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inovação - Jornal de Leiria

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EMPRESASMAIORES6 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASENTREVISTA CASTRO GUERRA - SECRETÁRIODE ESTADO ADJUNTO DA INDÚSTRIA E INOVAÇÃO«A REGIÃO TEM UMAATITUDE POSITIVAEM RELAÇÃOAO TRABALHO»Priorida<strong>de</strong>s do QREN, alterações face ao programaanterior e energia são alguns dos temasque mereceram o comentário <strong>de</strong> António CastroGuerra. O secretário <strong>de</strong> Estado salienta aindao dinamismo empresarial da região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,o 7º distrito do país que mais pagou <strong>de</strong>IRC em 2006.Qual a filosofia base que esteve na origem doQREN, o que o distingue do quadro anterior?São 21 biliões <strong>de</strong> euros para três gran<strong>de</strong>s priorida<strong>de</strong>s.Em primeiro lugar, qualificar os portugueses.Sem recursos humanos qualificados a produtivida<strong>de</strong>,inovaçãoe eficiência da gestão ficam aquém dosmelhores resultados. Depois, valorizar os territórios,porque cada território tem uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e umpotencial que é preciso potenciar. Em terceiro lugar,aumentar a competitivida<strong>de</strong> do país e das empresas,criando-lhesuma envolvente favorável,uma preocupaçãopatente nos três eixos. Tendo sempre presenteque para melhorar a competitivida<strong>de</strong> dasempresas é preciso que o Estado seja também maiscompetitivo e não per<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> vista que a competitivida<strong>de</strong>das empresas tem muito a ver com as suaspróprias escolhas.Qual a i<strong>de</strong>ia que tem da região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> emtermos empresariais?Uma região dinâmica, com elevadas taxas <strong>de</strong>natalida<strong>de</strong> e sobrevivência <strong>de</strong> empresas. Tem cerca<strong>de</strong> vinte mil empresas,um bom escol <strong>de</strong> PME,sobretudona indústria,com <strong>de</strong>staque para os sectores daborracha e plástico, mol<strong>de</strong>s, vidro e cerâmica. Todaa gente sabe que a Marinha Gran<strong>de</strong> faz mol<strong>de</strong>s paratodo mundo.Destacava ainda a maquinaria e os bens<strong>de</strong> equipamento. Além disso, mais recentemente,<strong>de</strong>spertou para o aproveitamento do seu potencialturístico: é uma região com mar, centros históricos ereligiosos e uma gran<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> a Lisboa.A região<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> tem uma tradição económica importante,que se afirmou nomeadamente na indústria, e umaatitu<strong>de</strong> positiva em relação ao trabalho, mas numfuturo próximo o turismo ganhará uma importânciacrescente. Em 2006 foi o 7º distrito na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>importância <strong>de</strong> pagamento do IRC,o que não é <strong>de</strong>spiciendo.Falou do vidro e da cerâmica.Trata-se <strong>de</strong> duasindústrias fortemente consumidoras <strong>de</strong> gás natural,que se dizem à mercê «<strong>de</strong> lobbies monopolistasque praticam políticas <strong>de</strong> preços que subvertemos compromissos ambientais assumidos, quereduzem os preços do gás se as empresas aumentaremo seu consumo». O que gostaria <strong>de</strong> dizer aestas empresas?O po<strong>de</strong>r negocial é uma vantagem competitiva.Énatural que o consumo em gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s conduzaa alguma discriminação <strong>de</strong> preços no sentidoda baixa.O Estado não <strong>de</strong>via intervir nesta questão?Não quero moralizar essa questão. Mas sempredirei que não é um bom princípio o governo intervirdiscricionariamente no sistema <strong>de</strong> preços.O que possodizer é que estão criadas condições para que,numfuturo próximo, haja mais concorrência e para queos custos da energia - electricida<strong>de</strong> e gás natural -baixem.Está a referir-se à liberalização mas, na realida<strong>de</strong>,não existe concorrência...Ainda não existe <strong>de</strong> forma significativa para queo impacto nos preços se faça sentir, mas foram criadasas condições estruturais <strong>de</strong> mercado para ➭➭MAIORES250 DISTRITO DE LEIRIA 7


EMPRESAS➭➭ que venha a ser mais intensa: no domínio daelectricida<strong>de</strong> estão em construção quatro novascentrais <strong>de</strong> ciclo combinado - num total <strong>de</strong> 3.200MW, que vão para o mercado livre - e mais e melhoresinterligações com Espanha permitirão que aelectricida<strong>de</strong> flua <strong>de</strong> on<strong>de</strong> é mais barata para on<strong>de</strong>é mais cara, fazendo baixar os preços. No gás natural,antecipámos significativamente a liberalizaçãodo mercado.Mas, no tarifário praticado há um incentivo aoconsumo <strong>de</strong> gás. E estamos a falar <strong>de</strong> indústriaspoluentes. O Estado não <strong>de</strong>via intervir?Como? Restringindo o consumo <strong>de</strong> gás? Aumentandoos preços? Em matéria <strong>de</strong> poluição existemdois tipos <strong>de</strong> indústrias: as que integram o CELE(Comércio Europeu <strong>de</strong> Licenças <strong>de</strong> Emissão) e asque não o integram.As indústrias da cerâmica e dovidro integram, tendo-lhes sido atribuídos direitos <strong>de</strong>emissão.Estas empresas têm <strong>de</strong> fazer boas escolhasenergéticas e ser mais eficientes para não emitiremCO2 e outros gases com efeito <strong>de</strong> estufa acima dosdireitos que lhes foram atribuídos. Se emitirem acima,<strong>de</strong>vem comprar direitos <strong>de</strong> emissão e suportaros respectivos custos. Se forem eficientes, ven<strong>de</strong>rãodireitos <strong>de</strong> emissão,arrecadando receitas.Este mecanismofaz mais sentido do que as intervenções directasnos preços e nas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> energia.As empresas estão, por força da concorrênciaglobal, sob uma terrível pressão.Acrescem as exigênciasem termos ambientais. Não o preocupa atendência <strong>de</strong> concentração da indústria mais poluenteem países com menos exigências a este nível?As empresas têm níveis diferentes <strong>de</strong> consumo<strong>de</strong> bens ambientais, que as socieda<strong>de</strong>s começarama valorizar. Ao penalizar a emissão <strong>de</strong> CO2 estamosa proteger a qualida<strong>de</strong> do ar. O que sinto é que hojehá um maior nível <strong>de</strong> consciência ambiental. Há umgran<strong>de</strong> esforço na promoção <strong>de</strong> valores ambientaisque em décadas anteriores não valorizámos.A Europaé lí<strong>de</strong>r na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>stes valores.Admito que certosinvestimentos possam escolher certas localizaçõessobre outras, em função do rigor das políticasambientais. Mas a socieda<strong>de</strong> tem <strong>de</strong> fazer escolhas,não se po<strong>de</strong> ter tudo. O paradigma do <strong>de</strong>senvolvimentosustentável começou a fazer o seu caminhoe veio para ficar.Voltando ao QREN.O que muda,para as empresas,relativamente ao quadro anterior?Por um lado, existem apenas três sistemas <strong>de</strong>incentivos (SI). Com uma concentração ao nível dasescolhas,as empresas não se per<strong>de</strong>m nos labirintosdas múltiplas portas <strong>de</strong> entrada. Por outro, orientámosos sistemas para um patamar superior <strong>de</strong> exigênciaao nível da qualida<strong>de</strong> dos projectos. São sistemas<strong>de</strong> incentivos dirigidos às gran<strong>de</strong>s priorida<strong>de</strong>sdas empresas no domínio da competitivida<strong>de</strong>: SI àID&T; SI à inovação; SI à qualificação e à internacionalização<strong>de</strong> PME.Em alguns programas <strong>de</strong> apoio anteriores assistiu-seà <strong>de</strong>volução <strong>de</strong> fundos à Comunida<strong>de</strong> Europeia,por falta <strong>de</strong> projectos que cumprissem osrequisitos previstos nesses programas.O que estáa ser feito para que isto não se repita?Nem tudo o que se diz é verda<strong>de</strong>. Tanto quantosei,no PEDIP I e no PEDIP II não houve <strong>de</strong>volução <strong>de</strong>fundos. E no PRIME, quando chegámos ao ministério,globalmente, <strong>de</strong>batíamo-nos com uma escassezabsoluta <strong>de</strong> recursos. Se por um lado tínhamos umaprocura reduzida para algumas tipologias <strong>de</strong> projectos,nas tipologias mais consumidoras <strong>de</strong> recursosfaltava-nos dinheiro. Re<strong>de</strong>finimos o PRIME em funçãodas priorida<strong>de</strong>s do Plano Tecnológico e mobi- ➭➭PUBC ONSULTORESComunida<strong>de</strong> EuropeiaFundo Social EuropeuMinistério da Segurança Social e do TrabalhoFundo Social EuropeuPOS_CONHECIMENTO/ACTIVOSCURSOS Nº Datas <strong>de</strong> Datas <strong>de</strong> Local <strong>de</strong> Dias <strong>de</strong> HorárioHoras Inicio Fim Realização RealizaçãoUtilização Completa do Word XP 60 25/11/07 28/12/07 <strong>Leiria</strong> 2ª , 4ª e 6ª feira Pós-LaboralUtilização Completa do Excel XP 60 7/11/07 10/12/07 <strong>Leiria</strong> 3ª e 5ª feira Pós-LaboralUtilização Completa do Access 60 20/11/07 28/12/07 <strong>Leiria</strong> 2ª, 4ª e 6ª feira Pós-LaboralCriação <strong>de</strong> Animações em Macromédia Flash 60 A <strong>de</strong>finir <strong>Leiria</strong> Pós-LaboralAutoCad Avançado 60 22/11/07 26/12/07 <strong>Leiria</strong> 2ª, 4ª e 6ª feira Pós-LaboralRequisitos: Estar activo . Ida<strong>de</strong> compreendida entre os 18-65 anos . Não estar inserido noutro programa financiado pelo FSEPOS_CONHECIMENTO/DESEMPREGADOSCURSOS Nº Datas <strong>de</strong> Datas <strong>de</strong> Local <strong>de</strong> Dias <strong>de</strong> HorárioHoras Inicio Fim Realização RealizaçãoIntrodução ao Autocad 2D 60 24/10/07 03/11/07 <strong>Leiria</strong> 2ª a 6ª feira LaboralIntrodução ao Autocad 2D 60 A <strong>de</strong>finir <strong>Leiria</strong> 2ª a 6ª feira LaboralIntrodução ao Autocad 3D 60 10/11/07 22/11/07 <strong>Leiria</strong> 2ª a 6ª feira LaboralIntrodução ao Autocad 3D 60 A <strong>de</strong>finir <strong>Leiria</strong> 2ª a 6ª feira LaboralAutocad Avançado 60 29/11/07 10/12/07 <strong>Leiria</strong> 2ª a 6ª feira LaboralRequisitos: Estar em situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego . Ida<strong>de</strong> compreendida entre os 18-65 anos . Não estar inserido noutro programa financiado pelo FSEFORMAÇÃO NÃO FINANCIADACURSOS Nº Datas <strong>de</strong> Datas <strong>de</strong> Local <strong>de</strong> Dias <strong>de</strong> HorárioHoras Inicio Fim Realização RealizaçãoFormação Continua <strong>de</strong> formadores 72 13/11/07 31/01/08 <strong>Leiria</strong> 2ª 6ª feira Pós-LaboralAnimação <strong>de</strong> Idosos 45 19/11/07 27/12/07 <strong>Leiria</strong> 2ª 6ª feira Pós-LaboralTécnicas <strong>de</strong> Venda 45 21/11/07 26/12/07 <strong>Leiria</strong> 2ª 6ª feira Pós-LaboralDinâmicas <strong>de</strong> Grupo 30 03/01/08 31/01/08 <strong>Leiria</strong> 2ª 6ª feira Pós-LaboralMo<strong>de</strong>lo EFA, Avaliação e Certificação 36 06/02/08 05/03/08 <strong>Leiria</strong> 2ª 6ª feira Pós-LaboralPlaneamento na Formação EFA 30 07/02/08 06/03/08 <strong>Leiria</strong> 2ª 6ª feira Pós-LaboralFormação Inicial <strong>de</strong> formadores - 17ª acção 99 A <strong>de</strong>finir Alcobaça 2ª 6ª feira Pós-LaboralFormação Inicial <strong>de</strong> formadores - 18ª acção 99 A <strong>de</strong>finir Figueira da Foz 2ª 6ª feira Pós-LaboralÁREAS DE NEGÓCIO DA KNOWHOW:Informações e Inscrições:KnowKNOWHOW - Consultores, LdaHOWE-mail: geral@knowhow.pt www.knowhow.pt● Estudos e projectos ● Formação Profissional ● Qualida<strong>de</strong>, Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho ● Consultoria em GestãoPraceta Artur Portela, lote 14, R/C esq., 2400-103 <strong>Leiria</strong> . Telef.: 244 835 355/6 e 244 838 635/6/7 Fax: 244 835 357MAIORES8 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESAS➭➭ lizámos cerca <strong>de</strong> 1,5 mil milhões <strong>de</strong> euros parainvestimento, nomeadamente através <strong>de</strong> uma rigorosareprogramação <strong>de</strong> reembolsos.De seguida,sensibilizámosas empresas para as novas priorida<strong>de</strong>s.Para que haja procura é preciso mobilizar, ir às instituições,ao mercado e "ven<strong>de</strong>r as i<strong>de</strong>ias". A mobilizaçãodos agentes económicos e sociais é uma dasarmas dos políticos. Foi o que fizemos com a ajudadas associações empresariais.Sabemos que muita formação realizada ao abrigo<strong>de</strong> programas comunitários não tem sido rentabilizada.Há quem viva <strong>de</strong> formação em formação,adiando sistematicamente o regresso aomercado <strong>de</strong> trabalho. Ganham apenas as entida<strong>de</strong>sformadoras.Que medidas foram tomadas paraque isto não se repita?Corroboramos a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que nos QCA anterioresos recursos afectos à formação profissional podiamter sido melhor aproveitados. Mas nem tudo é negativo.Muitas empresas souberam tirar partido dosrecursos disponíveis para formação dos seus trabalhadorese o Inovjovem foi um programa bem sucedido.O fundamental é que não nos <strong>de</strong>sviemos dapriorida<strong>de</strong> das priorida<strong>de</strong>s - a qualificação dos portugueses- para a qual o QREN disponibiliza 6,2 milmilhões <strong>de</strong> euros, mais 27% do que no quadradoanterior. Só com mais e melhor formação se po<strong>de</strong>trabalhar em contextos mais complexos. Mas temos<strong>de</strong> ser mais rigorosos na selecção e no acompanhamentodos programas <strong>de</strong> formação das empresas.No QREN, as empresas que apresentarem só projectos<strong>de</strong> formação dos seus activos <strong>de</strong>vem candidatar-seao Programa Operacional Temático - CapitalHumano. Quem pretenda apresentar projectosintegrados - investimento mais formação - <strong>de</strong>ve fazêlono Programa Operacional Temático - Factores <strong>de</strong>Competitivida<strong>de</strong>.Neste quadro <strong>de</strong> apoio, há menos incentivosdirectos às empresas...Estão previstos dois tipos <strong>de</strong> incentivos: um reembolsável- que a empresa po<strong>de</strong> não ter <strong>de</strong> <strong>de</strong>volvertotalmente, caso cumpra as metas a que se propôs- e outro a fundo perdido. O nível <strong>de</strong> incentivação é<strong>de</strong>crescente com a dimensão da empresa e, dada adimensão, com a qualida<strong>de</strong> dos projectos/naturezados investimentos.Há um reforço nos mecanismos <strong>de</strong> acesso aosmercados financeiros?Quando se incentiva um projecto, está-se a partilharo risco com o investidor, o que facilita a angariação<strong>de</strong> recursos junto do sistema financeiro. Quemelhor ajuda a um projecto do que a partilha <strong>de</strong> risco?É uma via que vai ao encontro da filosofia base<strong>de</strong> qualquer sistema <strong>de</strong> incentivos: "em obediênciaaos objectivos das politicas públicas e com o suporteparcial <strong>de</strong> dinheiros públicos,a empresa cria riquezaque é sociabilizada pela via do emprego e da receitafiscal".E quanto ao capital <strong>de</strong> risco? Há uma a<strong>de</strong>quação<strong>de</strong>ste instrumento ao financiamento associadoao risco da inovação?Estamos preocupados com os patamares <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>dos investimentos e criámos condições paraque exista um conjunto <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> financiamentoa<strong>de</strong>quados aos projectos <strong>de</strong> maior risco.Uma activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> I&D,nos primeiros anos,tem cashflows negativos.É preciso combinar os incentivos como capital <strong>de</strong> risco, para aumentar o capital própriodas empresas, e garantias bancárias para aumentaros seus capitais permanentes. A banca tem dificulda<strong>de</strong>sem emprestar dinheiro a uma empresa semtrack-record, em particular se for intensiva em I&D,porque o resultado dos seus projectos po<strong>de</strong> ser "zeroou um", resulta, ou não resulta. A partilha <strong>de</strong> riscoajuda a banca a <strong>de</strong>cidir. No Programa OperacionalFactores <strong>de</strong> Competitivida<strong>de</strong> dispomos <strong>de</strong> 350 milhões<strong>de</strong> euros para os instrumentos <strong>de</strong> Engenharia Financeira:capital <strong>de</strong> risco, garantias mútuas e titularização<strong>de</strong> créditos. São instrumentos complementaresdo crédito bancário convencional e dos incentivos.Há uma atenção especial às PME?Há uma exigência comunitária no sentido <strong>de</strong> ➭➭MAIORES10 250 DISTRITO DE LEIRIA


➭➭ pelo menos 60% dos recursos terem <strong>de</strong> ser paraPME. Os incentivos por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentosão <strong>de</strong>crescentes com a dimensão das empresas.O SI qualificação e internacionalização <strong>de</strong>empresas é só para PME.Existem também mais apoios para iniciativas<strong>de</strong> grupo. Não é mais difícil <strong>de</strong>pois apuraros resultados?Nos investimentos conjuntos tem <strong>de</strong> haver umlí<strong>de</strong>r do projecto que presta contas.A razão <strong>de</strong> ser<strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> projectos é fomentar a criação <strong>de</strong>riqueza em activida<strong>de</strong>s complementares,ou a obtenção<strong>de</strong> resultados que sirvam mais do que umaempresa.Uma vez afirmou, para explicar porque nãoseguiu o caminho do empreen<strong>de</strong>dorismo, que "...notempo em que me formei, o ambiente cultural e aenvolvente universitária orientavam-nos mais parao altruísmo da causa pública"... o que mudou?Um curso universitário era uma qualificação escassae um passaporte para um bom emprego.O empregoera fácil e o Estado um gran<strong>de</strong> empregador.O ensinoda economia e da gestão era mais orientado paraa causa pública.Hoje,apesar <strong>de</strong> ser mais comum teruma licenciatura, obtê-la ainda é um investimentoque compensa. Ganha, em média, 3 vezes mais doque quem tem apenas o ensino obrigatório. O investimentoem formação é, por isso, muito compensador.Com a afirmação da economia <strong>de</strong> mercado nonosso pais,o Estado <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser o quadro <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sda altura.Tempos houve em que os melhoresquadros estavam no Estado,hoje são disputadospelas empresas. Por outro lado, a sociologia doempreen<strong>de</strong>dorismo mudou, seja porque o mercadonão tem capacida<strong>de</strong> para absorver todos os activos,seja porque há mais pessoas a quererem ser empresários.A nossa socieda<strong>de</strong> está mais receptiva aoempreen<strong>de</strong>dorismo e há mais recursos e condiçõespara o promover.Importa ainda salientar que as regiõescomeçaram a pensar mais sistematicamente os seus<strong>de</strong>stinos e a tomá-los nas suas mãos. Contam cadavez mais com as suas próprias forças e cada vezmenos com a acção do Estado Central.Havendo uma envolvente mais favorável aoempreen<strong>de</strong>dorismo, o que explica o facto <strong>de</strong> termosparques empresariais e incubadoras <strong>de</strong> empresasvazias?Roma e Pavia não se fizeram num dia.A taxa <strong>de</strong>ocupação das incubadoras <strong>de</strong>via ser mais elevada,mas está a evoluir favoravelmente.Isto porque as vantagenssão inúmeras. Quem ali se fixa tem ao seudispor não só o espaço, como todo um conjunto <strong>de</strong>serviços <strong>de</strong> apoio, que facilita a vida das empresasnas primeiras fases do seu ciclo <strong>de</strong> vida.Acredita que o Choque Tecnológico resultaránuma alteração profunda da economia e da socieda<strong>de</strong>?Há quem <strong>de</strong>fenda que a tecnologia estáacessível e que o que faria a diferença era um "choquecultural"...O Plano Tecnológico é, antes <strong>de</strong> mais, uma i<strong>de</strong>iamobilizadora.A socieda<strong>de</strong> tem a<strong>de</strong>rido e o Estadonão ficou aquém. Segundo um relatório da ComissãoEuropeia, Portugal nos últimos dois anos <strong>de</strong>upassos gigantes no e-government. É o terceiro Estadoda comunida<strong>de</strong> com mais serviços públicos online.Mais do que ter, importa a qualida<strong>de</strong> e na sofisticaçãodos serviços disponibilizados estamos emquarto lugar, com uma melhor classificação nosserviços online para as empresas do que para oscidadãos. A mudança que está por <strong>de</strong>trás <strong>de</strong>stesresultados é uma mudança <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>, logo também<strong>de</strong> natureza cultural.«Temos <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a viver comas <strong>de</strong>slocalizações, que são uma dasmanifestações mais actuais da mobilida<strong>de</strong>internacional dos capitais»Não foi dada <strong>de</strong>masiada importância à inovaçãotecnológica, em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outras formas<strong>de</strong> inovação?Po<strong>de</strong>mos ter uma visão restrita ou ampla da inovação.Avisão ampla inclui produtos,processos,marketing,qualida<strong>de</strong>, gestão e organização.... Mas nadadispensa a atitu<strong>de</strong> das pessoas. E os empresáriossabem mais do que nós possamos pensar. ➭➭MAIORESEMPRESAS12 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESAS➭➭ O conceito <strong>de</strong> inovação implícito no ProgramaOperacional Factores <strong>de</strong> Competitivida<strong>de</strong> é lato, nãotem a ver apenas com a tecnologia.Criar uma empresa é cada vez mais fácil, colocá-laa funcionar po<strong>de</strong> levar anos,sobretudo se forindustrial.Os empresários não se queixam do mercadoglobal,mas dos custos <strong>de</strong> contexto.Para quandoalterações substanciais neste aspecto?Queixam-se e têm razão. Alguns custos <strong>de</strong> contextoainda são pesados para as empresas. O governo<strong>de</strong>u passos <strong>de</strong> gigante com serviços online, maso licenciamento tem ainda problemas sérios pararesolver.Já <strong>de</strong>mos um contributo positivo para a resoluçãodos licenciamentos <strong>de</strong> tipo 4, os mais simplese que representam a maioria. O empresário compromete-sea fazer o que lhe é exigido até à data x eo licenciamento é automaticamente concedido.Depoishá fiscalização e se não cumpre é penalizado.Quantoaos licenciamentos <strong>de</strong> tipo 3, 2 e 1, uma equipatécnica que envolve representantes <strong>de</strong> várias Secretarias<strong>de</strong> Estado está a trabalhar para introduzir simplificaçõessignificativas,tendo em atenção que existemvalores que não po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser salvaguardados.É das tarefas mais difíceis <strong>de</strong> resolver, mas vamosconseguir, também neste domínio, tornar a vida dasempresas mais fácil.Não teme que alguma indústria entretanto se<strong>de</strong>slocalize para fora do país?Temos que apren<strong>de</strong>r a viver com as <strong>de</strong>slocalizações,que são uma das manifestações mais actuaisda mobilida<strong>de</strong> internacional dos capitais. Porém,quem mais se <strong>de</strong>slocaliza são as multinacionais -não são as PME - em resultado da alteração das vantagenscompetitivas dos países. Os custos <strong>de</strong> contextopo<strong>de</strong>m ser mais importantes para as <strong>de</strong>cisões<strong>de</strong> investimento do que para as <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinvestimento.Qual a experiência profissional que mais o ajudana função que tem hoje?Do ponto <strong>de</strong> vista político o que mais me ajudoufoi viajar pelo país, contactar com os empresários ecom as suas motivações. Aprendi a respeitar queminveste e cria riqueza, sobretudo aquando da minhapassagem pelo IAPMEI. A minha condição <strong>de</strong> economistae professor universitário é essencial na fundamentaçãotécnica dos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Como gostaria que Portugal fosse reconhecido,anível internacional,<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos.Aponteum título que gostasse <strong>de</strong> ler no Financial Times?Gostava que num futuro não muito longínquo Portugalfosse conhecido como um país com elevadasqualificações, com um Estado altamente eficiente,com um sistema económico competitivo e com muitasempresas lí<strong>de</strong>res no mercado mundial. Quantoao título, porque não: « Portugal: bem estar e crescimentosólido e sustentado durante mais <strong>de</strong> umadécada».Como faria o seu auto-retrato?Um voluntarista,que gosta <strong>de</strong> trabalhar em equipa,sempre disponível para dar o seu melhor e abdicar<strong>de</strong> alguma coisa no plano pessoal, se for condiçãonecessária para que os trabalhos <strong>de</strong> equipapossam chegar a bom termo.Se não fosse português, <strong>de</strong> que nacionalida<strong>de</strong>seria?Eu gosto muito <strong>de</strong> ser português, só não sou umapaixonado pelo futebol.Apesar disso, estou preparadopara viver em qualquer país,<strong>de</strong>vido ao meu percursopessoal e profissional. Estu<strong>de</strong>i e vivi em múltiploslocais, logo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primária e <strong>de</strong>pois ao longoda vida. Não tenho problemas <strong>de</strong> adaptabilida<strong>de</strong>.Des<strong>de</strong> pequeno que fui treinado para a mudança epara a adversida<strong>de</strong>. PUBMAIORES250 DISTRITO DE LEIRIA 15


HISTÓRIAS DE TRABALHO E DE VIDALUIZ ALMEIDA, FUNDADOR DA PLASTIMAR«A CONTINUIDADE ESTÁASSEGURADA, SENÃOJÁ TERIA VENDIDO»A passagem <strong>de</strong> uma pequena fábrica nagaragem à realida<strong>de</strong> que é hoje o GrupoPlastimar, sem esquecer os <strong>de</strong>sígnios dapolítica. Na primeira pessoa.Fale-nos um pouco do seu percurso e da fundaçãoda Plastimar.Sou filho <strong>de</strong> pequenos comerciantes, que tiverama luci<strong>de</strong>z <strong>de</strong> me encaminhar para o CursoComercial.Ajudava-os na mercearia e <strong>de</strong>pois trabalheinum armazém grossista. Um amigo leunuma revista que existia um novo produto <strong>de</strong>senvolvidopela alemã BASF, que po<strong>de</strong>ria ser utilizadopara produzir bóias para as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesca.Aprofundámos as suas potencialida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>cidimosfazer uma fábrica.Tudo começou numa pequenagaragem. O negócio cresceu e aos 27 anosabandonei o emprego para me <strong>de</strong>dicar à fábrica.Fazíamos também brinquedos e artigos <strong>de</strong> menagempor injecção, extrusão <strong>de</strong> PE para produção<strong>de</strong> sacaria e mangas plásticas e garrafas por insuflação-sopro.O primeiro sócio abandonou ao fim<strong>de</strong> um ano. Foram anos difíceis. Faltava dinheiropara investir.Como se <strong>de</strong>u a evolução do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócio,a passagem para produtos <strong>de</strong> maior complexida<strong>de</strong>?Fui-me formando nos plásticos e especializandono EPS, o poliestireno expandido conhecidopor "esferovite". Frequentava as feiras internacionais.Não tinha dinheiro para o hotel e levavauma tenda que montava no parque <strong>de</strong> estacionamento.De manhã arrumava tudo antes dos visitanteschegarem.A BASF ajudou-me muito. Foi láque fiz cursos <strong>de</strong> especialização em EPS. Nos anos60 <strong>de</strong>ixámos a activida<strong>de</strong> da injecção e insuflação-sopro,para nos <strong>de</strong>dicarmos em exclusivo aoEPS. Concluímos que conhecíamos bem o produtoe a tecnologia, tínhamos menos concorrênciae futuro promissor nesta área. Em boa hora ofizemos. Mantivemos, no entanto, a extrusão e em1970 iniciámos <strong>de</strong> forma pioneira em Portugal aprodução <strong>de</strong> tabuleiros em EPS para alimentos.Qual foi o episódio mais marcante da históriada empresa?Foi em 1965, quando adquirimos a primeiramáquina automática <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> moldados<strong>de</strong> EPS. Anteriormente o produto era fabricadopor imersão em água quente, uma tarefa absolutamentemanual e <strong>de</strong>morada. Um dos pontosmais marcantes é sem dúvida a especializaçãono EPS. Depois, nos anos 90, o facto da INLAN,uma fábrica do Grupo GM em Ponte <strong>de</strong> Sor, terapostado na Plastimar para fabricar uma peçaem EPS para volantes da Opel. Demos por nós afabricar mais <strong>de</strong> 5 milhões <strong>de</strong> peças, com o nível<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> exigido pela indústria automóvel.Marcou uma viragem na mentalida<strong>de</strong> da empresa.Passou a haver maior exigência <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>e gestão e fomos uma das primeiras empresas<strong>de</strong> plásticos em Portugal a ser certificada comuma ISO 9002.Abria-se um novo mercado...A introdução do EPP (polipropileno expandido)na década <strong>de</strong> 90 marcou um <strong>de</strong>cisivo impulsona ligação à indústria automóvel que hoje representauma facturação <strong>de</strong> 1,8 milhões <strong>de</strong> euros.Permitiu diversificar produtos e obter uma maiorfi<strong>de</strong>lização dos clientes. Abriram-se novos mercadose evoluções tecnológicas. Acabámos coma produção <strong>de</strong> tabuleiros extrudidos para a embalagemalimentar pelo processo antigo e, em par-MAIORESEMPRESAS16 250 DISTRITO DE LEIRIA


ceria com a francesa ONO, criámos uma empresaque produzia 200 milhões <strong>de</strong> tabuleiros extrudidospor ano. A unida<strong>de</strong> acabou por ser vendidapor questões <strong>de</strong> estratégia empresarial.O grupo tem também uma empresa <strong>de</strong> transportes.Porque não enveredou pela subcontratação?O nosso produto é muito leve e <strong>de</strong> pouco valorface ao volume. Subcontratar o transporte ficavacaro e resolvemos adquirir uma frota que hoje temcerca <strong>de</strong> 20 camiões.A opção revelou-se acertadapela autonomia que temos na logística e pelofactor <strong>de</strong>cisivo que é a higiene. A esmagadoramaioria do nosso produto é branco e temos camiõessó para o transportar.Chegaram a fabricar também máquinas...Fabricámos máquinas que trabalharam aquidurante 20 anos. Eram outros tempos. A capacida<strong>de</strong>financeira era menor.Entretanto os sócios foram saindo e hoje aempresa tem na administração apenas elementosda família...Eu e os meus dois filhos. Felizmente a continuida<strong>de</strong>está assegurada, senão já teria vendido.Tive muita sorte com os filhos que tenho.E o que dita a estratégia futura?Vamos continuar a apostar no EPS e EPP emresposta às crescentes solicitações do mercadoe adaptando-nos à sua constante evolução.A <strong>de</strong>slocalizaçãodas empresas <strong>de</strong> electrodomésticoslevou a uma quebra significativa neste sector <strong>de</strong>embalagens. No entanto, a indústria portuguesacomeçou a fornecer a indústria automóvel internacionale nós estamos a acompanhar este movimento,nomeadamente exportando para Espanha.O segmento automóvel é dos que apresenta maiorestaxas <strong>de</strong> crescimento.Também têm activida<strong>de</strong>s no turismo e imobiliário...O imobiliário é uma questão <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>.No turismo, temos um parque <strong>de</strong> campismoe um projecto <strong>de</strong> um hotel <strong>de</strong> 3 ou 4 estrelas e80 quartos. É um sector on<strong>de</strong> nos preten<strong>de</strong>mosexpandir. Como todos os grupos, apostamos nadiversida<strong>de</strong> do negócio e o turismo vai ter futuronos próximos 20 a 30 anos.Fabrica também soluções para a indústriada construção. Ressentiu-se da quebra no sector?Sim, mas as crescentes exigências em termos<strong>de</strong> eficiência térmica e acústica dos edifícios - ePUBoutras soluções técnicas como o enchimento ealigeiramento <strong>de</strong> lages e pilares com materiaismais leves, áreas em que o EPS tem impressionantesaptidões técnicas - fizeram crescer o nossomercado. A recuperação <strong>de</strong> edifícios tambémvai ser um bom mercado. Outro sector em crescimentoé o das caixas térmicas para peixe <strong>de</strong>stinadasao mercado espanhol.Aponte dois ou três locais on<strong>de</strong> possamosencontrar soluções técnicas da Plastimar?No Centro Cultural <strong>de</strong> Belém, Torre do Tombo,Corte Inglês, na gran<strong>de</strong> maioria dos viadutos construídosem Portugal e alguns estádios. Agora utiliza-seo chamado "Geofoam" para nivelamento<strong>de</strong> espaços, porque é mais leve, estável e reduza movimentação <strong>de</strong> terras e o consumo <strong>de</strong> ferroe betão. Na China fez-se uma auto-estrada assenteem blocos <strong>de</strong> EPS em terrenos pantanosos einstáveis utilizando esta técnica, com uma tal ➭➭LUÍZ ALMEIDA TEM 73 ANOS, É CASADO, TEMDOIS FILHOS E TRÊS NETOS, E DEDICA O TEMPOLIVRE À LEITURA, PESCA E VIAGENS. CORRIA OANO DE 1961 QUANDO FUNDOU A PLASTIMARQUE VIRIA A TRANSFORMAR-SE NUM GRUPO DE16 EMPRESAS (12 NA ÁREA DO EPS E SEIS LIGA-DAS AOS TRANSPORTES, TURISMO E IMOBILIÁ-RIO), 230 COLABORADORES, E UMA FACTURA-ÇÃO SUPERIOR A 25,8 MILHÕES DE EUROS. ASEXPORTAÇÕES ASCENDERAM A 1,3 MILHÕES DEEUROS EM 2006, DEVENDO ALCANÇAR OS 2,250MILHÕES EM 2007.A PLASTIMAR, POR SI SÓ, FOI RESPONSÁVEL PORUM VOLUME DE NEGÓCIOS DE 5,4 MILHÕES DEEUROS EM 2006, A QUE CORRESPONDE UMAQUOTA DE MERCADO DE 43% NO SECTOR. PARAESTE ANO PREVÊ UM ACRÉSCIMO PARA OS 6,2MILHÕES.O GRUPO PROCEDEU ESTE ANO À TRANSFERÊN-CIA DA FÁBRICA DE BRAGA PARA SANTO TIRSO- UM INVESTIMENTO QUE RONDA OS 4,1 MILHÕESDE EUROS - E TEM EM CURSO UM INVESTIMEN-TO DE CERCA DE 1 MILHÃO DE EUROS NUMAFÁBRICA DE EPS NA MADEIRA, COM DOIS PAR-CEIROS LOCAIS.MAIORESEMPRESAS250 DISTRITO DE LEIRIA 17


➭➭ dimensão que levou ao esgotamentoda matéria-prima na Ásia, provocandosérias repercussões no aumentodas cotações na Europa.Quais são hoje os maiores <strong>de</strong>safiosno sector?A qualida<strong>de</strong> e a protecção ambiental.Somos os maiores recicladores <strong>de</strong>EPS a nível nacional, em colaboraçãocom a socieda<strong>de</strong> Ponto Ver<strong>de</strong> e estandoincluídos no SIGRE. Fazemos a recolha<strong>de</strong> caixas <strong>de</strong> peixe em todo o Paíscom um equipamento inovador adquiridono Japão.O que fazem com o material reciclado?O resultado da reciclagem por fusão<strong>de</strong> caixas <strong>de</strong> peixe é exportado para aChina para fazer pentes, réguas e cabi<strong>de</strong>s,mas aquele que po<strong>de</strong>mos trituraré vendido para misturar com betão ealigeirar estruturas.De quem sofreu as maiores influências?Dos meus pais, que me transmitiramos valores essenciais da família.Os homens da BASF também me ajudarammuito. Quando começámos atrabalhar para a GM tivemos aqui umconsultor <strong>de</strong>les, um técnico tão exigenteque tive vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> o mandarembora e acabar com esta ligação. Foiele que nos fez acreditar que podíamosfazer tão bem como os estrangeiros.Graças a ele começámos a fazere a entregar mais <strong>de</strong> cinco milhões <strong>de</strong>peças em regime just in time. Passeia ver o mundo <strong>de</strong> outra forma.Como faria o seu auto-retrato?Fiz muitas coisas que gostei, tambémna política enquanto vereador,presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal e presi<strong>de</strong>nteda Assembleia Municipal <strong>de</strong>Peniche. Em 1975 resolvi procurar<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os meus princípios. Revoltoumea anarquia com a ocupação dasempresas e <strong>de</strong> terras.A liberda<strong>de</strong> podiaatingir-se <strong>de</strong> outra forma. Eu acrediteina revolução e acompanhei-a. Fui aBerlim em 1961 e passei o Maio <strong>de</strong>68 em Paris. Sabia muito bem o quequeria e não queria. Estive na políticaaté 90, altura em que consi<strong>de</strong>rei quea estabilida<strong>de</strong> que queria para o Paísestava atingida. Aprendi na política oconceito <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> com respeito.Ainda temos direita e esquerda?Não. Temos uma globalização domundo. Temos <strong>de</strong> ser práticos e <strong>de</strong>ixarmo-nos<strong>de</strong> conceitos e discursosultrapassados, porque quem mandano mundo é o mercado, nunca esquecendoa sustentabilida<strong>de</strong> ambiental esocial. Toda a política <strong>de</strong>ve ter comocentro o ser humano, respeitando osseus direitos fundamentais e promovendoo seu <strong>de</strong>senvolvimento socialem harmonia e paz, abandonando-se<strong>de</strong>finitivamente a luta inconsequenteentre esquerda e direita, paradigmashoje ultrapassados. É impressionantecomo ainda existem fósseis a pensarda forma que pensam...Tem um político <strong>de</strong> eleição?Sá Carneiro. Hoje temos homenssérios, como Cavaco e Eanes, que marcampela verticalida<strong>de</strong>. Mário Soaresé um homem <strong>de</strong> quem não gosto, masadmiro, porque nos momentos críticosda <strong>de</strong>mocracia teve a coragem paraevitar o pior.Quem gostaria <strong>de</strong> ver suce<strong>de</strong>r aSócrates?Um político que não fosse <strong>de</strong> aviário.Estamos na geração política quecriámos <strong>de</strong>pois do 25 <strong>de</strong> Abril. Nuncaestiveram na vida real.Sócrates também é um político<strong>de</strong> aviário?Tenho <strong>de</strong> o elogiar sobretudo peloassumir <strong>de</strong> algumas indispensáveisreformas. Agora <strong>de</strong>ve ter a coragem e<strong>de</strong>terminação para continuar com aobra.O que lhe tira o sono?Um problema <strong>de</strong> respiração quetenho... (risos). UMA GRANDE EMPRESA É...AQUELA QUE APOSTA EM TECNOLOGIASE INVESTIMENTO QUE ULTRAPASSAM OSVALORES ACESSÍVEIS ÀS MÉDIAS EMPRE-SAS.A LONGEVIDADE DAS EMPRESAS DEPEN-DE DE...FACTORES QUE CONTROLAMOS E NÃOCONTROLAMOS. IMAGINE QUE FABRI-CÁVAMOS RODAS PARA CARROÇA...DEPENDE DA OCASIÃO DO MERCADO,EM PARALELO COM UMA GESTÃO CUI-DADOSA.PUBMAIORESEMPRESAS250 DISTRITO DE LEIRIA 19


