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dez/2012 | Tema - SAP

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ernacionaislantada pela <strong>SAP</strong>Mas nem sempre o sentimento de vergonha dos presosé um problema. Para o Agente de Segurança Penitenciária(ASP) Cristiano Aparecido Ferreira, a “cara de pau” dealguns detentos surpreende já no momento em que eles dãoentrada na unidade “Há aqueles que já passaram por aquie dão outro nome no momento do flagrante para a polícia.Eles fazem isso para responderem como réus primários e nãocomo reincidente”, explica Ferreira. Porém a malandragemdesses indivíduos não engana os agentes que trabalhamno setor. Como todo preso é fotografado quando entra naunidade, os funcionários usam um aplicativo gratuito paracomparar a foto do recém-chegado com as daqueles que jápassaram pela penitenciária. Embora não possa ser usadocomo prova, a evidência é tão grande que o próprio presopercebe que é melhor falar a verdade. O uso do software éde grande valia: a média de inclusão mensal na unidade é de53 presos/mês.Uma nova chance – Muitos detentos da unidaderespondem pelo crime de tráfico internacional de drogas.Além dele, o outro principal crime cometidos é furto. “Desdeo segundo trimestre de 2009, período em que se deu início àcrise global, notou-se um incremento incessante no númerode presos espanhóis no Brasil, principalmente em São Paulo”,destaca Rodrigo Santos Daparte, do Consulado Geral daEspanha em São Paulo.Segundo Daparte, a grande maioria dos presos espanhóissão “mulas” sem antecedentes criminais na Espanhae relatam ter aceitado a viagem ao Brasil por necessidadeeconômica. A situação é comum para outras nacionalidadespresentes em Itaí. O diretor da Penitenciária, Mauro HenriqueBranco, assim descreve o pensamento de muitos recém--chegados à unidade: “Eu saí para dar um passeio, achei queia ganhar um dinheiro extra sem muitas implicações e agoraestou vivendo uma realidade adversa, completamente fora domeu prognóstico de vida”. “Eles tinham consciência de queestavam cometendo um crime, mas a percepção deles era deque a possibilidade de ser pego era mínima ou que a possibilidadede aprisionamento seria algo facilmente digerido, seacontecesse a prisão”, explica Branco.Cumprir pena num país estrangeiro, com leis muitasvezes completamente diferentes das de sua terra natal,afastado da família e dos amigos, torna o cumprimento depena ainda mais frustrante. Assim como as demais unidadesprisionais da <strong>SAP</strong>, a equipe de Itaí provê atividades culturais,laborais e educativas. Elas são instrumentos importantes parafazer com que o reeducando ocupe sua mente e o períodode cumprimento de pena de maneira útil e produtiva. Seisempresas possuem oficinas de trabalho dentro da unidade,produzindo bens tão diversos, que vão de semi-joias a prendedoresde roupas, provendo atividades laborais a 539 presos.A Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” empregamais 36 reeducandos na confecção de uniformes, além deoutros 14 na monitoria de projetos de educação. O mesmonúmero trabalha na oficina de produção de móveis a partirdo reaproveitamento de pallets.Uma das que mais chamam a atenção na Penitenciáriade Itaí é a biblioteca, criada há 12 anos. Em setembro, quandoa Revista <strong>SAP</strong> visitou a unidade, estava sendo contabilizadaRevista <strong>SAP</strong> 17

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