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Suplemento do Jornal de Notícias sobre Santo Tirso - 2013-05-31

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por chafariz, mas já por repuxo. Assimo <strong>de</strong>claram os estadistas, eleitos pelosmonges, Frei Gregório <strong>de</strong> Santa Maria eFrei Mâncio <strong>do</strong>s Mártires: Fesse o Cano,e Repuxo, e se meteo a agoa na Claustranoua (Congregação <strong>de</strong> São Bento <strong>de</strong>Portugal, Cx 109).O quarto claustroNo triénio <strong>de</strong> D. Mateus da Assunção(1653-1656) - começaria a construção <strong>do</strong>quarto claustro, que ficaria incompleto.Ao fim da sua prelazia, anotou-se norelatório a construção <strong>de</strong> uma pare<strong>de</strong> <strong>de</strong>Dormitório por <strong>sobre</strong> os alicerces, como comprimento <strong>de</strong> “30 palmos”. Assim oregistaram os estadistas <strong>do</strong> seu abacia<strong>do</strong>Frei Leandro <strong>do</strong> Socorro e Frei Vicente<strong>do</strong>s <strong>Santo</strong>s, a 1 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1656.No triénio seguinte, o <strong>de</strong> D. Anselmo Alvo,que <strong>de</strong>u início às obras da nova igreja, aatual (1656-1659) - <strong>de</strong>corriam as obrasno seu normal crescimento:(..) Continuousse o <strong>do</strong>rmitorio por dianteem que se fizerão duas ceifas <strong>de</strong> to<strong>do</strong>perfeitas e acabadas, e se foj continuan<strong>do</strong>a varanda <strong>do</strong> claustro athe a primeirajenella que já fica feita como ha <strong>de</strong> sere se lancou huma linha <strong>de</strong> ferro em avaranda para maior segurança da obra,e se fez a cornija que corre pela parte<strong>do</strong> Claustro.Fesse huma sacada com huma jenellarasgada lançada fora com huma gra<strong>de</strong><strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> custo e feitio pintada<strong>de</strong> vermelho com suas bolas gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>metal, e se forrou assi o <strong>do</strong>rmitaria, comovaranda e sacada com muita perfeição.Desta sacada se começa a continuarhuma bem obrada escada para baixo,e no taboleiro que estâ no meio <strong>de</strong>llahuma jenella gran<strong>de</strong> para fora. Fesse otecto <strong>de</strong> hum bom e corioso forro comsuas rozas, e floroens gran<strong>de</strong>s, e nomeio huma bem obrada targe com humaimagem <strong>do</strong> gloriozo Martir <strong>Santo</strong> <strong>Tirso</strong>,feita com toda a perfeição que a artepe<strong>de</strong>. Pera se <strong>do</strong>urar e estofar a targe,floroens e rozas fica feito parti<strong>do</strong> com o pintorem vinte e seis mil reis que já ficão pagos.Desta escada saj hum arco gran<strong>de</strong> que dâno passa disso da porta da orta que já ficaperfeita e lajeada <strong>de</strong> pedra to<strong>do</strong> o pauimentono dito passa disso, como tambem o espaçoque corre entre o refeitorio e hospício (…).(Relatório Trienal <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1659:ADB Congregação <strong>de</strong> S. Bento <strong>de</strong> Portugal,Cx 109).E, ao tempo <strong>do</strong> P.e Mestre Frei Luís <strong>de</strong>Moura, no seu final (1662), estava já emacabamento um lanço da galeria:(…) Solhouçe, e forrouçe hum lanço dagalaria <strong>do</strong> Claustro, E como este lanço seauia <strong>de</strong> igualar com o Refeitorio se leuantoumais por Respeito <strong>de</strong> se tomarem as aguas,por cuja Cauza se fizerão em to<strong>do</strong> o lançoduas armaçois falças <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>Custo, por se não bolir no Refeitorio; nestelanço pella parte <strong>do</strong> Claustro, se pos em to<strong>do</strong>elle Algerozes, e Cor <strong>do</strong>is <strong>de</strong> pedra muj bemlaurada, puzerãose mais quatro gra<strong>de</strong>s, etres linhas <strong>de</strong> ferro, pinta<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> a oleo; ese fizerão mais quatro Ginellas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iramuj bem laurada com suas ferraiens (…).(Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mosteiro, feitos para o CapítuloGeral <strong>de</strong> Tibães <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1662: ADBCongregação <strong>de</strong> S. Bento <strong>de</strong> Portugal, Cx109).Enfim, quan<strong>do</strong> se começou a construir anova igreja <strong>de</strong> <strong>Santo</strong> <strong>Tirso</strong> (1659), já o conventoia <strong>de</strong> posse <strong>de</strong> três claustros, o quenecessário se fazia para albergar os mais <strong>de</strong>trinta monges que constituíam a comunida<strong>de</strong>conventual <strong>do</strong> mosteiro <strong>de</strong> <strong>Santo</strong> <strong>Tirso</strong>. Deresto, em concomitância com a ereção daatual igreja, cresciam a habitação e serviçosmonásticos. E continuava a crescer mais emais, agora com o começo <strong>do</strong> quarto claustro,o Corista<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste mosteiro beneditino.A <strong>de</strong>struiçãoA <strong>de</strong>struição parcial da área claustral – 3ºclaustro e a área construída <strong>do</strong> 4º claustro– terá ocorri<strong>do</strong> no início <strong>do</strong> século XX,ten<strong>do</strong> como origem um incêndio comonos relata Alberto Pimentel.(…) Pelas 11 horas da noite <strong>de</strong> terça--feira 4 <strong>de</strong> fevereiro d’este anno <strong>de</strong> 1902manifestou-se um violento incendio naparte <strong>do</strong> antigo mosteiro actualmenteocupada pelo Asylo Agricola.Este acontecimento causou um afflictivo<strong>sobre</strong>salto em toda a villa.Um pedreiro que <strong>do</strong>rmia nas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ncias<strong>do</strong> Asylo, accordan<strong>do</strong> já muitoincommoda<strong>do</strong> pelo fumo, pô<strong>de</strong> ainda daro signal <strong>de</strong> rebate.O fogo, que se não sabe ao certo comoprincipiou, rompeu da resi<strong>de</strong>ncia parochial,e communicou-se á ala direita <strong>do</strong>claustro, angulo su<strong>do</strong>este, lavran<strong>do</strong> nama<strong>de</strong>ira apainelada que revestia o tecto.D’alli irradiou para o altar erecto n’essamesma ála, e para os quadros pen<strong>de</strong>ntesdas pare<strong>de</strong>s, carbonisan<strong>do</strong>-os. (…)Alguns <strong>do</strong>s materiais acabariam porser utiliza<strong>do</strong>s na construção da EscolaPrimária Con<strong>de</strong> S. Bento, em <strong>Santo</strong> <strong>Tirso</strong>,<strong>de</strong>signadamente as colunas e os arcos <strong>do</strong>terceiro claustro. Efetivamente, a partir dagaleria norte <strong>do</strong> terceiro claustro, tu<strong>do</strong> foi<strong>de</strong>struí<strong>do</strong>: meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>is <strong>do</strong>rmitórios – ooriental e o oci<strong>de</strong>ntal –, to<strong>do</strong> o <strong>do</strong>rmitóriosul, Corista<strong>do</strong>, as duas capelas, a <strong>do</strong>Corista<strong>do</strong> e a da Horta … pouco se perceben<strong>do</strong>atualmente da grandiosida<strong>de</strong><strong>do</strong> edifício, como peremptoriamentereferenciou Ilídio Araújo, em 1962 - (…) Omosteiro beneditino <strong>de</strong> <strong>Santo</strong> <strong>Tirso</strong>…. Eraum compri<strong>do</strong> edifício com três claustrose a ponto <strong>de</strong> caminhar para um quartoclaustro (cerca <strong>de</strong> 170 m <strong>de</strong> comprimento)(…), que fundamentou com a apresentação<strong>de</strong> uma planta datada <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong>janeiro <strong>de</strong> 1867, on<strong>de</strong> são percetíveisos três claustros íntegros, na altura, alinha<strong>do</strong>snum ritmo pendular para oriente,com os arranques <strong>de</strong> um quarto perímetroclaustral, <strong>de</strong>signadamente a parte Norteque correspon<strong>de</strong>ria ao Corista<strong>do</strong>.

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