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Arrojo, risco, coragem e visão.As motivações <strong>de</strong> quem faz novo. Ou melhor. Inovando.Esta revista faz parte integrante da edição 1245 do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong> 22.05.2008 e não po<strong>de</strong> ser vendida separadamente


.Editorial.INOVAR E EMPREENDER.ENTREVISTA.Armindo Monteiro, Presi<strong>de</strong>nte da ANJE 4.EMPREENDEDORISMO .A arte <strong>de</strong> criar 10.OPINIÃO.Pedro Santos 13Henrique Neto 14Patrícia Leirião 16.PAINEL.Empresários Sénior 18Jovens Empresários 19Alunos 20.OPINIÃO.Nuno Mangas 22.INCUBADORAS.Acolher e apoiar tenras iniciativas 25.REPORTAGEM.MBM 30Manulena 32Optidados 34Portugalheart 36Nigmatech 38BitXpress 40Corpo Livre 41Velvet 42Vendárea 46.SEMANA DO EMPREENDEDORISMO NA OPEN.Entrevista a António Quina 47Entrevista a Francisco Banha 48Experiências <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> 50para <strong>de</strong>ficientes neuromotoresFICHA TÉCNICAEDIÇÃO: Jorlis - Edições e Publicações, Lda.Director: José Ribeiro Vieira Coor<strong>de</strong>nação: Rui Pereira Redacção: Célia Marques, André Guerra Fotografias: RicardoGraça Serviços Comerciais: Luís Clemente Paginação: Isilda Trinda<strong>de</strong> e Rita Carlos Impressão: Miran<strong>de</strong>la, SA . Tiragem:15.000 exemplares N.º <strong>de</strong> Registo: 109980 . Depósito legal n.º 5628/84 Distribuição: <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Edição n.º 1245, <strong>de</strong>22 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2008.Esta é a primeira edição da Revista JovensEmpresários – Inovação e Empreendorismo,publicação que passará a fazer parte da ofertaeditorial regular da Jorlis a par <strong>de</strong> outrasrevistas <strong>de</strong> caracter económico que já vinhamoseditando, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacam, pela suaimportância a revista das 250 Maiores Empresasdo Distrito, publicada em Outubro <strong>de</strong> cadaano, sendo a próxima a 18ª edição e, a <strong>Leiria</strong>Global dirigida para o sector exportador einternacional, regularmente produzida edistribuída em Junho <strong>de</strong> cada ano, sendo apróxima a 4ª edição.Pareceu-nos que faltava uma publicaçãodirigida aos mais novos empresários focalizadana inovação e no empreendorismo. Não sepo<strong>de</strong> falar <strong>de</strong> crescimento ou <strong>de</strong>senvolvimentoeconómico, <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> inovaçãosem se referir e importância dos mais novosno que respeita à criação <strong>de</strong> empresas e <strong>de</strong>empregos e também no que concerne àrevitalização e continuação das activida<strong>de</strong>sque tiveram origem noutras gerações, familiaresou não.A presença <strong>de</strong> jovens no mercado empresarialé essencial, especialmente na dinamizaçãodos processos mais inovadores e criativos emuito especialmente na criação <strong>de</strong> diferençae <strong>de</strong> valor. Nas novas gerações estão instaladosconhecimentos e saberes muitas vezesdificilmente acessíveis aos mais velhos,particularmente em consequência davelocida<strong>de</strong> da mudança, arrastada pelas novastecnologias industriais e também pelas queestão relacionadas com a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> dosprocessos <strong>de</strong> organização.A referência à qualida<strong>de</strong>, capacida<strong>de</strong> eimportância dos jovens empreen<strong>de</strong>dorestrabalhando por conta própria ou não, étambém uma questão <strong>de</strong> justiça. Ao contráriodo que muitas vezes se quer fazer crer, hájovens sabedores, capazes e talentosos. Foia pensar neles, principalmente, que a JORLISlançou mãos a este projecto editorial, quetodos os anos quereremos melhorar e repetir.:José Ribeiro Vieira3 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Entrevista.ARMINDO MONTEIROPresi<strong>de</strong>nte da ANJE.A recente redução do IVA é bemvinda? O calendário das empresas é diferentedo governo. As PME sentem uma asfixia.Não é um problema económico, <strong>de</strong> vendasou mercado, porque a procura não está a<strong>de</strong>scer. É um problema <strong>de</strong> financiamentoe outro <strong>de</strong> margem. Ven<strong>de</strong>m com margenssacrificadas <strong>de</strong>vido à crescente carga fiscal,e à dilatação dos prazos <strong>de</strong> recebimento,e o Estado é um mau exemplo. Existe falta<strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z e falta <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong>financiamento, há menos dinheiro paraemprestar e está mais caro. A redução dasmargens também tem a ver com o custodos factores <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong> que aelectricida<strong>de</strong> é exemplo. Até agora existiao sentimento <strong>de</strong> que o fisco estava a actuarbem, com as penhoras in<strong>de</strong>vidas e a históriados casamentos começa a haver umsentimento <strong>de</strong> abuso da máquina fiscal.A asfixia nada tem a ver com o mercado?Não. Deram-se duas alterações fundamentais.Os empresários procuraram subir na ca<strong>de</strong>ia<strong>de</strong> valor, fazendo produtos <strong>de</strong> maior valoracrescentado, o que obrigou a inovar, amelhorar processos. Em vários sectores, esem complexos, estamos a competir comos melhores. A outra mudança foi adiversificação <strong>de</strong> mercados com vista àexportação. Estão menos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes daprocura interna.Disse numa entrevista que os empresáriosportugueses não estão atentos ànecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar sinergias e <strong>de</strong> apostarem agrupamentos económicos. É umproblema <strong>de</strong> escala. Os espanhóis antes<strong>de</strong> virem para cá consolidam em Espanha.Nós abordamos o mercado <strong>de</strong> uma formaisolada e somos pequenos <strong>de</strong>mais paracompetir lá fora. Depois há outra questão:<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>4


.Entrevista..<strong>Leiria</strong> é umpulmão económicodo país.O que muda na nova geração <strong>de</strong>empresários, em que áreas Portugal revelavantagens competitivas quando toca aempreen<strong>de</strong>r e o que trava o movimentoempreen<strong>de</strong>dorista, na voz <strong>de</strong> ArmindoMonteiro.empresas <strong>de</strong> idênticas valências quando sejuntam ganham tamanho, mas não o valorque ganhariam se fossem complementares.Em Espanha muitas fusões foram feitas combase em complementarida<strong>de</strong>, o que éimportante para além do volume. Quandopensamos em exportar temos <strong>de</strong> ter algoque nos diferencie e nós não temos volumepara respon<strong>de</strong>r à dimensão dos pedidos,nem complementarida<strong>de</strong> porque temosnegócios muito semelhantes.Mas nota-se uma evolução positiva?Basta ver o número <strong>de</strong> fusões e aquisiçõese as políticas do governo <strong>de</strong> apoio àinternacionalização, que apontam paraselectivida<strong>de</strong> e concentração, que são doisfactores importantes.E porque não se registam mais fusões?É uma responsabilida<strong>de</strong> dos empresários,que querem ser reis, em vez <strong>de</strong> príncipes.Há uma dificulda<strong>de</strong> em partilhar o po<strong>de</strong>r.Devemos fazer um esforço para aumentarsinergias.Os empresários mais jovens sãodiferentes? Acredito que sim.Desenvolveram-se num contexto diferentee conhecem mais mundo. Há o sentimento<strong>de</strong> que não existe hoje o one man shownem cavaleiros solitários no mundo dasempresas. Existem lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> projectos e<strong>de</strong> equipas.Muda também a receptivida<strong>de</strong> àinovação? Sem dúvida. Dantes, quem semostrava fora do risco era visto como umaameaça e a inovação cortada pelo statusquo dominante. A inovação não é maisdo que olhar para o negócio e fazer maiscom os mesmos meios, optimizar, criar <strong>de</strong>novo, e o resultado será diferente.Descobrem-se “ovos <strong>de</strong> Colombo. Osjovens estão mais abertos ao novo e melhorpreparados para isso. Até se po<strong>de</strong> dizerque já está tudo inventado. Mas está tudooptimizado? Se fizermos melhor o quefazem os melhores, criamos vantagenscompetitivas e estaremos sempre à frente.E hoje temos a vantagem <strong>de</strong> saber o queestão a fazer os melhores do mundo.Em que áreas se <strong>de</strong>ve apostar? Nas quese tem conhecimento do sector, ou dosclientes, ou se domina o know how.Queria dizer áreas em que Portugaltem vantagens competitivas... Sou a<strong>de</strong>ptoda selectivida<strong>de</strong>. Há coisas que não vale...5 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Entrevista....a pena insistir, porque nunca seremos osmelhores. O turismo é um sector <strong>de</strong> óbviavantagem. Temos tranquilida<strong>de</strong>, boas condiçõesclimatéricas e um povo afável.Antecipa um gran<strong>de</strong> crescimento a essenível? Basta ver o número <strong>de</strong> projectos emcurso. Po<strong>de</strong>mos ter golfe o ano inteiro e atrásdos golfistas vem a família. É esse cliente queinteressa à nossa economia. Mas a promoçãoé importante, é por isso que estou a participarna Europe’s West Coast. É péssimo acharmosque somos maus. Há produtos portuguesesque ganham as provas cegas, mas quando sei<strong>de</strong>ntifica a nacionalida<strong>de</strong> da marca per<strong>de</strong>m25% do valor. A marca Portugal tem <strong>de</strong> servalorizada, apostando na nossa imagem actual,e não do antigamente, porque passa umamensagem <strong>de</strong> atraso e veja quanto isso noscusta. Não é só uma questão <strong>de</strong> auto-estima,é económica também. É uma luta que estegoverno está a fazer, e que me parece positiva.Em que outros sectores po<strong>de</strong>mos tervantagens competitivas?Nas novas tecnologias <strong>de</strong>informação. Existe um défice<strong>de</strong> qualificações nessa áreae com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida quetemos po<strong>de</strong>mos atrair bonsprofissionais. E é tambémfacilmente exportável, porqueé um serviço que as empresaspo<strong>de</strong>m externalizar. A Ydreams, Martifer eCritycal Software são um bom exemplo e aprova <strong>de</strong> que começamos a ter capacida<strong>de</strong>para sermos um must nessa matéria.O Plano Tecnológico vem dar uma ajuda?É um excelente plano, que carece <strong>de</strong>implementação. Faltam instrumentos para serexecutado e rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> execução. Dou nota20 em termos conceptuais mas falta dizer on<strong>de</strong>queremos estar, quando e como lá chegamos.Não basta dizer que precisamos <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadaqualificação, é preciso dizer quantos e emquanto tempo. Ainda nos vai trazer coisaspositivas. A sua boa execução é um <strong>de</strong>sígnio nacional. Não tivemos um país muitoindustrializado, mas agora estamos na era dos serviços e temos <strong>de</strong> apostar nela. Nãoprecisamos <strong>de</strong> fazer as etapas todas. Não há mal nenhum em ter um bom sector terciário.O que não significa que a indústria não seja importante... É fundamental. Mastemos <strong>de</strong> investir no que nos traz valor acrescentado, que são a tecnologia e os serviços<strong>de</strong> ponta. Não temos capacida<strong>de</strong> competitiva na indústria pesada. A nossa mão-<strong>de</strong>obrajá não é barata, a relação salários qualificação não é a melhor,os custos energéticos não ajudam, não temos logística, nem transportes,os factores ambientais pesam. É cada vez mais caro produzir. Nãofaço a apologia do <strong>de</strong>sinvestimento na indústria, mas os nossosesforços <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> investimento serão mais positivos noutrossectores. Hoje é possível atrair uma Autoeuropa? E quanto noscustaria? Não queria estar no papel do Basílio Horta..Vejo potencialna energia solar,no etanol e nobiodiesel.Existem outros sectores com potencial?As energias renováveis <strong>de</strong> valor acrescentado. Tem a ver com as nossas características.A aventura das Descobertas está-nos nos genes. É uma área on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos ganharcompetências localmente, para <strong>de</strong>pois internacionalizar. Mas temos <strong>de</strong> encarar opercurso como um prova <strong>de</strong> endurance e não uma corrida <strong>de</strong> cem metros. Julgo quetambém aqui a mentalida<strong>de</strong> está a mudar. A “chico espertice” começa a ser socialmentesancionada. Estamos caminhar para a inteligência, sustentabilida<strong>de</strong> e responsabilida<strong>de</strong>social e a ANJE tem contribuído para isso. Vejo potencial na energia solar, no etanol eno biodiesel.Voltando ao IVA, ficou satisfeito com a <strong>de</strong>scida? Como para as empresas é <strong>de</strong>dutível,é mais uma questão <strong>de</strong> tesouraria. O que sentimos é que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ste esforço todosó temos meta<strong>de</strong> da medalha. Subiu 2% e agora só <strong>de</strong>sce 1%. Em termos <strong>de</strong> apoio àsempresas, embora seja uma medida positiva, não é por aí. É um estímulo, mas <strong>de</strong>fendooutras medidas.<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>6


