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o Artigo em PDF - SPECO - Universidade de Lisboa

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Ecologi@ 4: 31-42 (2012) <strong>Artigo</strong>s <strong>de</strong> Revisão33.000 ha, a instalação <strong>de</strong> pastagens <strong>em</strong>60.000 ha para além <strong>de</strong> numerosas infraestruturas(AFN, http://www.afn.minagricultura.pt/portal;Germano, 2004).Os dados <strong>de</strong> Lains (1995) para os anos <strong>de</strong>1867 e 1902, confirmam a tendência <strong>de</strong>reflorestação entretanto observada. Emtermos <strong>de</strong> utilização do solo, a áreaocupada pela floresta aumentou <strong>de</strong> 14%para 22.1%, enquanto o aumento da áreacultivada passou <strong>de</strong> 21.3% para 35.1%.Este aumento foi essencialmenteconseguido pela reconversão <strong>de</strong> áreasincultas <strong>em</strong> áreas aráveis (Tabela 4). Deacordo com Radich e Baptista (2005) ocoberto florestal continental entre 1875 e2005, terá aumentado <strong>de</strong> 7% paraaproximadamente um terço. Entre 1875 e1938 a área cresceu 1.8 milhões hafundamentalmente através da acção <strong>de</strong>proprietários privados – nas áreas doNorte e Centro através da expansão doPinus enquanto que no Sul através doaumento do “montado” i.e., Quercussuber e Quercus rotundifolia. Os ServiçosFlorestais entre 1939 e 1974, florestaram287 mil hectares, dos quais 272 mil naexecução do Plano <strong>de</strong> PovoamentoFlorestalTabela 4. Utilização do solo <strong>em</strong> Portugal <strong>em</strong> 1867 e 19021867 1902Superfície ha % ha %1. Cultivada 1.886 21.3 3.111 35.12. Pastagens,pousios, charnecas2.072 23.4 1.926 21.73. Floresta 1.240 14.0 2.332 22.14. Inculta mascultivável3.329 37.5 1.534 17.35. Incultivável 341 3.8 341 3.8Total 8.868 100 8.868 100Fonte: Lains (1995).De um modo geral a Floresta portuguesa érecente. Portugal é o país da Europa <strong>em</strong>que a transição entre a <strong>de</strong>sarborização e areflorestação foi mais rápida - a área <strong>de</strong>floresta, que era <strong>de</strong> 4 a 7% <strong>em</strong> 1870,passou, num século, para mais <strong>de</strong> 30% doterritório continental (Pereira et al.,2009). As diferentes avaliações feitas porLains (1995), Radich e Baptista (2005) ePereira et al., (2009), d<strong>em</strong>onstram comoé difícil conhecer com exactidão qual ograu <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarborização do país no fim doséculo XIX, <strong>em</strong>bora não existam quaisquerdúvidas sobre a sua <strong>de</strong>sflorestação.Um vulto <strong>de</strong> relevo na Silvicultura nacionalfoi Joaquim Vieira Nativida<strong>de</strong> (1899-1968). Em 1950 elaborou o "Plano para oFomento e Defesa da SubericulturaMediterrânea", adoptado como plano <strong>de</strong>trabalho pela FAO. O tratado"Subericultura" (1950) (5) traduzido <strong>em</strong>várias línguas, foi consi<strong>de</strong>rado manual <strong>de</strong>estudo <strong>em</strong> várias universida<strong>de</strong>sestrangeiras. É possivelmente, ainda hoje,o tratado mais mo<strong>de</strong>rno e completo sobreo sobreiro, estudado <strong>em</strong> todos os seusaspectos: botânico, florestal, tecnológico eeconómico (Pereda, 2008).É com a Lei nº 2069, <strong>de</strong> 1954, que se dá oprimeiro passo significativo da políticaestatal, no domínio da florestação,visando a proprieda<strong>de</strong> privada. Com osincentivos dados pela referida lei e o apoioprevisto no Plano <strong>de</strong> Fomento Suberícola,iniciou-se a campanha <strong>de</strong> fomento dosobreiro <strong>em</strong> alguns territórios a Sul doTejo, acabando por aparecer novas áreas<strong>de</strong> sobreiro, algumas <strong>de</strong>las fora dasregiões tradicionais (Sudoeste alentejanoe Algarve). “O que já se fez test<strong>em</strong>unha aexistência <strong>de</strong> uma criteriosa política <strong>de</strong>apoio à cultura do sobreiro, traduzida <strong>em</strong>ISSN: 1647-2829 38

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