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Edição 1 Especial em Português - SET

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Indústria de ReceptoresVendas cresc<strong>em</strong> <strong>em</strong> velocidade estonteanteCopa do Mundo, mais cidades com imagens digitalizadas, ofertamaior e preços <strong>em</strong> queda formam o círculo virtuoso da expansãoPor José Maria Furtado*Em março de 2010, 28 meses após a estreia daTV digital no Brasil, os fabricantes de set-top box,televisores, televisores de bolso, celulares, dispositivospara automóveis e computadores estavam animadoscom o cenário desenhado à sua frente.Não é para menos: estima-se que os 191 milhõesde habitantes irão gastar nos próximos anos100 bilhões de dólares na troca de televisoresanalógicos por digitais – <strong>em</strong> 95% dos maisde 56 milhões de domicílios brasileiros há pelomenos um televisor.Essa montanha de dinheiro atrai os produtores comoo mel ao urso. Entre eles estão as multinacionaisSamsung e LG, Phillips, Sony, Panasonic e AOC.Century e S<strong>em</strong>p, que têm acordo com a Toshiba, estãono time das nacionais.Todas acreditam que, com o advento da TV digital, opercentual de lares com TV deve crescer. As <strong>em</strong>issorasde TV agradec<strong>em</strong> e retribu<strong>em</strong> acelerando a migraçãodo padrão analógico para o digital.Por sua vez, o público, ainda que se ressinta dafalta de uma maior divulgação das vantagens dopadrão digital sobre o analógico por parte das<strong>em</strong>issoras, responde com entusiasmo. Por isso,as vendas de receptores digitais, cada vez maisbaratos, cresc<strong>em</strong> <strong>em</strong> velocidade estonteante eformam um círculo virtuoso.Daniel Kawano, da PanasonicDivulgaçãoEm 2009, segundo a Superintendência da ZonaFranca de Manaus, a Suframa, as <strong>em</strong>presas dopólo eletro-eletrônico local venderam 4 milhões detelevisores de LCD, Full HD e HD Ready, 61% a maisdo que <strong>em</strong> 2008.Já as vendas de modelos de plasma cresceram10,1%, para 332 mil aparelhos Full HD e HD Ready(as vendas dos modelos Full HD de LED’s, mais caros,são incipientes).As vendas dos digitais contrastam com as dosanalógicos, cuja curva é francamente descendente:<strong>em</strong> 2007, as vendas foram de 10,5 milhões dessesaparelhos. Em 2009, 5,3 milhões, com faturamentode menos de 1 bilhão de dólares. A descontinuidadeda produção dos analógicos está próxima. A AOC fala<strong>em</strong> parar <strong>em</strong> 2011; a Century <strong>em</strong> 2012.Futebol – Muitos motivos levam a crer numboom de vendas <strong>em</strong> 2010. Neste ano haverá a Copado Mundo na África do Sul. “Este será o primeiromundial transmitido <strong>em</strong> digital no Brasil. Para vê-lomuitos consumidores trocarão seus aparelhos”, dizRafael Cintra, gerente sênior de TVs da Samsung.Daí a previsão de vendas de televisores digitaispara 2010, estimadas <strong>em</strong> 7 milhões de unidades,superar a dos analógicos.Mas o fator primordial para vendas <strong>em</strong> ascensão é onúmero de cidades com TV digital. No final de 2008eram 13 capitais de estado e 4 cidades interioranas.Um ano depois, 20 capitais e 8 cidades do interior --10 <strong>em</strong> março de 2010. Estima-se que, até o inícioda Copa do Mundo, <strong>em</strong> junho, mais de um terçoda população poderá acessar pelo menos um sinaldigitalizado de TV.Contribui também para a rápida diss<strong>em</strong>inação da TVdigital uma crescente oferta de produtos. Em dez<strong>em</strong>brode 2007 estavam à venda apenas aparelhos com telaacima das 40 polegadas, comprados então apenaspela camada de maior poder aquisitivo.Em menos de três anos, na Samsung, o númerode TVs Full HD e HD Ready <strong>em</strong> linha de produçãopassou de 3 para 23 modelos <strong>em</strong> Plasma, LCDe LEDs. “Para 2010 ainda não definimos, mascertamente vamos atender as necessidades dosconsumidores que quer<strong>em</strong> acompanhar a Copa doMundo <strong>em</strong> HD”, afirma Cintra.Na AOC, <strong>em</strong> 2007, havia dois modelos Full HD, “de42 e 47 polegadas, com tela <strong>em</strong> LCD”, rel<strong>em</strong>braAudiene Oliveira, gerente de produtos da AOC noBrasil. Até a Copa, haverá mais um televisor de22” de LCD. Depois dele entrará o de 32”, quecompletará a linha hoje existente, formada tambémpor muitos aparelhos HD Ready.Preços – De acordo com Daniel Kawano,analista de produtos da Panasonic do Brasil, a linhade produtos Full HD da <strong>em</strong>presa era formada, <strong>em</strong>2008, por 6 modelos com tamanhos variando entre42 e 58 polegadas. Em 2009 chegou mais um, de37, que compl<strong>em</strong>entou a linha com os HD Ready.“Vamos lançar mais produtos no período da Copa,mas no momento não pod<strong>em</strong>os informar quantos equais”, diz Kawano.Na Century, apenas <strong>em</strong> 2009 é que foram lançadosaparelhos LCD, Full HD e HD Ready, de 42 e 32polegadas. “A preferência do mercado é pelostelevisores de 32 polegadas, que correspond<strong>em</strong>a 80% do nosso volume de vendas”, diz MarceloMartins, diretor da Century.A oferta cresce, o tamanho diminui e os preçostambém, pois aparelhos menores custam menos aoconsumidor, o que ajuda a d<strong>em</strong>ocratizar o acesso àTV digital. Nas lojas se pode observar que os preçoscaíram a aproximadamente 30% ao ano.As TVs Full HD de 32 polegadas, por ex<strong>em</strong>plo,custavam <strong>em</strong> torno de 1.700 dólares ao consumidor<strong>em</strong> 2007. Hoje não custam 1.000 dólares. Cintra,da Samsung, já acredita que, ainda <strong>em</strong> 2010, asvendas de Full HD poderão superar não só as de TVanalógicas como também as de HD Ready.Os preços, contudo, estão se estabilizando. “Daquipor diante, com certeza, a queda <strong>em</strong> LCD será b<strong>em</strong>menor, pois o preço dos painéis, principal componentedo televisor, está chegando à maturidade produtiva ecomercial”, diz Oliveira.Para ele e Martins, da Century, ao contrário do quediz<strong>em</strong> Cintra e Kawano, o consumidor brasileiro aindanão deu preferência aos modelos com conversoresintegrados. “Porém, com a obrigatoriedade gradativaa partir de julho, haverá uma rápida migração. E commodelos cada vez mais modernos que <strong>em</strong>barcarão omiddleware GINGA”.América Latina – Todas estas <strong>em</strong>presasestão de olho no mercado latino-americano.Afinal, <strong>em</strong> população, o mercado é praticamenteigual ao do Brasil. Maior d<strong>em</strong>anda atrai maisprodução e, ainda que uma escala maior reduzapreços, significa mais lucros.16

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