.Entrevista.Que medidas? É importante aliviar a cargafiscal, e não é apenas o IVA, IRS e IRC. Éo imposto <strong>de</strong> selo, a oneração dos aumentos<strong>de</strong> capital, da transferência <strong>de</strong> bens. Apolítica fiscal é muito onerosa. Não estáao nível dos nosso parceiros. Como fazemosparte da Yes European, uma associaçãocom 17 associações <strong>de</strong> jovens empresários<strong>de</strong> países comunitários, po<strong>de</strong>mos comparar.O nosso país tem uma agenda orçamentale não económica. É o mais urgente, masnão o mais importante. Po<strong>de</strong> chegar auma altura em que se olha para o económicoe já não se vai a tempo.É uma crítica ao governo? Tem aresponsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma excessivaconcentração na questão orçamental. Avida do país não é só isso. Se a economiafor mais estimulada aumenta a receita. Noorçamento, a parte dos custos nãocontrolamos e a nível da receita po<strong>de</strong>mosestar a matar a galinha dos ovos <strong>de</strong> ouro.A eficiência consegue-se muito à contados que já pagam. A segunda medidaque <strong>de</strong>fendo tem a ver com a qualificação.Aí estou <strong>de</strong> acordo com o governo. É<strong>de</strong>terminante na qualida<strong>de</strong> das empresas.Apenas 35% dos criadores <strong>de</strong> empresastem o ensino superior. Tenho, no entanto,algumas reservas em relação à forma comose tem actuado em matéria <strong>de</strong> qualificações.Sou mais pela cultura da exigência do quedo facilitismo.O que trava o empreen<strong>de</strong>dorismo nonosso país? Uma socieda<strong>de</strong> que nãovaloriza o êxito, penaliza o fracasso econfun<strong>de</strong> ousadia com atrevimento. Comoousou fazer, pisou o risco, se corre mal,estava a pedi-las. É assim que funciona.O grupo dos “eu não te disse” castra aenergia empreen<strong>de</strong>dora. É preciso premiara coragem da iniciativa e quem falhaapren<strong>de</strong> com os erros. O segundo entraveé o financiamento, que é muito baseadona banca tradicional. Um crédito muitohipotecário, que exige garantias. Uma boai<strong>de</strong>ia e muita vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar <strong>de</strong>viamser valorizados. Estes negócios têm <strong>de</strong> serencarados numa lógica <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> risco,mas a banca brinca à banca <strong>de</strong> investimento.Mas há uma evolução positiva? Existemclubes <strong>de</strong> business angels estruturados,e da parte do governo também existevonta<strong>de</strong>. O Inovcapital é uma medidaacertiva. É preciso mais capital <strong>de</strong> risco emenos subsídios.Neste contexto, não se percebe porqueestão as incubadoras vazias... A segundanecessida<strong>de</strong>, a seguir ao capital, é a equipa,e a terceira o espaço. Muitas vezes não sechega à terceira fase. Não sei se a localização<strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>ssas incubadoras será amelhor. As incubadoras e centrostecnológicos integrados na malha urbanatêm listas <strong>de</strong> espera....PUB7 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Entrevista....Está na direcção da ANJE há 5 anos.Qual é o balanço? Queríamos abandonara i<strong>de</strong>ia do “<strong>de</strong>speça-se já e crie umaempresa”, para o “crie a sua empresa setiver condições para isso”, e julgo queconseguimos. Ser empresário não é ummar <strong>de</strong> rosas. É preciso ousadia, persistência,coragem e tudo isso tem um preço. Haviauma taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> elevada, resultado<strong>de</strong> projectos pouco estruturados.Continuamos a evangelizaçãopara a causa doempreen<strong>de</strong>dorismo, mascom mais responsabilida<strong>de</strong>.Não é mau quemorram empresas, é maué que não nasçam <strong>de</strong>novo. Em <strong>Leiria</strong>, porexemplo, nascem maisempresas do que morrem,mas o movimento não é compensatórioa nível <strong>de</strong> VAB, porque são micronegócios.Não tenho problema nenhum com opequeno, veja o que aconteceu com aMartifer. O empreen<strong>de</strong>dorismo jovemqualificado é a melhor forma <strong>de</strong> estimularo emprego. Fizemos também na ANJEuma aposta clara no plano externo. Onosso público-alvo começa na escolaprimária.E novos projectos? Criámos duas infraestruturastecnológicas <strong>de</strong>ram origem acentros <strong>de</strong> excelência, ninhos <strong>de</strong> empresastecnológicas. Apostámos no programa<strong>de</strong> coaching às empresas que não têmferramentas <strong>de</strong> gestão. A formação e oapoio são importantes para termos melhoresempresários e a ANJE fá-lo a preçosacessíveis. Criamos concursos para osjovens empresários, que <strong>de</strong>poisacompanhamos. Estimulamos os projectossem prejuízo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar falhas. Vai umprojecto mais forte quando chega à fase<strong>de</strong> eliminar, à banca. A nível regional, temosestruturas que planeiam localmente asmelhores iniciativas..O grupo dos“eu não tedisse” castra aenergiaempreen<strong>de</strong>dora.Vai recandidatar-se à presidência daANJE? Não. Numa associação <strong>de</strong> jovensé bom haver mudança. Dos objectivos aque me propus, os que não concretizeiconto ainda concretizar.O que falta fazer? Tem a ver com ofortalecimento da estrutura financeira. AANJE tem um património muito gran<strong>de</strong>,<strong>de</strong> 10 milhões <strong>de</strong> euros, mas um capitalpróprio pequeno. Estámuito <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>capitais alheios. É precisoaumentar as receitaspróprias por via daprestação <strong>de</strong> serviços. Jáaumentou 30%. Estamosmenos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>flutuações dosgovernantes e do QREN,mas tem <strong>de</strong> melhorar mais. Quero <strong>de</strong>ixara associação preparada para fazer a transiçãoentre quadros comunitários com menossobressaltos. Conseguimos pacificar aassociação internamente, reduzir o número<strong>de</strong> colaboradores e estar nos fórunsimportantes, no Conselho Económico eSocial, CIP, AIP, numa network empresarialmais forte. O movimento associativo <strong>de</strong>veunir esforços.Que i<strong>de</strong>ia tem <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> em termoseconómicos? <strong>Leiria</strong> é um pulmãoeconómico do país. Noto que a zonaCentro não tem estado em sintonia. É umadisputa feita entre parceiros. Não faz sentidoFalta coesão. <strong>Leiria</strong> tem condições paracontinuar a ser o pulmão, pela qualificação,localização, iniciativa empresarial e taxa<strong>de</strong> sobrevivência. E tem infra-estruturaspara ter qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, com as vantagensque o litoral lhe confere. Não existemmuitas realida<strong>de</strong>s assim no país. Temcaracterísticas para ser uma cida<strong>de</strong> referência.Há uma certa divergência entre o CEC ea NERLEI e acho que os dirigentes nãosentem gosto nessa disputa. <strong>Leiria</strong> – nãosendo o maior distrito, não tendo a maiortradição académica e não sendo a maiorse<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços – consegue disputar aprimazia, pelo seu dinamismo empresarial.Daquilo que conheço, disputa claramentea li<strong>de</strong>rança na zona centro.Que divergências são essas entre oCEC e a NERLEI? Há uma diferença noque é consi<strong>de</strong>rado prioritário, mas sãodois lí<strong>de</strong>res natos do movimento associativoe duas pessoas inteligentes. Acredito quevão colocar-se <strong>de</strong> acordo. O Centro temcondições para, impulsionado por <strong>Leiria</strong>,ser um pólo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do país.<strong>Leiria</strong> só po<strong>de</strong> reforçar a sua posição. :.PERFILArmindo tem 39 anos, é natural <strong>de</strong>Lisboa, casado e tem uma filha. Élicenciado em Gestão, e tem uma pósgraduaçãoem Estatística. Para além <strong>de</strong>ser dirigente da ANJE, assume tambémos <strong>de</strong>stinos da Compta.Ocupa os tempos livres com mergulhoe paraquedismo, e é um apreciador <strong>de</strong>jazz, cinema e fotografia.Defen<strong>de</strong> que é preferível «chegar poucasvezes aos cem do que estar sempre nos50», um lema <strong>de</strong> vida patente numaescultura <strong>de</strong> Salvador Dali, que simbolizaa impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lutar contra otempo. «O tempo não volta, é muitolimitado e não se po<strong>de</strong> per<strong>de</strong>r com oque não acrescenta valor. Po<strong>de</strong>mos teruma vida medíocre se não estivermosatentos ao tempo», <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>.Admite ter no Benfica o seu lado maisirracional, e afirma não ter paciênciapara a inveja e maldiciência. Nas pessoas,aprecia «a honestida<strong>de</strong> e a modéstia<strong>de</strong> nos compararmos sempre com osmaiores». :<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>8


.Empreen<strong>de</strong>dorismo.A arte <strong>de</strong> criarNão é por acaso que está na or<strong>de</strong>m do dia. A activida<strong>de</strong>empreen<strong>de</strong>dora é <strong>de</strong>terminante na criação <strong>de</strong> emprego eriqueza. Portugal está entre os países que mais empreen<strong>de</strong>m,mas também na lista dos que mais <strong>de</strong>sistem. E <strong>Leiria</strong> é o sétimodistrito do país com mais empresas.O empreen<strong>de</strong>dorismo é uma questão<strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> perante a vida e os negócios.O empreen<strong>de</strong>dor é alguém que persiste,que aceita <strong>de</strong>safios e vê oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> crescimento on<strong>de</strong> outros encontramentraves. É aquele que arrisca criar algonovo, ou acrescentar valor ao que já existe,em troca <strong>de</strong> satisfação pessoal ein<strong>de</strong>pendência monetária.O empreen<strong>de</strong>dorismo envolve não só o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos negócios, comoa i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>sem organizações já existentes, que actuamem ambientes <strong>de</strong> forte competitivida<strong>de</strong>e constante mudança. Está presente nasempresas privadas, mas po<strong>de</strong> tambémflorescer na administração pública, e nãose dissocia do conceito <strong>de</strong> inovar.Empreen<strong>de</strong>r é também fazer diferente,optimizar.Para o reconhecimento <strong>de</strong> novasoportunida<strong>de</strong>s contribuem essencialmentedois factores: o conhecimento prévio quese <strong>de</strong>tém na área em causa, e as aptidõesintelectuais que actuam na avaliação <strong>de</strong>ssasoportunida<strong>de</strong>s. Segundo o Guia doEmpreen<strong>de</strong>dorismo, elaborado pelaAssociação para o DesenvolvimentoEconómico e Social (SEDES), osempreen<strong>de</strong>dores estão, por norma, muitopróximos do problema, ou da oportunida<strong>de</strong>,em termos <strong>de</strong> competências, conhecimento,ou recursos, e a gran<strong>de</strong> maioria não sonhacom i<strong>de</strong>ias radicais. Os empreen<strong>de</strong>doresten<strong>de</strong>m a iniciar activida<strong>de</strong> numa área emque já possuem algum conhecimento domercado, do processo <strong>de</strong> produção, oudas oportunida<strong>de</strong>s existentes.Aos empreen<strong>de</strong>dores associam-secaracterísticas como a ambição, coragem,<strong>de</strong>terminação, auto-confiança, curiosida<strong>de</strong>,in<strong>de</strong>pendência, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho,motivação e optimismo. A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>arriscar e o sentido <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> estãopresentes, a li<strong>de</strong>rança e sentido <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong> são inerentes. O sucesso<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá também da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>organização e <strong>de</strong>legação.E o que condiciona o sucesso doempreen<strong>de</strong>dorismo em Portugal? A SEDESi<strong>de</strong>ntifica barreiras estruturais como o apoiofinanceiro, a burocracia na relação com oGoverno e o facto do ensino não estarajustado à prática do empreen<strong>de</strong>dorismo,não promovendo a criativida<strong>de</strong> e o espíritoinovador. Quanto aos obstáculos inerentesao próprio empreen<strong>de</strong>dor, o Guia doEmpreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong>staca a falta <strong>de</strong>objectivida<strong>de</strong> da i<strong>de</strong>ia, um conceito <strong>de</strong>negócio mal <strong>de</strong>finido, a inexperiência eCRIAR UMA EMPRESAEM NOVE PASSOSConceber a i<strong>de</strong>iaTestar a i<strong>de</strong>iaRo<strong>de</strong>ar-se da equipaElaborar o plano <strong>de</strong> negóciosObter o capital inicialConstituir formalmente a empresaEncontrar o local i<strong>de</strong>alDefinir os corpos directivos e recrutarcolaboradoresIniciar activida<strong>de</strong>ERROS A EVITARCalcular mal o mercadoSubestimar a concorrênciaInvestir <strong>de</strong> forma prematuraAvaliar mal os prazosAvaliar mal a rentabilida<strong>de</strong> previsívelDesconhecer o sectorPersonalizar <strong>de</strong>masiado a empresaNão equacionar <strong>de</strong>vidamente asquestões jurídicasIncompatibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ologiasentre sóciosFonte: Guia do Empreen<strong>de</strong>dorismo, SEDES<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>10


.Empreen<strong>de</strong>dorismo.a <strong>de</strong>svalorização das reais necessida<strong>de</strong>sdos consumidores e do mercado. A estessoma-se a falta <strong>de</strong> capitais próprios, aausência <strong>de</strong> plano <strong>de</strong> negócios e o factodo produto, ou serviço, não acrescentaremnada <strong>de</strong> novo.Os empreen<strong>de</strong>dores, e as activida<strong>de</strong>s que<strong>de</strong>senvolvem, giram em torno <strong>de</strong> trêselementos essenciais: a oportunida<strong>de</strong>, orisco e a recompensa. Ao embarcar naaventura da criação, o empreen<strong>de</strong>dorarrisca a segurança financeira pessoal e ocapital social, antecipando potenciaisrecompensas, mas sem nenhuma garantia<strong>de</strong> sucesso.Portugal entre os que mais empreen<strong>de</strong>me mais <strong>de</strong>sistemOs números do último GlobalEntrepreneurship Monitor (GEM) – o maiorestudo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do mundo sobre aactivida<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dora, abrangendoPUB58 países, representativos <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 90%do PIB mundial – atribuem a Portugal umaactivida<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dora que ultrapassapaíses como a Finlândia, França, Itália eJapão, Espanha, Suíça e Estados Unidos.Segundo o GEM, a activida<strong>de</strong>empreen<strong>de</strong>dora em Portugal abrangia,em 2007, 15,4% da população activa,<strong>de</strong>stacando-se os empreen<strong>de</strong>dores hámenos <strong>de</strong> três meses, que representavam4,8% da população activa. Dentro do grupodos países <strong>de</strong> elevado rendimento, apenasa Islândia (8,5%), Hong Kong (5,7%) e osEstados Unidos (6,5%) superavam odinamismo português.Cerca <strong>de</strong> 56% dos empreen<strong>de</strong>doresportugueses com menos <strong>de</strong> 42 meses <strong>de</strong>activida<strong>de</strong> admitem ter sido conduzidospelo surgimento <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong>que lhes permitia aumentar o rendimentoe ser mais in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.No reverso da medalha, Portugal é tambémdos países que apresenta a maior taxa <strong>de</strong>venda, ou <strong>de</strong>sistência do negócio, sendovencido apenas por Hong Kong, EstadosUnidos e Emiratos Árabes Unidos. O maiormotivo apontado pelo grupo dos <strong>de</strong>sistentesé o facto do negócio não ser rentável, logoseguido <strong>de</strong> motivações pessoais.No que toca à intenção <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>r,23% da população activa portuguesa revelater uma percepção positiva das suascapacida<strong>de</strong>s nesta área, e reconheceoportunida<strong>de</strong>s junto ao local on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>.No então, e embora não sejamos os maistemerosos, o medo <strong>de</strong> falhar impe<strong>de</strong> 37%<strong>de</strong> dar o passo em frente, reduzindo paraapenas 10% os que têm intenções <strong>de</strong>enveredar pelo empreen<strong>de</strong>dorismo nospróximos três anos.<strong>Leiria</strong> é o sétimo distrito com mais empresas<strong>Leiria</strong> era, em Dezembro <strong>de</strong> 2007, o sétimodistrito do país com mais empresas e...11 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Empreen<strong>de</strong>dorismo....empresários em nome individual, a seguira Lisboa, Porto, Setúbal, Aveiro, Braga eFaro, <strong>de</strong>tendo 5% das empresas e 5,5%dos empresários em nome individual dototal nacional.O Pinhal Litoral (que integra os concelhos<strong>de</strong> Batalha, Porto do Mós, Marinha Gran<strong>de</strong>,<strong>Leiria</strong> e Pombal) apresentou, em 2006(últimos dados disponíveis), taxas <strong>de</strong>constituição e dissolução <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong>6% e 2,2% respectivamente, valores idênticosà média nacional. A maior taxa <strong>de</strong>constituição pertence ao concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>(6,6%), seguido da Marinha Gran<strong>de</strong> (6%),Batalha (5,2%) e Porto <strong>de</strong> Mós (4,9%).Quanto à taxa <strong>de</strong> dissolução, é tambémli<strong>de</strong>rada pelo concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (2,4%),seguido da Batalha (2,3%), Porto <strong>de</strong> Mós(2,2%) e Pombal (1,7%). No gráfico queevi<strong>de</strong>ncia a evolução do número <strong>de</strong>empresas constituídas e dissolvidas noFonte: Gabinete <strong>de</strong> Planeamento e Política Legislativa do Ministério da Justiça; Dados do Pinhal LitoralPinhal Litoral <strong>de</strong> 1994 a 2006 verifica-se e VAB gerado (3% face a 3,6%).um acompanhamento dos movimentos Em 2005, o PL empregava 28% das pessoasa nível nacional. De 2004 para 2005, o PL em serviços <strong>de</strong> conhecimento intensivocresceu acima da média portuguesa apenas (41% em Portugal), 23% em socieda<strong>de</strong>sno volume <strong>de</strong> negócios gerado pelas anónimas (31% em Portugal), e 22% naempresas (5,6% face a 4,9%), tendo ficado indústria transformadora <strong>de</strong> média e altaum pouco abaixo na evolução do número tecnologia (18% em Portugal), com <strong>de</strong>staque<strong>de</strong> empresas (3,9% face a 4%), pessoal ao para a Marinha Gran<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> a proporçãoserviço das mesmas (1,28% face a 2%), <strong>de</strong> pessoas empregue neste tipo <strong>de</strong> indústriaremunerações auferidas (4% face a 4,6%) ascendia a 47%. :PUBWESTSEGUROSJ. NUNES DE SOUSASeguros em todos os ramosProgramas <strong>de</strong> seguros para empresasDESDE 1991 A CONSTRUIR RELAÇÕES DE CONFIANÇARua <strong>de</strong> S. Francisco, 8A - 2.º E .Apart. 3059 . 2401-903 <strong>Leiria</strong>Tel. 244 814 653 . Fax 244 814 219jnsousa@west-seguros.comVisite a nossa página e faça o seu pedido <strong>de</strong> cotação em:www.west-seguros.com<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>12