HISTÓRIAS DE TRABALHO E DE VIDAMANUEL BRITES, FUNDADOR DA M. BRITES«É AOS FILHOS QUE DEVOA VIDA QUE TENHO»MANUEL BRITES TEM 72 ANOS, É CASADO, TEMDOIS FILHOS, DOIS NETOS, E OCUPA O TEMPOLIVRE ENTRE A PISCINA, A BICICLETA E O TAPE-TE.DEPOIS DE 20 ANOS EM ÁFRICA, ONDE TINHAUMA EMPRESA DE TRANSPORTES COM UMA FRO-TA DE 32 CAMIÕES, REGRESSA A PORTUGAL ECRIA UMA NOVA EMPRESA PRATICAMENTE DOZERO. A M. BRITES, FUNDADA EM 1980, CONTAHOJE COM 227 CAMIÕES E 300 EMPREGADOS EOCUPA OS PRIMEIROS LUGARES NO RANKINGNACIONAL DE TRANSPORTADORAS DE MERCA-DORIAS.A SUÍÇA E A ESPANHA SÃO OS SEUS PRINCIPAISMERCADOS, ENQUANTO PORTUGAL REPRESENTAAPENAS 30% DA FACTURAÇÃO. EM 2006 A EMPRE-SA FACTUROU 18 MILHÕES DE EUROS, UM VALORQUE DEVERÁ SUBIR PARA OS 20 MILHÕES DEEUROS NO FINAL DESTE ANO. A BREVE TRECHO,A M. BRITES TERÁ FILIAIS EM ESPANHA E NUMPAÍS DE LESTE.Das carroças <strong>de</strong> bois aos camiões, com passagempor África, que recorda com algumamágoa. Tempos difíceis vencidos com a ajudados filhos.Conte-nos um pouco do percurso anterior à fundaçãoda empresa.Comecei a trabalhar aos doze anos na Auto-Industrial,na altura Garagens São Francisco. Em casa trabalheicom os bois e com as vacas.Em 1957 fui paraMoçambique.Era mecânico e continuei a sê-lo.Depoisentendi que podia fazer algo para mim e comprei umcamião. Fazia transporte <strong>de</strong> algodão e ma<strong>de</strong>ira parao Entreposto.Resolvi comprar outro camião e começara transportar também refrigerantes e materiais<strong>de</strong> construção. Estava a fazer-se Cahora Bassa. Em1978 tinha 32 camiões e tive <strong>de</strong> vir embora semnada. Foram tempos difíceis.Vi a mulher e os filhospassarem fome. Pouco tempo <strong>de</strong>pois resolvi voltarpara África, para o Zimbabwe on<strong>de</strong> estive dois anos.Era o país mais bonito e rico <strong>de</strong> África.Inserido numa família <strong>de</strong> agricultores, porqueenveredou pelos transportes?O meu pai era transportador com bois. E eu <strong>de</strong>s<strong>de</strong>cedo gostei <strong>de</strong> ir com ele. Escondia-me <strong>de</strong>baixoda carroça e só aparecia quando estava longe o suficientepara não me obrigar a voltar para trás. Tambémachava alguma piada à boina dos motoristas...O que representou África para si?Foi importante para apren<strong>de</strong>r a trabalhar e paraviver feliz. As pessoas viviam bem, não havia umadiferença social marcada,éramos todos iguais.A relaçãoentre as pessoas, entre brancos e pretos, é omelhor que guardo <strong>de</strong> África. Mas tive <strong>de</strong> vir embora.Foi duro. Quando penso em África fico triste pornão ter sido possível continuar aquela vida.O que fez quando regressou a Portugal?An<strong>de</strong>i a ver oportunida<strong>de</strong>s para <strong>de</strong>senvolver onegócio. Mas era difícil conseguir licenças e éramosapontados como retornados. Consegui mandar virtrês camiões velhos dos que tinham ficado em África.Tive <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r um para comer. Trabalhava semlicenças e com multas em cima <strong>de</strong> multas. Só em1980 consegui a primeira licença para o serviço internacionalcom o Machado [antigo sócio].Juntos tínhamosquatro camiões,o número exigido para ter licençainternacional.E quantos tem hoje?Temos 227. Graças aos meus filhos, que estãoaqui comigo na administração.Deram-me muita forçapara continuar. A vida que tenho hoje <strong>de</strong>vo-a aeles. Tive muitos problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sanimeimuitas vezes... o meu filho sempre quis vir para oscamiões. Começou aos onze anos a carregá-los.O que mudou no negócio ao longo <strong>de</strong>stes anos?A partir <strong>de</strong> 1983 o dinheiro <strong>de</strong> plástico <strong>de</strong>struiumuito a activida<strong>de</strong>. Começou a pagar-se tudo comcartões <strong>de</strong> crédito, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o gasóleo, às portagens,quando chegava a hora <strong>de</strong> pagar o resto não haviadinheiro. Depois o facto <strong>de</strong> se <strong>de</strong>sviar o dinheiro dosfretes para outras coisas.Carros e casas...Mas quemteve juízo ganhou muito dinheiro nesta altura.A inflaçãoera elevada. Enchíamos os tanques, o gasóleoMAIORESEMPRESAS20 250 DISTRITO DE LEIRIA


subia, e nós íamos cobrar ao cliente, jácom o preço ajustado. A inflação <strong>de</strong>umuito dinheiro a ganhar aos transportadores,mas era preciso pulso para geriras coisas,porque também facilmente ummotorista colocava um montante <strong>de</strong> gasóleoe pedia uma factura <strong>de</strong> valor superior.Hoje há mais controlo. Os dispositivosdos camiões não enganam.Fala-se muito em crise no sector...Felizmente consigo cobrar o preço justopelo transporte. Aqui não se faz nadaabaixo do preço <strong>de</strong> custo.Mas as exigênciaslegais em termos <strong>de</strong> controlo <strong>de</strong> horáriose quilómetros estão a fazer com quea concorrência seja mais leal e acreditoque os preços vão ser mais ajustados.Acrise resultou das cobranças abaixo dopreço <strong>de</strong> custo e do facto <strong>de</strong> não teremacompanhado a evolução no sector.Hojetemos motores Euro 5, mais ecológicos,menos poluidores. O mercado alemão esuíço taxam em função do grau poluentedos veículos.Depois o controlo <strong>de</strong> custos.É preciso formação e exigência com o pessoal.Não é por acaso que 70% dos custosda empresa são com o motorista emsi.É ele que ajuda a optimizar o consumo<strong>de</strong> combustível, a gerir o equipamento ea carga. Se a activida<strong>de</strong> for bem gerida,não há que ter receios porque o transporte<strong>de</strong> mercadorias terá sempre <strong>de</strong> ser feito.O tipo <strong>de</strong> carga transportada tambémtem vindo a mudar...Na década <strong>de</strong> 80 as confecções eramimportantes e resolvemos investir emequipamento que permitisse transportálas.Chegueia transportar 22 mil calças,numa só viatura, para a Suíça. Hoje amaior parte do transporte é <strong>de</strong> produtosquímicos (40%) e produtos <strong>de</strong> temperaturacontrolada, que exigem camiõesfrigoríficos (15%).Outra coisa que mudoufoi o facto <strong>de</strong> passarmos a sub-contratara manutenção dos camiões.A nossavida é arranjar carga e receber dos clientese já lá vai o tempo em que se facilitava.Hojeas dívidas <strong>de</strong> clientes são praticamentenulas.A gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sgraça dasempresas são as cobranças.Abastece combustível em Espanha?Poupo oito a <strong>de</strong>z escudos por litro.Se pensar que gastamos 600 mil litrospor mês em Espanha...O governo diz queo abastecimento <strong>de</strong> portugueses emEspanha é residual.Não sabem fazer con-tas.Por outro lado,fala-se tanto em ambiente,que <strong>de</strong>via existir um incentivo paramelhorar a frota. Para não falar na formaçãoprofissional dos motoristas. Tudoevoluiu.Os camiões vêm equipados comcomputadores e é preciso acompanhar.As marcas vêm cá dar formação, mas háuma certa resistência à mudança por partedos motoristas mais velhos.Com que periodicida<strong>de</strong> troca <strong>de</strong>camiões?O normal é oito anos, ou 1,2 milhões<strong>de</strong> quilómetros. Este ano comprámos 43camiões e 12 frigoríficos.Aproveitamos acrise para renovar a frota.Compra-se maisbarato.Como gostaria <strong>de</strong> ver a empresa<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 15 ou 20 anos?Não peço mais nada. Acho que chegueiao topo.Quero ver os meus filhos felizese ir-me separando lentamente daempresa. Gostava talvez <strong>de</strong> ver os netoscom mais vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> vir até aqui...Como vê a entrada no Euro?Mentalmente ainda trabalho em escudos,mas não há dúvida que o Euro trouxe-nosliberda<strong>de</strong>.Tínhamos <strong>de</strong> ter autorizaçãopara levantar divisas estrangeirase <strong>de</strong>pois trazer papéis que justificassemaquele montante. Agora imagine a confusãoquando se atravessavam quatro oucinco países...Estamos a ser bem governados?Nossa Senhora nos <strong>de</strong>fenda das mási<strong>de</strong>ias e da instabilida<strong>de</strong> em que o Paísestá, a nível geral...Como se mantém actualizado?Vejo os noticiários.Os meus filhos estãosempre com a Internet ligada,mas eu nãoquero mexer naquilo.Estou como os camionistas...(risos). UMA GRANDE EMPRESA É...A QUE ESTÁ DEBAIXO DE CONTROLO A100%. É PRECISO ESTAR PRESENTE, NÃOSE PODE ENTREGAR AINDA QUE HAJAGRANDE CONFIANÇA E LIBERDADE.A LONGEVIDADE DAS EMPRESAS DEPEN-DE...DA IDENTIFICAÇÃO,COMPREENSÃO E ANTE-CIPAÇÃO DAS NECESSIDADES DO CLIEN-TE.DA VALORIZAÇÃO DOS RECURSOS HUMA-NOS.É IMPORTANTE ASSEGURAR A MELHORIACONTÍNUA NOS SERVIÇOS PRESTADOS EESTABELECER RELAÇÕES DE CONFIANÇADURADOURAS COM OS FORNECEDORES.PUBMAIORESEMPRESAS250 DISTRITO DE LEIRIA 21


HISTÓRIAS DE TRABALHO E DE VIDAANTÓNIO VERÍSSIMO, FUNDADOR DAS RAÇÕES VERÍSSIMO«O APERTO DE MÃOERA UMA ESCRITURA»ANTÓNIO SOUSA VERÍSSIMO TEM 84 ANOS, É CASA-DO E TEM DOIS FILHOS.EM 1966 FUNDA AS RAÇÕESVERÍSSIMO, EMPRESA QUE HOJE FABRICA 55 MILTONELADAS DE RAÇÕES POR ANO E TEM AO SEU SER-VIÇO 125 COLABORADORES E 23 CAMIÕES.EM 2006,FACTUROU 14,7 MILHÕES DE EUROS,UM VALOR QUESE DEVERÁ MANTER EM 2007.Da venda <strong>de</strong> toucinho passou ao fabrico artesanal<strong>de</strong> primeiras rações para gado que vendiatambém aos vizinhos. Cinquenta anos e três fábricas<strong>de</strong>pois, toda a história, na primeira pessoa.Como surgem as rações na sua vida?Os meus pais tinham uma mercearia e taberna.Resolvi tirar a carta e comprar uma carrinha para fazerentregas Estávamos em 1951, dois anos <strong>de</strong>pois daSegunda Gran<strong>de</strong> Guerra. Não havia nada. Compravatoucinho no Montijo e vendia na zona Centro, assimcomo alguns cereais. Na década <strong>de</strong> 60 as condiçõesnas al<strong>de</strong>ias melhoraram, as pessoas começaram aquerer carnes mais nobres.Tinha uma engorda <strong>de</strong> porcosna Raposeira que alimentava com milho, mascomeçou a escassear, e era preciso misturar outroscereais. Eu era o único que tinha carro para os ir buscar.Comecei a fazer farinha para porcos.A certa alturacomprei um moinho.Os vizinhos começaram a pedirpara fazer rações para eles.Assim nasceu a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fazer a fábrica?Em 1966 fizemos a primeira fábrica, na Raposeira,com um moinho e um misturador. Começámos aven<strong>de</strong>r também para fora da Raposeira, em sacos <strong>de</strong>papel.Manteve o negócio da pecuária?Sim.Temos 12 mil porcos que comem 25 toneladas<strong>de</strong> ração por dia, embora o negócio com maiorpeso continue a ser o das rações.Hoje não é um negóciocompetitivo, porque o preço da carne não acompanhoua subida das rações. Estamos à espera <strong>de</strong>melhores dias.Mais tar<strong>de</strong> fez uma outra fábrica...Dois anos <strong>de</strong>pois revimos a estratégia.A fábrica daRaposeira já não tinha capacida<strong>de</strong> para satisfazer aclientela e pretendíamos atingir todo o mercado nacional.Em 1972 fizemos uma nova fábrica na Boavista,já com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fabrico e tecnologia acima daPUBMAIORESEMPRESAS22 250 DISTRITO DE LEIRIA


média. Em 1973 tínhamos 35 trabalhadorese sete camiões.A alimentação começavaa contemplar mais leite, ovos e carne.Havia mais procura e a empresacomeçou a trabalhar por turnos.Em 1978fazíamos todo o Centro Sul do país,já com66 trabalhadores e 18 camiões.Em 1989inaugurámos a terceira fábrica,com capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> fabrico <strong>de</strong> 40 toneladas horae maior automatização.Quais as maiores alterações dasúltimas décadas?Tudo mudou.Até 1990 eram os clientesque procuravam as fábricas <strong>de</strong> rações.A partir daí tivemos nós <strong>de</strong> ir à procurados clientes.Há um excesso <strong>de</strong> oferta nomercado. Muito pecuaristas começarama ter problemas com os efluentes dasexplorações,a per<strong>de</strong>r dinheiro e a fechar.Tem vindo a piorar.O ambiente faz a vidanegra aos homens da pecuária e vacasleiteiras.Impõe exigências que não se conseguemcumprir.Como foi ajustando o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>negócio para contornar a crise?Com produção e venda <strong>de</strong> rações paraanimais <strong>de</strong> companhia. Fazemos cerca<strong>de</strong> 100 toneladas por mês. Fabricamosalimentos para pássaros e até para caracóis.Tivemos<strong>de</strong> diversificar o produto.O que pesa mais na facturação?Continua a ser a ração para vacas leiteiras,novilhos<strong>de</strong> engorda e suínos.Hoje,embora façamos todo o mercado nacional,estamos mais implantados na zonaNorte.Como está o projecto da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>lojas que previa abrir?Temos uma na Maceira e outra emSão Mame<strong>de</strong>. O resto está a aguardar.A empresa continua a ter lucro?Muito pouco. Os senhores da UniãoEuropeia que acabem com a produção<strong>de</strong> biodiesel, porque estão a fazer subiros cereais. Qualquer dia não há cereaispara o pão.Vamos ter o pão caríssimo. Eo aumento dos cereais não é acompanhadopela subida dos preços da carne,leite e ovos. As perspectivas são muitosombrias.Qual foi o episódio mais marcanteda história da empresa?A inauguração da terceira fábrica em1989.Era uma das maiores e mais equipadasem termos tecnológicos no país.Foi um motivo <strong>de</strong> orgulho.Quais são hoje os maiores <strong>de</strong>safiosno sector e na gestão da empresa,comoassegura a competitivida<strong>de</strong>?Com diferenciação ao longo <strong>de</strong>stes 40anos, na prestação do serviço e assistênciaao cliente.Temos três veterinários sempredisponíveis.Destaque as últimas inovações queimplementou na fábrica.Investimos no visual do saco e emmaquinaria.No final do ano passado e princípio<strong>de</strong>ste ano fizemos duas linhas paramisturas ecológicas, automatizadas. Uminvestimento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 200 mil euros.Dos acontecimentos que viveu,o querecorda com maior emoção?O facto <strong>de</strong> ter começado do zero, comdinheiro emprestado e ter chegado aqui.Quando comecei a trabalhar ganhava umescudo por dia...O que gostaria que fosse diferenteem Portugal?Que as pessoas fossem mais honestas.Danteso aperto <strong>de</strong> mão era uma escritura.Os negócios selavam-se assim.O que é para si um bom lí<strong>de</strong>r?Aquele que respeitosamente consegueimpor as suas opiniões e visão estratégicada empresa.De on<strong>de</strong> veio o espírito empreen<strong>de</strong>dor?Da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentar amulher e o filho.O que mais e menos aprecia naspessoas?Aprecio a honestida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>testo ahipocrisia e as mentiras.Se pu<strong>de</strong>sse voltar atrás o que fariadiferente?Não trabalhava tanto... (risos) UMA GRANDE EMPRESA É...É AQUELA QUE CONSEGUE DINAMIZARTODOS OS SEUS SECTORES E TODAS ASPESSOAS NELA ENVOLVIDAS.A LONGEVIDADE DAS EMPRESAS DEPEN-DE DE...A SUCESSÃO. POR LINHAGEM, OU UMADMINISTRADOR CAPAZ DE SE ENTRE-GAR A FUNDO NA RESOLUÇÃO DOS PRO-BLEMAS DA EMPRESA. NAS RAÇÕESVERÍSSIMO A SUCESSÃO ESTÁ GARAN-TIDA PELA TERCEIRA GERAÇÃO.PUBMAIORESEMPRESAS250 DISTRITO DE LEIRIA 23


HISTÓRIAS DE TRABALHO E DE VIDAJOAQUIM VIEIRA, FUNDADOR DA GALERIA CAPITELDA ELECTRICIDADEÀ ARTEJOAQUIM VIEIRA TEM 87 ANOS E É UM DOS MAISANTIGOS COMERCIANTES DE LEIRIA AINDA NOACTIVO. INCENTIVADO PELO PROPRIETÁRIO DAPRIMEIRA GALERIA DE ARTE DE LEIRIA, VIRIA AABRIR, EM 1973, A SEGUNDA, QUE AINDA HOJEMANTÉM - A GALERIA CAPITEL. OS TEMPOS MUDA-RAM. A CLASSE MÉDIA, QUE ERA QUEM COM-PRAVA, DESAPARECEU E HÁ 15 ANOS QUE ONEGÓCIO NÃO RENDE. RESTA A PAIXÃO PELA ARTEE A VONTADE DE AJUDAR JOVENS ARTISTAS, NUMESPAÇO QUE EM TEMPOS RECEBEU ILUSTRESCONVIDADOS, COMO RAMALHO EANES, NA QUA-LIDADE DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA, E JOSÉHERMANO SARAIVA.NATURISTA, VIVE PARA A FAMÍLIA DE UM CASA-MENTO QUE SOMA 57 ANOS. TEM UM FILHO - OJORNALISTA JOAQUIM VIEIRA - E DUAS FILHAS.O TEMPO É PASSADO NAS LOJAS E A ESCREVERCRÓNICAS PARA PERIÓDICOS DE LEIRIA E COIM-BRA.ALGUNS DOS SEUS ESCRITOS VÃO SER BRE-VEMENTE REUNIDOS EM LIVRO.Trabalhava numa casa <strong>de</strong> electrodomésticosquando se apercebeu da apetência parao comércio. Soma 60 anos <strong>de</strong>dicados aocomércio. Duas lojas - das mais antigas <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> - e uma galeria <strong>de</strong> arte. A menina dosseus olhos.Conte-nos um pouco do seu percurso <strong>de</strong> vida.On<strong>de</strong> surge o Joaquim Vieira, comerciante?Nasci em 1919. Fiz a escola primária com distinção.O meu pai era pedreiro e eu trabalhavacom ele <strong>de</strong> dia e à noite estudava na Escola Comercial.O meu pai queria que seguisse a arte <strong>de</strong>pedreiro, mas eu não quis. Fui trabalhar para umacasa <strong>de</strong> electrodomésticos.Tirei um curso <strong>de</strong> electricista,outro <strong>de</strong> electrorádio e mais tar<strong>de</strong> um, naPhilips, para reparar televisores. O meu tio abriuuma loja na Praça Rodrigues Lobo e eu fui paralá tomar conta. Foi aí que <strong>de</strong>scobri que gostava<strong>de</strong> ser comerciante. Mais tar<strong>de</strong> abri a loja dosplásticos [junto à Zara] e <strong>de</strong>pois a Crislena. Quandosurgiu a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arrendar a residênciapor cima da loja, transformei o espaço numagaleria.Porquê uma galeria? Quando surge o gostopela arte?Costumo dizer que se soubesse fazer um traçoa direito ninguém me parava. Em <strong>Leiria</strong> existiaapenas a galeria <strong>de</strong> um amigo, o Dr. Vareda,que não tinha tempo para aquilo. Foi ele que meincentivou a abrir. Pouco tempo <strong>de</strong>pois fechou a<strong>de</strong>le. Aprecio e valorizo os artistas. Incentivo osjovens principiantes na "Bienal para Jovens e Principiantes".Alguns transformaram-se em artistasconsagrados. O Artur Franco é um exemplo.A galeria não é rentável?Há 15 anos que só dá prejuízo. No início eramuito rentável, mas <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> o ser e nos cristaistambém estamos a per<strong>de</strong>r dinheiro. Não sou sóeu que me queixo, em geral são todos sectores.Não há clientes, os pequenos comerciantes estãoa <strong>de</strong>saparecer. Os hipermercados têm estacionamentoe aqui não há condições.Como faz para gerir o negócio?Vou buscar o que ganhei em tempos. Vamosfazendo promoções. Agora por exemplo, estou aMAIORESEMPRESAS24 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASoferecer uma caixa <strong>de</strong> vinho a quem comprar umquadro. Estou aqui por amor e não auguro melhoresdias. Sou comerciante há 60 anos e assisti amuitos ciclos. A seguir a um ano mau, vinha ummelhor. Agora não. Isto está cada vez pior. É umaconsequência do que se passa no mundo.A classemédia, que era quem comprava arte, <strong>de</strong>sapareceu,não tem po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra, e os ricos nãose interessam por arte. Dantes vinham cá os professorescom os alunos. Agora não há interessepara ver. E nós enviamos 1200 convites por exposição.É a bola que educa. Até o pelouro da culturada Câmara <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> cá vir. É lamentável. Osprofessores têm obrigação <strong>de</strong> divulgar a arte.O que é que o realiza mais?É ter este espaço, embora isto não dê nada.Gosto da galeria e dos artistas. Dava-me prazerque o tempo não andasse tão rápido. Gosto <strong>de</strong>viver com a minha mulher, já lá vão 57 anos. Casámosem 1950, eu tinha 30, ela 18. A família e asaú<strong>de</strong> são o mais importante.Tem algum cuidado especial com a saú<strong>de</strong>?Sou naturista. Corro, alimento-me à base <strong>de</strong>produtos naturais. Peixe uma vez por semana ecarne não entra em minha casa. Um <strong>de</strong>nte <strong>de</strong> alhoem jejum e um pequeno almoço <strong>de</strong> papa <strong>de</strong> aveiacozida, com nozes, mel e miolo <strong>de</strong> broa em leite<strong>de</strong> soja. O <strong>de</strong> vaca é para os bezerros. Há 15 anosque é assim.Tem intenção <strong>de</strong> fechar algum dos espaços?A galeria e os plásticos não. A loja <strong>de</strong> plásticosainda vai pingando.A loja <strong>de</strong> cristais, se tivesseuma oportunida<strong>de</strong>, trespassava.E a chegada do centro comercial...Ainda pior. É a morte do pequeno comerciante.Esta não é a <strong>Leiria</strong> que eu conheci há 87 anos.Está pior.Que sentimento lhe causa a política <strong>de</strong> hoje?Péssimo. Quando era novo tinha paixão pelabola - sou benfiquista ferrenho - agora nem isso.Tenho raiva do dinheiro que gastam.Qual é a sua i<strong>de</strong>ologia política?Era <strong>de</strong> esquerda. Eu estava referenciado naPIDE, vim mais tar<strong>de</strong> a saber. Era socialista, masjá repudiei. Não vejo condições para pôr isto adireito. Revejo-me mais no Bloco <strong>de</strong> Esquerda.Porque se afastam as pessoas da política?Porque são uns mentirosos e não há alternativascredíveis.Qual foi a personagem histórica que mais omarcou?O Humberto Delgado. Eu era <strong>de</strong> esquerda eum dia perguntei-lhe o que fazia do Salazar seganhasse as eleições. "Demitia-o" - respon<strong>de</strong>uele. Gostava da franqueza com que fazia política.É o que falta hoje.O <strong>de</strong>bate público em torno das questões fulcraispara o país é suficiente?É, há interesse. Mas o governo ganhou pormaioria e não quer saber, não ce<strong>de</strong> a pressões.Como é o seu dia?Acordo às seis da manhã. Escrevo para váriosperiódicos e dirijo a loja. Sou Evangélico Batistae, portanto, ao sábado vou à missa.Como faria o seu auto-retrato?Joaquim Vieira... bom rapaz, como disse umavez à menina das Finanças que aguardava o restodo nome, que não tenho (risos). Nascido narua Paulo VI, numa casa que ainda hoje existe.Uma gran<strong>de</strong> empresa é...A que ven<strong>de</strong>. Tudo o resto vem por acréscimo.PUBProjectamos EscritóriosMAIORES250 DISTRITO DE LEIRIA 25


HISTÓRIAS DE TRABALHO E DE VIDAANTÓNIO RODRIGUES, FUNDADOR DO GRUPO LENA«DESDE MENINO QUE TENHOGOSTO PELO TRABALHOE PELOS CENTAVOS»ANTÓNIO VIEIRA RODRIGUES TEM 74 ANOS, É VIÚ-VO E TEM TRÊS FILHOS. FOI NA DÉCADA DE 50INICIOU ACTIVIDADE NA ÁREA DAS TERRAPLANA-GENS, PASSANDO PARA AS OBRAS PÚBLICAS NOSANOS 70,ACTIVIDADE QUE VIRIA A DAR ORIGEM,EM 1974, À CONSTRUTORA DO LENA, A EMPRE-SA QUE ESTÁ NA GÉNESE DO MAIOR GRUPOEMPRESARIAL DA ZONA CENTRO DO PAÍS.ACTUALMENTE O GRUPO LENA ENGLOBA NO SEUUNIVERSO MAIS DE 60 EMPRESAS NOS SECTO-RES DA CONSTRUÇÃO, IMOBILIÁRIA, INDÚSTRIA,SERVIÇOS, COMUNICAÇÃO,AMBIENTE, GÁS NATU-RAL E AUTOMÓVEL. O GRUPO ESTIMA UM VOLU-ME DE NEGÓCIOS DE 900 MILHÕES DE EUROSPARA 2007, UM CRESCIMENTO DE 73% FACE ÀFACTURAÇÃO DE 520 MILHÕES DE EUROS REGIS-TADA EM 2006.A FORTE PRESENÇA A NÍVEL INTER-NACIONAL DEVERÁ GERAR, EM 2007, UM VOLU-ME DE NEGÓCIOS DE 150 MILHÕES DE EUROS.DRO fundador do maior grupo empresarial da regiãoCentro conta um pouco do seu percurso, do queo realiza e lhe tira o sono. Palavras curtas sintetizamuma <strong>de</strong>nsa experiência.Conte-nos um pouco do seu percurso. Como surgea activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terraplanagens que viria a darorigem à Construtora do Lena. De quem herdou a"veia" empreen<strong>de</strong>dora?Des<strong>de</strong> menino que tenho gosto pelo trabalho epelos centavos e sempre tive diversas activida<strong>de</strong>sespontâneas. Relativamente à veia empreen<strong>de</strong>dora,consi<strong>de</strong>ro que a her<strong>de</strong>i do meu avô.Qual o seu maior motivo <strong>de</strong> satisfação, quandopensa na evolução que a empresa registou,transformando-se no maior grupo empresarial dazona Centro?O meu maior motivo <strong>de</strong> satisfação é olhar para aexcelente família que tenho, perfeitamente capaz <strong>de</strong>dar continuação ao projecto que iniciei.O grupo foi diversificando as suas activida<strong>de</strong>salargando a presença a nível internacional (60empresas,oito sectores).Estão i<strong>de</strong>ntificadas novasáreas on<strong>de</strong> o grupo preten<strong>de</strong> actuar a médio-longoprazo?O futuro previne-se. Na vida há sempre oportunida<strong>de</strong>s.Devemos estar bem atentos e não as <strong>de</strong>sperdiçar.Consegue i<strong>de</strong>ntificar um momento <strong>de</strong>terminantena vida da empresa para o posicionamentoque tem hoje?A evolução foi constante. Nem sempre os ventosforam favoráveis e foi necessária muita persistência.Preocupa-o o ambiente financeiro que sevive a nível internacional, a subida do euro faceao dólar e das taxas <strong>de</strong> juro?Sim, preocupa, embora sejam questões inevitáveiscom as quais <strong>de</strong>vemos saber viver e ultrapassar.Dos acontecimentos históricos e económicosque viveu, qual lhe parece ter sido mais importantepara Portugal?A entrada na União Europeia e as novas tecnologias.Tenciona utilizar o TGV para se <strong>de</strong>slocar, em<strong>de</strong>trimento do avião?Fico a aguardar pelos <strong>de</strong>senvolvimentos, masacredito que sim.Como ocupa os tempos livres?Acompanhando a família,lendo e com a agricultura.Se pu<strong>de</strong>sse voltar atrás no tempo, o que fariadiferente?Tudo igual.Como faria o seu auto-retrato?Um homem comum, discreto, refugiando-se nosvalores da vida e da religião.O que é que lhe tira o sono e quem é o seumelhor conselheiro?O futuro da socieda<strong>de</strong> mundial.O meu maior conselheiroé o tempo vivido com rigor e compromisso.Quais são as suas fontes <strong>de</strong> informação parase manter actualizado?O bom relacionamento com toda a socieda<strong>de</strong>.Se não fosse português, <strong>de</strong> que nacionalida<strong>de</strong>gostaria <strong>de</strong> ser, e porquê?Sou muito patriota e português com muitoorgulho.Aponte um título que gostasse <strong>de</strong> ver na imprensasobre o Grupo Lena, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>de</strong>z ou 15 anos.O futuro a Deus pertence e é necessário preveni-lo.UMA GRANDE EMPRESA É...«AQUILO QUE OS OUTROS QUISEREM JULGAR».A LONGEVIDADE DAS EMPRESAS DEPENDE DE...BONS CONTINUADORES COM OS PRINCÍPIOS DE BOAEDUCAÇÃO E FORMAÇÃO.MAIORESEMPRESAS26 250 DISTRITO DE LEIRIA


GRANDE EMPRESA EVOLUÇÃO DO CONCEITOO PESODO INTANGÍVELO conceito <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> empresa já não é o queera. O peso do intangível ganha terreno, como<strong>de</strong>monstra a crescente adição do capítulo dasustentabilida<strong>de</strong> aos relatórios financeiros. Osstakehol<strong>de</strong>rs - colaboradores, clientes, fornecedores,Estado, socieda<strong>de</strong> e accionistas -agra<strong>de</strong>cem.A partir <strong>de</strong> 2005, Portugal adoptou a classificação<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> empresa recomendada pela ComissãoEuropeia: para fins estatísticos, gran<strong>de</strong> empresa é aque emprega mais <strong>de</strong> 250 trabalhadores e tem umvolume <strong>de</strong> negócios superior a 50 milhões <strong>de</strong> euros.Mas os indicadores estatísticos não encerram emsi a abrangência do conceito, como <strong>de</strong>monstram asrespostas <strong>de</strong> diversas personalida<strong>de</strong>s que ao longoda publicação foram inquiridas sobre o tema.«Importaconsi<strong>de</strong>rar o impacto que a organização tem navida da comunida<strong>de</strong>,a três níveis: económico,socialGran<strong>de</strong> empresa é...«A que tem significativo impacto na comunida<strong>de</strong>ao nível social, económico e ambiental»Fernando Amado, ROCe ambiental», explica Fernando Amado, Revisor Oficial<strong>de</strong> Contas e docente na Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologiae Gestão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Estas representam,<strong>de</strong> resto,as três faces da sustentabilida<strong>de</strong>, cujo equilíbrioé a preocupação base da ciência económica.Para cada uma das partes interessadas - stakehol<strong>de</strong>rs- a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> empresa será,seguramente,diferente. «Para o fornecedor é a que pagabem e atempadamente, para o cliente a que asseguraqualida<strong>de</strong>, prazo e preço. Se pensarmos noscolaboradores, dirão que é a que remunera <strong>de</strong> formajusta e apresenta perspectivas <strong>de</strong> carreira,enquantoo Estado apontará a que gera receita fiscal e écumpridora das suas obrigações»,enumera FernandoAmado.O Estado terá ainda em atenção efeitos indirectos,comoa geração <strong>de</strong> emprego e impacto ambiental.Já a banca ten<strong>de</strong>rá a valorizar a que pe<strong>de</strong> maiscrédito, tem bons níveis <strong>de</strong> risco e é cumpridora,enquanto para os accionistas uma gran<strong>de</strong> empresaé a que apresenta uma boa taxa <strong>de</strong> retorno.Segundo dados do Interbrand, um quarto dosactivos financeiros globais é constituído por activosintangíveis,o que justifica o <strong>de</strong>svanecimento da abordagemtradicional que encara a Responsabilida<strong>de</strong>Social Empresarial como um custo do negócio.Exemplos como a Enron, Nike, An<strong>de</strong>rsen e Parmalat<strong>de</strong>monstraram o impacto que po<strong>de</strong> ter umareacção do mercado na imagem das empresas (eno seu negócio),bem como a importância <strong>de</strong> encarareste novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão como um investimento,na perspectiva <strong>de</strong> longo prazo. O valor daempresa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> cada vez menos <strong>de</strong> itens mensuráveiscomo o capital e o trabalho,e mais <strong>de</strong> activosintangíveis como a reputação, confiabilida<strong>de</strong>,transparência, talento, cultura, conhecimento, capitalintelectual, patentes, direitos <strong>de</strong> autor e posicionamentoestratégico.A GÉNESE DOS RELATÓRIOSDE SUSTENTABILIDADEOs relatórios financeiros <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser suficientespara satisfazer as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informaçãodos stakehol<strong>de</strong>rs, que hoje procuram informaçãoque permita ter uma visão global docomportamento da empresa, não só a nível financeiro,como nas áreas ambiental e social.Os Relatórios <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Social surgirampara dar uma resposta organizada a esta necessida<strong>de</strong>.Ampliam a perspectiva fornecida pela contabilida<strong>de</strong>financeira convencional,criam um retracto<strong>de</strong> longo prazo e ajudam a evi<strong>de</strong>nciar as contribuiçõessociais e ecológicas da organização,bem comoa "proposta <strong>de</strong> valor <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>" dos seusprodutos e serviços.Os <strong>de</strong>safios são inúmeros. Ao abrigo da RSE, amelhoria da performance da empresa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> nãosó dos serviços prestados, produtos vendidos e dolucro auferido, como do impacto que exerce sobreo bem-estar humano. As previsões apontam paraque,num futuro não muito distante,as organizaçõesbem sucedidas sejam aquelas que firmaram umpacto com as três faces da sustentabilida<strong>de</strong>.INDICADORES ECONÓMICOSE FINANCEIROSO activo líquido é um dos indicadores financeirosque <strong>de</strong>ve ser tido em atenção na análise dascontas <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> empresa,uma vez que representa«o conjunto <strong>de</strong> recursos que a empresa temaplicados na sua activida<strong>de</strong>»,aponta Fernando Amado.Para fins estatísticos, consi<strong>de</strong>ra-se uma gran<strong>de</strong>empresa a que tem um activo líquido superior a 43milhões <strong>de</strong> euros, (face aos 27 milhões que vigora-MAIORESEMPRESAS28 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASvam antes da adopção, em 2005, da Recomendaçãoda Comissão Europeia datada <strong>de</strong> 2003).No que toca à soli<strong>de</strong>z financeira da empresa,oscapitais próprios representam outro dos indicadoresa ter em conta. É aceitável um rácio <strong>de</strong> autonomiafinanceira (capital-próprio/activo) entre 20 a30%, sendo o restante financiamento dos recursosque a empresa tem aplicados feito por capital alheio.Há ainda que auscultar a rentabilida<strong>de</strong> gerada,medida pelo seu resultado líquido,o exce<strong>de</strong>nte queremunera o capital próprio e serve <strong>de</strong> base à análiseda rentabilida<strong>de</strong>. «O resultado líquido é um indicador<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, e é o que permite reforçar aautonomia da empresa via capitais próprios,ou seja,a sua in<strong>de</strong>pendência financeira», explica.Em resposta à preocupação económica inerenteà activida<strong>de</strong> das empresas, são também valorizadosindicadores como o Valor Acrescentado Bruto,apartir do qual se remunera a mão-<strong>de</strong>-obra e osaccionistas, o custo do capital alheio e os impostos.«Este valor representa a base da remuneração<strong>de</strong> alguns stakehol<strong>de</strong>rs e varia consoante o sectore natureza das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pela empresa.Para empresas comerciais, o VAB <strong>de</strong> 15 a 20%será aceitável, enquanto na indústria rondará valoresna casa dos 50%», salienta. Outros indicadores<strong>de</strong> relevante importância são o EBITDA - que representaos fluxos <strong>de</strong> caixa <strong>de</strong> exploração da activida<strong>de</strong>da empresa - e o Resultado Residual (ou EconomicValue Ad<strong>de</strong>d), que é resultado obtido após aremuneração do investimento líquido do negócio,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> ser financiado com capitalalheio ou próprio. Segundo Fernando Amado,a economiavaloriza ainda enormemente a capacida<strong>de</strong>exportadora das empresas.DIMENSÃO OBRIGA A DESCENTRALIZARE em termos organizacionais, o que <strong>de</strong>fine e distingueuma gran<strong>de</strong> empresa? A resposta está numaestrutura que apresenta níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação suficientemente<strong>de</strong>scentralizados para po<strong>de</strong>r funcionar autonomamente.«Uma gran<strong>de</strong> empresa não po<strong>de</strong> estarcentralizada num único órgão <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Tem <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralizaratravés <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> formalizaçãoque permitem que cada um conheça a sua missão eseja "controlado"», explica. Gran<strong>de</strong> empresa é tambéma que tem um conhecimento explícito, formalizado,escrito, que fica retido na organização in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntementeda rotativida<strong>de</strong> dos quadros.«O know hownão po<strong>de</strong> estar só na cabeça do gerente e das pessoas.A gestão do conhecimento é um dos aspectosmais importantes da organização», adverte.GRANDES GERAM UM QUARTODO EMPREGOSegundo um estudo do IAPMEI referente ao quadriénio2000-2004, apenas 0,04% das empresasportuguesas estão classificadas como gran<strong>de</strong>s empresas,sendo responsáveis por 43,2% do volume <strong>de</strong>negócios total gerado no país e 25% do emprego.No distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,entre as 250 Maiores Empresasapuradas em 2006, constam apenas cincoempresas com um volume <strong>de</strong> negócios superior a50 milhões <strong>de</strong> euros e mais <strong>de</strong> 250 trabalhadores.Estas empresas são responsáveis por 13,73% dasvendas geradas pela totalida<strong>de</strong> das 250. PUBMAIORES250 DISTRITO DE LEIRIA 29


EMPRESASLONGEVIDADE FACTORESEMPRESAS QUEFAZEM HISTÓRIA«Não se <strong>de</strong>ixem pren<strong>de</strong>r pelo discurso económico»,<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o guru Arie <strong>de</strong> Geus, nolivro The Living Company, on<strong>de</strong> analisa osfactores <strong>de</strong> longevida<strong>de</strong> das empresas. ManuelGomes, consultor da Cautio, fala do "enxovalbásico" e <strong>de</strong>ixa recomendações às empresasfamiliares, on<strong>de</strong> se regista a maior taxa<strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong>.A empresa mais antiga <strong>de</strong> que se tem conhecimentoé a sueca Stora, cuja data <strong>de</strong> fundaçãoremonta a 1288. No distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a Raul daBernarda - fundada em 1875 - apresenta-se comouma das mais antigas. Mas nem todas têm a mesma"sorte". Segundo o economista e consultorAugusto Mateus, gran<strong>de</strong> parte das empresas emPortugal morre ao terceiro, ou ao quarto ano <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>.São vários os factores que <strong>de</strong>terminam a longevida<strong>de</strong>das empresas, mas há um que parecetransversal a todos eles: qualida<strong>de</strong> da gestão.Uma ciência que exige talento e sabedoria.Manuel Gomes enumera alguns requisitos fundamentais,aquilo que <strong>de</strong>signa <strong>de</strong> "enxoval básico"das empresas. Elementos como a estratégia- saber o que quer fazer, on<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> chegar -planeamento e orçamento, e um sistema <strong>de</strong> informação<strong>de</strong> gestão mensal - controlo <strong>de</strong> gestão -que permita saber, na hora, qual o resultado daactivida<strong>de</strong> face ao planeado e ao histórico. Nadadisto é possível sem informação financeira (gerale analítica) actualizada e organizada por centros<strong>de</strong> custo e produto, ou segmento <strong>de</strong> negócio.Em paralelo - obviamente - produtos e/ou serviçosque tenham a ver com uma necessida<strong>de</strong> domercado, inovadores e socialmente úteis, a preçoscompetitivos, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o consultor, salientandoainda a importância da criação <strong>de</strong> valor. «Aempresa tem <strong>de</strong> ganhar dinheiro para distribuir,gerar fundo <strong>de</strong> maneio.As empresas portuguesasestão endividadas porque não criam valor. Hojeaté para obter crédito a empresa tem <strong>de</strong> ser eficiente,apresentar custos optimizados», explica oconsultor.À luz da temática da Responsabilida<strong>de</strong> SocialEmpresarial, o lucro acaba por ser uma consequênciada utilida<strong>de</strong> que a empresa tem para acomunida<strong>de</strong>.A partir do momento em que a empresaestabelece com ela uma parceria, ganha nãosó o seu reconhecimento, como a sua cumplicida<strong>de</strong>,que se traduz no compra dos seus produtos.As empresas que perduram revelam-se, <strong>de</strong>alguma forma, úteis à comunida<strong>de</strong>.Manuel Gomes aponta ainda a preocupaçãocom o <strong>de</strong>senvolvimento pessoal e profissional daspessoas. «É preciso investir na formação e motivação,atrair e reter talentos», salienta.Estudos realizados com o objectivo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificaro elixir da longevida<strong>de</strong> das empresas <strong>de</strong>monstramque, internamente, as organizações duradourasparecem-se mais com uma comunida<strong>de</strong>,do que com uma estrutura física ou jurídica. Anoção <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência e autonomia está <strong>de</strong> talforma presente que as pessoas não se sentemempregados, mas empreen<strong>de</strong>dores, o que faz todaa diferença na postura para com a empresa.Como toda a empresa tem um dono, a sualongevida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá obrigatoriamente <strong>de</strong> accionistase gestores, que nas empresas familiaressão muitas vezes coinci<strong>de</strong>ntes. «Se quem dirigenão tem visão, e não percebe que é preciso fazertudo isto, se não há energia na gestão, não po<strong>de</strong>moster empresas competitivas e duradouras»,adverte Manuel Gomes.O QUE FALHA?Remetendo a análise para a realida<strong>de</strong> do distrito,o que falha quando a vida <strong>de</strong> uma empresachega ao fim? «Na maioria dos casos, tratam-se<strong>de</strong> empresas familiares, cujos donos não se preocuparamem preparar a sucessão profissional,com tempo, <strong>de</strong>ixando aos her<strong>de</strong>iros empresassem vitalida<strong>de</strong>», explica o consultor.Outro dos factores <strong>de</strong> peso na mortalida<strong>de</strong>das empresas - e intimamente ligado com o anterior- é a esmagadora prevalência da não profissionalizaçãoda gestão. «Em sentido <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>os empresários da região são excelentes,mas isso transforma-se numa <strong>de</strong>svantagem quandoa empresa atinge <strong>de</strong>terminada dimensão e odono não consegue controlar tudo. Para além do"enxoval básico", a empresa passa a necessitar<strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> gestão», adianta.Um salto difícil <strong>de</strong> dar, em que a mentalida<strong>de</strong>«No passado havia mais a i<strong>de</strong>ia da empresa serpara durar, para <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> herança. Hoje pensasemais em criar, fazer com que cresça e ven<strong>de</strong>r»surge como principal obstáculo. «Tem a ver coma cultura empresarial local, assente na máxima"o segredo é a alma do negócio". Depois falta formação<strong>de</strong> base que permita controlar <strong>de</strong> formaeficiente, gerir por sistemas, e não <strong>de</strong> forma personalizada.É por isso que as empresas não po<strong>de</strong>mir para alto mar, e se mantêm pequenas, quandotinham potencial para crescer mais», salienta.Em termos organizacionais, é fundamental tero mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governo escrito. «Informação comoquem integra o Conselho <strong>de</strong> Administração, quantasvezes reúne, quando e quem realiza auditoriase o organograma com funções e responsabi-MAIORES30 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASrias e o organograma com funções e responsabilida<strong>de</strong>s»,enumera. Acresce o manual <strong>de</strong> procedimentospara o que é rotineiro, «para que todosprocedam da mesma maneia e não percam tempo»e o perfil <strong>de</strong> cada posto <strong>de</strong> trabalho.ARMADILHAS DAS EMPRESASFAMILIARES - A SOLIDÃO DO PODERSegundo um estudo divulgado o ano passadopela Business School <strong>de</strong> São Paulo, entre 65%e 80% das empresas no mundo são familiares,sendo também neste segmento que se encontraa maior taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> das empresas. Osnúmeros <strong>de</strong>nunciam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhoriasna gestão <strong>de</strong>stas organizações.Manuel Gomes enumera o que consi<strong>de</strong>ra seremas armadilhas das empresas familiares.A principal-adverte - é a confusão que se faz entre capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> gestão e proprieda<strong>de</strong>. Os familiarestêm dificulda<strong>de</strong> em aceitar pessoas <strong>de</strong> fora para<strong>de</strong>sempenhar funções que eles consi<strong>de</strong>ram po<strong>de</strong>rsuprir. É também comum confundirem-se laçosafectivos com laços contratuais e negligenciar leisdo mercado quando, por exemplo, se contratamfamiliares a quem se paga mais caro.Protelar a sucessão, não a preparando convenientemente,é outro dos factores que explicaa elevada mortalida<strong>de</strong> das empresas familiares.Para não falar no facto <strong>de</strong> pensarem «que tudoisto só acontece aos outros, adverte.Os consultores apontam ainda o stresse que"a solidão do po<strong>de</strong>r" po<strong>de</strong> causar, afectando asaú<strong>de</strong> pessoal do proprietário e gestor. Defen<strong>de</strong>mque a troca <strong>de</strong> informações contribui para aliviaro ambiente e traz mais possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reflexãopara tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões que, embora solitária,é mais fácil quando todas as variáveis foramconsi<strong>de</strong>radas.NOVOS TEMPOS, NOVAS MENTALIDADESO que traz <strong>de</strong> novo a jovem geração <strong>de</strong> empresários?As empresas mais jovens ten<strong>de</strong>rão a durarmais? Manuel Gomes aponta uma geração maisorientada para a inovação e competitivida<strong>de</strong>, comuma formação base superior e mais acesso aomundo.«Percebem também mais facilmente a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> profissionalizar a gestão», aponta oconsultor.As questões <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong> que afectamos mais velhos não se colocam. Os jovensempresários aceitam a entrada <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong>capital <strong>de</strong> risco, renovam, ven<strong>de</strong>m, criam novasempresas.Mas será isto suficiente para garantir maiorlongevida<strong>de</strong>? Os números apontam para umamaior mortalida<strong>de</strong> numa fase inicial, resultadoda actuação em áreas <strong>de</strong> inovação que envolvemmaior risco. No entanto, <strong>de</strong>pois dos primeiros trêsa cinco anos as empresas ten<strong>de</strong>m a crescer maisrapidamente do que acontecia até aqui. No entanto,as realida<strong>de</strong>s não são directamente comparáveis.O mercado tem hoje outro ritmo e exigemaior agilida<strong>de</strong>, adverte o consultor.Depen<strong>de</strong>rá a longevida<strong>de</strong> das empresas dosobjectivos e motivações do criador? Depen<strong>de</strong>,seguramente, «do seu sentido da visão <strong>de</strong> longoprazo, da sua energia, da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rarpessoas e <strong>de</strong> imprimir mudança quando necessário.No passado havia mais a i<strong>de</strong>ia da empresaser para durar, para <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> herança. Hojepensa-se mais em criar, fazer com que cresça even<strong>de</strong>r», explica. PUBMAIORES250 DISTRITO DE LEIRIA 31


