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EditorialVolare:15 anos alteran<strong>do</strong> a história<strong>do</strong> transporte coletivoArquivo MarcopoloQuan<strong>do</strong> o primeiro Volare foi coloca<strong>do</strong> nas ruas, em 1998, a empresa jávisualizava um merca<strong>do</strong> de grande potencial para atender. Criou-se umveículo completo, chassi e carroceria integra<strong>do</strong>s num único produto, e lhefoi concebida vida própria, crian<strong>do</strong> também uma nova unidade de negócioda Marcopolo. Teve-se a percepção que no já conturba<strong>do</strong> tráfego urbano,o transporte coletivo ansiava por soluções de mobilidade, e lhes foramconcebidas uma forma. O merca<strong>do</strong> conheceu o A6, um veículo de pequenotamanho, fácil dirigibilidade, capaz de trafegar com velocidade operacionale economia, inclusive em vias de difícil acesso, e com a robustez,conforto, qualidade e segurança que só um ônibus oferecia até então.Em seguida, foi estruturada uma rede exclusiva e um pacote de serviçospara atender o cliente antes, durante e depois da aquisição <strong>do</strong> veículo,porque a expertise da Marcopolo em transporte percebia a exata dimensão<strong>do</strong> impacto que o desempenho da frota gera nos negócios <strong>do</strong>s nossosclientes. Isto foi e tem si<strong>do</strong> o grande diferencial da companhia, porque éesta atitude que leva a empresa a criar não apenas veículos, mas soluçõesque potencializam a atuação <strong>do</strong> opera<strong>do</strong>r e conquistam a preferência <strong>do</strong>cliente final, em cada diferente segmento <strong>do</strong> transporte de passageiros.Foi assim que a Volare conquistou a liderança de merca<strong>do</strong>, ainda em2003, ano em que as exportações da marca também se intensificaram.De lá para cá, a posição da empresa no ranking interno e o avanço nacomercialização com o exterior se repetem a cada ano, sempre commaior representatividade. Trabalha-se para isso com afinco. O esforço deinovação, seja em design, motorização ou atendimento, é contínuo. Osveículos estão cada vez mais versáteis. A linha inclui modelos de diferentestamanhos e possibilidade para inúmeras configurações internas, incluin<strong>do</strong>versões especiais como ambulância, consultório médico, bombeiro, cinemaitinerante e tantas outras. Os sistemas de motorização e controle deemissões também evoluíram para maior precisão, geran<strong>do</strong> maior economiade combustível e contribuin<strong>do</strong> para a responsabilidade socioambiental.Incrementou-se ainda o atendimento, com a consolidação da Rede ExclusivaVolare, com pontos de venda distribuí<strong>do</strong>s por to<strong>do</strong> o Brasil e em francaexpansão pela América Latina, estan<strong>do</strong> apoia<strong>do</strong>s pelo novíssimo Centrode Operações Volare, em São Paulo, cria<strong>do</strong> para servir como referência ecentro de treinamento para a Rede. Com tu<strong>do</strong> isso, soma<strong>do</strong> à perspectivade uma nova unidade produtiva, no Espírito Santo, a Volare convidavocê a compartilhar da sua alegria pelos 15 anos de marca, pelos 50 milveículos Volare que hoje circulam pelas vias <strong>do</strong> Brasil e <strong>do</strong> exterior e porto<strong>do</strong>s aqueles que ainda virão ao merca<strong>do</strong>, por meio da excelência daspessoas em seu trabalho.Ruben Antonio BisiDiretor Corporativo de Estratégia e Marketing Institucional03


DicasCâmbio automático:mais precisão para o motor <strong>do</strong> seu Volare,mais conforto e saúde para quem dirigeManoel NetoQuem passa o dia rodan<strong>do</strong> em vias urbanas sabe melhor <strong>do</strong> que ninguém quanto custa ficartrocan<strong>do</strong> de marcha a to<strong>do</strong> instante: uma <strong>do</strong>r aqui outra ali, por conta <strong>do</strong>s movimentosconstantes e repetitivos <strong>do</strong> pé esquer<strong>do</strong> e da mão direita. Você já parou para contar quantasvezes por dia pisa na embreagem e move sua mão até a alavanca <strong>do</strong> câmbio? E se você desseférias a eles? Seu corpo agradeceria e você ficaria muito mais tranquilo e feliz. Pois com o câmbioautomático isso é possível. Seu Volare vai custar um pouco mais com este opcional, mas o bemestare conforto que ele vai lhe proporcionar não têm preço. Além disso, o câmbio automáticocontribui para incrementar a produtividade <strong>do</strong> seu Volare e aumentar a vida útil <strong>do</strong> motor e deto<strong>do</strong>s componentes da transmissão, sem contar que ele tem garantia de 36 meses. Confira!O sistema de câmbio automático faz umacomparação entre a velocidade e as rotações <strong>do</strong>motor para definir a marcha a ser empregada acada momento, alteran<strong>do</strong>-a de forma automática,sem necessidade de embreagem, tanto nastrocas, como nas arrancadas e paradas. Comisso, o motor, a caixa, eixos e diferencial sofremmenos desgaste. Ao calcular e utilizar a melhormarcha para cada situação <strong>do</strong> percurso, o câmbioautomático também aumenta a produtividade <strong>do</strong>seu Volare, pois os veículos com ele equipa<strong>do</strong>snão param por problemas no trem de força, e nãotêm os desgastes típicos <strong>do</strong>s câmbios manuais,como platô, rolamento, disco e outras peças quecompõem o sistema de embreagem. A capacidade<strong>do</strong> motor também é melhor aproveitada, pois,ao contrário da transmissão mecânica, não háinterrupções de potência ou torque duranteas mudanças de marcha. Testes recentementerealiza<strong>do</strong>s com caminhões apontaram um ganhode produtividade em torno de 18%.As vantagens deste sistema de troca de marchassem interferência <strong>do</strong> motorista começaram achamar a atenção <strong>do</strong>s brasileiros na décadade 1990, com a abertura <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> e aentrada de automóveis importa<strong>do</strong>s. De lá pracá, as transmissões automáticas evoluíram eganharam a preferência <strong>do</strong>s proprietários <strong>do</strong>sautomóveis de passeio. Nos últimos anos, elastêm se populariza<strong>do</strong> também junto aos veículosdestina<strong>do</strong>s ao transporte de cargas e passageiros,seja pelo conforto que proporciona ao motorista,seja pelo ganho de produtividade.Na verdade, o motor só tem a ganhar quan<strong>do</strong>o veículo é equipa<strong>do</strong> com caixa de câmbioautomático. A relação de transmissão é calculadade mo<strong>do</strong> a permitir que o motor trabalhe noregime de rotação (RPM) mais adequa<strong>do</strong> eeconômico na maior parte <strong>do</strong> tempo. O motoristasó precisa observar o ponteiro das rotações,manten<strong>do</strong>-o na faixa verde. Conduzin<strong>do</strong> o veículodessa forma, dan<strong>do</strong> o melhor aproveitamento aotorque (capacidade que o motor tem de gerar odeslocamento <strong>do</strong> veículo), o câmbio automáticotambém não gera maior consumo de combustível.Ou seja, quem tem o <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> veículo é omotorista, independente <strong>do</strong> tipo de câmbioutiliza<strong>do</strong>, e o mo<strong>do</strong> como ele conduz o veículofaz a diferença em termos de desempenho eeconomia de combustível.O sistema de câmbio automático faz uma comparação entre a velocidade e as rotações <strong>do</strong> motorpara definir a marcha a ser empregada a cada momento, alteran<strong>do</strong>-a de forma automática, semnecessidade de embreagem, tanto nas trocas, como nas arrancadas e paradas.A diferença entre câmbio automático e manualA transmissão manual opera com diferentes sequências de engrenagens dentro da caixa de mudanças, bloquean<strong>do</strong>-as eliberan<strong>do</strong>-as individualmente, através da embreagem, a fim de conseguir as várias relações e permitir diversas velocidades.A transmissão automática, por sua vez, opera com um jogo equivalente ao das engrenagens utilizadas no manual, porém,engatadas entre si numa única peça, e no lugar da embreagem usa um conversor <strong>do</strong> torque. O engate das marchas éobti<strong>do</strong> por meio de fricções de vários discos, comanda<strong>do</strong>s eletronicamente, de acor<strong>do</strong> com as necessidades impostas pelomotorista. O coman<strong>do</strong> eletrônico das trocas de marcha baseia-se em informações como rotação <strong>do</strong> motor, peso <strong>do</strong> carro,além da posição e velocidade de acionamento <strong>do</strong> acelera<strong>do</strong>r.10 11