.Opinião.Pedro Santos . Partner da Área Económica Consultores.Empreen<strong>de</strong>dorismouma questão<strong>de</strong> cultura e educação..DRDiz-se, que não se nasceempreen<strong>de</strong>dor. Apren<strong>de</strong>-se. Osimpulsionadores do espírito empreen<strong>de</strong>dordo último século foram a globalização dosmercados, as altas taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego,a revolução da Internet e as economiaspouco competitivas. A história dahumanida<strong>de</strong> está recheada <strong>de</strong>empreendorismo, a revolução industrialno Séc. XVIII é um exemplo. Po<strong>de</strong>remosafirmar até, que o ritmo do seu<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do grau <strong>de</strong>empreendorismo que os povos incutemnas suas relações comerciais, seja pormotivos naturais, induzidos pelos governose agentes económicos ou pelas dificulda<strong>de</strong>sque as pessoas vão enfrentando na suavida social e profissional. Portanto, quandofalamos <strong>de</strong> empreendorismo, não falamos<strong>de</strong> um novo conceito, falamos sim no<strong>de</strong>spertar <strong>de</strong> comportamentos, característicase atitu<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> Educação, que precisam <strong>de</strong>ser construídas e <strong>de</strong>senvolvidas.O empreendorismo surge em Portugal,“pela mão” do capital <strong>de</strong> risco, uminstrumento <strong>de</strong> financiamento empresarial,juntamente com a ANJE – AssociaçãoNacional <strong>de</strong> Jovens Empresários, que <strong>de</strong>ramo mote nos anos 90, sem possuírem umambiente facilitador, ao espírito e educaçãodos nossos jovens empreen<strong>de</strong>dores, tantoEm Portugal, convenhamos, oempreen<strong>de</strong>dorismo está hoje a dar osprimeiros passos.do lado da socieda<strong>de</strong> académica e científica,como do próprio Estado. A páginawww.empreen<strong>de</strong>dorismo.pt lançada peloIDI – Instituto <strong>de</strong> Desenvolvimento e Inovaçãoapenas criada em Março <strong>de</strong> 2007, é reveladorda juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste conceito em Portugal.A palavra empreen<strong>de</strong>dor (entrepreneur)tem origem francesa e quer dizer aqueleque assume riscos e começa algo <strong>de</strong> novo.Temos assistido ao longo dos séculos auma necessida<strong>de</strong> cada vez maior <strong>de</strong> inovare arriscar como forma <strong>de</strong> solucionarproblemas, criar riqueza ou simplesmentecolocar no terreno as capacida<strong>de</strong>s emotivações que nos levam a acreditar.Contudo, da origem da i<strong>de</strong>ia á suamaterialização vai um longo caminho. Nãobasta existirem gran<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ias doempreen<strong>de</strong>dor. É necessário investidoresque corram riscos, um bom produto/serviço,<strong>de</strong>dicação e muito trabalho doempreen<strong>de</strong>dor, um excelente plano <strong>de</strong>negócios e uma rentabilida<strong>de</strong> acima damédia. Mas para isso, também é necessárioum ambiente facilitador do espírito inovador.Responsabilida<strong>de</strong> social do Estado, domercado financeiro e das Universida<strong>de</strong>s.O <strong>de</strong>senvolvimento económico do País,alicerçado pelas PME e empresas familiares,carece <strong>de</strong> um empreen<strong>de</strong>dorismoempresarial regulado, sustentado e dinâmico.O empreen<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong>verá (i)possuir a motivação suficiente para ace<strong>de</strong>rá formação profissional contínua, (ii)ultrapassar o conservadorismo dos familiarese das pressões negativas, (iii) superar aescassez dos recursos financeiros (se onegócio tiver mesmo potencial, não seráproblema), (iv) gerir a<strong>de</strong>quadamente ainformação, os sistemas e as tecnologias<strong>de</strong> informação, (v) possuir uma estratégiaclara <strong>de</strong> médio e longo prazo, assente emobjectivos mensuráveis e reflectidos noseu plano <strong>de</strong> negócios e (vi) gerir a suaorganização através <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>gestão aberto a terceiros, em cooperação,<strong>de</strong>scentralizado, a pensar na qualida<strong>de</strong>,inovação e diferenciação, investindo nelaos lucros obtidos. Do Estado esperamospolíticas incentivadoras ao empreendorismo,da banca e dos investidores maior aberturaao risco, do universo académico e científicomaior ligação ao mundo empresarial, dospais esperamos que incutam o risco e aresponsabilida<strong>de</strong> aos seus filhos e doempreen<strong>de</strong>dor uma gestão mais inovadora,ética e profissional. Estas são as cincovertentes que Portugal suplica para promovero empreendorismo. E isso é uma questão<strong>de</strong> cultura. De Educação. :www.areaeconomica.net13 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


PUBLIREPORTAGEM15 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Opinião.Patrícia Leirião . Administradora da OPEN*.Empreen<strong>de</strong>dorismoSocial.Parece-me que é indiscutível que com aconcretização do empreen<strong>de</strong>dorismosocial, se cumpre o empreen<strong>de</strong>dorismoempresarial.ARQUIVO/JORNAL DE LEIRIA.Nos últimos tempos muito se temfalado <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo social nonosso país. Tornou-se corrente a referênciaa uma realida<strong>de</strong> que para muitos é<strong>de</strong>sconhecida. Embora esteja na “moda”falar <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo, importaparar e reflectir sobre as formas em queeste se revela. Se na realida<strong>de</strong> a palavraempreen<strong>de</strong>dorismo por si só já abarcarealida<strong>de</strong>s muito distintas, é <strong>de</strong> questionarafinal o que compreen<strong>de</strong> a sua vertentesocial. Ora, se pensarmos em carida<strong>de</strong>,ou algo do género, estamos enganados,porque efectivamente o empreen<strong>de</strong>dorismosocial não é isso, é muitomais.Como <strong>de</strong>finição, li um <strong>de</strong>stes dias queempreen<strong>de</strong>dorismo social é “aqueleque implementa projectos <strong>de</strong> intervençãosocial <strong>de</strong> uma forma sustentável”, e queo empreen<strong>de</strong>dor social é “alguém quereconhece um problema social e utilizaos princípios <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismopara organizar, criar e gerir empreendimentosque promovem a transformaçãosocial”.Ao olharmos para ambas as <strong>de</strong>finiçõesfacilmente concluímos que oempreen<strong>de</strong>dor social é aquele que criavalor social. Encararando oempreen<strong>de</strong>dorismo não somente viradopara a obtenção do lucro, mas tambémlevado a cabo por entida<strong>de</strong>s não lucrativase por empresas privadas que sedisponibilizam em associar a suaactivida<strong>de</strong> empresarial a um objectivosocial.Sem dúvida que esta vertente doempreen<strong>de</strong>dorismo tem o seu lugarmarcado no futuro e está no caminhopara a competitivida<strong>de</strong> da nossaeconomia. A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerar novosnegócios, capazes <strong>de</strong> competir nomercado global e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seinovar nos produtos, processos oumercados, como forma <strong>de</strong> se diferenciar<strong>de</strong> uma concorrência com factores <strong>de</strong>competitivida<strong>de</strong> com os quais não temospossibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> competir, não são osúnicos elementos <strong>de</strong>terminantes parao sucesso da economia portuguesa.Mas também as acções das empresase entida<strong>de</strong>s não lucrativas que através<strong>de</strong> um olhar mais atento se viram paraa socieda<strong>de</strong> e criam um valor social paraalém do lucro.Hoje em dia assistimos a um esforço <strong>de</strong>dinâmica no suporte à inovação e aoempreen<strong>de</strong>dorismo, traduzida, entreoutras medidas, no <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> incubadoras <strong>de</strong> empresas, quecumprem a vertente do empreen<strong>de</strong>dorismo social, proporcionando aosempreen<strong>de</strong>dores “empresariais”condições favoráveis à obtenção dolucro através da sua missão <strong>de</strong> criação<strong>de</strong> valor social para a comunida<strong>de</strong>.Nestes mol<strong>de</strong>s parece-me que éindiscutível que com a concretização doempreen<strong>de</strong>dorismo social, se cumpreo empreen<strong>de</strong>dorismo empresarial, sendocerto que a acção daquele assume umpapel <strong>de</strong>terminante neste, ao permitiralcançar a criação, o crescimento e osucesso <strong>de</strong> novas empresas.E numa altura em que se fala tanto emcrescimento sustentável cabe-nos atodos nós, por <strong>de</strong>ver, ser empreen<strong>de</strong>doressociais, criar valor social. Pois <strong>de</strong> umaforma ou <strong>de</strong> outra se todos contribuirmospara a maximização <strong>de</strong> retornos sociais,melhoramos significativamente as nossascondições <strong>de</strong> vida. Desafio que aquifica, perante a socieda<strong>de</strong> sermosempreen<strong>de</strong>dores sociais. :*Empresária e membro da Direcção da JúniorChamber International Portugal (Wordwil<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ration oy Young Lea<strong>de</strong>rs and Entrepreneurs)<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>16


.Painel.. JovensEmpresários.1 – A que factores atribui o seu pendor para o empreen<strong>de</strong>dorismo?2 – O que muda na geração dos jovens empresários?.MARTA FINO1 - Nasci e crescinum ambiente <strong>de</strong>Empresária . Sit Urban Designempreen<strong>de</strong>dorismo.Não tenho dúvidas <strong>de</strong>que esse contextoinfluenciou<strong>de</strong>cisivamente a minhapersonalida<strong>de</strong> até hojee que, nesse sentido,o meu percurso foimuito natural efacilitado. Não obstante, todos nós temos <strong>de</strong> tentaradoptar uma postura pró-activa no dia a dia. De outraforma, o nosso futuro fica muito comprometido, porquea protecção que po<strong>de</strong>mos ter na juventu<strong>de</strong> não duratoda a vida.2 - As gerações <strong>de</strong> empresários mais jovens vivem hojenum contexto muitíssimo mais competitivo do que asgerações anteriores. Os <strong>de</strong>safios da economia globalsão mais exigentes e obrigam a que os jovens tenham<strong>de</strong> adquirir novas competências <strong>de</strong> forma a alcançaremo seu espaço no mercado. Os níveis e a qualida<strong>de</strong> daformação, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação e mobilida<strong>de</strong>são hoje em dia, forçosamente, muito superiores. :DR.NUNO FRAZÃOEmpresário . CSoutdoors1 – O pendor para oempreen<strong>de</strong>dorismo é resultado<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> factores,<strong>de</strong> on<strong>de</strong> <strong>de</strong>staco um <strong>de</strong>sejointerior <strong>de</strong> trilhar o própriocaminho e se auto realizar. Omeio familiar e social on<strong>de</strong> apessoa se insere é também umfactor fundamental, quefunciona como exemplo e fonte<strong>de</strong> inspiração.2 – Mais competitivos, maiorformação académica e maior saturados. É fundamentalà vonta<strong>de</strong> nas novas tecnologias, apostar nos que não estejamsão aspectos diferenciadores completamente consolidados,das novas gerações <strong>de</strong> ou on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>tecte uma lacunaempresários. A geração actual para actuar. O factor inovação<strong>de</strong> empresários tem bastante faz parte do abecedário <strong>de</strong>menos oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> qualquer jovem empresáriosingrar, pois todos os mercados que se queira lançar nojá estão bastante maduros e mercado. :DR19 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Painel..Alunos.1 - Terminado o curso, tem intenções <strong>de</strong> enveredar peloempreen<strong>de</strong>dorismo?2 - Quais os principais obstáculos que i<strong>de</strong>ntifica?MIGUEL EUSÉBIO3º ano <strong>de</strong> gestão na ESTG <strong>Leiria</strong>. 1 - Terminado o meu curso, tencionoenveredar pela via empresarial. No actual contextoeconómico, uma empresa para garantir elevadarentabilida<strong>de</strong> tem <strong>de</strong> apostar na inovação. Destemodo, para enfatizar conhecimentos ao longodo curso, e como forma <strong>de</strong> realização pessoal,<strong>de</strong>sejo contribuir pró-activamente para o aumentoda riqueza nacional.2 - O maior obstáculo ao empreen<strong>de</strong>dorismo éa incerteza do mesmo. Por mais fiável que sejao plano <strong>de</strong> negócios, há sempre um elevado riscosubjacente e, com ele, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fracasso,ao qual ninguém quer estar associado. Contudo,penso que quem tem uma boa estratégia conseguefinanciamento para o seu projecto. :DR.JORGE GRUMETE1 - A ambição e as característicasque me <strong>de</strong>finem direccionam-menesse sentido. Tenho a expectativa1º ano <strong>de</strong> Gestão, ISLA <strong>Leiria</strong><strong>de</strong> que as aprendizagens adquiridasna licenciatura <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Empresaspo<strong>de</strong>m, por um lado consolidar osprojectos dos quais já faço parte epor outro, contribuir para adinamização sustentada <strong>de</strong> novosprojectos. É importante adquirir estascompetências técnicas, pois,associadas ao espírito empreen<strong>de</strong>dor, são uma mais valia que nos permiteter uma consistência e um crescimento mais firme, embora esta segurançaseja sempre relativa, uma vez que na vida <strong>de</strong> um empreen<strong>de</strong>dor o riscoestá sempre presente.2 - Existem vários jovens empreen<strong>de</strong>dores com excelentes projectos emmão, mas no momento do implementar existem dificulda<strong>de</strong>s a algunsníveis, nomeadamente da ligação entre as empresas e jovens empreen<strong>de</strong>dores,o que leva a que muitos projectos morram à nascença. É necessário queas empresas apostem nos jovens empreen<strong>de</strong>dores e criem condiçõespara que estes possam <strong>de</strong>senvolver a sua activida<strong>de</strong>, pois é associar otalento, inovação e criativida<strong>de</strong> à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento da empresa,que por sua vez, acaba por acrescentar valor ao seu produto ou serviço.O papel das universida<strong>de</strong>s, empresas da região e centros <strong>de</strong> negócio éextremamente importante, pois são estas entida<strong>de</strong>s que criam as condiçõespara que os projectos <strong>de</strong> muitos jovens não fiquem na gaveta. :DR<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>20


