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análise da radiopacidade de resinas compostas usadas para ...

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0Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> ParaíbaCentro <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>Curso <strong>de</strong> Graduação em OdontologiaLARISSA RODRIGUES MOREIRA DE MORAISANÁLISE DA RADIOPACIDADE DE RESINAS COMPOSTAS USADAS PARADENTES POSTERIORES: ESTUDO “IN VITRO”João Pessoa2010


2LARISSA RODRIGUES MOREIRA DE MORAISANÁLISE DA RADIOPACIDADE DE RESINAS COMPOSTAS USADAS PARADENTES POSTERIORES: ESTUDO “IN VITRO”Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Cursoapresentado ao Curso <strong>de</strong> Graduação emOdontologia, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong>Paraíba em cumprimento às exigências<strong>para</strong> conclusão.Orientadora: Profª. Drª. Rosenês Lima dos SantosCo-Orientadora: Profª. Drª. Maria Luiza dos Anjos PontualJoão Pessoa2010


3M827aMorais, Larissa Rodrigues Moreira <strong>de</strong>.Análise <strong>da</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> usa<strong>da</strong>s <strong>para</strong> <strong>de</strong>ntes posteriores:estudo in vitro / Larissa Rodrigues Moreira <strong>de</strong> Morais. - - João Pessoa: [s.n.], 2011.72f.: il. -Orientadora: Rosenês Lima dos Santos.Co-orientadora: Maria Luiza dos Anjos Pontual.Monografia (Graduação) – UFPB/CCS.1. Odontologia. 2. Resinas <strong>compostas</strong>. 3. Radiografia. 4.Radiopaco.


4LARISSA RODRIGUES MOREIRA DE MORAISANÁLISE DA RADIOPACIDADE DE RESINAS COMPOSTAS USADAS PARADENTES POSTERIORES: ESTUDO “IN VITRO”Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Cursoapresentado ao Curso <strong>de</strong> Graduação emOdontologia, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong>Paraíba em cumprimento às exigências<strong>para</strong> conclusão.Trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso aprovado em ____ / ____ / 2010_____________________________________Drª. Rosenês Lima dos SantosOrientadora – UFPB_____________________________________Drª. Ana Karina Maciel <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>Examinadora - UFPB_____________________________________Drª. Laurylene César <strong>de</strong> Souza VasconcelosExaminadora - UFPB_____________________________________Drª. Heloisa Helena Pinho VelosoExaminadora (suplente) - UFPB


5Agra<strong>de</strong>cimentosConsi<strong>de</strong>rando esta monografia como resultado <strong>de</strong> uma caminha<strong>da</strong>, agra<strong>de</strong>cer po<strong>de</strong>não ser tarefa fácil, nem justa. Para não correr o risco <strong>da</strong> injustiça, agra<strong>de</strong>ço <strong>de</strong>antemão a todos que <strong>de</strong> alguma forma passaram pela minha vi<strong>da</strong> e contribuíram<strong>para</strong> a construção <strong>de</strong> quem sou hoje.E agra<strong>de</strong>ço, particularmente, a algumas pessoas pela sua maior contribuição naconstrução <strong>de</strong>ste trabalho.À professora Rosenês Lima dos Santos, minha orientadora, por sua sábiaorientação, seu apoio e inspiração no amadurecimento dos meus conhecimentos econceitos que me levaram a execução e conclusão <strong>de</strong>sta monografia. Pelo auxílio àsativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e discussões sobre o an<strong>da</strong>mento e normatização <strong>de</strong>ste Trabalho <strong>de</strong>Conclusão <strong>de</strong> Curso; por ter sido companheira durante to<strong>da</strong> a monografia e tendoparticipação <strong>de</strong> forma direta na pesquisa. Agra<strong>de</strong>ço também, por todo seuprofissionalismo e atenção em outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s realiza<strong>da</strong>s juntas, como nas <strong>de</strong>Monitoria e Extensão. Por todo seu ensinamento, paciência, amiza<strong>de</strong>, interesse edisponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, sempre me incentivando, corrigindo e cobrando.À professora e co-orientadora, Maria Luiza dos Anjos Pontual, pela suaparticipação na pesquisa e pela contribuição e aju<strong>da</strong> sempre que necessária no seu<strong>de</strong>senvolvimento.À Clínica <strong>de</strong> Boris Berenstein (Recife-PE) pela disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do espaço físico<strong>para</strong> a realização <strong>da</strong> parte experimental <strong>da</strong> pesquisa. Agra<strong>de</strong>ço também aoLaboratório <strong>de</strong> Metrologia <strong>da</strong>s Radiações Ionizantes, do Departamento <strong>de</strong> EnergiaNuclear <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, em especial à Sérgio Torres <strong>de</strong>Santana pela confecção <strong>da</strong>s curvas <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e análise dos <strong>da</strong>dos.Às professoras Ana Karina e Laurylene, por sua disposição e boa vonta<strong>de</strong> emparticipar <strong>de</strong> minha banca examinadora, contribuindo assim, <strong>para</strong> o aperfeiçoamentodo meu trabalho.


6Aos <strong>de</strong>mais professores do curso <strong>de</strong> Odontologia presentes em minha vi<strong>da</strong>acadêmica, tanto em sala <strong>de</strong> aula, quanto na clínica, fazendo assim, parte <strong>de</strong> minhaformação pessoal e no meu crescimento profissional. Agra<strong>de</strong>ço também, aos meusprofessores do curso <strong>de</strong> Direito por to<strong>da</strong> sua compreensão nos meus momentos<strong>de</strong> ausência, <strong>de</strong>vido ao período <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong>sta monografia.Aos funcionários <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba, em especial à Dona Rita eDárcio, pelo convívio , boa vonta<strong>de</strong> e por serem sempre prestativos.Aos amigos e colegas do curso <strong>de</strong> Odontologia, em especial, Val<strong>de</strong>mir Júnior,Marcos Alexandre,Thaiane Gambarra, Mariângela, Fábio Gomes e Helga peloincentivo, apoio constante e por todos os trabalhos realizados juntos. Obriga<strong>da</strong> pelosanos <strong>de</strong> convivência, pelos gran<strong>de</strong>s momentos vividos e pela amiza<strong>de</strong> construí<strong>da</strong>..À minha família, em especial ao meu pai, por ser tão pai em minha vi<strong>da</strong>, pelo amor,<strong>de</strong>dicação, compreensão, confiança e carinho sempre. Obriga<strong>da</strong> também, por to<strong>da</strong> asua paciência durante minha ausência.E, finalmente, à Deus por me conce<strong>de</strong>r o dom <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, guiar meus passos e <strong>da</strong>rforças <strong>para</strong> alcançar meus objetivos e vencer os obstáculos. Pela oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> epelo privilégio que me foi <strong>da</strong>do em compartilhar tamanha experiência e, aofreqüentar este curso, perceber e atentar <strong>para</strong> a relevância <strong>de</strong> temas que nãofaziam parte, em profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> minha vi<strong>da</strong>.


7"Nossas dúvi<strong>da</strong>s são traidoras e nosfazem per<strong>de</strong>r o que po<strong>de</strong>ria sernosso pelo simples medo <strong>de</strong> tentar."William Shakespeare


8LISTA DE FIGURASFigura 1: Resinas <strong>compostas</strong> utiliza<strong>da</strong>s no estudo..................................................................... 37Figura 2: Matriz utiliza<strong>da</strong> <strong>para</strong> a confecção dos corpos <strong>de</strong> prova............................................. 37Figura 3: Seqüência <strong>da</strong> confecção dos corpos <strong>de</strong> prova .......................................................... 38Figura 4: (A) - Fotopolimerizador Radii - SDI®; (B) – Mensuração <strong>da</strong> irradiância dofotopolimerizador................................................................................................................. 39Figura 5: (A) Corte do <strong>de</strong>nte; (B) espécimes; (C) verificação <strong>da</strong> espessura dos espécimes...... 34Figura 6: (A) - aparelho Timex 70 C, Gnatus®; (B) - especificação do aparelho Timex 70 C,Gnatus®........................................................................................................................................ 34Figura 7: Filme oclusal com os corpos-<strong>de</strong>-prova, o penetrômetro, a fatia do <strong>de</strong>nte hígido e aplaca <strong>de</strong> chumbo.......................................................................................................................... 41Figura 8: (A) – Plataforma padronizadora <strong>de</strong> acrílico; (B) – Tempo <strong>de</strong> exposição..................... 42Figura 9: Placa <strong>de</strong> fósforo............................................................................................................ 43Figura 10: (A) - Escaneamento <strong>da</strong> imagem digital; (B) – Visualização <strong>da</strong> imagem digital eleitura dos tons <strong>de</strong> cinza <strong>da</strong>s imagens pelo software Digora for Windows 2.5........................... 43Figura 11: (A) PSP com os corpos-<strong>de</strong>-prova, o penetrômetro, a fatia do <strong>de</strong>nte hígido e aplaca <strong>de</strong> chumbo; (B) tempo <strong>de</strong> exposição............................................................................................ 44Figura 12: A – Desintômetro; B - Mensuração <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica.......................................... 45Figura 13: Penetrômetro.............................................................................................................. 45Figura 14: Mensuração <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica <strong>da</strong> imagem digital................................................. 47


9LISTA DE TABELASTabela 1: Estatística <strong>de</strong>scritiva <strong>da</strong> Radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> (em mmAl) <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> Filtek P60, Rok,Herculite, Estelite, Esmalte e Dentina........................................................................... 51Tabela 2: Valores médios <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>svio padrão (DVP) <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong>, esmalte e<strong>de</strong>ntina estu<strong>da</strong>dos nos sistemas convencionais e digitais............................................................. 52Tabela 3: Escores extraídos a partir do teste <strong>de</strong> Wilcoxon, avaliando a diferença entre as<strong>resinas</strong> Filtek P60, Rok, Herculite e Estelite.................................................................................. 54Tabela 4: Escores extraídos a partir do teste <strong>de</strong> Wilcoxon, avaliando a diferença entre oesmalte e as <strong>resinas</strong> Filtek P60, Rok, Herculite e Estelite............................................................. 54Tabela 5: Escores extraídos a partir do teste <strong>de</strong> Wilcoxon, avaliando a diferença entre a<strong>de</strong>ntina e as <strong>resinas</strong> Filtek P60, Rok, Herculite e Estelite.............................................................. 55LISTA DE QUADROS E GRÁFICOSQuadro 1- Resinas <strong>compostas</strong> utiliza<strong>da</strong>s no estudo................................................................. 36Gráfico 1- Curva <strong>da</strong> DOL versus <strong>de</strong>graus <strong>para</strong> a exposição em filme convencional................ 48Gráfico 2- Curva do grau <strong>de</strong> cinza versus <strong>de</strong>graus <strong>para</strong> a exposição em sistema digital......... 49Gráfico 3- Medi<strong>da</strong>s <strong>da</strong> com<strong>para</strong>ção dos valores <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s etecidos <strong>de</strong>ntários........................................................................................................................ 52Gráfico 4- Representação dos valores médios <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong>, esmalte e<strong>de</strong>ntina nos sistemas convencional e digital........................................................................... 53