DicasMarcos FioravantiPara trocar de marcha, antesde mover a alavanca, é precisopressionar o botão da mesma.Nunca troque a posição sempressioná-lo, pois isso poderádanificar o sistema.Como usar o câmbio automático <strong>do</strong> seu VolareAs transmissões automáticas fazem a seleção das marchas sempre que necessário, mas conhecer as marchase saber quan<strong>do</strong> selecioná-las permite que você conduza o veículo com maior facilidade. Veja quais são asmarchas <strong>do</strong> câmbio <strong>do</strong> seu Volare e, a seguir, algumas dicas importantes sobre seu manuseio correto.R (Marcha à ré): Para retroceder o veículo.N (Neutro ou ponto morto): Para dar a partida no motor e para operações de paradas <strong>do</strong> veículo.OD (Over Drive ou quinta marcha): Deslocamento normal em velocidades constantes.D (Drive ou quarta marcha): Deslocamento em trânsito urbano pesa<strong>do</strong> e descidas.2 (Segunda marcha): Deslocamento em trânsito urbano pesa<strong>do</strong> e lento e em descidas acentuadas.1 (Primeira marcha): Deslocamento em descidas muito acentuadas, manobras em espaço pequenoe percursos que tenham muito lo<strong>do</strong>.• Para dar partida com o motor frio, primeiro certifiquesede que o freio de estacionamento está aplica<strong>do</strong>.Em seguida, coloque a alavanca <strong>do</strong> câmbio na posiçãoneutra N, desligue to<strong>do</strong>s os acessórios elétricos <strong>do</strong>veículo, e acione a chave de partida, na posição 3(partida). Depois de um minuto, você já pode iniciar omovimento, porém sem submetê-lo a condições extremasde rotação e carga. Estes minutos são necessários paraacumular pressão <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> na transmissão.• Para iniciar o movimento, libere o freio deestacionamento, coloque a alavanca <strong>do</strong> câmbio em 1 ou2, de acor<strong>do</strong> com as condições, pressione gradualmente opedal <strong>do</strong> acelera<strong>do</strong>r para obter a aceleração e velocidadecorretas, e opere a caixa de câmbio automático.• Para sair das marchas 1, 2, D ou OD para a marchaR, ou vice-versa, é preciso parar totalmente o veículo.Mova a alavanca PARE para a posição N e, só depois,selecione a marcha escolhida.• Com as marchas D e OD, conforme a velocidade <strong>do</strong>motor for aumentan<strong>do</strong>, a transmissão realizará umaascendente automática, ou vice-versa.• Sempre que o motor estiver funcionan<strong>do</strong> sem apresença <strong>do</strong> motorista no assento <strong>do</strong> condutor, asseguresede que ele está operan<strong>do</strong> em posição de marcha lentae de que o freio de mão está aciona<strong>do</strong>. Bloqueie asrodas e tome todas as providências necessárias para queo veículo não se mova.• Se for necessário deixar o motor funcionan<strong>do</strong> emmarcha lenta por mais de cinco minutos, selecione aposição N. Se você selecionar as marchas R ou D, haverásuperaquecimento da transmissão.• Para usar a posição N com o veículo estaciona<strong>do</strong>,acione os freios. Dessa forma, você evita um movimentoinespera<strong>do</strong> <strong>do</strong> veículo.• Nunca utilize a marcha N para rodar em estradas com decliveou curvas sinuosas. Se ela estiver engatada, o freio-motor édespreza<strong>do</strong>, poden<strong>do</strong> chegar ao ponto <strong>do</strong> motorista perdero controle <strong>do</strong> veículo. Além disso, a transmissão sofrerádanos por falta de lubrificação nos rolamentos internos dacaixa. Sair da posição N para qualquer outra marcha à frentecom o veículo em movimento também poderá causar falhana transmissão, provocan<strong>do</strong> trancos no veículo, o que podecomprometer to<strong>do</strong> o trem de força.• Mantenha velocidades baixas em descidas, utilizan<strong>do</strong> osfreios para impedir que a velocidade ultrapasse a faixa relativaà marcha selecionada. Assim, você evita que a transmissãofaça uma troca ascendente, garantin<strong>do</strong> o acionamento <strong>do</strong>freio-motor. Quanto menor a velocidade <strong>do</strong> motor, maispotência terá o freio-motor.• Quan<strong>do</strong> o veículo estiver muito carrega<strong>do</strong> e/ou a descidafor muito acentuada, é aconselhável pré-selecionar umamarcha mais baixa antes de chegar na descida. Lembre-seque a seleção de uma combinação de marchas descendentesincrementa o freio-motor.• Você pode utilizar o motor para diminuir a velocidade <strong>do</strong>veículo, selecionan<strong>do</strong> a marcha imediatamente inferior àquelaque está selecionada. Se exceder a velocidade máxima para afaixa da marcha selecionada, utilize os freios.• Ligue o motor apenas com a marcha na posição N. Nãorealize a troca de marchas de N para D ou de N para R quan<strong>do</strong>o veículo estiver acelera<strong>do</strong>, e faça a troca sem pisar no pedal<strong>do</strong> acelera<strong>do</strong>r.• Deixar o veículo em D nas paradas de semáforo, ao invés detrocar para N, é uma boa maneira de economizar combustível.Além disso, também ajuda a manter a temperatura da caixa. Aeconomia, claro, é quase insignificante em uma única parada,mas no trânsito das grandes cidades pode fazer diferença nahora de reabastecer o tanque.• Para estacionar o veículo, reduza a velocidade, observe umlocal seguro e permiti<strong>do</strong> para estacioná-lo, desengate o câmbio,imobilize o veículo com o freio de serviço, acione o freio deestacionamento e desligue o motor.12 13


Volare 4x4 chega ao merca<strong>do</strong>em novas versõesLança<strong>do</strong> em 2012 na versão escolar, o Volare 4x4 agora chega ao merca<strong>do</strong> paratransportar trabalha<strong>do</strong>res com segurança e conforto até as minera<strong>do</strong>ras, canteiros degrandes obras ou qualquer outro empreendimento que opere em terrenos adversos. Oveículo com tração nas quatro rodas, capacidade para 19 passageiros, mais motoristae auxiliar, tem outras características especiais, que potencializam a robustez <strong>do</strong> Volaretradicional, poden<strong>do</strong> ser uma ótima opção também para o turismo de aventura.1617


ENTRAPAGINACOMRobusto por fora, aconchegante por dentroSolos com irregularidades severas ou escorregadios pelo excesso de chuva e lama,atoleiros, pedregulhos. Quem trabalha na exploração de minérios ou na construçãode grandes empreendimentos, muitas vezes levan<strong>do</strong> infraestrutura para locais aindaintoca<strong>do</strong>s pelas comodidades urbanas, enfrenta caminhos difíceis como estes, e precisade veículos especialmente projeta<strong>do</strong>s para se deslocar com segurança.O Volare 4x4 tem a carroceria mais alta que a tradicional, com ângulo de ataque e desaída que facilita a manobra <strong>do</strong> veículo e a transposição de obstáculo. Está equipa<strong>do</strong>com motor Cummins ISF 3.8, potência de 152 cv a 2.600 rpm, para os merca<strong>do</strong>satendi<strong>do</strong>s pela motorização Euro V (também possui configurações mecânicas paraatender outras normas de emissões), com pneus resistentes para uso misto, suspensãoreforçada, para-choque traseiro retrátil, proteção para itens sensíveis ao choque depedras, como o radia<strong>do</strong>r, cárter e tanque, proteção anticorrosiva na parte inferior dacarroceria, <strong>do</strong>is estepes localiza<strong>do</strong>s no bagageiro traseiro e farol auxiliar de marcha à ré.POSTER1821


ENTRA PAGINACOM POSTER


ENTRAPAGINACOMPOSTERPeru:uma aventura pelasraízes da AméricaPanoramas esplêndi<strong>do</strong>s, mistério e mun<strong>do</strong>s perdi<strong>do</strong>s,história e lendas, cores e sabores explosivos. Viajar peloPeru tem tu<strong>do</strong> para ser uma experiência inesquecível,seja pela aventura de trilhar caminhos que chegamalém <strong>do</strong>s quatro mil metros de altitude, seja porconhecer ruínas como as de Machu Picchu, a cidadeperdida <strong>do</strong>s incas, ou de pirâmides tão antigas quantoas <strong>do</strong> Egito ou da China. Herdeiro de costumes etradições de civilizações que floresceram por séculosantes da chegada <strong>do</strong>s europeus, o Peru abriga uma dasmaiores redes arqueológicas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. As paisagenssão espetaculares, com picos neva<strong>do</strong>s, vales e aldeiasmarcadas por plantações em terraço, técnica deixadapelos incas. O povo é acolhe<strong>do</strong>r e alegre, o artesanato,um <strong>do</strong>s mais ricos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, carrega<strong>do</strong> de cores,formas e símbolos das culturas pré-hispânicas. Traçosdeste passa<strong>do</strong> indígena, assim como <strong>do</strong> lega<strong>do</strong> <strong>do</strong>sconquista<strong>do</strong>res espanhóis, que chegaram na região naprimeira metade <strong>do</strong> século XVI, se evidenciam tambémna arquitetura e na gastronomia, que na capital, Lima,ganha influências contemporâneas.Este rico país sul-americano, sede <strong>do</strong> fabulosoimpério inca, que se estendia <strong>do</strong> norte de Chile eArgentina até o sul da Colômbia antes da chegada<strong>do</strong>s espanhóis, também se caracteriza por possuirtrês zonas geográficas distintas: a andina, onde estáCusco, Machu Picchu e o Vale Sagra<strong>do</strong>, o altiplano,região <strong>do</strong> lago Titicaca, a amazônica, de Iquitos, e aestreita e desértica faixa costeira entre os Andes e oOceano Pacífico, onde está Lima e também importantessítios arqueológicos como o da cidade mais antiga daAmérica, Caral, que viveu seu apogeu no ano 2600antes de Cristo, e Chan Chan, a cidade de barro onde opovo Moche viveu de 700 a 1400.25


TurismoMachu Picchu, a cidade perdida <strong>do</strong>s incas, reúne mais de 200 estruturas deantigos templos, relógios solares, centros cerimoniais, palácios, tumbas epedras sagradas, além <strong>do</strong>s terraços de cultivo, em forma de escadariasMachu Picchu, a velha montanhaA cidade construída pelos incas em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XV, e descoberta pelohistoria<strong>do</strong>r americano Hiram Bingham em 1911, é patrimônio da humanidade eum <strong>do</strong>s destinos mais cobiça<strong>do</strong>s <strong>do</strong> turismo internacional. Machu Picchu está nosul <strong>do</strong> Peru, a 130 quilômetros de Cusco, em uma área de transição <strong>do</strong>s Andespara a Amazônia. Foi edificada em pedra, no topo de uma montanha, a 2.400metros de altitude. Suas construções ocupam uma área de 5 km², e revelam umatecnologia construtiva tão sofisticada quanto à da Roma antiga, ainda que osincas, ao contrário <strong>do</strong>s romanos, não conhecessem o ferro e tampouco a escrita.O local reúne mais de 200 estruturas de antigos templos, relógios solares, centroscerimoniais, palácios, grandes páteos, tumbas, casas, observatórios e pedrassagradas, como a famosa pedra <strong>do</strong> Con<strong>do</strong>r, tu<strong>do</strong> feito em rochas cuida<strong>do</strong>samentetalhadas e encaixadas. O sítio engloba ainda mais de 100 terraços em forma deescadarias, detalhadamente projeta<strong>do</strong>s com várias camadas internas - pedrasgrandes na base, seguidas de pedras menores, cascalho, argila e terra de cultivo,na superfície. Feitos desta forma, eles serviam não só de base para os plantios,como também drenavam a grande quantidade de água característica daquela região,evitan<strong>do</strong> desmoronamentos.A origem deste curioso povoa<strong>do</strong>, construí<strong>do</strong> em local belo, porém inóspito,e com matéria-prima altamente difícil de manusear, já deu origem a diversasteorias. A mais aceita é a de que o assentamento foi ergui<strong>do</strong> com o propósito desupervisionar a economia das regiões conquistadas e dar refúgio ao soberano incae seus servi<strong>do</strong>res mais próximos, no caso de um ataque.Mas a emoção de visitar este sítio começa pelo caminho de acesso. A subida atéMachu Picchu pode ser feita de ônibus ou a pé, e quem encara a caminhada poruma das trilhas que levam à montanha é premia<strong>do</strong> com emoções e paisagensúnicas. As agências de turismo de Cusco oferecem várias opções, com duração deum até quatro dias de caminhada. A rota clássica, no entanto, é o Caminho Inca,que vai dar na entrada oficial da cidadela. Essa é também a trilha mais longa.São 45 Km de percurso, com direito a noites estreladas e lhamas pelo caminho.Mas não é para qualquer um. Requer um bom preparo físico e uma certa coragem,embora o roteiro inclua acampamentos com infraestrutura para passar as noites.Há trechos que ultrapassam quatro mil metros de altitude e o soroche (mal dealtitude) também faz parte desta jornada. Essa parte, porém, pode ser solucionadacom pastilhas medicinais ou mascan<strong>do</strong> folhas de coca, como fazem os nativos.Dentro <strong>do</strong> sítio também há várias trilhas, com graus de dificuldade varia<strong>do</strong>s. Umadelas dá no topo da Huayna Picchu, a montanha grande que faz fun<strong>do</strong> ao sítio. Asubida é difícil, mas a visão dali é espetacular. Além de taxa extra, este passeiotem vagas limitadas a 200 pessoas por vez, e só está disponível em <strong>do</strong>is horáriosdiários, sempre pela manhã. O tempo de ida e volta pela trilha é de três horas,duas para subir e uma para descer.As trilhas, assim como os ônibus, partem de Águas Calientes, o povoa<strong>do</strong> maispróximo <strong>do</strong> parque arqueológico, que fica no Km 82 da ferrovia Cuzco/ÁguasCalientes. A oferta de trens de Cusco a Águas Calientes é grande, com vários horáriosde partida ao longo <strong>do</strong> dia e diferentes categorias de serviço, mas devi<strong>do</strong> à grandequantidade de turistas, convém reservar antecipadamente, assim como o acesso àsruínas, ao Caminho Inca ou a qualquer outra trilha de Machu Picchu onde o númerode visitantes é controla<strong>do</strong>. Julho, setembro e outubro são meses secos e os maisrecomenda<strong>do</strong>s para quem pretende seguir as trilhas, e também os mais concorri<strong>do</strong>s.26 27


