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Laranja TRANSGÊNICA - Biotecnologia

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dado em Hyalophora cecropia, é responsávelpela produção de peptídeoscom potente atividade antitibacteriana,tais como as cecropinas.Cecropinas pertencem a uma famíliade pequenos peptídeos, isolados dahemolinfa de insetos, que exibem atividadelítica e antibactericida contramuitas bactérias gram-positivas e gramnegativas(Boman & Hultmark, 1987).Estruturalmente, esses peptídeos têmuma região N-terminal bastante básicae uma longa seqüência hidrofóbica naregião C-terminal. Essas característicassão necessárias para a ação antibacterianadas cecropinas através da formaçãode canais nas membranas, provocandoo vazamento de componentescelulares e, conseqüentemente, a morteda bactéria (Christensen et al., 1988).Vários trabalhos de transformaçãode espécies vegetais com peptídeosantibacterianos foram publicados nosúltimos anos. Batata e fumo foram asespécies mais utilizadas, principalmentepela facilidade de cultura de tecidos ea importância das bacterioses. Montanelli& Nascari (1991) transformarambatata com um gene responsável pelaprodução de cecropina e encontraramresultados positivos contra Ralstoniasolanacearum em testes preliminaresin vitro com extratos de plantas transgênicas.Jaynes et al. (1993), utilizandoo gene Shiva-1 (um análogo sintéticoda cecropina), controlado pelo promotordo inibidor de proteinase II debatata, obtiveram alta expressão emplantas transgênicas de fumo que mostraramum aumento de resistência a R.solanacearum. Por outro lado, Floracket al. (1995) transformaram fumo comgenes de cecropina B, mas não conseguiramaumentar a resistência dessaespécie contra R. solanacearum e P.syringae pv. tabaci. A rápida degradaçãoda cecropina por proteases endógenasfoi apontada como responsávelpela baixa detecção do peptídeo nasplantas transgênicas, apesar da corretatranscrição do gene inserido. Também,Hightower et al. (1994) não conseguiramaumentar a resistência de plantasde fumo a P. syringae pv. tabaci coma introdução de um gene quimérico dececropina A/B.Além das cecropinas, outros tiposde peptídeos têm sido utilizados emplantas com vistas a controlar doençasbacterianas. Norelli et al. (1994) observaramque plantas transgênicas de maçaFigure 4. Análise de PCR de plantas transgênicas de laranja Pêra. ODNA foi isolado de folhas e amplificado com primers específicospara o gene da sarcotoxina dando um produto de 268 pb. ColunaM, marcador 100 pb; coluna C, controle negativo, laranja Pêra nãotransformada; colunas 1-10, plantas transgênicas; coluna P, plasmídeopST10expressando o gene da atacina E mostrarammaior resistência a Erwiniaamylovora. Plantas transgênicas debatatas com resistência a Erwiniaamylovora foram obtidas por Düring etal. (1993) através da inserção do geneda lisozima do bacteriófago T4.Os resultados até agora relatadosna literatura indicam que a transformaçãocom peptídeos antibacterianos temgrande potencial para ser usada nomelhoramento vegetal, principalmenteatravés do uso de construções gênicascapazes de expressar esses peptídeosextracelularmente e, também, pelamodificação desses peptídeos visandoa conseguir a sua maior estabilidadefrente à degradação por proteases endógenas.SarcotoxinaA sarcotoxina é um peptídeo antibacterianoisolado de larvas de Sarcophagaperegrina pelo grupo do Dr.Natori, Universidade de Tókio (Japão).Figura 5. Processo de obtenção de plantas transgênicas de laranja Pêra apartir de tecido maduro64 <strong>Biotecnologia</strong> Ciência & Desenvolvimento - nº 23 - novembro/dezembro 2001

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