Resumo10


11ResumoUma <strong>da</strong>s principais características que uma resina composta indica<strong>da</strong> <strong>para</strong> <strong>de</strong>ntesposteriores <strong>de</strong>ve apresentar é ter radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, que permita diferenciar omaterial <strong>da</strong>s estruturas <strong>de</strong>ntárias adjacentes, sendo uma proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> físicaessencial e <strong>de</strong>sejável dos materiais <strong>de</strong>ntários <strong>de</strong> uso intra-oral. O objetivo <strong>de</strong>steestudo foi avaliar “in vitro” a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> usa<strong>da</strong>s <strong>para</strong><strong>de</strong>ntes posteriores. Cinco corpos <strong>de</strong> prova medindo 5 mm <strong>de</strong> diâmetro por 2 mm <strong>de</strong>altura foram confeccionados <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> resina analisa<strong>da</strong> (Estelite; Herculite; FiltekP60 e Rok). Estes espécimes foram com<strong>para</strong>dos entre si, com esmalte e <strong>de</strong>ntinaprovenientes <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes humanos e com um penetrômetro <strong>de</strong> alumínio através dosistema <strong>de</strong> radiografia convencional e digital semi-direto. Os resultados foramavaliados por meio <strong>de</strong> análise <strong>de</strong>scritiva, teste U-Mann-Whitney e Friedman ecom<strong>para</strong>ções parea<strong>da</strong>s através do teste <strong>de</strong> Wilcoxon. Os resultados <strong>de</strong>monstraramque a resina Filtek P60 apresentou o maior valor <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> com<strong>para</strong>do aosoutros compósitos e tecidos <strong>de</strong>ntários, com 5,48 mmAl. O mesmo material foi oúnico que apresentou diferença <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os dois sistemasradiográficos, sendo mais radiopaco <strong>para</strong> o sistema convencional (p=0,009). Aresina Rok apresentou radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> semelhante ao esmalte (p=0,118), enquantoque os outros materiais mostraram-se mais radiopacos que este tecido <strong>de</strong>ntário.Todos os compósitos apresentaram radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> superior à <strong>de</strong>ntina. Po<strong>de</strong>mosconcluir que to<strong>da</strong>s as <strong>resinas</strong> pesquisa<strong>da</strong>s apresentaram níveis <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>em concordância com as exigências <strong>para</strong> esses materiais quando avaliados pelosdois sistemas radiográficos em questão.UNITERMOS: Resinas Compostas; Radiografia; Radiopaco


Abstract12


13AbstractOne of the most important characteristics that a posterior composite should have isa<strong>de</strong>quate radiopacity, so it can show the difference between the material and the<strong>de</strong>ntal adjacent structures , being an essential and <strong>de</strong>sirable physical properties of<strong>de</strong>ntal materials. . The purpose of the study was to analyze the radiopacity “in vitro”of four composites for posterior teeth. Five specimens measuring 5 mm diameterand 2 mm height were ma<strong>de</strong> for each evaluated resin (Estelite; Herculite; Filtek P60and Rok). The specimens were compared between them and between enamel and<strong>de</strong>ntin of teeth human with conventional and digital semi-direct systems ofradiograph . The results were evaluated with a <strong>de</strong>scriptive analysis, U-Mann-Whitney test, Friedman test and the paired comparisons by Wilcoxon test. Thecomposite Filtek P60 presented the highest radiopacity value in comparison to theothers composites and <strong>de</strong>ntal tissues, with 5,48 mmAl. The same material was theonly one to present radiopacity difference between the two systems, showing moreradiopacity in the conventional system (p=0,009). The composite Rok presentedradiopacity similar to enamel (p=0,118) while the other materials showed to be moreradiopaque then this <strong>de</strong>ntal tissue. All the composites radiopacity showed to besuperior to the <strong>de</strong>ntin radiopacity. It can be conclu<strong>de</strong>d that all composites showedlevels of radiopacity in accor<strong>da</strong>nce with the requirements for such materials whenevaluated for both radiographic systems.UNITERMS: Composite Resins; Radiography; Radiopaque Media


14SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 162 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 192.1 Resinas <strong>compostas</strong> <strong>para</strong> <strong>de</strong>ntes posteriores......................................... 202.2 Radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> e diagnóstico radiográfico.. 232.3 Estudos <strong>da</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> nos sistemas ............................................. 273 OBJETIVOS........................................................................................................... 323.1 Objetivos gerais ........................................................................................ 333.2 Objetivos específicos ............................................................................... 334 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................... 344.1 Consi<strong>de</strong>rações éticas................................................................................ 354.2 Desenho do Estudo.................................................................................. 354.3 Local <strong>da</strong> pesquisa...................................................................................... 354.4 Amostra....................................................................................................... 364.5 Estudo <strong>da</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>........................................................................ 374.5.1 Confecção dos corpos <strong>de</strong> prova................................................ 374.5.2 Corte dos <strong>de</strong>ntes........................................................................ 394.5.3 Fonte <strong>de</strong> radiação...................................................................... 404.5.4 Imagem radiográfica convencional....................................... 414.5.5 Imagem pelo sistema digital.................................................... 424.5.6 Mensuração <strong>da</strong>s <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ópticas...................................... 444.5.6.1 Sistema convencional................................................ 444.5.6.2 Sistema Digital Digora® Optime.......................... 464.5.7 Obtenção dos Valores <strong>da</strong> Radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> em Milímetros <strong>de</strong>alumínio.............................................................................. 474.5.7.1 Sistema Convencional............................................... 474.5.7.2 Sistema Digital Digora® Optime........................... 484.6 Análise estatística...................................................................... 49


155 RESULTADOS ...................................................................................................... 506 DISCUSSÃO ........................................................................................................... 567 CONCLUSÕES....................................................................................................... 61REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 63ANEXO.......................................................................................................................... 71ANEXO A – Certidão <strong>de</strong> aprovação do Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa. 72


Introdução16


171 IntroduçãoAs <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> têm sido utiliza<strong>da</strong>s como materiais restauradores hádéca<strong>da</strong>s, sendo atualmente o material estético <strong>de</strong> escolha mais utilizado <strong>para</strong>restaurações, inclusive em <strong>de</strong>ntes posteriores (CILLI; PRAKKI; ARAÚJO, 2000).Entretanto, a Odontologia ain<strong>da</strong> está distante <strong>de</strong> um material i<strong>de</strong>al <strong>para</strong> substituir aper<strong>da</strong> parcial ou total do órgão <strong>de</strong>ntal, busca-se assim, minimizar as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>snegativas dos materiais existentes. Diante disso, as características <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong><strong>compostas</strong> estão em constante transformação e aprimoramento. Assim, apesar <strong>de</strong>algumas modificações que se fazem necessárias, hoje as <strong>resinas</strong> po<strong>de</strong>m seremprega<strong>da</strong>s <strong>para</strong> <strong>de</strong>ntes posteriores.Inicialmente o maior <strong>de</strong>safio <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> em <strong>de</strong>ntesposteriores, girou em torno do seu <strong>de</strong>sgaste, entretanto esse problema parece estarcomeçando a ficar em segundo plano <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um acumulado avanço tecnológiconas últimas três déca<strong>da</strong>s. Hoje, minimizar a contração <strong>de</strong> polimerização e suasconseqüências como: <strong>de</strong>sa<strong>da</strong>ptação marginal (microinfiltração) e cáries secundáriastornou-se talvez a maior meta <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica (CILLI; PRAKKI; ARAÚJO,2000). Com base neste enfoque, verifica-se que outras proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s merecematenção quando se quer aprimorar um material. Assim, como forma <strong>de</strong> melhorar odiagnóstico, confirma-se que a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong>, é um dosrequisitos mais importantes <strong>para</strong> diferenciar o material restaurador <strong>da</strong> estrutura<strong>de</strong>ntal (GUTHER; PARDINI, 2005). Segundo a American Dental Association -Council on Dental Materials, Instruments and Equipment (1989), esta proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>quando em proporção a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, é uma <strong>da</strong>s cinco principais características i<strong>de</strong>aisque um compósito restaurador posterior <strong>de</strong>ve apresentar.Define-se radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> como a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> cinza que compõema imagem <strong>de</strong>sse material. Esta representa uma importante proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> ao seanalisar uma radiografia <strong>de</strong> um elemento <strong>de</strong>ntal restaurado com resina composta,porquanto estas <strong>de</strong>vem proporcionar imagens com radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> mínimasemelhante à do esmalte, aspecto importante quando a restauração é em <strong>de</strong>ntesposteriores (PEREIRA et al., 2005).Para Graziottin (2009) além <strong>da</strong> importância <strong>da</strong> distinção entre compósito etecido <strong>de</strong>ntários adjacente, faz-se necessário diferenciar cárie remanescente ou


18reincidência <strong>de</strong> cárie na imagem <strong>da</strong> restauração, i<strong>de</strong>ntificar espaços vazios nointerior <strong>da</strong>s restaurações, avaliar radiograficamente a a<strong>da</strong>ptação marginal cervical <strong>de</strong>restaurações classe II e avaliar o contorno proximal <strong>da</strong>s restaurações.Tendo em vista que a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> física indispensáveldos materiais <strong>de</strong>ntários, uma vez que auxilia no diagnóstico <strong>de</strong> lesões cariosassecundárias, o presente trabalho visa avaliar a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong>usa<strong>da</strong>s <strong>para</strong> <strong>de</strong>ntes posteriores, através <strong>de</strong> radiografias convencionais e digitais afim <strong>de</strong> contribuir <strong>para</strong> um melhor <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>sta proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> na diferenciação<strong>de</strong>stes materiais em relação aos tecidos <strong>de</strong>ntais adjacentes, conferindo um melhordiagnóstico <strong>para</strong> os <strong>de</strong>ntes tratados com estes compósitos.


Revisão <strong>de</strong>literatura19


202 Revisão <strong>de</strong> literatura2.1 Resinas <strong>compostas</strong> <strong>para</strong> <strong>de</strong>ntes posterioresA exigência estética <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> atual, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas técnicasrestauradoras e o aprimoramento <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> tem levado a um<strong>de</strong>senvolvimento crescente no uso <strong>de</strong>stes materiais. Com isso, suas indicaçõesforam amplia<strong>da</strong>s e hoje é ca<strong>da</strong> vez mais comum o uso <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> tanto nos <strong>de</strong>ntesanteriores quanto nos posteriores (ROCHA, 2006).Uma <strong>da</strong>s preocupações <strong>da</strong> Dentística Restauradora era encontrar um materialrestaurador que restabelecesse a morfologia, a função do elemento <strong>de</strong>ntário e aomesmo tempo apresentasse a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> resistência à abrasão, biocompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong>,capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> selamento marginal, reprodução <strong>da</strong> cor natural dos <strong>de</strong>ntes.Atualmente, po<strong>de</strong>-se dizer que as <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> se enquadram neste perfil,apesar <strong>de</strong> possuírem algumas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>sfavoráveis, tais como a contração <strong>de</strong>polimerização e o coeficiente <strong>de</strong> expansão térmica diferente <strong>da</strong> estrutura <strong>de</strong>ntal.(DAVIDSON; FEILZER, 1997; ROCHA, 2006; PEREIRA et al., 2005; QUINTELA etal., 2004).A primeira resina composta introduzi<strong>da</strong> como uma restauração classe IIocorreu em 1968. A princípio, essas restaurações falhavam cedo, em <strong>de</strong>corrência do<strong>de</strong>sgaste excessivo, sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ntária e/ou necrose pulpar, cárie recorrente, oufratura do material restaurador (CHRISTENSEN, 2005).Entre várias características essenciais <strong>para</strong> um material restaurador, as<strong>resinas</strong> <strong>de</strong>vem possuir uma a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> resistência à compressão, resistência àtração, resistência ao <strong>de</strong>sgaste, radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dimensional sob to<strong>da</strong>sas condições <strong>de</strong> uso, principalmente mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> temperatura. As gran<strong>de</strong>smu<strong>da</strong>nças térmicas ocorri<strong>da</strong>s na cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> bucal tornam o coeficiente <strong>de</strong> expansãotérmica relevante no uso dos materiais odontológicos e estudos têm sido feitos natentativa <strong>de</strong> encontrar materiais que possuam o coeficiente <strong>de</strong> expansão térmicapróxima ao <strong>da</strong>s estruturas <strong>de</strong>ntárias (POWERS; HOSTETLER; DENNISON, 1979).A American Dental Association – Council on Dental Materials, Instruments andEquipment (1989) relatou cinco principais características i<strong>de</strong>ais que um compósitorestaurador posterior <strong>de</strong>ve apresentar: (1) boa resistência ao <strong>de</strong>sgaste e à abrasão;