TurismoCusco e o Vale Sagra<strong>do</strong>Cusco, a capital <strong>do</strong> império inca, está tombada comopatrimônio da humanidade desde 1983, e é por si sóuma atração imperdível. Suas ruas estreitas revestidascom mosaicos de pedras permanecem como no tempo dePachacutec, o rei que unificou o império inca. Na área central,estão diversos museus de história e obras de arte, além deconstruções coloniais de estilo barroco andino, que refletema sobreposição de culturas que marca a cidade, tomada <strong>do</strong>sincas pelos espanhóis em 1533. A igreja de São Domingos,erguida sobre o imenso Templo <strong>do</strong> Sol (Koricancha), éum exemplo da ocupação hispânica. O passa<strong>do</strong> inca estápresente no Inti Raymi, festival em homenagem ao Deus Solque resgata importantes rituais <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>. A celebraçãoacontece to<strong>do</strong>s os anos, no dia 24 de junho.Mas a cidade, que é <strong>do</strong>tada de ótima infraestrutura turística,também funciona como núcleo das várias cidadezinhasque povoam o pitoresco vale <strong>do</strong> rio Urubamba, conheci<strong>do</strong>como Vale Sagra<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Incas. Ao percorrê-las, você vaise deparar com belas paisagens, plantios em terraços,homens e mulheres com suas coloridas vestes típicas, sítiosarqueológicos, templos e feiras de artesanato. E quem quiserconhecer o lugar mais a fun<strong>do</strong>, tem a chance de se hospedarnas comunidades, incorpora<strong>do</strong>-se aos trabalhos agrícolas,aos ofícios de tecelagem e aos rituais religiosos. O serviçoé disponibiliza<strong>do</strong> pelas agências de Cusco, que tambémoferecem excursões para o Vale Sagra<strong>do</strong>. Os melhores diaspara estas visitas são terças, quintas e <strong>do</strong>mingos, quan<strong>do</strong>os merca<strong>do</strong>s indígenas de Pisac e de Chinchero estãoabertos, exibin<strong>do</strong> o melhor <strong>do</strong> artesanato peruano, a preçosmais interessantes que as lojas de Cusco. Entre Cusco ePisac, vale dar uma parada no Awana Kancha, um museude tecelagem, onde você vai ver e até alimentar lhamas ealpacas, bem como conhecer to<strong>do</strong> o processo da produçãoartesanal <strong>do</strong>s exuberantes teci<strong>do</strong>s peruanos feitos pornativos de diferentes comunidades andinas. Ollantaytambo éoutro ponto obrigatório. A cidade <strong>do</strong>mina o Vale Sagra<strong>do</strong> <strong>do</strong>alto de um desfiladeiro, e o acesso se dá por uma escadariade pedra.2Express Danjul Servicios Generales SACEpysa Peru SAC Epysa Peru SAC3415 61. Na área central de Cusco, estão diversosmuseus de história e obras de arte, além deconstruções coloniais2. A Volare marca presença no país andinodesde 20063. Além de transportar turistas, o Volaretambém é utiliza<strong>do</strong> no transporte públicoe no fretamento <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res4. Dos vales verdejantes às montanhasnevadas, os veículos Volare estão semprepresentes nas paisagens peruanas5. Cores fortes, borda<strong>do</strong>s e estampas deinspiração indígena marcam a tecelagemartesanal em todas regiões <strong>do</strong> Peru6. A pequena chola exibe um filhote de lhama,o animal típico da região andina, de onde éextraída a lã das peças artesanais7. Águas Calientes, ponto de partida para MachuPicchu, também tem comércio de artesanato28 297


TurismoChan Chan e Caral, as cidades perdidas <strong>do</strong> NorteO norte <strong>do</strong> Peru ainda é pouco conheci<strong>do</strong> <strong>do</strong>s viajantesbrasileiros, mas o eixo entre as cidades de Trujillo e Chiclayoreserva tesouros tão ou mais impactantes que Machu Picchu.As escavações arqueológicas, iniciadas no fim <strong>do</strong> século XIXe especialmente ativas nos últimos anos, estão trazen<strong>do</strong>à tona a história de milhares de anos das civilizaçõespré-colombianas na América <strong>do</strong> Sul. Vale ressaltar quea civilização inca surgiu bem mais tarde no processo dedesenvolvimento cultural <strong>do</strong>s Andes, e que sua história ocupasó um século dentro <strong>do</strong>s 20 mil anos da presença <strong>do</strong> homemno território peruano.Pesquisas recentes realizadas na cidade perdida de Caralindicam que o povoa<strong>do</strong> existiu durante os anos 3000 e 1800antes de Cristo, fato que revoluciona conceitos históricos,pois mostra que o continente americano pode ter cidades tãoantigas quanto a Ásia e o Oriente Médio, ti<strong>do</strong>s como o berçoda civilização. O sítio tem aproximadamente 65 hectares e otour completo dura mais ou menos uma hora e meia. Ali seencontram ruínas de uma série de conjuntos arquitetônicos etambém de pirâmides, construção típica <strong>do</strong> terceiro milênioantes de Cristo.O sítio Caral está situa<strong>do</strong> a 184 km ao norte de Lima, noinício da zona <strong>do</strong> vale médio inferior <strong>do</strong> rio Supe, e ofereceexcelente infraestrutura para os turistas: estacionamento,restaurante, circuito de visitas, loja de artesanato,banheiros, estradas e caminhos muito bons, além de guiasbem treina<strong>do</strong>s para orientar os visitantes. Mas não temhospedagem, disponível somente em Huacho e Trujillo, queficam a 21 e 15 Km <strong>do</strong> sítio, respectivamente.Trujillo também é ponto de partida e estadia para quem vaia Chan Chan, outro sítio arqueológico da costa norte <strong>do</strong>Peru declara<strong>do</strong> patrimônio da humanidade pela Unesco, quefoi a maior cidade de barro da América. As ruínas se referemà capital <strong>do</strong>s chimús, civilização posterior aos moches, queprevaleceu na costa peruana por 600 anos até ser submetidapelos incas, por volta de 1470. Trata-se da maior cidadede barro da América, erguida em torno de 1300 depois deCristo. Em seu auge, Chan Chan ocupou área superior a20 Km², e chegou a abrigar em torno de 100 mil pessoas.Mas hoje a visita ao sítio se restringe ao setor conheci<strong>do</strong>como Palácio Nik Na, um <strong>do</strong>s nove espaços similares daaristocracia chimú identifica<strong>do</strong>s arqueologicamente. Cerca<strong>do</strong>por muralhas de sete metros ou mais, o palácio abrigapraças cerimoniais, armazéns para estocagem de alimentos,recintos priva<strong>do</strong>s, uma plataforma funerária e outrosespaços, além de alas inteiras com paredes e muros talha<strong>do</strong>scom figuras mitológicas em baixo relevo.Nas imediações de Trujillo, também se encontram vestígiosde ruas, avenidas, casas e praças que formavam a cidade <strong>do</strong>smoches, uma civilização pré-colombiana que alcançou eleva<strong>do</strong>grau de desenvolvimento antes <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio inca. As Huacas(templos) del Sol e della Luna, pirâmides de barro com maisde 30 metros de altura erguidas pelo povo moche de 200 d.C.a 850 d.C. com milhares de tijolos de a<strong>do</strong>be, são as principaisestruturas <strong>do</strong> sítio. Apenas a Huaca della Luna está aberta àvisitação, pois a outra ainda não foi escavada.1. As ruínas de Chan Chan,a cidade de barro que chegoua abrigar mais de 100 milpessoas entre 700 a 1400,ficam ao Norte <strong>do</strong> Peru2. Assim como a pollera(espécie de sobressaia usadapelas mulheres), os chapéus<strong>do</strong>s trajes típicos também variamde região para região. Nas zonasde maior frio, o chullo (gorrode lã) ganha destaque3. Habitações típicas <strong>do</strong>s Uros,ilhas artificiais que flutuamsobre o lago Titicaca4. Mora<strong>do</strong>ra de uma ilhaflutuante, manusean<strong>do</strong> a“totora”, o junco que fazcom que a ilha flutue1 23 43031


Turismo1 2 345Lima, a Cidade <strong>do</strong>s Reis1. Interior <strong>do</strong> Convento de São Francisco, emLima: arquitetura típica da época colonial32Com tantas atrações nos vales e montanhas <strong>do</strong> Peru, Lima ficaquase esquecida nos roteiros <strong>do</strong>s viajantes, mas vale reservaruns dias para apreciar a beleza desta terra que já nasceucom vocação para capital. Fundada em 1535 pelo espanholFrancisco Pizarro, com o nome de Ciudad de los Reyes (Cidade<strong>do</strong>s Reis), ela tornou-se a sede <strong>do</strong> vice-reina<strong>do</strong> espanhol,que correspondia aos atuais territórios de Peru, Equa<strong>do</strong>r,Bolívia e Chile. O seu centro histórico ainda guarda mostrasdeste status privilegia<strong>do</strong>, através da sua elegante arquiteturacolonial com influências renascentistas e barrocas.Muitas de suas edificações, a exemplo <strong>do</strong> palácioarquiepiscopal, a casa <strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong>r e a casa de Osambela aindamantêm os seus balcões talha<strong>do</strong>s em madeira, que são a“cara” de Lima. Na Plaza Mayor (antiga Plaza de Armas), épossível conhecer o palácio <strong>do</strong> governo e a bela catedral,construída em 1555. Mas nem só de arquitetura vive Lima.A capital <strong>do</strong> Peru tem inúmeras galerias de arte e museus,onde é possível obter mais informações sobre a história <strong>do</strong>país e <strong>do</strong>s lugares que se visita. Há muitos acervos dignos devisita, entre os quais o Museu <strong>do</strong> Ouro, o Museu Rafael LarcoHerrera, que exibe raras esculturas da cultura Moche, e a Casada Gastronomia Peruana, que celebra a culinária local.Para quem gosta de boemia, a pedida é o bairro Miraflores,cenário favorito <strong>do</strong>s romances <strong>do</strong> escritor Mario Vargas Llosa.O Parque Kennedy reúne uma série de restaurantes, bares ealgumas boates, e tem ainda umas barraquinhas para quemé fã de comida de rua. Em Miraflores também se encontramos melhores restaurantes e locais para compras. Mas seuprincipal atrativo, e de Lima como um to<strong>do</strong>, é a HuacaPucllana, um sítio arqueológico em pleno funcionamento– a construção estudada é um templo <strong>do</strong> ano 500, que foiparcialmente restaura<strong>do</strong> e, hoje, abriga um restaurantede alta gastronomia, onde o jantar vem acompanha<strong>do</strong>de um panorama com 1500 anos de idade. Boas opçõesgastronômicas, aliás, é o que não falta em Lima, sede oficialde uma culinária que vem ganhan<strong>do</strong> destaque no circuitointernacional <strong>do</strong>s grandes chefs. Aproveite, portanto, paraexperimentar pratos tão diferentes como um anticucho(churrasco de carne de alpaca), e saborear deliciososceviches, acompanha<strong>do</strong> por um leite de tigre, o cal<strong>do</strong> <strong>do</strong>ceviche bati<strong>do</strong> com pimenta e pisco (aguardente <strong>do</strong> Peru),por uma chicha morada, o a<strong>do</strong>cica<strong>do</strong> suco de milho roxomuito aprecia<strong>do</strong> por lá, por uma Inca Kola, o refrigerantenacional de cor amarela e gosto de tutti-frutti com guaraná,ou um drinque de frutas amazônicas.2. A catedral de Lima lembra a catedral deSevilha, na Espanha3. O palácio <strong>do</strong> governo está entre asprincipais atrações da Plaza Mayor,o coração da cidade de Lima4. San Martin Plaza: um ponto tranquilo paracurtir os prédios lin<strong>do</strong>s e super conserva<strong>do</strong>s<strong>do</strong> centro histórico da capital peruana5. Contemplar o pôr <strong>do</strong> sol limenho pode seruma boa alternativa após um tour urbanoPara saber mais:www.peru.infowww.embperu.org.brwww.seuhistory.com/travel/travel_peru.htmlwww.caralperu.gob.pe33


