232.2 Radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> e diagnóstico radiográficoA radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>, quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> cinza que compõem a imagem <strong>de</strong>um material (PEREIRA et al., 2005), é uma característica conferi<strong>da</strong> pelosradiopacificadores acrescidos aos diferentes materiais odontológicos (ANUSAVISE,2005). Nas <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s partículas <strong>de</strong> carga é alcança<strong>da</strong>por diferentes tipos <strong>de</strong> vidros e cerâmicas que contêm átomos <strong>de</strong> metais pesadoscomo bário (Ba), estrôncio (Sr), zircônio (Zr), zinco (Zn) e itérbio (Yb) (ANUSAVISE,2005; PEREIRA, et al., 2005). Estas partículas po<strong>de</strong>m variar em suasconcentrações, influenciando <strong>de</strong>sta forma no grau <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos materiais.Usualmente, os compósitos utilizados em <strong>de</strong>ntes anteriores possuem menores ebaixa concentração <strong>de</strong> partículas em relação aos indicados <strong>para</strong> <strong>de</strong>ntes posteriores(HOSODA; YAMADA; INOKOSHI, 1990; WATTS, 1987).Em adição à especificação nº27 <strong>de</strong> 1977 <strong>da</strong> American Dental Association(ADA), a qual reconheceu a utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> <strong>de</strong> restaurações diretas emOdontologia, em 1981 a especificação do Conselho <strong>de</strong> Materiais Dentários,Instrumentos e Equipamentos <strong>da</strong> ADA, recomendou a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> como umrequisito <strong>de</strong>sejável nestes materiais. Então <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1989, <strong>para</strong> esta instituição, aradiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> tornou-se uma <strong>da</strong>s cinco principais características i<strong>de</strong>ais que umcompósito restaurador posterior <strong>de</strong>ve apresentar.É requisito obrigatório <strong>para</strong> a International Stan<strong>da</strong>rdization Organization -ISO/DP4049, (1985) que a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um compósito com 2mm <strong>de</strong> espessura<strong>de</strong>va ser igual ou maior a <strong>de</strong> espécimes <strong>de</strong> alumínio com as mesmas proporções emmilímetros, ou mais (GOSHIMA; GOSHIMA, 1989) e menos radiopaco que aespessura equivalente a 99.5% <strong>de</strong> alumínio puro ( ISO/ 2000).A radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos compósitos a base <strong>de</strong> resina permite <strong>de</strong>tectar cáriessecundárias, <strong>de</strong>feitos marginais, contornos <strong>de</strong> restaurações, contatos com <strong>de</strong>ntesadjacentes, excesso <strong>de</strong> material restaurador e fen<strong>da</strong>s nas interfaces. Estes fatoresaliados às boas características físicas, facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> manipulação e, especialmente,sua estética satisfatória é que fazem com que estes materiais estejam sendoamplamente utilizado na Odontologia (HARA et al., 2001; RUBO; EL-MOWAFY,1998; TARGUT; ATTAR; ONEN, 2003).Os materiais restauradores <strong>de</strong>vem ter radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> suficiente <strong>para</strong> distinguilos<strong>da</strong>s estruturas vizinhas <strong>de</strong> maneira a favorecer a localização <strong>de</strong> corpos
24estranhos, já que, os mesmos po<strong>de</strong>m ser aspirados inadverti<strong>da</strong>mente ou mesmo seencontrarem na região <strong>de</strong> submucosa ou intra-óssea, como causa <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte outrauma, bem como na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> espaços vazios no interior <strong>da</strong>s restaurações,avaliação do contorno proximal e a<strong>da</strong>ptação marginal cervical <strong>de</strong> restauraçõesclasse II (GRAZIOTTIN, 2009), além <strong>de</strong> facilitar a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> cáries secundárias(MURCHISON; CHARLTON; MOORE, 1999). Por isso que esta característica<strong>de</strong>nota tanta importância como proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> física dos materiais <strong>de</strong>ntários <strong>de</strong> usointra-oral. (ABREU, TAVARES, VIEIRA, 1977; BEYER-OLSEN, ORSTAVIK, 1981).Além <strong>de</strong> todo benefício oferecido pela radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>, vale ressaltar que aopermitir o regulamento do grau <strong>de</strong> reflexão dos materiais proporcionando umcontraste entre o mesmo e a estrutura <strong>de</strong>ntária radiografa<strong>da</strong>, tal proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> é capaz<strong>de</strong> admitir a avaliação dos excessos <strong>de</strong> materiais restauradores, <strong>da</strong>s fen<strong>da</strong>smarginais gengivais, dos contornos interproximais, assim como, <strong>da</strong>s cáriesrecorrentes nas áreas gengivais (SHAH et al., 1997). Diante disto, o Conselho <strong>de</strong>Materiais Dentários, Instrumentos e Equipamentos (Council on Dental Materials,Instruments and Equipments) revisou as exigências <strong>para</strong> os materiais restauradoresa base <strong>de</strong> resina e acrescentou a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> aos requisitos biológicos, físicos emecânicos <strong>de</strong>stes materiais (SALZEDAS; LOUZADA; OLIVEIRA FILHO, 2006).Para o Conselho <strong>de</strong> Materiais Dentários, Instrumentos e Equipamentos (1983), aradiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos materiais restauradores <strong>de</strong>ve ser maior que a do esmalte,possibilitando a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> cáries recorrentes.Um dos exames complementares mais realizados pelo cirurgião-<strong>de</strong>ntista é oexame radiográfico. Sejam <strong>para</strong> fins diagnósticos ou como controles periódicos, asradiografias necessitam fornecer uma imagem <strong>de</strong> boa quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>para</strong> isso énecessário que o material restaurador apresente uma a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> como objetivo <strong>de</strong> diferenciá-lo <strong>da</strong>s estruturas <strong>de</strong>ntárias adjacentes, bem como lesões <strong>de</strong>cárie remanescente (GRAZIOTTIN, 2009).Kidd (1990) constatou a <strong>de</strong>ficiência dos cirurgiões-<strong>de</strong>ntistas no diagnóstico <strong>de</strong>cáries secundárias, bem como as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> diagnóstico, comocertificar se uma margem <strong>de</strong>feituosa indica cárie secundária e diferenciar cáriesecundária <strong>da</strong> cárie residual e ativa. O autor enfatiza que é necessário produzircritérios clínicos <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> doença, os quais po<strong>de</strong>rão ser utilizados na prática.Aliado a isso, um bom exame radiográfico com contrastes em boas proporções semdúvi<strong>da</strong> auxiliaria no diagnóstico final.
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