21(2) a<strong>da</strong>ptação precisa às margens cavitárias, tornando efetivo o selamento <strong>da</strong>restauração contra a penetração <strong>de</strong> fluídos orais; (3) resistência a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> à<strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção por água e outros solventes; (4) radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, que permitadiferenciar o material <strong>da</strong>s estruturas <strong>de</strong>ntárias adjacentes e facilitar a i<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> excessos nas margens; (5) manipulação e técnica razoáveis e claras.A evolução clínica dos compósitos restauradores em <strong>de</strong>ntes posteriores, naprática odontológica, e os sistemas a<strong>de</strong>sivos têm avançado significativamente nosúltimos anos. O compósito resinoso é um material aceito <strong>para</strong> restauração direta emelementos <strong>de</strong>ntais permanentes posteriores (CHRISTENSEN, 2005). Pacientes eprofissionais aceitam o procedimento em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong> estética e procedimentos menosinvasivos, quando se com<strong>para</strong> ao amálgama (CHRISTENSEN, 1998).De acordo com Joyce; Cook, (2003), as <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> apresentamproprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s superiores ao amálgama, tais como: baixa condutivi<strong>da</strong><strong>de</strong> térmica,a<strong>de</strong>são à estrutura do <strong>de</strong>nte, ausência <strong>de</strong> correntes galvânicas (correntes contínuas)e estética. Assim, são frequentemente utiliza<strong>da</strong>s <strong>para</strong> restaurar superfícies<strong>de</strong>ntárias, anteriormente realiza<strong>da</strong>s com amálgama <strong>de</strong> prata, uma vez que a resina éproduto <strong>de</strong> muito tempo <strong>de</strong> pesquisa foca<strong>da</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma opção <strong>de</strong>material como substituição ao amálgama, com proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas suficientes <strong>para</strong>suportar forças oclusais. Contudo, os compósitos fotopolimerizáveis necessitam sercolocados em incrementos <strong>de</strong> até 2 mm, acima disso, a luz não conseguepolimerizar a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente a resina.A incorporação <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong> carga a uma matriz resinosa promovemelhorias às proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos compósitos, porquanto reforçam a matriz resinosa,promovendo aumento na dureza e resistência, redução do <strong>de</strong>sgaste, contração <strong>de</strong>polimerização e expansão térmica. Promove ain<strong>da</strong>, redução na sorção <strong>de</strong> água,amolecimento, manchamento e aumento <strong>da</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>, a qual facilita odiagnóstico por meio <strong>da</strong> incorporação <strong>de</strong> metais pesados que absorvem os raios X(ANUSAVICE, 2005).Houve uma série <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> classificação proposto <strong>para</strong> <strong>de</strong>screvercompósitos restauradores. Um dos sistemas <strong>de</strong> classificação mais utilizado baseiaseem partículas <strong>de</strong> preenchimento. Como compósitos restauradores têm evoluído, otamanho <strong>da</strong>s partículas <strong>de</strong> carga e a sua distribuição <strong>de</strong> tamanho foram alterados,em uma tentativa <strong>de</strong> alcançar as melhores proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s mecânicas possíveis,mantendo ao mesmo tempo a estética. Esta discussão usa as seguintes


22classificações gerais: micropartículas, híbri<strong>da</strong>s, convencionais e compômeros. Alémdisso, subclassificações, incluindo flow, nano e microhíbri<strong>da</strong>s (PUCKETT et al.,2007; ANUSAVICE, 2005).As <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> híbri<strong>da</strong>s apresentam proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s mecânicas e físicasintermediárias entre as <strong>resinas</strong> <strong>de</strong> partículas pequenas e as convencionais(macroparticula<strong>da</strong>s), permitindo assim, sua utilização clínica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> restaurações emelementos <strong>de</strong>ntários anteriores, em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong> sua lisura superficial e resistência,bem como seu emprego em áreas sujeitas a gran<strong>de</strong>s tensões, como asrestaurações posteriores (ANUSAVICE, 2005).As <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> con<strong>de</strong>nsáveis formam categorias especiais <strong>de</strong>compósitos híbridos (ANUSAVICE, 2005). Quintela et al. 2004 têm sugerido queestas po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>da</strong>s como alternativa <strong>para</strong> restauração em <strong>de</strong>ntes posteriores,visto que apresentam taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste reduzido, com<strong>para</strong>do-se às <strong>resinas</strong>convencionais, maior resistência às forças mastigatórias, baixa contração <strong>de</strong>polimerização e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ser con<strong>de</strong>nsável, permitindo o estabelecimento docontato proximal <strong>de</strong>finido.Os fabricantes dos compósitos con<strong>de</strong>nsáveis têm sugerido que estes po<strong>de</strong>mser colocados em massa, por apresentarem menor grau <strong>de</strong> contração <strong>de</strong>polimerização, diminuição <strong>da</strong> infiltração e aumento <strong>da</strong> tenaci<strong>da</strong><strong>de</strong> à fratura eresistência ao <strong>de</strong>sgaste em relação aos tradicionais compósitos híbridos (JOYCE;COOK, 2003).O surgimento <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> forneceu gran<strong>de</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>restabelecer estética em restaurações <strong>de</strong>ntais. Contudo, <strong>para</strong> uma análise docontorno <strong>da</strong> restauração, ponto <strong>de</strong> contato, a<strong>da</strong>ptação marginal, formação <strong>de</strong> gap epresença <strong>de</strong> cáries secundárias, faz-se necessário que estes materiais apresentemradiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> suficiente, <strong>para</strong> que possam ser observados durante o exameradiográfico (FLORES, 2001).Segundo Anusavice (2005) as <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> são inerentementeradiolúci<strong>da</strong>s e vários problemas po<strong>de</strong>m não ser <strong>de</strong>tectados, caso o contraste nasradiografias não seja conseguido. Dessa forma, a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>importante <strong>para</strong> qualquer material restaurador utilizado em <strong>de</strong>ntes posteriores.


232.2 Radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> e diagnóstico radiográficoA radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>, quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> cinza que compõem a imagem <strong>de</strong>um material (PEREIRA et al., 2005), é uma característica conferi<strong>da</strong> pelosradiopacificadores acrescidos aos diferentes materiais odontológicos (ANUSAVISE,2005). Nas <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s partículas <strong>de</strong> carga é alcança<strong>da</strong>por diferentes tipos <strong>de</strong> vidros e cerâmicas que contêm átomos <strong>de</strong> metais pesadoscomo bário (Ba), estrôncio (Sr), zircônio (Zr), zinco (Zn) e itérbio (Yb) (ANUSAVISE,2005; PEREIRA, et al., 2005). Estas partículas po<strong>de</strong>m variar em suasconcentrações, influenciando <strong>de</strong>sta forma no grau <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos materiais.Usualmente, os compósitos utilizados em <strong>de</strong>ntes anteriores possuem menores ebaixa concentração <strong>de</strong> partículas em relação aos indicados <strong>para</strong> <strong>de</strong>ntes posteriores(HOSODA; YAMADA; INOKOSHI, 1990; WATTS, 1987).Em adição à especificação nº27 <strong>de</strong> 1977 <strong>da</strong> American Dental Association(ADA), a qual reconheceu a utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> <strong>de</strong> restaurações diretas emOdontologia, em 1981 a especificação do Conselho <strong>de</strong> Materiais Dentários,Instrumentos e Equipamentos <strong>da</strong> ADA, recomendou a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> como umrequisito <strong>de</strong>sejável nestes materiais. Então <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1989, <strong>para</strong> esta instituição, aradiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> tornou-se uma <strong>da</strong>s cinco principais características i<strong>de</strong>ais que umcompósito restaurador posterior <strong>de</strong>ve apresentar.É requisito obrigatório <strong>para</strong> a International Stan<strong>da</strong>rdization Organization -ISO/DP4049, (1985) que a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um compósito com 2mm <strong>de</strong> espessura<strong>de</strong>va ser igual ou maior a <strong>de</strong> espécimes <strong>de</strong> alumínio com as mesmas proporções emmilímetros, ou mais (GOSHIMA; GOSHIMA, 1989) e menos radiopaco que aespessura equivalente a 99.5% <strong>de</strong> alumínio puro ( ISO/ 2000).A radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos compósitos a base <strong>de</strong> resina permite <strong>de</strong>tectar cáriessecundárias, <strong>de</strong>feitos marginais, contornos <strong>de</strong> restaurações, contatos com <strong>de</strong>ntesadjacentes, excesso <strong>de</strong> material restaurador e fen<strong>da</strong>s nas interfaces. Estes fatoresaliados às boas características físicas, facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> manipulação e, especialmente,sua estética satisfatória é que fazem com que estes materiais estejam sendoamplamente utilizado na Odontologia (HARA et al., 2001; RUBO; EL-MOWAFY,1998; TARGUT; ATTAR; ONEN, 2003).Os materiais restauradores <strong>de</strong>vem ter radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> suficiente <strong>para</strong> distinguilos<strong>da</strong>s estruturas vizinhas <strong>de</strong> maneira a favorecer a localização <strong>de</strong> corpos


24estranhos, já que, os mesmos po<strong>de</strong>m ser aspirados inadverti<strong>da</strong>mente ou mesmo seencontrarem na região <strong>de</strong> submucosa ou intra-óssea, como causa <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte outrauma, bem como na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> espaços vazios no interior <strong>da</strong>s restaurações,avaliação do contorno proximal e a<strong>da</strong>ptação marginal cervical <strong>de</strong> restauraçõesclasse II (GRAZIOTTIN, 2009), além <strong>de</strong> facilitar a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> cáries secundárias(MURCHISON; CHARLTON; MOORE, 1999). Por isso que esta característica<strong>de</strong>nota tanta importância como proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> física dos materiais <strong>de</strong>ntários <strong>de</strong> usointra-oral. (ABREU, TAVARES, VIEIRA, 1977; BEYER-OLSEN, ORSTAVIK, 1981).Além <strong>de</strong> todo benefício oferecido pela radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>, vale ressaltar que aopermitir o regulamento do grau <strong>de</strong> reflexão dos materiais proporcionando umcontraste entre o mesmo e a estrutura <strong>de</strong>ntária radiografa<strong>da</strong>, tal proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> é capaz<strong>de</strong> admitir a avaliação dos excessos <strong>de</strong> materiais restauradores, <strong>da</strong>s fen<strong>da</strong>smarginais gengivais, dos contornos interproximais, assim como, <strong>da</strong>s cáriesrecorrentes nas áreas gengivais (SHAH et al., 1997). Diante disto, o Conselho <strong>de</strong>Materiais Dentários, Instrumentos e Equipamentos (Council on Dental Materials,Instruments and Equipments) revisou as exigências <strong>para</strong> os materiais restauradoresa base <strong>de</strong> resina e acrescentou a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> aos requisitos biológicos, físicos emecânicos <strong>de</strong>stes materiais (SALZEDAS; LOUZADA; OLIVEIRA FILHO, 2006).Para o Conselho <strong>de</strong> Materiais Dentários, Instrumentos e Equipamentos (1983), aradiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos materiais restauradores <strong>de</strong>ve ser maior que a do esmalte,possibilitando a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> cáries recorrentes.Um dos exames complementares mais realizados pelo cirurgião-<strong>de</strong>ntista é oexame radiográfico. Sejam <strong>para</strong> fins diagnósticos ou como controles periódicos, asradiografias necessitam fornecer uma imagem <strong>de</strong> boa quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>para</strong> isso énecessário que o material restaurador apresente uma a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> como objetivo <strong>de</strong> diferenciá-lo <strong>da</strong>s estruturas <strong>de</strong>ntárias adjacentes, bem como lesões <strong>de</strong>cárie remanescente (GRAZIOTTIN, 2009).Kidd (1990) constatou a <strong>de</strong>ficiência dos cirurgiões-<strong>de</strong>ntistas no diagnóstico <strong>de</strong>cáries secundárias, bem como as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> diagnóstico, comocertificar se uma margem <strong>de</strong>feituosa indica cárie secundária e diferenciar cáriesecundária <strong>da</strong> cárie residual e ativa. O autor enfatiza que é necessário produzircritérios clínicos <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> doença, os quais po<strong>de</strong>rão ser utilizados na prática.Aliado a isso, um bom exame radiográfico com contrastes em boas proporções semdúvi<strong>da</strong> auxiliaria no diagnóstico final.