LONGEVIDADE ANÁLISE«AS EMPRESAS NÃOPODEM SER BARRIGASDE ALUGUER»O que dita a longevida<strong>de</strong> das empresas é a sua constante capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>adaptação ao mercado - com recurso à inovação - que se modifica <strong>de</strong> formamuito rápida, consi<strong>de</strong>ra Manuel Cruz, director da Raul da Bernarda - empresa<strong>de</strong> cerâmica utilitária e <strong>de</strong>corativa que vai já na quarta geração - e fundador daSofal, que ven<strong>de</strong>u recentemente à Gresmais.Em causa está o domínio do circuito <strong>de</strong> valor acrescentado, o que exige umesforço contínuo <strong>de</strong> inovação, que pressupõe investigação e <strong>de</strong>senvolvimento,estudos <strong>de</strong> mercado, criação e promoção <strong>de</strong> marcas, domínio dos circuitos <strong>de</strong>distribuição e um serviço <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. «É um processo que envolve um gran<strong>de</strong>esforço financeiro, recursos nem sempre fáceis <strong>de</strong> conseguir, mas as empresasnão po<strong>de</strong>m apenas fabricar, <strong>de</strong>dicar-se ao que é mais visível, ven<strong>de</strong>r mão<strong>de</strong>-obra,<strong>de</strong>ixando<strong>de</strong> lado a criativida<strong>de</strong> e os contactos comerciais.Não po<strong>de</strong>mser apenas "barrigas <strong>de</strong> aluguer", sem vida própria, nem qualquer domínio do<strong>de</strong>sign e da distribuição», explica o responsável.que massificam, que se preocupam com a redução <strong>de</strong> custos e não com a criação<strong>de</strong> valor. Intelectualmente é mais fácil produzir do que criar», consi<strong>de</strong>ra.Embora a génese das empresas tenha hoje outras motivações,que não apenasa <strong>de</strong> satisfazer necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado - o que obriga a objectivos <strong>de</strong>médio-longo prazo mais <strong>de</strong>finidos - não significa que venham a durar mais.«Nãovejo as empresas dos anos 90 preparadas para ganhar dimensão. Nascemmicro-empresas, para nichos <strong>de</strong> mercado e não projectos abrangentes, commassa crítica. Como não temos dimensão somos absorvidos. É positivo para asempresas, mas negativo para a economia em geral», finaliza. PUB«Preocupam-me as empresas quemassificam, que se preocupam coma redução <strong>de</strong> custos e não com acriação <strong>de</strong> valor»Importa jogar com a satisfação do consumidor, com o reconhecimento que oproduto lhe dá, trabalhar com a marca e não com o preço. «Se a empresa dominaro backoffice, uma parte da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor, po<strong>de</strong> mandar fazer on<strong>de</strong> é maisbarato. A gestão tem <strong>de</strong> focar-se no mercado e não no fabrico. É o mercado quedita o que quer, quando quer receber e quanto quer pagar, e é preciso ter capacida<strong>de</strong>para reestruturar quando o mercado apresenta sinais <strong>de</strong> mudança», adverte.As marcas alimentam a paixão. O produto não vinga se não cativar, o queobriga a apurar a paixão do consumidor com estudos <strong>de</strong> mercado e recurso acriativos. Manuel Cruz aponta ainda a importância da adaptação aos sistemas<strong>de</strong> distribuição,cada vez mais massificados.Os meios <strong>de</strong> transporte vieram facilitarmuito a logística e mudar a lógica <strong>de</strong> aprovisionamento dos produtos. Osclientes não compram para stock e é preciso ter capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta.Numa óptica <strong>de</strong> longevida<strong>de</strong>, «a gestão não é mais que a resposta a todosestes aspectos, com planeamento e organização». Segundo o responsável, asempresas portuguesas são boas a produzir, têm um <strong>de</strong>sign criativo, mas <strong>de</strong>poisfalta organização nos quadros médios e intermédios, no sentido <strong>de</strong> colocar aspessoas a trabalhar mais, com menos esforço. «Preocupam-me as empresasMAIORESEMPRESAS250 DISTRITO DE LEIRIA 33


EMPRESASCONTROLO DE GESTÃODESCENTRALIZARCOM SEGURANÇACrescer <strong>de</strong> forma sustentada obriga a <strong>de</strong>scentralizare aumenta a exigência quanto a mecanismos<strong>de</strong> monitorização. Os sistemas <strong>de</strong> informaçãodão uma ajuda, mas representam apenaso suporte tecnológico do controlo <strong>de</strong> gestão. AzevedoRodrigues - consultor <strong>de</strong> gestão e professorno ISCTE - dá conta dos restantes ingredientese fala da recente intervenção no Grupo Lena.DRO forte crescimento que o Grupo regista a nível nacionale internacional esteve na base da intervenção realizadano último ano nas empresas Lena Construçõese Lena Indústria. Objectivo: criar condições para <strong>de</strong>scentralizarcom segurança <strong>de</strong> forma a crescer <strong>de</strong> formasustentável e controlada.As empresas não po<strong>de</strong>m viver num sistemainternacional com um mo<strong>de</strong>lo doméstico. «A internacionalizaçãoexige sistemas <strong>de</strong> informação mundiais,que permitam <strong>de</strong>scentralizar, sem risco», explicao consultor.A intervenção <strong>de</strong>u-se a diversos níveis.Primeiro foii<strong>de</strong>ntificado o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócio e <strong>de</strong> gestão da empresa,inquirindoos responsáveis <strong>de</strong> cada uma das áreasno sentido <strong>de</strong> perceber que tipo <strong>de</strong> informação era fundamentalmonitorizar a sua performance, garantindoalinhamento das suas práticas com os objectivos estratégicosdo grupo. Posteriormente foram <strong>de</strong>finidos osindicadores a partir dos quais se ia monitorizar o negócioa nível nacional e internacional. O passo seguintepassou por perceber que requisitos <strong>de</strong>via contemplara tecnologia <strong>de</strong> informação a adoptar, no sentido <strong>de</strong>se obterem os indicadores seleccionados. O fecho doprocesso dá-se com a selecção <strong>de</strong> um software quesustente todo o processo e seja compatível com a presençada empresa no mercado mundial.O levantamento <strong>de</strong>senrolou-se ao longo <strong>de</strong> um ano,estando previsto mais um para a implementação eoperacionalização do sistema.«O processo prolongouseum pouco mais, porque a certa altura percebemosque fazia sentido integrar a Lena Construções com aLena Indústria,para ganhar dimensão,e porque a proximida<strong>de</strong><strong>de</strong>stas áreas permitia racionalizar recursos eeliminar operações redundantes,o que se traduz tambémnuma melhoria da qualida<strong>de</strong> do serviço.Por umaquestão <strong>de</strong> alinhamento estratégico, verificou-se queera mais fácil ter a mesma equipa reunida numa sóunida<strong>de</strong>», explica Azevedo Rodrigues.Um sistema <strong>de</strong> controlo <strong>de</strong> gestão permite <strong>de</strong>tectare eliminar redundâncias, e ganhar fiabilida<strong>de</strong>, umavez que todos têm acesso à mesma base <strong>de</strong> informação,que passa por isso a ser mais rigorosa e a fluirOS OITO PRINCÍPIOSDO CONTROLO DE GESTÃO1.º OS INSTRUMENTOS DO CONTROLO DE GES-TÃO NÃO SE REFEREM APENAS À DIMENSÃOFINANCEIRA2.º A DESCENTRALIZAÇÃO DE DECISÕES E DELE-GAÇÃO DE AUTORIDADE SÃO CONDIÇÕES ESSEN-CIAIS PARA O SEU EXERCÍCIO3.º ORGANIZA A CONVERGÊNCIA DE INTERES-SES ENTRE CADA DIVISÃO OU SECTOR E A EMPRE-SA NO SEU TODO4.º OS SEUS INSTRUMENTOS SÃO CONCEBIDOSCOM VISTA À ACÇÃO E NÃO APENAS À DOCU-MENTAÇÃO OU BUROCRACIA5.º O SEU HORIZONTE É SOBRETUDO O FUTUROE NÃO APENAS O PASSADO6.º ACTUA MAIS SOBRE OS HOMENS DO QUESOBRE OS NÚMEROS7.º TEM O SISTEMA DE SANÇÕES E RECOM-PENSAS COMO PARTE INTEGRANTE8.º OS SEUS ACTORES DE PRIMEIRA LINHA SÃOMUITO MAIS OS RESPONSÁVEIS OPERACIONAISDO QUE OS CONTROLADORES DE GESTÃOIN: CONTROLO DE GESTÃO AO SERVIÇO DA ESTRATÉGIA E DOS GESTORESmais rapidamente.A nível interno, torna-se mais fácilresponsabilizar, avaliar e motivar os colaboradores,uma vez que cada uma das áreas reporta a pessoaschave. Para o gestor passa a ser mais fácil <strong>de</strong>cidir e<strong>de</strong>scentralizar.PUBMAIORES34 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASO "ESTADO DA ARTE" DO CONTROLODE GESTÃO EM PORTUGALO controlo <strong>de</strong> gestão que muitos empresáriosjuram ter «é ainda muito financeiro», explica oconsultor. Na sua base está «uma contabilida<strong>de</strong>orientada para o fisco. E papel, muito papel. Relatórios<strong>de</strong> gestão não são estatísticas. O controlo<strong>de</strong> gestão está orientado para o futuro, influencia<strong>de</strong> comportamentos, tem a ver com envolvimentodas pessoas, <strong>de</strong>scentralização, orientação paraobjectivos e resultados», adianta.O <strong>de</strong>sconhecimento é um obstáculo à difusãoe implementação do conceito, mas não é o único.Muitas empresas vivem situações difíceis e aimplementação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> controlo <strong>de</strong> gestãoexige algum investimento em termos tecnológicos.«É uma pescadinha <strong>de</strong> rabo na boca, porquese não optimizarem e não tiverem maior controlosobre a activida<strong>de</strong> acabam por <strong>de</strong>saparecer»,salienta. O mesmo acontece com as empresas quecrescem muito rapidamente: «sem um bom sistema<strong>de</strong> controlo <strong>de</strong> gestão, que permita <strong>de</strong>scentralizarcom segurança, um gran<strong>de</strong> crescimentopo<strong>de</strong> resultar numa gran<strong>de</strong> queda», finaliza. A SUA EMPRESA TEM UM VERDADEIRO SISTEMA DE CONTROLO DE GESTÃO?RESPONDA A 8 QUESTÕES E DESCUBRA.1 - DEFINIU UM CONJUNTO DE "LINHAS DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA" PARA A SUA EMPRESA?2 - A PARTIR DESSAS LINHAS ESTABELECEU OBJECTIVOS, COM METAS QUANTIFICADAS NO TEMPO?3 - DESCENTRALIZOU ESSA ESTRATÉGIA, DEFININDO PARA CADA UM DOS SEUS RESPONSÁVEIS OBJEC-TIVOS ALINHADOS COM AS SUAS ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS?4 - GARANTIU O ALINHAMENTO E O ENVOLVIMENTO, OU SEJA, DISCUTIU E NEGOCIOU COM CADA UM OSOBJECTIVOS DESCENTRALIZADOS, COM METAS?5 - TRADUZIU EM INDICADORES OS OBJECTIVOS GERAIS E OS DESCENTRALIZADOS ANTERIORMENTEREFERIDOS, GARANTINDO A PARTICIPAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS NESSAS DEFINIÇÕES?6 - IMPLEMENTOU UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO QUE PERMITA A CADA UM ACOMPANHAR REGU-LARMENTE O GRAU DE REALIZAÇÃO DOS SEUS OBJECTIVOS?7 - TEVE O CUIDADO DE, NO SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO, SE FOCALIZAR SOBRETUDO NOS RESULTADOS,DEIXANDO PARA SEGUNDO PLANO OS MEIOS (O QUE SE GASTA, O QUE SE INVESTE, ETC), ASSEGURAN-DO QUE CADA RESPONSÁVEL SE DEVE PREOCUPAR COM MEIA DÚZIA DE INDICADORES-CHAVE E NÃOCOM LISTAGENS ESTATÍSTICAS DE NÚMEROS?8 - ASSEGUROU-SE QUE O SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO DISPONIBILIZA A INFORMAÇÃO RELEVANTE EMTEMPO ÚTIL E QUE OS SEUS GESTORES NÃO TÊM NECESSIDADE DE RECORRER A SISTEMAS PARALELOSDE "REPORTING" FEITOS PELOS PRÓPRIOS OS PELAS SUAS EQUIPAS DE SUPORTE?9 - O MODELO DE COMUNICAÇÃO DA INFORMAÇÃO É EFICAZ? ASSEGUROU-SE QUE PARA ALÉM DE "CHE-GAR A TEMPO" NÃO LHE "GASTA MUITO PAPEL"?10 - DEFINIU UM MODELO DE AVALIAÇÃO DE PERFORMANCE (PRÉMIOS E INCENTIVOS) INTEGRADO COMO SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO DA PERFORMANCE, OU SEJA, QUAL A RELAÇÃO ENTRE OS INCENTIVOSDOS GESTORES E O GRAU DE CUMPRIMENTO DOS RESULTADOS REVELADOS PELOS INDICADORES DEOBJECTIVOS, QUER FINANCEIROS, QUER NÃO FINANCEIROS?PUBMAIORES250 DISTRITO DE LEIRIA 35


EMPRESASPAINELANTÓNIO BARROCARODRIGUESPRESIDENTE DO GRUPO LENADR1 - O que é para si uma gran<strong>de</strong> empresa?2 - Que responsabilida<strong>de</strong>s tem uma gran<strong>de</strong> empresa na economiae socieda<strong>de</strong>?3 - Quais os principais factores que <strong>de</strong>terminam a longevida<strong>de</strong>das empresas?1 - Uma gran<strong>de</strong> empresa assenta numa organizaçãobem estruturada e com objectivos <strong>de</strong>finidos.Ater em conta os padrões <strong>de</strong> medição que são conhecidospara gran<strong>de</strong>s empresas, mais <strong>de</strong> 250 colaboradores,mais <strong>de</strong> 40 milhões <strong>de</strong> Euros <strong>de</strong> Volume <strong>de</strong>Negócios e assente numa organização <strong>de</strong>vidamenteestruturada com hierarquias <strong>de</strong>finidas,conhecedorasdos seus objectivos, competentes, responsáveis, solidárias.Uma empresa que terá em primeiro lugar queser gran<strong>de</strong> nos compromissos que assume com osseus colaboradores, a socieda<strong>de</strong> que a envolve, osmeios que utiliza (com responsabilida<strong>de</strong> e critério) ea permanente capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ajustar à mudança.Mais importante do que ser uma gran<strong>de</strong> empresa,<strong>de</strong>verá estar sempre presente a <strong>de</strong>terminação em quererser uma empresa gran<strong>de</strong>.2 - Criar valor e emprego,sendo que ela só o po<strong>de</strong>ráfazer se for competitiva e relevante para as escolhasdo potencial cliente.Na sua capacida<strong>de</strong> para,atravésda criação <strong>de</strong> valor,conseguir competir, inovar e valorizaros seus Recursos Humanos,sem com isso retirarao meio envolvente algo que no longo prazo se possarevelar prejudicial, partilhando com a socieda<strong>de</strong> partedo seu sucesso, resi<strong>de</strong> muito do que po<strong>de</strong>ríamos<strong>de</strong>signar como responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong>empresa.3 - As empresas que vemos perdurarem mais tempo,resistindoaos ciclos económicos,são aquelas quecriando valor para clientes, colaboradores e accionistas,são capazes <strong>de</strong> o fazer <strong>de</strong> uma forma positiva eresponsável. O factor da qualida<strong>de</strong> da gestão e dodinamismo que é possível transmitir a toda a ca<strong>de</strong>ia<strong>de</strong> relações que se estabelecem são igualmente doisingredientes essenciais. Finalmente um aspecto fundamental,osdois pilares essenciais da activida<strong>de</strong> dasempresas são os seus colaboradores e os seus clientes.Asempresas que melhor motivarem os seus recursoshumanos e as que melhor se adaptarem às crescentese permanentes modificações nas exigênciasdos clientes são e serão aquelas que melhores condiçõesterão para ter sucesso no longo prazo. JORGE MARTINSDIRECTOR-GERAL DA INTEPLÁSTICO1 - Uma gran<strong>de</strong> empresa é aquela que para além<strong>de</strong> possuir uma dimensão consi<strong>de</strong>rável em efectivose volume <strong>de</strong> negócios, cria riqueza <strong>de</strong> forma substanciale sustentada. Contribui para a Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Vida da Comunida<strong>de</strong> junto da qual se instalou apoiandoiniciativas culturais,<strong>de</strong>sportivas e recreativas.Deveser exemplo na preservação do Ambiente. É <strong>de</strong>sejável,emuito útil,que implemente o que se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>signarpor ''cultura <strong>de</strong> empresa'' criando assim boas práticase dignificando a imagem <strong>de</strong> cada um dos seustrabalhadores.2 - As empresas,qualquer que seja a sua dimensão,<strong>de</strong>vem:- Correspon<strong>de</strong>r às motivações dos <strong>de</strong>tentoresdo capital, criando riqueza; - Realizar pessoal eprofissionalmente os seus colaboradores; - Correspon<strong>de</strong>ràs expectativas dos seus clientes e <strong>de</strong>maisparceiros <strong>de</strong> negócio; - Ser factor <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>social na sua área <strong>de</strong> influência.3 - Não forçosamente por esta or<strong>de</strong>m:Boa Gestão; Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Inovação; Oferta diferenciada;A<strong>de</strong>quação ao Mercado JORGE DE SÁPROFESSOR NO ISCSP E MESTREEM GESTÃO DO DESENVOLVIMENTO1 - É aquela que consegue criar valor <strong>de</strong> formacontinuada e sustentada, conseguindo antecipartendências e adaptando-se <strong>de</strong> forma contínuae permanente às alterações sociais.2 - O conceito <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social dasempresas tem vindo a ganhar uma importância crescentena activida<strong>de</strong> empresarial, sendo que as boaspráticas daí <strong>de</strong>correntes são <strong>de</strong>terminantes para osucesso das empresas.Essa responsabilida<strong>de</strong> socialfaz-se num sistema relacional consi<strong>de</strong>rando diferentes"públicos", entre outros os accionistas, os trabalhadores,osclientes,os fornecedores,as autorida<strong>de</strong>s,os consumidores, os media,…3 - Estar centrada no mercado, particularmentenos seus clientes, com a humilda<strong>de</strong> <strong>de</strong>quem quer apren<strong>de</strong>r com eles, a perseverança<strong>de</strong> quem os quer servir e a honestida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quemquer ser apreciado amanhã mais do que hoje.Entre as variadas <strong>de</strong>clinações <strong>de</strong>sta trilogia, <strong>de</strong>stacoo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias que permitamir além da satisfação dos clientes, procurandoganhar o seu empenhamento. DRMAIORES36 250 DISTRITO DE LEIRIA


JOAQUIM MENEZESPRESIDENTE DO CA DA IBER-OLEFFsatisfação e motivação no contexto em que funciona- seus accionistas, colaboradores, clientes, fornecedorese na socieda<strong>de</strong> que a ro<strong>de</strong>ia, <strong>de</strong>ntro e, se possível,fora fronteiras.ALMEIDA HENRIQUESPRESIDENTE DO CONSELHOEMPRESARIAL DO CENTRO1 - Se utilizarmos a <strong>de</strong>finição da União Europeia,é a que tem mais <strong>de</strong> 250 trabalhadores emais <strong>de</strong> cinquenta milhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong> volume<strong>de</strong> negócios.Em termos práticos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dadimensão, será a que tiver uma estratégia eficazque acrescente valor, a que aposte numa efectivaqualificação dos seus recursos humanos, numagestão mo<strong>de</strong>rna, assente numa perspectiva <strong>de</strong>inovação permanente, atenção aos mercados,redobrado cuidado na concepção do produto ena proximida<strong>de</strong> aos circuitos <strong>de</strong> distribuição.DR1 - Difícil resposta …! Po<strong>de</strong>-se ser uma gran<strong>de</strong>empresa na garagem… presumo que mesmo na garagem,ou num pequeno escritório, a Microsoft, a Googlee outras já eram, ou antecipavam ser, gran<strong>de</strong>sempresas. Po<strong>de</strong>-se também ser uma gran<strong>de</strong> empresaem dimensão e consistente sucesso… veja-se aGeneral Electric,a Toyota,etc.É mais do que tudo aquelaque cumpre os seus objectivos fundamentais: temlucro e aplica-o com sucesso no seu <strong>de</strong>senvolvimento,aproveitando as oportunida<strong>de</strong>s e as dinâmicas domercado, cumprindo os seus compromissos, criandoDR2 - A maior é ganhar dinheiro, ter lucro, ter sucessoque lhes garanta o <strong>de</strong>senvolvimento dos negócios,das suas activida<strong>de</strong>s, das pessoas que nela participame na comunida<strong>de</strong> em que se inserem.3 - Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> antecipar as dinâmicas dosseus mercados e ter capacida<strong>de</strong> em <strong>de</strong>senvolver flexibilida<strong>de</strong>e adaptação aos <strong>de</strong>safios impostos por essasdinâmicas.Veja-se o caso <strong>de</strong> empresas que começaramnoutros sectores, seja como fabricantes <strong>de</strong> instrumentosmusicais ou máquinas têxteis, e hoje sãogran<strong>de</strong>s conglomerados industriais, que orgulham osque nela trabalham e a <strong>de</strong>senvolvem todos os dias,teimando em torná-la viva para a eternida<strong>de</strong> possível.A HONDA e a TOYOTA são bons, e apenas dois, exemplosdisto. 2 - Cada vez mais a empresa se <strong>de</strong>ve pautarpor critérios <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social, interagindocom a comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> se insere em projectosque contribuam para o <strong>de</strong>senvolvimentocom qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, procurando o melhor bemestar para os seus trabalhadores, familiares ecomunida<strong>de</strong> envolvente. Obviamente que, na base,terá que estar uma boa estrutura, que ganhedinheiro, que remunere bem os trabalhadores, osadministradores e os accionistas.A empresa, alicerçadanas pessoas, é o pilar fundamental dasocieda<strong>de</strong>, a geração <strong>de</strong> riqueza é que permiteuma lógica redistributiva, ninguém o po<strong>de</strong>rá fazerse não gerar valor.3 - A longevida<strong>de</strong> <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> uma boa estratégia,<strong>de</strong> um bom posicionamento ao nível do mercado,da concepção do produto e do domínio doscircuitos <strong>de</strong> distribuição, assente também numacorrecta selecção <strong>de</strong> recursos e a permanenteformação dos quadros.Só sobrevive a empresa que gera valor, queestá sempre um passo à frente da concorrência,que sabe gerir bem as suas pessoas, que conseguecom antecedência garantir as sucessão,que premeia o mérito e as competências. JOSÉ CARREIRAPROFESSOR, ECONOMISTA E ROC1 - A Comissão Europeia, através da recomendação2003/361/CE, passou a classificarcomo gran<strong>de</strong> empresa aquela que emprega mais<strong>de</strong> 250 trabalhadores, ou ultrapassa 50 milhões<strong>de</strong> euros <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> negócios. Essa classificaçãooficial não tem em conta outros factoresrelevantes para a <strong>de</strong>terminação da dimensãoduma empresa, nomeadamente o valor acrescentado.Segundo aqueles critérios, uma empresadistribuidora <strong>de</strong> combustíveis, que com umaDRestrutura reduzida po<strong>de</strong> ultrapassar os 50 milhões<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> negócios, é classificável como gran<strong>de</strong>empresa, quando <strong>de</strong> facto po<strong>de</strong> ser relativamentepequena.2 - É reconhecido que a responsabilida<strong>de</strong> dasempresas, pelo menos das gran<strong>de</strong>s, extravasa ocírculo restrito dos proprietários e dos credores.Há empresas multinacionais cuja facturação ultrapassaem muito as receitas anuais <strong>de</strong> paísespequenos. Nestas circunstâncias, pelo impactoque as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> gestão duma gran<strong>de</strong> empresapo<strong>de</strong>m ter sobre a economia e a socieda<strong>de</strong>duma região, ou mesmo dum país, parece <strong>de</strong> exigiraos gestores que na tomada das suas <strong>de</strong>cisõesnão <strong>de</strong>scurem a sua responsabilida<strong>de</strong> paracom o emprego, a economia e o bem estar social.3 - Po<strong>de</strong> dizer-se que o principal factor é acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação às mudanças no meioenvolvente, em especial nos mercados. Nas empresasfamiliares a longevida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> tambémdos proprietários serem capazes <strong>de</strong> passar (bem)o po<strong>de</strong>r, em tempo oportuno. MAIORESEMPRESAS38 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASPEDRO FARIAPRESIDENTE DA NERLEIE SÓCIO-GERENTE DA SIVAL1 - A i<strong>de</strong>ia que tenho <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> empresaserá aquela que tendo uma facturação significativa(mais <strong>de</strong> 20 milhões <strong>de</strong> euros) empregará pelo menosmais <strong>de</strong> 50 pessoas.2 - Quanto maior é a empresa, maior peso temna economia local e regional e por isso maior é a responsabilida<strong>de</strong>que recai sobre ela.3 - Estar numa área <strong>de</strong> negócio em que a turbulêncianão seja exagerada, e sobretudo ter a flexibilida<strong>de</strong>necessária para se adaptar às mudanças permanentes.DRJ. AMADO DA SILVAECONOMISTA E PROFESSOR UNIVERSITÁRIO1- Uma maneira simplista e <strong>de</strong>fensiva <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>ràs perguntas é dar critérios formais <strong>de</strong> dimensão,atravésdo número <strong>de</strong> pessoas, ou do volume <strong>de</strong> negócios,se pensarmos no adjectivo "gran<strong>de</strong>" em termosabsolutos. Se passarmos aos termos relativos, umaempresa é gran<strong>de</strong> se tiver quotas <strong>de</strong> mercado significativasnos mercados em que actua.Mas todos estesvalores clássicos estão comprometidos com as novasformas <strong>de</strong> alianças, participações cruzadas e, fundamentalmente,processos<strong>de</strong> outsourcing que esbatemDRas fronteiras da empresa e corroem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>dar uma dimensão efectiva.Por isso,uma empresa sóé gran<strong>de</strong> se for apercebida pela maioria dos agentesintervenientes do mercado como uma entida<strong>de</strong> cujasacções nunca po<strong>de</strong>m ser ignoradas por esse mesmomercado.2- Situando-me na perspectiva do <strong>de</strong>ver,uma gran<strong>de</strong>empresa usa mais recursos da socieda<strong>de</strong> que umapequena e tem, por isso, que dar a essa socieda<strong>de</strong>uma retribuição maior em compensação dos recursosque aquela coloca à sua disposição. Se o valor pagopela empresa à socieda<strong>de</strong> pelos recursos usados fosseo valor correcto (e muitas vezes não é!) nada mais<strong>de</strong>veria! Mas <strong>de</strong>ve! Deve em termos <strong>de</strong> emprego, emtermos <strong>de</strong> preservação ambiental e,sobretudo,em termosfiscais.3 - O principal factor é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptaçãoà evolução do ciclo <strong>de</strong> vida dos produtos e serviços,seja através da capacida<strong>de</strong> própria <strong>de</strong> inovação,seja através da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rápida endogeneizaçãodas mudanças tecnológicas e <strong>de</strong> característicasda procura. PUBMAIORES40 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASOPINIÃO RENÉ A. CORDEIROPAULO FIGUEIREDO, DIÁRIO ECONÓMICO«A INOVAÇÃO, PARA SEREFICAZ, DEPENDE DAESTRATÉGIA GLOBAL»Foi-me pedido um artigo <strong>de</strong> opinião sobre oconceito <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> empresa, a <strong>de</strong>smistificação doconceito <strong>de</strong> inovação, os factores que <strong>de</strong>terminama longevida<strong>de</strong> das empresas e a importância daestratégia enquanto matéria transversal a estesassuntos. E como a extensão que me conce<strong>de</strong>m écurta, sugiro ao leitor que queira ler o tema tratadomais profundamente que consulte o nosso siteem Eventos/Estratégia & Inovação-Alguns Artigos/AGlobalização e a Produtivida<strong>de</strong>.O que é uma "gran<strong>de</strong> empresa"? Respostaconhecida: a que tem um volume <strong>de</strong> vendas superiora X e/ou um número <strong>de</strong> trabalhadores superiora Y. E como e quando chegar a essa dimensão?Aqui a resposta não é tão óbvia: todas asempresas começam "pequenas".Algumas em garagens.Pelo que a longevida<strong>de</strong> das empresas é factor<strong>de</strong>terminante para que elas atinjam a dimensãoque permita aquela classificação.E a longevida<strong>de</strong>das empresas introduz outro conceito, óbvio: o daperpetuida<strong>de</strong>. Isto é, as empresas existem, nesteconceito, não para fazerem dinheiro o mais rapidamentepossível e serem vendidas ou..., mas paraQualquer estratégia é um caminho que nos conduza realizar o que queremos, a ir para on<strong>de</strong>queremos: o Objectivo.terem vida longa. O que implica que se <strong>de</strong>senvolvam,que cresçam.Este <strong>de</strong>senvolvimento implica, por sua vez, aexistência <strong>de</strong> um Objectivo cuja prossecução conduzaao crescimento sustentável, isto é, "hoje eamanhã".De acordo com a nossa abordagem conceptual,este Objectivo é igual para todas as empresas:o âmbito dos produtos, clientes e mercadosfuturos, em que a natureza dos produtos é <strong>de</strong>terminantee sendo essa natureza <strong>de</strong> <strong>de</strong>z tipos diferentes.3. Estabelecido o Objectivo (primeira opção dagestão da empresa), há que estabelecer a EstratégiaGlobal do Negócio (segunda opção da gestão).Qualquer estratégia é um caminho que nos conduza realizar o que queremos, a ir para on<strong>de</strong> queremos:o Objectivo.Mas existem dois tipos <strong>de</strong> estratégia que convémter bem presentes: a Global e as Instrumentais.Aquela é invariável enquanto garantir o crescimentoda empresa-a sua perpetuida<strong>de</strong>. Estas sãovariáveis na medida em que servem aquela: mudamquando não contribuem positivamente para a estratégiaglobal. Daí que, embora qualquer estratégiaseja uma Rota-caminho estabelecido com baseem critérios pré-estabelecidos-a global nunca sealtera enquanto promover a prossecução do Objectivoque lhe está a montante. Tal não é sinónimo<strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z, mas da firmeza que permite e promovea acção, em alternativa à reacção, que promoveo estímulo, em alternativa à resposta ao estímulo.É esta firmeza que permite que os rumos que ascircunstâncias recomendam não afastem as empresasda prossecução do seu Objectivo <strong>de</strong> perpetuação,conduzindo-as irremediavelmente paraobjectivo <strong>de</strong>sconhecido, ou conhecido mas não<strong>de</strong>sejado. O segredo do sucesso resi<strong>de</strong> na constânciado propósito, constância que possibilita aconsistência das acções que é um dos atributospara que as organizações aprendam: interiorizeme acumulem o seu próprio conhecimento, cultivandoas aptidões que, controlando as relações <strong>de</strong>causa/efeito estratégicas globais do negócio, sãoimprescindíveis ao crescimento sustentável. E sóaquela constância permite a inovação necessáriae pertinente que mais não é do que a renovaçãodo Objectivo <strong>de</strong> perpetuação.Chegados à inovação (a renovação do objectivoda estratégia global), a sua gestão <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rartrês aspectos.O primeiro, o aspecto cultural: os hábitos, e ospreconceitos-típicos em qualquer organização-isolam-nosda mudança, permitindo-nos a noção, oua ilusão, <strong>de</strong> que mantemos um porto seguro e confortávelnum mar que flui e se agita permanentemente.O hábito, e bem mais o preconceito-quetêm que ver com o passado-po<strong>de</strong>m conduzir-nosa expectativas, a crenças, mas não ao conhecimentoe à compreensão das relações <strong>de</strong> causaefeitoestratégicas globais-que têm que ver com ofuturo.O segundo aspecto, o da necessida<strong>de</strong> da existência<strong>de</strong> metodologia para inovar. Confun<strong>de</strong>-semuito inovação com investigação. Esta é uma activida<strong>de</strong>com muitos momentos "solitários" enquantoaquela é (<strong>de</strong>ve ser) um processo intra-organização<strong>de</strong> permanente partilha <strong>de</strong> conhecimentosentre os formuladores das oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fru-MAIORES42 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASRENÉ A. CORDEIRO É ECONOMISTA E CONSULTOR,DESDE 1994, ENQUANTO MANAGING PARTNER DASTRATEGY PROCESS INTERNATIONAL - CONSULTORESEM ESTRATÉGIA E INOVAÇÃO.É PROFESSOR CONVIDADO DO ISCTE/OVERGEST,LEC-CIONANDO, DESDE 2000, O MÓDULO ESTRATÉGIA EINOVAÇÃO,NA PÓS-GRADUAÇÃO CONTROLO DE GES-TÃO E PERFORMANCE.É AUTOR DO LIVRO "ESTRATÉGIA", CO-AUTOR, COMMICHEL ROBERT, DAS EDIÇÕES PORTUGUESAS DOSLIVROS "SUPREMACIA ESTRATÉGICA, PURA & SIM-PLES" E "ESTRATÉGIA DE INOVAÇÃO DE PRODUTOS,PURA & SIMPLES".tos da inovação e os seus implementadores e executores.E porque <strong>de</strong>ve ser a inovação um processointra-organização?Para que a inovação seja eficaz, há que conhecerprévia e claramente o seu "que". Na medidaem que o que se inova é para o futuro, a inovação<strong>de</strong>ve referir-se ao Objectivo da Estratégia Globaloâmbito dos produtos, clientes e mercados futuros-edos processos para os obter, com mais oumenos contributos tecnológicos, renovando-o.Aqui chegados, e <strong>de</strong> acordo com a nossa abordagemà estratégia e ao instrumento conceptualque ela utiliza-a Força Condutora-, creio que ficaclaro que a Estratégia Global enquadra a inovaçãoou, se se preferir, que a inovação, para ser eficaz,<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da Estratégia Global.Estabelecido "o que" da inovação, esclareçamose atentemos no seu "como" em or<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>safiaros pressupostos e os preconceitos das organizações,maximizandoa sua probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sucesso.Sendo a inovação um processo, significa quetem inputs (com origem em fontes internas e externas),activida<strong>de</strong>s (com resultados esperados estabelecidos)e outputs (novos produtos para actuaise novos clientes, novos clientes e novos mercadospara produtos actuais).Por razões e objectivos <strong>de</strong> eficácia,os inputs internos(imperativos) <strong>de</strong>vem juntar os formuladores eos agentes da implementação e da comercializaçãodos frutos da inovação, amalgamando os conhecimentose experiências internos e, assim, enquadrari) a necessária informação sobre o mercado e,ii) osinputs externos (<strong>de</strong>signadamente da Universida<strong>de</strong>através<strong>de</strong> contributos <strong>de</strong> I&D e da criação <strong>de</strong> empresastecnológicas a sub-contratar) em or<strong>de</strong>m a queos resultados esperados das activida<strong>de</strong>s sejam produzidossob a sua responsabilida<strong>de</strong> e controlo.Tal significa transformar todas as fontes internasúteis, logo necessárias, em formuladores, facilitando-seassim (pela minimização das resistências)a concretização da inovação. O que implicaque esta ocorra com flui<strong>de</strong>z conduzida por um processocredível que pesquise fontes <strong>de</strong> criação <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ias, as transforme em conceitos <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s,os avalie, consi<strong>de</strong>rando permanentementeas <strong>de</strong>scontinuações dos produtos actuais a fazerou as alterações a concretizar relativamente àspriorida<strong>de</strong>s dos recursos a afectar, os <strong>de</strong>senvolvae, finalmente, os introduza no mercado e os comercializecom prévio estabelecimento da sua probabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> sucesso.O terceiro aspecto a ter em conta pela gestãoda inovação é o domínio das categorias dos frutosda inovação, a sua interligação ao objectivo daestratégia global e os consequentes efeitos queproduzem na rentabilida<strong>de</strong> do negócio e nas relações<strong>de</strong> lealda<strong>de</strong> com os clientes/utilizadores. Sãoessas categorias: produtos-novos-para-o-mercado,produtos-novos-para-nós, extensões <strong>de</strong> produtoe novos clientes/mercados.A longevida<strong>de</strong> das empresas cabe apenas noâmbito do controlo da sua gestão: as que o compreendame saibam actuar por si, porque o crescimentosaudável é um processo <strong>de</strong> auto-preservação.Ninguém cresce por nós.E assim po<strong>de</strong>remos replicar William Blake:"nenhum pássaro voa alto <strong>de</strong> mais se voar comas suas próprias asas". PUBMAIORES250 DISTRITO DE LEIRIA 43


