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o Artigo em PDF - SPECO - Universidade de Lisboa

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Ecologi@ 4: 31-42 (2012) <strong>Artigo</strong>s <strong>de</strong> Revisãorealizacões efectivas e indispensáveis àsalvaguarda <strong>de</strong> uma das gran<strong>de</strong>s riquezasflorestais portuguesas e aoaproveitamento <strong>de</strong> vastas superfícies on<strong>de</strong>as condições edafo-climáticas dificilmenteconsent<strong>em</strong> a introdução <strong>de</strong> outrasessências <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> comparável”(Nativida<strong>de</strong>, 1960).Apesar da Lei nº 2069 ter tido umaaplicação lenta e os fundos e estímulosser<strong>em</strong> reduzidos ficou uma obra notávelpara as gerações vindouras. Aimportância, extr<strong>em</strong>amente positiva, dacortiça na economia e a evolução dasactivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong>transformação ao longo dos séculos XIX eXX está b<strong>em</strong> documentada no trabalho <strong>de</strong>Men<strong>de</strong>s (2002).Com a Revolução <strong>de</strong> 1974 operou-se a<strong>de</strong>volução dos baldios aos seusutilizadores <strong>em</strong>bora as comunida<strong>de</strong>spu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> optar por manter os ServiçosFlorestais a gerir o seu património. Noinício dos anos oitenta foi lançado oProjecto Florestal Português/BancoMundial, inicialmente previsto para durarentre 1981-1986, foi <strong>de</strong>pois prolongadoaté 1989 e previa a florestação <strong>de</strong> 150000 ha, dos quais 90 000 ha pelosServiços Florestais e o restante pelaPortucel. Vieram a ser, <strong>de</strong> facto,arborizados 120 mil hectares, dos quaismeta<strong>de</strong> pelos Serviços Florestais (Vieira,1991).O Projecto Florestal Português/BancoMundial assinalou o <strong>de</strong>clínio daintervenção directa do Estado naflorestação. No quadro da integração <strong>de</strong>Portugal na União Europeia, sãotransferidas para os proprietários aresponsabilida<strong>de</strong> da elaboração,apresentação e execução dos projectos <strong>de</strong>arborização – entre 1986 até 1995,instalaram-se mais <strong>de</strong> 200 mil hectares <strong>de</strong>floresta, quase exclusivamente privados.(Radich e Baptista, 2005).De acordo com o último InventárioFlorestal Nacional do século XX (1995-1998) a área florestal <strong>de</strong> PortugalContinental correspondia a 3202x10 3 ha,sendo que <strong>de</strong>stes 976x10 3 eram <strong>de</strong> Pinuspinaster, 672x10 3 <strong>de</strong> Eucalyptus globuluse 713x10 3 <strong>de</strong> Quercus suber (AFN, 2010).O Inventário <strong>de</strong> 2005-2006, mostra aindaque Pinus pinaster continua a ser aespécie florestal predominante ocupando885 019 ha, Eucalyptus globulus 739 515ha e finalmente Quercus suber 715 922ha, correspon<strong>de</strong>ndo a 27%, 23% and23%, da área florestal total,respectivamente (Tabela 5); Quercusrotundifolia ocupa 13% fundamentalmentea Sul do rio Tejo, enquanto outrosQuercus spp apenas 5% (AFN, 2010). Aárea ocupada por Pinus pinea quase queduplicou do Inventário <strong>de</strong> 1995-98 para o<strong>de</strong> 2005-06, passando <strong>de</strong> 78x10 3 ha para130x10 3 ha..Tabela 5. Evolução da ocupação florestal <strong>de</strong> acordo com diferentes Inventários Florestais Nacionais.Espécies 1963-66 68-80 80-89 90-92 95-98 2005-06Pinus pinaster 1288 1293 1252 1047 976 885E.globulus 99 214 386 529 672 740Q.suber 637 657 664 687 713 716Q. rotundifolia 579 536 465 462 413Pinus pinea 35 50 78 130Outras coníferas 35 33 27 25Outros Quercus 71 112 131 150Castanea sativa 29 31 41 30Outras folhosas 148 115 102 862603 3018 3108 2263 3202 3175Fonte: AFN (2010); valores expressos <strong>em</strong> milhar haISSN: 1647-2829 39

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