Indústria do Couro, Calçados - Sistema Moda Brasil
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3. Deve-se estimular a integração produtiva. Processos de verticalização, além de<br />
reduzirem custos de transação e ampliarem as economias de escala ao longo da<br />
cadeia, favorecem a produção <strong>do</strong> couro acaba<strong>do</strong> e a diferenciação de produtos,<br />
tanto para os segmentos industriais intensivos em design como também para<br />
produtos correlatos oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> aproveitamento de resíduos, como os <strong>do</strong>g toys. O<br />
estímulo à verticalização deve ser considera<strong>do</strong> como a política estrategicamente<br />
mais relevante para o setor, que atualiza a forma de organização da estrutura de<br />
merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>méstica à melhor prática internacional de gestão da cadeia.<br />
4. Manter as políticas de discriminação tributária de produtos. Efeito importante para o<br />
setor foi a taxação sobre o wet blue, que era de 7% e passou para 9% em 2006.<br />
Essa política favoreceu as firmas com maior capacitação tecnológica, forçou a<br />
capacitação de firmas antes produtoras de commodities, estimulou melhor<br />
acabamento e diferenciação de produtos, o que produziu uma maior agregação de<br />
valor às exportações <strong>do</strong> setor.<br />
5. Para estimular uma maior inovação de produto e processo, as agências<br />
públicas (e.g. BNDES) poderiam exigir como contrapartida de empréstimos para<br />
P&D uma maior inserção externa. Como no couro a inserção externa é crescente<br />
por meio de produtos mais elabora<strong>do</strong>s que demandam processo e produtos<br />
tecnologicamente mais avança<strong>do</strong>s, haveria uma certa sincronia entre os critérios<br />
de financiamento, os estímulos à inovação e exportação.<br />
6. Estimular maior cooperação e contratualização, em particular na cadeia pecuaristafrigorífico-curtume.<br />
Nesse caso, dever-se-ia discriminar a remuneração <strong>do</strong><br />
pecuarista pela qualidade <strong>do</strong> couro (e.g. redução de danos causa<strong>do</strong>s no pasto).<br />
Dentre as possibilidades, valeriam incentivos para a utilização de arame liso ao<br />
invés <strong>do</strong> farpa<strong>do</strong>; incentivo para maior freqüência da aplicação de banhos de<br />
carrapaticida; normatização da aplicação de fogo na marcação (muitos pecuaristas<br />
marcam partes nobres <strong>do</strong> couro por desconhecimento); difusão de técnicas de<br />
esfolagem, como banho frio para reduzir veiamento, etc. Nesse caso, a<br />
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