25Na interpretação <strong>da</strong>s imagens radiográficas <strong>da</strong>s restaurações, é necessárioque os materiais restauradores sejam radiopacos a ponto <strong>de</strong> permitir um contrasteentre o <strong>de</strong>nte e a restauração. No entanto, nem sempre os materiais empregadospossuem radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> suficiente <strong>para</strong> que sejam distinguidos dos tecidosmineralizados (SALZEDAS et al., 2005). As <strong>resinas</strong> com nanotecnologia inovaramno quesito radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>, acrescentando ao invés <strong>de</strong> partículas vítreas <strong>de</strong> metaispesados, o óxido <strong>de</strong> tântalo, uma molécula capaz <strong>de</strong> se apresentar em escalananométrica na forma <strong>de</strong> um monômero, cuja radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> se assemelha a doesmalte – ti<strong>da</strong> como i<strong>de</strong>al (CHAN, 1999).Desproporções nos níveis <strong>de</strong> cinza <strong>para</strong> menos ou mais po<strong>de</strong>m colaborar<strong>para</strong> um diagnóstico falho. Assim, se a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> do compósito exce<strong>de</strong>r <strong>de</strong>maisa radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> do esmalte, a formação <strong>de</strong> fen<strong>da</strong>s ou cáries secundárias po<strong>de</strong>tornar-se <strong>de</strong>spercebi<strong>da</strong> (ANUSAVISE, 2005).Anusavise (2005), afirmou que <strong>para</strong> se obter um diagnóstico ótimo, basta quena imagem radiográfica a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> do material restaurador seja semelhante ado esmalte, que é aproxima<strong>da</strong>mente o dobro <strong>da</strong>quela <strong>da</strong> <strong>de</strong>ntina, entretanto <strong>para</strong> aADA (1993) a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> i<strong>de</strong>al <strong>para</strong> os materiais restauradores <strong>de</strong>ve ser análogaa 2 mmAl, ou maior (International Stan<strong>da</strong>rds Organization - ISO 4049:2000). Mesmoassim Pedrosa et al., (2007) observaram que a resina Natural Flow®, comradiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> equivalente a 1,5 mmAl, quando usa<strong>da</strong> como base numa restauração,não é capaz <strong>de</strong> influenciar negativamente <strong>de</strong> forma significativa a interpretação <strong>de</strong>imagens radiográficas sugestivas <strong>de</strong> cárie secundária.Hara et al. (2001) com<strong>para</strong>ram 13 materiais restauradores (um ionômero <strong>de</strong>vidro convencional, três ionômeros <strong>de</strong> vidro modificados por resina composta, seisresina composta modifica<strong>da</strong> por poliácidos e três <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong>) com asestruturas <strong>de</strong>ntárias. Pre<strong>para</strong>ram 315 espécimes com 2 mm <strong>de</strong> altura por 4,1mm <strong>de</strong>diâmetro. Radiografaram os espécimes junto com a amostra <strong>de</strong> estrutura <strong>de</strong>ntária eo penetrômetro <strong>de</strong> alumínio. Os valores <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> espécime forammensurados utilizando um <strong>de</strong>nsitômetro <strong>de</strong> transmissão (IDIM 820). Os resultadosevi<strong>de</strong>nciaram que todos os materiais mostraram radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> maior que asestruturas <strong>de</strong>ntárias, exceto uma resina composta, uma resina poliácido modifica<strong>da</strong>,um ionômero <strong>de</strong> vidro modificado por resina e o ionômero <strong>de</strong> vidro convencional.Ao analisarem a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> quatro marcas <strong>de</strong> <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong>microhíbri<strong>da</strong>s (Filmagic – Vigo<strong>de</strong>nt, Herculite – Kerr, TPH – Dentsply, W3D – Wilcos


26na cor A3) e as com<strong>para</strong>rem com o esmalte <strong>de</strong>ntal por meio <strong>de</strong> radiografia digitaldireta (Visualix® Dentsply-Gen<strong>de</strong>x), Takeshita, et al., (2004) verificaram que a resinacomposta TPH apresentou os maiores valores médios <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica, segui<strong>da</strong>pela Herculite, W3D e Fill Magic. Assim, concluíram que as <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> nasespessuras estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s (1, 2, 3 mm) obtiveram valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> ópticasuperiores a do esmalte, portanto satisfatórias <strong>para</strong> o uso clínico.Em 2005, Pereira et al. avaliaram os diferentes níveis <strong>de</strong> cinza <strong>de</strong> quatro<strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> microhíbri<strong>da</strong>s (Concept – Vigo<strong>de</strong>nt; Herculite - Sybron/Kerr;IntenS - Ivoclar Viva<strong>de</strong>nt e Z 100 - 3M ESPE, na cor A2) através do sistema <strong>de</strong>radiografia digital direto Sens-a-Ray. Os menores níveis foram observados na resinaHerculite, que diferiu estatisticamente <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais, enquanto os maiores níveis foramapresentados pelas <strong>resinas</strong> IntenS e Z 100. Os autores concluíram que na medi<strong>da</strong>em que aumentava a espessura <strong>da</strong>s placas contendo as <strong>resinas</strong>, os níveis <strong>de</strong> cinzatambém se elevavam.Sabbagh; Vreven; Leloup (2004) com<strong>para</strong>ram a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 41materiais resinosos <strong>de</strong> uso odontológico através <strong>de</strong> radiografias convencionais e umsistema digital semi-direto (Digora). Eles observaram que as <strong>resinas</strong> Flowmostraram-se mais radiopacas que a <strong>de</strong>ntina, enquanto a maioria dos materiais <strong>de</strong>base foi mais radiopaco que o esmalte. Os compósitos microparticuladosapresentaram-se “radiolúcidos”. Os autores observaram que o valor <strong>da</strong> massamolecular dos radiopacificadores era quem <strong>de</strong>finia o valor dos níveis <strong>de</strong> cinza dosmateriais. Assim, quanto mais elevado o peso molecular dos elementos químicos,mais radiopaca tornava-se a imagem.Soares et al. (2007) avaliaram a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> através <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica<strong>de</strong> quatro <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> (Filtek Supreme - 3M/ESPE; 4 Seasons - IvoclarViva<strong>de</strong>nt; EsthetX – Dentsply; Filtek Z250 - 3M/ESPE, to<strong>da</strong>s na cor A3) e acomposição <strong>de</strong>sses materiais quanto à presença <strong>de</strong> elementos químicosresponsáveis por sua <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica. Os autores observaram as médias <strong>de</strong><strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica (pixels) em 2 mm e 4 mm. As <strong>resinas</strong> testa<strong>da</strong>s apresentaramvalores médios elevados <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica, nas duas espessuras. A resinaEsthetX obteve os maiores valores nas duas medi<strong>da</strong>s avalia<strong>da</strong>s, diferindo <strong>da</strong> FiltekSupreme, que apresentou os menores valores. Quanto à composição dos materiais,eles observaram que não houve correlação entre os valores médios <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>


27óptica e o percentual em peso <strong>de</strong> elementos químicos responsáveis por estacaracterística.Murchison; Charlton; Moore (1999) avaliaram a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> oito <strong>resinas</strong>flow indica<strong>da</strong>s <strong>para</strong> <strong>de</strong>ntes anteriores e posteriores, com<strong>para</strong>ndo-as com aradio<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos tecidos <strong>de</strong>ntais, esmalte e <strong>da</strong> <strong>de</strong>ntina. Das oito <strong>resinas</strong> flowtestados, apenas três apresentaram radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> igual ou maior do que o esmalte(TetrJc Flow, Flow-It LF, Hetculite XRV), uma orientação amplamente segui<strong>da</strong> pelosclínicos <strong>para</strong> a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> diagnóstico <strong>de</strong> cáries recorrentes. A radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>dos cinco outros materiais não foi estatisticamente maior do que a <strong>de</strong>ntina.Alguns fatores na composição <strong>de</strong> uma resina po<strong>de</strong>m influenciar na análise<strong>da</strong>s mesmas. A simples pigmentação po<strong>de</strong> propiciar resultados diferentes aoanalisar uma mesma marca <strong>de</strong> resina. Assim concluíram BIANCHI e SILVA et al.(2005) ao com<strong>para</strong>rem a composição química <strong>de</strong> duas <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong>compactáveis (SOLITAIRE® - Kulzer, e PRODIGY CONDENSABLETM - Kerr) emquatro diferentes cores (incisal/extra-light, A2, A3 e B3) que a proporção <strong>da</strong>composição química <strong>de</strong> um mesmo material po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> acordo com a coranalisa<strong>da</strong>, e consequêntemente levará a alterações <strong>de</strong> resultados em análises <strong>de</strong>radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>.Nos procedimentos restauradores, por serem tecidos <strong>de</strong>ntários perdidos queestão sendo substituídos, a característica <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos compósitos <strong>de</strong>ve seridêntica ou comparável às <strong>da</strong> estrutura <strong>de</strong>ntal que se visa substituir. Desta forma, aradiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> tem importância clínica, haja vista interessa não só ao radiologista,mas também ao clínico, que po<strong>de</strong>ria distinguir as diferentes <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> entresi, <strong>de</strong> outros materiais, <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong>ntárias, <strong>de</strong> lesões <strong>de</strong> cárie e <strong>de</strong> outrasalterações, levando a diagnósticos mais precisos e, <strong>de</strong>sta forma, beneficiandodiretamente os pacientes (GRAZIOTTIN, 2009).2.3 Estudos <strong>da</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> nos sistemasA imagem digital representa um gran<strong>de</strong> avanço <strong>para</strong> o diagnóstico, poispermite a obtenção <strong>de</strong> informações adicionais quando com<strong>para</strong><strong>da</strong> à radiografiaconvencional (HEHN et al., 2007). Ao longo dos últimos anos, os sistemas quepo<strong>de</strong>m gerar imagens digitais sem a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um filme radiográfico tornaram-


28se disponíveis <strong>para</strong> uso na prática clínica e estão ganhando populari<strong>da</strong><strong>de</strong> entre osprofissionais (MILES; LANGLAIS; PARKIS, 1999).Nas radiografias digitais a aquisição <strong>da</strong>s imagens po<strong>de</strong> ser realiza<strong>da</strong> <strong>de</strong> trêsformas: indireta, semi-direta e direta. A forma indireta é aquela on<strong>de</strong> uma radiografiaconvencional é digitaliza<strong>da</strong> através <strong>de</strong> scanners, após escanea<strong>da</strong>, a imagem po<strong>de</strong>ser manipula<strong>da</strong> e armazena<strong>da</strong>. Na semi-direta, placas <strong>de</strong> fósforo fotoestimula<strong>da</strong>s(PSP - Photostimulable Phosphor) armazenam uma imagem latente por um período,e a aquisição <strong>da</strong> imagem se dá por um feixe <strong>de</strong> laser que percorre a placa liberandoa energia em forma <strong>de</strong> luz, esta é então captura<strong>da</strong> por um sensor fotomultiplicador eo sinal é convertido em valores <strong>de</strong> pixels. Nos sistemas diretos a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> dosfeixes <strong>de</strong> raios-x é medi<strong>da</strong> diretamente em um meio eletrônico constituído <strong>de</strong> umgran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> elementos fotossensíveis (CCD - Charge Coupled Device)estimuláveis. O sensor é colocado na boca e conectado a um computador através<strong>de</strong> um cabeamento USB (Universal Barramento Serial). O sinal é então enviado <strong>de</strong>forma elétrica e convertido digitalmente (KHOCHT et al., 2003; FLORES, 2001;MILES; LANGLAIS; PARKIS, 1999; PARKS e WILLIAMSON, 2002).Os pixels (picture elements) representam o ponto <strong>de</strong> resolução gráfica quecorrespon<strong>de</strong> à menor uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> informação <strong>da</strong> imagem digital. Estes sãoorganizados em um arranjo fixo <strong>de</strong> linhas e colunas, <strong>de</strong>nominado matriz, e sãorepresentados por números ou dígitos. O tamanho e o número <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> pixel <strong>da</strong>imagem caracterizam a matriz digital, com influência na resolução espacial <strong>da</strong>imagem (MILES, 1993; VAN DER STELT, 2000; MAURIELLO & PLATIN, 2001).Na radiografia convencional a imagem é obti<strong>da</strong> por filmes radiográficos econsiste na interação dos raios-x com elétrons <strong>da</strong> emulsão do filme produzindo umaimagem latente. A imagem é forma<strong>da</strong> e armazena<strong>da</strong> nos grãos <strong>de</strong> prata metálicaque se encontram aleatoriamente dispersos na própria emulsão do filmeradiográfico. Esta imagem é processa<strong>da</strong> quimicamente até torna-se uma imagemvisível. Quando esta radiografia é visualiza<strong>da</strong> por meio <strong>de</strong> um negatoscópio, asimagens <strong>da</strong>s diferentes concentrações e tamanhos <strong>de</strong>stes grãos <strong>de</strong> prata sãopercebi<strong>da</strong>s pelo olho humano como <strong>de</strong> diferentes tonali<strong>da</strong><strong>de</strong>s que variam do pretoao branco, apresentando diversos tons intermediários <strong>de</strong> cinza (PARKS eWILLIAMSON, 2002; PONTUAL, A.A., 2007).Ao com<strong>para</strong>r-se o sistema Digora em relação à radiografia convencionalalgumas vantagens po<strong>de</strong>m ser ditas, tais como: diminuição no número <strong>de</strong>


