36I.3.6.1. CARATERIZAÇÃO DO PARQUE DE VEÍCULOSFigura 29 - Parque estimado para o ITRM(31-12-2009), número <strong>de</strong> veículos utiliza<strong>dos</strong> eimobiliza<strong>dos</strong>, por tipo <strong>de</strong> parque60 00040 00020 0000Nº54 02027 38326 637Conta Própria44 94528 90516 040Conta <strong>de</strong> OutremParque estimado Veículos utiliza<strong>dos</strong> Veículos imobiliza<strong>dos</strong>À data <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2009, o universo doparque <strong>de</strong> veículos pesa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> referência para oInquérito ao Transporte Rodoviário <strong>de</strong> Mercadorias(ITRM) foi estimado em 98 965 veículos. Mantendo aestrutura <strong>de</strong> anos anteriores, o parque por contaprópria concentrou o maior número <strong>de</strong> veículos (54,6%do total), tendo registado um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 0,8% noseu número. Também o parque por conta <strong>de</strong> outrem,com 44 945 veículos, evi<strong>de</strong>nciou uma diminuição <strong>de</strong>4,1%. Por tipo <strong>de</strong> veículo, o parque por conta própriaera composto na sua maioria (85,1%) por camiões(84,9% no ano anterior), enquanto no parque por conta<strong>de</strong> outrem predominavam os tratores, mantendo a suarepresentação em aproximadamente dois terços <strong>dos</strong>veículos.Em <strong>2011</strong>, a taxa <strong>de</strong> utilização do parque <strong>de</strong> veículos apresentou um acréscimo, atingindo os 56,9%, sendo queeste aumento se manifestou em ambos os parques, tendo o parque por conta própria apresentado uma taxa <strong>de</strong>utilização <strong>de</strong> 50,7% (+2 p.p. face ao ano anterior) e o parque por conta <strong>de</strong> outrem <strong>de</strong> 64,3% (+6 p.p.).Figura 29Mais <strong>de</strong> um terço <strong>dos</strong> camiões do parque enquadrava-se no escalão <strong>de</strong> peso bruto inferior (3 501 a 10 000 kg),importância que cresce no caso do parque por conta própria (42,3%), sendo este último genericamente compostopor veículos <strong>de</strong> menor capacida<strong>de</strong> comparativamente com o parque por conta <strong>de</strong> outrem. Neste último, o escalão<strong>de</strong> peso bruto predominante abrange veículos <strong>de</strong> um escalão intermédio, com peso bruto compreendido entre16 001 e 19 000 kg (24,6% do total).I.3.6.2. CARATERIZAÇÃO DAS DISTÂNCIAS PERCORRIDAS10 3 Km3 000 0002 500 0002 000 0001 500 0001 000 000Figura 30 - Distâncias percorridas por tipo<strong>de</strong> parque, em <strong>2011</strong>500 000830 084749 322Conta Própria80 7612 399 409998 7591 400 650Conta <strong>de</strong> OutremTotal <strong>Nacional</strong> InternacionalDurante o ano <strong>de</strong> <strong>2011</strong> os veículos pesa<strong>dos</strong> <strong>de</strong>mercadorias percorreram 3 229,5 milhões <strong>de</strong> quilómetros,traduzindo um aumento homólogo <strong>de</strong> 1,8%.Face a 2010, o parque por conta <strong>de</strong> outrem, o qualabrangeu cerca <strong>de</strong> 74,3% da distância percorrida total,mostrou um aumento <strong>de</strong> 4,7%, enquanto os operadorespor conta própria registaram uma diminuição <strong>de</strong> 5,6%.Por outro lado, em termos <strong>de</strong> transporte nacional, existiuuma redução homóloga <strong>de</strong> 1,6% da distância percorrida,enquanto o transporte internacional apresentou umaumento <strong>de</strong> 6,3%, resultante do aumento <strong>dos</strong> operadorespor conta <strong>de</strong> outrem (+6,7% face a 2010).Figura 30I.3.6.3. EVOLUÇÃO DAS MERCADORIAS