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Laranja TRANSGÊNICA - Biotecnologia

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Figura 2. Expressão do gene marcador gus em plantastransgênicas de laranja Pêracomo as não contaminadas, num raiode 30 metros, são cortadas e incineradas.Somente no ano de 1999, foramgastos cerca de R$ 33 milhões naerradicação de pomares infectados nosEstados de São Paulo e Minas Gerais.Entretanto, a presença e o progressoepidêmico do cancro cítrico emdiversas regiões produtoras de citrosao redor do mundo, e a sua recenteintrodução e reintrodução em váriospaíses têm levantado dúvidas quanto àeficiência da adoção exclusiva de medidaspara impedir a sua introduçãoem novas áreas e para a erradicaçãocompleta da doença em regiões ondeela foi introduzida (Leite, 1990).O desenvolvimento de variedadescítricas agronomicamente aceitáveiscom adequado nível de resistência, éainda a forma mais econômica e eficientede controlar o cancro cítrico.Entretanto, o melhoramento de citros éum processo longo, principalmentepelos aspectos botânicos desse gênero.Grande parte das espécies apresentapoliembrionia e longo período juvenil,o que dificulta a seleção de genótipospor hibridação. A obtenção deuma nova variedade é um processoque leva em média 30 anos. Os principaisavanços têm sido obtidos pelaseleção de mutações naturais.Frente a esses problemas, a transformaçãogenética da laranjeira mostra-secomo uma estratégia de melhoramentomuito promissora, podendoser utilizada para a introdução de novascaracterísticas em variedades elite,reduzindo o tempo necessário para olançamento de novos cultivares.Transformação genética de citrosPlantas transgênicas de citros jáforam obtidas por meio da introduçãodireta de DNA em protoplastos (Vardiet al., 1990); por co-cultivo de segmentosinternodais ou de epicótilo comAgrobacterium (Moore et al., 1992;Kaneyoshi et al., 1994; Peña et al.,1995; Gutiérrez et al., 1997; Cervera etal., 1998), e por bombardeamento departículas em suspensões embriogênicasde nucelo (Yao et al., 1996). Atualmente,o método mais utilizado detransformação genética em citros é atransformação mediada por Agrobacterium,utilizando-se segmentos deepicótilo de 1 cm como explantes.Usando esse sistema, já foram obtidasplantas transgênicas de laranja doce(C. sinensis;) (Peña et al., 1995; Bond &Roose, 1998), C. aurantifolia (Peña etal., 1997), C. aurantium (Gutiérrez etal., 1997), Carrizo citrange (C. sinensisX Poncirus trifoliata; Moore et al.,1992), P. trifoliata (Kaneyoshi et al.,1994) e grapefruit (C. paradisi; Luth &Moore, 1999.Figura 3. Construção usada nos experimentos de transformaçãoEntretanto, a eficiência de transformaçãoutilizando esse protocolo deregeneração ainda é baixa. Isso sedeve, principalmente, ao pequenonúmero de brotos obtidos por explantee ao grande número de escapes.Além disso, as plantas transgênicasobtidas por esse sistema são juvenis,sendo necessário vários anos para quese possa avaliar algumas de suas característicascomerciais (produtividade,qualidade de fruto etc). Com vistas acontornar esse problema, Cervera et al.(1998) utilizaram internódios de plantasmaduras de laranja doce cultivarPineapple como explantes para transformação,conseguindo que as plantastransgênicas florescessem após 14meses.A falta de técnicas adequadas decultura de tecidos de cultivares delaranja doce adaptados às nossas condiçõesagroecológicas tem dificultadoo uso da tecnologia de transformaçãode plantas nessa cultura. Visando aminimizar esse problema, o Laboratóriode <strong>Biotecnologia</strong> Vegetal do IAPARdesenvolveu novos protocolos de regeneraçãode laranja doce Pêra, usandosegmentos finos transversais tantode tecidos juvenis (Bespalhok et al.,2001) quanto de maduros (Kobayashiet al., 2001). Esses novos protocolospermitem a transformação de laranja,tanto através de Agrobacterium tumefacienscomo também via biobalística.Essa metodologia foi utilizada em experimentospreliminares para a otimizaçãodo sistema de transformação,utilizando o plasmídeo pBE2113, quecontém o gene gus sob controle depromotores constitutivos (Figura 2).Uso de peptídeos antibacterianosVárias estratégias têm sido utilizadaspara aumentar a resistência deplantas a doenças bacterianas atravésda engenharia genética. Entre essasestratégias destacam-se: a produção depeptídeos antibacterianos, a inibiçãode fatores de virulência e o aumentodas defesas naturais e morte celularprogramada no local da infecção (Mourgueset al., 1998).Todos os organismos superiorespossuem sistemas de proteção contrainfecções por microorganismos. Os insetospossuem um eficiente sistema dedefesa contra bactérias e outros parasitas.Esse sistema, que foi bastante estu-<strong>Biotecnologia</strong> Ciência & Desenvolvimento - nº 23 - novembro/dezembro 2001 63

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