Um <strong>Mundo</strong> <strong>Melhor</strong><strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong> Br<strong>as</strong>ileir<strong>as</strong>urante a campanha <strong>para</strong> a Presidência da República, o entãoD candidato Luiz Inácio Lula da Silva <strong>as</strong>sinou, em 2002, o Termode Compromisso Presidente Amigo da Criança, pelo qual se comprometeua dar prioridade à criança e ao adolescente na sua gestão. OTermo foi elaborado pela <strong>Fundação</strong> <strong>Abrinq</strong>, com b<strong>as</strong>e no doc<strong>um</strong>entoUm <strong>Mundo</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong> e n<strong>as</strong> decisões da Cúpula do Milênio daOrganização d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong> (ONU), e traz <strong>um</strong>a série de compromissosde met<strong>as</strong> e gestão <strong>para</strong> melhorar <strong>as</strong> condições de vida atuaise <strong>as</strong> futur<strong>as</strong> d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> e dos adolescentes br<strong>as</strong>ileiros.Em dezembro de 2003, o Presidente Lula aprovou, no Conselho Nacionaldos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), o Planode Ação Presidente Amigo da Criança e do Adolescente (PPACA) commais de 200 ações <strong>para</strong> a população infanto-juvenil e <strong>um</strong> orçamentoUm <strong>Mundo</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong>O doc<strong>um</strong>ento Um <strong>Mundo</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong> (MPC) convocatodos os membros da sociedade a se unir em movimentomundial, <strong>para</strong> alcançar os seguintes objetivos:• Colocar <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> em primeiro lugar;• Erradicar a pobreza e investir na infância ;• Não abandonar nenh<strong>um</strong>a criança;• Cuidar de cada criança;• Educar tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>;• Proteger <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> da violência e da exploração;• Proteger <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> da guerra;• Ouvir <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> e <strong>as</strong>segurar sua participação;• Proteger a Terra <strong>para</strong> <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>.de aproximadamente R$ 56 bilhões <strong>para</strong> sua execução ao longo dequatro anos.Em janeiro de 2006, o governo federal apresentou <strong>um</strong> relatório com<strong>as</strong> principais conquist<strong>as</strong> e desafios de sua gestão, na área da infância.A Rede Amiga se b<strong>as</strong>eou neste e em outros doc<strong>um</strong>entos e informações,<strong>para</strong> produzir seu próprio relatório.Termo de Compromisso PresidenteAmigo da CriançaCompromissos de met<strong>as</strong> – melhorar, de formadesafiadora e significativa, os índices relativos à situaçãoda criança e do adolescente, tendo como referência ocompromisso <strong>as</strong>s<strong>um</strong>ido pelo governo br<strong>as</strong>ileiro na SessãoEspecial pela Criança da Organização d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong>,em maio de 2002.Compromissos de gestão – garantir, em até seis mesesapós a posse, a elaboração de <strong>um</strong> plano de ação, o PlanoPresidente Amigo da Criança e do Adolescente, sendo que:• As iniciativ<strong>as</strong> e estratégi<strong>as</strong> deveriam serincorporad<strong>as</strong> ao Plano Plurianual do governo;• Os recursos programados não seriamcontingenciados;• Seria implantado <strong>um</strong> sistema de monitoramento eavaliação da execução do Plano de Ação;• O governo federal disponibilizaria, a <strong>um</strong>a rede deorganizações da sociedade, <strong>as</strong> informações necessári<strong>as</strong><strong>para</strong> o acompanhamento e avaliação d<strong>as</strong> açõesfederais, fornecendo <strong>um</strong> balanço anual da atuaçãogovernamental.10
A Rede de MonitoramentoAmiga da Criançam 2003, a <strong>Fundação</strong> <strong>Abrinq</strong> mobilizou organizações sociaisE nacionais e internacionais, que atuam na área da infância ejuventude, <strong>para</strong> compor a Rede de Monitoramento Amiga da Criança, afim de fazer c<strong>um</strong>prir os compromissos <strong>as</strong>s<strong>um</strong>idos pelo Presidente daRepública e o governo federal, especialmente aqueles descritos noPlano de Ação Presidente Amigo da Criança e do Adolescente.São taref<strong>as</strong> da Rede monitorar, analisar e avaliar <strong>as</strong> ações do Estadobr<strong>as</strong>ileiro, discutir soluções, recomendar caminhos e apoiar a sociedadecivil no controle social d<strong>as</strong> ações do governo, principalmentepor meio do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente(Conanda) e do Fór<strong>um</strong> Nacional dos Direitos da Criança e doAdolescente.Com o propósito de promover a participação juvenil, junto com aRede Amiga n<strong>as</strong>ceu também a Rede Sou de Atitude, que reúne jovensde diversos estados br<strong>as</strong>ileiros, no monitoramento e incidênciapolítica <strong>para</strong> que <strong>as</strong> propost<strong>as</strong> do governo saiam do papel e sejamefetivamente implementad<strong>as</strong>.Ao longo da gestão Lula, a Rede Amiga dialogou com o governo,elaborou e divulgou estudos sobre a situação da criança e do adolescenteno Br<strong>as</strong>il. Sua principal contribuição foi realizar a primeiraanálise d<strong>as</strong> ações do governo federal, mostrando <strong>as</strong> possibilidadesde o Br<strong>as</strong>il alcançar <strong>as</strong> met<strong>as</strong> pactuad<strong>as</strong> <strong>para</strong> 2010 e 2015. A análise resultouno relatório Um Br<strong>as</strong>il <strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong>: a sociedade br<strong>as</strong>ileira e osobjetivos do milênio <strong>para</strong> a infância e adolescência – 2004, considerado,pela Rede Amiga, como <strong>um</strong> importante momento de diálogo com ogoverno e expressão de <strong>um</strong>a sociedade mais participativa.11