TRANSPORTADASEm <strong>2011</strong> foram transportadas 219,8 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> mercadorias por modo rodoviário, o que representaum aumento <strong>de</strong> 0,9% relativamente a 2010. Esta subida resultou do acréscimo <strong>de</strong> 3,4% apresentado pelo parque<strong>de</strong> conta <strong>de</strong> outrem, que assim colmatou o <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 3,1% registado no parque por conta própria.O transporte internacional (23,7 milhões <strong>de</strong> toneladas) mostrou uma recuperação <strong>de</strong> 11,8% face a 2010 enquantoo transporte nacional, com 196,1 milhões <strong>de</strong> toneladas, estabilizou face ao ano anterior (-0,3%).Figura 31
37Figura 31 - Toneladas transportadas, por tipo <strong>de</strong> tráfego e segundo o tipo <strong>de</strong> parque, em<strong>2011</strong>Tráfego nacionalTráfego internacionalConta <strong>de</strong>Outrem57,4%ContaPrópria42,6%Conta <strong>de</strong>Outrem91,5%ContaPrópria8,5%À semelhança <strong>de</strong> anos anteriores, as regiões Centro (63,7 milhões <strong>de</strong> toneladas), Norte (62,7 milhões <strong>de</strong> toneladas)e <strong>de</strong> Lisboa (40,1 milhões <strong>de</strong> toneladas) mantiveram-se como as principais origens das mercadorias transportadas(toneladas) em termos <strong>de</strong> transporte nacional. As regiões Centro e Alentejo permaneceram as únicas a apresentarum saldo positivo entre o total <strong>de</strong> mercadorias saídas e entradas, em cada região.Figura 32Em transporte nacional, o grupo <strong>de</strong> mercadorias“Produtos não energéticos das indústrias extrativas;turfa; urânio e tório”, manteve-se como predominantecom uma importância relativa <strong>de</strong> 36,8%, idêntica aoano anterior. Seguiram-se por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente <strong>de</strong>importância “Outros produtos minerais não metálicos”(16,5%), “Produtos alimentares, bebidas e tabaco”(10,3%) e “Produtos da agricultura, da produçãoanimal, da caça e da silvicultura; peixe e outros produtosda pesca“ (7,7%).Figura 32 - Distribuição relativa por NUTS II <strong>de</strong>origem e <strong>de</strong>stino do total <strong>de</strong> toneladastransportadas em tráfego nacional, em <strong>2011</strong>100%75%50%25%3,1% 3,7%11,9% 10,2%20,4% 22,0%32,5% 30,9%32,1% 33,2%Estatísticas <strong>dos</strong> <strong>Transportes</strong>0%OrigemDestinoNorte Centro Lisboa Alentejo AlgarveFace a 2010, registaram-se diminuições na maioria<strong>dos</strong> principais grupos <strong>de</strong> mercadorias, com o grupo -“Outros produtos minerais não metálicos” - a evi<strong>de</strong>nciara maior quebra (-16,5%), e o grupo <strong>de</strong> “Produtosalimentares, bebidas e tabaco” a registar um<strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 6,3%. Pela positiva, <strong>de</strong>staca-se apenaso grupo das “Ma<strong>de</strong>ira, cortiça e suas obras (exc.mobiliário); espartaria e cestaria …”, com ummovimento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 8,3 milhões <strong>de</strong> toneladas, queapresentou uma evolução notável (+47,4%).Figura 33Figura 33 - Toneladas transportadas em tráfegonacional, por grupos <strong>de</strong> mercadorias (NST),em <strong>2011</strong>Ma<strong>de</strong>ira,cortiça e suasobras (exc.mobiliário);espartaria ecestaria;pasta, papel ecartão 4,2%Produtos daagric., daprod. animal,da caça e dasilv.; peixe eout. prod. dapesca7,7%Outros24,5%Produtosalimentares,bebidas etabaco10,3%Produtos nãoenergéticosdas indústriasextrativas;turfa; urânio etório36,8%Outrosprodutosminerais nãometálicos16,5%