EMPRESASOPINIÃO LUÍS MEDEIROS*QUE FUTURO PARAA AGRICULTURA?DRRespon<strong>de</strong>ndo ao <strong>de</strong>safio do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,começariapor <strong>de</strong>finir em linhas gerais qual o papel que aagricultura europeia terá no futuro: será uma agriculturaeconomicamente competitiva,ecológica e socialmentesustentável.As funções da agricultura não se circunscrevem àprodução <strong>de</strong> alimentos, fibras e energia, mas abrangemtambém a preservação <strong>de</strong> um tecido rural vivo,das paisagens rurais tradicionais, da biodiversida<strong>de</strong>,da protecção do ambiente, assegurando elevadospadrões <strong>de</strong> bem estar dos animais e <strong>de</strong> segurança alimentar,numa óptica <strong>de</strong> multifuncionalida<strong>de</strong>.As explorações agrícolas familiares têm um papelrelevante na preservação <strong>de</strong> um tecido rural vivo e sustentável.Oaumento da dimensão média das explorações,que reflecte, regra geral, acréscimos <strong>de</strong> eficiência,sobretudo nos produtos cuja competitivida<strong>de</strong> sebaseia no factor preço, <strong>de</strong>ve ser conciliável com políticas<strong>de</strong> preservação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> produção familiares,orientadossobretudo para a diferenciação baseadana valorização dos produtos tradicionais <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.56% da população europeia vive em zonas rurais.É por isso que a manutenção <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> ruralviva,sobretudo em zonas remotas e pouco povoadas,exige o estímulo ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s eserviços rurais, a fim <strong>de</strong> travar a migração das zonasrurais para as cida<strong>de</strong>s e preservar o património culturaleuropeu,reforçando a compreensão da populaçãoem geral para a importância da manutenção <strong>de</strong>ssesespaços rurais, que são, aliás, crescentemente procuradospela população urbana.Começaria por <strong>de</strong>finir em linhas gerais qual opapel que a agricultura europeia terá no futuro:será uma agricultura economicamente competitiva,ecológica e socialmente sustentávelNo entanto, as políticas agrícolas não assegurampor si só a viabilida<strong>de</strong> das socieda<strong>de</strong>s rurais, sendonecessária a articulação com as políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoregional, no sentido da diversificação dasactivida<strong>de</strong>s económicas em meio rural, geradoras <strong>de</strong>emprego local.O processo <strong>de</strong> reforma da PAC e as negociaçõesem curso da OMC, conjugam-se assim para:Acelerar o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>smantelamento das medidas<strong>de</strong> suporte <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> mercados;Alargar à totalida<strong>de</strong> dos produtos agrícolas o mo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong> <strong>de</strong>sligamento das ajudas à produção;Diversificar e reforçar as medidas <strong>de</strong> âmbito agroambientale agro-rural,reforçando assim o 2.º pilar daPAC, o <strong>de</strong>senvolvimento rural.Que lugar para a Política Agrícola Nacional nestecontexto ?Apesar dos notórios progressos em termos tecnológicos,namo<strong>de</strong>rnização das explorações e unida<strong>de</strong>sindustriais, na construção <strong>de</strong> aproveitamentos hidroagrícolase, em consequência, do aumento da produtivida<strong>de</strong>dos factores, o acréscimo da riqueza geradaem termos <strong>de</strong> PIB ficou,infelizmente,aquém das expectativas.A política agrícola do Governo para os próximosanos procurará alterar este quadro,estabelecendo ummaior equilíbrio entre sectores,regiões e categorias <strong>de</strong>agricultores e elegendo a competitivida<strong>de</strong> e a sustentabilida<strong>de</strong>ambiental,como factores <strong>de</strong>terminantes do<strong>de</strong>senvolvimento agro-alimentar.Nesse sentido,foi apresentadoà Comissão Europeia um Plano Estratégicoque estabelece as priorida<strong>de</strong>s temáticas e territoriaispara o <strong>de</strong>senvolvimento agro-florestal nacional.A operacionalização do Plano Estratégico é efectuadaatravés <strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> DesenvolvimentoRural (2007 - 2013),para o qual o Governo Português<strong>de</strong>finiu os seguintes objectivos estratégicos:Eixo 1 - aumentar a competitivida<strong>de</strong> dos sectoresagrícola e florestal, apoiando estratégias que visemmelhorar o seu <strong>de</strong>sempenhoEixo 2 - melhoria do ambiente e do espaço ruralEixo 3 - melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida nas áreasrurais e estímulo à diversificaçãoEixo 4 - <strong>de</strong>senvolvimento da capacida<strong>de</strong> local paraa criação <strong>de</strong> emprego e <strong>de</strong> diversificaçãoEstima-se que, até 2013, ao abrigo <strong>de</strong>ste Programa,sejamefectuados investimentos nos domínios agrícola,florestal e agro-alimentar da or<strong>de</strong>m dos 6.800milhões <strong>de</strong> euros, partindo <strong>de</strong> uma contribuição daUnião Europeia <strong>de</strong> 500 milhões <strong>de</strong> euros anuais.Prevê-se que as candidaturas aos incentivos aoinvestimento possam ser apresentadas a partir do finaldo próximo mês <strong>de</strong> Outubro.A competitivida<strong>de</strong> da agricultura portuguesa assentaránas fileiras estratégicas, sem prejuízo do apoio aoutros sectores que revelem dinâmica competitiva. Aconsi<strong>de</strong>ração das fileiras do vinho, frutas e pro- ➭➭MAIORES44 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASLUÍS MEDEIROS VIEIRA É LICENCIADO EM FINAN-ÇAS PELO INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA.DE ENTRE AS FUNÇÕES GOVERNAMENTAIS EXER-CIDAS, DESTACAM-SE AS DE SECRETÁRIO DE ESTA-DO ADJUNTO, DA AGRICULTURA E DAS PESCAS DOXVII GOVERNO CONSTITUCIONAL; SECRETÁRIO DEESTADO DA AGRICULTURA DO XIV GOVERNOCONSTITUCIONAL; SECRETÁRIO DE ESTADO DOSMERCADOS AGRÍCOLAS E DA QUALIDADE ALI-MENTAR DO XIV GOVERNO CONSTITUCIONAL ESECRETÁRIO DE ESTADO DA MODERNIZAÇÃO AGRÍ-COLA E DA QUALIDADE ALIMENTAR DO XIII GOVER-NO CONSTITUCIONAL.➭➭ dutos hortícolas,azeite e floresta - representa claramenteuma forte aposta nos domínios on<strong>de</strong>,apesardas condições naturais <strong>de</strong> diferenciação associadas afactores climáticos, ambientais e <strong>de</strong> mercado, não seregistaram nas últimas décadas dinâmicas e uma evoluçãoproporcional com o seu potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.Por essa razão, serão privilegiados os investimentosequacionados numa lógica integrada,inseridosem Planos Estratégicos <strong>de</strong> Fileira, que prevejam intervençõesnos domínios da contratualização da produção,da inovação, da internacionalização e da qualificaçãodos recursos humanos,promovendo ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong>valor orientadas para o mercado,com elevados padrões<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> segurança alimentar.O sector agrícola registou uma transformação assinalável<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a a<strong>de</strong>são à CEE. Mo<strong>de</strong>rnizou-se, adaptou-sea uma nova realida<strong>de</strong>, registou crescimentossignificativos da produtivida<strong>de</strong> - os sectores do leite edo vinho po<strong>de</strong>m ser bons exemplos <strong>de</strong>ssa dinâmica -e apresenta actualmente níveis <strong>de</strong> profissionalismo,em muitos casos, próximos dos standards europeus.O sector do Leite é,como referi,um dos bons exemplos<strong>de</strong> integração do sector agro-alimentar portuguêsno espaço comunitário.Contrariando expectativas pessimistas,osprodutores,através das organizações cooperativas,evoluírampara uma gestão integrada e profissionalizada,construindo um grupo económico <strong>de</strong>dimensão europeia,garantindo,<strong>de</strong>ssa forma,um rendimentosustentável aos produtores associados e asustentabilida<strong>de</strong> do sector.A subida nos preços do leite,verificada nos últimostempos, tem a ver, essencialmente com 2 questões:por um lado, uma <strong>de</strong> natureza estrutural que reflecteo aumento da procura mundial, <strong>de</strong>vido ao acréscimo<strong>de</strong> consumo nas economias emergentes da China eda Índia. Por outro, as dificulda<strong>de</strong>s com a reposiçãodos efectivos leiteiros, <strong>de</strong>corrente das restrições nodomínio da saú<strong>de</strong> animal, impediram um ajustamentomais rápido da oferta às necessida<strong>de</strong>s da procura.Esta situação teve como consequência um aumentodos preços à produção,que este ano,atingiu cerca <strong>de</strong>25%, permitindo, <strong>de</strong>sta forma, uma melhoria do rendimentodos produtores.Os níveis <strong>de</strong> consumo aumentam,pelo que as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio são tambémcrescentes.A aposta do Governo em matéria <strong>de</strong> política agrícolarepresenta um compromisso <strong>de</strong> progresso para ofuturo, envolvendo trabalhadores rurais, industriais eoperadores agro-alimentares, reforçando as parceriasna fileiras orientadas para a qualida<strong>de</strong>, criando valorpara a economia agrícola, contribuindo para a aproximaçãodos rendimentos dos agricultores portuguesesaos seus congéneres europeus. * Secretário <strong>de</strong> Estado Adjunto da Agriculturae das PescasPUBMAIORES46 250 DISTRITO DE LEIRIA


INOVAÇÃOO ÚLTIMO REDUTODA COMPETITIVIDADEA inovação radical acontece apenas <strong>de</strong> formapontual nas organizações. Mas há umconjunto <strong>de</strong> pequenas inovações que po<strong>de</strong>msurgir amiú<strong>de</strong>. Basta um olhar diferente sobreas coisas.A inovação ocorre a diversos níveis: na área tecnológica- com novos produtos e processos - enos métodos <strong>de</strong> gestão, através da adopção <strong>de</strong>novas soluções <strong>de</strong> distribuição e logística, novasabordagens <strong>de</strong> marketing ou formas <strong>de</strong> financiamento.José Dantas, doutorado nas áreas <strong>de</strong> Inovaçãoe Estratégia, e docente na ESTG <strong>Leiria</strong>, apontaainda a inovação social, a que se pren<strong>de</strong> coma gestão das pessoas.«O gran<strong>de</strong> problema é ligar a inovação apenasàs gran<strong>de</strong>s empresas e valorizar somente a<strong>de</strong>signada inovação radical. A inovação que <strong>de</strong>ixao mercado boquiaberto acontece, sobretudo,nas empresas tecnologicamente evoluídas e surgeapenas excepcionalmente. É como acertar noEuromilhões», explica.Para inovar é preciso «pensar nas pequenascoisas. É o efeito cumulativo das pequenas inovaçõesque é <strong>de</strong>cisivo e distingue a empresa excelenteda medíocre», adianta.A inovação apresentasecomo um estado <strong>de</strong> espírito que <strong>de</strong>ve norteara vida da organização. Se não inovar, uma empresaque hoje está na linha da frente, daqui a doisanos po<strong>de</strong> estar fora do mercado.A inovação que ocorre com mais frequência éa <strong>de</strong> processo. Lamentavelmente, é a que nãoacontece <strong>de</strong>ntro da organização, uma vez que setraduz, sobretudo, na aquisição <strong>de</strong> novos equipamentos.Mas até aí po<strong>de</strong> ir-se mais longe, personalizandoesses equipamentos. Caso contrário- adverte - a vantagem competitiva será pontuale temporária.No seio da organização, a inovação <strong>de</strong> produtoé, por norma, a mais ignorada, da mesma formaque é <strong>de</strong>scurada a que resultaria <strong>de</strong> um maior fomentodo potencial criativo das pessoas. «Continuamosa contratar pessoas para lhes extrair, essencialmente,o suor. Ora, o suor dos portugueses começaa ficar <strong>de</strong>masiado caro. O mercado está dispostoa pagar a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> origem, mas não emrelação à transpiração, que é semelhante em todolado. São os neurónios que permitem criar maiorvalor acrescentado», explica.AGENTES DE MUDANÇAGenericamente, fomenta-se a inovação valorizandoas pessoas, dando-lhes iniciativa, promovendoo espírito <strong>de</strong> equipa, incentivando o anticonformismoe a experimentação. «É preciso aceitara experimentação e o erro que daí <strong>de</strong>corre, levaras pessoas a questionar o status quo permanentemente»,salienta.Uma empresa que inova tem uma culturaempresarial distinta, um ambiente on<strong>de</strong> se promovea participação das pessoas que, ao seremvalorizadas, terão menor tendência ao acomodamento.Até porque «querem ter parte activa naorganização», reforça.QUANTIFICAR A INOVAÇÃOA inovação reflecte-se na produtivida<strong>de</strong>, naquota <strong>de</strong> mercado e ainda - «um problema crónicopara as empresas» - na satisfação do mercado.«As empresas ten<strong>de</strong>m a produzir o que têmcompetência para produzir, e <strong>de</strong>pois ficam à esperaque o mercado adira, quando i<strong>de</strong>almente a inovação<strong>de</strong>ve ter como génese o mercado», explica.O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos tem <strong>de</strong>ser feito em estreita ligação com o mercado, resultardas suas especificações, quer no que concernea funcionalida<strong>de</strong>s, quer ao nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,do <strong>de</strong>sign, dos preços. E, não esqueçamos, o mercadoestá em permanente mutação. «Só na inovaçãoradical é que o mercado é surpreendido»,salienta.IMITAR INOVANDOBasta relembrar que, em 2004, a China assumiua li<strong>de</strong>rança mundial na exportação <strong>de</strong> benstecnológicos, ou que registou 1700 patentes naEuropa, cerca <strong>de</strong> 80% das 19.000 registadas noseu país, para perceber que «é um erro, a todosos níveis», pensar que a China se limita a imitar.«On<strong>de</strong> estão as nossas patentes? ImitássemosInovar é... «Reconstruir permanentementeo nosso futuro» José Dantasnós o que <strong>de</strong> melhor se faz e teríamos um longocaminho a percorrer. Por outro lado, como é óbvio,a China consegue competir imitando porque temmão-<strong>de</strong>-obra barata, tal como nós fizemos atéMAIORESEMPRESAS48 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASTRÊS QUESTÕES PARA PERCEBERSE É UM AGENTE DE MUDANÇA1 - A MINHA EMPRESA É COMPETITIVA? COM OVIZINHO DO LADO OU NO MERCADO GLOBAL?2 - SE NÃO MUDAR NADA, DURANTE QUANTO TEM-PO CONSIGO "TER A PORTA ABERTA"?3 - QUANTAS SUGESTÕES DE INOVAÇÃO RECEBOPOR ANO DOS COLABORADORES, QUANTAS DEBA-TO E QUANTAS IMPLEMENTO?per<strong>de</strong>rmos essa vantagem relativa», explica.Perante esse facto só nos resta uma saída:criar maior valor para o mercado, através do <strong>de</strong>sign,da marca, da logística, da investigação e do <strong>de</strong>senvolvimento.«Temos produtores <strong>de</strong> calçado portugueses,por exemplo, que já não estão a "jogar"com os chineses. Para pagar melhor aos "jogadores"temos <strong>de</strong> subir <strong>de</strong> divisão», exemplifica.CULPAR A POLÍTICA«É CHUTAR PARA O LADO»Falar <strong>de</strong> política em questões que se pren<strong>de</strong>mcom a inovação é «chutar para o lado». Quandose fala <strong>de</strong> inovação <strong>de</strong>ve dizer-se «nós fizemos,tentámos, pena não haver mais apoios. Nunca oinverso. Não faz sentido criticar a falta <strong>de</strong> apoiospara justificar a nossa inércia», comenta.O que há <strong>de</strong> diferente nos países que hoje se<strong>de</strong>stacam a nível <strong>de</strong> inovação é, seguramente, aformação dos empresários. «O empresário queinova é alguém que é lí<strong>de</strong>r e estratega, pensa amédio prazo, assume riscos, está atento às novasoportunida<strong>de</strong>s e afirma-se como agente <strong>de</strong> mudança.A longevida<strong>de</strong> hoje só é possível através dainovação», <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>.Por outro lado, os gestores que castram a inovaçãosão os que «estão mais preocupados emgerir custos, do que em gerar proveitos», explica.O bloqueio à inovação verifica-se quando a formaçãodo gestor é débil. «Alguém sólido em <strong>de</strong>terminadaárea está disponível para discutir outrospontos <strong>de</strong> vista. Não se sente ameaçado. É umvelho problema, resultado da falta <strong>de</strong> formaçãoescolar e profissional», refere.Neste campo, o Instituto Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>tem uma palavra a dizer, «como <strong>de</strong>monstra o seuempenho na dinamização da investigação e subsequentetransferência dos resultados para o tecidoempresarial e os seus planos no âmbito daformação e qualificação», salienta, relembrandoa li<strong>de</strong>rança do IPL nos Cursos <strong>de</strong> EspecializaçãoTecnológica, frequentados por cerca <strong>de</strong> 650 pessoas,número que atingirá cerca <strong>de</strong> 1.500 coma eminente abertura <strong>de</strong> novos cursos. PUBMAIORES250 DISTRITO DE LEIRIA 49


INOVAÇÃO PATENTESGARANTIREXCLUSIVIDADERegistar uma patente é garantir exclusivida<strong>de</strong>quando guardar segredo não chega para protegera invenção. Um direito recente que ganhouimportância quando duplicar produtos se tornoufácil. A Revolução Industrial <strong>de</strong>u um fortecontributo.Dentro da proprieda<strong>de</strong> industrial, existe um conjunto<strong>de</strong> instrumentos legais para proteger produtos e invenções.Amarca protege o nome <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado produtoou serviço,distinguindo-os <strong>de</strong> outros,ainda quesimilares,pertença <strong>de</strong> outras empresas.A patente,porseu lado,é um mecanismo legal <strong>de</strong> protecção <strong>de</strong> umainvenção por um período <strong>de</strong> 20 anos.«Trata-se <strong>de</strong> umacordo <strong>de</strong> monopólio com o inventor, que em trocadivulga a sua investigação à socieda<strong>de</strong>. Esta condiçãoassenta no pressuposto <strong>de</strong> que ao divulgar oconhecimento o inventor contribui para o avanço daciência»,explica Eugénio Lucas,doutorado em Patentese docente na ESTG <strong>Leiria</strong>.Um produto,ou processo,objecto <strong>de</strong> patente tem <strong>de</strong>ser novo e ter subjacente uma activida<strong>de</strong> inventivacom aplicação industrial,que se possa replicar numafábrica. «Uma coisa é uma <strong>de</strong>scoberta, outra é umainvenção», explica. Mas o conceito não é universal.Enquanto nos Estados Unidos o software po<strong>de</strong> serprotegido com patente,na Europa não é possível fazêlo.«É a essência que está em causa.A questão quese coloca é se o conjunto <strong>de</strong> zeros e uns <strong>de</strong> que dácorpo ao software é patenteável», explica.Antes <strong>de</strong> avançar para o processo <strong>de</strong> patenteamentoconvém fazer uma pesquisa do "estado daarte" naquela área para verificar se já existe a patenteem causa. Nesse caso, não há interesse em continuaro processo, até porque a patente tem uma vertentepatrimonial, um direito inerente que po<strong>de</strong> ser adquirido.«Oinventor po<strong>de</strong> ter alguém a explorar a sua patenteem países distintos», exemplifica.O registo <strong>de</strong> uma patente envolve um trabalho rigorosoe muito técnico. «O empresário po<strong>de</strong> fazer umaprimeira pesquisa,mas <strong>de</strong>ve ser acompanhado por umtécnico e um jurista na área industrial. A redacção dapatente tem <strong>de</strong> ser muito bem elaborada, para que aconcorrência não consiga tirar partido <strong>de</strong> eventuaislacunas», adverte. O registo é submetido a aprovaçãoe envolve um complexo processo <strong>de</strong> análise, o que écompreensível «aten<strong>de</strong>ndo ao investimento envolvidono processo inventivo e no próprio registo», explica.PROTECÇÃO A DIVERSOS NÍVEISA patente <strong>de</strong>ve ser pedida no mercado on<strong>de</strong> sepreten<strong>de</strong> proteger o produto, o que aumenta a complexida<strong>de</strong>do processo. Enquanto nos Estados Unidosexiste uma patente única para os 50 Estados,na Europao pedido po<strong>de</strong> ser feito em conjunto para os 27 países,é concedido pelo Instituto Europeu <strong>de</strong> Patentes(IEP),mas após a sua concessão as patentes são regidaspelas diferentes legislações nacionais e pelas disposiçõesda Convenção da Patente Europeia.«A patente comunitária viria resolver este problema.Éuma questão que se tem vindo a <strong>de</strong>bater.Emboraa patente represente apenas um instrumento numprocesso que envolve empresas,universida<strong>de</strong>s e incentivosfiscais,a complexida<strong>de</strong> inerente acaba por ser umdos factores <strong>de</strong> atraso na inovação e I&D», explica.A abertura dos mercados trouxe um acréscimo doPEDIDOS DE PATENTESANO PORTUGAL LEIRIA2002 130 12003 127 32004 121 72005 159 72006 184 5Fonte INPI; Pedidos da Via Nacional feitos por resi<strong>de</strong>ntespedido <strong>de</strong> patentes a nível mundial, feito através doPatente Cooperation Treaty,um acordo firmado a nívelinternacional, entre os principais países do mundo.Aresposta continua a ser individual.INOVAÇÃO PROTEGIDA POR SEGREDOSegundo Eugénio Lucas, em 50% dos mecanismos<strong>de</strong> produção da empresa, a inovação é protegidaapenas pelo segredo. «A empresa só protege ainvenção quando <strong>de</strong>sconfia que é imitável. A protecçãopor segredo é ainda muito significativa».A patente afirma-se como um direito recente.Nãoexistia no direito romano e só ganha relevância com aRevolução Industrial. «A partir <strong>de</strong>ssa altura as patentescresceram muito.Só há interesse em proteger quandoa duplicação dos produtos é fácil», garante.Inovar é... «É o impulso fundamental quecoloca e mantém em movimento a engrenagemda economia» - Joseph SchumpeterPo<strong>de</strong>rá inferir-se que os países que registam maiornúmero <strong>de</strong> patentes são os que mais inovam? Nãonecessariamente. É um assunto que gera controvérsia.Enquanto uns acreditam que a patente promovea I&D,outros <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que favorece o monopólio.«Averda<strong>de</strong> é que é os países mais <strong>de</strong>senvolvidos, comelevados níveis <strong>de</strong> I&D,têm um bom sistema <strong>de</strong> patentes»,afirma. MAIORESEMPRESAS50 250 DISTRITO DE LEIRIA


ENTREVISTA RUI PEDRO BROGUEIRA,DIRECTOR-GERAL DA GARVALGARVAL FACILITAO ACESSO DAS PMEAO CRÉDITOA Garval é uma Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Garantia Mútuaque, através da emissão <strong>de</strong> garantias em nomedas Pequenas e Médias Empresas, assegura ocumprimento <strong>de</strong> compromissos assumidos perantebancos ou clientes. As empresas po<strong>de</strong>m assimbeneficiar <strong>de</strong> muitas vantagens, entre elas, oequilíbrio da sua estrutura financeira.Quais as vantagens que as empresas têm aorecorrer às Socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Garantia Mútua, comoa Garval?As Socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Garantia Mútua (SGM) são Instituições<strong>de</strong> Crédito que,através da emissão <strong>de</strong> garantiasem nome das Pequenas e Médias Empresas (PME)asseguram o cumprimento dos compromissos assumidosperante terceiros e que,entre outros,po<strong>de</strong>m serBancos ou clientes. As empresas que recorrem à GarantiaMútua beneficiam <strong>de</strong> algumas vantagens, <strong>de</strong>stacando-seo menor custo das operações,a redução dasgarantias a prestar no caso <strong>de</strong> financiamentos,a obtenção<strong>de</strong> condições <strong>de</strong> reembolso e prazo a<strong>de</strong>quado àsnecessida<strong>de</strong>s da empresa,bem como o apoio na negociaçãojunto dos bancos e usufruto dos protocolosestabelecidos entre estes e as SGM.Concretamente, como é possível garantirem-secondições mais favoráveis na obtenção <strong>de</strong> financiamento?A intervenção da Garval facilita o acesso das PMEao crédito,a<strong>de</strong>quando os financiamentos e o prazo àsactuais necessida<strong>de</strong>s das empresas (investimento,tesouraria, internacionalização). Permite a diminuiçãodas garantias a prestar pelas empresas e pelos seusDRpromotores, a melhoria das condições <strong>de</strong> custo e oaumento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> endividamento das empresas,bemcomo libertar plafonds bancários para a obtenção<strong>de</strong> crédito. Ao trabalhar com prazos <strong>de</strong> financiamentoa<strong>de</strong>quados às necessida<strong>de</strong>s, as empresasconseguem equilibrar e a<strong>de</strong>quar a sua estrutura financeira.Ao garantir uma parte dos financiamentos, porregra 75%,tratando-se <strong>de</strong> empréstimos a mais <strong>de</strong> trêsanos,reduzem o risco dos bancos,possibilitando umaredução do nível <strong>de</strong> custos financeiros.A Garval tambémemite outros tipos <strong>de</strong> garantias necessárias àactivida<strong>de</strong> empresarial, nomeadamente, GarantiasFinanceiras <strong>de</strong> bom pagamento, Garantias Técnicas,no âmbito do cumprimento e boa execução <strong>de</strong>contratos, Garantias ao Estado exigidas pela AdministraçãoPública Central e Local e Garantias a Sistemas<strong>de</strong> Incentivos.A Garval tem protocolos com a maioria dos bancos.Existem vantagens nessas parcerias?No caso das garantias a financiamentos, a Garvalconta com Protocolos assinados com os principaisBancos (BPI,Millennium BCP,BES,CGD,Santan<strong>de</strong>r Totta,Montepio,Barclays,CCAM,BPN,BPP).Estesprotocolosvisam agilizar processos e facilitar o contacto comas empresas.Tanto os bancos como as empresas têmvantagens nestas parcerias.Os bancos beneficiam dapartilha <strong>de</strong> risco nas operações,a Garval garante entre50 e 75% dos financiamentos e a articulação entreestes e a Garval é realizada <strong>de</strong> forma simplificada,existindomaior celerida<strong>de</strong> no prazo <strong>de</strong> resposta. As empresasbeneficiam do facto do pricing das operações estarprotocolado, obtendo assim melhores condições <strong>de</strong>preço junto do Banco e SGM.O programa Finicia, em parceria com as câmarasmunicipais, é consi<strong>de</strong>rado uma nova janela <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s às micro e pequenas empresas dosrespectivos concelhos. Como funciona?Este eixo do programa Finicia <strong>de</strong>stinado a iniciativasempresariais <strong>de</strong> interesse regional caracteriza-sepor se tratar <strong>de</strong> parcerias entre municípios,Garval, bancos,Associações Regionais e IAP-MEI, procurando promover características diferenciadoraspara as empresas num âmbito local, noacesso ao crédito em condições <strong>de</strong> custo mais favoráveis.Osfundos <strong>de</strong> apoio a este programa são criadosatravés da participação financeira conjunta doMunicípio ou outra entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relevante intervençãoregional e um banco a<strong>de</strong>rente. No que diz respeitoàs condições <strong>de</strong> financiamento é <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacarque o período <strong>de</strong> reembolso po<strong>de</strong> ir <strong>de</strong> três a seisanos, com o máximo <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> carência <strong>de</strong>capital. O financiamento po<strong>de</strong> ir até ao limite <strong>de</strong>45 000 por projecto, sendo que 20% <strong>de</strong>ste financiamentoé assegurado pelo respectivo Município.Os restantes 80% são assegurados pelo banco a<strong>de</strong>rente,com garantia da Garval no montante <strong>de</strong> 75%<strong>de</strong>ste financiamento. No distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> a Garvalpossui protocolos assinados nos concelhos <strong>de</strong> Alcobaça,Bombarral,Penichee Óbidos,sendo que outrosse seguirão em breve, à medida que novos municípiosforem a<strong>de</strong>rindo a esta iniciativa.Cada vez surgem mais jovens empresários nomercado.Existem instrumentos especiais para apoiaros seus projectos?A Garval conta com o Programa FINICIA, que surgepor iniciativa do IAPMEI e tem como objectivo facilitaro acesso ao financiamento pelas empresas <strong>de</strong>menor dimensão, que tradicionalmente apresentammaiores dificulda<strong>de</strong>s na sua ligação ao mercado financeiro.O Programa Finicia possui três eixos <strong>de</strong> intervenção,conjugando dois instrumentos financeiros(garantia mútua e capital <strong>de</strong> risco) e está <strong>de</strong>senhadopara o apoio ao ciclo <strong>de</strong> vida inicial das empresas.Ainda<strong>de</strong>ntro do âmbito do Finicia,a Garval dispõe <strong>de</strong> ProtocolosEspecíficos junto <strong>de</strong> bancos, que asseguramo financiamento <strong>de</strong> pequenos projectos <strong>de</strong> investimento,através <strong>de</strong> estruturas a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> financiamentopor capital próprio e/ou por capital alheio. MAIORESEMPRESAS52 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASPAINEL INOVAÇÃO1 - O que é para si inovar?2 - Quais os principais obstáculos à inovação?3 - Como fomenta a inovação na empresa/organização?4 - Aponte o processo <strong>de</strong> inovação mais importante em que esteveenvolvido.DRDRRUI TOCHADIRECTOR-GERAL DO CENTIMFE1 - Defendo o conceito <strong>de</strong> Inovação preconizadapelo economista Joseph Schumpeter (1883-1950), tão antiga como actual, em que o progressoeconómico resulta da dinâmica criadora epermanente do empresário inovador que exploravantagens económicas das suas invenções, atéque os seus lucros sejam apropriados pelos seusimitadores concorrentes. Para mim, Inovar é fazerdiferente com vantagem económica.2 - O ser humano é por natureza resistenteà mudança e, como tal, necessita <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>resmobilizadores.A Inovação "cultiva-se" e é necessárioestimulá-la <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o "berço". Obstáculos àInovação enquadram a falta <strong>de</strong> ambiente criativo,a não valorização dos recursos humanos,o espírito não cooperativo, a "miopia" no mercado,a falta <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong> dos Sistemas <strong>de</strong>Inovação, a confusão permanente entre "Invenção"(i<strong>de</strong>ia) e "Inovação" (rentabilização dasi<strong>de</strong>ias), o autocentrismo, a falta <strong>de</strong> tecnólogosnas organizações, a indisciplina organizacional,a não recompensa ou falta <strong>de</strong> reconhecimentodos que ousam.3 - No Centimfe a tarefa está muito facilitada,pois trata-se <strong>de</strong> um Centro Tecnológico, on<strong>de</strong> aInovação é uma função central e prioritária.A antecipação<strong>de</strong> tendências e <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Mercado,promove a Inovação, obrigando-nos a umapolítica <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento baseada no estímuloà criativida<strong>de</strong> e ao trabalho em re<strong>de</strong>; ao incentivoà formação e qualificação do "capital conhecimento";à avaliação e reconhecimento efectivodos mais empreen<strong>de</strong>dores; à promoção <strong>de</strong> umacultura <strong>de</strong> Missão e <strong>de</strong> exigência no apoio àsempresas.4 - O Centimfe é um verda<strong>de</strong>iro "viveiro" <strong>de</strong>exemplos nesta matéria. Destacaria dois processosque consi<strong>de</strong>ro estratégicos: a introdução e o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> prototipagemrápida, em Portugal. A criação da Re<strong>de</strong> Nacional<strong>de</strong> Prototipagem Rápida permitiu que hoje Portugalseja uma referência nesta área a nível internacional.Acriação no último ano e meio, <strong>de</strong> mais<strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong> NITECs - Núcleos <strong>de</strong> Investigaçãonas Empresas, ressalta um assumir claro<strong>de</strong> que a Inovação está a assumir crescentementeum papel central nas empresas e prospectivauma melhoria dos níveis <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> nospróximos anos. CARLOS ZORRINHOCOORDENADOR NACIONAL DA ESTRATÉGIADE LISBOA E PLANO TECNOLÓGICO1 - Inovar é criar valor fazendo diferente. O objectoda inovação po<strong>de</strong> ser muito diverso, mas os ingredientesnecessários são estáveis e permanentes. AInovação pressupõe criativida<strong>de</strong>, utilida<strong>de</strong> e risco.2 - A inovação implica uma atitu<strong>de</strong> favorável aorisco e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lidar com a complexida<strong>de</strong> ea incerteza. O maior obstáculo à inovação é o predomínioda norma e dos mo<strong>de</strong>los tradicionais, sobretudoquando se impõem através <strong>de</strong> racionalida<strong>de</strong>s conservadorase coercivas.3 - Inovar implica confiar e arriscar. A confiançaprecisa <strong>de</strong> conhecimento para se consolidar. O riscoimplica reconhecimento e recompensa. Uma organizaçãoinovadora é uma organização aberta ao sabere à partilha <strong>de</strong> sucessos e <strong>de</strong> insucessos.4 - O Plano Tecnológico é uma agenda profundamenteinovadora, porque se baseia numa nova abordagemda acção política em Portugal,transversal,partilhadae ambiciosa.É,sem dúvida,pelo seu contexto<strong>de</strong> forte complexida<strong>de</strong> criativa, o processo <strong>de</strong> inovaçãomais <strong>de</strong>safiante que já enfrentei. MAIORES54 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASVICTOR OLIVEIRAADMINISTRADOR DO GRUPO VANGEST1 - O ambiente <strong>de</strong> crescente competitivida<strong>de</strong>,que se vive na socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna, exige um esforçocada vez maior para que consigamos conquistara confiança dos nossos clientes. Essa confiançasó po<strong>de</strong> conseguir-se se chegarmos a serrelevantes e diferenciadores, algo que obriga aum esforço constante <strong>de</strong> antecipação aos movimentosque agitam o mercado. Este processo,assente num constante exercício <strong>de</strong> benchmarking,está na base daquilo que consi<strong>de</strong>ro ser inovação.2 - Um dos aspectos que hoje i<strong>de</strong>ntifico comoobstáculo ao processo <strong>de</strong> inovação é a incapacida<strong>de</strong>que, <strong>de</strong> uma forma geral, existe nas Universida<strong>de</strong>sPortuguesas para dar resposta àsnecessida<strong>de</strong>s concretas ao nível da investigaçãofundamental, orientada para as necessida<strong>de</strong>sempresariais.A relação entre o meio empresariale o meio académico <strong>de</strong>veria ser hoje um fortecatalisador do processo <strong>de</strong> inovação.3 - A inovação é um processo constante, queexige o envolvimento <strong>de</strong> todos sem excepção. Aexistência <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> incentivo a i<strong>de</strong>iasinovadoras é uma das formas com que procuramosfomentar a intervenção activa <strong>de</strong> todos oscolaboradores da empresa. É curioso constatarque más i<strong>de</strong>ias, ou até mesmo erros, po<strong>de</strong>m estarna base <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s inovações.4 - O processo <strong>de</strong> inovação mais importante emque estive e continuo a estar envolvido,chama-se GrupoVANGEST.O caminho percorrido ao longo dos nossosprimeiros 20 anos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> tem sido <strong>de</strong> constanteinovação,na medida em que temos conseguidoconjugar a multidisciplinarida<strong>de</strong> que caracteriza asnossas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma a projectar e <strong>de</strong>senvolvernovos e irreverentes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio com osucesso e a visibilida<strong>de</strong> que o mercado atesta. Setivesse que particularizar e eleger algum dos inúmerosprocessos <strong>de</strong> inovação em que estivemos envolvidos,referiria por exemplo o movimento irreverenteque levou uma pequena empresa <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s da MarinhaGran<strong>de</strong> a tornar-se num fornecedor GLOBAL reconhecidopor gran<strong>de</strong>s multinacionais ao nível do <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> Software. PUBMAIORES250 DISTRITO DE LEIRIA 55


olhos o acto <strong>de</strong> inovar.Isto reflecte-se <strong>de</strong>pois na escassez<strong>de</strong> instrumentos financeiros disponíveis para o fazer.É preciso aceitar que as empresas possam falhar <strong>de</strong>vez em quando, e os instrumentos financeiros <strong>de</strong>vemreflectir abertura à assunção <strong>de</strong> risco. Entre nós existeuma inovação que, por ser castrada à nascença, émuito conservadora.JOSÉ VALENTEDIRECTOR-GERAL DA IBER-OLEFF1 - Para nós, inovar é uma activida<strong>de</strong> intrínsecado negócio.Tal como a qualida<strong>de</strong>,a inovação é absolutamentenecessária para o <strong>de</strong>senvolvimento e sustentabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> qualquer empresa. Tentando <strong>de</strong>finirInovar diria: FAZER DIFERENTE, MELHOR, MAIS RÁPI-DO,MAIS FIÁVEL,COM MENOR CUSTO,MELHOR MAR-GEM E COM VANTAGENS PERCEPTÍVEIS PARA A EMPRE-SA E PARA O CLIENTE.2 - Inovar resulta fundamentalmente da atitu<strong>de</strong>das pessoas. Nas empresas, tem a ver com a CUL-TURA da ORGANIZAÇÃO e a forma como é assumidae difundida no seu interior. MUDAR interfere coma CULTURA E VALORES das pessoas.INOVAR é MUDARem CONTÍNUO.Se não estimularmos e dinamizarmosna organização uma atitu<strong>de</strong> permanentemente inovadora,osobstáculos serão mais que muitos.É importanteque o espírito e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovar estejapresente em toda a envolvente,nas empresas,na suaenvolvente externa, social, política e económica.3 - No nosso sector, não temos alternativa.Todostêm necessariamente <strong>de</strong> ter essa atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvidanas organizações,nas pessoas.Investimos em contínuona formação e na dinâmica <strong>de</strong> grupos.Isto permite-nosdisseminar e <strong>de</strong>senvolver esta atitu<strong>de</strong>. Onosso mercado, não nos dá qualquer outra chance.A sua agressivida<strong>de</strong> obriga a inovar.A inovação é apenasmais um dos nossos processos. Estão constituídasequipas específicas para isso.4 - Tenho tido a sorte <strong>de</strong> ter estado envolvido eparticipado em vários processos <strong>de</strong> inovação/inovadores.O maior <strong>de</strong>les todos mantém-se: a instalação,implementação e <strong>de</strong>senvolvimento da Iber-Oleff. Otrigger <strong>de</strong>ste projecto foi, e continua a ser, a capacida<strong>de</strong>inovadora dos accionistas ao <strong>de</strong>sejarem que fossediferente.Fosse inovador.O processo <strong>de</strong> inovação,como qualquer outro, tem um princípio, QUERER! Épreciso querer,para se inovar.Depois é necessário participar,consolidar e apoiar em continuida<strong>de</strong>. PAULO SILVADIRECTOR-GERAL DA PLASDAN1 - Inovar é criar valor. Tem <strong>de</strong> ser um actocontinuado no tempo e ter o mercado como foco.A inovação <strong>de</strong>ve ser a justa medida da sobrevivênciadas empresas que, através da acção criativa,multiplicam a riqueza no mercado.2 - Os principais obstáculos são culturais. A ligaçãoao mercado envolve uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> risco, e se asocieda<strong>de</strong> não está preparada para o risco, nenhumdos agentes - bancos,Estado,empresas - vê com bonsANTÓNIO CUNHAPRESIDENTE DA ESCOLA DE ENGENHARIADA UNIVERSIDADE DO MINHO1- Desenvolver e implementar novas soluções paraprodutos ou sistemas, capazes <strong>de</strong> aportarem valoracrescentado aos respectivos processos ou produtos.3 - Estando atento às necessida<strong>de</strong>s dos clientese procurando que essa observação tenha efeitospráticos com o <strong>de</strong>senvolvimento dos melhoresprodutos. Criando nos agentes que po<strong>de</strong>minovar condições para assumir risco e <strong>de</strong>senvolvendo,em simultâneo, mecanismos <strong>de</strong> controlo<strong>de</strong>sse risco. Se falharem sabem que po<strong>de</strong>m tentar<strong>de</strong> novo, mas também <strong>de</strong>vem saber quandoanular o acto criador. É preciso especificar o tempoe o custo da inovação. O gran<strong>de</strong> segredo ésaber quando se <strong>de</strong>ve abandonar.4 - Das seis patentes registadas, <strong>de</strong>stacariao <strong>de</strong>senvolvimento do Cframe, que permite aosmol<strong>de</strong>s rodar do eixo vertical, e o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> produtos na área das energias renováveis -painéis solares térmicos. 2 - A inexistência <strong>de</strong> um ambiente propício à inovação.O processo <strong>de</strong> inovação resulta da existência<strong>de</strong> uma necessida<strong>de</strong> (normalmente originada por lógicas<strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>) à qual se respon<strong>de</strong> pela combinação<strong>de</strong> conhecimento e <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>.O conhecimentodos processos em causa (tecnológicos ounão) e das especificações dos seus clientes, ou utilizadores,éfundamental.De facto,esse conhecimentotem <strong>de</strong> estar integrado e contextualizado sobre a forma<strong>de</strong> saber.A criativida<strong>de</strong> é uma atitu<strong>de</strong> induzida pelopensamento crítico e pelo cruzamento <strong>de</strong> experiências.Defacto,no contexto actual,muito inovações sãoconseguidas à custa da integração <strong>de</strong> tecnologias muitodiferenciadas.3- Promovendo os factores referidos anteriormente.O conhecimento, como base do processo, <strong>de</strong>ve serintegrado pela organização em saberes específicos.Oespírito crítico <strong>de</strong>ve ser incentivado (p.ex.,com grupos<strong>de</strong> trabalho multidisciplinares). A <strong>de</strong>finição clara <strong>de</strong>objectivos ou metas que <strong>de</strong>vem ser alvo do esforço <strong>de</strong>inovação.4 - O projecto e arranque da Inteplástico,MarinhaGran<strong>de</strong> (1990 a 92). O <strong>de</strong>senvolvimento da botija <strong>de</strong>gás Pluma (2005). O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um componentepara interior <strong>de</strong> automóvel em compósito poliméricobio<strong>de</strong>gradável (2006). A produção industrialda primeira micropeça injectada em 2 materiais (primeiraprodução a nível mundial - 2006). MAIORESEMPRESAS56 250 DISTRITO DE LEIRIA


SOLUÇÕESDE CONFIANÇAO negócio dos Equipamentos Para Obras Públicas iniciou-se em1982 na MOVICORTES. O <strong>de</strong>senvolvimento da activida<strong>de</strong> e oselevados níveis <strong>de</strong> exigência do mercado, levaram a criar a MOVI-TER em 1989, como empresa especializada no sector.A MOVITER foi evoluindo com o mercado, ganhando o reconhecimento<strong>de</strong> fornecedores e clientes pela sua vitalida<strong>de</strong> e organização.Hoje, a empresa representa marcas da maior notorieda<strong>de</strong>,quer ao nível da Movimentação <strong>de</strong> Terras, quer da Construção eConservação <strong>de</strong> Estradas, como também no sector da Demolição,Reciclagem e Britagem, assumindo-se como lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mercado emvários segmentos da sua activida<strong>de</strong>.GRUPO MOVICORTESDo mercado nacional a empresa esten<strong>de</strong>u-se a Espanha e África,preparando-se para operar nos países <strong>de</strong> língua portuguesa e noutros<strong>de</strong>ste continente.