PUBLIREPORTAGEM21 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Opinião.Nuno Mangas . Vice-presi<strong>de</strong>nte do IPL.As instituições <strong>de</strong> educaçãoe formação têm hoje umaresponsabilida<strong>de</strong> acrescida.Actualmente são <strong>de</strong>senvolvidas no IPL umvasto conjunto <strong>de</strong> iniciativas, visando incrementaro espírito empreen<strong>de</strong>dor da suacomunida<strong>de</strong> académica..A globalização e a emergência daeconomia baseada no conhecimento,suportadas <strong>de</strong> forma crescente nas tecnologias<strong>de</strong> informação e comunicação, fizeram comque a aprendizagem e o conhecimentopassassem a <strong>de</strong>sempenhar um papel centralna competitivida<strong>de</strong> das organizações, dasregiões e dos países.A aposta e o investimento nas pessoas ouno capital humano, é fundamental, quer parao crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento sócioeconómicodas regiões e dos países, querpara os seus cidadãos.Face a esta realida<strong>de</strong>, as instituições <strong>de</strong>educação e formação têm hoje umaresponsabilida<strong>de</strong> acrescida. Para além dossaberes e conhecimentos directamenterelacionados com cada área <strong>de</strong> educaçãoe formação, têm <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver outrosconhecimentos e capacida<strong>de</strong>s junto dosseus estudantes. Entre estas <strong>de</strong>stacam-se acriativida<strong>de</strong>, o trabalho em equipa, as técnicascomunicação, a inovação e o empreen<strong>de</strong>dorismoou, numa perspectiva maisempresarial, o <strong>de</strong>senvolvimento do espíritoempresarial e da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar o seupróprio emprego.Tradicionalmente, os sistemas <strong>de</strong> ensino eformação orientavam os seus estudantespara o trabalho por conta <strong>de</strong> outrem e, muitavezes, para o trabalho em gran<strong>de</strong>s empresas.Felizmente, este paradigma <strong>de</strong> formaçãotem-se alterado nos últimos anos.O Instituto Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (IPL) assumiuum papel activo enquanto agente dinamizadore impulsionador do empreen<strong>de</strong>dorismo,quer na comunida<strong>de</strong> académica, quer nomeio envolvente, incorporando no seu diaa-diapráticas empreen<strong>de</strong>doras e inovadoras.Actualmente são <strong>de</strong>senvolvidas no IPL umvasto conjunto <strong>de</strong> iniciativas, visandoincrementar o espírito empreen<strong>de</strong>dor dasua comunida<strong>de</strong> académica. Destaca-se aorganização <strong>de</strong> eventos visando proporcionaruma maior interacção entre comunida<strong>de</strong>académica e socieda<strong>de</strong> civil e, <strong>de</strong>sta forma,estimular o espírito <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> e inovação.Ao nível formativo, o Instituto introduziu atemática do empreen<strong>de</strong>dorismo nos planoscurriculares, promovendo ainda diversasoutras iniciativas formativas neste domínio,dos quais se <strong>de</strong>staca o curso <strong>de</strong>Empreen<strong>de</strong>dorismo em e-learning e a Escola<strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong>dores, uma iniciativa realizadaem parceria com a Associação Nacional <strong>de</strong>Jovens Empresários (ANJE).A outro nível, no âmbito dos projectos <strong>de</strong>final <strong>de</strong> curso, é fomentada a criação <strong>de</strong>projectos interdisciplinares, on<strong>de</strong> se promovea interligação entre saberes <strong>de</strong> áreas distintasque possibilitem mais tar<strong>de</strong> a criação <strong>de</strong>empresas <strong>de</strong> base tecnológica.Para apoio às iniciativas empresariais quesurgem no seio da comunida<strong>de</strong> académica,o IPL dispõe <strong>de</strong> um serviço <strong>de</strong> apoio àcomunida<strong>de</strong> académica, o CentroEmpreen<strong>de</strong>dor, que em articulação com aOTIC, acompanha estas iniciativas. Nesteâmbito já foram criadas várias empresas naincubadora do IPL. De forma a aumentar acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incubação, o IPL em parceriacom a Associação Empresarial da Região<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (NERLEI) e a Câmara Municipal <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> fundaram a Incubadora D. Dinis.A par <strong>de</strong>stas iniciativas, o IPL tem protocoloscom socieda<strong>de</strong>s financeiras <strong>de</strong> apoio ainiciativas empresariais, é parceiro no ProgramaFINICIA e <strong>de</strong>senvolve projectos nos domíniosdo empreen<strong>de</strong>dorismo e da inovação.Em síntese, o IPL tem procurado promovera capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> iniciativa e a criativida<strong>de</strong>dos seus estudantes através do<strong>de</strong>senvolvimento do seu espírito empresarial,e fornecer-lhes as competências e o acessoaos meios necessários para criarem e gerirema sua própria empresa. Procura <strong>de</strong>sta formadar sequência a um trabalho que, no futuro<strong>de</strong>verá começar mais cedo, nos ensinosbásico e secundário, <strong>de</strong>senvolvendo o espíritodo empreen<strong>de</strong>dor dos jovens. :<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>22


PUBLIREPORTAGEM<strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> sistemas integradosEmpresa <strong>de</strong>senvolve sistemas integrados para várias áreasEclo faz da inovação modo <strong>de</strong> vidaCriada em 2003, a Eclo é uma empresa <strong>de</strong> base tecnológica, lí<strong>de</strong>r em I&D+i <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> monitorização. Além ser o representante eParceiro <strong>de</strong> Desenvolvimento oficial para Portugal e Espanha das marcas americanas <strong>de</strong> registadores <strong>de</strong> temperatura e humida<strong>de</strong> Thermochrone Hygrochron, a empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> tem vindo a <strong>de</strong>senvolver soluções próprias para várias áreas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, fazendo da inovação o seumodo <strong>de</strong> vida.O registador <strong>de</strong> temperatura Thermochron é representado pela Eclo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da sua activida<strong>de</strong>. Seguiu-se o Hygrochron, que registatemperatura e humida<strong>de</strong>. Indústria alimentar, laboratórios, transporte <strong>de</strong> frio, investigação na área do calçado e monitorização <strong>de</strong> obras<strong>de</strong> arte são algumas das potenciais aplicações. A utilização <strong>de</strong>stes produtos não só permite dar cumprimento a uma série <strong>de</strong> exigênciaslegais, nomeadamente na área alimentar, como “poupa tempo e dinheiro a quem os utiliza”, frisa José Simões, director-geral.O principal cliente da Eclo neste mercado é o maior exportador Argentino <strong>de</strong> fruta, que tem perto <strong>de</strong> cinco mil registadores a funcionardiariamente à escala mundial, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os pomares até aos contentores marítimos. “Desenvolvemos para esta empresa um sistema que,além <strong>de</strong> integrar o registo da temperatura e humida<strong>de</strong>, permite efectuar a gestão da informação operacional, como o tipo <strong>de</strong> frutatransportada e a matrícula do camião, entre outros aspectos”. Com este sistema, “conseguiram reduzir os custos operacionais, ser maiscompetitivos e mesmo baixar o prémio do seguro <strong>de</strong> transporte”. O resultado final é um produto <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong> a preços mais baixos.Para complementar aqueles dois produtos, a Eclo está a <strong>de</strong>senvolver um novo projecto, que <strong>de</strong>verá estar concluído até final do ano. Tratase<strong>de</strong> um sistema industrial <strong>de</strong> sensores sem fios que, além das áreas on<strong>de</strong> a empresa já actua, po<strong>de</strong> ser usado no controlo industrial,transporte em frio e agricultura. É que po<strong>de</strong> medir uma gama alargada <strong>de</strong> parâmetros, permitindo trabalhar com base em informaçãofi<strong>de</strong>digna. Na agricultura, por exemplo, permite apurar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicar, ou não, produtos <strong>de</strong> tratamento. Além <strong>de</strong> ajudar a reduzircustos, eliminando tratamentos <strong>de</strong>snecessários, contribuiu fortemente para a produção <strong>de</strong> bens alimentares mais saudáveis.Relacionado ainda com a área alimentar, a Eclo tem há um ano no mercado o ExpressTrace, um sistema <strong>de</strong> rastreabilida<strong>de</strong> que faz agestão da informação em várias áreas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os ingredientes do produto, passando pelo lote interno e <strong>de</strong> fornecedores. “Sendo arastreabilida<strong>de</strong> na indústria alimentar uma imposição, chegámos no entanto à conclusão que os sistemas existentes se <strong>de</strong>stinavam sobretudoa gran<strong>de</strong>s empresas, quando em Portugal a maioria são pequenas e médias”, diz José Simões, justificando a aposta neste produto.Tv. Venceslau <strong>de</strong> Morais, 4-1B2400-260 <strong>Leiria</strong> - PORTUGALT: +351 244 852 222F: +351 244 852 221www.eclo.ptOutro produto <strong>de</strong>senvolvido pela Eclo, e que está no mercado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o fim do ano passado, é um sensor <strong>de</strong> maturação do betão, que já éusado nos Estados Unidos e Brasil, mas na Europa, e nomeadamente em Portugal, “é uma área absolutamente inexplorada”. Portanto,tendo a empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> know-how na área da temperatura resolveu avançar para o seu <strong>de</strong>senvolvimento. “Enten<strong>de</strong>mos ser uma boaoportunida<strong>de</strong> para expandir a nossa linha <strong>de</strong> produtos e alargar as nossas áreas <strong>de</strong> negócio”, diz José Simões. O sistema é composto por um sensor que se introduz nobetão e por um software <strong>de</strong> análise que recolhe e processa os dados da monitorização.José Simões diz que o produto tem inúmeras vantagens: permite poupar tempo e dinheiro aos empreiteiros, porque a avaliação da maturação do betão é efectuadacom base em dados reais, tratados por um mo<strong>de</strong>lo matemático, e não em palpites, o que possibilita dar seguimento aos trabalhos na hora certa, sem per<strong>de</strong>rtempo <strong>de</strong>snecessário entre operações, poupando custos <strong>de</strong> ensaios dispendiosos e aluguer <strong>de</strong> material. Tem aplicação tanto em gran<strong>de</strong>s obras como em empreitadas<strong>de</strong> construção civil particular.<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>24


.Incubadoras..Acolher e apoiartenras iniciativas.Consolidada a i<strong>de</strong>ia, obtido o financiamento e reunida aequipa, é hora <strong>de</strong> procurar espaço. É nesta fase que asincubadoras assumem um papel fundamental. A oferta nodistrito tem vindo a crescer: à OPEN e ao Centro Incubador<strong>de</strong> Caldas da Rainha, seguem-se a Incubadora D. Dinis e a<strong>de</strong> Ansião, ambas em fase <strong>de</strong> conclusão.. Consolidada a i<strong>de</strong>ia, obtido o assumirfinanciamento e reunida a equipa, é hora<strong>de</strong> procurar espaço. É nesta fase que asincubadoras assumem um papelfundamental. A oferta no distrito temvindo a crescer: à OPEN e ao CentroIncubador <strong>de</strong> Caldas da Rainha, seguemsea Incubadora D. Dinis e a <strong>de</strong> Ansião,ambas em fase <strong>de</strong> conclusão.Uma incubadora <strong>de</strong> empresas tem comofunção acolher tenras iniciativasempresariais, fornecendo-lhe, para alémdo espaço, apoio a nível administrativoe um conjunto <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> consultoria,formação e marketing, rumo aocrescimento.São estruturas que po<strong>de</strong>m tambémum papel importante no quetoca ao financiamento das empresas,fazendo uso da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> contactoscom potenciais financiadores a queos jovens, por si só, têm dificulda<strong>de</strong><strong>de</strong> ace<strong>de</strong>r.Os promotores das incubadoras são,por norma, associações, instituiçõesou empresas já consolidadas, quedisponibilizam recursos com vista aapoiar jovens empreen<strong>de</strong>dores naconsecução da missão a que sepropõem quando embarcam naaventura empresarial. São geralmenteequipas dotadas <strong>de</strong> uma vastaexperiência, e disponíveis para atransmitir a jovens empreen<strong>de</strong>doresdotados <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias com potencial.Ao actuar nos primeiros anos <strong>de</strong>activida<strong>de</strong> das empresas – altura emque se sentem as maiores dificulda<strong>de</strong>se se registam as maiores taxas <strong>de</strong>mortalida<strong>de</strong> – as incubadorasrepresentam um importante contributopara evitar a morte prematura <strong>de</strong>projectos válidos, tornando-seinequívoca a sua importância para o<strong>de</strong>senvolvimento empresarial epromoção da inovação na região emque se inserem.O período <strong>de</strong> incubação é <strong>de</strong> 3 anos,<strong>de</strong> forma a assegurar igualoportunida<strong>de</strong> a outras empresas emfase <strong>de</strong> iniciação. :DR25 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Incubadoras..CENTRO INCUBADOR DE CALDAS DA RAINHAO Centro Incubador <strong>de</strong> Caldas no recrutamento <strong>de</strong> recursos humanosda Rainha (CICR) tem três empresas e elaboração <strong>de</strong> candidaturas aem activida<strong>de</strong> e uma quarta em préincubação,dispondo ainda <strong>de</strong> três na aquisição <strong>de</strong> mobiliário, hardwareprogramas <strong>de</strong> apoio do IEFP, <strong>de</strong>scontosespaços livres. A incubadora disponibiliza e software e utilização <strong>de</strong> serviços esalas <strong>de</strong> reuniões, para além <strong>de</strong> prestar meios técnicos no Centro da Juventu<strong>de</strong>apoio administrativo e jurídico às <strong>de</strong> Caldas da Rainha. Através do CICRempresas. O CICR fornece ainda as empresas beneficiam <strong>de</strong> showroomorientação técnica na fase <strong>de</strong> constituição permanente na Expoeste e possibilida<strong>de</strong>e arranque da empresa, apoio UNIVA <strong>de</strong> participar em eventos promovidos(Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Inserção na Vida Activa) pela AIRO. :.INCUBADORA DE ANSIÃOA Incubadora <strong>de</strong> Ansião será inserida no futuroCentro <strong>de</strong> Negócios do Camporês, em fase <strong>de</strong>construção, prevendo-se a conclusão <strong>de</strong>finitiva dasobras para meados <strong>de</strong> Setembro. O projecto épromovido e financiado pela Câmara Municipal <strong>de</strong>Ansião, e localizar-se-á no Parque Empresarial doTamboriz. Nesta fase do projecto é o município <strong>de</strong>Ansião que dá a cara pela incubadora, estando previstaa criação <strong>de</strong> uma associação <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento doconcelho que assumirá a direcção do projecto. Oespaço <strong>de</strong>stina-se a apoiar empresas <strong>de</strong> serviços,embora o município não <strong>de</strong>scure a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vir a apoiar iniciativas ligadas à indústria. :B.I.Localização – Rua Infante D. Henrique - Edifício EXPOESTEPromotores – Associação Industrial da Região do Oeste; Câmara Municipal das Caldas daRainha e ANJE.Serviços – Apoio na incubação, apoio administrativo e técnico, equipamento, salas <strong>de</strong>reuniões, acesso cabovisão/adsl.Situação Actual – A par das empresas incubadas, está a ser prestado apoio a um conjunto <strong>de</strong>outras empresas que ainda não têm o projecto amadurecido para incubação. O espaço está asofrer obras para melhorar o acolhimento e albergar maior número <strong>de</strong> projectos.Espaços – 7 gabinetes <strong>de</strong> 18 metros quadrados, <strong>de</strong>stinados a empresas <strong>de</strong> serviçosPreços – 70 euros mais IVA por gabineteEmpresas Incubadas – Katwalk; Weco<strong>de</strong>; Finoeste e Plio (em pré-incubação)Director Executivo – Sérgio FélixB.I.Localização – Parque Empresarial do Tamboriz, AnsiãoPromotores – Câmara Municipal <strong>de</strong> AnsiãoServiços – Espaço mobilado com os meios técnicos necessários,duas salas <strong>de</strong> reunião, auditório e uma sala <strong>de</strong> formação.Apoio <strong>de</strong> secretariado.Situação Actual - Conclusão prevista para meados <strong>de</strong>Setembro próximo. Espaços – 13 gabinetes comaproximadamente 56 metros quadradosPreços – 100 euros para empresas incubadasDirector Executivo – A <strong>de</strong>finir pela futura associação <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento do concelho<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>26


