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A AGriCulTurA BrASilEirA - ResearchGate

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12 A Agricultura Brasileiraplanejamento nacional de pesquisa. Entretanto, de outro lado, são identificadosalguns gargalos produtivos, tais como o baixo grau de instrução dos produtores e adependência da importação de insumos tecnológicos. Para a modernização do setoragropecuário, minimizar estes entraves é o grande desafio das políticas públicas.No segundo capítulo da segunda parte, escrito por José Maria Ferreira Jardimda Silveira, aborda-se a questão da biotecnologia, concentrando-se a análise nacontribuição dos cultivares geneticamente modificados, no processo de difusãotecnológica e nos obstáculos criados por instituições regulatórias – nos campos dabiossegurança, da propriedade intelectual e da defesa do consumidor. Procura-semostrar, por meio de um enfoque neoschumpeteriano, que a biotecnologia agrícolase insere no padrão de desenvolvimento tecnológico da moderna agricultura.O estudo mostra que na agricultura de grãos conseguiu-se captar os benefíciosdo conhecimento técnico-científico do melhoramento genético, gerando-se oschamados produtos-plataforma e, simultaneamente, viabilizando-se estratégiasbem delimitadas no segmento fornecedor de insumos tecnológicos. A percepçãodos benefícios dos transgênicos tem promovido amplo processo de difusão. Noentanto, esta difusão depende da aceitação e do marco institucional regulatório,que no texto é considerado um mecanismo endógeno da constituição do mercado.No terceiro subsequente, apresenta-se a constatação de que o mercado detrabalho agrícola atravessa um período de forte transformação. Antônio MárcioBuainain e Cláudio Salvadori Dedecca fazem uma análise da heterogeneidade destemercado, mostrando a reprodução e a estabilidade de formas de ocupação semvínculo empregatício. Tais autores observam que a manutenção do contingentepopulacional inserido nestas formas de ocupação se associa a uma maiorestabilidade da agricultura familiar, vinculada ao fortalecimento das políticaspúblicas em geral e à emergência da opção de viver em pequenas cidades do interiore de continuar o trabalho em atividades agrícolas, ainda que ocasionalmente. Se amaioria dos estabelecimentos é insustentável enquanto unidade produtiva e se osseus residentes já não contam com alternativas de trabalho menos voláteis, tem-seuma tendência à mecanização, a qual reduz paralelamente a demanda por mãode obra. A reprodução deste processo se traduz na ampliação da heterogeneidadee da polaridade da estrutura ocupacional, com crescimento das relações formais,de um lado, e com a manutenção de um contingente ocupado em atividadesde baixa qualificação e remuneração, de outro. Por fim, o estudo sugere novosdesafios em termos de políticas setoriais de emprego e renda na atividade agrícola.A terceira parte agrupa dois capítulos (6 e 7), os quais dirigem sua atenção aosgrandes grupos sociais que respondem pela atividade agropecuária. No primeirodeles, José Graziano da Silva demonstra, por meio de minucioso estudo dos dadosda PNAD, a complexidade da agricultura brasileira, especialmente a partir dasrelações econômicas e sociais introduzidas pelos complexos agroindustriais nos

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