ORGANIZAÇÃO OPERACIONALA MOVITER está, organizada por áreas <strong>de</strong> negócio, a partir dasmarcas e equipamentos que representa e das aplicações a que se<strong>de</strong>stinam.Para cada área, a empresa tem equipas especializadas e autónomas,que respon<strong>de</strong>m perante o cliente, na venda e no após-venda.MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃODE TERRAS:. Hitachi - escavadoras <strong>de</strong> rastos (minis, médias e gran<strong>de</strong>s), escavadoras<strong>de</strong> pneus, pás carregadoras, dumpers rígidos egruas <strong>de</strong> rastos. Mitsubishi Construction Equipment - motoniveladorasEscavadoras Hitachi. Empresa - Irmãos Abreu Henriques, LdaPá <strong>de</strong> rodas Hitachi ZW. Empresa - J.J.R. & Filhos, S.A.Escavadora Hitachi ZX350-3. Empresa - Fassalusa, Lda


MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE CONSTRUÇÃOE CONSERVAÇÃO DE ESTRADAS:. Wirtgen - fresadoras, recicladoras/estabilizadoras <strong>de</strong> solos, centraismóveis <strong>de</strong> reciclagem mineradoras <strong>de</strong> superfície eacabadoras <strong>de</strong> cofragens. Vögele - pavimentadoras <strong>de</strong> rastos e <strong>de</strong> rodas, mesas <strong>de</strong> compactaçãoe alimentadores móveis. Hamm - cilindros <strong>de</strong> compactação <strong>de</strong> asfalto e <strong>de</strong> terrasMÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE DEMOLIÇÃO,RECICLAGEM E BRITAGEM. Sandvik/Fintec - britadores e crivos móveis. MFL - britadores móveis. NPK - martelos hidráulicos, tesouras <strong>de</strong> <strong>de</strong>molição, pinças, placas<strong>de</strong> compactação e bal<strong>de</strong>s <strong>de</strong> britagem. DNB - martelos hidráulicosMÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ‘COMPACT LINE’:. Hitachi - mini-escavadoras. Hamm - cilindros <strong>de</strong> compactação. Fiori - autobetoneiras e mini-pás carregadoras. Mustang - skid-loa<strong>de</strong>rsFresadora Wirtgen W50. Empresa - Tecnovia S.A. Pavimentadoras Vögele. Empresa - MSF; Moniz da Maia Cilindro Hamm. Empresa - MSF; Moniz da Maia Serra & Fortunato -Serra & Fortunato - Empreiteiros S.AEmpreiteiros S.ACrivo móvel Sandvik/Fintec 542. Empresa - Avelino Farinha e Agrela, S.A. (AFA)Martelo NPK. Empresa - Irmãos Abreu Henriques, Lda


ORGANIZAÇÃO | ASSISTÊNCIA APÓS-VENDASEDE:. <strong>Leiria</strong> (Portugal)DELEGAÇÕES NACIONAIS. Lisboa, Porto, Beja e Funchal▲ Funchal▲ Porto● <strong>Leiria</strong> ▲ Madrid▲ Lisboa ●●▲ Beja● ●●DELEGAÇÕES INTERNACIONAIS. Centro e Sul <strong>de</strong> EspanhaMadrid. AngolaLuandaREDE DE CONCESSIONÁRIOSNO CENTRO/SUL DE ESPANHA. PAÍSES DA EUROPA DE LESTEHungria, Polónia, Roménia e BulgáriaCabo Ver<strong>de</strong>▲▲ Marrocos▲ Mauritânia▲ Senegal▲ Guiné-Bissau▲ Guiné▲ Mali. ÁFRICAMarrocos, Mauritânia, Mali, Senegal,Cabo Ver<strong>de</strong>, Guiné-Bissau, Guiné e Angola▲ Luanda - AngolaA MOVITER tem instalações em <strong>Leiria</strong>, Lisboa, Porto, Beja, Funchal, Madri<strong>de</strong> Luanda. Uma plataforma logística organizada e dotada <strong>de</strong> recursos humanose meios <strong>de</strong> apoio que permitem à empresa estar próxima dos clientese actuar com rapi<strong>de</strong>z e eficiência, na venda e no após-venda.No centro e sul <strong>de</strong> Espanha, on<strong>de</strong> a empresa tem a representação exclusivados produtos Hitachi, a distribuição é assegurada por concessionários,que garantem uma cobertura efectiva da sua região.A presença em alguns dos principais mercados <strong>de</strong> África é também umarealida<strong>de</strong> para a MOVITER. Para apoiar os clientes portugueses que aí operam,mas também porque a direcção da empresa acredita na dinâmicadaqueles mercados. Além <strong>de</strong> Angola (Luanda), a MOVITER <strong>de</strong>senvolveactivida<strong>de</strong> em países como: Cabo Ver<strong>de</strong>, Senegal, Mauritânia, Marrocos eMali.SERVIÇO APÓS-VENDAUm Após-Venda organizado, flexível, rápido e eficiente, capaz <strong>de</strong> proporcionaro melhor serviço do mercado, é parte estruturante da MOVITER edo compromisso da empresa para com os clientes. Porque na MOVITER,tão importante como a qualida<strong>de</strong> dos equipamentos é a qualida<strong>de</strong> do serviçoapós-venda prestado aos clientes.Assistência técnicaO serviço <strong>de</strong> assistência técnica da MOVITER cobre todo o país, apartir das instalações <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Lisboa, Porto e Funchal e é feito portécnicos qualificados, com larga experiência no sector, apoiados pormo<strong>de</strong>rnos meios <strong>de</strong> diagnóstico e intervenção.PeçasA MOVITER procura combinar a experiência e o conhecimento quetem do mercado <strong>de</strong> peças e componentes, com as estruturas logísticase a organização dos seus fornecedores, numa parceria que temum único objectivo - fornecer aos clientes as soluções que necessitam,ao melhor preço e no menor espaço <strong>de</strong> tempo possível.MOVITER - EQUIPAMENTOS, LDALEIRIA - Parque Movicortes, 2403-001 Azoia, <strong>Leiria</strong>Tel. 244 850 240, Fax 244 850 241, moviter@movicortes.prLISBOA, PORTO, BEJA, FUNCHAL, MADRID, LUANDA


EMPRESASNUNO PRATACOORDENADOR DA OPEN1 - Inovar significa transpor para o mercado boasi<strong>de</strong>ias, inventos ou resultados <strong>de</strong> I&D, acrescentandovalor, produzindo riqueza, "fazendo diferente", antecipandonecessida<strong>de</strong>s e respon<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> forma maisrápida que a concorrência. A Inovação está portantomais associada às capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão do que aonível tecnológico ou inventivo dos novos produtos.2 - Os principais obstáculos são essencialmenteculturais e por isso mais difíceis <strong>de</strong> contrariar. Diz-seque os portugueses são excelentes inventores e têmuma notável característica conhecida por "<strong>de</strong>senrasca".A principal pecha estará então ao nível da organizaçãoe estruturação dos processos <strong>de</strong> inovação ena capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> percepcionar as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mercado, transformando i<strong>de</strong>ias ou invenções em produtosou serviços <strong>de</strong> maior valor acrescentado.3 - Dada a missão e os objectivos da OPEN, ofomento da inovação assume maior importância nacultura e práticas que possamos induzir nos empreen<strong>de</strong>doresque apoiamos do que propriamente <strong>de</strong>ntrodos processos internos da nossa organização. Contudo,nodia a dia,temos uma preocupação permanenteem avaliar a eficácia das nossas acções junto dosempreen<strong>de</strong>dores,procurando sempre a<strong>de</strong>quar a nossaacção às suas reais necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio.4 - Mensagens como: "a Inovação não é sóTecnologias" e "também se po<strong>de</strong> Inovar, nos SectoresTradicionais", têm-se assumido como umdos nossos principais <strong>de</strong>sígnios e fazem parte <strong>de</strong>uma abordagem à promoção da Inovação e doEmpreen<strong>de</strong>dorismo que consi<strong>de</strong>ramos inovadorae distintiva. PUBISABEL MARTODIRECTORA-EXECUTIVA DA INCUBADORA D.DINIS1 - É criar um factor <strong>de</strong> diferenciação que po<strong>de</strong>surgir a vários níveis: na concepção do produto/serviço,na comercialização, na comunicação, nos processos<strong>de</strong> produção, ou ainda nos procedimentos organizacionais.Deverá ser portador <strong>de</strong> diferença face aoexistente na empresa e no mercado e ter por objectivoo aumento <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>.2- A mistificação da inovação: pensa-se que resulta<strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ia genial e revolucionária,mas basta resultar<strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ia diferente.Outro obstáculo é a falta <strong>de</strong>"cultura da inovação".A valorização do capital humanoe a criação <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> comunicação interna naempresa são fundamentais para surgirem novas i<strong>de</strong>ias.A falta <strong>de</strong> cultura da inovação leva à escassez <strong>de</strong> recursosafectos ao seu <strong>de</strong>senvolvimento.3 - Através da recolha das sugestões dos colaboradores,doreforço da <strong>de</strong>legação e da responsabilizaçãopara aumentar o sentimento <strong>de</strong> pertença e o empenho,dapromoção do espírito <strong>de</strong> curiosida<strong>de</strong> e do cultodo "ser diferente". É importante <strong>de</strong>finir prazos e periodicida<strong>de</strong>para a implementação da inovação.4 - A criação <strong>de</strong> um módulo <strong>de</strong> formação sobreempreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong>stinado a <strong>de</strong>sempregados <strong>de</strong>longa duração com baixas qualificações. MAIORES250 DISTRITO DE LEIRIA 61


EMPRESASPUBLIREPORTAGEMHISTÓRIA E EVOLUÇÃODA PLIMAT S.A.PLIMAT - Plásticos Industriais Matos S.A. -Nasceu durante o ano <strong>de</strong> 1978 <strong>de</strong>vido àexistência <strong>de</strong> uma situação <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>e insegurança, consequência <strong>de</strong> algumascrises no mercado <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s para plástico,indústria on<strong>de</strong> os sócios da MOLDEMATOS estavam inseridos. Embora bemacreditados internacionalmente e com umacomercialização forte na época, não estavatodavia isentos <strong>de</strong>sse problema, porquantomol<strong>de</strong>s para plásticos não é umproduto final, estando por isso mais sujeitosa esse tipo <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong>.Aproveitámos a circunstância <strong>de</strong> estarmos a construir as novasinstalações para a MOLDE MATOS e na busca <strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>s,encontrámosaquela que nos pareceu mais esperançosae inovadora em PORTUGAL e <strong>de</strong>ntro da nossa área<strong>de</strong> Mol<strong>de</strong>s, Plásticos e afins.Assim nasceu a PLIMAT - Plásticos Industriais MatosS.A.,fundada em 1978,com o objectivo <strong>de</strong> produzir acessóriospara canalizações em P.V.C.e outros materiais plásticoscom aplicação na construção civil, obras públicas,agricultura e outros.Começou a laborar plenamente em 1980 nas instalaçõesantigas da MOLDE MATOS, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> reconstruídas, ecom uma área <strong>de</strong> 3000 mil metros quadrados,localizada naORDEM, Rua da Índia, nº 15. O período anterior <strong>de</strong> poucomais <strong>de</strong> dois anos foi <strong>de</strong>dicado a toda uma preparação <strong>de</strong>pesquisa <strong>de</strong> produto, mercados, normas, materiais, produção,maquinas, etc.Em PORTUGAL havia muito poucos produtos e só paraesgoto,não existia nada para pressão e na EUROPA tambémnão havia muito, sendo por isso muitos os <strong>de</strong>safios estratégicosque se nos colocaram para ultrapassar.Não foi fácil, mas os conhecimentos técnicos e experiênciana produção <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s para plásticos com o apoioda MOLDE MATOS, acrescida <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong> mercadosinternacionais,<strong>de</strong>u oportunida<strong>de</strong> a um projecto inovadore especializado na área <strong>de</strong> acessórios em P.V.C.paracanalizações.Entrar num mercado com a concorrência doferro galvanizado,possuir um catálogo razoavelmente vasto,que possibilitasse as sinergias entre os produtos paraenfrentar os mercados interno e externo num país periféricocomo PORTUGAL e com condições inferiores aos nossosparceiros europeus,foram etapas muito difíceis.A vonta<strong>de</strong>tem sido a força que permitiu uma evoluçãoconstantemente equilibrada com o objectivo <strong>de</strong> uma política<strong>de</strong> exportação centrada na investigação e <strong>de</strong>senvolvimentoda qualida<strong>de</strong> na quantida<strong>de</strong> e controlo. Atitu<strong>de</strong>que pressupõe uma filosofia <strong>de</strong> constante <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> novos produtos, novos métodos, novas tecnologias nabusca e exploração <strong>de</strong> novos mercados e na promoçãoda participação dos colaboradores promovendo soluçõestecnicamente mais eficientes e eficazes para a empresa.Numa postura congruente promoveu-se uma política <strong>de</strong>investimentos anuais on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar pela sua gran<strong>de</strong>importância, em 1989-1990 o aumento da capacida<strong>de</strong> instaladae,ao mesmo tempo,controlo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> mais efectivo,para o qual foi <strong>de</strong>cisivo o novo laboratório com mais emelhores equipamentos, assim como regras mais efectivas.Entre 1990-1992 construíram-se as Novas Instalaçõescom <strong>de</strong>z mil metros quadrados cobertos,numa área total <strong>de</strong>25 mil metros quadrados.Sendo pois um salto qualitativo equantitativo notável,acrescendo ainda 40 por cento <strong>de</strong> robotização,bem como a importante ampliação do laboratório.A informatização integral da empresa <strong>de</strong>u um contributopara melhorar a gestão da informação e,em sintonia comas linhas estratégicas traçadas, a certificação da qualida<strong>de</strong>concluída em 1998 foi uma mais-valia gran<strong>de</strong> que dotou aempresa <strong>de</strong> um sistema garante <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ISO 9001.Sempre na busca <strong>de</strong> dar respostas a<strong>de</strong>quadas às exigências<strong>de</strong> mercado foi posto em marcha um projecto quepermitiu no ano 2000 o arranque <strong>de</strong> uma nova unida<strong>de</strong>fabril, a PLIMEX, exclusivamente <strong>de</strong>dicada ao fabrico <strong>de</strong>válvulas <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> e que obrigou à construção <strong>de</strong>mais <strong>de</strong> 60 mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma só vez, mais oito maquinas<strong>de</strong> injecção, duas máquinas <strong>de</strong> tornear esferas, refrigeradores,compressores, pontes rolantes, laboratório própriopara válvulas e reconstrução total das instalações antigasda PLIMAT, atingindo um investimento superior a quatromilhões <strong>de</strong> euros, acrescidos <strong>de</strong> mais dois anos <strong>de</strong> investigaçãoe <strong>de</strong>senvolvimento na procura da melhor qualida<strong>de</strong>.2005 foi o ano em que a PLIMEX entrou em cruzeiro eagora já temos fundadas esperanças <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> e acerteza <strong>de</strong> que as nossas válvulas são das melhores no mercadointernacional,sendo em PORTUGAL o único fabricante.Com 25 trabalhadores no efectivo e mais 18 famílias amontar válvulas em casa a PLIMEX é já uma mais-valia emtermos sociais e a esperança <strong>de</strong> crescimento é real, mas asituação política actual não aconselha nesta fase ao <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> pequenas e médias empresas.A evolução da empresa, ao longo do seu percurso, temsido caracterizada por um crescimento constante e equilibradodos vários valores e indicadores, resultado <strong>de</strong> umaestratégia política centrada na investigação, no <strong>de</strong>senvolvimentoe na qualida<strong>de</strong>. Esta atitu<strong>de</strong> permitiu-nos alcançaruma posição cimeira no mercado Português, sendo actualmentea mais importante empresa portuguesa produtora <strong>de</strong>acessórios <strong>de</strong> pressão e estando entre as melhores a nívelmundial no que respeita a qualida<strong>de</strong>.A empresa dispõe do mais avançado equipamento tecnológico,sejana área produtiva,no controlo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ouno que respeita ao projecto <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s e peças <strong>de</strong> plástico,que suportam o catálogo com mais <strong>de</strong> dois mil produtos própriose mais <strong>de</strong> 500 produtos <strong>de</strong>senhados para os nossosclientes.Com clientes nos cinco CONTINENTES e em mais <strong>de</strong> 50PAÍSES estamos envolvidos num <strong>de</strong>safio comercial aliciante,mas que não permite adormecimento.A procura <strong>de</strong> novos clientes e novos mercados, muitasvezes exigindo a a<strong>de</strong>quação a novas normas diferentes, énaturalmente um <strong>de</strong>safio constante, mas também o crescimentodo catálogo coloca outro tipo <strong>de</strong> novos <strong>de</strong>safios quenão po<strong>de</strong>m ser ignorados,até porque as condições dos nossosconcorrentes europeus são melhores do que as nossase causam-nos embaraços muito gran<strong>de</strong>s que aconselham aprudência e alguma reflecção.As previsões para 2007 são boas em termos <strong>de</strong> facturação,aqual se tem mantido sempre crescente e com a previsão<strong>de</strong> <strong>de</strong>z milhões <strong>de</strong> euros para este ano,representandoum crescimento da or<strong>de</strong>m dos 10 por cento. Com uma percentagem<strong>de</strong> 75 por cento na exportação.Os resultados sãomenos bons, como consequência da conjuntura em Portugal.Todavia,esperamosque em 2008 as políticas se altereme os Governos aprendam que as pequenas e medias empresassão um bem a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r e não po<strong>de</strong>m ser elas sempre apagar as crises gerais mais as asneiras dos governos. JOAQUIM MATOSMAIORES62 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASINOVAÇÃO MOLDES ANTÓNIO SELADA*«O CONHECIMENTOTECNOLÓGICO É OPRINCIPAL FACTORDE PRODUÇÃO»A inovação ao nível da organização e dos produtosé tão importante como a dos processos,<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> António Selada, <strong>de</strong>stacando ainda aimportância da gestão da tecnologia e do conhecimento.Conte-nos um pouco do seu percurso profissionale das activida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>senvolve actualmente.Licenciei-me em engenharia Mecânica, no InstitutoSuperior Técnico,e iniciei a minha activida<strong>de</strong> profissionalna empresa Carvalho & Catarro e ainda naempresa fun<strong>de</strong>i a Inautom, com o Engenheiro JorgeJúlio e o Sr. A<strong>de</strong>lino Carvalho. Fui administrador <strong>de</strong>uma SGPS - a Particontrol - na área <strong>de</strong> equipamentospara a transformação <strong>de</strong> plásticos. Já tinha saídoda empresa quando fui convidado para ser responsávelpelo <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Tecnologias <strong>de</strong> Fabricodo CENTIMFE (Centro Tecnológico da Indústria <strong>de</strong> Mol<strong>de</strong>s,Ferramentas Especiais e Plásticos) que estavaa nascer. Hoje sou responsável pelo <strong>de</strong>partamento<strong>de</strong> Vigilância Tecnológica do CENTIMFE e sou equiparadoa professor adjunto na ESTG, on<strong>de</strong> estou há12 anos. Estou também a fazer um doutoramentoem Microtecnologias.Qual a sua principal motivação em termos profissionais,o que é que o move?Gosto <strong>de</strong> ensinar e dar aulas obriga-me tambéma estar sempre actualizado do ponto <strong>de</strong> vista científicoe tecnológico, o que é muito útil para o que façofora do ensino. No CENTIMFE há uma parte que tema ver com a investigação experimental,ligada a diversasáreas tecnológicas,que é muito motivante,assimcomo ajudar as empresas em candidaturas a programas<strong>de</strong> apoio para projectos <strong>de</strong> investigação.Nosúltimos dois anos e meio,foram cerca <strong>de</strong> 20 na indústria<strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s e plásticos, automóvel e aeronáutica.E a experiência profissional mais marcante?A passagem pela Carvalho & Catarro. Foi umagran<strong>de</strong> escola. Na área da metalomecânica era aempresa mais mo<strong>de</strong>rna do país e a única que trabalhavapara a aeronáutica. Deu-me uma experiênciainternacional muito rica e contactos que viriam atraduzir-se, por exemplo, em projectos para o CEN-TIMFE, nomeadamente na aeronáutica.Há um conjunto <strong>de</strong> objectivos transversais àinvestigação...Redução <strong>de</strong> custos, melhoria <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> equalida<strong>de</strong>,<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e redução<strong>de</strong> prazos <strong>de</strong> execução.Uma boa parte da investigaçãotem como objectivo melhorar processos paraaumentar a produtivida<strong>de</strong>. Há também uma procurapor materiais alternativos,com melhor <strong>de</strong>sempenho.Depois,a engenharia <strong>de</strong> produto,com vista ao <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> novos produtos. O tempo para <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> produto é cada vez mais curto e aindústria <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s tem procurado fazê-lo em parceriacom o cliente e entida<strong>de</strong>s do sistema científicoe tecnológico.MAIORES64 250 DISTRITO DE LEIRIA


Estamos mesmo na linha da frente da inovaçãono sector, a nível mundial?Noventa e cinco por cento dos mol<strong>de</strong>s que sefazem em Portugal são para exportação, o que nãoacontece em nenhum outro país.Procuramos acompanharo estado da arte através <strong>de</strong> vigilância tecnológicaactiva. Fazemos parte das re<strong>de</strong>s nacionais einternacionais e li<strong>de</strong>ramos projectos <strong>de</strong> I&D internacionaiscomo o Eurotooling.A Marinha Gran<strong>de</strong> foi pioneirana introdução em Portugal dos sistemas <strong>de</strong>CAD/CAM,do processamento <strong>de</strong> materiais duros emalta velocida<strong>de</strong>,das tecnologias <strong>de</strong> prototipagem rápidae "rapid tooling", entre outras. Estamos na linhada frente da Engenharia Assistida por Computador(CAE).Para além da inovação tecnológica,que outrasestão em curso no sector?A inovação ao nível da organização e dos produtosé tão importante como a dos processos. A gestãoda tecnologia e do conhecimento é fundamental.Perceber,porexemplo,quanto custa uma máquinaestar parada durante <strong>de</strong>terminado tempo.Com pequenosinvestimentos, ou mudanças organizacionais,reduz-se o tempo <strong>de</strong> paragem e poupa-se muitodinheiro.A reengenharia <strong>de</strong> processo consiste precisamenteem trabalhar com a mesma tecnologia,mas<strong>de</strong> uma forma mais optimizada. Organizar a empresaem função dos resultados e não das tarefas, einserir o controlo no próprio processo, e não à posteriori,o que permite corrigir no imediato os problemasque vão surgindo.Há uma alteração no mo<strong>de</strong>lo que negócio dasempresas <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s?Subiram na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor.Participam no <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> produto em parceria com o cliente ecentros <strong>de</strong> saber.Algumas evoluíram também para amoldação por injecção <strong>de</strong> materiais poliméricos.Temos tido a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fugir para a frente emtermos tecnológicos,o que nos permite fazer mol<strong>de</strong>s<strong>de</strong> maior complexida<strong>de</strong>. Mol<strong>de</strong>s para brinquedos ebal<strong>de</strong>s, a preços mais competitivos, são feitos empaíses terceiros com custos salariais mais baixos.Mas há espaço para avançar ainda mais. Criámos,por exemplo, uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> excelência <strong>de</strong> microtecnologiaspara micromol<strong>de</strong>s e moldação por microinjecção.Estas microtecnologias correspon<strong>de</strong>m a umInovar é...Procurar fazer <strong>de</strong> uma forma maissimples - e com melhores resultados - custose qualida<strong>de</strong>. É uma base <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>que favorece os ganhos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>.mercado global <strong>de</strong> 10 biliões <strong>de</strong> euros,a crescer 20%ao ano.A maior ameaça é a China ou a Índia?A China,porque tem mais capacida<strong>de</strong> tecnológicainstalada.Mas alguns clientes que foram para ➭➭PUBMAIORESEMPRESAS250 DISTRITO DE LEIRIA 65


ÚLTIMO GRITO DA TECNOLOGIA NA INDÚSTRIA DE MOLDESCÉLULAS DE FABRICAÇÃO FLEXÍVELCONJUNTO DE MÁQUINAS QUE TRABALHA DE FORMA AUTÓNOMA E FLEXÍVEL E COM MAIOR RAPIDEZ, SEMINTERVENÇÃO HUMANA, LIBERTANDO MÃO-DE-OBRA PARA TRABALHOS DE MAIOR VALOR ACRESCENTADO.MICROFABRICAÇÃONOVAS TECNOLOGIAS QUE INCLUEM UMA CADA VEZ MAIOR "INTELIGÊNCIA" E CONHECIMENTO NUMA "EMBA-LAGEM" CADA VEZ MAIS PEQUENA - MICRO-COMPONENTES E MICRO-SISTEMAS. EM CAUSA ESTÁ O FABRICODE MOLDES QUE PERMITEM A PRODUÇÃO EM MASSA DE PEÇAS MUITO PEQUENAS E DE GEOMETRIAS COM-PLEXAS.EQUIPAMENTOS INTEGRADORES DE DIVERSAS TECNOLOGIASNOVOS EQUIPAMENTOS E TECNOLOGIA MULTIFUNÇÕES COM ROBÓTICA ASSOCIADA.GANHA-SE QUALIDADE E RAPIDEZ QUE PERMITE ENCURTAR CUSTOS E PRAZOS.ENGENHARIA DE SUPERFÍCIESREVESTIMENTOS NANOESTRUTURADOS (PVD) E TRATAMENTOS DE SUPERFÍCIE (COMO INDUÇÃO LASER). PER-MITEM MELHORAR A RESISTÊNCIA AO DESGASTE, A ESTABILIDADE QUÍMICA E AS PROPRIEDADES TRIBOLÓ-GICAS DAS SUPERFÍCIES DOS MOLDES, O QUE SE TRADUZ, POR EXEMPLO, EM COEFICIENTES DE ATRITO MAISBAIXOS, EXIGINDO MENOS FORÇA PARA A EXTRACÇÃO DAS PEÇAS. REDUZ-SE A PROBABILIDADE DE DEFEITOE O CONSUMO DE ENERGIA, UMA VEZ QUE PODEM UTILIZAR-SE MÁQUINAS MAIS PEQUENAS. EM CAUSA ESTÁA DURAÇÃO E QUALIDADE DO MOLDE, RAPIDEZ E REDUÇÃO DE CUSTOS ASSOCIADOS À PRODUÇÃO DASPEÇAS.PROTOTIPAGEM RÁPIDA E "RAPID TOOLING"MUITO IMPORTANTES NA FASE DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO, PORQUE PERMITE VALIDÁ-LO DO PONTODE VISTA FUNCIONAL E ESTÉTICO, SEM TER QUE FAZER O MOLDE, QUE É DISPENDIOSO.➭➭ lá acabaram por regressar. De qualquer modo,o potencial da Índia é muito gran<strong>de</strong>.Po<strong>de</strong> dizer-se que há um novo processo <strong>de</strong>industrialização em prática no sector dos mol<strong>de</strong>s?Há uma <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> face ao mo<strong>de</strong>lo anterior?Para além <strong>de</strong> se ter subido muito na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>valor, assiste-se à integração dos meios <strong>de</strong> produção,o que permite executar diferentes operações<strong>de</strong>ntro do mesmo equipamento. O controlo do processofaz-se <strong>de</strong> forma automática e,apesar dos processosserem muito aleatórios,foi possível criar bases<strong>de</strong> dados,<strong>de</strong>senvolver software e conhecimento quepermitem produzir <strong>de</strong> forma sequencial e automática.Os meios <strong>de</strong> produção também são mais flexíveise universais. A máquina que hoje está a fazerpeças para mol<strong>de</strong>s, amanhã po<strong>de</strong> fazer produtosaeronáuticos. Hoje, é possível produzir peças unitáriaspara mol<strong>de</strong>s como se <strong>de</strong> produção em série setratasse. É uma realida<strong>de</strong> na Marinha Gran<strong>de</strong>.E po<strong>de</strong> afirmar-se que há uma <strong>de</strong>smaterializaçãodo sector, no sentido da indústria se tornaruma prestadora <strong>de</strong> serviços,<strong>de</strong>slocalizando a produçãopara países <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra barata?➭➭PUBwesS E G U R O SJ. Nunes <strong>de</strong> SousaSeguros em todos os ramosProgramas <strong>de</strong> seguros para empresasDes<strong>de</strong> 1991 a construir relações <strong>de</strong> confiançaRua <strong>de</strong> S. Francisco, 8A - 2.º E .Apart. 3059 . 2401-903 <strong>Leiria</strong>Tel. 244 814 653 . Fax 244 814 219jnsousa@west-seguros.comVisite a nossa página e faça o seu pedido <strong>de</strong> cotação em:www.west-seguros.comMAIORESEMPRESAS66 250 DISTRITO DE LEIRIA


O que se verifica é que as empresas <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>stêm <strong>de</strong>ixado, progressivamente, parte do processoprodutivo para outras, especializadas, que o fazem<strong>de</strong> forma mais competitiva para toda a indústria,como acontece com os tratamentos térmicos e termoquímicos,o fabrico das estruturas e acessóriosdos mol<strong>de</strong>s,etc.Há uma parte da produção que passoua subcontratar-se.Como traçaria a análise swot do sector <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>sportuguês?Como pontos fortes <strong>de</strong>stacaria a capacida<strong>de</strong> tecnológicainstalada, a estrutura orgânica e flexível, aqualida<strong>de</strong> do produto como dimensão crítica para acompetitivida<strong>de</strong> e o incremento da produtivida<strong>de</strong>,tendocomo base a inovação tecnológica. Acrescem opioneirismo na introdução <strong>de</strong> novas tecnologias <strong>de</strong>produção e <strong>de</strong> produto, a qualificação dos recursoshumanos e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> competir nos mercadosmais exigentes. Os pontos fracos passam por uma<strong>de</strong>ficiente gestão - subaproveitamento - das tecnologiase do conhecimento e fraco controlo dos processosprodutivos na perspectiva da sua optimização.AI&D ao nível dos processos e dos produtos é insuficiente.Existe dificulda<strong>de</strong> em i<strong>de</strong>ntificar as fontes doconhecimento e da inovação, e adquirir tecnologia -um bem imaterial - através <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> transferência<strong>de</strong> tecnologia. As fontes da inovação não sãosó os equipamentos.São as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> engenhariae <strong>de</strong> processo, a I&D, a aquisição <strong>de</strong> tecnologia, aspessoas...E oportunida<strong>de</strong>s...A subida na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor, o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> novos produtos e tecnologias,como mol<strong>de</strong>s paramicroinjecção <strong>de</strong> materiais poliméricos e micromoldação<strong>de</strong> pós cerâmicos ou metálicos. A ameaçasão os países do extremo oriente.Qual o grau <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> tecnologia dasuniversida<strong>de</strong>s e centros tecnológicos para as empresas?Esta ligação tem evoluído?A transferência <strong>de</strong> tecnologia está na or<strong>de</strong>m dodia. Os empresários começam a perceber que é poraí. O conhecimento tecnológico é o principal factor<strong>de</strong> produção. É preciso adquirir a tecnologia on<strong>de</strong>ela existe: fornecedores, universida<strong>de</strong>s, centros tecnológicos...Asempresas isoladamente não têm capacida<strong>de</strong>para <strong>de</strong>senvolver a dimensão do conhecimentotecnológico em todas as suas vertentes.Qual o papel do CENTIMFE e como tem evoluído?Faz a ponte entre os centros <strong>de</strong> saber e as empre-sas. Os projectos <strong>de</strong> investigação industrialmenteorientados ou pré- concorrenciais envolvem o CEN-TIMFE, as universida<strong>de</strong>s e as empresas. Paralelamente,<strong>de</strong>senvolvenovas soluções para incrementoda competitivida<strong>de</strong>,dissemina conhecimento e procurapromover o <strong>de</strong>senvolvimento sustentado daindústria.Participa,como parceiro,em projectos estratégicose estruturantes para a indústria e faz intermediaçãoem processos <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> tecnologia.O CENTIMFE tem uma boa imagem junto dasinstituições públicas. Sabem que recusamos envolver-nosem projectos que não têm viabilida<strong>de</strong>.* Responsável pela área da VigilânciaTecnológica do CENTIMFE e professoradjunto equiparado da ESTGUM GRANDE EMPRESA É...A QUE TEM UMA GRANDE CAPACIDADE DE ACRES-CENTAR VALOR AO QUE PRODUZ.A LONGEVIDADE DAS EMPRESAS DEPENDE...DA CAPACIDADE DE CRIAR UMA EMPRESA QUECONSIGA SOBREVIVER NUM FUTURO QUE É CADAVEZ MAIS IMPREVISÍVEL. CAPACIDADE DE INOVARAO NÍVEL TECNOLÓGICO, DOS PRODUTOS E DAORGANIZAÇÃO.PUBMAIORESEMPRESAS250 DISTRITO DE LEIRIA 67


INOVAÇÃO TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIAENTRE AINVESTIGAÇÃOE O MERCADOA Oficina <strong>de</strong> Transferência <strong>de</strong> Tecnologia e <strong>de</strong>Conhecimento (OTIC) do Instituto Politécnico<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> faz chegar às empresas - e ao mercado- projectos <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong>senvolvidosno seio do IPL, e procura respon<strong>de</strong>r àsnecessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação das empresas.O balanço é positivo.LEOPOLDINA ALVES É DOCENTE NA ESCOLA SUPE-RIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO E DIRECTORA EXE-CUTIVA DA OTIC DO IPL.EM 1997 CONCLUIU A LICEN-CIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA NO INSTITUTOSUPERIOR TÉCNICO DA UNIVERSIDADE TÉCNICA DELISBOA,EM 2000 OBTEVE O GRAU DE MESTRE,E EM2004 CONCLUIU O DOUTORAMENTO NA ÁREA DAINVESTIGAÇÃO E DEFORMAÇÃO PLÁSTICA,PELO INS-TITUTO SUPERIOR TÉCNICO.Não basta investigar, é preciso concretizar a investigação,aplicá-la à resolução <strong>de</strong> problemas e necessida<strong>de</strong>sdo mercado.Este é o princípio que serviu <strong>de</strong> baseà criação das OTIC, e a do Instituto Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>(IPL) não é excepção.«Começámos por perceber o que fazíamos <strong>de</strong>melhor,o que tínhamos para oferecer em termos científico-tecnológicos.Temosdocentes com trabalho reconhecidoa nível nacional e internacional, que é precisofazer chegar às empresas e ao mercado. A OTICencarrega-se <strong>de</strong> fazer essa ligação, contactando asempresas nesse sentido», explica Leopoldina Alves,directora-executiva da OTIC do IPL.A relação é bidireccional. A OTIC recebe tambémpedidos <strong>de</strong> empresas que preten<strong>de</strong>m <strong>de</strong>senvolver investigaçãoem <strong>de</strong>terminadas áreas,mas que não têm possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> o fazer internamente. «Depois <strong>de</strong> auscultadasas pretensões da empresa é reunida umaequipa multidisciplinar e traçado o esqueleto do trabalhoa <strong>de</strong>senvolver», explica a responsável. Frutíferoé também o trabalho prospectivo realizado por iniciativada OTIC no seio das empresas,porque permite perceberquais as suas necessida<strong>de</strong>s, e encontrar soluçõesnos projectos <strong>de</strong> investigação em curso.A OTIC tem ainda uma componente <strong>de</strong> prestação<strong>de</strong> serviços, mas em áreas que envolvem um suportetécnico-científico que as empresas não dominam. «OIPL não é uma empresa.A prestação <strong>de</strong> serviços é feitanuma óptica <strong>de</strong> aplicação da investigação feita internamente.Só assim faz sentido», explica LeopoldinaAlves.PARTILHA DE CUSTOS E RISCOSPara as empresas,a principal vantagem <strong>de</strong>ste tipo<strong>de</strong> parcerias é a partilha <strong>de</strong> custos e <strong>de</strong> risco inerentesa um processo <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong>senvolvimento.Tratando-se<strong>de</strong> um pedido <strong>de</strong> uma empresa numaárea estratégica para o IPL,este po<strong>de</strong>rá mesmo assumira totalida<strong>de</strong> dos custos da investigação a <strong>de</strong>senvolver,emborase dê preferência a um «mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> partilha,paragarantir igual empenho das partes»,explica.A investigação po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senrolar-se nas instalaçõesdo IPL, ou da empresa, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da localizaçãodos recursos a utilizar no projecto, ou mesmorecorrendo a parcerias nacionais ou internacionais,quando nem o IPL nem a empresa dispõem <strong>de</strong>ssesrecursos.Existe ainda uma terceira hipótese, que passa porrecorrer aos programas comunitários <strong>de</strong> apoio.«Temosgabinetes <strong>de</strong> projecto para apoiar os investigadores nolevantamento <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> apoio nacionais ouinternacionais,enquadráveis nos projectos em curso»,explica,ressalvando,no entanto,a importância <strong>de</strong> assegurara viabilida<strong>de</strong> do projecto, não o fazendo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r<strong>de</strong> um incentivo que po<strong>de</strong> não chegar.LIMAR ARESTASAs empresas já começam a perceber e a valorizara investigação enquanto suporte da inovação e diferenciação.Com o tempo e a experiência os investigadorespercebem também a importância <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolverinvestigação ajustada ao mercado. Um encontro<strong>de</strong> vonta<strong>de</strong>s que permite que ambos saiam ganhadores.Leopoldina Alves salienta ainda a questão dostimings: «as empresas começam a perceber que ainvestigação tem o seu tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento,que não po<strong>de</strong> ser tudo para ontem. Os investigadores,por seu lado, também vão percebendoque não po<strong>de</strong>m estar eternamente a investigar.Têm<strong>de</strong> fechar etapas, ir obtendo resultados e encaminhandoas soluções para o mercado. Os dois meiosestão a convergir», explica.O FECHAR DO CICLOA OTIC,enquanto serviço que consubstancia a ligaçãoentre a investigação e o mercado,não podia ignorara importância do empreen<strong>de</strong>dorismo, nomeadamenteo incentivo à criação <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> basetecnológica. O fechar do ciclo exige estruturas como oCentro Empreen<strong>de</strong>dor, a Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino à Distânciae a incubadora <strong>de</strong> empresas do IPL, serviços reunidosnum espaço único exponenciador <strong>de</strong> sinergiase novas i<strong>de</strong>ias.«A investigação,a transferência <strong>de</strong> tecnologiae o empreen<strong>de</strong>dorismo não se po<strong>de</strong>m separar»,reforça a responsável.A OTIC do IPL resultou da candidatura a um programada Agência <strong>de</strong> Inovação com o mesmo nome,que viria a obter a classificação <strong>de</strong> sétimo lugar a nívelnacional,entre os três institutos politécnicos e 12 universida<strong>de</strong>sque viram a sua candidatura aprovada. MAIORESEMPRESAS68 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASINOVAÇÃO TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIAINVESTIGAÇÃOAPLICADA LIGACOIMBRA A LEIRIAPEDRO ANDRÉ<strong>de</strong>s, presi<strong>de</strong>nte da direcção do Instituto.As áreas em que se processa investigaçãotêm vindo a crescer à medida da procura e,actualmente, o IPN <strong>de</strong>senvolve investigação emMateriais, Informática, Automação e Sistemas,Electroanálise e Corrosão, Geotecnia e - maisrecentemente - Ciências Farmacêuticas. Destegrupo - e por estarem já mais consolidadas -as áreas <strong>de</strong> Materiais, Informática e Automaçãosão as que registam maior dimensão e facturação.A procura faz-se nos dois sentidos: das empresaspara o IPN - «nos laboratórios mais consolidadosa procura é ininterrupta» - e do IPN paraas empresas, resultado da aposta em oportunida<strong>de</strong>spara a execução <strong>de</strong> projectos conjuntos.«Concorremos a projectos europeus co-financiados.Quando se trata <strong>de</strong> investigação em consórcioé o IPN que procura empresas potencialmenteinteressadas, que normalmente não têm conhecimento<strong>de</strong>ssas oportunida<strong>de</strong>s», explica a responsável.O objectivo passa por «aproveitar mecanismosinternos que facilitam a intermediação <strong>de</strong> doismundos que têm formas <strong>de</strong> estar distintas», adianta.Um <strong>de</strong>safio constante e nem sempre fácil, umavez que na progressão da carreira do investigadorsão mais valorizados os artigos científicos do quea ligação à indústria.Para além disso, o investigador tem menossensibilida<strong>de</strong> para os tempos <strong>de</strong> execução dosprojectos. «Daí a importância do IPN assumir ocontrolo financeiro e <strong>de</strong> timing dos projectos»,adverte, salientando que, apesar das dificulda<strong>de</strong>s,vai havendo uma maior percepção da importância<strong>de</strong> trabalhar com a indústria, uma vez queesta acaba por trazer novas pistas à investigação.O Instituto Pedro Nunes - Associação paraa Inovação e Desenvolvimento em Ciênciae Tecnologia - actua em três áreas distintas:investigação aplicada, formação aplicadae incubação <strong>de</strong> empresas. Em estreitacolaboração com organismos e empresas<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.O IPN <strong>de</strong>senvolve internamente investigação aplicadae tecnológica em estreita colaboração comuniversida<strong>de</strong>s, associados do meio científico eempresas. «Procuramos envolver as pessoas emprojectos. Os investigadores vão estando cada vezmais sensibilizados para a aplicabilida<strong>de</strong> e parao mercado. Sentem a utilida<strong>de</strong> da investigação eacabam por <strong>de</strong>scobrir potencial <strong>de</strong> aplicação quenão tinham equacionado», explica Teresa Men-VENCER A FALTA DE RECURSOSPARA I&DEm alturas <strong>de</strong> crise é difícil apostar em inovação.Os projectos em consórcio representamuma solução para ultrapassar o problema daescassez <strong>de</strong> recursos financeiros. Mas não é apenaso financiamento que trava as iniciativas. SegundoTeresa Men<strong>de</strong>s, verifica-se alguma resistênciaà mudança e faltam também técnicos qualificadospara avançar no sentido da investigação. Umproblema que é transversal a pequenas e gran<strong>de</strong>sempresas.«Não é necessariamente nas gran<strong>de</strong>s empresasque é mais fácil inovar.Apesar <strong>de</strong> terem menosrecursos, as novas empresas alojadas nas incubadorastêm condições <strong>de</strong> inovação muito boas.Existe predisposição, quadros técnicos e umamaior agilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à sua pequena dimensão.É uma questão <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>, <strong>de</strong> interiorizar que aMAIORES70 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASinovação é indispensável à sobrevivência, e asmudanças <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> são sempre mais lentas»,explica.Intermediar a investigação e mercado «não éfácil, mas é estimulante e muito compensadorquando se consegue <strong>de</strong>senvolver um produtonovo, transferir tecnologia para algo útil, ou quandose incubam pequenas empresas que começama dar cartas no mercado. O maior gozo é perceber,no dia a dia, que isto resulta. Mas é umaactivida<strong>de</strong> que exige muito acompanhamento»,admite.O facto <strong>de</strong> nos últimos anos o tema da inovaçãoter vindo para a agenda política <strong>de</strong> formacada vez mais visível <strong>de</strong>u uma ajuda. Não só pelosapoios que daí resultam, como pelo contributopara acelerar a mudança <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>.No que toca a apoios, Teresa Men<strong>de</strong>s apontaa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma maior celerida<strong>de</strong> naoperacionalização dos programas. «Por vezes,quando são aprovados a empresa já não estáinteressada naquela tecnologia. As coisas evoluemmuito rapidamente. É preciso acompanhar»,adverte.ESTREITA LIGAÇÃO A LEIRIAO IPN apoiou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início a iniciativa que<strong>de</strong>u corpo à incubadora D. Dinis, tendo participadona elaboração do seu estudo estratégico.«Existe a intenção <strong>de</strong> colaborar activamente noprojecto, contribuir com a experiência acumuladaao longo <strong>de</strong> anos no IPN», afirma Teresa Men<strong>de</strong>s,<strong>de</strong>stacando a importância <strong>de</strong> trabalhar emconjunto neste tipo <strong>de</strong> iniciativas.A ligação a <strong>Leiria</strong> passa ainda por colaboraçõespontuais com investigadores da Escola Superior<strong>de</strong> Tecnologia e Gestão e ao nível empresarial,<strong>de</strong> que são exemplos os projectos europeusna área <strong>de</strong> revestimentos finos para mol<strong>de</strong>s erevestimentos auto-lubrificantes para estampagem,<strong>de</strong>senvolvidos com o Grupo Vangest.Conta-se ainda o projecto INATEC - <strong>de</strong>senvolvidoem parceria com o CENTIMFE, Iber-Oleff, Intermol<strong>de</strong>e Aníbal Abrantes - bem como um lequealargado <strong>de</strong> serviços técnicos na área da caracterizaçãodos materiais e resolução <strong>de</strong> problemastécnicos <strong>de</strong> produção, com empresas comoa Maxiplas, Marimol<strong>de</strong>s, Necmol<strong>de</strong>, Dataplas eIber-Oleff. TERESA MENDES É LICENCIADA EM ENGENHA-RIA ELECTROTÉCNICA PELA UNIVERSIDADE DECOIMBRA.APÓS A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE NAUNIVERSIDADE DE MANCHESTER, INGLATERRA,CONCLUIU O SEU DOUTORAMENTO NESSA MES-MA UNIVERSIDADE EM 1980.INVESTIGADORA DO CENTRO DE ELECTROTEC-NIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA E ACTUAL-MENTE DO CENTRO DE INFORMÁTICA E SISTE-MAS DA MESMA UNIVERSIDADE (CISUC).COLABOROU EM DEZENAS DE PROJECTOS INTER-NACIONAIS, TENDO PUBLICADO CERCA DE 80ARTIGOS EM REVISTAS E CONFERÊNCIAS EMÁREAS CIENTÍFICAS DA SUA ESPECIALIDADE.FOI PRÓ-REITORA DA UNIVERSIDADE DE COIM-BRA DE 1990 A 1994 E VICE-REITORA DE 1994A 1998 E É PRESENTEMENTE PROFESSORA CATE-DRÁTICA NO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAINFORMÁTICA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS ETECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA,PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DO INSTITUTO PEDRONUNES E PRESIDENTE DO CONSELHO EXECU-TIVO DA ASSOCIAÇÃO TECNOPÓLO DE COIMBRA.PUBMAIORES250 DISTRITO DE LEIRIA 71