29repetições, pois o contraste e a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> imagem digital po<strong>de</strong>m ser modificadospor meio <strong>da</strong> manipulação <strong>da</strong> imagem através <strong>de</strong> softwares; os seus receptores <strong>de</strong>imagem requerem, em princípio, menor dose <strong>de</strong> radiação, reduzindo em até 80% adose <strong>de</strong> radiação necessária; não há sub ou super-revelação; rapi<strong>de</strong>z no processo;não necessita <strong>de</strong> processamento químico-úmido ou câmara escura, eliminando-se,assim, o efeito prejudicial do processamento radiográfico ina<strong>de</strong>quado na quali<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong> imagem; a placa óptica po<strong>de</strong> ser reutiliza<strong>da</strong>, e possui as mesmas dimensões eforma do filme periapical, entretanto, é rígi<strong>da</strong> e não po<strong>de</strong> ser dobra<strong>da</strong> (TYNDALL etal., 1998; WENZEL, 1995; WENZEL, 2000; HINTZE et al., 2002; PAI &ZIMMERMAN, 2002; MOORE, 2002; DUARTE, 2007).Vários aprimoramentos po<strong>de</strong>m ser realizados nas imagens, entretanto o meroprocessamento não é capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>svirtuar a informação inerente <strong>de</strong> uma imagemdigital. O melhoramento <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> e do contraste po<strong>de</strong> favorecer o diagnóstico<strong>de</strong> acordo com a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do clínico, <strong>de</strong>sta forma <strong>para</strong> melhor visualização <strong>de</strong>uma per<strong>da</strong> óssea marginal a imagem po<strong>de</strong> adquirir tons mais claros, o contrárioacontece quando se <strong>de</strong>seja visualizar lesões <strong>de</strong> cárie, uma vez que os tons maisescuros são mais apropriados (DUARTE, 2007).Cook (1981) investigou a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 33 materiais à base <strong>de</strong> resinacomposta mensurando-as em termos <strong>de</strong> sua equivalente espessura em liga <strong>de</strong>alumínio. Os corpos <strong>de</strong> prova avaliados continham 1, 2 e 4mm <strong>de</strong> espessura. Foramconfeccionados dois penetrômetros, um em liga <strong>de</strong> alumínio e outro em puroalumínio. O autor utilizou dois sistemas convencionais, sendo um aparelho <strong>de</strong> raiosxsem ajuste <strong>da</strong> corrente e <strong>da</strong> voltagem, e o outro um aparelho <strong>de</strong> raios-x calibrado.Os resultados mostraram que houve diferenças estatísticas entre os valores <strong>de</strong>radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> obtidos com as diferentes uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> raios X e as combinações <strong>de</strong>filmes. O autor concluiu que houve uma gran<strong>de</strong> variação nos valores <strong>de</strong>radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos 33 materiais com<strong>para</strong>dos com os seus equivalentes em liga <strong>de</strong>alumínio; a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 30% dos materiais foi menor que a <strong>da</strong> <strong>de</strong>ntina, e aradiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os materiais chamados <strong>de</strong> radiopacos por seus fabricantesfoi maior que a <strong>da</strong> <strong>de</strong>ntina.Omer, Wilson e Watts (1986) mediram a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 21 <strong>resinas</strong><strong>compostas</strong> recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s <strong>para</strong> uso em <strong>de</strong>ntes posteriores utilizando um<strong>de</strong>nsitômetro <strong>de</strong> transmissão (Mo<strong>de</strong>lo DT 1505; R.Y. Parry Ltd.). Concluíram que,<strong>da</strong>s 21 <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> com<strong>para</strong><strong>da</strong>s em sua radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> com um penetrômetro


30<strong>de</strong> alumínio e uma fatia <strong>de</strong> um molar permanente, treze exibiram radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> igualou superior a do esmalte; cinco foram menos radiopacas do que a <strong>de</strong>ntinaexamina<strong>da</strong>, e os três materiais restantes apresentaram uma radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>intermediária entre a do esmalte e a <strong>da</strong> <strong>de</strong>ntina.Gür<strong>da</strong>l e Ak<strong>de</strong>niz (1998) com<strong>para</strong>ram a <strong>de</strong>nsitometria radiográfica com aanálise <strong>da</strong> imagem digital indireta <strong>para</strong> avaliar a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> nove diferentesmateriais restauradores resinosos. Foram utilizados <strong>para</strong> o estudo um amálgama <strong>de</strong>prata (Standulley F) e nove materiais diferentes à base <strong>de</strong> resina (Estilux, ClearfilPhotocore, Charisma, Clearfil Ray Posterior, Clearfil Ap-X, P50, Brilliant Dentine,Valux Plus e Dyract). Foram confeccionados três corpos <strong>de</strong> prova <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> materialanalisado (10mm <strong>de</strong> diâmetro por 2mm <strong>de</strong> espessura). Em segui<strong>da</strong>, as amostrasforam radiografa<strong>da</strong>s juntamente com secções transversais <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes humanoshígidos e cariados, com 2mm <strong>de</strong> espessura e um penetrômetro <strong>de</strong> alumínio. A<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> foi verifica<strong>da</strong> através <strong>da</strong> avaliação <strong>de</strong>nsitométrica <strong>da</strong>s radiografias, e coma função <strong>de</strong> histograma <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> imagem (Image Tool 1.27,University of Texas Health Sciences Center, Texas, E.U.A.), após a digitalização <strong>da</strong>sradiografias com um drum-scanner. Os dois métodos produziram essencialmenteresultados semelhantes. To<strong>da</strong>s as <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s estavam emconcordância com as exigências <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>para</strong> esses materiais. Usandoambos os métodos <strong>de</strong> exames, Estilux <strong>de</strong>monstrou ser o material cuja radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>foi mais próxima à <strong>da</strong> <strong>de</strong>ntina, enquanto que Dyract foi o mais radiopaco.Sabbagh; Vreven; Leloup (2004) com<strong>para</strong>ram a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 41materiais resinosos <strong>de</strong> uso odontológico através <strong>de</strong> radiografias convencionais e umsistema digital semi-direto (Digora). Para os filmes radiográficos as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica foram realiza<strong>da</strong>s usando um <strong>de</strong>nsitômetro X-Rite e a equivalênciaem mmAl foi calcula<strong>da</strong>. Para o sistema convencional o tempo <strong>de</strong> exposição foi <strong>de</strong>0,16 segundos, <strong>para</strong> o sistema digital foi <strong>de</strong> 0,32 segundos e as imagens envia<strong>da</strong>s<strong>para</strong> software <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> imagem (Image NIH Engenharia), em segui<strong>da</strong>,gerou-se uma curva <strong>de</strong> calibração <strong>para</strong> valores em pixel. Os resultados mostraramque apesar <strong>de</strong> to<strong>da</strong> tecnologia e benefícios que o sistema digital oferece, o sistemaconvencional pareceu mensurar <strong>de</strong> forma mais acura<strong>da</strong> a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dosmateriais.Flores, em 2001, avaliou a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> oito tipos <strong>de</strong> <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong><strong>para</strong> restaurações <strong>de</strong> classe II (ALERT – Jeneric Pentron; Charisma – Haraeus


31Kulzer; Definite – Degusa Hulls; FillMagic – Vigo<strong>de</strong>nt; P60 – 3M; Prodigy – Kerr;Surefil – Dentsply; Z250 – 3M). O autor comparou os corpos <strong>de</strong> prova (2mmespessura X 4mm largura) com esmalte, <strong>de</strong>ntina e alumínio utilizando além <strong>de</strong>quatro sistemas digitais (dois semi-diretos e dois diretos), o sistema convencionalcom o filme radiográfico tipo F. To<strong>da</strong>s as <strong>resinas</strong> analisa<strong>da</strong>s mostraramradiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> igual ou superior ao esmalte (p=0,05). Os dois sistemas semi-diretos(Digora e DenOptix) mostraram resultados semelhantes entre si, assim como ossistemas diretos, no entanto o Sens-A-Ray apresentou média semelhante ao filmeconvencional.Bal<strong>de</strong>a et al. (2009) mensuraram a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sete <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong>flúi<strong>da</strong>s (Tetric EvoFlow ® A3 - Ivoclar Viva<strong>de</strong>nt; PermaFlo ® A1 – Ultra<strong>de</strong>nt; FiltekSupreme XT ® A3 - 3M ESPE; On<strong>da</strong> ® A3 – SDI; Starflow ® A2 - Danville Materiais;Els fluxo ® A3op - SAREMCO Dental AG; e SYNERGY Nano Formula ® A2/B2 -Coltène Whale<strong>de</strong>nt). Os corpos <strong>de</strong> prova mediam 8mm <strong>de</strong> diâmetro por 1mm <strong>de</strong>espessura e foram com<strong>para</strong>dos às amostras <strong>de</strong> fatias <strong>de</strong> 1 mm <strong>de</strong> espessura <strong>de</strong>esmalte e <strong>de</strong>ntina <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes molares humanos e a um penetrômetro <strong>de</strong> alumínio. Osautores utilizaram o sistema digital indireto e as radiografias digitaliza<strong>da</strong>s foramanalisa<strong>da</strong>s usando um Image J (versão 1.37V analisador <strong>de</strong> imagem) (WayneRasband Nacional Institutes of Health, Bethes<strong>da</strong>, MD, E.U.A.). Os autoresconcluíram que a Tetric EvoFlow ® A3 apresentou valores <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>significativamente superiores ao esmalte e, todos os materiais testadosapresentaram valores <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> superiores ao <strong>da</strong> <strong>de</strong>ntina.Alguns estudos mais recentes utilizam a radiografia digital como única forma<strong>de</strong> avaliação <strong>para</strong> observação <strong>de</strong> variados fatores no diagnóstico, to<strong>da</strong>via, acom<strong>para</strong>ção entre os dois métodos na avaliação <strong>de</strong> uma situação é bastanteinteressante, principalmente do ponto <strong>de</strong> vista clínico on<strong>de</strong> a radiografiaconvencional ain<strong>da</strong> é a principal forma <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> imagens na clínicaodontológica (FLORES, 2001).


Objetivos32


333. Objetivos3.1 Objetivo geral:O presente estudo tem como objetivo avaliar in vitro a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> usa<strong>da</strong>s <strong>para</strong> <strong>de</strong>ntes posteriores.3.2 Objetivos Específicos:- Com<strong>para</strong>r a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> quatro <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> <strong>para</strong> <strong>de</strong>ntes posteriores(Estelite ∑ Sigma - Tokuyama Dental ®; Herculite Classic – Kerr®; Filtek P60 – 3MESPER; Rok - SDI®) e verificar qual <strong>de</strong>las apresenta maior radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>.- Com<strong>para</strong>r os valores <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> nos sistemas <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong>imagem radiográfica convencional e digital.- Com<strong>para</strong>r os valores <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> com os tecidos <strong>de</strong>ntaisesmalte e <strong>de</strong>ntina.


