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O Teatro de José Saffioti Filho - Livraria Imprensa Oficial

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que ele vai me matar! (O telefone quase cai <strong>de</strong>suas mãos)ELA (Arrepio <strong>de</strong> medo e <strong>de</strong>sespero) – Portaria?Eu... As horas... Por favor. Po<strong>de</strong>ria me dizer ashoras? (Aparentando calma) Escute. Por favor.Será que você po<strong>de</strong>ria me arrumar uma linha?Sim. Uma ligação para fora. (Pausa) Obrigada.(Ele continua no chuveiro. Ela consegue ouviloperfeitamente. Conseguiu a linha. Nervosa,disca um número e erra. Disca outra vez) Alô?Alô? (Geme, chora, ri) Sou eu. Escute. Não, nãofaça perguntas. Eu não tenho tempo. Preciso <strong>de</strong>socorro. Já. Agora. Imediatamente. Fique quieto.Preste atenção. Eu não posso <strong>de</strong>morar muito.Não, não é brinca<strong>de</strong>ira. (Grita) Pare com isso!Venha correndo. (Presta atenção nele) Correndo.Voando. Chame a polícia. Eu estou em perigo.Venha logo. Estou num motel. Anote. O nomedo motel é América. Isso! Motel América. Essemesmo. É urgente! Corra! (Quase chorando) Eleestá no banheiro agora. Eu sei que ele vai mematar. É um assassino. Man<strong>de</strong> a polícia, urgente.Não, não tenho tempo! Pelo amor <strong>de</strong> Deus!225CENA – Assustada, <strong>de</strong>sliga o telefone. Prestaatenção, <strong>de</strong>sconfiada. O barulho da água dochuveiro parou. Ele está em silêncio, sem cantar.Ela pega o revólver com as duas mãos e sentasena cama, segurando a arma, apontando-a

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