10.07.2015 Views

O gênero textual carta do leitor no ensino de linguagem - Celsul.org.br

O gênero textual carta do leitor no ensino de linguagem - Celsul.org.br

O gênero textual carta do leitor no ensino de linguagem - Celsul.org.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Anais <strong>do</strong> CELSUL 2008toda unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> <strong>linguagem</strong> que veicula uma mensagemlingüisticamente <strong>org</strong>anizada e que ten<strong>de</strong> a produzir um efeito <strong>de</strong>coerência so<strong>br</strong>e o <strong>de</strong>stinatário. Conseqüentemente, essa unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>produção <strong>de</strong> <strong>linguagem</strong> po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como a unida<strong>de</strong>comunicativa <strong>de</strong> nível superior.Por serem consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s produtos das ativida<strong>de</strong>s humanas, os textos estãoassocia<strong>do</strong>s às necessida<strong>de</strong>s, aos interesses e às condições <strong>de</strong> funcionamento dasformações sociais e estas são muito diversas e evoluem com o curso da história,exigin<strong>do</strong> diferentes mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> configuração, aos quais Bronckart (1997) <strong>de</strong><strong>no</strong>minaespécies <strong>de</strong> textos. Para ele, o surgimento das espécies <strong>de</strong> textos po<strong>de</strong> estar relaciona<strong>do</strong>ao “aparecimento <strong>de</strong> <strong>no</strong>vas motivações sociais”, tais como a emergência <strong>do</strong>s artigoscientíficos <strong>no</strong> <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> século XIX, ou ao aparecimento <strong>de</strong> <strong>no</strong>vas circunstâncias <strong>de</strong>comunicação, como os textos comerciais e publicitários, em função <strong>de</strong> um <strong>no</strong>vo produtoa ser comercializa<strong>do</strong>.Além disso, as <strong>no</strong>vas espécies <strong>de</strong> textos, mencionadas pelo autor, po<strong>de</strong>m estarassociadas ao surgimento <strong>de</strong> <strong>no</strong>vos suportes <strong>de</strong> comunicação como entrevistastelevisivas ou on line. Os e-mails e as vi<strong>de</strong>oconferências, por exemplo, além <strong>de</strong> usaremum <strong>no</strong>vo suporte comunicativo, surgiram como uma resposta à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> umacomunicação mais rápida, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao corre-corre da vida contemporânea e em<strong>de</strong>corrência da evolução tec<strong>no</strong>lógica.Diante <strong>de</strong>ssa diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> textos, existe a preocupação com a suaclassificação, fato que ocorre basea<strong>do</strong> na <strong>no</strong>ção <strong>de</strong> gênero <strong>textual</strong> ou gênero discursivo,tarefa que, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Petitjean (1989, p.87), para alguns autores parece “umempreendimento quase impossível ou impensável”. Já para outros teóricos, é umaativida<strong>de</strong> possível e, além disso, necessária.Contu<strong>do</strong>, não po<strong>de</strong>mos ig<strong>no</strong>rar que os mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> classificação utiliza<strong>do</strong>s pelosdiferentes autores que tratam da questão são pouco precisos, especialmente seprestarmos atenção <strong>no</strong>s livros didáticos veicula<strong>do</strong>s nas escolas (Petitjean, 1989, p. 86-87). No que diz respeito a essa discussão em tor<strong>no</strong> da clareza ou precisão, na concepção<strong>de</strong> Bronckart (1997, p.73), a classificação <strong>do</strong>s gêneros <strong>de</strong> textos é “profundamentevaga”. Na seqüência, o autor afirma que “as múltiplas classificações existentes sãodivergentes e parciais e nenhuma <strong>de</strong>las po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>referência estabiliza<strong>do</strong> e coerente”.Para o mesmo autor, as dificulda<strong>de</strong>s e diversida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classificação explicam-sea partir <strong>do</strong>s diversos critérios, que po<strong>de</strong>m ser emprega<strong>do</strong>s para <strong>de</strong>finir um gênero,po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> variar <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com:a) o tipo (finalida<strong>de</strong>) <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> humana implicada, o que dá origem ao gêneroliterário, científico e jornalístico;b) os efeitos comunicativos visa<strong>do</strong>s, dan<strong>do</strong> surgimento ao gênero poético, épicoou lírico;c) tamanho ou natureza <strong>do</strong> suporte midiático utiliza<strong>do</strong>, originan<strong>do</strong> a <strong>no</strong>vela, oromance ou a reportagem;d) conteú<strong>do</strong> temático, o que resulta <strong>no</strong> romance policial, ficção científica oureceita culinária.GT Gêneros textuais jornalísticos em suportes diversos: análise e ensi<strong>no</strong> 4

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!