Júlio SoaresGastronomiaCeviche:aprenda a preparareste ícone dagastronomiaperuanaCom um território que abrange litoral, serrae floresta, e o <strong>do</strong>mínio de técnicas de cultivoe irrigação que vem da linhagem <strong>do</strong>s incas,o Peru tem uma das mais ricas dispensas <strong>do</strong>mun<strong>do</strong>. São mais de três mil variedades debatatas, milho amarelo, roxo e preto, cereaisespeciais como o amaranto e a quinua,pimentas e pesca<strong>do</strong>s de to<strong>do</strong>s os tipos, carnede pato e caméli<strong>do</strong>s (lhama e alpaca), frutase sabores da floresta amazônica. E tu<strong>do</strong> issoainda é uma pequena amostra da imensariqueza de ingredientes que fazem os pratosperuanos. Um verdadeiro festival de saboresque, de uns anos pra cá, vem ganhan<strong>do</strong>destaque e entusiasma<strong>do</strong>s adeptos nomerca<strong>do</strong> da alta gastronomia internacional.De todas suas delícias, o ceviche é a maisdifundida no Brasil. No Peru e, especialmentena capital Lima, o prato é encontra<strong>do</strong> eminúmeras versões, uma melhor que a outra. Areceita apresentada a seguir é a clássica, umbom começo para quem nunca experimentoupeixe “cozi<strong>do</strong>” no limão, e uma ótimaoportunidade para quem já viveu essaexperiência degustativa maravilhosa e queraprender a preparar o prato. Confira!34 35


GastronomiaPela liberdade de escolha, modernidadee direito ao conhecimentoDiesel é em to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> opção para preservação ambiental e equilíbrio da matriz energética.Ingredientes500g de filé de lingua<strong>do</strong> ou outro peixe brancofresco e sem espinhos400 ml de suco de limão2 colheres de sopa de gengibre rala<strong>do</strong>2 colheres de sopa de alho amassa<strong>do</strong>1 colher de sopa de Ají (tempero peruano) oupimenta de<strong>do</strong> de moça picada fina2 xícaras de cebola roxa fatiada fina½ xícara de coentro pica<strong>do</strong>Sal a gostoPimenta <strong>do</strong> reino em pó a gosto1 pitada de Ajinomoto (realça<strong>do</strong>r de sabores)Batata <strong>do</strong>ce, cenoura e espigas de milho verdecozidas e cortadas em fatias grossasMo<strong>do</strong> de fazer1. Lave bem os filés de peixe, corte-os emcubinhos e acomode-os em uma travessa2. Despeje o suco de limão sobre o peixe edeixe marinan<strong>do</strong> por um perío<strong>do</strong> de15 minutos a meia hora, até que o peixeganhe um tom esbranquiça<strong>do</strong>, sinal de quejá está “cozi<strong>do</strong>” pelo suco de limão.3. Acrescente o gengibre, o coentro, a pimentapicada, a pimenta em pó, o sal, o Ajinomoto ea cebola fatiada. Misture bem.4. Sirva em pratos individuais, sobre uma basede folhas de alface, acompanha<strong>do</strong> pelas fatiasde batata <strong>do</strong>ce e pelas rodelas de milho verde.Custo: R$ 38,50*Rendimento: duas porções* Este valor varia de acor<strong>do</strong> com a região.Leite de tigre para acompanharPara uma atmosfera verdadeiramente peruana, o cevicheprecisa ser antecedi<strong>do</strong> pelo leite de tigre, um aperitivoprepara<strong>do</strong> com o cal<strong>do</strong> <strong>do</strong> ceviche bati<strong>do</strong> com ají(a pimenta de<strong>do</strong> de dama é ótima substituta para otempero peruano) e pisco, um destila<strong>do</strong> de uva típico<strong>do</strong> Peru, que pode ser substituí<strong>do</strong> por vodca ou vinhobranco. Dizem que a mistura é afrodisíaca.Toques extras• Além <strong>do</strong> lingua<strong>do</strong>, robalo, pescada branca e badejotambém são ótimos peixes para o ceviche, quetambém pode levar camarão, polvo e outros frutos <strong>do</strong>mar. O importante é que sejam frescos e que a carneseja pouco fibrosa, para cozinhar bem no limão.• Os limões não podem ser espremi<strong>do</strong>s até o fim,para evitar que o sumo da casca se misture eamargue o cal<strong>do</strong>.• O acompanhamento da batata e <strong>do</strong> milho tem opropósito de cortar a acidez <strong>do</strong> limão, fortementepresente <strong>do</strong> sabor <strong>do</strong> ceviche. No Peru, eles usamainda o camote, um tipo de batata <strong>do</strong>ce muitopopular por lá, de cor alaranjada, que, além <strong>do</strong>sabor, dá um colori<strong>do</strong> especial ao prato. Dificilmentevocê vai encontrá-la por aqui, então use cenouras.• Em dias quentes, acrescente cubos de gelo ou deixea travesssa com o peixe na geladeira, durante amarinada, a fim de evitar que a carne <strong>do</strong> peixese deteriore.• O ceviche tem origem na cultura inca, muito antes,portanto, <strong>do</strong>s espanhóis terem conquista<strong>do</strong> o Peru,e se popularizou bastante em toda América Latina,principalmente na Colômbia, Equa<strong>do</strong>r, Chile e México.• O ceviche também pode ser servi<strong>do</strong> como aperitivo,em porções menores, em taças e sem acompanhamento.Talvez a sua imagem <strong>do</strong>s veículos movi<strong>do</strong>s a diesel seja a daquele caminhão ou ônibusvelho soltan<strong>do</strong> fumaça escura ou daquela van importada rodan<strong>do</strong> pela cidade tambémdeixan<strong>do</strong> um rastro escuro no ar. Essa é a realidade brasileira, ou melhor, a “verdade”que faz com que acreditemos ou aceitemos por completa falta de conhecimento das maisavançadas tecnologias da indústria automobilística.Em grande parte <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, e bem mais perto <strong>do</strong> que imaginamos, como em vários paísesda América <strong>do</strong> Sul, o diesel é uma opção cada vez mais a<strong>do</strong>tada e menos poluente queo carro movi<strong>do</strong> a gasolina e até mesmo que o nosso flex “ecológico”. Com a evolução datecnologia <strong>do</strong>s motores e com a legislação cada vez mais restritiva nos merca<strong>do</strong>s maisevoluí<strong>do</strong>s como a Europa, o veículo a diesel transformou-se em grande colabora<strong>do</strong>r dasmetas ambientais, além de, de quebra, ser pelo menos duas vezes mais econômico que ocarro a gasolina (e nem comparo com o flex, pois seria covardia).Mesmo nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, país tradicionalmente a favor da gasolina, no Esta<strong>do</strong> daCalifórnia o diesel limpo (clean diesel) é uma realidade não somente nos ônibus, mastambém nos automóveis. É possível colocar um lenço branco no escapamento de um dessesveículos com o seu motor em funcionamento e o lenço continuará branco e limpo, tal ograu de evolução que essa tecnologia atingiu.Por que então no Brasil, diferentemente da Europa, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e da quasetotalidade <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s da América <strong>do</strong> Sul, o diesel não é permiti<strong>do</strong> para automóveis,somente sen<strong>do</strong> libera<strong>do</strong> para veículos comerciais com capacidade de carga acima de1.000 kg, nove passageiros ou com tração 4X4? Talvez pela imagem errada de ser poluente,como mencionei no começo? Talvez pela limitação de disponibilidade de diesel que existiano merca<strong>do</strong> e por seu preço ser subsidia<strong>do</strong>? Mesmo assim, até as passagens de ônibussubsidiadas e, sem redução no seu preço, o automóvel movi<strong>do</strong> a diesel continuaria sen<strong>do</strong>mais econômico e muito mais ecológico.Segun<strong>do</strong> a Petrobras, a partir de 2015, com a entrada em funcionamento de duas refinariasnovas, o Brasil será praticamente autossuficiente na oferta de diesel e, até 2020, comoutras duas refinarias em operação, produzirá excedente de quase 500 mil barris/dia.Exatamente o que precisará ser importa<strong>do</strong> de gasolina para atender a demanda da frotabrasileira (mesmo com a adição crescente de etanol ao nosso combustível).O diesel não é uma unanimidade aqui no Brasil e, por pura falta de conhecimento, muitosambientalistas ainda têm a imagem da fumaça escura, <strong>do</strong> particula<strong>do</strong> e <strong>do</strong> cheiro forte edesagradável, mas precisamos abrir a nossa mente e, como já fizemos com o etanol e combiodiesel, ampliar as possibilidades da matriz energética.José Carlos SeccoAssessor de imprensa da Volare e MarcopoloArquivo Marcopolo3637


