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implicações clínicas da doença periodontal em cães - UFG

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13potencialmente nocivas, que <strong>em</strong> contato constante com a gengiva marginal vailesioná-la, rompendo a integri<strong>da</strong>de <strong>da</strong> matriz intercelular do epitélio gengivalprovocando uma resposta inflamatória que, quando restrita à gengiva, édenomina<strong>da</strong> gengivite (DUPONT, 1998; GORREL, 2004; HENNET, 2005; GIOSO2007; GORREL et al., 2007).No início <strong>da</strong> infecção há predomínio de bactérias gram-positivas,aeróbias e s<strong>em</strong> motili<strong>da</strong>de, que é a microbiota endógena, como as espéciesStreptococcus e Actinomyces, que apresentam proprie<strong>da</strong>des de aderência pormeio de fímbrias, h<strong>em</strong>aglutininas e polissacarídeos. Os polissacarídeosproduzidos por estas bactérias formam o glicocálix, substância s<strong>em</strong>elhante a umacola, no qual se agregam novas bactérias que por si só não teriam essacapaci<strong>da</strong>de. À medi<strong>da</strong> que a gengivite se desenvolve, as bactérias aeróbiasconsom<strong>em</strong> oxigênio, o que reduz o potencial redox tornando o ambienteadequado ao crescimento de outras espécies bacterianas, como as anaeróbias,gram-negativas, filamentosas e com mobili<strong>da</strong>de (HARVEY & EMILY, 1993;WIGGS & LOBPRISE, 1997; GORREL, 2004; HENNET, 2005; CARVALHO &CABRAL, 2007; GIOSO, 2007).A doença <strong>periodontal</strong> instala-se quando a microbiota patogênica tornasepresente, predominando as bactérias gram-negativas, anaeróbias e commotili<strong>da</strong>de. Enquanto nos animais saudáveis a proporção de bactérias anaeróbiasna cavi<strong>da</strong>de oral é de 25%, nos animais doentes pode chegar a 95% (HENNET &HARVEY, 1992; WIGGS & LOBPRISE, 1997; GIOSO, 2007).HARVEY et al. (1995) analisaram as bactérias <strong>da</strong> região subgengivalde 49 cães com gengivite de modera<strong>da</strong> a grave, constataram que 58% sãoaeróbias e 42% anaeróbias. Estudos realizados <strong>em</strong> 1965 já comprovavam que aplaca bacteriana era a responsável pela indução de resposta inflamatória, sendoque os sinais desapareciam mediante a r<strong>em</strong>oção <strong>da</strong> placa (HARVEY & EMILY,1993; GORREL, 2004).Com o processo inflamatório há hiperativi<strong>da</strong>de dos neutrófilosestimulados pela presença de citocinas pró-inflamatórias no sitio infectado,resultando <strong>em</strong> vasodilatação, marginação leucocitária, migração celular, produçãode prostaglandinas e enzimas destrutivas e, finalmente, ed<strong>em</strong>a. Tais eventos,considerados protetores, pod<strong>em</strong> tornar-se nocivos quando superestimulados pois

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