.Incubadoras..INCUBADORA D. DINISEm fase <strong>de</strong> finalização, a Incubadora D.Dinis – Associaçãopara a Promoção do Empreen<strong>de</strong>dorismo, Inovação e NovasTecnologias (IDD) é um projecto promovido pela NERLEI –Associação Empresarial da Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, em parceria comCâmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Instituto Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>(IPL). A conclusão das obras do edifício localizado nos Parceiros,<strong>Leiria</strong>, está prevista para Julho <strong>de</strong> 2008.Os promotores preten<strong>de</strong>m com este projecto apoiar aconstituição, instalação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas empresas– com a<strong>de</strong>quadas condições técnicas e físicas – <strong>de</strong> forma acontribuir para o rejuvenescimento do tecido empresarial daregião.A incubadora D.Dinis oferecerá às empresas incubadas infraestruturas<strong>de</strong> acolhimento adaptadas às suas necessida<strong>de</strong>s,salas <strong>de</strong> reuniões e <strong>de</strong> formação e um conjunto <strong>de</strong> serviçoscomo aconselhamento prévio, assessoria <strong>de</strong> negócio, assessoriatecnológica, mentoring e aproximação ao mercado. :B.I.Localização – Parceiros, <strong>Leiria</strong>Promotores – NERLEI, Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e IPL.Serviços - Aconselhamento prévio, assessoria <strong>de</strong> negócio, assessoriatecnológica, mentoring e aproximação ao mercado.Situação Actual - Conclusão das obras prevista para Julho <strong>de</strong> 2008.Espaços – 16 gabinetes para incubação com áreas até 60 metrosquadrados, <strong>de</strong>stinados a empresas <strong>de</strong> serviços e comércio. Osespaços estão equipados com mobiliário e linha telefónica.Preços – Sob consultaDirector Executivo – Isabel Marto.OPENAssocição para Oportunida<strong>de</strong>s Específicas <strong>de</strong> NegócioA Associação para Oportunida<strong>de</strong>sEspecíficas <strong>de</strong> Negócio (OPEN),se<strong>de</strong>ada na Zona Industrial da MarinhaGran<strong>de</strong>, tem quatro empresasincubadas, às quais se juntarão «outrasduas brevemente», afirmou Nuno Prata,coor<strong>de</strong>nador executivo da associação.O centro incubador reúne todas ascondições infra-estruturais para acolherempresas <strong>de</strong> serviços e da indústria,para além <strong>de</strong> disponibilizar apoio àconstituição e legalização das empresas,elaboração <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> negócio, eequipamentos como re<strong>de</strong> informática,re<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados e voz.A OPEN promove com regularida<strong>de</strong>acções <strong>de</strong> formação, seminários,conferências e workshops, bem comoa participação das jovens empresasem re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cooperação nacionais eestrangeiras. A recém constituídaOPEN Business Angels vai beneficiardo efeito <strong>de</strong> re<strong>de</strong> da Fe<strong>de</strong>raçãoNacional <strong>de</strong> Associações <strong>de</strong> BusinessAngels (FNABA), à qual a<strong>de</strong>riu, e querepresenta mais um contributo noacesso, e financiamento, <strong>de</strong> projectos<strong>de</strong> interesse para a região. :B.I.Localização – Zona Industrial da Marinha Gran<strong>de</strong>, Rua da Bélgica, Lote 18Promotores – CENTIMFE; Câmara Municipal da Marinha Gran<strong>de</strong>; CEFAMOL; ANJE e INOVA.Serviços – Apoio na incubação, apoio técnico e administrativo, limpeza, acesso a espaços comunscomo salas <strong>de</strong> formação e auditório. Fornecimento <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong>, gás, água, Internet e telefone.Apoio a nível <strong>de</strong> consultoria, aconselhamento sobre os programas <strong>de</strong> incentivos mais a<strong>de</strong>quadosaos projectos e acesso a capital <strong>de</strong> risco/semente.Situação Actual – Quatro empresas incubadas e duas em fase <strong>de</strong> admissão à incubação.Espaços – Oito para serviços e oito para a indústria. A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> divisóriaspo<strong>de</strong> conduzir a 24 espaços.Preços – 9 euros por metro quadrado no primeiro ano <strong>de</strong> incubação para serviços. Para os espaçosindustriais o valor é <strong>de</strong> 4 euros por metro quadrado.Empresas Incubadas – Célula 3PP; Log PME; Janela Digital e Projecto CemicroDirector Executivo – Nuno Prata27 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


PUBLIREPORTAGEM


.Reportagem.Empreen<strong>de</strong>dorismo por SucessãoNomePedro RibeiroIda<strong>de</strong>34 anosFormaçãoLicenciado em Gestão e EngenhariaIndustrial, pelo ISCTE.QUANDO A SEGUNDA GERAÇÃO ABRE FRONTEIRASAs vicissitu<strong>de</strong>s da vida <strong>de</strong>ixaramno,primeiro passo, e a escalada para uma uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> acessóriosaos 23 anos, a braços com a empresaque o pai fundou. Estava no terceiro ano<strong>de</strong> Gestão e Engenharia Industrial e eraainda visto como um miúdo, mas arregaçoumangas e colocou a MBM entre as quatromaiores na área dos equipamentos <strong>de</strong>elevação.Pedro Ribeiro assumiu a MBM quandoesta se encontrava mais vocacionadapara a área metalúrgica e se ressentia dacrise do mercado. Percebeu a importânciaapostar na especialização e encontrounos equipamentos <strong>de</strong> elevação – pontesrolantes – um oportunida<strong>de</strong> para sediferenciar no mercado.A negociação <strong>de</strong> contratos para arepresentação exclusiva, em Portugal,das principais marcas europeias <strong>de</strong> motorespara pontes rolantes representou onova fase.«Não foi fácil. As pessoas viam em mimum miúdo. Algumas, menos sérias,aproveitaram-se da situação, outras foramembora da empresa nessa altura, o queme obrigou a acumular cargos», explica,relembrando as negociações com asmarcas, em que ele e um amigo,igualmente jovem, que falava alemão –tiveram <strong>de</strong> se fazer passar por mais velhos.Prosseguiu, em simultâneo, os estudos,uma formação que se revelou «importantepara o posicionamento no mercado»,explica.Hoje, a MBM tem a representação exclusiva<strong>de</strong> algumas das principais marcas europeias<strong>de</strong> motores <strong>de</strong> elevação, para além <strong>de</strong>projectar, executar a montagem dasestruturas metalomecânicas, e <strong>de</strong> assegurarpara fixação das cargas, produtoscomplementares às pontes rolantes.Perto <strong>de</strong> atingir a maturida<strong>de</strong> no mercadonacional, Pedro Ribeiro sentiu necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> começar a projectar a empresa alémfronteiras. Aos condicionalismos daexportação <strong>de</strong> um produto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>sdimensões – em que o custo <strong>de</strong> transporteconduz à perda <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> – aMBM vai respon<strong>de</strong>r com o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> um produto novo, «que poucos fazemno mundo», e que representa um novoconceito <strong>de</strong> movimentação <strong>de</strong> cargas: ospórticos auto-motores.A vantagem <strong>de</strong>ste produto, que seráapresentado ao mercado no final do ano,assenta no facto <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r enviar-se numcontentor para qualquer parte do mundo,acompanhado do técnico para fazer a<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>30


.Reportagem.Empreen<strong>de</strong>dorismo por Sucessãomontagem, ou apostando em agenteslocais que a assegurem, quando o potencial<strong>de</strong> mercado assim o justificar.Uma estrutura pequena assegura o<strong>de</strong>senvolvimento do produto a preçoscompetitivos e a sua colação em mercadoscomo o brasileiro e angolano, emboraacredite que «terá receptivida<strong>de</strong> emqualquer parte do mundo».Potenciais clientes são «todos os queoperam na área industrial, nomeadamenteos fabricantes <strong>de</strong> estruturas metálicas eem betão, construção naval, indústriasque envolvem movimentação <strong>de</strong> cargaspesadas e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão. No quetoca ao betão, os países em vias <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento apresentam um gran<strong>de</strong>potencial», explica.Este novo produto <strong>de</strong>verá representar30% da facturação da empresa <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> dois a três anos, e o mesmo incremento<strong>de</strong> facturação nesse período <strong>de</strong> tempo.Em 2007, a facturação da MBM cresceu40% para os 3,5 milhões <strong>de</strong> euros.fácil. «Os mais velhos têm dificulda<strong>de</strong>em dar um voto <strong>de</strong> confiança aos maisnovos, falta alguma abertura na geraçãodos 40 aos 60. Conheço casos <strong>de</strong> filhosque compraram a empresa aos pais,porque a abordagem <strong>de</strong> mercado eradiferente. Queriam avançar com produtosnovos e vocacionar a empresa para ainternacionalização», explica.O empreen<strong>de</strong>dorismo «está no sangue»e é para a internacionalização que seguea MBM. Motivações? «Fazer da empresauma referência no mercadointernacional». :PUBPara dinamizar o empreen<strong>de</strong>dorismo...As associações <strong>de</strong>viam dar um apoiomais forte, em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> contactos e feirasno exterior, com resultados práticos. Osjovens <strong>de</strong>viam ser inseridos mais cedono mercado para <strong>de</strong>spertarem para oempreen<strong>de</strong>dorismo.Na imprensa em 2020 «MBM é referênciano mercado internacional»O empreen<strong>de</strong>dor é...Persistente e ambicioso.Bichinho empreen<strong>de</strong>dorSempre pensou dar continuida<strong>de</strong> aonegócio da família «e hoje estaria,seguramente, a fazer o mesmo». Obichinho foi-lhe incutido pelo pai, que olevava com ele quando tinha apenas oitoanos e o apresentava como sendo o“engenheiro da empresa”. «Era umapessoa empreen<strong>de</strong>dora, muito <strong>de</strong>dicadae com visão para a época. Andar comele <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo trouxe-me o gosto pelosnegócios», recorda. O curso foi escolhidoa pensar na continuida<strong>de</strong> e revelou-se«o i<strong>de</strong>al para empresas familiares <strong>de</strong>pequena dimensão».As diferenças entre gerações são gritantes.«Os jovens conhecem mais mundo, falamlínguas, são mais empreen<strong>de</strong>dores ecomeçam mais cedo, com mais ambiçãoe mais visão. Acabam por ser uma maisvaliatambém mais cedo para as empresasfamiliares», adianta. Mas nem tudo é31 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Reportagem.Empreen<strong>de</strong>dorismo por SucessãoNomePedro CustódioIda<strong>de</strong>36 anosFormaçãoLicenciado em Gestão <strong>de</strong> EmpresasRAQUEL SOUSA SILVA/ARQUIVOVELAS DECORATIVASCOM RECONHECIMENTOINTERNACIONAL. As velas produzidas por Pedro Custódioseduzem marcas reconhecidas internacionalmente.É em Mira <strong>de</strong> Aire que se <strong>de</strong>finem as novas“tendências” do segmento <strong>de</strong> velas perfumadase <strong>de</strong>corativas.É entre a empresa <strong>de</strong> fabrico <strong>de</strong> velas que gere,e o negócio dos veleiros, que Pedro Custódio,<strong>de</strong> 36 anos, reparte o seu dia. Estar na linha dafrente tem sido um <strong>de</strong>sígnio na vida do jovemempresário.Há uma década que li<strong>de</strong>ra a Manulena, empresa<strong>de</strong> Mira <strong>de</strong> Aire, fundada pelo pai. Até então,a empresa, que soma 40 anos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,<strong>de</strong>dicava-se apenas ao fabrico <strong>de</strong> velas religiosas.Com a entrada <strong>de</strong> Pedro Custódio para a administração, as velas perfumadase <strong>de</strong>corativas levaram o nome da empresa aos quatro cantos do mundo,e a países tão exigentes como Inglaterra, que representa hoje 60% domercado da empresa. Em carteira tem reconhecidas marcas internacionais,como a Zara Home, Marks & Spencer e a americana TAG.Pedro Custódio iniciou-se como empresário <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter terminado ocurso <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Empresas, altura em que começou a implementarsignificativas mudanças na empresa. Perfumou as velas, tornou-as peças<strong>de</strong>corativas e com isso conseguiu projectar a empresa além fronteiras.Criou ainda uma marca <strong>de</strong> velas perfumadas, a Sensia, vocacionada paraa gran<strong>de</strong> distribuição, e a Manulena Candle, para lojas <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração.As visitas às empresas internacionais e participações em feiras trouxeramimportantes clientes que conduziram a um aumento do volume <strong>de</strong> negóciosna or<strong>de</strong>m dos 700%. Para alcançar um crescimento sustentado, o jovemgestor criou <strong>de</strong>partamentos específicos na empresa, como o <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<strong>de</strong> criação <strong>de</strong> amostras, <strong>de</strong>sign e marketing.Os <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> gestão registaram uma evolução significativa, quer naestrutura da empresa – com o número <strong>de</strong> colaboradores a crescer <strong>de</strong> 16para 60 – quer em número <strong>de</strong> clientes. «Não havia espaço para crescerna área das velas religiosas e <strong>de</strong>cidi produzir velas <strong>de</strong>corativas. Foi umaaposta ganha», explica o jovem empresário, que divi<strong>de</strong> a gestão daManulena com os dois irmãos e o pai, que sempre o envolveu no negócio,e representa para Pedro Custódio uma referência importante na vidaempresarial. «A vivência do dia a dia com ele transmitiu-me i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong>gestão importantes. O que se apren<strong>de</strong> nos manuais escolares não é<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>32