Materiais emétodos34


354. Materiais e métodos4.1 Consi<strong>de</strong>rações éticasEm <strong>de</strong>corrência do uso <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes humanos, os quais foram doados pelaClínica <strong>de</strong> Cirurgia II, do Departamento <strong>de</strong> Clínica e Odontologia Social, <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba (UFPB), o presente trabalho teve seu projeto <strong>de</strong>pesquisa submetido à apreciação do Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa do HospitalUniversitário Lauro Wan<strong>de</strong>rley, cujo aceite foi protocolado sob número 204/10(ANEXO A).4.2 Desenho do EstudoTrata-se <strong>de</strong> um estudo experimental com<strong>para</strong>tivo com análises in vitro, on<strong>de</strong>se avaliou a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> através <strong>de</strong> dois sistemas <strong>de</strong>aquisição <strong>de</strong> imagem radiográfica: convencional e sistema digital semi-direto.Comparou-se a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> entre si, nos sistemas, àsestruturas <strong>de</strong>ntais (esmalte e <strong>de</strong>ntina) <strong>de</strong> fatias <strong>de</strong> molares hígidos e a umpenetrômetro <strong>de</strong> alumínio.4.3 Local <strong>da</strong> pesquisaEsta pesquisa foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> na Clínica <strong>de</strong> Dentística II, do Departamento<strong>de</strong> Clínica e Odontologia Social, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba (UFPB) <strong>para</strong>confecção dos corpos <strong>de</strong> prova e corte dos <strong>de</strong>ntes. Na Clínica Boris Berenstein(Recife-PE, Brasil) foram realiza<strong>da</strong>s a aquisição <strong>da</strong>s radiografias convencionais edigitais, assim como o processamento <strong>da</strong>s imagens digitais. Na Clínica <strong>de</strong>Radiologia Odontológica II, do Departamento <strong>de</strong> Clínica e Odontologia Social, <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba (UFPB) foi realizado o processamento químico dosfilmes convencionais. Em segui<strong>da</strong>, proce<strong>de</strong>u-se a análise <strong>da</strong>s imagens radiográficasno Laboratório <strong>de</strong> Metrologia <strong>da</strong>s Radiações Ionizantes, do Departamento <strong>de</strong>Energia Nuclear (DEN) <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco (UFPE).


364.4 AmostraForam analisa<strong>da</strong>s quatro marcas <strong>de</strong> <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong>, indica<strong>da</strong>s <strong>para</strong><strong>de</strong>ntes posteriores (Estelite ∑ - Sigma - Tokuyama Dental®, Japan; Herculite Classic– Kerr®, USA; Filtek P60 – 3M ESPER®, USA ; Rok - SDI®, Victoria, Austrália),to<strong>da</strong>s na cor B2 e micro-híbri<strong>da</strong>s, exceto a Rok - SDI®, que é híbri<strong>da</strong> (Figura 1).Confeccionou-se cinco corpos <strong>de</strong> prova <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> resina composta, o que resultou em20 corpos <strong>de</strong> prova ao final. As <strong>de</strong>scrições dos compósitos encontram-se no Quadro1.Quadro 1 – Resinas <strong>compostas</strong> utiliza<strong>da</strong>s no estudoRESINAS COMPOSIÇÃO LOTE FABRICANTEMatriz: Bis-GMA e trietilenoglicolEstelite ∑Filtek TMP60HerculiteClassicRokdimetacrilato;Carga inorgânica: 71% do volume <strong>de</strong> sílicae zircônia; tamanho <strong>da</strong>s partículas <strong>de</strong> 0,1 a3,0 µm.Matriz: BIS-GMA, UDMA e BIS-EMA;Carga inorgânica: 61% do volume <strong>de</strong> sílica,óxido <strong>de</strong> alumínio e <strong>de</strong> zircônia; tamanho<strong>da</strong>s partículas <strong>de</strong> 0,01 a 3,5 µm.Matriz: BIS-GMA; Trietilenoglicoldimetacrilato, pigmentos <strong>de</strong> óxido <strong>de</strong> ferro;Carga inorgânica: 59% do volume <strong>de</strong> vidro<strong>de</strong> borossilicato <strong>de</strong> alumínio; sílica coloi<strong>da</strong>l;tamanho <strong>da</strong>s partículas médio – 0,6 µm.Matriz: UDMA;Carga inorgânica: 67,7% <strong>de</strong> silicato <strong>de</strong>estrôncio e alumínio; tamanho <strong>da</strong>spartículas <strong>de</strong> 40 nm a 2,5 µm.EW616181226863055032080521TokuyamaDental, Japan3M ESPER,USAKerrCorporation,USASDI LimitedBayswater,Australia


38As <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> foram inseri<strong>da</strong>s no interior <strong>da</strong>s matrizes, tais quais asespecificações dos produtos, com incrementos <strong>de</strong> 2mm, utilizando uma espátulaThompsom (Miltex®, Tuttlingen, Alemanha). Após a compactação do últimoincremento <strong>de</strong> resina composta em ca<strong>da</strong> matriz, foi posto uma tira <strong>de</strong> poliéster sobrea superfície <strong>da</strong> resina com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixá-la uniforme e lisa (Figura 3D), sendoem segui<strong>da</strong>, fotopolimeriza<strong>da</strong> com luz LED (Radii - SDI®, São Paulo-SP, Brasil)(Figura 3E; Figura 4A, B), por 20 segundos. Este procedimento foi realizado com aponteira do aparelho fotopolimerizador posiciona<strong>da</strong> em íntimo contato com a fita <strong>de</strong>poliéster e perpendicular à superfície <strong>da</strong> resina composta.Figura 3: Seqüência <strong>da</strong> confecção dos corpos <strong>de</strong> provaPara garantir uma ótima quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> polimerização, monitorouse,previamente, a irradiância do aparelho por meio do uso <strong>de</strong> radiômetro Radii -SDI ® ; e neste direcionamento, o aparelho fotopolimerizador foi utilizado conectado aum estabilizador <strong>de</strong> voltagem (Figura 4B).


39Figura 4A: Fotopolimerizador Radii -SDI®Figura 4B: Mensuração <strong>da</strong>irradiância do fotopolimerizadorApós a abertura <strong>da</strong> matriz e remoção dos corpos <strong>de</strong> prova do seu interior(Figura 3F, G, H), os mesmos foram imersos em um recipiente com água <strong>de</strong>stila<strong>da</strong>(Figura 3 I), durante um período <strong>de</strong> 48 horas e divididos <strong>de</strong> acordo com o grupocorrespon<strong>de</strong>nte a ca<strong>da</strong> resina.4.5.2 Corte dos <strong>de</strong>ntesPara avaliação <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica do <strong>de</strong>nte em com<strong>para</strong>ção com as <strong>resinas</strong><strong>compostas</strong>, foi feita a confecção dos espécimes.Para tanto, foram selecionados cinco terceiros molares hígidos, inclusos.Cortou-se o <strong>de</strong>nte, no sentido transversal, permanecendo a porção coronária e, emsegui<strong>da</strong>, no sentido longitudinal, em fatias <strong>de</strong> 2 mm <strong>de</strong> espessura. Este corte foirealizado <strong>de</strong> forma manual, com o auxílio <strong>de</strong> um disco diamantado, <strong>de</strong> dupla face,montado numa peça reta, em baixa rotação, e sob refrigeração. Escolheu-se a fatia<strong>da</strong> porção mais central do <strong>de</strong>nte por apresentar melhor distinção dos tecidos <strong>de</strong>ntais.Realizou-se a planificação <strong>de</strong> suas faces, através do alisamento com lixas d`água <strong>de</strong>granulações <strong>de</strong> 250, 400 e 600 até a obtenção <strong>de</strong> superfícies lisas. Para averiguar epadronizar a espessura <strong>da</strong> fatia do <strong>de</strong>nte (2 mm), utilizou-se um especímetro (JON®,São Paulo, SP, Brasil) (Figura 5).


40Figura 5: (A) - Corte do <strong>de</strong>nte; (B) - espécimes; (C) - verificação <strong>da</strong> espessura dos espécimes4.5.3 Fonte <strong>de</strong> RadiaçãoA fonte produtora <strong>de</strong> raios X foi o aparelho Timex 70 C (Gnatus®, RibeirãoPreto-SP), com 70kvp e 7ma e com filtragem total equivalente a 2 mm <strong>de</strong> alumínio(mmAl) (Figura 6A, B), seguindo, <strong>de</strong>sta forma, a norma P.H. 2.9 <strong>da</strong> American DentalAssociation (ADA), 1964, que estabelece a sensitometria <strong>de</strong> filmes radiográficosintrabucais.ABFigura 6: (A) - aparelho Timex 70 C, Gnatus®; (B) - especificação do aparelho Timex 70 C,Gnatus®


414.5.4 Imagem radiográfica convencionalPara aquisição <strong>da</strong>s imagens utilizou-se cinco filmes radiográficos Insight(Ko<strong>da</strong>k®,São Paulo-SP, Brasil) intra-bucais do tipo oclusal, do grupo E/F <strong>de</strong>sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, como método <strong>de</strong> diagnóstico <strong>de</strong> referência <strong>para</strong> com<strong>para</strong>ção dossistemas digitais. Estes filmes foram utilizados <strong>para</strong> radiografar os corpos-<strong>de</strong>-prova,o penetrômetro, a fatia do <strong>de</strong>nte hígido e a placa <strong>de</strong> chumbo. Propondo-se distinguiras incidências, ca<strong>da</strong> filme e corpo <strong>de</strong> prova foram i<strong>de</strong>ntificados por números e letras(Figura 7). Os mesmos apresentavam prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>, pelo menos, um ano epertenciam ao mesmo lote e caixa.Figura 7: Filme oclusal com os corpos-<strong>de</strong>-prova, o penetrômetro, a fatia do <strong>de</strong>nte hígido e aplaca <strong>de</strong> chumboForam posicionados sobre o filme, os quatro corpos-<strong>de</strong>-prova (um <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>tipo <strong>de</strong> resina), o espécime do <strong>de</strong>nte, o penetrômetro <strong>de</strong> alumínio e uma placa <strong>de</strong>chumbo. Este conjunto foi posicionado sobre uma plataforma padronizadora <strong>de</strong>acrílico com aro fixo <strong>para</strong> orientação do cilindro do aparelho <strong>de</strong> raios X, <strong>de</strong> modo afixar a distância foco-filme em 40 cm e envolver todo o filme pelo feixe <strong>de</strong> raio X


42numa incidência perpendicular ao plano (Figura 8A). O tempo <strong>de</strong> exposição foi <strong>de</strong>0,5 segundo (Figura 8B), conforme preconiza a especificação n° 57 <strong>da</strong> ADA (1983)totalizando cinco exposições, sendo em ca<strong>da</strong> exposição utilizados filmes oclusais,corpos-<strong>de</strong>-prova e fatias <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte diferentes.ABFigura 8: (A) - plataforma padronizadora <strong>de</strong> acrílico; (B) - tempo <strong>de</strong> exposição do sistemaconvencionalAs soluções utiliza<strong>da</strong>s <strong>para</strong> o processamento dos filmes radiográficos foram orevelador e o fixador, pronto uso, produzidos pela Ko<strong>da</strong>k Brasileira Comércio eIndústria (Ko<strong>da</strong>k®,São Paulo-SP, Brasil) as quais também estavam <strong>de</strong>ntro do prazo<strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> fornecido pelo fabricante.Os filmes foram processados após a exposição aos raios X. O métodoutilizado foi o temperatura/tempo, que iniciou com 2,5 minutos <strong>de</strong> revelação, segui<strong>da</strong><strong>da</strong> lavagem intermediária <strong>de</strong> 30 segundos, 4 minutos <strong>de</strong> fixação e uma lavagem final<strong>de</strong> 10 minutos.4.5.5 Imagem pelo sistema digitalO sistema digital utilizado foi o Digora® Optime (Sore<strong>de</strong>x, Tuusula, Filândia),que é caracterizado como semi-direto, pois as imagens são obti<strong>da</strong>s através <strong>de</strong> umaplaca <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> fósforo (Photostimulated Phosphor Plates – PSP)(Figura 9). Esta quando exposta, parte <strong>da</strong> energia dos feixes <strong>de</strong> raios X é


43armazena<strong>da</strong>, resultando em uma imagem latente, sendo necessário que estasplacas sejam escanea<strong>da</strong>s <strong>para</strong> que se possa visualizar a imagem no computador(Figura 10A, B). (KHOCHT et al., 2003; FLORES, 2001; MILES; LANGLAIS;PARKIS, 1999; WILLIAMSON, 2002).Figura 9: Placa <strong>de</strong> fósforoABFigura 10: (A) - Escaneamento <strong>da</strong> imagem digital; (B) – Visualização <strong>da</strong> imagem digital e leiturados tons <strong>de</strong> cinza <strong>da</strong>s imagens pelo software Digora for Windows 2.5.Foram posicionados sobre a placa <strong>de</strong> fósforo os quatro corpos-<strong>de</strong>-prova,sendo um <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> resina, a fatia do <strong>de</strong>nte, o penetrômetro <strong>de</strong> alumínio e a placa <strong>de</strong>chumbo (Figura 11A). Este conjunto ficou posicionado sobre uma plataforma <strong>de</strong>acrílico, a uma distância foco-filme <strong>de</strong> 40 cm. O tempo <strong>de</strong> exposição foi <strong>de</strong> 0,32segundos (Figura 11B). Foram realiza<strong>da</strong>s cinco exposições, sendo que em ca<strong>da</strong>exposição foram utilizados corpos-<strong>de</strong>-prova e fatias <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte diferentes.


