6organização faz com qu<strong>em</strong> elas se torn<strong>em</strong> mais resistentes a antisépticos eantibióticos (CLELAND, 2000; HENNET, 2005; PEAK, 2011).Durante o sono, período <strong>em</strong> que não há ingestão de alimentos, é que aplaca se forma mais rapi<strong>da</strong>mente (WIGGS & LOBPRISE, 1997). Estudocomparativo realizado <strong>em</strong> 1965 por Egelberg, no qual um grupo de animais foramalimentados por intubação, constatou que há formação <strong>da</strong> placa bacteriana,independente <strong>da</strong> ingestão de alimentos, observando ain<strong>da</strong> que a mínimamastigação exerce influência benéfica, contribuindo como mecanismo de limpeza<strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de oral (WATSON, 2006).A placa bacteriana pode ser encontra<strong>da</strong> nas regiões supragengival ousubgengival. A placa supragengival refere-se aos agregados microbianoslocalizados acima <strong>da</strong> gengiva, nas superfícies dentais e a placa subgengivalcorresponde aos agregados bacterianos encontrados totalmente dentro do sulcogengival ou bolsas periodontais (HARVEY & EMILY, 1993; GENÇO et al., 1999).As placas bacterianas apresentam enti<strong>da</strong>des morfológicas <strong>em</strong>icrobiológicas distintas, sendo a supragengival inicialmente coloniza<strong>da</strong> porbactérias aeróbias, gram-positivas e s<strong>em</strong> motili<strong>da</strong>de. A população microbiana <strong>da</strong>placa subgengival compreende microrganismos mistos, como cocos grampositivose gram-negativos, além de formas filamentosas com pequena matrizintermicrobiana (HARVEY & EMILY, 1993; EMILY & PENMAN, 1994).Estudo realizado com cães, <strong>em</strong> Jaboticabal, verificou que os principaismicrorganismos presentes no espaço subgengival foram: Porphiromonas spp.,Bacterióides spp., Eubactrium spp., Actinomyces spp., Propionibacterium spp,.Prevotella spp,. E G<strong>em</strong>ella spp. A placa bacteriana predomina na regiãosubgengival pois é o local <strong>em</strong> que a limpeza natural realiza<strong>da</strong> pelo fluxo salivar,língua, lábios e pela abrasão dos alimentos não t<strong>em</strong> uma ação eficiente(CLELAND, 2000; GIOSO, 2007).2.1.2 Fatores predisponentesAs anomalias anatômicas, dentais e periodontais, são fatorespredisponentes à doença <strong>periodontal</strong>, pois aumentam a retenção de placa
7bacteriana, tais como o prognatismo, braquignatismo e dentes decíduospersistentes (Figura 3). Traumatismo, má oclusão, apinhamento dental, rotaçãodental, superfícies dentais ásperas e algumas condições sistêmicas, comoazot<strong>em</strong>ia também são condições que pod<strong>em</strong> predispor a ocorrência de lesõesperiodontais (PENMAN & HARVEY, 1992; KLEIN, 2000; GIOSO, 2007;PACHALY, 2006).FIGURA 3 – Cavi<strong>da</strong>de oral de um cão com dentedecíduo persistente, associado àformação de cálculo denárioFonte: www.ourovet.com.brHá vários outros fatores que interfer<strong>em</strong> no desenvolvimento <strong>da</strong> doença<strong>periodontal</strong>, como a i<strong>da</strong>de do paciente, obesi<strong>da</strong>de, formato <strong>da</strong> cabeça,predisposição racial (Poodles, Schnauzers, Yorkshire Terrier e Galgos), efeitos <strong>da</strong>mastigação, distúrbios do sist<strong>em</strong>a imunológico ou imunossupressão, saúde geraldo paciente, desnutrição, vícios de roer, predisposição genética, quanti<strong>da</strong>de desaliva, microflora bucal, rotina de limpeza profilática e tipo de alimentação(HARVEY & EMILY, 1993; EMILY & PENMAN, 1994; GORREL, 2004; HENNET,2005; PACHALY, 2006; GORREL et al., 2007; GIOSO, 2007).Estudos relataram que a dieta natural dos carnívoros apresenta umefeito “antiplaca”, contribuindo na higienização oral, entretanto, alimentosinadequados, como as rações úmi<strong>da</strong>s, favorec<strong>em</strong> o acúmulo de placa. Entretanto,o formato e a textura do alimento são mais importantes do que o conteúdo
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