindo de qualquer atividade econômica, ficando apenas naciranda financeira da especulação, estrangulando economias locais efavorecendo as gigantescas e cancerígenas fusões das megacorporaçõespara melhor “rentabilidade”, não nos serve;Um SISTEMA EDUCATIVO baseado no individualismo, na competição, noempreendedorismo, em uma concepção consumista, alienada e passiva decidadãos e cidadãs, não nos serve.Em atividades formativas, é interessante abordar as questões acima e ampliá-8las( ), já que aqui apresentamos apenas alguns exemplos. Este questionamento,presente em ambos os conceitos e práticas, é de grande importância, pois temum caráter paradigmático, de transformação social, de proposta de alternativas,de sensibilização para um olhar crítico à sociedade atual.(8) A Carta de Princípios e a Plataforma da Economia Solidária têmmuitos elementos para subsidiar este debate


Assim, um trabalho educativo articulando aspectos ambientais e de economiasolidária deve proporcionar aos educandos reflexões sobre organização social eeconômica, desenvolvimento, progresso, felicidade, riqueza e cultura.Metodologicamente pode valer à pena trabalhar com perguntas (O que édesenvolvimento? O que é progresso? O que é felicidade? O que é riqueza? Emque cultura e organização socioeconômica vivemos?), buscando articulá-lasentre si e com aspectos ambientais, do trabalho e da solidariedade. Sem estaperspectiva, tanto a economia solidária quanto a educação ambiental perdem oseu caráter emancipatório, crítico e transformador.Essas convergências demonstram a complementaridade e sinergia possívelentre economia solidária e educação ambiental, revelando a importância de quesejam tratadas em conjunto, para o aprofundamento do conhecimento darealidade e sensibilização para a transformação social.33


CuriosidadesTEMPO DE DECOMPOSIÇÃOO tempo de decomposição dos seguintes materiais é:PAPEL: de 3 a 6 meses;CORDA: de 3 a 4 meses;CHICLETE: 5 anos;LATAS DE CONSERVA: 100 anos;PLÁSTICO: 450 anos;PNEU: tempo indeterminadoTECIDO DE ALGODÃO: de 1 a 5 meses;CIGARRO: de 1 a 2 anos;MADEIRA PINTADA: 13 anos;LATAS DE ALUMÍNIO: de 200 a 500 anos;VIDRO: + de 1 milhão de anos;Você sabia...Para cada tonelada de papel é necessário cortar 40 árvores!Cada tonelada de papel enviada para o processo de reciclagem deixa de2ocupar uma área de 3,2 m nos aterros sanitários;Em algumas cidades, 40% do lixo urbano é composto de papéis epapelão.Que consumimos 30 folhas de papel por dia de trabalho;Que consumimos em média 690 copos plásticos de água durante ohorário do trabalho (por pessoa/ano).A ÁGUA existente no planeta Terra está distribuída assim:97% é SALGADA;3% é DOCE, dos quais:2% está congelada nas geleiras;1% está disponível em lagos, rios e camadas subterrâneas;13% de toda a água doce está concentrada no Brasil.RECICLAGEM do papelA reciclagem de papel proporciona:Redução da POLUIÇÃO DO AR em 74%;Redução da POLUIÇÃO DA ÁGUA em 35%;Redução do CONSUMO DE ENERGIA em 71%.


BibliografiaAgenda Ambiental na Administração Pública. Brasília: MMA/ComissãoGestora da A3P, 2004. 80p - 2ª ed. 1. Administração pública - Meioambiente. 2. Meio ambiente - Conservação - Administração pública. I.Brasil. Ministério do Meio Ambiente.Coleção Educação para o Consumo Responsável - Temas: Saúde eSegurança do Consumidor; Publicidade e Consumo; Meio Ambiente eConsumo; Direitos do Consumidor- Ética no Consumo, IDEC e INMETRO,2002.Como cuidar do seu Meio Ambiente - Projeto BEI Comunicação - SãoPaulo: Bei Comunicação, 2002 (Coleção Entenda e Aprenda)Consumo Sustentável: manual de educação. Brasília: ConsumersInternational/MMA/IDEC, 2002.Do Lixo à Cidadania, Estratégias para a Ação. Maria de Fátima Abreu–2001, UNICEF/CAIXA.Folder: Arquitetura no Fórum, Fórum Social Mundial 2005, Porto Alegre,Brasil.Guia Ecológico Doméstico. Maurício Waldman, Dan Moche Schneider.2ª Ed.- São Paulo: Contexto, 2000Manual Pedagógico: Entender para Intervir - Por uma Educação para oConsumo Responsável e o Comércio Justo, Badue Ana Flávia ET AL.- SãoPaulo: Instituto Kairós ; Paris: Artisans du Monde , 2005.Programa Municípios EducadoresSustentáveis / Ministério do MeioAmbiente. Programa Nacional deEducação Ambiental. – Brasília :Ministério do Meio Ambiente, 2005.Revista Brasileira de EducaçãoAmbiental / Rede Brasileira de EducaçãoAmbiental. n. 2 (Fev. 2007). Brasília: RedeBrasileira de Educação Ambiental, 2007.A vida éviva33


RECICLE!AZUL é para papelVERMELHO é para plásticoVERDE é para vidroAMARELO é para metalPRETO é para madeiraLARANJA é para resíduos perigososBRANCO é para resíduos ambulatoriais e de serviços de saúdeROXO é para resíduos radiotivosMARRON é para resíduos orgânicosCINZA é para resíduo geral não reciclável ou misturado, oucontaminado não passível de separação.MF E I R A LIPA


Ilustrações : Ricca SalloDiagramação: R.PiantinoColaboração: Bi AntunesCoordenação: Patrícia Antunes(www.arteemmovimento.org)37

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