VariedadesPôquer:sorte ouhabilidade?A popularidade deste jogo que ganhou o mun<strong>do</strong> a partir<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s nunca esteve tão grande. Depois derender belas cenas no cinema, ele agora ganha espaço nosclubes da vida real e nas salas virtuais, atrain<strong>do</strong> milharesde adeptos também no Brasil. E o que leva todas essaspessoas a se divertirem com o pôquer não é só o glamourdas cenas cinematográficas, mas o desafio que ele impõeaos joga<strong>do</strong>res. Apesar de ter um componente aleatório,na distribuição de cartas, o pôquer requer muito maisinteligência <strong>do</strong> que sorte de seus aprecia<strong>do</strong>res.Ganha no pôquer quem conhece o jogo, tem habilidadepara apostar e persuadir o oponente. É preciso calcularo que o adversário tem em mãos e, a partir daí, fazero próprio jogo, muitas vezes, levan<strong>do</strong> o oponente aacreditar que se tem algo que, na verdade, não se tem:caso <strong>do</strong> famoso blefe. Isso tu<strong>do</strong> vai muito além da sorte.Trata-se de estratégia, concentração, capacidade decálculo, conhecimento das jogadas e <strong>do</strong> comportamentohumano, sensibilidade para perceber os movimentos <strong>do</strong>sadversários, capacidade de controle das emoções, dememorização, entre outras habilidades.Tanto é assim que o jogo já foi reconheci<strong>do</strong> comoesporte da mente pela associação internacional IMSA(International Mind Sports Association), vinculada aoComitê Olímpico Internacional, e mais recentemente,em janeiro deste ano, pelo Ministério <strong>do</strong> Esporte, queoficializou a CBTH - Confederação Brasileira de TexasHold’em no seu quadro de entidades esportivas. O TexasHold’em é uma das várias modalidades <strong>do</strong> pôquer, a maispopular nos campeonatos, clubes e salas virtuais.Se você gosta de um cartea<strong>do</strong> e quer saber mais sobreeste jogo, existe uma série de sites, fóruns e blogsque ensinam as regras e os macetes, onde você podejogar com parceiros <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> to<strong>do</strong> e até participar decompetições. Mas se você é <strong>do</strong> tipo que gosta de estarperto, ver e tocar os amigos, o pôquer também pode serum ótimo pretexto para reuni-los em casa, numa sessãode disputa amistosa, para treinar a mente, celebrar a boaamizade e curtir o jogo em sua plenitude, pois a leituracorporal é fundamental no sensível universo <strong>do</strong> pôquer.Como funcionaNo Texas Hold’em, cada joga<strong>do</strong>r recebe duascartas fechadas, ou seja, que os demais nãoconseguem ver. Na sequência, são abertas cincocartas na mesa. São cartas da comunidade, queto<strong>do</strong>s os joga<strong>do</strong>res podem usar para fazer umamão de pôquer de cinco cartas. Mas para usá-lasé preciso pagar um preço, decidi<strong>do</strong> conforme asapostas <strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res. O objetivo <strong>do</strong> joga<strong>do</strong>r éformar a melhor mão de pôquer de cinco cartas,sen<strong>do</strong> que quem faz o jogo mais alto ganha asapostas daquela rodada. Veja, a seguir, quais ascombinações de cartas válidas no pôquer e comoelas decidem a mão vence<strong>do</strong>ra.Ranking de Mãosem ordem crescenteHigh CardQuan<strong>do</strong> não há nenhuma combinação, para efeitode desempate, ganha quem tiver a maior carta.ParPar de cartas. Se mais de um joga<strong>do</strong>r fizer estejogo, o que possuir o par mais alto vence, casoos pares sejam iguais, aquele que possuir a cartade maior valor fora <strong>do</strong> par, ganha. Essa carta dedesempate é chamada de Kicker.2 ParesDois pares de cartas. Se mais de um joga<strong>do</strong>rtiver o mesmo par, o que possuir o segun<strong>do</strong>par com cartas maiores ganha. Se os <strong>do</strong>is paresforem iguais, a 5ª carta (Kicker) de maior valordetermina o vence<strong>do</strong>r.TrincaTrês cartas de mesmo valor. Se mais de umjoga<strong>do</strong>r fizer este jogo, o que fizer a trinca comcartas maiores ganha.StraightSequência de cinco cartas de naipes varia<strong>do</strong>s.O Ás pode ser a carta alta ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rei(Ex.: 10, J, Q, K e A) ou a carta baixa ao la<strong>do</strong><strong>do</strong> Dois (Ex.: A, 2, 3, 4 e 5), mas não as duas aomesmo tempo. Se mais de um joga<strong>do</strong>r fizer estejogo, o que fizer com cartas maiores ganha.FlushCinco cartas <strong>do</strong> mesmo naipe que não estão emsequência. Se as cartas estiverem em sequência,temos um Straight Flush. Se mais de um joga<strong>do</strong>rfizer este jogo, o que possuir a carta de maiorvalor ganha.Full HouseUm par mais uma trinca de cartas. Se mais de umjoga<strong>do</strong>r fizer este jogo, o que fizer a trinca comcartas maiores ganha.Four (Quadra)Quatro cartas iguais. Se mais de um joga<strong>do</strong>r fizereste jogo, o que fizer combinações com cartasmaiores ganha.Straight FlushSequência de cinco cartas de um mesmo naipe.Se mais de um joga<strong>do</strong>r fizer este jogo, o quepossuir a carta de maior valor ganha.Royal FlushAs cinco cartas de maior valor <strong>do</strong>mesmo naipe. Um Royal Flush ésimplesmente um Straight Flushque tem um Ás como Carta Alta.É a mão mais forte <strong>do</strong> pôquer, enão pode ser batida.Para saber mais:www.universidade<strong>do</strong>poker.comwww.pokerstars.com/br3839


Fotos: Heloisa MezzaliraPerfilLama Padma Samten,educan<strong>do</strong> para a pazQuan<strong>do</strong>, no final <strong>do</strong>s anos 80, líderes budistas expulsos <strong>do</strong> Tibete pelo<strong>do</strong>mínio da China comunista começaram a aportar no Brasil, o gaúcho Alfre<strong>do</strong>Aveline, estava pronto para recebê-los. Alguns anos antes, já havia selança<strong>do</strong> ao estu<strong>do</strong> e à prática das tradições religiosas, através da meditação,da tradução de sutras e textos básicos <strong>do</strong> budismo e de outras linhas <strong>do</strong>pensamento oriental. Em 1993, conheceu Chagdud Tulku Riponche, o lamatibetano que construiu o templo de Três Coroas, no Rio Grande <strong>do</strong> Sul, sedebrasileira <strong>do</strong> monastério tibetano Chagdud Gonpa, funda<strong>do</strong> em 1131 e um<strong>do</strong>s poucos que sobreviveram à invasão da China comunista. Foi neste templobrasileiro que, em 14 de dezembro de 1996, Rinpoche conferiu a Aveline ostatus de lama, um misto de sacer<strong>do</strong>te, líder e mestre espiritual.Com a ordenação, o reconheci<strong>do</strong>pesquisa<strong>do</strong>r e professor <strong>do</strong>Departamento de Física da UniversidadeFederal <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul (UFRGS),mestre em física quântica e defensordas causas ambientais, deu lugar aolama Padma Samten. Desde então, vemdifundin<strong>do</strong> os ensinamentos de BudaGautama em to<strong>do</strong> o Brasil, através deretiros, palestras, conferências e livros.Os títulos A Jóia <strong>do</strong>s Desejos, Meditan<strong>do</strong>a Vida, O Lama e o Economista,Relações & Conflitos, Mandala <strong>do</strong> Lótuse A Roda da Vida são referências não sópara os praticantes <strong>do</strong> budismo, comotambém para as pessoas que buscamorientação para melhor lidar com asdificuldades da vida, profissionais,executivos e acadêmicos que querematuar a partir de uma interface com aespiritualidade. Além destas atividades,o lama também dirige o CEBB (Centrode Estu<strong>do</strong>s Budistas Bodisatva),funda<strong>do</strong> em 1986 e, atualmente, comramificações em to<strong>do</strong> o Brasil, noUruguai e no Canadá.Através <strong>do</strong> Instituto Caminho <strong>do</strong> Meio,uma OSCIP (Organização da SociedadeCivil de Interesse Público) constituídapara dar suporte à cultura da paz, olama também vem implementan<strong>do</strong> umde seus projetos mais almeja<strong>do</strong>s: aEscola Caminho <strong>do</strong> Meio, uma propostade educação inova<strong>do</strong>ra, que atendecrianças da comunidade budista edas comunidades vizinhas. A escolafunciona no CEBB Caminho <strong>do</strong> Meio,nome herda<strong>do</strong> da localidade ondeestá situa<strong>do</strong>, entre os municípios deViamão e Alvorada, na periferia de PortoAlegre. E foi ali, neste pequeno sítio denome sugestivo, onde se treina a pazem meio à turbulência urbana, entreruas batizadas Compaixão, Alegria,Generosidade, que o lama recebeu aVolareClub, para contar um pouco da suahistória e seus projetos, discorrer sobreo budismo e sua tarefa de construir apaz. Confira!VolareClub: Como aconteceu o seu despertarpara a espiritualidade? Houve alguma influênciada família?Lama: Foi um movimento intuitivo. Eu eraum a<strong>do</strong>lescente olhan<strong>do</strong> para as coisas. Nãohavia nenhum traço de espiritualidade em casa,mas meu pai e minha mãe tinham interesseem oferecer tu<strong>do</strong> o que gente pudesse ler.Eu e meus irmãos tínhamos enciclopédiase textos interessantes sempre disponíveis,e nós não éramos força<strong>do</strong>s em nenhumadireção, o que havia era uma liberdade depensamento. Me interessei logo pela ciênciae pela espiritualidade. Comecei a ler tu<strong>do</strong> oque encontrava sobre isso, porque me pareciamuito profun<strong>do</strong>, misterioso e poderoso, e aí,comecei a praticar o yoga. Então, eu não tiveuma aproximação devocional convencional com aespiritualidade, foi pelo estu<strong>do</strong>, pelo yoga.VolareClub: Como você chegou ao budismo?Lama: No início <strong>do</strong>s anos 80, conheci unspraticantes <strong>do</strong> soto zen, e comecei a meditar comeles, a estudar e traduzir os textos tradicionaisbudistas. Em 1982, eu me afastei da universidade,para poder me dedicar mais a isso, e fundei umacomunidade, o Grupo comunitário Rodeio Bonito,numa terra próxima a Três Coroas. Minha atividadeprincipal ali era estudar, meditar e traduzir. Faziaisso e cuidava <strong>do</strong>s meus filhos pequenos. Depoisvoltei a dar aulas na UFRGS, mas em tempoparcial, e voltei a Porto Alegre com muitas coisastraduzidas, então fundei o centro de estu<strong>do</strong>sbudistas, porque eu queria compartilhar aquilotu<strong>do</strong>. A partir daí, começamos a ter práticasdiárias. Nos reuníamos às 4h30, estudávamosuma hora e pouco, meditávamos e depois íamostrabalhar. Meu primeiro mestre foi um mestreitinerante <strong>do</strong> soto zen. Demoramos muitos anosa nos encontrar, porque naquela época nãotinha mestre em lugar nenhum, os tibetanos nãoestavam viajan<strong>do</strong> para o Ocidente ainda. Elescomeçaram a aparecer no final <strong>do</strong>s anos 80, e euacompanhei a chegada deles, até que em 1993 eutive o encontro com o meu mestre, Chagdud TulkuRinpoche, que me ordenou lama em 1996. Eu tiveessa benção extraordinária. Eu talvez não tenhacompreendi<strong>do</strong> ainda totalmente a extensão disso.40 41