44Figura 11: (A) - PSP com os corpos-<strong>de</strong>-prova, o penetrômetro, a fatia do <strong>de</strong>nte hígido e a placa<strong>de</strong> chumbo; (B) - tempo <strong>de</strong> exposição do sistema digital4.5.6 Mensuração <strong>da</strong>s <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ópticas4.5.6.1 Sistema convencionalAs medi<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ópticas (DO) dos filmes radiográficos foramobti<strong>da</strong>s através <strong>de</strong> um Densitômetro M.R.A., mo<strong>de</strong>lo 07-443, com abertura <strong>de</strong> 2 mm,calibrado <strong>de</strong> acordo com as especificações do fabricante (Figura 12A).Logo após o processamento <strong>da</strong>s radiografias, estas foram leva<strong>da</strong>s ao<strong>de</strong>nsitômetro <strong>para</strong> a leitura <strong>da</strong>s <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ópticas (Figura 12B). Inicialmente, foirealiza<strong>da</strong> a leitura <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> do branco <strong>da</strong> base e velamento (DBV) e, emsegui<strong>da</strong>, foram medi<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ópticas (DO) dos corpos-<strong>de</strong>-prova <strong>da</strong>s<strong>resinas</strong>, <strong>da</strong> fatia do <strong>de</strong>nte (esmalte e <strong>de</strong>ntina) e <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> <strong>de</strong>grau do penetrômetro.Foram realiza<strong>da</strong>s três medi<strong>da</strong>s aleatórias, obtendo-se uma média <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>óptica.


45AFigura 12: A – Densitômetro;B – Leitura <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> ópticaA Densi<strong>da</strong><strong>de</strong> Base e Velamento representa a Densi<strong>da</strong><strong>de</strong> Ótica inerente aofilme radiográfico oferecido pelo fabricante, visando o Controle <strong>de</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> emRadiologia Odontológica (COSTA et al., 2005).O penetômetro (Figura 13) é um dispositivo constituído <strong>de</strong> alumínio, compureza <strong>de</strong> 99,5%, contendo oito <strong>de</strong>graus, que aumentam <strong>de</strong> 2 em 2 mm <strong>de</strong>espessura. Este dispositivo foi utilizado <strong>para</strong> a verificação <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ionização e <strong>de</strong> redução dos sais <strong>de</strong> prata dos filmes.Figura 13: Penetômetro


46Dispondo-se <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s <strong>da</strong> DBV e <strong>da</strong> DO, foi calculado o valor <strong>da</strong><strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica líqui<strong>da</strong> (DOL), que tem por objetivo estabelecer a equivalência emmilímetros <strong>de</strong> alumínio (mmAl) dos materiais estu<strong>da</strong>dos. Para a obtenção <strong>da</strong> DOL, érealiza<strong>da</strong> a subtração <strong>da</strong> DBV do valor <strong>da</strong> DO <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> corpo-<strong>de</strong>-prova, <strong>da</strong> fatia do<strong>de</strong>nte e do penetrômetro.DOL = DO - DBVDe acordo com a especificação n° 27 <strong>da</strong> ADA, a espessura em equivalência<strong>de</strong> alumínio <strong>de</strong>ve ser igual ou maior que 2 mm <strong>para</strong> garantir uma radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> aos materiais. Para a International Stan<strong>da</strong>rds Organization - ISO4049:2000, a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve ser igual ou maior que a mesmaespessura em alumínio.4.5.6.2 Sistema Digital Digora® OptimeAs imagens digitais são mensura<strong>da</strong>s em pixels (elementos <strong>da</strong> imagem), quesão gerados em linhas e em colunas, constituindo, assim, a matriz <strong>de</strong> imagem. Ca<strong>da</strong>pixel é <strong>de</strong>finido por um valor correspon<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> um particular tom <strong>de</strong> cinza, enúmero <strong>de</strong> tons <strong>de</strong> cinza é fornecido pelo número <strong>de</strong> dígitos binários (bit). Adiferença entre o maior e o menor tom <strong>de</strong> cinza <strong>de</strong>termina o contraste <strong>da</strong> imagem(profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> do bit). No sistema digital, a profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> do bit é <strong>de</strong> oito bits, o queequivale a 256 possíveis tons <strong>de</strong> cinza, sendo o mais escuro <strong>de</strong>finido pelo valor zeroe o mais claro pelo valor 255.A mensuração <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica (DO) <strong>da</strong> imagem digital é realiza<strong>da</strong>através <strong>da</strong> leitura dos tons <strong>de</strong> cinza. Para isso, foi utilizado o software Digora® forWindows 2.5 Rev 0. Então, foi efetua<strong>da</strong> a leitura dos tons <strong>de</strong> cinza dos corpos-<strong>de</strong>prova<strong>da</strong>s <strong>resinas</strong>, <strong>da</strong> fatia do <strong>de</strong>nte (esmalte e <strong>de</strong>ntina) e <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> <strong>de</strong>grau dopenetrômetro. Foram realiza<strong>da</strong>s três medi<strong>da</strong>s aleatórias dos tons <strong>de</strong> cinza, obtendoseuma média (Figura 14).


47Figura 14 – Mensuração <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica <strong>da</strong> imagem digital4.5.7 Obtenção dos Valores <strong>da</strong> Radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> em Milímetros <strong>de</strong> Alumínio4.5.7.1 Sistema ConvencionalPara ca<strong>da</strong> exposição realiza<strong>da</strong>, foi confeccionado um gráfico <strong>da</strong> DOL versus<strong>de</strong>graus (mmAl) no software Microsoft Excel 2003, obtendo-se <strong>de</strong>sta maneira, acurva <strong>da</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>de</strong>graus do penetrômetro. Em segui<strong>da</strong>, <strong>para</strong> obter ovalor em equivalência <strong>de</strong> milímetro <strong>de</strong> alumínio dos materiais estu<strong>da</strong>dos, foi utilizadouma equação exponencial:Y = 3,4911e -0,1758xSendo Y, a Densi<strong>da</strong><strong>de</strong> Óptica Líqui<strong>da</strong> (DOL), que, nos filmes convencionais,as áreas mais escuras registram os maiores valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica.


48Gráfico 1- Curva <strong>da</strong> DOL versus <strong>de</strong>graus <strong>para</strong> a exposição em filmeconvencional.4.5.7.2 Sistema Digital Digora® OptimePara ca<strong>da</strong> exposição realiza<strong>da</strong>, foi confeccionado um gráfico inverso do valor<strong>de</strong> cinza versus <strong>de</strong>graus (mmAl), no software Microsoft Excel 2003. Para a obtenção<strong>da</strong> curva, inverteram-se os valores do branco transformando-os em preto (inverso docinza), através <strong>da</strong> equação:Inverso do cinza = 255 – o valor do tom <strong>de</strong> cinzaPara ca<strong>da</strong> curva foi gera<strong>da</strong> uma equação <strong>de</strong> 3°grau:Y = ax 3 + bx 2 + cx + dSendo Y o inverso do cinza. O valor <strong>de</strong> X é o valor <strong>da</strong> equivalência emmilímetros <strong>de</strong> alumínio, e a e b são os parâmetros <strong>de</strong> regressão gerados <strong>para</strong> ca<strong>da</strong>


49curva. Aplicando-se o valor do inverso do cinza, obtém-se o valor <strong>de</strong> equivalênciaem milímetros <strong>de</strong> alumínio <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> material estu<strong>da</strong>do.Gráfico 2- Curva do grau <strong>de</strong> cinza versus <strong>de</strong>graus <strong>para</strong> a exposição emsistema digital.4.6 Análise estatísticaOs <strong>da</strong>dos foram registrados na forma <strong>de</strong> banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos do programa <strong>de</strong>informática SPSS (Statistical Package for Social Sciences) for Windows 15.0, eanalisados por meio <strong>de</strong> estatística <strong>de</strong>scritiva e inferencial uni e bivaria<strong>da</strong>. Para osprocedimentos <strong>de</strong>scritivos, foram apresenta<strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> tendência central(média) e <strong>de</strong> variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> (Desvio Padrão e amplitu<strong>de</strong>). Os procedimentos <strong>de</strong>inferência estatística, por sua vez, foram feitos com base em estatística não<strong>para</strong>métrica, por meio <strong>de</strong> testes <strong>de</strong> hipóteses <strong>para</strong> amostras in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes (teste U<strong>de</strong> Mann-Whitney) e medi<strong>da</strong>s repeti<strong>da</strong>s (teste <strong>de</strong> Wilcoxon e <strong>de</strong> Friedman).


Resultados50


515 ResultadosApós obtenção dos valores <strong>da</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> em mmAl, avaliou-seestatisticamente os valores encontrados e dispostos a seguir.Na tabela 1 e Gráfico 3 verifica-se as estatísticas <strong>de</strong>scritivas dos valores <strong>de</strong>radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s e dos tecidos <strong>de</strong>ntais (Esmalte e Dentina).Analisando-as, observa-se que a resina mais radiopaca foi a Filtek P60 com médiaem milímetros <strong>de</strong> alumínio (mmAl) <strong>de</strong> 5,48. Este resultado in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong>com<strong>para</strong>ção entre os dois sistemas radiográficos.Tabela 1: Estatística <strong>de</strong>scritiva <strong>da</strong> Radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> (em mmAl) <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> Filtek P60,Rok, Herculite, Estelite, Esmalte e Dentina.Resinas eTecidosDentaisMédiaDesvioPadrãoValorMínimoValorMáximoFiltek P60 5,48 0,98 3,10 6,40Rok 3,40 0,15 3,20 3,70Herculite 4,62 0,64 3,30 5,40Estelite 3,73 0,25 3,20 4,10Esmalte 3,25 0,31 2,80 3,70Dentina 1,89 0,14 1,70 2,20


5265,48Radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> (em mmAl)543213,44,623,733,251,89Filtek P60RokHerculiteEsteliteEsmalteDentina0Gráfico 3- Medi<strong>da</strong>s <strong>da</strong> com<strong>para</strong>ção dos valores <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong>estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s e tecidos <strong>de</strong>ntários.Na avaliação <strong>da</strong> diferença entre a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> nos sistemas convencional edigital, verificou-se apenas uma com<strong>para</strong>ção, significativa (p


53Radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> (em mmAl)76543216,184,43,63,4 3,161,884,783,44,843,863,341,9Filtek P60RokHerculiteEsteliteEsmalteDentina0ConvencionalDigitalGráfico 4- Representação dos valores médios <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong>,esmalte e <strong>de</strong>ntina nos sistemas convencional e digitalQuando com<strong>para</strong><strong>da</strong>s as <strong>resinas</strong> entre si pelo teste <strong>de</strong> Friedman, houvediferença significativa entre as condições (Fr=17,760; gl=3; p


54Tabela 3: Escores extraídos a partir do teste <strong>de</strong> Wilcoxon, avaliando a diferençaentre as <strong>resinas</strong> Filtek P60, Rok, Herculite e Estelite.Resinas avalia<strong>da</strong>s Z pFiltek P60 e Rok -2, 705 0, 007*Filtek P60 e Herculite -1, 582 0, 114Filtek P60 e Estelite -2, 701 0, 007*Rok e Herculite -2, 703 0, 007*Rok e Estelite -2, 611 0, 009*Herculite e Estelite -2, 501 0, 012** Diferença estatisticamente significativa ao nível <strong>de</strong> 0,05.Quanto à avaliação <strong>da</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> em com<strong>para</strong>ção ao esmalte<strong>de</strong>ntal, foram avalia<strong>da</strong>s quatro condições. Na primeira condição avalia<strong>da</strong>, a resinaFiltek P60 (M=5,48) foi significativamente mais radiopaca (Z=-2,703; p=0,007), que oesmalte (M=3,25). Quando com<strong>para</strong>dos resina Rok e esmalte, os valores <strong>de</strong>radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> foram semelhantes (Z=-1,562; p=0,118). As <strong>resinas</strong> Herculite (Z=-2,807; p=0,005) e Estelite (Z=-2,613; p=0,009) foram significativamente maisradiopacas que o esmalte (Tabela 4).Tabela 4: Escores extraídos a partir do teste <strong>de</strong> Wilcoxon, avaliando a diferençaentre o esmalte e as <strong>resinas</strong> Filtek P60, Rok, Herculite e Estelite.Condições avalia<strong>da</strong>s Z PFiltek P60 e Esmalte -2,703 0,007*Rok e Esmalte -1,562 0,118Herculite e Esmalte -2,807 0,005*Estelite e Esmalte -2,613 0,009** Diferença estatisticamente significativa ao nível <strong>de</strong> 0,05.