INOVAÇÃO CERÂMICA ESTRUTURALPRÉLIS INTRODUZTIJOLO TÉRMICOEM PORTUGALPONTO FORTECAPACIDADE DE INOVAR E DE SE RELACIONAR FLE-XIBILIDADE EM FUNÇÃO DAS NECESSIDADES DOSCLIENTES.PONTO FRACODIMENSÃO. FALTA DE MEIOS PARA PROMOVER OESFORÇO DE DIFERENCIAÇÃO POR VIA DO VALORACRESCENTADO QUE TEM SIDO FEITO.OPORTUNIDADEO DESPERTAR PARA A BIODIVERSIDADE E CONS-TRUÇÃO SUSTENTÁVEL, COMO ALGO QUE SE PODETRADUZIR NA REDUÇÃO DE CUSTOS DE MANU-TENÇÃO DOS EDIFÍCIOS (AQUECIMENTO, ARREFE-CIMENTO), DURABILIDADE, SALUBRIDADE E CON-FORTO DAS CASAS.AMEAÇANÃO CONSEGUIRMOS FAZER COMPREENDER AIMPORTÂNCIA DA SUSTENTABILIDADE ENQUANTOVALOR ECONÓMICO. AS QUESTÕES ENERGÉTICO-AMBIENTAIS.Há quatro gerações no mercado, a Prélis -anterior J. Monteiro & Filhos -procura retirarpartido do alargado leque <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sda construção sustentável, cada vezmais em voga. A empresa foi pioneira naintrodução <strong>de</strong> tijolo térmico em Portugal.Apenas a ponta do iceberg.O sector da construção envolve múltiplos actorese um quadro legislativo que dificulta o processo <strong>de</strong>inovação.José Luís Ferreira,responsável pela empresa,<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> um trabalho feito em parceria, e apontao exemplo do Agrupamento Complementar <strong>de</strong>Empresas, que assume a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> NAC -Novas Alvenarias Cerâmicas, on<strong>de</strong> 20 empresastrabalham novas soluções e promovem as sua vantagensjunto dos intervenientes no sector.Em causa está a concepção <strong>de</strong> materiais maisresistentes, com melhores proprieda<strong>de</strong>s térmicase acústicas, um trabalho <strong>de</strong>senvolvido em parceriacom a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, do Minhoe do Porto. «O tijolo térmico po<strong>de</strong> ser autoportante,ou seja dispensar pilares e está sub-aproveitado- utiliza-se apenas para enchimento - porquehá um bloqueio jurídico-legal que não permiteir mais além», explica.As outras vantagens estão implícitas na sua<strong>de</strong>signação. O tijolo térmico tem uma matéria-prima,dimensão e organização diferentes, que permitemreter o calor e libertá-lo <strong>de</strong> forma progressiva.Resultado: gasta-se menos para aquecer earrefecer as casas, reduzem-se as suas emis- ➭➭MAIORESEMPRESAS72 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASUMA GRANDE EMPRESA É...AQUELA QUE DE UMA FORMA SUSTENTADA MAN-TÉM ELEVADOS NÍVEIS DE RENTABILIDADE, SEMTER UM NEGÓCIO À SOMBRA DO ESTADO.A LONGEVIDADE DAS EMPRESAS DEPENDE DE ...DA ESTRATÉGIA E A CONTINUIDADE DA GESTÃO.ASFALÊNCIAS ACONTECEM POR MUDANÇA DE DIMEN-SÃO QUE A ESTRUTURA NÃO ACOMPANHA OU DES-CONTINUIDADE NA GESTÃO.INOVAR É...UM PROCESSO DE EVOLUÇÃO NATURAL. UMA CON-SEQUÊNCIA DE ESTAR ATENTO AOS MERCADOS,RECURSOS, PROCESSOS E RELACIONAMENTOS.sões <strong>de</strong> CO2 e obtêm-se melhorias da qualida<strong>de</strong>do ar interior. Elementos chave quando se fala <strong>de</strong>bioarquitectura e construção sustentável.A complexida<strong>de</strong> dos materiais exige que sepreste também um trabalho <strong>de</strong> consultoria aocliente, explica José Luís Ferreira. «É preciso per-➭➭ ceber que as pare<strong>de</strong>s das casas têm vida própria,dilatam e contraem com as variações <strong>de</strong> temperatura.Não basta adoptar bom material, é precisoaplicá-lo correctamente e ter um projectoarquitectónico concebido <strong>de</strong> acordo com a acçãodo sol e dos ventos. Cumpridos estes requisitos,aquecer e arrefecer a casa po<strong>de</strong> custar zero», explica,relembrando que o novo regulamento do comportamentotérmico dos edifícios vem exigir maioratenção a estes factores.UM MUNDO DE OPORTUNIDADESA Prélis tem ainda em <strong>de</strong>senvolvimento umproduto que absorve as radiações electromagnéticase um tijolo que permite passar cablagemsem partir a cerâmica. O objectivo passapor chegar a materiais para construção <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>stotalmente bio<strong>de</strong>gradáveis, recicláveis e queabsorvam os odores e a humida<strong>de</strong>. Melhoriasque visam respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s do mercado:melhorar a resistência para evitar <strong>de</strong>sperdícios,ajustar as dimensões aos vários segmentosdo mercado para rentabilizar a mão-<strong>de</strong>-obrae aumentar a produtivida<strong>de</strong>. Sem esquecer asegurança no transporte e em obra.A inovação no produto obriga a inovar no processoprodutivo. A alteração <strong>de</strong> dimensões exigeajustes nos automatismos. É ainda necessáriooptimizar o processo <strong>de</strong> cozedura e secagem, reduziro consumo <strong>de</strong> energia - que representa mais<strong>de</strong> 50% do custo <strong>de</strong> produção e funciona como«travão à apresentação <strong>de</strong> novos produtos» - e asemissões atmosféricas.As questões energética e ambiental andamlado a lado e estão a distorcer a concorrência.«Quem li<strong>de</strong>ra os preços no mercado é quem maispolui. É o chamado dumping ambiental», explica,salientando que se fosse fácil <strong>de</strong>slocalizar, outivesse dimensão para isso, já o teria feito. «OEstado está a sanear as contas à nossa custa, ea União Europeia a expulsar as empresas industriaisdo espaço europeu. O tijolo térmico reduzas emissões <strong>de</strong> CO2 das casas, mas para o produzirtenho <strong>de</strong> comprar direitos <strong>de</strong> emissão. É umcontra-senso e um <strong>de</strong>sincentivo», justifica.A facturação da Prélis em 2006 ascen<strong>de</strong>u aseis milhões <strong>de</strong> euros, dos quais 10% advêm <strong>de</strong>exportações para o mercado espanhol. PUBSOCIEDADE ANÓNIMACONSTRUÇÕES METÁLICASE METALOMECÂNICAOBRAS PÚBLICAS E PARTICULARESAlvará n.º 24677Zona Industrial Casal do CegoCovinhas - MarrazesApartado 218 . 2416-903 LEIRIATel. 244 830 620 . Fax 244 830 629E-mail: geral@lopesegomes.ptwww.lopesegomes.ptMAIORES74 250 DISTRITO DE LEIRIA


INOVAÇÃO CONSULTORIA LOGÍSTICAOPTIMIZARA LOGÍSTICADAS PMEA Log-PME nasceu em Janeiro na incubadora OPEN, na MarinhaGran<strong>de</strong>. A empresa <strong>de</strong> consultoria preten<strong>de</strong> melhorar os sistemaslogísticos das PME, disponibilizando-lhes conhecimento até agoraapenas ao alcance das gran<strong>de</strong>s empresas. Hora <strong>de</strong> dar maisatenção aos armazéns.Luís Delgado é licenciado em informática <strong>de</strong> gestão e esteve <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempreligado às áreas <strong>de</strong> logística, planeamento, armazenamento, transporte e distribuiçãodas empresas por on<strong>de</strong> passou. Foi na última experiência que percebeua oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio que representava «melhorar a logística das inúmerasPME <strong>de</strong> uma região <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo», explica.A Log-PME concebe soluções à medida do cliente,racionalizando os meiosexistentes e o software utilizado para minimizar o investimento inicial. A prestaçãodo serviço é feita <strong>de</strong> forma «totalmente livre, uma vez que não está associadaa nenhuma marca <strong>de</strong> software, como costuma acontecer nas empresas<strong>de</strong> consultoria logística», adianta.A mais-valia da empresa assenta na «metodologia<strong>de</strong> trabalho e na racionalização dos meios à disposição».No mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> actuação, a Log-PME prevê a execução <strong>de</strong> um diagnósticoe sugestão <strong>de</strong> alterações tendo em vista a melhoria da produtivida<strong>de</strong> e custodas operações logísticas. Um investimento com «retorno garantido», assegurao jovem empresário.Parece simples - e <strong>de</strong> facto é - mas Luís Delgado está ciente do caminhoque tem ainda a <strong>de</strong>sbravar. «Os armazéns são <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>ntro dasempresas. É preciso perceber que quanto melhor o sistema logístico e a gestãodas operações, melhor o serviço prestado ao cliente», explica, <strong>de</strong>stacando aindaas consequências, a nível <strong>de</strong> tesouraria, da pouca relevância dada à gestão<strong>de</strong> stocks. Outro <strong>de</strong>safio passa por vencer a resistência à entrada <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>sexternas nas empresas, sobretudo nas mais pequenas, um cenário que ten<strong>de</strong>ráa mudar, uma vez que «os processos <strong>de</strong> certificação valorizam a isenção daentida<strong>de</strong> que presta este tipo <strong>de</strong> serviço».Na Log-PME a consultoria assume três faces. Inclui a análise da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>abastecimento e a gestão do lay-out do armazém, <strong>de</strong> forma a que a empresasaiba sempre «o que tem, on<strong>de</strong> tem e há quanto tempo».A empresa presta aindaum serviço <strong>de</strong> inventário externo (armazéns e imobilizado), que é entreguenum ficheiro, a partir do qual - através <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> código <strong>de</strong> barras - sei<strong>de</strong>ntificam e localizam os bens. A sub-contratação <strong>de</strong>ste serviço apresenta avantagem da «não ocupar os recursos da empresa, nem exigir a interrupção dasua activida<strong>de</strong>».A Log-PME aluga ainda equipamento informático, nomeadamente terminaisportáteis para leitura,i<strong>de</strong>ntificação e localização do produto,aparelhos que «nãocompensa as empresas adquirirem,uma vez que são utilizados apenas em períodos<strong>de</strong> pico, ou <strong>de</strong> inventário, uma vez por ano», explica.Para o primeiro ano <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, o gestor prevê um volume <strong>de</strong> negócios <strong>de</strong>45 mil euros, valor que <strong>de</strong>verá duplicar no segundo ano e ascen<strong>de</strong>r a 130 ou150 mil euros no terceiro. O plano <strong>de</strong> negócios prevê a criação <strong>de</strong> três postos<strong>de</strong> trabalho, em três anos. PONTO FORTEKNOW HOW DAS CADEIAS DE DISTRIBUIÇÃO E O FACTO DE ESTAR ASSOCIADAA UM CONJUNTO DE ENTIDADES RECONHECIDAS NA REGIÃO (OPEN, CENTIM-FE).PONTO FRACODISPONIBILIDADE DE RECURSOS NA FASE INICIAL.OPORTUNIDADEUNIVERSO DE PME DO DISTRITO.AMEAÇARECEPTIVIDADE DAS EMPRESAS À INTERVENÇÃO DE ENTIDADES EXTERNAS E O"PRECONCEITO DO ARMAZÉM", AINDA POUCO VALORIZADO NAS EMPRESAS.UMA GRANDE EMPRESA É...AQUELA QUE TEM UM NEGÓCIO QUE ACRESCENTA MUITO VALOR AO QUE TRANS-FORMA, COM RECURSOS HUMANOS COM QUALIFICAÇÕES AJUSTADAS ÀS FUN-ÇÕES QUE DESEMPENHAM, E QUE PRESTA UM SERVIÇO IRREPREENSÍVEL AOSSEUS CLIENTES.A LONGEVIDADE DAS EMPRESAS DEPENDE DE...DA FORMA COMO ADAPTAM OS SEUS PRODUTOS, OU SERVIÇOS, AO CICLO DEVIDA DOS MESMOS. DA CORRECTA PERCEPÇÃO DO CICLO DE VIDA DO PRODU-TO.INOVAR É...ACRESCENTAR VALOR.TRAZER AO CICLO DE CRESCIMENTO O PRODUTO, OU SER-VIÇO, QUE ESTÁ EM FIM DE MATURIDADE OU EM DECLÍNIO.MAIORESEMPRESAS76 250 DISTRITO DE LEIRIA


Lizauto Concessionário RenaultLEIRIA: ADM., VENDAS, OFICINAS E PEÇAS - R. DR. VIRGÍLIO VIEIRA DA CUNHA - BARRUIVO - AP. 3016 - 2401-903 LEIRIA - TEL. 244 829 730 - FAX 244 829 745 - E-mail:comercial@lizauto.ptRENAULT MINUTO - AV. HERÓIS DE ANGOLA, 34 - 2400-153 LEIRIA - TEL. 244 829 733MARINHA GRANDE: VENDAS, OFICINA E PEÇAS - AV. DO VIDREIRO, 55 - 2430-202 MARINHA GRANDE - TELS. 244 829 736/7 - FAX 244 560 655OURÉM: OFICINA E PEÇAS - RIBEIRINHO - 2490-629 OURÉM - TEL. 249 543 058CALDAS DA RAINHA: RUA DR. VITORINO FROIS - ESTRADA DA FOZ - 2500-256 CALDAS DA RAINHA - TEL. 262 838 447 - FAX 262 838 448Lizauto, Soc. Portuguesa <strong>de</strong> Comércio e Reparação <strong>de</strong> Automóveis, Lda.


EMPRESASINOVAÇÃO MOLDES E PLÁSTICOSEROFIO IMPLEMENTANOVO SOFTWAREA Erofio <strong>de</strong>senvolveu, no âmbito do Nitec - programa<strong>de</strong> apoio à investigação - um softwareque permitiu informatizar todo o processo <strong>de</strong>produção, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a encomenda à expedição.Informação mais centralizada e actualizada.Ganha-se tempo e rigor.O sistema recentemente implementado na Erofio permitesaber,a todo o momento,qual o ponto <strong>de</strong> situação <strong>de</strong>cada um dos projectos em curso. O programa apresenta,<strong>de</strong> forma fácil e intuitiva, informações como o número<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do projecto,imagem do mol<strong>de</strong>,dimensõese toda a sua nomenclatura, bem como as alteraçõesque vão sendo introduzidas e os funcionários envolvidosdurante cada uma das fases <strong>de</strong> produção.«Não háexcesso <strong>de</strong> informação, como acontecia com o programaanterior», explica Manuel Novo, administrador daempresa.Com um programa que «qualquer operador estáhabilitado a utilizar, elimina-se o papel, rentabilizasetempo e mais facilmente se responsabilizam aspessoas pelo seu trabalho. Para sermos competitivostemos <strong>de</strong> ter um processo <strong>de</strong> fabrico que permitafazer mais rápido e melhor, com rigor, e envol-PUBMiran<strong>de</strong>laMAIORES78 250 DISTRITO DE LEIRIA


PONTO FORTESOFTWARE QUE PERMITE TER TODA A PRODUÇÃO INFOR-MATIZADA. A COMPONENTE BIMATERIAL, NA ÁREA DEMOLDES E PLÁSTICOS. UMA EQUIPA DE TRABALHOCOM MÉDIA ETÁRIA BAIXA QUE PERMITE FÁCIL ADAP-TAÇÃO FACE A NOVAS TECNOLOGIAS.PONTO FRACOA ÁREA DE EROSÃO TEM DE SER MELHORADA.O PRÓ-XIMO INVESTIMENTO É NESSE SENTIDO.OPORTUNIDADEA COMPLEXIDADE DOS MOLDES,NAS ÁREAS DE INJEC-ÇÃO DE TRIMATERIAL E QUADRIMATERIAL.AMEAÇAUMA EVENTUAL ESTAGNAÇÃO NO DESENVOLVIMENTODE POLÍMEROS.UMA GRANDE EMPRESA É...NÃO TEM A VER COM DIMENSÃO,MAS COM O QUE PRO-DUZ E COM O POSICIONAMENTO A NÍVEL NACIONAL EINTERNACIONAL NO SEU SECTOR.TEM DE ESTAR BEMPOSICIONADA NA ÁREA TECNOLÓGICA E, EM COOPE-RAÇÃO COM OS CLIENTES,CONTRIBUIR COM O KNOWHOW PARA CRIAR RIQUEZA.A LONGEVIDADE DAS EMPRESAS DEPENDE DE...DA FORMAÇÃO CONTÍNUA,CASO CONTRÁRIO HÁ ESTAG-NAÇÃO E SUICÍDIO.INOVAR É...FAZER AMANHÃ MAIS RÁPIDO E COM MAIS QUALIDA-DE DO QUE HOJE.vendo menos operações», explica o empresário.Nesta batalha da melhoria contínua, a Erofio adquiriuainda um software que permite fazer a maquinaçãocontínua em cinco eixos, que se traduz na redução dotempo <strong>de</strong> fabrico do mol<strong>de</strong> em cerca <strong>de</strong> 25%,para além<strong>de</strong> melhorias no acabamento e dimensões mais precisas.Uma vez mais, em causa estão ganhos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>e produtivida<strong>de</strong>. «Temos <strong>de</strong> estar atentos à inovação,para que o equipamento compense o diferencial do custo<strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, e à formação para retirar partido damáquina. Depois <strong>de</strong> amortizado, o equipamento <strong>de</strong>veráser substituído», salienta o responsável da empresa. Aestratégia ditou o alargamento da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção eaposta em produtos <strong>de</strong> maior valor acrescentado.Tantona Erofio - Engenharia e Fabricação <strong>de</strong> Mol<strong>de</strong>s,como naempresa ligada à engenharia e injecção <strong>de</strong> termoplásticos- a Erofio Atlântico - têm sido <strong>de</strong>senvolvidos projectosligados ao bimaterial, uma área <strong>de</strong> valor acrescentado,emque o grupo preten<strong>de</strong> reforçar o seu posicionamento.Os plásticos surgiram como complemento aos mol<strong>de</strong>spara injectar algumas peças e testar os próprios mol<strong>de</strong>s.Aárea dos plásticos é também a que permite recuperaralguma da margem perdida nos mol<strong>de</strong>s, quandose trata <strong>de</strong> projectos que englobam as duas vertentes,explica o administrador.Manuel Novo não se mostra preocupado com o futuro.Aactuar em segmentos como os electrodomésticos,a indústria automóvel,a electrónica,jardim e cosméticos,a empresa produz para marcas <strong>de</strong> renome internacional.O volume <strong>de</strong> vendas da Erofio em 2006 rondou os quatromilhões <strong>de</strong> euros, enquanto o da Erofio Atlântico sefixou nos 900 mil euros. Actualmente, a Erofio tem emcarteira um valor <strong>de</strong> encomendas <strong>de</strong> três milhões <strong>de</strong> eurose a Erofio Atlântico 1,5 milhões <strong>de</strong> euros, o que significaque,a nível <strong>de</strong> injecção <strong>de</strong> termoplásticos,se regista umduplicação do valor face ao ano anterior. Os projectospassam agora pela aquisição <strong>de</strong> novos equipamentos eredimensionamento do espaço. PUBMAIORESEMPRESAS250 DISTRITO DE LEIRIA 79


INOVAÇÃO ARGILA EXPANDIDANOVOS MATERIAISPARA NOVASOPORTUNIDADESPONTO FORTECONSTANTE PROCURA DE SOLUÇÕES TECNICA-MENTE DESENVOLVIDAS QUE PERMITAM CRIARVALOR AOS PRODUTOS. FORTE LIGAÇÃO AOS DIVER-SOS AGENTES DO MERCADO, SOBRETUDO DO INÍ-CIO DA CADEIA, OS QUE EXIGEM E VIABILIZAMNOVAS SOLUÇÕES.PONTO FRACODIFICULDADE EM AUTO-FINANCIAMENTO DADAS ASCONDIÇÕES DO MERCADO. RECURSOS HUMANOSQUE CHEGAM POUCO PREPARADOS.OPORTUNIDADEMERCADOS DA REABILITAÇÃO E OBRAS-PÚBLICAS,ONDE SE ESPERA UM AUMENTO DO INVESTIMEN-TO.AMEAÇACONTINUIDADE DA FALTA DE CRESCIMENTO ECO-NÓMICO, INDUZIDA AINDA MAIS COM A CRISE FINAN-CEIRA INTERNACIONAL.A inovação para nós dura há 20 anos. Éassim que Arménio Ferreira da Silva, director-geraldo Grupo Maxit, dá início à conversa.O expectável <strong>de</strong>senvolvimento domercado da reabilitação - habitacional e<strong>de</strong> infra-estruturas públicas - dita a apostano <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> argamassas industriaise novas utilizações da argila expandidaLeca®.Detentora <strong>de</strong> produtos inovadores a nível europeu,a Maxit, se<strong>de</strong>ada em Avelar, posiciona-se em duasáreas <strong>de</strong> negócio distintas: a argila expandida - utilizadaem materiais <strong>de</strong> construção e betões leves -e as argamassas industriais.As activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> I&D são <strong>de</strong>senvolvidas tantono seio da empresa - que em Portugal possui trêsunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção - como no Grupo Maxit, anível europeu, «o que é uma enorme mais-valia»,DR<strong>de</strong>vido aos recursos que o processo exige. Em causaestá mais uma fonte <strong>de</strong> inovação que permite«acelerar a chegada ao mercado», explica o responsável.A inovação acontece quer ao nível dos processosindustriais - tendo em vista o aumento da produtivida<strong>de</strong>e promoção da melhoria contínua - querno <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos.«Quando sei<strong>de</strong>ntificam oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado é obrigatórioinovar», <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o director-geral, salientando aimportância <strong>de</strong> fomentar a inovação a nível interno,através <strong>de</strong> formação e parcerias com universida<strong>de</strong>se instituições ligadas ao sector da construção.No segmento das argamassas industriais,a empresaavançou recentemente com um novo produto,uma argamassa mais leve - resultado da incorporaçãoda argila expandida - «muito indicada para ➭➭MAIORESEMPRESAS80 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASGRANDE EMPRESA É...A QUE PROMOVE O SEU DESENVOLVIMENTO, DOSSEUS RECURSOS HUMANOS, E DA COMUNIDADEEM GERAL DE FORMA SUSTENTADA E ACOMPANHAA EVOLUÇÃO DO MERCADO.A LONGEVIDADE DEPENDE DE...ATENÇÃO ÀS OPORTUNIDADES DO MERCADO EGERAÇÃO DE MEIOS PRÓPRIOS PARA INVESTIR NAINOVAÇÃO. É PRECISO CONSEGUIR FAZER A RENO-VAÇÃO DAS SUAS CÉLULAS - RECURSOS HUMA-NOS E FINANCEIROS - EM FUNÇÃO DO MERCADO.INOVAR É...APROVEITAR NOVAS OPORTUNIDADES.a área da reabilitação,que envolve pavimentos commenos capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga», exemplifica.A levezado material é o que está também em causa norecente dos betões leves estruturais - que incorporamtambém argila expandida, <strong>de</strong>sta feita <strong>de</strong>alta resistência - direccionados para os mercados<strong>de</strong> reabilitação e obra nova, um material que➭➭ traduz «uma nova abordagem à engenhariaem Portugal».A aplicação da argila expandida em obras <strong>de</strong>geotecnia,públicas e infra-estruturais,para imprimirmaior estabilida<strong>de</strong> aos aterros é também um <strong>de</strong>senvolvimentorecente. A Geoleca «é mais leve e maisestável,tem um bom comportamento à carga»,explica,dandoconta <strong>de</strong> exportações <strong>de</strong>ste material paraInglaterra, Espanha e Holanda.A Leca® - marca registada das bolinhas <strong>de</strong> argilaexpandida - é um produto resultante <strong>de</strong> argilanatural,com proprieda<strong>de</strong>s térmicas e acústicas,resistênciaestrutural e ao fogo,características que representamo valor acrescentado dos diversos produtosem que marca presença.A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inovaçãocomeça <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo no corpo <strong>de</strong> engenharia da empresa- constituído por 15 engenheiros nas áreas civil,química e mecânica. Mas neste processo «toda agente é envolvida interdisciplinarmente,em estudose projectos <strong>de</strong> inovação», garante. «Na Maxit não<strong>de</strong>sligamos a componente técnica da comercial,porquea inovação só faz sentido se correspon<strong>de</strong>r a umin-put <strong>de</strong> mercado», salienta.SUSTENTABILIDADE INTRÍNSECAEstando envolvida na construção <strong>de</strong> habitats e autilizar um recurso natural, a sustentabilida<strong>de</strong> acabapor ser «intrínseca à activida<strong>de</strong> da Maxit» e a construçãosustentável «inerente à sua missão».Um exemplo<strong>de</strong> contributo para a sustentabilida<strong>de</strong> é o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> materiais para o aligeiramento: «ao retirarpeso,induzimos um menor consumo <strong>de</strong> energia,maiorprodutivida<strong>de</strong> e menos <strong>de</strong>sperdício», sustenta.Os obstáculos à inovação resi<strong>de</strong>m fundamentalmentena burocracia, que por vezes os <strong>de</strong>move <strong>de</strong>recorrer a apoios. Como em todas as organizações,importa também vencer a acomodação, «com persistênciae envolvendo as pessoas nos projectos».A inovação tem <strong>de</strong> estar enraizada na cultura daempresa, na perspectiva <strong>de</strong> se diferenciar do mercado,consi<strong>de</strong>ra o responsável. Quanto ao Estado,era fundamental que funcionasse e não funciona.«A burocracia e lentidão nos licenciamentos é gritante,a justiça não actua <strong>de</strong> forma célere e quemcopia ganha vantagem.O principal factor para <strong>de</strong>senvolvera inovação é a renovação e a inovação do próprioEstado.Ainda não vi um sentido estratégico paraisso», finaliza. MAIORES82 250 DISTRITO DE LEIRIA


INOVAÇÃO CERÂMICA UTILITÁRIA E DECORATIVAFARIA & BENTODESENVOLVE CERÂMICARESISTENTE À CHAMAPUBA recém lançada cerâmica resistente à chamarepresenta apenas um patenteado exemplodos novos produtos <strong>de</strong>senvolvidos noslaboratórios e gabinetes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign da Faria& Bento. O investimento anual em I&D ascen<strong>de</strong>a 4% das vendas. A garantia <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>do sector.O produto cerâmico que a Faria & Bento <strong>de</strong>senvolveue patenteou a nível internacional permite ocontacto directo com a chama, vitrocerâmica, placaeléctrica, forno e micro-ondas, com significativaseconomias <strong>de</strong> consumo energético. É o resultado<strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong> três anose <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> investimento, revela Carlos Faria,presi<strong>de</strong>nte da empresa.A Faria & Bento tem ainda em <strong>de</strong>senvolvimentouma linha <strong>de</strong> cerâmica com tampa <strong>de</strong> plástico,hermeticamente fechada, concebida «para facilitara vida ao consumidor», que po<strong>de</strong> assim aqueceros alimentos directamente no recipiente quevem do frigorífico.Ciente da crescente importância do <strong>de</strong>sign e criativida<strong>de</strong>à mesa,a empresa apresenta também umalinha <strong>de</strong> pratos concebida em conjunto com EyüpKemal Sevinç, um famoso chefe <strong>de</strong> cozinha turco.No leque <strong>de</strong> produtos inovadores, Carlos Faria<strong>de</strong>staca ainda o copo cerâmico com caixa <strong>de</strong> ar,que impe<strong>de</strong> que a temperatura do líquido passepara o exterior do copo, mantendo-o à temperaturaambiente.«As fábricas têm <strong>de</strong> ter iniciativa, po<strong>de</strong>r criativo,pessoal técnico à altura e condições para <strong>de</strong>senvolvernovos produtos. Já lá vai o tempo em queera o cliente que vinha à nossa procura», explica oempresário, mostrando confiança no futuro dasempresas que enveredarem por este caminho.Numa indústria em que a mão-<strong>de</strong>-obra po<strong>de</strong>pesar 40% dos custos, e a energia entre 12 a 13%,é impensável fazer cerâmica em massa. «A cerâmicaportuguesa tem condições para sobreviver,mas tem <strong>de</strong> se ajustar.Existe mercado para o <strong>de</strong>sign,para a qualida<strong>de</strong> do produto e do serviço, e paraempresas que <strong>de</strong>monstrem alguma preocupaçãoambiental, uma área em que a Faria & Bento foipioneira a nível mundial no sector, no que toca acertificação. O nosso cliente quer produtos <strong>de</strong> valoracrescentado para ganhar dinheiro», explica o responsávelpela empresa que emprega 160 pessoas.A qualida<strong>de</strong> do produto e contínua aposta eminovação garantem o fornecimento <strong>de</strong> uma linha<strong>de</strong> forno para clientes como a Tesco, bem como apresença <strong>de</strong> louça <strong>de</strong> mesa em prestigiados restaurantese hotéis um pouco por todo o mundo.LOUÇA UTILITÁRIACOM MAIS OPORTUNIDADESA Faria & Bento produz também louça <strong>de</strong>corativa,mas foi no segmento utilitário que encontrouMAIORESEMPRESAS84 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASPONTO FORTEPOLIVALÊNCIA.NINGUÉM TEM LUGAR FIXO NA EMPRE-SA. OS COLABORADORES TÊM UM CONHECIMENTOVASTO DAQUILO QUE É A CERÂMICA.PONTO FRACOSÃO PONTUAIS E VÃO-SE COMBATENDO NO DIA A DIA.OPORTUNIDADEESTAR ATENTO ÀS EXIGÊNCIAS DOS MERCADOS E RES-PONDER COM RAPIDEZ. A VIDA DO PRODUTO É CUR-TA E EXIGE UM INVESTIMENTO CONTÍNUO.AMEAÇANÃO TER CONTROLO SOBRE OS CUSTOS ENERGÉTI-COS.HÁ UM INCENTIVO AO CONSUMO DE GÁS.A DIFE-RENÇA DA FACTURA DE UMA EMPRESA QUE CONSO-ME POUCO E OUTRA QUE CONSOME MAIS CHEGA ASER DE 42%.UMA GRANDE EMPRESA É...ORGANIZADA, COM BOM PRODUTO, BOA FORÇA DEVENDAS, BOA IMAGEM E CUMPRIDORA DOS SEUSDEVERES.A LONGEVIDADE DAS EMPRESAS DEPENDE DE...HONESTIDADE DOS EMPRESÁRIOS,FIDELIZAÇÃO DOSCLIENTES,PODER CRIATIVO E QUADROS QUE POSSAMVESTIR A CAMISOLA DA EMPRESA E DEFENDER O PRO-JECTO QUE CRIOU.INOVAR É...PENSAR DIARIAMENTE O QUE SE PODE FAZER MELHORAMANHÃ E SABER OUVIR. UMA EMPRESA CERTIFICA-DA TODOS OS DIAS TEM MELHORIAS A FAZER.mais oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> diferenciação no mercado,e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> explorar a restauraçãoe hotelaria a nível internacional. A louça utilitáriaem faiança e grés cerâmico representam 80% daprodução da empresa, que no global assegurauma facturação anual na or<strong>de</strong>m dos cinco milhões<strong>de</strong> euros, 95% dos quais oriundos do mercadoexterno. Em Agosto <strong>de</strong>ste ano, a performance daempresa já superava em 12% a do ano anterior.Os principais mercados são a Inglaterra, Françae Espanha, com o ano <strong>de</strong> 2007 a marcar aentrada no Egipto, através <strong>de</strong> feiras e agenteslocais.As feiras representam uma forte aposta <strong>de</strong>marketing e a empresa assegura nos principaiscertames mundiais do sector. Carlos Faria apontaainda a Rússia enquanto mercado-alvo, bemcomo a Índia, que consi<strong>de</strong>ra ter um potencial superiorao da China.A produção mensal ronda as 120mil peças, «produzidas por encomenda e não parastock», finaliza o empresário. PUBMAIORES250 DISTRITO DE LEIRIA 85


INOVAÇÃO SOFTWAREDREAMBYTE DESENVOLVESOFTWARE PARAESPECIALIDADES MÉDICASGaleno é a marca do software que prometeajudar a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> psiquiatras e psicólogos.Em causa está a gestão administrativado consultório, bem como acomponente clínica, on<strong>de</strong> se incluem ostestes utilizados naquelas especialida<strong>de</strong>s.Para a distribuição do produto, a Dreambytefirmou uma parceria com a farmacêuticaAlter.PUBSERVIÇOS DE GESTÃOCampo Gran<strong>de</strong> 28, 4.º A1700-093 LisboaTel. 217 801 285 - 217 966 168Fax 217 966 169Av. Bernardo PimentaEdifício NERLEI2404-010 <strong>Leiria</strong>Tel 244 828 545Fax 244 470 145Loja 1 A (CNEMA)Apartado 3312001-904 SantarémTel/Fax 243 351 200geral@cautio.ptwww.cautio.ptCriar software à medida do cliente, optimizado- sem excesso <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s - é o objectivoe elemento diferenciador da Dreambyte, umaempresa fundada por Rui Reis e recentementeadquirida, em 51%, pela EST - Empresa <strong>de</strong> ServiçosTécnicos. O programa Galeno - que estaráno mercado ainda este mês - representa o primeiroproduto vocacionado para a área das especialida<strong>de</strong>smédicas, um nicho <strong>de</strong> mercado on<strong>de</strong>a Dreambyte preten<strong>de</strong> vingar.Em causa está um investimento <strong>de</strong> 150 mileuros e dois anos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produto.O software apresenta uma vertente administrativaque é transversal às diversas especialida<strong>de</strong>smédicas, enquanto a componente clínica seráajustada em função da especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cadauma. Na fase <strong>de</strong> arranque, o Galeno está preparadopara dar resposta às áreas <strong>de</strong> psiquiatria epsicologia, prevendo-se um posterior alargamentoa outras especialida<strong>de</strong>s.A parceria com a Alter - que envolve a aquisição<strong>de</strong> licenças do software para psiquiatras -vem impulsionar a distribuição e vendas do Galeno,estando previstas, para as duas especialida<strong>de</strong>s,receitas na or<strong>de</strong>m dos 200 mil euros duranteo primeiro semestre <strong>de</strong> comercialização. Aempresa tenciona ainda, a breve trecho, entrar nomercado espanhol com uma versão traduzida doprograma.«Voltámos ao período em que personalizamoso software. Para uma especificação sectorial ➭➭MAIORESEMPRESAS86 250 DISTRITO DE LEIRIA


PONTO FORTECAPACIDADE DE PRODUZIR ALGO DIFERENCIADORE ESPÍRITO CRIATIVO.PONTO FRACODIMENSÃO DA EMPRESA EM MATÉRIA DE RECUR-SOS HUMANOS, A CORRIGIR BREVEMENTE. FALTADE DIVULGAÇÃO DOS SERVIÇOS NA ÁREA DE DESIGNE WEBDESIGN.OPORTUNIDADENICHOS DE MERCADO DENTRO DA ÁREA MÉDICAE O MERCADO ESPANHOL, A MÉDIO LONGO PRA-ZO.AMEAÇACONCORRÊNCIA DESLEAL.➭➭ respon<strong>de</strong>mos com um software construído àmedida. Há uma tendência para a simplificação.Esta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e adaptaçãoa realida<strong>de</strong>s profissionais específicas diferenciaas empresas nesta área. Preten<strong>de</strong>-se queUMA GRANDE EMPRESA É...AQUELA QUE SABE ESTAR NO MERCADO GLOBALE QUE - COM O MÍNIMO DE CUSTOS E POR VIA DAINOVAÇÃO - CONSEGUE CRIAR ALGO DIFERENCIA-DOR E MAXIMIZAR RECEITAS.A LONGEVIDADE DAS EMPRESAS DEPENDE DE...DOS COLABORADORES E DA FORMA COMO SEN-TEM A EMPRESA. PARA ISSO O GESTOR TEM DEAPOSTAR NA AUTONOMIA E NA RESPONSABILIDA-DE, TER UM PRODUTO DE QUALIDADE, INOVADORE UMA VISÃO ESTRATÉGICA GLOBAL.INOVAR É...PROCURAR UMA OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO,ESTUDÁ-LA APROFUNDADAMENTE E EXECUTAR OPRODUTO, OU SERVIÇO, CORRESPONDENTE, SEMMEDO DE ARRISCAR. OBRIGA À PRESENÇA CONS-TANTE DE UM FIO CONDUTOR.a aplicação <strong>de</strong>senvolvida seja tão ajustada e intuitivaque minimize as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formaçãoe manutenção», explica Rui Reis, que assume agestão da empresa.No portefólio da Dreambyte estão tambémpequenas aplicações <strong>de</strong>senvolvidas para a indústria<strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s, logística e gestão <strong>de</strong> infantários,bem como trabalhos na área <strong>de</strong> web<strong>de</strong>sign e imagemcorporativa das empresas, activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>maior constância que garantem a sustentabilida<strong>de</strong>em fases <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novo software,explica o responsável.A tipologia do trabalho <strong>de</strong>senvolvido justificaa abrangência do mercado geográfico da empresa,que conta com clientes um pouco por todo oPaís, e até no Brasil. «Hoje <strong>de</strong>senvolvem-se sitessem nunca se ver a cara do cliente. O mercado églobal e os processos <strong>de</strong> comunicação associadosmudaram imenso», sustenta.Em 2006, a Dreambyte - que dá emprego aoito pessoas - facturou 90 mil euros, um valor queadvém essencialmente do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sites e das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign e trabalho daimagem corporativa <strong>de</strong> empresas. Para 2007, RuiReis estima um crescimento <strong>de</strong> cem por cento,um ritmo que se <strong>de</strong>verá manter durante os próximosanos. O plano <strong>de</strong> negócios aponta para umvolume <strong>de</strong> vendas entre os 750 mil a um milhão<strong>de</strong> euros em 2009. PUBMAIORESEMPRESAS88 250 DISTRITO DE LEIRIA


INOVAÇÃODRA LN MOLDESE A INOVAÇÃOTal como acontece com todas as empresas queapostam na qualida<strong>de</strong> da gestão enquanto fundamentoessencial do sucesso empresarial,a LN Mol<strong>de</strong>senten<strong>de</strong> a estratégia como o factor essencial eresponsável pela sustentabilida<strong>de</strong> da empresa,encarando-asob uma perspectiva dinâmica e capaz <strong>de</strong>respon<strong>de</strong>r aos <strong>de</strong>safios que o mercado nos vai colocando.É <strong>de</strong> referir, a este propósito, que esta dinâmicaganha coerência através da missão e da visãoque adoptámos para a nossa empresa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a suafundação. Posso dizer que a nossa missão se po<strong>de</strong>resumir na procura permanente da satisfação dasnecessida<strong>de</strong>s e anseios dos nossos clientes,e tambémdas dos clientes dos nossos clientes, enquantoa visão que prosseguimos se po<strong>de</strong> expressar no<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> nos tornarmos <strong>de</strong> forma crescente e consolidadanuma empresa <strong>de</strong> referência incontornávelna produção <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alta precisão, procurandosempre mercados/produtos mais exigentes,para que venha a ser reconhecida internacionalmente,assim como uma forte contribuidora para aboa imagem dos mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> origem portuguesa nomercado mundial.Quanto à exigência <strong>de</strong> mercado, esta po<strong>de</strong> ser<strong>de</strong>scrita como actor a exercer pressão contínua,que aponta, cada vez mais, por menos custo, prefigurandoassim um mercado com ambições crescentespara o alargamento da transferência <strong>de</strong> valor.Princípio que tem <strong>de</strong> ser necessariamente incor-PONTOS FORTES DA LN MOLDESBOA IMAGEM NO MERCADO; ELEVADAS CAPACI-DADES TÉCNICA E TECNOLÓGICA; ESPÍRITO INO-VADOR E CAPACIDADE DE INOVAÇÃO; COMPETÊN-CIA DISTINTIVA DE PROJECTO; RESPOSTA ATEMPADAPARA PROCURAS DIVERSIFICADAS; ELEVADA APE-TÊNCIA PARA A COOPERAÇÃO; RECONHECIMENTOPOR PARTE DOS CLIENTESPONTOS FRACOSREDE INTERNACIONAL POUCO EXPANDIDA; FRACAPRESENÇA (AUSÊNCIA DE LOBBY PORTUGUÊS) EMGRANDES PROJECTOS INTERNACIONAIS; NECES-SIDADE DE MELHOR/MAIOR POLIVALÊNCIA DA MÃO-DE-OBRAporado na <strong>de</strong>finição das estratégias empresariaisque se preten<strong>de</strong>m ganhadoras e on<strong>de</strong> a inovaçãoé parte da solução, forçando-nos a procurar, a todoo momento, novos tipos <strong>de</strong> oferta.A inovação não é, nem po<strong>de</strong> ser, encarada comoobjectivo ou função da empresa. Ela é um meio parao reforço concorrencial,embora muito po<strong>de</strong>roso e,porisso, muito importante, servindo para as empresaspo<strong>de</strong>rem respon<strong>de</strong>r aos <strong>de</strong>safios que se lhe colocam.É fácil pois compreen<strong>de</strong>r que a resposta inovadorada LN Mol<strong>de</strong>s se tem baseado no imperativo<strong>de</strong> oferecer no mercado as soluções técnicas e tecnológicasque possibilitam a mais robusta transferência<strong>de</strong> valor para os nossos clientes. Procurandoem tal processo ir introduzindo as inovações que<strong>de</strong>correm do exercício permanente <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> superior<strong>de</strong>sempenho dos produtos que oferecemos,numa lógica <strong>de</strong> satisfação das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>clientes, directos e indirectos.Catalogadas as hipóteses <strong>de</strong> inovação, <strong>de</strong>senhamos<strong>de</strong> seguida a articulação das potencialida<strong>de</strong>sque possuímos (próprias e a que temos acesso)para po<strong>de</strong>rmos fortalecer a nossa oferta. Comotrabalhamos essencialmente no sector industrial, éfundamental e indispensável, que em tal processo,cooperemos activamente com o nosso parceiro"cliente", particularida<strong>de</strong> que, no nosso caso, tevee tem, uma importância crucial. Outro aspecto relevanteconsiste em integrar uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> competênciascientíficas e tecnológicas que nos permitarespon<strong>de</strong>r satisfatoriamente aos <strong>de</strong>safios que assumimos,pormenor que é <strong>de</strong>terminante para a credibilida<strong>de</strong>junto do mercado, e que, no nosso caso,ganhou uma expressão que muito nos honra.Na LN Mol<strong>de</strong>s encaramos os <strong>de</strong>safios como conjuntoarticulado <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e ameaças para um<strong>de</strong>terminado negócio, po<strong>de</strong>ndo dizer , "em síntese",que as principais ameaças que encaramos,penso quecomuns à maioria das empresas portuguesas do sector,são, em primeiro lugar e no plano estratégico: acarência <strong>de</strong> margens <strong>de</strong> manobra para penetração emnovos mercados; as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alargamento daprodutivida<strong>de</strong> quer do trabalho quer do capital; a falta<strong>de</strong> um clima generalizado <strong>de</strong> apoio à inovação; aemergência acelerada <strong>de</strong> novos concorrentes a nívelplanetário; uma forte tendência para atitu<strong>de</strong>s concorrenciaisorientadas sobretudo para a competitivida<strong>de</strong>preço,não valorizando <strong>de</strong>vidamente o conhecimento;a pressão cambial motivada pela continuada <strong>de</strong>svalorizaçãodo dólar face ao euro; a crescente insegurançano mercado internacional acompanhada pelaausência, entre nós, <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quados <strong>de</strong> mecanismos<strong>de</strong> seguro e financiamento <strong>de</strong> créditos.Quanto a novas oportunida<strong>de</strong>s, não será alheia aboa imagem que a LN Mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sfruta no mercado.Resumidamente enumero outras vertentes: as potencialida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> inovações tecnológicas;a implementação <strong>de</strong> novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio assentesno alargamento das ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> valor; a oportunida<strong>de</strong><strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s clientes emoperações <strong>de</strong> investimento directo no estrangeiro e emmercados promissores e a emergência <strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> negócio nos <strong>de</strong>signados países com economiasemergentes.Mas a gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> é a que <strong>de</strong>corre nospaíses que agora aparecem como concorrentes seestarem a transformar progressivamente em gran<strong>de</strong>sclientes, processo que se consolidará pela emergência<strong>de</strong> classes médias significativas e economicamentepo<strong>de</strong>rosas. Intervenção em que os políticos, especialmenteno quadro da União,<strong>de</strong>vem <strong>de</strong>senvolver trabalhoespecífico para o possibilitar.A PROSPERIDADE DA EMPRESA DEPENDE…Da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> em cada momento da suavida se encontrarem as a<strong>de</strong>quadas combinações<strong>de</strong> recursos, competências e talentos, face a cadacontexto <strong>de</strong> procura e seu respectivo ambientecompetitivo. Em última instância <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> obviamenteda sua gestão.INOVAR É…Disponibilizar no mercado novas e criativassoluções para problemas novos e antigos, agirsegundo novos e mais potentes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestãoe <strong>de</strong> negócio, encontrando em cada momento<strong>de</strong> "empresariar" os equilíbrios indispensáveisá sustentabilida<strong>de</strong> da activida<strong>de</strong> da empresa. Leonel Costa, empresárioMAIORESEMPRESAS90 250 DISTRITO DE LEIRIA