VolareClub: Você foi uma espécie de tradutor <strong>do</strong> budismotibetano, então, aqui no Brasil?Lama: Eu tenho essa sensação, de que minha funçãoé essa, mais de um tradutor, um facilita<strong>do</strong>r, alguémque ajuda as pessoas a compreender a riqueza destacultura, não só <strong>do</strong> budismo tibetano, mas das diferenteslinhagens e abordagens que o budismo apresenta, paraque elas consigam, de algum mo<strong>do</strong>, fazer surgir essebudismo contemporâneo, que vai responder às questões daatualidade, porque o budismo não é algo que vem prontototalmente. Ele vem num nível sutil, mas no nível temporalde manifestação, ele se adapta às culturas e se organiza emdiferentes regiões e nacionalidades de uma forma autônoma,com ensinamentos e ênfases um pouco diferentes. Há umnúcleo comum, mas com algumas aptidões particulares, pelopróprio encontro cultural com as regiões onde se manifesta.O ponto central <strong>do</strong> budismo é beneficiar as pessoas ondeelas estão.VolareClub: Sua caminhada espiritual não lhe impediu detrabalhar, ter mais de um casamento e cinco filhos, fundaruma comunidade alternativa e defender o meio ambiente.Essa inserção na vida mundana é uma característica <strong>do</strong>budismo ou <strong>do</strong> lama brasileiro?Lama: Essa é uma feição mais ocidental. Aqui os alunossão to<strong>do</strong>s leigos, enquanto no Oriente, os alunos, por umtempo, são alunos monásticos. Agora, a linhagem Ningma,que é a linhagem a qual pertenço, é umpouco assim também, porque ela surgiuda junção de um monge, um yogue e umleigo, o impera<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Tibete. Eles fundaramo budismo tibetano. Mais adiante surgiramoutras linhagens, e esse budismo ficou sen<strong>do</strong>conheci<strong>do</strong> como budismo antigo, até queum impera<strong>do</strong>r posterior decidiu restituiro bongo, a religião antiga <strong>do</strong> Tibete, eproscreveu o budismo. Então os mongesforam obriga<strong>do</strong>s a voltar para o mun<strong>do</strong>,constituíram família, se transformaramem senhores de terra, forman<strong>do</strong> em voltadeles uma estrutura de pessoas, comouma comunidade. Isso dá uma face para obudismo tibetano, onde os lamas não sãoapenas monges, mas líderes grupais, sociais.Isso é uma característica especialmenteNingma. O Chagdud Rinpoche era isso, eleveio para o Brasil e montou uma comunidadeNingma, em Três Coroas, com muitasfamílias. Eles são maiores <strong>do</strong> que nós, elestêm 45 hectares, e nós aqui, 12 hectares.A quantidade de famílias não difere muitoentre as duas, em torno de 60, mas eles têmmais reservas, mais bosques.VolareClub: Então pode-se dizer que entre o Aveline, olíder das causas ambientais <strong>do</strong> final <strong>do</strong>s anos 70, início<strong>do</strong>s anos 80, e o lama Padma Samten de hoje não existeuma ruptura, mas uma continuidade...Lama: O que houve foi uma transição <strong>do</strong> aspecto externopara o interno. Se queremos alguma transformaçãoexterna, precisamos de uma transformação interna,essencialmente isso. Me dei conta que a questãoambiental e ecológica necessitava de uma transformaçãointerna. Eu vivia uma dicotomia: uma visão espiritual,em faixa três, e uma necessidade de agir no mun<strong>do</strong>, emfaixa <strong>do</strong>is. Então cruzei para a faixa três em ação social, eisso foi o início da comunidade Caminho <strong>do</strong> Meio. Me deiconta que a transformação ecológica e a transformação<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> precisava de núcleos onde a transformaçãoda consciência já estivesse em marcha. Então, há umacontinuidade. Estamos aqui, hoje, construin<strong>do</strong> este teci<strong>do</strong>social que veio a partir de um trabalho de transformaçãointerna, e que se estabelece como um embrião deterra pura, que acolhe outras pessoas, e onde vamostransforman<strong>do</strong> as relações e as tecnologias.VolareClub: Faixa <strong>do</strong>is, faixa três, terra pura. Queconceitos são esses?Lama: Terra pura é um conceito budista, orienta aEscola Caminho <strong>do</strong> Meio e penetra as várias ações<strong>do</strong>s CEBBs. Refere-se a um ambiente que é físico ematerial, mas também é mental e emocional, ondepodemos manifestar de forma mais natural as melhoresqualidades <strong>do</strong> nosso coração. É uma visão que nosimpulsiona a constituir um mun<strong>do</strong> melhor, está voltadaa promover a vida humana preciosa e as boas conexõesemocionais, que transformam nossa vida em uma vidamelhor. Dentro dessa perspectiva, a nossa vida setransforma, fican<strong>do</strong> mais disponível para o caminhoespiritual. Já, operação em faixa um, <strong>do</strong>is e três sãoexpressões que venho usan<strong>do</strong> nas palestras e aulas, quese referem à maneira como os indivíduos funcionam nomun<strong>do</strong>. Faixa um é quan<strong>do</strong> nós respondemos de formaautomatizada a tu<strong>do</strong> que acontece. Quem opera emfaixa um não tem nenhum pensamento a respeito dascoisas, simplesmente se move, seguin<strong>do</strong> um impulsoque brota <strong>do</strong>s cinco senti<strong>do</strong>s. Na faixa <strong>do</strong>is, as pessoastêm uma compreensão da causalidade e uma visãoestratégica, mas essa visão estratégica se dá pordentro de realidades limitadas, como se fossem bolhasde realidade – o trabalho, a família, visões locais decultura, etc. Nesta faixa, as pessoas treinam, avançam,têm a sensação de um real progresso, mas toda essasensação se dá dentro de bolhas de realidade. A faixa3 vai além da causalidade, ela traz a compreensão dainseparatividade <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> interno e externo, que vaipermitir a visão de terra pura. É um méto<strong>do</strong> de olharas coisas internas e externas. Em faixa três, quan<strong>do</strong>olhamos alguma coisa, não só vemos aquilo, comovemos que a nossa mente responde àquilo de um certomo<strong>do</strong>, e não de outro, percebemos que a mente poderesponder de várias formas, e que é possível escolher omo<strong>do</strong> como nossa mente vai responder. Em faixa três,temos familiaridade com nosso mun<strong>do</strong> interno, e issonos permite direcionar a nossa ação.VolareClub: E o lama opera em qual faixa?Lama: To<strong>do</strong>s nós operamos as três, mas o centro daminha operação é a faixa três. Quan<strong>do</strong> opero em faixa<strong>do</strong>is, com os assuntos de administração, por exemplo,opero em faixa <strong>do</strong>is, mas inspira<strong>do</strong> pela três. Opero emtrês e quatro, porque a quatro é o aspecto da inspiração,então o centro é faixa quatro, é onde aparece a energia,o foco e o impulso de ação, a intenção iluminada, asabe<strong>do</strong>ria primordial, tu<strong>do</strong> isso é faixa quatro.VolareClub: Como a espiritualidade, de um mo<strong>do</strong> geral,e o budismo, em particular, podem ajudar as pessoas eo mun<strong>do</strong>?Lama: A espiritualidade funde este mun<strong>do</strong> internoonírico com o mun<strong>do</strong> externo, ela opera com outrasrealidades que se refletem sobre a nossa, como sefossem outras inteligências que atuam em planos quenós não vemos e atuam sobre nós. É como as coisas<strong>do</strong> planeta Terra, por exemplo, elas não dizem respeitosó ao planeta Terra, porque a vida aqui depende <strong>do</strong>Sol. O nosso mun<strong>do</strong> interno, da mesma forma, tambémé sustenta<strong>do</strong> por outras regiões sutis que emanam etrazem, por exemplo, a compaixão. Quan<strong>do</strong> começamosa olhar o mun<strong>do</strong> interno, descobrimos que existemcentros de radiação positiva, que nos energiza. Aespiritualidade nos permite compreender essas forçasamplas. As pessoas estão imaginan<strong>do</strong> que a história éfeita pelas guerras, mas a história é feita de compaixão,compaixão é o que há de permanente. O budismo etodas as tradições contemplativas observam o nossomun<strong>do</strong> interno, que é muito profun<strong>do</strong>, muito sutil, e quetermina comandan<strong>do</strong> o que nós vemos. Essas tradiçõesolham como a nossa mente opera, onde os obstáculose as visões limitadas surgem, de mo<strong>do</strong> que possam serpercebidas e trabalhadas. O budismo atua neste ponto,ele ajuda a perceber e remover os obstáculos internos,o que pode nos ajudar em vários campos, desde asquestões ambientais, tecnológicas, a psicologia, ciência,arquitetura, nas formas de viver.Perfil4243


VolareClub: Para onde caminha a nossa sociedade?Lama: Estamos no meio de mudanças muito importantes.Hoje, buscamos a nossa felicidade compran<strong>do</strong> coisaso tempo to<strong>do</strong>, mas este modelo está chegan<strong>do</strong> aofim. Estamos perceben<strong>do</strong> que mesmo ten<strong>do</strong> todas asmáquinas, em seis meses elas estão ultrapassadas, e jánão produzem a felicidade, de mo<strong>do</strong> que começamos acaminhar em direção ao equilíbrio, cuidan<strong>do</strong> da saúde e<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> interno. Quan<strong>do</strong> nós descobrirmos essa áreade um mo<strong>do</strong> mais profun<strong>do</strong>, vamos viver de forma maissimples, vamos considerar que o nosso tempo é maisimportante <strong>do</strong> que ganharmos os recursos para geraruma felicidade fugidia. Acho que a organização humanatambém vai mudar, que vamos ter os ideais ecológicos<strong>do</strong>s anos 60 e 70 se tornan<strong>do</strong> possíveis, já reformata<strong>do</strong>spara uma nova visão, mas, essencialmente, uma visãoem que a harmonia é possível, a felicidade é possível,onde o mun<strong>do</strong> interno conta.VolareClub: Se essa mudança passa pela transformaçãointerna de cada ser, que dicas o lama pode dar àquelesque já se sentem inclina<strong>do</strong>s a essa mudança?Lama: Qualquer pessoa, em qualquer lugar, mesmosem mudar nada, no lugar em que está, pode olharpara os outros e pensar: que ele seja feliz, supere osofrimento, encontre as causas da felicidade e supereas causas <strong>do</strong> sofrimento. A gente pode começar pelosfilhos. Normalmente, olhamos para eles com o desejode que sejam vitoriosos, os melhores, de acor<strong>do</strong> com omun<strong>do</strong> competitivo, quan<strong>do</strong> deveríamos ter esse olharmais profun<strong>do</strong> de felicidade em relação a eles e a to<strong>do</strong>mun<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> formos capazes de olhar para o própriochefe, a sogra, a ex-esposa, o irmão briga<strong>do</strong> e dizer: queeles sejam felizes, superem o sofrimento... aí nossa vidacomeça a melhorar, porque os nossos olhos começarama melhorar. Quan<strong>do</strong> se olha de forma positiva para aspessoas, nós vamos nos desarman<strong>do</strong> e nos curan<strong>do</strong>,porque a origem das <strong>do</strong>enças está profundamente ligadaao nosso olhar. Experimente olhar para alguém de formanegativa e veja como você se sente, você se sente mal.Agora, comece a olhar de forma negativa para to<strong>do</strong>mun<strong>do</strong>, você se sente péssimo, aí é natural que aspessoas se suicidem ou entrem em depressão, porqueestão olhan<strong>do</strong> de forma negativa para tu<strong>do</strong>.VolareClub: A meditação ajuda a mudar esse olhar,esse foco?Lama: A meditação ajuda, porque quan<strong>do</strong> a gentesenta em silêncio não há nada além <strong>do</strong> silêncio emsi, nada de especial, de extraordinário. Então, quan<strong>do</strong>sentamos desse mo<strong>do</strong>, descobrimos que podemos geraruma energia que não precisa ter uma razão para existir,é uma energia própria. Quan<strong>do</strong> a gente entende queessa energia própria existe sem estar na dependênciade algum objeto, de alguma circunstância ou de umaocorrência externa, a gente começa a se libertar danecessidade de estar sempre mendigan<strong>do</strong> situações ouajeitan<strong>do</strong> situações para que nossa felicidade aconteça.Quan<strong>do</strong> estamos em meditação, podemos ver que essafelicidade é natural, que a nossa energia pode brotarsem precisar ter uma razão. Então existem <strong>do</strong>is tiposde felicidade: a felicidade causal, onde estou sempre nadependência de alguma coisa, e a felicidade não casual,que a gente também pode chamar de primordial, que énatural. Mais adiante, dentro da visão espiritual, a gentevai se perguntar: mas essa felicidade vem da onde? Aespiritualidade começa com essa pergunta. Qual é afonte disso, a fonte da minha lucidez, <strong>do</strong> meu bem-estarverdadeiro, da minha capacidade de ajudar as outraspessoas, da minha capacidade de manter uma visãoampla, da onde isso vem? A espiritualidade é que vairesponder isso nas diferentes tradições, não apenas nobudismo, mas nas diferentes tradições.VolareClub: A Escola Caminho <strong>do</strong> Meio tem no budismo sua fontede inspiração. Qual é a particularidade desta escola?Lama: Uma escola prepara crianças ou pessoas para se inserirem nasociedade onde vivem. Então, quan<strong>do</strong> falamos na Escola Caminho<strong>do</strong> Meio, temos que começar por aí: estamos desenvolven<strong>do</strong> ashabilidades das crianças para que elas possam atuar em que tipode sociedade, em qual contexto? No caso da nossa escola, ocontexto é aquilo que chamamos de terra pura, onde os referenciaisinternos estão presentes, envolven<strong>do</strong> as famílias, a escola, seuscolabora<strong>do</strong>res e mantene<strong>do</strong>res numa só rede de relações positivas.Nós fazemos 25 anos de escolarização e não encontramos o temada felicidade, nós terminamos toda nossa etapa de escola nosvários níveis, até pós-<strong>do</strong>utoramento, sem desenvolver qualquerhabilidade nesse senti<strong>do</strong>. Na visão globalizada, o ponto centralde to<strong>do</strong> sistema de educação é desenvolver meios causais, comotransformar uma coisa em outra para benefício de projetos evisões estratégicas limitadas, passamos a olhar o mun<strong>do</strong> como seele fosse instrumento da nossa visão estratégica. Já, a visão deterra pura tem a mobilização <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> interno e a descrição dascausas da felicidade como foco. A escola existe há quatro anoscomo educação infantil, sen<strong>do</strong> que este ano incorporou tambémo primeiro ano <strong>do</strong> Ensino Fundamental, acolhen<strong>do</strong> crianças dacomunidade Caminho <strong>do</strong> Meio e das comunidades vizinhas. É umaescola inclusiva e gratuita, que se mantém inteiramente por meiode <strong>do</strong>ações de amigos e simpatizantes de to<strong>do</strong> o Brasil.Por Heloisa MezzaliraA bondade é uma capacidade deir além da própria identidade eolhar os outros seres a partir daperspectiva deles mesmos. É umaprática de transcendência ativa.4445