.Reportagem.Empreen<strong>de</strong>dorismo por Sucessãoaplicável, a experiência <strong>de</strong> vida é o factor que eu valorizo»,admite.A preocupação do gestor recai na qualida<strong>de</strong> do produto eprestação <strong>de</strong> um serviço flexível e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, com entregasrápidas. Nas visitas aos potenciais clientes, i<strong>de</strong>ntificadanecessida<strong>de</strong>s e aposta na apresentação <strong>de</strong> uma ofertapersonalizada.A empresa goza <strong>de</strong> bom posicionamento no mercado nacional,<strong>de</strong>tém escritórios comerciais em Nova Iorque e Londres eestá a entrar em força nos mercados <strong>de</strong> Alemanha, Espanha,Itália e França. Tem em curso um projecto expressivo com aTesco, maior ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> supermercados do Reino Unido –que irá representar 30% do mercado da empresa – e queenvolve o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma marca própria.Em 2007, a empresa facturou 2,7 milhões <strong>de</strong> euros. A estratégiapara este ano assenta na redução <strong>de</strong> custos e optimização<strong>de</strong> recursos. «Queremos crescer <strong>de</strong> forma mais sustentada,com uma carteira <strong>de</strong> clientes mais diversificada e com menorrisco», explica Pedro Custódio. Um dos projectos passamo<strong>de</strong>rnizar a secção <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s da empresa e utilizar apenasprodutos reciclados, «ainda que implique uma produção maiscara», explica. A medida dá corpo à política ambiental daempresa.Para compensar a exigência do trabalho, Pedro Custódio<strong>de</strong>dica os tempos livres a velejar. Um passatempo, e umsonho, que se tornou negócio. A história começou no curso<strong>de</strong> vela, passou pela compra do seu próprio veleiro, pelaorganização <strong>de</strong> regatas, e culminou com a constituição daDescobre Ventos, representante nacional <strong>de</strong> prestigiadasmarcas <strong>de</strong> veleiros. O sonho passou a ser «conhecer o mundonum veleiro». :Para dinamizar o empreen<strong>de</strong>dorismo...Eliminar a burocracia e fazer com que os políticos respeitemmais os empresários.Na imprensa em 2020“Marca Manulena projectada mundialmente”O empreen<strong>de</strong>dor é...Persistente e muito trabalhador.PUB33 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Reportagem.Empreen<strong>de</strong>dorismo no FemininoNomeUmbelina Garcia e Mário GarciaIda<strong>de</strong>41 anosFormaçãoFrequenta a licenciatura em Gestão <strong>de</strong>Projectos, na Universida<strong>de</strong> AbertaAGILIZAR A LEITURA.DE QUESTIONÁRIOSUmbelina Garcia quer poupar tempo àsempresas com a leitura óptica <strong>de</strong> questionários.Com esta i<strong>de</strong>ia, a leiriense veio colmatar umalacuna no mercado e tornar-se uma aliada dasempresas <strong>de</strong> formação e <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong> mercado.A OptiDados está constituída há pouco mais <strong>de</strong>um ano e foi já consi<strong>de</strong>rada o “Melhor Projecto<strong>de</strong> Investimento”, no concurso nacionalEmpreen<strong>de</strong>dorismo PME. A jovem empresa,especializada na leitura óptica <strong>de</strong> questionáriose análise <strong>de</strong> dados, veio preencher uma lacunano mercado nacional. Em causa está a poupança<strong>de</strong> tempo na leitura <strong>de</strong> resultados <strong>de</strong> questionários,resultado da utilização <strong>de</strong> sistemas automáticosque permitem ler cerca <strong>de</strong> três mil folhas <strong>de</strong>questionários por dia.A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> negócio <strong>de</strong> Umbelina Garcia surgiuno <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> um trabalho académico do marido,que envolvia a organização dos dados <strong>de</strong> umainvestigação. A morosida<strong>de</strong> do trabalho levouaa procurar ajuda, mas não <strong>de</strong>scobriu qualquerempresa especializada na área. Estavam reunidasas condições para <strong>de</strong>ixar o <strong>de</strong>semprego e tornar-se empresária.Adquiriu a tecnologia no estrangeiro e concorreu ao prémio para po<strong>de</strong>rconstituir a empresa. No entanto, admite, foi através da ajuda financeirae formativa que obteve no Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação Profissionalque conseguiu erguer o negócio. O montante inicial <strong>de</strong> investimentorondou os 35 mil euros.O processo é simples. As empresas entregam os questionários à OptiDados,que os prepara para a leitura óptica. Depois <strong>de</strong> preenchidos, os questionáriossão “lidos” por um equipamento com software específico que cria a base<strong>de</strong> dados.As gran<strong>de</strong>s vantagens resi<strong>de</strong>m no tratamento <strong>de</strong> um elevado número <strong>de</strong>questionários em pouco tempo, com poucos meios humanos e materiais,diminuindo os erros <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> dados relativamente aos processostradicionais. No final do processo, para além dos resultados do inquérito,a empresa sediada nos Pousos fornece bases <strong>de</strong> cruzamentos <strong>de</strong> variáveis,ferramentas essenciais para as análises, bem como os documentos<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>34


.Reportagem.O Empreen<strong>de</strong>dorismo no Femininodigitalizados, o que evita que asempresas tenham <strong>de</strong> os guardar empapel. Fazem parte da empresa cincocolaboradores, <strong>de</strong> áreas como sociologiae informática, e o volume <strong>de</strong> trabalhodita novas contratações a curto-prazo.Até porque a empresária preten<strong>de</strong>alargar a área <strong>de</strong> actuação da OptiDadosa activida<strong>de</strong>s complementares, comoorganização <strong>de</strong> seminários, criação <strong>de</strong>sites e estudos <strong>de</strong> caracterização social<strong>de</strong> autarquias. «Existem competências<strong>de</strong>ntro da empresa para fazer estesserviços. Tentamos com isso dar respostaàs solicitações das empresas nossasclientes», comenta.Apesar das dificulda<strong>de</strong>s económicasiniciais, Umbelina Garcia sente-sesatisfeita com o percurso seguido. Asoportunida<strong>de</strong>s que vão surgindo e osclientes que tem em carteira fazem-naacreditar que o projecto tem pernaspara andar. A empresária consi<strong>de</strong>raque existem no país oportunida<strong>de</strong>ssuficientes para incentivar oempreen<strong>de</strong>dorismo nos jovens. É preciso«muita vonta<strong>de</strong> e não ter medo dorisco», adianta.A OptiDados tem em curso projectos<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão, nomeadamenteo que resulta da colaboração com oprograma comunitário Leonardo DaVinci, e a intenção <strong>de</strong> aumentar o número<strong>de</strong> clientes especializados em estudos<strong>de</strong> mercado e <strong>de</strong> formação profissional,utilizadores frequentes <strong>de</strong> inquéritos.Como um dos objectivos é a redução<strong>de</strong> custo e tempo para as empresaclientes, a Optidados está a criar umquestionário normalizado que po<strong>de</strong>ráser adoptado por todas as empresas<strong>de</strong> formação profissional. :Para dinamizar o empreen<strong>de</strong>dorismo...Promover a iniciativa e oempreen<strong>de</strong>dorismo prático no ensino,começando logo no secundário.Na imprensa em 2020“OptiDados, para além da leitura óptica<strong>de</strong> questionários”O empreen<strong>de</strong>dor tem...Imaginação, planeamento, iniciativa,li<strong>de</strong>rança, confiança e, muita paixão narealização do trabalho.PUB35 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Reportagem.Empreen<strong>de</strong>dorismo no FemininoNomeSilvia AbreuIda<strong>de</strong>32 anosFormaçãoLicenciada em Marketing e Publicida<strong>de</strong>,pelo Instituto Politécnico <strong>de</strong> Lisboa.LOJA ONLINE PROJECTA ARTESANATO REGIONAL NO MUNDOQuis juntar a paixão pelo marketing um negócio próprio, que fosse inovadore a promoção <strong>de</strong> artigos da região e e tivesse a ver com a minha experiênciaSpal e Bordalo Pinheiro são alguns dosparceiros do projecto. A empresáriacriou a PortugalHeart. A empresa nasceunas Caldas da Rainha, está a reforçarparcerias com fabricantes portuguesespara alargar o catálogo <strong>de</strong> produtos eserviços. E já ven<strong>de</strong> para o exterior.profissional – o marketing – e com aregião», explica. A ambição <strong>de</strong>comercializar artesanato no exteriorlevou-a a apostar na criação <strong>de</strong> um siteem <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> um espaço físico. Afamília, entida<strong>de</strong>s públicas da região,admite que a receptivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> clientese produtores tem crescido, resultado<strong>de</strong> uma imagem que «transmiteconfiança» e apostarem em parceiroscredíveis».Sílvia Abreu acredita no sucesso <strong>de</strong> umA divulgação dos produtos regionaisalém fronteiras foi a principal aposta<strong>de</strong> Sílvia Abreu com a criação da lojaonline, PortugalHeart. O espaço funcionaprodutores e artesãos, acreditaram nai<strong>de</strong>ia, e Sílvia Abreu sentiu-se motivadaa avançar com o negócio.Apesar da empresa «ainda estar anegócio que consi<strong>de</strong>ra «ter imensopotencial», faltando apenas «o clickpara crescer». A PortugalHeart preten<strong>de</strong>distinguir-se das restantes lojas online<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006 e mora em apren<strong>de</strong>r a gatinhar» já ampliou o especializadas no segmento do giftwww.portugalheart.pt.A i<strong>de</strong>ia surgiu «da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> montarcatálogo <strong>de</strong> produtos disponíveis emarcas. Atlantis, Vista Alegre, Jasmim,através da diversificação <strong>de</strong> marcas eprodutos, e criação <strong>de</strong> novos serviços.<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>36


A gestora assume-se como uma mulher dinâmica eresistente aos “nãos”. «Acredito sempre que sou capaze cumpri o objectivo a que me propus», afirma, admitindo,no entanto, não ser fácil dividir o tempo entre a família,a maternida<strong>de</strong> e a empresa. «Todos os empresáriospassam por estas fases, o segredo é não <strong>de</strong>sistir», adiantaSilva Abreu, que tem na PortugalHeart a sua primeiraexperiência como empresária, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter passado porvárias empresas da região, em funções ligadas à área domarketing.Se tivesse que dar um conselho aos governantes diriapara incentivar os jovens a investir. «Só é preciso adiantarque não é fácil. As pessoas <strong>de</strong>vem ter a noção das suascaracterísticas e verificarem se elas se adaptam ao perfil<strong>de</strong> um empreen<strong>de</strong>dor. É possível, mas tem um custoelevado», adverte.O comércio internacional é <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o princípio uma metae o mercado europeu é o que assume maior expressãona estratégia. A intenção é que a facturação provenientedo externo supere a que é feita em Portugal. O trabalho<strong>de</strong> internacionalização passou pela tradução do site,criação <strong>de</strong> folhetos para divulgação no exterior, parceriacom o AICEP e uma campanha no Google dirigida omercado externo. Quanto a clientes, Sílvia Abreu preten<strong>de</strong>que, no futuro, as empresas representem maior quota<strong>de</strong> mercado relativamente ao cliente particular.A PortugalHeart possui cinco colaboradores e integrarámais dois, brevemente. Entre industriais, artesãos,produtores <strong>de</strong> artigos agro-alimentares, a empresa contacom a parceria com 50 fornecedores <strong>de</strong> todo o distrito,tendo começado também a integrar produtos regionaisdo distrito <strong>de</strong> Lisboa. :Para dinamizar o empreen<strong>de</strong>dorismo...Reduzir a burocracia e os impostos, em especial nosprimeiros anos. Atribuir maior credibilida<strong>de</strong> aos empresários,sobretudo aos mais pequenos.Na imprensa em 2020“Portugal Heart li<strong>de</strong>ra mercado <strong>de</strong> gifts portuguesesvendidos à distância”O empreen<strong>de</strong>dor tem...Perseverança, uma força <strong>de</strong>smedida, inconformismo,positivismo e muita auto-motivação. Acredita em si próprio,resiste aos “velhos do Restelo” e às frustrações.37 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Reportagem.Empreen<strong>de</strong>dorismo a partir do EnsinoNomesNuno Cerca, Luís Esperança e Elsa AlmeidaIda<strong>de</strong>27 anosFormaçãoFinalistas <strong>de</strong> Engenharia Informática pelaESTG, <strong>Leiria</strong>NIGMATECH PROMETEMÚLTIPLAS.VALÊNCIAS NAÁREA DA INFORMÁTICATudo começou numa conversa <strong>de</strong> amigos. Osjovens Nuno Cerca e Luís Esperança i<strong>de</strong>ntificaramoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado para uma empresa queoferecesse um alargado leque <strong>de</strong> serviços, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software, à imagem ecomunicação. Assim nasceu a Nigmatech.Os alunos do curso <strong>de</strong> Engenharia Informática, daEscola Superior <strong>de</strong> Tecnologias e Gestão (ESTG)perceberam que, oferecendo um vasto leque <strong>de</strong>serviços na área da informática, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a criação <strong>de</strong>software e multimédia, à imagem e comunicação –à semelhança do que se faz em Espanha – estariama poupar tempo às empresas.A forte procura <strong>de</strong>stes serviços, por empresasportuguesas, junto do mercado espanhol reforçoua convicção, dando garantias da existência <strong>de</strong>mercado e da futura a<strong>de</strong>são ao serviço. Elsa Almeida,colega <strong>de</strong> curso, acreditou nos pressupostos doprojecto e resolveu embarcar na aventura.A oportunida<strong>de</strong> estava i<strong>de</strong>ntificada e os sóciosreunidos. Era chegada a hora dos jovensempreen<strong>de</strong>dores pedirem auxílio à Oficina <strong>de</strong>Transferência <strong>de</strong> Tecnologia e <strong>de</strong> Conhecimento(OTIC) do IPL, «que participou activamente naconcepção da empresa, ajudando na resolução <strong>de</strong>questões burocráticas e na elaboração do plano <strong>de</strong>negócios, entre outras questões que iam surgindo»,explicam. E como as empresas precisam <strong>de</strong> espaço,a OTIC está também envolvida na fase <strong>de</strong> incubação em que a Nigmatech seencontra, proporcionando-lhe as vantagens inerentes a um espaço com aquelascaracterísticas.O foco <strong>de</strong> inovação assentará essencialmente na melhoria contínua dos produtos.«O campo da informática é um pouco ambíguo. Quando se fala em inovação,pensa-se num produto feito <strong>de</strong> raiz e completamente novo. Na área <strong>de</strong> informática,apesar <strong>de</strong> se po<strong>de</strong>rem criar produtos novos, muitas vezes inovar é melhorarprodutos e serviços que já existem. Apostar em melhorias que beneficiem osclientes, quer na qualida<strong>de</strong> do produto, quer no tempo e custo da resposta»,explica Nuno Cerca.A equipa <strong>de</strong> jovens empresários prevê um investimento na or<strong>de</strong>m dos 11 mileuros, e promete uma forte entrada no mercado, com aposta numa campanhapublicitária que terá como objectivo a «rápida angariação <strong>de</strong> uma boa carteira<strong>de</strong> clientes», explicam. A Nigmatech <strong>de</strong>verá terminar o ano com vendas na or<strong>de</strong>mdos 33 mil euros, estimando um acréscimo <strong>de</strong> 75% para 2009. :Para dinamizar o empreen<strong>de</strong>dorismo...Menos burocracia – que é um forte agente <strong>de</strong>sencorajador – e mais incentivosaos jovens empresários.Na imprensa em 2020«Nigmatech alarga horizontes com entrada no mercado internacional»O empreen<strong>de</strong>dor tem...I<strong>de</strong>ias e um espírito jovem, aberto e dinâmico.<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>38