OPINIÃO MÁRCIO LOPES *A DESCONTINUIDADEE A REGIÃO DE LEIRIAPortugal entrou no século XXI em movimento<strong>de</strong> divergência sistemática com aeconomia mundial. A partir <strong>de</strong> 2001, quandoa Espanha, a Europa e o Mundo já estavamem compasso <strong>de</strong> recuperação, Portugalainda teimava em divergir.Quatro gran<strong>de</strong>s factores contribuíram para a divergência:1. Entrada <strong>de</strong> novos agentes nos mercadosinternacionais; 2. Ausência <strong>de</strong> planeamentoestratégico ao nível micro e mesoeconómico(empresas e sectores); 3. Irracionalida<strong>de</strong> no comportamentodos agentes económicos numa conjuntura<strong>de</strong> juros baixos; e 4. Oscilações bruscasdo ciclo político com implicações nas PolíticasPúblicas e no Orçamento <strong>de</strong> Estado. O efeito combinado<strong>de</strong>sses quatro factores sugere a possibilida<strong>de</strong>iminente da economia portuguesa entrarnuma fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>, com algumasregiões, cujo tecido empresarial está mais expostoaos factores supracitados, já estarem mesmoa experimentá-la.Em 2005, as cinquenta maiores empresas dodistrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> ven<strong>de</strong>ram 25% (400 milhões <strong>de</strong>euros) a menos do que as cinquenta maioresempresas no ano 2000. Segundo a teoria <strong>de</strong>Joseph Schumpeter, a <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> é entendidacomo uma mudança <strong>de</strong> rotura no fluxo circularda activida<strong>de</strong> económica. Um distúrbio noequilíbrio existente e, ao mesmo tempo, germinador<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento futuro. Geralmente, asempresas apresentam dois comportamentos dis-tintos como reacção à <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>: uma respostaadaptativa e uma resposta criativa. Na respostaadaptativa, a empresa assume uma postura<strong>de</strong> sobrevivência no mercado em mudança,e mantém-se inerte perante o futuro. Na respostacriativa, emerge uma nova raça <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>doresinovadores. A inovação conduz a umareestruturação da posição competitiva das empresas,impondo ao sector um contexto <strong>de</strong> <strong>de</strong>struiçãocriativa.A verda<strong>de</strong> é que, para dados do INE(2004), a taxa <strong>de</strong> constituição <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>s naRegião <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (distrito mais Ourém) foi <strong>de</strong> 6,5%,contra 7,8% em Aveiro e 7,2% no total do País,posicionando a Região com um forte potencial<strong>de</strong> crescimento da activida<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dora.A economia da Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> é formadapor aglomerações industriais bem <strong>de</strong>finidas: mol<strong>de</strong>s,plásticos, vidro, pedras e rochas ornamentais,areeiros, a fileira da ma<strong>de</strong>ira e alguma agriculturacompetitiva no Oeste. De acordo comErnâni Lopes, na <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>, o que é postaem causa é a própria i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do sector ea sua importância relativa no sistema económicodo País. Apesar <strong>de</strong> ser extremamente difícilfazer o diagnóstico da <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>, a minhaopinião é a <strong>de</strong> que a Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está a viven-MÁRCIO C. LOPES É LICENCIADO EM ECONOMIAPELA UNIVERSIDADE GAMA FILHO (RIO DE JANEI-RO), MESTRE EM ECONOMIA EUROPEIA (UNI-VERSIDADE DE COIMBRA) E DOUTORANDO EMECONOMIA (UNIVERSIDAD EXTREMADURA).A DESCONTINUIDADE DA ECONOMIA PORTUGUESAciá-la <strong>de</strong> uma forma incontornável, mas sem sabercomo impor uma resposta criativa a<strong>de</strong>quada. Aresposta criativa não é um estado previsível a partirdo presente, mas mo<strong>de</strong>la o futuro. E a sua germinaçãotorna-se mais intensa e profunda conformeo capital social existente numa socieda<strong>de</strong>.Afinal o que é preciso na Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> para asua dinâmica <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição criativa?Empreen<strong>de</strong>dorismo inovador (start ups) <strong>de</strong>tecnologia avançada, incorporando capital humanoqualificado e formado na Região.Elaboração <strong>de</strong> propostas cooperativas e integradoras(tríplice hélice - Governo local/Politécnico/Empresas)para o QREN 2007-2013.Uma estratégia do sector bancário ao níveldas direcções regionais para alicerçar os ganhos<strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> da região (crédito selectivo).* professor adjunto <strong>de</strong> Economia no IPLMAIORESEMPRESAS92 250 DISTRITO DE LEIRIA


BASE DE DADOS DA LISTAGEM DE EMPRESAS FORNECIDA POR:DEZ MAIORES EM RESULTADO LIQUIDONº EMPRESA EUROS3 ROCA, S.A. 21.938.654,792 C.M.P. - CIMENTOS MACEIRA E PATAIAS, S.A. 12.962.567,571 LENA ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. 6.648.016,107 GALLOVIDRO, S.A. 4.482.561,3536 CONSTRUÇÕES PRAGOSA, S.A. 3.573.920,6929 SOCIEDADE AGRICOLA DA QUINTA DA FREIRIA, S.A. 3.106.041,60168 IRMÃOS MOTA, LDA 2.807.065,6823 KEY PLASTICS PORTUGAL, S.A. 2.693.927,005 MOVICORTES - SERVIÇOS E GESTÃO, S.A. 2.098.830,004 T.S. - THOMAZ DOS SANTOS, S.A. 2.034.840,51ANÁLISEVOLUME DE VENDASDAS 250 MAIORESCRESCE 16,9%DEZ MAIORES SUBIDAS EM VENDASNº EMPRESA %24 RESPOL - RESINAS, S.A. 211,95123 ESTALEIROS NAVAIS DE PENICHE, S.A. 201,5345 DDO - DERIVADOS DE OVOS, LDA 118,16183 MD MOLDES, MANUEL DOMINGUES, LDA 102,7128 CABOPOL - INDUSTRIA DE COMPOSTOS, S.A. 70,4971 FASSALUSA - PROD. E COM. DE MAT. DE CONSTRUÇÃO, LDA 70,48235 OBRICALDAS - SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO CIVIL, LDA 60,70132 LAJEMAR - SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO, LDA 60,0959 ELECTROFER II - CONSTRUÇÕES METALICAS, LDA 55,58234 DIAMANTINO MALHO & CA., LDA 51,70DEZ MAIORES DESCIDAS EM VENDASNº EMPRESA %210 SIROLIS - PREFABRICADOS DE BETÃO, S.A. -16,34249 GRANMALCO - COMERCIAL DE GRANITOS, LDA -17,41200 LUBRIFLORES - COMÉRCIO E REPARAÇÃO AUTOMOVEL, LDA -18,1353 ANIBAL DE OLIVEIRA CRISTINA, LDA -18,4972 PROMOL - INDUSTRIA DE VELAS, S.A. -18,62197 LTO - LAVOURAS E TERRAPLANAGENS DO OESTE, LDA -18,7620 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES JOSE COUTINHO, S.A. -20,54212 RAÇÕES SELECÇÃO, S.A. -22,2151 IBEROMOLDES, S.A. -22,33100 MARGO PLASTICOS, S.A. -26,62DEZ MAIORES EM CUSTOS COM PESSOALNº EMPRESA EUROS6 HOSPITAL DE SANTO ANDRE, E.P.E. 37.477.260,831 LENA ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. 22.680.218,723 ROCA, S.A. 16.032.817,462 C.M.P. - CIMENTOS MACEIRA E PATAIAS, S.A. 12.959.138,0623 KEY PLASTICS PORTUGAL, S.A. 10.554.802,00103 NOVA SERVIÇOS, LDA 10.300.273,397 GALLOVIDRO, S.A. 9.426.151,2622 SCHAEFFLER PORTUGAL, S.A. 8.245.568,7767 TRANSPORTES MACHADO & BRITES, LDA 6.623.986,0084 SPAL - SOC. DE PORCELANAS DE ALCOBAÇA, S.A. 6.460.365,75O ano <strong>de</strong> 2006 revela uma melhoria da performance ven<strong>de</strong>dora das 250maiores empresas do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, contrariando a tendência do anoanterior. Recuperação também para o emprego, embora com reflexos negativosno custo médio por colaborador.Em 2006,as 250 Maiores Empresas do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> geraram quatro mil milhões<strong>de</strong> euros <strong>de</strong> vendas, mais 16,9% do que no ano anterior, o que compara com asubida <strong>de</strong> apenas 2,1% que se registou <strong>de</strong> 2004 para 2005.Os resultados líquidos das 243 empresas que disponibilizaram essa informaçãosomam 120,5 milhões <strong>de</strong> euros, enquanto o VAB <strong>de</strong> 244 empresas apuradasascen<strong>de</strong>u a 837 milhões <strong>de</strong> euros.As sete maiores empresas em volume <strong>de</strong> vendassomam um VAB <strong>de</strong> 222,6 milhões <strong>de</strong> euros, o que representa 26,6% do VABtotal e uma subida <strong>de</strong> 33,9% face ao valor apresentado pelas sete maiores <strong>de</strong> 2005.Em 2006, 95 empresas viram o seu volume <strong>de</strong> vendas <strong>de</strong>scer, o que, comparacom 85 <strong>de</strong>scidas no ano anterior.Quanto ao volume <strong>de</strong> vendas gerado pelas <strong>de</strong>z maiores empresas, ascen<strong>de</strong>u a791,7milhões <strong>de</strong> euros - mais 17,6% do que em 2005 - enquanto o seu peso nototal <strong>de</strong> vendas se mantinha nos 19,7%.No que respeita à empregabilida<strong>de</strong>, o ranking regista um subida <strong>de</strong> 2,9%, paraos 24.581 colaboradores, uma leve recuperação do recuo <strong>de</strong> 7,2% registado noexercício anterior.Também a produtivida<strong>de</strong> média por colaborador regista uma melhoria,<strong>de</strong>sta feita <strong>de</strong> 9,6% para os 157 mil euros/ano. Os custos com o pessoal das243 empresas que forneceram essa informação somam 441,4 milhões <strong>de</strong> euros,o que perfaz uma custo médio anual por trabalhador <strong>de</strong> 18,5 mil euros ano,menos4,4% relativamente ao custo médio registado no ano anterior.Em 2006 as <strong>de</strong>z maiores empresas <strong>de</strong>ram emprego a 3872 pessoas (15,75%do total, em idêntica proporção face ao ano anterior), mais 17,4% que em 2005.Os custos com pessoal somaram 109,4 milhões <strong>de</strong> euros,o que representa 24,8%do total das empresas do ranking e um custo médio anual por colaborador <strong>de</strong> 28,3mil euros, claramente acima da média apurada <strong>de</strong> 18,5 mil euros.TOP 3 PERMANECE INALTERADONo topo do ranking surge a Lena Engenharia e Construções há três anos consecutivos.Manter é palavra <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m também para a CMP - Cimentos Maceira ePataias e para a Roca, que se fixam na segunda e terceira posições, respectivamente,à semelhança do ano anterior. Em quarto lugar surge a Thomaz dos Santos(5º em 2005), retirando lugar à Gallovidro que <strong>de</strong>sceu para sétimo.Quanto ao quinto lugar, é agora ocupado pela Movicortes que subiu <strong>de</strong> sétimo,seguindo-se o Hospital <strong>de</strong> Santo André que mantém a sexta posição.A La Redoutemantém também o oitavo lugar, enquanto a Auto Júlio e a Suinicomércio seestreiam no top ten, em nono e décimo lugares respectivamente, e subindo ➭➭MAIORESEMPRESAS94 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASINDICADORES E RÁCIOSAUTONOMIA FINANCEIRACAPITAL PRÓPRIO SOBRE O ACTIVOENDIVIDAMENTORELAÇÃO ENTRE O PASSIVO E O ACTIVO LÍQUIDO,EM PERCENTAGEM.MEDE A PARTICIPAÇÃO DE CAPI-TAIS ALHEIOS NO FINANCIAMENTO DA EMPRESA. QUANDO SUPERIOR A 100 AS EMPRESAS CONSI-DERAM-SE EM SITUAÇÃO DE FALÊNCIA TÉCNICA.PRODUTIVIDADEÉ A RELAÇÃO ENTRE O VOLUME DE NEGÓCIOS E O NÚMERO DE TRABALHADORES. MOSTRA QUANTOGERA, EM VENDAS, CADA TRABALHADOR. A ANÁLISE DEVE TER EM ATENÇÃO O SECTOR EM QUE AEMPRESA SE INSERE.UMA INDÚSTRIA DE CAPITAL INTENSIVO TERÁ UMA PRODUTIVIDADE SUPERIORA UMA INDÚSTRIA DE MÃO-DE-OBRA INTENSIVA.RENTABILIDADE DO ACTIVOÉ O RESULTADO LÍQUIDO A DIVIDIR PELO ACTIVO LÍQUIDO, EXPRESSO EM PERCENTAGEM. REPRE-SENTA A TAXA DE RETORNO DO CAPITAL INVESTIDO NA EMPRESA.RENTABILIDADE DO CAPITAL PRÓPRIORESULTADO LÍQUIDO A DIVIDIR PELO CAPITAL PRÓPRIO, EM PERCENTAGEM. MEDE A TAXA DE RETOR-NO DOS CAPITAIS INVESTIDOS.RENTABILIDADE DAS VENDASRESULTADO LÍQUIDO A DIVIDIR PELO VOLUME DE NEGÓCIOS,EM PERCENTAGEM.MEDE O LUCRO,OUPREJUÍZO DA EMPRESA, POR CADA EURO VENDIDO.SOLVABILIDADERELAÇÃO ENTRE CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO. MEDE A CAPACIDADE DA EMPRESA PARA SATISFAZEROS COMPROMISSOS DE LONGO PRAZO. QUANTO MAIOR O VALOR DO RÁCIO, MELHOR A EMPRESARESPONDE AOS SEUS COMPROMISSOS, MANTENDO A AUTONOMIA FINANCEIRA.VALO ACRESCENTADO BRUTOSOMATÓRIO DAS VENDAS TOTAIS, TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA, VARIAÇÕES DE PRODU-ÇÃO, SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO E RECEITAS SUPLEMENTARES, MENOS OS CONSUMOS INTERMÉ-DIOS.➭➭dos 13º e 12º que ocupavam em 2005.Na distribuição por sectores <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,a indústria assume posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque,ao representar mais <strong>de</strong> 42% das empresas, 46,2% do total <strong>de</strong> vendas e53,5% da empregabilida<strong>de</strong>. A indústria da construção civil representa, por si só,14,7% do total <strong>de</strong> vendas e 11,2% da empregabilida<strong>de</strong>. Quanto ao comércio porgrosso e a retalho,representam 44% das empresas que marcam presença no ranking,24% do total <strong>de</strong> colaboradores e geram 40,8% do volume <strong>de</strong> vendas. Commenor relevância surgem os sectores primário e extractivo e os serviços: 7% e 16,7%da empregabilida<strong>de</strong> e 7,9 e 5,1% das vendas, respectivamente.VENDAS CRESCEM 28,4% NO CONCELHO DE LEIRIADos quatro concelhos com maior volume <strong>de</strong> vendas no distrito - <strong>Leiria</strong> (47,2%),Marinha Gran<strong>de</strong> (9,1%), Pombal (10,8%) e Caldas da Rainha (8,4%) - <strong>de</strong>staquepara <strong>Leiria</strong>, que foi responsável por um volume <strong>de</strong> vendas <strong>de</strong> 1889 milhões <strong>de</strong>euros, registando uma subida <strong>de</strong> 28,4% face ao ano anterior, num movimento <strong>de</strong>recuperação da queda <strong>de</strong> 16% verificada em 2005.Também a Marinha Gran<strong>de</strong> viu o volume <strong>de</strong> vendas das suas empresas crescer,<strong>de</strong>stafeita 17,1% para 365,9 milhões <strong>de</strong> euros.Quanto às empresas <strong>de</strong> Pombal,ven<strong>de</strong>ram, em 2006, 431,1 milhões <strong>de</strong> euros, ou seja mais 23,2% do que noano anterior. A mesma tendência regista Caldas da Rainha, que apresenta umasubida <strong>de</strong> 13,1%, para os 338,1 milhões <strong>de</strong> euros.Quanto à empregabilida<strong>de</strong>, cresceu 18,6% em <strong>Leiria</strong>, 2,8% na Marinha Gran<strong>de</strong>e 5,4% em Pombal, enquanto o concelho das Caldas da Rainha regista umrecuo <strong>de</strong> 13,1%. PUBMAIORES96 250 DISTRITO DE LEIRIA


AS MAIORES EMPRESAS DO DISTRITO POR CONCELHONº EMP. % DO TOTAL VENDAS 2006 (m€) % DO TOTAL Nº COLAB. % TOTALALCOBAÇA 26 10,4% 305.027,29 7,6% 1.263 5,1%ALVAIÁZERE 2 0,8% 21.508,18 0,5% 235 1,0%ANSIÃO 1 0,4% 8.114,13 0,2% 68 0,3%BATALHA 11 4,4% 148.926,33 3,7% 1.687 6,9%BOMBARRAL 8 3,2% 100.769,56 2,5% 797 3,2%CALDAS DA RAINHA 18 7,2% 338.145,01 8,4% 2.955 12,0%LEIRIA 95 38,0% 1.888.851,35 47,2% 9.858 40,1%MARINHA GRANDE 24 9,6% 365.936,57 9,1% 2.604 10,6%NAZARÉ 3 1,2% 31.745,95 0,8% 541 2,2%ÓBIDOS 8 3,2% 86.207,58 2,2% 287 1,2%PENICHE 9 3,6% 125.299,39 3,1% 858 3,5%POMBAL 35 14,0% 431.131,44 10,8% 2.658 10,8%PORTO DE MÓS 10 4,0% 150.083,72 3,8% 770 3,1%DEZ MAIORES NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS06 05 04 03LENA ENG. E CONSTRUÇÕES, S.A. 1 1 1 1C.M.P. - CIM. MACEIRA PATAIAS, S.A. 2 2 3 3ROCA, S.A. 3 3 2 2T.S. - THOMAZ DOS SANTOS, S.A. 4 5 5 7MOVICORTES - SERV. E GESTÃO, S.A. 5 7 8 10HOSPITAL DE S..ANDRE, E.P.E. 6 6 ND NDGALLOVIDRO, S.A. 7 4 7 5LA REDOUTE PORTUGAL 8 8 6 6AUTO JULIO, S.A. 9 13 17 18SUINICOMERCIO - COM. SUINOS, LDA 10 12 16 19DEZ MAIORES RENTABILIDADE DAS VENDASNº EMPRESA %168 IRMÃOS MOTA, LDA 32,78%223 LABORATORIO MEDICO DR.DAVID SANTOS PINTO, S.A. 29,30%3 ROCA, S.A. 24,25%134 VULCAL - VULCANIZAÇÕES E LUBRIFICANTES, S.A. 16,69%153 DIMATUR - COMERCIO INTERNACIONAL, LDA 16,31%249 GRANMALCO - COMERCIAL DE GRANITOS, LDA 15,72%250 LABETO - CENTRO DE ANALISES BIOQUIMICAS, S.A. 15,70%218 SIRPLASTE - SOC. IND. RECUPERADOS PLASTICOS, S.A. 15,61%36 CONSTRUÇÕES PRAGOSA, S.A. 15,19%244 CALEIRAETERNA, S.A. 13,40%DEZ MAIORES EMPREGADORASNº EMPRESA103 NOVA SERVIÇOS, LDA 16246 HOSPITAL DE SANTO ANDRE, E.P.E. 13923 ROCA, S.A. 76612 SUPERMERCADOS ULMAR, S.A. 53184 SPAL - SOCIEDADE DE PORCELANAS DE ALCOBAÇA, S.A. 4961 LENA ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. 49423 KEY PLASTICS PORTUGAL, S.A. 48551 IBEROMOLDES, S.A. 40211 EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, LDA 40022 SCHAEFFLER PORTUGAL, S.A. 380PUBMAIORESEMPRESAS250 DISTRITO DE LEIRIA 99


EMPRESASANÁLISE JOÃO CARVALHO DAS NEVES*RUI MIGUEL PEDROSAAS MELHORESEMPRESAS DO DISTRITOO <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> avança pelo segundo ano consecutivocom o cálculo do resultado residualpara as 250 maiores empresas do distrito emvolume <strong>de</strong> vendas. O indicador revela o valorque efectivamente criaram. Cálculo e análise<strong>de</strong> João Carvalho das Neves.As 10 empresas do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> que mais valorcriaram totalizam quase 37 milhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong> valorcriado, para um total <strong>de</strong> vendas <strong>de</strong> 360 milhões <strong>de</strong>euros.Todas estas empresas melhoraram a sua performancepois apresentam um acréscimo <strong>de</strong> resultadoresidual total <strong>de</strong> quase 32 milhões <strong>de</strong> euros. Paratrês empresas não há informação <strong>de</strong> acréscimo pornão estarem os dados <strong>de</strong> 2005 disponíveis na base<strong>de</strong> dados.Acresce referir que a média do grau <strong>de</strong> autonomiaé <strong>de</strong> 0,625 o que em geral <strong>de</strong>nota uma soli<strong>de</strong>zfinanceira das empresas. Só a Gallovidro tem umaautonomia financeira mais baixa,ainda assim <strong>de</strong>ntrodos parâmetros dos 0,30 usados pela banca.RESULTADO RESIDUAL E O VALOR CRIADOA base dados usada foi a Dun & Bradstreet e oranking das maiores empresas no distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foibaseado no conceito resultado residual que é umamedida do valor criado para os accionistas ou sócios<strong>de</strong> uma empresa.Em que: RR - resultado residual; RL - resultadolíquido; ke - taxa <strong>de</strong> custo do capital próprio; CP - CapitalpróprioComo <strong>de</strong>monstramos numa nossa obra anterior<strong>de</strong>dicada à avaliação e gestão da performance , estamétrica <strong>de</strong> performance 1 económica é equivalente aoEconomic Value Ad<strong>de</strong>d (EVA) comercializado pela Stewart& Stern Co.Também <strong>de</strong>monstrámos numa outra obra <strong>de</strong>dicadaà avaliação <strong>de</strong> empresas 2 que po<strong>de</strong> ser usadapara estimar o valor instrínseco dos capitais próprios<strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong>. O valor actual dos resultados residuaisprevisionais é o que se consi<strong>de</strong>ra ser a estimativado valor criado pela gestão. Por isso, o resultadoresidual anual é o valor criado pela gestão no respectivoexercicio económico sendo, por isso, o indicadorapropriado para avaliação da performance tendo emconsi<strong>de</strong>ração o objectivo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> valor para osaccionistas. Na realida<strong>de</strong>, num mercado <strong>de</strong> capitaiseficiente,o aumento do resultado residual <strong>de</strong>veria darlugar ao acréscimo da cotação das acções.Note-se que a métrica resultado residual tem incorporadaa avaliação integrada <strong>de</strong> todas as <strong>de</strong>cisões relevantesda gestão: 1.Política <strong>de</strong> preços; 2.Taxa <strong>de</strong> crescimentodo negócio base e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novosnegócios; 3.Eficiência interna e controlo <strong>de</strong> custos operacionais;4. Eficiência na gestão dos activos, nomeadamente,investimentos e gestão do ciclo <strong>de</strong> exploração;5. Decisões <strong>de</strong> financiamento quanto a capitaisalheios e capitais próprios,bem como quanto ao custodo financiamento,pois tem a remuneração quer dosfinanciadores alheios, quer um nível estimado <strong>de</strong> exigência<strong>de</strong> remuneração dos capitais próprios. *Professor catedrático no ISEG e ROC1Neves, J.C. (2002).Avaliação e Gestão da Performance Estratégica,Texto Editora2Neves, J.C. (2000).Avaliação <strong>de</strong> Empresas e Negócios, McGraw-HillMETODOLOGIAExistem algumas limitações quanto aos dados, namedida em que tivemos acesso apenas aos resultadoslíquidos, activos e passivo. Para a operacionalização<strong>de</strong>ste conceito utilizou-se os seguintes passos:1. O passivo não foi separado em passivo remuneradoe não remunerado2.Eliminou-se uma empresa com capital próprio negativoe todas as que tinham uma autonomia financeirainferior a 7,5%3. Calculou-se o beta <strong>de</strong> cada empresa ajustado aoseu risco financeiro utilizando a formula <strong>de</strong> Hamadaem que:ße - o indicador <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> uma empresa com dívidaßu - o indicador <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> uma empresa sem dívidaCA - o capital alheio entendido aqui como o total dopassivo pois não tivemos acesso ao passivo financeiroCP - o capital própriot - taxa <strong>de</strong> imposto sobre lucros4. A taxa <strong>de</strong> imposto sobre lucros consi<strong>de</strong>rada foi27,5% a taxa <strong>de</strong> imposto prevista no código <strong>de</strong> IRCcom a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrama máxima.5.O ßu da amostra foi ajustado <strong>de</strong> modo que a médiasimples do ße da amostra fosse igual a 1. Em 2006 oßu resultante foi 0,345 e em 2005 foi 0,357*.6. O custo do capital próprio das empresas foi calculadopelo CAPMem que:ke - custo do capital próprioR f - taxa <strong>de</strong> juro sem riscoße - o indicador <strong>de</strong> risco referido anteriormenteRp - prémio <strong>de</strong> risco do mercadoEMPRESAS QUE MAIS VALOR CRIARAM PARA OS SÓCIOS/ACCIONISTASEMPRESA VENDAS AUTONOMIA VALOR CRIADO ACRÉSCIMO DEFINANCEIRA NO ANO VALOR CRIADOROCA, S.A. 90.459 € 81,8 % 15.869 € 15.869 €C.M.P. - CIMENTOS MACEIRA E PATAIAS, S.A. 98.675 € 66,2 % 6.068 € 6.068 €CONSTRUÇÕES PRAGOSA, S.A. 23.524 € 47,4 % 2.587 € 2.587 €GALLOVIDRO, S.A. 54.547 € 35,8 % 2.442 € 2.442 €IRMÃOS MOTA, LDA 8.564 € 66,3 % 2.133 € N.D.SOC.AGRIC. DA QUINTA DA FREIRIA, S.A. 27.675 € 85,0 % 1.860 € 1.860 €LABORAT. MEDICO DR.DAVID SANTOS PINTO, S.A. 6.885 € 59,8 % 1.744 € N.D.KEY PLASTICS PORTUGAL, S.A. 30.982 € 63,9 % 1.630 € 1.630 €VULCAL - VULCANIZAÇÕES E LUBRIFICANTES, S.A. 10.086 € 60,4 % 1.372 € 1.372 €DIMATUR - COMERCIO INTERNACIONAL, LDA 9.439 € 58,3 % 1.277 € N.D.TOTAL 360.836 € 36.982 € 31.827 €7. O prémio <strong>de</strong> risco usado foi 5% o que é em geral ovalor usado na banca <strong>de</strong> investimentos em Portugal8.Taxa <strong>de</strong> juro sem risco foi a média anual das taxas<strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong> até à maturida<strong>de</strong> das obrigações doTesouro Português a 10 anos (Treasury Yield).Em 2005essa média foi <strong>de</strong> 3,437% e em 2006 <strong>de</strong> =3,914%;Em consequência <strong>de</strong>stes pressupostos o custo médiodo capital próprio estimado para 2006 no distrito foi<strong>de</strong> 8,914% e para 2005 <strong>de</strong> 8,437%. *Nota: o resultado residual <strong>de</strong> 2005 foi recalculado utilizando um beta não endividado(Bu) <strong>de</strong> 0,357, em vez do beta médio não endividado <strong>de</strong> 0,85 (recolhido na Reuters)e utilizado na edição do ano passado. A variação RR 2006/2005 constante natabela das 250 maiores empresas tem por base este novo cálculo.UNIDADES: MILHARES €MAIORES100 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASLISTAGEM 250 MAIORES EMPRESAS DO DISTRITO DE LEIRIANº RR - Posição face ao resultado residual; ND - Dados não disponíveis; AF - Autonomia financeira; FT - Falência técnicaNº Nº NOME ACTIVIDADE CONCELHO Nº TRAB. VENDAS VENDAS VAR.ORDEM RR EMPRESA 2006 € 2005/2006 %1 199 LENA ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. Construção e obras públicas LEIRIA 494 250.006.909,92 31,862 2 Fabricantes <strong>de</strong> cimento hidráulico LEIRIA 332 98.675.458,96 -0,953 1 Fab.<strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> cerâmica e vidro sanitários LEIRIA 766 90.458.656,90 8,284 27 T.S. - THOMAZ DOS SANTOS, S.A. Grossistas <strong>de</strong> ferro/metais semi-acabados CALDAS DA RAINHA 146 56.639.380,68 7,495 19 Equipamentos, bens culturais, serviços e gestão LEIRIA 160 56.375.982,00 22,346 229 Serviços hospitalares LEIRIA 1392 55.818.414,01 7,677 4 GALLOVIDRO, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> recipientes <strong>de</strong> vidro MARINHA GRANDE 323 54.547.495,69 -2,068 63 LA REDOUTE PORTUGAL - VENDAS POR CATÁLOGO, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> venda por catálogo LEIRIA 186 45.871.480,44 ND9 136 Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados CALDAS DA RAINHA 54 41.867.047,39 19,3110 171 SUINICOMÉRCIO - COMÉRCIO DE SUINOS, LDA Grossistas <strong>de</strong> carnes e produtos <strong>de</strong> carne LEIRIA 19 41.403.832,59 10,9511 111 EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, LDA Conservas peixe e marisco - fumado/enlatado PENICHE 400 41.028.693,97 ND12 76 SUPERMERCADOS ULMAR, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> mercearia LEIRIA 531 40.911.147,00 1,3113 81 FARMOESTE - DISTRIBUIDORA FARMACÊUTICA DO OESTE, LDA Gross. produtos/preparados farmacêuticos CALDAS DA RAINHA 46 38.557.343,00 0,9214 218 PROMOR - ABASTECEDORA PRODUTOS AGRO-PECUÁRIOS, S.A. Preparação <strong>de</strong> alimentos para animais, NCA LEIRIA 131 37.980.536,30 -3,3915 60 MIBEPA - IMPORTAÇÃO, COMÉRCIO E EXPORTAÇÃO, LDA Grossistas <strong>de</strong> mercadorias perecedouras, NCA LEIRIA 8 36.545.291,75 24,7116 47 MATERLIS - MADEIRAS, S.A. Grossistas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira LEIRIA 105 35.710.347,25 7,1817 172 IBER-OLEFF - COMPONENTES TÉCNICOS EM PLÁSTICO, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> plástico, NCA POMBAL 366 33.628.061,98 2,5518 85 FERRUS - MATERIAIS SIDERÚRGICOS E DE CONSTRUÇÃO, S.A. Grossistas <strong>de</strong> ferro/metais semi-acabados LEIRIA 63 33.589.133,52 -2,6819 121 GUI - COMBUSTÍVEIS GUILHERMINOS, LDA Grossistas <strong>de</strong> petróleo/<strong>de</strong>rivados LEIRIA 8 33.056.676,78 3,9020 215 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES JOSÉ COUTINHO, S.A. Construção civil por conta própria CALDAS DA RAINHA 104 32.891.962,24 -20,5421 24 Grossistas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ALCOBAÇA 166 32.620.031,77 11,7822 37 SCHAEFFLER PORTUGAL, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> rolamentos CALDAS DA RAINHA 380 31.710.472,85 6,5823 8 KEY PLASTICS PORTUGAL, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> plástico, NCA LEIRIA 485 30.982.303,00 20,8324 30 RESPOL - RESINAS, S.A. Fab. matérias plásticas e resinas sintéticas LEIRIA 80 30.483.789,54 211,9525 216 CRISAL - CRISTALARIA AUTOMÁTICA, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> vidro, NCA MARINHA GRANDE 290 30.364.522,00 10,4226 46 CONSTRUÇÕES J.J.R.& FILHOS, S.A. Construção civil por conta própria LEIRIA 271 29.940.256,02 29,6927 89 VMF - PETRÓLEOS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> carvão/lenha/gelo LEIRIA 25 29.019.206,81 12,5128 223 CABOPOL - INDÚSTRIA DE COMPOSTOS, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> plástico, NCA PORTO DE MÓS 60 28.921.145,80 70,4929 6 SOCIEDADE AGRÍCOLA DA QUINTA DA FREIRIA, S.A. Cultura <strong>de</strong> produtos agrícolas em geral BOMBARRAL 270 27.674.974,95 4,3930 153 Empreiteiros gerais <strong>de</strong> vivendas LEIRIA 105 26.796.669,46 -7,2531 14 BOLLINGHAUS PORTUGAL - AÇOS ESPECIAIS, S.A. Laminagem/estiragem <strong>de</strong> alumínio, NCA MARINHA GRANDE 120 26.520.107,00 32,0132 NA RAINHADIS - SOCIEDADE DE DISTRIBUIÇÃO, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> produtos alimentares, NCA CALDAS DA RAINHA 113 26.001.468,00 9,3033 35 A.BRAS HELENO, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados LEIRIA 52 25.784.061,65 -3,4034 NA PENAS, DOMINGOS MARQUES Grossistas <strong>de</strong> tabaco/produtos <strong>de</strong> tabaco ALCOBAÇA 8 25.000.000,00 19,0535 62 TRANSPORTES CENTRAL POMBALENSE, LDA Transp. longo curso mercad. s/ armazenagem POMBAL 164 24.461.412,32 5,9836 3 CONSTRUÇÕES PRAGOSA, S.A. Construção civil por conta própria BATALHA 151 23.523.658,70 6,2337 29 DISTRIPOMBAL - SUPERMERCADOS, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> mercearia POMBAL 85 23.154.354,54 16,0338 160 BOMCAR - AUTOMÓVEIS, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados LEIRIA 41 23.087.569,00 -2,3139 170 Preparação <strong>de</strong> alimentos para animais, NCA ALCOBAÇA 56 22.941.597,96 1,3440 105 BLOCOTELHA - COBERTURAS METÁLICAS AUTOPORTANTES, LDA Fabricantes <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> metal estruturas PORTO DE MÓS 99 22.829.375,08 8,6341 225 ADELINO DUARTE DA MOTA, S.A. Extracção <strong>de</strong> caulinos e barro POMBAL 104 22.465.827,32 6,7342 54 Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados LEIRIA 70 22.357.181,49 -13,02MAIORES102 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASRESULTADO VAR. RR RESULTADO VAB ACTIVO CAPITAL SOLVABILIDADE RENT.ACTIVO RENT. CAP. RENT.RESIDUAL € 2005/2006 % LÍQUIDO 2006 € PRÓPRIO PRÓPRIO VENDAS-272428,73 -106,14 6.648.016,10 37.264.263,73 257.030.445,00 84.491.425,00 48,97 2,59 7,87 2,666068033,88 95,90 12.962.567,57 68307362,99 165.914.503,69 109.855.895,96 195,97 7,81 11,80 13,1415869390,77 28,35 21.938.654,79 45821631,65 125.423.696,16 102.583.108,28 449,13 17,49 21,39 24,25568991,37 -464,83 2.034.840,51 5203766,02 27.838.054,10 25.474.999,80 1078,05 7,31 7,99 3,59674172,89 27,72 2.098.830,00 6.623.310,00 47.298.621,00 18.992.820,00 67,10 4,44 11,05 3,72-3524298,56 124,69 -1.348.178,38 33087034,71 50.911.357,61 35.088.600,92 221,76 -2,65 -3,84 -2,422441511,16 22,64 4.482.561,35 26255646,1 72.401.234,22 25.888.999,44 55,66 6,19 17,31 8,22178679,86 ND 633.410,70 5167922,31 14.478.126,97 6.238.553,94 75,71 4,37 10,15 1,38-36023,37 -153,95 215.681,99 1573519,02 9.730.682,38 2.964.199,89 43,81 2,22 7,28 0,52-138344,32 200,17 75.812,33 881697,6 10.772.543,21 1.811.731,65 20,22 0,70 4,18 0,1817298,63 ND 775.463,80 7079772,28 35.333.295,88 7.212.711,14 25,65 2,19 10,75 1,89121347,49 -50,43 314.562,00 6599114 8.283.646,00 2.043.465,00 32,75 3,80 15,39 0,77116450,29 -221,51 324.985,00 1518452 8.720.736,00 2.268.085,00 35,15 3,73 14,33 0,84-686175,99 ND 410.932,92 5049905,85 32.214.167,31 15.825.313,32 96,56 1,28 2,60 1,08219063,77 ND 423.168,00 1890182,59 8.163.904,90 2.325.737,00 39,84 5,18 18,20 1,16292605,23 15,52 919.974,73 4393544,17 26.236.601,59 6.823.294,47 35,15 3,51 13,48 2,58-142598,43 -104,50 1.361.571,53 11347883,36 41.285.392,38 22.517.723,46 119,98 3,30 6,05 4,0599732,65 -208,71 498.444,58 2833339,13 17.768.190,38 4.024.758,34 29,28 2,81 12,38 1,48-2219,9875 -102,23 122.826,30 477551,04 6.385.897,95 1.030.583,08 19,24 1,92 11,92 0,37-614969,32 133,66 201.169,69 5217922,13 41.619.525,49 6.743.189,18 19,33 0,48 2,98 0,61598489,58 86,62 1.191.056,19 5462377,78 18.189.004,50 8.322.589,51 84,35 6,55 14,31 3,65364098,79 -273,23 1.248.826,28 12942202,55 20.993.916,22 14.181.569,39 208,17 5,95 8,81 3,941629681,86 82,99 2.693.927,00 15948486 26.241.973,00 16.777.607,00 177,27 10,27 16,06 8,70463443,92 ND 835.801,90 4440763,09 18.023.604,62 3.351.428,84 22,84 4,64 24,94 2,74-616508,14 ND 314.843,00 8765298 39.030.413,00 10.106.253,00 34,94 0,81 3,12 1,04307781,43 92,16 899.443,31 7606741,31 25.761.092,78 6.145.014,52 31,33 3,49 14,64 3,0083717,86 ND 199.947,15 817686,84 4.896.495,43 1.253.920,58 34,42 4,08 15,95 0,69-1022777,81 -1015,74 -216.169,25 2589912,14 29.250.631,73 10.049.360,19 52,34 -0,74 -2,15 -0,751859915,12 -8,60 3.106.041,60 8669434,33 25.012.589,98 21.272.650,04 568,80 12,42 14,60 11,22-73199,23 -234,32 302.156,30 3693280,31 16.585.292,01 3.829.451,87 30,02 1,82 7,89 1,13852334,81 922,55 1.246.016,00 3798321 13.231.550,00 5.202.405,00 64,79 9,42 23,95 4,70ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND373750,48 103,55 601.325,98 2453061,95 8.048.733,30 2.893.424,86 56,13 7,47 20,78 2,33ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND206393,33 78,54 645.487,46 5905700,22 16.822.892,70 5.214.291,63 44,92 3,84 12,38 2,642586635,35 42,39 3.573.920,69 10191736,75 29.662.428,16 14.049.452,26 89,99 12,05 25,44 15,19483257,79 ND 763.704,47 2362763,32 8.230.735,76 4.046.447,49 96,71 9,28 18,87 3,30-94290,93 -216,29 38.704,00 1875317 7.342.898,00 939.115,00 14,67 0,53 4,12 0,17-135120,98 2404,20 61.217,45 2235161,65 5.514.853,70 2.903.363,31 111,18 1,11 2,11 0,2737146,65 -91,64 843.972,73 4732768,94 35.304.546,85 8.329.820,89 30,88 2,39 10,13 3,70-1062142,36 -12,36 403.173,35 10626565,18 47.991.434,75 19.722.025,52 69,76 0,84 2,04 1,79239414,05 -46,52 476.532,06 1783384,51 8.170.457,28 3.076.212,58 60,39 5,83 15,49 2,13MAIORES250 DISTRITO DE LEIRIA 103