NotíciasVolare mostra novidades para os setoresde Agronegócios, Turismo e Segurança PúblicaA World Travel Market Latin America, realizadaentre 23 a 25 de abril, no Transamérica Expo Center,em São Paulo, é a maior feira de turismo da AméricaLatina, com representação de mais de 50 países. Epara prestigiar a grandiosidade deste evento, a Volarelevou ao público presente o seu DW9 Limousine, umadas excelentes opções da marca para quem opera comgrandes grupos de passageiros, configura<strong>do</strong> com asmelhores opções de acabamentos e acessórios.O modelo exposto tinha 32 lugares e poltronas superespeciais, <strong>do</strong> tipo Executivo Soft semileito, revestidasem couro e com apoio para a cabeça em espumaviscoelástica, material capaz de se adaptar à estruturae à altura <strong>do</strong> passageiro, acomodan<strong>do</strong>-o com o máximode conforto. Além das diversas configurações deopcionais, o DW9 Limousine também oferece um amploespaço para bagagem no porta-pacotes e no bagageiro,acabamento interno com material que imita a madeira,especialmente no piso e no painel de instrumentos,iluminação indireta, feita por LEDs, em toda a extensão<strong>do</strong> salão de passageiros e o novo sistema dear-condiciona<strong>do</strong> “duta<strong>do</strong>”, que melhora odirecionamento <strong>do</strong> fluxo de ar. Este aparelho possuisaídas individuais localizadas no porta-focos, onde opassageiro pode controlar também o sistema de som,que tem plug de fone de ouvi<strong>do</strong> com três canais econtrole de volume.Já, na LAAD 2013, Feira Internacional deSegurança Pública e Corporativa, realizada de 9 a12 de abril, no Riocentro, no Rio de Janeiro, a marcaexibiu o seu potencial para desenvolver produtosque atendam as necessidades <strong>do</strong> cliente, através <strong>do</strong>Volare Fire, primeiro veículo da marca desenvolvi<strong>do</strong>para o combate a incêndios.Projeta<strong>do</strong> dentro de um novo conceito de veículo paracombate a incêndios, o Volare Fire possui diversasinovações tecnológicas que proporcionam ganhosde rapidez e praticidade aos bombeiros. O modelotransporta até cinco bombeiros e reúne to<strong>do</strong>s osequipamentos necessários para qualquer atendimento,como resgate em altura, aquático, aéreo, locaisconfina<strong>do</strong>s e pessoas presas em ferragens. O objetivoé proporcionar socorro rápi<strong>do</strong> e diferencia<strong>do</strong>,contenção e combate a incêndios com água e espuma,até a chegada de um veículo de maiorporte. O modelo também pode ser usa<strong>do</strong> nocombate a incêndio por grandes empresas,em função de seu baixo custo em relação aveículos de maior porte.Deslocamento rápi<strong>do</strong> é também uma dasprincipais vantagens <strong>do</strong> Volare Ambulância,da mesma forma, apresenta<strong>do</strong> na feira, edesenvolvi<strong>do</strong> dentro de avança<strong>do</strong>s conceitosergonômicos, para fazer remoções deemergência, com to<strong>do</strong> o conforto para opaciente e amplo espaço para circulaçãode médicos e enfermeiros. O veículotem configuração especial para abrigarequipamentos e instrumentos médicos,piso antiderrapante, impermeabilizante eantibactericida, próprio para uso hospitalar,ampla porta traseira bipartida, que facilitaa entrada <strong>do</strong>s pacientes, ventila<strong>do</strong>r eexaustor no teto, farol de embarque natraseira, sinaliza<strong>do</strong>r rotativo, além de <strong>do</strong>issinaliza<strong>do</strong>res nas laterais e <strong>do</strong>is na traseira.O atendimento na LAAD 2013 foi to<strong>do</strong>realiza<strong>do</strong> no Volare Business, uma unidademóvel especialmente desenvolvida para serutilizada em feiras e eventos da marca.Na Agrishow 2013, que aconteceu entre os dias 29 de abril e 3de maio, em Ribeirão Preto, São Paulo, o destaque foi para osmodelos fora-de-estrada, como o Volare Rural e o Volare 4x4. OVolare Rural, desenvolvi<strong>do</strong> especialmente para o setor agrícola, éindica<strong>do</strong> para o fretamento em zonas rurais. Ele possui suspensãoreforçada, maior altura em relação ao solo e maiores ângulos deentrada e saída, que proporcionam maior facilidade para venceros obstáculos das estradas de terra e locais de difícil acesso.Em relação à capacidade, transporta 29 passageiros, além deauxiliar e motorista, to<strong>do</strong>s senta<strong>do</strong>s com conforto em poltronasreclináveis. Já, o Volare 4x4 foi desenvolvi<strong>do</strong> para trafegar emlocais de difícil acesso, alaga<strong>do</strong>s, sem pavimentação e, muitasvezes, até sem estradas, poden<strong>do</strong> ser configura<strong>do</strong> para diversasaplicações, <strong>do</strong> turismo de aventura ao transporte de minera<strong>do</strong>ras.Apoio ao turismo sustentávelConsciente <strong>do</strong> potencial turístico das belezas naturais <strong>do</strong>Brasil e da importância da promoção de ações ambientalmenteresponsáveis nesta área, a Volare levou o seu apoio aoAmbientur, Simpósio Nacional sobre Gestão Ambiental deEmpreendimentos Turísticos, promovi<strong>do</strong> pela AssociaçãoBrasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental em conjuntocom a Universidade de Caxias <strong>do</strong> Sul. O evento, realiza<strong>do</strong> de24 a 26 de abril, em Bento Gonçalves/RS, reuniu empresários,profissionais, gestores públicos, professores, pesquisa<strong>do</strong>res eestudantes das áreas <strong>do</strong> turismo e <strong>do</strong> meio ambiente, com oobjetivo de discutir a gestão ambiental de empreendimentosturísticos, incentivan<strong>do</strong> a implantação de práticas sustentáveisque gerem visibilidade e rentabilidade. O tema transportetambém fez parte das discussões, através <strong>do</strong> painel “Transportede turista e sua sustentabilidade”, onde foram aborda<strong>do</strong>s casescom referências à mobilidade e ao potencial turístico dashidrovias <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul.4647


NotíciasVolare <strong>do</strong>aveículo paraassociaçãode produtorasde orgânicosCom o Volare W6, a AMA (Associação das Mulheres Agroecológicas)supera uma de suas maiores dificuldades: transportar a produçãoaté o público consumi<strong>do</strong>r.Dhani Accioly Borges“A gente tinha para<strong>do</strong> de fazer feira, porque não tinha como levar osprodutos. Agora, vamos fazer cinco feiras por semana. Estamos muito felizese agradecidas com este presente”, diz a líder da AMA Maria Ileide Teixeira.Além de transportar os produtos in natura, os quitutes e o artesanatoproduzi<strong>do</strong>s pelas mulheres da associação, o Volare também vai servir comoponto de venda. A <strong>do</strong>ação da Volare chegou em maio, depois de váriascampanhas <strong>do</strong> grupo para conseguir um veículo através de financiamentose colaborações solidárias. “A gente acreditou no nosso trabalho e a genteacabou conseguin<strong>do</strong>. Com esse presente, vamos poder aumentar a nossaprodução e colocar mais alimento saudável na mesa das pessoas. Vamosmultiplicar”, diz a entusiasmada <strong>do</strong>na Ileide, hoje proprietária da terra que,assim como as outras mulheres da associação, conquistou com a força deseus sonhos, com fé e persistência.As mulheres da AMA fazem parte de um assentamento rural em MogiMirim, interior de São Paulo, que abriga mais de 100 famílias. A ocupaçãodas terras aconteceu em 1997, mas a divisão e <strong>do</strong>ação <strong>do</strong>s lotes sóaconteceu no ano 2000. Durante estes três anos, elas organizaramcreche, escola, lutaram pela estrada que dá acesso às terras, estruturaramuma cozinha comunitária, fizeram uma formação em agroecologia eprocessamento de alimentos, e vislumbraram na produção de subsistênciaa possibilidade de uma renda complementar. “A gente fazia cestas comprodutos orgânicos e vendia na Unicamp e outras feiras de economiasolidária, mas faltava um veículo para participar de outras feiras”, conta.A produção agroecológica <strong>do</strong> grupo, hoje, tem marca - Marias da Terra, eenvolve três segmentos: frutas, legumes e hortaliças in natura, geleiase outros produtos comestíveis inova<strong>do</strong>res, como chips e brigadeirode mandioca; bonecas, tapetes, descanso de panelas e outras peçasartesanais feitas de palha de milho e folha de bananeira.4849