.Reportagem.Empreen<strong>de</strong>dorismo a partir do EnsinoNomesEdgar Pratas, Romeu Paz, Patrícia Lopes e João ParreiraIda<strong>de</strong>s 27, 27, 24 e 24 anosFormação Licenciados e a frequentar o curso <strong>de</strong> Engenharia Informática, pela ESTG, IPL.ASSISTÊNCIA INFORMÁTICA NA HORA NASCE NO IPLDe uma conversa <strong>de</strong> café, entre quatro (ANJE), que se revelou «muito positivo»,amigos, surgiu a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> criarem juntos funcionando como «uma pré-análise doA empresa fornece assistência informáticaao domicílio 24 horas por dia, todos osum negócio. A BitXPress tornou-se realida<strong>de</strong>e os quatro jovens são, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Janeiro,parceiros <strong>de</strong> negócio.«Tínhamos uma i<strong>de</strong>ia, uma oportunida<strong>de</strong><strong>de</strong> negócio, quisemos implementá-la,falámos entre amigos e avançámos, porquetodos partilhávamos da mesma vonta<strong>de</strong>»,explica Romeu Paz, um dos sócios. A etapaseguinte passou pela construção do plano<strong>de</strong> negócio, e viria a revelar-se «a fase maisdifícil», resultado do primeiro contactocom aquela realida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sabafa o sócio,relembrando «seis meses <strong>de</strong> muito trabalho».O esforço acabou por ser compensado:os jovens candidataram o projecto àincubadora <strong>de</strong> empresas do IPL e receberamuma resposta positiva.Acertados os procedimentos <strong>de</strong> constituiçãoda empresa, dois dos sócios frequentaramo curso <strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong>dorismo, daAssociação Nacional <strong>de</strong> Jovens Empresáriosnegócio», sublinha o sócio João Parreira.Foi durante a permanência no curso <strong>de</strong>Engenharia Informática, da Escola Superior<strong>de</strong> Tecnologia e Gestão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, quesofreram algumas influências, por parte<strong>de</strong> professores, no que toca ao gosto porempreen<strong>de</strong>r. Mas a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudançafoi a razão <strong>de</strong>terminante.Para os engenheiros informáticos, aburocracia e a construção do plano <strong>de</strong>negócios foram responsáveis pelas maioresdores <strong>de</strong> cabeça na fase inicial, mas areceptivida<strong>de</strong> dos clientes e o aumentoda procura motivam-nos agora a chegarmais longe. A meta da empresa <strong>de</strong>informática passa pela especialização emclientes particulares, preenchendo umalacuna <strong>de</strong> mercado, uma vez que «nãoexistem, na região, empresas a prestareste tipo <strong>de</strong> serviços ao domicílio», afiançaum dos sócios.dias do ano. Dos serviços principais daBitXPress, <strong>de</strong>stacam-se a construção <strong>de</strong>páginas <strong>de</strong> Internet pessoais e empresariaisem 24 horas, avenças mensais <strong>de</strong> assistênciano local para empresas, e consultoria emaquisição <strong>de</strong> equipamentos e softwareinformático. Assim se empreen<strong>de</strong>, tambémno feminino, «sem qualquer problema,até porque trabalho com três rapazes»,finaliza Patrícia Lopes.:Para dinamizar o empreen<strong>de</strong>dorismo...Menos burocracia e o maior apoio doEstado em termos contabilísticosNa imprensa em 2020«BitXPress vale mais que o Google»O empreen<strong>de</strong>dor tem...Muita persistência, coragem e nunca seacomoda.<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>40


.Reportagem.Espírito Empreen<strong>de</strong>dorNomeCarlos MatiasIda<strong>de</strong>40 anosformaçãoFormação na área <strong>de</strong> Desporto, pelo CEF(Centro Estudos <strong>de</strong> Fitness)GINASTICAR PARA GERIRO NEGÓCIO.A vida <strong>de</strong> Carlos Matias sempre esteve ligadaà prática <strong>de</strong>sportiva. Começou com um pequenoginásio em <strong>Leiria</strong>, mas as visitas a espaços <strong>de</strong>sportivosinovadores no estrangeiro, e em Portugal, motivaramnoa apostar num espaço igualmente diferenciadorna cida<strong>de</strong>. O Corpo Livre, localizado na Nova <strong>Leiria</strong>,nasceu há cinco anos e conta hoje com mil sócios.Aos 40 anos, Carlos Matias consi<strong>de</strong>ra-se um privilegiado.«Faço aquilo que gosto, mas se estivesse no negócioapenas pela vertente financeira, o esforço não seriacompensado. Só é possível quando se gosta muitodo que se faz», confessa.Construir <strong>de</strong> raiz um ginásio com a envergadura doCorpo Livre não se revelou fácil. Às dificulda<strong>de</strong>s paraerguer a empresa – num investimento que rondouos 750 mil euros – acresceram os «entraves ao nívelcamarário», <strong>de</strong>sabafa o empresário, salientando que«podiam, apenas, não dificultar o andamento donegócio».Consolidado o negócio <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, em 2007 surge aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportar o conceito para TorresNovas, on<strong>de</strong> inaugurou o segundo health club CorpoLivre. O próximo projecto, ainda em análise <strong>de</strong>viabilida<strong>de</strong>, pren<strong>de</strong>-se com a criação <strong>de</strong> um SPAligado ao ginásio existente em <strong>Leiria</strong>, «que fiquemarcado por uma qualida<strong>de</strong> indiscutível», frisa. Aqualida<strong>de</strong> e a inovação representam, <strong>de</strong> resto, ospontos chave que Carlos Matias atribui ao conceito<strong>de</strong> ginásio que criou.O health club possui estúdios diferenciados, zona<strong>de</strong> SPA, piscinas e disponibiliza a prática <strong>de</strong> modalida<strong>de</strong>súnicas na região Centro, acompanhando as novas tendências no sector.O Corpo Livre tem espaço <strong>de</strong> cardio, musculação, um estúdio <strong>de</strong> Switching,único na região, duas piscinas e um estúdio Kinesis, uma das últimas novida<strong>de</strong>sno sector. Para além dos estúdios e das 24 modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas, o ginásiodisponibiliza parque privativo e transporte que permite às crianças dos infantáriosfrequentar a escola <strong>de</strong> natação. Os sócios circulam no ginásio em regime <strong>de</strong>livre-trânsito. Carlos Matias preten<strong>de</strong> com essa modalida<strong>de</strong> que «cada pessoautilize o ginásio da forma que mais gosta e quando quiser».As formas <strong>de</strong> treino também são inovadoras. Os utilizadores usam faixas cardíacasdurante o treino, o que permite controlar o exercício pelo ritmo cardíaco,garantindo «a segurança e qualida<strong>de</strong> do treino personalizado», explica. Cadasócio possui ainda uma chave própria que, aplicada nas máquinas <strong>de</strong> exercício,adaptam e controlam o treino consoante as capacida<strong>de</strong>s do ginasta. Na chavefica registada toda a evolução do treino, para posterior análise pelos professores,que procuram rentabilizar e optimizar o tempo que os sócios <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>m noginásio.A facturação média mensal do ginásio ronda os 50 mil euros. Quanto a previsões<strong>de</strong> crescimento, o empresário afirma ser necessário aumentar a facturação em30% para que se torne «um negócio rentável». :Para dinamizar o empreen<strong>de</strong>dorismo...Menos burocracia e mais apoio do EstadoNa imprensa em 2020“Corpo Livre associa-se à vertente <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>”O empreen<strong>de</strong>dor tem...Espírito <strong>de</strong> sacrifício e muito gosto por aquilo que faz.41 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Reportagem.Espírito Empreen<strong>de</strong>dorNomeRui FrazãoIda<strong>de</strong>25 anosFormaçãoLicenciado em Comunicação EmpresarialCRIATIVIDADEE PRÓ-ACTIVIDADEMARCAM A DIFERENÇA.Rui Frazão tem 25 anos, terminou a sua formaçãoacadémica há três e, há cerca <strong>de</strong> ano e meio, <strong>de</strong>cidiucriar o seu negócio: a Velvet, Design e Publicida<strong>de</strong>.Até aqui, tudo aconteceu rapidamente: a licenciaturaem Comunicação Empresarial, a especialização emArtes da Comunicação, em Nova Iorque, um anoe meio a trabalhar na Sumo Publicida<strong>de</strong>, em Lisboa,e agora na Velvet, se<strong>de</strong>ada na Batalha.Des<strong>de</strong> cedo que Rui Frazão começou a estar atentoao mundo empresarial e não escon<strong>de</strong> que,praticamente, nasceu nele. Ter o privilégio <strong>de</strong> observar,por <strong>de</strong>ntro, o funcionamento <strong>de</strong> uma “máquinaempresarial” permitiu-lhe enten<strong>de</strong>r o marketingcomo uma ferramenta essencial, que <strong>de</strong>safia aprópria empresa a ser mais eficiente e a diferenciarseda concorrência. “A Velvet nasceu com estemesmo princípio: da observação da mecânica dasempresas, da i<strong>de</strong>ntificação dos seus problemas eoportunida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> os trabalhar em todas as frentescom o objectivo <strong>de</strong> aumentar a rentabilida<strong>de</strong> dosseus produtos e serviços – objectivo comum a todasas empresas”.Se um ano nos Estados Unidos foi para ele umalição - já que “apesar <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> mercadosdiferentes, o que acontece hoje lá acontece aquiamanhã” – a experiência na Sumo Publicida<strong>de</strong> “foiuma escola” que o preparou para abrir a sua própriaagência, refere Rui Frazão. Por outro lado, contoucom o background empresarial do qual já fazia parte– o Grupo Exposalão – para empreen<strong>de</strong>r o seu sonho, sem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> “apoiospúblicos, que são <strong>de</strong>morados e enredados em burocracia”. Mas o primeiroempurrão veio quando uma empresa da Batalha, a Oliveiras S.A, lhe solicitou oprimeiro trabalho na área da comunicação. Des<strong>de</strong> então, a Velvet não parou <strong>de</strong>crescer, inicialmente com dois colaboradores, hoje com <strong>de</strong>z, contando com RuiFrazão, que, além <strong>de</strong> se ocupar com a gestão da agência e <strong>de</strong> outros negócios,acompanha todas as campanhas.No que respeita a clientes, nem Rui Frazão nem a Velvet se sentem intimidadospor serem “uma agência da Batalha”. “Quando nos abrem a porta, perguntamnos<strong>de</strong> on<strong>de</strong> vimos e, se alguns até estranham, logo percebem as mais-valias<strong>de</strong> trabalhar com uma agência fora do circuito das gigantes. Neste momento,temos clientes com expressão à escala nacional e, por isso, nem todos são daregião.” Segundo Rui Frazão, para empreen<strong>de</strong>r contas como estas é fundamental“ser diferenciador em alguma coisa”, e pró-activo. “Não po<strong>de</strong>mos estar à esperaque nos peçam trabalho. “Sempre que nos apresentamos, já levamos umaproposta - new business - o que envolve enormes custos, mas tem sidocompensador”. Isto porque o cliente reconhece na Velvet um espírito empreen<strong>de</strong>dor,criativo e pró-activo. São características que a <strong>de</strong>finem e que têm <strong>de</strong>terminadoo seu sucesso.Agora que empresa “consegue andar por si mesma”, o jovem equacionacandidatar alguns projectos ao Quadro <strong>de</strong> Referência Estratégico Nacional. Eapesar das dificulda<strong>de</strong>s inerentes à vida empresarial, Rui Frazão afirma quegostaria que o seu futuro profissional continuasse ligado ao marketing, atéporque este é um meio que lhe permite estar sempre a par <strong>de</strong> outros sectores.:<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>42


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.Reportagem.Espírito Empreen<strong>de</strong>dorNomeJoão CalveteIda<strong>de</strong>23 anosFormaçãoA frequentar curso <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Empresasna Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Economia <strong>de</strong> CoimbraO EMPREENDEDORQUE NÃO CONSEGUEESTAR PARADO.Só tem 23 anos mas já carrega o peso daresponsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> administrar o dia-a-dia <strong>de</strong>uma empresa com activida<strong>de</strong>s tão diversas comoa exploração hoteleira e a promoção imobiliária.João Calvete diz que a principal característica<strong>de</strong> um empreen<strong>de</strong>dor é que “não consegueestar parado, quer sempre mais”. Uma <strong>de</strong>finiçãoque lhe assenta que nem uma luva, pois apesar<strong>de</strong> ter o tempo bastante ocupado ainda selançou na aventura <strong>de</strong> criar uma empresa emparceria com um amigo.Em 2006 João Calvete resolveu aceitar o <strong>de</strong>safio<strong>de</strong> ser administrador da Vendárea, empresa doLouriçal relacionada com o grupo GPS, porenten<strong>de</strong>r que tinha tempo livre que podiaaproveitar melhor se o ocupasse “em algo quepu<strong>de</strong>sse enriquecer o conhecimento”. Hojedistribui o seu tempo entre a se<strong>de</strong> da empresa,São Pedro do Sul, on<strong>de</strong> a Vendárea possui ohotel Solar do Rio, e a Figueira da Foz, on<strong>de</strong>explora o parque <strong>de</strong> campismo e tem algunsprojectos imobiliários. Para o conseguir, reconheceque é preciso “espírito <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dor, mas também <strong>de</strong> sacrifício, euma mentalida<strong>de</strong> aberta”.Uma característica que, segundo João Calvete, existe pouco entre osportugueses. “A realida<strong>de</strong> é que as pessoas se acomodam bastante e serempreen<strong>de</strong>dor é precisamente o contrário”, diz. “O que vejo é que osjovens, quando atingem um certo nível <strong>de</strong> vida, não tentam criar algo.Têm falta <strong>de</strong> ambição.” Uma questão <strong>de</strong> cultura que po<strong>de</strong>ria começar aser alterada nas escolas, por forma a inverter a situação. Mas João frisaque também são precisos mais incentivos ao empreen<strong>de</strong>dorismo.No seu caso, e como não consegue ficar parado, abraçou o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong>um amigo e juntos criaram uma empresa que irá em breve iniciar activida<strong>de</strong>,através da venda online. “Achei que tinha viabilida<strong>de</strong>”, justifica. Mas ossonhos não se ficam por aqui. “Com a ida<strong>de</strong> que tenho, o que quero épassar por vários sectores distintos para ter o maior conhecimento possívelda vida empresarial”. Por isso, João já <strong>de</strong>finiu que, quando a Vendáreativer alcançado os objectivos que <strong>de</strong>lineou, irá abraçar novos <strong>de</strong>safios. :<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>46


