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O gênero textual carta do leitor no ensino de linguagem - Celsul.org.br

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Anais <strong>do</strong> CELSUL 2008quanto é importante o Brasil sediar a Copa. Em seguida, a palavra “mas” quecaracteriza oposição ao enuncia<strong>do</strong> anterior, portanto ao elogio menciona<strong>do</strong> naprimeira proposição.Na seqüência, é feita a seguinte pergunta: “Mas, será que o <strong>no</strong>sso país estásuficiente prepara<strong>do</strong> para isso?”, questionamento que leva o <strong>leitor</strong> a refletir. Umrecurso que pren<strong>de</strong> a atenção <strong>do</strong> <strong>leitor</strong> <strong>no</strong> senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> querer saber o que vai serrespondi<strong>do</strong>. No entanto, a questão não é respondida pelo estudante, autor da <strong>carta</strong>.Além disso, o autor faz outro questionamento em que são levantadas algumaspossibilida<strong>de</strong>s que levariam o Brasil a não sediar a Copa. Isso é feito pelo estudanteao questionar se não seria mais importante investir em educação e saú<strong>de</strong>, algumasdas principais necessida<strong>de</strong>s pelas quais o país passa. Com o segun<strong>do</strong> questionamento,o alu<strong>no</strong> mostra que conhece alguns <strong>do</strong>s problemas <strong>do</strong> país em relação à saú<strong>de</strong> e àeducação. Nesse senti<strong>do</strong>, o autor da <strong>carta</strong> tenta <strong>de</strong>monstrar que resolver essesproblemas seria mais importante que a Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> ocorrer <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso país.Para finalizar, é feita uma crítica implícita em relação aos joga<strong>do</strong>res <strong>de</strong>futebol, pois conforme se sabe, ganham muito dinheiro, enquanto nas palavras <strong>do</strong>alu<strong>no</strong>: “milhões <strong>de</strong> <strong>br</strong>asileiros passam fome ou esperam em filas <strong>de</strong> hospitais”. Dessaforma, o estudante <strong>de</strong>monstra, mais uma vez, que conhece a realida<strong>de</strong> <strong>do</strong> país,critican<strong>do</strong> e expon<strong>do</strong> sua indignação em relação ao fato <strong>de</strong> escolherem sediar a Copa,ao invés <strong>de</strong> resolver os problemas com saú<strong>de</strong> e educação que o país sofre há a<strong>no</strong>s.Po<strong>de</strong>-se perceber que nesta <strong>carta</strong> o alu<strong>no</strong> é claro em relação a sua opinião e em exporo porquê <strong>de</strong> suas críticas, já que mostrou o la<strong>do</strong> positivo e negativo da Copa <strong>do</strong>Mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2014 acontecer <strong>no</strong> Brasil.Em suma, esses alu<strong>no</strong>s conseguiram colocar seu ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> forma clarae objetiva. Ao ler cada <strong>carta</strong> é possível enten<strong>de</strong>r o que cada alu<strong>no</strong>, sujeito-emissor,quer transmitir aos <strong>leitor</strong>es, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong>, portanto, seu propósito em criticar osfatos polêmicos que ocorrem na cida<strong>de</strong> ou <strong>no</strong> país.6. Consi<strong>de</strong>rações finaisPo<strong>de</strong>-se perceber que após a leitura e discussão <strong>do</strong>s propósitos <strong>de</strong> se escreveruma <strong>carta</strong> <strong>do</strong> <strong>leitor</strong>, bem como discutir as características <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> gênero, osalu<strong>no</strong>s são capazes <strong>de</strong> se posicionarem diante <strong>de</strong> assuntos, por vezes, polêmico,argumentan<strong>do</strong> a favor ou contra <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> tema por meio <strong>de</strong> palavras comosubstantivos ou adjetivos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s.Esse fato mostra que os alu<strong>no</strong>s po<strong>de</strong>m criar bons textos a partir <strong>de</strong> uma leiturae discussão crítica, com a mediação <strong>do</strong> educa<strong>do</strong>r, principalmente, ten<strong>do</strong> como baseoutros textos que se configuram em algum <strong>do</strong>s gêneros textuais que circulam nasocieda<strong>de</strong> em que vivemos, portanto, textos originais, que se lê fora da escola.Em contrapartida, ao produzir o seu próprio texto, o alu<strong>no</strong> tem a oportunida<strong>de</strong><strong>de</strong> expor sua opinião em relação a uma reportagem polêmica por meio da <strong>carta</strong> <strong>do</strong><strong>leitor</strong> que compreen<strong>de</strong> uma prática social presente em <strong>no</strong>sso cotidia<strong>no</strong> em diversosveículos <strong>de</strong> comunicação.7 Referências bibliográficasGT Gêneros textuais jornalísticos em suportes diversos: análise e ensi<strong>no</strong> 11

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