Indústria do Couro, Calçados - Sistema Moda Brasil

destas empresas, especialmente para as 4 líderes de menor porte, é particularmente
relevante para capacitá-las a realizar a principal inovação organizacional da indústria, sem
a qual pode comprometer sua capacidade de sobrevivência na nova estrutura de
mercado.
Tabela 6.7
Distribuição de Financiamentos Públicos na Indústria do Couro
(valores acumulados no período 1996 a 2006)
Líderes Seguidoras Frágeis
Número de Empresas 5 147 120
Número de firmas financiadas pelo
5
78
46
BNDES (1996 a 2006)
(100%)
Valores contratados do BNDES entre 216,3
1996-2006 (R$ milhões)
(30%)
Fonte: Elaboração própria a partir da PIA e PINTEC/IBGE.
(53%)
490,2
(68%)
(38%)
10,6
(2%)
Ainda que o número de firmas com acesso a recursos públicos seja representativo, estes
recursos não são alocados em pesquisa e desenvolvimento. A totalidade dos recursos
revertidos para P&D advém de financiamento próprio das empresas, tanto para as
empresas líderes como para seguidoras e frágeis.
6.5. OPORTUNIDADES TECNOLÓGICAS, ESTRATÉGIAS E PROPOSTAS
Como vimos, o processo de acumulação de conhecimento tecnológico da indústria de
couros é de baixa apropriabilidade uma vez que sua trajetória tecnológica é fortemente
determinada pelos fornecedores: os frigoríficos definem a qualidade da matéria-prima; as
empresas de bens de capital estabelecem o nível de precisão e a velocidade do
processamento; e as empresas de produtos químicos determinam a qualidade do
curtimento e do acabamento. Nesse sentido, as oportunidades tecnológicas parecem
depender do aprendizado por interação entre as empresas de couro e os clientes
diferenciados, que exigem padrões, normas e especificações do produto.
O investimento em P&D interno à firma tem sido a forma de esforço inovador praticada
pelas empresas líderes para se capacitarem e atender essas demandas sob encomenda
que, em geral, são mercados de pequeno porte, se comparados com todos os segmentos
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