55Em relação à <strong>de</strong>ntina, as quatro <strong>resinas</strong> estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s apresentaram valores <strong>de</strong>radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> significativamente maiores. As estatísticas inferenciais <strong>de</strong>stascom<strong>para</strong>ções encontram-se na Tabela 5, ao passo que os valores brutos <strong>de</strong>ssascom<strong>para</strong>ções estão na Tabela 1.Tabela 5: Escores extraídos a partir do teste <strong>de</strong> Wilcoxon, avaliando a diferençaentre a <strong>de</strong>ntina e as <strong>resinas</strong> Filtek P60, Rok, Herculite e Estelite.Condições avalia<strong>da</strong>s Z PFiltek P60 e Dentina -2,807 0,005*Rok e Dentina -2,825 0,005*Herculite e Dentina -2,803 0,005*Estelite e Dentina -2,810 0,005** Diferença estatisticamente significativa ao nível <strong>de</strong> 0,05.


Discussão56


576 DiscussãoO exame radiográfico é uma forma <strong>de</strong> auxiliar o clínico quanto ao diagnóstico<strong>da</strong> cárie secundária e excessos ou imperfeições <strong>da</strong>s restaurações (SILVA, 2006),sendo a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> um dos requisitos mais importantes<strong>para</strong> diferenciação do material restaurador e estrutura <strong>de</strong>ntal (ADA, 1989; KIDD,1990; GUTHER; PARDINI, 2005).Este estudo buscou avaliar a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> quatro <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong>indica<strong>da</strong>s <strong>para</strong> <strong>de</strong>ntes posteriores com<strong>para</strong>ndo-as entre si, com tecidos <strong>de</strong>ntaissadios <strong>de</strong> humanos (esmalte e <strong>de</strong>ntina) e com um penetrômetro <strong>de</strong> alumínio, atravésdos sistemas radiográficos: convencional e digital (semi-direto).O penetrômetro <strong>de</strong> Alumínio é utilizado como padrão <strong>para</strong> a com<strong>para</strong>ção <strong>da</strong>radio<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos materiais e como controle <strong>de</strong> qualquer variação na exposição eprocessamento (GRAZIOTTIN, 2009). O mesmo possui 99,5% <strong>de</strong> pureza e écomposto por oito <strong>de</strong>graus, que aumentam <strong>de</strong> 2 em 2 mm <strong>de</strong> espessura. Nesteestudo, ele foi utilizado <strong>para</strong> a verificação <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ionização e <strong>de</strong> reduçãodos sais <strong>de</strong> prata dos filmes.Na escolha <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> que compuseram a amostra, não houve conflito <strong>de</strong>interesses, e esta se <strong>de</strong>veu as diferentes composições e tipos <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong>cargas que os materiais apresentavam, tais como: microhíbri<strong>da</strong> e híbri<strong>da</strong>; sílica ezircônia; óxido <strong>de</strong> alumínio; vidro <strong>de</strong> borossilicato <strong>de</strong> alumínio; sílica coloi<strong>da</strong>l; silicato<strong>de</strong> estrôncio e alumínio, todos com porcentagens e tamanhos <strong>de</strong> partículas variados,como po<strong>de</strong>mos observar no Quadro 1 <strong>de</strong>scrito na metodologia.Para a análise dos <strong>da</strong>dos, as <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s obti<strong>da</strong>s pelo sistema convencional edigital foram converti<strong>da</strong>s em milímetro <strong>de</strong> alumínios, com o objetivo <strong>de</strong> padronizar asimagens e eliminar fatores ligados à formação <strong>da</strong> mesma, como a minimização <strong>de</strong>alterações no processamento radiográfico e <strong>da</strong> corrente elétrica em ca<strong>da</strong> toma<strong>da</strong>(CARVALHO FILHO et al., 2008). Esse método é corriqueiro nas análises <strong>de</strong>radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> óptica, como po<strong>de</strong>-se perceber nos estudos <strong>de</strong>Murchison; Charlton; Moore (1999); Flores (2001); Sabbagh; Vreven; Leloup (2004);Bal<strong>de</strong>a et al. (2009); Graziottin (2009).A escolha neste trabalho em utilizar o sistema radiográfico digital com<strong>para</strong>doao convencional <strong>de</strong>veu-se ao fato <strong>da</strong> tecnologia digital diminuir as variáveis


58correspon<strong>de</strong>ntes ao método tradicional (baseado em filmes radiográficos e noprocessamento químico-úmido) e às limitações visuais humanas (SARMENTO;PRETTO; COSTA, 1999). Outro fator prepon<strong>de</strong>rante foi a gran<strong>de</strong> repercussão queesta tecnologia está tendo nas diferentes áreas <strong>da</strong> Odontologia, uma vez queoferece um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> recursos e benefícios, tais como já ditasanteriormente. Por isso tornou-se interessante o confronto dos valores <strong>de</strong>radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os dois sistemas.In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> com<strong>para</strong>ções entre grupos, os valores <strong>de</strong>scritivos (Tabela 1e Gráfico 3), apontaram que a resina mais radiopaca foi a Filtek P60, apresentandomédia em milímetros <strong>de</strong> alumínio (mmAl) <strong>de</strong> 5,48. O <strong>de</strong>svio padrão foi elevado,indicando uma maior heterogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> dos valores apresentados e corroborado pelamaior amplitu<strong>de</strong> (variando <strong>de</strong> 3,10 a 6,40). Este resultado po<strong>de</strong> ter sofrido influênciado tipo e porcentagem <strong>da</strong>s partículas <strong>de</strong> carga existentes na resina P60, umapossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> já <strong>de</strong>scrita por Sabbagh; Vreven; Leloup (2004), ao afirmarem queesses fatores são capazes <strong>de</strong> influenciar na radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um material. Emcontraparti<strong>da</strong> a resina Rok apresentou menor radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> entre as <strong>resinas</strong>avalia<strong>da</strong>s com média <strong>de</strong> 3,40 mmAl.Ao correlacionar o resultado <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> já <strong>de</strong>scrito, com o Quadro 1,percebe-se que apesar <strong>da</strong> presença na composição química <strong>da</strong> Filtek P60 <strong>de</strong> umelemento <strong>de</strong> baixo número atômico, o Silício, na forma <strong>de</strong> sílica (dióxido <strong>de</strong> silício), oqual, segundo, Sabbagh; Vreven; Leloup (2004) tem a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tornar osmateriais radiolúcidos, esta resina apresentou-se mais radiopaca que as outras,estando assim, a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> relaciona<strong>da</strong> provavelmente à presença <strong>da</strong>spartículas dos óxidos <strong>de</strong> alumínio e <strong>da</strong> zircônia.No sistema convencional, a película radiográfica é uma tecnologia que oscirurgiões-<strong>de</strong>ntistas estão mais familiarizados em termos <strong>da</strong> técnica e <strong>da</strong>interpretação. A radiografia digital é um avanço que está sendo adotado lentamentepelo cirugião-<strong>de</strong>ntista, oferecendo algumas vantagens distintas sobre a película. NaTabela 2 e Gráfico 4, po<strong>de</strong>mos analisar que apenas a resina Filtek P60 foi atesta<strong>da</strong>como significativa do ponto <strong>de</strong> vista estatístico (p


59interferência humana no processamento <strong>da</strong>s imagens e por possibilitar amanipulação <strong>da</strong>s mesmas. Vale ressaltar que apesar <strong>de</strong> não se com<strong>para</strong>r aospadrões tecnológicos do sistema digital, o método convencional não <strong>de</strong>ixou a<strong>de</strong>sejar nos resultados <strong>da</strong>s análises.Para a análise com<strong>para</strong>tiva entre a radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong>, foi realizado oteste <strong>de</strong> Fridman <strong>para</strong> verificar a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> diferença entre elas. O resultadodo teste mostrou que houve diferença estatisticamente significante (p


60Em relação à <strong>de</strong>ntina (Tabela 5), to<strong>da</strong>s as <strong>resinas</strong> apresentaram valores <strong>de</strong>radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> superiores, este resultado corrobora com os achados <strong>de</strong> Silva (1992);Loguercio (2001) e Flores (2001). Em 2003, Targut; Attar; Onen observaram quetodos os materiais restauradores avaliados por ele, com exceção <strong>da</strong> resina <strong>de</strong>micropartículas Filtek A110, tiveram valores <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> maiores que a<strong>de</strong>ntina, estando <strong>de</strong>ntro dos padrões <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> requeridos pela ISO 4049. Naclínica odontológica, é imprescindível que os materiais restauradores apresentemradiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> superior aos tecidos <strong>de</strong>ntários, <strong>de</strong>sta forma, em casos em que não háesmalte <strong>para</strong> servir <strong>de</strong> com<strong>para</strong>tivo, como em uma restauração overlay, os materiaisapresentando radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> superior à <strong>de</strong>ntina, po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>tectados ao exameradiográfico <strong>para</strong> auxiliar na avaliação <strong>da</strong> restauração.Para a avaliação <strong>de</strong> restaurações <strong>de</strong> <strong>resinas</strong> <strong>compostas</strong> em <strong>de</strong>ntesposteriores através <strong>de</strong> sua radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>, nos sistemas convencional e digital, e <strong>de</strong>acordo com os resultados <strong>de</strong>sse estudo, verificou-se que o sistema convencionalmostrou, em alguns casos, melhores resultados que o sistema digital, po<strong>de</strong>ndo<strong>de</strong>sta forma, ser utilizado pelo clínico <strong>de</strong> maneira segura como meio auxiliar <strong>de</strong>diagnóstico, na diferenciação <strong>de</strong>stes materiais e estruturas <strong>de</strong>ntais, sobretudo nosistema público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> o método convencional é o prevalente.


Conclusões61


627 ConclusõesA partir dos resultados obtidos, pu<strong>de</strong>mos concluir que:1. To<strong>da</strong>s as <strong>resinas</strong> estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s apresentaram valores <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong>semelhantes entre si, sendo a resina Filtek P60 a mais radiopaca com valoresestatisticamente significantes.2. Não houve diferença significativa entre os sistemas radiográficos na avaliação<strong>da</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>resinas</strong> avalia<strong>da</strong>s, com exceção <strong>da</strong> Filtek P60, que semostrou mais radiopaca <strong>para</strong> o sistema convencional.3. To<strong>da</strong>s as <strong>resinas</strong> apresentaram valores <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> superiores aoesmalte <strong>de</strong>ntal, exceto a resina Rok que possui radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> semelhante aeste tecido. Em relação à <strong>de</strong>ntina, as quatro <strong>resinas</strong> estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s apresentaramvalores <strong>de</strong> radiopaci<strong>da</strong><strong>de</strong> significativamente maiores.


Referências63


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Anexo71


72ANEXO A

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