.Semana do Empreen<strong>de</strong>dorismo na Open.António Quina . Fundador <strong>de</strong> A Vida é Bela.<strong>Leiria</strong> viveum novo ciclo <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento.No tom informal e divertidoque o caracteriza, António Quinafalou da importância <strong>de</strong> inovar.A todos os níveis..É mais o sonho, ou a necessida<strong>de</strong>, que comandama vida? A necessida<strong>de</strong>. O verda<strong>de</strong>iro sonho é transformar anecessida<strong>de</strong> no sonho.Que sectores vê com potencial empreen<strong>de</strong>dor emPortugal? Sou muito focado naquilo que faço, porque acreditoque a não existência <strong>de</strong> factores <strong>de</strong> dispersão nos leva a fazeras coisas bem feitas. Para mim o turismo neste momentoconta. Não posso aconselhar áreas em que não trabalho.Acredito que o potencial do turismo em Portugal é enorme,e há ainda muito para explorar. Tenham boas i<strong>de</strong>ias e façamcoisas com sentido.Como vê <strong>Leiria</strong> a nível <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo? Vejo <strong>Leiria</strong>como uma terra <strong>de</strong> burgueses bem sucedidos, que vive um novociclo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, após vários <strong>de</strong> acomodação. Acreditoque existe um potencial enorme na zona Centro do país no qual<strong>Leiria</strong> tem um papel muitíssimo importante.Portugal é um dos países com maior taxa empreen<strong>de</strong>dora,à frente <strong>de</strong> países como a Espanha, Itália. Porque não sereflecte na riqueza do país? Tem a ver com a dimensão domercado, e eu sinto isso na pele. Temos boas i<strong>de</strong>ias e iniciativa,mas é quase como morrer na praia. O mercado é muito pequeno.A solução é ir á procura do mercado global? Acredito quesim, esse é o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio.Aponte duas medidas que po<strong>de</strong>riam facilitar a vida aosempreen<strong>de</strong>dores? Flexibilizar as leis laborais, porque aquilo queexiste é uma perfeita idiotice. Eu tenho <strong>de</strong> contratar pessoasquando tenho trabalho e <strong>de</strong> as <strong>de</strong>spedir quando não tenho.Outra coisa extremamente relevante são os impostos. Per<strong>de</strong>-semuito tempo com planeamento fiscal. Se tivesse um IRC e umIVA a 12 ou 14%, toda a gente pagava e ninguém discutia.Olhando para o percurso da empresa e para o futuro, po<strong>de</strong>aplicar-se a frase “sky is the limit? Talvez, mas eu acho que omeu limite sou eu próprio, a minha guerra, a minha paixão, ésempre comigo. Umas vezes estou <strong>de</strong>sapaixonado comigo, outrasvezes estou apaixonado comigo, às vezes acho que o meu limiteé este, outras vezes acho que é aquele.Que conselho daria a um jovem, que acredita ter uma boai<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> negócio? Tem <strong>de</strong> ir à luta, sem medo. E só vai vencerquando tiver <strong>de</strong> joelhos, com a cabeça enterrada na lama, econseguir voltar a respirar, limpar-se e olhar em frente sem vergonha<strong>de</strong> estar cheio <strong>de</strong> nódoas. Depois sim, ganha dinheiro para compraruma roupinha nova (risos). :47 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Semana do Empreen<strong>de</strong>dorismo na Open.Francisco Banha . Presi<strong>de</strong>nte da FNABA.<strong>Leiria</strong> é das regiões maisempreen<strong>de</strong>doras do país.Francisco Banha esteve na Semana do Empreen<strong>de</strong>dorismo.para formalizar a a<strong>de</strong>são da OPEN Business Angels à FNABA.Que argumentos que convencem um business angel ainvestir num projecto? A apresentação tem <strong>de</strong> ser convincente.O empreen<strong>de</strong>dor tem <strong>de</strong> dominar totalmente a i<strong>de</strong>ia do projectoe ter capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar on<strong>de</strong> está a sua magia, se temou não mercado, e se esse mercado permite ter uma rentabilida<strong>de</strong>atractiva para os investidores. Tem também <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar queconseguiu reunir uma equipa para concretizar o projecto.<strong>Leiria</strong> é um distrito que arrisca? <strong>Leiria</strong>, e nomeadamente aMarinha Gran<strong>de</strong>, é por si uma das regiões mais empreen<strong>de</strong>dorasdo país. Veja-se o que se tem feito na área dos mol<strong>de</strong>s. Agoraassume ainda mais essa característica, com a constituição do OPENBusiness Angels e a sua a<strong>de</strong>são à Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Associações<strong>de</strong> Business Angels (FNABA), beneficiando do efeito <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong>um conjunto <strong>de</strong> associações que cobrem o território nacional.Terá acesso a projectos não só da Marinha Gran<strong>de</strong>, como <strong>de</strong> outrasregiões, que teriam maiores possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sucesso se estivessemna incubadora OPEN, resultado do perfil dos empresários quefazem parte do clube, que é seguramente diferente dos queintegram o business angels <strong>de</strong> Guimarães, ou <strong>de</strong> Lisboa.Quais são as principais vantagens da a<strong>de</strong>são do OPEN àFNABA? São enormes. É mais um membro que vai contribuir,com o seu valor, nomeadamente o engenheiro Joaquim Menezes,que é um dos empresários que mais se tem <strong>de</strong>stacado a nívelnacional, e tem muita experiência internacional, resultado dapresidência da associação mundial dos mol<strong>de</strong>s, contactos quepo<strong>de</strong>m ser úteis para nós. Por outro lado, a própria OPEN vaibeneficiar porque a FNABA tem trabalho feito no mercado nacional,on<strong>de</strong> tem oito clubes, e muitos contactos a nível internacional. Eue o Paulo Andrez fomos eleitos membros do board da AssociaçãoEuropeia <strong>de</strong> Business Angels e vamos li<strong>de</strong>rar o comité <strong>de</strong> researche training, o que permite ter acesso a muita informação que po<strong>de</strong>ráser disponibilizada para os respectivos membros. O ano passadofomos pioneiros, a nível mundial, ao conseguir reunir em Portugal25 membros <strong>de</strong> business angels dos vários cantos do mundo eestamos na génese da constituição da Associação Mundial <strong>de</strong>Business Angels. A OPEN terá acesso a esta re<strong>de</strong> <strong>de</strong> contactosimportantíssima na socieda<strong>de</strong> do conhecimento em que vivemos.Há quem diga que não existe um verda<strong>de</strong>iro capital <strong>de</strong> riscoem Portugal, porque são exigidas garantias, tal como nocrédito convencional. Como comenta? A razão já não está doPUB<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>48


lado <strong>de</strong> quem afirma isso. As empresas <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> risco já nãoestão a exigir essas garantias. Estão a investir nas capacida<strong>de</strong>s doempreen<strong>de</strong>dor e do projecto. Mas os empreen<strong>de</strong>dores ainda têmqueixas porque os sistemas que estão ao seu dispor ainda nãoestão <strong>de</strong>vidamente oleados. O programa FINICIA eixo 1 e eixo 2– benéfico para business angels e empreen<strong>de</strong>dores – que tinhacomo objectivo criar 1300 novos negócios, criou 200, e a maiorparte tem a ver microcrédito, e não com microcapital.Porque é que isso acontece? Porque ainda existe uma mentalida<strong>de</strong>,junto das instituições que gerem esses fundos, que os projectostêm <strong>de</strong> estar <strong>de</strong>vidamente consolidados e dar garantias <strong>de</strong>possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implementação. Esses gestores não acreditamque, a partir do momento que um business angel investe numprojecto ao lado do empreen<strong>de</strong>dor, não e preciso per<strong>de</strong>r maistempo a fazer o que nós já fizemos. Se um business angel investeé porque acredita. Se existem os instrumentos <strong>de</strong> apoio vamoscolocá-los em prática. Nós, empreen<strong>de</strong>dores e investidores,<strong>de</strong>vemos ter credibilida<strong>de</strong> para que não haja gran<strong>de</strong> “burocracia”a dificultar a implementação dos projectos. Tenho vindo a sensibilizaros responsáveis para estas questões e acredito que serão ultrapassadasalgumas <strong>de</strong>ficiências e agilizados os processos.O sistema <strong>de</strong> incentivos melhorou no que toca ao apoio ainvestimentos <strong>de</strong> risco... Portugal tem um dos melhores programasa nível mundial <strong>de</strong> apoio aos empreen<strong>de</strong>dores: o programaFINICIA. Precisamos <strong>de</strong> agilizar e <strong>de</strong> valorizar a credibilida<strong>de</strong> e opapel dos business angels, pessoas que toda a vida geriramempresas e po<strong>de</strong>m aportar parte <strong>de</strong>sse conhecimento a negóciosque estão a iniciar. Os investidores precisam <strong>de</strong> um enquadramentofiscal favorável ao <strong>de</strong>senvolvimento da sua activida<strong>de</strong>.O que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a esse nível? Que seja replicado para oenquadramento fiscal português aquilo que está a ser feito nosEstados Unidos, em Inglaterra e em França: os investidores po<strong>de</strong>rem<strong>de</strong>duzir uma parte do investimento que fazem em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> IRS.Uma empresa internacional <strong>de</strong> consultoria fez um estudo queconclui que, por um crédito fiscal no IRS do business angel <strong>de</strong>10% dos investimentos feitos, com um plafond <strong>de</strong> 20 mil eurospor ano, a <strong>de</strong>spesa fiscal máxima <strong>de</strong> 700 mil euros vai permitirinvestimentos na or<strong>de</strong>m dos 60 milhões. O Estado não ficaprejudicado porque os business angels vão ajudar a criar empresas,a gerar emprego <strong>de</strong> elevadas qualificações, que vai pagar impostose segurança social. E as empresas pagarão IRC <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> dois atrês anos, se tiverem sucesso.Como foi recebida essa proposta? Foi-nos dito para aguardaro próximo ano, para ver o défice público já está mais controlado.:PUB49 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


.Semana do Empreen<strong>de</strong>dorismona Open. Experiências<strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>para <strong>de</strong>ficientesneuromotores.Parece um brinquedo, masrepresenta um gran<strong>de</strong> ganho <strong>de</strong>autonomia para crianças com<strong>de</strong>ficiências neuromotoras quetêm a mobilida<strong>de</strong> condicionada.PUBPOSSIBILIDADESINFINITAS, LDAAna Catarina Clemente Antunes> Técnica Oficial <strong>de</strong> Contas> Apoio Negociação Bancária> Agente Seguros, incluindo Crédito e Caução> Apoio Certificado pela Qualida<strong>de</strong> e Segurança> Consultoria Financeira, Recursos Humanos,Qualida<strong>de</strong> e Segurança> Formação Rec. Humanos, Contabilida<strong>de</strong>,Informática, Qualida<strong>de</strong> e SegurançaAv. 22 Maio (Nova <strong>Leiria</strong>)Ed. Praça Nova, N.º 26 – 1º D . 2415-396 LEIRIATel. 244 836 474 . Fax: 244 836 474Tm. 919 588 243E-mail: anaccantunes@gmail.com.DRAssume a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> Palmiber, a mesma do projecto quelhe <strong>de</strong>u origem, e que nasceu com o objectivo conceber veículospotenciadores <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> a crianças com disfunções neuromotorasgraves, entre os três e os <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.Em causa está a continuida<strong>de</strong> do projecto PALMA (Plataforma <strong>de</strong>Apoio Lúdico à Mobilida<strong>de</strong> Aumentativa), inserido no CYTED(Programa Iberoamericano para a Cooperação e Desenvolvimento).Ao Centro Tecnológico da Indústria <strong>de</strong> Mol<strong>de</strong>s, FerramentasEspeciaise Plásticos (CENTIMFE), coube a i<strong>de</strong>alização <strong>de</strong> «um <strong>de</strong>sign apelativo,com aspecto lúdico, para proporcionar uma melhor integração<strong>de</strong>stas crianças na comunida<strong>de</strong>, e que facilite a sua eventualcomercialização», explicou Rui Soares, da área <strong>de</strong> DesenvolvimentoTecnológico do CENTIMFE. A cargo do centro tecnológico está aconcepção, <strong>de</strong>senvolvimento, engenharia e produção do Palmiber,em integração com as partes electrónicas e <strong>de</strong> sensorização econtrolo que estão a ser <strong>de</strong>senvolvidas pelos centros <strong>de</strong> investigaçãoibero-americanos. À experiência <strong>de</strong> engenharia <strong>de</strong> produto e <strong>de</strong>processos <strong>de</strong> fabrico <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s especializados do CENTIMFE,acrescem os conhecimentos na área das tecnologias <strong>de</strong> apoio àreabilitação da Anditec, entida<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadora <strong>de</strong>ste projecto.As imagens falam por si. As crianças ganham um “brinquedo” quelhes proporciona experiências <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> em completa autonomia.Ao aspecto lúdico do veículo, acresce a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação<strong>de</strong> percursos ou – <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência – da própriacriança produzir movimentos através <strong>de</strong> botões sensíveis ao toque,oupor contacto com a cabeça num botão do braço articulado. Ossensores eliminam o risco <strong>de</strong> choque com objectos, a utilização <strong>de</strong>bancos normalizados e removíveis permite a sua substituição <strong>de</strong>acordo com a ida<strong>de</strong> da criança. O Palmiber move-se sob acção <strong>de</strong>motores eléctricos a bateria, que é carregada através <strong>de</strong> um cabo,como os telemóveis, possuindo uma autonomia <strong>de</strong> um dia.O Palmiber vai chegar a centros <strong>de</strong> paralisia cerebral, mas oobjectivo último é fazê-lo chegar ao mercado a preços acessíveis.:<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>50

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