Pesquisa de Ovos de Toxocara Canis em Amostras de ... - NewsLab

não representa um problema deSaúde Pública nas três áreas estudadas.Todavia, foram detectadoselementos de outros enteroparasitas,cujos índices de contaminaçãonão diferem dos descritos naliteratura, o que demonstra que apopulação humana está exposta aoutras infecções (Guimarães, Alves,Rezende & Rodrigues, 2005; Araújoet al, 1999; Blazius, Emerick, Prophiro,Romão & Silva, 2005; Castro,Santos & Monteiro, 2005).A freqüência de contaminaçãodas fezes por ovos de ancilostomídeosconcorda com os dados apresentadospor outros pesquisadores e avariação do índice de contaminaçãopor região se enquadra dentro dospadrões que eram esperados para acontaminação por ovos de T. canis.Este resultado, somado ao encontrode ovos larvados destes parasitas,sugere a ocorrência de larva migranscutânea na cidade.A freqüência de contaminaçãodas fezes por cistos de Giardia spfoi menor, mas torna-se evidentea necessidade de adotar certasmedidas de Saúde Pública emrelação aos hospedeiros. Esteprotozoário é agente potencial depatologia intestinal.A freqüência de fezes contaminadaspor oocistos de Cystisospora spe por ovos de Trichuris sp foi muitopequena, sem grande significado estatístico.Porém o risco potencial decontaminação da população humananão deve ser desprezado.O resultado deste trabalhosugere a continuidade do estudosobre a contaminação ambientalpor ovos de T. canis, ampliando-seas regiões de pesquisa e, se possível,associado a estudos sorológicos.Estudos mais detalhadosdas variáveis ambientais, sociaise laboratoriais poderão contribuirpara o entendimento da diferençaentre os dados relacionados àcontaminação ambiental por ovosde T. canis obtidos nesta pesquisae os obtidos nas pesquisas aquimencionadas.Correspondência para:Clivandir Severino da Silvaclivandir@hotmail.comReferências Bibliográficas1. Araújo FR et al. Contaminação de praças públicas de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil, por ovos de Toxocara e Ancylostomaem fezes de cães. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 32: 581- 583, 1999.2. Beaver PC. Parasitological reviews. Larva migrans. Experimental Parasitology, 4:587-621, 1956.3. Blazius RD, Emerick S, Prophiro JS, Romão PRT, Silva OS. Ocorrência de protozoários e helmintos em amostras de fezes de cãeserrantes da Cidade de Itapema, Santa Catarina. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 38: 73-74,2005.4. Castro JM, Santos SV, Monteiro NA. Contaminação de canteiros da orla marítima do Município de Praia Grande, São Paulo, por ovosde Ancylostoma e Toxocara em fezes de cães. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 38: 199-201, 2005.5. Chieffi PP, Caseiro MM. Toxocaríase (Síndrome de larva migrans visceral). In: Cimerman B, Cimerman S. Parasitologia humana e seusfundamentos gerais. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2002.6. Chieffi PP, Müller EE. Prevalência de parasitismo por Toxocara canis em cães e presença de ovos de Toxocara sp no solo de localidadespúblicas da zona urbana do município de Londrina, estado do Paraná, Brasil. Revista de saúde pública. 10: 367-372, 1976.7. Costa-Cruz JM, Nunes RS, Buso AG. Presença de ovos de Toxocara sp em praças públicas da cidade de Uberlândia, Minas Gerais,Brasil. Revista do instituto de Medicina Tropical de São Paulo. 36: 39-42, 1994.8. Elefant GR, Jacob CMA, Kanashiro EHY, Peres BA. Toxocaríase. In: Ferreira AW, Ávila SLM. (eds) Diagnóstico laboratorial das principaisdoenças infecciosas e auto-imunes. 2ª ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, p. 323-332, 2001.9. Guimarães AM, Alves EGL, Rezende GF, Rodrigues MC. Ovos de Toxocara sp e larvas de Ancylostoma sp em praça pública de Lavras,Minas Gerais. Revista de Saúde Pública. 39: 293-295. 2005.10. Santarém VA, Sartor IF, Bergamo FMM. Contaminação, por ovos de Toxocara spp, de parques e praças públicas de Botucatu, SãoPaulo, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 31: 529-532, 1998.11. Scaini CJ et al. Contaminação ambiental por ovos e larvas de helmintos em fezes de cães na área central do Balneário Cassino,Rio Grande do Sul. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 36: 617-619, 2003.136NewsLab - edição 83 - 2007