Via ExclusivaVia ExclusivaExpress Danjul:vencen<strong>do</strong> as rotas <strong>do</strong> Peru com “El Guerrero” e “Los Gemelos”O Guerreiro e Os Gêmeos são os apeli<strong>do</strong>s atribuí<strong>do</strong>s pela equipe da empresa aos seus três veículos Volare, que percorrem a difícil geografia <strong>do</strong>país, transportan<strong>do</strong> turistas com qualidade, conforto e segurança.46Patricia Lobato“Quan<strong>do</strong> começamos, em 2006, tínhamos um ônibus de 43assentos. Mas logo no primeiro ano, nos demos conta que omerca<strong>do</strong> exigia veículos de menor capacidade, e foi por isso, etambém pelo prestígio da marca, que, em 2008, adquirimos nossoprimeiro Volare, com capacidade para 28 passageiros”, contaRita Segura Gonzales, sócia e administra<strong>do</strong>ra da Express Danjul.“Os resulta<strong>do</strong>s foram muito bons, porque além de confortável,o veículo se revelou forte, seguro e prático para to<strong>do</strong> tipo deterreno, tanto assim que o batizamos de El Guerrero”, diz. Em2011, chegaram “Los Gemelos”, com 32 assentos, para atenderserviços que exigiam mais poltronas.“O Volare é um veículo que dá absoluta garantia a umaopera<strong>do</strong>ra de transporte e suas características são ressaltadas nomomento em que nós vendemos os nossos serviços ao cliente.Podemos considerar a Volare um parceiro estratégico”, avalia aadministra<strong>do</strong>ra. Este foco na qualidade, segurança e conforto, quecaracteriza os serviços da Danjul se complementa com uma políticade manutenção da frota rigorosa, realizada na concessionáriaautorizada e sempre com peças originais. E tem origem na própriafundação da empresa, que nasceu para prestar um serviço deexcelência, num merca<strong>do</strong> onde pre<strong>do</strong>minava a informalidade.A iniciativa partiu de Julia González Quispe de Segura, RitaEsperanza, Mercedes Rosa, Daniel y Cesar Augusto SeguraGonzález, que já vinham de uma trajetória de mais de 15 anos deatuação em uma grande empresa <strong>do</strong> transporte urbano de Lima.“Vivíamos um momento de consolidação da economia nacional,de maior poder aquisitivo da população, que permitia às pessoasviajar. O governo estava incentivan<strong>do</strong> o desenvolvimento <strong>do</strong>turismo, e havia disponibilidade financeira para a aquisição dafrota. De outro la<strong>do</strong>, eram poucas empresas atuan<strong>do</strong> no setor comum serviço de qualidade. Foi neste contexto que decidimos fundara Danjul”, relata a empreende<strong>do</strong>ra.Enraizada em seus princípios, a Danjul, hoje, é uma empresa sólida,que atua num merca<strong>do</strong> onde já não pre<strong>do</strong>mina a informalidade -90% das empresas são registradas junto aos órgãos competentes eatuam sob a fiscalização da Superintendencia de Transporte Terrestrede Personas, Carga y Mercancías (SUTRAN). Mas nem por isso, ummerca<strong>do</strong> livre de ameaças. “A queda de barreira para o ingresso noserviço de transporte turístico propiciou o surgimento de novasempresas, e o merca<strong>do</strong> caminha para a saturação. Enfrentamosainda uma competição desleal por parte das empresas de transporteinterprovincial, que, de forma encoberta, prestam serviços nossegmentos de turismo e de grupos a baixo custo. E por fim, o próprioperfil de alguns clientes, que muitas vezes priorizam o preço emdetrimento da qualidade e da segurança”, avalia a administra<strong>do</strong>ra.A Danjul opera em to<strong>do</strong> território <strong>do</strong> Peru, com uma frota de11 veículos, nos segmentos <strong>do</strong> turismo e <strong>do</strong> transporte detrabalha<strong>do</strong>res, embora o turismo interno seja seu carro-chefe.“Noventa por cento <strong>do</strong>s nossos clientes finais são peruanos queviajam pelo interior <strong>do</strong> país”, informa Rita. A Expresso Danjulpresta este serviço através de opera<strong>do</strong>res de turismo interno,escolas, universidades, instituições públicas, empresas privadase pessoas físicas, e como tem licença para operar em to<strong>do</strong>o país, leva grupos a to<strong>do</strong>s os departamentos (esta<strong>do</strong>s), deTumbes a Tacna, Junín, Ancash, Cajamarca, Amazonas, Arequipa,Puno, Cuzco, entre outros. No fretamento, transporta cerca 500trabalha<strong>do</strong>res por dia.Express Danjul, cliente da Epysa, concessionária Volare no PeruRita Segura Gonzales, sócia eadministra<strong>do</strong>ra da Express Danjul,uma empresa que desde 2006vem qualifican<strong>do</strong> o transporte deturistas e trabalha<strong>do</strong>res no PeruDivulgaçãoLocavel:disponibilizan<strong>do</strong> veículos para o progresso <strong>do</strong> BrasilCom uma frota altamente diversificada, que soma quase três mil veículos, a empresa oferece soluções completas na locação de veículos,equipamentos, transporte de bens e pessoas.Presente em oito esta<strong>do</strong>s brasileiros - Pernambuco, Paraíba, Rio Grande <strong>do</strong> Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro eSão Paulo, a Locavel é uma das poucas empresas que oferecem frotas completas aos seus clientes, com e sem opera<strong>do</strong>res,administran<strong>do</strong> não só as demandas de cada cliente, como também a manutenção <strong>do</strong>s veículos e equipamentos, avarias eacidentes que possam vir a ocorrer com os mesmos. Sua área de atuação envolve mais de dez segmentos de merca<strong>do</strong>, comdestaque para a área petrolífera, construtoras focadas em infraestrutura, órgãos públicos vincula<strong>do</strong>s ao tráfego e à defesasocial. São veículos e equipamentos apropria<strong>do</strong>s para to<strong>do</strong> tipo de carga, de produtos perigosos a granéis líqui<strong>do</strong>s, e para otransporte de pessoas, setor este que atualmente responde por 25% <strong>do</strong> faturamento da empresa.Entre seus 2.690 veículos, se encontram desde o mais simples automóvel até complexos equipamentos especiais comoguindastes, passan<strong>do</strong> por camionetes, caminhões, ônibus ro<strong>do</strong>viários e urbanos, utilitários, ambulâncias, viaturas policiaise outros. A frota Volare é composta por 130 unidades <strong>do</strong>s modelos V8, V6, W8 e W9, e atende construtoras, fazen<strong>do</strong> otransporte de pessoal em todas fases da obra. “Utilizamos o Volare em obras que envolvem longos trechos. É um veículoversátil, estreito, curto e com boa capacidade de passageiros, além de baixo custo de manutenção”, diz o diretor comercialda Locavel Nil<strong>do</strong> Pedrosa.A estrutura da empresa envolve ainda oficinas próprias para a manutenção desta frota e um quadro de cerca de 300funcionários, com motoristas, médicos e técnicos de segurança <strong>do</strong> trabalho, continuamente treina<strong>do</strong>s e recicla<strong>do</strong>s, para atenderas mais modernas exigências técnicas de segurança em transportes. “Procuramos manter os melhores níveis de segurança equalidade no atendimento aos nossos clientes. O sucesso <strong>do</strong> nosso grupo empresarial é a satisfação e o bem-estar <strong>do</strong>s nossosclientes. Esta é a nossa meta, o melhor servir, com segurança e qualidade”, afirma Pedrosa, que também é Conselheiro Nacionalda Abla (Associação Brasileira de Loca<strong>do</strong>res de Automóveis).A frota da Locavel opera dentro das normas <strong>do</strong> Conoma e é renovada a cada <strong>do</strong>is anos. To<strong>do</strong>s os veículos também estãoequipa<strong>do</strong>s com computa<strong>do</strong>res de bor<strong>do</strong> e são monitora<strong>do</strong>s por GPS. De seus motoristas, a Locavel exige experiência mínimade três anos. Uma vez contrata<strong>do</strong>s, passam por uma bateria completa de exames e por um treinamento inicial de 30 dias, comfoco na condução de equipamentos, nas normas e procedimentos de segurança.Locavel, cliente da Compacto Veículos, concessionária Volare de Recife, PESegurança e qualidadede atendimento sãoos pilares da Locavel,afirmam os sócios Nil<strong>do</strong>Pedrosa (esq), Ab<strong>do</strong>ralGomes e Danilo Ricar<strong>do</strong>51


Via ExclusivaTrans Pinho aposta no Volare W-Lpara o fretamento de trabalha<strong>do</strong>resA possibilidade de transportar mais passageiros, com média de consumo de combustível por quilômetro roda<strong>do</strong>e manutenção reduzidas, motivou a empresa a renovar a frota com o mais recente lançamento da marca.O Volare W-L acomoda 35 passageiros, mais o motorista e o auxiliar. “É a nossa aposta para 2013”, afirma a sóciaproprietáriaAndreia Lima Pacheco. “Além <strong>do</strong> desempenho, é um carro mais leve, o novo design é interessante, inova<strong>do</strong>r,e é um veículo que dá conforto ao passageiro”, avalia Andreia, que hoje opera na parte administrativa da empresa, masjá abraçou o volante, junto com o mari<strong>do</strong> e sócio João Batista Souza Pinho, nos primeiros anos da empresa. “Começamosem 1992, no transporte universitário. Atuamos também no turismo, com grupos fecha<strong>do</strong>s que nos procuram para diversosdestinos interestaduais e estaduais. Mas o segmento onde atuamos com maior força, hoje, é o fretamento”, diz.A Trans Pinho atende grandes e sólidas empresas instaladas em Gravataí e Porto Alegre, transportan<strong>do</strong> milhares defuncionários to<strong>do</strong>s os dias. “São empresas que buscam o bem-estar de seus colabora<strong>do</strong>res, oferecen<strong>do</strong> o melhor noquesito transporte. Por isso, procuramos nos diferenciar com uma frota renovada, composta por veículos de alto padrão,bem como por uma equipe de profissionais qualifica<strong>do</strong>s em todas as áreas <strong>do</strong> nosso atendimento, <strong>do</strong>s serviços gerais aosmotoristas”, ressalta a administra<strong>do</strong>ra. Atualmente, a Trans Pinho opera com 55 funcionários e uma frota de 40 veículos,<strong>do</strong>s quais cinco são Volare. O primeiro foi um Volare W8, adquiri<strong>do</strong> em 2004. “Estávamos inician<strong>do</strong> no fretamento eprecisavámos de um veículo novo, que fosse confortável, com baixo custo de manutenção e, ao mesmo tempo ágil, paraatender diversos colabora<strong>do</strong>res e rotas durante o dia”. Desde então, os veículos Volare têm supri<strong>do</strong> a demanda da TransPinho nos roteiros mais longos.Trans Pinho, cliente da Metrobus, concessionária Volare de Porto Alegre, RSMichelle PiovesanaJoão Batista e Andreia, proprietários da Trans Pinho,no momento em que o diretor da Metrobus BenjaminBursztejn entregava as chaves da mais recenteaquisição da empresa, o Volare W-L, que já estáoperan<strong>do</strong> nas rotas de Gravataí e Porto Alegre, no RS52

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