EMPRESASLISTAGEM 250 MAIORES EMPRESAS DO DISTRITO DE LEIRIANº RR - Posição face ao resultado residual; ND - Dados não disponíveis; AF - Autonomia financeira; FT - Falência técnicaNº Nº NOME ACTIVIDADE CONCELHO Nº TRAB. VENDAS VENDAS VAR.ORDEM RR EMPRESA 2006 € 2005/2006 %43 73 A.C. - MANUTENÇÃO E COMÉRCIO DE VEÍCULOS, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados ALCOBAÇA 60 22.014.125,53 39,9244 11 Empreiteiros <strong>de</strong> edifícios públicos/comerciais BATALHA 207 21.449.524,18 25,0945 NA DDO - DERIVADOS DE OVOS, LDA Grossistas <strong>de</strong> aves/ovos POMBAL 31 21.318.332,52 118,1646 20 Retalhistas <strong>de</strong> confecções para homem BATALHA 255 21.280.609,54 10,6647 12 SOS CUÉTARA PORTUGAL, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> bolachas e biscoitos POMBAL 78 21.143.648,59 2,6548 43 IBEROALPLA PORTUGAL - EMB. PLÁSTICAS UNIPESSOAL, LDA Fabricantes <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s industriais MARINHA GRANDE 72 20.754.757,02 31,6849 82 LAMÁQUINA - COMÉRCIO DE MÁQUINAS E VEÍCULOS, S.A. Grossistas <strong>de</strong> automóveis e veículos a motor PORTO DE MÓS 36 20.299.605,80 12,1950 50 BENECAR - AUTOMÓVEIS, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados ALCOBAÇA 18 19.941.936,40 21,7051 NA IBEROMOLDES, S.A. Com. por grosso <strong>de</strong> máq. e ferramentas MARINHA GRANDE 402 19.876.957,00 -22,3352 17 J.COELHO DA SILVA, S.A Fabricantes <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> argila const. NCA PORTO DE MÓS 210 19.875.913,41 1,8753 36 ANÍBAL DE OLIVEIRA CRISTINA, LDA Empreiteiros <strong>de</strong> edifícios para habitação LEIRIA 85 19.799.938,37 -18,4954 219 CONSBAL - EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS, S.A. Construção civil por conta própria POMBAL 3 19.683.255,00 ND55 NA O MELRO.COM - COMERCIAL. PROD. HORTOFRUTÍCOLAS, LDA Grossistas <strong>de</strong> frutas frescas e legumes BOMBARRAL 1 19.000.000,00 -11,3656 NA TECMOLDE - CENTRO TÉCNICO MOLDES PLÁSTICOS, LDA Serviços <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> engenharia MARINHA GRANDE 39 18.959.423,15 28,0157 202 DEROVO - DERIVADOS DE OVOS, S.A. Processamento industrial <strong>de</strong> aves/ovos POMBAL 56 18.751.932,90 7,2558 180 SODICEL - SOCIEDADE DE REPRESENTAÇÕES, S.A. Grossistas <strong>de</strong> cerveja LEIRIA 190 18.609.797,38 3,6759 200 ELECTROFER II - CONSTRUÇÕES METALICAS, LDA Empreiteiros especializados, NCA MARINHA GRANDE 93 18.448.773,34 55,5860 23 DISTRIGÂNDARA - SUPERMERCADOS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> mercearia LEIRIA 2 18.388.688,60 ND61 173 PETRONEVES PNEUS, LDA Retalhistas combust.- estações <strong>de</strong> serviço LEIRIA 13 18.324.276,04 -7,0462 103 L.P.M. - COMÉRCIO AUTOMÓVEL, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados LEIRIA 65 18.160.889,91 -5,4663 31 METALMARINHA - COM. INTERNACIONAL DE RES. METÁLICOS Grossistas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios/sucatas MARINHA GRANDE 4 18.027.037,79 ND64 13 HIPERCLIMA - CENTRAL DE DIST.TÉRMICA DE PORTUGAL, S.A. Grossistas <strong>de</strong> artigos ar cond./aquec. LEIRIA 74 18.002.027,92 -3,9765 198 Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados LEIRIA 94 18.000.236,27 -6,6166 107 EUREKA PLAST - COMÉRCIO DE MATÉRIAS PLÁSTICAS, S.A. Grossistas <strong>de</strong> produtos químicos e afins LEIRIA 6 17.851.246,65 17,9867 91 TRANSPORTES MACHADO & BRITES, LDA Transp. longo curso mercad. s/armazenagem LEIRIA 285 17.759.286,00 6,8168 18 COSTA & CARVALHO, S.A. Construção civil por conta própria ALCOBAÇA 140 17.753.305,88 12,0369 122 TRANSAIRE - TRANSPORTES DE MERCADORIAS, LDA Transpo. local mercadorias s/ armazenagem PORTO DE MÓS 110 17.435.678,03 6,3470 71 HORTAPRONTA - HORTAS DO OESTE, S.A. Grossistas <strong>de</strong> frutas frescas e legumes PENICHE 78 17.255.475,39 27,6071 NA FASSALUSA - PRODUÇÃO E COMERC. DE MAT. CONST., LDA Fabrico diverso, NCA BATALHA 53 16.500.000,00 70,4872 228 PROMOL - INDÚSTRIA DE VELAS, S.A. Fabrico diverso, NCA CALDAS DA RAINHA 160 16.258.246,94 -18,6273 49 VALCO - MADEIRAS E DERIVADOS, S.A. Ind. <strong>de</strong> serração <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras em geral LEIRIA 180 16.027.415,88 3,3274 227 CONSTRUÇÕES ANTÓNIO JOAQUIM MAURÍCIO, LDA Construção civil por conta própria BOMBARRAL 270 15.836.950,12 -8,7175 194 REDEVIAS - SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES E VIAS, S.A. Empreiteiros <strong>de</strong> estradas /auto-estradas POMBAL 89 15.746.202,35 38,5876 NA COVIATOP - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados LEIRIA 12 15.664.174,52 -11,2077 119 LEIRISLENA - ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. Construção civil por conta própria LEIRIA 100 15.662.897,96 23,9078 226 BÉLTICO - EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS, S.A. Agênc./corretores/administradores proprie. ÓBIDOS 27 15.660.949,57 ND79 192 FÁBRICA LEIRIENSE DE PLÁSTICOS, S.A. Fabricantes mat. plásticas e resinas sintéticas LEIRIA 77 15.480.839,26 4,3380 78 Grossistas <strong>de</strong> material eléctrico LEIRIA 76 15.321.393,83 14,9981 41 DISTRIGRANDE - SUPERMERCADOS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> mercearia MARINHA GRANDE 70 15.291.664,00 -9,1882 169 Fabricantes <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> metal e matrizes LEIRIA 113 15.111.940,48 43,7383 209 RAÇÕES VERÍSSIMO, S.A. Preparação <strong>de</strong> alimentos para animais, NCA LEIRIA 126 14.696.057,59 -5,0084 221 Fabricantes artigos cerâmica e vidro mesa NAZARÉ 496 14.540.778,88 -11,9185 230 Serviços <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> águas ÓBIDOS 86 14.534.812,41 0,00MAIORES104 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASRESULTADO VAR. RR RESULTADO VAB ACTIVO CAPITAL SOLVABILIDADE RENT.ACTIVO RENT. CAP. RENT.RESIDUAL € 2005/2006 % LÍQUIDO 2006 € PRÓPRIO PRÓPRIO VENDAS127226,15 ND 289.643,76 1821593,78 9.701.005,07 937.898,83 10,70 2,99 30,88 1,321054787,95 2,41 1.539.729,99 6544642,97 16.381.832,82 6.384.746,13 63,87 9,40 24,12 7,18AF


EMPRESASLISTAGEM 250 MAIORES EMPRESAS DO DISTRITO DE LEIRIANº RR - Posição face ao resultado residual; ND - Dados não disponíveis; AF - Autonomia financeira; FT - Falência técnicaNº Nº NOME ACTIVIDADE CONCELHO Nº TRAB. VENDAS VENDAS VAR.ORDEM RR EMPRESA 2006 € 2005/2006 %86 201 NIGEL - CONGELADORA JOSÉ NICOLAU, LDA Grossistas <strong>de</strong> peixes e mariscos PENICHE 93 14.478.153,60 17,3787 208 PLASGAL - PLÁSTICOS DA GÂNDARA, LDA Fabricantes correntes/mangas borracha e plást. LEIRIA 125 14.179.390,54 13,1388 146 TRANSOGÁS - SOC. DE TRANSP. ÓLEOS E COMBUSTÍVEIS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> óleo combustível MARINHA GRANDE 28 14.114.875,63 -0,3889 177 Grossistas <strong>de</strong> aves/ovos LEIRIA 99 13.973.893,53 5,1590 NA Fab. matérias plásticas e resinas sintéticas MARINHA GRANDE 155 13.952.576,00 33,8291 168 UMBELINO MONTEIRO, S.A. Fab. <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> argila construção, NCA POMBAL 150 13.874.842,92 8,3292 96 SOCIEDADE AUTO CENTRAL LEIRIENSE, LDA Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados LEIRIA 46 13.813.373,32 -9,0893 176 Fabricantes <strong>de</strong> louça <strong>de</strong> porcelana mesa BATALHA 283 13.686.650,42 11,1294 207 PLASTIDOM - PLÁSTICOS INDUSTRIAIS E DOMÉSTICOS, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> plástico, NCA LEIRIA 136 13.607.292,77 2,5595 33 PLANETA - PLÁSTICOS, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> plástico, NCA LEIRIA 122 13.205.162,77 13,3296 66 MONTE DA BALAIA - CONSTRUÇÕES, LDA Construção civil por conta própria CALDAS DA RAINHA 26 13.094.750,00 ND97 NA GRUPO INGEMAR - COM. DE MÁRMORES E GRANITOS, LDA Fabricantes artigos pedra-mármore e argila ALCOBAÇA 16 13.024.561,55 ND98 22 Serviços hospitalares LEIRIA 127 12.662.502,39 -5,7399 80 CARIANO & IRMÃO, S.A. Fabricantes produtos alumínio com mol<strong>de</strong>s LEIRIA 90 12.335.960,82 21,62100 181 MARGO PLÁSTICOS, S.A. Grossistas <strong>de</strong> produtos químicos e afins MARINHA GRANDE 9 12.298.628,00 -26,62101 164 CAÇADOR PECUÁRIA, LDA Criação <strong>de</strong> gado suíno LEIRIA 65 12.293.906,84 10,26102 75 VERTBAUDET PORTUGAL - VENDAS POR CATÁLOGO, S.A. Retalhistas confecções/acess. criança/bébé LEIRIA 11 12.288.679,75 1,91103 143 NOVA SERVIÇOS, LDA Serviços <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfecção e exterminação CALDAS DA RAINHA 1624 12.256.495,62 -3,62104 NA JOSÉ LOURO, LDA Gross. <strong>de</strong> mercadorias não perecedouras, NCA LEIRIA 6 12.173.724,40 31,66105 113 PROPECUÁRIA - VETERINÁRIA E FARMACÊUTICA, LDA Grossistas <strong>de</strong> produtos pagricultura/pecuária BATALHA 27 11.928.679,53 26,03106 185 TRANSPORTADORA IDEAL DE ENVENDOS, S.A. Transp. local mercadorias com armazenagem ALVAIÁZERE 217 11.912.909,46 7,20107 79 SARRAIPA - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS, S.A. Grossistas maquinaria/equip. industrial LEIRIA 50 11.860.448,90 14,05108 NA PLASDAN - MÁQUINAS PARA PLÁSTICOS, LDA Fabricantes <strong>de</strong> máquinas especiais, NCA MARINHA GRANDE 26 11.833.661,09 31,62109 NA AUTO TÉCNICA DE CALDAS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados CALDAS DA RAINHA 44 11.636.328,00 10,01110 108 ARTUR DOS REIS FIALHO & FILHOS - ARM. CALÇ. BENEDITA, LDA Grossistas <strong>de</strong> calçado ALCOBAÇA 83 11.550.323,47 14,27111 190 MAPICENTRO - SOC.ABATE, COM.TRANSF. CAR. SUBPROD., S.A. Abate <strong>de</strong> gado/acondicionamento <strong>de</strong> carnes LEIRIA 76 11.520.106,47 6,87112 58 MACOLIS - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E CLIMATIZAÇÃO, S.A. Grossistas <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção, NCA LEIRIA 42 11.322.524,18 -0,14113 178 SORGILA - SOCIEDADE DE ARGILAS, S.A. Extracção <strong>de</strong> caulinos e barro LEIRIA 104 11.190.872,38 9,09114 34 Extracção <strong>de</strong> pedras em blocos POMBAL 80 11.168.666,00 22,35115 224 HOTEL DA PRAIA - GESTÃO E EXPLORAÇÃO DE HÓTEIS, S.A. Exploração <strong>de</strong> hotéis/motéis ÓBIDOS 40 11.109.701,58 28,15116 141 CARLOS SILVA - COMÉRCIO DE SUÍNOS, LDA Criação <strong>de</strong> gado suíno LEIRIA 3 11.056.984,21 ND117 92 Fabricantes <strong>de</strong> cal hidráulica LEIRIA 76 11.055.128,00 -0,34118 183 EMPOBOR - EMPRESA PORTUGUESA DE BORRACHAS, LDA Fabricantes <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> borracha, NCA POMBAL 90 11.022.171,70 14,69119 116 HUGSAN - COMÉRCIO DE COMBÚSTIVEIS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> comb. - estações <strong>de</strong> serviço LEIRIA 15 11.007.039,79 ND120 90 M.T.L.- MADEIRAS TRATADAS, LDA Serviços tratamento e preservação ma<strong>de</strong>iras LEIRIA 91 11.001.191,13 2,69121 157 AMERICANA - PAPELARIAS, LIVRARIAS E EQUIPAMENTOS, S.A. Gross.s <strong>de</strong> papel para indústria/uso pessoal LEIRIA 87 10.970.215,90 -2,30122 84 DISTRALCO - SUPERMERCADO, LDA Retalhistas <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> mercearia ALCOBAÇA 70 10.916.723,22 7,42123 NA ESTALEIROS NAVAIS DE PENICHE, S.A. Construção e reparação <strong>de</strong> navios PENICHE 120 10.809.548,81 201,53124 152 Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados LEIRIA 45 10.622.847,27 24,17125 64 FIPOLEIRIA - SUPERMERCADOS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> mercearia LEIRIA 70 10.580.443,85 -10,84126 195 JOSÉ ALDEIA LAGOA & FILHOS, S.A. Extracção <strong>de</strong> caulinos e barro POMBAL 54 10.556.229,96 15,98127 163 SIMPLASTIC - SOC. INDUSTRIAL DE MATERIAS PLÁSTICAS, LDA Fabricantes <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> plástico, NCA BATALHA 137 10.465.650,34 -8,03128 55 RAÇÕES VICENTES, LDA Preparação <strong>de</strong> alimentos para animais, NCA ALCOBAÇA 8 10.456.945,57 NDMAIORES106 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASRESULTADO VAR. RR RESULTADO VAB ACTIVO CAPITAL SOLVABILIDADE RENT.ACTIVO RENT. CAP. RENT.RESIDUAL € 2005/2006 % LÍQUIDO 2006 € PRÓPRIO PRÓPRIO VENDAS-281892,09 ND 37.962,29 1901402,89 10.322.704,40 4.348.588,66 72,79 0,37 0,87 0,26-358350,04 ND 5.762,30 2669991,52 12.786.084,78 4.655.462,00 57,26 0,05 0,12 0,04-63011,66 ND 8.250,43 459117,92 2.117.007,04 1.020.930,00 93,14 0,39 0,81 0,06-166025,97 65,95 100.514,28 1529895,02 11.254.211,50 2.868.281,47 34,20 0,89 3,50 0,72ND -100,00 ND ND ND ND ND ND ND ND-131243,05 -65,89 307.401,23 5697102,15 15.889.646,15 5.469.881,39 52,50 1,93 5,62 2,2272715,36 ND 265.679,35 1269327,5 4.874.129,69 3.008.978,25 161,33 5,45 8,83 1,92-158074,36 -408,21 176.473,19 5276290,34 13.476.378,69 3.785.083,16 39,06 1,31 4,66 1,29-331486,01 -510,52 108.391,23 3879358,41 15.573.278,06 5.588.098,38 55,96 0,70 1,94 0,80435418,26 0,27 596.212,41 3629753,71 5.753.705,65 2.025.315,64 54,32 10,36 29,44 4,51154508,38 ND 327.866,35 2439942,8 10.708.008,49 900.364,62 9,18 3,06 36,41 2,50AF


EMPRESASLISTAGEM 250 MAIORES EMPRESAS DO DISTRITO DE LEIRIANº RR - Posição face ao resultado residual; ND - Dados não disponíveis; AF - Autonomia financeira; FT - Falência técnicaNº Nº NOME ACTIVIDADE CONCELHO Nº TRAB. VENDAS VENDAS VAR.ORDEM RR EMPRESA 2006 € 2005/2006 %129 39 Fab. <strong>de</strong> mat. plásticas e resinas sintéticas LEIRIA 30 10.304.944,73 -3,39130 210 EIB - EMPRESA INDUSTRIAL DE BORRACHA, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> borracha, NCA MARINHA GRANDE 115 10.261.825,64 -8,10131 184 ANTÓNIO RAMOS & COSTA, S.A. Grossistas <strong>de</strong> produtos alimentares PENICHE 92 10.219.423,47 11,43132 159 LAJEMAR - SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO, LDA Empreiteiros <strong>de</strong> edifícios para habitação LEIRIA 47 10.178.179,30 60,09133 NA CONSTRUÇÕES GONÇALVES & CARRILHO, LDA Construção civil por conta própria POMBAL 3 10.116.500,00 ND134 9 VULCAL - VULCANIZAÇÕES E LUBRIFICANTES, S.A. Grossistas <strong>de</strong> pneus e câmaras <strong>de</strong> ar POMBAL 32 10.086.025,11 9,82135 196 JOSÉ FRANÇA - CONSTRUÇÕES, S.A. Construção civil por conta própria POMBAL 87 10.059.033,61 13,01136 28 TECLENA - AUTOMATIZAÇÃO, ESTUDOS E REPRESENTAÇÕES, S.A. Grossi. maquinaria/equipamento industrial LEIRIA 51 10.002.532,35 9,56137 217 TOSEL - SERVIÇOS E GESTÃO, S.A. Serviços relações públicas e consultadoria LEIRIA 18 9.954.191,23 -13,98138 70 COPOMBAL - COOP.AGRÍCOLA CONCELHO POMBAL, C.R.L. Retalhistas <strong>de</strong> artigos diversos, NCA POMBAL 20 9.948.441,67 -0,68139 65 LEILOATLÂNTICO - LEILÕES E COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados ÓBIDOS 10 9.898.001,82 -6,73140 186CONSTRUÇÕES JÚLIO LOPES, S.A.Empreiteiros edifícios industriais/armazenagem POMBAL 122 9.887.942,99 -8,20141 NA JOAQUIM JORGE & FILHOS, LDA Grossistas <strong>de</strong> produtos alimentares, NCA PORTO DE MÓS 32 9.871.476,69 -9,64142 98 DISTRÓBIDOS - COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES, LDA Grossistas <strong>de</strong> produtos alimentares ÓBIDOS 22 9.842.208,49 0,76143 151 TJ MOLDES, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> metal e matrizes MARINHA GRANDE 40 9.813.158,06 13,38144 222 MARGON - MATER. REVEST. MODERNOS EDIFICAÇÕES, S.A. Fabricantes produtos argila const., NCA PORTO DE MÓS 140 9.778.284,67 ND145 86 SUPERÓBIDOS - SUPERMERCADOS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> produtos alimentares, NCA ÓBIDOS 42 9.759.346,44 -2,22146 52 NEOMÁQUINA SUPERMERCADOS, LDA Venda a retalho em supermercados POMBAL 83 9.749.942,31 0,21147 120 PETROALVES - DIST. COMBUSTÍVEL E LUBRIFICANTES, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> comb. - estações <strong>de</strong> serviço ALVAIÁZERE 18 9.595.275,28 -7,79148 162 ARUNCAUTO - AUTOMÓVEIS, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados POMBAL 38 9.595.117,93 -12,03149 126 SILVA & SANTOS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados POMBAL 37 9.579.446,95 -1,34150 155 INTERMOLDE - MOLDES VIDREIROS INTERNACIONAIS, LDA Fabricantes <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> metal e matrizes MARINHA GRANDE 98 9.539.526,47 ND151 138 LEIRIBÉRIA - COMÉRCIO DE AUTOMOVEIS, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados LEIRIA 42 9.473.410,99 -9,20152 125 APP - AGRUPAMENTO DE PRODUTORES PECUÁRIOS, S.A. Exploração pecuária em geral LEIRIA 7 9.449.294,43 ND153 10 DIMATUR - COMÉRCIO INTERNACIONAL, LDA Grossistas <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção, NCA ALCOBAÇA 50 9.439.205,96 ND154 110 VIVEIROS 2000 - MARISQUEIRA E VIVEIROS DO ESTORIL, LDA Exploração <strong>de</strong> restaurantes PENICHE 9 9.433.525,17 ND155 74 HUMBERTO POÇAS, S.A. Grossistas <strong>de</strong> artigos para canalização LEIRIA 20 9.376.697,06 -8,91156 203 J.SILVA & FILHO, S.A. Moagem <strong>de</strong> alimentos para animais domésticos LEIRIA 86 9.351.883,95 -13,19157 57 ALEXANDRE & FILHO - COMÉRCIO DE SUCATA, LDA Grossistas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios/sucatas ALCOBAÇA 10 9.221.379,26 25,76158 NA BECOSA - COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO DE BEBIDAS, S.A. Grossistas <strong>de</strong> produtos alimentares, NCA CALDAS DA RAINHA 15 9.189.083,85 ND159 48 Grossistas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira LEIRIA 26 9.152.034,97 12,34160 109 Retalhistas <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> mercearia POMBAL 37 9.136.386,83 8,04161 205 DOMINGUES & CONTENTE - BRITAS E ASFALTO, S.A. Extracção <strong>de</strong> pedras britadas - calcário POMBAL 70 8.995.123,95 21,40162 189 Construção civil por conta própria BATALHA 109 8.899.578,26 6,28163 156 Fabricantes <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> plástico, NCA MARINHA GRANDE 86 8.863.152,19 4,76164 133 SUPERMACEIRA - SUPERMERCADOS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> produtos alimentares, NCA LEIRIA 50 8.807.401,37 10,77165 114 SODIBOMBARRAL - SUPERMERCADOS, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> mercearia BOMBARRAL 15 8.730.714,47 0,14166 129 GEL-SÍTIO - COM. PEIXE, MARISCO FRESCO E CONGELADO, LDA Grossistas <strong>de</strong> peixes e mariscos NAZARÉ 17 8.618.990,69 ND167 56 LUÍS SILVÉRIO & FILHOS, S.A. Grossistas <strong>de</strong> produtos alimentares NAZARÉ 28 8.586.176,58 16,76168 5 IRMÃOS MOTA, LDA Agências/corretores/administradores proprieda<strong>de</strong>s POMBAL 28 8.563.507,00 -12,24169 145 Grossistas <strong>de</strong> ferro/metais semi-acabados LEIRIA 17 8.556.707,62 1,85170 42 ALUPOL - SOLUÇÕES DE ALUMÍNIO, S.A. Grossistas <strong>de</strong> ferro/metais semi-acabados POMBAL 39 8.450.080,55 ND171 38 TPB - TECNOLOGIA EM PAVIMENTOS E CONSTRUÇÃO, S.A. Aluguer <strong>de</strong> equipamento para construção LEIRIA 75 8.298.718,70 12,21MAIORES108 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASRESULTADO VAR. RR RESULTADO VAB ACTIVO CAPITAL SOLVABILIDADE RENT.ACTIVO RENT. CAP. RENT.RESIDUAL € 2005/2006 % LÍQUIDO 2006 € PRÓPRIO PRÓPRIO VENDAS361733,01 90,79 633.295,20 1475478,34 5.965.841,06 4.489.150,80 304,00 10,62 14,11 6,15-408230,76 703,71 82.145,33 2747219,46 13.885.375,70 7.219.713,12 108,31 0,59 1,14 0,80-197261,43 -570,03 152.217,36 2198405,35 11.580.926,31 4.665.278,98 67,46 1,31 3,26 1,49-93800,75 -360,27 51.460,89 1514478,54 7.592.834,69 1.147.461,78 17,80 0,68 4,48 0,51AF


EMPRESASLISTAGEM 250 MAIORES EMPRESAS DO DISTRITO DE LEIRIANº RR - Posição face ao resultado residual; ND - Dados não disponíveis; AF - Autonomia financeira; FT - Falência técnicaNº Nº NOME ACTIVIDADE CONCELHO Nº TRAB. VENDAS VENDAS VAR.ORDEM RR EMPRESA 2006 € 2005/2006 %172 59 MANUEL RODRIGUES FERREIRA, S.A. Grossistas <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção, NCA BOMBARRAL 24 8.254.945,69 14,06173 77 CRIGADO - SOCIEDADE AGRO-PECUARIA, S.A. Criação <strong>de</strong> gado suíno ALCOBAÇA 24 8.204.251,02 ND174 NA GASOGASGEST - GESTÃO POSTOS DE ABASTECIMENTO, LDA Retalhistas <strong>de</strong> carvão/lenha/gelo MARINHA GRANDE 20 8.167.175,37 42,00175 53 DERONE - CONFECÇÕES, S.A. Confecção <strong>de</strong> roupa para homem, NCA BATALHA 325 8.158.500,58 -1,94176 175 AL - FABRICA DE MATERIAL ELÉCTRICO, S.A. Fab.<strong>de</strong> equipamento eléctrico industrial, NCA MARINHA GRANDE 148 8.141.942,04 1,43177 72 DISTRIPENICHE - SUPERMERCADOS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> mercearia PENICHE 52 8.140.923,88 6,61178 87 S.N.S.V. - SOCIEDADE NACIONAL SINALIZAÇÃO VERTICAL, LDA Fabrico <strong>de</strong> letreiros e cartazes publicitários ANSIÃO 68 8.114.127,37 0,00179 197 FAMARI - FABRICA MARINHENSE DE CARTONAGEM, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> papel alimentos MARINHA GRANDE 89 8.100.355,32 1,92180 149 SIVAL - GESSOS ESPECIAIS, LDA Fabricantes <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> gesso LEIRIA 25 8.046.198,56 6,73181 40 ICEL - INDÚSTRIA DE CUTELARIAS DA ESTREMADURA, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> cutelaria ALCOBAÇA 192 8.035.711,64 10,60182 NA NUTRIAVES - ABATE E TRANSFORMAÇÃO DE AVES, LDA Abate <strong>de</strong> aves/preparação <strong>de</strong> carnes ÓBIDOS 59 7.959.587,54 4,84183 118 MD MOLDES, MANUEL DOMINGUES, LDA Fabricantes <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> metal e matrizes LEIRIA 23 7.956.599,85 102,71184 137 SUINIGRUPO - RAÇÕES PARA ANIMAIS, LDA Preparação <strong>de</strong> alimentos para animais, NCA LEIRIA 18 7.950.320,34 5,95185 214 TRANSPORTES JAULINO, LDA Transp.<strong>de</strong> longo curso mercadorias s/armazenagem POMBAL 120 7.919.632,09 4,44186 211 GRANDUPLA - FÁBRICA DE PLÁSTICOS, S.A. Fabricantes matérias plásticas e resinas sintéticas MARINHA GRANDE 155 7.680.766,83 2,98187 174 RECAUCHUTAGEM 31, S.A. Grossistas <strong>de</strong> pneus e câmaras <strong>de</strong> ar ALCOBAÇA 110 7.641.445,83 1,89188 NA QUERIDO, MANUEL ANTÓNIO REBELO Exploração pecuária em geral CALDAS DA RAINHA 23 7.600.344,78 1,58189 191 Fabricantes <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> metal para estruturas LEIRIA 50 7.593.601,40 9,79190 95 Grossistas <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção, NCA LEIRIA 30 7.583.272,24 2,27191 99 ESPECIAL FRUTAS - COM. FRUTAS E PRODUTOS HORTI., LDA Grossistas <strong>de</strong> frutas frescas e legumes ALCOBAÇA 17 7.515.377,13 13,43192 117 CAMPOS & EIRAS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> combustíveis - estações <strong>de</strong> serviço ALCOBAÇA 4 7.447.087,09 ND193 123 GRANFER.COM - IMP. E EXP. PRODUTOS ALIMENTARES, LDA Retalhistas <strong>de</strong> produtos alimentares, NCA ÓBIDOS 1 7.442.967,53 -13,58194 132 MEGAVIA - CONSTRUÇÕES E OBRAS PUBLICAS, S.A. Empreiteiros <strong>de</strong> edifícios públicos/comerciais LEIRIA 70 7.438.608,07 10,12195 144 TOMAZ MARQUES, LDA Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados ALCOBAÇA 39 7.340.831,18 ND196 106 CEMOPOL - CELULOSES MOLDADAS PORTUGUESAS, LDA Fabricantes <strong>de</strong> produtos prensados <strong>de</strong> papel POMBAL 50 7.334.715,89 4,15197 212 LTO - LAVOURAS E TERRAPLANAGENS DO OESTE, LDA Construção civil por conta própria BOMBARRAL 125 7.310.166,56 -18,76198 68 SINDUTEX - SOCIEDADE INDUSTRIAL DE CONFECÇÕES, LDA Confecção <strong>de</strong> calças para homem POMBAL 285 7.266.008,47 7,39199 115 JOSÉ M. DA SILVA NOGUEIRA, LDA Retalhistas <strong>de</strong> combustíveis - estações <strong>de</strong> serviço LEIRIA 11 7.210.876,79 ND200 102 LUBRIFLORES - COMÉRCIO E REPARAÇÃO AUTOMOVEL, LDA Serviços <strong>de</strong> reparações gerais <strong>de</strong> automóveis LEIRIA 4 7.201.626,32 -18,13201 69 ARMAZÉNS MADIVER - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e material <strong>de</strong> construção PORTO DE MÓS 38 7.177.726,49 3,74202 128 MACOLUSA - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, S.A. Grossistas <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção, NCA LEIRIA 28 7.164.755,72 14,62203 51 SICOBRITA - EXTRACÇÃO E BRITAGEM DE PEDRA, S.A. Extracção <strong>de</strong> pedras britadas - calcário POMBAL 26 7.140.055,27 10,74204 104 2 AB - AUTO ACESSÓRIOS DA BENEDITA, LDA Gross.maquinaria/equipamento const./mineração ALCOBAÇA 44 7.123.825,38 0,24205 206 CERÂMICA COELHO DA SILVA IV, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> blocos e tijolos <strong>de</strong> betão PORTO DE MÓS 44 7.092.138,97 -6,95206 135 SOSI - COMBUSTÍVEIS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> carvão/lenha/gelo ALCOBAÇA 8 7.071.326,63 8,04207 93 LUSOFJORD - PRODUTOS ALIMENTARES, LDA Grossistas <strong>de</strong> produtos alimentares PENICHE 2 7.048.999,47 ND208 140 A.COELHO, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> automóveis usados ALCOBAÇA 30 7.038.928,22 ND209 165 VEPELIBÉRICA - IND. E COMÉRCIO MATERIAIS CONST.CIVIL, LDA Grossistas <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção, NCA BOMBARRAL 63 7.031.073,97 -13,05210 193 SIROLIS - PREFABRICADOS DE BETÃO, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> betão, NCA POMBAL 68 7.024.230,40 -16,34211 97 TECOFIX - TÉCNICA DE EQUIPAMENTOS E FIXAÇÃO, S.A. Grossistas <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção, NCA LEIRIA 63 7.008.336,62 2,24212 182 RAÇÕES SELECÇÃO, S.A. Preparação <strong>de</strong> alimentos para animais, NCA LEIRIA 80 7.001.207,08 -22,21213 134 SOCEM-E.D. - FRAB., ENG. E DESENVOLVIMENTO MOLDES, LDA Fabricantes <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> metal e matrizes ALCOBAÇA 50 6.993.301,64 -3,22214 25 FRIGOSTO - IND.TRANSF. E PREPARAÇÃO PROD. CONG., LDA Abate <strong>de</strong> gado/acondicionamento <strong>de</strong> carnes CALDAS DA RAINHA 55 6.979.915,63 29,26215 154 GASOGÁS - DISTRIBUIDORA DE ÓLEOS E COMBUSTÍVEIS, LDA Grossistas <strong>de</strong> petróleo a granel MARINHA GRANDE 75 6.971.547,11 6,28216 130 CARTONARTE - INDÚSTRIA DE CARTONAGEM, LDA Fabricantes <strong>de</strong> cartão canelado e cartolina MARINHA GRANDE 62 6.945.840,44 5,53217 147 FILIPE MOTOSHOW - VEÍCULOS MOTORIZADOS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados LEIRIA 25 6.939.017,37 ND218 15 SIRPLASTE - SOC. INDUSTRIAL RECUPERADOS PLÁSTICOS, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> mat.plásticas e resinas sintéticas LEIRIA 40 6.934.494,20 11,76219 139 FILIPE DOS SANTOS SILVA, LDA Gross.maquinaria/equip. agrícola/jardinagem BOMBARRAL 29 6.930.737,79 -10,64MAIORES110 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASRESULTADO VAR. RR RESULTADO VAB ACTIVO CAPITAL SOLVABILIDADE RENT.ACTIVO RENT. CAP. RENT.RESIDUAL € 2005/2006 % LÍQUIDO 2006 € PRÓPRIO PRÓPRIO VENDAS221930,12 -29,15 374.332,84 872329,63 3.761.739,63 2.401.509,72 176,55 9,95 15,59 4,53121042,39 ND 364.199,45 1258362,99 6.831.230,53 3.595.322,12 111,11 5,33 10,13 4,44AF


EMPRESASLISTAGEM 250 MAIORES EMPRESAS DO DISTRITO DE LEIRIANº RR - Posição face ao resultado residual; ND - Dados não disponíveis; AF - Autonomia financeira; FT - Falência técnicaNº Nº NOME ACTIVIDADE CONCELHO Nº TRAB. VENDAS VENDAS VAR.ORDEM RR EMPRESA 2006 € 2005/2006 %220 131 ALIMAVE - ALIMENTAÇÃO PARA AVES, S.A. Preparação <strong>de</strong> alimentos para animais, NCA LEIRIA 5 6.925.594,90 ND221 88 LEIRITRÓNICA - COMÉRCIO DE MATERIAL ELECTRÓNICO, LDA Grossistas <strong>de</strong> material electrónico LEIRIA 41 6.920.070,14 18,84222 188 UNIPASTA - PASTAS CERÂMICAS, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> tijolos e azulejos POMBAL 21 6.888.393,92 13,07223 7 LABORATÓRIO MÉDICO DR. DAVID SANTOS PINTO, S.A. Serviços <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> medicina PENICHE 12 6.884.643,38 ND224 127 FRANCO & FILHOS - COMÉRCIO DE GADO POR GROSSO, LDA Criação <strong>de</strong> gado suíno CALDAS DA RAINHA 4 6.857.764,67 22,61225 220 PECF - PARQUE EÓLICO DE CHÃO FALCÃO, LDA Fabricantes <strong>de</strong> transformadores PORTO DE MÓS 1 6.802.374,21 ND226 148 FLORESCAR - COMÉRCIO DE AUTOMOVEIS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados CALDAS DA RAINHA 42 6.794.656,16 -5,81227 167 LISCONCRETO - UNIBETÃO, INDUSTRIAS BETÃO PREPARADO, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> betão preparado LEIRIA 11 6.791.066,00 ND228 161 OVOPOR - AGRO-PECÚARIA DOS MILAGRES, S.A. Preparação <strong>de</strong> alimentos para animais, NCA LEIRIA 45 6.741.023,11 ND229 204 EMPRIMADE - EMPRESA INDUSTRIAL DE MADEIRAS, S.A. Serviços <strong>de</strong> corte <strong>de</strong> árvores e negócio <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras LEIRIA 64 6.727.732,98 2,44230 32 FIBROPLAC - FÁBRICA DE PLACAS DE GESSO LAMINADO, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> gesso POMBAL 42 6.717.188,50 6,62231 67 H.B.C.II - PEÇAS AUTO, LDA Retalhistas <strong>de</strong> acessórios para automóveis BATALHA 44 6.697.352,19 8,15232 187 BAQUELITE LIZ, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> mat.plásticas e resinas sintéticas LEIRIA 91 6.690.682,91 -6,55233 83 COMPOSTOS LIZ - ALIMENTOS COMPOSTOS PARA ANIMAIS, LDA Moagem <strong>de</strong> alimentos para animais domésticos LEIRIA 18 6.654.828,20 14,45234 94 DIAMANTINO MALHO & CA., LDA Fab. matérias plásticas e resinas sintéticas POMBAL 16 6.647.169,75 51,70235 158 OBRICALDAS - SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO CIVIL, LDA Construção civil por conta própria CALDAS DA RAINHA 32 6.628.707,88 60,70236 112 SUPERBENEDITA - SUPERMERCADOS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> produtos alimentares, NCA ALCOBAÇA 32 6.603.274,61 ND237 179 BALVERA - COMÉRCIO DE PERFUMARIAS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> produtos fármacos e afins POMBAL 66 6.596.541,74 6,35238 150 J.L.BARROS & CUNHA GOMES, S.A. Grossistas <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção, NCA CALDAS DA RAINHA 45 6.595.957,53 10,02239 142 SERVILENA - MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE AUTOMÓVEIS, S.A. Retalhistas <strong>de</strong> automóveis novos e usados LEIRIA 26 6.593.505,41 2,52240 100 FICENTRO - CONSTRUÇÕES, LDA Construção civil por conta própria CALDAS DA RAINHA 42 6.585.088,09 48,77241 45 FLEXIDOOR - PORTÕES SECCIONADOS E AUTOMATISMOS, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> metal, NCA LEIRIA 51 6.517.668,00 27,80242 44 SANTOS SILVA - TELECOMUNICAÇÕES & ACESSÓRIOS, LDA Grossistas <strong>de</strong> material electrónico ALCOBAÇA 16 6.464.452,47 -9,82243 213 INAMOL - INDÚSTRIA NACIONAL DE MOLDES, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> metal e matrizes MARINHA GRANDE 85 6.460.806,45 5,60244 26 CALEIRAETERNA - FAB. COM. COMPONENTES MAQ. CALEIRAS, S.A. Fabricantes <strong>de</strong> tubos e canos <strong>de</strong> aço POMBAL 18 6.455.013,43 20,12245 124 ANTÓNIO COELHO DA SILVA & FILHOS, LDA Criação <strong>de</strong> gado suíno ALCOBAÇA 4 6.371.215,76 3,66246 61 EURODIAL - CENTRO DE NEFROLOGIA E DIÁLISE DE LEIRIA, S.A. Serviços <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> medicina LEIRIA 149 6.343.612,57 4,14247 166 BAGATELA - COMÉRCIO DE ARTIGOS DIVERSOS, LDA Retalhistas <strong>de</strong> artigos para o lar, NCA BATALHA 96 6.336.130,43 -4,81248 101 Grossistas <strong>de</strong> equipamentos para profissões liberais LEIRIA 13 6.306.583,18 9,58249 16 GRANMALCO - COMERCIAL DE GRANITOS, LDA Grossistas <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção, NCA ALCOBAÇA 8 6.296.128,05 -17,41250 21 Laboratórios médicos LEIRIA 100 6.266.368,92 2,64MAIORES112 250 DISTRITO DE LEIRIA


EMPRESASRESULTADO VAR. RR RESULTADO VAB ACTIVO CAPITAL SOLVABILIDADE RENT.ACTIVO RENT. CAP. RENT.RESIDUAL € 2005/2006 % LÍQUIDO 2006 € PRÓPRIO PRÓPRIO VENDAS-27612,78 ND 58.419,45 470257,17 3.851.900,51 863.327,38 28,89 1,52 6,77 0,8485648,13 -44,81 168.807,53 1363255,45 3.380.651,59 932.097,29 38,07 4,99 18,11% 2,44-215426,14 75,97 53.234,58 1893608,34 10.809.400,55 3.043.311,57 39,19 0,49 1,75 0,771744390,22 ND 2.017.017,24 3914161,83 7.035.497,39 4.208.718,60 148,89 28,67 47,92 29,30-14671,57 ND 27.570,05 153413,33 1.572.787,98 514.614,49 48,63 1,75 5,36 0,40-800286,54 ND -214.173,04 5766544,36 36.240.311,95 3.033.502,13 9,14 -0,59 -7,06 -3,15-67985,72 ND 19.196,71 833021,33 3.020.233,51 1.126.444,57 59,48 0,64 1,70 0,28-124211,40 ND 19.504,00 1022050 4.097.038,00 2.108.025,00 105,98 0,48 0,93 0,29-96245,95 ND 31.363,16 1206257,28 5.612.785,57 1.309.212,70 30,42 0,56 2,40 0,47-321626,91 352,35 -208.600,87 1402522,82 4.953.478,21 1.164.690,72 30,74 -4,21 -17,91 -3,10439011,73 ND 625.639,60 2320882,61 6.431.897,99 2.420.845,86 60,35 9,73 25,84 9,31148328,37 -48,10 260.350,63 1536164,01 3.985.776,59 1.417.471,74 55,19 6,53 18,37 3,89-211725,89 ND 4.901,43 2011397,22 7.986.344,77 2.661.701,52 49,99 0,06 0,18 0,07104140,82 -119,95 218.799,63 588034,84 3.611.310,70 1.584.224,36 78,15 6,06 13,81 3,2976144,34 ND 160.012,11 713845,19 3.890.705,26 802.948,09 26,00 4,11 19,93 2,41-93636,83 ND 67.951,14 1050419,72 8.384.010,78 1.294.146,67 18,25 0,81 5,25 1,0316423,58 ND 50.071,00 644340,98 1.768.413,98 263.038,03 17,47 2,83 19,04 0,76-178080,64 85,03 2.082,15 990401,61 6.119.398,91 2.362.532,52 62,89 0,03 0,09 0,03-71990,52 ND 94.335,28 1087020,59 6.186.172,98 2.028.183,88 48,78 1,52 4,65 1,43-45567,85 -155,50 15.245,34 563708,47 2.797.756,13 588.897,03 26,66 0,54 2,59 0,2355582,47 ND 89.932,74 511756,57 1.404.278,52 382.781,55 37,47 6,40 23,49 1,37313416,76 176,75 391.345,00 1621862 3.530.762,00 770.126,00 27,90 11,08 50,82 6,00321068,53 61,34 390.896,63 1565084,98 2.108.371,00 990.711,05 88,64 18,54 39,46 6,05-512303,47 ND -244.946,99 3184913,89 10.662.695,82 3.055.379,39 40,16 -2,30 -8,02 -3,79571610,61 15,10 864.770,84 1913937,59 5.506.568,47 5.112.169,35 1296,19 15,70 16,92 13,40-6778,87 ND 47.968,71 208415,16 2.535.158,84 525.471,97 26,15 1,89 9,13 0,75206462,62 -58,39 395.658,96 2130775,13 5.212.282,42 2.826.793,30 118,50 7,59 14,00 6,24-123326,90 ND 648,79 1418681,53 5.915.147,28 1.140.281,95 23,88 0,01 0,06 0,0151174,89 -34,47 78.201,47 400927,76 1.018.290,77 325.834,93 47,05 7,68 24,00 1,24831309,90 ND 989.644,61 506153,16 3.949.799,59 2.483.122,07 169,30 25,06 39,85 15,72625887,53 -34,88 984.044,45 2416546,14 10.161.788,61 5.267.292,78 107,62 9,68 18,68 15,70MAIORES250 DISTRITO DE LEIRIA 113

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